trabalho a importÂncia da contabilidade e do mercado financeiro para a gestÃo industrialindividual...

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GILSON APARECIDO MARTUSSI SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E DO MERCADO FINANCEIRO PARA A GESTÃO INDUSTRIAL

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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE E DO MERCADO FINANCEIRO PARA A GESTÃO INDUSTRIAL

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ABNT - UNOPAR - Completo

SUMRIO

1INTRODUO.........................................................................................4

2A CONTABILIDADE NA ATUALIDADE E A INDSTRIA............................6

2.1SETOR INDUSTRIAL NA ATUALIDADE...................................................7

2.1.1LOCALIZAO DAS INDUSTRIAS..........................................................7

2.1.2FATORES CONJUNTURAS E AS INDUSTRIAS......................................9

2.2A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GERAO DE VALOR PARA AS INDSTRIAS...........................................................................11

2.2.1MEDIDAS DE DESEMPENHO BASEADAS NO VALOR..........................11

2.2.2A INFORMAO CONTBIL BASEADA EM VALOR...............................12

2.2.3SISTEMA CONTBIL BASEADO EM VALOR..........................................13

2.2.4DEMONSTRATIVO CONTBEIS OBRIGATRIOS.................................14

3CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAIS.......................................16

3.1PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS UTILIZADAS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS E INDUSTRIAL........................................................................16

3.2FORMAO DO PREO DE VENDA COM BASE NOS CUSTOS.........16

3.3FORMAO DO PREO DE VENDA COM BASE NO MERCADO........20

3.3.1CUSTO META - TARGET COST.............................................................21

4MERCADO FINANCEIRO........................................................................22

4.1O GESTOR INDUSTRIAL E O MERCADO FINANCEIRO.......................22

4.1.2O que Analisado?...................................................................................22

4.2COMO UMA INDSTRIA PODE APLICAR OS RECURSOS EXCEDENTES (LUCROS)......................................................................23

4.3CAPITAL DE TERCEIROS......................................................................24

5A IMPORTNCIA DA GESTO DE CUSTOS NA INDSTRIA.................25

5.1ANLISE DA MARGEM DE CONTRIBUIO E PONTO DE EQUILBRIO NA CONTABILIDADE..................................................................................25

5.2GESTO DE CUSTOS - IMPORTANTE FERRAMENTA NO PROCESSO DECISRIO...............................................................................................26

6CONCLUSO............................................................................................28

7BIBLIOGRAFIA................................................................................................30

1 INTRODUO O Presente trabalho versar sobre A Importncia da Contabilidade e do Mercado Financeiro para a Gesto Industrial, onde ser dividido em tpicos compreendidos pelo item 2 que versar sobre A Contabilidade na Atualidade e a Indstria onde enfocado que a contabilidade deixa de ser simplesmente uma atividade mecnica de organizao de fatos contbeis e vem a contribuir com informaes necessrias e importantes nas decises dos gestores. dado enfoque especial, no 2.1 sobre o Setor Industrial na Atualidade, bem como a localizao dos principais parques industriais no Brasil, bem co o uma breve contextualizao sobre as suas localizaes histricas. Bem como abordado no item 2.1.2 - Fatores Conjunturas e as Industrias, onde se v os percentuais de crescimento do setor fabril brasileiro at a atualidade, e d breve relato sobre fatores econmicos aos quais as diversas industrias esto sujeitas. No item 2.2 A Contabilidade Como Ferramenta de Gerao de Valor para as Indstrias, so abordadas medidas de desempenho e gerao de valor para essas organizaes, forma de mensurao dos mesmo onde utilizada a contabilidade baseado na gerao de valores. tratado sobre os diversos demonstrativos contbeis obrigatrios e outros que so utilizados que possuem valiosas informaes necessrias aos gestores industriais. No captulo 3 Contabilidade de Custos Industriais, versar sobre as principais terminologias utilizadas na contabilidade de custo e industrial, as bases para a formao do preo de vendas baseado nos custo, bem como ser visto os custeios por absoro e a preo de venda com base no mercados.

No Captulo 4 Mercado Financeiro ser visto a figura do gestor industrial e as anlises deste quanto ao mercado financeiro sua influncia no dia a dia das industrias, bem como as forma de aplicao dos lucro obtidos em suas atividades, e a utilizao de capital de terceiros (capitao de recursos). No Captulo 5 A Importncia da Gesto de Custos na Indstria versa sobre a importncia da margem de contribuio e ponto de equilbrio no processo decisrio das industrias e gesto de custos e a formao do preo de venda.2 A CONTABILIDADE NA ATUALIDADE E A INDSTRIA Desde o advento do surgimento da contabilidade a mesma est em plena evoluo se adequando ao desenvolvimento da sociedade na busca de mtodos eficiente e eficazes na gerao de informaes importantes e teis tomada de decises pelos gestores das diversas entidades.

Atualmente, a Contabilidade est plena transformao, abandonando o foco de ser apenas uma forma de controle burocrtico, ou seja, meramente escritural dos acontecimentos, fatos, de uma empresa tornando-se uma importante ferramenta decisria, pautando em trazer importantes informaes para tomada de decises, ou seja, tambm, possui importante papel no desenvolvimento da civilizao como um todo. Assim, a contabilidade atual est focada no processo de transformao existente na sociedade, em funo de novas exigncias e adequao a realidade atual, portanto, mudanas impostas pela globalizao do mercado, por novas tecnologias que surgem a todo momento.

O fator concorrencial fechado existente no Brasil e em todo mundo, um fator a ser considerado, onde uma empresa nacional pode ser surpreendida por um concorrente com ramificao internacional, onde o controle e assessoramento contbil eficiente podem fazer toda a diferena num mercado extremamente competitivo.

