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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS TRANSPORTE DE CARGAS AÉREAS NA ATUALIDADE DANIEL NOGUEIRA GONÇALVES ALFREDO ORIENTADOR: PROFESSOR JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO RIO DE JANEIRO JUNHO DE 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E

DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

TRANSPORTE DE CARGAS AÉREAS NA ATUALIDADE

DANIEL NOGUEIRA GONÇALVES ALFREDO

ORIENTADOR:

PROFESSOR JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO

RIO DE JANEIRO JUNHO DE 2010

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TRANSPORTE DE CARGAS AÉREAS NA ATUALIDADE

DANIEL NOGUEIRA GONÇALVES ALFREDO

Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Rio de Janeiro

Junho de 2010

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais que com a sua dedicação, amor e carinho me

conduziram na edificação da minha personalidade, permitindo-

me chegar até aqui.

A Nathália minha esposa agadeço o carinho, o amor e o

incentivo nesta caminhada.

Presto um agradecimento especial aos meus dois orientadores

técnicos, dois grandes amigos e dois grandes especialistas,

veteranos da aviação comercial brasileira, nas pessoas do

Comandante José Luiz Ferreira de Souza e do historiador de

aviação Germano Bensmuller, que me prestaram toda a

orientação técnica na elaboração desta monografia.

Agradeço a dois grandes amigos e grandes incentivadores,

o Dr. José Luiz de Rose e o Padre Marcos William Bernardo,

pelo seu apoio na elaboração deste singelo trabalho.

Presto também uma homenagem especial aos meus amigos

da primeira hora de criação da Equipe Hobbybus de pesquisas

em transportes, que também me ajudaram e me incentivaram

a elaborar esta monografia, realizando um sonho.

A todos muito obrigado e que Deus a todos abençoe.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao amor de Deus, sem o qual nada poderia ser realizado

(Tomou então Samuel uma pedra e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou

Ebenézer, e disse: ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR)

I SAMUEL 7:12

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RESUMO

Conforme descrito nesta monografia, a principal diferença do modal de

cargas aéreas, em comparação com os outros modais de transporte está em

sua rapidez; a carga aérea é um componente essencial da cadeia logística de

transportes, principalmente sob a modalidade “just in time” de produtos

manufaturados de alto valor agregado. O transporte de cargas aéreas responde

por cerca de 2% do peso de movimento internacional de bens de capital

industrializados, crescendo a taxas mais altas que os demais modais,

mostrando a importância que o rápido e confiável manejo de mercadorias

proporcionado pelo modal de transportes aéreos, com as empresas

transportadoras de cargas aéreas buscando adequar o tamanho e as

características de suas frotas, através da aquisição direta ou sob regime de

leasing, que atendam a crescente demanda desse mercado. Uma grande

contribuição tem sido dada pelas aeronaves cargueiras russas de grande

densidade, as únicas no mundo capazes de transportar cargas indivíseis de

grande porte. Atualmente, os dois fabricantes mundiais de aeronaves, a Boeing

e a Airbus estão trabalhando em projetos-conceitos com vistas à produção de

aeronaves de carga e passageiros, utilizando novas tecnologias, como por

exemplo, materiais compostos, mais leves e mais resistentes que o alumínio,

com propriedades anti-oxidantes. Mesmo com a recente crise do mercado

financeiro globalizado, o presente ano (2010) mostra que os produtores de

aviões estão superando os desafios, oferecendo ao mercado três novos

modelos de aeronaves, duas das quais na configuração cargueira: O Boeing

747-8F, o Airbus A330-200F, e o Boeing 787, inicialmente destinado ao

transporte de passageiros. Esta monografia tem como objetivo mostrar

resumidamente o mercado de aviação, destacando o mercado de cargas

aéreas. Este trabalho foi realizado mediante pesquisa exploratória bibliográfica

e documental, contando também com a orientação técnica do Comandante

José Luiz Ferreira de Souza e do historiador de aeronáutica Germano

Bensmuller, além de obras de propriedade do autor desta monografia.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada na elaboração desta monografia, baseia-se no

método de pesquisa exploratória, com consultas bibliográficas em Transportes

Aéreos, com foco em transportes de cargas e passageiros, além de consultas

aos relatórios publicados bianualmente pela Boeing Company que são o World

Air Cargo Forecast (WACF) e o Current Market Outlook (CMO), além do GMF-

Global Market Forecast publicado pela Airbus Industries, para o período

2009/2028.

Esses três documentos são considerados como fontes de informações

fidedignas no mercado de aviação, contendo as principais informações acerca

dos mercados de carga e de passageiros,e as principais tendências do

mercado de aviação para as próximas décadas, composição da frota mundial

de aviões de carga etc. Os relatórios publicados no biênio 2008/2009 contém

informações atualizadas que formam o suporte para a realização de pesquisas

exploratórias a respeito.

O estudo deste modal é de grande importância para os meios

acadêmicos, pois, além de documentos técnicos a respeito, e da falta de

informações existentes, é um assunto quase desconhecido no meio acadêmico,

embora represente cerca de 25% do total do faturamento das empresas aéreas

em todo mundo.

A elaboração deste trabalho foi realizada, conforme ressaltado, através

de pesquisas exploratórias, abrangendo consultas a obras especializadas em

aviação, além de sites e publicações das empresas de aviação, de acordo com

a assessoria técnica de dois grandes profissionais da aviação brasileira,

respectivamente o Comandante José Luiz Ferreira e o historiador de aviação

Germano Bensmuler e também através de material técnico sobre o assunto, no

acervo documental do autor desta monografia.

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7As fontes de consulta utilizada neste trabalho (bibliografia, e documentação

fotográfica) são todas citadas no índice bibliográfico desta monografia, no final

do mesmo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO 1

Fundamentação teórica 11

CAPÍTULO 2

Cargas aéreas 20

CAPÍTULO 3

Cenários, nacional e internacional do setor de cargas aéreas 23

CAPÍTULO 4

Desenvolvimento da frota de aeronaves cargueiras 34

CAPÍTULO 5 Conceitos relacionados ao peso e balanceamento de aeronaves 43 CAPÍTULO 6

O futuro da aviação 51

CONCLUSÃO 62

BIBLIOGRAFIA 66

ÍNDICE 76

ANEXOS

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INTRODUÇÃO

Podemos dizer que, em síntese, transporte é o movimento de pessoas

ou coisas de um lugar para outro.

As cargas aéreas são extremamente diversificadas, gerando tratamentos

especiais no seu transporte, influenciando diretamente os procedimentos

técnicos utilizados nessa área, requerendo condições logísticas diferenciadas,

até mesmo porque a evolução tecnológica desse modal tem sido muito rápida.

O movimento de cargas aéreas no mundo pode ser dividido entre dois

períodos comerciais distintos entre si: antes e após o fim da União Soviética em

1991.

Embora esta monografia tenha o título “Transportes Aéreos na

Atualidade”, e considerando que as aeronaves cargueiras também podem ser

configuradas para o transporte de passageiros, não há como focar o assunto-

tema desta monografia isoladamente, apenas sob o ângulo do transporte aéreo

de cargas, dado que as aeronaves estão configuradas e adaptadas também

para o transporte de passageiros, motivo pelo qual este documento, procura

sintetizadamente descrever um pouco a respeito dos aspectos que envolvem

esse modal de transporte de cargas.

Devido à pequena produção literária na aérea de Transportes Aéreos e

aviação em geral, esta monografia foi escrita com base nas informações

extraídas dos dois principais fabricantes de aeronaves mundiais, a Boeing e a

Airbus, além de consultas a Sites especializados em aviação, jornais e revistas

e também contando com a assessoria técnica de dois profissionais desse setor.

O mercado de cargas aéreas é formado por empresas ocidentais e

russas, destacando-se as cinco grandes empresas ocidentais que são a

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10Cargolux, a TNT Express, a DHL, a UPS-Worldwide Express e a FEDEX-

Federal Express;

Já pelo lado oriental (russo), conforme informado pelo relatório Trends

and Development of World and Russian Air Cargo Market, publicado pela

Aeroflot Cargo, as principais empresas russas de transporte aéreo, são a

Volga-Dnper, A Aeroflot Cargo e a Polet, além de outras empresas de menor

porte.

Desta forma, esta monografia partindo da Fundamentação Teórica sobre

o assunto-objeto da mesma, percorre, ao longo de seis capítulos, o setor de

cargas aéreas, narrando um pouco dos cenários nacional e internacional do

setor, passando pelo desenvolvimento da frota de aeronaves cargueiras,

abordando os fatores relativos ao peso de balanceamento de aeronaves e

também e mencionando alguns aspectos do futuro da aviação.

Assim, o autor desta monografia espera entregar aos leitores um texto

que ofereça uma visão geral do setor, na expectativa de oferecer aos leitores

apenas mais uma contribuição referencial que possa ser útil aos mesmos,

pois é totalmente impossível esgotar tudo o que existe a respeito num pequeno

texto monográfico.

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CAPÍTULO I

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com a chegada do quarto período global, os mercados consumidores

passaram a exigir níveis de qualidade cada vez melhores, com produtos cada vez

mais competitivos.

Tratando-se de uma tecnologia de ponta, não se pode prescindir de uma

análise do cenário aeronáutico globalizado, haja visto a quase não existência de

fronteiras limitadoras das atividades desse modal de transportes.

Nesse cenário globalizado, a indústria aeronáutica tornou-se mais

competitiva, investindo no desenvolvimento de novas aeronaves de cargas e

passageiros, e novos sistemas de produção buscando índices de produtividade

cada vez maiores e custos de produção mais baixos, proporcionando o aumento

no ritmo de produção de aviões, otimizando os prazos de entrega às empresas

compradoras.

Para fazer face a esse novo cenário econômico, novos conceitos de

fabricação e montagem foram desenvolvidos, destacando-se os itens abaixo:

• Introdução do Sistema Lean de produção;

• Utilização de materiais compostos;

• Confiabilidade industrial;

• Sistema de produção compartilhado;

.

1.1 – Sistema Lean de Produção

O sistema Lean criado pela Toyota Motor Company pode ser definido como

método de "Produção Enxuta" que é uma filosofia de negócios baseada no

Sistema Toyota de Produção que analisa e racionaliza as atividades básicas do

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12negócio identificando o que é desperdício e o que é o valor a partir da ótica dos

clientes e usuários.

As práticas envolvem a demanda real dos clientes, a análise e melhoria do

fluxo de valor das plantas e da cadeia completa, desde as matérias primas até os

produtos acabados e desenvolvendo produtos que efetivamente sejam soluções

do ponto de vista do cliente.

Essa filosofia tem trazido resultados muito compensadores para as empresas

que a praticam.

Graças à eficiência do Sistema Lean, a Boeing reformou a sua linha de

produção do Boeing 737, reduzindo o período de período de montagem de 28

para 11 dias.

Esse mesmo sistema também é utilizado pelo Consórcio Europeu Airbus na

montagem final do conjunto de partes das aeronaves nas instalações francesas,

localizadas em Toulouse na França.

O sistema Lean proporciona um aumento da capacidade de atender a

demanda de produtos com qualidade superior, sendo aplicado, com grandes

resultados em eliminação de desperdícios, nos mais diferentes ambientes das

organizações (administração, desenvolvimento de produto e produção), bem

como em empresas de diversos setores, tais como: automobilístico e seus

fornecedores, aeronáutico, eletrônico, serviços, construção, mineração, saúde,

produção sob encomenda etc.

De acordo com a opinião do Engenheiro de Produção Igor Kendji, o Lean não

é uma simples ferramenta da qualidade, mas sim uma mudança de cultura uma

mudança de comportamento,

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13 Num mercado altamente globalizado, no qual estão situadas as fábricas de

aviões, a empresa que deseja ser competitiva no mercado deve aplicar estes

conceitos e treinar seu pessoal para que cada vez mais se reduza custos de

forma criativa e consciente, fazendo com que as idéias simples se tornem o

diferencial para a redução de custos, canalizando-os para as atividades

produtivas.

1.2- Utilização de materiais compostos

Conforme descrito no resumo desta monografia, as projeções prevêem a

construção de cerca de 4.000 aviões (passageiros e cargas), atender à demanda

de mercado para os próximos vinte anos, até 2027, aumentando a população de

aeronaves comerciais (passageiros e cargas, que, atualmente é de

aproximadamente 2.000 aeronaves, em relação ao total projetado de 4.000

aviões dentro desse período, conforme informado pelos relatórios World Air

Cargo Forecast e Current Market Outlook, 2008/2009, publicados pela Boeing

Company, além do GMF-Global Market Forecast publicado pela Airbus Industries,

edição de 2009.

