tribuna do advogado de outubro de 2011

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Page 1: Tribuna do advogado de outubro de 2011
Page 2: Tribuna do advogado de outubro de 2011

TRIBUNA DO ADVOGADO - Maio / 2007 - 2

TRIBUNA DO ADVOGADO

Diretor:Wadih Damous

Chefe de ComunicaçãoSocial:Cid Benjamin([email protected])

Editor:Marcelo Moutinho - MTB 18.955([email protected])

Reportagem:Patrícia Nolasco([email protected])Cássia Bittar([email protected])Renata Loback([email protected])

Fotografia:Francisco Teixeira e Lula Vieira

Publicidade:Eduardo Sarmento([email protected])Tel: (21) 2272-2066

Projeto gráfico:Victor Marques([email protected])

Impressão: Ediouro

Tiragem: 121.000 exemplares

Departamento deJornalismo e Publicações:Av. Marechal Câmara, 1507º andar - CasteloRio de Janeiro - CEP: 22020-080Tels: (21) [email protected]

Jornal fundado em 1971 por José Ribeiro de Castro Filho

OAB - Seção do Estado do Rio de JaneiroAv. Marechal Câmara, 150 - Tel: (21) 2730-6525

Nesta edição

WADIH DAMOUS

RECADO DO PRESIDENTE

Toda solidariedade àministra Eliana Calmon

O processo eletrônico é uma realidade. Provadisso é que 14 varas do Tribunal de Justiça (TJ)já funcionam nesse modelo. Mas muitosadvogados ainda não estão preparados para adigitalização e só realizam a certificaçãoquando suas ações são distribuídas para umadas serventias já informatizadas. Isso leva auma procura emergencial pelo serviço, que nemsempre é concluído a tempo do prazo processu-al. Assim, a OAB/RJ recomenda que os colegasnão deixem para realizar sua certificação emcima da hora. “O advogado sem certificado

Este editorial trataria da Conferên-cia Estadual dos Advogados, a se reali-zar nos dias 20 e 21 de outubro e naqual assuntos relevantes para o Rio deJaneiro e a advocacia estarão em pauta.No entanto, com o advento da polêmicaenvolvendo a corregedora nacional deJustiça, Eliana Calmon, e o presidentedo CNJ e do STF, Cezar Peluso, nosdias em que a edição desta TRIBUNAera finalizada, tornou-se imperiosamais uma manifestação da OAB/RJ.

Desde que assumiu a Corregedoria,o comportamento da ministra Elianachamou a atenção. Destoando de mui-tos de seus colegas, ela combateu ocorporativismo tão presente no Judici-ário e demonstrou um espírito públicoexemplar. Na entrevista que deu ori-gem à sua polêmica com Peluso, Elianaafirmou com todas as letras que entreos magistrados há quem não honre atoga que veste — há “bandidos de toga”,foi a expressão que usou. A afirmaçãonão deveria causar espécie, pois elanem generalizou, nem considerou oJudiciário mais impuro do que os de-mais poderes.

No entanto, o que disse provocouuma tempestade e a indignação do pre-sidente do Supremo e de associaçõesde magistrados. A simples reação àspalavras de Eliana é uma demonstra-

ção de o quanto elas são verdadeiras.Nós, advogados, sabemos que a

ampla maioria dos juízes é honesta.Mas sabemos, também, que — tantoquanto em qualquer outro segmento dasociedade — há gente desonesta e quecomete irregularidades. No entanto,enquanto o funcionário comum apa-nhado em atos de corrupção é demiti-do a bem do serviço público, os juízesflagrados na mesma situação são sim-plesmente aposentados com venci-mentos integrais, o que não deixa derepresentar quase um prêmio.

Nós, advogados, sentimos na própriacarne a arrogância e o corporativismo degrande parte dos juízes, que se consi-deram acima dos cidadãos comuns everdadeiros donos do Judiciário.

Tanto isso é verdade que, em mui-tos anos da história desta TRIBUNA,nunca chegaram tantas cartas com elo-gios de colegas quanto em seguida àsua edição de agosto, na qual, em en-trevista que foi matéria de capa, fizduras críticas à magistratura.

Por isso tudo, consideramos extre-mamente oportuna a manifestação daministra e manifestamos nossa soli-dariedade a ela.

Como dissemos em nota oficialdivulgada logo que surgiu a polêmica,Eliana Calmon pôs o dedo na ferida.

Por isso, aliás, incomodou tantagente.

OAB/RJ recomenda: não deixe parafazer sua certificação em cima da hora

corre o risco de perder o cliente se o processotramitar em uma vara digital, pois não haverátempo hábil para realizar esse procedimento”,explica a presidente da Comissão de Direito eTecnologia da Informação da Seccional, AnaAmélia Menna Barreto.O procedimento é o seguinte: o advogado secadastra no site da OAB/RJ (www.oabrj.org.br),no qual há instruções para o pagamento da taxade R$ 120. Em seguida, deve agendar avalidação em um dos cinco postos cadastradospela Seccional.

Transporte gratuito: OAB/RJ renovafrota de veículos e oferece maisconforto para os advogados

Os advogados da capital, de Niterói, Macaé e São João de Meriti,além dos colegas das localidades vizinhas, já contam com transportegratuito em novos e modernos veículos — micro-ônibus e vans —mantidos pela Seccional. Página 7

Ordem vai ao CNJ para garantir sala dosadvogados no novo Fórum da LeopoldinaEm uma clara violação ao Estatuto da Advocacia (Lei n.º 8.906/1994), que prevê sala para os advogados em todas as dependênciasdo Judiciário, o Tribunal de Justiça baniu a Ordem do Fórum daLeopoldina, inaugurado no dia 20 de setembro. A subseção local,com o apoio da Procuradoria da Seccional, ingressou com umprocedimento de controle administrativo no Conselho Nacional deJustiça (CNJ) para garantir o espaço. Página 16

Gestão da saúde por Organizações Sociais étema em debate na seção Pontocontraponto

O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro,Sérgio Côrtes, e o vereador Paulo Pinheiro (PPS),ambos médicos de formação, apresentam, na

seção Pontocontraponto, visões opostas sobre o recém-aprovadoprojeto que delega às Organizações Sociais parte da gestão da saúdeno estado. Página 19

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TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 3

Estreia no dia 4 de outubro, às 21h, em trans-missão nacional pela televisão, o novo Direito emdebate da OAB/RJ. A cada terça-feira, na RedeVida, especialistas de diversas áreas e nomes derelevo da advocacia e do Judiciário discutirão as-suntos de interesse da sociedade. Combate aocrime organizado é o tema de abertura, com o ci-entista político Antonio Carlos Peixoto, da Uerj,tendo como participantes o deputado estadualMarcelo Freixo (Psol), que presidiu a CPI dasMilícias na Assembleia Legislativa, e o presiden-te da Seccional, Wadih Damous.

“Depois de dois anos, em que mantivemos os ad-vogados bem informados com a TV OAB na internet,estamos de volta à televisão aberta com o Direito emdebate. O novo formato e o conteúdo menos técnico,com foco nos grandes temas nacionais e do Rio,vão despertar ainda mais a atenção dos colegas edo público em geral. O esforço para reaver esse

Novo Direito emdebate estreia na TV

espaço mais amplo de discussão democrática vaivaler a pena”, afirmou Wadih durante gravação doquadro Fala presidente, no qual comenta o assun-to do dia ou aborda questões institucionais.

Mais enxuto e dinâmico, com duração de 25minutos, o programa, exibido por dez anos, até2008, pela TV Brasil, volta com a participação dostelespectadores, que poderão mandar perguntas,críticas e sugestões. As reprises estarão disponí-veis no portal www.oabrj.org.br.

Para a mesa sobre Combate à corrupção, temado segundo programa, foram chamados os depu-tados federais Chico Alencar (Psol/RJ) e StepanNercessian (PPS/RJ). Reforma política será o as-sunto do terceiro. As polêmicas sobre financi-amento público de campanha, voto em lista efidelidade partidária terão como debatedores oconselheiro federal da OAB Carlos RobertoSiqueira Castro, o deputado federal Miro Teixeira(PDT/RJ) e o sociólogo Léo Lince.

O uso de algemas e a exposição pública depresos em operações policiais, assunto que sempredivide opiniões entre integrantes do Judiciário e asociedade, terá como convidados para o quarto pro-grama o ex-presidente da Comissão de Segurança Pú-blica da OAB/RJ José Carlos Tórtima e o delegado

Vinícius George de Oliveira, da Polícia Civil.O secretário estadual de Segurança Pública,

José Mariano Beltrame, é presença confirmadapara falar sobre A importância e as limitações dasUPPs com o presidente da Caarj, Felipe Santa Cruz.“A experiência exitosa das Unidades de PolíciaPacificadora, mas sua necessária articulação compolíticas sociais e de oportunidades de emprego,principalmente para os jovens, é assunto da mai-or importância para o combate ao tráfico no Rio”,disse Felipe, saudando a ampliação do debate pelatelevisão: “Retomamos um espaço importantíssi-mo para a advocacia e para a população”.

Em novembro, A Comissão da Verdade e a aber-tura dos arquivos da ditadura militar serão o focodo programa para o qual foram convidados o sena-dor Lindbergh Farias (PT/RJ) e a presidente daComissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, Mar-garida Pressburger.Entre outros temas em pautanos próximos programas estão As medidas provi-sórias, debatidas pelo procurador-geral daSeccional, Ronaldo Cramer e pelo deputado federalOtávio Leite (PSDB/RJ).

A direção geral do Direito em debate é de Már-cia Jakubiak, a produção executiva, de Vivian Lynche a apresentação, de José Fernandes Júnior.

Programa da OAB/RJserá exibido às terças-feiras, pela Rede Vida

José Fernandes Jr.,Ronaldo Cramere Otávio Leite

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Em palestraXI Conferênsobre temas

de interesse d

“Um debate de qualidade sobre temas jurídi-cos e de interesse da sociedade brasileira”. Esta éa expectativa do presidente da OAB/RJ, WadihDamous, para a XI Conferência Estadual dos ad-vogados, que acontece nos próximos dias 20 e 21nas sedes da Seccional e da Caarj. Palestras e ofi-cinas com foco nas Perspectivas para o Rio deJaneiro no século XXI, sob os temas Direito, ci-dadania e desenvolvimento, reunirão conferen-cistas de renome na advocacia, na política e naintelectualidade.

“Ampliar e aprofundar com qualidade a dis-cussão e a compreensão desses temas é nossoobjetivo maior”, diz Wadih, que abrirá o evento, nanoite do dia 20, ao lado do presidente da OAB,Ophir Cavalcante, e do governador Sérgio Cabral.O encontro antecede a XXI Conferência Nacionaldos Advogados, em novembro.

A programação completa para a ConferênciaEstadual está disponível no site http://conferencia.oabrj.org.br, com atualizações on linee eventuais alterações. Haverá transmissão ao vivodas palestras mais importantes. Oficinas organizadaspelas comissões da Seccional acontecerão simulta-neamente aos painéis (confira a programação dasoficinas também no site). As inscrições são gra-tuitas e abertas ao público em geral. Serão conce-didas 14 horas de estágio. Para receber o certifica-do de participação, há uma taxa de R$ 15.

Na área do Direito, destacam-se os painéissobre os novos códigos de Processo Civil e de Pro-cesso Penal e o Conselho Nacional de Justiça. Para oprimeiro, estão confirmados o consultor-geral do Sena-do, Bruno Dantas, integrante da comissão encarre-gada da elaboração do anteprojeto e conselheiro doCNJ; o advogado Sérgio Bermudes, professor deDireito Processual; e o procurador-geral da OAB/RJ, Ronaldo Cramer.