A contabilidade tem a responsabilidade no somente conhecer seu cliente, mas os concorrentes, fornecedores contextualizados no mercado globalizado, buscando constantemente atualizar-se para atender a demanda por informaes precisas "just-in-time".

2.1 SETOR INDUSTRIAL NA ATUALIDADE2.1.1 LOCALIZAO DAS INDUSTRIAS

Aos poucos as indstrias brasileiras vm conquistando na nossa geografia, e principalmente na economia, desenvolvendo regies, promovendo crescimento econmico, gerando renda para as famlias, desenvolvendo localidades.

Assim, a sua presena promove mudanas marcantes, seja ela qual for, tanto na cultura como na economia ou at mesmo no espao que ela ocupa e no impacto que ela causar nesse ambiente propriamente dito.

A distribuio espacial das industrias no brasileiras tem sua origem histrica na formao econmica do Brasil, estando muito concentrada no Sudeste brasileiro, com o passar dos tempos a localizao das indstrias vem sendo melhor distribudas nas diversas regies do pas, seguindo, assim, tendncia mundial, onde o Brasil vem passando por um processo de descentralizao industrial nas diversas regies.

Assim, de forma genrica o grande interesse de empresas multinacionais, e tambm das empresas nacionais pela mo de obra mais barata, mercado consumidor adensado, facilidades logsticas nas exportao dos produtos industriais a preos mais baixos possveis. (CAROLINE, 2013)

Para contextualizar, segue um perfil industrial nas diversas regies do Brasil:

Sudeste: possui a maior concentrao industrial do pas, como automobilstica, petroqumica,de produtos qumicos, alimentares, de minerais no metlicos, txtil, de vesturio, metalrgica, mecnica, etc, um centro pautado pela variedade e volume de produo (CAROLINE, 2013);

Sul: A industrializao do Sul, tem muita vinculao com a produo agrria e dentro da diviso regional do trabalho visa o abastecimento do mercado interno e as exportaes (CAROLINE, 2013);.

Nordeste: A industrializao dessa regio vem se modificando, modernizando, mas sofre a concorrncia com as indstrias do Centro-Sul, principalmente de So Paulo, que utilizam um maquinrio tecnologicamente mais sofisticado. A agroindstria aucareira uma das mais importantes, visando sobretudo a exportao do acar e do lcool. As indstrias continuam a tendncia de intensificar a produo ligada agricultura (alimentos, txteis, bebidas) e as novas indstrias metalrgicas, qumicas, mecnicas e outras (CAROLINE, 2013);.

Centro-Oeste: Notadamente na dcada de 60, a industrializao a nvel nacional adquire novos padres, onde as indstrias de mquinas e insumos agrcolas, instaladas no Sudeste, obtiveram mercado consumidor certo no Centro-Oeste incentivados pelos cultivares de produtos destinados a exportao, alocados em grandes reas rurais mecanizadas. Onde este, na dcada de 70, atendendo s necessidades econmicas brasileiras num contexto de diviso internacional do trabalho coube a funo de produtor de gros e carnes para exportao. Fato este que proporcionou tornar-se a segunda regio em criao de bovinos do Pas, desenvolvendo fortemente a atividade, e sua produo de carne tem como foco mercado interno e externo. Alm destas, outras atividades industriais so focadas na produo de bens de consumo pautados em alimentos, mveis etc. Assim, a maior caracterstica desta regio a produo de produtos alimentares representam o maior valor da produo industrial (CAROLINE, 2013);. Norte: A atividade industrial no Norte incipiente quando comparada com outras regies, porm, com incentivos e investimentos governamentais , nas ltimas dcadas, em diversas reas como transportes, comunicaes e energia possibilitaram incrementos no parque fabril, principalmente voltados para a exportao. As industrias, em sua grande maioria, est localizada prxima fonte de matrias-primas, a agroindstria regional possui grau de industrializao incipiente, onde so realizados beneficiamento de matrias-primas diversas, como: laticnios, carne, ossos, couro; processamento do pescado, por congelamento, defumao, salga, enlatados, produo e congelamento de suco de frutas, processamento de de sementes para fabricao de leos, fabricao de essncias da floresta, prensagem de juta, etc. As regies que mais se destacam so Belm e Manaus, mas o grande foco e a Zona Franca de Manaus (CAROLINE, 2013); (CAROLINE, 2013);.

2.1.2 - FATORES CONJUNTURAS E AS INDUSTRIAS Assim, considerando os investimentos realizados tanto na esfera pblica como privada s, o crescimento, em geral, do setor fabril foi de 1,44% ao ano na mdia, entre 1981 e 2006, ou seja, em 25 anos, que correspondem a um prazo longo, suficiente para conhecer-se o dinamismo de um setor, a rea fabril brasileira evoluiu 42,94 %, uma taxa mais bem modesta e de pequena monta. (KASZNAR, 2006)

A rigor, 1,44% pouco, baixo, comparado com a taxa propugnada e proposta para o Brasil, de 6% anuais, em regime de sustentabilidade de seu Balano de Pagamentos. No chega o mencionado valor a representar uma estagnao. Tampouco transmite pujana ou vigor. Conforme atesta o quadro 1, o ndice de base fixa centrado no ano 2.000 como base cem, evoluiu de 70,687 pontos, modestos 101,040.

