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Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus USP "Fernando Costa" - Pirassununga Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Departamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal 1 Socioeconomia & Ciência Animal Boletim Eletrônico do LAE/FMVZ/USP Edição 094, de 31 de janeiro de 2016 EDITORIAL Nossa primeira edição de 2016 traz reflexões sobre a evolução da ciência animal diante dos desafios relacionados ao impacto das produções sobre o ambiente. O texto introdutório aborda essa questão e apresenta estimativas das quantidades de recursos utilizados pela produção animal no mundo. Em nosso acompanhamento periódico das publicações científicas, identificamos e selecionamos resumos das seguintes revistas: Informações Econômicas, Revista Brasileira de Zootecnia, Aquaculture International, Animal, Journal of Animal Science, Agronomy Journal, Canadian Journal of Animal Science e Agricultural Systems. Apresentamos sugestões de publicações e e- books que estão disponíveis para acesso, dentre elas: i) relatório recente do Banco Mundial que aborda a preocupação com o rumo do desenvolvimento na América Latina, baseado no mercado de commodities agrícolas e minerais, em detrimento de investimentos em industrialização; ii) novo livro dedicado à memória e ao trabalho de Florestan Fernandes; iii) o livro “Ciência das Mudanças Climáticas e sua Interdisciplinaridade”, lançado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP; e iv) a segunda edição das normativas do CONCEA para a produção e utilização de animais no ensino e pesquisa. Nossa seção do Índice de Custo do Cordeiro Paulista (ICPC) apresenta os resultados da pesquisa para o mês de janeiro. Continuou 1 Professor do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo. Atualmente desenvolve programa de pós-doutorado no Institut des Sciences et Industries du Vivant et de l’Environnement (AgroParisTech), Université Paris- Saclay, França. E-mail: [email protected] 2 Diretora de Pesquisa no Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), UMR Sciences pour l’Action et le havendo elevação em alguns itens de custo, especialmente, mão de obra. Reduções de preços também foram observadas em alguns insumos pontualmente, devido ao período de entressafra, como o calcário, por exemplo. No cômputo geral, a variação do índice entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016 foi de +2,11%, o que se alinha com a preocupação em relação à volta da inflação no país. Atualizamos as seções de novos livros, oportunidades de trabalho, cursos e eventos. Destaque especial para o IV Simpósio em Produção Animal e Recursos Hídricos, que acontecerá nos dias 22 e 23 de março em São Carlos SP. O evento é uma promoção da Embrapa com apoio da FMVZ/USP. Desejamos uma proveitosa leitura. Os editores. DIVULGAÇÃO PRODUÇÃO ANIMAL E AMBIENTE: O QUE APRENDEMOS NA ÚLTIMA DÉCADA? Augusto Hauber Gameiro 1 Muriel Tichit 2 Este texto traz uma resenha do artigo de mesmo título (em Inglês), elaborado por Mario Herrero e seus colaboradores 3 , publicado recentemente. Não se pretende abordar todo o conteúdo do trabalho original, mas sim destacar seus principais aspectos e divulgar a importância de reflexões nesse sentido. Ressalta-se, ademais, que não foi realizada apenas a tradução, mas sim a adaptação com alguns ajustes que podem não refletir, necessariamente, a opinião exata dos autores originais. Na última década (2005 a 2015) produziu-se um volume significativo de pesquisa científica voltada à relação entre a produção animal e o ambiente. Développement – Activités, Produits, Territoires (SAD-APT), França. 3 Herrero, M.; Wirsenius, S.; Henderson, B.; Rigolot, C.; Thornton, P.; Havlík, P.; Boer, I.; Gerber, P. Livestock and the Environment: What Have We Learned in the Past Decade? Annual Review of Environment and Resources. V.40, p.177- 202, 2015.

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Socioeconomia & Ciência Animal

Boletim Eletrônico do LAE/FMVZ/USP Edição 094, de 31 de janeiro de 2016

EDITORIAL Nossa primeira edição de 2016 traz reflexões sobre a evolução da ciência animal diante dos desafios relacionados ao impacto das produções sobre o ambiente. O texto introdutório aborda essa questão e apresenta estimativas das quantidades de recursos utilizados pela produção animal no mundo. Em nosso acompanhamento periódico das publicações científicas, identificamos e selecionamos resumos das seguintes revistas: Informações Econômicas, Revista Brasileira de Zootecnia, Aquaculture International, Animal, Journal of Animal Science, Agronomy Journal, Canadian Journal of Animal Science e Agricultural Systems. Apresentamos sugestões de publicações e e-books que estão disponíveis para acesso, dentre elas: i) relatório recente do Banco Mundial que aborda a preocupação com o rumo do desenvolvimento na América Latina, baseado no mercado de commodities agrícolas e minerais, em detrimento de investimentos em industrialização; ii) novo livro dedicado à memória e ao trabalho de Florestan Fernandes; iii) o livro “Ciência das Mudanças Climáticas e sua Interdisciplinaridade”, lançado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP; e iv) a segunda edição das normativas do CONCEA para a produção e utilização de animais no ensino e pesquisa. Nossa seção do Índice de Custo do Cordeiro Paulista (ICPC) apresenta os resultados da pesquisa para o mês de janeiro. Continuou

1 Professor do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo. Atualmente desenvolve programa de pós-doutorado no Institut des Sciences et Industries du Vivant et de l’Environnement (AgroParisTech), Université Paris-Saclay, França. E-mail: [email protected] 2 Diretora de Pesquisa no Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), UMR Sciences pour l’Action et le

havendo elevação em alguns itens de custo, especialmente, mão de obra. Reduções de preços também foram observadas em alguns insumos pontualmente, devido ao período de entressafra, como o calcário, por exemplo. No cômputo geral, a variação do índice entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016 foi de +2,11%, o que se alinha com a preocupação em relação à volta da inflação no país. Atualizamos as seções de novos livros, oportunidades de trabalho, cursos e eventos. Destaque especial para o IV Simpósio em Produção Animal e Recursos Hídricos, que acontecerá nos dias 22 e 23 de março em São Carlos SP. O evento é uma promoção da Embrapa com apoio da FMVZ/USP. Desejamos uma proveitosa leitura. Os editores. DIVULGAÇÃO

PRODUÇÃO ANIMAL E AMBIENTE: O QUE APRENDEMOS NA ÚLTIMA DÉCADA?

Augusto Hauber Gameiro1

Muriel Tichit2 Este texto traz uma resenha do artigo de mesmo título (em Inglês), elaborado por Mario Herrero e seus colaboradores3, publicado recentemente. Não se pretende abordar todo o conteúdo do trabalho original, mas sim destacar seus principais aspectos e divulgar a importância de reflexões nesse sentido. Ressalta-se, ademais, que não foi realizada apenas a tradução, mas sim a adaptação com alguns ajustes que podem não refletir, necessariamente, a opinião exata dos autores originais. Na última década (2005 a 2015) produziu-se um volume significativo de pesquisa científica voltada à relação entre a produção animal e o ambiente.

Développement – Activités, Produits, Territoires (SAD-APT), França. 3 Herrero, M.; Wirsenius, S.; Henderson, B.; Rigolot, C.; Thornton, P.; Havlík, P.; Boer, I.; Gerber, P. Livestock and the Environment: What Have We Learned in the Past Decade? Annual Review of Environment and Resources. V.40, p.177-202, 2015.

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Dois teriam sido os eventos que estimularam tal desenvolvimento: i) o reconhecimento de que a produção animal compete fortemente pela utilização de recursos e apresenta pressão sobre o ambiente em praticamente todas as regiões do mundo; e ii) o reconhecimento de que o aumento da população, da renda e a crescente urbanização continuarão fazendo a demanda por produtos animais crescer de forma expressiva. Desta forma, trabalhar no sentido de atender à demanda crescente respeitando as capacidades e limitações do meio, tem sido o grande desafio da ciência animal. Tradicionalmente, a estratégia dominante vinha sendo a de aumentar a produtividade por animal ou por área geográfica (hectare, por exemplo), tendência essa que poderíamos genericamente denominar simplesmente de “intensificação”. Posteriormente, passou-se a objetivar a redução do impacto causado por unidade de produto animal obtida, estratégia que ficou reconhecida, por alguns, como “intensificação sustentável”. Recentemente, o foco da sociedade parece ter sido alterado para a “alimentação sustentável”, que passaria por, desde a redução das perdas e dos desperdícios ao longo dos sistemas agroindustriais, pela questão da segurança alimentar (quantidade satisfatória) e pela segurança do alimento (qualidade satisfatória). Nessa tendência, surgem esforços visando alterar o regime alimentar: um melhor balanceamento entre os diferentes tipos de alimentos, considerando não apenas suas características físicas intrínsecas, mas também toda sua inserção no contexto do ecossistema. Consumo de recursos pela produção animal no mundo Os cientistas têm se esforçado para estimarem o consumo de recursos (matéria e energia) por parte dos diferentes setores produtivos, inclusive a produção animal. Nas próximas tabelas são apresentadas algumas dessas estatísticas, para os principais recursos na atualidade. A Tabela 1 traz o consumo mundial do setor de produção de carne de ruminantes (pecuária de corte), separada em dois grandes sistemas de produção: a pasto e o misto (este último considerando desde o confinamento até sistemas

intermediários com fornecimento de forragens e concentrados). Tabela 1. Estimativa das quantidades de recursos utilizados para a produção mundial de carne de ruminantes

Legenda: ha = hectares; t = tonelada; Tg = teragrama (1012 gramas ou 106 t); MS = matéria seca; Pg = petagrama (1015 gramas ou 109 t); PJ = petajoule (1015 joules); ME = energia metabolizável. Fonte: adaptado de Herrero et al. (2015). A Tabela 2 traz o mesmo tipo de informação que a Tabela 1, porém para a produção mundial de leite (pecuária de leite). Tabela 2. Estimativa das quantidades de recursos utilizados para a produção mundial de leite

Legenda: ha = hectares; t = tonelada; Tg = teragrama (1012 gramas ou 106 t); MS = matéria seca; Pg = petagrama (1015 gramas ou 109 t); PJ = petajoule (1015 joules); ME = energia metabolizável. Fonte: adaptado de Herrero et al. (2015). De forma equivalente, a Tabela 3 traz as quantidades de recursos utilizados mundialmente para a produção de carne de suínos, carne e ovos de aves (conjuntamente). Tabela 3. Estimativa das quantidades de recursos utilizados para a produção carne de suínos, de aves e de ovos de galinha