O segundo painel contará com o presidente do

Dia 20

19h - AberturaOphir Cavalcante (presidente doConselho Federal da OAB), WadihDamous (presidente da OAB/RJ),Sérgio Cabral (governador do Rio deJaneiro)Auditório Direito (OAB - 9º andar)

Dia 21

Auditório Direito(OAB - 9º andar)

9h às 11h - Novo Código deProcesso CivilPresidente da Mesa: Luiz CláudioChaves (presidente da OAB/MG).Debatedores: Sergio Bermudes(advogado, doutor em Direito Proces-sual Civil pela PUC/SP e professor daPUC-Rio), Bruno Dantas (consultor-geral do Senado, integrante dacomissão encarregada de elaborar o

Instituto dos Advogados Brasileiros, FernandoFragoso; e os professores Paulo Freitas Ribeiro ePierpaolo Cruz Bottini. A terceira mesa, CNJ, teráa corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana

anteprojeto do CPC e conselheiro doCNJ) e Ronaldo Cramer (procurador-geralda OAB/RJ, professor da PUC-Rio, daFundação Getúlio Vargas e da Emerj)

11h às 13h - Novo Código deProcesso PenalPresidente da Mesa: Omar Coelho deMello (presidente OAB/AL). Debatedo-res: Pierpaolo Cruz Bottini (professor-doutor de Direito na USP, ex-secretário de Reforma do Judiciáriodo Ministério da Justiça), FernandoFragoso (advogado, presidente doIAB, foi membro da ComissãoRevisora da Lei de Execução Penal) ePaulo Freitas Ribeiro (professor deProcesso Penal e mestre em DireitoConstitucional pela PUC-Rio, pós-graduado em Direito Penal Europeupela Universidade de Coimbra e emDireito Penal Econômico pelaUniversidade de Salamanca

14h às 16h - Conselho Nacionalde Justiça

Presidente da Mesa: Paulo Borba(presidente da OAB/SC). Debatedores:Jorge Hélio (representante da OAB noCNJ), Jefferson Kravchychyn (repre-sentante da OAB no CNJ) e ElianaCalmon (ministra do STJ e corregedo-ra nacional de Justiça)

16h às 18h - Processo eletrônicoPresidente da Mesa: Paulo EduardoPinheiro Teixeira (presidente da OAB/RN.) Debatedores: Luciano Rinaldi(desembargador do Tribunal deJustiça), Marco Aurélio Mello (minis-tro do STF) e Guilherme Zagallo(conselheiro federal da OAB)

Auditório Desenvolvimento(prédio da CAARJ)

9h às 11h - Direito AmbientalPresidente da Mesa: Jarbas Vasconce-los (presidente da OAB/PA). Debatedo-res: Liszt Vieira (presidente doInstituto de Pesquisas Jardim Botânico

do Rio de Janeiro), Carlos Minc(secretário de Meio Ambiente doEstado do Rio de Janeiro), FlávioAhmed (Presidente da Comissão deDireito Ambiental da OAB/RJ)

11h às 13h - Jogos Olímpicos euma nova proposta para a ocupaçãodo espaço fluminensePresidente da Mesa: HenriqueMariano (presidente da OAB/PE)Debatedores: Francisco Müssnich(professorde DireitoSocietárioda PUC-Rio eauditor doSTJD),RobertoMonteiro(vereador econselhei-ro da OAB/RJ) eRonaldo

LindberghFarias

Maria doRosário

JoséMarianoBeltrame

TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 4

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as e oficinas,ncia refletirás jurídicos eda sociedade

Coutinho (coordenador do Grupo dePesquisa Gestão Urbana e DireitoAmbiental do Programa de Pós-graduação em Direito da Uerj)

14h às 16h - Honorários de sucum-bênciaPresidente da Mesa: Claudio Lama-chia (presidente da OAB/RS).Debatedores: Delaíde Miranda(ministra do TST), Benedito CalheirosBomfim (advogado, membro da Acade-

mia Nacio-nal deDireito doTrabalho) eHugo Leal(deputadofederal erelator doparecer naComissão deConstituiçãoe Justiçasobre oprojeto de lei

Calmon, e os representantes da Ordem Jorge Hé-lio e Jefferson Kravchychyn. O ministro do Supre-mo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello falarásobre Processo eletrônico, em painel com o

desembargador Luciano Rinaldi e o conselheiro fe-deral da OAB Guilherme Zagallo.

Cidadania, o segundo tema da Conferência,trará como um dos destaques o painel Memória everdade, com a ministra da Secretaria de DireitosHumanos da Presidência da República, Maria doRosário; o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão,e o diretor de Relações Internacionais da OAB, CezarBritto. As Unidades de Polícia Pacificadora serão ofoco do debate que reunirá o secretário estadual de Se-gurança Pública, José Mariano Beltrame; o presi-dente da Comissão de Direitos Humanos daAssembleia Legislativa, deputado Marcelo Freixo;e o professor José Carlos Tórtima.

Na mesma área, o painel Lei de Responsabili-dade Social contará com os conselheiros federaisCarlos Roberto Siqueira Castro e Cláudio Pereirade Souza Neto, além do senador Lindbergh Farias(PT). Os Juizados especiais cíveis também esta-rão em pauta, com o vice-presidente da Seccional,Sérgio Fisher, o juiz Paulo Roberto Sampaio

Jangutta e o advogado Rodrigo Ayres Martins deOliveira. O terceiro tema, Desenvolvimento, seráobjeto de painel Direito Ambiental, com o secretá-rio estadual do Meio Ambiente Carlos Minc; o pre-sidente do Jardim Botânico, Liszt Vieira, e o presi-dente da Comissão de Direito Ambiental daSeccional, Flávio Ahmed.

Os Jogos Olímpicos e uma nova proposta paraa ocupação do espaço fluminense serão o foco dodebate em outro painel, com a participação do ad-vogado Ronaldo Coutinho e do vereador e conse-lheiro Roberto Monteiro. Ainda em Desenvolvi-mento, os Impactos do pré-sal na economiafluminense serão discutidos pelo tesoureiro daOAB/RJ, Marcello Oliveira, e pelo diretor de Explo-ração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella.Honorários de sucumbência serão o assunto damesa com a ministra do TST Delaíde MirandaArantes e o advogado Calheiros Bomfim.

A Conferência é patrocinada pela Petrobras epela Qualicorp.

que prevê a obrigatória fixação doshonorários nas demandas trabalhistas)

16h às 18h - Os impactos do pré-salna economia fluminensePresidente da Mesa: Arnoldo WaldFilho (conselheiro federal da OAB).Debatedores: Guilherme Estrella(diretor de Exploração e Produção daPetrobras), Julio Bueno (secretário deDesenvolvimento Econômico, Energia,Indústria e Serviços do Estado do Rio deJaneiro) e Marcello Oliveira (tesourei-ro da OAB/RJ)

Auditório Cidadania(OAB – 4º andar)

9h às 11h - Juizados especiaiscíveisPresidente da Mesa: Mário Macieira(presidente da OAB/MA). Debatedo-res: Sérgio Fisher (vice-presidente daOAB/RJ), Paulo Roberto SampaioJangutta (juiz e membro da Comissão

de Juizados Especiais do Estado doRio) e Rodrigo Ayres Martins deOliveira (MBA em Direito da Econo-mia e da Empresa pela FGV, membroda Sociedade Internacional de DireitoPenal Militar e Direito de Guerra(Luxemburgo) e diretor do Centro deEstudos de Administração de Escritó-rios de Advocacia no Rio de Janeiro)

11h às 13h - Memória e VerdadePresidente da Mesa: Homero JungerMafra (presidente da OAB/ES).Debatedores: Maria do Rosário(ministra da Secretaria Especialde Direitos Humanos da Presidên-cia da República), Paulo Abrão(secretário nacional de Justiça epresidente da Comissão de Anistia doMinistério da Justiça) e Cezar Britto(diretor de Relações Internacionais e ex-presidente do Conselho Federal daOAB)

14h às 16h - Lei de Responsabili-dade Social

Presidente da Mesa: Carlos AndréPedrazzi (presidente da OAB/NovaFriburgo). Debatedores: CláudioPereira de Souza Neto (conselheirofederal da OAB), Carlos RobertoSiqueira Castro (doutor em DireitoPúblico pela UFRJ e conselheirofederal da OAB) e Lindbergh Farias(senador)

16h às 18h - Unidades de PolíciaPacificadoraPresidente da Mesa: Saul Venânciode Quadros Filho (presidente da OAB/BA). Debatedores: José MarianoBeltrame (secretário de Segurança doEstado do Rio de Janeiro), JoséCarlos Tórtima (professor de DireitoPenal Econômico na FundaçãoGetúlio Vargas, pós-graduado emDireito Penal Econômico e Europeupela Universidade de Coimbra) eMarcelo Freixo (deputado estadual epresidente da Comissão de Defesa dosDireitos Humanos e Cidadania daAssembleia Legislativa)

ElianaCalmon

CarlosRobertoSiqueiraCastro

SérgioBermudes

TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 5

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TRIBUNA DO ADVOGADO - Maio / 2007 - 6

Ministros de Estado, do Supremo edo STJ têm presença confirmada naConferência Nacional, em CuritibaEvento aconteceráentre 20 e 24 denovembro, emCuritiba (PR)

Adv Credi oferecelinha especial paraadvogados quequiserem participarOs advogados interessados em

participar da XXI Conferência Nacio-

nal dos Advogados agora contam

com um facilitador. A cooperativa

Adv Credi está oferecendo uma linha

de crédito especial para custear a

ida dos colegas do Rio ao evento.

O valor máximo de R$ 2.500 por

pessoa contempla taxa de inscri-

ção, passagem, hospedagem e

alimentação. O empréstimo pode

ser quitado em até dez parcelas,

com taxa de juros abaixo do

mercado: 1,89% ao mês, mais

impostos. “O objetivo é facilitar a

ida para a conferência, financian-

do a participação dos colegas com

taxas bem atrativas”, explica o

presidente da Adv Credi, Frederico

Mendes.

Após a concessão do crédito, o

interessado deve comprar o seu

pacote para o evento pelo site

http://conferencia.oab.org.br,

escolhendo um dos hotéis creden-

ciados pela Ordem. A cada 30

pacotes fechados pela cooperativa,

um será sorteado e não precisará

pagar pelo crédito tomado.

O crédito especial para a Confe-

rência pode ser adquirido até o dia

10 de novembro e é exclusivo

para advogados associados à Adv

Credi ou que se cadastrarem pelo

valor de R$ 150, mais R$ 15 por

mês. Frederico informa que as

taxas são capitalizadas e podem

ser reavidas quando o associado

quiser se desvincular da institui-

ção. “O objetivo, porém, é que o

advogado permaneça credenciado

para aproveitar nossos outros

serviços disponíveis”, completa.

Três ministros do governo DilmaRousseff já confirmaram presençana XXI Conferência Nacional dos Ad-vogados, que reunirá profissionais daadvocacia, juristas, professores e es-tudantes de Direito entre os dias 20e 24 de novembro, em Curitiba (PR),para discutir os desafios promovidospelas transformações em curso nopaís. José Eduardo Cardozo, da Jus-tiça; Fernando Haddad, da Edu-cação; e Maria do Rosário, da Se-cretaria de Direitos Humanos,estarão no evento promovido peloConselho Federal, que versará, nes-ta edição, sobre o tema Defesa dasliberdades, da democracia e do meioambiente.

Além deles, os ministros do Su-premo Tribunal Federal (STF)Carlos Ayres Britto, Marco AurélioMello, Gilmar Mendes, RicardoLewandowski, Cármen Lúcia

Antunes Rocha, José Antonio DiasToffoli e Luiz Fux também vão profe-rir palestras na Conferência. Repre-sentando o Superior Tribunal de Jus-tiça (STJ), estarão presentes os mi-nistros César Asfor Rocha e João Otá-vio Noronha.

Vice-presidente do Tribunal Su-perior do Trabalho (TST), MariaCristina Peduzzi também partici-pará do congresso, assim como oministro do Tribunal SuperiorEleitoral (TSE) Arnaldo Versiani;o presidente do Tribunal de Contasda União (TCU), Benjamin Zymler;e o advogado-geral da União (AGU),Luis Inácio Adams. Da classe políti-ca, a reunião terá as presenças do se-nador Demóstenes Torres (DEM/GO) e dos deputados federais AldoRebelo (PCdoB/SP) e Miro Teixeira(PDT/RJ).

“Reuniremos 120 palestrantes, detodo o país e do exterior, para debatertemas candentes para o Brasil e omundo. E essas contribuições certa-mente serão enriquecidas com a par-ticipação dos advogados”, afirma opresidente do Conselho Federal,Ophir Cavalcante.

O evento será realizado noCentro de Convenções ExpoUnimed Curitiba e incluirá umasérie de atrações culturais. En-tre elas, bate-papos com os es-critores Laurentino Gomes,autor do best seller 1822, eFernando Morais, que tem,entre suas obras, títulos comoOlga, A Ilha e Chatô – o Reido Brasil.

Ophir ressalta a impor-tância das discussões queserão levadas pelos partici-pantes para a atual conjun-tura do país: “Esse é o mo-mento em que a democracia

brasileira estará contribuindo deci-sivamente para a sociedade e, tam-bém, para o seu fortalecimento. Te-nho certeza de que depois dessa con-ferência de Curitiba sairemos maisfortes e unidos, em termos de ideaise propósitos, sobretudo na defesa deum ideal maior, que é a advocacia”.

A taxa de inscrição para advoga-dos e outros profissionais é de R$ 350.Já para os estudantes, o valor cai paraR$ 150. Mais informações no sitehttp://conferencia.oab.org.br.

Cármen Lúcia, ministra do STF

Fernando Haddad, ministro da Educação José Eduardo Cardoso, ministro da Justiça

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TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 7

Seguindo a diretriz de fazer retornar, sob a for-ma de serviços, a anuidade paga pelos advogados,o transporte gratuito que a OAB/RJ oferece rece-beu um forte investimento em setembro. Na capi-tal, onde o serviço atende cerca de 600 colegas pordia, a frota foi renovada e, desde o dia 12, é com-posta por três novos ônibus maiores e mais con-fortáveis do que os anteriores.

Viabilizados por um contrato entre a Seccionale a Normandy/Útil, oficialmente firmado pelospresidentes da OAB/RJ, Wadih Damous; e daCaarj, Felipe Santa Cruz; e o diretor da empresa,Eduardo Meggiolaro de Castro, em reunião reali-zada em 3 de setembro, os novos veículos são re-frigerados, contam com 39 lugares e em breve se-rão equipados com aparelhos de TV com progra-mação especial preparada pela Ordem. “Os cole-gas que utilizam o transporte da OAB/RJ terãoagora mais conforto e qualidade de serviço”, afir-mou Wadih na assinatura do contrato.

