terra boa agronegócios - ed 08 jun/jul 2013 - ministro antônio andrade
DESCRIPTION
O Ministro da Agricultura Antônio Andrade concedeu uma entrevista à Revista Terra Boa e nos fala dos desafios em prol dos produtores. Na cafeicultura as redes sociais estão em alta, a cobertura das feiras e exposições do mês, leilões quebrando recordes e muito mais, confira!TRANSCRIPT
Antônio Andrade
a g r o n e g ó c i o sano 2 | edição 8 | junho/julho 2013
Redes sociais: notícias em tempo realCafeicultura
Agrishow: 20 anosFeiras
Os bons resultados da raça Girolando Leilões
Os desafios do Ministro
EVENTOSXapetuba: genética e leite
EVENTOSO Rio do Leite
DEPOIMENTOS Colheita mecanizada
PERFIL Marcos Aurélio, o Marquinho
DEPOIMENTOSA forrageira Convert
EVENTOS Leilão Santa Luzia
CAFEICULTURAInformação em tempo real
PECUÁRIA DE ELITE O Girolando JJC
ARTIGO A história do café
CURTAS Aconteceu nos últimos dois meses
FEIRAS Agrishow 20 anos
CAPA O desafios do Ministro
EVENTOS Os novos tropeiros
Leia na Terra Boa
8
3212
34 16
36 20
3824
44 28
4830
EXPEDIENTETerra Boa Agronegócios é uma publicaçãobimestral da Editora Doce Marano 2 | edição 8 | junho/julho 2013
Direção executivaBolivar Filho [email protected]
Conselho editorialBolivar Filho, Denise Bueno
EdiçãoBolivar FilhoDenise Bueno
Projeto gráficoEdição de imagens e DTPMultimarketing ComunicaçãoCleiton Hipólito / Dalton Filho [email protected] [email protected]
Jornalista ResponsávelDenise Bueno – DRT/MG 6173 [email protected]
RedaçãoRenato Rodrigues DelfraroHeloisa Aguieiras
RevisãoRuller Rodrigues [email protected]
FotosReginaldo Faria [email protected] da Capa Carlos Silva/Mapa
Impressão3 Pinti Editora e Gráfica
Tiragem10 mil exemplares
A Revista Terra Boa Agronegócios não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos
nos artigos assinados e informes publicitários.
Revista Terra Boa AgronegóciosAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866
Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252www.terraboaagro.com.br
www.facebook.com/[email protected]
Publicidade: [email protected]
Envie a sua história ou curiosidade relacionadaao campo para a Terra Boa Agronegócios!
a g r o n e g ó c i o s
Adib Miguel
Faleceu no dia 29 de abril, aos 67 anos, em Uberaba/MG, o empresário e advogado Adib Mi-guel, decorrente de complicações da diabete. Adib é o fundador da revista O Zebu no Brasil, uma das mais antigas revistas segmentadas, impressa pela primeira vez como veículo oficial da Socie-dade Rural do Triângulo Mineiro, hoje, ABCZ.
O empresário sempre acreditou que os zebuzeiros estariam no topo da pecuária mundial. Fez a revista circular em todo País e divulgou os principais eventos das raças zebuínas e os melhores plantéis; também foi fundador de uma empresa leiloeira, Rotal Leilões.
A sua história se confunde com a dos criadores e das associações de classe. Foi homenagea-do pelo Museu do Zebu, no primeiro dia da ExpoZebu, pela sua trajetória de dedicação à divulga-ção das raças zebuínas. Deixou a revista sob a direção do filho Gustavo Miguel.
Mineiro, nasceu e viveu em Uberaba/MG, mas era conhecido pelos pecuaristas de todo País. Deixou a mãe Abadia Abraão Miguel, a esposa Glória Maria, os filhos Adib Miguel Filho, Gustavo Miguel, Ricardo Miguel e Anna Keila Miguel Matos, nove netos, noras e genro.
1946 - 2013
a g r o n e g ó c i o s
Imagem: O Zebu no Brasil
CONTATOAv. Comendador Francisco Avelino Maia, 3866
Bairro Exposição - Passos - Minas Gerais35 9213 6432 // 35 3522 6252
• Situada a 230 Km de BH, a 280 Km de Ribeirão Preto e a 20 Km da MG-050• 6 Casas (4 novas), 2 barracões, 3 silos trincheira, 2 currais (1 com brete e balança), cercas com poste de cimento e mourão tratado, pocilga, pomar, paiol, etc.;• Capacidade para 2.000 cabeças de gado.• Água em abundância
Área de 1.238,54 hectares900 hectares de pastagem com 34 piquetes calcareados, adubados e limpos. 60 hec-tares com eucalipto em ponto de corte. Reserva já averbada. Fazenda georreferen-ciada e com estradas por toda sua extensão.
FAZENDA À VENDA
CONTATOAv. Comendador Francisco Avelino Maia, 3866
Bairro Exposição - Passos - Minas Gerais35 9213 6432 // 35 3522 6252
• Situada a 230 Km de BH, a 280 Km de Ribeirão Preto e a 20 Km da MG-050• 6 Casas (4 novas), 2 barracões, 3 silos trincheira, 2 currais (1 com brete e balança), cercas com poste de cimento e mourão tratado, pocilga, pomar, paiol, etc.;• Capacidade para 2.000 cabeças de gado.• Água em abundância
Área de 1.238,54 hectares900 hectares de pastagem com 34 piquetes calcareados, adubados e limpos. 60 hec-tares com eucalipto em ponto de corte. Reserva já averbada. Fazenda georreferen-ciada e com estradas por toda sua extensão.
FAZENDA À VENDA
8
| jun
ho/ju
lho 20
13
OsDESAFIOSdo Ministério da
AGRICULTURA
Capa
Nesse curto período de tempo, enfrentou questionamentos de vários segmentos do agronegócio como o preço mínimo do café, escoa-mento da produção e fraude no leite, pequena mostra do que vai enfrentar como ministro. Mineiro de Patos de Minas, Antônio Andrade é produtor ru-ral, mas conhece bem a vida política. Foi prefeito, deputado estadual e fede-ral antes de assumir o Ministério.
A revista Terra Boa Agronegócios o encontrou na abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto/SP, onde foi solicita-díssimo por produtores rurais, ansiosos por resolver problemas de vários seto-res da cadeia de produção. Iniciamos nossa conversa em Ribeirão Preto e a concluímos via e-mail. Confira, nesta matéria especial, o ponto de vista do Ministro sobre alguns setores do agro-negócio brasileiro.
O Ministro da Agricultura, Antônio Eustáquio Andrade
Ferreira, assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento em março, há dois meses do
lançamento do Plano de Safra 2013/2014.
Imagem: Carlos Silva/Mapa
9
TB - Nesse pequeno período em que está como Ministro da Agricul-tura, qual a sua avaliação da pasta? O que acredita que poderá fazer pela agricultura brasileira?
Antônio Andrade – Encontrei no Ministério da Agricultura um corpo téc-nico de alta qualidade, mas que precisa ser reforçado. Por isso, devemos lançar em breve um edital para a realização de um novo concurso para contrata-ção de fiscais federais. O número de profissionais que temos hoje ainda é insuficiente para atender a demanda, especialmente nos estados, onde a vi-gilância sanitária e fitossanitária deve atuar de forma intensiva para garantir a qualidade e o trânsito dos alimentos. No comando do Ministério da Agricul-tura, falando a mesma voz do agricul-tor, já que também sou um homem do campo, vou dialogar com os diversos segmentos produtivos para debater os principais problemas e, a partir desses debates, propor as soluções possíveis. Sabemos que um dos maiores desafios para tornar nossa agricultura ainda mais eficiente e competitiva é melhorar a in-fraestrutura e a logística, que elevam o custo dos nossos produtos. Nesse senti-do, atuei fortemente, por exemplo, pela aprovação da MP dos Portos, que será fundamental para melhorar o escoa-mento da nossa produção. Por fim, mi-nha missão principal, a pedido da presi-denta Dilma Rousseff, será modernizar o Ministério da Agricultura e dar mais agilidade às suas ações, de forma que
O meu objetivo
é trabalhar para
melhorar as condições
de financiamento da
pecuária leiteira e
isso está garantido
no Plano Agrícola e
Pecuário 2013/14.
Além disso, vou
incentivar a capacitação
de técnicos que farão
a transferência das
tecnologias da Embrapa
para os produtores.
o órgão possa acompanhar a evolução do agronegócio. Assim, nosso objetivo é continuar estabelecendo políticas públi-cas capazes de atender essa resposta po-sitiva do setor produtivo às diretrizes do governo e, com isso, garantir à popula-ção a oferta de alimento barato e de boa qualidade. Também temos preocupação em formar o estoque regulador, que ga-ranta o equilíbrio entre oferta e deman-da de determinados produtos, conforme a necessidade do mercado e evitando pressões inflacionárias. Além disso, va-mos manter nossa produção em pata-mares que permitam a exportação do excedente que gera divisas para o País.
TB - O Sr. é também produtor de
leite, qual a sua “ bandeira” para esta classe de pecuaristas que é reconheci-damente sofrida (apesar do momento estar favorável ao setor)?