Entre 1981 e 2006, a indstria extrativa mineral cresceu 389,65% em 25 anos, ou uma mdia anual de 6,56%. O crescimento do setor no mundo foi de 3,14% ao ano, logo isto revela que a indstria brasileira foi bem dinmica, ativa, participante e assumiu um papel de liderana e de ponta. (KASZNAR, 2006) Atualmente, tirando o governo atual, qualquer pessoa com um mnimo de conhecimento de economia e finanas, v tranquilamente ossinais da crisepor todos os lados. Assim, no contexto geral tanto a indstria como demais setores da economia sofrero os impactos da crise que se instalou entre 2014 e 2015, mas se sabe que esta reflexo da crise americana de 2008, onde banco emprestavam recursos a tomadores com baixa capacidade de pagamento (subprime) e pegavam suas residncias em garantias dessas dvidas, fato tambm catalisado pela grande venda de imveis no pas americano, onde o pontap que impulsionou a crise foi o pedido de concordata do banco americano Lehman Brothers. (Wikipedia, 2015) Assim, hoje a industria brasileira enfrenta problema econmicos, conjunturais e financeiros na seguinte ordem: Disparada do dlar: A poltica cambial praticada pelo governo brasileiro nos ltimos tempos tem mantido a cotao do dlar, artificialmente, estvel a custas da injeo de diria de enormes volumes de recursos oriundos de recursos que compostos pelas reservas brasileiras internacionais e artifcios contbeis nas contas pblicas, cinicamente denominados decontabilidade criativa. Fato que proporciona aumento nas importaes e consecutivamente o sucateamento/destruio da industria nacional. (KASZNAR, 2006).

Por outro lado em 2015 est ocorrendo um forte ajuste na cotao do Dlar e outras moedas fortes como o Euro. No caso brasileiro, este possui a caracterstica de continuar a poltica de tapar o sol com a peneira, como ocorre nos ltimos anos, o reajuste se dar atravs do cmbio negro. (UOL ECONOMIA, 2015)

Restrio de crdito: Naturalmente as empresas necessitam de recursos financeiros, onde recorrem aos bancos para efetuar a captao dos mesmos, no advento de crise essa necessidade de recursos para a manuteno dos seus negcios potencializada. Por uma questo de coerncia econmica, diretriz que rege as decises do mercado financeiro, ao contrrio do que acontece na equipe econmica atual, os bancos esto reduzindo os valores disponibilizados em suas linhas de crdito, tanto a pessoas fsicas quanto jurdicas. (KASZNAR, 2006). Com a instabilidade na economia, o risco de inadimplncia cresce e isso faz com que imediatamente os bancos aumentem a rigidez das suas condies para concesso de crdito. O resultado ser um cenrio muito mais difcil para se obter financiamento nas instituies privadas. (UOL ECONOMIA, 2015). Como os bancos pblicos estaro na mesma situao, e at mesmo, por imposies regulatrias, tambm no tero como evitar a reduo de crdito, fazendo assim com que a obteno de emprstimos se transforme em um desafio a mais para as empresas neste momento de crise. (UOL ECONOMIA, 2015)

Aumento de Impostos: A arrecadao de impostos cumpre importante papel na sociedade moderna, pois travs dele que o Estado consegue financiar-se e prover diversos bens pblicos populao. Porm, quanto maior for o Estado, maior a necessidade de arrecadar, tambm proporcional quanto mais ineficiente for o setor pblico este ter maior custos ao contribuinte para manter a estrutura estatal. (BRASIL-ECONOMIA, 2015)

Altas cargas tributrias proporcionam perda de eficincia econmica, segundo Adolfo Sachsida, existem diversas literaturas especializadas onde so estudados os impactos dos impostos sobre o nvel de bem estar de uma sociedade. Por exemplo, modelos tericos so categricos ao afirmar que os impostos que incidem sobre a movimentao financeira so pssimos do ponto de vista econmico (similares a antiga CPMF). Impostos sobre a movimentao financeira afetam negativamente a eficincia econmica de uma sociedade, que traduz-se pela perda de eficincia e queda de produtividade, que em ltima instncia reduz o crescimento econmico. (BRASIL-ECONOMIA, 2015)

2.2 A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GERAO DE VALOR PARA AS INDSTRIAS2.2.1 - MEDIDAS DE DESEMPENHO BASEADAS NO VALOR

Na concepo de tcnicas modernas de gesto financeira, as medidas tradicionais de desempenho cedem espao para ferramentas mais arrojadas. Em verdade, verifica-se o refinamento de tcnicas j existentes e a busca pela eficcia do sistema de gesto.

A gesto baseada em valor prioriza a maximizao do valor da empresa e, para tanto, se utilizam tcnicas e processos gerenciais orientados para tal premissa. Nessa abordagem, a nfase est nos direcionadores de valor (value drivers), sendo o custo de capital o mais utilizado.

De maneira geral, as entidades investem numa diversidade de ativos. O objetivo de tal investimento resume-se na maximizao do seu valor. Em termos reais as entidades almejam por ativos que agregam maior valor para a empresa. No obstante, necessrio se faz a utilizao de medidas gerenciais que traduzam para gestores tais informaes.

Objetivando atender demanda verificada anteriormente, surgem alguns indicadores de mensurao de valor. Dentre os indicadores mais tradicionais e conhecidos, destacam-se o Economic Value Added (EVA) e o Market Value Added (MVA),1 que sero abordados nos prximos tpicos. Existem outros indicadores que se baseiam nos mesmos fundamentos do EVA. Segundo Lopo et al. (In: FIPECAFI, 2001), alguns exemplos podem ser: (i)Cash Flow Return on Investment (CFROI); (ii) Shareholder Value Added (SVA); (iii) Adjusted Economic Value Added (AEVA) e (iv) Refined Economic Value Added (REVA).

2.2.2 - A INFORMAO CONTBIL BASEADA EM VALOR A contabilidade tradicional de se preocupa com o lucro e rentabilidade, mas estes enfoques j no atendem mais as necessidades dos seus usurios. Assim, importante que as informaes obtidas traduzam realidade empresarial aos gestores, onde a preocupao maior com o conceito de valor.

