ens - carta mensal 481 - jun/jul 2014

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CARTA Equipes de Nossa Senhora Mensal Ano LIV• jun/jul 2014 • nº 481 PASTORAL FAMILIAR Família, Lugar de Encontro. p.15 IGREJA CATÓLICA Corpus Christi p.7 MARIA A Mãe Santíssima na vida de Jesus p.9

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CARTAEquipes de Nossa Senhora Mensal

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14 •

481

PASTORAL FAMILIARFamília, Lugar de Encontro.

p.15

IGREJA CATÓLICACorpus Christi

p.7

MARIAA Mãe Santíssima na vida de Jesus

p.9

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CARTA MENSALnº 481 • jun/jul 2014

EDITORIAL Da Carta Mensal ..................................01

SUPER-REGIÃOPe. Miguel Batista ................................02Fonte, lugar de conhecimento .............03Querer ser família e por ela ter cuidado ...........................04

IGREJA CATÓLICACoração de Cristo Jesus .......................06Corpus Christi .......................................07

CAMPANHA DA FRATERNIDADECf 2014 - fraternidade e tráfico humano.....................................08

MARIAA mãe santíssima na vida de Jesus .......09Os diferentes nomes de Nossa Senhora .......10

FORMAÇÃOO cajado................................................11No espelho dos seus olhos ...................12Partilha, amor e casamento ..................12

PASTORAL FAMILIARO Espírito Santo e a família .......................14Família lugar de encontro .........................15

VIDA NO MOVIMENTOProvíncia Norte ....................................16Província Nordeste ..............................18Província Centro-oeste ..........................20O que é EEN .........................................21

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fátima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos Imagem de capa: Canstockphoto - Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

RAÍZES DO MOVIMENTOUma viga mestra ....................................22

TESTEMUNHOBuscar caminhos ....................................24Uma maravilhosa experiência ..................25Acima de tudo o amor .........................28Carta Mensal - oportunidade parapartilhar e compartilhar .......................29O milagre da vida - a oração ................30O chamado ..........................................31Camadas ..............................................31Ser ou não ser... equipista! ...................33O início de uma caminhada ..................34Ousar o evangelho ENS em alto mar ....34A alegria de corresponder ao chamado de Deus ............................36

DIA DOS NAMORADOS

Dia de São Valentim .............................37Oração dos namorados .........................38

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇORetiro 2014 .........................................39Desertor... retiro... ...................................40

TEMA DE ESTUDOGerando esperanças .............................41Quem sou eu? eu sou como? ...............42Descobrir e cuidar do outro .................44

NOTÍCIAS ............................................45

ATUALIDADESNova sede do secretariado nacional .......47

Demonstrações financeiras 2013 nas pp. 24 e 25

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Edit

ori

alQueridos IrmãosNesta edição, a CM compartilha

com a Igreja Católica as suas muitas festas, através de artigos dos nossos irmãos. Começa com Pentecostes, dia 08 de junho, o 50º dia depois da Páscoa, que forma com o Natal e a Páscoa as três solenidades mais im-portantes do Ano Litúrgico.

Na sequência, dia 12, São Va-lentim, celebramos a união amorosa entre casais, popularmente conheci-da como dia dos namorados. Ses-senta dias depois da Páscoa, dia 19 de junho, rememoramos o Corpo de Cristo: Corpus Christi. Devemos ofe-recer o nosso corpo para Templo de Espírito Santo, como sacrifício vivo. Se Jesus entregou seu corpo por nós, devemos viver por Ele.

Dia 24 de junho a Igreja cele-bra o nascimento de João Batista, que, junto com Nossa Senhora, é o único a ter o dia do nascimen-to recordado pela liturgia. Foi ele que preparou o povo para a vinda de Jesus. São João verbaliza uma das passagens mais significativas: “Eu vos batizo na água, em vis-ta da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos bati-zará no Espírito Santo” (Mt 3,11) e Jesus reconhece afirmando: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista” (Mt 11,11).

No dia 28 de junho nos lembra-mos do coração que não se frag-mentou com a paixão e a morte: o

Tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens ”

Coração de Jesus. Celebramos o coração humano e divino num curtíssimo espaço de tempo; Jesus orou com o rosto em terra: Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres. Final de junho, dia 29, a Igreja vivencia a so-lenidade dos seus pilares: São Pedro e São Paulo, uma das mais antigas.

Com um alerta bem fundamen-tado, Cida e Raimundo orientam a todos para, ao entrarem em qual-quer comunidade não sejam enga-nados com a proposta, metodologia e objetivos. Lembram os quatro ob-jetivos das ENS e dizem da impor-tância de uma informação objetiva e clara quando do ingresso de casais e conselheiros no Movimento.

“Querer ser família e por ela ter cuidado, O Espírito Santo e a fa-mília, e Família, lugar de encon-tro - três artigos, três reflexões, Jus-sara e Daniel e dois Conselheiros nos falam sobre a importância, as atenções e cuidados que precisa-mos dar às nossas famílias.

Em Vida no Movimento, o des-taque são os EACREs e os Encon-tros de Equipes Novas, momentos fortíssimos que calam forte no co-ração dos equipistas que deles par-ticipam. Muita vida também nos Tesmunhos, nos quais os irmãos contam ricas experiências que nos ajudam na caminhada.

Bons festejos para todos!

Zezinha e JailsonCR Equipe da Carta Mensal

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Sup

er-R

egiã

o

Após a Escuta da Palavra, somos convidados a vivenciar o segundo PCE: A MEDITAÇÃO. Na medi-tação esta Palavra deve tornar-se vida. Para isso é preciso deixar-nos questionar pela Palavra e confor-mar nossa vida às exigências que ela nos apresenta. Deus nos chama a um lugar afastado (não se trata necessariamente de um lugar físico), para falar-nos ao coração. Este é o ponto “meditação”; aqui se encontra a singularidade pessoal. Antes da meditação é preciso pedir ao Senhor um coração grande, um coração que escuta, aberto e dócil, obediente e leal. Para fazer sua meditação, “cada pessoa decide o que é apropriado para ela (quando, onde e como). O que parece mais importante para desenvolver essa profunda união com Deus é a perseverança e a re-gularidade” (Guia das ENS, p. 25)

A Escuta, sem a meditação é árida; a meditação, sem a Escuta, está sujeita a erros. A meditação traz uma claridade que vem de Deus, por meio de Jesus, na força do Es-pírito e que ilumina nossos gestos, palavras e ações. Tudo é banhado por essa claridade: vida pessoal, vida profissional, vida conjugal e familiar, vida de equipe, tristezas e alegrias, sucessos e fracassos, vida e morte. Maria, nossa mãe, é mo-delo de mulher orante para todos

“Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre,

sem nunca desistir.” (Lc 18,1)

nós: “Maria, porém, conservava todos esses fatos, e meditava sobre eles em seu coração” (Lc 2,19.) A meditação é o ponto mental que se dedica a escavar na verdade mais escondida; é o empenho de todas as nossas forças e faculdades para compreender e saborear aquilo que Deus nos dirige na Sagrada Escritu-ra; é confrontar as várias referências que fomos capazes de recolher, a fim de buscar, para além das palavras, o mistério de Cristo. “E sua mãe conservava no coração todas essas coisas”. (Lc 2,51c)

Inúmeras são as vezes que escu-tamos equipistas dizerem nas parti-lhas que não conseguiram tempo para fazer sua meditação. O Padre Caffarel nos lembra que a atitude de orar, meditar é tão vital quanto a ne-cessidade de comer. “O cristão que não dedica diariamente dez a quinze minutos (1/96 avos do seu dia) a essa forma de oração que chamamos de oração interior permanecerá sempre infantil, ou melhor, definhará. Ele passará por crises graves, das quais não sairá com glória, ou talvez mes-mo, nem conseguirá sair por muito tempo”.

Um abraço com carinho. No Coração de Jesus,

Pe. Miguel Batista, SCJ. SCE da Super-Região Brasil

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FONTE, LUGAR DE CONHECIMENTO

Queridos equipistas: Pertencer a uma comunidade,

seja ela qual for, implica conhecê-la bem para que não nos engane-mos com sua “proposta”, “me-todologia”, “objetivos”, ... Talvez vocês já estejam saturados de ouvir falar desses assuntos. Mas nós lhes damos uma razão óbvia: a presença de novos casais no Movimento, os quais, como nós um dia, desejam experimentar viver uma vida em comunida-de. Graças a Deus, os equipistas têm sido verdadeiros pescadores de homens, como desejou Je-sus. As redes têm sido lançadas! Fundando-se equipes em todos os pontos do Brasil, vemos con-cretizado o pedido do Pe. Caffa-rel para que lançássemos sobre nossa Pátria uma imensa rede de que as equipes fossem os nós.

Para as equipes mais antigas, a quem devemos a fidelidade de todos os anos nesta caminhada equipista, dando-se um ao ou-tro para ambos darem-se juntos, nosso fundador recomendava aprofundar a vida de oração. Já para as equipes mais recentes, deviam procurar com zelo a es-piritualidade conjugal. E, para todas as idades equipistas, indi-cava “viver bem a ´Carta (Esta-tuto) e as suas obrigações`”.

Por isso nada mais justo do que relembrar (para muitos) e apresentar (para muitos outros) os quatro objetivos do Movimento, citados na obra de Jean Allemand, “Henri Caffarel, um homem arre-

batado por Deus” (pp. 90-91): Santificação dos casais, espi-ritualidade do cristão casado, difusão dessa espiritualidade e testemunho.

Ao entrarem nas ENS, ca-sais e conselheiros precisam ser informados destes objetivos. É em função deles que cada mem-bro deve dedicar seu Estudo do Tema, sua Vivência dos Pontos Concretos de Esforço, seu esfor-ço de participar regularmente da Eucaristia. É, ainda, em função deles que as lideranças de todos os níveis devem planejar e orga-nizar suas ações, suas reuniões, seus encontros de formação.

Queridos, temos certeza de que, conscientes desses quatro ob-jetivos, todos nos sentiremos mais comprometidos com a vida que corre pelas artérias (Estrutura, Organização, e tc . ) do Movi -mento.

Unidos em oração, nosso ca-rinho.

Cida e RaimundoCR Super-Região

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QUERER SER FAMÍLIA E POR ELA TER CUIDADO

“Como é bom ter a minha família, como é bom! Vale a pena vender tudo o mais para poder comprar.

Esse campo que esconde um tesouro, que é puro dom, é meu

ouro, meu céu, minha paz, minha vida, meu lar”.

Nos versos deste canto encon-tramos a mais perfeita concepção do valor de se ter uma família. Quem tem deve procurar cada vez mais ser e viver este dom de Deus. Quantos queriam e não têm uma família? Quantos a têm e não preservam, não cuidam?

Alguns ingredientes são ne-cessários para a manutenção dos laços familiares. Existe a nossa fa-mília de origem, e dela recebemos valores e, às vezes, contra-valores. Com o passar do tempo cons-tituímos nossa própria família e enfrentamos o desafio de educá-la,

repassando experiências vividas.Neste itinerário exercitamos

alguns destes ingredientes. Des-tacamos: respeito às diferen-ças; diálogo; carinho; cult ivo à presença de Deus; educação no amor e na fé.

Respeitar as diferenças é um exercício que se pode começar pelo respeito aos filhos. Muitas ve-zes os filhos se afastam da família, de casa, porque nós pais, não res-peitamos seus anseios, seus proje-tos. Queremos dar superproteção e acabamos sobrepondo as nossas vontades sobre as deles, sufocan-do-os ao ponto de saírem de casa, às vezes, para nunca mais voltar.

Lembramos o nosso filho mais velho, o Emmanuel, que por volta de seus 18 anos, já na Universi-dade, cogitou trancar o curso e ir trabalhar na Austrália. Ele nos con-tou a sua intenção e depois de lhe orientarmos no sentido de que ele analisasse as vantagens e desvan-tagens, o abençoamos e dissemos que apoiaríamos qualquer que fos-se a sua decisão.

Isto fez com que ele ficasse tran-quilo e repensasse aquele desejo, e então nos disse que daria mais um tempo e se algo o fizesse mudar de ideia ele desistiria de viajar. Colo-camos em oração e dias depois ele conseguiu um estágio remunerado em sua área que o fez retroceder e não mais querer sair do país.

Certamente se tivéssemos re-agido indo de encontro aos seus

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anseios, reprovando seus projetos a fim de que prevalecesse a nossa vontade, teríamos causado um sé-rio transtorno. Respeitemos então as opções de vida de nossos filhos e entreguemos nas mãos de Deus a sua felicidade.

Isso é uma pequena amostra de quantos momentos passamos em família. As relações interpes-soais familiares devem ser extre-mamente cautelosas e voltadas para o bem-estar recíproco. O do-ar-se constante por meio de uma ajuda espiritual recíproca leva ao compromisso com o outro.

João Paulo II na ‘Familiares Consortio’ chama atenção para os “sinais de degradação” nas famílias. Estes sinais são visí-veis, como por exemplo: droga; prostituição; libertinagem sexual; desvalorização e banalização dos sacramentos; ateísmo; corrupção; fome; falta de trabalho; doenças como a depressão e a síndrome do pânico etc.