Recursos Pastejo Misto Produção de proteína

Área de lavouras 8 milhões de ha 80 milhões de ha 9 ha/t proteína

Área de pastagens 1.600 milhões de ha 800 milhões de ha 240 ha/t proteína

Biomassa 610 Tg MS/ano 2.200 Tg MS/ano 280 kg MS/kg proteína

Nitrogênio (N) 12 Tg N/ano 38 Tg N/ano 5 kg N/kg proteína

Água azul 5,1 Pg/ano 33 Pg/ano 4 t/kg de proteína

Água verde 220 Pg/ano 620 Pg/ano 80 t/kg de proteína

Proteína comestível 1,7 Tg/ano 8,4 Tg/ano -

Energia 90 PJ ME/ano 440 PJ ME/ano -

Recursos Pastejo Misto Produção de proteína

Área de lavouras 2 milhões de ha 130 milhões de ha 6 ha/t proteína

Área de pastagens 560 milhões de ha 400 milhões de ha 50 ha/t proteína

Biomassa 180 Tg MS/ano 1.200 Tg MS/ano 60 kg MS/kg proteína

Nitrogênio 3,6 Tg N/ano 21 Tg N/ano 1 kg N/kg proteína

Água azul 2,3 Pg/ano 51 Pg/ano 3 t/kg de proteína

Água verde 45 Pg/ano 460 Pg/ano 20 t/kg de proteína

Proteína comestível 1,5 Tg/ano 19 Tg/ano -

Energia 120 PJ ME/ano 1.600 PJ ME/ano -

Recursos Suínos e aves Produção de proteína

Área de lavouras 280 milhões de ha 10 ha/t proteína

Biomassa 880 Tg MS/ano 30 kg MS/kg proteína

Nitrogênio 26 Tg N/ano 1 kg N/kg proteína

Água azul 65 Pg/ano 2 t/kg de proteína

Água verde 590 Pg/ano 20 t/kg de proteína

Proteína comestível 28 Tg/ano -

Energia 1.600 PJ ME/ano -

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Legenda: ha = hectares; t = tonelada; Tg = teragrama (1012 gramas ou 106 t); MS = matéria seca; Pg = petagrama (1015 gramas ou 109 t); PJ = petajoule (1015 joules); ME = energia metabolizável. Fonte: adaptado de Herrero et al. (2015). Mundialmente a produção animal demanda aproximadamente 3,9 bilhões de hectares de terra, que representa algo em torno de 80% da terra utilizada para a produção agropecuária no planeta. É fundamental, no contexto, que se considere a eficiência com a qual a produção animal transforma os recursos em alimentos e outros produtos. Isso não apenas por uma mera questão de produtividade, mas também porque geralmente uma baixa eficiência no uso do recurso está ligada a maiores impactos ambientais. Por exemplo, uma baixa eficiência no uso de nitrogênio está ligada a níveis superiores de emissão de óxido nitroso, amônia e nitrato. Nesse sentido, a eficiência na conversão alimentar é um conceito chave, por estar diretamente relacionada ao processo de transformação de matéria vegetal em matéria animal. Essa eficiência varia significativamente entre espécies (vegetal e animal), regiões, tecnologia de produção, dentre outros. Porém, para se ter uma ideia, considerando a conversão como sendo a energia metabolizável consumível produzida dividida pela quantidade de energia bruta consumida pelos animais, as taxas médias mundiais estariam em torno de 1% para a produção de carne de ruminantes, 7% para a produção de leite e 10% para a produção de suínos e aves. Todavia, a simples análise da conversão alimentar animal não nos permite tirar conclusões mais concretas. Muito embora ela seja um bom indicador da eficiência no uso de fontes fotossintéticas, há uma grande heterogeneidade espacial na produção vegetal (como por exemplo, pela diferença na eficiência na intensidade do uso da terra e no seu custo de oportunidade), de modo que fica limitado o seu potencial explicativo e conclusivo. Diante desse desafio, novos indicadores vêm sendo propostos. Van Zanten et al. (2015), por exemplo, propôs um novo conceito: razão do uso da terra (Land Use Ratio, LUR). LUR é definida como a quantidade máxima de proteína digestível por humanos (HDP) derivada de culturas alimentícias vegetais em toda a extensão de terra utilizada para produzir alimentos para animais de modo a serem gerados

1 kg de alimento humano à base de produto animal (ASF), dividida pela quantidade de HDP em 1 kg daquele produto animal (ASF). Para exemplificar a partir de um dos casos estudados por Van Zanten e seus colaboradores, foi calculado que a LUR para a produção de aves de postura seria de 2,08, o que equivale dizer que a área necessária para produzir 1 kg de proteína digestível para humanos no setor de postura (na forma de ovos), poderia produzir 2,08 kg de proteína digestível para humanos a partir de culturas vegetais. Em sínteses, uma LUR menor do que 1 é considerada eficiente em termos de produção de alimentos, implicando que os animais produzem mais proteína por metro quadrado que os vegetais. Esse não seria o caso do exemplo aqui apresentado. Outro exemplo de novo indicador para a eficiência da produção animal é a fixação de novas quantidades de nitrogênio, proposto por Gerber et al. (2014). O novo nitrogênio fixado representa a entrada de nitrogênio reativo no sistema de produção, principalmente via fertilizantes e pela fixação biológica. A quantidade de novo nitrogênio entrada no sistema, por unidade de produto, é um indicador melhor da eficiência do uso de nitrogênio pela produção animal. Em relação ao uso de água na produção animal, uma distinção inicial a ser feita é entre a chamada “água azul” e “água verde”. Basicamente, a água verde é a água da chuva que fica retida na parte superior do solo (no perfil onde se localizam as raízes das plantas) ou temporariamente sobre a vegetação. A água azul é aquela que está nas aguadas, nas fontes como rios e subsolo. A água utilizada para beber, para refrigerar, para lavar e para o processamento industrial é a água azul. A água utilizada para suprir a necessidade das culturas vegetais pode tanto ser a agua verde (da chuva) como a água azul (se houver irrigação). Em termos globais, estima-se que a produção animal consuma aproximadamente 10% do total de água da chuva (incluindo tanto a água azul quanto a verde), que representa entre 25% e 30% do total da água consumida pela agropecuária (produção vegetal mais produção animal). O volume de água azul utilizado para o consumo, para resfriamento, para limpeza e para processamento dos animais contribui com apenas 0,2% do total de água utilizada pela produção animal. Dessa forma, a maior parte da água consumida pelos animais o é indiretamente, pelo cultivo dos vegetais que os alimentam.

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Apesar desta constatação, a maioria das preocupações com o impacto do consumo de água pelos animais é associada apenas ao consumo da água azul. Estudos que analisam o consumo de água pela produção animal deveriam, portanto, considerarem a distinção entre a água azul e a água verde. Esse tipo de análise ainda é bastante restrito na ciência mundial. Em outras palavras, considerar o consumo de água verde pela produção animal, significa considerar toda a dinâmica de uso da terra para viabilizar a produção de alimentos que o sustenta. É nesse sentido que a ciência precisa caminhar. Outra fonte de impacto ambiental diretamente associada à produção é a emissão de gases de efeito estufa. Estima-se que os animais utilizados para a produção de alimentos (desconsiderando, portanto, os animais selvagens, os de vida livre e os pets) sejam responsáveis por entre 8% e 18% do total das emissões antropogênicas desses gases. Há controvérsias em relação a essas estimativas, especialmente no que se refere ao método utilizado para obtê-las, por isso são utilizadas faixas percentuais. As principais fontes e tipos de gases de efeito estufa emitidos pelos animais em termos globais, incluem: i) a produção de metano pela fermentação entérica e pela decomposição do esterco (entre 1,6 e 2,7 Gt de CO2-equivalente por ano); ii) a emissão de CO2 pelo uso da terra para a manutenção e alimentação animal (~1,6 Gt de CO2-equivalente); e iii) pelo N2O gerado pelo esterco e seus usos (entre 1,3 e 2,0 Gt de CO2-equivalente) (Nota: Gt significa “gigaton”, sendo equivalente a 1 bilhão de toneladas). Do total das emissões pelos sistemas de produção animal, a produção de bovinos responde por entre 65% e 78%. Os avanços no sentido de mitigar as emissões pelos sistemas de produção animal têm sido evidentes e foram organizados pelos autores da seguinte maneira: i) Opções de mitigação baseadas no animal: aditivos alimentares e melhoria nos alimentos animais, manejo do animal e manejo do esterco; ii) Opções de mitigação baseadas no uso da terra; iii) Opções de mitigação mistas; e iv) Opções de mitigação por meio da revisão no consumo de produtos de origem animal. Aos interessados, sugere-se que acessem o trabalho completo para mais detalhes acerca de cada uma dessas frentes.