Este crescimento tornou necessário a produção de aeronaves cada vez

mais modernas, confortáveis, confiáveis, com melhor aproveitamento do espaço

interno e baixo custo de operação.

Durante a história da aviação, as aeronaves passaram a ser feitas de

materiais cada vez menos densos e mais resistentes.

Anteriormente feitas de madeira, as aeronaves passaram a ser fabricadas

utilizando o alumínio, o que na época foi uma grande revolução.

Uma das novas tecnologias de construção de aeronaves consiste na

utilização de materiais compostos, cujo principalmente componente é a fibra de

carbono.

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14Pesquisas realizadas pelo Massachusetts Institute of Tehnology (MIT) na

década de 80 sobre a indústria automobilística mundial, mostraram que a Toyota

havia desenvolvido um novo e superior paradigma de gestão voltado para as

aéreas de manufatura, desenvolvimento de produtos e relacionamento com os

clientes e fornecedores, que ficou conhecido como Lean Thinking, que está

sendo utilizado por indústrias de diversos ramos, inclusive entre os dois maiores

fabricantes de aeronaves mundiais, a Boeing e Airbus Industries.

A gestão dos processos Lean agrega valor aos clientes, diminuindo os

custos de produção através da identificação de melhoria dos fluxos de valor

primários e de suporte (PROCESSOS) por meio do envolvimento das pessoas

qualificadas, motivadas e com iniciativa (PESSOAS). O foco da implementação

está nas reais necessidades dos negócios e não na simples aplicação das

ferramentas Lean.

As práticas envolvem a criação de fluxos contínuos e sistemas puxados

baseados na demanda real dos clientes, a análise e melhoria do fluxo de valor

das plantas e da cadeia completa, desde as matérias-primas até os produtos

acabados, e o desenvolvimento de produtos que efetivamente sejam soluções

do ponto de vista do cliente.

A adoção dessa filosofia tem trazido resultados extraordinários para as

empresas que a praticam.

Graças à tecnologia Lean a indústria aeronáutica substituiu a utilização do

alumínio por materiais compostos, que consiste na substituição do alumínio na

estrutura da aeronave por materiais compostos, normalmente usados em

componentes de foguetes.

O uso destes materiais reduz significativamente o peso da aeronave,

tornando sua estrutura 25% a 30% mais leves e 70% mais resistente que o

alumínio; com isso, a aeronave pode ter uma cabine maior, sem consumir mais

combustível, além de ser mais silenciosa, já que não é necessário ter super

motores para impulsioná-la. Sua estrutura não tem rebites e utiliza uma

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15quantidade de peças muito menor do que os modelos convencionais com uma

fuselagem leve, em uma única peça, em fibra de carbono, que substitui 1.200

folhas de alumínio e 40 mil rebites, sendo 15% mais leves.

O uso amplo de materiais compostos, também proporciona a diminuição

nos custos de combustíveis, com a conseqüente redução dos custos

operacionais das aeronaves.

O Boeing 787 Dreamliner é a mais nova aeronave construída pela

Boeing Airplane Company, sendo construído com materiais compostos, sendo

desenvolvido para substituir os modelos, os modelos Boeing 757 (já fora de

linha) e o Boeing 767. O Boeing 787 é produzido com 50% de matérias

compostos e 20% de alumínio, 15% de titânio, 10% de aço e 5 % de outros

materiais; além disso, enquanto um Boeing 767 precisa a cada seis anos de

fazer uma revisão completa (cheque D), o mesmo período para o Boeing 787 é

doze anos, conforme informações prestadas pela Boeing Company.

Figura 1 – Boeing 787 – Utilização de materiais compostos na construção

(extraído de SEATTEPLI, 2010)

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1.3– Confiabilidade industral

O ciclo de encomendas/produção/entrega de uma aeronave não é imediato,

mas estende-se por períodos de médio e longo prazo.

Deste modo, os fabricantes costumam oferecer os novos modelos de

aeronaves aos compradores ainda em fase de lançamento do protótipo,

conforme ocorreu com o Boeing 787.

O grau de confiabilidade industrial e de fidelização dos clientes conquistado

pela Boeing permitiu obter o maior contrato de fornecimento de aeronaves de

um mesmo modelo, o Boeing 737, tendo recebido da empresa LC/F da

Austrália Virgin Blue, um pedido confirmado de 105 aviões 737NG (new

generation), a maior encomenda da história de um cliente e a maior já recebida

pelo fabricante americano nos últimos 18 meses.

Para concorrer com o Boeing 787, logo em seguida o Consórcio Europeu

Airbus, lançou a nova aeronave Airbus A350, que também será fabricada com

materiais compostos.

Esse aspecto mostra que a indústria aeronáutica possui um alto índice

de crebidilidade e confiança industrial, que é um fator fundamental para a sua

sustentabilidade num mercado de tecnologia de ponta.

O Brasil é representado nesse setor pela EMBRAER, que o terceiro

fabricante de aeronaves comerciais, empresa fundada há 40 anos, contribuido

decisivamente para o desenvolvimento da indústria aeronáutica brasilera.

Nacional; é a terceira maior fabricante de aviões do mundo, atrás da Boeing e

da Airbus, e uma das maiores companhias exportadoras do Brasil em termos

de valor absoluto desde 1999, detendo também a maior carteira de pedidos

entre os fabricantes de jatos regionais de passageiros, concorrendo em

igualdade de condições com a Bombardier, fabricante canadense que atua na

mesma faixa de aeronaves produzidas pela Embraer.

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17A EMBRAER tem diversas unidades no Brasil e exterior, inclusive uma

joint-venture na China, a Harbin Embraer, que disputa o mercado chinês de

aviões com a China Aviation Industry Corporation, que entrou em operação

recente em com o objetivo de criar uma indústria aeronáutica competitiva a

nível nacional e internacional. Em recente entrevita dada dada ao programa

Canal Livre pelo embaixador chinês no Brasil em 2008, a indústria aeronáutica

chinesa ainda é incipiente para fazer face a demanda existente, principalmente

nas linhas regionais do país; com essa finalidade a primeira aeronave

produzida na China, é o modelo ARJ21-700 foi destinada ao mercado interno

chinês.

1.4- Sistema de produção compartilhado

A indústria aeronáutica não passou a margem das mudanças produtivas

e de gestão que caracterizam as décadas de 80 e 90.

Os elevados patamares de concorrência na indústria aeronáutica

conduziram o setor à formação de parcerias de risco na manufatura dos seus

produtos, com o objetivo de reduzir os custos de produção, utilizando cada vez

mais a sinergia como fonte de gestão.

De acordo com o MIT – Massachusetts Institute of Technology, o sistema

de produção compartilhada utiliza o conceito BFC – Better, Faster, Cheaper

(melhor, mais rápido e mais barato), é utilizado pelos dois fabricantes de

aviões, a americana Boeing e o Consórcio Europeu Airbus, tornando-se um

paradigma de gestão organizacional, levando as demais indústrias a utilizar

este modelo de produção.

Atualmente a utilização do sistema BFC é comum tanto na indústria de

aeronaves de grande porte, como no segmento de aeronaves médias, onde

estão as empresa canadense Bombardier e a brasileira Embraer.

O conceito BFC de produção reduz o período de elaboração de um

projeto, assim como favorece a criação de um padrão de famílias de aeronaves,

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18conceitos esses adotados pelos grandes e médios fabricantes de aeronaves

acima citados, proporcionando ao mesmo tempo o custo de manutenção das

aeronaves por parte das empresas aéreas, através da formação de alianças

comerciais estratégicas, com destaque para os três grupos atualmente

existentes: Star Aliance, Oneworld e Skyteam.

O BFC surgiu na década de 80, partindo da concepção do modelo de

produção Lean (produção enxuta), que era um conceito utilizado na indústria

automobilística na década de 80.

Esse tipo de estratégia traz grandes benefícios, buscando a partilha de

custos e riscos na elaboração de projetos.

Desse modo, criam-se condições para chegar até a padronização de

produtos e fornecedores, passando a ser uma prática comum a integração dos

sistemas de desenvolvimento e produção de aeronaves, tendo como suporte a

formação de parcerias industriais que apóiam os principais fabricantes.

Figura 2- Boeing 787 – Cadeia de produção compartilhada (Extraído de MSNC,

2009)

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19O sistema BFC de produção compartilhada é apoiado por dispositivos

logísticos aéreos, que transportam as partes das aeronaves produzidas pelos

fornecedores, situados em diversos países até a montagem nas instalações

centrais de cada fabricante, Lean Institute Brasil, 2009.

Sinopse do primeiro Capítulo I:

Este primeiro capítulo contém a fundamentação teórica relativa ao

desenvolvimento da indústria aeronáutica, com foco nos quatro itens citados no

início do mesmo:

• Introdução do Sistema Lean de produção;

• Utilização de materiais compostos;

• Confiabilidade industrial;

• Sistema de produção compartilhado.

De modo a descrever os quatro principais componentes de fabricação da

fabricação de aviões e para facilitar a leitura e a compreensão da narrativa deste

capítulo foram utilizadas como fontes informativas, as orientações técnicas de

dois profissionais de aviação, de documentos componentes do acervo do autor

desta monografia e de consultas a diversos sites especializados em aviação,

além da vivência profissional do autor desta monografia nessa mesma área. As

fontes de informação utilizadas na composição deste trabalho (livros, sites,

publicações especializadas e documentação fotográfica), estão todas descritas

no índice bibliográfico deste trabalho.

O capítulo II descreve os principais aspectos operacionais componentes

do “modus operandi” do setor de cargas aéreas.

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CAPÍTULO II

CARGAS AÉREAS

A expressão “Carga Aérea” é definida por Magalhães (1998) para designar

o conjunto de bens transportados por via aérea que geram receita, excluindo-se

os passageiros e bagagens.

Curiel, 2001 considera como carga aérea os bens de capital com elevado

valor agregado, que justifiquem a utilização do modal aéreo.

Alves, 2001 insere três tipos de itens neste contexto:

• Malas postais: são todos os materiais classificados como correspondências que são transportados e distribuídos pelas redes postais;

• Encomendas expressas (courier), que são remessas que exigem entregas rápidas e serviços expressos que processem documentos, amostras e pequenas encomendas;

• Cargas propriamente ditas: podem ser bens de capital de grande porte de elevado valor agregado, em termos de volume e dimensões, que podem ser transportados pelo modal aéreo.

Segundo Ashford, 1992, o setor de cargas aéreas é extremamente

heterogêneo, acarretando uma grande diversificação no seu tratamento,

armazenamento, transporte e entregas. Tendo em vista esses aspectos os

operadores logísticos desse segmento buscam a criação de procedimentos

padronizados que proporcionem a melhor sinergia operacional, o melhor

desempenho, rendimento operacional e rentabilidade, para o bom atendimento e

fidelização da clientela.

O modal aéreo de transportes é o mais rápido existente, sendo capaz de

atender demandas nos mais diversos pontos do globo terrestre.

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21Para Rodrigues, A., 2005, o modal aéreo de cargas tem características

adequadas nos casos em que a velocidade de entrega, ou a segurança é o ponto

mais importante a ser considerado, superando qualquer comparativo de custos.

Sendo assim, esse modal é indicado para transportar cargas como

gêneros alimentícios, bens perecíveis, animais e plantas, bens de capital,

equipamentos eletrônicos de alto valor agregado e outros materiais de menor

dimensão e volume que precisem ser entregues do modo mais rápido e seguro.

Em um cenário econômico globalizado, o setor de cargas aéreas ocupa

um espaço muito importante e apresenta uma forte tendência de crescimento,

principalmente no mercado asiático, Novaes, 2007.

Em termos logísticos, o modal de cargas aéreas é o mais ágil, no entanto,

considerando que a velocidade deve também levar em consideração o tempo

gasto nas operações porta-a-porta, esse modal só é viável no transporte entre

grandes distâncias, pois, quanto maior for a distância a ser percorrida, maior a

vantagem do modal de transportes aéreos em termos de recepção e entrega,

Fleury, 2003.