Se procurarmos sempre invo-car o nome de Jesus e a proteção de Maria, formaremos e desen-volveremos um lar cheio de cari-nho, de amor, de confiança e aju-da mútua. A educação no amor e na fé nos dará força para enfren-tar e combater estas sombras.

Ser Família e cuidar dela é propiciar que nosso lar seja atra-tivo. Cuidar da família é sentir sempre vontade de ‘voltar para casa’, um verdadeiro porto segu-ro, o lugar do ‘lavoro i della festa’ como pregou Bento XVI.

As tristezas e dificuldades ser-vem para nos unirmos cada vez mais e com a graça de Deus su-

perar os males. Eduquemos nos-sas famílias na fé e procuremos ser mais solidários com aquelas que estão se destruindo.

Encerramos lembrando as palavras do Papa Francisco duran-te a sua homilia no encontro com as famílias em outubro de 2013 no Vaticano:

“Queridas famílias, como bem sabeis, a verdadeira alegria que se experi-menta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstân-cias favoráveis... A alegria verdadeira vem da har-monia profunda entre as pessoas, que todos sen-tem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estarmos juntos, de nos apoiarmos uns aos ou-tros no caminho da vida. Mas, na base deste senti-mento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordio-so, cheio de respeito por todos”.

Jussara e DanielCasal Comunicação Externa

da SRB

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Junho é o mês em que reali-zamos a solenidade do Coração do Cristo Jesus. Trata-se de uma belíssima devoção bíblica, pro-funda, de forte sentido para a vida cristã.

Teologicamente, na antropo-logia bíblica, coração indica o in-terior do homem, a sede de seu caráter, de sua personalidade, onde nascem os pensamentos e os sentimentos mais profundos. O coração é a sede das decisões do homem. Enquanto nas lín-guas modernas o coração é o órgão dos afetos, na linguagem bíblica, o coração é o órgão do pensamento, da vontade, da de-cisão; dizer que alguém não tem coração é dizer que não tem juí-zo, que não conhece os próprios pensamentos! No salmo 85/86,11 o autor sagrado suplica: Senhor, mostra-me Teu caminho e eu me conduzirei segundo a Tua von-tade. Unifica meu coração para que ele tema o Teu nome! Sendo o coração o órgão da decisão e da vontade, o salmista pede que ele seja unificado para Deus. O sentido seria mais ou menos este: “Unifica-me a mim para Ti: estando em Ti, como o eixo de minha vida, que eu seja inteiro, íntegro, senhor de mim”.

Se assim é o coração huma-no, como se manifesta o coração de Cristo? Ele amou com um coração humano; imagem do

coração do Pai. “Como o Pai me amou, eu também vos amei”! Je-sus revela o coração do Pai. Basta pensar na parábola do filho pródi-go, na qual Jesus procura explicar aos seus adversários que age com amor e misericórdia porque o Pai faz o mesmo. No coração compassivo, manso e sereno do Senhor Jesus, podemos entrever o quanto Deus é para nós ter-nura e caminho, acolhimento e perdão.

Contemplar o Coração de Cris-to, manso e humilde, aberto na cruz para que recebamos a água que nos vivifica e o sangue que nos lava, significa experimentar, crer e anunciar que do amor de Deus ninguém é excluído.

Quem dera que este mundo pu-desse encontrar no coração de Je-sus Cristo o descanso, a inspiração e a paz! Quem dera que aceitasse o convite de Jesus: Vinde a mim, vós todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humil-de de coração... e encontrareis descanso... (Mt 11, 28).

Goretti e Adelmo - CRR - Natal-RN Gorethe e Guedes - Eq.05 -

N. S. de Guadalupe - Natal-RNDom Henrique S. da Costa - Bispo Auxiliar da Arquidiocese

de Aracaju-SENatal-RN

Igre

ja C

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lica CORAÇÃO

DE CRISTO JESUS

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CORPUS CHRISTI“Pois a Minha Carne é verdadeira comida

e o Meu Sangue, verdadeira bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue

permanece em Mim e Eu nele”. (Jo 6,55-56)

Desde o tempo apostólico a Igreja comemora a Festa do Cor-po de Cristo, antes, celebrada na Quinta-feira da Semana San-ta, pelo fato de a Sagrada Eucaristia ter sido instituída por Jesus numa Quinta-feira, durante a Última Ceia. No entanto, no ano de 1246, por ordem de Sua Santidade o Papa Urbano IV, a cele-bração da Festa do Corpo de CRISTO foi inserida no calendário litúrgico para ser realizada na Quinta-feira, após o domingo em que celebramos a Festa da SANTÍSSIMA TRINDADE.

A Eucaristia atualiza continuamente o mistério pascal de Cristo entre os homens, é o centro de toda a vida cristã e a fonte de toda a graça e da remissão dos nossos pecados. É ver-dadeiramente o pão descido do Céu, alimento espiritual, força e inspiração para a humanidade.

Por acreditar que a vida em Cristo necessita constantemente ser alimentada, tínhamos um desejo imenso em participar da Eucaris-tia diária. No entanto, achávamos que não tínhamos tempo, pois o nosso trabalho e as tarefas diárias não permitiam. Por esse motivo deixávamos para após nossa aposentadoria. Foi quando fomos agraciados com o Tema de Estudos – “Textos Escolhidos de Padre Caffarel” e, finalmente, “o véu se rasgou” e passamos a enxergar a necessidade de buscarmos verdadeiramente o Pão de cada dia, o verdadeiro Alimento diário. Para tanto, seguimos como sugerido no tema, procuramos saber os horários das missas nas Igrejas mais próximas ao nosso trabalho, nos organizamos e partimos em busca de concretizarmos nosso desejo. A partir de então participamos não só da Eucaristia diária, mas também de um momento de ado-ração Eucarística semanal, pois o Cristo Eucarístico está sempre disponível para saciar a fome espiritual, iluminar as almas, acolher as súplicas e preces de todos que buscam o seu auxílio. Busque-mos a fonte para nos alimentar. Procuremos, pois, adorar a Cristo Senhor no Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

Lêda e MenezesEq.03C - N.S. Auxiliadora

João Pessoa-PB

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Dentro de cada pessoa, há um grande sonho de liberdade. Um grande desejo de ser feliz. Este sonho vem de Deus, Ele nos criou para sermos livres. Deve-mos trilhar um caminho de liber-dade. Este caminho implica fa-zer boas escolhas. Escolhas que permitam a liberdade e que para ela conduzam. Com certeza, este não é o caminho mais curto, mas é o mais eficaz para que haja, no mundo, mais paz e justiça. Preci-samos ser capazes de ver o outro como igual, não como escravo ou inferior. Tratar a todos como verdadeiros irmãos. Eis o cami-nho a seguir.

Na carta a Filêmon (Fm 8-20) São Paulo traz a situação de um escravo, Onésimo, que muito aju-da Paulo na prisão. Paulo tinha consciência que combater contra o sistema de escravidão da épo-ca seria inútil, então propõe uma prática concreta que pode levar a uma nova ordem social: Filêmon deve acolher Onésimo como ver-dadeiro irmão. Deve perdoar as dívidas dele e acolher o escravo da mesma forma que acolheria o próprio apóstolo Paulo. Seria interessante a gente se perguntar o que Paulo pediria a nós, hoje, diante desta situação do tráfico humano.

Estudos mostram que as prin-cipais rotas utilizadas pelos trafi-cantes de pessoas são estrategi-camente construídas desde cida-

des próximas a rodovias, como a portos e aeroportos, regulares ou clandestinos. Há relação en-tre o turismo e o tráfico de pes-soas, especialmente nas capitais do Nordeste. Esta situação clama a nós por conversão. Conhecer esta realidade é o primeiro passo para ajudar a mudar essa situa-ção. Ainda hoje muita gente en-frenta a situação de escravidão, o que é feito de maneira velada, aparentemente legal. É bom sa-ber que o transporte das mulhe-res traficadas acontece, em geral, como se fosse uma viagem de fé-rias, já que elas costumam entrar nos países de destino com visto de turista. As redes de aliciamen-to se camuflam atrás de ativida-des legais, como recrutamento de modelos, babás, garçonetes, dançarinas ou, ainda, agências de casamento. Não podemos fi-car indiferentes como se isso não fosse problema nosso. Nossa fé nos ajuda a abrir os olhos para estas situações de escravidão ou nos anestesia? O que Jesus espe-ra de nós?

Adaptado do Texto-base da CF 2014.

(Diác. Marcos Reis de Faria - Cooperador Paroquial da Paróquia da Catedral de São Dimas)

Colaboração deRosana e Waldir

Eq.2A - N. S. da FraternidadeSão José dos Campos-SP

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e CF.2014 - FRATERNIDADE E TRÁFICO HUMANO

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A vida de Maria é testemunho de como trilhar um caminho de paz em plena comunhão com o Senhor, sempre à luz da oração. Diversas ilustrações de Maria nos remetem a um semblante dócil, frágil, tranquilo. Observando al-gumas citações sobre Maria na Sagrada Escritura percebe-se que suas atitudes não lembram esse semblante. Maria tem presen-ça ativa no plano de salvação. Ela se faz presente em diversas pas-sagens da Sagrada Escritura: no AT, em diversas profecias sobre as promessas de nossa salvação; no NT, quando essas profecias se cumprem, e a tornam presença viva na tradição da Igreja.

Destacamos 3 passagens do AT que relacionam a Mãe com a promessa de salvação de Deus através de seu Filho: Gn 3,15 mostra que a mulher é Maria e sua linhagem é seu filho, Jesus. Em Is 7,14 é profetizado que, por Maria, se concretizará o plano de Deus, pois concebeu em seu ven-tre e deu a luz a Jesus. Mq 5, 1-2 dá detalhes de como surgirá o Salvador. A referência à mãe nos leva à profecia de Isaías.

E as profecias se cumprem no NT. Deus nos manda seu filho Je-sus para nos revelar seu mistério: a Santíssima Trindade, cujo pa-pel é que Deus Pai seja revelado através de Sua Palavra, o Verbo Encarnado - Jesus, por intermé-dio da ação amorosa do Espírito

Santo. E Maria contribui ativa-mente nessa revelação através de diversas atitudes.

O Plano de Deus começa a ser cumprido através do sim de Maria, dado não somente a Deus através do anjo, mas um sim dado à Trindade. O trecho Lc 1,28-31 mostra a relação com DeusPai, quando Maria, através do anjo Gabrie l , recebe a mensagem de Deus; mostra a relação com Deus-Filho, onde o sim de Maria lhe dá relação direta com Jesus, seu filho. E a relação com Deus-Espírito Santo, que a impregna totalmente, para conceber e gerar o Filho de Deus.

A primeira atividade missio-nária e apostólica de Maria é a visita à sua prima Isabel. Aí tem início o seu itinerário espiritual de fé. É possível afirmar que Maria é a arca da nova aliança, o lugar incorruptível da presença do Senhor ou o primeiro sacrário da história.

O papel de Maria, mãe, é mostrado quando Ele, com 12 anos, decidiu permanecer em Je-rusalém por 03 dias, sem comu-nicar nada. Após muita procura, seus pais o encontraram no tem-plo. Maria precisou compreender a missão de Jesus. Mas nem por isso deixa de cumprir seu papel de Mãe. Por isso sempre está pre-sente ao seu lado.

Maria se faz presente no início da vida pública de Jesus, ocorri-

Mar

ia A MÃE SANTÍSSIMA NA VIDA DE JESUS

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do em um casamento em Caná. Maria nada pede. Apenas apre-senta a dificuldade. Apesar da primeira negativa de Jesus não emudece nem se detém. Como se soubesse o que iria acontecer, dá as devidas orientações. Jesus, então, faz o milagre, que é fruto da fé e da confiança de Maria.

Maria esteve presente tam-bém no f inal da vida pública d´Ele, perto de Sua cruz. Jesus,

então, vendo sua mãe e, perto dela o discípulo a quem amava, forma o elo de amor entre mãe - Filho - discípulo.

Que Maria seja nossa mestra, guia e intercessora. E que tenha-mos a coragem e determinação que teve, sempre entregue a Deus, à luz da oração.

Cristiane e FábioEq.13A - N. S. da Alegria

Belém-PA

As invocações de Nossa Senhora de-fine nomes pelos quais Maria, mãe de Je-sus Cristo é reverenciada pela fé católica.

Desde os primeiros séculos, os cris-tãos têm dedicado especial reverência à Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo, e cujas representações iconográficas são as encontradas nas catacumbas roma-nas representando a Virgem Orante, ou seja, sozinha, em pé e de braços aber-tos. Também há representações suas em cenas retiradas da Bíblia ou dos Evan-gelhos Apócrifos. Desde então, as re-presentações da Virgem com o Menino Jesus, foram se tornando cada vez mais comuns. A devoção dos povos foi crian-do uma série de invocações originárias de sua devoção à Mãe de Deus, que de-pendendo de sua origem podem ser três naturezas:•   Litúrgica: invocações criadas pela

Igreja ligadas as comemorações litúr-gicas.

• Histórica: geralmente refere-se a lu-

OS DIFERENTES NOMES DE NOSSA SENHORAgares onde determinado culto a Vir-gem Maria foi iniciado.