A conclusão até o momento é a de que a ciência animal avançou significativamente nos últimos anos. Porém, as mudanças, na prática, ainda foram relativamente modestas. Segundo as estimativas de Herrero et al. (2015), apenas entre 10% e 20% dos produtores realizaram alguma mudança segundo as recomendações da ciência na última década. As razões para a pouca adoção podem ser a resistência à redução da produção, os benefícios incertos das novas tecnologias, as restrições em termos de necessidade de mão de obra e capital, os custos de implementação, os maiores esforços gerenciais necessários, a falta de normas e regulamentações claras e a falta de incentivos de mercado. Portanto, estudos sobre o comportamento dos produtores, sobre os mecanismos de tomada de decisão, e sobre as percepções ambientais e socioeconômicas são urgentes e fundamentais. Nesse sentido, deveriam ser propostas ações mais incisivas para que as mudanças em prol de sistemas produtivos menos impactantes venham a ocorrer. Mecanismos de incentivo às mudanças deveriam ser desenvolvidos pela sociedade. A seguir são apresentados alguns pontos que podem contribuir para a reflexão nesse sentido: Estabelecimento de políticas adequadas: políticas nos diferentes níveis são necessários para incentivar as mudanças. Geralmente as políticas ambientais são baseadas em subsídios ou taxações, apenas. Novos e mais completos mecanismos deveriam ser pensados e implementados. Desenvolvimento das cadeias de valores e harmonização entre os segmentos: à medida que os sistemas produtivos vão se sofisticando, novos mecanismos de organização e coordenação ao longo das cadeias são necessários. A comunicação, o diálogo e a harmonização entre agentes dos diferentes segmentos (elos) passam a ser ainda mais críticos. Muito ainda há o que se fazer nesse sentido. Análises multicritérios e métricas padronizadas: A ciência já avançou significativamente em termos de mensuração dos impactos ambientais da produção animal, mas indicadores padronizados e concisos ainda não estão disponíveis para ampla utilização, ou, se estão, ainda não estão sendo devidamente considerados pelos diferentes segmentos da sociedade. Ademais, precisamos extrapolar as

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barreiras da ciência animal para a definição de métricas mais completas, de modo a contemplarem, além da zootecnia e da ecologia em si, as ciências humanas, a nutrição humana, os aspectos socioculturais, dentre outras que possam ser relevantes. Disponibilidade de “pacotes” de intervenção: Ao invés de serem consideradas apenas soluções pontuais, acredita-se que a disponibilização de “pacotes” de intervenção possa ser mais eficiente. É necessário que se quantifique as restrições decorrentes da implementação de eventuais novas práticas e as relações de custo-benefício de dais adoções. É fundamental que se considere os efeitos das intervenções em nível de fazenda bem como de sistemas de produção. Da mesma forma, necessita-se de mecanismos para se extrapolar para “níveis maiores”, soluções que se mostraram eficazes em “níveis menores”. Consolidação de bancos de dados: Há a disponibilidade de dados bastante ricos sobre o impacto ambiental das produções animais. Todavia, eles precisam ser consolidados, organizados, expandidos e disponibilizados para a comunidade técnica e científica. Consideração final A produção de alimentos está na base da sobrevivência humana, portanto, é condição fundamental para a paz e o desenvolvimento da humanidade. Em resposta ao título, ousamos responder que aprendemos muito na última década.... Mas ainda sabemos pouco! Os avanços vêm ocorrendo, mas ainda há chão pela frente...

“Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há

sempre o que aprender” (Paulo Freire). Referências Gerber, P.J.; Uwizeye, A.; Schulte, R.P.O.; Opio, C.I.; de Boer, I.J.M. Nutrient use efficiency: a valuable approach to benchmark the sustainability of nutrient use in global livestock production? Current Opinion in Environmental Sustainability, v9-10, p.122-30, 2014 Herrero, M.; Wirsenius, S.; Henderson, B.; Rigolot, C.; Thornton, P.; Havlík, P.; Boer, I.; Gerber, P. Livestock and the Environment: What Have We Learned in the Past Decade? Annual Review of

Environment and Resources, v.40, p.177-202, 2015. Van Zanten, H.H.E.; Mollenhorst, H.; Klootwijk, C.W.; van Middelaar, C.E.; de Boer, I.J.M. Global food security: land the efficiency of livestock systems. International Journal of Life Cycle Assessment. In press. doi: 10.1007/s11367-015-0944-1, 2015.

ARTIGOS PUBLICADOS

BIOPHYSICAL AND ECONOMIC WATER PRODUCTIVITY OF DUAL-PURPOSE CATTLE FARMING

This study analyzes key factors influencing water productivity in cattle rearing, particularly in contexts characterized by water scarcity. This was done through year-round monitoring of on-farm practices within five smallholder farms located in the Saïss area (northern Morocco). The on-farm monitoring protocol consisted of characterizing: (i) volumes of water used for fodder production and distinguished by source (rainfall, surface irrigation and groundwater), (ii) virtual water contained in off-farm feed resources, (iii) total forage biomass production, (iv) dietary rations fed to lactating cows and their calves and (v) milk output and live weight gain. Findings reveal a mean water footprint of 1.62±0.81 and 8.44±1.09 m3/kg of milk and of live weight gain, respectively. Groundwater represented only 13.1% and 2.2% of the total water used to get milk and live weight gain, respectively, while rainfall represented 53.0% and 48.1% of the total water for milk and live weight gain, respectively. The remaining water volumes used came from surface irrigation water (7.4% for milk and 4.0% for live weight gain) and from virtual water (26.5% for milk and 44.7% for live weight gain). The results also revealed a relatively small gross margin per m3 of water used by the herd, not exceeding an average value of US $ 0.05, when considering both milk and live weight. Given the large variability in farm performances, which affect water productivity in cattle rearing throughout the production process, we highlight the potential for introducing a series of interventions that are aimed at saving water, while concurrently improving

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efficiency in milk production and live weight gain. These interventions should target the chain of production functions that are implemented throughout the process of water productivity in cattle rearing. Moreover, these interventions are of particular importance given our findings that livestock production depends largely upon rainfall, rather than groundwater, in an area afflicted with sustained droughts, overexploitation of groundwater resources and growing water scarcity. Srairi, M.T.; Benhelloun, R.; Karrou, M.; Ates, S.; Kuper, M. Biophysical and economic water productivity of dual-purpose cattle farming. Animal, v.10, n.2, p.283-291, 2016. http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=10082209&fulltextType=RA&fileId=S1751731115002360

VIABILIDADE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE JUVENIS DE ROBALO-FLECHA (CENTROPOMUS UNDECIMALIS), ESTADO DE

SANTA CATARINA O objetivo deste estudo foi analisar a viabilidade econômica para instalação e funcionamento de um centro de produção de juvenis de robalo-flecha, Centropomus undecimalis. A análise econômica foi realizada através de planilhas de investimentos e fluxo de caixa anual, considerado o tempo de funcionamento de dez anos. A lucratividade do empreendimento é boa quando são obtidas taxas de sobrevivências superiores a 10% na larvicultura e 80% no berçário. Apesar do alto custo de implanta- ção, o retorno do capital investido ocorre em menos de 3 anos, sendo uma atividade aquícola economicamente interessante e atrativa no país. Guinle, L.V.; Passini, G.; Carvalho, C.V.A.; Cerqueira, V.R. Viabilidade econômica da produção de juvenis de robalo-flecha (Centropomus undecimalis), estado de Santa Catarina. Informações Econômicas, v.45, n.3, p.48-58, 2015. http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2015/tec05-0615.pdf

ANÁLISE SOCIOECONOMICA E PRODUTIVA DE MULHERES EXTRATIVISTAS DE CARANGUEJO UCIDES CORDATUS DA COMUNIDADE DE GUARAJUBAL, MARAPANIM, ESTADO DO PARÁ Este estudo foi realizado com as catadoras de massa de caranguejo da comunidade de Guarajubal, em Marapanim, Estado do Pará, para determinar o perfil socioeconômico e de produ- ção dessas trabalhadoras. A amostra foi constituída de 20 mulheres que trabalhavam exclusivamente com o beneficiamento do caranguejo (catação da massa). A coleta de dados foi realizada nos meses de novembro e dezembro de 2014 e realizou-se por meio de formulários estruturados. A maioria dessas trabalhadoras é adulta, nativa da comunidade, amigada e com filhos, tendo como principal atividade econômica o extrativismo de caranguejo, apresentando baixa renda e condições mínimas de escolaridade e precariedade de trabalho. Em geral, as unidades de produção são compostas pelo homem, como provedor do produto, e a mulher e alguns familiares responsáveis pela catação da massa, podendo ocorrer o contrato pelo intermediário somente para esta tarefa. A produção se destina ao consumidor e/ou intermediário local a preços relativamente baixos diante do grande esforço da atividade, permitindo angariar mensalmente menos de um salário mínimo ao mês. Elas estão desprovidas de políticas públicas eficientes, algumas somente recebem Bolsa Família, e não participam de uma cooperativa da classe. A intervenção do poder público por meio de ações socioambientais no local é necessária para a manuten- ção da atividade e da espécie animal explorada, geração de emprego e renda e melhoria de vida dessas trabalhadoras. Alves, R.J.L.; Pontes, A.L. Análise Socioeconomica e produtiva de mulheres extrativistas de caranguejo Ucides Cordatus da comunidade de Guarajubal, Marapanim, Estado do Pará. Informações Econômicas, v.45, n.3, p.5-11, 2015. http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2015/tec01-0615.pdf

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ASSESSING PLANT GROWTH, WATER QUALITY AND ECONOMIC EFFECTS FROM APPLICATION OF A PLANT-BASED AQUAFEED IN A RECIRCULATING AQUAPONIC SYSTEM Aquaponics, the integrated production of fish and hydroponic crops in a recirculating system, is an intensive cultivation method in which metabolic fish wastes fertilize plants. This study compares the effects of two aquafeeds on Red amaranth (Amaranthus tricolor) productivity and on water quality parameters under cultivation of Blue tilapia (Oreochromis aureus), in three aquaponic replicate units per treatment over a 60-day experimental trial. The fishmeal-based control feed contains higher crude protein (40 %) and phosphorus (1.12 %) than the plant-based alternative feed (32 % and 0.40 %, respectively). The alternative feed resulted in a significantly higher amaranth crop yield (p < 0.05), with significantly lower concentrations of nitrate-N (NO3-N) and total dissolved solids (TDS) in the aquaponic culture water over the course of the experiment. Orthophosphate (PO4-P), total ammonia nitrogen (TAN), pH and dissolved oxygen (DO) levels were not significantly different between the control and alternative aquafeed treatments. Economic analysis revealed that improved plant productivity from the plant-based, lower-protein aquafeed may potentially increase total aquaponic farm revenue despite reduced fish production. Medina, M.; Jayachandran, K.; Bhat, M.G.; Deoraj, A. Assessing plant growth, water quality and economic effects from application of a plant-based aquafeed in a recirculating aquaponic system. Aquaculture International, v.24, n.1, p.415-427, 2016. http://link.springer.com/article/10.1007/s10499-015-9934-3