Antônio Andrade – O meu objetivo é trabalhar para melhorar as condições de financiamento da pecuária leiteira e isso está garantido no Plano Agrícola e Pecuário 2013/14. Além disso, vou incen-tivar a capacitação de técnicos que farão a transferência das tecnologias da Em-brapa para os produtores. Isso será feito a partir da criação da Agência Nacional de Assistência Técnica (ATER), também prevista no Plano Agrícola. Estas agên-cias funcionarão como multiplicadoras das tecnologias geradas pelas pesquisas, que vão garantir ganhos de produtivida-de da pecuária leiteira e, consequente-mente, ampliar a renda do produtor.
TB - Os problemas que envolvem a pecuária leiteira são cíclicos, repeti-tivos e o produtor sofre com barreiras sanitárias e importação do produto. Por que este quadro não muda?
Antônio Andrade – Nós temos que investir cada vez mais na melhoria da qualidade do nosso produto. Para isso, o governo lançou o Programa Nacional da Qualidade do Leite, que previa ações como melhoria das estradas para cole-ta da produção, incremento da eletrifi-cação rural, treinamento de produtores, etc. Todas as ações que cabem ao Mi-nistério da Agricultura no âmbito des-se programa já foram implementadas: a publicação de legislação normatizadora e a criação da Rede Brasileira de Labo-ratórios de Monitoramento da Qualidade do Leite. É preciso, agora, que haja atu-ação também dos demais atores envol-vidos, inclusive do setor industrial, que é o agente indutor da melhoria da quali-dade do leite, por meio do pagamento por qualidade, treinamentos e profissio-nalização dos seus fornecedores. O pro-dutor do leite cru é o principal elo de toda a cadeia produtiva. Só conseguire-mos eliminar barreiras sanitárias quan-do conseguirmos alcançar a excelência da qualidade do leite a partir da união e comprometimento de todos os elos da
10
| jun
ho/ju
lho 20
13cadeia produtiva. Cabe lembrar que, no Ministério da Agricultura, está em pleno vapor o Programa Nacional de Comba-te a Fraude no Leite, que realiza fiscaliza-ções periódicas em toda a indústria com Selo de Inspeção Federal (SIF) visando assegurar a qualidade higiênico-sanitária do produto comercializado no país. Esse programa também verifica o controle da qualidade da matéria-prima por conjun-to de produtores e, se necessário, por produtor. Como se pode ver, trata-se de responsabilidade compartilhada. Com o comprometimento de todos os atores envolvidos da cadeia do leite é possível derrubar essas barreiras.
TB - O transporte para o esco-
amento da produção brasileira é um dos grandes problemas do País. Quais são as medidas imediatas que o Sr, como ministro, pretende im-plantar para amenizar esta dificul-dade enfrentada pelo produtor rural e por aqueles que comercializam a produção?
Antônio Andrade – Como eu dis-se anteriormente, o esforço do governo para garantir o escoamento da safra de grãos está voltado para a melhora da infraestrutura e da logística. Esse é um compromisso da presidenta Dilma Rous-seff. A modernização dos portos, que te-rão mais eficiência com a aprovação MP Portos e a concessão das rodovias e fer-rovias, são os principais caminhos para isso. No caso das ferrovias, serão 10 mil
quilômetros de novos trilhos, com in-vestimentos previstos de R$ 91 bilhões. No caso das rodovias, 15 trechos estão contratados, abrangendo mais de 5 mil quilômetros. Com portos modernizados e competitivos e estradas e ferrovias am-pliadas e melhor conservadas, o escoa-mento da produção deixará de ser um dos gargalos da agricultura brasileira, que é o maior cliente destes modais.
TB - A antiga frase de que o Brasil é o celeiro do mundo ganha cada vez mais força com a necessidade de ali-mentar uma população de 9 bilhões de pessoas em 2050. Esta expressão é verdadeira no momento atual?
Antônio Andrade – Esta expressão é verdadeira. Os números do nosso agro-negócio são impressionantes. A agricul-tura brasileira cresceu 10,8% de 2012 para 2013, percentual que não foi alcan-çado por nenhum outro setor da econo-mia. A safra 2012/2013 foi recorde, com a produção de 184 milhões de toneladas de grãos, contra 166 milhões de tonela-das na safra anterior. Cabe destacar que o Brasil vem obtendo ganhos de produ-tividade com o mínimo e expansão da área plantada (11% de expansão da pro-dução contra 4% de área plantada) e isso é resultado de investimento em pesqui-sa e do lançamento de novas tecnolo-gias. Continuamos a ter o maior rebanho bovino comercial do mundo, com 215 milhões de cabeças. O Brasil também é
grande produtor de soja e milho, superando em produtividade, no caso da soja, os americanos. Além de grande produtor, o Brasil se destaca como gran-de fornecedor de alimento. As exporta-ções brasileiras do agronegócio, entre abril de 2012 e abril de 2013, atingiram resultado recorde somando US$ 99,5 bi-lhões, o que representou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos mesmos meses, as
Continuamos a ter o
maior rebanho bovino
comercial do mundo,
com 215 milhões
de cabeças. O Brasil
também é
grande produtor de soja
e milho, superando em
produtividade, no caso
da soja, os americanos.
Além de grande
produtor, o Brasil se
destaca como grande
fornecedor de alimento.
11
importações reduziram 6,5% e somaram US$ 16,52 bilhões, resultando em um sal-do positivo recorde de US$ 83,07 bilhões. Queremos manter o agronegócio contri-buindo de forma decisiva para o Brasil manter o superávit na balança comer-cial. O Brasil é capaz de produzir para o consumo da população, exportar e ainda formar estoque regulador.
TB - Após 15 anos um mineiro
assume o Ministério da Agricultura. A expectativa em torno do senhor é grande no estado, principalmente por ser produtor e conhecer as necessida-des do setor. Qual mensagem deixa aqui para os mineiros?
Antônio Andrade - A importância de Minas Gerais para a agricultura bra-sileira é inquestionável. O Estado deve produzir cerca de 12 milhões de tone-ladas de grãos na próxima safra, o que representa 6,5% da produção nacional. Além dessa representatividade na safra de grãos é o maior produtor de leite do país, com 5,6 bilhões de litros por ano e o maior produtor de café, com 25 milhões de sacas. Com um dos maiores rebanhos de gado do Brasil, cerca de 24 milhões de cabeças, também se destaca na pecuá-ria de corte. São números expressivos e determinantes para manter a pujança do nosso agronegócio. Por isso, quero ga-rantir que Minas Gerais está no radar do governo no que se refere à implementa-ção de ações voltadas para manter a for-ça do setor no Estado.
TB - Um dos importantes produ-
tos do Estado Mineiro está em baixa nesse momento: o café. Além do pre-ço mínimo reivindicado pelos produ-tores, quais outras medidas se fazem necessárias para o setor?
Antônio Andrade - O governo apro-vou em maio o aumento do preço mí-nimo do café arábica de R$ 261,69 para R$ 307,00 a saca de 60 kg, o que repre-senta o incremento de 17,3%. A elevação do preço mínimo do café teve impacto imediato no mercado e o preço subiu. Foi uma sinalização de que o governo pode comprar o produto como parte da política de apoio governamental ao se-tor cafeeiro. Além do novo preço míni-mo do café arábica, o Conselho Mone-tário Nacional aprovou, no início deste
ano a reprogramação dos vencimentos de estocagem do grão, alongando para 12 parcelas a partir de 31 de maio desse ano. A medida, que alcança tantos os fi-nanciamentos de estocagem no âmbito do Funcafé, quanto do crédito rural (MCR 6.2) e da poupança rural (MCR 6.4), repre-senta uma distribuição dos vencimentos, evitando, assim, uma concentração de vendas do produto no mercado. Além disso, serão destinados R$ 3,1 bilhões do
Funcafé para apoiar o custeio, a colhei-ta e a estocagem; o Financiamento para Aquisição de Café (FAC) pela indústria, pelo setor exportador e cooperativas de exportação; e capital de giro para as in-dústrias de torrefação e de solúvel. O go-verno colocará a disposição dos cafeicul-tores todos os instrumentos disponíveis para uma comercialização adequada.
Por fim, cabe destacar que há uma preocupação do governo em adotar me-didas que servirão de base para uma políti-ca sólida de apoio ao agronegócio do café.
TB - O Sr. assumiu o Ministério
próximo a divulgação do Plano de Safra. O que o produtor vai encontrar no Plano de Safra 2013/2014?
Antônio Andrade – O produtor vai encontrar um Plano Safra 2013/2014 ar-rojado. Daremos ênfase à armazenagem, dando suporte ao crescimento da pro-dução de grãos e ajudando o produtor
a enfrentar as dificuldades de logística para escoamento da safra, além de dar maior prazo à comercialização da colhei-ta. A meta é ampliar a atual capacidade estática da rede armazenadora, que hoje é de 144 milhões de toneladas, até igua-lar a produção de grãos. Isso deve ocorrer em um prazo de cinco anos. O novo plano contemplará também a melhoria da in-fraestrutura nas propriedades e recursos para viabilizar a modernização da rede de
laboratórios brasileira (oficiais e convenia-das), de modo a dar respostas corretas e rápidas à sociedade nas investigações sa-nitárias. Será a primeira vez que teremos a parte de Defesa Sanitária incluída no Pla-no Agrícola e Pecuário. Além disso, vamos continuar incentivando o plantio de cultu-ras como arroz, feijão e hortaliças a fim de estimular a oferta desses produtos, cujas variações na produção causam impactos na inflação. Os juros permanecerão em patamares reduzidos (na safra 2012/2013 a taxa foi de 5,5%). No plano agrícola de 2013/14 o médio produtor continuará re-cebendo tratamento especial.