•   Popular: invocações surgidas da devoção popular e de acordo com os acontecimentos.Diz a tradição que as primeiras ima-

gens da Virgem Maria, sejam as pintu-ras das catacumbas, sejam os ícones e mosaicos bizantinos, foram baseados no ’’retrato da Virgem’’, pintado por São Lucas. Já as diferentes representações iconográficas são baseadas nas fases da vida de Maria: Infância, Imaculada Con-ceição, Encarnação do Verbo de Deus, Maternidade, Paixão, Glorificação e Ve-neração a Maria.

Na Igreja há três tipos de culto o de Latria, culto de adoração prestado somente a Deus. Dulia, culto de vene-ração prestado aos santos e Hiperdu-lia que é reservado a Virgem Maria por estar acima de todos na corte celeste, sendo-lhe, portanto, prestado um culto especial de veneração.

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Há um rio a ser atravessado; não existem pontes ou barcos, existem somente 365 pedras, distribuí-das entre uma margem e a outra, a serem pisadas uma a uma e, como auxílio, Deus nos dá o cajado.Ao pesquisar sobre as utilidades de um cajado constatamos: a) Proporciona melhor equilíbrio du-

rante a caminhada: se na travessia, a pessoa se sente perdida ou inse-gura, o cajado lhe dá segurança;

b) Diminui os esforços nas subidas, reduzindo o estresse nas articula-ções e fadiga nos músculos: ser-ve como excelente apoio, caso o caminhante encontre pedras que requeiram mais esforço;

c) Ajuda o caminhante a estabelecer um bom ritmo: o rio é longo; para não desanimar, tem-se no cajado a grande alavanca como motivação;

d) Aumenta a segurança nos locais acidentados ou lisos em demasia: pisando em pedras lisas, pontia-gudas, desniveladas, nas quais se sente o risco de queda, ele dará o equilíbrio;

e) Pode ser usado antes de entrar em um local incerto, vasculhando pos-síveis riscos: quando o rio se torna turvo e vem a dúvida, se uma pe-dra não está bem fixada no fundo, o cajado serve para testá-la, dando confiança em cada passo dado;

f) Recomendado para quem tem problemas nos joelhos ou tornoze-los, em particular nas descidas em locais mais acidentados. Estudos avaliam esta compensação em até 25%: o medo na descida íngreme,

Form

ação

pela fragilidade ou cansaço do cor-po, torna o cajado imprescindível para dar conforto;

g) É comprovado que o seu uso faz com que se caminhe mais tempo e em distâncias mais longas: olhan-do para frente e enxergando o quanto ainda tem a ser atravessa-do, o uso dele dá ânimo e força;

h) Pode ser usado como defesa, em locais onde animais podem trazer riscos: percebendo a aproximação de cobras, jacarés, o cajado serve para espantá-los, dando proteção;

i) Serve também como tala para fixar e imobilizar um membro, ou como muleta para substituir o apoio de uma perna: utilizado como imobili-zação de uma perna, se torna impor-tante no processo de cura;

j) Muitos especialistas acreditam que o seu uso aumenta, em até 20%, o esforço gasto distribuído às pernas, braços, pescoço e tron-co, tornando-se um exercício para todo o corpo: por fim, quando se percebe o quanto já caminhou usan-do constantemente esse apoio, dá a sensação de revigoramento.O rio é cada ano de nossas vidas;

as pedras são os dias que não podem ser pulados e o cajado a Palavra de Deus que nos socorre, nos auxilia, nos apoia, nos corrige, nos dirige... Assim, dessas e de muitas outras for-mas, o cajado é um grande auxílio na travessia. Podemos afirmar que é es-sencial para uma travessia segura.

Paulo, da ElizabetheEq.05 - N. S. Auxiliadora

Pindamonhangaba-SP

O CAJADO

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12 CM 481

O olhar do outro é um espe-lho em que nos vemos refletidos. A nossa imagem que esse olhar nos devolve é, não raro, aquela com que nos vemos. Parece que só nos conhecemos a partir do olhar do outro.

Quando esse outro é Jesus, a possibilidade de reconhecermos o que há de melhor em nós se amplia em proporções inimagi-náveis. Esse olhar especial res-taura nossa autoestima e nos de-volve ao que somos em essência: Obra do Criador.

Para ter acesso a essa imagem é preciso deixar-se ver. Essa nos-sa natureza que compartilha da Criação, para frutificar, exige que aceitemos o convite para servir e acolher a nós mesmos e ao outro.

É assim que age Zaqueu: Za-queu deixa-se ver. É visto e se vê nos olhos de Jesus. Depois, vê a si mesmo segundo essa imagem de si que o olhar divino lhe devolve: alguém em quem se pode confiar, generoso e acolhedor, disposto a servir e a seguir. Os outros olhares comuns, humanos, não foram - e

não são - capazes de perceber es-sas qualidades.

Esse encontro restaurador, fre-quentemente se rompe pela inter-ferência de apelos de uma cultura que nos remete a padrões de con-duta baseados em ciúmes, invejas, imitações, competições, descon-fianças, discriminação, destruição, autorrejeição e autodestruição. Essa cultura fomenta a anula-ção da autoestima. Perdemo-nos de nós mesmos. Cegos, não nos vemos. Tornamo-nos nossa própria prisão.

O sentido para a nossa vida, ra-ramente acessível, a liberdade de ser e a felicidade vão para longe do alcance de nossas ações. É que vamos nos distanciando de Deus. Esse mar imenso que nos constitui, cujo som/convite não permitimos que nos atinja: “Zaqueu, desce de-pressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa!”

Senhor, no espelho dos Seus olhos, reconheço-me.

Janete e Janio Eq.07A - N. S. de Lourdes

Florianópolis-SC

NO ESPELHO DOS SEUS OLHOS

PARTILHA, AMOR E CASAMENTOA maneira mais fácil de se chegar

à santidade é através do matrimô-nio, pois o amor é quem rege o casa-mento e nos impulsiona ao serviço. Aprendemos a servir nosso cônjuge, depois este serviço se estende aos fi-lhos, chega até a nossa comunidade e, enfim, toma conta de nossa vida

em todos os ambientes. Jesus disse: “... Quem quiser ser o primeiro, seja o mais humilde, ... lave os pés do irmão...” (Mt 18, 1-6/Lc 22, 24-30/Jo 13, 1-20). Para entender melhor o amor vamos citar algumas de suas características: fidelidade, perdão, doação, renúncia, entrega

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etc. O amor fidelidade vai beneficiar a pessoa amada, o perdão beneficia o pecador amado, assim como a do-ação, a renúncia e a entrega vão be-neficiar alguém com o fruto do seu amor. Sendo assim, consideramos o amor um gesto concreto e não apenas um sentimento abstrato. Isto porque o amor constrói, transforma ambientes, promove o bem- estar, a paz e a justiça. O amor é sempre para o outro. A grande recompensa de quem ama é a realização plena por saber ter cumprido seu dever como companheiro, amigo, pai, mãe, cida-dão e cristão. Uma paz sem igual o recobre e, por ter vivido à imagem e semelhança de Jesus Cristo, se torna um ser nobre. Não existe felicidade maior do que amar, pois o amor é gratuito, divino, é santificante. Esse amor “... não pede nada em tro-ca, não é vaidoso, não se irrita, tudo perdoa... (I Cor, 13, 1-13)”. É o próprio Deus que age em nós por sua graça e perfeição. O amor é a es-sência da perfeição. O amor é Deus.

Nós, equipistas, dispomos de instrumentos sem igual para apren-der sobre o amor e sermos santos. Pe. Caffarrel nos disse uma famosa frase: “O objetivo das ENS é, nem mais, nem menos, levar os casais à santidade”. A Escuta da Palavra nos mostra a vontade de Deus e a Bíblia contém todas as orientações para nossa vida. Nossa Meditação nos põe em ação a partir da palavra, pois ao meditarmos extraímos a es-sência do que somos e promovemos mudanças conduzidas pelo amor. As Regras de Vida concretizam nossa busca por transformação, promo-vendo obras e evitando que nossa fé seja morta. A Oração Conjugal e

o Dever de sentar-se nos lembram o sentido de comunidade. Jesus sempre formou comunidades onde esteve. Nenhum homem tem im-portância no reino de Deus vivendo isoladamente. Só se é um verdadei-ro cristão vivendo e amando como cristão. O amor exige alguém para ser amado. Na conversa a dois, com Jesus interferindo e mediando, o amor cresce na forma de compreen-são, solidariedade, amizade e mutu-alidade. A oração nos aproxima de Senhor, nos torna íntimos e consti-tuímos uma cumplicidade a três. “... onde dois ou mais estiverem reu-nidos em meu nome aí estarei...” (Mt 18, 19-20). Quando estamos íntimos com o Senhor nosso Deus é impossível pecar. O Retiro se consti-tui em uma fonte de reabastecimen-to do amor, nos isolando um pouco do nosso dia a dia corrido e estres-sante, da sociedade individualista e do consumismo, dando-nos tem-po melhor para refletir e relembrar que o amor continua ali, querendo nos encher para que transbordemos para o mundo na forma de luz, sal e fermento (Mt 5, 13 e Mt 13, 33).

Queridos irmãos, viram como é fácil ser santo? Basta sermos fi-éis a metodologia, ao Carisma e à Mística da ENS, e amar muito. Não se preocupem com sua própria felicida-de, pois isto não é uma característica do amor. Deixe que seu cônjuge o(a) ame e cuide de sua felicidade. Seu dever é amá-lo(a) e cuidar da felici-dade dele(a). Desta forma, o amor mais perfeito tomará conta do lar a serviço da santidade do casal.

Fatinha e HomeroEq.01A - N. S. das Neves

João Pessoa-PB

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Na Carta aos Hebreus 1,1s, o au-tor sagrado escreve: “Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora aos Pais pelos profetas; agora que são os últimos, falou-nos por meio de seu Filho...”. Com este trecho quero mostrar a im-portância da família real que é um homem, uma mulher e os filhos. A família teve momentos em que o homem era o senhor e que a mu-lher e os filhos deveriam ser sub-missos a ele. Deus nunca instruiu assim, os homens interpretaram a Lei de Deus segundo seus interes-ses. Vejam o exemplo da família de Nazaré: Jesus, Maria e José. A submissão a eles era para mostrar o valor de uma educação compro-metida Lc 2,51. Antes deste acon-tecimento a família biológica de Jesus teve uma história Mt 1;2; Lc 1,2; Lc 3, 23 - 38. A preocupação

de José era grande em defender sua família da morte, foge para o Egito Mt 2,14. Logo após a calmaria desta tempestade, José toma o menino e sua mãe e volta do Egito Mt 2, 21. Jesus aos doze anos fica em Jerusalém, na vol-ta, seus pais notam a falta dele. A família volta para apanhá-lo Lc 2,41-52. Era uma preocupação de verdadeiros pais. A vida de Jesus sempre foi no seio de uma família. No meio de seus discípu-los, Mc 1, 16-20; Mt 4,12-22; Lc 4, 14s; 5-11. Sempre no meio da comunidade, curando, libertan-do, dando de comer a multidão, restituindo a vida aos mortos; todos os quatro Evangelhos nos mostram a ação de Jesus no meio dos necessitados. Temos que ler. No horto, aos pés da cruz Jo 9, 25-27, na ressureição, na ascen-são, na vinda do Espírito Santo, em Pentecostes At 2,s. E hoje, no seio da família, Ele quer estar, mas nós não deixamos em nosso meio e vejam o que esta aconte-cendo, as desuniões familiares, as famílias se acabando e tan-tos convites que recebemos para não tê-Lo no meio.

Como se diz : o diabo não tem família, por isso quer acabar com elas. Davi lutou com Go-lias e venceu (1ª Sm 17, 48-51), nós também se lutarmos sairemos vencedores, porque Jesus está em nosso meio.

Pe. Antonio Carlos Golfetti SCE da Eq.09A - N. S. Aparecida

Londrina-PR

Past

ora

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iliar O ESPÍRITO SANTO E A FAMÍLIA

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Uma família se fortalece nas experiências de encontro que são feitas durante toda uma história. Sabemos que a família nasce do encontro de diferentes e se constrói no amor e na aco-lhida do outro.

Para se chegar ao encontro é preciso abrir os olhos para os desencontros que também acontecem na família. Ao reler a pas-sagem dos discípulos de Emaús (Lucas 24, 13-35),vemos mui-tos casais que caminham tristes e desesperançosos, vivendo sem alento, ficando como que cegos. Eles não reconhecem a presen-ça de Cristo ao seu lado como companheiro da estrada e não são capazes de reconhecê-lo no caminho, nas pessoas que estão ao seu lado, não se permitem fazer o encontro com o Ressuscitado.

No relacionamento do Cristo que caminha conosco é possí-vel acolher o outro, como sinal de um caminho de transformação de realidades tristes e conflitantes em um caminho de encontro com a esperança.

A abertura da família ao outro e ao diferente é sinal de um autêntico encontro com Cristo, que nos transforma e nos enche de significado, nos faz viver e testemunhar o amor. Assim, o casal e, consequentemente a família são abençoados e se tornam um ponto de encontro, união e segurança para toda a sociedade.

