ordem juridica 140 - jun-jul 2007

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Advogado e cliente: uma relação de confiança (págs. 8 e 9) NESTA EDIÇÃO Comissão de Prerrogativas realiza terceira audiência pública com advogados (pág. 3) OAB-ES encerra Semana do Advogado com sorteio de jóias (pág. 5) Virtualização de processo impõe mudanças no dia-a-dia dos advogados (págs. 6 e 7) O casal Mirela e Romeu Sepulcri comprovaram que a relação entre advogado e cliente é estabelecida com sinceridade, sensibilidade e informações técnicas. JORNAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ANO XVIII • Nº 140 • JUNHO/JULHO/2007

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Virtualização de processo impõe mudanças no dia-a-dia dos advogados JORNAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ANO XVIII • Nº 140 • J UNHO/JULHO/2007 O casal Mirela e Romeu Sepulcri comprovaram que a relação entre advogado e cliente é estabelecida com sinceridade, sensibilidade e informações técnicas. (págs. 8 e 9) NESTA EDIÇÃO (págs. 6 e 7) (pág. 3) (pág. 5)

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Advogado e cliente: uma relação de confiança(págs. 8 e 9)

NESTA EDIÇÃO

Comissão de

Prerrogativas

realiza terceira

audiência

pública com

advogados(pág. 3)

OAB-ES

encerra Semana

do Advogado

com sorteio

de jóias(pág. 5)

Virtualização de

processo impõe

mudanças no

dia-a-dia dos

advogados(págs. 6 e 7)

O casal Mirela e Romeu Sepulcri comprovaram que a relação entre advogado e cliente é estabelecida com sinceridade, sensibilidade e informações técnicas.

J O R N A L DA O R D E M D O S A DV O G A D O S D O B R A S I L - S E Ç Ã O D O E S P Í R I TO S A N TO A N O X V I I I • N º 1 4 0 • J U N H O / J U L H O / 2 0 0 7

E D I T O R I A L

A C O N T E C E U

DIRETORIA

PRESIDENTEAntônio Augusto Genelhu Junior

VICE-PRESIDENTEStephan Eduard Schneebeli

SECRETÁRIO GERALRodrigo Rabello Vieira

SECRETÁRIO GERAL ADJUNTOAndré Luiz Moreira

TESOUREIRAMárcia Maria de Araújo Abreu

CONSELHEIROS SECCIONAIS TITULARESAlexandre Puppim, Aloísio Lira, Anabela

Galvão, Ben-Hur Brenner Dan Farina, Carlos Augusto da Motta Leal, Christiano Dias Lopes Neto, Evandro de Castro Bastos,

Francisco de Assis Araújo Herkenhoff, Gilmar Zumak Passos, Ímero Devens Junior, Jayme Henrique Rodrigues dos Santos, Luiz Carlos

Barros de Castro, Marcelo Abelha Rodrigues, Martiniano Lintz Junior, Orlando Bergamini, Paulo Luiz Pacheco, Rafael de Anchieta Piza Pimentel, Sandoval Zigoni Junior, Sebastião

Gualtemar Soares, Tarek Moysés Moussalem.

CONSELHEIROS SECCIONAIS SUPLENTESDomingos de Sá Filho, Elivan Junqueira

Modenesi, Homero Junger Mafra, Gustavo César de Mello Calmon Holliday, Ivon Alcure do Nascimento, João Nogueira

da Silva Neto, Valeska Paranhos Fragoso, Ivone Vilanova de Souza, Luiz Gonzaga

Freire Carneiro, Rodrigo Marques de Abreu Júdice, Udno Zandonade.

CONSELHEIROS FEDERAIS TITULARESAgesandro da Costa Pereira, Luiz Antônio de

Souza Basílio e Djalma Frasson

CONSELHEIROS FEDERAIS SUPLENTESPaulo Roberto da Costa Mattos

PRESIDENTES DAS SUBSEÇÕES

1ª. SUBSEÇÃO - COLATINAGleide Maria de Melo Cristo

2ª. SUBSEÇÃO – CACHOEIRO DE ITAPEMIRIMMaria Salomé de Freitas Costa

3ª. SUBSEÇÃO - LINHARESAntonio da Silva Pereira

4ª. SUBSEÇÃO - GUARAPARIGilberto Simões Passos

5ª. SUBSEÇÃO – BARRA DE SÃO FRANCISCOJaltair Rodrigues de Oliveira

6ª. SUBSEÇÃO - GUAÇUÍDaniel Freitas Junior

7ª. SUBSEÇÃO - ALEGRECelso Piantavinha Barreto

8ª. SUBSEÇÃO – VILA VELHAMarcus Felipe Botelho Pereira

9ª. SUBSEÇÃO - CASTELODayvson Faccin Azevedo

10ª. SUBSEÇÃO - ITAPEMIRIMMauricio dos Santos Galante

11ª. SUBSEÇÃO - CARIACICAEudson dos Santos Beiriz

12ª. SUBSEÇÃO – SÃO MATEUSAndré Luiz Pacheco Carreira

13ª. SUBSEÇÃO - ARACRUZNilson Frigini

14ª. SUBSEÇÃO - IBIRAÇUFrancisco Guilherme Maria Apolônio Cometti

15ª. SUBSEÇÃO – NOVA VENÉCIACelso Cimadon

CAAES

PRESIDENTECarlos Magno Gonzaga Cardoso

VICE-PRESIDENTECarlos Augusto Alledi de Carvalho

SECRETÁRIOSérgio Vieira Cerqueira

SECRETÁRIO ADJUNTOAnésio Otto Fiedler

TESOUREIROIzael de Mello Rezende

SUPLENTES Maria Helena Reinoso Rezende e

Sérgio Zuliani Santos

ORDEM JURÍDICAFundado por Manoel Moreira Camargo

PRODUÇÃO E EDIÇÃOAssessoria de Comunicação da OAB-ES

R. Alberto de Oliveira Santos, nº 59Ed. Ricamar – 3º e 4º andares – Centro

Vitória – ES – 29.010-908 - Tel.: (27) 3232-5608e-mail [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL Raquel Salaroli – DRT/ES 556/92

[email protected]

REDAÇÃO Rosa Blackman – DRT/ES 547/92

[email protected]

FOTOGRAFIASSamuel Vieira

www.samuelvieiraphoto.com

PUBLICIDADE Inverte Comunicação Visual (27) 3323-1356 / 9999-2902

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Bios Editoração – (27) 3222-0645

02/06 Palestra sobre prerrogativas para advogados de Aracruz, na Subseção, proferida pelo conselheiro Homero Mafra, presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-ES.

04/06 Reunião Extraordinária do Conselho Seccional.

04/06 Reunião da Comissão de Precatórios.

17/06 Participação do presidente da CEAIC na reunião da Comissão Nacional de Apoio ao Advogado em Início de Carreira, em Brasília.

18/06 Reunião do Conselho Federal da OAB e audiência com presidente do STJ para tratar do Recurso Especial da OAB-ES, sobre o Quinto Constitucional.

20/06 Abertura do OAB vai à escola na Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Lacerda de Aguiar, em São Pedro.

25/06 Reunião com presidente do TJES, Jorge Góes Coutinho, para tratar de assuntos corporativos e institucionais, em especial, as reivindicações dos advogados criminalistas relacionadas principalmente às violações de prerrogativas nas Varas de Execução em Viana e Vila Velha.

25/06 Reunião de movimentos de direitos humanos do ES sobre sistema prisional e torturas.

26/06 Realização da terceira audiência pública promovida pela Comissão de Prerrogativas. Desta vez, a reunião foi voltada para os advogados cíveis.

27/06 Reunião Ordinária do Conselho Seccional.

28/06 Assembléia com advogados criminalistas, em mais uma ação prática das propostas registradas durante a audiência de prerrogativas com os profissionais militantes nesta área.

30/06 Abertura curso ESA na Subseção de Guarapari.

NotaA OAB-ES anuncia, com pesar, o falecimento do ex-conselheiro Geraldo de Aquino Carneiro. O

advogado foi conselheiro e tesoureiro da Seccional no período de 1977 a 1979 e conselheiro até 1985. Geraldo Carneiro estava inscrito na Ordem desde 1960, sob o número 732.