A primeira impressão dos colegas confirma a pre-visão. “O serviço está maravilhoso. Agora não há filas,porque a frota suporta a demanda”, destaca o advoga-do Fredemar Coelho Muniz. Já a estagiária NicéiaSantos Afonso, que utiliza o serviço regularmente,elogia o conforto dos novos ônibus: “Além de circularmais, tornando a espera menor, a acomodação desse

OAB/RJ renova frota de micro-ônibus

veículo é muito boa. O antigo ficava lotado e nãosuportava o calor”.

O trajeto não foi alterado: os ônibus circulamentre a Seccional e as sedes do Tribunal Regionaldo Trabalho (TRT), das 7h30 às 17h15, e entre aSeccional e a Justiça Federal, das 11h às 17h. Po-rém, por determinação da Prefeitura, agora funci-onam com pontos fixos para o embarque e de-sembarque dos passageiros. Para viajar, é obriga-tória a apresentação do cartão profissional.

Serviço é estendido a subseçõesJá a comarca de Niterói, que contava com uma

van em más condições, recebeu, no dia 13, ummicro-ônibus da OAB/RJ. Antes de ser doado, oveículo, com capacidade para 28 pessoas, foi utili-zado pela Seccional por 20 dias, em caráter de tes-te. Agora, já circula diariamente até o Fórum dePendotiba, saindo da sede às 9h30 e retornando às18h30.

Na cerimônia de inauguração, o presidente daOAB/Niterói, Antonio José Barbosa da Silva, ex-plicou que, por ser novo, o micro-ônibus atendemelhor a necessidade dos advogados da cidade:“O trajeto até o fórum é longo, com subidas. Issoexigia muito da nossa van, que já estavadesgastada”. Ao entregar oficialmente o veículo àsubseção, Felipe Santa Cruz disse que, além de

facilitar a locomoção dos colegas, o novo ônibuspoderá contribuir para uma melhora no trânsitoda cidade. “Com um transporte gratuito eficiente,menos advogados optarão pelo uso do carro”.

Além de Macaé, que recebeu uma van com 15lugares para transitar entre a sede da subseçãoe os fóruns da cidade, a comarca de São Joãode Meriti conta, desde 30 de agosto, comtransporte que atende também os advogadosde localidades próximas, como Pavuna e Vilardos Teles, onde a sede da subseção e as justi-ças Estadual, do Trabalho e Federal do muni-cípio estão instaladas. A van circula diariamente,das 9h às 18h, com uma novidade: para facilitarainda mais a locomoção dos colegas da região, alémdos fóruns, a estação de metrô da Pavuna tambémé ponto de parada.

Segundo a presidente da OAB/São João deMeriti, Júlia Vera dos Santos, a ideia surgiu por-que muitos advogados que militam na regiãoresidem na Pavuna e têm dificuldade para che-gar a Vilar dos Teles. A iniciativa logo ganhouapoio da OAB/Pavuna. “Promovemos umaunião que deu certo. Com essa van, os advo-gados de nossa subseção também estão sen-do amplamente beneficiados”, declara o pre-sidente da 60ª Subseção, Antonio Carlos Ro-cha Faria.Felipe Santa Cruz, observado por Antônio José

O novo ônibusque circulaem Niterói

Transporte gratuito dos advogadospassa a ser feito em veículosmais modernos na capitale em mais três subseções

Page 8: Tribuna do advogado de outubro de 2011

TRIBUNA DO ADVOGADO - Maio / 2007 - 8

Rio vence campeonato defutebol nas duas categorias

selho Federal, Ophir Cavalcante, pa-rabenizou os atletas. “Estou muitoorgulhoso pela vitória. Valeu, mais doque nunca, todo o esforço para orga-nizar um evento deste porte. Vocêshonraram a OAB/RJ e a advocacia. To-dos as equipes merecem elogios, maso Rio foi melhor e mereceu”, afirmou.

Ophir se disse muito feliz com otrabalho realizado e agradeceu o em-penho de todos. “É sensacional o tra-balho realizado pela Comissão Naci-onal de Esportes do Conselho Federalpara unir a classe. O esporte é fatorfundamental de integração. Gostariade parabenizar, também, a OAB/RJ,

O Rio de Janeiro conquistou deforma inédita os títulos das categori-as Master (a partir dos 40 anos) e Li-vre e foi o grande vencedor do XII Cam-peonato Brasileiro de Futebol dos Advo-gados, realizado entre os dias 7 e 10 desetembro, nos campos dos clubes CFZ eCheirinho do Gol, situados no Recreiodos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. NaMaster, o time da Seccional fluminensevenceu a equipe do Paraná por 1 a 0,enquanto na Livre o adversário foiMinas Gerais, batido por 3 a 2 nospênaltis, após empate de 2 a 2 no tem-po normal. Vale lembrar que esta foi a pri-meira vez na história do campeonato,realizado há 12 anos, que uma secci-onal venceu nas duas categorias.

Na partida da manhã, da catego-ria Master, entre Rio e Paraná, o golda vitória fluminense aconteceu noinício do segundo tempo, em falta co-brada por Cézar. Após o apito final, otécnico do time fluminense, RafaelSimões, comemorou muito. Segundoele, a dedicação deu resultado. “Qua-se ninguém sabe o que vínhamos fa-zendo. Desde março, estamos trei-nando duro. Todo mundo deixava deter final de semana, treinava todaquarta-feira na praia. Isso tudo jábuscando a vitória. O que deu o cam-peonato ao nosso time não foi o jogode hoje. Começamos a buscar essedesfecho lá atrás”, disse ele.

Na categoria Livre, a final do cam-peonato foi um jogo bastante dispu-tado do Rio contra a equipe de MinasGerais. No tempo regulamentar, asequipes empataram em 2x2. A deci-são foi, então, para a disputa depênaltis. Convertendo três de suascobranças, o Rio foi superior ao timemineiro, que teve êxito em apenasduas penalidades.

Ao término da disputa, Wadih,acompanhado do presidente do Con-

que recebeu a todos com fidalguia eorganizou um belíssimo torneio. Foiuma vitória da advocacia”, declarou.

Depois de receber o troféu dasmãos de Wadih, o zagueiro e capitãodo Rio, Valter, conversou com a repor-tagem da TRIBUNA DO ADVOGA-DO. Ele afirmou que o resultado po-sitivo é fruto do trabalho de dez me-ses. “Desde término do último cam-peonato, a OAB/RJ e a Caarj vêm bus-cando dar todas as condições, tanto paraa realização do evento, quanto para a for-mação de nossa equipe. Foi fundamentalo trabalho das duas entidades junto àcomissão técnica”, enfatizou.

Jogadores da equipeda Seccional do Riocomemoram um gol

O time Masterdo Rio em ação

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TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 9

A luta pela garantia dos direitos dos advogados,que tem sido uma das principais lutas da OAB/RJ,ganhou ainda mais força no dia 9 de setembro, com olançamento, no Rio, da Caravana Nacional das Prer-rogativas. Idealizado pelo Conselho Federal, o proje-to tem como objetivo ouvir os colegas e mapear osprincipais problemas enfrentados no exercício daprofissão. O evento foi realizado na sede da OAB/Barra da Tijuca.

Abrindo o encontro, o presidente do Conselho Fe-deral, Ophir Cavalcante, se disse impressionado como número de advogados presentes e afirmou que oreconhecimento pela sociedade se deve, também, aohistórico de combatividade. Para ele, a caravana vemmostrar que a Ordem está ao lado não só da classe,mas também da população.

O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, elo-giou o trabalho da Comissão de Defesa, Assistênciae Prerrogativas (Cdap) da Seccional. “Um dos maio-res méritos da atual gestão foi ter constituído umaCdap forte, que cumpre totalmente com seus princí-pios e é um modelo de competência e de como de-vem se portar os dirigentes da Ordem”, enfatizou.Para o vice-presidente da Cdap, Renato Tonini, obrilho da comissão vem do trabalho conjunto. “A de-dicação dos funcionários é impressionante. Todosos advogados que nos procuram são atendidos com omesmo empenho, e o serviço tem sido muito bemfeito”, constatou.

As reclamações dos colegas foram registradaspelo presidente da Comissão Nacional das Prerro-gativas, Francisco Fayad, que tem recolhido relatosde advogados de todo o país. Completaram a mesadiretora do evento o vice-presidente da OAB/RJ, Sér-gio Fisher; o presidente da OAB/Barra, Luciano Ban-deira; e o presidente da OAB/PR, José Lucio Glomb.Também compareceram ao lançamento represen-tantes de 25 subseções.

A fim de agilizar o atendimento no Proger dacapital, a Corregedoria Geral da Justiça desenvolveuum serviço para priorizar o recebimento de peti-ções pré-cadastradas pela internet, que já está dis-ponível no site do Tribunal de Justiça (www.tj.gov.br).A pedido da Comissão de Defesa, Assistência e Prer-rogativas (Cdap) da OAB/RJ, haverá na serventia umguichê exclusivo para as petições que passarem poresse processo, o que, para a presidente da comis-são, Fernanda Tórtima, deverá desafogar as imen-sas filas do protocolo.

Para utilizar o serviço, o advogado deve entrar naaba Serviços do site do TJ. Nesta seção, encontrará

PRERROGATIVAS

a opção Pré-Cadastro de Petição, e, depois, o linkpara o preenchimento do formulário. O sistemairá gerar, então, um documento com o número doprocesso, o endereçamento e o código de barras do pré-cadastramento, que deverá ser impresso e encaminhadoem até cinco dias corridos ao Proger, juntamente à viaoriginal da petição. Na serventia, o documento im-presso será validado, autenticado e devolvido ao advo-gado, que receberá um número de protocolo.

A Corregedoria alerta que o pré-cadastramen-to não altera os prazos processuais e que somen-te a data de autenticação no Proger é a que valerána contagem.

TJ inaugura serviço de cadastropara diminuir filas no Proger

Caravana Nacionaldas Prerrogativasé lançada no Rio

Fisher, Wadih, Ophir e Luciano, na cerimônia

Os advogados Rogel Carman Barbosa, MarthaCristina Guimarães e Victor Rosa Travancas, quetiveram suas prerrogativas profissionais violadas,foram publicamente desagravados pela Seccionalem sessão solene realizada no dia 20 de setembro,na sede da instituição.Rogel, que é advogado da Caixa EconômicaFederal, foi forçado por uma juíza da 7ª VaraFederal a assinar um acordo que, no entendimentodele, prejudicaria seu cliente. Segundo Rogel, ao senegar a cumprir a exigência, foi ameaçado pelamagistrada de prisão por obstrução da Justiça.Já Martha foi acusada por um colega, na 1ª Varade Família, de estar impedida de advogar. Aoreceber a informação, a juíza responsável aexpulsou do processo e não permitiu o acessoaos autos. Somente com a ajuda do presidenteda subseção da Barra da Tijuca, LucianoBandeira, a advogada conseguiu a cópia da ação.Posteriormente, a 15ª Câmara Cível determinou a

Em sessão pública, Seccionaldesagrava três advogados

Rogel Barbosa, Victor Travancas e Martha Cristina

cassação da determinação da magistrada.O caso de Victor contou com a intervenção daComissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas(Cdap) desde o primeiro momento. Ao comparecer àSecretaria de Assistência Social da Prefeitura do Riopara defender uma conselheira tutelar que estavasendo acusada administrativamente, o advogado,além de impedido de acessar os autos pelo entãosecretário Fernando William, foi agredido verbal efisicamente e expulso, por guardas, junto com odelegado da Cdap André Valvano, que compareceu aoórgão após a Ordem ser contatada. Segundo ocolega, sua cliente havia sido exonerada por uma açãodo secretário somente porque fez uma denúncia:“Como faço uma advocacia que trata de questõespúblicas, que não agrada ao governo, quando chegueiao Conselho Tutelar já fui mal visto”, explica.Victor ressalta que esse tipo de atitude de membrosdo Poder Público coíbe o poder de denúncia dapopulação. Mas ele afirma que se sente acolhidopela Seccional: “A atuação da Cdap é muito forte. Odelegado, além de me salvar daquela situação,continuou comigo a noite toda enquanto presteidepoimento na delegacia de polícia. Posteriormente,a comissão ainda disponibilizou três advogados criminaispara me dar assistência no caso”, relata.Nomeado pela presidente da Cdap, Fernanda Tórtima,para fazer o acompanhamento judicial do caso, o advoga-do Gustavo Teixeira entrou com uma queixa crime contraFernando William por ter chamado Victor de “pilantra,safado e moleque”, injuriando o colega no exercíciode sua profissão. “Além disso, o indeferimento dacópia do processo pelo secretário se consubstanciounum abuso de autoridade, o que pode se reverter emuma ação penal pública”, informa Gustavo.