No plano agrícola de
2013/14 o médio produtor
continuará recebendo
tratamento especial.
O ministro durante a Agrishow, solicitadíssimo por produtores rurais e repórteres
12
| jun
ho/ju
lho 20
13
Curt
as
O Circuito Boi Verde de Julga-mento de Carcaças, promovido pela ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil), tem por objetivo mensurar as qualidades da raça Ne-lore como produtora de carne, de acordo com a demanda do mercado, mapear o desempenho frigorífico dos animais da raça Nelore criados sob diferentes condições e propor-cionar a troca de experiências entre os pecuaristas. O 1º Abate Técnico - Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças 2013 estava programado para os dias 03 e 04 de maio no Fri-
Circuito Boi Verdegomerc, em Assuncion, no Paraguai. A primeira etapa nacional foi em Colatina/ ES no Frigorífico Frisa, na primeira quinzena maio. Esse ano a expectativa é de aumentar o nú-mero de animais e pecuaristas par-ticipantes, mostrando a força do Ne-lore na América do Sul. A etapa de Colatina completa 10 anos em 2013 e é realizada pela ACNB em parceria com Tortuga , Heringer e frigorífico Frisa. Serão premiados na categoria Melhor Lote de Carcaças, os três pri-meiros colocados, com medalhas de Ouro, Prata e Bronze.
O primeiro laticínio de Minas
Gerais para a produção de queijo à
base do leite de ovelha, com selo de
Inspeção Federal (SIF), iniciou suas
atividades no mês de maio, em São
Lourenço. A iniciativa é do grupo Ca-
banha Vita. A unidade terá capacida-
de de processamento diário de 1.500
litros de leite. A indústria vai iniciar
os trabalhos com a cota de 700 litros
de leite retirados diariamente de ani-
mais de seu próprio criatório.
Queijo à base de leite
de ovelha
Aproveitar ao máximo o ali-mento ingerido pelo animal, aumen-tando a eficiência e reduzindo os impactos ambientais. Este é o obje-tivo de um ramo recente da ciência animal, a chamada nutrição de pre-cisão. Por meio de ajustes na dieta de bovinos e ovinos, é possível eli-minar excessos, economizar e poluir menos o meio ambiente, sem perder
os requisitos nutricionais necessá-rios ao crescimento e à produtivi-dade dos animais. O novo conceito é defendido pelo pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos/SP, Alexandre Pedroso. Ele aposta na redução do uso de pro-teínas na dieta de vacas em lacta-ção. No teste realizado num re-banho de 90 vacas em lactação,
no período das águas, foi possível diminuir a inclusão de fontes pro-téicas em 62 kg/dia, o que repre-sentou uma economia de R$ 1,32 por vaca/dia. As vantagens não são apenas econômicas. Eliminar o excesso de proteína da dieta sig-nifica menos nitrogênio excretado pelos animais e menor poluição das águas e solos.
Dieta de bovinos e impacto ambiental
12
| jun
ho/ju
lho 20
13
13
O tradicional Leilão Cachoeira Fest 2013, que chegou a sua 13ª edição, ofertou suas melhores doadoras POI do plantel da família Beatriz Garcia Cid e filhos. Neste ano, o Leilão Cachoeira Fest bateu o recorde de faturamento dentre todos os leilões da Expo Londrina, atingindo a excepcional marca de 17 milhões já comercializados. As prenhezes do Cachoeira registraram média de R$ 45.000. Para as fêmeas de elite, a média foi de R$ 40.000, já as fêmeas a campo faturaram em média R$ 5.500 e os touros média de R$ 5.200. O maior destaque do Cachoeira Fest foi a venda de 50% da doadora POI Junna 6 DBM POI TE por R$ 144.000 para Raphael Coutinho, da Fazenda Santa Edwiges, do Rio de Janeiro/RJ.
Preço mínimoO novo preço mínimo de R$ 307,00 para a saca de 60 quilos de
café, anunciado pelo governo federal, é considerado insuficiente
diante da proposta dos produtores (R$ 340,00 por saca). A avaliação
é do assessor especial de Café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa), Newton Castro Moraes, ao observar que des-
de 2009 não havia alteração do preço mínimo.
A partir da sinalização extra-oficial de que o preço mínimo che-
garia a R$ 307,00, houve uma sequência de cinco dias de alta até um
aumento de 4,3% no preço da saca. De acordo com o assessor, a cota-
ção da saca de café aumentou de R$ 293,30, em 30 de abril, para R$
304,79, em 8 de maio, data em que foi anunciado oficialmente o pre-
ço mínimo de R$ 307,00. “Minas é o maior produtor de café do Brasil e
os preços praticados nos últimos meses não atendem sequer ao custo
de produção da atividade”, disse Newton
café
Um caso de mormo (doença infecciona que atinge equinos e pode contaminar humanos) no Estado de São Paulo, confirmado no mês de abril, limitou a transição de equinos no Estado, justamente no período em que ocorria a 23ª edição do Congresso Brasileiro do Quarto de Milha, na cidade de Avaré/SP. Exames realizados em dois cavalos que participavam do evento mostraram reação positiva à doença. Diante do fato, o trânsito de animais foi proibido até a realização de um segundo exame, que não confirmou a contaminação. Os animais que estavam no Congresso ficaram retidos no Parque de Exposições e só foram libera-dos após o segundo resultado dos exames, no início de maio.
Mormo
Gobbo IT, filho de Lajedo AM com a Armada IT, de propriedade dos
Irmãos Tonetto, tradicionais criadores da raça Guzerá, morreu no dia 18 de
maio, aos 15 anos, coletando em central. Ainda bezerro, Gobbo surpreen-
dia seus contemporâneos com um desempenho acima do normal. Recor-
dista mundial em venda de sêmen com mais de 360 mil doses comerciali-
zadas possui o maior número de progênies registradas na ABCZ e avaliadas
no Programa Nacional de Melhoramento da Raça Guzerá.
Gobbo I T
14
| jun
ho/ju
lho 20
13
Exportações do Agronegócio Mineiro
Açúcar e EtanolUS$ 264,6 milhões (+37,19%)SojaR$ 260,3 milhões (+63,4%)
Janeiro-Abril 2013 x Janeiro-Abril 2012
Total: US$ 2,3 bi (-2%) Carne BovinaUS$ 133,5 milhões (+37,16%)FrangoUS$ 131,6 milhões (+27,5%)Carne SuínaUS$ 39,3 milhões (+4,4%)
As provas do 23º Congresso Bra-sileiro e 28º Oficial da AQHA foram
realizadas nos dias 18 e 19 de abril, em
Avaré/SP. Pelo Grande Campeonato do Congresso nas provas Aberta e Amador,
quem levou o título maior foi Deligth Touch (CD Kid x PF Playgirls Delight, por Playgirls Conclusion), apresentada por Erico Fransciscato Braga, seu cria-dor e proprietário. Deligth foi tam-bém a Campeã do Futurity.
A Grande Campeã AQHA - Aberta – e Reservada Grande Campeã do Congresso foi Uncancall Mejenny (Im-pressive Royal TFT x Genuine Five Cool,
Congresso ABQMpor Chavalero), apresentada por Lucia-no Beretta. Ela é de propriedade de José Oscar Ferro Gonçalves e criação de Erico Franciscato Braga.
O Grande Campeão AQHA e Grande Campeão do Congresso ABQM, compe-tindo pela Aberta, foi Porsche Design (Teh Sacred Son x Ferraris Chance, por Quina-rius Chance). Ele foi apresentado por Elias Soriano dos Santos, é de criação e de pro-priedade de Elizabeth Munhoz Ferreira.
O Campeão Futurity da Classe Aberta, apresentado por Elias Soriano dos Santos, foi Obvius Chance (Classi-cal Change x Obvious Asset, por Skips Asset), criação e propriedade de Ovídio Vieira Ferreira. Já na Amador, levou o troféu Willian Luiz Iared.
MarchadorA VI Exposição Especializada do Cavalo Mangalarga
Marchador de Boa Esperança foi realizada entre os dias 08 a 11
de maio. 110 animais foram julgados em três dias. Na catego-
ria Potro Mirim, o campeão foi Vettel do Yuri, do criador Yuri
Semansky Engler. Potra Mirim, Bella do MH de Maria Helena
Pereira da Silva Cazzani. Na categoria Cavalo Júnior Marcha, o
vencedor foi Netuno Serra Brava de Djalma Naves Barbosa. Na
categoria Cavalo de Marcha, o Campeão foi Acteo Thor de Irene
Ferreira de Oliveira. Na categoria Cavalo Adulto, o campeão foi
Comando do Círculo de Délio Naves Barbosa. O resultado com-
pleto pode ser visto no site www.terraboaagro.com.br
14
| jun
ho/ju
lho 20
13
CafeiculturaA equipe da Triângulo Agro participou, juntamente com cooperativas de café, do Simpósio Internacional de óxido cuproso, realizado em Poços de Caldas, nos dias 10 e 11 de junho. No Encontro Tecnológico do evento, os maiores pes-quisadores de café do Brasil estavam presentes discutindo temas importantes para o setor. Entre eles Matielo e Saulo Roque. Entre os países participantes Vietnã e Quênia.