DEVELOPMENT OF A COST CALCULATION MODEL AND COST INDEX FOR SHEEP PRODUCTION

The objective of this study was to develop a model for calculation and analysis of production costs of lamb and, from that, to elaborate a production cost index. Panel meetings were held in five regions of the state of São Paulo, Brazil, to define technical features of representative properties of lamb production, taken as a basis for the preparation of

the cost calculation model. Then the model for production cost calculation was built. The third step consisted of monitoring prices of inputs used, calculating production costs along the studied period, and generating the cost index, by the Laspeyres model. Lastly, questionnaires were applied to sheep producers, to validate the cost index. The model for production cost calculation was planned to be of easy utilization by farmers, and simultaneously faithful to the theoretical principles. The adopted scheme of cost allocation followed the classification of "variable", "fixed operating", and "income of factors". We generated cost indexes for each of the five studied regions, which were then aggregated in a state index, by weighting regional indexes by flock size. More than 97% of the answers to the validation questionnaires were positive, so we considered that the index reached a high level of approval. The application of Economic Theory is essential for the development of cost calculation models. The developed model has potential to generate important information that can help producers to make decisions. It can work in many contexts, and it can even be adapted to other livestock species. The production cost index for lamb was approved and can collaborate with the organization of the sheep agro industrial system. Raineri, C.; Stivari, T.S.S., Gameiro, A.H. Development of a cost calculation model and cost index for sheep production. Revista Brasileira de Zootecnia, v.44, n.12, p.443-455, 2015. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982015001200443&lng=en&nrm=iso&tlng=en

TRAJETÓRIAS TECNOLÓGICAS E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL BRASILEIRO DE CAPRINOS DE CORTE

Identificaram-se as principais tecnologias para produção de caprinos de corte e como elas influenciam os atributos de transação e a estrutura de governança da cadeia. Utilizou-se suporte teórico da Economia dos Custos de Transação, enfocando-se na nutrição e reprodução. Na nutrição a maioria das tecnologias aumenta a disponibilidade de alimentos, ocorrem transações com maior frequência entre fornecedores, produtores e técnicos, reduz a incerteza e aumenta a especificidade dos ativos. Na reprodução as transações tornam-se mais frequentes e com

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ativos específicos. Algumas técnicas envolvem certo grau de incerteza, o que leva à elaboração de contratos entre produtores e técnicos. As tecnologias exigem investimento e permitem produzir ativos mais específicos (cabritos jovens e carne de qualidade), tendem a aumentar a frequência das transações e a especificidade dos ativos mostrando que outras formas de governança podem ser mais eficientes que o mercado. Barros, C.S.; Raineri, C.; Gameiro, A.H. Trajetórias tecnológicas e organização do sistema agroindustrial brasileiro de caprinos de corte. Informações Econômicas, v.45, n.3, p.12-29, 2015. http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2015/tec02-0615.pdf ESTUDO EXPLORATÓRIO DO MERCADO DAS POTENCIALIDADES DE CONSUMO DO LEITE DE CABRA E SEUS DERIVADOS ENTRE PAULISTANOS A caprinocultura brasileira apresenta dificuldades na inserção de seus produtos no mercado, e a cidade de São Paulo destaca-se como principal centro consumidor dos produtos lácteos do país, configurando-se assim como um importante nicho de mercado. Objetivou-se traçar um perfil indicativo das características de consumo e das variáveis que influenciam paulistanos na decisão de consumir produtos de leite de cabra. Para isso, foram entrevistados 560 consumidores em três supermercados da cidade no período de agosto de 2011 a março de 2012. Deles, 58,75% sabiam da existência dos produtos, 12,14% consumiam derivados e 1,79% leite de cabra, mas 72% desconheciam qualquer benefício desses produtos. Entre os diferentes produtos, 97% consumiam queijo e 60% o leite longa vida, consumidos por serem considerados alimentos saudáveis e fortes. Quanto àqueles que não consumiam, 32,52% alegaram falta de conhecimento e 39,27% de falta costume e hábito, como principal motivo para derivados e leite, respectivamente. Daqueles sem hábito de consumo, 56% indicaram a possibilidade de consumo se houvesse mais informações e preço acessível. Aproximadamente 85% afirmaram que a oferta no mercado local não é satisfatória. Assim, os resultados nos indicam um baixo consumo de produtos de leite de cabra, mas com potencial para

aumento, caso haja maior divulgação dos produtos e preços mais acessíveis. Lima, F.T.; Stum, R.M.; Tavolaro, P.; Ribeiro, A.R.B.; Sousa, V.A.F. Estudo exploratório do mercado das potencialidades de consumo do leite de cabra e seus derivados entre paulistanos. Informações Econômicas, v.45, n.3, p.30-38, 2015. http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2015/tec03-0615.pdf

WELFARE IN HORSES TRANSPORTED TO SLAUGHTER IN CANADA: ASSESSMENT OF WELFARE AND JOURNEY RISK FACTORS AFFECTING WELFARE

This study provides information on welfare issues associated with the transport of 3940 horses from 150 loads to a slaughter plant in Canada. Multivariable regression analyses were used to examine the association between journey characteristics and welfare outcomes. Injuries are considered in an accompanying paper. Five percent of the horses arrived from within Canada (median journey duration=12 h), and 95% arrived from five states in the USA (median journey durations 15–36 h). Seven percent of horses from Canada and 1% of horses from the USA arrived with pre-existing conditions. Five percent of the horses had a body condition score <3 (scale 1–5) and <1% were lame. Six horses from the USA (0.16%) arrived in a non-ambulatory condition. A linear mixed model showed that plasma total protein concentration increased with journey duration (P<0.001). No pre-transport measurements were possible and lairage and slaughter may have affected some of the results. Fewer severe welfare problems were identified than in similar studies conducted previously in the USA. However, multivariable analyses suggested that long journeys were associated with an increased risk of dehydration. Roy, R.C.; Cockram, M.S.; Dohoo, I.R. Welfare in horses transported to slaughter in Canada: Assessment of welfare and journey risk factors affecting welfare. Canadian Journal of Animal Science, v.95, n.4, p.509-522, 2015. http://pubs.aic.ca/doi/abs/10.4141/cjas-2015-031?src=recsys

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CAN THE MONITORING OF ANIMAL WELFARE PARAMETERS PREDICT PORK MEAT QUALITY VARIATION THROUGH THE SUPPLY CHAIN (FROM FARM TO SLAUGHTER)? The objective of this study was to assess the relationship between the animal welfare conditions evaluated through the supply chain and pork quality variation. A total of 4,680 pigs from 12 farms—5 animal welfare improved raising system (AWIRS) and 7 conventional raising system (CON) farms—were assessed from farm to slaughter through a comprehensive audit protocol merging the European Welfare Quality, the Canadian Animal Care Assessment, and American Meat Institute audit guide criteria. At the abattoir, a subsample of 1,440 pigs (120 pigs/farm) was randomly chosen out of 24 loads (2 farms per wk) transported by 2 drivers (driver A and driver B) for the assessment of stunning effectiveness, carcass bruises, blood lactate levels, and meat quality traits. Meat quality was assessed in the longissimus lumborum (LL) muscle 24 h postmortem by measuring ultimate pH (pHu), color (L*, a*, and b*), and drip loss. Data were analyzed by the MIXED, GLIMMIX, and NAPAR1WAY procedures of SAS. Spearman correlations were calculated to determine the relationship between audit scores and meat quality traits. Better animal welfare conditions, as showed by greater final scores for good housing (GHo; P = 0.001) and good health (P = 0.006) principles, were recorded at AWIRS farms. Pigs from AWIRS farms handled by driver B displayed a greater percentage of turning back (P = 0.01) and slips (P < 0.001) during unloading and a greater (P = 0.02) frequency of falls in the stunning chute. A greater (P = 0.02) reluctance to move at loading was found in CON pigs loaded by driver A compared with driver B, whereas a greater (P < 0.001) reluctance to move was found in these pigs at unloading when they were unloaded by driver B. Drip loss was higher (P = 0.003) and pale, soft, and exudative pork percentage was greater (P < 0.001) in the LL muscle of the heavier AWIRS pigs. The GHO principle was best correlated with pHu (r = –0.75, P = 0.01) and Minolta L* value (r = 0.87, P < 0.001) of the LL muscle. Overall, drip loss variation in the LL muscle was correlated with the frequency of slips at unloading (r = 0.63, P= 0.001) and in the restrainer area (r = 0.74, P < 0.001). The results of this study showed that the quality of the raising system and truck driver skills as assessed by animal welfare audit protocols are important

sources of variation in the behavioral response of pigs to preslaughter handling and may affect pork quality variation. However, the different live weight between CON and AWIRS pigs may have biased the meat quality results in this study. Rocha, L.M.; Velarde, A.; Dalmau, A.; Saucier, L.; Faucitano, L. Can the monitoring of animal welfare parameters predict pork meat quality variation through the supply chain (from farm to slaughter)? Journal of Animal Science, v.94, n.1, p.359-376, 2016. https://www.animalsciencepublications.org/publications/jas/abstracts/94/1/359

COVER CROPS, FERTILIZER NITROGEN RATES, AND ECONOMIC RETURN OF GRAIN SORGHUM

Leguminous cover crop systems have been envisaged as a critical component of sustainable agriculture because of their potential to increase soil productivity by cycling C and N in agricultural systems. Our objectives were to: (i) determine the effects of including summer cover crops and N rates in the cropping system on the growth and yield of the succeeding grain sorghum [Sorghum bicolor (L.) Moench] crop, (ii) calculate the N fertilizer replacement value (NFRV) and evaluate economic returns, and (iii) determine the most cost-effective cropping system. Field experiments were conducted for two seasons in Kansas. Leguminous summer cover crops and double-cropped soybean [Glycine max (L.) Merr.] residues improved soil N availability; N was subsequently used by the succeeding crop. Across years and cropping systems, the mean increases in grain yield as a result of including cowpea [Vigna unguiculata (L.) Walp.], pigeonpea [Cajanus cajan (L.) Millsp.], sunn hemp (Crotalaria juncea L.), double-cropped soybean, and double-cropped grain sorghum in the rotation compared with a fallow system with 0 kg N ha–1 were 56, 62, 43, 32, and 3%, respectively, and NFRVs across the years were 53, 64, 36, 27, and –3 kg N ha–1, respectively. Across years, grain sorghum in a double-cropped soybean system and a fallow system with 90 kg N ha–1 gave profitable economic net returns. We conclude that including leguminous cover crops in a cropping system has the potential to reduce N requirements and improve the N availability and grain yield of the succeeding grain sorghum crop.