Pela sua caracterstica, a contabilidade tradicional deixa a desejar no que tange as informaes econmicas divulgadas, ou seja, possuem anlise estanque. No obstante, como as mutaes econmicas so constantes, as posies patrimoniais precisam refletir a realidade encontrada na empresa de forma dinmica.

Portanto, para se identificar como se pode mensurar a gerao de valor para as industrias, necessrio definir dois conceitos

: (i) valor patrimonial e (ii) valor econmico. Por valor patrimonial entende-se o resultado da soma dos bens que constituem o patrimnio total de uma entidade em dado momento. Por valor econmico entende-se o fluxo futuro esperado (potencial de resultados) por uma entidade, consubstanciando-se no valor da empresa.

Nesse conceito, agrega-se o interesse dos stakeholders, onde a informao contbil baseada em valor dever atentar-se no somente para as questes dos acionistas mas tambm dos stakeholders, onde mantendo um bom relacionamento entre as partes, vista como responsabilidade social da empresa, cumprindo assim seu objetivo de maximizao da riqueza dos acionistas atravs da cooperao, ao invs de conflito com os stakeholders.

Portanto, seguindo esse raciocnio, quando o valor da empresa exceder ao valor de realizao de seus ativos sabe-se que est ocorrendo agregao de riqueza, que o conceito de Market Value Added (MVA), tambm conhecido como goodwill. Cabe ressaltar que alguns autores renomados, como os da escola americana, no fazem uma ligao direta entre o MVA e o goodwill.

2.2.3 SISTEMA CONTBIL BASEADO EM VALOR Elaborar um sistema de informao contbil baseado em valor no tarefa simples, porm , at certo ponto, audacioso.

Tal situao possui base em algumas premissas:

a contabilidade tradicional no considera o custo de oportunidade do capital prprio;

a contabilidade efetuada de acordo com os princpios fundamentais de contabilidade no demonstra informaes relacionadas com valor;

a legislao societria vigente est desatualizada em pontos fundamentais que, de certa forma, interferem no valor do patrimnio da empresa;

os rgos de classe e regulamentadores, como o CFC, IBRACON e CVM no se posicionam com relao a "descoberta" da informao contbil para o usurio com relao medida de valor.

2.2.4 DEMONSTRATIVO CONTBEIS OBRIGATRIOS

As demonstraes contbeis compreendem os meios utilizados pelas empresas para compilar seus fatos contbeis oriundos do seu ciclo operacional de forma a genrica, onde aps so apresentados sociedade informaes e condies de seu patrimnio. Assim, as demonstraes contbeis podem ser publicadas em jornais de grande circulao, no caso das sociedades annimas, j outras formas de constituio de sociedades constitudas sob outras formas societrias apenas manter as demonstraes publicadas no Livro Dirio e, quando solicitado, enviar cpias a bancos, fornecedores, parceiros comerciais, investidores, etc. (MANUAL DO CONTADOR, 2015)

Portanto, temos as exigncias contbeis oriundas da Lei das S.A. n 6.404/76, de observncia obrigatria s sociedades por aes, s demais sociedades tributadas pelo Imposto de Renda com base no lucro real e pelas sociedades limitadas que tenham optado por sua regncia supletiva determina, em seu art. 176, que ao fim de cada exerccio social, , como segue:

balano patrimonial;

demonstrao dos lucros ou prejuzos acumulados;

demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados

demonstrao do resultado do exerccio;

demonstrao dos fluxos de caixa;

se companhia aberta, demonstrao do valor adicionado.

As demonstraes acima so exigidas, tambm, conforme o art. 274 do Decreto n 3.000/99 (RIR/99) quando as empresas forem tributadas pelo Imposto de Renda apurado com base no lucro real quando da apurao no final do perodo. (MANUAL DO CONTADOR, 2015)

J, em conformidade com o art. 1.179 do Novo Cdigo Civil (Lei n 10.406/02) possui a previso, tanto o empresrio e a sociedade empresria, excludos pequenos empresrios previsto no art. 970 da mesma lei, tem a obrigatoriedade de apresentao anual as seguintes demonstraes levantar anualmente:

o balano patrimonial; e

o balano de resultado econmico.

O art. 1.189 do Cdigo Civil determina que o balano de resultado econmico ou demonstrao da conta de lucros e perdas acompanhar o balano patrimonial e dele constaro crdito e dbito, na forma da lei especial. (MANUAL DO CONTADOR, 2015)

Porm a Comisso de Valores Mobilirios (CVM) em seu item 8 da Deliberao CVM n 488/05 aprovou o Pronunciamento do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) NPC 27 - Demonstraes Contbeis - Apresentao e Divulgao, ao tratar dos Componentes das Demonstraes Contbeis reza que um conjunto completo de demonstraes contbeis inclui os seguintes componentes:

balano patrimonial;

demonstrao do resultado;

demonstrao das mutaes do patrimnio lquido;

demonstrao dos fluxos de caixa;

demonstrao do valor adicionado, se divulgada pela entidade;

e notas explicativas, incluindo a descrio das prticas contbeis.