Em família somos fortalecidos, capazes de superar as dificul-dades e nos firmarmos na tarefa de construir e viver a fraternida-de fundada no Amor.

É no seio da família que o ser humano aprende a ser mais humano. A experiência da convivência, do perdão, da partilha, da correção fraterna, das alegrias e tristezas vividas em família formam um ambiente privilegiado e insubstituível do encontro abençoado por Deus.

Como os discípulos de Emaús, nossas famílias carecem de uma experiência profunda e transformadora com o Ressuscitado e de uma retomada da vida em comunidade, que também é lugar do encontro e da partilha.

Que nossos casais equipistas possam viver a experiência do encontro na vida fraterna, no amor, na unidade, no diálogo e na fé partilhada em família. Que essa experiência possa enrique-cer a comunidade paroquial e fortalecer a celebração da família como espaço de encontro.

Pe. Claudinei Souza da SilvaSCE do Setor B

Londrina-PR

FAMÍLIA, LUGAR DE ENCONTRO

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PROVÍNCIA NORTE

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OBRIGADO, SENHOR!Como poderíamos imaginar

que as ENS, um Movimento tão bonito, voltado para a espiritua-lidade de casais, poderia chegar até nós, em Maués-AM, no coração da Amazônia, pulmão do mundo.

Muito nos alegra fazer parte das ENS, ao qual pertencemos desde que casamos em 2007. No início, quando nos foi confiada a missão de CRS, tivemos medo de não ser-mos perseverantes, mas nos veio à mente a canção do Pe. Zezinho: se ouvires a voz do vento, a decisão é sua. Era o Senhor que nos cha-mava. A insegurança e a incerteza da aceitação dos casais nos acom-panhavam, tínhamos dúvidas da reação das equipes, sobretudo das mais antigas, por sermos um casal jovem - ambos com 24 anos - e membros da Eq.07 - N. S. Rainha da Paz, a mais nova de um Setor com quatorze anos de caminhada.

O Senhor já havia preparado tudo! Fomos bem acolhidos por todos.

O EACRE-2013 foi em Maués, naquele evento acolhemos casais dos Setores de Itacoatiara e Parin-tins. Este ano, nós que fomos aco-lhidos por Parintins. A preparação espiritual e financeira para irmos, não foi fácil. A logística de locomo-ção em nossa região, muitas vezes, é mais cara que viajar ao exterior. Decidimos que, de um jeito ou de outro, todos iríamos participar. Ar-regaçamos as mangas e colocamos a mão na massa pelo Reino: fize-mos venda de refeições aos domin-gos e participamos da feirinha da pechincha com a venda de roupas doadas pelos próprios equipistas. Esses dois serviços nos proporcio-naram as passagens para todos os treze casais de nosso Colegiado e para o SCE. Foram dez horas de viagem de barco, cortando rios da querida Amazônia. No Encontro,

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revimos amigos, conhecemos no-vas pessoas e, pasmem, estava lá o Pe. Miguel Batista, SCE da Super-Região. Foi muito bom ouví-lo e aprender mais, muito mais. O Es-pírito Santo nos dava mais ânimo, minorando o cansaço da viagem, e nós ajudávamos um pouco par-tilhando pó de Guaraná. À noite na convivência estávamos recupe-rados: dançamos, cantamos e nos divertimos de forma cristã e frater-na. O coração apertou na hora da despedida; estávamos diante de Fátima e Canêjo que, por sua vez, se despediam da missão de CRP conosco e eles foram muito impor-

tantes na nossa caminhada.O EACRE nos deixou a lição

de que não estamos sós, Nossa Senhora colocou em nossas vidas casais que fazem parte do nos-so Colegiado, determinados e fi-éis ao Movimento. Sabemos que não estamos sós, porque temos a companhia dos SCE, CRP, CRR e dos casais de nosso Setor e dos Setores vizinhos, além dos casais do mundo inteiro quando nos en-contramos juntos em oração.

Natália e JosimarCR do Setor Maués

Maués-AM

ACEITAR A CAMINHADA COM AMOR

Nos dias 14 a 16 de março de 2014, realizou-se o EACRE dos Setores A, B e Jurutir pertencen-tes a RN III, de Santarém-PA, no Seminário São Pio X. O Tema que norteou o Evento foi: Ousar o Evangelho, Acolher e cuidar dos homens. Muitos casais estavam participando pela primeira vez e,

nós, éramos um deles, a expectati-va era muito grande.

O Encontro foi marcado pelo exemplo de disponibi l idade, hospitalidade e dedicação. Muitos casais além de participantes do EACRE foram também hospedei-ros, abriram as portas de seus lares e receberam com amor seus ir-mãos equipistas. Durante o Encon-tro pudemos observar a alegria de

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todos de estar ali, juntos, louvando a Deus, trocando experiências e o melhor, recebendo, com as graças de Deus, conhecimentos importan-tíssimos para o nosso crescimento como cristãos e Responsáveis de Equipes.

As palestras ocorreram no au-ditório do Seminário e o nosso CRP foi incansável, durante as abordagens dos temas. Em alguns momentos sorria e em outros se emocionava. E lógico nós também junto com eles. Foram momentos de muita força espiritual, doação, emoção e de Paz.

Sentimos um pouco de medo quando fomos escolhidos para ser CRE, mas, podemos observar que, tudo se dá pela falta de conheci-mento sobre os documentos do Movimento. Essa insegurança se transformou em vontade de ser-mos melhores, de fazer e de dar o máximo para nossa equipe de base. E o mais importante e mara-vilhoso é, saber que todos os casais que formam uma equipe, também são responsáveis. Pois, uma equi-pe só existe, porque todos nós cui-damos uns dos outros e, que po-demos ter uma única certeza: Deus

estará sempre do nosso lado nesta caminhada.

Um dos objetivos do EACRE é animar os casais para assumir sua responsabilidade. Mas com certe-za esse Encontro nos proporcio-nou muito mais, contribuiu para que aprendêssemos a viver em comunhão com os nossos irmãos, sermos pais mais compreensivos com nossos filhos, perdoar as de-savenças, pedir perdão e principal-mente, dizer um sim a Deus para caminharmos segundo Seus man-damentos.

Ficamos muito felizes por ter-mos participado do EACRE deste ano, em nossa cidade, e o quan-to de bom nos proporcionou para o desempenho de nossa missão. A única certeza que temos é de agradecer a Deus pelas bênçãos adquiridas neste Encontro e pedir a todos que digam sim às missões dentro do Movimento. Encorajem seus irmãos a viverem a mística do Movimento e acreditem que, com a Graça de Deus, todos possam aceitar a caminhada com amor.

Janete e AlbertoEq.12-B - N. S. de Nazaré

Santarém-PA

PROVÍNCIA NORDESTE

EEN - ARAPIRACAComo traduzir o que vivencia-

mos nesse Encontro? Por mais que quiséssemos, não seríamos capa-zes de transformar em palavras o que o nosso coração sentiu. Desde o momento da acolhida, passando pelas explanações dos casais for-madores, os momentos de reflexão

em equipes mistas, os momentos de descontração, a celebração eu-carística, presidida pelo SCE, Pe. José Neto. Foram momentos reple-tos do Espírito Santo! Refletimos sobre que tipo de cristão e equi-pista somos: aquele que só pede e na hora de servir coloca barreiras à frente ou aquele que, mesmo não

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sabendo, faz a diferença para os outros e para Deus?

Pertencer às ENS é ter vocação para ser equipista. Sabemos que o Movimento nos exige doação, abnegação e amor e, se nos com-prometemos com ele devemos nos dedicar tal qual Cristo se dedica à Igreja e a nós. Não somos obri-gados a nada, mas quando exis-te amor verdadeiro a obrigação se transforma em doação e compro-misso. Ser equipista de reunião é fácil, o difícil é ser o “sal”. Dedicar-se ao Movimento de peito aberto, sem se questionar pelo que está deixando para trás, e sim, vislum-brando as conquistas que vêm à frente.

Não é fácil vencer as barreiras do dia a dia para estarmos juntos. Mas ninguém disse que seria fácil! Ser cristão não é fácil, é uma vida de renúncia e entrega constante, buscando seguir os passos de Je-sus, de forma verdadeira, enten-dendo que pertencer às ENS, é pertencer a uma família, e como tal, é preciso amar, cuidar e dedi-car-se a ela.

Havia casais enfrentando mui-tas dificuldades para estarem ali, e mesmo assim não desistiram. Esses são a prova viva de que o amor a Deus sustenta. Que exem-plo maravilhoso essas pessoas nos proporcionaram, fazendo-nos ver que tudo o que fazemos ainda é muito pouco, comparado ao que podemos fazer por amor a Deus.

Não podemos deixar de pedir a Deus pela Equipe Formadora, os casais da Região Alagoas e dos Setores A e B de Arapiraca, que se entregaram de forma humilde, so-lidária e alegre, como instrumento de proclamação das maravilhas de Deus no matrimônio. Saibam que o exemplo que tiramos de momentos como esses, só faz rea-cender cada vez mais forte em nós a certeza de que o amor e a von-tade de viver a fé, vence qualquer dificuldade por maior que pareça. Devemos aprender a dizer Sim a Deus, sem nos preocuparmos com o que virá, apenas amar e seguir em frente. Todos nós saímos dali com uma certeza maior do sentido de pertença às Equipes de Nossa

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Senhora e, ao nos comprometer-mos, assumimos as ENS com abso-luto conhecimento do carisma, mís-tica e pedagogia do Movimento.

Polly e FelipeEq.20A - N. S. das Graças

Arapiraca-AL

PROVÍNCIA CENTRO-OESTE

EEN - ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS

Realizou-se nos dias 26 e 27 de outubro de 2013 no Instituto da Pastoral Diocesana - IPAD, em Dourados-MS, o II EEN na Provín-cia Centro-Oeste, Região MS, com a participação de trinta e sete (37) casais de diversas cidades da nossa Região.

Percebemos que os casais vie-ram com grande expectativa para participar do Encontro, pois não tinham o entendimento de como seria e nem os assuntos a serem abordados. O Encontro desen-volveu-se de forma alegre e des-contraída e, à medida que a pro-gramação avançava, notava-se o interesse e o brilho nos olhos dos casais. Cada informação dava-lhes a compreender o quanto Deus os

ama, por permitir-lhes que ali es-tivessem, buscando entender me-lhor o carisma, a mística, a origem, o histórico e a pedagogia do Movi-mento, com o propósito de melhor viver o sacramento do Matrimônio.

Foram momentos fortes de for-mação e de oração. Os formadores transmitiram com entusiasmo e de maneira clara, através de dinâmi-cas, palestras e grupos de estudo os conteúdos da formação, que contribuíram muito para o cresci-mento espiritual dos novos casais, aprofundando o entendimento de que nos reunimos em nome de Je-sus Cristo, de que a equipe é uma pequena Igreja, que propõe ao ca-sal caminhar rumo à santidade.

Cada grupo apresentou a sua conclusão em plenário, oportuni-dade em que notamos a partilha, a

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troca de experiências e o interesse dos novos casais em conhecer me-lhor o Movimento. Contamos com a colaboração e participação do Casal Regional, dos CRSs, CPs (na celebração do compromisso) e da Ir. Marlene que conduziu a celebração de abertu-ra, e a quem agradecemos pela sua acolhida carinhosa e alegria em servir ao Movimento.

O Encontro encerrou com a

Celebração Eucarística e o Envio presididas pelo Pe. Vilmo - SCE da nossa Região. Foi marcante ver os novos casais se comprometerem, solenemente, em observar com le-aldade os Estatutos do Movimen-to. Certamente teremos equipistas mais conscientes do que são as Equipes de Nossa Senhora.

Maria Augusta e WaldirEq.01A - N. S. do Perpétuo Socorro

Campo Grande-MS

O que é EENA Pilotagem de uma equipe é composta por duas fases: a

primeira é baseada no estudo dos 10 Cadernos de Pilotagem e é acompanhada por um Casal Piloto; a segunda, na realização do Encontro de Equipes Novas (EEN).

Este EEN realiza-se durante um fim de semana. É o fim do percurso no processo de formação inicial das Equipes de Nossa Senhora.

O EEN é um tempo de diálogo e de partilha em casal e entre casais. É também um tempo de síntese que permite recapitular as descobertas feitas ao longo da pilotagem, nas reuniões de equipe. É uma etapa importante para a nova equipe, porque lhe permite tomar uma maior consciência da sua pequena comuni-dade e da comunidade de Equipes, que é o Movimento que está a seu serviço.

O EEN destina-se preferencialmente a Equipes completas que tenham terminado a primeira fase da Pilotagem. Podem também nele participar casais que entraram em Equipes já existentes.

Esta formação é composta por quatro módulos, e tem como objetivos principais:

•  Proporcionar o encontro com outras Equipes a metodologia do Movimento•  Celebrar o compromisso do casal e da Equipe

para fortalecer a unidade do Movimento •  Festejar o acolhimento das novas Equipes

(EEN Equipe de Formadores - Manual p. 5)

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22 CM 481

Desde que há homens sobre a terra, nós os vemos se associa-rem toda vez que, isolados, não podem atingir um fim. Unem-se os homens para construir um bar-co e ir pescar, para edificar suas casas, para proteger sua cidade; fundam sindicatos para defender seus interesses... É esta uma lei essencial da natureza humana.