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Mahama, G.Y.; Prasad, P.V.V.; Roozeboom, K.L.; Nippert, J.B.; Rice, C.H. Cover Crops, Fertilizer Nitrogen Rates, and Economic Return of Grain Sorghum. Agronomy Journal, v.108, n.1, p.1-16, 2016. https://dl.sciencesocieties.org/publications/aj/abstracts/108/1/1 DOES THE U.S. CROPLAND DATA LAYER PROVIDE AN ACCURATE BENCHMARK FOR LAND-USE CHANGE ESTIMATES? Even though the cropland data layer (CDL) has been used in policy discussions it has not been independently validated using publically available information. The projects objective was to conduct an independent validation of the CDL. South Dakota was selected as a model system because it is located in a climate transition zone, with row crop production being the dominant practice in eastern South Dakota and the grazing of grassland being the dominant practice in western South Dakota. High resolution imagery was used to determine land-uses (cropland, grassland, non-agricultural, habitat, and water) at 14,400 points in 2006 and 2012. Based on comparisons between the CDL and ground collected data, a confusion table was constructed and the CDL user (% false positive = 100-user accuracy) and producer (% false negatives = 100 – producer accuracy) accuracies determined. The % false positives and % false negatives are often referred to as Type I error and Type II error. In 2006, the CDL cropland producer accuracy (% of ground collected sites that were correctly identified) ranged from 89.2% in the east central to 42.6% in the Northwest, whereas the CDL grassland producer accuracy ranged from 95.2% in the Northwest to 38.9% in the Southeast. Similar results were reported for 2012. Grassland CDL producer and user accuracies were highest when grasslands were the dominant practice and cropland producer and user accuracies were highest when croplands were the dominant land-use. These results suggest that inherent CDL errors introduce uncertainty into land-use change calculations. Reitsma, K.D.; Clay, D.E.; Clay, S.A.; Dunn, B.H.; Reese, C. Does the U.S. Cropland Data Layer Provide an Accurate Benchmark for Land-Use Change Estimates? Agronomy Journal, v.108, n.1, p.266-27, 2016.

https://dl.sciencesocieties.org/publications/aj/abstracts/108/1/266

REVIEW: SUSTAINABILITY OF CROSSBREEDING IN DEVELOPING COUNTRIES; DEFINITELY NOT LIKE CROSSING

A MEADOW Crossbreeding, considering either terminal or rotational crossing, synthetic breed creation or breed replacement, is often promoted as an efficient strategy to increase farmers’ income through the improvement of productivity of local livestock in developing countries. Sustainability of crossbreeding is however frequently challenged by constraints such as poor adaptation to the local environment or lack of logistic support. In this review, we investigate factors that may influence the long-term success or the failure of crossbreeding programs, based on the scientific literature and country reports submitted for The Second Report on the State of the World’s Animal Genetic Resources for Food and Agriculture. Crossbreeding activities vary widely across species and countries. Its sustainability is dependent on different prerequisites such as continual access to adequate breeding stock (especially after the end of externally funded crossbreeding projects), the opportunity of improved livestock to express their genetic potential (e.g. through providing proper inputs) and integration within a reliable market chain. As formal crossbreeding programs are often associated with adoption of other technologies, they can be a catalyst for innovation and development for smallholders. Given the increasing global demand for animal products, as well as the potential environmental consequences of climate change, there is a need for practical research to improve the implementation of long-term crossbreeding programs in developing countries. Leroy, G.; Baumung, R.; Boettcher, P.; Scherf, B.; Hoffmann, I. Review: Sustainability of crossbreeding in developing countries; definitely not like crossing a meadow. Animal, v.10, n.2, p.262-273, 2016. http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=10082135&fulltextType=RV&fileId=S175173111500213X

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THE CHANGING ROLE OF BIO-PHYSICAL AND SOCIO-ECONOMIC DRIVERS IN DETERMINING LIVESTOCK DISTRIBUTIONS: A HISTORICAL PERSPECTIVE FROM KAZAKHSTAN Despite worldwide trends towards intensive livestock production, some extensive systems retain comparative advantages, particularly in arid regions. In such variable environments, the extent to which natural pastures can contribute to animal nutrition depends on how livestock are distributed with respect to forage resources in time and space. Animal movements are governed by the interactions of bio-physical, economic and institutional drivers and constraints, all of which are dynamic in time and space, making disentangling the relative importance of different drivers challenging. We examine a large migratory system in central Kazakhstan, using unique long-term data in the context of major socio-economic change, to explore the changing role of bio-physical variables in shaping livestock movement. We explore the determinants of livestock distributions across broad ecological zones in pre-Soviet, Soviet and current time-periods. Differences between zones were examined using Soviet literature, recent interviews with herders and satellite imagery. At the site level, we combined data on livestock locations and density for 2003 and 2012 with bio-physical data from remote sensing. Taken together, these data suggest that the importance of bio-physical variables in determining inter-zonal movements and their timing have decreased over time, whilst the significance of economic and institutional factors appears to have increased. Although resource density may still be a “pull factor” driving movement in some situations, there is evidence that “push factors” such as snow cover, presence of harmful insects and temperature combine with herd size to influence movements between zones, leading to a reduction in the matching between grazing distribution and forage resources. These changes reflect the move to livestock management by small household units owning highly variable numbers of animals. They are representative of global trends in pastoral systems, in which reduction in mobility is linked to declines in collective management institutions, increasing

4 Texto originalmente publicado sob o título “Os riscos políticos da desindustrialização prematura: dependência de commodities agrícolas e minerais leva América Latina ao quarto ano consecutivo de baixo crescimento”, em Projeto Colabora, em 17/12/15. Disponível em:

integration of pastoralists in the wider economy and land tenure change. Robinson, S.; Kerven, C.; Behnke, R.; Kushenov, K.; Milner-Gulland, E.J. The changing role of bio-physical and socio-economic drivers in determining livestock distributions: A historical perspective from Kazakhstan. Agricultural Systems, v.143, n.1, p.169-182, 2016. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0308521X15300767 SUGESTÃO DE E-BOOK I

Latin America and the Rising South: Changing World,

Changing Priorities4

Ricardo Abramovay5

Em nenhum lugar do mundo foi maior que na América Latina o aumento na renda dos 40% mais pobres da população, na primeira década do milênio. No entanto, como mostra um trabalho recente do Banco Mundial este inédito surto equitativo foi efêmero: o Continente encontra-se em seu quarto ano consecutivo de baixo crescimento. Na raiz deste desempenho errático está o mau preparo da região para um “crescimento de longo prazo”. A “dependência de commodities agrícolas e minerais” está entre os componentes decisivos deste despreparo. É verdade que o início do Século XXI entrará para a história como o período de ascensão econômica do hemisfério Sul. Mas as diferenças entre a Ásia do Leste e a América Latina nos respectivos padrões de crescimento contribuem para explicar as perdas das importantes conquistas sociais que marcaram os primeiros anos do milênio entre nós, tema cuja abordagem foi iniciada em artigo anterior, nesta coluna. O relatório do Banco Mundial mostra que os países do hemisfério Sul representavam 20% do PIB

http://projetocolabora.com.br/economia-verde/os-riscos-politicos-da-desindustrializacao-prematura/ 5 Professor Sênior do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, autor de Beyond the Green Economy (Routledge).

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global no início dos anos 1970 e dobraram esta proporção em 2012, com a China representando sozinha 12% do total. Os aumentos foram espetaculares também nos fluxos comerciais e destacaram-se nas exportações de manufaturados que aumentaram, entre 2000 e 2012, de 32% para 48% das vendas globais. Hoje, metade do que o mundo compra e vende em produtos industriais origina-se em países em desenvolvimento. E é exatamente aí que as coisas se complicam para a América Latina. Uma classe operária numerosa apoiada em sindicatos e partidos com ela identificados é um fator decisivo de participação política, de negociação e esta foi uma das bases dos virtuosos processos que, nos países desenvolvidos, reduziram de forma expressiva as desigualdades e ampliaram direitos desde a IIª Guerra Mundial até o início dos anos 1980. É inevitável a comparação com países como Coréia do Sul, Taiwan e China que tinham renda per capita, produtividade do trabalho e grau de diversificação de suas estruturas econômicas e comerciais equivalentes ou piores que as da América Latina. O economista Lucas Mations, do IPEA, mostra que a produtividade do trabalho na América Latina (excetuando o Brasil) era quase o dobro da do Leste da Ásia, em 1960. Já nesta época, estávamos na lanterninha do Continente, um pouco abaixo do desempenho do Leste da Ásia. Em 2011 continuamos abaixo da média da América Latina e do Caribe, mas o Leste da Ásia deslanchou deixando a América Latina para trás em produtividade do trabalho. A economia brasileira cresceu, é verdade, mas seu vetor fundamental não foi o melhor desempenho de nossos trabalhadores. No que se refere às redes regionais de comércio, até 1980, elas tinham formato muito semelhante na América Latina e no Leste da Ásia, ambas centradas em alguns poucos países dominantes. Já em 2012, mostra o Banco Mundial, o Leste da Ásia diversifica sua inserção global, o mesmo nem de longe ocorrendo com a América Latina. Mais importante, porém, do que saber para quem se vende é o que cada região coloca no fluxo do comércio internacional. O que ficou obscurecido pela associação entre redução da pobreza e forte dependência de commodities agrícolas e minerais é que nosso Continente (junto com a África) ocupa hoje os mais baixos patamares das cadeias

globais de valor. Sua capacidade de atrair investimentos é dada exatamente por esta pouco virtuosa vantagem comparativa e não por sua capacidade de inserir no mercado mundial produtos com alto valor agregado. Isso se exprime na maneira como nos relacionamos com o resto do mundo e, sobretudo, com sua parcela mais dinâmica, que se encontra justamente no Leste da Ásia. O Século XXI é marcado pela intensificação dos vínculos entre países em desenvolvimento. No entanto, diz o relatório do Banco Mundial, os “laços da América Latina com outros países do hemisfério Sul é guiado em grande medida por vantagens comparativas baseadas em dotações naturais, muito mais que pela integração manufatureira nas cadeias globais de valor”. Os vultuosos investimentos chineses na América Latina hoje voltam-se fundamentalmente a fortalecer o lugar que já ocupamos nas cadeias globais de valor e concentram-se em setores marcados por baixo grau de inovação tecnológica e ameaçadores impactos socioambientais. Hidrelétricas, fósseis e exploração mineral são suas expressões mais emblemáticas. Isso significa que a recente redução da pobreza de renda na América Latina não teve lastro num processo de mudanças estruturais da vida econômica, mas, ao contrário, apoiou-se exatamente em coalisões sociais, em comportamentos e em instituições que aprofundaram esta forma inferior de inserção nas cadeias globais de valor. A impressionante desindustrialização do Continente é a principal expressão desta fragilidade. Contrariamente ao que ocorreu no Leste da Ásia, em que o fortalecimento da indústria trouxe consigo não só novas oportunidades de trabalho, mas, sobretudo, abriu caminho à emergência de novos atores sociais e de uma densa rede voltada à inovação, a América Latina vive o drama de ter-se desindustrializado, antes de ter chegado a uma renda que lhe permita transitar a uma economia moderna de serviços. O economista Dani Rodrik, da Universidade de Princeton, chama este processo de “desindustrialização prematura” e mostra que a América Latina e a África são hoje suas principais vítimas. Os dados de Rodrik convergem com os do Banco Mundial no sentido de que a atrofia industrial latino-americana não só inibe a inovação, mas é também um obstáculo consistente para que