Demonstrao das mutaes do patrimnio lquido (Instruo CVM n 59/86)

Conforme a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 10.19 - Entidades sem Finalidade de Lucros, aprovada pela Resoluo CFC n 877/00 e alteraes posteriores, no item 10.19.3.1, determina que as demonstraes contbeis que devem ser elaboradas pelas entidades sem finalidade de lucros so as determinadas pela NBC T 3 - Conceito, Contedo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstraes Contbeis, aprovada pela Resoluo CFC n 686/90, com as alteraes promovidas pela Instruo CVM n 485/10. (MANUAL DO CONTADOR, 2015) So as seguintes:

balano patrimonial;

demonstrao do resultado;

demonstrao do supervit ou dficit do exerccio;

demonstrao das mutaes do patrimnio lquido;

3 CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAIS3.1 PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS UTILIZADAS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS E INDUSTRIAL As terminologias aplicadas Contabilidade de Custos so comuns, tambm, a contabilidade industrial, como segue:

Gasto o valor arcado pela entidade para obter um produto ou servio, representado pela entrega ou promessa de entrega de algum ativo (dinheiro, bens). Ex.: Gastos com mercadorias, gastos com pessoal etc. (MARTINS, 2000)

Investimento um gasto efetuado em bens ou servios com benefcios futuros, possuem maior vida til. Ex.: Mquinas, aes de empresas etc. (MARTINS, 2000)

Custo o gasto efetuado em um bem ou servio que utilizado na produo de outros bens ou servios ou revendido com lucro. Ex.: Matria-prima de um produto, energia eltrica na produo de bens e servios etc.

Despesa so bens ou servios consumidos para se auferir receitas. Ex.: comisses sobre vendas, despesas financeiras etc. (MARTINS, 2000) Desembolso o pagamento efetuado ao se adquirir qualquer bem ou servio.

Perda o bem ou servio que se consome de modo involuntrio e anormal. Ex.: perdas por incndio, estrago de produtos perecveis, etc. (MARTINS, 2000) Terminologia em entidades no-industriais: O custo nas empresas no produtoras representa o preo de despendido na aquisio de um bem ou produto destinado revenda. Ex.: Custo de mercadorias vendidas. Numa empresa prestadora de servios, o custo representa o esforo financeiro despendido para a prestao de determinado servio. Ex.: Custos dos servios prestados, custo das consultas etc. (MARTINS, 2000) Outras terminologias utilizadas na contabilidade de custos refere-se a classificao dos conforme abaixo. (MARTINS, 2000) Custos diretos So custos aqueles relacionados diretamente a produo (bem ou servio), no qual se pode mensurar exatamente o gasto realizado. Exemplos de custos diretos: Matria-prima, embalagens, etc. (MARTINS, 2000) Custo indireto o custo que no possui a possibilidade de determinarmos as quantidades , com preciso sobre cada produto, assim seu rateio alocado com base em critrio, conforme cada caso. Exemplos de custos indiretos: Energia eltrica da fbrica, gua consumida na fbrica, lubrificantes das mquinas, etc. (MARTINS, 2000)

Custos fixos So os custos incorridos mesmo que no haja uma nica pea produzida, ou seja, seu valor ter variao mesmo que se produza mais ou menos bens ou servios. Ex.: Aluguel da fbrica, manuteno, limpeza da fbrica etc. (MARTINS, 2000)

Custos variveis So custos que variam em funo da produo. Assim, maior quantidade produzida implica em maiores custos, e ao contrario os custos variveis reduzem-se. Ex.: Matria-prima, mo-de-obra, energia eltrica da fbrica etc. (MARTINS, 2000)3.2 - FORMAO DO PREO DE VENDA COM BASE NOS CUSTOS Segundo Santos (2005, p. 21), a formao do preo de venda dos produtos e servios nas empresas constitui-se numa estratgia competitiva de grande relevncia para as organizaes.

Infelizmente, a grande maioria das empresas apenas multiplica um determinado percentual sobre o preo de compra, alegando que a margem que ir ganhar, desconsiderando todos os custos que envolvem a produo, comercializao ou a prestao de servios at este chegar aos consumidores.

Martins considera a formao do preo de venda com base nos custos, como a forma de calcular os preos de dentro para fora (Martins, 2008, p. 218). Dessa forma podero ser utilizados vrios critrios para se definir o custo dos bens para a abordagem desse assunto, porem ser apresentado apenas os dois mais conhecidos: Custeio por absoro e custeio varivel.

CUSTEIO POR ABSORO: Consiste na apropriao de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variveis) causados pelo uso de recursos da produo aos bens elaborados, e s os de produo, isto dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforo de fabricao so distribudos para todos os produtos feitos.

DESCRIOVALOR R$

Matrias Primas transferidas para produo26.500,00

Custo da Mo de Obra da Produo apurada no ms12.000,00

Gastos Gerais de Produo apurados no ms6.000,00

TOTAL DO CUSTO DE PRODUO DO MS 44.500,00

Unidades Produzidas no ms 5.000

Custo Unitrio de Produo de ACB 8,90

O Custeio por Absoro possui as seguintes caractersticas:

Envolve na apurao custos totais: fixos, variveis, diretos e/ou indiretos.

Necessita do estabelecimento de critrio de rateios, no caso de apropriao dos custos indiretos (gastos gerais de produo) quando o clculo envolver dois ou mais produtos ou servios.

o critrio legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre til como ferramenta de gesto (anlise) de custos, por possibilitar distores ao distribuir custos entre diversos produtos e servios, possibilitando mascarar desperdcios e outras ineficincias produtivas.

Os resultados apresentados sofrem influncia direta do volume de produo.

Custeio Varivel: O mtodo consiste em alocar ao custo de produo do perodo somente os custos variveis de produo (normalmente os custos diretos). Os custos fixos so tratados como custos do perodo e no como custos do produto, logo os estoques de PE( Produtos em Elaborao ) e PA (Produtos Acabados) no contm parcela de custos fixos, contendo somente custos variveis de produo.