E a união é tanto mais alta e tem tanto mais valor quanto mais elevado for o seu fim.

Associar-se porque não se po-deria atingir, isolados, a perfeição preconizada por Cristo: “Sede perfeitos como vosso Pai celes-te é perfeito”, é o mais alto obje-tivo que possa levar os homens a se unirem.

É com este fim que os bene-ditinos se unem e fundam um mosteiro. É por causa disto que os religiosos optam por uma vida comunitária.

É com este fim que o homem e a mulher cristãos se unem pelo sacramento do Matrimônio – pelo menos assim o deveria ser (boa pergunta para ser feita no “Dever de Sentar-se” a fim de verificar se a vida do nosso lar é verdadeira-mente cristã: nossa primeira pre-ocupação é de nos auxiliarmos mutuamente a atingir a perfeição cristã?).

É com este mesmo fim de pro-curarem juntos as exigências de um cristianismo verdadeiro e inte-gral e de se auxiliarem mutuamen-te a cumpri-las o mais rapidamen-te possível, que casais se agrupam

em Equipes de Nossa Senhora. Aquele que nela entra sem esta orientação para a perfeição e este desejo de auxílio espiritual, não tarda a se sentir deslocado, pois tudo, nas Equipes, supõe e exige esta orientação e esta ajuda.

Fundar uma Equipe, jogar o jogo honestamente, é a primeira maneira - e bem eficaz - de prati-car o auxílio fraterno; uma Equi-pe que vai bem é um socorro ina-preciável para cada um de seus membros. Mas prestai atenção à frase: “jogar o jogo honestamen-te”. “Trapacear é trair os coequi-pistas.”

Há, na Equipe, uma segunda forma de auxílio mútuo e não me-nos importante. Não é suficiente procurarmos juntos, a fim de por-mos em prática, os pensamentos e a vontade de Deus que servem para todos os homens; é preciso, também, ajudar a cada um a des-cobrir e a realizar os desígnios de Deus, que lhes concernem pesso-almente, na linha de sua própria vocação: este homem pergunta se deve aceitar o mandato polí-tico que lhe é oferecido; um ca-sal estéril indaga se deve adotar uma criança abandonada; aque-le, sem grande sucesso, se exerci-ta na meditação; este outro, que acaba de perder um filho está a ponto de se revoltar...

Mas é evidente que esta forma de ajuda mútua exige que cada um dos equipistas tenha o espí-rito do “pôr em comum” sobre o qual, tão amiúde, chama-nos a

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vossa atenção.Já que a lei do auxílio mútuo

é no nosso Movimento, uma viga mestra (...), eu vos peço insis-tentemente que vos interrogueis, juntos, sobre o lugar e a qualida-de deste auxílio na vossa equipe.

Mas que cada membro da

Equipe faça também um exame de consciência pessoal.

Entre cristãos, ter a pretensão de se amar e não se ajudar mutua-mente, é mais do que uma menti-ra, é uma impostura.

Henri Caffarel

Eis aqui algumas sugestões para guiar as vossas reflexões:

- Será que eu desejo verdadeiramente que cada um dos meus coequipistas descubra os desígnios de Deus sobre ele e corresponda generosamente a eles?

- Quando eu posso ajudá-lo nesta descoberta e nes-ta resposta, será que eu lhe dou, com desvelo, o meu auxílio?

- Será que eu me esforço para adivinhar as necessi-dades de cada um e de atendê-las na medida do possível?

- Muitas vezes um pequeno serviço pode causar um grande efeito espiritual: ficar com os filhos deste casal em dificuldade, a fim de permitir que o marido e a mulher saiam juntos por três dias o que não lhes foi possível fazer desde que se casaram há sete anos...

- O que sou eu capaz de oferecer a Deus por estes irmãos que Ele chamou a uma vida cristã mais per-feita?

- Tenho eu a simplicidade de pedir auxílio dos outros? Isto constitui um excelente meio de ajudá-los, enco-rajando-os, a pedirem também eles, e oferecendo-lhes a ocasião de praticarem a dedicação fraterna.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2013Equipes de Nossa Senhora

BALANÇO PATRIMONIAL (em R$)

31.12.13 31.12.12 31.12.11 ATIVO

Circulante 3.345.654 3.241.863 2.316.653

Circulante- XI Enc. Internacional 26.924 152.012 619.173

Circulante- III Enc. Nacional 558.255

Não Circulante 955.872 20.888 27.612

Total Ativo 4.886.705 3.414.763 2.963.438

PASSIVO

Circulante 90.226 67.807 44.935

Provisões

Outras Obrigações - Encontros 585.179 152.012 619.173

Patrimônio Líquido 4.211.300 3.194.944 2.299.329

Total Passivo 4.886.705 3.414.763 2.963.438

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO (em R$)

RECEITAS

Contribuições 2.961.665 2.711.413 2.491.239

Receitas Diversas 325.130 299.372 254.615

Receitas Financeiras 236.013 186.621 165.546

Total das Receitas 3.522.808 3.197.407 2.911.400

DESPESAS

Despesas com Encontros 906.480 768.794 672.526

Carta Mensal e Despesas Postais 792.310 894.375 683.415

Desp.c/Adm.Equipes 148.168 145.908 37.565

Despesas com Pessoal 237.289 218.922 230.701

Despesas Gerais 422.112 331.936 392.620

Total das Despesas 2.506.459 2.359.935 2.016.826

Queridos irmãosApresentamos as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de de-

zembro de 2013, compostas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e as Notas explicativas, para o devido conhecimento dos equipistas do Brasil.

Um fraterno abraço.Secretaria e Tesouraria

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31.12.13 31.12.12 31.12.11RESULTADO

Resultado do Exercício 1.016.350 837.472 894.574

Fundo Patrimonial 3.136.801 2.299.329 1.404.755

RESULTADO ACUMULADO 4.153.150 3.136.800 2.299.329

NOTAS EXPLICATIVASExercício 2013

1. Ativo

1.1 – No ativo circulante está incluído o valor de R$ 26.924,00 referente ao saldo do XI Encontro Internacional e o valor de R$ 558.225,00 correspondente ao saldo recebido até 31/12/2013 do III Encontro Nacional.

1.2 – No ativo não circulante está incluído o valor de R$ 950.000,00 referente à aqui-sição da sede própria das Equipes de Nossa Senhora no Brasil.

2. Passivo2.1 – No passivo circulante está registrado o valor de R$ 26.924,00 referente ao saldo do XI Encontro Internacional e o valor de R$ 558.225,00 correspondente ao saldo recebido até 31/12/2013 do III Encontro Nacional.

3. Receitas3.1 – As contribuições espontâneas no ano de 2013 totalizaram R$ 2.961.665,00, o que representa um aumento de 9,23% em rela-ção ao ano de 2012.

3.2 – Na rubrica “Receitas Diversas” está registrado o valor R$ 325.130,00 relativo ao ressarcimento de livros e documentos do Movimento, ressarcimento de despesas e outras contribuições.

3.3 – Na rubrica “Receitas Financeiras” está registrado o valor de R$ 236.013,00 referente ao valor bruto auferido com apli-cações financeiras.

4. Despesas4.1 – No ano de 2013 houve um cresci-mento no total das despesas do Movimento de apenas 6,02%.

4.2 – Na rubrica “Despesas com Encontros” estão registradas todas as despesas com Cole-giado Nacional, Encontros Provinciais, Colegia-dos Provinciais, reuniões da equipe da Super-Região e as Sessões de Formação, bem como todas as despesas de transportes relacionadas a estes eventos

4.3 – Na rubrica “Despesas com Pessoal” es-tão incluídos os gastos com os funcionários do Secretariado, salários, encargos e benefícios, bem como todos os serviços de terceiros com os respectivos encargos.

4.4 – A rubrica “Despesas Gerais” correspon-de aos gastos gerais, como a edição de livros, impressos e documentos do Movimento, des-pesas bancárias e financeiras, despesas de cus-teio do Secretariado, Projeto Vocacional e ou-tros gastos administrativos.O crescimento des-sa despesa se deu em decorrência do aumen-to considerável na impressão de novos livros e documentos que passou de R$ 84.053,98 em 2012 para R$ 180.286,50 em 2013. Valores que serão ressarcidos pelos equipistas quando da aquisição desses livros e documentos.

4.5 – O total das despesas com a Carta Mensal, Encontros e impressos somaram R$ 1.879.026,00, o que representa 75% das despesas, demonstrando a priorização na aplicação dos recursos em formação.

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26 CM 481

Após casar-me, repleta de so-nhos e feliz, cheguei em Pinda-monhangaba em 1961, antes eu morava no Rio de Janeiro. Foi um mundo novo! Sotaque, cultura, lin-guagem; só o amor da Mãe Santíssi-ma, que não imaginava tão grande, era igual.

Em 1967, recebemos o chama-do para as ENS. Tanto eu, quanto Noberto, demos o sim, mas não tí-nhamos a ideia do quanto seria vital para nós! A primeira reunião foi na nossa casa, aconteceu sem que ima-ginássemos o que era o Movimento. Mas, na época, nossa vida familiar era muito trabalhosa e complicada, e isso nos levava a buscar caminhos tentando ser felizes, não sabíamos porque, mas as ENS era ele.

Nosso primeiro filho nasceu em 1962, com paralisia cerebral gra-ve era dependente total dos nossos cuidados. Em 1964 Deus nos deu o nosso segundo filho e em 1967 o ter-ceiro completando nossa felicidade!

O tempo nos mostrou porque as ENS: veio a afinidade com os casais e fomos presenteados com a Ajuda Mútua, que minimizou nossos pro-blemas. Mesmo com tantos afazeres domésticos conseguíamos cumprir os meios de aperfeiçoamento (PCE) e colaborar com a unidade da equi-pe. Isso era uma graça da Mãe!

Lendo e recebendo orientações do Movimento, crescemos como casal equipista, que resvalou para o enriquecimento das nossas orações familiar e Conjugal e para o serviço pastoral. Fomos CRE muitas vezes. Na paróquia implantamos o curso

de noivos e preparação para o ba-tismo. Darmos palestras juntos, foi graça e amor de Deus!

Um parêntese: Duas vezes rece-bemos D. Nancy Moncau em nos-sa casa! Querem alegria maior? Ela era a simplicidade e a fé. O amor com que nos envolveu, guarda-mos na memória até hoje. Sua imagem acolhedora, sempre com muitos agradecimentos por tão pouco que fizemos, crescia nossa vontade de tê-la.

Voltando: Final de 1982 nosso fi-lho mais velho voltou ao Pai, Maria se fez presente ao recebermos a vi-sita do nosso antigo e querido SCE, Pe. Luiz Mancilha, hoje arcebispo de Vitoria no ES. Ele disse: hoje é sábado, foi Maria quem veio buscar o filho de vocês! Início de 2001, aos 40 anos de casados, Noberto foi ao encontro do filho e do Pai! Seus exemplos continuam embasando a minha vida e Santo Agostinho me conforta: Eu não estou longe, ape-nas do outro lado do caminho... Deixo, para reflexão, uma pérola de Pe. Caffarel: O teu amor sem exi-gência me diminui, a tua exigência sem amor me revolta, o teu amor exigente me engrandece!

Há 46 anos nas ENS, agradeço e rogo a Deus: Senhor, fazei que o meu afastamento do campo de trabalho seja tão simples e natural como um sereno, luminoso e feliz por do sol!

Adelaide, do Noberto (in memoriam) Eq.01- N. S. do Bom Sucesso

Pindamonhangaba-SP

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CM 481 27

Difícil de esquecer a sensação que nós passamos quando fomos escolhidos para sermos Casal Responsável de Equipe, pela primeira vez, já que é uma grande incumbência, porém, ao mesmo tempo em que sentíamos essas responsabilidades estávamos crescendo como casal e como equipistas.

Estarmos com Cristo, sendo abençoados pelas mãos da nossa protetora Maria, nas orações e na Eucaristia, fazia com que essa responsabilidade nos ocasionasse uma paz de espí-rito, e nos guiava pelo caminho certo, nos transformava no casal mais feliz do mundo, onde o amor de Deus brotava a cada passo que dávamos rumo ao engajamento da equipe.

Um dia partimos rumo ao desconhecido, o EACRE, cheios de angústias, medos, ansiosos, mas crendo nas providencias do divino; e como Deus é maravilhoso, foi a experiência mais marcante de nossas vidas, algo inexplicável com pala-vras, algo que transbordava de dentro de nossos corações e nos fazia pensar e repensar nossas metas como casal, nossa caminhada como equipista e nossa responsabilidade como Casal Responsável de Equipe; conhecendo novos casais, tro-cando experiências e vivenciando a partilha.

O EACRE foi simples, animado, profundo, e mexeu mui-to com nossos sentimentos, fazendo com que nossas forças redobrassem.