Exame de Ordem: sua extinção é um atentado à advocacia digna e à cidadania

Os movimentos contra o Es-tado democrático de direito são cíclicos e, muitas vezes, disfarça-dos de lutas que anunciam defe-sa imediatista (e falsa) de alguma bandeira travestida de liberda-de. Desta vez procura-se aten-tar contra o Exame de Ordem, instrumento que tem se mostra-do eficiente e necessário ao lon-go de sua história. Em discursos fáceis para platéias de estudan-tes que temem, em um primei-ro momento, a reprovação nos Exames e para donos de algu-mas faculdades que igualmente temem o resultado insatisfatório dos bacharéis que formam, alguns demagogos têm se proclamado defensores do fim do Exame. É bom ressaltar, no entanto que há faculdades privadas que não se enquadram neste aspecto, garan-tindo qualidade no ensino e bons resultados nos Exames. Assim como há estudantes plenamente conscientes de que, mesmo sen-do considerado difícil, o Exame

é absoltamente necessário para uma advocacia digna.

Dizem os retrógrados que a OAB quer se intrometer na regu-lação das faculdades e que não é admissível a Entidade impedir a en-trada de formados em Direito em seus quadros. Esquecem que a Or-dem não está fiscalizando nenhuma instituição de ensino superior com os Exames. Está, isto sim, exigindo o mínimo de preparo dos bacha-réis para exercerem a advocacia. E se isso faz é em nome da socie-dade a quem o advogado, após inscrito na Ordem, atende. Não é reserva de mercado. É busca de cidadania digna, com advogados preparados para exigi-la. Por isso, a Ordem não irá abrir mão da luta pela manutenção e aperfeiçoamen-to do Exame de Ordem.

Afinal, para ser um advogado, não basta apenas cursar freqüentar um curso de Direito, assegurando um diploma a qualquer preço ao final de alguns anos. Ser um pro-fissional do Direito requer conheci-

mento e habilidade comprovados pelo Exame de Ordem, um dos re-quisitos obrigatórios para obten-ção da inscrição como advogado e, assim mergulhar no dia-a-dia da vida jurisdicional cheio de percal-ços e desafios que só um profissio-nal seguro de seu conhecimento técnico é capaz de resistir às arma-dilhas encontradas no caminho. E, mesmo assim, muitas vezes, este caminho se mostra difícil.

Nesta edição, o Ordem Jurí-dica aborda este e outros temas. A matéria de capa mostra a expe-riência de alguns clientes com os seus advogados que tiveram um final “feliz” ou se mantém den-tro do comportamento espera-do a um profissional do Direito. Mas, como contraponto, o presi-dente do Tribunal de Ética e Dis-ciplina, Nacyr Amm toca na “fe-rida” e fala que os comentários adversos à figura do advogado encontram respaldo pela falta de decência e pela ambição maléfi-ca de alguns profissionais.

pág. 2 ORDEM JURÍDICA JUNHO/JULHO/2007

P R E R R O G A T I V A S

O Colégio de Presidentes dos Conselhos

Seccionais da OAB decidiu no último encontro

realizado entre os dias 31 de maio e 1º junho

sete pontos prioritários a serem defendidos

pela advocacia e por toda a sociedade brasi-

leira. O primeiro deles

é o combate intran-

sigente à corrupção,

que segundo o Colé-

gio, vem comprome-

tendo o funcionamen-

to do Estado brasilei-

ro, drenando recursos

públicos e impedin-

do sua destinação às

precípuas finalidades

estatais de promoção

do bem comum.

Depois de dois

dias de discussões,

os presidentes des-

tacaram o avanço de-

mocrático quanto ao fato de que a investiga-

ção policial e a persecução criminal não mais

se detenham diante do poder político e eco-

nômico, e acrescentaram a necessidade im-

periosa de que a ação do aparelho repressi-

vo estatal se processe

nos limites da legali-

dade.

O Colégio apon-

tou também como fun-

damental deixar mais

uma vez registrado o

repúdio às tentativas

de cerceamento ao

exercício da advoca-

cia e aos ataques às

prerrogativas profis-

sionais, invocando o

caráter de essenciali-

dade do advogado à

realização do ideal de

justiça.

Combate à corrupção é prioridade para presidentes das Seccionais

Advogados ganham nova sala no Fórum Trabalhista

Os advogados que militam na área

trabalhista vão ganhar mais comodidade

para o exercício profissional nas depen-

dências do Fórum Trabalhista, em Vitória.

Após reunião com a diretoria do Fórum, a

OAB-ES garantiu a mudança da atual sala

dos advogados para uma área mais ampla,

passando dos atuais 28 metros quadrados

para mais do que o dobro da área – 62

metros quadrados. Nas próximas edições,

mais informações sobre o tema.

• • •

Nova diretoria na AesatA advogada Maria Helena Reinoso Re-

zende assume a presidência da Associa-

ção Espírito-Santense de Advogados Tra-

balhistas (AESAT), tendo como vice-pre-

sidente Juliana Nunes Fraga Roriz Mora-

es. A nova diretoria foi eleita no dia 18

de junho para o biênio 2007/2009. A so-

lenidade de posse será realizada no pró-

ximo dia 1º de agosto.

pág. 3JUNHO/JULHO/2007 ORDEM JURÍDICA

Criminalistas terão audiências públicas mensaisA Comissão de Prerrogativas

da Ordem vai impetrar Manda-do de Segurança coletivo asse-gurando aos advogados o aten-dimento aos seus clientes sem o prévio agendamento. O anúncio foi feito pelo presidente da Co-missão, Homero Mafra, durante a audiência pública com os ad-vogados criminalistas realizada no dia 29 de maio, no auditório da OAB-ES.

A proposta da Comissão é de que as audiências públicas sejam um espaço para debater, discutir e propor alternativas de supera-ção das violações de prerroga-tivas. As principais reclamações dos advogados são referentes ao agendamento de visitas aos clientes na Casa de Custódia de Viana, grampos telefônicos e a posição de muitos juízes que se negam a dar encaminhamento aos casos em que muitos deles advogam.

Na avaliação da advogada Elisângela Leite Melo a realização da audiência é mais uma opor-tunidade de resgatar o diálogo entre os militantes da área cri-minalista. Quanto às questões colocadas por outros colegas, ela afirmou: “Somos os últimos guerreiros independentes. Te-nho a coragem de dizer que não entrego minha bolsa para revista nem meu celular”.

O advogado Francisco de Oli-veira fez questão de ressaltar um foco de problema que, segundo ele, aflige a todos os advoga-dos criminalistas, que é a Vara de

Execuções Penais. “Pela primeira vez estou sentindo os advogados como uma categoria. A gente bri-gava com os juízes sozinhos, por-que é absurdo o descumprimen-to dos direitos da classe”.

Francisco acrescentou que “temos que parabenizar a Ordem pelo fato de estar aglutinando, transformando-nos em catego-ria. Precisamos mostrar que jun-tos somos ainda mais fortes”, fi-nalizou. Ao sair da audiência o advogado Leonardo Picoli Gagno disse acreditar que com as reuni-ões regulares será possível sanar grande parte dos problemas do cotidiano dos profissionais que militam na área.

Fazendo coro aos colegas, Ita-mar Cadete afirmou que “os crimi-nalistas alimentam a esperança e a certeza do orgulho de pertencerem

à Ordem”. Mais informações sobre as datas das novas audiências com a Coordenação de Apoio às Comis-sões pelo telefone 3232-5606.

Cíveis apresentam reivindicação em audiência pública da OrdemNa terceira audiência públi-

ca promovida pela Comissão de Prerrogativas da OAB-ES realiza-da no dia 26 de junho foi a vez dos advogados cíveis apresenta-rem suas demandas e reivindica-ções para garantir o pleno exercí-cio da advocacia e a manutenção do estado democrático de Direi-to. A iniciativa atraiu dezenas de profissionais ao auditório da Sec-cional, onde estão acontecendo os encontros.

Uma delas foi a advogada Na-tália G. Amigo. Para ela, a iniciati-va é fundamental como meio de comunicação dos advogados com os órgãos do Poder Judiciário na defesa do interesse coletivo. Ao sair da reunião, Natália disse es-perar que algumas das medidas

de fato sejam tomadas para que o advogado possa exercer plena-mente a advocacia. “Hoje, há uma limitação do exercício, como im-pedimento de despachar com al-guns juízes, dificuldades no acesso a autos por falta de procedimen-tos, entre tantos outros”, desta-ca Natália Amigo. O advogado Thiago Santos Oliveira também avalia como positiva a realização das audiências. “As prerrogativas têm sido violadas explicitamente. O advogado, sozinho, tem gran-de dificuldade em fazer prevalecer essa garantia legal, mas junto com a OAB-ES torna-se mais fácil. Hoje, o atendimento da justiça despreza nossas prerrogativas”. Após ou-vir as exposiçãos dos advogados cíveis, o presidente da Comissão

de Prerrogativas, Homero Mafra, conclui dizendo que: “As audiên-cias mostram que o presidente da Casa, Antônio Augusto Genelhu Júnior, está correto quando elege como eixo principal de sua gestão o trabalho de defesa das prerro-gativas”. Homero adiantou que o presidente da OAB-ES expres-sa, claramente, que deve ser fei-to grande encontro sobre o tema no início do segundo semestre. “Este encontro irá reunir advoga-dos de todas as áreas da advoca-cia. As audiências já começaram a dar frutos. Começamos a plan-tar e a colher”, finalizou.