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o aumento nos ganhos dos mais pobres se origine nas melhorias vindas do próprio mercado de trabalho. Mas Rodrik mostra que o risco desta desindustrialização prematura não é apenas econômico. É também político. “Historicamente, a industrialização desempenhou o papel fundacional na Europa e nos Estados Unidos, na criação dos Estados modernos e na emergência da democracia política”, diz ele. Uma classe operária numerosa apoiada em sindicatos e partidos com ela identificados é um fator decisivo de participação política, de negociação e esta foi uma das bases dos virtuosos processos que, nos países desenvolvidos, reduziram de forma expressiva as desigualdades e ampliaram direitos desde a IIª Guerra Mundial até o início dos anos 1980. Ao contrário, elites que têm diante de si segmentos sociais frágeis, desorganizados e cujos interesses comuns são difíceis de definir tendem a comportamentos políticos predatórios. “Elas podem preferir – e têm a habilidade para fazê-lo – dividir e dominar cultivando o populismo e a política da patronagem e colocando grupos que não pertencem às elites uns contra os outros”. Qualquer semelhança com a realidade não parece ser mera coincidência. O e-book ‘Latin America and the Rising South: Changing World, Changing Priorities’ é gratuito e pode ser obtido em: https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/21869 SUGESTÃO DE E-BOOK II

Florestan Fernandes, 20 anos depois – um exercício de

memória Abordar a obra e o pensamento de Florestan Fernandes é uma tarefa de envergadura que exige fôlego intelectual. Pesa nessa empreitada a extensão temporal da produção intelectual do autor, sua importância na consolidação do método para as investigações da ciência social (recepcionando no contexto nacional as grandes escolas internacionais), suas

elaborações sobre a trajetória social e política brasileira e sua importância pessoal no grupo dos grandes pensadores brasileiros, bem como sua participação efetiva no processo político a partir da década de 1980. Muitas pesquisas e trabalhos foram produzidos nas últimas décadas sobre a obra de Florestan, seu marco teórico, sua relevância para a institucionalização das ciências sociais, seu papel de intelectual público e também enquanto ator político. Neste livro, organizado para lembrar os 20 anos de sua morte, apresentamos algumas dessas contribuições investigativas sobre a obra, o homem e o legado de Florestan. Este livro constitui-se numa tentativa de elaborar uma contribuição para o conjunto de estudos e pesquisas, principalmente em pensamento político e social brasileiro, sobre este importante autor. O E-book é gratuito e está disponível em: http://www.centrocelsofurtado.org.br/interna.php?ID_M=1385 SUGESTÃO DE E-BOOK III

Ciência das Mudanças Climáticas e sua Interdisciplinaridade

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) realiza, no dia 15 de dezembro, o lançamento do livro Ciência das Mudanças Climáticas e sua Interdisciplinaridade, organizado por Tercio Ambrizzi, Pedro Roberto Jacobi e Lívia Marcia Mosso Dutra. Editado pela Annablume, o livro reúne artigo dos pesquisadores do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas / INterdisciplinary CLimate INvestigation Center (NapMC / INCLINE). ] O NapMC tem por objetivo integrar e potencializar colaborações essenciais ao tema das Mudanças Climáticas, com o envolvimento de professores, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-

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graduação de diferentes áreas do saber e de várias instituições da USP. O INCLINE também possui diversos colaboradores oriundos de instituições nacionais e internacionais. Suas atividades envolvem a organização do acervo de experiências, publicações em revistas científicas e livros, formação de recursos humanos, transferência tecnológica para setores empresariais e governo, entre outras atividades que visam fortalecer a relação da ciência com a sociedade e gerar conhecimento de ponta para apoio de políticas públicas no tema. O E-book é gratuito e está disponível em: http://www.incline.iag.usp.br/data/index_BRA.php SUGESTÃO DE E-BOOK IV

Normativas do CONCEA para Produção, Manutenção ou Utilização de Animais em

atividades de ensino ou pesquisa científica O Conselho Nacional de Controle de experimentação Animal – CONCEA informa que está disponível a 2ª edição do E-book das Normativas do CONCEA para Produção, Manutenção ou Utilização de Animais em atividades de ensino ou pesquisa científica. O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal – CONCEA no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, foi criado pela Lei n.º 11.794, de 08 de outubro de 2008, como instância colegiada multidisciplinar de caráter normativo, consultivo, deliberativo e recursal, a quem compete normatizar o uso de animais em ensino ou pesquisa científica, principalmente, no que concerne ao controle das instituições que criam, mantêm ou utilizam animais para ensino ou pesquisa científica no País.

6 Texto originalmente publicado na Revista Valor Econômico, em 17/11/15. Disponível na página do autor: http://ricardoabramovay.com/a-economia-circular-chega-ao-brasil

O E-book é gratuito e está disponível em: http://www.mct.gov.br/upd_blob/0238/238343.pdf SUGESTÃO DE PUBLICAÇÃO A ECONOMIA CIRCULAR CHEGA AO BRASIL6

Ricardo Abramovay7 Dos desafios solitários, no interior de um veleiro, em que fez a mais rápida circum-navegação do globo, em 2005, nasceu a inspiração para que Ellen McArthur lançasse um dos mais ambiciosos movimentos empresariais contemporâneos. Os 71

dias em que a britânica percorreu mais de 50 mil quilômetros, sem reabastecimento de combustíveis, alimentos ou água, forneceram-lhe uma imagem preciosa. Os materiais, a energia e os recursos bióticos do

Planeta são abundantes, mas, em alguma medida, finitos e se não forem usados de forma inteligente, acabarão por esgotar-se. Entre 2005 e 2010 Ellen McArthur empregou seu prestígio e sua obstinação para encontros com líderes empresariais e de ONG’s do mundo todo. O resultado é a Fundação Ellen McArthur, apoiada hoje não só por mais de uma centena de empresas globais do calibre de Renault, Philips, e-Bay e IBM, mas também por uma ampla rede de organizações de consultoria e pesquisa, incluindo diversas universidades ao redor do mundo. Acaba de ser lançado seu escritório brasileiro, com seminário recentemente realizado na sede da Natura e na FEA/USP. A constatação de base é que a vida econômica contemporânea percorre uma trajetória linear: extrair, transformar, consumir e descartar. O desperdício daí resultante até que podia ser tolerado num mundo com dois ou três bilhões de habitantes. Hoje, não mais. Mesmo na Europa, onde os hábitos de vida são muito menos perdulários do que nos Estados Unidos, os dados são chocantes, conforme mostra

7 Professor Sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP, autor de Beyond the Green Economy (Routledge).

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um fascinante relatório da Fundação Ellen McArthur e da McKinsey, recém lançado8. 60% dos materiais descartados pelos europeus são enviados a aterros ou incinerados. Ora, materiais e componentes correspondem a algo entre 40 e 60% do custo total da atividade manufatureira europeia. Os europeus importam 60% dos materiais e da energia que consomem. Portanto, a urgência com relação à melhoria em seu aproveitamento não é um tema “ambiental”, mas um imperativo econômico de sobrevivência. O relatório analisa três necessidades humanas básicas – mobilidade, alimentação e moradia – que correspondem a 60% dos gastos domiciliares e a 80% dos recursos consumidos na União Europeia. O mau uso é generalizado. O automóvel europeu, por exemplo, fica estacionado 92% do tempo. Em média, ao ser usado, somente 1,5 de seus cinco lugar é ocupado. Quando se juntam os gastos domiciliares com o automóvel aos custos de suas externalidades (sobretudo congestionamento) o resultado total é de dois trilhões de euros anuais, equivalentes aos PIBs da Itália e da Suécia somados. Na alimentação, joga-se fora nada menos que um terço dos alimentos produzidos. O uso da água é pouco eficiente e a estimativa é que as culturas absorvem apenas 30 a 50% dos fertilizantes aplicados. Além disso, não se pode separar a produção alimentar das distorções em seu consumo, razão pela qual o relatório mostra o impressionante custo social do sobrepeso e da obesidade na Europa. O funcionamento da construção civil, também impõe custo exorbitante à sociedade europeia, que tem três expressões principais. A primeira é o desperdício de materiais e a baixa produtividade em muitos países europeus, em contraste com o avanço tecnológico em outros setores. Além disso, de 35% a 50% dos escritórios europeus permanecem sem uso, mesmo nos dias e horários úteis. Em terceiro lugar, apesar de sua tradição histórica de cidades compactas, o processo de dispersão urbana também avança na Europa, com custos imensos para toda a sociedade. A economia circular tem a ambição de transformar este sistema para que tanto os nutrientes