2.1 – Vantagens

Dentre as vantagens do modal de cargas aéreas, Rodrigues, A. (2005) cita

novamente a velocidade, a confiabilidade, a eficiência no manuseio das cargas,

através de dispositivos mecanizados e o fácil acesso a regiões inatingíveis para

outros modais, além da grande capacidade de transporte de cargas, que

atualmente é realizado por aeronaves cargueiras de grande porte, contando com

as frotas ocidentais e russas. No leque de vantagens oferecidas pelo modal

aéreo, quer seja de passageiros ou cargas, um fator sobressai entre todos os

demais: os aeroportos. Este é um fator crítico nas operações aéreas, onde

existem sete itens condicionantes, para garantir o êxito das operações aéreas:

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• localização;

• infraestrutura aeroportuária;

• condições operacionais;

• condições atmosféricas;

• suporte tecnológico de apoio terrestre;

• volume de tráfego;

• áreas de escape.

Sinopse do Capítulo II:

Este capítulo descreve de modo sucinto a composição operacional

relativa ao modus operandi do setor de cargas aéreas, citando os sete

principais fatores referentes às operações aeroportuárias.

O conteúdo deste segundo capítulo teve com fontes informativas, as

orientações técnicas de dois profissionais de aviação, de documentos

componentes do acervo do autor desta monografia e de consultas a diversos

sites especializados em aviação, além da vivência profissional do autor nessa

mesma área. As fontes de informação utilizadas na composição deste trabalho

(livros, sites, publicações especializadas e documentação fotográfica), estão

todas descritas no índice bibliográfico deste trabalho.

O capítulo III descreve os cenários nacional e internacional do setor de

cargas aéreas.

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CAPÍTULO III

CENÁRIOS INTERNACIONAL E NACIONAL DO SETOR

DE CARGAS AÉREAS

Ao iniciar este terceiro capítulo não podemos prescindir de uma narrativa

que remonta ao final da segunda guerra mundial em 1945, que resultou na

criação e distribuição de quatro zonas de ocupação da Alemanha, entre: Estados

Unidos, Inglaterra, França e Rússia.

No período de 24 de junho de 1948 até 12 de maio de 1949, marca o início

da guerra fria entre as duas principais potências mundiais daquela época:

Estados Unidos e Rússia, quando Stalin determinou o cerco a Berlim, situada

dentro da zona de ocupação soviética, para forçar os aliados o controle da cidade

de Berlim, entregando aos mesmos o controle total da cidade.

Esse fato foi relevante para o transporte aéreo de cargas, mostrando a sua

viabilidade operacional, até então, inexpressiva.

Na ocasião, a Força Aérea dos Estados Unidos, montou uma logística de

transportes utilizando o maior avião cargueiro então existente naquela época, o

Douglas DC4, que recebeu a denominação de Douglas Skymaster C-54.

Essa aeronave transportava para Berlim, 4.000 toneladas de alimentos

diariamente em vôos ininterruptos, atingindo mais de dez vezes o volume de

material transportado para dar combate ao 6º exército alemão.

A Força aérea americana, operando o DC4 cargueiro, transportou treze

milhões de toneladas de alimentos para Berlim, em uma operação que durou

quase um ano.

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24Assim o transporte de mercadorias via aérea suportou mais cargas do que

o realizado por via férrea.

Na primavera de 1949, o esforço foi claramente sucedendo, e em abril o

transporte aéreo estava entregando mais carga do que tinha anteriormente

chegaram à cidade por via férrea; em maio de 1949, os russos suspenderam o

bloqueio a Berlim.

Essa logística de transportes ficou conhecida como a “Ponte aérea para

Berlim“, expressão que mais tarde viria a ser utilizada na criação de rotas aéreas,

muitas das quais receberam esse nome, a exemplo da Ponte Aérea Rio-São

Paulo.

O legado dos transportes aéreos realizados naquela época são os três

aeroportos nas ex-áreas ocidentais da cidade, os quais serviram como Gateways

para Berlim, durante mais de cinqüenta anos.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a aviação comercial passou a se

desenvolver em um ramo à parte da aviação militar, quando as empresas

produtoras de aviões passaram a criar modelos de aeronaves especialmente

destinados à aviação comercial, para o transporte de passageiros e cargas.

Em alguns anos após o fim da guerra, várias linhas aéreas estavam

estabelecidas no mundo, atuando no transporte de passageiros e cargas,

dando origem ao transporte de cargas aéreas a nível internacional.

Das várias aeronaves comerciais que foram desenvolvidas durante e

apos a guerra, destaca-se a família de aeronaves “Douglas Comercial (DC); a

primeira aeronave foi o quadrimotor, anteriormente utilizado na ponte aérea

para Berlim, sob a designação de C54. Seguiram-se os modelos DC6, DC7 e

DC7C, para passageiros e cargas.

Todas essas aeronaves eram equipadas com quatro motores; essas

aeronaves voaram por muito tempo, até a chegada do primeiro avião comercial

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25a jato da história, o “De Havilland Comet”, que começou a operar no transporte

de passageiros em 1952, sendo porém utilizada durante pouco tempo, pois.

Os exemplares restantes foram transferidos para a Royal Air Force

(RAF) e transformados em aviões de patrulha submarina, recebendo a

denominação de “Nimrod”, até hoje em operação.

Em 1958, a Boeing lançou o Boeing 707, o primeiro avião a jato de uma

família de aeronaves de sucesso, sendo inicialmente desenvolvido para o

transporte de passageiros, e também configurado como avião cargueiro,

recebendo a denominação de Boeing 707F (Freighter).

Em seguida foram lançados os modelos Douglas DC-8 e o Convair 880,

que chegaram tarde ao mercado, já sendo praticamente dominado

comercialmente pelo Boeing 707, do qual foram produzidos 1.010 unidades. A

sua produção iniciou-se 1954 e encerrou-se em 1991, embora ainda seja

utilizado por diversas empresas, sendo configurado para a versão militar,

recebendo a designação de KJC135, conforme informado pela Boeing

Company.

No cenário econômico globalizado, o movimento de commodities ganha

importância na medida da expansão do comércio mundial, principalmente em

relação ao mercado oriental e também nos mercados formados pelos países

componentes do BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China.

Se o crescimento do mercado de aviação de carga está voltado para a

Ásia, também, não se pode desconsiderar o mercado brasileiro, principalmente

o potencial da região amazônica. O jornal Valor Econômico em sua edição de

10/05/2010, traz uma matéria a respeito dos desembarques feitos por avião na

Zona Franca de Manaus, que saltaram do percentual de 37,8% em 2008 para

40,71% em 2009. Até então o aeroporto de Manaus recebia entre três e quatro

vôos cargueiros diários; a elevaçãoi percentual aumentou o movimento de

desembarque de vôos cargueiros para 15 a 20 vôos diários. O transporte aéreo

é mais caro, mas é mais ágil;. Enquanto uma carga proveniente da Ásia via

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26aérea chega a Manaus em sete dias, pelo modal marítimo demora entre 40 a

45 dias. O modal aéreo é 50% mais caro, mas o giro da produção tem

justificado o frete mais caro, e dilui os custos de produção e entrega de

produtos ao mercado consumidor.

Além desse cenário, o governo brasileiro pretende construir a Usina

Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. No modal rodoviário, a estimativa é de que

sejam necessários até mil caminhões com tração 8x4; por outro lado, esse

projeto também vai demandar um grande movimento de transporte de cargas

por via aérea, de modo a agilizar a construção da Usina. Talvez esteja na hora

de implementar a nossa indústria aeronáutica, que, conforme citado na página

31 deste mesmo capítulo, tem pronto o projeto Amazonas EMB-500, que é uma

aeronave com as características ideais para a região amazônica, desenvolvido

na década de 70 e abandonado pela EMBRAER por falta de mercado.

O transporte aéreo, dentre os demais meios de movimentação de bens

de capital, oferece diferenciais que o distingue dos demais modais de carga,

embora, atualmente não seja usado em sua plenitude, abrindo espaços e

oportunidades para o crescimento e o desenvolvimento desse setor.

As previsões da Boeing Company, 2008, 2009 apresentadas nos

relatórios World Air Cargo Forecast e Current Market Outlook, indicam o

crescimento de mais 50% na frota mundial de aeronaves cargueiras até 2027.

Essa informação coloca em destaque o crescente interesse por essa

modalidade de transporte e a importância do transporte aéreo de carga na

economia mundial.

A figura abaixo mostra a atual movimentação de aeronaves cargueiras e

passageiros a nível global, percebendo-se a grande concentração de vôos no

hemisfério norte do planeta, onde são realizados cerca de 2.000 vôos diários,

mostrando também o crescimento rumo ao mercado asiático, especialmente a

China.

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Figura 3 – Movimento global do tráfego aéreo (extraído de OPENFLIGHTS,

2010)

O mercado de cargas aéreas passou por um crescimento de 1,7% em

2005, seguido por 3,2% em 2006 e por 5,1% em 2007; esse período marca o

crescimento mais lento desse mercado desde a primeira guerra do Golfo entre

1990 e 1992; além disso, o barril de petróleo atingiu preços recordes, afetando

diretamente os preços de combustíveis derivados.

O Engenheiro Ozires Silva, fundador e primeiro presidente da Embraer,

em artigo escrito na revista Avião Revue nº 127 – ano 12 – abril de 2010,

página nº 98 (Editora Motor Press Brasil) sob o título “Os desafios do controle

de tráfego aéreo”, diz que a demanda do tráfego aéreo nacional, registrada no

ano em curso (2010) é cerca de 30% maior do que os dois primeiros meses

correspondentes de 2009, aumentando muito as responsabilidades do poder

público na área de transportes aéreos. No Brasil o sistema de controle de vôos

é do DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo, órgão subordinado

ao Ministério da Defesa, que está sujeito a orçamentos fiscais do Governo

Federal, tem sentido falta de recursos para modernizar o Sistema de Controle

do Espaço Aéreo Brasileiro, nas dimensões que atendam à demanda do

mercado de transportes aéreos.

Ozires Silva destaca a necessidade de modernizar o controle do espaço

aéreo brasileiro, principalmente face ao aumento da demanda prevista para o

setor nos próximos vitnte anos e diz que se nada for feito, o sistema tende à

entropia.

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3.1 – Cenário do transporte aéreo de cargas no Brasil

Segundo Alves, 2007, as dimensões continentais do Brasil e a sua

infraestrutura de transportes contribuem para que o transporte aéreo de cargas

seja, em determinadas regiões do pais, a única opção de acesso as mesmas,

como por exemplo nas regiões Centro-oeste e na Amazonia.

Em meados de 1945, o Professor chefe do Depto. de Aeronáutica do

Massachussets Institute of Technology, Richard. H. Smith, em conferência

realizada no Instituto Brasileiro de Aeronáutica, destacou a importância do

Transporte aéreo no Brasil. Em 2007, o Comando Geral de Tecnologia

Aeroespacial – CTA, ratificou essa opinião ao dizer que uma boa rede de

transportes aéreos, com uma boa logística de distribuição, traria grandes

vantagens à economia brasileira, ressaltando ainda que esse modal é um

negócio bom e lucrativo, contudo seria também necessário ter um bom parque

industrial aeronáutico que desenvolvesse as nossas aeronaves de carga.

Uma primeira tentativa foi feita em Outubro de 1970 quando a Embraer

lançou as especificações preliminares de um avião cargueiro de transporte

médio, que recebeu a designação de EMB-500 AMAZONAS, que era um

quadrimotor turbo hélice metálico de asa alta e com trens de pouso triciclos,

com as rodas principais recolhendo na parte traseira dos casulos

aerodinâmicos dos motores centrais. Era uma aeronave robusta, com as

características ideais para servir na região amazônica, que, durante muitos

anos foi servida pelos Búfalos C-115 fabricados no Canadá.

A versão básica da aeronave, concebida para o transporte de

passageiros e/ou carga, seria ideal para regiões que não contavam com pistas

longas, pavimentadas, como a Amazônia.

Embora tecnicamente promissora, a aeronave não encontrou no

mercado nacional uma receptividade como esperada pelo fabricante.

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29Desta forma a EMBRAER optou por não prosseguir com o programa.

Mesmo assim o "Amazonas" foi o maior avião comercial projetado no Brasil até

aquela data. Mesmo assim, o EMB 500 deveria ter sido construído para atender

as necessidades de transporte, especialmente na região amazônica, pois era

um projeto adequado para a região. Além disso, teria colocado o Brasil numa

posição mais competitiva no mercado mundial de aviação.

A ausência de uma aeronave configurada para atender a logística

nacional de transporte aéreo, gerou o projeto C390, anunciado pela Embraer na

LAAD-Latin America Aerospace Defense, na edição de 2007 em Santiago do

Chile.