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TRIBUNA DO ADVOGADO - Maio / 2007 - 10

TRIBUNA LIVREOs advogados e estagiários

entrevistados pela reportagem daTRIBUNA DO ADVOGADO foram

unânimes ao identificar o II JuizadoEspecial Cível como o mais

problemático de Alcântara, bairro deSão Gonçalo. Além da morosidade daserventia, sua localização e a postura

dos juízes no que diz respeito ao valordas sentenças também receberam

críticas dos colegas que responderam:

Qual é o maior problemados JECs de Alcântara?

LocalizaçãoÉ a primeira vez quevenho aqui, mas jápercebi um problema nalocalização. Para achar oprédio, vinda do Rio, leveiquatro horas. Não háplaca indicando, não éperto do Centro e nin-

guém sabe nos orientar. Se viesse de transpor-te público, provavelmente não teria achado.Mariana Santos de Souza, advogada, 23 anos

MorosidadeO maior problema é amorosidade no processa-mento, que retarda oandamento dos proces-sos. Para conseguir odespacho de uma peti-ção, leva-se em torno dequatro meses. O I JEC é

um pouco mais célere, mas o II está imprati-cável. Há petições que foram protocolizadasem fevereiro e ainda não foram despachadas.André Luiz Cordeiro, advogado, 42 anos

JuízesAs sentenças demorammuito no II Juizado e aspetições não são junta-das em tempo hábil.Além disso, tenhoqueixas a respeito dosjuízes leigos, que forçamacordos baixos nas

audiências. O papel do juiz é dar a sentença,não forçar acordos.Marilza de Azevedo Ferreira, advogada, 55 anos

AcúmuloNão tenho o que reclamardo I JEC, mas o II JECteve acúmulo de proces-sos pelo grande númerode funcionários de licen-ça. Com isso, muitasaudiências estão sendomarcadas somente para oano que vem. Os funcio-

nários têm boa vontade, mas o contingentenão é suficiente. O ideal seria abrir concursopara aumentar o numero de serventuários.Alessandra de Souza Netto, advogada, 40 anos

Sentenças ITenho evitado entrar comações em JECs, principal-mente no de Alcântara.Não sei se é determinaçãodo tribunal, mas assentenças proferidas aquifogem do padrão dosjuizados. Os valores são

mais baixos do que a média do resto doestado.Ubaldo Antônio de Souza, advogado, 46 anos

Sentenças IIHá, como nos outrosjuizados do estado,demora para publicação epara saírem os mandadosde pagamento e para ajuntada de petições. Maso principal problema sãoas baixas sentenças.Esses JECs são diferentes

dos juizados da Zona Sul, por exemplo. Aqui,as sentenças ficam numa média muito abaixodas demais.Igor Tavares Machado, estagiário, 22 anos

EstruturaO maior problema éestrutural. A máquina deauto-atendimento doandar superior nãofunciona, o que nosobriga a subir e descerescadas o tempo todo. Ea sala dos advogados,além de ter poucas

cadeiras, não conta com pregão, então ládentro não ouvimos o chamado para asaudiências.Michele Gomes Freijanes, advogada, 32 anos

AtendimentoO atendimento no II JEC éproblemático. Estásempre muito cheio. Issoseria resolvido rapidamen-te se colocassem maispessoas para atender. Oandamento em si nem é tãomoroso quanto em outras

comarcas, mas também não é dos melhores.Talita Gomes de Almeida, estagiária, 22 anos

AtrasosO atraso nos juizadosaqui de Alcântara é decerca de duas horasnormalmente. Hoje, coma presença de um juiz deNiterói, não estamostendo esse atraso, masele é recorrente. O anda-mento de processos é

outra questão deficiente. O I JEC é maiscélere, mas no II JEC as ações realmentedemoram muito.Jaqueline de Abreu Pereira, advogada, 40 anos

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TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 11

OPINIÃO

A segurança jurídica noprocesso administrativo

O princípio da independência dospoderes Executivo, Legislativo e Judi-ciário, preconizado por Montesquieu,fundamentou-se no nexo que cogitouexistente entre o “meio”, consistentena separação dos poderes, e o “fim”,qual seja, a liberdade. Em De L’Espritdes Lois (1748), assevera que “tudoestaria perdido se uma mesma pes-

soa, ou o mesmo corpo de grandes ou de nobres,ou de povo, exercesse estes três poderes: o de ela-borar as leis, o de executar resoluções públicas e ode julgar os litígios dos particulares”.

Origina-se de tais fundamentos, e com es-copo no princípio da legalidade, o Direito Ad-ministrativo, que, regulamentando o funcio-namento da administração pública, engendroua construção de parâmetros e critérios específi-cos para a resolução de controvérsias no âmbitoadministrativo.

Sua relevância, portanto, que aqui se chama àreflexão, exige do operador do Direito um conhe-cimento específico e atualizado da dinâmica natramitação processual administrativa, para o al-cance de êxitos nas decisões administrativas egarantia da segurança jurídica.

Entre os sistemas administrativos que sãoparadigmas, o Brasil adotou o inglês, que é o daunicidade de jurisdição, atribuindo-se, dessa for-ma, a competência única ao Poder Judiciário paraa resolução de todas as lides em caráter definitivo,por força de coisa julgada material.

No Direito francês, entretanto, tem-se adualidade de jurisdição, ou seja, das matériasapreciadas em âmbito administrativo, por seus

tribunais próprios, não cabe revisão pelo PoderJudiciário, destacando-se nesse contexto o Con-selho de Estado, e, entre as suas atribuições, ade conselheiro do governo e a dejuiz administrativo supremo, ojulgador em última instância dosatos do Poder Executivo e dos en-tes que dispõem de prerrogativasde Poder Público.

No Brasil, todavia, as decisões administrati-vas podem e são frequentemente modificadas peloPoder Judiciário, assistindo-lhes, todavia divergirem inúmeras teses que afetam interesse interpartes, excetuando-se aquelas que produzam efei-to erga omnes, às quais também estão obrigadas aseguir.

Logo, havendo divergência no entendimentoentre a esfera administrativa e o Judiciário,ao ensejo da garantia dos direitos postulados,sobreleva considerar-se os pré-requisitosformais definidos administrativamente, satis-fazendo-lhes às exigências específicas, con-siderada a insubordinação da administraçãopública às decisões judiciais em que não fi-gura como parte, mas atentos à sua estrita ob-servância aos princípios que lhes são próprios eprevistos na Contituição, notadamente em seuartigo 37 caput.

A segurança jurídica no universo das deman-das em âmbito administrativo está diretamenteligada à organização política e social dos cidadãos,nas suas reivindicações de forma sistemática equalificada na prática, e em todas as esferas depoder que deles é emanado.

Assim é o caso dos trabalhadores expostos a

fatores de risco, tanto em ambiente rural quantourbano, para os quais há previsão de direito à apo-sentadoria especial, muitas das vezes negada, pelofato de os formulários emitidos por seus empre-gadores estarem em desacordo com determina-das normas de elaboração dos mesmos. Tal entra-ve tem sido tratado de modo a conduzir a deman-da para a esfera judicial, que considera a exposi-ção devidamente expressa em formulário sufici-ente ao reconhecimento do direito, tornando talprovidência automática pelo interessado.

Ocorre, nesse caso, que medidas negociadaspelas representações das categorias dos trabalha-

dores poderiam modificar as formas de reconhe-cimento administrativo dos dados constantes dosformulários, assegurando, assim, maior efetivi-dade ao direito do trabalhador.

Assinale-se que, no contexto da segurança esaúde ocupacional dos referidos trabalhadores, emrazão da inobservância de procedimentos técni-cos da atribuição de engenheiros de segurança emédicos do trabalho das empresas empregado-ras, prejudicados no reconhecimento da exposi-ção a risco para fins previdenciários em sede ad-ministrativa, considera-se o desenvolvimento deuma infovia documental específica, e com funci-onalidade para aceite somente de informações pa-dronizadas, haja vista o elevado grau de eficácia eeficiência dos sistemas da Dataprev, como umadas sugestões para garantia de direitos que lhessão previstos.

Da mesma forma, outras demandas de diver-sos segmentos da sociedade organizada poderi-am ter resultados mais céleres, por meio de atosadministrativos eficazes em preservar o interes-se público e o direito adquirido.

Advogada, conselheira do CRPS/MPS, doutoraem Ciências em Engenharia da Coppe/UFRJ

JEANNE MARIAFREIRE SILVA*

A segurança jurídica no universo das demandas em

âmbito administrativo está diretamente ligada à

organização política e social dos cidadãos

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Deputados lutam para mobilizargoverno e sociedade pela aprovação

Emenda prevê expropriação de propriedadesonde haja trabalhadores em situação degradante

PATRÍCIA NOLASCO

Engavetada desde 2004, após passar pelo Se-

nado Federal e de ter sido aprovada em primeiro

turno na Câmara dos Deputados, continua à es-

pera da segunda votação a Proposta de Emenda

Constitucional 438, que prevê confisco de propri-

edade onde sejam encontrados trabalhadores em

condições análogas à da escravidão.

Dezesseis requerimentos para inclusão na

Ordem do Dia foram listados na tramitação da

chamada PEC do trabalho escravo, assinados por

diversos parlamentares. Os primeiros cinco fo-

ram arquivados, com a proposta, ao final da

legislatura passada. Após o desarquivamento, este

ano, mais 11 foram apresentados, o último datado

de 23 de agosto.

Segundo o deputado Domingos Dutra (PT/

MA), que preside a Frente Parlamentar pela

Erradicação do Trabalho Escravo, quem impede a

votação da matéria é o “funil do Colégio de Líde-

res, com vínculos na bancada ruralista”. A PEC

438 deveria finalmente ir a plenário no final de

setembro, mas Dutra, que tenta audiência com a

presidente Dilma Rousseff para pedir o apoio do

governo, soube que foi novamente retirada da pauta.

“Se o governo não assumir e entrar na briga

pela aprovação da PEC, podemos perder, porque

há muita pressão inclusive de grandes grupos eco-

nômicos que vêm se utilizando dessa mão de obra

também nas áreas urbanas”, afirma, preocupado,

o deputado petista, lembrando que serão neces-

sários os votos de 3/5 da Casa.

A PEC 438 dá nova redação ao artigo 243 da

dão”, argumenta. Na opinião de Pereira, “no in-

tuito de fazer o excelente”, o Parlamento está

“deixando de fazer o bom”. A lei, segundo ele,

precisa estar adaptada à realidade do campo

e não deve ser abrangente demais, sob risco

de ficar emperrada. “Para mim, escravidão é

manter o trabalhador sob guarda armada, con-

finado, sem receber salário regular. Isso é

muito diferente de prática de irregularidade tra-

balhista”, defende.

Anualmente, têm sido resgatados, em média,

quatro mil trabalhadores encontrados em situa-

ção análoga à escravidão, com jornadas de traba-

lho de até 16 horas, em alojamentos improvisados,

às vezes sem água potável e, em muitos casos,

sem carteira de trabalho assinada. Em 2010, se-

gundo dados do Ministério Público do Trabalho

(MPT), o Sudeste — o Rio de Janeiro em primei-

ro lugar — assumiu a liderança do ranking, com

1,3 mil trabalhadores resgatados.

No município de Campos, o maior número

Constituição Federal, que trata do confisco de pro-

priedades em que forem encontradas lavouras de

plantas psicotrópicas ilegais. A proposta estende

a expropriação (sem direito a indenização) para

áreas onde seja explorada mão de obra em condi-

ções análogas à escravidão e define que as propri-

edades e os bens confiscados serão destinados aoassentamento de famílias como parte do progra-

ma de reforma agrária.

Integrante da bancada ruralista, o vice-líder

do PR, deputado Homero Pereira (MT), diz que o

grande problema da PEC é “a insegurança jurídi-

ca, pela falta de uma definição precisa do que é

trabalho em condições análogas à escravidão”. O

parlamentar observa que, como os demais, é,

“logicamente, contrário ao trabalho escravo”. Mas

deixa claro que, com a atual redação, a PEC será

rejeitada pelos

ruralistas.

“Sem uma defi-

nição, ficamos à

mercê do fiscal do

Ministério do Tra-

balho, que pode

considerar que

transportar o traba-

lhador num cami-

nhão, em vez de

num ônibus fecha-

do, ou não dispor de

um banheiro azule-

jado, é submeter o

trabalhador a con-

dições de escravi- Domingos Dutra tenta audiência com a presidente Dilma Roussef para pedir apoio

PEC do trabalho escravo:

Page 13: Tribuna do advogado de outubro de 2011

o

deles, 521 encontrados em uma empresa de

beneficiamento de cana de açúcar. No mês passa-

do, uma operação do MPT com a Polícia Fede-

ral encontrou 32 trabalhadores em situação

precária na Cutrale, em Itatinga (SP). A em-

presa é uma das maiores produtoras de suco

de laranja do mundo. Confecções da cadeia

produtiva de grandes marcas, como Zara e

Pernambucanas, foram flagradas explorando mão

de obra clandestina.