8 http://www.ellenmacarthurfoundation.org/news/circular-economy-would-increase-european-competitiveness-and-deliver-better-societal-outcomes-new-study-reveals

biológicos, como os nutrientes técnicos que compõem a riqueza sejam permanentemente não apenas reciclados, mas revalorizados ao longo dos processos produtivos. O ponto de partida é de natureza eminentemente ética: os vários documentos lançados desde 2012 pela Fundação Ellen McArthur preconizam uma economia não apenas menos danosa, mas regenerativa tanto dos ecossistemas como do tecidos sociais que têm sido sistematicamente destruídos pelas formas atuais como se obtém riqueza. Em um trabalho também recentemente publicado sobre a Suécia a economia circular é definida como um “sistema industrial restaurativo por intenção e por design”9. A novidade contida nesta orientação ética é tríplice. Por um lado, ela só vai florescer caso consiga se apoiar em muita ciência e tecnologia. Os vários documentos da Fundação Ellen McArthur reconhecem que já existe redução no uso de materiais, energia e recursos bióticos, mas mostram que estes ganhos têm sido constantemente contrabalançados pelo próprio aumento no consumo. Globalmente, o uso de recursos aumenta e só a pesquisa em torno de energias renováveis, novos materiais e formas regenerativas de uso de solo poderá reverter esta tendência. Em segundo lugar, a inovação tecnológica disruptiva que pode dar origem à economia circular supõe novos modelos de negócio em que o acesso se torna mais importante que a propriedade e o compartilhamento passa a ser estimulado pelo próprio setor privado. De maneira realista e sem sensacionalismo, o relatório europeu mostra o avanço notável do uso compartilhado de automóveis na Europa. Em terceiro lugar, os trabalhos da Fundação Ellen McArthur procuram estimar os ganhos econômicos que a transição para a economia circular pode trazer. No caso europeu se forem incluídas as externalidades, estes ganhos podem chegar a 1,8 trilhão de euros até 2030. O Brasil e a América Latina são hoje os grandes fornecedores das matérias-primas cujo uso a economia circular tem a ambição de reduzir drasticamente. Parte cada vez mais importante da inovação contemporânea visa exatamente diminuir

9 http://www.clubofrome.org/?p=8260

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a dependência em que o sistema econômico se encontra de produtos primários. Longe de ser má notícia para nosso Continente, esta realidade abre as portas para o melhor uso dos recursos de que dispomos. A economia circular dá um rumo promissor para a retomada do crescimento brasileiro, quando ela vier. A publicação está disponível em: http://www.ellenmacarthurfoundation.org/news/circular-economy-would-increase-european-competitiveness-and-deliver-better-societal-outcomes-new-study-reveals SUGESTÃO DE WEBSITE

O Instituto Escolhas é uma associação civil sem fins econômicos, formalizada em agosto de 2015, fundada para qualificar o debate sobre sustentabilidade por meio da tradução numérica dos impactos econômicos, sociais e ambientais das decisões públicas e privadas. Seu objetivo é produzir estudos, análises e relatórios que amparem novas leituras e argumentos capazes de superar a polarização ideológica das escolhas conflituosas do planejamento, permitindo a construção de soluções para viabilizar o desenvolvimento sustentável Website disponível em: http://www.escolhas.org/ LIVROS Avaliação de empreendimentos e recursos minerais Tulcanaza Oficina de textos

Soil Science Simplified Eash & Sauer Wiley-Blackwell Current Therapy in Avian Medicine and Surgery Speer Saunders The oil palm (Worls Agriculture Series) Corley &Tinker Wiley-Blackwell Foodborne and Food Safety (Food Biology Series) Bari & Ukuku CRC Press Small-scale Aquaponic Food Production (FAO Fisheries and Aquaculture Reports) FAO FAO The new farmers’ market, 2nd edition: Farm-fresh ideas for producers, managers and communities Corum & Rosenzweig New World Publishing Brinker, Piermattei and Flo’s Handbook of Small Animal Orthopedics and Fracture Repair, 5e DeCamp Saunders August’s Consultations in Feline Internal Medicine, Volume 7, 1e Little Saunders Veterinary Parasitology, 4e Taylor, Coop & Wall Wiley-Blackwell Exotic Animal Medicine: A quick reference guide Jepson Elsevier Avian Medicine, 3e Samour Elsevier The laboratory bird Taylor, Lee & Strait CRC Press

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Erythrocytes of the Rhesus and Cynomolgus Monkeys Glomski, Pica & Greene CRC Press Equine Learning and Behaviour Hanggi CABI Complications in Small Animal Surgery Griffon & Hamaide Wiley-Blackwell Equine Neonatology, an issue of veterinary clinics of North America: Equine Practice, 1e Wilkins Elsevier A treatise on epizootic lymphangitis Pallin Leopold Classic Library ÍNDICE DE CUSTO DE PRODUÇÃO DO CORDEIRO PAULISTA (ICPC) O Índice de Custo de Produção do Cordeiro Paulista é um projeto desenvolvido pelo Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal da FMVZ/USP. Foi verificado aumento do custo de produção do cordeiro nas regiões Bauru e de Campinas, diferente do que ocorreu com as demais regiões. Na região de Bauru os produtores experimentaram reajustes significativos na mão de obra utilizada no campo, e de forma mais suave os aumentos de custos de produção para região de Campinas estão relacionados aos itens da alimentação. Em direção oposta, a queda de preços verificada na região de São José do Rio Preto é atribuída a desvalorização dos reprodutores e do calcário para utilização na manutenção de pastagens e capineiras. No custo agregado para o estado, verificou-se alta.

Tabela: Custo de produção do cordeiro nos meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

Região

Custo do cordeiro em dezembro/2015

Custo do cordeiro em janeiro/2016 Variação

do custo (%) R$/kg

vivo R$/kg

carcaça R$/kg vivo

R$/kg carcaça

Araçatuba1 20,46 48,70 20,39 48,56 -0,34%

Bauru1 16,58 41,46 17,72 44,30 6,88%

Campinas1 27,19 63,24 28,42 66,09 4,52%

Piracicaba2 26,85 62,44 26,67 62,02 -0,67%

São J. Rio Preto1 6,74 14,04 6,53 13,60 -3,12% Custo agregado para o estado3 16,33 38,32 16,68 39,20 2,11%

1Nas regiões de Araçatuba, Bauru, Campinas e São José do Rio Preto os custos se referem ao kg do cordeiro terminado. 2Na região de Piracicaba os custos se referem ao kg do cordeiro desmamado, não terminado. 3 Ponderação dos índices regionais baseada nos efetivos de rebanho de cada região, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (IBGE, 2011).

Recebemos com certa frequência mensagens com dúvidas em relação à forma com que os custos são calculados neste estudo. Assim, procuramos apresentar a seguir algumas informações para melhorar a compreensão sobre o ICPC. No método adotado, os itens de custo são agrupados em três categorias. São elas: i) custos variáveis (alimentação e despesas veterinárias); ii) custos fixos operacionais (mão de obra, energia e combustíveis, depreciações de instalações, equipamentos e reprodutores e manutenção de instalações, equipamentos e pastagens); e iii) renda dos fatores (juros sobre o capital de giro e imobilizado e custo de oportunidade da terra). Assim, são incluídos todos os itens recomendados pela Teoria Econômica. É importante que se incluam todos estes itens, para evitar a descapitalização do produtor. No entanto, é comum que vários destes itens não entrem nas contas dos produtores, por diversos motivos. A Tabela a seguir demonstra o impacto disso no custo de produção do mês atual. Tabela: Custos de produção no mês de janeiro de 2016, descontando-se alguns itens (R$/kg vivo)

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Se desejar, cadastre-se para ser um informante mensal de preços de insumos, e/ou para receber gratuitamente a planilha de cálculo de custo de produção de cordeiros. Para mais detalhes sobre a caracterização dos sistemas de produção considerados no estudo ou sobre a ponderação do índice estadual, envie e-mail para [email protected]. OPORTUNIDADES EMATER/MG: abre concurso para Extensionista agropecuário, Médico Veterinário, Zootecnista (Edital 001/2015). Inscrições de 01/03/2016 a 06/04/2016. Mais informações: http://www.gestaoconcurso.com.br/concurso/concurso_detalhes.aspx?IDPROCESSO=94 Fundação Ambiental de Grão Pará/SC: abre concurso para Biólogo, Engenheiro Agrônomo e Engenheiro Sanitarista e Ambiental (Edital 002/2016). Inscrições até 12/02/16. Mais informações: www.faepesul.org.br/concursos Importadora Bagé: abre vaga para Representante Comercial, no Rio Grande do Sul. Perfil desejado: graduação em Medicina Veterinária. Enviar currículo até 11/02/2016. Mais informações: [email protected] ou http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/emprego-representante-comercial-de-produtos-veterinarios-rio-grande-do-sul-2/ Cobasi: abre vaga para vendedor especializado júnior, em São Paulo-SP. Perfil desejado: Graduação em Medicina Veterinária com CRMV ativo. Enviar currículo até 11/03/2016. Mais informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/emprego-vendedor-especializado-junior-veterinario-sao-paulo-sp/ Kayros Ambiental e Agrícola: abre vaga para representante no setor do agronegócio. Perfil desejado: Graduação em Biologia, Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária, Zootecnia ou

semelhantes. Enviar currículo até 12/02/2016. Mais informações: [email protected] ou http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/vagas-representante-agronegocio-biotecnologia/ Connan: abre vaga para assessor técnico comercial na Região da Alta Floresta. Perfil desejado: Graduação em Zootecnia, Medicina Veterinária, Agronomia ou afins e vivência na área comercial. Enviar currículo até 13/02/2016. Mais informações: [email protected] ou http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/emprego-assessor-tecnico-comercial-em-nutricao-animal-mato-grosso/ TuttiAgro: abre vaga para Representante Comercial (pet food), para atuar no Paraná. Perfil desejado: Graduação em Medicina Veterinária, Zootecnia, Tecnologia em Agroindustria ou semelhantes. Enviar currículo até 14/03/2016. Mais informações: [email protected] ou http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/3-vagas-representante-comercial-pet-food-santa-catarina/ Minertam: abre vaga para veterinários ou zootecnitas para atuar em Tamboara/PR. Enviar currículo até 15/03/2016. Mais informações: [email protected] ou http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/2-vagas-veterinario-zootecnista-em-nutricao-animal-tamboara-pr/ Leaderth Consultoria Recursos Humanos: recruta veterinários ou zootecnistas para atuar no Rio de Janeiro/RJ. Enviar currículo até 24/02/2016. Mais informações: [email protected] ou http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/emprego-tecnico-veterinario-zootecnista-em-multinacional-rio-de-janeiro-rj/ Cargill/Nutron: abre vaga para representante técnico comercial, na área de nutrição de bovinos de cote, em Porangatu/GO. Perfil desejado: graduação em medicina veterinária, zootecnia, ou áreas relacionadas a agropecuária, desejável experiência em agronegócios e nutrição de gado de corte. Enviar currículo até 22/02/2016. Mais informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2015/11/emprego-representante-tecnico-comercial-nutricao-de-bovinos-de-corte-porangatu-go/