16
| jun
ho/ju
lho 20
13Pe
cuár
ia d
e El
ite
O empresário Isomerio Ferreira dos Reis, mais
conhecido como Melinho, é um dos principais
nomes no ramo do setor moveleiro em Passos/MG.
Além da atividade industrial, Melinho também
é produtor rural e criador de gado Gir e Girolando.
17
Girolando JJCêxito na seleção da raça
17
18
| jun
ho/ju
lho 20
13
Melinho adquiriu o seu re-banho Gir no ano 2.000 com foco na criação de Girolando. Ele ad-ministra juntamente com os filhos Juliano Gonçalves Ferreira e Júlio César Gonçalves Ferreira a fazenda JJC (sigla criada em homenagem aos filhos); localizada na linha do Pau d’alho, e a fazenda São João, na Linha Rio Grande, ambas loca-lizadas em Passos.
Na Fazenda São João, 100 ma-trizes Gir são destinadas à produ-ção de bezerras Girolando F1. Já na Fazenda JJC são 200 matrizes Giro-lando, sendo que destas, 130 estão em lactação. Atualmente, produ-zem 2.000 litros de leite por dia.
“Fazemos inseminação artifi-cial e FIV. As vacas Gir Leiteiro são filhas de CA Sansão, Jaguar, Tea-tro e Fardo, e a outra parte do re-banho é Gir padrão. Para formar-mos o Girolando usamos touros holandeses da linhagem ADDISON e CONVINCE. Com este cruzamen-to obtivemos muito sucesso, tanto nos animais para a pista, quanto para a produção leiteira. Atualmen-te inseminamos e fazemos trans-ferência de embriões utilizando os melhores sêmens de touros holan-deses importados, visando sempre
à qualidade, alta produção e o me-lhor desempenho dos animais”, ex-plicam os irmãos. Entre os touros utilizados estão: Planet, Sanches, Braxton entre outros.
A importância de investir
em Genética
Juliano afirma que antes da família investir na seleção genéti-ca, já comprava bezerras, recriava e as vendia, porém não conseguia o valor almejado. “Foi aí que surgiu a ideia de trabalhar com genética. Optamos pelo cruzamento do Gir com Holandês, finalizando no Gi-rolando F1”, salienta.
A qualidade do gado criado pela fazenda JJC é devidamente reconhecida entre os pecuaristas, tanto que seus animais já vence-ram várias pistas em exposições nos estados de Minas Gerais e São
A qualidade do gado
criado pela Fazenda
JJC é devidamente
reconhecida entre
os pecuaristas, tanto
que seus animais
já venceram várias
pistas em exposições
nos estados de
Minas Gerais e São
Paulo, nas cidades
de Passos, Franca,
Paracatu, São João
da Boa Vista e,
principalmente,
em Uberaba, na
Megaleite.
19
Paulo, nas cidades de Passos, Fran-ca, Paracatu, São João da Boa Vista e, principalmente, em Uberaba, na Megaleite, considerada o melhor evento expositor de gado Girolan-do do mundo. Para a versão 2013, eles estão com grande expectativa sobre o Grande Campeonato, do qual vão participar com animais ¾ e ½ sangue.
Entre os animais de destaque criados pela JJC está a Baeta JJC, campeã em Uberaba na categoria novilha, em 2007/2008, a Cachoei-ra Blitz JJC, que ganhou como me-lhor fêmea jovem em São João da Boa Vista em 2011, Sadia Decem-ber JJC, que conquistou o título de melhor fêmea jovem em Passos, no ano de 2010 e Macaca JCC com mais de 19.000 kg de leite, em 365 dias, pesagem oficial da Girolando. animal Top 10 da raça.
“É uma grande honra e satisfa-ção para nós, criadores, vermos os nossos animais despontarem e ga-nharem prêmios tão importantes, de destaque nacional. Isso mostra que estamos no caminho certo” observa Juliano.
Segundo os irmãos, a fazen-da JJC fez um leilão em 2012 e está programando o próximo para 2014. Sobre a realidade atual do merca-do leiteiro, Juliano destaca a me-lhora nos preços, mas ressalta que há oito anos o preço do leite esta-va baixo, sempre na casa dos centa-vos, e agora teve uma leve alta, mas ainda não é o valor que os produto-res leiteiros almejam. “Fornecer leite com qualidade e produzir um gado de boa genética foram pontos cru-ciais para investirmos na genética e ampliarmos as atividades em nos-sas fazendas, visando sempre elevar o nome delas.” Finalizou.
“É uma grande
honra e satisfação
para nós, criadores,
vermos os
nossos animais
despontarem e
ganharem prêmios
tão importantes, de
destaque nacional.
Isso mostra que
estamos no
caminho certo”
Melinho e os filhos na condução do Girolando JJC
19
20
| jun
ho/ju
lho 20
13
Toda a Qualidadeda raça girolando
Even
tos
Criadores de diversos estados se encontraram nos dias 26 e 27 de abril na sede da Fazenda Santa Luzia, em Passos/MG, para disputar, durante um dos melhores leilões da raça Girolando do País, a excelente se-leção genética desenvolvida pelo Gru-po Cabo Verde. As melhores prenhe-zes e fêmeas da Fazenda Santa Luzia se uniram aos animais de convidados, os lotes da excelente genética foram co-mercializados em dois eventos.
O 3º Leilão Noite de Gala, reali-zado em 26 de abril, surpreendeu. Os animais TOP selecionados para este evento atingiram média geral de R$ 21.300,00. A média das vacas foi de R$ 24.510,00, das bezerras R$ 18.690,00 e das novilhas R$ 18.750,00.
Os maiores arremates do Leilão Noite de Gala foram de Winston Dru-mond e Paulo Ricardo Maximiano que compraram 50% de Prosápia Roy San-ta Luzia, Campeã da Feileite 2012, ma-triz consagrada da Fazenda Santa Lu-zia, por R$ 91.500,00. Filha de uma das
“Aqui encontramos
muita qualidade. Nós
trabalhamos em parceria
com o Grupo Cabo
Verde há muitos anos,
o que para nós é muito
prazeroso e benéfico”
principais doadoras da Fazenda São José do Can Can, Dolores de Brasília (Modelo x Tentação TE de Brasília).
O carioca Adolf Arno levou Previ-dência December da Santa Luzia por R$ 37.500,00. A doadora Top do Grupo foi disponibilizada para democratizar a genética diferenciada da Santa Luzia que alia caracterização leiteira e vigor.
Paulo Ricardo e Winston destaca-ram a qualidade dos animais da San-ta Luzia. “Nós sabemos que aqui é a oportunidade para encontrarmos o
que há de melhor em gado Gir e Giro-lando. Viemos para investir no que há de melhor” destacou Winston.
Paulo Ricardo Maximiano, da fa-zenda Córrego Branco, ressaltou o bom momento vivido pela pecuária leiteira e elogiou a qualidade dos ani-mais. “Aqui encontramos muita qua-lidade. Nós trabalhamos em parceria com o Grupo Cabo Verde há muitos anos, o que para nós é muito prazero-so e benéfico”.
No sábado, dia 27, animais Giro-lando e Gir Leiteiro foram comerciali-zados no tradicional Leilão Santa Lu-zia, que está na sua décima segunda versão. Os criadores prestigiaram o evento que também teve transmis-são pela TV. A média de vendas foi de R$ 7. 250,00, as bezerras ficaram em R$ 5.360,00, novilhas R$ 7.360,00 e va-cas R$ 8.309,00.
No dia 28 os leilões foram virtuais para comercializar o Gado Jovem Giro-lando da Fazenda Santa Luzia e o Gir Leiteiro da São José do Can Can.
Prosápia Roy Santa LuziaCampeã da Feileite 2012, matriz consagrada da Fazenda Santa Luzia
1/2 Sangue Holandês / Gir :: Produção de 10.265 kgs em 305 dias
Galeria Leilão Santa Luzia
a g r o n e g ó c i o s
22
| jun
ho/ju
lho 20
13
Entre aspas: parceria!
“A Santa Luzia é uma fa-zenda muito conhecida, é refe-rência para todo Brasil. Há 10 anos desenvolvemos juntos um trabalho fundamental de ava-liação dos animais; que tem bons resultados. A cada ano o leilão se supera em qualidade, sendo um dos mais importantes do Brasil, conhecido internacio-nalmente, servindo como refe-rência para outros que virão no decorrer do ano”.
Miller Cresta é consultor e criador de gado Girolandoe Gir Leiteiro em São João Batista do Glória
“O Maurício é tranquilo e tem muita experiência com cria-ção e marketing. Ser parceira dele é um válido aprendizado. Estare-mos juntos no Leilão Joias do Gi-rolando, que será realizado du-rante a Megaleite. Nós temos um projeto em comum de criar pre-nhezes com as melhores matrizes holandesas da Fazenda Cachoei-ra. A expectativa é grande”.
Érica Nolli,Fazenda Cachoeira, Me-
lhor Criador Nacional em 2012
“Quem trabalha com o Girolando não pode deixar de acompanhar o Grupo Cabo Verde. Particularmente convi-vo muito bem com o Grupo. Quando tivemos a oportunida-de, na Megaleite 2012, de nos interessarmos pela mesma be-zerra, acabamos por comprá--la juntos. O Grupo é uma refe-rência para todos os criadores. O Maurício, além da atuação na Fazenda, é vice-presidente
da Girolando, o que o faz trabalhar para todos os criadores. Acredito que na região fazemos um trabalho complementar. O Grupo Cabo Verde com 1/² sangue e ¾ e nós da RBC com o 5/8.”