Para o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous,

“é inadmissível que, em pleno século 21, ainda

haja resquícios de escravidão no âmbito das rela-

ções de trabalho”. A PEC 438, segundo ele, já de-

veria ter sido aprovada há muito tempo. “Esta é

outra mazela legislativa braslieira. Se quiser pres-

tar relevantes serviços à cidadania brasileira a

Câmara deve, o quanto antes, votar e aprovar a

proposta”.

O deputado federal Alessandro Molon (PT/RJ),

também integrante da frente parlamentar que luta

pela aprovação da PEC, destaca o trabalho de

mobilização da sociedade civil para pressionar os

deputados a aprovarem a emenda, além do aval do

governo. “A PEC já conta com o apoio dos minis-

tros da Justiça e dos Direitos Humanos, José Eduar-

do Cardozo e Maria do Rosário, importantes alia-

dos”, diz Molon. “Pela reincidência que se perce-

be na prática deste crime, fica claro que é neces-

sário tomar medidas mais duras”, e o Brasil, “o

último país a abolir a escravidão, deve à sociedade

Homero: “PEC será rejeitada pelos ruralistas”

Molon destaca o apoio da sociedade civil

a severidade contra aqueles que exploram mão de

obra escrava”, afirma

Maria do Rosário reitera que a aprovação da

PEC é prioridade para o governo federal e diz que,

nesse sentido, tem trabalhado para convencer o

Legislativo, em audiências públicas e reuniões

com líderes partidários e o presidente da Câma-

ra, Marco Maia. “Esperamos que a PEC seja vota-

da ainda esse ano”, salienta. Sobre os recentes

flagrantes em confecções em São Paulo, ela acha

que a sensação de aumento das violações dos di-

reitos humanos se deve a “uma maior atenção da

sociedade brasileira para o tema do trabalho es-

cravo, tanto rural quanto urbano”. No setor têxtil,

acrescenta, “a situação é agravada por envolver

imigrantes e tráfico de pessoas”.

Page 14: Tribuna do advogado de outubro de 2011

TRIBUNA DO ADVOGADO - Maio / 2007 - 14

CÁSSIA BITTAR

Impasse. Foi esse o termo utilizado pela pre-sidente da Comissão de Direitos Humanos daOAB/RJ, Margarida Pressburger, para avaliar o re-sultado do debate promovido no dia 21 de setembro, nasede da Seccional. Na ocasião, o secretário municipalde Assistência Social, Rodrigo Bethlem, pôde ouvir erebater críticas às questões polêmicas que envolvem apolítica de recolhimento compulsório de depen-dentes de drogas, adotada desde maio pelo gover-no municipal do Rio de Janeiro para enfrentamentodo problema dos menores de rua viciados emcrack. O tom do debate foi acalorado.

Primeiro a falar, Bethlem disse que sua inten-ção era “desmitificar” algumas alegações dos críti-cos à ação: “Não tem fundamento, por exemplo, fala-rem que estamos fazendo uma faxina para a Copa epara as Olimpíadas. Elas não acontecerão agora e ima-gino que nenhum turista vá fazer uma visita a umaboca de fumo do Jacarezinho, um dos pontos ondeconcentramos o nosso trabalho”.

O secretário alegou não ter feito oposição àsvisitas de membros dos conselhos de enferma-gem, assistência social e psicologia aos abrigosutilizados pela prefeitura, mas disse que, nessasocasiões, os profissionais cometeram “arbitrari-edades”, como avaliar se os remédios aplicadosaos internos eram adequados. Os grupos acusa-ram problemas como a prescrição desses medi-camentos, feita de forma universal, sem distinçãodo quadro clínico.

No que se refere ao envolvimento da polícianas ações de recolhimento, duramente criticado

Debate sobre recolhimento compulsório dedependentes de drogas termina em impasse

pelos participantes do debate, o secretário escla-receu que a presença da força do Estado é funda-mental, pois a abordagem é realizada em pontosainda dominados pelo tráfico de drogas. Bethlemgarantiu, porém, que o contato com os menores éfeito por educadores e assistentes sociais, o quetambém foi rebatido por uma parcela do público.

Já Margarida descreveu que, em sua visita aoabrigo Casa Viva, em Laranjeiras, não viu qual-quer espaço de lazer para as crianças e ouviu rela-tos de vizinhos da instituição de que os menoresestariam sofrendo agressões por parte dos agen-tes, acusação negada pelo secretário.

Presidente da Comissão de Mediação de Con-flitos da Seccional, Samantha Pelajo abordou asquestões legais da ação, lembrando a previsãoconstitucional da tutela de crianças e adolescen-tes: “Os menores devem ser cuidados pelas famí-lias e, somente em sua ausência, o Estado e a so-ciedade assumem essa responsabilidade. Subver-

ter, abrigando uma criança compulsoriamentequando sua família existe, é inconstitucional”.

Samantha explicou que, somente passando peloJudiciário, que estudaria caso a caso com a possi-bilidade de destituir, após toda uma ação, o poderfamiliar, o Estado poderia se ocupar dos menoresem questão. “Ainda que a intenção seja a melhorpossível, se admitirmos essa violação, no futuroteremos uma série de justificativas para toda equalquer arbitrariedade estatal”, resumiu.

Ao fim do evento, que contou com a participa-ção do secretário-geral da OAB/RJ, Marcos LuizOliveira de Souza, e do desembargador Siro Darlan,Margarida lamentou a falta de consenso entre aspartes: “As respostas do secretário, infelizmente,não foram conclusivas”. Para Betlhem, as denún-cias e propostas se mostraram pouco efetivas:“Encontros como esse sempre são positivos, masnão me foi apresentado aqui nada de novo”.

Bethlem: “Não se trata de faxina para a Copa”

Samantha: “Recolhimento é inconstitucional”

Margarida criticou as respostas do secretário

A palestra gratuita sobre a Responsabilidade civil noscontratos de transporte aéreo é o destaque de outubro naprogramação da Escola Superior de Advocacia (ESA). Oevento será realizado no dia 25, às 18h30, no Plenário daCaarj, e terá José Wilson Bastos Massa como palestran-te. Já na programação dos cursos realizados na sede daOAB/RJ serão abordados temas que tratam de administra-ção, da responsabilidade civil e do Direito do TrabalhoÀs terças e quintas-feiras, de 11 de outubro a 1º denovembro, o professor Miguel Dehon tratará dosaspectos contemporâneos da responsabilidade civil. Ocurso será realizado em dois turnos: pela manhã, de 9h às12h; e à noite, das 18h às 21h. O custo é de R$ 150.

ESA: palestra gratuita e três cursos em outubroJá o curso Saiba administrar seu escritório deadvocacia: Gestão administrativa e financeira,coordenado por Diogo Hudson, será realizado de 24 deoutubro a 21 de novembro, das 18h30 às 21h30. Oinvestimento é de R$130.Custando R$120, o curso Responsabilidade de sóciose reflexos no Direito do Trabalho será ministrado pelaprofessora Raquel Brambilla, de 26 de outubro a 23de novembro, às quartas-feiras.Os interessados devem se inscrever pelo Portal daOAB/RJ (www.oabrj.org.br). Mais informações podemser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelotelefone (21) 2272-2097.

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TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 15

No Distrito Federal, numa hipo-tética ação de cobrança no valor de R$100 mil, o cidadão paga de custas ju-diciais R$ 372 iniciais. Na Paraíba,precisa desembolsar quase 20 vezesmais: R$ 7.157,74. O Rio de Janeiro,com R$ 2.271,11, ocupa um descon-fortável 21º lugar entre os 27 estados,em ordem decrescente de valores. Adiscrepância foi registrada em pes-quisa do site Migalhas, e é a maisrecente mostra da desigualdade decondições no acesso à Justiça estadualnos tribunais do país, em prejuízo dequem tem menos recursos.

O Conselho Nacional de Justiça(CNJ), que publicou uma ampla análi-se do problema em julho de 2010 (veja,abaixo, um dos quadros), estuda a ela-boração de um anteprojeto de lei fede-ral que organize e dê parâmetros para osistema de cobrança.

Representante da OAB no conse-lho, o conselheiro Jefferson Kra-vchychyn. coordena o grupo de traba-lho formado para tratar do tema noâmbito da Comissão de EficiênciaOperacional e Gestão de Pessoas doCNJ. Com base no estudo, no qual foiverificado que as custas processuaissão mais altas exatamente nos esta-

dos com menores IDH (Índice de De-senvolvimento Humano) e renda percapita. Kravchychyn diz que a situa-ção atual “impede que se faça justiça,obstaculizando o acesso dos pobres aoJudiciário”. Nas unidades da Federaçãomais desenvolvidas social e economi-camente, as custas são mais baixas.

“Os tribunais nos estados quecobram mais buscam suprir suasnecessidades sem levar em conta ou-tros critérios”, pondera o conselhei-ro. Além do desequilíbrio de valores,Kravchychyn aponta outra distorção aser corrigida. “As custas são mais al-tas no primeiro grau, e mais baixasno segundo”, diz, defendendo a in-versão desta lógica, que segundo eletambém contribui para a morosida-de da Justiça: “Na forma atual, sãofavorecidos os ricos, grandes litigan-tes, como bancos e fornecedores deserviços, para quem é mais vantajosorecorrer do que pagar seus débitosde imediato”.

Outro integrante do grupo de tra-balho, que prefere não ser identifi-cado, acrescenta que os governostambém se valem da distorçãopara não pagar o que devem, re-correndo sistematicamente das de-

CNJ quer elaborar anteprojeto de lei federalque organize e dê parâmetros à cobrança

cisões da primeira instância.Para Kravchychyn, o sistema é

perverso. “Cobra-se muito de poucos,é justiça para quem tem mais dinhei-ro”. No que se refere à concessão dejustiça gratuita, mais desvios: bastaa declaração de hipossuficiência. “Épreciso incluir, no projeto, a neces-sidade de apresentação de provaspara obtenção de gratuidade. Hoje,isso ocorre indiscriminamente”, en-fatiza ele.

O procurador-geral da OAB/RJ,Ronaldo Cramer, defende a padroni-zação das custas processuais e suaredução. “Os valores atuais são, mui-tas vezes, um impedimento para ocidadão ter acesso ao Judiciário”,afirma. Para os advogados, justiçamais barata significaria tambémmais clientes, observa.

Cramer considera “um absurdoque justamente nos estados mais po-bres seja mais caro ajuizar umaação”, e lembra que, se é possível àspessoas em estado de miserabilida-de pedir gratuidade, outras tantas,embora em situação um pouco me-lhor, se veem obrigadas a compro-meter seu orçamento para pagar pe-las custas.

O procurador acrescenta que osjuizados especiais cíveis, que pode-riam suprir parte da demanda da po-pulação no atendimento de açõescom valor mais baixo, estão se invia-bilizando pela falta de estrutura paraatender a procura crescente. “OsJECs estão deixando de cumprir suafunção de garantir justiça célere ebarata, prejudicando justamenteaqueles que mais necessitam”. Tan-tas distorções fazem, segundo Cra-mer, com que o sentido social da Jus-tiça se desvirtue.

A TRIBUNA procurou a direçãodo Tribunal de Justiça do Rio de Ja-neiro, mas, segundo sua assessoria deimprensa, o presidente, Manoel Al-berto dos Santos, não pôde atender porimpossibilidade de agenda.

O grupo de trabalho do CNJ é in-

Disparidade de custasjudiciais favorece os ricos

tegrado por conselheiros, magistra-dos, servidores e representantes daOAB, do Ministério Público e da De-fensoria Pública. O texto do antepro-jeto será enviado aos 27 tribunais,antes de ser submetido ao plenáriodo CNJ e, posteriormente, ao Supre-mo Tribunal Federal (STF).

Como é na EuropaO estudo realizado pelo CNJ no anopassado trouxe um comparativo dossistemas de custas entre o Brasil e paíseseuropeus. Ressalvando a heterogeneidadeexistente entre estes, observou, de modogeral, que os valores cobrados não sãoconsiderados elevados mesmo nas naçõesde IDH alto. Situam-se, na maioria dasvezes, abaixo de 150 euros (R$ 380).“Na França, inclusive, não existe cobrançade custas, com exceção de processos naárea de Direito Comercial”, diz a pesquisa.Geralmente existem limites mínimos emáximos, assim como é frequente ocritério de cobrança proporcional emrelação ao valor da causa. Em váriospaíses, segundo o estudo, os valorespara as apelações são o dobro dosestipulados para a ação inicial. Tam-bém vigoram isenções para pessoas debaixa renda. Vários países discutem otema e procuram adotar sistemas quelevem em conta a complexidade dosprocessos e dos custos operacionaispara a fixação do valores. Na Alemanha ena Finlândia, há mecanismos de incentivopara os litigantes finalizarem rapidamentea lide, com a respectiva redução decustas, mostra a pesquisa.