Aconteceu com muita oração, informações, orientações, animação e reflexão, onde a descontração não faltou. Inicia-mos com uma belíssima Missa para nos abastecer do amor de Deus. No decorrer do evento, fomos motivados de tal forma que estamos contagiados pelo espírito de amor, de paz, de animação, de motivação, de serenidade e oração, en-fim de coragem de caminhar rumo a Jesus Cristo com nossa equipe, e procurarmos dar testemunho para outros casais, o quão é valioso fazer parte das Equipes de Nossa Senhora.

Claro que teremos que enfrentar obstáculos, barreiras, es-forços e dificuldades, mas com oração e fé venceremos e nos tornaremos um casal verdadeiro em busca da espiritualidade conjugal.

Assim, portanto, animados e cheios de entusiasmo volta-mos do EACRE com o propósito de plantar essa sementinha em novos casais.

Priscila e FernandoEq.14 - N. S. de Lourdes

Santo Antonio da Patrulha-RS

UMA MARAVILHOSA EXPERIÊNCIA

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28 CM 481

Acabo de ler um livro que conta a his tór ia do Hospi ta l do Câncer de Barretos. De al-guns metros quadrados de cons-trução, seu gestor atual o fez pular para 107.000m2 de área construí-da, com inúmeros pavilhões total-mente aparelhados para atender a todos, sem distinção ou discrimi-nação de qualquer natureza, com amor, competência e rapidez. Fo-ram anos de lutas inimagináveis, que o gestor realizou com suces-so, viajando pelo mundo inteiro e conseguindo doações sempre volumosas. E tudo o que fez, fez sempre buscando o melhor para atender ao que ele considera ser o chamado de Deus para concre-tizar a sua fé; porque sabe que amar o próximo é fazer algo por ele e que é na ação que a fé se realiza..

Não posso deixar de citar o nome do livro e do autor, porque ele precisa ser lido e imitado por todos os cristãos, especialmente pelos equipistas: Acima de tudo o Amor, de Henrique Prata.

Cada palmo de construção do Hospital, cada aparelho, cada membro, tudo, tudo foi consegui-do como fruto de um gigantesco esforço pessoal e comunitário. E eu fiquei pensando nos nossos PCE. Não são tarefas que deve-mos realizar, são bênçãos de Deus que devemos saborear diaria-mente, para podermos construir nossas famílias como Deus quer, com amor, ternura, abnegação. O fruto disso? A felicidade, a paz

consigo mesmo, com os irmãos e com Deus; a realização da fé.

Da leitura do livro surgiu, para mim, com uma clareza nunca vis-ta, que é realizando o nosso tra-balho, da melhor forma possível, a nossa profissão, os nossos negó-cios, fazendo o que nos cabe fazer com a máxima competência, para obter sempre e em todas as cir-cunstâncias o melhor para os ou-tros e não para nós próprios, para o nosso enriquecimento. Este virá naturalmente, mas apenas como consequência do serviço prestado aos irmãos e a Deus, pois é nos ir-mãos que servimos a Deus, e é no trabalho que servimos aos irmãos. É a fé com obras. Que exemplo fabuloso de fé nos dá o autor com sua vida!

É de se perguntar: qual traba-lho? Como profissional, seja qual for a profissão: doméstica, pro-fessor, promotor, juiz, gari, sapa-teiro, vaqueiro, fazendeiro, peão etc... Qualquer serviço que atin-ja diretamente os irmãos, possi-bilitando-lhes mais saúde, mais qualidade de vida, mais alegria de viver, com certeza, é um servi-ço que salva.

Sejamos profissionais da sal-vação, dando sempre o melhor de nós e fazendo o nosso tra-balho cada vez melhor, vivendo cada vez mais e melhor os nossos Pontos Concretos de Esforço.

Cida e HélisEq.06A - N. S. do Carmo

Ituiutaba-MG

ACIMA DE TUDO O AMOR

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CM 481 29

Ao terminar a leitura prazerosa da Carta Mensal como de cos-tume fazemos juntos, vem à nossa mente uma pergunta: será que todos os Equipis-tas a leem como nós? Daí nasceu esta refle-

xão: imaginem-se folheando a Carta Mensal sem ler cuidadosamente o editorial, informações e testemunhos nela contidos, deixando-a em cima do móvel mais próximo e lá ficar até que alguém venha arrumar a casa e a coloque em qualquer lugar como algo descartável e só lembra desta impor-tante ferramenta de formação e infor-mação, quando um irmão de Equipe comenta: você leu que linda reflexão: Quem quer o fim põe os meios?

Não lendo, perco a oportunida-de de partilhar e compartilhar, e ainda de desfrutar de uma ferra-menta de fundamental importância para meu crescimento espiritual, conjugal e familiar, isto porque a bandeira Testemunho vem repleta de contribuições de nossos irmãos equipistas de diferentes regiões es-palhadas pelo Brasil afora, que têm como objetivo o auxílio mutuo, que nos ajudam e animam para a vivência dos PCE, de nos abrir-mos com entusiasmo à palavra de Deus. “Ninguém acende uma lâm-pada para colocá-la debaixo de uma vasilha, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também: que a luz de vocês

brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu. (Mateus 5,15-16).”

Deixo passar a oportunidade de me formar e de conhecer me-lhor nosso Movimento, quais suas orientações e o que acontece em nossa Super-Região Brasil, uma vez que além de ser a Carta Mensal um meio de circulação da seiva do Movimento nos diversos modos de ligação, é o veículo pelo qual forma e informa todos os equipistas de ma-neira a manter a unidade do Movi-mento, chegando a todos no mesmo formato e conteúdo.

Portanto irmãos, deem à CM o lugar de destaque que ela merece, não a leiam pela metade, leiam-na toda. Foi na página 30 da edição da CM.461 que tive acesso ao artigo: Espiritualidade Interesseira, do nosso fundador o Pe. Caffarel; ele nos alerta que não devemos levar em conta nossos próprios interesses, devemos nos preocupar em dar e não em receber.

Lendo-a de forma integral temos a oportunidade de nos preparar me-lhor para “Ousar o evangelho”.

Portanto: não folheiem a Car-ta Mensal! Leiam, formem-se e informem-se. Não a descartem, guardem-na com o mesmo carinho com que se guarda a carta de um filho distante!

Margarida e ModestoEq.09H - N. S. da Confiança

Fortaleza-CE

CARTA MENSAL - OPORTUNIDADEPARA PARTLHAR E COMPARTILHAR

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30 CM 481

Em outubro de 2012, como de costume, estávamos na casa do meu pai, em Conceição da Aparecida-MG. Exatamente no dia do seu aniversário, na hora do almoço, recebemos a visita de uma assistente social, a Carmeli-ta. Ela foi nos pedir ajuda, para conseguirmos um abrigo, para acolher Marcelo, um menino de 15 anos que estava com dificul-dades, devido a situação em que se encontrava. Marcelo sofria de hepatite autoimune, precisava K, 1te de fígado e o Hospital Felício Rocho poderia realizá-lo, porém a única exigência do hospital era que ele residisse em Belo Hori-zonte, nossa cidade. Ouvi a his-tória e fui conversar com Jura. Rapidamente acredito que, por obra do Espírito Santo, resolve-mos acolhê-lo e a seu pai, em nossa casa. Sabíamos que seria uma empreitada e tanto, pois conseguir um fígado compatível com o dele poderia demorar me-ses. Na semana seguinte, recebe-mos os dois em nossa casa. Mar-celo fez uma bateria de exames; nossa casa era a sala de espera; a qualquer momento podería-mos receber um para a cirurgia.

Passaram-se dias! Nossa fa-mília, nossos pais, amigos e, inclusive, a nossa equipe, adota-mos o Marcelo. Era uníssono o pedido a Deus pelo milagre: apa-recer um doador compatível.

Durante a espera, pai e filho passaram a fazer parte do nosso

dia a dia quase que integralmen-te, íamos a Igreja, passeávamos e participavam das nossas noite e de oração.

No dia 15 de novembro, às sete horas da manhã, o telefone toca, era o hospital comunicando que podíamos levar o Marcelo.

A cirurgia seria naquele dia – uma doadora de Itajubá-MG havia falecido e o seu fígado era compatível. À noite, a tão espe-rada cirurgia aconteceu, e com sucesso, pelas graças de Deus!

Na noite do dia 14, a Noite de Oração da nossa equipe foi na nossa casa, eles participaram. No dia seguinte aconteceu tudo muito rápido; não temos dúvidas que o Senhor nos concedeu essa graça ouvindo nossas orações.

Marcelo teve alta três dias de-pois. O período de convalescência foi na nossa casa. Eram necessá-rios muitos cuidados com a higie-ne: quarto e banheiro separados, alimentação especial, remédios, idas e vindas ao hospital.

Não poderíamos deixar de citar uma pessoa muito especial: o Sr. Ari, pai do Marcelo. Ele cuidou do filho em todos os momentos, in-cansavelmente.

Dois meses depois, os dois, retornaram para Conceição da Aparecida.

Célia e JuraEq.08A - N. S. da Luz

Belo Horizonte-MG

O MILAGRE DA VIDA - A ORAÇÃO

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CM 481 31

Num dado momento, alguém bate à nossa porta e adentra sem cerimônia. Um casal chega com sorriso nos lábios, para uma no-bre missão. Apenas um convite, ao qual a nossa resposta poderia ser sim ou não...

Na verdade não era um simples convite. Mais tarde compreendería-mos tratar-se de um chamado.

Como esquecer aquele dia? Aquele casal? Impossível, pois con-sigo eles traziam uma mensagem que não se esquece. O que eles bus-cavam era para Deus, e o que eles traziam era sagrado. Embutido em seus corpos estava o próprio Jesus, que se revelou através do abraço fraterno que nos envolveu. Suas palavras soavam como música que nos encantavam. Então, mais uma vez estava estabelecido o elo entre Cristo e nós, os escolhidos!... Des-ta vez para habitar um dos pavi-mentos da bela mansão de seu Pai, este, denominado EQUIPES DE NOSSA SENHORA. Convite feito, convite aceito. Partimos então sem bagagem para esta nova morada. Que bela recepção!

Foi-nos apresentada uma casa grande, onde muitos já habitavam,

mas havia espaço para tantos ain-da... para todos que chegassem! E, nessa grande casa, foi reservado um dos cômodos que nos abriga-ria. Encontramos à nossa disposi-ção um espaço VIP, de vista privi-legiada, com belas e confortáveis poltronas... porém, o acesso era de difícil acesso, pois nos foi reser-vado um espaço instalado no piso superior, e subir a escada era preci-so... Uma escadaria de pelo menos setenta vezes sete degraus... A sala a nós reservada deu-se o nome de 14-A, onde as paredes estão reves-tidas do Divino Amor. Belos lus-tres decoram o ambiente, estes em forma de partilha e oração. E está aí o segredo: não deixar que se apaguem as luzes que iluminam a grande sala que nos abriga. Passe-ar pelo jardim pode, pois assim se descobrem outros habitantes, e no-vas histórias. Mas, descobrir a nós mesmos, como pessoa, como casal e como equipe - eis o desafio!

AMOR - é o que Cristo nos pede.

Marineusa e EdsonEq.14A - Mãe do Divino Amor.

Votuporanga-SP

O CHAMADO

CAMADAS Frequentemente sentimos a

presença de Deus, manifestada na criação, quando nos deparamos com um belo crepúsculo ou uma alvorada serena em meio à névoa rarefeita que se dissipa ao toque

dos primeiros raios, revelando toda a maravilha de uma paisagem ma-rítima ou campestre, ou até mesmo urbana. Ou mesmo num dia chu-voso, ou quando observamos a be-leza da fauna silvestre ou a beleza

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32 CM 481

de picos, quer verdes, plúmbeos ou alvos. Entretanto, estas não são as obras-primas de Deus, a grande criação de Deus é o ser humano. Então porque é tão difícil encon-trar Deus no ser humano? Será que são os outros que não per-mitem que se veja a maravilha do Criador em seu seio? Ou é nossa a incapacidade de ver?

Creio que seja necessário, para se vislumbrar a chispa divina no in-terior de cada indivíduo, se desfazer de certos filtros que cobrem o nosso “eu” como camadas numa cebola. Temos muitas camadas e enxergar através delas não é fácil. Também não é fácil removê-las e talvez, nes-ta vida, nem consigamos remover todas, mas às vezes temos tantas camadas e tão grossas que se torna impossível ver a chispa divina em nosso próprio interior, quanto mais no interior do próximo.

Porém, de uma coisa estou cer-to, todos nós temos essa luz interior que, muitas vezes, está escondida pelas tais camadas, como uma lâmpada debaixo da vasilha. Creio que seja, por isso, ser tão difícil ver Deus na criação humana. Acredito que, para que possamos ver o Deus no outro, precisamos começar por remover as nossas próprias cama-das. São as camadas da inveja, do ódio, da maledicência, da luxúria, do ciúme... Enfim, são tantas e tão espessas que não é de se admirar que sejamos tão “míopes”. Eu não sei como podemos removê-las, mas sei que podemos pedir essa graça a Deus e Ele no-la dará, pois a quem pede lhe será dado, quem procura, acha e a quem bate a porta lhe será aberta. (Mt 7, 8).

