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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Tesouro Direto: Alternativa de Investimento para Investidores Conservadores Por: Emanuelle Ferreira da Silva Mfuno Orientador Prof. Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Tesouro Direto: Alternativa de Investimento para Investidores

Conservadores

Por: Emanuelle Ferreira da Silva Mfuno

Orientador

Prof. Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Tesouro Direto

Alternativa de Investimento para Investidores Conservadores

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão e Finanças

Corporativas.

Por: Emanuelle Ferreira da Silva Mfuno

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AGRADECIMENTOS

Aos familiares, amigos e mestres por

toda sabedoria que de alguma forma

foi-me passada e colaborou para

realização desse trabalho.

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DEDICATÓRIA

À Jesus Cristo, meu redentor e Senhor,

ao meu grande amigo e esposo

Bernardo Nzola, a minha amada filha

Maria Helena, aos meus pais Maria

José e Gilberto e aos meus irmãos

Emanuel e Lídia, agradeço pelo amor,

incentivo e apoio que têm para comigo,

e por me acompanharem nessa

vitoriosa jornada do saber.

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RESUMO

A criação do sistema Tesouro Direto pelo Tesouro Nacional em parceria

com a BM&Bovespa (antiga CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e

Custódia) em 2002, teve como objetivo principal facilitar o acesso ao

investimento em títulos públicos federais. O seguinte trabalho demonstra

informações interessantes e relevantes sobre o investimento em títulos

públicos utilizando o sistema Tesouro Direto, incentivando a utilização do

mesmo como uma opção segura para investidores iniciantes, ou com o perfil

conservador, que tenham objetivos financeiros determinados e queiram

adequar algum investimento a suas reais necessidades.

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METODOLOGIA

A construção do trabalho foi baseada na metodologia de revisão

bibliográfica, onde foram pesquisados em livros e monografias, assuntos

referentes ao tema proposto, além de revistas, artigos de jornal, reportagens e

sites de importantes instituições financeiras, que complementaram o

enriquecimento de informações.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Perfil dos Investidores Brasileiros

e Tipos de Investimentos 09

CAPÍTULO II - Tesouro Direto e títulos oferecidos 12

CAPÍTULO III – Funcionamento do Tesouro Direto

e Tributação 22

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

ANEXOS 32

ÍNDICE 40

FOLHA DE AVALIAÇÃO 42

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INTRODUÇÃO

Segundo estimativa do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) em

Julho de 2014, o Brasil tem 202.768.562 habitantes, sendo o quinto país mais

populoso do mundo. Nesse conjunto, temos uma parte da população que

possue alta renda, alguns com média remuneração e uma grande parte da

população com baixa remuneração ou até mesmo a inexistência de proventos,

o que interfere diretamente na qualidade de vida dessas pessoas, onde muitas

vezes falta saneamento básico, alimentação saudável e moradia digna. Aos

que conseguem trabalhar para o sustento de suas famílias, encontramos a

tentativa diária de honrar com seus compromissos financeiros, o que

normalmente faz com que sobre pouco ou absolutamente nada da

remuneração no fim do mês para consumir ou até mesmo poupar.

Independente da condição social de cada indivíduo, todos temos gana de

aumentar nossos rendimentos, e/ou adequá-los as nossas reais necessidades.

Para os que já conseguem fazer com que sobre algum dinheiro no fim do mês

e têm o interesse de investir em uma opção diferente da popular poupança,

existem diversas dúvidas sobre qual investimento fazer, quais os rendimentos

obtidos, os riscos atrelados ao processo entre outras. Diante desse cenário,

torna-se de suma importância a busca por conhecimento, para que as

decisões possam ser tomadas de forma a evitar futuros arrependimentos. É

sugerido nesse trabalho para os investidores iniciantes ou com o perfil

conservador, o investimento em títulos públicos federais, por ser um produto

com características como segurança, baixos riscos e flexibilidade, além de

possuir a garantia do Governo. Ao término da leitura do trabalho, o aspirante a

investidor estará mais informado sobre a utilização do sistema Tesouro Direto,

e terá uma opção de onde aplicar seu dinheiro, iniciando no mundo dos

investimentos com grandes possibilidades de sucesso.

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CAPÍTULO I

Perfil dos investidores Brasileiros

Em pesquisa encomendada pela ANBIMA (Associação Brasileira das

Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e divulgada pelo IBOPE em

2011 sobre o perfil dos investidores brasileiros, realizada entre 1.000 pessoas

com 18 anos de idade ou mais, pertencentes as classes ABC, podemos

perceber que:

- 51% não possuem nenhum investimento

- 44% investem na caderneta de poupança

- 7% investem em fundos

- 3% investem em ações.

O grupo dos que não realizam nenhum tipo de investimento, é formado

principalmente por mulheres em idade economicamente ativa (18-49 anos),

pertencentes a classe C, com baixa escolaridade. Apresentam como principal

razão para não realizar nenhum tipo de investimento o fato de não possuírem

“sobras” de dinheiro no fim do mês. Quase metade dessas considera que um

investimento somente pode ser feito por que tem muito dinheiro para guardar,

o que não seria o caso delas. Quase 60% dos entrevistados não sabe qual o

valor mínimo para se investir em fundos. Para este público, as vantagens e

desvantagens de se investir em fundos seriam segurança/liquidez e risco de

perdas respectivamente.