Os estudos de mercado foram baseados na atual frota mundial de

transporte militar, que deve ser substituída a médio e longo prazo; cerca de

49% dessa frota é composta pela aeronave Hércules C130 e com mais de 25

anos em operação. Chegou-se à conclusão que o projeto C390 tem um

mercado potencial estimado em cerca de 700 aeronaves, em 77 países, com

um preço de venda estimado em US$ 50 milhões por aeronave, com previsão

de produção para 120 aeronaves a serem vendidas em 10 anos.

O C390 foi projetado com autonomia de vôo de 2.000 quilômetros com

19 toneladas de carga ou 4.000 quilômetros com 10 toneladas. A sua

configuração permite transportar 64 pára-quedistas ou 84 tropas equipadas de

acordo com os padrões de peso estipulados pela OTAN, e tem como

concorrentes mais próximos, as aeronaves Airbus A400M, o Hércules C130J, o

C-27, o Antonov An-72/74. Inicialmente projetado para missões militares, o

C390 também deverá ter uma ou mais versões configuradas para o mercado

comercial.

Ainda, devido as peculiaridades de transporte na região Amazônica, a

FAB adquiriu um lote de 12 helicópteros russos modelo MI35, para

complementar a operação do C390, de modo a abastecer os pelotões de

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30fronteira do exército e patrulhar a região amazônica com a extensão de 12 mil

quilômetros, começando na fronteira com a Guiana Francesa e terminando na

fronteira com a Bolívia, cerca de sete países. Com fronteiras tão extensas, o

mercado brasileiro de cargas aéreas tem uma grande capacidade de expansão,

Cecatto, 2007

Ao escrevermos sobre o cenário do transporte aéreo de cargas no Brasil,

não podemos deixar de considerar o gerenciamento do sistema aeroportuário

brasileiro, que afeta diretamente o transporte de cargas e de passageiro que,

atualmente é gerido por três entidades distintas, conforme informado em um

folder distribuído nos aeroportos, intitulado “Sistema Aeroportuário e as funções

de cada órgão:

• INFRAERO;

• AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC);

• COMANDO DA AERONÁUTICA.

praticamente compartilhando as mesmas decisões.” A este respeito, a revista

VEJA em sua edição nº 2159 – nº 14, publicada em 07/04/2010 traz uma

excelente matéria a respeito do assunto, intitulada “ENTRE O CÉU E O

INFERNO”, onde faz uma radiografia do Sistema aeroportuário brasileiro”,

ressaltando a situação em que se encontram os aeroportos brasileiros que não

estão conseguindo atender à crescente demanda de serviços nessas duas

áreas (cargas e passageiros).

Viajar de avião comercial nos anos 80 era um privilégio das classes mais

abastadas, porém, atualmente os aviões se tornaram os ônibus aéreos e os

aeroportos tornaram-se barulhentos, lotados e desconfortáveis como as velhas

estações rodoviárias.

Os números impressionam; em fevereiro de 2010, 10 milhões de

passageiros foram transportados em vôos domésticos, um aumento de 43% em

relação ao mesmo período em 2009; as previsões indicam que até o final de

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312010, o número de passageiros transportados no país supere em 36% o total

de 2009. Com tanta gente voando, os aeroportos brasileiros tornaram-se

pequenos demais para atender essa demanda.

Segundo análise da Veja, três explicações convergem para o aumento

da busca pelo transporte aéreo:

• A primeira delas é a situação econômica favorável;

• O segundo fator foi a descontração do setor com a chegada de novas

empresas e a conseqüente redução no preço das passagens, resultado

do aumento da concorrência e da liberdade tarifária; para atraírem os

consumidores, as empresas aéreas brasileiras, em média, diminuíram o

preço da milha voada de 53 para 41 centavos de real, com a queda do

valor médio da passagem aérea doméstica de R$ 448,00 para R$

323,00;

• A terceira, que é mais importante e a melhor explicação para o

fenômeno, é a ascensão econômica da classe C. Um em cada dez dos

passageiros da GOL, voou pela primeira vez na vida.

Nas últimas décadas, enquanto a demanda de passagens crescia, a

infraestrutura aeroportuária do país foi se deteriorando, sem receber por parte

dos sucessivos governos os investimentos para modernizá-la. Atualmente os

grandes aeroportos recebem mais passageiros do que a sua capacidade

comporta, tornando um suplício o embarque e o desembarque nos horários de

maior movimento.

Em visita realizada à Torre de controle do Aeroporto Santos Dumont no

Rio de Janeiro, o autor desta monografia, entrevistou os controladores que

prestaram uma informação relevante, ao revelarem o que diariamente aquele

aeroporto, que já está recebendo cerca de 800 diários semanais, no período

entre 6 e 22 horas. A isso deve-se acrescentar a falta de infraestrutura do

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32aeroporto, principalmente no que diz respeito a desatualização tecnológica dos

equipamentos existentes para controlar tamanho movimento.

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) recomenda

que as obras de ampliação e remodelação dos aeroportos seja feitas tendo em

vista que as suas operações sejam realizadas 40% abaixo da sua capacidade

máxima, de modo a evitar problemas com as demandas nos períodos de pico e

o aumento natural do tráfego aéreo. Na contramão dessa norma, os principais

aeroportos brasileiros operam 30% acima de sua capacidade.

A situação, que é ruim, deve se tornar caótica na Copa do Mundo de

2014, quando o tráfego aéreo no país, segundo as estimativas será 49% maior

do que hoje. Estudo feito em conjunto com a Universidade Federal do Rio de

Janeiro e o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas Aeroviárias (Snea),

mostra que o problema vai continuar quase como está. De acordo com esse

relatório, os dezesseis aeroportos das cidades-sede da Copa chegarão a 2014

com um déficit de 30% em sua capacidade operacional.

De acordo com a revista VEJA os principais problemas dos grandes

aeroportos brasileiros, são muito familiares aos passageiros que viajam:

• Filas quilométricas no check-in;

• Superlotação nas salas de embarque;

• Demora na retirada de passagens;

• Falta de vagas para os aviões nos pátios.

Após o acidente entre o Boeing da Gol e o jato executivo Legacy nos

céus da Amazônia em 2006 matando 154 pessoas, descobriu-se que as

condições de vôo no Brasil não eram adequadas, colocando o país muito atrás

dos países desenvolvidos no que diz respeito à segurança do tráfego aéreo,

existindo uma incompatibilidade simbólica entre a posição que o Brasil ocupa

no cenário mundial e a imagem que ela passa aos visitantes. Se o Brasil quer

ser grande e respeitado, os aeroportos devem refletir esse crescimento.

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33O aeroporto internacional de Pequim, hoje um dos mais modernos do

mundo, deixa os visitantes com a sensação de que seus construtores esperam

que a China cresça ainda mais. Até 2007, ele tinha capacidade para 35 milhões

de pessoas por ano. Com a Olimpíada de 2008, a expectativa era de que esse

movimento dobrasse o que de fato ocorreu. Ao planejar a ampliação do

aeroporto, o governo chinês não se limitou a esse patamar, já alto, mas decidiu

ir além, aumentando a sua capacidade para 82 milhões de passageiros. A visão

dos planejadores chineses contrasta com a dos brasileiros, pois, quando uma

obra de ampliação de um aeroporto termina no Brasil, ele já está aquém da

demanda.

Está na hora de mudar essa visão, de modo que o país consolide a sua

imagem internacional e interna, não decepcionando as pessoas que nos

visitam.

Sinopse do Capítulo 3:

O capítulo 3 descreve o cenário internacional e nacional do setor de

cargas aéreas, discorrendo também sobre a situação dos aeroportos brasileiros

e também da infraestrutura aeroportuária brasileira, mostrando a necessidade

de ampliação da mesma, de modo a evitar gargalos nos próximos anos. O

conteúdo deste terceiro capítulo teve como fontes informativas, as orientações

técnicas de dois profissionais de aviação, de documentos componentes do

acervo do autor desta monografia e de consultas a diversos sites

especializados em aviação, além da vivência do autor desta monografia nessa

mesma área. As fontes de informação utilizadas na composição deste trabalho

(livros, sites, publicações especializadas e documentação fotográfica), estão

todas descritas no índice bibliográfico deste trabalho.

O capítulo 4 descreve o desenvolvimento da frota de aeronaves

cargueiras.

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CAPÍTULO IV

DESENVOLVIMENTO DA FROTA DE AERONAVES

CARGUEIRAS

Pode-se definir como a “primeira hora da aviação de carga”, o

abastecimento de Berlim pela Força Aérea Americana, logo no início da guerra

fria, utilizando os aviões cargueiros Douglas Skymaster (versão militar do

Douglas DC4), além da aeronave Lockhedd Constellation.

O uso dessas duas aeronaves continuou até a chegada do Boeing 707,

lançado em 1954 pela Boeing Company inicialmente destinado ao transporte de

passageiros e posteriormente configurado com a designação B707F como

avião cargueiro.

O principal concorrente do Boeing 707 foi o Douglas DC8, também um

jato desenvolvido para o transporte de passageiros e cargas, porém, foi lançado

um pouco mais tarde do que o seu concorrente. Durante muito tempo,

praticamente essas duas aeronaves sustentaram o comércio mundial de cargas

aéreas, situação essa que viria a ser radicalmente mudada com a criação das

aeronaves tipo Widebody ou aeronaves de fuselagem larga, quando na década

de 60, a Boeing Company resolveu investir numa estratégia de mercado

inovadora, lançando um novo conceito de aeronave, chamada de Widebody

(fuselagem larga), passando a estudar a criação de um novo tipo de aeronave

de grande porte, que viesse a revolucionar o mercado mundial de aviação.

Para surpresa da empresa, o lançamento superou todas as expectativas

sendo imediatamente absorvido pelo mercado internacional de aviação, tendo

recebido o nome Boeing 747, ou Jumbo como é popularmente conhecido,

mantendo o recorde de passageiros transportados desde o seu primeiro vôo em

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351970. O primeiro modelo do Boeing 747 foi 747-100, entrou em operação

comercial em 21 de janeiro de 1970; o primeiro comprador foi a PAN AM.

Os primeiros exemplares foram destinados ao transporte de passageiros,

porém foram desenvolvidas versões para cargas, com a denominação de

Boeing 747F (Freighter) ou cargueiro.

As duas versões mais conhecidas da família 747 estão nas séries 300 e

400 e a mais recente versão é o modelo 747-8, recentemente lançado no

mercado. Também foram lançadas duas versões cargueiras do Boeing 747, nos

modelos acima descritos, identificados com a letra “F” de Freighter (cargueiro);

a versão Combi é uma configuração mista, transportando passageiros e cargas,

na parte traseira da aeronave.

Em 1970, foi fundado na Europa o Consórcio Internacional Airbus, com o

nome oficial de Airbus Societé par Actions Simplifiée, conhecido oficialmente

como Airbus Industries, que é formado por quatro países membros: Alemanha,

Inglaterra, Espanha e Itália, tendo a participação acionária da EADS - European

Aeronautic Defence and space Company, cujo principal objetivo é disputar o

mercado internacional de aeronaves comerciais com a rival americana Boeing

Company. A criação da Airbus gerou um duopólio com apenas dois grandes

fabricantes de aviões comerciais, um de cada lado do atlântico, a americana

Boeing e a Airbus Industries, que foi o primeiro fabricante de aeronaves do tipo

widebody (fuselagem larga), com dois motores, utilizando controles do tipo “fly-

by-wire” (controles eletrônicos) e também o primeiro fabricante a instalar o

dispositivo aerodinâmico winglet posicionado nas extremidades livres da asa

das aeronaves, que tem por função diminuir o arrasto induzido, relacionado ao

vórtice de ponta de asa, que transfere para as aeronaves barulhos e

trepidações, além da perda de sustentação na parte final da asa; os dispositivo

winglet, soluciona esse problema, reduzindo também o coeficiente de arrasto,

melhorando a eficiência operacional das aeronaves, aumentando a velocidade

e reduzindo o consumo de combustível.

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36Atualmente essa solução é utilizada por todos os fabricantes de

aeronaves do mundo, as quais saem de fábrica equipadas com esses

dispositivos. A Airbus Industries tendo sido criada após a Boeing e a Lockeed,

tirou proveito do conceito dos jatos widebody (fuselagem larga), sendo o seu

primeiro produto o jato Airbus A300.