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LIVE - Centro de Referência em Diagnóstico Veterinário: contrata veterinário radiologista/ultrassonografista para atuar em São Paulo/SP. Perfil desejado: graduação em Medicina Veterinária. Enviar currículo até 26/02/2016. Mais informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/emprego-veterinario-radiologista-ultrassonografista-sao-paulo-sp/ Cobasi: abre vaga para vendedor especializado júnior, em Osasco-SP. Perfil desejado: Graduação em Medicina Veterinária com CRMV ativo. Mais informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/emprego-vendedor-especializado-junior-veterinario-osasco-sp-3 Basf: abre vaga para Especialista em Nutrição Animal. Perfil desejado: Graduação em Medicina Veterinária, Zootecnia ou Engenharia Agronômica. Mais informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2016/01/emprego-especialista-em-nutricao-animal-aves-e-suinos/

CURSOS Curso de aprimoramento em ortopedia de cães e gatos Jaboticabal, SP, 13 de Fevereiro 2016 a 29 de Janeiro de 2017 http://www.funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=539 Curso de Cirurgias em Pequenos Animais Viçosa/MG, 16 de Fevereiro a 18 de Fevereiro de 2016 http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-cirurgias-em-pequenos-animais/#tab1 Curso FACTA - Nutrição de Matrizes e Frangos Campinas, SP, 16 e 17 de Fevereiro de 2016 http://facta.org.br/cursonutricao/ Gestão da Pecuária de Corte Cuiabá, MT, 16 de Fevereiro a 7 de Outubro http://www.rehagro.com.br/plus/modulos/curso/curso.php?cdcurso=31 Capacitação em Gestão da Pecuária de Corte Cuiabá, MT, 18 de Fevereiro http://materiais.rehagro.com.br/gestao-pecuaria-corte-cuiaba-2016

Cirurgia Ortopédica em Pequenos Animais Viçosa, MG, 19 de Fevereiro a 21 de Fevereiro http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-cirurgias-ortopedicas-em-pequenos-animais/#tab1 Formação e Atualização para Profissionais em Equoterapia Piracicaba, SP, 19 de Fevereiro a 21 de Fevereiro http://www.pecege.org.br/educacao/cursos-de-curta-duracao-1/curso-de-formacao-e-atualizacao-para-profissionais-em-equoterapia# Inseminação Artifical e Estratégias de IATF em bovinos Viçosa, MG, 20 de Fevereiro a 23 de Fevereiro http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-inseminacao-artificial-e-estrategias-de-iatf-em-bovinos/#tab1 Cirurgias Ortopédicass em Pequenos Animais (Módulo Avançado) Viçosa, MG, 21 de Fevereiro a 23 de Fevereiro http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-cirurgias-ortopedicas-em-pequenos-animais-modulo-avancado/#tab1 Curso Teórico-Prático de Ultrassonografia em Pequenos Animais São Paulo, SP, 22 de Fevereiro a 01 de Abril http://www.ivi.vet.br/curso/curso_teoricopratico_de_ultrassonografia_em_pequenos_animais.html Criação Eficiente de Bezerras (EaD) 22 de Fevereiro a 11 de Abril http://www.agripoint.com.br/curso/bezerras-novilhas/ Ultrassonografia e Aspiração Folicular de FIV em Bovinos Viçosa, MG, 24 de Fevereiro a 28 de Fevereiro http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/cursos-de-ultrassonografia-e-aspiracao-folicular-para-fiv-em-bovinos/#tab1 VII Curso de Neurocirurgia de Coluna em Pequenos Animais Botucatu, SP, 26 de Fevereiro a 28 de Fevereiro http://www.bioethicus.com.br/Neurocirurgia-Coluna/?p=home Gestão da Pecuária Leiteira com Foco na Rentabilidade Piracicaba, SP, 26 de Fevereiro a 09 de Abril http://www.pecege.org.br/educacao/capacitacao/gestao-da-pecuaria-leiteira-com-foco-na-rentabilidade VIII Curso de Formação em Neurologia Veterinária Botucatu, SP, 27 de Fevereiro de 2016 a 27 de Fevereiro de 2017 http://www.bioethicus.com.br/neurologia-veterinaria/?p=home

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Atualização em Anestesiologia de Gatos Rio de Janeiro, RJ, 27 de Fevereiro a 28 de Fevereiro http://www.hovetbotafogo.com.br/?p=517 Sanidade e Monitoramento de Vacas em Periodo de Transição (EaD) 29 de Fevereiro a 11 de Abril http://www.agripoint.com.br/curso/sanidade-vacas/ Curso de Planejamento e Produção de Frango de Corte Viçosa, MG, 01 de Março a 03 de Março http://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/cursos-de-planejamento-e-producao-de-frango-de-corte/#tab1 31º Treinamento sobre Sistema Rotacionado Intensivo de Produção de Pastagens para Bovinos Leiteiros Piracicaba, SP, 01 de Março a 03 de Março http://fealq.org.br/informacoes-do-evento/?id=359 Ultrassonografia em Pequenos Animais São Bernardo dos Campos, 01 de Março a 17 de Abril http://www.rkdiagnostico.com.br/site/eventos/curso-teorico-pratico-ultrassonografia-em-pequenos-animais Impacto da Salmonella na Avicultura Cascavel, PR, 02 de Março a 03 de Março http://www.facta.org.br/cursosalmonella2016/ Gestão da Pecuária Leiteira Patos de Minas, MG, 03 de Março a 03 de Fevereiro de 2017 http://www.rehagro.com.br/plus/modulos/curso/curso.php?cdcurso=29 Suplementação de Bovinos de Corte (EaD) 09 de Março a 20 de Abril http://www.pecege.org.br/educacao/cursos-de-curta-duracao-1/suplementacao-de-bovinos-de-corte-curso-ead Dinapec 2016 - Dinâmica Agropecuária Campo Grande, MS, 09 de Março a 11 de Março https://www.embrapa.br/dinapec-2016 Aperfeiçoamento em Cardiologia Veterinária Jaboticabal, SP, 11 de Março a 25 de Setembro http://funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=524 Levantamento, Monitoramento e Resgate de Avifauna para Consultoria e Licenciamento Ambiental Cachoeiras de Macacu, RJ, 11 de Março a 13 de Março http://www.selvagememfoco.com/#!avifauna/c36q

Especialização de Patologia Clínica em Pequenos Animais Jaguariúna, SP, 11 de Março a 11 de Setembro http://ibvet.com.br/ib/wp1/ibvet/c/?id=1 Aperfeiçoçamento em Radiologia e Ultrassonografia em Pequenos Animais Teresina, PI, 11 de Março a 12 de Setembro http://ibvet.com.br/ib/wp1/ibvet/c/?id=12 EVENTO EM DESTAQUE

EVENTOS Viva Pet Nordeste 2016 Fortaleza, CE, 06 de Março a 08 de Março http://www.vivapetnordeste.com.br/#home XXXI Congresso Brasileiro de Zoologia Cuiabá, MT, 07 de Março a 11 de Março http://www.cbz2016.com.br/

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Expodireto Cotrijal 2016 Não-Me-Toque, RS, 07 de Março a 11 de Março http://www.expodireto.cotrijal.com.br/index.php?id_menu= XIII SIMPROPIRA - Simpósio de Produção Animal Pirassununga, SP, 12 de Março a 13 de Março http://simpropira.com.br/home/ XIV Congresso Apa - Produção e Comercialização de Ovos Ribeirão Preto, SP, 15 de Março a 17 de Março http://agroevento.com/agenda/xiv-congresso-apa/ Atualização em Monitoração Cardiorrespiratória Rio de Janeiro, RJ, 15 de Março a 16 de Março http://www.hovetbotafogo.com.br/?p=495 XXVI SACAVET - Semana Acadêmica Veterinária São Paulo, SP, 19 de Março a 24 de Março http://sacavet.com.br/home/quem-somos/ EQUIPE Augusto Hauber Gameiro [email protected] Professor da FMVZ/USP Thayla Sara Soares Stivari Reijers [email protected] Doutoranda na FMVZ/USP Camila Raineri [email protected] Pós-doutoranda na FMVZ/USP Camila Rodrigues Pires [email protected] Aluna do Curso de Medicina Veterinária da FMVZ/USP, Bolsista do Programa “Aprender com Cultura e Extensão” Juliana de Cassia Gildo [email protected] Aluna do Curso de Medicina Veterinária da FMVZ/USP, Bolsista do Programa “Aprender com Cultura e Extensão” Rubens Nunes

[email protected] Professor da FZEA/USP Nota: as imagens foram elaboradas gentilmente pelo designer Francisco Eduardo Alberto de Siqueira Garcia. CONTATO USP / FMVZ / VNP / LAE Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal Av. Duque de Caxias Norte, 225 - Campus USP CEP 13.635-900, Pirassununga - SP Telefone: (19) 3565 4224 Fax: (19) 3565 4295

http://lae.fmvz.usp.br

SOBRE O BOLETIM ELETRÔNICO “SOCIOECONOMIA & CIÊNCIA ANIMAL”

Trata-se de um projeto de extensão vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/USP). O projeto conta com a participação da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP). O boletim eletrônico tem o objetivo de divulgar os resultados de pesquisas desenvolvidas e publicadas nacionalmente e internacionalmente, e que tenham como campo de investigação, as Ciências Humanas aplicadas diretamente ou conjuntamente à Ciência Animal. Portanto, este projeto de extensão procura contribuir para o desenvolvimento científico baseado na multidisciplinaridade. O boletim é de livre acesso a todos que tenham interesse, bastando enviar uma mensagem solicitando a inclusão do e-mail destinatário para o seu recebimento. Críticas, ideias e sugestões sempre serão bem-vindas.

Para solicitar cadastramento na lista de destinatários ou cancelamento do recebimento, favor escrever para: [email protected] Clique no link abaixo para ter acesso às edições anteriores:

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Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus USP "Fernando Costa" - Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Departamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal

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