A pesquisa também elucida que a poupança continua sendo o

investimento mais popular entre os investidores, por possuir características

como simplicidade e segurança.

Dos 7% que investem em fundos, a maioria é casada e possui idade

entre 30 e 49 anos, com renda acima de R$9.600,00. A maior parte são

homens, possuem filhos e pertencem à classe A. Existe maior diversificação

dos investimentos deste público, possuem maior conhecimento sobre o

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investimento ao qual estão participando e já tem conhecimento sobre a faixa

de valor mínimo necessário para se investir em fundos.

Em relação aos investidores, levando em consideração fatores como os

tipos de riscos que o investidor está disposto a enfrentar, o quanto suportaria

perder em um determinado investimento e qual seria o retorno desejado,

podemos especificar os investidores em três tipos, classificações comumente

usadas no mercado financeiro: conservador, moderado e agressivo.

Conservador: não está disposto a correr riscos, deseja manter seu patrimônio e

por isso se dispõe a obter rendimentos mais baixos.

Moderado: se dispõe a correr certos riscos, mantendo boa parte de seu

patrimônio com p desejo de obter rendimentos um pouco maiores.

Agressivo: está disposto a correr riscos para obtenção de maiores

rendimentos, podendo com isso comprometer grande parte ou a totalidade de

seu patrimônio.

Com o objetivo de incentivar no Brasil a adoção de melhores práticas no

relacionamento com os clientes, a ANBIMA estimulou a partir de Janeiro de

2010 a implantação de processos de suitability (ou API – Análise de Perfil do

Investidor, nome adotado no Brasil para tais regras) por parte de seus

associados. (Informativo ANBIMA/2010).

Em decorrência dessa recomendação as instituições financeiras

passaram a aplicar a API aos seus correntistas, um questionário contendo

normalmente de 6 a 10 perguntas, que leva em consideração algumas

informações como, os objetivos pessoais, a tolerância a risco e as expectativas

pessoais do investidor para que seja possível definir o seu perfil, e com isso

verificar as opções de investimentos financeiros que mais se adequam a cada

perfil.

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A API pode ser encontrada nos sites das grandes instituições bancárias

nacionais e pode ser respondida por qualquer pessoa que tenha interesse em

definir seu perfil de investidor para então se informar sobre os possíveis

investimentos que possa fazer, não sendo necessário visitar a instituição para

ter contato com o mesmo. É de extrema importância que o investidor

identifique o seu perfil antes de começar a investir, para que dentre tantas

opções de investimento, possa investir em um produto que se adeque ao seu

perfil, e estando ciente dos possíveis riscos que poderá correr consiga evitar

futuras perdas frustrantes.

1.1 Tipos de Investimento

1.1.1 Renda Fixa

Os investimentos de renda fixa são aqueles onde conhecemos

previamente o rendimento que será obtido com a aplicação, não estando

sujeito a oscilações do mercado financeiro como o aumento dos juros, por

exemplo. Esses investimentos são mais estáveis fazendo com que o investidor

esteja sujeito a baixo risco de perdas, em contrapartida também oferece

ganhos menores. Como exemplo desse tipo de investimento temos, a

caderneta de poupança, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs),

Debêntures, Letras Hipotecárias, Letras de Crédito Imobiliário, Letras de

Crédito do Agronegócio e os Títulos do Tesouro Nacional.

1.1.2 Renda Variável

Os investimentos de renda variável são o oposto dos investimentos de

renda fixa. Com estes não é possível saber exatamente quanto de lucro será

obtido com a aplicação. Ao contrário da renda fixa, esses investimentos são

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instáveis fazendo com que o investidor esteja sujeito a altos riscos de perdas

do seu patrimônio, em consequência disso também oferece ganhos maiores.

Como exemplo desse tipo de investimentos temos entre outros, as ações da

bolsa de valores e os fundos de investimento.

CAPÍTULO Il

Tesouro Direto

2.1 Definição

Implementado em 7 de Janeiro de 2002 pelo Tesouro Nacional em

parceria com a BM&FBovespa (antiga CBLC - Companhia Brasileira de

Liquidação e Custódia), o tesouro direto é um sistema de venda de títulos

públicos à pessoas físicas através da internet. Os títulos públicos federais são

créditos emitidos pelo Tesouro Nacional ao público com a finalidade de captar

recursos para o financiamento da dívida pública e das atividades do governo

federal como educação, saúde e infra-estrutura. Os principais objetivos do

tesouro direto são facilitar o acesso ao investimento em títulos públicos para

pequenos poupadores e incentivar a formação de poupança de longo prazo no

país.