Já a audiência pública com os advogados tributaristas ocor-re em 17 de julho, no auditório da OAB-ES.

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) garantiu ao advogado Jorge Luis da Silva o acesso aos autos policiais de inqué-rito que correm em segredo de justiça. A decisão liminar é do desembagador Sérgio Bizzotto, em Mandado de Segurança impe-trado pela OAB-ES.

A seccional da OAB no Estado acio-nou a Justiça contra a decisão proferida pelo Juiz de Direito da Vara de Central de Inquéritos de Vitória. O magistrado havia negado o acesso aos autos para o advo-

gado, que ficou sem o direito de ter vis-tas no inquérito policial instaurado contra sua cliente.

Em menos de um mês esta é a segun-da decisão favorável à OAB, na defesa de prerrogativas de advogados em casos que correm em sigilo. No final de maio, o julga-mento do mérito de um Mandado de Segu-rança também garantiu o acesso aos autos para o advogado Fabrício Campos em pro-cesso semelhante, em que já havia decisão liminar desde fevereiro.

Os dois Mandados de Segurança são rela-

cionados a acesso de autos de flagrante e de in-

quérito, prerrogativa dos advogados prevista no

Estatuto da Advocacia e da OAB, lei 8.906/94.

Em seu artigo 7º, XIV, a lei garante:

“Art. 7º São direitos do advogado: XIV - exa-minar em qualquer repartição policial, mes-mo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo co-piar peças e tomar apontamentos.”

OAB-ES obtém liminar e garante acesso de advogado aos autos

P R E R R O G A T I V A S

A Comissão de Prerrogativas impetra mandado de segurança coletivo assegurando aos advogados o atendimento dos seus clientes sem o prévio agendamento

pág. 4 ORDEM JURÍDICA JUNHO/JULHO/2007

O designer idealiza uma peça com referência à classe

Comissão Sociedade de Advogados tem reunião mensal O presidente da Comissão de Sociedade de

Advogados, Ímero Devéns Júnior reúne a co-missão toda segunda quinta-feira do mês para ouvir as reivindicações e sugestões da classe em mais uma ação da Ordem para assegurar as

prerrogativas dos advogados. A exceção ocor-re no próximo dia 9. Em função, das festivida-des em comemoração ao Dia do Advogado, a reunião do mês de agosto será transferida para outra data.

Junta Comercial amplia atendimentoA Junta Comercial do Estado do Espírito Santo (Juces) desde o dia 25 de junho estendeu seu horá-

rio de atendimento ao público. Agora, a Junta funciona das 9h30 às 17h30, aumentando em duas ho-ras o período de abertura ao público ininterruptamente. A extensão do horário foi feita na Sede, em Vitória, e também nos escritórios regionais de Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Colatina.

OAB-ES vai sortear jóia nas festividades do Dia do Advogado

A expressão fechar com chave de ouro nunca foi tão adequada. No

encerramento das atividades comemorativas ao Dia do Advogado, a Or-

dem vai sortear jóias produzidas com exclusividade pelo designer Willian

Ribeiro Chagas, da Willian Ribeiro Jóias.

As peças serão elaboradas em ouro e pedras preciosas. Um mo-

delo para a mulher advogada e outro para o advogado serão sortea-

dos. A festa de encerramento da Semana do Advogado será embala-

da pelo grupo MPB4, na noite do dia 11 de agosto.

Convênio: desconto em loja de roupas masculinas

Em mais um esforço em

atender as demandas da

classe, a Seccional acaba de

firmar parceria com a loja

Hombre, localizada no Sho-

pping Praia da Costa. Com

isso, os advogados poderão

adquirir peças com 20% de

desconto nas compras à vis-

ta; 8% nas parceladas no car-

tão de crédito, em até cinco

vezes, com parcelas mínimas

de R$ 35,00.

Para desfrutar destas van-

tagens, o profissional deve,

obrigatoriamente, apresen-

tar, no ato da compra, a car-

teira da Ordem.

pág. 5JUNHO/JULHO/2007 ORDEM JURÍDICA

I N F O R M A T I Z A Ç Ã O

Virtualização de processos já é realidade no EstadoNo mundo onde quase tudo

pode ser digitalizado, o Tri-bunal de Justiça do Espíri-

to Santo (TJ-ES) começa a imple-mentar o processo de virtualização dos processos, ou seja, a digitaliza-ção de documentos e organização na forma de arquivá-los e manipu-lá-los eletronicamente.

Na avaliação do coordenador de Informática do TJ-ES, Victor Murad Filho, são muitas as vantagens da vir-tualização dos processos: “A princi-

pal é a economia de tempo de cerca de 70% em relação ao gasto com o siste-ma adotado hoje. A virtualização pos-sibilita a simulta-neidade, ou seja, todos os atores en-volvidos podem fa-lar ao mesmo tem-po. Isso economiza tempo e possibili-

ta, inclusive, um acordo on line. Sem falar no quanto economizare-

mos com a redução de cópias de documentos, espaço físico utilizado para arquivo”.

Questionado sobre como a vir-tualização acontecerá efetivamente, Murad explicou que o funcionamen-to “envolve uma nova cultura, que-bra de paradigmas. O processo tem que acontecer paulatinamente. Mui-tos promotores, juízes e advogados vivem na exclusão digital. Temos que trazer essas pessoas para um conta-to mais íntimo”, avalia.

O coordenador de Informática acena também para a quebra da tra-dição de trabalhar com papéis. “Não está sendo mudada a prática jurídica, mas sim a cartorária. Jurídico é a lei e a cartorária é a mecanização”, frisa.

Murad informou que para utilizar o sistema os atores envolvidos terão uma senha pessoal e intransferível e precisarão apenas de um computa-dor conectado à internet. “Assim, o advogado terá acesso a todos os processos que lhe pertencem. Todo esse processo será realizado no meio eletrônico, tudo na internet. Tudo foi pensado para evitar o congestiona-mento”, garante. Para obter a senha, o advogado deve ir à Coordenação de Informática do TJ, de segunda-feira a sexta-feira, das 12 horas às 18 horas, para fazer o seu cadastro.

Quantos aos questionamentos sobre a preocupação dos profissio-nais do Direito de que o novo siste-ma venha a afastar a Justiça da po-pulação – uma vez que a maioria não tem acesso às novas tecnologias – ele responde: “Podemos estar resolven-do um problema criando um outro. Mas queremos dar mais transparên-cia e maior acessibilidade”.

Murad informou que, a partir da virtualização, o Tribunal passa a ser mais rigoroso com o registro do protocolo, explicando que o relógio do TJ está ligado ao relógio atômi-co com Observatório Nacional atra-vés dos computadores do Supremo Tribunal Federal (STF). O coordena-dor de Informática afirma que o ad-vogado passa a ter um novo horário - de zero hora a meia-noite - e não restrito ao de funcionamento dos Fóruns. Assim, o profissional pode contar com as 24 horas do dia para realizar o seu trabalho, de acordo com a sua conveniência.

A OAB-ES e o TJ-ES estão organizan-do um curso a ser oferecido aos ad-vogados para que eles se adequem ao novo procedimento

0 Conselho Federal da Ordem dos Advoga-dos do Brasil requereu no dia 14 de junho formal-mente ao Supremo Tribunal Federal a realização de uma audiência pública para debater os refle-xos processuais e as implicações para os opera-dores de Direito da Lei 11.419/2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial, tam-bém conhecida como lei do processo eletrônico. A solicitação da audiência foi dirigida pelo presi-dente nacional da OAB, Cezar Britto, ao relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) n° 3880, ministro Ricardo Lewandowski. A ADI foi ajuizada em março pela entidade dos advogados brasileiros, questionando a Lei 11.419.