Logo, não preciso saber o como, só preciso pedir e desejar since-ramente removê-las e o milagre acontecerá! Mas é uma luta diária que sozinhos jamais venceremos. Contudo existem outras camadas, as camadas dos outros! Essas tam-bém precisam ser removidas para que possamos sentir a presença de Deus no outro. Por vezes o outro não consegue removêlas sozinho, precisa da nossa aju-da, mas comumente não estamos dispostos e empreender essa labo-riosa jornada, por medo, ou por indiferença ou por comodismo, e deixamos que o outro perma-neça lacrado em seu sarcófago grosso e pesado. Também não sei como podemos escavar es-sas camadas que, às vezes, pare-cem feitas de concreto e que es-condem tão bem a luz de Deus que há em cada ser humano. Como o nosso, esse “concreto” é de vários tipos: inveja, mesquinhez, indiferença, individualismo hedonis-ta etc. Mas sei que, se o fizermos, encontraremos um manancial de amor e ternura que o próprio Deus plantou em cada pessoa. Mas como faremos? Acredito que do mesmo modo que escavamos as nossas próprias camadas; pe-dindo a graça de saber fazê-lo. Com paciência, perdão, perseve-rança etc, poderemos, creio, alcan-çar essa chispa divina e finalmente auscultar a presença de Deus no íntimo de cada um tão facilmente como a vemos num crepúsculo ou numa alvorada.

Fernando (da Manoela)Eq. 08A - N. S. dos Anjos

Piracicaba/Sta. Barbara D’Oeste-SP

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Após um balanço na vida de casal equipista, no Setor, no Movimento em preparação para o ano de 2014, refletimos alguns pontos:

ser equipista só por status social;

ser equipista para ser destaque na minha Paróquia;

ser equipista porque alguns amigos são;

ser equipista só da minha equipe de base;

ser equipista para agradar alguém;

ser equipista desinteressado no que o Movimento pede;

ser equipista só para dizer que é equipista.

ou

não ser equipista por falta de convite;

não ser equipista por comodismo;

não ser equipista por não gostar de reunião;,

não ser equipista por não gostar de alguém;

não ser equipista por não gostar do sacerdote.

Caberiam, para reflexão, muitos outros pontos.

A mística é a essência desse Movimento de Espiritualidade Con-jugal, que é sábio em conteúdo, discernimento e ensinamentos para a vida matrimonial e familiar. A oração comum a todos equipis-tas, incluindo os PCE pela ação do Espírito Santo, só nos leva à transformação de um ser mais justo e semelhante a Jesus Cristo, que é o centro do Movimento.

O sim dado por cada um de nós, para fazer parte das Equipes de Nossa Senhora, é para sermos equipistas no amplo sentido do serviço, da doação, dos ensinamentos e do Testemunho.

Antônia e Osman Eq.07 - N. S. do Rosário

Caicó-RN

SER OU NÃO SER... EQUIPISTA!

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Hoje, quatro palavras nos mobili-zam especialmente: Desafio e Servi-ço, Pastoreio, Aliança.Desafio e Serviço: Estamos assu-mindo um sério compromisso de absorver em profundidade e viver intensamente os ensinamentos de Jesus Cristo que por amor, um infi-nito amor, deu a vida por nós. Além disso, Maria é o grande exemplo do servir. Ela aceitou o desafio, aceitou ser a virgem mãe de Jesus. Isso tam-bém deve ser nossa inspiração.Pastoreio: Lembra o Bom Pastor que sai em busca de todas as suas ovelhas para tornar completo o rebanho. Nós somos ovelhas deste rebanho, mas Je-sus também nos convida a pastorear, nos convida a sermos seus discípulos e a vivermos suas palavras. Então seja-mos também pastores, bons pastores.Aliança: É o símbolo da união, do sacramento do Matrimônio. A partir do momento em que casamos, cada um de nós passa a assumir também a identidade de casal, passa a se dis-por a caminhar juntos para sempre. Padre Carré, conforme documento das ENS, fala que o matrimônio nos dá a missão de sermos Companhei-ros da Eternidade. Viver em equipe, enquanto cristãos casados, tem-se a aspiração de caminhar em busca da Santidade. Ao fortalecermos o casal,

temos mais condições de formar-mos uma família fundamentada no amor. E para que não desanimemos de viver como cristãos num mundo pagão e de valores deturpados, é que nos unimos em equipes. Sim, Equipes! Há uma teoria da Psicolo-gia que diz que “o todo é mais que a soma das partes”. Então, todos, em equipe, somos um, somos mais for-tes, somos uma pequena Igreja.

Como Equipe Nova, equipe da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, estamos aqui para a celebração do nosso SIM. Fomos desafiados e aceitamos de todo o nosso coração estar a servi-ço de Deus, do outro, da Igreja e da sociedade, e, em aliança com Cristo, ajudá-lo na grande tarefa de pastorear.

Desejamos agradecer aos casais que nos convidaram a experienciar este Movimento e aos que nele nos introduziram.

E uma gratidão especial ao Casal Piloto pois foi incansável, paciente, tolerante, mas acima de tudo, entu-siasta e transbordante de generosi-dade e amor.

“Fica sempre um pouco de perfu-me, nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas...”

Maria Virgínia e Adriano Eq.07 - N. S. de Schoenstatt

Caxias do Sul-RS

O INÍCIO DE UMA CAMINHADA

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CM 481 35

OUSAR O EVANGELHO ENS EM ALTO MAR

Decidimos fazer uma viagem de navio da Europa para o Bra-sil. Já era a nossa terceira travessia; pois é uma viagem ideal para descansar. Convidamos e contamos com vários amigos, inclusive da nossa equipe.

Todos os dias, às 18h, nós nos reuníamos e fazíamos a leitura da Palavra e a Meditação.

Passados alguns dias, pensamos: quantas pessoas, neste na-vio, que não tem uma capela, gostariam de rezar também! Em outras travessias já havíamos vivenciado essa experiência, pois nossa equipe naquela ocasião estava quase completa e ainda contamos com a presença de outros queridos amigos equipistas. Os encontros para oração tinham sido ótimos, inclusive com a participação de funcionários do navio; e pasmem, nem todos eram católicos.

Acatando as orientações do tema de 2014, decidimos ousar o Evangelho.

Como o navio, habitualmente, fazia algumas paradas, numa dessas fomos numa excursão à Fátima com várias pessoas que viajavam conosco. Na volta, no ônibus, temos certeza de que o Espírito Santo nos inspirou, fizemos um convite para que vies-sem rezar e meditar a Palavra. Conseguimos reservar uma sala. No dia seguinte, para nossa alegria e surpresa, apareceram dez pessoas. Os dias passavam e a presença de componentes orantes aumentava. Já eram mais de trinta: uma graça de Deus!

Começávamos sempre às 18 horas. Organizando melhor o momento, começamos a copiar a Liturgia Diária e introduzimos músicas para a preparação e colocar todos em clima de oração. Usamos os aparelhos de som do Sylvio com músicas bem esco-lhidas de Nossa Senhora. Eram hinos lindos! Tivemos momentos fortes de oração e foi uma experiência maravilhosa, pois perce-bemos o quanto as pessoas sentem necessidade da Palavra e então entendem muito bem a manifestação de Deus no meio de nós.

Agradecemos à nossa querida Mãe pela graça alcançada naquele ambiente de férias e festas: várias pessoas em sintonia com o Pai.

Cecília e SylvioEq.08A - N. S. das Graças

São Paulo-SP

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Ao longo de nossa caminhada de Igreja percebemos que somos vocacionados ao amor. Em todo chamado, há alguém que chama, alguém que responde e uma mis-são nos é dada. Assim, numa bela tarde recebemos um chamado de Deus para nós: ser Casal Coorde-nador de Experiência Comunitá-ria. Prontamente, dissemos sim e uma alegria tomou conta de nosso coração e de nossa alma: poder servir a Deus e aos irmãos por meio do Movimento.

Iniciamos a Experiência, con-fiando na proteção Divina e na ação do Espírito Santo; fomos apenas meros instrumentos de Deus, que lançou suas sementes; e muitos frutos já foram partilhados e muitos outros ainda virão a seu tempo. Nesta caminhada tivemos momentos árduos, em que nos

deparamos com nossas limitações, mas o Senhor, tomando-nos nos braços, mostrou-nos que basta a Sua graça.

Contamos com a presença e acompanhamento de SCE, Pe. Ro-gério, pelo qual Cristo se fez pre-sença real em nosso meio.

Providencialmente, no dia da Imaculada Conceição, chegamos ao término da missão que nos foi confiada, que nos levou ao ama-durecimento de nossa fé e de nos-sa espiritualidade conjugal. Fomos agraciados com pérolas preciosas, casais que, com suas particularida-des nos ensinaram a amar mais.

Ao Senhor de nossa vida e de nossa vocação matrimonial, o nos-so eterno louvor!

Márcia e GirlanEq.01 - N. S. Aparecida

Uruaçu-GO

A ALEGRIA DE CORRESPONDER AO CHAMADO DE DEUS

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Dia

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amo

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A origem do dia dos namorados se revela para nós de forma obs-cura, sem que tenhamos a exata certeza do marco inicial dessa data comemorativa e dos motivos que ensejaram a sua criação.

Alguns estudos já afirmaram que tal “festa” era celebrada mui-to antes do cristianismo, em rituais pagãos realizados no Império Ro-mano. No entanto, a maior crença quanto a sua origem parte de rela-tos (ou crenças) diretamente ligados ao cristianismo católico.

Poucos sabem, mas o dia dos na-morados, com as datas e suas tradi-ções do modo que vemos em todo mundo, foi originado de São Valen-tim, de modo que, em diversos paí-ses (a exemplo dos Estados Unidos), esse dia é chamado de Valentine’s

Day ou Dia de Valentim, bem como na Itália o San Valentino.

Segundo a crença, Valentim teria sido um bispo que, contra-riando ordens de um imperador romano para não mais celebrar casamentos, continuou a celebrar tais cerimônias às escondidas. Tendo sido descoberto por solda-dos do império, foi preso e, estan-do enclausurado, recebia diversas flores e cartas de casais apaixona-dos, que diziam ainda acreditar no amor. O bispo foi decapitado em 14 de fevereiro do ano 270, data em que passou a ser come-morado o Valentine’s Day.

No Brasil essa data é celebrada em 12 de junho, dia que antecede o de Santo Antônio (13 de junho), que entre nós ganhou a fama de “santo

DIA DE SÃO VALENTIMO dia dos namorados e sua importância cristã

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casamenteiro”, pois, em suas prega-ções religiosas, sempre destacou a im-portância do amor e do casamento.

É certo que pouco se sabe sobre a história e a veracidade dos relatos acerca de São Valentim, tanto que seu aniversário deixou de ser cele-brado pela Igreja Católica a partir de 1969, devido à ausência de da-dos e documentos que tenham rele-vante valor histórico e que possam fundamentar sua existência.

Ainda assim, é inegável que as tradições e o espírito que originou este dia, nos moldes em que vemos atualmente, estão enraizados no nosso catolicismo.

No entanto, muitas vezes, ve-mos serem deturpados os valores e as intenções presentes nas comemo-rações que são feitas entre os casais. Assim como no Natal, para muitos do mundo, o Dia dos Namorados é mais uma data voltada ao consumismo, em que a simples oferta de jantares e presentes são desacompanhadas

da verdadeira oferta que se deve fa-zer: a de si mesmo a Deus e ao outro.

As cartas, as flores, os presentes, os bombons são símbolos materiais que, antes de tudo, precisam traduzir e demonstrar a verdadeira intenção dos corações apaixonados, qual seja a de reafirmarem, em seus relacio-namentos, os valores cristãos que devem permear a relação, tais como o respeito, o afeto, a cumplicidade, a fidelidade, a castidade e tantos outros que, ao final, se resumem em um só: o Amor. Amor que em nós foi plantado pelo próprio Deus. Amor que É o próprio Deus.

Que o dia dos namorados venha nos relembrar desse Amor e que ve-nha reforçar em nós o desejo de ter-mos um relacionamento cristão, cada dia mais entregue ao Nosso Senhor. Que seja sempre um triângulo amo-roso: eu, você e Deus!

Emmanuel Chacon (filho de Jussara e Daniel) da

Eq.03C-João Pessoa-PB

ORAÇÃO DOS NAMORADOSSanto Antônio, Tu que és o protetor dos namorados,

olha para nós, para a nossa vida, para os nossos anseios. Defende-nos dos perigos, afasta de nós os fracassos,

as desilusões, os desencantos.

Faze com que sejamos realistas, confiantes, dignos e alegres. Que saibamos caminhar para o futuro

e para a vida a dois com a vocação sagrada para formar uma família.

Que nosso namoro seja feliz e com amor sem medidas.

Que todos os namorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé.

Amém!

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Ousar o Evangelho, acolhendo e cuidando dos homens,

baseado nas atitudes do próprio Cristo.

Aconteceu nos dias 28 a 30 de março, no Santuário de N. S. da Abadia, o Retiro anual das ENS dos Setores A e B de Ituiutaba-MG. Foram dias maravilhosos, inicia-dos na sexta-feira à noite, com a celebração da Santa Missa, às 19 horas, na Paróquia São Francisco de Assis, presidida por Dom Fran-cisco Carlos, Bispo da Diocese de Ituiutaba.