O Mtodo de Custeio Varivel utilizado pelas empresas no auxlio tomada de decises, tendo como premissa bsica, conhecer qual a Margem de Contribuio (Diferena entre Receita e o Custo varivel) que cada

produto apresenta para cobrir gastos fixos da empresa e gerar lucro.

denominado tambm, inadequadamente, de custeio direto, j que todos os custos variveis so diretos aos produtos, mas nem todos os custos diretos aos produtos so variveis, pois existem custos diretos fixos.

Vantagens e desvantagens do mtodo:

VANTAGENS:

O impacto dos custos fixos no resultado salientado porque o valor total dos custos aparece segregado (variveis e fixos) no demonstrativo de resultado;

O mtodo de custeio varivel constitui o conceito de gasto pelo Regime de caixa, necessrio para produzir os bens. No regime de caixa as despesas so reconhecidas como resultado quando ocorrem.

Os custos de manufatura e os demonstrativos de resultados pelo mtodo custeio varivel, refletem uma melhor apresentao do que pelo mtodo de custeio por absoro;

O mtodo de custeio varivel adapta-se melhor aos instrumentos de controle de organizao, auxiliando estudos como estabelecimento de custo padro, oramento e planejamento.

As informaes para anlise das relaes entre custo volume so obtidas mais facilmente do que o mtodo de custeio por absoro.

Constitui numa ferramenta importante para anlise de custos, embora apresente certa desvantagem quando se elabora relatrios dirigidos a terceiros como, por exemplo, para acionistas.

Desvantagem:

Dificuldade encontrada na separao entre custos fixos e custos variveis.

Os custos de manufatura no so determinados no processo de custo de produo, requerendo alocaes suplementares quando estudos de preo a longo prazo so realizados.

A legislao brasileira do imposto de renda no permite a sua utilizao.

3.3 FORMAO DO PREO DE VENDA COM BASE NO MERCADO Neste sistema os preos so fixados com base nos preos praticados pelo mercado, mas mantendo ateno aos seus custos dos seus produtos.

Assim, a empresa define o preo de venda praticado que poder ser igual, menor ou maior do que o praticado no mercado, dependendo dos objetivos e das premissas sobre as possveis influncias que este pode causar.

Considerando a formao do preo baseado no mercado, segundo Motta (1997:35):

Portanto, considerando as observaes abaixo so necessrias para conciliar a formulao de estratgias de preos: Identificar os custos incrementais e evitveis que so aplicveis a uma alterao de vendas. Calcular a margem de contribuio e variao das vendas em equilbrio relativas mudana de preo proposta. avaliar a sensibilidade ao preo por parte dos compradores, com a finalidade de estimar a plausibilidade de eles alterarem suas compras, acima ou abaixo da variao das vendas em equilbrio. Identificar os concorrentes e avaliar suas provveis reaes. Identificar compradores para os quais os custos, sensibilidade ao preo e concorrncia so significativamente diferentes, e segment-los com base no preo, onde for possvel. Calcular as consequncias em termos de lucro, aritmtica ou graficamente, para diversas e provveis alteraes das vendas. Aceitar ou rejeitar as modificaes de preo propostas, considerando os benefcios de resultados favorveis, em comparao com os riscos percebidos de consequncias desfavorveis.

O preo de venda poder ser determinado por fatores como: monoplios, oligoplios, convnios e concorrenciais (agressivos e/ou promocionais), quando formado com base no mercado.

3.3.1 - CUSTO META - TARGET COST O custo-meta (em ingls: target costing) constitui-se numa estratgia de gesto de custos que considera o preo de mercado e uma margem de lucro desejada, onde estabelece-se um teto de custo para os produtos ou servios a serem comercializados.

Inicia-se de um preo de venda utilizado no mercado e deduz-se a parcela de lucro desejada pela empresa em questo. Aps, obtem-se o custo permitido que a meta a ser alcanada pela empresa na produo do determinado produto ou na prestao do servio. (WIKIPEDIA, 2015) Frmula para clculo do Custo Meta:

CM = PV (I + D + M), Onde,

PV = preo de venda do mercado

I = valor dos impostos (PV x % impostos)

D = valor das despesas (PV x % despesas)

M = valor da margem (PV x % margem)

(GARCIA, 2015)

4 MERCADO FINANCEIRO4.1 O GESTOR INDUSTRIAL E O MERCADO FINANCEIRO A figura do gesto cabe em qualquer ramo de atuao das organizaes, sejam elas do setor de indstria, comrcio ou servios. Assim, o objetivo do Gestor Financeiro, assim como de toda a gesto, maximizar a riqueza do acionista/cotistas a longo prazo, em conformidade com um determinado nvel de risco, assim, o gestor financeiro possui vrias responsabilidades importantes: decises de financiamento, decises de investimento e decises operacionais em seus aspectos econmicos. Assim, para atingir seus objetivos deve possuir boa liderana, ateno aos custos baixos, atendimento das necessidades dos clientes (interno ou externo) a receita ideal para a boa gesto.

4.1.2 O QUE ANALISADO?

Basicamente, o gestor industrial analisa os riscos existentes no mercado que so relacionados indiretamente ou diretamente com a atividade exercida pela organizao onde desempenha suas funes. Portanto, a gesto de risco pode ser entendida como o processo de identificar, mensurar e controlar o impacto de possveis fatos denominados de risco. De forma geral, a gesto de risco pode ser considerada como medidas para evitar, ou antecipar, os impactos ou efeitos dos possveis riscos. (LOJA VIRTUAL BMF, 2015) Os riscos podem ter origem em diversas fontes. Podemos ter:

risco de preo: grande variao inesperada do preo de um produto;

risco natural: enchentes ou terremotos;

risco da taxa de juro ou de cmbio: elevao ou reduo no prevista da taxa de juro ou de cmbio;

inadimplncia: risco de no receber o pagamento por um produto ou um servio;

falhas humanas: risco de erro em um processo.