Devido a credibilidade industrial demonstrada nos dois grandes

fabricantes de aeronaves cargueiras, Boeing e Airbus, a disponibilidade de

grandes aeronaves para a configuração cargueira é cada vez menor,

impulsionando ainda mais o número de encomendas por novas aeronaves

cargueiras, principalmente pelo atual crescimento do mercado asiático,

especialmente a China.

Neste aspecto, a atividade econômica medida pelo PIB mundial é o

principal propulsor do mercado aéreo de cargas; apesar do crescimento do PIB

na ordem de 3,7% em 2007, conforme mostrado na Tabela 1, semelhante ao

transporte mundial de cargas, uma recuperação econômica é esperada para

este ano, 2010. Mesmo com esse cenário pouco otimista, as previsões de

crescimento do mercado de carga aérea mundial mantêm-se no patamar de

crescimento de 5,8% para as próximas décadas, triplicando os atuais níveis de

fabricação de aeronaves comerciais para o transporte de passageiros e cargas.

A tabela 1 mostra o crescimento da frota de carga aérea em 2007, de

acordo com a previsão do anuário World Air Cargo Forecast, publicado pela

Boeing Company, para o biênio 2008/2009:

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Mesmo diante dessas oscilações a indústria de transporte aéreo não

permaneceu parada, e grandes mudanças ocorreram na frota cargueira

mundial, que anteriormente operava com jatos standard-body (Boeing 707 e

Douglas DC8) até atingir a geração dos jatos cargueiros widebody (jatos de

fuselagem larga), operando modelos como o Boeing 747-8, o McDonnell

Douglas MD-11 e mais recentemente o Airbus A380. Essa evolução na frota de

aeronaves cargueiras de longo alcance e grande capacidade, fez com que os

custos operacionais, se reduzissem em cerca de 15% no período de 1987 a

2007.

4.1- Evolução da frota cargueira mundial

De acordo com informações fornecidas pela Airbus Industries, no anuário

GMF Airbus Global Market Forecast, 2010), cerca de 870 aeronaves são

operadas por um reduzido número de empresas, sendo a maior parte utilizadas

por transportadores ACMI – Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance

(arrendamento de aeronaves). As previsões da vida útil da atual frota cargueira

mostram que nos próximos 20 anos, 83% da atual frota de aeronaves

cargueiras estará desativada; o aumento do tráfego de carga aérea nos

próximos vinte anos, ocorrerá através de uma combinação de aeronaves

maiores e com maior área de armazenamento nos porões de carga.

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38Segundo o anuário WACF-World Air Cargo Forecast, publicado pela

Boeing Company, na edição de 2008/2009, em 2027 o número de aeronaves

destinadas à carga, aumentará em 3358 unidades. Essas novas aeronaves que

entrarão em serviço na terceira década do século 21, cerca de 60% serão do

tipo widebody (fuselagem larga) e responderão por mais da metade da

capacidade de carga por via aérea em escala global.

Atualmente a demanda por novas aeronaves é maior do que nunca, com

encomendas feitas com até quatro anos para entrega, como por exemplo, é o

caso do novo Boeing 787 que lançado no dia 08 de julho de 2007, com previsão

de entrada em operação comercial no segundo semestre de 2008, porém,

problemas estruturais na fuselagem, forçaram a empresa a adiar a sua entrada

em operação comercial, estando com um atraso de quatro anos em relação à

data prevista. O primeiro protótipo do Boeing 787 voou no início de 2010

configurado para o transporte de passageiros, porém, posteriormente, a Boeing

deverá configurá-lo na versão cargueira.

O gráfico abaixo mostra abaixo mostra as de encomendas de aeronaves

cargueiras. Entre 1982 e 2007:

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Gráfico 1 – Número de aeronaves cargueiras (extraído de Boeing Air Cargo

Forecast e GMF Airbus Global Market Forecast, 2010)

4.2 – Aumento da competitividade no mercado internacional de

cargas aéreas:

Até 1991 o mercado internacional de cargas aéreas era somente

operado por aeronaves cargueiras ocidentais, fabricadas em sua grande

maioria pelas empresas Boeing e Airbus, porém com o desmanche da União

Soviética em 1991, formou-se a CEI – Comunidade dos Estados

Independentes, formada por onze países, até então pertencentes à União

Soviética, extinguindo-se a empresa estatal russa, a Aeroflot que foi dividida em

mais de 300 empresas aéreas, muitas das quais localizadas nos países

membros da CEI, criando-se diversas empresas aéreas comerciais destinadas

ao mercado de cargas aéreas, utilizando o excedente das aeronaves russas de

grande densidade, as únicas no mundo com capacidade para o transporte de

cargas indivíseis de grande porte, cuja construção foi realizada face a grande

extensão do território russo, de modo a atender as necessidades de transporte

aéreo do país.

Essa característica operacional, não se faz presente nas aeronaves

cargueiras ocidentais, que não permitem o transporte de cargas indivíseis de

grande porte, pois todas possuem porões de carga divididos em dois decks

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40(inferior e superior)., fator que restringe o transporte de com cargas com essas

características, ao contrário das grandes aeronaves russas que são capazes de

operar nesse segmento de mercado, até então não atendido pelas aeronaves

ocidentais. Essa é principal diferença entre as aeronaves cargueiras ocidentais

e as russas.

Com um índice de aproveitamento quase de 100% e com porões de

carga de grande capacidade e grande autonomia, as aeronaves cargueiras

russas operam em todo mundo, com linhas regulares e fretamentos, disputando

o mercado com os operadores ocidentais de cargas aéreas ocidentais; o tempo

de espera para contratar o transporte de cargas indivísiveis pelas grandes

aeronaves russas, é de dois a três meses.

A frota russa cargueira é formada por oito tipos de aeronaves, descritas

na tabela abaixo:

OS GRANDES CARGUEIROS RUSSOS

Antonov An225 (Mrya) 225 toneladas

Antonov An124-100 (Russlan) 150 toneladas

Antonov An22 (Antei) 60 toneladas

Antonov An12 12 toneladas

Antonov An70 70 toneladas

Iluyshin IL76 45 toneladas

Tupolev 204C 28 toneladas

Helicóptero Mikoyan Gurevich MI 26 12 toneladas

Tabela 3 - As grandes aeronaves cargueiras russas

O Antonov An-124-100 é detentor do recorde mundial de transportes de

cargas indivisíveis, obtido com o transporte de uma locomotiva diesel-elétrica

inteira, sobre uma carreta eixo de linha, pesando 109 toneladas, que foi

transportada para uma empresa canadense.

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41O Helicóptero russo MI26 tem capacidade para carregar até 20

toneladas; mais de200 exemplos do Mi-26 foram construídos, que continuam

em operação em toda a toda a Rússia. Muitos também têm sido vendidos a

empresas civis e a outras nações, atuando também a serviço da ONU em

missões humanitárias.

4.3- A produção da aeronave cargueira Antonov An-124

A fabricação do Antonov An-124 foi interrompida em 1991, porém,

algumas aeronaves continuaram em produção. Essa aeronave permaneceu

como o maior avião cargueiro do mundo, até o advento do Airbus A380 com

maior capacidade de carga em relação ao Antonov An124, no entanto em

termos de desempenho operacional não existem comparações em relação ao

An 124 devido às limitações do modelo A380F que foi construído com três

decks e é carregado por duas portas laterais, sem rampas de acesso para

cargas, enquanto o An 124 tem um amplo porão de cargas com duas com duas

amplas portas com rampas de acesso, frontal e traseira, além de dois guinchos

de cinco toneladas instalados em cada rampa de acesso.

O An124 foi construído em resposta ao projeto americano Galaxy C5A,

denominado C5A, desenvolvido somente para uso militar; o AN124 foi

construído para ser uma aeronave capaz de ser utilizada tanto militarmente

como para operações civis e para operar com qualquer tipo de pista, dispondo

de um trem de pouso composto por 24 rodas; o porão de carga tem a parte

inferior construída em titânio; o acesso tanto pode ser feito pela parte frontal

com uma enorme porta basculante, como pela parte traseira onde existe uma

rampa para acesso de veículos. O An124 não é totalmente pressurizado e não

pode levar passageiros no porão de carga; para resolver esse problema, a

aeronave tem um cabine na parte superior do avião, atrás do cockpit,

adequadamente pressurizada e com capacidade para transportar até 88

passageiros; devido a essa restrição, operações como lançamento de

paraquedistas tem que quer feitas sem atingir grandes altitudes.

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42Devido ao grande potencial do mercado de cargas aéreas, o presidente

russo Dmitry Medvedev anunciou recentemente a continuidade da produção do

Antonov An124; a nova versão do An124 tem a mesma capacidade da versão

anterior, 150 toneladas, podendo transportar 53 automóveis de porte médio em

uma só viagem. Na primeira etapa serão fabricadas cerca de 70 unidades, mais

modernas equipadas com sistemas aviônicos e sistemas eletrônicos

atualizados; a produção deverá começar em 2011.

Sinopse do Capítulo 4:

O capítulo 4 mostra do desenvolvimento da frota de aeronaves

cargueiras, construídas no mundo ocidental (Boeing e Airbus) e também as

aeronaves cargueiras russas.

O conteúdo deste quarto capítulo teve como fontes informativas, as

orientações técnicas de dois profissionais de aviação, de documentos

componentes do acervo do autor desta monografia e de consultas a diversos

sites especializados em aviação, além da vivência profissional do autor desta

monografia nessa mesma área. As fontes de informação utilizadas na

composição deste trabalho (livros, sites, publicações especializadas e

documentação fotográfica), estão todas descritas no índice bibliográfico deste

trabalho.

O capítulo 5 descreve os conceitos relacionados ao peso e

balanceamento de aeronaves.

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43

CAPÍTULO V

CONCEITOS RELACIONADOS AO PESO E BALANCEAMENTO

DE AERONAVES

Um dos conceitos mais importantes no projeto de aeronaves, assim

como a sua utilização operacional, reside nos aspectos relacionados com o

peso e balanceamento das mesmas, onde o objetivo principal é a segurança

operacional, assim como a obtenção de maior eficiência e segurança durante a

realização de um vôo.

O carregamento de uma aeronave está relacionado ao CG – centro de

gravidade da mesma, que é o principal fator responsável pelo equilíbrio do

aparelho; esse aspecto consiste em realizar o balanceamento da aeronave com

base em critérios matemáticos que comprovem com exatidão os limites

impostos pelos fabricantes para a operação de balanceamento, que é feita pelo

DOV – Despachante operacional de vôo, que deve ser especializado na

aeronave que estiver sendo carregada.

Outro aspecto a ser detalhadamente observado e obedecido diz respeito

à instalação ou remoção de equipamentos que alteram o peso vazio e o CG da

aeronave. Essas mudanças só podem ser permitidas e certificadas pelo

fabricante da aeronave que estiver com as suas configurações sendo

modificadas.

As aeronaves comerciais que transportam passageiros e cargas estão

sujeitas aos padrões normativos estipulados principalmente pela FAA-Federal

Administration Agency dos Estados Unidos, que são seguidos a nível global

mediante protocolos de adesão.

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44Existe outro fator preponderante relacionado ao peso e balanceamento

de aeronaves, que é a pintura das mesmas; as aeronaves só podem ser

pintadas com tintas especiais compostas à base de poliuretano, com

composições variadas, que aditivadas com elementos químicos inibidores de

corrosão, fungicidas, niveladores, solventes e outros elementos químicos. Além

disso, a durabilidade da pintura das aeronaves está relacionada com as horas

de vôo do que à própria durabilidade da tinta aplicada. A cada 6 mil horas, em

média, uma aeronave deve ser submetida a um check-up (revisão).

No entanto, as aeronaves nas quais estão sendo construídas utilizando a

tecnologia de materiais compostos, à base de fibra de carbono, esse prazo

deve aumentar para o período compreendido entre dez e doze anos, é claro em

função das condições de uso.

Outro aspecto peculiar relativo à pintura de aeronaves é ela deve

começar pela cauda do aparelho, que avalia as condições de equilíbrio e

identifica a empresa compradora ainda em fabricação.

Outro fator que incide sobre o peso e o balanceamento de aeronaves

está no excesso de pintura, cujo peso da tinta é desprezível, mas aumenta um

pouco o coeficiente de arrasto da aeronave, consumindo mais combustível.