2.1.2 Vantagens

Os Títulos púbicos possuem diversas vantagens, como a possibilidade

do investidor montar sua carteira de investimentos conforme seus objetivos,

conseguindo dessa maneira adequar prazos de vencimento e indexadores as

suas necessidades. Tais benefícios o tornam um investimento atrativo como

podemos ver na matéria da revista Você S/A publicada em Janeiro de 2015:

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“Os Títulos do Tesouro Direto têm despontado como

alternativas interessantes de investimento para proteger as

economias pessoais da inflação. Em novembro de 2014,

segundo um levantamento conjunto de Banco Central,

BM&Bobespa e Associação Brasileira das Entidades dos

Mercados Financeiros e de Capitais, os títulos públicos

ocuparam as quatro primeiras posições no ranking de

aplicações com maior rentabilidade. A cena deve se manter

em 2015, já que se trata de um investimento atrelado a

taxa básica de juro (Selic). Como as previsões de mercado

apontam para uma elevação dos juros, a rentabilidade do

Tesouro Direto deve acompanhar a alta. “O governo vai

precisar emitir esses títulos a juros maiores para continuar

se financiando”, diz Francisco Carlos, economista da

fundação Instituto de pesquisas Econômicas (Fipe).”

(Reportagem da revista Voce S/A, edição 199,

Janeiro de 2015).

Segurança – os títulos da dívida pública são 100% garantidos pelo Tesouro

nacional, e possue o importante Grau de investimento, que é uma espécie de

certificação de qualidade, dado por agências de classificação de risco, que

avaliam a capacidade e a disposição de um país em honrar, pontual e

integralmente, os pagamentos de sua dívida. Podemos destacar também a

segurança operacional em relação do sistema, onde as compras dos títulos

são realizadas pela internet através da BM&FBovespa, e ficam vinculados ao

CPF do comprador junto a bolsa de valores.

Baixos Custos – possui baixo custo de manutenção referentes a taxas se

comparado à outros ativos de renda fixa oferecidos no mercado, o que se

traduzirá em maior rentabilidade para o investidor.

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Vantagem tributária – o imposto de renda (IR) só é cobrado no momento de

saída do investimento, ou no recebimento das parcelas semestrais,

dependendo do tipo de título. Dessa maneira a parcela do IR permanece na

carteira do investidor do tesouro direto até o regate, e continua a render juros

para o investidor, ao contrário do que ocorre com outros tipos de investimento,

como nos fundos de investimentos de renda fixa, por exemplo, onde o imposto

é recolhido semestralmente.

Flexibilidade – permite ao investidor adequar o investimento as suas reais

necessidades, pois oferece diversos tipos de títulos com prazos e

rentabilidades diferenciados.

Liquidez – o investidor pode resgatar os títulos antes do vencimento, pois o

tesouro nacional garante a recompra dos títulos todas às quartas-feiras.

Acessibilidade – com R$30,00 reais já é possível iniciar uma aplicação.

Comodidade – o investidor aplica, acompanha e resgata os recursos pela

internet, podendo ainda programar as compras.

2.1.3 Desvantagens

Os títulos públicos se tornam menos rentáveis em momentos onde os

juros e a inflação estão mais baixos, perdendo a atratividade para os ativos de

renda variável, nesse contexto. Em contrapartida, continuam sendo boas

opções para os investidores que possuem objetivos financeiros específicos ou

para aqueles que desejam manter o poder de compra do que foi poupado, no

longo prazo.

Outro inconveniente segundo Eduardo Fortuna (Maio/2014) é que o

investidor sempre estará negociando com o próprio governo, dada a ausência

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de um mercado secundário, especialmente para a pessoa física. Quando

precisa de liquidez, o aplicador depende das recompras semanais do Tesouro,

realizadas às quartas-feiras. E quando há eventos como o COPOM (Comitê de

Política Monetária), as negociações são interrompidas.

2.2 Títulos Ofertados

O Tesouro Direto oferece títulos de curto, médio e longo prazos que

podem ser prefixados, indexados a índices de inflação ou taxa SELIC1. Cada

título possui uma data de vencimento específica, onde o Governo irá

recomprar o título do investidor, pagando o valor investido mais a remuneração

ganha.

2.2.1 Títulos Prefixados

Nos títulos prefixados, a taxa de juros é definida no momento em que é

realizado o investimento, ou seja, o investidor sabe previamente quanto irá

render seu investimento.

Se o investidor permanecer com os títulos até a sua data de

vencimento, receberá o valor correspondente à rentabilidade pactuada no

momento da compra, independente das variações de preço do título ao longo

da aplicação. Entretanto, no caso da venda antecipada, o Tesouro Nacional

recompra o título com base em seu valor de mercado. Logo, na venda antes do

vencimento, o rendimento da aplicação poderá ser diferente da acordada no

momento da compra, dependendo do preço do título no momento em que o

investidor decidir vender o título. (TESOURO, 2014)

________________ 1 Selic: taxa de juros básica da economia, definida pelo Banco Central, que serve como referência para

outras taxas de juros da economia brasileira.