Estes so apenas alguns exemplos de risco que encontramos nas atividades. Formalmente, podemos definir os riscos relacionados ao mercado, conhecidos como riscos financeiros, em quatro grandes. (LOJA VIRTUAL BMF, 2015)reas:

1. risco de mercado - Est relacionado flutuao dos preos de ativos ou passivos das instituies. Ex.; taxa de juros, taxa de cmbio, preos de aes, preos de commodities;

2. risco de crdito: Est relacionado possibilidade do no recebimento do pagamento a ser efetuado pelo devedor no momento de pagar a dvida, numa relao de creditcia;

3. risco de liquidez: O principal risco de liquidez est relacionado incapacidade de desembolso financeiro por falta de recursos disponveis, conhecido como risco de fluxo de caixa.4.2 COMO UMA INDSTRIA PODE APLICAR OS RECURSOS EXCEDENTES (LUCROS) Primeiramente os scios e proprietrios das empresas no devem efetuar a retirada total dos lucros a ttulo de pr-labore ou diviso de lucros: parte desse montante deve ser destinada ao reinvestimento, visando ao crescimento econmico sustentvel do negcio.

Portanto, quando realmente a empresa gera seus lucros, trs situaes so mais corriqueiras na aplicao desses recursos excedente::

Reinvestir em Capital de Giro: manter parte do recursos, em espcie, ou em investimentos de curto prazo, para utilizao em eventualidades. Assim, poder utilizar em perodos de caixa baixo, ter uma reserva, possibilitar suportar momentos "difceis" se necessitar de recursos de terceiros (pagando juros, consequentemente). Alm de possibilitar a busca de maiores descontos frente aos fornecedores, bem como superar flutuaes de demanda do mercado. (PRAXIS BUSSINES, 2015) Reinvestir na Estrutura na Empresa - Podem ser investido em modernizao de mquinas, veculos, sistemas, treinamento da equipe, melhorias arquitetnicas e visuais, lay-out, etc., afinal, se no atualizar o empreendimento, estar fadado ao insucesso, pois a concorrencia sempre busca se modernizar. (PRAXIS BUSSINES, 2015) Reinvestir a Longo Prazo: O principal objetivo de qualquer empresa gerar retornos sobre os investimentos dos acionistas, quando repassados esses valores a seus investidores no tempo certo, estes enxergam a mesma como bom negcio e estaro propensos a alar novas injees de capital na prpria empresa, seja pela abertura de novas filiais, novos departamentos etc. Assim, alguns empresrios j programam investimentos de mdio e longo prazo, aplicando parte do lucro da empresa em investimentos bancrios, imveis, etc. (PRAXIS BUSSINES, 2015)4.3 CAPITAL DE TERCEIROS A empresa pode crescer utilizando seus recursos prprios, ou seja, oriundos dos seus lucros, ou de aportes dos scios pela integralizao de capital social.

Mas tambm pode crescer utilizando capital de terceiros, onde umas das modalidades o prprio emprstimo bancrio, pois basicamente um recurso externo.

Devido os juros bancrios serem elevados no Brasil, muitos empreendedores esto optando por outros tipos de capital terceiros, as agncias de fomento, investidores internacionais e etc. Ainda existe outro tipo de investimento de terceiros denominados investidores "anjo", que so pessoas fsicas que apostam no novo empreendimento, providenciando recursos e auxiliando na gesto do mesmo. (INTOO, 2015) H tambm os fundos de investimentos normalmente fazem o crescimento de uma empresa ser mais acessvel e rpido, porm uma desvantagem ocorrer certa perda autonomia ao se fundir com o fundo de investimento. Exemplos de fundos:

Seed Capital: investem em empresas que esto iniciando, seu nome j diz: capital semente (traduo). (INTOO, 2015) Venture Capital: investem em empresas que possuem bom desempenho, mas que ainda esto em processo de iniciao e desenvolvimento. (INTOO, 2015) Private Equity: investem em empresas j esto em processos de consolidao mas que precisam de ajuda para se fundirem com outras empresas, aumentando seus recursos ou que esto sendo preparadas para serem adquiridas. (INTOO, 2015)5 A IMPORTNCIA DA GESTO DE CUSTOS NA INDSTRIA5.1 ANLISE DA MARGEM DE CONTRIBUIO E PONTO DE EQUILBRIO NACONTABILIDADE. A prtica da contabilidade de custos quando associada ferramentas como margem de contribuio e ponto de equilbrio transforma-se num eficaz instrumento de auxlio no processo decisrio. Para Padoveze (2004), Ponto de Equilbrio demonstra o ponto mnimo em que a empresa deve operar, onde seu lucro se iguala a zero, traduz-se no equilbrio entre receita e custos. Assim, fica evidente que uma tcnica para ser utilizada numa gesto de curto prazo. De acordo com Braga (1995), ponto de equilbrio sob a tica contbil corresponde ao nvel de atividade onde o lucro ser zero, e a partir do valor obtido de ponto de equilbrio comea a existir lucratividade no empreendimento, assim, pode-se definir estratgias para dinamizar e maximizar o desempenho da mesma. Margem de contribuio segundo Padoveze (2004), possui o objetivo representar o lucro, que ser varivel, representar a diferena entre o preo de venda e os custos, despesas de cada produto.

Para se obter a margem de contribuio, temos a seguinte frmula:MC= PV (DV + CV)

MC= Margem de Contribuio

CV= Custo Varivel

PV= Preo de Venda

DV= Despesa Varivel

Segundo Braga (1995), margem de contribuio corresponde ao que sobra das receitas aps serem deduzidas os custos variveis. Abatendo dessa margem de

contribuio os custos fixos encontraremos o lucro operacional identificado por LAJI

ou LAJIR (lucro antes dos juros e imposto de renda).