A este respeito, a American Airlines adotou um critério muito eficiente na

pintura da sua frota de aeronaves, as quais são pintadas apenas com as três

cores da bandeira americana nas laterais da fuselagem e um tom cinza no

leme, proporcionando a diminuição do coeficiente de arrasto, economizando

combustível e facilitando os trabalhos de manutenção e inspeção na superfície

da aeronave.

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45

Figura 4 – American Airlines – esquema de pintura (extraído de ALLAMERICAN

PATRIOTS, 2010)

5.1 – Aspectos técnicos do peso e balanceamento de

aeronaves

As aeronaves possuem três eixos imaginários, que realizam todos os

seus movimentos, cruzando-se em um ponto comum denominado “Centro de

Gravidade (CG), conforme abaixo mostrado:

Figura 5 – Balanceamento de aeronaves (extraído de CIÊNCIAS

AERONÁUTICAS, Professor Elson Avallone, 2010)

O balanceamento e o controle de peso de uma aeronave é realizado

tendo em vista a necessidade de garantir a segurança de vôo, evitando-se à

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46piori a ocorrência de possíveis acidentes durante o vôo, de acordo com os

seguintes parâmetros:

Os pesos de decolagem, pouso e zero combustível devem estar dentro

dos limites estabelecidos pelo manual do fabricante, que estipula todas as

condições necessárias para cada tipo de aeronave, os manuais do fabricante

contém todas as instruções a serem obedecidas pelo Despachante Operacional

de Vôo (DOV), o qual dever ter pleno conhecimento das características técnicas

da aeronave que está sendo balanceada, abrangendo os seguintes parâmetros

técnicos:

Plano de Referência - Plano a partir do qual mede-se os braços (ou estações)

de uma aeronave. Em geral, corresponde a um plano vertical, encostado no

nariz do avião (DATUM Line), linha de referência;

Massa - inércia ou resistência de um corpo em ter seu movimento acelerado;

Braço ou Estação - Distância entre o plano de referência e o ponto de apoio

de uma massa na aeronave (ex: distância entre a linha DATUM e o

compartimento de cargas);

Momento - Produto da massa pelo braço do ponto de apoio;

Centro de Gravidade CG - Ponto de equilíbrio da aeronave;

Corda Média Aerodinâmica - Linha que une o bordo de ataque ao bordo de

fuga da asa.

Definições de Peso

As seguintes definições de peso se aplicam ao balanceamento de aeronaves:

Peso Vazio Básico - Peso da aeronave vazia, sem tripulação, passageiros,

carga, combustível e demais itens necessários ao vôo. É obtido através da

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47pesagem da aeronave com uma balança especial e instruções contidas no

manual de weight and balance, (peso e balanceamento), emitido pelo

fabricante. É o início do processo de peso e balanceamento.

Peso Básico Operacional - Peso Vazio Básico acrescido da tripulação e sua

bagagem, comissaria, manuais, fly kit (documentação de vôo) e demais itens

necessários à operação da aeronave. É a aeronave pronta para voar, faltando

carga paga e combustível.

Carga Paga - Tudo o que é transportado na aeronave que não faça parte do

peso básico operacional, passageiros, bagagem, carga e mala postal;Peso

Zero Combustível - Peso básico operacional mais a carga paga. Nesta etapa,

a aeronave está pronta para voar, faltando apenas abastecê-la de combustível,

que pode ser feito conhecendo-se esses dois parâmetros citados, conhecendo-

se a rota a ser percorrida pela aeronave, se em vôo direto ou quantidade de

escalas;

Peso de Decolagem - Peso da aeronave alinhada na cabeceira da pista para

decolagem. É o peso de rampa menos o combustível consumido no taxi.

Peso de Pouso - Peso da aeronave quando toca o solo, representado pelo

peso de decolagem, subtraindo-se o combustível consumido durante o vôo.

Pesos Máximos - Os pesos zero combustível, de decolagem e de pouso

devem respeitar seus respectivos limites definidos pelo AFM - Airplane Flight

Manual. (Manual de vôo);

Algumas aeronaves possuem limites diferentes para CG zero

combustível, decolagem e pouso. Para determinar corretamente os valores e os

limites, é importante observar os manuais de vôo e de peso e balanceamento

fornecidos pelos fabricantes. A identificação das empresas é realizada com a

aplicação de adesivos, contribuindo para diminuir o peso máximo das

aeronaves.

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48Finalmente, outro ponto importante é ter atenção às unidades de medida:

os pesos podem estar em libras ou quilos e os braços em metros, milímetros ou

polegadas. Qualquer combinação de unidades de peso e comprimento pode ser

usada, desde que não sejam erroneamente trocadas durante os cálculos,

porém o fator que agrega maior segurança a qualquer vôo é o Metereológico,

cujo monitoramento está a cargo da REDEMET–REDE DE METEROLOGIA DO

COMANDO DA AERONÁUTICA, que é um órgão subordinado ao DECEA-

DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO, ambos sob

jurisdição da Força Aérea Brasileira-FAB que através da rede CINDACTA –

CENTRO INTEGRADO DE DEFESA AÉREA E CONTROLE DE TRÁFEGO

AÉREO executa a atividades de controle do tráfego aéreo comercial e militar,

vigilância do espaço aéreo e comando das ações de defesa aérea na área

territorial brasileira. A rede CINDACTA está distribuída por quatro áreas de

cobertura:

• Cindacta I (Brasília): Quadrilátero Rio de Janeiro — São Paulo — Belo Horizonte — Brasília;

• Cindacta II (Curitiba): Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), Mato Grosso do Sul e parte sul de São Paulo;

• Cindacta III (Recife): Região Nordeste e área oceânica que separa o Brasil da África e da Europa;

• Cindacta IV (Manaus): Região Amazônica.

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Figura 6 – Rede Cindacta (extraído de 12 HORAS NOTÍCIAS SOBRE

AVIAÇÃO, 2009/2010)

Com todos os parâmetros de balanceamento fechados o Comandante de

qualquer aeronave deve submeter o seu plano de vôo ao REDEMET, que

chegará e prestará todas as informações necessárias e indispensáveis à

realização do vôo, cuja documentação é entregue ao Comandante da aeronave

inserida na PASTA DE DOCUMENTAÇÃO DE VÔO.

Sinopse do quinto capítulo:

O conteúdo deste quinto capítulo teve como fontes informativas, as

orientações técnicas de dois profissionais de aviação, de documentos

componentes do acervo do autor desta monografia e de consultas a diversos

sites especializados em aviação, além da vivência profissional do autor desta

monografia nessa mesma área. As fontes de informação utilizadas na

composição deste trabalho (livros, sites, publicações especializadas e

documentação fotográfica), estão todas descritas no índice bibliográfico deste

trabalho.

Cindacta IV – Manaus - Região

Norte

Cindacta III – Recife – Região

Nordestes

Cindacta I – Brasília – Região

Sudeste Cindacta II – Curitiba – Região Sul

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50O sexto e último desta monografia, contém uma narrativa relacionada ao

futuro da aviação.

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51

CAPÍTULO VI

O FUTURO DA AVIAÇÃO

Há cem anos, poucas pessoas poderiam prever que os aviões seriam

usados na guerra em apenas cinco anos, ou que em 70 anos, pessoas estariam

voando entre um continente e outro com conforto, vestindo apenas camisetas;

quem se atrevesse a fazer previsões como essas poderia ser taxado de

lunático e sonhador.

No século 20 e neste início do século 21, a aviação teve um grande

desenvolvimento em todos os segmentos; pesquisas realizadas em tecnologia

de resistência de materiais tornaram possível a utilização de materiais

compostos, como por exemplo, a fibra de carbono, que é mais leve e mais

resistente do que o alumínio e também mais barata do que o mesmo, tornando

possível o seu emprego na construção de aeronaves, principalmente

comerciais, conforme é o caso do Boeing 787 e o Airbus A350 construídos com

cerca de 90% com fibra de carbono, que é um material anticorrosivo,

diminuindo o tempo de construção de uma aeronave.

Os combustíveis serão, prioritariamente, ecológicos. Poluirão menos e

gastarão menos. Novas tecnologias de pouso e decolagem diminuirão

drasticamente o consumo de energia das aeronaves. Os motores serão

movidos, basicamente a hidrogênio, liberando apenas vapor de água como

resultado da reação.

Atualmente os dois principais fabricantes de aeronaves ocidentais, a

Boeing e a Airbus, estão realizando pesquisas com vistas ao lançamento de

projetos para a construção de aeronaves, que entrarão em operação por volta

da década de 2030.

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52A Boeing está realizando estudos e testes para a construção destinada a

substituir o Boeing 747, atualmente em operação e cuja mais nova versão é o

Boeing 747-8, criado para transportar passageiros e cargas, cujo modelo é

abaixo mostrado:

Figura 7 – Boeing 747-8 (Extraído de BOEING COMPANY, 2010)

Ao que tudo indica esse será o último modelo da família 747, cuja

produção deverá ser encerrada até 2020. Para substituir a família 747 a Boeing

está estudando uma nova aeronave para suceder a família 747, avaliando a

produção de uma nova família de aviões: Boeing 797, Boeing Y3 atualmente

identificado como Ecoliner e o X-48B (experimental) com previsão operacional

para a década de 2020. Esta última opção, de acordo com a enciclopédia virtual

Wikipédia, a expressão Blended Wing Body (BWB), refere-se a um projeto

inovador, desenvolvido pela Boeing Phanton Works em cooperação com a

NASA, junto com o Laboratório de Pesquisas da Força Aérea Americana; de

acordo com a Divisão Phantom Works da Boeing, o conceito BWB tem uma

estrutura aerodinâmica mais eficiente em relação aos projetos convencionais de

aeronaves, com uma fuselagem larga em forma de aerofólio, diminua o seu

coeficiente de arrasto em quase 100%, aumentando assim a economia de

combustível com a conseqüente redução dos custos operacionais, além de

permitir uma grande variedade aplicações potenciais comerciais e militares. A

aeronave utiliza uma forma híbrida, que lembra uma asa voadora, mas também

incorpora algumas características de um avião convencional.

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53A descrição desse projeto está disponível em PDF, no endereço

mikesnead, indicado na bibliografia desta monografia.

A Boeing deverá optar por construir um dos três modelos que atualmente

ainda são considerados como “projetos conceito”.

Das três opções consideradas, a Boeing em conjunto com a NASA

construiu um modelo-escala do projeto-conceito denominado X-48B. na

proporção de 8,5% em relação ao tamanho real da futura aeronave, que já está

sendo testada em vôo controlado por radio que estão realizados na aérea de

testes da força Aérea Americana, no deserto de Edwards na Califórnia desde

2006; também estão realizados ensaios de vôo no túnel de tempo. O projeto foi

criado em 2007. A versão militar do X-48B será construída com a tecnologia

stealth (invisibilidade aos radares).

O X48B pode ser visto na figura abaixo:

Figura 8 – Modelo escala do X48B (extraído de NASA DRYDEN FLIGHT

RESEARCH CENTER, 2010)

As outras duas opções para substituir a família 747 são respectivamente

e os modelos Boeing 797 e o Boeing Y3 Ecoliner (designação provisória),

ambos ainda na fase de estudo-conceito e com um design convencional. As

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54diferenças entre essas duas opções estão nos modelos. O Boeing 797 terá o

deck superior alongado e terá quatro motores, enquanto que o Boeing Y3

também terá dois decks, mas com dois motores, com capacidade entre 350 e

480 passageiros.

Na realidade o Boeing Y3 é uma derivação do projeto do McDonnel

Douglas MD12 desenvolvido em 1992, para transportar 430 passageiros, mas

que não saiu da prancheta. Se Boeing Y3 – Ecoliner, vier a ser construído na

versão bimotor, ficará entre o Boeing 747 e o Boeing 777, conforme mostrado

Figura 9 – Boeing Y3 Ecoliner, situado entre o Boeing 747 e o 777 (extraído de

FLIGHTGLOBAL, 2010)

6.1- Projeto Boeing Pelican

A frota de aeronaves cargueiras ocidentais é formada pelas grandes aeronaves

construídas pela Boeing e Airbus, que dominam quase 90% do mercado de

aviões cargueiro, porém, não tem a capacidade de transportar cargas

indivisíveis de grande porte, em virtude da sua configuração, com dois porões

de carga separados entre si (Upper Deck e Low Deck).