Kravchychyn:“sistema atualé perverso”

Fonte: CNJ

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TRIBUNA DO ADVOGADO - Maio / 2007 - 16

SUBSEÇÕES

Inaugurado no dia 20 de setembro, o novoFórum da Leopoldina viola frontalmente o estabe-lecido pelo Estatuto da Advocacia (Lei n.º 8.906/1994), não contando com sala reservada para aOAB. Com o apoio da Procuradoria da Seccional, asubseção local ingressou com um procedimentode controle administrativo no Conselho Nacionalde Justiça (CNJ) para garantir o espaço. Segundoo presidente OAB/Leopoldina, Frederico Mendes,a inexistência surpreende, já que a subseção ha-via comunicado ao Tribunal de Justiça (TJ) seuinteresse em instalar a sala. “Em julho, respondipositivamente ao ofício enviado pelo TJ sobre adependência. Desde então, fiquei aguardando aconfirmação da data da mudança. Alguns diasantes da inauguração, porém, recebi um e-mailinformando que não poderia ser criada por contade uma ‘determinação superior’”, afirma.

Ele ressalta que o processo de construção doprédio foi acompanhado pela OAB/Leopoldina.“Por nosso acordo com o TJ, a nova sala teria cercade 60 m² e receberia a mobília e os equipamentosque já usávamos na atual”, destaca.

A sede da Subseção de Mendes, localizada na RuaAdélia Nunes Vieira, 18 — Sala 101, foi remodela-da de acordo com os padrões do projeto OABSéculo 21, ganhando mobília nova, computadorese uma impressora multifuncional, além de umpequeno auditório para a realização de cursos epalestras. O espaço foi inaugurado pelo presidenteda Caarj e diretor do DAS, Felipe Santa Cruz, no dia1° de setembro. Felipe adiantou que faz parte dosplanos “a compra de uma nova sede, mais ampla,para instalar a 47ª Subseção”. Para o presidente daOAB/Mendes, Paulo Afonso Loyola, o ambiente detrabalho foi melhorado, mas a expectativa é mesmode uma nova sede em breve.

A Seccional promoveu melhorias, dentro doprojeto OAB Século 21, em mais duas salas dosadvogados. No dia 8 de setembro, a sala na sededa Justiça Federal em Volta Redonda ganhou trêscomputadores com acesso à internet, impressoramultifuncional e mesa para reuniões, além de apare-lhos de TV e DVD. “Agradecemos muito à Seccionalpor nos dar uma sala com toda essa estrutura. Épequena, mas muito aconchegante. Vai ser de to-tal importância para os advogados”, afirmou a pre-

Ordem recorre ao CNJ para garantir salados advogados no Fórum da Leopoldina

Tudo indica que a decisão do presidente doTJ, desembargador Manoel Alberto dos Santos,deve-se à recusa da OAB em ceder sua sede emTrês Rios para que fosse instalada um juizadoespecial. Em reunião na Ilha do Governador, o pre-sidente do TJ fez referência a esse episódio eameaçou a Ordem com retaliações diante de vári-as testemunhas. O presidente da Subseção daLeopoldina atribui mais um motivo à decisão:“Denunciamos diversas irregularidades no Fórumantigo, o que talvez tenha contribuído”, destacou.

O e-mail que continha o aviso sobre a proibi-ção de instalação da sala foi enviado pelo gabinetedo juiz-auxiliar da presidência Roberto Compas-so. Procurado pela reportagem da Tribuna do Ad-vogado Regional, ele não retornou as ligações atéo fechamento desta edição.

Mendes afirma que, enquanto o impasse nãofor solucionado, a subseção manterá seu espaçono fórum antigo. “Não desocupamos a sala antiga.É impossível deixar os advogados sem atendimen-to. Mas confiamos em que a lei será cumprida e estaarbitrariedade não vai ser aceita pelo CNJ”.

OAB Século 21: Salas dos advogados sãomodernizadas em Volta Redonda e Piraí

sidente da OAB/Volta Redonda, Rosa Fonseca. No dia 1º de setembro, foi inaugurada a sala

dos advogados no Fórum Regional de Piraí. Osadvogados que militam na unidade contam agoracom dois computadores com acesso à internet, im-pressora, máquina de fotocópia, aparelhos de TV e DVDe livros jurídicos à disposição, além de um escritóriocompartilhado, com computador e internet.

Segundo o presidente da 42ª Subseção, CarlosAlberto dos Santos, a sala equipada respeita asnecessidades dos advogados. “É também umaprova de que a Ordem está atenta para contribuircom o advogado militante, que necessita de equi-pamentos para a melhor efetuação de seu traba-lho”, acrescentou ele.

O presidente da Caarj e diretor do Departa-mento de Apoio às Subseções (DAS), Felipe SantaCruz, explica que o projeto da Seccional é refor-mar todas as salas do estado, processo que estáem fase de conclusão. “Estamos inaugurando asúltimas dez salas que ainda não haviam passadopela recuperação. Em nossa gestão, nos preocu-pamos em melhorar a qualidade de trabalho paraa advocacia”, destacou.

OAB/Mendes temsede remodelada

Frederico Mendes, presidente da OAB/Leopoldina

Felipe, nasala de Piraí

Paulo Afonsoe Felipe

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TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 17

SECCIONAIS

Ações políticas e sociaissão destaques na OAB/TO

Oferecer serviços para os advogados e discu-tir temas importantes para o estado e para a cida-dania são os principais objetivos do presidente daOAB/Tocantins, Ercílio Bezerra, que está em suasegunda gestão à frente da seccional. O marco doano de 2011 foi a realização da segunda edição daConferência Estadual dos Advogados do Tocantins,que reuniu, de 17 a 19 de agosto, profissionais dediferentes ramos do Direito para conhecer e de-bater teses do cenário jurídico, contando com apresença de juristas como Zelmo Denari e RicardoPetrissans, além da corregedora-geral do Conse-lho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon.

Tendo como tema A máxima efetividade dosdireitos fundamentais e os desafios nas múltiplasáreas de conhecimento jurídico, a conferênciaabordou questões atuais, como a homofobia, a le-gislação para crimes sexuais e a função social doscontratos empresariais.

Conhecida por suas ações políticas, como acampanha Voto não tem preço, tem consequência,que incentivou os eleitores, durante o pleito doano passado, a buscarem seu papel no processoeleitoral, a OAB/TO interveio na questão do rece-bimento, por deputados do estado, de extras porsessões extraordinárias. Segundo a Seccional, osparlamentares recebiam o valor de R$ 1.200 porconvocação.

Uma ação civil pública foi elaborada con-tra a cobrança dos parlamentares, porém nãoprecisou ser concluída. Com a repercussão docaso, o presidente da Assembleia Legislativado estado, deputado Raimundo Moreira, extinguiuo pagamento.

A seccional também se destaca pelas açõesque visam ao bem-estar dos colegas. Em setem-bro, a subseção de Araguaína firmou uma parce-ria com a vara de Trabalho da cidade para agilizarperícias médicas. O acordo disponibiliza uma salana sede da subseção para que um perito médicodo trabalho assista os colegas. “A vara do Trabalhonão dispunha de espaço adequado, por isso, paraatender a demanda dos advogados e também dacomunidade em geral, nós cedemos esse espaço”,explica o presidente da Subseção de Araguaína,André Luiz Barbosa Melo.

Ercílio Bezerra,presidente da OAB/TO

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TRIBUNA DO ADVOGADO - Maio / 2007 - 18

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TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 19

Modelo não deve ser confundido comprivatização; serviço permanece público

SÉRGIOCÔRTES

PONTOCONTRAPONTO

Gestão dasaúde pelas

OrganizaçõesSociais

PAULOPINHEIRO*

Trata-se de uma nova terminologiapara projeto de terceirização do setor

A discussão sobre a entrega da gestão da saúde pú-blica para Organizações Sociais (OSs) não deve ser tra-tada no campo ideológico, mas sim baseada em aspectostécnicos. Apesar de a ideia ser vendida como “a novida-de que irá salvar a saúde do Rio”, não passa de uma novaterminologia para o antigo projeto de terceirização dosetor, cujos resultados já podem ser avaliados.

Tudo começou em 1998, no governo do estado, comMarcello Alencar e a criação do Projeto Help (Hospitais Públicos em LocaisPopulares). Foram seis meses até o fracasso. Pouco depois, na prefeitura,César Maia terceirizou os postos de saúde da Zona Oeste com cooperativas:novo fracasso. Voltando ao governo estadual, Garotinho também apostou nascooperativas, mas obteve um resultado um pouco diferente, já que, além dofracasso, tivemos a prisão do então secretário de Saúde, por desvios de verbapública.

Infelizmente, as experiências ruins foram ignoradas pelo PMDB. O pre-feito Eduardo Paes começou seu mandato passando a gestão de RecursosHumanos à Fundação Rômulo Arantes, cujo contrato teve de ser rescindido

devido aos maus serviços prestados. Insisten-temente, o prefeito conseguiu aprovar, na Câ-mara, a lei das OSs.

Passados pouco mais de dois anos, oquadro atual não é animador. O primeirolevantamento do Tribunal de Contas doMunicípio, após inspeção que solicitei,mostra que as OSs gastam mais que a pre-feitura para contratar serviços. Além dis-so, mesmo com o fim da estabilidade epagando quase cinco vezes mais que o saláriodos estatutários, não conseguem fixar médi-cos em 25% das equipes do Programa Saúdeda Família.

Para piorar, esse “novo” sistema não estásaindo barato e os gastos com as OSs já che-garam aos R$ 635 milhões em 2011 — mais dametade do que os R$ 1,145 bilhão gastos com fun-cionários concursados. Enquanto isso, em SãoPaulo (citado pelo governo como um exemplodos benefícios das OSs), 25% dos leitos doshospitais públicos administrados por OSs já pas-saram a atender usuários de planos de saúde.

Assim, não consigo conceber outra avalia-ção das sucessivas terceirizações da saúde

no Rio, que não a de um fracassoconstante. Para não ficar só na re-clamação, apresento minha propos-ta: concurso público, plano de cargos,carreiras e salários e a criação do car-go de Gestor Público de Saúde. Não

pretendo “inventar a pólvora”, minhas pro-postas estão na Constituição: saúde é umdireito de todos e um dever do Estado!

* Vereador no Rio de Janeiro pelo PPS

A Alerj aprovou, em setembro, o modelo das OrganizaçõesSociais (OSs), que são uma espécie de parceria entre o Estado ea sociedade. Aos governos cabe exercer sobre as OSs — entida-des sem fins lucrativos — um controle estratégico, demandandoresultados necessários para garantir a eficiência de políticas pú-blicas. Às OSs cabe administrar bens e equipamentos, utilizan-do técnicas modernas de gestão. Ou seja, o modelo de OS nãopode ser confundido com uma privatização, como muitos tentam

fazer crer; o serviço é concedido e permanece público.Com coragem, o Governo do Rio está assumindo que há uma forma mais

eficiente de oferecer saúde pública digna, ágil, de qualidade. O interesse prin-cipal tem que ser a população, e todos nós sabemos que durante décadas asaúde pública no estado foi negligenciada e sucateada. Mas a quem está aguar-dando cirurgia, remédio ou atendimento numa unidade pública, não interessase o problema é de dez, 20, 30 anos; a solução para seu problema de saúde temque ser hoje, agora.

Por isso, o estado foi atrás de modelos de resultados mais rápidos para apopulação em experiências no exterior e aquino Brasil. É o caso de São Paulo e Minas Gerais,que já usam modelo semelhante ao das OSs.Mas o Rio foi além e está sendo pioneiro emeleger a Gestão Compartilhada como solução paraos desafios da saúde. Não escolhemos um único mo-delo, porque temos desafios diversos a serem en-frentados.

Hoje temos a Parceria Público-Privado (PPP)com a Perinatal e passamos de zero cirurgianeonatal realizada em 2006 para 190 no ano pas-sado. Com as PPPs e OSs não daríamos contada administração, por exemplo, do Hemorio, que,além de assistência, discute a política dehemoterapia do estado. Para as UPAs, o modelode PPP não se aplica; neste caso, OSs e Funda-ção Estatal são mais eficientes. Em 2006, hos-pitais recebiam todo o público de pronto atendi-mento do estado. Hoje, temos 45 UPAs em fun-cionamento e fizemos nestes últimos quatro anosmais de 9,4 milhões de atendimentos, com taxabaixíssima de remoção (0,55%).

Com essa gestão de recursos mais eficiente,o Estado do Rio de Janeiro pode focar e, assim,investir em outras necessidades da áreada saúde. Apenas para citar alguns:Hospital da Mulher, em São João deMeriti, e Hospital de Traumatologia eOrtopedia Dona Lindu, em Paraíba doSul; tomógrafos e ressonância móveis, RioFarmes, Rio Imagem.

* Médico cirurgião ortopédico e secretáriode Estado de Saúde do Rio de Janeiro

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TRIBUNA DO ADVOGADO - Maio / 2007 - 20

L i v r o d e c a b e c e i r a

Advogado S/AReconhecido por fechar mais de dez mil contratosao longo da carreira, o advogado Ronaldo Gotlibapresenta, neste livro, técnicas para estudantesde Direito e profissionais da área atraírem etornarem fiéis os seus clientes. De forma simples,o leitor aprenderá a apresentar seus serviços esua imagem profissional e a usar as novas mídiaspara marketing pessoal a partir de casos concre-tos de sucesso. A obra é da editora InformaçãoLegal. Mais informações pelo telefone (21)3231-9068.