Na petição, Britto lembra que a ADI pro-posta pela OAB contra dispositivos da lei do processo eletrônico, entre eles o que autoriza o credenciamento de advogados pelo Judiciá-

rio, tem suscitado diversos pedidos ao STF de entidades para atuar como amicus curiae (in-teressados na causa) na ação, os quais foram acolhidos pelo ministro relator. Em razão desse interesse despertado pela Ação o presidente nacional da OAB solicitou que “sejam nomea-dos e ouvidos peritos que possam esclarecer e apontar, juntamente com as partes, através da designação de audiência pública, quais são os reflexos processuais que acontecerão caso seja mantido o dispositivo legal que permite a realização de cadastro de advogados do Po-der Judiciário”.

Cezar Britto quer que a audiência pública avalie também o risco do regulamento da nova lei “diante da abundância indevida de normas de organização cujo conteúdo corresponde a inovação de regras processuais”. O primeiro

dos dispositivos contestado pela OAB na ADI é o artigo 1º, III, “b”, da Lei nº 11.419, que pre-vê que a assinatura sem o uso de certificação digital para o tráfego de comunicação de atos e transmissão de peças processuais serão obti-das perante o Judiciário, “mediante cadastro prévio de usuário - incluso advogados - con-forme normas a serem editadas pelos seus ór-gãos respectivos”. A medida submete o advo-gado ao cadastramento no Poder Judiciário, além da sua inscrição na entidade que regula o seu exercício profissional, condicionando o acesso ao processo eletrônico à concessão da assinatura não certificada. No entendimento da OAB, a exigência “excessiva” para o livre exercício profissional viola o princípio da pro-porcionalidade. A matéria foi publicada no site do Conselho Federal da OAB.

OAB solicita audiência pública do STF sobre processo eletrônico

pág. 6 ORDEM JURÍDICA JUNHO/JULHO/2007

Virtualização de processos já é realidade no EstadoO Supremo Tribunal Federal (STF) instalou no dia 26 de junho o

“relógio atômico” que será o marcador de tempo para toda Justiça do

país. O maior objetivo do relógio, segundo a secretária de Tecnologia

da Informação do STF, é a precisão nos horários, já que a tramitação de

processos no Tribunal, por meio da internet, teve início no último dia 21

de junho, com o lançamento do Recurso Extraordinário Eletrônico.

O equipamento foi instalado por técnicos do Observatório Na-

cional do Rio de Janeiro e é baseado no elemento químico rubídio,

que dá a precisão do tempo universal em bilionésimos de segundo.

As informações são passadas para outro computador chamado de

“carimbador do tempo” que vai registrar o horário em que os pro-

cessos chegam ao STF.

O relógio atômico vai garantir a contagem de prazos de for-

ma igual para todos. “O computador do advogado tem um horá-

rio que pode estar errado, e quem diz a hora certa é o Observató-

rio Nacional. Nós passamos a ter um braço do Observatório Nacio-

nal aqui no STF. Não existe mais dúvida, o horário do STF é o horá-

rio oficial brasileiro”.

“Relógio atômico” marca o tempo da Justiça de todo país

Dispõe sobre a informatização do pro-cesso judicial; altera a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Pro-cesso Civil; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DA INFORMATIZAÇÃO DO PROCESSO JUDICIAL

Art. 1º O uso de meio eletrônico na tramitação de processos judiciais, co-municação de atos e transmissão de peças processuais será admitido nos termos desta Lei.

§ 1º Aplica-se o disposto nesta Lei, indistintamente, aos processos civil, penal e trabalhista, bem como aos juizados especiais, em qualquer grau de jurisdição.

§ 2º Para o disposto nesta Lei, con-sidera-se:

I - meio eletrônico qualquer forma de armazenamento ou tráfego de docu-mentos e arquivos digitais;

II - transmissão eletrônica toda for-ma de comunicação a distância com a utilização de redes de comunica-ção, preferencialmente a rede mun-dial de computadores;

III - assinatura eletrônica as seguin-tes formas de identificação inequí-voca do signatário:

a) assinatura digital baseada em cer-tificado digital emitido por Auto-ridade Certificadora credenciada, na forma de lei específica;

b) mediante cadastro de usuário no

Poder Judiciário, conforme disci-plinado pelos órgãos respectivos.

Art. 2º O envio de petições, de re-cursos e a prática de atos processu-ais em geral por meio eletrônico se-rão admitidos mediante uso de as-sinatura eletrônica, na forma do art. 1º desta Lei, sendo obrigatório o cre-denciamento prévio no Poder Judici-ário, conforme disciplinado pelos ór-gãos respectivos.

§ 1º O credenciamento no Poder Ju-diciário será realizado mediante pro-cedimento no qual esteja assegurada a adequada identificação presencial do interessado.

§ 2º Ao credenciado será atribuído registro e meio de acesso ao siste-ma, de modo a preservar o sigilo, a identificação e a autenticidade de suas comunicações.

§ 3º Os órgãos do Poder Judiciá-rio poderão criar um cadastro úni-co para o credenciamento previsto neste artigo.

Art. 3º Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora do seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do que deverá ser fornecido protocolo eletrônico.

Parágrafo único. Quando a petição ele-trônica for enviada para atender prazo processual, serão consideradas tempes-tivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia.

CAPÍTULO II

DA COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA DOS ATOS PROCESSUAIS

Art. 4º Os tribunais poderão criar Diá-rio da Justiça eletrônico, disponibiliza-do em sítio da rede mundial de com-

putadores, para publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral.

§ 1º O sítio e o conteúdo das publi-cações de que trata este artigo de-verão ser assinados digitalmente com base em certificado emitido por Au-toridade Certificadora credenciada na forma da lei específica.

§ 2º A publicação eletrônica na forma des-te artigo substitui qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal.

§ 3º Considera-se como data da pu-blicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.

§ 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao consi-derado como data da publicação.

§ 5º A criação do Diário da Justiça eletrônico deverá ser acompanhada de ampla divulgação, e o ato admi-nistrativo correspondente será publi-cado durante 30 (trinta) dias no diá-rio oficial em uso.

Art. 5º As intimações serão feitas por meio eletrônico em portal próprio aos que se cadastrarem na forma do art. 2º desta Lei, dispensando-se a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico.

§ 1º Considerar-se-á realizada a in-timação no dia em que o intimando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos au-tos a sua realização.

§ 2º Na hipótese do § 1º deste arti-go, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil, a intimação será considerada como realizada no pri-meiro dia útil seguinte.

§ 3º A consulta referida nos §§ 1º e 2º deste artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação automaticamente realizada na data do término desse prazo.

§ 4º Em caráter informativo, pode-rá ser efetivada remessa de corres-pondência eletrônica, comunican-do o envio da intimação e a aber-tura automática do prazo processu-al nos termos do § 3º deste artigo, aos que manifestarem interesse por esse serviço.

§ 5º Nos casos urgentes em que a in-timação feita na forma deste artigo possa causar prejuízo a quaisquer das partes ou nos casos em que for evi-denciada qualquer tentativa de bur-la ao sistema, o ato processual deve-rá ser realizado por outro meio que atinja a sua finalidade, conforme de-terminado pelo juiz.

§ 6º As intimações feitas na forma des-te artigo, inclusive da Fazenda Públi-ca, serão consideradas pessoais para todos os efeitos legais.

Art. 6º Observadas as formas e as cautelas do art. 5º desta Lei, as cita-ções, inclusive da Fazenda Pública, excetuadas as dos Direitos Proces-suais Criminal e Infracional, poderão ser feitas por meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos seja acessí-vel ao citando.

Art. 7º As cartas precatórias, roga-tórias, de ordem e, de um modo ge-ral, todas as comunicações oficiais que transitem entre órgãos do Po-der Judiciário, bem como entre os deste e os dos demais Poderes, se-rão feitas preferentemente por meio eletrônico.

Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006 (publicada no DOU de 20.12.2006):

Fonte: STF

pág. 7JUNHO/JULHO/2007 ORDEM JURÍDICA

C A P A

Advogado: peça chave na conquista da cidadaniaA relação entre advogado e cliente deve

ser pautada pela sinceridade e informações

técnicas. Muitas vezes, o cliente não quer

a verdade mas é obrigação do profissional

evitar que o cliente ingresse numa aventura

A professora aposentada

E. L declara que está viva gra-

ças a um advogado. Por várias

vezes, a aposentada ouvia co-

mentários de que alguns pla-

nos não cumpriam o que pro-

metiam, mas sentiu na pele

este problema que só foi so-

lucionada com a intervenção

de um advogado.