Roberto Melo Carvalho da Fazenda RBC“Conheço o Grupo Cabo
Verde há sete anos. Nossa ami-zade se intensificou quando no leilão de 2011 arrematei a Olin-da. Foi uma compra excepcio-nal. No primeiro ano da nossa parceria ela nos deu 40 bezer-ras. Em 2012 ela foi para Rio das Flores e Resende, onde venceu o Torneio Leiteiro. Agora, em 2013, firmamos mais uma par-ceria ao adquirir 50% de Previ-dência December da Santa Lu-
zia. Vamos prepará-la para a Feileite. Confio muito no Grupo, vindo do Sr. José não tem erro. Encontrando as pessoas corretas à parceria, é um bom negócio, com o Grupo Cabo Verde não tem erro, eles prezam muito pela ge-nética e honestidade com os parceiros”.
Adolf Arno Edelhoff Filho é criador de Girolando em Paraíba do Sul/RJ
24
| jun
ho/ju
lho 20
13
A Paixãoremove as barreiras do trabalhoPe
rfil
Ele é apaixonado pela vida no campo, por muares, pela pecuária e por veterinária. Seu deslumbramento foi descoberto através da profissão de seu pai, Octaíde Brito, que foi funcioná-rio público e trabalhou no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, por 60 anos. Foi lá que aprendeu como lidar com os animais, desde a importância da nutrição, apar-tação até o acasalamento. A pro-fissão o levou aos leilões e desde 1983 também trabalha nessa área. Começou com o manejo dos ani-mais e atualmente está nas pis-tas, pegando lances, vendendo e orientando compradores. Ele é Marcos Aurélio Barbosa de Brito, o
O amor pelo que
faz move a vida
desse mineiro da
capital, que gosta
de viver nas cidades
do interior, nas
fazendas. Uma
das suas primeiras
paixões era o curso
de veterinária, o que
ele realiza através
do filho Rafael.
Marquinho, pisteiro em muitos lei-lões por todo Brasil.
O amor pelo que faz move a vida desse mineiro da capital, que gosta de viver nas cidades do in-terior, nas fazendas. Uma das suas primeiras paixões era o curso de veterinária, o que ele realiza atra-vés do filho Rafael.
Ele bem que tentou seguir outra atividade. Estudou e traba-lhou como mecânico de aerona-ve, mas o afeto pelo campo era maior. Largou tudo e voltou para a pecuária. Foi gerente de fazen-das e conheceu todo o trabalho que é realizado nas propriedades desde o acasalamento até a pre-paração dos animais para a pista
ou para a venda em leilões. Esta experiência, somada aos conheci-mentos repassados pelo pai, divi-de com vários criadores, em várias fazendas em que presta assesso-ria e também nos leilões, na pista, orientando os criadores a melhor compra.
A profissão de pisteiro che-gou meio que por acaso, quando um colega de trabalho não com-pareceu para a função. Meio tí-mido, mas grande conhecedor dos animais e de criadores, ele abraçou a nova atividade e ficou. Hoje, atua em leilões de elite e co-merciais de várias raças. De uma maneira ou de outra, Marquinho estará nos melhores leilões do
25
Para relaxar da atividade
que exerce, o lazer
escolhido não poderia
ser outro: uma boa
cavalgada nos arredores
de Sete Lagoas,
onde mantém a sua
residência.
Marquinho e Wilda, durante uma pausa no Leilão da Fazenda do Sabiá
País, seja vendendo ou nas pistas acompanhando os animais que prepara.
A criação de muares também é outra paixão. Ele tem éguas e cruza animais das raças Campolina e Mangalarga. “Eu tenho comigo muito ensinamento dos antigos criadores e com isso fui aperfeiço-ando meus conhecimentos sobre os muares. A mula, por exemplo, é um excelente animal. Hoje, mui-tos querem ter a mula do patrão. O burro, dizem que é “burro”, mas é um animal inteligente. Quando tem um perigo no caminho nos avisa batendo as orelhas”.
Com tantas atividades liga-das à agropecuária e trabalhando como pisteiro, o encontro com o amor da sua vida não poderia ser em outro local. Encontrou a sua paixão no trabalho. É casado com Oilda das Graças Brito, que tam-bém é pisteira. A história dos dois começou no recinto dos leilões e
foi num recinto desses que se ca-saram. “Eu era muito tímido e ela me ajudou a perder essa timidez e atuar como pisteiro. Tenho uma família maravilhosa que me incen-tiva muito: meu pai, meus irmãos, meu filho e minha esposa”.
Para relaxar da atividade que exerce, o lazer escolhido não po-deria ser outro: uma boa cavalga-da nos arredores de Sete Lagoas, onde mantém a sua residência.
26
| jun
ho/ju
lho 20
13
O mecanismo de ação das leveduras vivas no rumem
Perfi
l
A finalidade maior na uti-lização de leveduras probióticas em ruminantes é otimizar e prote-ger a flora ruminal seja em reba-nhos alimentados com alto con-centrado oucom alta fibra. Elas mudam os perfis de fermentação, aumentando a contagem das bac-térias celulíticas e das consumido-ras de ácido lático.
pH ruminal e acidose
As acidoses ocorrem quan-do o animal recebe dieta de alto concentrado: as bactérias rumi-nais, especialmente Streptococ-cusbovis, produtora de AGV (acé-tico, propiônico, butírico) passam a produzir ácido lático, que é dez vezes mais ácido que os AGV, com a queda imediata do pH. Nestas condições, acontagem de bac-térias produtoras de ácido lático, ultrapassa de bactérias consumi-doras de ácido lático, (Megaspha-eraelsdenii e Selonomonasrumi-nantum). Os protozoários também desaparecem e a diversidade bac-teriana cai drasticamente. Se o pH continuar a cair, os lactobacilos (que em condições normais são pouco atuantes) passam a pre-dominar sobre o S. bovis, alimen-tando um círculo cujo resultado é sempre maior queda no pH.
A ação da levedura viva, aqui, é objeto de muitíssimos estudos: em trabalhos in vitro, a levedura compete com S. bovi pelos açuca-
res, o que impede a formação de ácido lático. Leveduras mortas não tem nenhum efeito na diminuição da produção de ácido lático.
Por outro lado, a indução ao maior crescimento de M. elsde-nii e S.ruminantum também foi detectada por ação das levedu-ras vivas, graças ao suprimento de fatores de crescimento, ami-no ácidos, peptídeos, vitaminas e ácidos orgânicos essenciais ao desenvolvimento de ambas bac-térias. A influência da SC viva nas concentrações de ácido lático foi comprovada em inúmeros testes in vivo, também.
Tanto em ovelhas como em vacas, quando comparados um lote controle com o lote onde se adiciona SC à dieta, a concen-tração de ácido lático no liqui-do ruminal foi menor no lote que
recebeu SC viva, e a atividade fi-brolítica foi maior. Também se observou a estabilização do pH ruminal pela levedura viva, via au-mento do protozoário ciliado En-todiniomorphid, conhecido por “engolir” grânulos de amido mui-to rapidamente competindo, as-sim, com as bactérias amiloliticas, produzindo AGV e não lático.
Ganho de peso vivo de 10 bovinos holandeses, machos, de idade e peso similares, alimentados com silagem de milho e concentrado e acesso livre ao cocho durante 90 dias de confinamento. Metade deles recebeu
200 bilhões de UFC/cab/dia de levedura (10g/cab/dia de Levumilk).
Departamento de Ciências AgráriasUniversidade do Alto Uruguai
Maria Regina Ferretto FloresDiretora Administrativa
Grupo com Levumilk
Ganh
o de P
eso V
ivo (k
g)
0
140
120
100
80
60
40
20
Grupo Testemunha
27
28
| jun
ho/ju
lho 20
13Ev
ento
s
Quando o martelo bate nos leilões da Fazenda Córrego Bran-co, “O Rio do Leite”, é o começo de uma nova etapa de melhoramento genético para os criadores que ad-quiriram algum exemplar das raças Girolando, Gir Leiteiro e Holandês. No último sábado, dia 01 de ju-nho, data em que se celebra o Dia Mundial do Leite, Pau-lo Ricardo Maximiano, titular da Fazenda, promoveu a quarta edição do tradicio-nal Leilão Anual O Rio do Leite.
Um arremate pre-parado para atender toda a cadeia pro-dutiva do leite, com oportunidades para pequenos, médios e grandes produtores. Criadores e investido-res de todo o Brasil estiveram presentes na Fazenda Córrego Branco, em Capetin-ga / MG, para inves-tir em exemplares de genética superior das raças Girolando, Gir Leiteiro e Ho-landês. Foram co-mercializados 133 animais, oriundos
No Dia Mundial do Leite, Fazenda Córrego Branco, mais uma vez,deu um show de qualidade no seu tradicional leilão
por Gustavo Ribeiro - Berrante Comunicação
4º LeilãoO Rio do Leite
O grande destaque do evento foi a
venda de 50% de Lunetta FIV Córrego
Branco, uma doadora de muita
beleza racial e com produção
atual de 40,80 kg de leite.
