trabalho de processo civil ii - prova documental no processo civil

9
Introdução A palavra provar, denomina a demonstração que se faz por meios legais da existência ou veracidade de um fato material ou de um ato jurídico, em virtude da qual se conclui por sua existência ou se firma a certeza a respeito da existência do fato ou do ato demonstrado. Se o processo chegou a essa fase é porque os elementos de prova, sobretudo documentos, apresentados na fase postulatória não foram suficientes para formar a convicção do juiz, a fim de que ele possa compor o litígio, com o acolhimento ou rejeição do pedido do autor. Toda prova há de ter um objeto, uma finalidade, um destinatário, e deverá ser obtida mediante meios e métodos determinados. A prova judiciária tem como objeto os fatos deduzidos pelas partes em Juízo. Sua finalidade é a formação da convicção em torno dos fatos. O destinatário é o juiz, pois é ele que deverá se convencer da verdade dos fatos para dar solução jurídica ao litígio. Os meios legais de prova são os previstos nos arts. 342 a 443 do CPC, o código admite também outros meios de provas não elencados neste artigo, desde que legais, e moralmente legítimos, ainda que não especificados no código, mais que sejam hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. Cabe às partes indicar, na petição inicial e na contestação, os meios de prova de que se quer utilizar para demonstrar suas alegações. Na inicial o autor manifesta a intenção de produzir provas, visto que nesse momento não se sabe de quais provas vai necessitar para demonstrar a verdade dos fatos por ele alegados. Ocorrendo a revelia ou o reconhecimento da procedência do pedido, por exemplo, pode ser que não haja necessidade de provas. De acordo com tudo demonstrará aqui no decorrer deste breve comentário, um dos tipos de provas no processo civil, que será a prova documental, de acordo com o CPC e o posicionamento de alguns doutrinadores.

Upload: fabio-carneiro

Post on 03-Jul-2015

4.621 views

Category:

Documents


56 download

TRANSCRIPT

Page 1: Trabalho de Processo Civil II - Prova Documental No Processo Civil

Introdução

A palavra provar, denomina a demonstração que se faz por meios legais da existência ou veracidade de um fato material ou de um ato jurídico, em virtude da qual se conclui por sua existência ou se firma a certeza a respeito da existência do fato ou do ato demonstrado.

Se o processo chegou a essa fase é porque os elementos de prova, sobretudo documentos, apresentados na fase postulatória não foram suficientes para formar a convicção do juiz, a fim de que ele possa compor o litígio, com o acolhimento ou rejeição do pedido do autor.

Toda prova há de ter um objeto, uma finalidade, um destinatário, e deverá ser obtida mediante meios e métodos determinados. A prova judiciária tem como objeto os fatos deduzidos pelas partes em Juízo. Sua finalidade é a formação da convicção em torno dos fatos. O destinatário é o juiz, pois é ele que deverá se convencer da verdade dos fatos para dar solução jurídica ao litígio. Os meios legais de prova são os previstos nos arts. 342 a 443 do CPC, o código admite também outros meios de provas não elencados neste artigo, desde que legais, e moralmente legítimos, ainda que não especificados no código, mais que sejam hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.

Cabe às partes indicar, na petição inicial e na contestação, os meios de prova de que se quer utilizar para demonstrar suas alegações. Na inicial o autor manifesta a intenção de produzir provas, visto que nesse momento não se sabe de quais provas vai necessitar para demonstrar a verdade dos fatos por ele alegados. Ocorrendo a revelia ou o reconhecimento da procedência do pedido, por exemplo, pode ser que não haja necessidade de provas.

De acordo com tudo demonstrará aqui no decorrer deste breve comentário, um dos tipos de provas no processo civil, que será a prova documental, de acordo com o CPC e o posicionamento de alguns doutrinadores.

Page 2: Trabalho de Processo Civil II - Prova Documental No Processo Civil

Prova Documental

    Consiste na representação física de um fato. Em sentido lato - documento compreende não apenas os escritos, mas também desenhos, pinturas, mapas, fotografias, gravações sonoras, filmes.   De acordo com o Código de processo civil em seu art. 364 "o documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fastos que o escrivão, o tabelião, ou funcionário declarar que ocorreram em sua presença."    Fazem a mesma prova que os originais as certidões, traslados, reprodução autenticadas ou conferidas em cartório, cópias reprográficas do próprio processo, extratos digitais de bancos de dados e reproduções digitalizadas de qualquer documento.    São requisitos indispensáveis do documento a verdade e autenticidade. A verdade é a existência real de que no instrumento se contém se relata ou se expõe. A autenticidade é a certeza legal de ser o escrito emanado da pessoa a quem o documento é atribuído. Quando o documento é proveniente de estado estrangeiro, em língua diferente da nossa, deve ele ser traduzido para a nossa língua pátria, para o seu conteúdo ser acessível a todos. Os documentos originais que fazem parte de processo judicial já findo podem ser devolvidos as partes litigantes, desde que sejam traslados ou substituídos por cópia autenticada.    As partes poderão juntar documentos em qualquer fase do processo, inclusive em grau de recurso, obedecendo ao objetivo de apuração da verdade do processo. Os documentos são meios probatórios, e como tais, não devem ser prejudicados por prazos e atos próprios para sua apresentação.    A petição inicial deverá ser devidamente instruída. Inexistente algum dos documentos necessários para apreciação do pleito, ou presente alguma irregulari-dade, deve ser concedido o prazo de 10 dias para que a parte regularize o feito, sob pena de indeferimento da inicial (art.284 CPC).