Com um grave problema

cardíaco, que exigia a coloca-

ção de um cardioverso desfi-

brilador – aparelho usado para

impedir que a paciente tives-

se morte súbita – depois da

consulta médica foi orientada

a procurar um advogado. “Ti-

nha conhecimento, mas não

sabia como fazer para obri-

gá-los a realizar este proce-

dimento. Eu não tinha nem

tempo de vida nem dinheiro

para arcar com as despesas.

Estava entre a ‘cruz e a espa-

da’, porque o meu caso era

uma corrida contra o tempo”,

lembra a aposentada.

E. L. conta que contratou

um profissional que abraçou

a causa. “Ele entrou com uma

ação contra o plano de saú-

de para assegurar o direito ao

implante do aparelho. Entre o

primeiro contato que tivemos

com ele e a conquista da limi-

nar garantindo-me esse direi-

to foram apenas 15 dias. Es-

tou viva graças a este advo-

gado. Teria que pagar cerca

de R$ 60 mil para colocação

do cardioverso desfibrilador.

O que tive que pagar ao pro-

fissional foi o justo”. Em julho,

a professora aposentada co-

memora dois anos da nova

vida, após a cirurgia.

CidadaniaA funcionária pública V.B.,

de 38 anos é de família evan-

gélica e cresceu ouvindo dos

pais que só quem fazia coisa

errada precisava de um ad-

vogado. Então, o profissional

do Direito era sinônimo de

problemas com a polícia ou

com a justiça, ou seja, deveria

ficar longe deles. Em 1997,

descobriu o oposto, que o

advogado poderia transfor-

mar a vida familiar, contri-

buindo para que ela desse

mais um passo para a con-

quista da cidadania.

V. foi procurar um advo-

gado porque se sentia injus-

tiçada por ter sido colocada

à disposição por ser auxiliar

de serviços gerais, função ex-

tinta no órgão em que traba-

lhava. “Este foi o argumen-

to usado pela chefia. Mas eu

já havia ganho, anteriormen-

te, uma causa que mudava

minha função de auxiliar de

serviços gerais para assisten-

te administrativo, cargo que

sempre exerci desde minha

aprovação em concurso pú-

blico”, lembra.

Sem lugar para ficar, ela

foi parar, literalmente, no

corredor. “Ao contar meu

caso, o advogado disse que

eu não estava sendo injusti-

çada. Tomei um susto, mas

depois ele explicou que o

caso era muito mais grave.

Eu estava sendo vítima de

danos morais e descumpri-

mento de sentença anterior”,

explica.

Ela comenta que o profis-

sional abriu seus olhos para

os seus direitos como pro-

fissional e cidadã. “Ele mos-

trou nas leis trabalhistas e

na Constituição quais eram

meus deveres e direitos no

caso”. Dez anos depois, V. diz

que se sente aliviada, apesar

do reclamado recorrer das

decisões judiciais e ainda não

ter visto o desfecho final do

caso. “O tratamento que re-

cebi do advogado valeu qua-

se como tratamento psicoló-

gico. A consciência dos meus

direitos criou uma revolução

dentro de mim. Hoje, avalio

melhor todas as situações.

Fico atenta aos detalhes, na

dúvida recorro ao meu advo-

gado”, finaliza.

“O advogado foi muito direto em suas colocações mas, ao mesmo tempo sensível, fazendo-nos refletir sobre nossas vidas”, comenta Romeu Sepulcri

pág. 8 ORDEM JURÍDICA JUNHO/JULHO/2007

Advogado: peça chave na conquista da cidadaniaMuito mais que assistência jurídica

Decidido a colocar um pon-to final no casamento de cinco anos o programador Romeu Bo-nella Sepulcri, 34, bateu na por-ta de um advogado. Mas, em vez de sair do escritório para uma sala de audiência e conseguir o divórcio, como era o pedido ini-cial do cliente, o advogado re-solveu, em poucas reuniões com o casal, a crise no casamento. Agora? Eles estão mais unidos do que nunca.

Romeu conta que o advoga-do foi muito direto em suas co-locações mas, ao mesmo tem-po sensível, fazendo-os refletir sobre suas vidas. “Ele falou: se vocês querem separar então va-mos. Quais bens vocês têm para dividir? Dívidas também precisam ser divididas meio a meio? Má-goas, sofrimentos, também”, co-mentou. Desta forma, segundo o programador, o advogado abriu

os olhos do casal para o verda-deiro problema.

O casal havia perdido um filho há pouco tempo e a união acabava trazendo lembranças tristes. Hoje, pouco mais de dois anos do pedido de divórcio que não saiu, o casa-mento não só foi restaurado como a família aumentou. O casal Romeu e a contadora Mirela Sepulcri teve mais um filho, além de Romeu ter reconhecido a paternidade da fi-lha mais velha de 12 anos. “Hoje, nossa família é formada por quatro pessoas felizes. O nosso advogado teve um papel fundamental”.

Romeu diz ter um conselho a dar aos advogados. “Às vezes o profissional do Direito só olha o caso como um número. Eles po-dem ser mais humanos. Muitas vezes eles precisam ser meio psi-cólogos e, assim, ter um final me-lhor para ambas as partes, como em nosso caso”.

Visão geralNeste ponto a presidente do

Sindicato dos Jornalistas do Espí-

rito Santo, Suzana Tatagiba, tam-

bém concorda com o programador

Romeu e acrescenta. “Na área sin-

dical o advogado é imprescindível

nas nossas lutas. “Em um sindicato

a assessoria jurídica não pode ser

um ação isolada. É preciso ter um

visão política mais ampla. No nos-

so sindicato, o advogado acompa-

nha tudo. Ele foi fundamental em

várias ações, em especial, quanto

ao grampo telefônico”, lembra Su-

zana referindo-se ao caso de inter-

ceptação ilegal de telefones de ad-

vogados e da Rede Gazeta.

Ela completa que “temos um

advogado que não fica restrito às

ações nos Tribunais. Ele presta uma

assessoria completa tanto nos mo-

vimentos, negociações salariais, en-

tre outras situações”.

Sinceridade e embasamento técnico sustentam relação com clientePara o vice-presidente do Tribunal de Éti-

ca e Disciplina da OAB-ES, Nacyr Amm, o fato que estabelece a relação cliente e ad-vogado é a sinceridade, independência pro-fissional e informações técnicas. Apesar de que, segundo ele, muitos clientes preferem não ouvir a verdade sobre seu caso. Mesmo assim, o vice-presidente do TED defende que o profissional deve manter sua postura, evi-tando que o cliente ingresse numa aventura jurídica e que o próprio advogado seja acu-sado por adotar uma postura não recomen-dável a um profissional da classe.

Naycr Amm comenta que muitas vezes é difícil o profissional mostrar e o cliente en-tender até onde vão seus direitos. “Muitos clientes acham que a verdade é dele, ficando difícil convencê-lo do contrário e, por isso, se sente enganado”. O vice-presidente do TED disse que há casos também em que o advogado é a vítima. “Às vezes, eles marcam um horário, colhem informações e saem para procurar um outro que cobre mais barato. Quando chegam no outro escritório, se con-

sideram especialistas e querem dizer como este deve trabalhar. Na nossa profissão todo mundo gosta de dar palpites”.

Na avaliação do vice-presidente do TED, o pior dessa situação é que “muitos clientes acreditam mais nas informações dos leigos o que acaba complicando a relação com o pro-fissional”. Diante dessa situação, Nacyr Amm é taxativo: “O papel do advogado é de inde-pendência e impessoalidade. Dizer, sempre, toda a verdade e explicar com clareza os pro-cedimentos que serão adotados. O advoga-do tem que ter como ideal de vida a decên-cia e, não tê-la como regra geral”.

Qual o papel da Ordem nesta si-tuação? O vice-presidente do TED é firme “a Seccional não podem cate-quizar o cliente, então temos que trabalhar intensamente para cons-cientizar e esclarecer os profissio-nais do seu papel e sua conduta”. Ele comenta também que não pode haver a confusão, a mistura entre clien-te e advogado. “O profissional do Di-

reito exercendo o seu papel é um figurante e não partícipe penal”, explica.

Apesar da sua colocação, Nacyr Amm diz que “o cliente que acha que o advogado não é essencial, não acredita no Estado de-mocrático de Direito”. O advogado lebrou ainda que, muitas vezes a culpa de um erro é atribuída, erroneamente, ao advogado, por-que a sociedade, apressada na busca de so-luções imediatistas, esquece da causa verda-

deira dos problemas.

pág. 9JUNHO/JULHO/2007 ORDEM JURÍDICA

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Reparo à discriminação aos baixinhos...Um anão estava no local errado e na

hora errada, e presenciou violenta cena de um homicídio, sendo arrolado como teste-munha ocular do crime.