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LTN – Letra do Tesouro Nacional: título com rentabilidade (taxa prefixada)

definida no momento da compra. O investidor recebe seu dinheiro de volta

(principal) somado com sua rentabilidade (juros) de uma só vez na data de

vencimento do título, ou na data de seu interesse, caso queira vender o título

antecipadamente. Por isso dizemos que o fluxo de pagamento é único ou que

o fluxo de pagamento é simples, como mostra a figura 1 a seguir:

Figura1 – Fluxo de pagamento da LTN

Fonte: TESOURO DIRETO, 2014

NTN-F – Nota do Tesouro Nacional – Série F: título com rentabilidade (taxa

prefixada) + taxa de juros definidos no momento da compra. O pagamento dos

juros é realizado semestralmente. O valor do título é pago na data do seu

vencimento ou no seu resgate. Através da figura 2 a seguir, pode-se verificar o

fluxo de pagamentos da NTN-F:

Figura 2 – Fluxo de pagamento da NTN-F

Fonte: TESOURO DIRETO, 2014

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2.2.2 Títulos Pós-fixados

Nos títulos pós-fixados, o investidor é remunerado através de uma taxa

definida (prefixada) no momento da compra e de um índice de reajuste,

comumente chamado de indexador (nesse caso, IPCA, taxa SELIC e IGP-M) .

Dessa maneira o investidor somente saberá sua remuneração total ao resgatar

o título na sua data de vencimento.

2.2.2.1 Títulos Indexados ao IPCA

São títulos que remuneram o investidor de duas maneiras diferentes,

através do IPCA, que é um índice de inflação medido mensalmente pelo IBGE

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e de uma taxa de juros definida

no momento da compra do título. A rentabilidade final só é possível saber na

data de vencimento do título, já que a inflação é variável e pode flutuar durante

o período. Normalmente possuem um maior prazo para aplicação e atualmente

contam com investimentos até 2045.

Esse tipo de título é indicado para investidores que tem como objetivo fazer

poupança de médio/longo prazo, como aposentadoria, compra da casa própria

entre outros.

NTN-B Principal - Nota do Tesouro Nacional Principal: título com

rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos

(prefixados) no momento da compra. O pagamento é único e realizado na data

de vencimento do título. Através da figura 3 a seguir, pode-se verificar o fluxo

de pagamentos da NTN-B Principal:

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Figura 3 – Fluxo de pagamento da NTN-B Principal

Fonte: TESOURO DIRETO, 2014

NTN-B Série B – Nota do Tesouro Nacional Série B: título com

rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos

(prefixados) no momento da compra. O pagamento dos juros é realizado

semestralmente e o valor do título e pago na data de vencimento do título ou

na data de resgate. . Através da figura 4 a seguir, pode-se verificar o fluxo de

pagamentos da NTN-B:

Figura 4 – Fluxo de pagamento da NTN-B Série B

Fonte: TESOURO DIRETO, 2014

2.2.2.2 Títulos Indexados a Taxa SELIC

Títulos cuja rentabilidade segue a variação da taxa SELIC, a taxa de

juros básica da economia. Sua remuneração é dada pela variação da taxa

SELIC diária registrada entre a data de liquidação da compra e a data de

vencimento do título, acrescida, se houver, de ágio ou deságio no momento da

compra (TESOURO, 2014).

Quando os títulos possuírem ágio (quando a demanda do título esta

maior), o investidor recebe a remuneração da taxa SELIC, porém é descontado

o valor do ágio. Um valor de -0,03% significa ágio sobre a taxa SELIC

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registrada para remuneração do título. Ou seja, será descontado do título o

valor de 0,03%.

Quando os títulos possuírem deságio (quando a demando do título esta

menor), o investidor recebe a SELIC mais o valor do deságio. Ela pode estar

preenchida com valores positivos, como 0,02%, o que significa deságio de

0,02% ao ano sobre a taxa SELIC. Nesse caso, o título renderá mais.

LFT- Letras Financeiras do Tesouro: Títulos cuja rentabilidade segue a

variação da taxa SELIC, a taxa de juros básica da economia. O pagamento é

único e feito na data de vencimento do título ou de seu resgate. Através da

figura 5 a seguir, pode-se verificar o fluxo de pagamentos da LFT:

Figura 5 – Fluxo de pagamento da LFT

Fonte: TESOURO DIRETO, 2014

Como já foi mencionado anteriormente, uma das principais vantagens de se

investir no Tesouro direto é a flexibilidade, que permite ao investidor adequar o

investimento as suas reais necessidades, pois oferece diversos tipos de títulos

com prazos e rentabilidades diferenciados. O cenário econômico do país

atrelado ao objetivo pessoal do investidor com relação ao investimento,

definirá a melhor opção de escolha dentre os diversos títulos oferecidos. Em

matéria da revista Voce S/A vemos que:

“...As LTN são indicadas quando a taxa Selic está em alta,

mas existe uma previsão de queda dos juros – o que não

ocorre no momento. “Se estivéssemos com uma tendência

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de queda das taxas de juro, esse seria um bom

investimento”, diz Francisco Carlos da Fipe. “Porque seria

possível comprar o título e, depois que a taxa de juro

caísse, ele teria uma alta rentabilidade no vencimento.”

A NTN-F é uma opção indicada para o investidor que

acredita que a taxa prefixada será maior do que a taxa de

juro básica da economia.

A NTN-B-Série B é interessante para quem deseja fazer

investimentos no médio e longo prazo, como aposentadoria

ou compra de casa. “Você não sabe de quanto será a

inflação daqui a dez anos – nesse título você garante a

recomposição do poder de compra pelo IPCA, além de

juros”, afirma Samy Dana, economista da Fundação

Getúlio Vargas e autor do livro Em Busca do Tesouro

Direto.