5.2 GESTO DE CUSTOS - IMPORTANTE FERRAMENTA NO PROCESSO DECISRIO A Gesto Estratgica de Custos um instrumento de enorme valia para a eficincia das organizaes. Identificar os custos, organiz-los, gerenci-los e identific-los em seus centros geradores uma condio precpua para a longevidade das empresas.

A boa gesto de custos possui objetivo na maximizao dos lucros, cuja eficincia mais determinante a conquista natural da liderana de mercado.

Numa Viso gerencial dos custos, quanto mais intensa a concorrncia a que estiver inserida uma empresa, mais importante possuir um sistema de custos que lhe permita conhecer seus custos, que permitira identificar uma posio mais vantajosa frente aos concorrentes existentes.

5.2.1 Gesto de Custos e a Formao do Preo de Venda

Os preos possuem atuao mais direta sobre certas reas, como: compras, estoque, custos, marketing, vendas e finanas. A capacidade em adquirir mercadorias, ou matrias primas, com preos menores; na gesto dos estoques; a eficincia nos processos produtivos; as polticas na formao dos preos; os procedimentos para a colocao dos produtos no mercado e a gerncia dos recursos financeiros, so elementos/processos/atividades que, se no agregam valor sob a tica do cliente, tambm no deveria impactar negativamente os resultados, mas se mau elaborador assim acontece.

Frente crescente competitividade existente no mercado, antes de determinar preo e definir suas polticas de vendas, as empresas devem fazer um diagnstico completo sobre o mercado que atuam, considerando ambiente externo, da concorrncia, incluindo seus prprios pontos fortes e fracos existentes em sua estrutura patrimonial.

Sobre esses aspectos a serem analisados, Santos (1999, p.22) apresenta o que denomina de Etapas Operacionais para a estruturao sistmica do preo de venda, a partir do enfoque econmico. So elas:

1 Avaliao estratgica das variveis externas no-controlveis;

2 Caracterizao do ambiente de competio de mercado;

3 Projeo da demanda de mercado e do produto;

4 Projeo das vendas esperadas dos demais produtos da empresa;

5 Identificao dos objetivos globais e funcionais da empresa e estabelecimento dos objetivos de preo;

6 Identificao das polticas e diretrizes da empresa e estabelecimento das polticas e diretrizes de preo;

7 Identificao das estratgias de globais e funcionais da empresa e estabelecimento das estratgias de preo;

8 Projeo da estrutura de custos e despesas da empresa;

9 Apurao do capital investido no negcio e do respectivo custo de oportunidade;

10 Aplicao do preo de simulao mais adequado;

11 Obteno da demonstrao do resultado econmico;

12 Avaliao e adequao do preo referencial s condies de comercializao.

6 CONCLUSO

O presente trabalho teve como objetivo mostrar um breve relato sobre a contabilidade ligada ao setor industrial, onde inicialmente foi dado enfoque a industrial nos tempos atuais, sua localizao bem como fatores histricos que definiram a localizao da mesma dentro do contexto histrico de industrializao do Brasil.

Foi apresentado, fatores conjunturais aos quais as industrias esto sujeitas no contexto econmico, tais como elevao de juros, variao da moeda, polticas pblicas voltadas para o setor entre outros.

Neste contexto foi visto a contabilidade como agregadora de valores as industrias diversas, como ferramenta importante na tomada de decises no dia a dia.

, atravs da apresentao de demonstrativos contbeis obrigatrios, entre outros.

No quesito contabilidade de custos fora enfocadas as principais terminologias empregadas nas industrias bem como os tipos de rateio de custos necessrios para realmente se conhecer a formao dos preos de venda dos diversos produtos produzidos.

Foi versado sobre o mercado financeiro e os capitais de terceiro aos quais as industrias tem a possibilidade de lanar mo, no somente emprstimos, mas tambm outras formas de capitao de recursos onde os investidores possuem interesses futuros nos negcios, seja na implantao, expanso ou consolidao do mesmo.

Finalmente, fora exposto como pode-se utiliza o ponto de equilbrio e margem de contribuio da manuteno, por assim dizer, da anlise de viabilidade do negcios, determinao de custos, manuteno de linhas de produtos, cobertura de custos fixos e verificao da lucratividade no ciclo operacional das industrias. Portando, se conclu que a Contabilidade de Custo, Industrial e Gerencial quando aliada a um eficiente sistema de informaes, a profissionais experientes, capacitados e atualizados, boa anlise de mercado, tendo uma equipe focada nos resultados uma importante ferramenta para tomada de decises.7 Bibliografia

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http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1519-70772003000300002&script=sci_arttext A contabilidade tradicional e a contabilidade baseada em valor. Autores: Adriana Maria Procpio de ArajoI; Alexandre Assaf NetoII. Acessado em 04/05/2015 as 33:31http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracoescontabeis.htm em 07/05/2015 s 15:15

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Sistema de Ensino Presencial Conectado

CINCIAS CONTBEIS

GILSON APARECIDO MARTUSSI

A Importncia da Contabilidade e do Mercado Financeiro para a Gesto Industrial

Porto Velho-RO

2015

GILSON APARECIDO MARTUSSI

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Trabalho de Cincias Contbeis apresentado Universidade Norte do Paran - UNOPAR, como requisito para a obteno de nota semestral nas Constabilidade de Custos e Industrial, Gesto de Custos, Estrutura das Demonstraes, Mercado Financeiro e de Capitais e Seminrio Interdisciplinar V.

Orientador: Paula Camila Ulinski

Porto Velho-RO

2015