No dia do sumário, o MM juiz que pre-sidia a instrução processual, era uma pes-soa também de pequena estatura, e detes-tava o apelido de “baixinho” que lhe fora atribuído pelos advogados que militam na área criminal.

Feitos os esclarecimentos acima, vamos ao caso.

Após a qualificação da testemunha, que era o mencionado anão, o juiz passou a in-quirição:

Juiz: O senhor presenciou o crime narrado na denúncia?

Testemunha – Sim excelência, eu estava pas-sando no local quando um homem atirou em um outro.

Juiz – O senhor viu e reconhece o autor dos disparos?

Testemunhas – Não excelência, eu vi mas não reconheço o autor.

Juiz – Mas o senhor não estava presente no local na hora do crime?

Testemunha – Doutor, eu estava passando no local e a cena foi rápida e eu me assustei muito,por isso não vi nem a cor e nem a cara do homem que atirou.

Juiz – A testemunha pode informar pelo me-nos qual era a altura do homem que efetuou os disparos da arma de fogo que matou a ví-tima. Se ele era alto, médio ou baixo?

Testemunha – Bem doutor para dizer a ver-dade o homem que atirou era “baixinho que nem ‘nóis’ dois”.

Juiz ditando para o escrivão: “A testemu-nha esclarece que o autor dos disparos era de estatura normal”.

Seu Clidinho ao saber do caso comentou: ora, tamanho não é documento, e o juiz discretamente fez um reparo à tão repeli-da discriminação aos baixinhos.

Nacyr Amm - OAB-ES 720

E S P A Ç O L I T E R Á R I O

Sê grata a vida que te fez linda,

E ao tempo que não te rouba o viço.

- Exulta-te!

- Exalta-te!

- Deleita-te!

- Contempla-te!

- Celebra-te!

Sê sempre, e para sempre,

Motivo e alvo da tua comemoração...

Pois não há nada mais no mundo além de ti.

Azevedo Medeiros

OAB-ES 3133

Aquém do tempo

pág. 11JUNHO/JULHO/2007 ORDEM JURÍDICA

E X A M E D E O R D E M

Exame de Ordem: seleciona os melhores para o mercado“A sociedade deu a Ordem o

ônus da fiscalização da profissão, inclusive, os requisitos de ingresso. Dentro os quais, o conhecimento téc-nico mínimo é um deles”. Com essa afirmação o presidente da Comissão de Ordem da OAB-ES, Stephan Edu-ard Schneebeli, reforça a posição da Seccional em defesa a realização do Exame de Ordem e aprovação de todo bacharel de Direito que qui-ser exercer a advocacia.

“Se antes o Exame de Ordem já era necessário. Hoje, com a pro-liferação de faculdades e com a bai-xa qualidade do ensino ministrado a realização da prova é ainda mais importante”, argumenta Stephan. De acordo com o levantamento fei-to pela Comissão de Exame de Or-dem, o Espírito Santo tem 2% da população do Brasil e 5% das fa-culdades do país estão concentra-das aqui, no Estado.

No dia 10 de julho, o presidente da Seccional da Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB) do Espírito San-to, Antonio Augusto Genelhu Júnior, denunciou na reunião do Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB, em Brasília, a conduta do senador Mag-no Malta (PR-ES), que tem percorri-do as instituições de ensino de Direi-to particulares e ministrado palestras

2005: • Exame de Ordem realizado em

março/05 - índice de aprovação de 48,38% (1.327 inscritos, 642 aprovados).

• Exame de Ordem realizado em agosto/05 - índice de aprova-ção de 33,77% (998 inscritos, 337 aprovados).

2006:• Exame de Ordem realizado em

abril e maio/06 - índice de apro-vação de 35,61% ( 1.752 inscri-tos e 624 aprovados).

• Exame de Ordem realizado em agosto e setembro/06 - índice de aprovação de 26,36% (1.028 inscritos e 271 aprovados).

• Exame de Ordem realizado em dezembro/06 e fevereiro/07 - ín-dice de aprovação de 38,04% (828 inscritos e 375 aprovados).

2007:• Exame de Ordem realizado em

abril e junho/07: índice de apro-vação de 21,26% (1.472 inscri-tos e 313 aprovados. Os núme-ros ainda não são definitivos, já que ainda há possibilidade de recurso por parte dos candida-tos reprovados).

Apenas 313 candidatos foram aprovados, do total de 1.472 inscritos

no Estado prometendo a estudantes a aprovação do projeto de lei número 186/06, de sua relatoria, que prevê a extinção do Exame de Ordem.

“É um comportamento deplorá-vel. Não podemos aceitá-lo e que-remos uma providência quanto a isso”, afirmou Genelhu. Na reunião, o presidente da OAB-ES criticou ain-da o fato de Magno Malta sequer ter ouvido a Seccional quanto ao teor do projeto de lei, de autoria do senador Gilvan Borges (PMDB-AP). O senador chegou a solicitar uma audiência com a diretoria da OAB capixaba para tratar do Exame de Ordem, mas acabou desmarcando o encontro, não tendo ainda havi-do diálogo entre o relator e a enti-dade quanto à matéria.

O senador Magno Malta es-teve reunido com Cezar Britto no dia 13 de junho, na sede da OAB, quando afirmou não ser contrário à aplicação do Exame de Ordem, mas manifestou seu interesse em ampliar o debate sobre o alcan-ce e formas de organização e re-alização dos exames nos Estados. Ele também sugeriu alternativas que ampliem o acesso por parte de estudantes que, apesar de es-tarem prontos para ingressar no mercado, não conseguem aprova-ção no exame devido a nervosismo ou problemas psicológicos. O pro-jeto de lei 186/06 está na Comis-são de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, aguardando o relató-rio do relator.

pág. 13JUNHO/JULHO/2007 ORDEM JURÍDICA

ART. 1º. AUTORIZAR que a protocolização de todas as

petições iniciais, dirigidas à 1ª vara do juizado espe-

cial cível, 2ª vara do juizado especial cível, 3ª vara do

juizado especial cível privativa da justiça volante, 1ª

vara do juizado especial adjunto cível (UVV) e 2ª vara

do juizado especial adjunto cível (Estácio de Sá), se-

jam realizadas exclusivamente na central de abertura

e distribuição de processos dos juizados especiais cí-

veis, instalada no fórum de Vila Velha situado na rua

luiza grinalda, 377, centro, neste juízo. Parágrafo úni-

co. O horário de atendimento ao público seguirá o

horário previamente estabelecido para funcionamen-

to dos juizados especiais, conforme o disposto na re-

solução nº 27/2006, publicada no diário da justiça em

26.05.2006, Pág. 5, nos dias habituais de expediente

forense, das 8 (oito) às 18 (dezoito) horas.

ART. 2º. AUTORIZAR que a protocolização de petições

incidentais e recursais, dirigidas à 1ª vara do juizado

especial cível, 2ª vara do juizado especial cível e 3ª vara

do juizado especial cível privativa da justiça volante,

seja realizada exclusivamente na central de abertura

e distribuição de processos dos juizados especiais cí-

veis, instalada no fórum de Vila Velha situado na rua

Luiza Grinalda, 377, centro, neste juízo.

ART. 3º. AUTORIZAR que a protocolização de petições

incidentais e recursais, dirigidas à 1ª vara do juizado

especial adjunto cível, em funcionamento no centro

universitário de Vila Velha (UVV) e 2ª vara do juizado

especial adjunto cível, em funcionamento na Faculda-

de Estácio de Sá, sejam protocolizadas no seu respec-

tivo cartório, no horário pré-determinado de funciona-

mento, das 12 (doze) horas às 18 (dezoito) horas, nos

dias de expediente forense.

ART. 4º. DETERMINAR o encaminhamento de cópia des-

ta portaria aos excelentíssimos senhores desembarga-

dores presidente do egrégio tribunal de justiça e cor-

regedor-geral da justiça, assim como a excelentíssima

senhora procuradora-geral de justiça e aos presiden-

tes da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil

do Espírito Santo e da subseccional deste juízo, a co-

ordenadoria dos juizados especiais, ao cartório distri-

buidor e a central de abertura e distribuição de pro-

cessos dos juizados especiais deste juízo.