Momento de Produção de Prova

Como regra geral, aos litigantes cabe juntar os documentos destinados a fazer prova de suas assertivas, com a exordial, em se tratando do autor, e, com a defesa, em se tratando do réu, à luz do que determina o art. 396 doCPC, sendo certo que o art. 845 da CLT prevê o comparecimento das partes à audiência, apresentando, neste momento, as demais provas. Todavia, o art. 397 do CPC, abrindo exceção à regra geral, admite que as partes, a qualquer tempo, juntem aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. Ainda há uma exceção, para que essas provas, ainda

Page 3: Trabalho de Processo Civil II - Prova Documental No Processo Civil

possam ser produzidas antecipadamente de acordo com os arts. 846 a 851,  permitindo que diante de determinadas circunstâncias se possam produzir antecipadamente provas que normalmente, para sua produção, teriam oportunidade adequada. A principal finalidade da medida cautelar em estudo é assegurar a produção da prova antes do momento processual adequado e reservado para tal, já que, se tiver que ser aguardado, o momento oportuno poderá se perder, e, desse modo, comprometer a elucidação da causa de mérito.

A medida de produção antecipada de provas pode ser preparatória, preventiva ou incidental ao processo principal. Esta última modalidade, porém, não é considerada pela grande maioria da doutrina como processo cautelar autônomo, e sim, como simples incidente, que, no entanto, possui caráter de preservação da prova.

A ação cautelar de produção antecipada da prova se destina a evitar que o perigo na demora torne a prova difícil, defeituosa ou impossível de ser produzida.

Classificações Geral dos Documentos

Após uma análise da doutrina nacional, foram verificadas inúmeras e diversificadas classificações. Dessa forma, expõe-se a infra-relacionada como sendo a considerada de compreensão mais facilitada.

A. Quanto à origem: públicos ou privados

Os documentos comportam várias espécies de classificações, sob o prisma de sua origem podem ser qualificados por sua forma em públicos e privados, onde os primeiros são os emitidos no exercício de uma atividade pública e os últimos se dão quando quem os forma é um particular ou quem age na qualidade de um.

Conforme menciona Ovídio Baptista no gênero documento público, estão abrangidos os instrumentos públicos, as escrituras públicas e os documentos públicos, em sentido estrito.

Cabe ressaltar que quando ao instrumento público não for possuidor de todos os requisitos para ser considerado como tal, como por exemplo, o assinado por funcionário público incompetente para tanto, perderá sua qualidade de documento público e não terá esta eficácia. Entretanto, nada impede que seja aceito como instrumento particular.

Os documentos públicos possuem presunção de verdadeiros e estão elencados no art. 364, já os particulares não gozam desta pré-valoração e constituem prova iuris tantum. Constata-se, de tal modo, que a origem possui um caráter capital para determinação da confiança que será concebida ao documento, pois a consideração gozada por seu

Page 4: Trabalho de Processo Civil II - Prova Documental No Processo Civil

autor corresponderá à fé que o documento detém, por tal fator é que os documentos públicos gozam de grande credibilidade.

B. Quanto ao conteúdo: declaratório ou constitutivo

Esta classificação versa no certame da relação existente entre o documento e o fato que comprova, podendo ser declaratório ou constitutivo.

O documento será declaratório quando apenas confirma uma realidade pré-existente a ele, servindo como afirmação do mesmo. Caso tal afirmação for desfavorável em relação a seu declarante, denomina-se confessório. Já o constitutivo é criador da situação fática a qual se refere e, normalmente, é anterior ao fato expresso ou concomitante a este.

C. Quanto à forma: formal e não formal

É imperioso, também, discorrer acerca da distinção entre a forma exigida para determinados documentos, existindo os formais e não formais. Os formais são aqueles condicionados a certas características que devem ser obrigatoriamente seguidas, sob pena de absoluta ineficácia do documento.

Todavia, a grande maioria dos atos não possui o peso da formalidade sobre si, sendo livre sua forma. Conclui-se, assim, que geralmente a forma fica a critério daqueles que pretendem produzir o documento.

A despeito destas classificações, é irrefutável que o valor da prova documental independente da espécie, qual seja por instrumento público ou particular, com finalidade constitutiva ou declaratória, formal ou informal; o fundamental é que seja validamente constituída e, se não iluminar o julgador acerca da verdade dos fatos, ao menos traga indícios confiáveis sobre eles.

Page 5: Trabalho de Processo Civil II - Prova Documental No Processo Civil

Conclusão

Com tudo, conlui-se, que a produção de provas em geral é de veras importância para a formação de um convencimento para solução litigiosa, por parte do juiz, será a partir das provas que a pessoa do juiz irá se convencer, caso não tenha formado seu convencimento em fase processual anterior, daquilo que foram alegados pelas partes.

No caso das provas documentais, dependendo de sua licitude, ela irá comprovar fatos, acontecimentos, a qual sejam cruciais para determinar a verdade seja ela qual for, fazendo a devida justiça, aquela que todos nós buscamos.

Page 6: Trabalho de Processo Civil II - Prova Documental No Processo Civil

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA – UNIPÊALUNO: FÁBIO CARNEIRO DA CUNHA AMORIM

PERÍODO: 6ºTURMA: “I”

DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIPROFESSOR: GEORGE MORAIS

TEMA: PROVA DOCUMENTAL NO PROCESSO CIVILTRABALHO 3º ESTAGIO

“PROVA DOCUMENTAL NO PROCESSO CIVIL”

Page 7: Trabalho de Processo Civil II - Prova Documental No Processo Civil

JOÃO PESSOANOVEMBRO/2010

Bibliografia

1- http://www.oabpb.org.br/espacos.jsp?id=2362- http://www.contratosonline.com.br/index.php?

option=com_content&view=article&id=7391&catid=11&Itemid=1443- http://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?

id_curso=442&pagina=15&id_titulo=55644- http://www.tex.pro.br/wwwroot/00/00c0364a0399.php