No atual cenário de aumento dos juros, a LFT é um dos

títulos mais recomendados. Por possuir um prazo mais

curto até o saque, fica menos sujeito às oscilações

econômicas. (...) É um investimento com ótimo retorno e

segurança, diz Samy.

A NTN-B é menos recomendado para quem espera

liquidez no curto prazo. Por causa da tendência de alta do

IPCA, quem adquirir esses títulos agora vai obter retorno

acima da inflação caso mantenha o título até o vencimento.

Porém com a perspectiva de aumento da Selic, haverá

desvalorização desse papel para quem vendê-lo antes do

vencimento. O mais recomendável é permanecer com o

título até o fim – a escolha de prazos mais longos aumenta

a remuneração.

(Reportagem da revista Voce S/A, edição 199, Janeiro

2015).

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TIPOS DE TÍTULOS PÚBLICOS RENTABILIDADE CARACTERÍSTICAS

LTN JUROS PREDEFINIDOS Juros + Principal no vencimentoNTN-F JUROS PREDEFINIDOS Juros semestrais e o principal no vencimento

NTN-B PRINCIPAL IPCA + JUROS Juros + Principal no vencimentoNTN-B SERIE B IPCA + JUROS Juros semestrais e o principal no vencimento

LFT SELIC Juros + Principal no vencimento Fonte: Tabela elaborada pelo autor.

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CAPÍTULO III

Funcionamento do Tesouro Direto

3.1 Cadastro

Para comprar títulos públicos no Tesouro Direto, o investidor deve

possuir um cadastro de pessoa física (CPF), se cadastrar em um agente de

custódia habilitado, ou seja, uma instituição financeira participante da CBLC

(corretora de valores, bancos comerciais, múltiplos ou de investimento e

distribuidoras de valores) que ficará responsável pela guarda dos ativos

pertencentes ao investidor, e aguardar o recebimento de uma senha através

de correio eletrônico, para realizar as negociações através da internet, não

existindo a necessidade de intermediação. O site do Tesouro Direto

(www.tesourodireto.gov.br) disponibiliza uma lista com os agentes de custódias

habilitados a operar pelo Tesouro Nacional.

Fonte: TESOURO DIRETO, 2015.

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3.1.2 Formas de Acesso

O investidor pode realizar suas compras de 3 formas diferentes:

• Diretamente no site do Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br)

• Por meio de um agente de custódia, o investidor autoriza o agente de

custódia a negociar títulos públicos em seu nome pelo site do Tesouro

Direto.

• Pelo site do agente de custódia, algumas dessas instituições possuem

seus sistemas integrados ao sistema do Tesouro Direto, sendo

chamadas de Agentes Integrados. A integração dos sistemas se traduz

em maior facilidade aos investidores, já que as compras de títulos serão

feitas diretamente no site da própria instituição. As consultas ao saldo e

ao extrato poderão ser realizadas tanto no site do Tesouro Direto quanto

no Agente Integrado. Fica a critério do Agente Integrado a

disponibilização da opção de compra pela área restrita do site do

Tesouro Direto. (TESOURO, 2015)

3.1.3 Limites de Compra

O valor mínimo de investimento é a fração de 0,1 (10%) do valor unitário

de um título, limitado a R$30,00. A fração mínima será de 0,01 nas

modalidades de compras programadas e reinvestimento automático.

O limite máximo é de R$1.000.000,00 por mês. Os limites de compra são

aplicados por cadastro de pessoa física (CPF).

Abaixo na tabela, encontramos alguns títulos disponíveis para compra

em janeiro de 2015. Na primeira coluna temos uma NTN-B Principal150519, o

que significa que sua data de vencimento é em 15 de maio de 2019.

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24

Fonte: TESOURO, 2015.

A quantidade mínima de compra é a fração de 0,1 título, ou seja, 10%

do valor de um título. O investidor pode comprar 0,1 título; 0,2 título; 0,3 título e

assim por diante. Desta forma, para saber o valor mínimo que pode ser

investido basta multiplicar o valor de 1 título por 0,1. (TESOURO, 2015)

No caso da NTN-B Principal150519, o valor mínimo de compra de um título é

R$ 198,56. Para a venda agendada, não há o limite financeiro.

3.1.3 Horário de Funcionamento

O site do Tesouro Direto está disponível para consulta 24h por dia, 7

dias por semana. Os investidores podem comprar títulos diariamente das 9h às

5h da manhã do dia seguinte. Nos fins de semana e feriados, as compras

podem ser feitas 24h. Eventualmente, a compra de títulos poderá ser suspensa

ao longo do dia, caso o Tesouro Nacional julgue conveniente devido às

condições de mercado. Um dos motivos para a suspensão pode ser a grande

volatilidade do mercado.