ART. 5º. DETERMINAR o encaminhamento de cópia des-

ta portaria ao diário da justiça, para que se proceda à

publicação da mesma, bem como afixar-se cópia no

átrio deste fórum.

A Comissão de Advogados em Início

de Carreira (CEAIC) realizou mais uma

atividade do OAB vai à Escola na Escola

Municipal de Ensino Fundamental

Francisco Lacerda de Aguiar, em

São Pedro. A ação atraiu dezenas de

adolescentes e jovens que receberam

orientações sobre cidadania, ética e

noções de Direito.

8ª Subseção consegue descentralização no protocolo de petições nos Juizados especiais

A direção do Fórum de Vila Velha

publicou no dia 24 de maio a Portaria

05/2007 autorizando a protocolização

de petições iniciais, incidentes e recursais

dirigidas aos juizados especiais daquele

município. A medida foi adotada após

solicitação do presidente 8ª Subseção,

Marcus Felipe Botelho Pereira, atenden-

do às reivindicações da classe militante

na região. A Portaria foi baixada diante

da necessidade de normatizar a proto-

colização de petições iniciais e de todas

as incidentais e recursais, dirigidas aos

juizados especiais cíveis, considerando

as disposições contidas na resolução n.º

20/1998, do Tribunal de Justiça do Espí-

rito Santo (TJ-ES). Veja abaixo as resolu-

ções da portaria.

pág. 14 ORDEM JURÍDICA JUNHO/JULHO/2007

caaesC A A E S

CAAES apresenta balancete de dezembro de 2006A Caixa de Assistência dos Advogados do Espírito Santo (CAAES)

divulga neste edição do Ordem Jurídica o último balancete financeiro do exercício de 2006. O balancete é um relatório que tem como finalida-

de a verificação da movimentação de todas as contas contábeis, quer financeiras ou patrimoniais, num dado período de tempo, servindo como importante instrumento de apoio na tomada de decisões.

DISCRIMINAÇÃO EM 30/11/2006 EM 31/12/2006

ATIVO

CIRCULANTE

DISPONÍVEL

Caixa 13.561,14 11.093,63

Bancos Conta Movimento 26.384,73 29.001,33

Bancos Conta Aplicação 403,28 40.349,15 223,88 40.318,84

REALIZÁVEL

Cheques Devolvido/Pré 32.763,25 30.281,53

Clientes/Cartões de Credito 47.954,63 28.494,49

Credito c/OAB-ES 282.522,69 173.420,94

Valores a Recuperar 1.120,35 2.249,67

Adiantamentos e Empréstimos 156.068,22 147.729,41

Tributos e Contr. a compensar 313,79 313,79

Estoque Mercadoria Farmácia 220.005,00 215.405,41

Estoque Mercadoria Livraria 62.290,66 53.543,54

Estoque Mercadoria Livraria - CI 62.991,34 62.667,52

Estoque Mercadoria Ótica 78.452,01 944.481,94 73.687,45 787.793,75

TOTAL DO CIRCULANTE 984.831,09 828.112,59

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Depósitos Judiciais 814,38 814,38 814,38 814,38

PERMANENTE

IMOBILIZADO

Imóveis 67.712,09 67.712,09

Outras Imobilizações 582.606,63 582.606,63

(-) Depreciações Acumuladas 165.053,24 485.265,48 226.002,64 424.316,08

TOTAL DO ATIVO 1.470.910,95 1.253.243,05

BALANCETE PATRIMONIAL COMPARADO LEVANTADO EM 31/12/2006

DISCRIMINAÇÃO EM 30/11/2006 EM 31/12/2006

PASSIVO + PATRIMÔNIO LIQUIDO

CIRCULANTE

EXIGÍVEL

Fornecedores 191.577,20 172.415,96

Contas a pagar 1.273,15 2.009,92

INSS a recolher 14.023,28 17.635,22

IRRF a recolher 1.599,94 1.105,24

FGTS a recolher 4.475,28 3.321,00

PIS a Recolher 358,79 795,49

ICMS a recolher 3.249,07 2.978,77

Cont.Sindical 157,50 453,82

Outros Débitos 1.515,83 218.230,04 826,11 201.541,53

TOTAL DO CIRCULANTE 218.230,04 201.541,53

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Ordem do Advogados do Brasil ES 1.172.924,78 1.172.924,78 1.349.462,03 1.349.462,03

PATRIMÔNIO SOCIAL

Conta Patrimonial -332.615,86 -332.615,86

Resultado Acumulados 412.371,99 79.756,13 34.855,35 -297.760,51

TOTAL DO PASSIVO + PL 1.470.910,95 1.253.243,05

Vitória - ES, 31 de dezembro de 2006

SEBASTIÃO GUALTEMAR SOARES PRESIDENTE

IZAEL DE MELLO REZENDETESOUREIRO

JM SERVIÇOS CONTÁBEIS S/S LTDACRC-ES 2416/O-9

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO COMPARADA LEVANTADA EM 31/12/2006

DISCRIMINAÇÃO EM 30/11/2006 EM 31/12/2006

1-RECEITAS - CUSTOS OPERACIONAIS

1.1 RECEITAS ORDINÁRIAS

1.1.1 Repasses Estatutários OAB-ES 1.055.906,54 1.065.036,99

1.1.2 Outras Receitas 172.436,17 1.228.342,71 189.393,24 1.254.430,23

1.2 CUSTOS OPERACIONAIS

1.2.1 Custos Operacionais Assistenciais 280.764,14 280.764,14 292.111,03 292.111,03

Lucro Bruto Matriz 947.578,57 962.319,20

1.3 RECEITA DE REVENDA DE MERCADORIAS

1.3.1 Revenda Mercadorias Farmácia 1.487.281,77 1.604.972,58

1.3.2 (-)Deduções Vendas Farmácia 27.796,58 1.459.485,19 29.177,44 1.575.795,14

1.4 Custo Mercadorias Vendidas Farmácia 1.293.178,74 1.293.178,74 1.396.719,54 1.396.719,54

Lucro Bruto Farmácia 166.306,45 179.075,60

1.5 Revenda Mercadorias Livraria 880.800,05 909.721,55

1.5.1 (-)Deduções Vendas Livraria - 880.800,05 - 909.721,55

1.6 Custo Mercadorias Vendidas Livraria 755.627,41 755.627,41 779.841,99 779.841,99

Lucro Bruto Livraria 125.172,64 129.879,56

1.7 Revenda Mercadorias Ótica 143.010,34 152.620,64

1.7.1 (-)Deduções Vendas Ótica 18.327,80 124.682,54 20.481,61 132.139,03

1.7.2 Custo Mercadorias Vendidas Ótica 98.448,53 98.448,53 109.044,17 109.044,17

Lucro Bruto Ótica 26.234,01 23.094,86

1.7.3 Revenda Mercadorias Livraria - CI 176.328,60 182.298,46

1.7.4 (-)Deduções Vendas Livraria - CI - 176.328,60 - 182.298,46

1.7.5 Custo Mercadorias Vendidas Livraria - CI 139.069,96 139.069,96 144.769,04 144.769,04

Lucro Bruto Livraria - CI 37.258,64 37.529,42

TOTAL DO LUCRO BRUTO 1.302.550,31 1.331.898,64

DISCRIMINAÇÃO EM 30/11/2006 EM 31/12/2006

2.4 Despesas Administrativas Matriz

2.4.1-Despesas Administrativas 356.795,65 630.025,57

2.4.2-Despesas Financ/Tributarias 8.512,97 9.227,64

2.4.3-Receitas Financeiras 0,83 365.307,79 0,83 639.252,38

Resultado Operacional Matriz 582.270,78 323.066,82

2.4.4-Despesas Administrativas Farm. 227.130,64 309.894,56

2.4.5-Despesas Financeiras/Tributarias Farm. 30.658,71 32.802,41

2.4.6-Receitas Eventuais/Financ. Farm. 66.163,93 191.625,42 72.667,55 270.029,42

Resultado Operacional Farmácia -25.318,97 -90.953,82

2.4.7-Despesas Administrativas Livraria 193.133,05 224.222,93

2.4.8-Receitas Eventuais/Financ. Livraria 131,43 193.001,62 135,43 224.087,50

Resultado Operacional Livraria -67.828,98 -94.207,94

2.4.9-Despesas Administrativas Ótica 66.630,78 77.662,39

2.4.10-Receitas Eventuais/Financ. Ótica 66.630,78 77.662,39

Resultado Operacional Ótica -40.396,77 -54.567,53

2.4.13-Despesas Administrativas Livraria - CI 71.906,63 84.164,46

2.4.14-Despesas Financeiras/Tributaria-CI 1.706,08 73.612,71 1.847,14 86.011,60

Resultado Operacional - CI -36.354,07 -48.482,18

RESULTADO OPERACIONAL DO PERÍODO 412.371,99 34.855,35

Vitória - ES, 31 de dezembro de 2006

SEBASTIÃO GUALTEMAR SOARES PRESIDENTE

IZAEL DE MELLO REZENDETESOUREIRO

JM SERVIÇOS CONTÁBEIS S/S LTDACRC-ES 2416/O-9

pág. 15JUNHO/JULHO/2007 ORDEM JURÍDICA

P R E S T A N D O C O N T A S

Seccional divulga balancetes de 2007A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Espírito Santo (OAB-ES) começa a divulgar nesta

edição do Ordem Jurídica os primeiros balancetes financeiros referentes ao exercício de 2007.