29
do plantel do Rio do Leite e de convi-dados especiais, divididos em 72 lo-tes formados por bezerras, novilhas prenhes, vacas em produção e doa-doras de destaque. Um leilão quente, animado, com disputas acirradas pe-los melhores exemplares. Destaque para a grande liquidez e expressivo faturamento de R$1.054.800,00, com média de R$7.930,83 por animal. O leilão foi transmitido pelo Canal Terra Viva, contou com assessoria da Boi-BeefMilk e organização da Embral Leilões.
O grande destaque do evento foi a venda de 50% de Lunetta FIV Córrego Branco, uma doadora de muita beleza racial e com produção atual de 40,80 kg de leite. Lunneta é filha de Laranja Santa Luzia, a doado-ra ¼ mais consagrada do Brasil, com filhas campeãs de torneio leiteiro e
com lactação acima de 14.000 kg na primeira cria. Lunneta teve 50% de suas cotas comercializadas por R$45.000,00, e o investidor foi Sebas-tião Antônio de Oliveira. Outro lote que merece destaque foi o da Grife da Cabanha, doadora ½ sangue com produção atual de 51,70 kg de leite. O criador e selecionador Élcio Gobatti investiu R$33.000,00 para levar para seu plantel essa verdadeira fábrica de leite.
O criador mato-grossense Aylon David Neves foi o maior investidor do 4º Leilão O Rio do Leite e levou para o seu plantel animais com méritos ge-néticos para apurar a genética e au-mentar a produtividade do rebanho. Além de fazer negócios saudáveis, Aylon ganhou uma Chevrolet Mon-tana 0KM, em sorteio promovido no final do leilão.
30
| jun
ho/ju
lho 20
13Ev
ento
Um projeto em busca do melhoramento genético
e da produção de leite em escala
por Gustavo Ribeiro – Berrante Comunicação
Imag
ens:
Gusta
vo Ri
beiro
e Má
rio Kn
ichall
a
XapetubaGenética e Leite
O Xapetuba Genética e Leite finalizou sua primeira edição com o sentimento de dever cumprido. O evento reuniu, nos dias 10 e 11 de maio, na Xape-tuba Agropecuária, em Uberlândia/MG, criadores e investidores de todo o Brasil, em busca de animais Girolando e Gir Lei-teiro com méritos genéticos elevados.
Um evento concebido para atender toda a cadeia produtiva do leite, com-posto por dois leilões presenciais, um Dia de Campo e palestras em cada uni-dade de manejo do “Projeto Leite Xape-tuba”, reconhecido como um dos mais ousados do País. Esse projeto conta com uma infraestrutura completa, formada por bezerreiro, cria, recria, pista de trato, sala de ordenha e curral de manejo. Tudo planejado para suportar a produção diá-ria de 20 mil litros de leite a partir de va-cas Girolando e Gir Leiteiro de genética superior.
Thiago Silveira, diretor da Xa-petuba Agropecuária, falando sobre o evento, enfatizou sua importância:
“abrimos nossas porteiras a fim de apresentar para o produtor de leite e interessados na atividade tudo que foi desenvolvido com êxito na Xapetuba, gerando empregos, produção em es-cala, preservação ambiental, retorno financeiro, alegrias e amizades. Nosso intuito é que esse trabalho possa forta-lecer, inspirar e estimular toda a cadeia produtiva do leite”.
Um show de qualidade
O Leilão Genética Xapetuba e Con-vidados, realizado na sexta feira à noite, teve praticamente 100% de liquidez, o que se traduziu numa genética demo-cratizada para todo o Brasil e a expressi-va média de R$21.381,00 por lote.
No sábado pela manhã, mais de 500 pessoas participaram do circuito de palestras realizado durante o Dia de Campo, fazendo perguntas e le-vando consigo experiências saudáveis da Xapetuba.
A partir das 14h, pequenos, mé-dios e grandes produtores tiveram acesso a 300 animais Girolando ri-gorosamente selecionados e prontos para aumentar a produtividade e ren-tabilidade dos investidores. O Leilão Fêmeas Jovens Xapetuba e Parceiros também se destacou pela liquidez, fechando o pregão com média de R$ 4.702,00.
“Mais do que a socialização da boa genética leiteira, nosso objeti-vo foi estreitar nossos laços de ami-zade com os já amigos e criar novos com pessoas que, assim como nós, da Xapetuba, acreditam no agronegó-cio como a principal engrenagem do grande motor chamado Brasil”, ava-lia José Antônio da Silveira, titular da Xapetuba Agropecuária. Acrescenta, ainda, que, em 2014, além da Copa do Mundo, os brasileiros poderão anotar na agenda a segunda edição do Xape-tuba Genética e Leite. Com qualidade e oportunidades ainda maiores.
31
Galeria Xapetuba Genética e Leite
a g r o n e g ó c i o s
32
| jun
ho/ju
lho 20
13Ev
entt
oOs novos
TropeirosA 5ª Queima do Alho de Nova Resende/MG reuniu cerca de 8 mil pessoas, no dia primeiro de junho, na Associação
Comunitária dos Cavaleiros. O evento que resgata as tradições das velhas comitivas teve ainda shows, exposição de “traias” e a culinária típica dos peões de boiadeiro, que inclui arroz carreteiro, feijão tropeiro, paçoca de carne e churrasco. Os novos tropei-ros do estado de Minas e São Paulo, atraídos pelo evento, modernizaram o cardápio e incluíram porco a paraguaia e galinhada. Confraternização e muita alegria marcaram a festa que reuniu 42 comitivas. Em 2014 tem mais! Confira os flashes da Terra Boa!
3333
34
| jun
ho/ju
lho 20
13
São 20 anos dando show!Fe
iras
A Agrishow, Feira Internacio-nal de Tecnologia Agrícola em Ação, re-alizada pela ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), ANDA (Associação Na-cional para Difusão de Adubos) e SRB (Sociedade Rural Brasileira) completou 20 anos em 2013 e se consolidou como a principal feira do setor agro da Amé-rica Latina. Realizada de 29 de abril a 03 de maio, no Polo Regional de Desenvol-vimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro-Leste, em Ribeirão Preto/SP atraiu compradores de todo Brasil e de diversos países. Na maior edição da sua história participaram 790 expositores que movimentaram R$ 2,6 bilhões em negócios.
Uma das novidades foi a amplia-ção das demonstrações de campo, uma oportunidade para conferir in loco o desempenho das máquinas e imple-mentos em ação. Além das demons-trações em agricultura de máquinas estacionárias, pulverização, preparo de solo, plantio/colheita e de tecnologias de manejo em pecuária, os agricultores puderam visualizar, no Núcleo de Tec-nologia, em formato de plots, as novas cultivares do mercado das culturas de milho, cana-de-açúcar, sorgo sacarino, soja, entre outras.
O desenvolvimento sustentável foi tema da Feira pelo segundo ano. O pro-jeto engloba uma série de ações de res-ponsabilidade ambiental, envolvendo organizadores, expositores, fornecedo-
Autoridades, políticos, empresários e produtores se encontraram em
Ribeirão Preto, na maior Feira de Tecnologia da América Latina
35
res, visitantes e sociedade. Através da prevenção e correção procuram minimizar os impactos que existem com a reali-zação da feira, além de outras ações como a divulgação de boas práticas ambientais, cases sustentáveis e neutralização da emissão de carbono.
A sustentabilidade estava presente também no projeto em parceria com a Embrapa, no qual foram demonstrados em área de 16 hectares arranjos possíveis do Sistema de In-tegração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), uma estratégia de produção sustentável, que traz grandes contribuições para recuperação de áreas degradadas, adequação ambiental, ge-ração de renda e viabilidade econômica. Por meio da aplica-ção de várias técnicas, são promovidas a rotação de culturas, a exploração da atividade pecuária e a integração com a pro-dução madeireira.
“Além dos negócios iniciados durante a feira, a AGRISHOW tem um papel fundamental de multiplicar a tecnologia exis-tente para o agronegócio, contribuindo de forma decisiva para tornar a atividade cada vez mais produtiva, rentável e sustentá-vel. Esse papel da AGRISHOW ao longo de sua história pode ser medido, por exemplo, ao avaliarmos os números comparativos de produtividade da safra 1992/93 e 2011/12”, analisa o presi-dente da AGRISHOW, Maurilio Biagi Filho.
Reconhecida como uma das últimas fronteiras agrícolas, a agricultura de precisão teve vaga assegurada na 20ª Agrishow. Além de um setor de estandes inteiramente dedicado à ati-vidade, especialistas encontraram na feira o local ideal para o debate sobre os caminhos, tecnologias e normatizações para o segmento. Crédito, armazenagem, exportação e logística tam-bém foram temas debatidos na Feira.
36
| jun
ho/ju
lho 20
13
Artig
o
O hábito de tomar café foi desenvolvido na cultura árabe. No início, o café era
conhecido apenas por suas propriedades estimulantes e a fruta era consumida
fresca, sendo utilizada para alimentar e estimular os rebanhos durante viagens.
Com o tempo, o café começou a ser macerado e misturado com gordura
animal para facilitar seu consumo durante as viagens. Em 1000 d.C., os árabes
começaram a preparar uma infusão com as cerejas, fervendo-as em água.
Somente no século XIV, o processo de torrefação foi desenvolvido, e, finalmente,
a bebida adquiriu um aspecto mais parecido com o dos dias de hoje.