Crucificação edemocracia

No livro, a crucificação de Jesus Cristo é apresentadapelo jurista Gustavo Zagrebelsky como exemplo dafaceta contraditória do processo democrático quepermitiu ao povo optar por seu calvário e absolver obandido Barrabás. Para ilustrar a questão, o autorreconstrói o cenário da época, proporcionando ao leitoruma análise comparativa e crítica da democraciaadotada pela sociedade contemporânea. A obra temtradução de Monica de Sanctis Viana e é lançamento daeditora Saraiva. Mais informações pelo telefone 0800-055-7688 ou no site www.saraivajur.com.br

Direito CivilTrês são os elementos acidentais que podemmodificar os atos jurídicos: o termo, o encargoe a condição. O último, considerado maisrelevante, é o objeto de estudo de CarlosAlberto Dabus Maluf, que oferece, nesta obra,um apanhado histórico sobre a matéria, alémde apresentar suas características e especifica-ções. Para isso, o autor promove incursões nosdireitos medieval, luso-brasileiro antigo ecanônico. O livro foi lançado pela editoraSaraiva. Mais informações pelo telefone 0800-055-7688 ou no site www.saraivajur.com.br

Dissolução de sociedadesA obra analisa os princípios da dissolução de sociedades, tratadosa partir do Código Civil de 2002, a fim de prover-lhes umaadequada categorização e aplicação. O foco está na análiseprocessual da dissolução de sociedades empresariais, comdestaque ao procedimento imposto pela Lei nº 11.232/2005, queinstituiu o processo de cumprimento de sentença, equalizando,assim, as dissoluções total e parcial. O livro de Paulo SérgioRestiffe é da editora Saraiva. Mais informações pelo telefone0800-055-7688 ou no site www.saraivajur.com.br

Tutela das áreas protegidasFechando a trilogia dedicada à tutela jurídica, derivada dotrabalho realizado pela Comissão de Direito Ambiental daOAB/RJ, a obra proporciona uma reflexão sobre a Lei nº9985/2000, apresentando questões relacionadas àpropriedade e suas tipologias, à servidão florestal ecompensação ambiental, além das consequências jurídicasda ocupação e aspectos do licenciamento de atividadesrelacionadas à natureza. O livro, coordenado pelo presidenteda comissão, Flávio Ahmed, e pelo membro RonaldoCoutinho, é da editora Lumen Juris. Mais informações pelotelefone (21) 3505-5888 ou no sitewww.lumenjuris.com.br

Acordo de acionistasA necessidade de um novo trabalho a respeito do acordo de acionistasapós as alterações na Lei de Sociedades Anônimas levou ModestoCarvalhosa a analisar novamente a questão, que já haviaexaminado em 1985. O autor foca, entre outros tópicos, apermissão de vinculação dos administradores às deliberaçõesdos acordantes. A relevância da aplicação dos princípios geraisconsagrados no Direito Civil também é destacada na obra. Olivro, da editora Saraiva, homenageia o jurista Celso Barbi Filho,falecido em 2001. Mais informações pelo telefone 0800-055-7688ou no site www.saraivajur.com.br

ESTANTE

José Noronha*O livro que indico, que já li uma vez e pretendo lernovamente, é 1808, de Laurentino Gomes. A obrarelata, com muita competência, uma época históri-ca muito importante para o Brasil, descrevendo umperíodo de crise na Europa, no qual os monarcasliteralmente “perdiam a cabeça”, e narrando como afamília real portuguesa fugiu para o Brasil e todosos problemas enfrentados na viagem. O autor

descreve os acontecimentos após a chegada no Rio de Janeiro, em marçode 1808, com relatos sempre muito ricos e decorrentes de ampla pesqui-sa. O livro, se realizado um paralelo entre o que ocorre hoje, explica muitodos nossos problemas e retrata como a corrupção já se mostrava presentena época do Império, assim como os danos que a fraqueza de um gover-nante pode causar a seu povo. Importante destacar que Laurentino Gomesestará presente à XXI Conferência Nacional dos Advogados, em Curitiba,de 20 a 24 de novembro de 2011. Então, ficam as duas boas dicas: ler1808 e ir à Curitiba.

* Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná (CAA/PR)

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Classitribuna

PANORAMA

Seminário sobre Vitimologialota o auditório da Caarj

Jovens estudantes de Direito, mem-bros da Polícia Militar e advogadoslotaram o auditório da Caarj, no dia 30 deagosto, para assistir ao VIII Semináriode Vitimologia, que debateu o tema ex-pondo o viés da vítima em questões comouso de drogas, terrorismo e violência nasescolas. “A Vitimologia surgiu nos anos1940, quando um advogado criminalistafoi parar em um campo de concentraçãonazista. Lá, ele constatou que a legislaçãovigente não partia da ótica da vítima. Só haviaformas de proteger os autores de crimes”,explicou a advogada e professora EstherKosovski, na abertura do evento.

O primeiro painel, sobre a relação com as

drogas, reuniu o presidente da Sociedade Bra-sileira de Vitomologia (SBV) — que promoveuo evento —, secretário-adjunto da Seccional epresidente da Comissão de Políticas sobreDrogas, Wanderley Rebello, e o advogado Rogé-rio Rocco Filho. Eles apresentaram ideiasopostas a respeito do tema.

Defensor da repressão às drogas, Roccodisse aceitar a classificação de vítima paraos usuários. “Quem usa drogas social-mente é dependente químico em potenci-al, que pode ou não desenvolver a doença”.Ele afirmou, porém, que se declarar comotal publicamente é uma forma de apolo-gia. “Um advogado ou qualquer outro pro-fissional dizer, em uma revista, que fazuso de maconha, por exemplo, é uma for-ma de fazer publicidade daquela substân-cia para um público vasto”.

Já Rebello desenvolveu o tema sob aperspectiva da regulamentação, salientan-do que a proibição não impede o uso desubstâncias ilícitas. “A repressão já semostrou totalmente falida em relação àsdrogas. Quem está envolvido com isso nãopensa nas consequências: vive o presen-te. Minha ideia é de uma política deenfrentamento por meio da liberação con-trolada pelo Poder Público”.

Acessibilidade nas relaçõesde consumo é tema de seminárioAnalisar maneiras de assegurar que a acessibilidade às pessoas comdeficiência seja garantida nas relações de consumo foi o objetivo do seminá-rio promovido pela Superintendência de Políticas para Pessoas com Deficiência,da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, e realizadono dia 20 de setembro, na sede da OAB/RJ.“A Ordem não pode se furtar ao compro-misso de fazer com que as oportunidadesexistam de forma igualitária. Temos quemodificar essa realidade rapidamente. Aspessoas precisam dos resultados agora”,disse o presidente da Comissão de Defesados Direitos da Pessoa com Deficiên-cia, Geraldo Nogueira, que abriu oevento e participou de uma das mesas.Segundo ele, o avanço do sistema detecnologia de inclusão é de pouca valiaquando se constata que o maiorempecilho para a inclusão das pessoas com deficiência é o própriopensamento do restante da população. “Não basta evoluirmos tecnologi-camente se continuarmos preconceituosos”, salientou. Nogueira usou omodelo do homem médio padrão, adotado pela indústria de consumo,para exemplificar sua teoria. Nesse molde, adequa-se os produtos aopadrão de um homem de 1,70m e força mediana, que seria uma médiada população. Segundo ele, o ideal seria a aplicação de um modelo queprocure contemplar o maior número possível de variações humanas, ochamado “desenho universal”. “Isso não se restringe a deficiências. Odesign de um objeto nesse modelo pensa em uma adequação para umapessoa mais velha, mais baixa ou com pouca visão, por exemplo”.

WanderleyRebello

Geraldo Nogueira

A presidente da Comissão de Bioéticae Biodireito da OAB/RJ, conselheiraMaíra Fernandes, foi empossada, no dia27 de setembro, como presidente doConselho Penitenciário do Estado do Riode Janeiro (CPERJ). Vinculado àSecretaria de Administração Peniten-ciária (Seap), o órgão exerce um papelfiscalizador em unidades prisionais, alémde supervisionar os patronatos e darassistência aos egressos.“Nosso compromisso é o de que oConselho, além de cumprir com rigorsuas funções previstas em lei,contribua efetivamente para a solução

das questões relacionadas ao cumprimento da pena em nosso Estado”,afirmou Maíra, no discurso de posse. O presidente da OAB/RJ, WadihDamous, esteve presente à cerimônia.As quatro vagas destinadas à Seccional no conselho são ocupadas porCamila Freitas Ribeiro e Mario Miranda, respectivamente secretária-gerale colaborador da Comissão de Direitos Humanos; Wagner Rebello deOliveira, integrante da Comissão de Políticas sobre Drogas; e RhubensAlmeida, membro da OAB/Jovem.

Conselheira da OAB/RJé a nova presidente doConselho PenitenciárioMaíra Fernandes

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TRIBUNA DO ADVOGADO - OUTUBRO / 2011 - 23

Nas redes sociaisFacebook/OABRJ

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DIRETORIA DA SECCIONALPresidente:Wadih Nemer Damous FilhoVice-presidente:Sergio Eduardo FisherSecretário-geral :Marcos Luiz Oliveira de SouzaSecretário-adjunto:Wanderley Rebello de Oliveira FilhoTesoureiro:Marcello Augusto Lima de Oliveira

DIRETORIA DA CAARJPresidente:Felipe de Santa Cruz Oliveira ScaletskyVice-presidenteHercules Anton de AlmeidaSecretário-geral:Renato Ludwig de SouzaSecretária-adjunta:Naide Marinho da CostaTesoureiro:Ricardo Oliveira de MenezesSuplentes:Julio Cesar da Costa Bittencourt e RuiTeles Calandrini Filho

CONSELHEIROS EFETIVOSAdilza de Carvalho NunesAdriana Astuto PereiraAfrânio Valladares FilhoAlvaro Sérgio Gouvêa QuintãoAnderson Elisio Chalita de SouzaAndrea Saramago Sahione de AraujoPuglieseAndré Porto RomeroBernardo Pereira de Castro Moreira GarciaBreno Melaragno CostaBruno CalfatCarlos Fernando de Siqueira Castro

O R D E M D O S A D V O G A D O S D O B R A S I LSeção do Estado do Rio de Janeiro (Triênio 2010/2012)

Carlos Henrique de CarvalhoCarlos José de Souza GuimarãesCláudio Sarkis AssisDaniele Gabrich GueirosDéa Rita MatozinhosDiogo Rudge MalanEduardo Antônio KalacheEduardo de Souza GouveaFelipe Rocha DeiabFernanda Lara TórtimaFlávio Antonio Esteves GaldinoFrancisco Gonçalves DiasGabriel Francisco LeonardosGuilherme Pollastri Gomes da SilvaGustavo Binenbojm Gustavo Senechal de GoffredoJonas Oberg FerrazJorge Augusto Espósito de MirandaJosé de Anchieta Nobre de AlmeidaJosé Nogueira D’AlmeidaJosé Oswaldo CorreaJosé Ricardo Pereira LiraJosé Roberto de Albuquerque SampaioLeonardo Branco de OliveiraLeonardo Ducan Moreira LimaLuciano Vianna AraujoLuiz Américo de Paula ChavesLuiz Alberto GonçalvesLuiz Bernardo Rocha GomideLuiz Filipe Maduro AguiarLuiz Gustavo Antônio Silva BicharaMarcelo Feijó ChalreoMarcelo Mendes Jorge AidarMarcia Cristina dos Santos BrazMarcio Vieira Souto Costa FerreiraMarcos BrunoMarcos Dibe RodriguesMaria Margarida Ellebogen PressburgerMauricio Pereira FaroMauro Abdon Gabriel

Mônica Prudente GiglioMurilo Cezar Reis BaptistaNewma Silva Ramos MauésNilson Xavier FerreiraNiltomar de Sousa PereiraPaolo Henrique Spilotros CostaPaulo Parente Marques MendesPaulo Renato Vilhena PereiraPaulo Rogério de Araujo Brandão CoutoRanieri Mazilli NetoRaphael Ferreira de MattosReinaldo Coniglio Rayol JuniorRenan AguiarRenato Cesar de Araujo PortoRenato Neves ToniniRicardo Lodi RibeiroRoberto Ferreira de AndradeRoberto Monteiro SoaresRodrigo Garcia da FonsecaRonaldo Eduardo Cramer VeigaSamantha PelajoSergio Batalha MendesVania Siciliano AietaTatiana de Almeida Rego Saboya

CONSELHEIROS SUPLENTESAlexandre Freitas de AlbuquerqueAndre Andrade VizAntonio Geraldo Cardoso VieiraAntonio Jose de MenezesAntonio Santos JuniorAntonio Silva FilhoAstrogildo Gama de AssisBruno Vaz de CarvalhoCarlos Gustavo Loretti Vaz de AlmeidaBarcellosCarlos Nicodemos Oliveira Silva Cesar Augusto Prado de CastroClaudio Goulart de SouzaEduardo Farias dos SantosFabio Coutinho Kurtz