3.1.4 Recompra de Títulos

Com o objetivo de prover liquidez aos títulos vendidos pelos investidores

que, por algum motivo, não quiserem permanecer com os títulos até o

vencimento e, portanto, optarem pela sua venda antecipada, o Tesouro Direto

realiza semanalmente, das 9h das quartas-feiras até ás 5h das quintas-feiras a

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recompra de títulos. Extraordinariamente, nas semanas em que houver reunião

do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central, a recompra dos

títulos será interrompida entre 17h de quarta-feira e 9h de quinta-feira (à

exceção das LFT) e retomada entre 9h de quinta-feira e 5h de sexta-feira. As

operações de recompra são efetuadas a preços de mercado, apenas para

títulos comprados pelo investidor no Tesouro Direto, não existindo carência

nem limite máximo.

A rentabilidade do título contratada no momento da compra, somente é

garantida se o investidor permanecer com o título até o seu vencimento. Caso

seja necessário vender o título antes do seu vencimento, o Tesouro Nacional

pagará o seu valor de mercado, ou seja, o preço do título no momento da

venda. Dessa forma a rentabilidade poderá ser maior ou menor do que a

contratada no momento da compra.

3.1.5 Taxas

São 2 as taxas cobradas no Tesouro Direto.

I - Há uma taxa de custódia da BMFBOVESPA de 0,30% ao ano sobre o

valor dos títulos, referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações

e movimentações dos saldos, que é cobrada semestralmente, no primeiro dia

útil de janeiro ou de julho, ou na ocorrência de um evento de custódia

(pagamento de juros, venda ou vencimento do título), o que ocorrer primeiro.

Essa taxa é cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor

mantiver o título, e é calculada até o saldo de R$1.500.000,00 por conta de

custódia. No caso em que, no semestre, a soma do valor da taxa de custódia

da BMFBOVESPA e da taxa do Agente de Custódia for inferior a R$10,00, o

valor das taxas será acumulado para a cobrança no semestre seguinte, no

primeiro dia útil de janeiro ou de julho, ou na ocorrência de um evento de

custódia (pagamento de juros, venda ou vencimento do título), o que ocorrer

primeiro. (TESOURO, 2015)

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II - Os agentes de custódia também cobram taxas de serviços livremente

acordadas com os investidores. As taxas cobradas pelas instituições estão

disponíveis para consulta no sitio do Tesouro Direto. O investidor deve

confirmá-las no momento da contratação. (TESOURO, 2015)

Assim, no momento da operação de compra o investidor pagará o valor

da transação (preço unitário do título vezes a quantidade adquirida) mais a

taxa do Agente de Custódia referente ao primeiro ano de custódia. Caso o

título tenha vencimento inferior a uma ano, a taxa do agente de custódia será

proporcional ao prazo do título. A taxa de custódia da BMFBOVESPA (0,3% ao

ano) será provisionada diariamente a partir da liquidação da operação de

compra (D+2). (TESOURO, 2015)

As compras feitas antes de 06/04/2009 continuam com a regra anterior

de cobrança das taxas, ou seja, na venda, ou no pagamento de juros, ou no

encerramento da posição do investidor. Porém, a partir dessa data, o investidor

também será beneficiado com a redução da taxa utilizada no cálculo diário

sobre compras feitas há mais de uma ano, que passa de 0,40% para 0,30% ao

ano. (TESOURO, 2015)

3.1.6 Tributação

Os títulos públicos ofertados no Tesouro Direto estão sujeitos aos

mesmos tributos dos investimentos em fundos de renda fixa, Imposto sobre

Operações Financeiras (IOF), para aplicações com prazo inferior a 30 dias, e

Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos do título, que é cobrado no

momento da venda, no seu vencimento e no pagamento de cupons de juros.

• Para aplicações com prazo até 180 dias, incide a alíquota de 22,5%;

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• Para aplicações com prazo até 181 até 360 dias, incide a alíquota de

20,0%;

• Para aplicações com prazo até 361 até 720 dias, incide a alíquota de

17,5%;

• Para aplicações com prazo acima de 720 dias, incide a alíquota de

15,0%.

3.1.7 Agendamento de Compras e Reinvestimentos

O investidor poderá agendar a compra ou a venda de um título, ou uma

composição de títulos, durante um período que ele determinar. No momento da

compra é cobrada uma taxa de negociação de 0,1% sobre o valor da

operação, porém para as compras programadas, a taxa é de 0,05%, a partir da

3° compra sequencial dentro de um mesmo agendamento.

O investidor também poderá direcionar dinheiro que recebe para uma nova

aplicação de maneira automática, bastando que ele indique suas opções. Os

reinvestimentos automáticos estão isentos de taxas de negociação.

3.1.8 Acompanhamento de Saldos e Extratos

O investidor do Tesouro Direto pode obter extratos e consultar saldos

sempre que desejar, bastando acessar o ambiente restrito do site do Tesouro

Direto, além disso, a BM&Bovespa envia um extrato mensal para o email de

cada investidor.