A História do Café O hábito e a influência do café
na cultura e na economiapor Patrick Figueiredo
apreciador de cafés gourmet
A difusão da bebida no mundo árabe foi bastante rápida. A ad-miração pelo café chegou mais tarde à Europa durante a expansão do Im-pério Otomano. A mania tomou conta de toda Veneza, Itália, posteriormente, Paris e toda a Europa. Associado aos encontros sociais e à música que ocor-riam nas alegres Botteghe Del Caffè. Em 1687 os turcos abandonaram várias sacas de café às portas de Viena, após uma tentativa frustrada de conquista, e estas foram usadas como prêmio pela vitória. Assim é aberta a primeira coffee house de Viena e difundido o hábito de coar a bebida e bebê-la adoçada com leite - o famoso café vienense.
As cafeterias desenvolveram-se na Europa durante o século XVII, en-quanto florescia o Iluminismo e dentro delas se planejava a Revolução Fran-cesa. Durante tardes inteiras, jovens e pessoas influentes reuniam-se em tor-no de várias xícaras de café, discutin-do o destino das nações, declamando poemas, lendo livros ou simplesmente passando o tempo.
Várias casas famosas europeias ainda preservam o glamour dessa épo-ca. Até hoje, os cafés são locais onde pessoas se reúnem para discutir assun-tos importantes ou simplesmente pas-sar o tempo, sendo o ritual do cafezinho uma tradição no mundo inteiro que so-breviveu a todas as transformações. Nos últimos anos, houve uma onda provo-cada pelas modernas máquinas de café espresso, que revolucionaram o hábito do cafezinho, permitindo um cresci-mento vertiginoso das cadeias de lojas de café. A técnica de gerenciamento por meio do sistema de licença da mar-ca também permitiu um rápido desen-volvimento dessas lojas especiais, volta-das para um mercado mais exigente, o de café gourmet.
O Café comoproduto mundial
Impossível negar a importância do café na economia mundial. No co-mércio internacional, ele é um dos pro-dutos básicos mais valiosos, em muitos anos só superado em valor pelo petró-leo como fonte de divisas para os pa-íses em desenvolvimento. Seu cultivo, processamento, comércio, transporte e marketing criam emprego para milhões de pessoas no mundo todo. Sua im-portância é crucial para as economias e políticas de muitos países em desen-volvimento. Em muitos países menos desenvolvidos, as exportações de café respondem por uma proporção signi-ficativa das receitas em divisas, em al-guns casos por mais de 80%. O café é negociado nas principais bolsas de fu-turos e mercadorias do mundo – nas bolsas de Londres e Nova Iorque em primeiro lugar.
Até hoje, os cafés são locais onde pessoas se
reúnem para discutir assuntos importantes ou
simplesmente passar o tempo, sendo o ritual do
cafezinho uma tradição no mundo inteiro que
sobreviveu a todas as transformações.
O Café e seus personagens
Na Itália, foi preciso vencer a re-sistência da Igreja. O papa Clemente VIII condenou o consumo da bebida considerando-a invenção do demônio, mas bastou uma xícara para se con-vencer que deveria se tornar uma be-bida cristã. O clérigo passou a sugerir que o café deveria ser: “puro como um anjo e doce como o amor, mas quente como o inferno e preto como o carvão”. A mania tomou conta de toda a Itália. Aristocratas, artistas, músicos, poetas, filósofos, cortesãs e libertinos reuniam--se nas cafeterias para discutir assuntos como política, filosofia, ciência e litera-tura, estimulados pela aromática bebi-da. Em Paris, Elizabeth de Orleans de-clarou-a “horrível”, com “gosto de feno queimado”, mas o Cafè Procope pros-perava atraindo atores, poetas, filóso-fos. Muitos outros estabelecimentos tornaram-se famosos graças a clientela da intelectualidade como La Fontaine, Voltaire, Rousseau, Diderot, D’Alembert e Richelieu, como também Molière, Na-poleão Bonaparte e mais recentemen-te Picasso, Salvador Dalí, Hemingway, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, entre outros.
Referências:Organização Internacional do Café
ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café
BRESSANI Edgard; Guia do Barista: da Origem do Café
ao Espresso Perfeito. São Paulo: Café Editora, 2011.
37
38
| jun
ho/ju
lho 20
13
Produtores de Caféprocuram informações da atividade nas redes sociais
Cafe
icul
tura
O número de sites que trazem notícias so-bre a cafeicultura é imenso, como o CoffeeBreak, com 13 anos de existência, que trata de política cafeeira, quali-dade, curiosidades, receitas culinárias, mercado do café, cotação de bolsas de valores, um dos poucos que pos-sui redação própria, tendo em média 5.500 acessos diá-rios. Outros também são tradicionais entre os produtores, como o Agno Café, o Café Point – que faz parte de uma rede de sites, divididos por categorias do agronegócio – entre outros, que além do café também tratam de mais produtos agrícolas. Há ainda os sites de cooperativas de café e de órgão do setor, como o do Conselho Nacional do Café (CNC).
Um dos mais tradicionais é a Comunidade Manejo da Lavoura, hospedada na plataforma Peabirus e admi-nistrada pelo Doutor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Sérgio Parreiras Pereira. Lá pessoas ligadas à ca-feicultura se cadastram para receber notícias trocar infor-mações e ainda ter um canal aberto de discussão.
por Heloisa Aguieiras
As redes sociais já não são novidade
para a maioria das pessoas, incluindo
os produtores rurais, que buscam
informações sobre a sua atividade
na internet e trocam conhecimento
via twitter, Facebook, e-mail, entre
outras ferramentas digitais.
O produtor de café, por exemplo,
é um privilegiado, pois ele possui
uma vasta gama de endereços
eletrônicos que o contempla com
informações importantes, sempre
atualizadas, basta uma conexão
com a internet e um computador,
que há anos vem ultrapassando
fronteiras, ou melhor, porteiras.
39
40
| jun
ho/ju
lho 20
13
O espaço cresceu e ganhou ou-tras ferramentas como a Rede Social do Café e a TV Web. O jornalista res-ponsável pelo site do CNC e tam-bém da Associação Brasileira de Ca-fés Especiais (Associação Brasileira de Cafés Especiais – Brazil Specialty Coffee Association), Paulo André Co-lucci Kawasaki, acredita que os con-teúdos oferecidos nesses espaços de internet não podem ser menospreza-dos pelos produtores de café. “O que podemos e devemos fazer é filtrar as fontes dessas informações. Dessa forma, o que acaba se tornando mais relevante são as informações políti-cas, estatísticas, climáticas, mercado-lógicas, reproduzidas dos principais veículos de comunicação existentes”, diz Paulo.
Ele recomenda que o produtor pesquise bem antes de confiar neste ou naquele site, mas que toda infor-mação é bem-vinda. “Como assessor de duas entidades nacionais voltadas à atividade cafeeira procura ampliar a capilaridade dos conteúdos, das informações, de maneira que, além do mailing a público alvo específico, cheguem às bases, aos produtores de café do Brasil”, conta o jornalista Paulo André.
A instrutora de informática da Cooperativa Regional dos Cafeiculto-res de São Sebastião do Paraíso (Co-oparaiso), Vanessa de Oliveira, tem a responsabilidade de apresentar o mundo digital para os produtores rurais, em suas aulas de iniciação à informática. Ela fala da importância dos conteúdos: “Para os produtores iniciantes tudo é novidade e tudo é interessante, no entanto, quando se trata de mercado de café e inova-ções tecnológicas eles ficam fascina-dos com as inúmeras informações a que eles podem ter acesso com um simples clique”, conta.
Ela afirma que “as formas de acesso e interesse são as mais varia-das, e vai desde a previsão do tem-po para programar as aplicações de produtos na lavoura, até cursos de Educação à Distância (EAD) especia-
lizados na área, por exemplo. Tenho percebido que os produtores têm in-vestido em novos computadores e acesso à internet. Hoje isso já está se tornando parte do dia a dia deles” re-lata Vanessa.
É o caso do produtor de café Elcio Henrique Carmozini, que está fazendo Curso de Tecnologia em Cafeicultura do IFSul de Minas, Mu-
O que podemos
e devemos fazer é
filtrar as fontes dessas
informações. Dessa
forma, o que acaba
se tornando mais
relevante são as
informações políticas,
estatísticas, climáticas,
mercadológicas,
reproduzidas dos
principais veículos de
comunicação existentes”
zambinho, através de um programa de EAD. “É a oportunidade que vai mudar a minha vida e vai me trazer inúmeras vantagens como produtor, se o curso não estivesse disponibili-zado via internet, ele não seria possí-vel para mim”, comemora Élcio.
Outro produtor que não se afas-ta das redes sociais para obter in-formações para a sua lavoura de café é de Ibiraci, Hugo Wolff. “ Re centemente, mostrei ao caseiro da nossa fazen-da um vídeo que tratava de como fazer o cálculo da incidên-cia da broca
nos grãos de café. Desconhecíamos esse método de cálculo e passamos a adotá-lo. Eu me informo sobre o tem-po e dicas de boas práticas para a la-voura. Considero essa busca algo que deve ser contínuo. Gosto também de me informar sobre maquinários que o mercado está lançando ou sobre algo específico. Nossas safras são feitas vi-sando à qualidade, por isso é funda-mental encontrar empresas que reco-nheçam esse esforço no preço pago por saca e a internet é um agente aproximador fundamental nessa pro-cura”, relata o produtor Hugo.