Estes documentos correspondem aos primeiros meses da nova gestão da Seccional.

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2006 EM 31/03/2007

ATIVOCIRCULANTE 2.876.065,26 10.658.241,29 DISPONÍVEL 1.498.755,66 2.321.990,75 Caixa 1.456,27 6.465,24 Valores com Subseções 295,71 295,71 CAAES Cheques a Receber 7.088,04 2.404,51 Bancos Conta Movimento 89.530,89 48.273,73 Bancos Conta Aplicação 1.400.384,75 2.264.551,56

REALIZÁVEL 1.377.309,60 8.336.250,54 Anuidades a Receber 2007 - 1.720.575,39 Anuidades a Receber 2001 a 2006 - 4.971.432,73 Renegociações a Receber - 266.426,63 Adiantamentos para Subseções 16.291,48 17.277,15 Adiantamentos a Empregados 473,43 88,95 Adiantamentos de Fornecedores 95,00 - Creditos a Recuperar 5.208,69 5.208,69 Debitos a Identificar 5.778,97 5.778,97 Adiantamentos de Repasses Estatutários 1.349.462,03 1.349.462,03

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 80.144,91 2.441.346,72 Anuidades a Receber - Dívida Ativa - 2.362.902,39 Cheques em Cobrança 80.144,91 78.444,33

PERMANENTE 2.503.017,73 2.600.935,43 IMOBILIZADO 2.503.017,73 2.600.935,43 Imóveis 2.120.775,91 2.120.775,91 Terrenos 12.740,00 12.740,00 Outras Imobilizações 1.517.386,93 1.521.086,93 Obras em Andamento 16.500,53 110.718,23 (-) Depreciações Acumuladas (1.164.385,64) (1.164.385,64)

TOTAL DO ATIVO 5.459.227,90 15.700.523,44

BALANCETE PATRIMONIAL COMPARADO LEVANTADO EM 31/12/2006

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2006 EM 31/03/2007

PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE 754.451,05 871.422,89OBRIGAÇÕES A PAGAR 166.218,65 128.920,66IRRF/CSLL/PIS/COFINS/ISS a recolher 43,80 43,80 Créditos Terceiros 2.099,00 - Honorários de Sucumbência 812,53 615,92 Créditos a Identificar - Tesouraria 1.007,46 1.007,46 Créditos Anuidades a Restituir 3.835,66 4.046,98 Créditos a Identificar 158.420,20 123.206,50

OBRIGAÇÕES ESTATUTÁRIAS 588.232,40 742.502,23 Conselho Federal 414.811,46 302.539,82 Caixa de Assistência dos Advogados 173.420,94 371.132,97 Fundo Cultural - 68.829,44

RECEITAS A REALIZAR - 9.321.337,14 Receitas de Anuidades - 2007 - 1.720.575,39 Receitas de Anuidades - 2001 a 2006 - 4.971.432,73 Receitas de Renegociações - 266.426,63 Receitas de Dívida Ativa - 2.362.902,39

PATRIMÔNIO SOCIAL 4.704.776,85 5.507.763,41 Conta Patrimonial 4.419.092,07 4.419.092,07 Superávit de Exercícios Anteriores - 285.684,78 Resultado do Exercício 285.684,78 802.986,56

TOTAL DO PASSIVO + PL 5.459.227,90 15.700.523,44

Vitória - ES, 31 de março de 2007

DR. ANTONIO AUGUSTO GENELHU JUNIORPRESIDENTE

DRª. MARCIA MARIA DE ARAUJO ABREUTESOUREIRA

JORGE MESQUITA RIBEIROCONTADOR CRC - ES 8708/03

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO APURADO EM 31/03/2007

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2006 EM 31/03/2007

1-RECEITAS1.1-RECEITAS ORDINÁRIAS1.1.1-Contribuições Ordinárias 4.251.874,03 1.625.126,32 1.1.2-Taxas 245.020,82 50.261,00 1.1.3-Multas 218.216,42 46.287,91

4.715.111,27 1.721.675,23 1.2-RECEITA PATRIMONIAL1.2.1-Aplicações Financeiras 231.318,10 51.989,74

1.3-ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA1.3.1-Inscrições 36.511,50 - 1.3.2-Locação Auditório 4.800,00 41.311,50 1.600,00 1.600,00

1.4 - RECEITAS S/SERVIÇOS DIVERSOS1.4.1-Serviços Prestados 73.201,48 115.834,60 1.4.2-Recuperação Despesas CAAES 176.537,25 - TOTAL DAS RECEITAS 5.237.479,60 1.891.099,57

2-DESPESAS2.2-DESPESAS ORDINÁRIAS2.2.1-Serviços, encargos e materiais Seccional 1.136.932,56 247.599,96 2.2.2-Serviços, encargos e materiais Subseções 289.028,94 61.899,50 2.2.3-Gastos com pessoal Seccional 1.293.720,52 296.390,89 2.2.4-Gastos com pessoal Subseções 278.850,30 65.061,40 2.2.5-Financeiras 43.157,45 18.542,01 2.2.6-Tributárias 4.268,68 - 2.2.7-Associações de Classe 23.130,40 4.620,90 2.2.8-Depreciações 254.557,65 - TOTAL DAS DESPESAS 3.323.646,50 694.114,66 RESULTADO OPERACIONAL 1.913.833,10 1.196.984,91

1.5 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS1.5.1 - Doações e Auxílios Financeiros 229.893,47 375.522,93

229.893,47 375.522,93

RECEITA EXTRA ORÇAMENTÁRIA 229.893,47 375.522,93

SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 2.143.726,57 1.572.507,84

REPASSE ESTATUTÁRIO 1.858.041,79 769.521,28 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIODÉFICIT DO EXERCÍCIO APÓS REPASSESUPERÁVIT DO EXERCÍCIO APÓS REPASSE 285.684,78 802.986,56

Vitória - ES, 31 de março de 2007

DR. ANTONIO AUGUSTO GENELHU JUNIORPRESIDENTE

DRª. MARCIA MARIA DE ARAUJO ABREUTESOUREIRA

JORGE MESQUITA RIBEIROCONTADOR CRC - ES 8708/O3

REPASSE

DISCRIMINAÇÃO EM 2006 EM 2007

RECEITAS ORDINARIAS 4.715.111,27 1.721.675,23

1-REPASSES ESTATUTÁRIOS

Conselho Federal da OAB

15% Receitas Ordinárias 707.266,69 258.251,28

2-PRÊMIOS ESTUDOS JURÍDICOS

05% Receitas Ordinárias 235.755,56 86.083,76

3-CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS

Contribuições Ordinárias 4.251.874,03 1.625.126,32

(-)Cota do Conselho Federal 707.266,69 258.251,28

(-)Cota de Estudos Jurídicos 235.755,56 86.083,76

(-)Cota da Seccional 1.178.777,82 430.418,81

Valor após dedução 2.130.073,96 850.372,47

50% do Resultado 1.065.036,98 425.186,23

4-TOTAL DA DISTRIBUIÇÃO 2.008.059,23 769.521,28

5-RESULTADO APÓS A DISTRIBUIÇÃO LEGAL 285.684,78 802.986,56

Vitória - ES, 31 de março de 2007

DR. ANTONIO AUGUSTO GENELHU JUNIORPRESIDENTE

DRª. MARCIA MARIA DE ARAUJO ABREUTESOUREIRA

JORGE MESQUITA RIBEIROCONTADOR CRC - ES 8708/O3

pág. 16 ORDEM JURÍDICA JUNHO/JULHO/2007