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55Por essa razão, o fabricante americano Boeing Company, está

desenvolvendo um projeto-conceito, para a construção de um mega-cargueiro,

batizado com o nome de “Pelican”, com capacidade de transporte de 1.400

toneladas, cerca de 6,2 vezes mais carga do que o modelo russo AN-225, que

deverá entrar em operação a partir de 2016. Inicialmente configurado para

transportes militares, é uma aeronave “Stealth” invisível aos radares.

O Boeing Pelican é um projeto-conceito configurado com a designação

ULTRA - Ultra Large Transport com grande capacidade de transporte, para uso

civil e militar, com um alcance de 18.000 quilômetros, utilizando o efeito solo,

voando a uma altitude entre 6 e a5 metros sobre a água, também com a

capacidade de atingir 20 mil pés de altitude, podendo também operar sobre o

solo. Tem dois trens de pouso com 76 rodas cada.

Figura 10- Projeto Boeing Pelican (extraído de AVIATIONEXPLORER, 2010)

6.2 – O Projeto Stratos

Um grupo de engenheiros aeronáuticos britânicos está projetando o Stratos: a aeronave ecologicamente correta.

O avião terá envergadura de 72,24 metros, tubo de 64 metros e duas turbinas Rolls Royce traseiras, estilo Trent, o mais poderoso torque da atualidade.

Voará a 17 mil metros a uma velocidade de 940 km/h e terá uma autonomia de 19.260 km.

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Como tem uma grande envergadura, para alcançar um desempenho aerodinâmico acima da média; terá dois decks para acomodar 256 passageiros. Deverá iniciar o seu ciclo operacional por volta do ano de 2028.

Figura 11 – Projeto Stratos (extraído de P.J. PONTES, 2010)

6.3 – O Projeto CAT

A tecnologia não é como um fungo matinal que surge da noite para o

dia, mas tem raízes em pesquisas feitas muito anteriormente em ralação aos

objetivos a serem atingidos.

Isso aconteceu na década de 70 quando o Departamento de Defesa

dos Estados Unidos, deu início à pesquisa para a criação de uma nova

tecnologia, conhecida como GPS - Global Positioning System - Sistema de

Posicionamento Global), que conforme informado pelo site “história de tudo”

teria se iniciado em 1957, quando a União Soviética lançou o primeiro satélite

artificial da história, fato que deu início aos primeiros estudos sobre o uso de

satélites na localização de pontos sobre a superfície terrestre.

Contudo, foram os americanos que, de fato, criaram o sistema. A base

dessa criação foi o projeto NAVSTAR - GPS: Navigation System with Time and

Ranging, traduzido para a língua portuguesa como Sistema de posicionamento

global, desenvolvido em 1960 pelo Departamento de Defesa dos Estados

Unidos. O sistema oferecia diversas informações sobre qualquer parte do

planeta, como localização e clima, por exemplo, a qualquer hora do dia, algo

que era de grande importância para o uso militar. Após vários ajustes e

correções, o projeto NAVSTAR se tornou totalmente operacional em 1995.

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57Na mesma época, segundo informado no site dicasdodi, uma outra

tecnologia conhecida como stealth (invisibilidade), teria sido criada pelos

russos, porém só seria conhecida 17 anos mais tarde, em 1995, quando a

Força Aérea Americana, tornou pública a existência do caça F-117

Nighthawk, com tecnologia de invisibilidade, cuja existência até então foi

mantida sob segredo militar.

Esses dois exemplos mostram que a implantação de uma nova

tecnologia é gerada anos antes da sua utilização operacional. Essas duas

ilustrações servem como base à narrativa da criação do projeto CAT-

Configurable Air Transport, (Transporte aéreo configurável.)

As pesquisas para desenvolvimento do projeto CAT – Configurable Air

Transport, tiveram início na década de 90 quando o Engenheiro aeronáutico

americano Michael Janes Snaed por ordem do Departamento de Defesa dos

Estados Unidos iniciou os estudos para a criação do CAT, que é uma aeronave

hibrida, lembrando uma asa voadora, incorporando alguns conceitos das

aeronaves tradicionais, embora tenha sido desenvolvida dentro do conceito

BWB- Blended Wing Body, descrito na página 61 deste mesmo capítulo. Além

de ter participado da criação do projeto CAT o engenheiro Michael Janes

Snaed, também esteve envolvido nos projetos dos caças supersônicos YF22 e

YF23, atualmente em operação.

Os estudos iniciais foram baseados no projeto similar, que usou como

plataforma, a aeronave cargueira da década de 50, Fairchild C119, configurada

como o modelo XC120, utilizada como projeto-conceito para o desenvolvimento

de uma aeronave com um compartimento de cargas removível, utilizando a

tecnologia disponível naquela época. Abaixo, um quadro comparativo da

evolução do projeto CAT – Configurable Air Transport (Transporte aéreo

configurável)

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58

Figura 12 – Evolução do projeto CAT – Configurable Air Transport – Transporte

aéreo configurável (extraído de SPACE IN MINIATURE, ASCHO, AIRPOWER E

MIKES NEAD, 2010)

A figura acima mostra da esquerda para a direita, a evolução do

projeto CAT a partir da plataforma do Fairchild C119 (A), seguida pelo modelo

XC120 (B); apresentado um esquema comparativo das dimensões dos porões

de cargas do Galaxy C5A e do CAT-Configurable Air Transport (C) vendo-se

também a visão dessa nova aeronave modular, com uma vista de um conjunto

de módulos hospitalares. Conforme visto em (C), a dimensão dos módulos do

CAT é bem menor do que o Galaxy C5A, no entanto, com a capacidade inicial

prevista para o carregamento simultâneo de três módulos por aeronave, será

possível obter uma economia de escala bem maior do que a obtida nos aviões

cargueiros convencionais. Conforme ressaltado, o projeto do CAT começou a

ser desenvolvido em 1990, e é muito provável que um ou mais protótipos

estejam prontos, aguardando o momento ideal para entrar em atividade

operacional. Inicialmente, previsto como transporte militar, é bem provável que

a sua aplicação seja configurada também para a área comercial.

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6.4 – O transporte de cargas e passageiros rumo ao rumo ao espaço sideral

O fim da guerra fria proprocionou uma aliança internacional de

programas espaciais para a construção da ISS – International Space Station

(Estação espacial internacional), que é um laboratório espacial atualmente em

construção, cuja montagem iniciou-se em 1998, substituindo a estação espacial

russa MIR cujo primeiro módulo foi lançado em 1986 e desativada em 1995,

vindo a ser substítuida pela ISS, gerando uma necessidade de transportar

cargas especiais para manter o seu funcionamento e também para continuar a

sua construção modular, pois ainda não foi concluída a montagem de todos os

seus módulos componentes.

Na continuidade das operações da Mir russa, e do Skylab dos

Estados Unidos, a Estação Espacial Internacional representa a permanência

humana no espaço e tem sido mantida com tripulações de número não inferior

a dois elementos desde 2 de novembro de 2000. A cada rendição da tripulação,

a estação comporta ambas equipes (em operação e a próxima), bem como um

ou mais visitantes.

Um consórcio de 15 países estão participando da sua construção e

das experiências científicas na ISS: Os Estados Unidos, Rússia, Canadá, Japão

e através da Agência Espacial Européia (ESA) a Bélgica, Dinamarca, França,

Alemanha, Itália, Holanda , Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e o Reino Unido.

Atualmente os Estados Unidos utilizam o ônibus espacial e os russos o

foguete Soyuz, porém, conforme amplamente pela mídia, a Nasa assinou um

contrato com a Rússia para enviar seis astronautas à Estação Espacial

Internacional (ISS) quando os ônibus espaciais americanos forem aposentados,

O contrato de US$ 335 milhões firmado com a agência espacial federal russa

prevê o envio à ISS dos seis astronautas americanos em 2013 e 2014, informou

a Nasa em um comunicado.

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60Os astronautas partirão a bordo de quatro missões Soyuz em 2013, e

regressarão à Terra em dois vôos previstos para o mesmo ano e outros dois em

2014.

O último vôo do ônibus espacial americano com destino à ISS ocorrerá

em novembro do presente ano de 2010.

Quando forem aposentados, os Estrados Unidos dependerão da Soyuz

russa para levar seus astronautas à ISS, até que um foguete de lançamento

americano o substitua em 2015.

Só existem no mundo cinco centros de lançamentos de foguetes:

• O Centro Espacial Kennedy (americano);

• O Centro Espacial de Kourou na Guiana Francesa,

• O Centro de lançamentos de Alcântara no Maranhão, pertencente ao Brasil;

• O Centro espacial de Baikonur localizado no Cazaquistão, pertencente à Rússia;

• O Centro de lançamento de satélites chinês localizado na província de Sichuan no sudoeste da China.

Além da desativação dos ônibus espaciais americanos, a Rússia,

conforme informado pelo site defesabr, está desenvolvendo o Projeto Kliper,

que é um veículo espacial com 5 lugares, permitindo aterragens mais

controladas, que dispensarão a descida em zonas remotas, como no

Casaquistão. Essa nova espaçonave vem sendo desenvolvida pela RSC-

Energia, construtora das Soyus, que por mais de 35 anos realizaram mais de

100 vôos sem falhas

No corrente ano de 2010, será realizado o primeiro vôo não tripulado da

Kliper; em 2011, deverão começar os vôos regulares para a Estação Espacial

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61Internacional e, em 2015, os russos esperam conduzir uma missão à Lua. Cada

Kilper deverá custar 1,1 bilhão de euros.

Além desse novo projeto russo, a NASA já testou o protótipo do projeto

Aurora, denominado X43A, que no seu primeiro vôo atingiu a velocidade de

8.000 Kmph. O primeiro vôo foi realizado em 2004. Assim como outros projetos

mais modernos, essas novas aeronaves estão apenas aguardando a época

certa para serem lançadas em operação.

Todo esse cenário nos permite vislumbrar um novo cenário para a

aviação geral (passageiros e cargas), que deverá mudar radicalmente a

aviação neste início do século XXI, que deverá impactar a aviação de carga

rumo ao espaço exterior, envolvida, talvez em aspectos comerciais.

Sinopse do sexto capítulo:

O conteúdo deste sexto e último capítulo tiveram como fontes

informativas, as orientações técnicas de dois profissionais de aviação, de

documentos componentes do acervo do autor desta monografia e de consultas

a diversos sites especializados em aviação, além da vivência profissional do

autor na área de aviação de carga. As fontes de informação utilizadas na

composição deste trabalho (livros, sites, publicações especializadas e

documentação fotográfica), estão todas descritas no índice bibliográfico deste

trabalho.

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CONCLUSÃO

O modal de transportes aéreos constitui o meio mais rápido e confiável

de movimentação de mercadorias e bens de capital, sendo o único meio

disponível com capacidade de transpor quaisquer acidentes geográficos e

fronteiras políticas entre os países, rapidamente e de maneira segura.

Os custos mais altos desse modal são compensados pela rapidez nas

entregas, gerando uma grande economia de escala, principalmente do ponto de

vista logístico, bastando ver o crescimento desse mercado nos últimos anos,

que levaram as empresas que exploram esse mercado a perceber as

vantagens e o diferencial competitivo que o transporte de cargas aéreas

oferece. No entanto, sendo um modal de transporte de mercadorias e bens de

capital de alto valor agregado, é um segmento sujeito as oscilações de

demanda, fazendo com que a atualização das frotas aéreas cargueiras sejam

contínuas, afetando até mesmo o modus operandi do setor, que de acordo com

as informações fornecidas pela Airbus Industries no anuário GMF Airbus Global

Market Forecast 2010), conforme citado no capítulo 4, página 39, tópico 4.1

desta monografia, cerca de 870 aeronaves cargueiras são operadas por um

reduzido número de empresas, sendo a maior parte operadas por

transportadores ACMI – Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance

(arrendamento de aeronaves). Esse cenário conduziu as empresas aéreas à

criação de sistemas operacionais compartilhados, de modo a otimizar as suas

operações e reduzir os custos operacionais. A solução encontrada foi a adoção

de instrumentos operacionais capazes de aumentar a sinergia operacional entre

as empresas, destacando-se:

• O sistema Amadeus de reservas, criado em 1987 que disponibiliza informações em tempo real sobre vôos e tarifa, sendo utilizado por mais de 40% do mercado comercial aeronáutico;

• Operação comercial no regime Low Cost/Low Fare (custo baixo e tarifas baixas);

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• A formação de alianças comerciais estratégicas entre as principais empresas aéreas mundiais, através da Star Aliance, Oneworld e Skyteam;

• A fusão entre as grandes empresas aéreas mundiais, destacando-se a junção da Air France e KLM, United e Continental Airlines, British Airways e Ibéria, da Delta Airlines com a Northweast Airlines.