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Pudemos verificar a facilidade e simplicidade com que é feito o acesso ao

sistema Tesouro Direto, permitindo dessa forma que o investidor iniciante se

cadastre e compre títulos sem grandes exigências burocráticas. O ambiente na

internet permite além da compra e a venda direta dos títulos, o acesso a um

grande número de informações para os interessados. O investidor poderá

encontrar tabelas de rentabilidade, uma lista com as dúvidas mais comuns em

relação ao programa além de poder simular investimentos. Porém, antes de

começar a investir deve-se analisar cuidadosamente a escolha do agente de

custódia, instituição financeira participante da CBLC que presta o serviço de

guarda dos títulos de seus clientes. Algumas não cobram taxa alguma, dessa

forma é importante pesquisar e avaliar a qualidade do serviço prestado. Outra

vantagem de se investir em títulos públicos é a segurança, ao se tornar credor

do Governo, o mesmo garante o retorno do investimento, tornando o risco de

crédito próximo a zero, o que o torna atualmente como o investimento mais

seguro. Além disso, o programa oferece uma rentabilidade atrativa, uma vez

que os papéis são atrelados à inflação e à taxa básica de juros, a Selic, e o

custo de manutenção é relativamente baixo, em comparação com outros

fundos de investimentos. O Tesouro Direto não exige a obrigatoriedade de

uma grande soma em dinheiro para que se consiga investir, com apenas

R$30,00 é possível comprar títulos públicos. Isso o torna um programa

bastante democrático, pois permite que cidadãos de diferentes classes sociais

consigam investir, bastando para isso que cada um adeque o investimento as

suas necessidades e possibilidades financeiras.

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CONCLUSÃO

Cultivamos o desejo, mesmo que pequeno, de melhorar nossa

qualidade de vida, ou simplesmente obter uma sobra de dinheiro que não

tenha um destino pré-estabelecido, e com isso poder utilizá-la de diversas

formas ou até mesmo poupar e reinvestir. Para grande parte da população,

esse fato ainda é um sonho, que pode se tornar cada vez mais difícil de ser

realizado. Porém, para outros que conseguem se organizar e manter a

disciplina de economizar dinheiro, surge a vontade de investir essa sobra e

obter um boa rentabilidade. Para tal, é necessária a busca por conhecimento,

para sanar as dúvidas que ocorrerão por falta de experiência no assunto. O

seguinte trabalho veio desta maneira, propor o estudo do sistema Tesouro

Direto como uma opção de investimento para investidores iniciantes ou com o

perfil conservador.

Foi abordado o perfil do investidor brasileiro, que em sua grande maioria ainda

investe na poupança, tornando-a o investimento mais popular por sua

simplicidade, porém sem grandes ganhos se comparada a outras opções de

investimento. Ainda nesse tópico, foi abordada a importância de se descobrir o

perfil de investidor antes de iniciar um investimento, para que dessa forma seja

possível analisar as melhores opções de investimento, evitando perdas

frustrantes no futuro.

Demonstrou-se as opções de títulos públicos que são oferecidas pelo Tesouro

Direto, com taxas pré-fixadas e pós fixadas, diferentes prazos e rentabilidades,

fazendo com que o investidor possa adequar seus objetivos à um determinado

título.

Aprendemos como participar do sistema através de informações como

cadastro, horário de funcionamento entre outras, e a tributação que incide

sobre os títulos.

O investimento em títulos públicos se mostrou uma excelente opção de

investimento, pois além de características como baixo risco, flexibilidade e

acessibilidade, não é necessário o dispêndio excessivo de tempo para

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aprender sobre o mesmo, e para os investidores que se motivaram a investir,

vale a pena começar já que é possível investir com apenas R$30,00.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Reportagens;

Anexo 2 >> Tabelas;

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ANEXO 1

REPORTAGENS

Revista VOCE S/A, Edição 199, Janeiro/2015.

O MAPA DO TESOURO DIRETO

Em um ano que promete juros crescentes e inflação

alta, os títulos do Tesouro Nacional despontam como

uma das melhores opções para quem quer conciliar

rentabilidade e segurança.

Os títulos do tesouro direto têm despontado como alternativas

interessantes de investimento para proteger as economias pessoais

da inflação. Em novembro de 2014, segundo um levantamento

conjunto de Banco Central, BM&Bovespa, Tesouro Nacional e

Associação Brasileira das Entidades do Mercados Financeiro e de

Capitais, os títulos públicos ocuparam as quatro primeiras posições

no ranking de aplicações com maior rentabilidade. A cena deve se

manter em 2015, já que se trata de um investimento atrelado à taxa

básica de juro (Selic). Como as previsões de mercado apontam

para uma elevação dos juros, a rentabilidade do Tesouro Direto

deve acompanhar a alta. “O Governo vai precisar emitir esse títulos

a juros maiores para continuar se financiando”, diz Francisco

Carlos, economista da Fundação Instituto de Pesquisas

Econômicas (Fipe).

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Outras opções de investimento, como fundos DI, os CDBs e as

letras de crédito imobiliário (LCI) ou do agronegócio (LCA), também

são atrelada a taxa básica de juro, mas, ao contrário dos títulos do

Tesouro, têm o banco como intermediário. Como consequência,

suas taxas de administração chegam a 3%. O investimento em

títulos públicos requer a abertura de uma conta em uma corretora

de valores, mas as taxas de custódia são bem mais baixas, em

torno de 0,3% ao ano. Ainda assim, o fato de não serem vendidos

nos bancos é um dos obstáculos à sua popularização. “Grandes

bancos estão habilitados a oferecer títulos atrelados a inflação, mas

não têm interesse porque o investimento no Tesouro Direto

concorre com serviços deles”, afirma Samy Dana, economista da

Fundação Getúlio Vargas e autor do livro Em busca do Tesouro

Direto, lançado pela editora Saraiva. O analista de sistemas

Alexandre Takinami, de 30 anos, investe nos títulos públicos desde

2007 e já conseguiu quitar metade do financiamento do carro com

dinheiro ganho no investimento. A segurança e a praticidade desse

tipo de aplicação são algumas das vantagens apontadas por ele.