Fernando José Alcantara de MendonçaFlávio Vilela AhmedGeraldo Antonio Crespo BeyruthGeraldo Marcos Nogueira PintoGilberto FragaIvan de Faria Vieira JuniorJansen Calil SiqueiraJoaquim Tavares de Paiva MunizJonas Gondim do Espirito SantoJonas Lopes de Carvalho NetoJorge Antonio Vaz CesarJorge TardinJosé Alzimé de Araujo CunhaJosé Antonio Rolo FachadaLeda Santos de OliveiraLivia Bittencourt Almeida MagalhãesLuiz Roberto GontijoMarlos Luiz de Araujo CostaMaxwel Ferreira EisenlohrNorberto Judson de Souza BastosPaulo Haus MartinsRicardo BrajtermanRoberto Dantas AraujoRogério Borba da SilvaRomualdo Mendes de Freitas FilhoSelma Regina de Souza Aragão ConceiçãoWarney Joaquim Martins

CONSELHEIROS FEDERAISCarlos Roberto Siqueira CastroClaudio Pereira de Souza NetoMarcus Vinicius CordeiroSuplentes: Gisa Nara Maciel Machado daSilva e Ronald Cardoso Alexandrino

MEMBROS HONORÁRIOSVITALÍCIOS

Alvaro Duncan Ferreira PintoWaldemar ZveiterEllis Hermydio Figueira

Cesar Augusto Gonçalves PereiraNilo BatistaCândido Luiz Maria de Oliveira BisnetoSergio ZveiterCelso FontenelleOctavio Gomes

PRESIDENTES DE SUBSEÇÕES

Nova Iguaçu: Jurandir CeulinDuque de Caxias: Geraldo Menezes deAlmeidaPetrópolis: Herbert de Souza CohnBarra Mansa: Ayrton Biolchini JustoVolta Redonda: Rosa Maria de SouzaFonsecaBarra Do Piraí: Leni MarquesValença: Munir AssisSão Gonçalo: José Luiz da Silva MunizNova Friburgo: Carlos AndréRodrigues PedrazziMiracema: Hanry Felix El-KhouriItaperuna: Adair Ferreira Branco JuniorCampos: Filipe Franco EstefanTeresópolis: Jefferson de Faria SoaresTrês Rios: Sérgio de SouzaMacaé: Andréa Vasconcelos MeirellesNiterói: Antonio José Maria Barbosa da SilvaBom Jesus de Itabapoana: Luiz CarlosRibeiro MarquesResende: Samuel Moreira CarreiroSão João De Meriti: Júlia Vera deCarvalho SantosCabo Frio: Eisenhower Dias MarianoAngra Dos Reis: Claudio Rupp GonzagaMagé: Sérgio Ricardo da Silva e SilvaItaguaí: José Ananias Silva de OliveiraNilópolis: José Carlos Vieira Santos

Itaboraí: Jocivaldo Lopes Da SilvaCantagalo: Guilherme Monteiro de OliveiraVassouras: José Roberto CiminelliAraruama: Ademario Gonçalves da SilvaCampo Grande: Mauro Pereira dos SantosSanta Cruz: Milton Luis Ottan MachadoBangu: Ronaldo Bittencourt BarrosMadureira/Jacarepaguá: Roberto Luiz PereiraIlha Do Governador: Luiz Varanda dos SantosSão Fidélis: Magno Rangel RochaRio Bonito: César Gomes de SáParaíba Do Sul: Eduardo Langoni deOliveiraSanto Antônio De Pádua: AdautoFurlani SoaresMaricá: Amilar José Dutra da SilvaParacambi: Cleber do Nascimento HuaisParaty: Benedita Aparecida Corrêa doNascimentoMiguel Pereira: Darcy Jacob de MattosPiraí: Carlos Alberto dos SantosRio Claro: Adriana Aparecida Martins MoreiraItaocara: Fernando José Marron da RochaCordeiro: Dominique Sander Leal GuerraCambuci: Elizeu MacieiraMendes: Paulo Afonso Loyola CostaSão Pedro D’aldeia: Julio Cesar dosSantos PereiraCachoeiras De Macacu: Cezar AlmeidaMangaratiba: Ilson de Carvalho RibeiroRio Das Ostras: Alan Macabú AraujoBelford Roxo: Abelardo Medeiros TenórioQueimados: José Bofim Lourenço AlvesMéier: Humberto CairoPorciúncula: José Nagib SacreBarra Da Tijuca: Luciano Bandeira ArantesSaquarema: Miguel Saraiva de SouzaLeopoldina: Frederico Mendes

Gestão “Venho agradecer e parabenizar as gestões do presiden-

te Wadih Damous, a anterior e a atual. Por um longo

tempo, fiquei por diversas vezes inadimplente com a

anuidade. Algumas vezes por falta de verba mesmo,

outras vezes por me encontrar desiludida com as

administrações anteriores, que presenciava gastando a

verba em festas e comemorações, e nunca em prol do

advogado. Neste ano de 2011, voltando a militar

arduamente e colocando o pagamento em dia, pude ter

conhecimento de todos os benefícios oferecidos por sua

gestão. O que mais me chamou atenção foi o plano

Goldental, pois, como pai e mãe que sou, sempre dei

prioridade aos meus filhos, e o dinheiro nunca sobrou

para que tratasse de mim. Agora está sendo diferente,

continuo cuidando dos meus filhos, mas comecei a

tratar de meus dentes, o que elevou sobremaneira

minha auto-estima, voltei a sorrir verdadeiramente.

Ainda não conheço sobre os outros benefícios, mas com

certeza me surpreenderei cada dia mais”.

Sonia Germana Passos de Faria (OAB/RJ 59.607)

Bondes“É positiva a iniciativa da OAB/RJ, não somente para

agilizar as indenizações, mas também para que sejam

devidamente apuradas as responsabilidades dos

membros do ‘desgoverno’ do estado no acidente do

bonde de Santa Teresa. Parabéns, é o papel que o povo

espera da OAB/RJ”.

Euclydes de Carvalho Brito (OAB/RJ 7.492)

Leopoldina“Estive no dia 22 de setembro no novo Fórum Regional

da Leopoldina, recentemente inaugurado, e fui surpreen-

dida ao saber que deveria me dirigir às dependências

antigas do fórum ‘fantasma’, onde se encontrava instalada a

58ª Subseção, para peticionar. No mesmo dia, fiquei feliz ao

saber pelo site da OAB/RJ, por intermédio do link Nota oficial,

as providências já tomadas pela Seccional contra a afronta

aos direitos dos advogados cariocas. Parabéns à OAB/RJ”.

Renata Lage P. da Costa Fonseca (OAB/RJ 138.243)

N. da R: Os colegas Marcelo Campos de Oliveira (OAB/RJ.

140.400), Erlande Nunes Filgueira (OAB/RJ 105.793) e

Carlos Alberto S. de Oliveira (OAB/RJ 159.277) também

enviaram mensagens apoiando a iniciativa da OAB com

relação ao Fórum da Leopoldina (ver matéria na página 16).

Juíza“Convergentes as iniciativas dos desembargadores Antônio

Siqueira, presidente da Amaerj, e Nelson Calandra, presidente

da AMB: a do primeiro, para que o Fórum dos Juizados

Especiais de São Gonçalo passe a se chamar Juíza Patrícia

Lourival Acioli, o que entendo como uma eterna reverência à

corajosa juíza em sua implacável ação contra essas quadri-

lhas de bandidos com credenciais chamadas de milícias (...);

a do segundo, que cobra ações positivas da polícia para que

se cheguem aos autores e mandantes da covarde emboscada

(...). Um juiz ou juíza do quilate da Dra. Patrícia tem valor

inestimável para a sobrevivência de nosso Estado Democráti-

co de Direito. Ela continuará viva em nossa memória”.

Boanerges de Castro

RETIFICAÇÃOO advogado Luiz Gustavo A. S. Bichara, que assinou artigona seção Pontocontraponto da edição de setembro, éconselheiro e vice-presidente da Comissão Especial deAssuntos Tributários da OAB/RJ, informação que foiomitida ao fim de seu texto.

Seccional recorre ao CNJ e pede sala no Fórum daLeopoldina

Caroline Sarmento: Absurdo não ter uma sala da OAB!!!Isso é um desrespeito aos advogados!!! Parabéns à seccionalque não se manteve inerte diante de tamanho abuso!

Wadih defende abertura de concurso para a magistratura do TJ

Adeildo Costa: Realmente nosso andamento processual émuito lento, 4 meses só para juntar uma petição.

Dinorah Franco Miranda: Sem contar que nas comarcas dointerior, os juízes fazem rodízio, acumulando outrascomarcas, os juízes estão cansados, pois são muitosprocessos a despachar, audiências intermináveis, partesinconformadas nos corredores do fórum. É urgente enecessário que se faça algo, para que possamos pelo menoschamar de JUSTIÇA o que aprendemos na faculdade.

@gustavoramiro: Parabéns à @oabrj_oficial pelo título docampeonato nacional de futebol dos advogados e peloincentivo à prática esportiva.

@LUIZ_ALOCHIO: @OABRJ_oficial PARABENS DR. WADIH,com a OAB-RJ posicionando-se sobre temas nacionais derelevância, sempre a favor dos Direitos Humanos.

Page 24: Tribuna do advogado de outubro de 2011

TRIBUNA DO ADVOGADOÓrgão de Divulgação da OAB/RJAv. Marechal Câmara, 150 - 7º andarCentro - Cep 20020-080 - Rio de Janeiro - RJ

Miguel Reale JúniorENTREVISTA

‘Deixar que faculdadeschancelem a profissão

de advogado é pôr raposapara cuidar do galinheiro’

Depois de rejeitada em primeira e segunda instâncias, a arguição deinconstitucionalidade do Exame de Ordem chegou ao Supremo. O parecer do

Ministério Público Federal (MPF) é por sua acolhida, sob o argumento de que aprova limita um mercado de trabalho já saturado. O MPF propõe, ainda, que os

núcleos de prática forense das faculdades, mediante supervisão da OAB, voltema ser os responsáveis pela chancela à profissão de advogado. Para o ex-ministro

da Justiça Miguel Reale Júnior, trata-se de um “faz de contas”. “Nenhumafaculdade irá considerar um seu aluno nestas condições inapto para a advocacia.

Atribuir às próprias faculdades a tarefa de aprovar ou não um seu formandocomo apto a advogar é mesmo colocar a raposa cuidando do galinheiro”, afirma

ele, reiterando, na entrevista que se segue, a expressão utilizada em recenteartigo no jornal O Estado de S. Paulo.

MARCELO MOUTINHO

O senhor afirmou que a proposta deque a chancela à profissão de advogadocaiba aos núcleos de prática forense dasfaculdades, feita em parecer do Ministé-rio Público sobre o Exame de Ordem, sig-nifica “raposa cuidando do galinheiro”. Porquê?

Miguel Reale Júnior — Ora, é evidente a cri-ação de um “faz de contas” com a pretendida chan-cela para advogar resumir-se a ser o bacharel apro-vado em curso patrocinado pelas próprias faculda-des de Direito que organizam com seus professo-res aulas de Prática Forense. Nenhuma faculdadeirá considerar um seu aluno nestas condições inap-to para a advocacia. Atribuir às próprias faculda-des a tarefa de aprovar ou não um seu formandocomo apto a advogar é mesmo colocar a raposa cui-dando do galinheiro.

No parecer, o Ministério Públicoafirma que o Exame de Ordem limita

um mercado de trabalho saturado, ha-vendo perigosa tendência à “reservade mercado”. Como o senhor analisaesse argumento?

Miguel Reale Júnior — Trata-se de umapresunção livre descolada da realidade, pois o quemove a OAB não são motivos de natureza econô-mica, de vez que os bacharéis incompetentes nãose põem como concorrentes, mas sim como com-prometedores da imagem do advogado e da im-portância da profissão, que será cada vez maisinferiorizada no conceito social se não se exigi-rem conhecimentos técnicos e éticos para o exer-cício profissional. O que amedronta não é o con-corrente, é o mau profissional.

Hoje, no Brasil, há 1.174 faculdadesde Direito cujo funcionamento foi autori-zado pelo MEC. Completar o curso de Direitoem uma dessas faculdades não basta paraque se esteja pronto para advogar?

Miguel Reale Júnior — As milhares defaculdades visam ao lucro, sendo fácil man-

ter uma faculdade de Direito e fácil obter ganhos.O curso de bacharel em Direito é cada vez maisdeficiente, pois a entidade comercial nãobusca excelência, nem se preocupa emdotar de conhecimentos éticos o seu alu-no, tratado como um consumidor a seratendido no seu desejo de ter um diploma omais cômoda e rapidamente possível. A fa-culdade não forma advogado, como não formajuiz ou delegado, forma apenas um bacharelem Direito despachado com um diploma de-baixo do braço.

O que falta ao ensino jurídico no Brasil?Miguel Reale Júnior — Seriedade e ensino

até mesmo de Língua Portuguesa, de Ética e dedisciplinas de formação geral, ao lado de in-centivo à pesquisa, longe do “saber” enla-tado dos manuais. Falta visão crítica, apro-fundamento doutrinário, discussão da jurispru-dência. As aulas são meramente expositivas, da-das por pessoas muitas vezes sem qualquer títulouniversitário.