Essas medidas se justificam devido aos altos custos operacionais,

principalmente com a alta no preço do barril de petróleo, na casa de U$$ 41,50

em maio de 2010.

O transporte aéreo de carga tem uma natureza intermodal e

interdependente com outros setores, sendo impossível compreender toda a

dinâmica envolvida, ignorando-se os participantes desse setor, por menores

que sejam. A grande quantidade de dados disponíveis sobre o mercado norte-

americano, europeu e asiático contrasta com os dados quase indisponíveis

sobre os mercados sul americano, árabe e asiático, mesmo com o acentuado

crescimento verificado nos mercados emergentes, como por exemplo, os

países do grupo dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia e China dentro do cenário

mundial de negócios e comércio. Esse aspecto evidencia a necessidade por

mais pesquisas e coleta de dados mais direcionada, tanto academicamente,

quanto por parte dos participantes desse mercado; a este respeito,

recomendamos a leitura da obra “Enciclopédia da aviação brasileira, escrita por

Roberto Pereira (Editora Globo, 1997), com informações sobre as aeronaves

criadas no Brasil, com nome, histórico, ficha técnica e ilustrações, incluindo as

que ficaram no projeto. É uma obra recomendada para pesquisadores do

assunto, principalmente na área acadêmica.

Nesse particular, destaca-se o mercado brasileiro em crescimento,

principalmente na região da Amazônia legal, onde estão em construção dois

novos complexos hidrelétricos, as usinas de Santo Antonio e Jirau no

entroncamento do rio Madeira e usina de Belo Monte no Pará.

A região da Amazônia legal ocupa 59% do território brasileiro, com um

território de 5 milhões de quilômetros quadrados, sendo sete vezes maior que a

França, correspondendo a 32 países da Europa Ocidental; somente a Ilha de

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64Marajó, é maior que alguns países como a Suíça, Holanda e Bélgica. É nessa

região que está localizada a fronteira da floresta, com uma extensão de 12 mil

quilômetros, começando na Guiana Francesa e extendo-se até a Bolívia, que

tem a maior extensão fronteiriça com 3423 quilômetros, cuja vigilância está a

cargo do Comando Militar da Amazônia, pelos pelotões especiais de fronteira

do Exército Brasileiro com um contingente de 12 mil homens, insuficiente para

vigiar toda essa área, na qual também está sendo construído o corredor

interoceânico Brasil-Chile, que é uma estrada de 4 mil quilômetros, começando

no porto de Arica no Chile e terminando em São Paulo, passando mais ao sul

da Amazônia Legal.

Finalizando, cabe ressaltar que a Amazônia legal é uma are de grande

extensão muito semelhante ao interior australiano e parte do território russo,

onde as dificuldades de transportes são imensas. Por essa razão, o autor

desta monografia oferece a sua singela contribuição para o desenvolvimento de

uma linha de pesquisa voltada para a implantação de uma extensa

infraestrutura de transportes nessa área, com a construção de campos de

pouso em toda a região, com aeronaves com características operacionais para

a região amazônica, incluindo Dirigíveis Híbridos Multimissão.

Vale relembrar a necessidade de se repensar a retomada do projeto

desenvolvido pela EMBRAER nos anos 70, o quadrimotor turbo-hélice

Amazonas EMB500, que tem todas as características ideais para operar nessa

região, substituindo o Búfalo C115 que durante muito anos foi operado pela

FAB na região amazônica. Porém, somente uma aeronave desse tipo não é

suficiente para atuar como elo de ligação em toda a extensa área da fronteira

da floresta, sendo também necessário, utilizar aeronaves menores e ágeis,

como por exemplo o Cessna Caravan, que inclusive tem uma versão anfíbia,

sendo ideal para operar nos rios e afluentes da região, aeronave essa que

poderia ser produzida pela Embraer sob regime de licença; caso essa aeronave

não fosse a escolhida, então poderia ser utilizada a versão cargueira do

EMB120 fabricada pela Embraer, que é uma aeronave maior do que o Cessna

Caravan.

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65 Além disso, é preciso considerar que somente o desenvolvimento do modal

aéreo não é suficiente para atender as necessidades de transportes da área

amazônica, sendo necessário a participação dos modais terrestre e lacustre de

modo a operar, desenvolver e proteger a mais rica região do planeta, alvo da

cobiça internacional.

É melhor participar, desenvolver e proteger a região da Amazônia Legal, do

que ficarmos assistindo a sua ocupação e cobiça das grandes potências.

Finalmente, cabe a você leitor, após ler os seis capítulos desta monografia,

avaliar, tirar as suas próprias conclusões e dar a sua própria interpretação e a

palavra final a respeito do conteúdo deste texto.

A palavra final é sua leitor: a conferir!

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74http://www.starsem.com/ - Acesso em 12/05/2010. SUPERCARGUEIROS AÉREOS - Mobilidade Global ao Brasil – Disponível em: http://defesabr.com/blog/index.php/10/04/2009/supercargueiros-aereos- mobilidade-global-ao-brasil/ - Acesso em: 16/05/2010. THE WORLD´S SPACE SYSTEMS – Disponível em: http://www.unidir.org/pdf/articles/pdf-art1885.pdf - Acesso em: 23/04/2010. TRENDS AND DEVELOPMENT OF WORLD AND AIR CARGO MARKET BY AEROFLOT CARGO – Disponível em: http://www.aeroflotcargo.aero/files/ILA%20Presentation_28_ok.pdf – Acesso em 05/05/2010. TUPOLEV 204C - Disponível em: http://www.azfreighters.com/planes/tu204c.pdf - Acesso em: 20/05/2010. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ-SISTEMAS DE TRANSPORTES TT-046 – Disponível em: http://pessoal.utfpr.edu.br/arildo/arquivos/Aula14_CaracteristicasTransporteAeroviario.pdf - Acesso em 18/05/2010. UHE – SANTO ANTONIO - Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=_HbNz7uU1Mg – Acesso em: 20/05/2010. USINA DE BELO MONTE NO PARÁ – Disponível em: http://sosriosdobrasil.blogspot.com/2010/03/plano-de-desenvolvimento-regional.html - Acesso em: 20/05/2010. USINAS DO JIRAU – Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9NS1ng-F6hE&feature=related Acesso em: 20/05/2010. USINAS DO MADEIRA – Reportagem Jornal da Globo em 20/08/2009 – Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Od94KE4Q8YQ&feature=related Acesso em: 20/05/2010. USINAS HIDRELÉTRICAS NO RIO MADEIRA – Disponível em: http://www.furnas.com.br/negocios_novos_projetos_07.asp - Acesso em: 20/05/2010. WORLD AIR CARGO FORECAST 2008/2009 - BOEING COMPANY – Disponível em: http://www.boeing.com/commercial/cargo/wacf.pdf - Acesso em 28/04/2010. 8th. EUROPEAN INTERPARLAMENTARY SPACE CONFERENCE, BRUSSELS, JUNE 13 2006 - Disponível em:

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75http://www.belspo.be/belspo/eisc/pdf/docu2p_eisc/Russia.pdf - Acesso em: 15/05/2010.

ÍNDICE DE FIGURAS

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INDEXAÇÃO POR CAPÍTULO, NÚMERO DA FIGURA, DESCRIÇÃO, PÁGINA E FONTE DE INFORMAÇÃO

Capítulo I Figura 1 - BOEING 787 – Utilização de materiais compostos na produção página 15 (extraído de http://www.seattlepi.com/boeing/787/787primer.asp) - Acesso em: 19/05/2010.

Figura 2 – BOEING 787 – Cadeia de produção compartilhada – página 18 (extraído de http://www.msnbc.msn.com/id/19421415/ )- Acesso em: 19/05/2010. Capítulo III Figura 3 – Movimento global do tráfego aéreo – página 27(extraído de http://openflights.org/data.html) - Acesso em: 19/05/2010. Capítulo V Figura 4 – American Airlines – Esquema de Pintura – página 45 (extraído de http://www.allamericanpatriots.com/news_topics/american_airlines) Acesso em: 19/05/2010. Figura 5 - Balanceamento de aeronaves – página 45 - Introdução – Ciências aeronáuticas (extraído de Professor Elson Avallone) Disponível em: (http://www.ite.edu.br/apostilas/Peso_e_Balanceamento_Introducao.ppt ) Acesso em: 04/05/2010 Figura 6 – Rede Cindacta - página 49 (extraído de http://12horasnoticiassobreaviacao.blogspot.com/2009/10/centro-integrado- de-defesa-aerea-e.html) – Acesso em: 14/05/2010. Capítulo VI Figura 7 – Boeing 747-8 – página 52 (extraído de (http://www.boeing.com/commercial/747family/) Acesso em: 16/05/2010. Figura 8 – Modelo escala do X48B – página 53 (extraído de http://www.dfrc.nasa.gov/gallery/photo/X-48B/index.html) - Acesso em: 10/05/2010 Figura 9 – Boeing Y3 Ecoliner, situado entre o Boeing 747 e o 777 – página 54 – (extraído de http://flightglobal.com/airspace/forums/possible-boeing - y3

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77 -composite-370-500-seat-twin-3861.aspx) – Acesso em 17/05/2010. Figura 10 – Projeto Boeing Pelican – página 55 (extraído de http://www.aviationexplorer.com/boeing_pelican_facts.htm) - Acesso em: 09/04/2010. Figura 11 - Projeto Stratos – página 56 (extraído de http://pjpontes.blogspot.com/2009_09_27_archive.htm) - Acesso em: 17/05/2010. Figura 12 – Evolução do Projeto CAT-Configurable Air Transport – página 58 (extraído de http://mikesnead.net/resources/cat/tech paper configurable air transport.pdf) - Acesso em 26/04/2010.

ÍNDICE DE TABELAS POR CAPÍTULO

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CAPÍTULO IV

TABELA 1 - Crescimento da carga doméstica em 2007 (extraído de http://www.boeing.com/commercial/cargo/wacf.pdf) - biênio 2008/2009 Acesso em 28/04/2010. 37 TABELA 2 - Categorias de peso para aeronaves cargueiras (extraído de http://www.boeing.com/commercial/cargo/wacf.pdf - biênio 2008/2009) Acesso em 28/04/2010. 38 TABELA 3 – As grandes aeronaves cargueiras russas (pesquisas realizadas pelo autor desta monografia no acervo particular do mesmo) 39

ÍNDICE DE GRÁFICOS

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CAPÍTULO IV

GRÁFICO 1 – Número de aeronaves cargueiras encomendadas (extraído de ttp://www.airbus.com/fileadmin/media_gallery/gmf2007/PDF_dl/00-all-gmf_2007.pdf) 39

ÍNDICE

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FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I Fundamentação Teórica 11 1.1 Sistema Lean de Produção 11 1.2 Utilização de Materiais Compostos 13 1.3 Confiabilidade Industrial 16 1.4 Sistema de Produção Compartilhado 17 CAPÍTULO II Cargas Aéreas 20 2.1 Vantagens 21 CAPÍTULO III Cenários, nacional e internacional do setor de cargas aéreas 23 3.1 Cenário do transporte aéreo de cargas no Brasil 28 CAPÍTULO IV Desenvolvimento da frota de aeronaves cargueiras 34 4.1 Evolução da frota cargueira mundial 37 4.2 Aumento da competitividade no mercado de cargas aéreas 39 4.3 A produção da aeronave cargueira Antonov An124 41 CAPÍTULO V Conceitos relacionados ao peso e balanceamento de aeronaves 43 5.1 Aspectos técnicos do peso e balanceamento de aeronaves 45 CAPÍTULO VI O futuro da aviação 51 6.1 Projeto Boeing Pelican 54 CONCLUSÃO 62 BIBLIOGRAFIA TABELAS 76 ÍNDICE 77 FOLHA DE AVALIAÇÃO 78

FOLHA DE AVALIAÇÃO

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TÍTULO DA MONOGRAFIA

TRANSPORTES DE CARGAS AÉREAS NA ATUALIDADE

AUTOR – DANIEL NOGUEIRA GONÇALVES ALFREDO

DATA DA ENTREGA

MAIO DE 2010 – RIO DE JANEIRO

ORIENTADOR

PROFESSOR JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO

AVALIADO POR __________________________________

GRAU _________________

RIO DE JANEIRO, DE DE 2010

COORDENAÇÃO DO CURSO