“Você pode fazer tudo online e pode aplicar valores baixos”, diz

Alexandre. O valor mínimo de investimento é 30 reais e a compra

dos títulos pode ser realizada via internet. O analista escolhe os

títulos segundo seus projetos. “Para projetos de médio prazo, eu

compro títulos com vencimento daqui a dois, três anos”, diz

Alexandre. "Outros eu adquiro pensando na aposentadoria, com

vencimento daqui a 15 ou 20 anos.” O baixo risco desses papéis é

outro diferencial. “O risco é o governo quebrar e dar calote, o que é

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pouco provável”, diz Samy Dana. Para quem pensa em diversificar

as aplicações, pode ser uma boa alternativa.

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ANEXO 2

TABELAS

Figura1 – Fluxo de pagamento da LTN

Figura 2 – Fluxo de pagamento da NTN-F

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Figura 3 – Fluxo de pagamento da NTN-B

Principal

Figura 4 – Fluxo de pagamento da NTN-B Série B

Figura 5 – Fluxo de pagamento da LFT

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TIPOS DE TÍTULOS PÚBLICOS RENTABILIDADE CARACTERÍSTICAS

LTN JUROS PREDEFINIDOS Juros + Principal no vencimentoNTN-F JUROS PREDEFINIDOS Juros semestrais e o principal no vencimento

NTN-B PRINCIPAL IPCA + JUROS Juros + Principal no vencimentoNTN-B SERIE B IPCA + JUROS Juros semestrais e o principal no vencimento

LFT SELIC Juros + Principal no vencimento

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BOOTH, Wayne C.; COLOMB, Gregory G.; WILLIAMS, Joseph M.; A arte da

Pesquisa. São Paulo, Martins Fontes, 2ª Reimpressão em Fevereiro de 2011.

CERBASI, Gustavo. Investimentos Inteligentes. Rio de Janeiro, Sextante,

2013.

DIRETO, Tesouro. Títulos Prefixados, Fluxo de Pagamento dos Títulos

Públicos, Títulos Indexados a Taxa Selic, Formas de Acesso, Limites de

Compra, Taxas. Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br>. Acesso

em: Out. 2014.

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro, Produtos e Serviços. Rio de

Janeiro, Qualitymark, 19ª edição, Reimpressão Maio 2014.

LOVATO, Bruno Nascimento. Monografia sobre Finanças pessoais:

Investimentos de renda fixa e renda variável. Florianópolis, 2011.

RAMBO, Andrea carneiro. Monografia sobre O Perfil do Investidor e Melhores Investimentos: da teoria à prática do mercado financeiro. Florianópolis, 2014.

Reportagem O mapa do Tesouro Direto, em um ano que promete juros

crescentes e inflação alta, os títulos do Tesouro Naional despontam como

uma das melhores opções para quem quer conciliar rentabilidade e

segurança. Revista VOCE S/A, edição 199, Rio de Janeiro, publicado em

Janeiro de 2015.

SANTOS, Flávio Rangel Gerreiro. Monografia sobre Tesouro Direto:

Ameaças e Oportunidades na Internet. Niterói, 2006.

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39

__________ Informativo ANBIMA, Ano I N°2 Janeiro de 2010. Disponível em:

< http://www.portal.anbima.com.br>. Acesso em: Nov. 2014.

__________ Pesquisa IBOPE, Radiografia do Investidor, Maio 2011.

Disponível em: < http://www.portal.anbima.com.br>. Acesso em: Out. 2014.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 09

(Perfil dos Investidores Brasileiros)

1.1 – Tipos de Investimentos 11

1.1.1 Renda Fixa

1.1.2 Renda variável

CAPÍTULO II 12

(Tesouro Direto)

2.1 Definição

2.1.2 Vantagens

2.1.3 Desvantagens

2.2 Títulos Ofertados 15

2.2.1 Títulos Pré-fixados

2.2.2 Títulos Pós Fixados 17

2.2.2.1 Títulos Indexados ao IPCA

2.2.2.2 Títulos Indexados a Taxa SELIC 18

CAPÍTULO III

(Funcionamento do Tesouro Direto) 22

3.1 Cadastro

3.1.2 Formas de Acesso 23

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3.1.3 Limites de Compra

3.1.3 Horário de Funcionamento 24

3.1.4 Recompra de Títulos

3.1.5 Taxas 25

3.1.6 Tributação 26

3.1.7 Agendamento de Compras e Reinvestimentos 27

3.1.8 Acompanhamento de Saldos e Extratos

CONCLUSÃO 29

ANEXOS 32

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

ÍNDICE 40