O Evandro Lizareli Paes é outro produtor que domina o uso de e--mails, trocando informações com seus colegas, principalmente so-bre preço, mercado e sobre alguma praga que, eventualmente esteja in-cidindo sobre a região de sua pro-priedade. Evandro está sempre bus-cando na rede novas informações sobre o agronegócio.
Alguns sites sobre café Notícias variadas:www.coffeebreak.com.brwww.cafepoit.com.br
Curiosidades: www.mexidodeideias.com.br
Comunidade de produtores: www.peabirus.com.br(necessita fazer cadastro)
“
“
41
42
| jun
ho/ju
lho 20
13
43
44
| jun
ho/ju
lho 20
13D
epoi
men
tos
Forrageira aumentaprodução de leite e garante mais lucro
A Convert HD 364 é fru-to da progênie de três gerações de cruzamentos das espécies: Brachia-ria ruziziensis x Brachiaria decum-bens x Brachiaria brizantha. A boa qualidade da forrageira é medida pelo alto consumo por animais no pasteio da Convert HD 364, o que se traduz numa maior produção, em comparação com outras cultivares de Brachiara. Entre as características da espécie está o crescimento rápi-do, a palatabilidade e o aroma pró-ximo à folha do milho, o que agrada o animal.
O produtor rural Antonio de Pádua Martins, de São João Batis-ta do Glória, enfrentava problemas com gramíneas. Assessorado pelos
Própria para o verão e
tolerante aos períodos de
seca, a forrageira Convert HD
364 da Dow AgroSciences
tem agradado produtores e
laticínios pelo aumento na
produção do leite, bem como
no percentual de proteínas,
importantes na produção de
queijos. Mas, os benefícios
da Convert não estão
restritos à pecuária leiteira,
os pecuaristas de corte
também estão optando pela
variedade, devido a sua alta
tecnologia e produtividade de
alta qualidade. O resultado
final se traduz no ganho de
peso dos animais. Além do
uso na alimentação a pasto,
ela é usada também para a
produção de silagem.
profissionais da Triângulo Agro, representante da Dow AgroS-ciences, começou a plantar a Convert HD 364 e está satisfeito com os resultados. “Eu enfren-tava problemas com gramíneas, daí o Marco Pollo me apresentou esta brachiaria, a Convert, como sendo diferente. O resultado do plantio foi excelente. Tivemos uma produtividade muito boa e esse ano vamos aumentar a pro-dução. A silagem ficou boa, pois precisamos de fibra longa, que vem substituir o feno na compo-sição do alimento para as vacas leiteiras”. Ele ainda acrescentou que, como é criador de vacas de alta produção, é necessário que a
45
nutrição dos animais seja adequada. O produtor destaca o porte e o bom rendimento da forrageira.
A Convert HD 364 está pron-ta para receber o gado 60 a 75 dias após o plantio. Em cerca de 15 dias os animais podem voltar a pastar. A proposta da Triângulo Agro, segun-do Marco Pollo, é aumentar o nú-mero de animais por área, evitando, assim, o desmatamento de outras áreas em decorrência da pecuária. Com a Convert HD 364 isso é pos-sível pela alta qualidade e produti-vidade da forrageira. Para mostrar in loco a produtividade e os benefícios dessa variedade, a empresa de con-sultoria iniciará projeto piloto, ainda em 2013, no município de São João Batista do Glória.
Benefícios da CONVERT HD 364:
• Alta produção de forrageira com elevados índices de proteína e digestabilidade ao longo do ano.
• Tolerância à seca.
• Boa tolerância a cigarrinhas-das- pastagens.
• Sementes incrustadas da mais alta tecnologia.
• Perfeito para o pastejo de bovino de corte ou vacas leiteiras.
• Maior produtividade de carne e leite.
Características da CONVERT HD 364:
• Drenagem: requer boa drenagem
• Altitude: De 0 a 1.200 m
• Precipitação: > que 700 mm
• Densidade do Plantio: 10 a 12 kg/ha
• Profundidade do Plantio: máximo de 2 cm
• Fertilidade do solo: média/alta
• Tolerância à seca: boa
• Tolerância à acidez: boa
• Tolerância às geadas: moderada
• Tolerância ao frio: moderada
• Níveis de proteína bruta: 8 a 16%
• Níveis de digestibilidade: 55 a 66%
35 3522-1104
46
| jun
ho/ju
lho 20
13
Inauguração Autorizada Stara para Passos e região
a g r o n e g ó c i o s
O conhecido Jarrão e o filho Thiago Dias Silveira, representantes exclusivos da Stara, receberam produtores rurais de Passos e região, amigos e parceiros, na sede da empresa, no dia 01 de junho, para comemorarem a inauguração da loja de equipamentos agrícolas que atenderá toda a região. Confira os flashes!
47
48
| jun
ho/ju
lho 20
13D
epoi
men
tos
A engenheira agrônoma e empresária do setor agrícola, Fernanda Soares
Ferreira, é responsável pela administração das fazendas que compõem o grupo
Café Minas Export Comércio e Exportação de Café, de Piumhi/MG. A empresa
atua no mercado interno, além de ser uma das principais exportadoras do ramo
cafeeiro da sua região com atuação nos Estados Unidos, Europa e Ásia.
A mais produtivado mercado: Coffee Express
49
Nas três propriedades ru-rais que a família possui, onde também são produzidos feijão, milho, cana e soja, a Case está presente com seis Colhedo-ras Coffee Express 200, uma colheitadeira Axial 2799 e um trator Magno 210 CV.
Recentemente, Fernanda adquiriu mais uma Coffee Express 200 e se diz ple-namente satisfeita com o desempenho da colhedora. Ela ainda afirma que o ca-minho para os produtores rurais é buscar 100% de mecanização no campo, devido às dificuldades enfrentadas para encon-trar mão de obra qualificada.
Fernanda é filha de Ramiro Júlio Fer-reira Júnior, tradicional cafeicultor de Piu-mhi, que começou a investir na plantação de café em 1.986. Ao lado do pai e dos ir-mãos Rogério, Fabiana e Renata, ela é res-
Fernanda Soares, da Minas Export
ponsável pela administração de quatro empresas do grupo. A Minas Export pos-sui seis milhões de pés de café plantados nos municípios de Piumhi, Capitólio e Var-gem Bonita. O grupo também trabalha com a pecuária mista, e, atualmente, pos-sui 4.300 cabeças de gado confinado. As fazendas do grupo têm certificado UTZ.
As vantagens da CoffeeExpress 100 e 200
Com as colhedoras Coffee Express 100 e 200, o café é colhido com um mé-todo de derriçamento de última geração. Um conjunto de varetas de plástico com adição de fibras colhe os grãos que são separados dos galhos.
A colheita realizada através das Co-ffee Express permite a coleta total e seleti-va dos frutos através da regulagem da vi-bração das varetas. Além disso, a Coffee Express auxilia no controle fitossanitário, pois as folhas não sadias são removidas durante a colheita.
Segundo o revendedor da marca Case IH em Passos, Daniel Garcia Cos-ta, a mecanização na lavoura se faz ne-cessária nos dias de hoje, pois aumenta a eficiência do cafeeiro. “A Coffee 100 e a Coffee 200 não estraga os pés de café. Temos 80% do mercado regional, devido à confiança e satisfação dos clientes, que conquistamos na região Sul e Sudoeste de Minas Gerais. Uma máquina, que não agride o pé de café, é o maior patrimônio do produtor”, concluiu.
49
50
| jun
ho/ju
lho 20
13
CASE IH. MÁQUINAS DE MÁXIMA PRODUTIVIDADE E ALTA RENTABILIDADE. ESTEJA PREPARADO.A Pimenta Agro Sul oferece ao produtor as soluções avançadas Case IH. Equipamentos de tecnologia avançada para alta performance, para todo tipo de lavoura e de atividade no campo: do preparo do solo à colheita.
COLHEDORA COFFEE EXPRESS 100 e 200 • COLHEITADEIRAS AXIAIS 2566 E 2688 • TRATORES FARMALL, MAXXUM, PUMA E MAGNUM • PULVERIZADORES PATRIOT
PIMENTA AGRO SUL w w w. p i m e n t a a g r o . c o m
Alfenas (35) 3291-2010Passos (35) 3522-1415
51
CASE IH. MÁQUINAS DE MÁXIMA PRODUTIVIDADE E ALTA RENTABILIDADE. ESTEJA PREPARADO.A Pimenta Agro Sul oferece ao produtor as soluções avançadas Case IH. Equipamentos de tecnologia avançada para alta performance, para todo tipo de lavoura e de atividade no campo: do preparo do solo à colheita.
COLHEDORA COFFEE EXPRESS 100 e 200 • COLHEITADEIRAS AXIAIS 2566 E 2688 • TRATORES FARMALL, MAXXUM, PUMA E MAGNUM • PULVERIZADORES PATRIOT
PIMENTA AGRO SUL w w w. p i m e n t a a g r o . c o m
Alfenas (35) 3291-2010Passos (35) 3522-1415
52
| jun
ho/ju
lho 20
13
a g r o n e g ó c i o s
Edição especial capa dupla!Leia aqui também a edição especial
primeira capa disponível no Issuu.