Tivemos a dádiva de ter como pregador o Pe. Luis Fabiano Re-ginato, que fez uma analogia do tema Ousar o Evangelho, acolhen-do e cuidando dos homens, com as atitudes do próprio Cristo. Ponto a ponto, Padre Luiz fez as compara-ções trazendo para o nosso mundo equipista exemplos do nosso Se-nhor Jesus Cristo:

1º. Olhar (Lc 19, 1-10), Cuidar (Lc 10, 25-37)

Olhar e Cuidar - Olhar como Zaqueu, que sendo um homem que provavelmente era detestado no contexto onde vivia, mas que ao ver Jesus, transforma-se e rece-be de Cristo o convite, à conversão e aceita esse convite mudando de vida e atitudes. Cuidar como o samaritano cuidou daquele que es-tava caído pelo caminho e que o fez sem o objetivo de receber algo em troca, coisa muito rara naque-le tempo e mais ainda nos dias de hoje.

2º. Renovar (Jo 2, 1-11), Ensinar (Lc 2, 41-50)

Renovar e Ensinar - Reno-var como Cristo fez nas bodas de Caná, ou seja, ao fazer o milagre da transformação da água em vinho, Cristo reanimou aquelas bodas com vinho novo, o que devemos estar buscando fazer no nosso dia a dia, renovar nosso cotidiano através da palavra de Deus que tem sem-pre um vinho novo a nos oferecer. Ensinar como Jesus fez no templo, mesmo que tenha causado gran-des preocupações em seus pais, levando-nos a refletir que deixamos de evangelizar por apego à coisas mundanas ou por falta de ousadia.

3º. Acolher (Lc 10, 38-42), Perdoar (Jo 8, 1-9).

Acolher e Perdoar - Acolher como Maria que deixou seus afa-zeres e foi acolher o Mestre e nós quantas vezes deixamos por moti-vos fúteis de acolher o irmão, que no momento necessitava da nossa presença e diálogo. Perdoar como fez Cristo com a mulher pecadora, não questionando; perdoando e não pedindo nada em troca. Deve-mos ter um pouco dessa grandiosi-dade; perdoamos sem questionar?

Saímos abastecidos com santas palavras, mais maduros espiritual-mente e prontos a Ousar o Evan-gelho, principalmente dentro das Equipes de Nossa Senhora.

Maria de Lourdes e GreyEq.01B - N. S. Aparecida

Ituiutaba-MG

RETIRO 2014

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Como é bom retirar-se do mun-do! Como é bom poder nos olhar por dentro para conhecermo-nos e encontrarmos Deus. Num mun-do cheio de armadilhas, de querer ter, o Retiro das ENS nos leva a um deserto parecido ao que Je-sus fazia, retirando-se para seus momentos de reflexão. E foram muitos esses instantes em que Ele dialogava com o Pai a sós.

Retirar-se para um deserto é de valor ímpar para o homem, tanto que o filósofo Sêneca nos diz “havemos de nos sarar, se nos separarmos logo da multidão” e também que o homem se livra de seu maior inimigo que é o próprio homem. Retirar-se é um momento de interiorização, um tempo para si mesmo.

Quando Cristo diz a Marta: “Maria escolheu a melhor parte” (Lc 10,42), é porque ela escolheu o essencial. Ele quer nos dizer que o tempo com Ele é o tempo mais precioso que temos, e é esse tempo que devemos viver no re-tiro.

O deserto nos inspira a ouvir a voz do mestre, a ganhar força para um novo trabalho, a encon-trar uma nova maneira de viver em nossa equipe de base.

São Jerônimo diz: “para mim o povoado é cárcere e o deserto é o paraíso”. Realmente, nossa vida quotidiana é um verdadeiro cár-

DESERTO... RETIRO...

Tornou-se a retirar para o monte Ele só (Jo 6,15).

cere do consumismo. No deserto do retiro, vivemos a paz e a man-sidão de que tanto necessitamos para nos reforçar na fé. Só alcan-çaremos o progresso na vida es-piritual se nos recolhermos no si-lêncio, aquele mesmo silêncio que Elias buscou para escutar Deus na suavidade da brisa.

Para fazermos e vivermos um retiro de verdade, o silêncio in-terior e exterior deve nos levar à simplicidade da paz. No silêncio reconhecemos nossas inquieta-ções que mostram a Deus o que está fora do nosso alcance. São João da Cruz diz que o silêncio é povoado pela palavra verdadeira e que o Verbo foi gerado no silên-cio, e só no silêncio podemos es-cutar e compreender sua voz.

Silenciar é ter a capacidade de conseguir o vazio interior que nos leva a nosso autoconhecimento, pois primeiro temos que nos co-nhecer para depois tentarmos en-tender nossos semelhantes.

Se Cristo preferia o deserto e não a fama, nós devemos seguir o seu exemplo de vida e cumprir esse PCE, que nos eleva e nutre a nossa alma.

Façamos do Retiro a nossa Re-gra de Vida e certamente seremos melhores cristãos.

Eliana e GilsonEq.05H - N. S. dos Anjos

Brasília-DF

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A Equipe Responsável Inter-nacional (ERI) propôs para as equipes do mundo inteiro, neste ano, o tema de estudo acolher e cuidar dos homens. Ele vem na esteira da Orientação Geral, para Ousar o Evangelho, dada em 2012, no XI Encontro Inter-nacional das Equipes de Nossa Senhora, em Brasília. O tema “é então um desafio a cada um de nós, a cada casal, a cada equipe, para aprender a ver e agir com os olhos do coração, no seu tempo” (Apresentação do livro tema des-te ano). A nossa esperança é que a reflexão do acolher e cuidar dos homens nos desperte para uma vivência responsável do ser cristão e do ser equipista.

Esperamos que a vivência do aco lher e cu idar dos ho-mens ajude a nos conhecermos por dentro e, humildemente, reco-nhecermos que necessitamos dos cuidados dos outros e, principal-mente, dos de Cristo, para mu-darmos corajosamente o rumo das nossas vidas, segundo a sua Boa Nova.

Esperamos que o aprofunda-mento do acolher e cuidar dos homens tire a venda dos nos-sos olhos e nos faça enxergar o homem real que se encontra ao nosso lado, na família, na equipe, no Movimento, na Igre-ja, na sociedade (mundo) e nos torne sensíveis às suas necessida-

GERANDO ESPERANÇAS

des, servindo-os com humildade, conforme o exemplo do Mestre.

Esperamos que o acolher e cuidar dos homens nos faça en-tender que somos todos irmãos, independente de qualquer condi-ção ou diferença, e nos conserve, nos torne pessoas simples, cari-dosas e servidoras.

Esperamos que o acolher e cuidar dos homens nos faça se-guir o exemplo do bom samari-tano e nos aproxime dos outros, sejam eles quem forem, sem ar-rogância ou quaisquer sentimen-tos que não seja o de cuidar das sua feridas.

Esperamos que o acolher e cuidar dos homens nos mos-tre que o lugar central é sempre d’Ele, Jesus Cristo, e que nós so-mos servos inúteis, habitantes da periferia e aprendamos que “nas Equipes de Nossa Senhora, toda responsabilidade é um serviço” e não uma vitrine ou um exercício de poder.

Esperamos, enfim, que o aco-lher e cuidar dos homens abra nossos corações, permitindo a entrada da Luz Verdadeira e que Ela nos transforme em novas criaturas, cheias do seu Espíri-to de amor, para irradiá-la aos outros.

Glória e Bartolomeu Eq.07A - N. S. Desatadora dos Nós

Jaboatão dos Guararapes-PE

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No primeiro estudo progra-mado deste ano, refletimos so-bre o tema “Descobrirmo-nos e deixarmo-nos convidar”, a par-tir da Palavra em Lucas 19,1-10. Este riquíssimo texto abre-nos para muitas reflexões, não cabíveis num único artigo. Na troca de ideias na reunião da nossa equipe, quanta r iqueza quando cada casal leu as suas reflexões: to-das diferentes, todas comple-mentares. A nossa reflexão co-meça pelo final do texto. Jesus se convida para ir à casa de Zaqueu e, lá chegando, abençoa a família daquela casa: “Hoje a salvação entrou nesta casa”, e acrescenta: “porque o Filho do Homem veio

QUEM SOU EU? EU SOU COMO?

procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,9.10).

Zaqueu sabia que estava des-viado do caminho certo, mas que salvação Jesus Cristo lhe esta-va trazendo?

O Papa Francisco, em A Ale-gria do Evangelho, alerta para que toda homilia e toda cate-quese seja kerigmática, que traga presente o mistério do homem e o mistério de Jesus Cristo Salva-dor. Neste sentido, refletimos que, para que a pessoa se descubra, precisa fazer duas perguntas bá-sicas: “Quem sou eu?” e “Como eu sou?” Duas perguntas que, se superficialmente lidas, teriam respostas iguais. Entretanto, não significam elas a mesma coisa e requerem respostas diferentes.

Não é possível responder à segunda sem uma resposta à pri-meira.

“Quem sou” diz da minha essência humana. A segunda pergunta me diz do como estou fazendo acontecer a primeira. Se eu não tiver consciência de quem sou, minhas reflexões, decisões e ações poderão cair num relativis-mo vazio e egoísta.

Eu sou quem? “Eu Sou” é a definição que Deus dá de si mes-mo. Jesus afirma sua divindade dizendo “Eu Sou”. Deus não “foi” nem “será”, Deus “é”. E a Revelação de Deus nos diz que Ele criou o ser humano “à sua imagem e semelhança”, isto é,

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em grande dignidade e liberda-de. Diz-nos, ainda, que a huma-nidade, criada para a felicidade, sofreu os resultados do pecado dos primeiros pais, que se aven-turaram a decidir sobre o bem e o mal, cuja ciência pertence a Deus. A Revelação me diz que eu sou uma pessoa criada por Deus para ser feliz, mas que sofre com a natureza decaída pelo pecado, que tem como consequência a morte para sempre.

O mistério da mise-r icórdia de Deus, en-tretanto, é maior que a fraqueza humana e en-via o Cristo, que vem a mim como foi à casa de Zaqueu, para dizer que a salvação chegou. E a aceitação de Cristo Sal-vador me dá a dimensão de quem sou: Alguém cr iado por Deus para a felicidade, e que, por causa do pecado, se tor-nou fraco, mas que em Cristo crê e espera a re-denção, pois o Filho de Deus veio restabelecer o plano inicial do Criador, veio “salvar o que esta-va perdido”.

A atitude de Zaqueu me ajuda a dizer como sou.

Zaqueu é pequeno, e por ser pequeno recebe a atenção do Se-nhor, porque aceitou sua peque-nez e, embora rico de bens, teve um coração pobre e humilde, e o reino de Deus chegou até ele. A postura de Zaqueu diante de Jesus diz como me devo compor-tar. É não questionar sobre o mal que fiz até hoje, nem buscar des-culpas para o meu pecado, pois Deus conhece a minha fraqueza. Antes, mesmo que tenha que su-bir na árvore da cruz, preciso bus-car conhecer Jesus Cristo, o Deus que se fez “em tudo semelhante a” mim, sendo sem pecado, num amor infinito pela humanidade, para dar “vida em abundância”, a mim que estava morto.

A atitude de Zaqueu de dar metade dos seus bens aos pobres não deve ter sido palavras ditas na hora, como para impressio-nar Jesus, mas ações concretas na sua vida posterior na comu-nidade cristã. Assim, também eu devo voltar-me firme para o rosto do Senhor, sabendo-me pecador, e, livremente, com atitudes con-cretas e dócil colaboração com a graça de Deus, ir converten-do-me num filho de Deus mais santo. Alguém que, realizando a sua fé na caridade, vive a espe-rança da ressurreição, quando a realidade nova de filho adotado por Deus se manifestará na seme-lhança com o Cristo ressuscitado (Cf. 1Jo, 3,2).

Graciete e Gambim Eq.04D - N. S. de Guadalupe

Porto Alegre-RS

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Amar é desejar o bem a al-guém. Esta foi a demonstra-ção do bom samaritano, para aquele enfermo. Ele enten-deu que não devemos valori-zar apenas quem diz que nos ama, mas sim, valorizar quem te prova este amor.

Jesus não mediu palavras e nem exemplos para falar de um amor, difícil de ser mui-tas vezes entendido, um amor que está além dos limites da sexualidade e dos interesses par ticulares; mas um amor que se doa e que se preocupa mais com os outros do que consigo mesmo.

O samaritano não escolheu amar aquele enfermo, Deus es-colheu o enfermo para ser amado pelo bom samaritano. O bom samaritano ensinou o caminho do amor.

Em nossa vida conjugal, temos que entender que não é possível haver relações humanas sem que hajam também de-cepções; perdemos com facilidade a paciência com as pessoas, mesmo com aquelas que mais amamos. Desistimos facilmente daqueles que nos frustram e não correspondem aos nossos anseios.

Nossa capacidade de amar às vezes se torna limitada.Portanto, o segredo do limitado amor humano nem sempre

está em conquistá-lo, mas em cultivá-lo e mantê-lo vivo em nosso ser.

“Ninguém tem maior amor do que Aquele que dá a vida por seus amigos.

Vós sereis meus amigos se praticardes o que vos mando.”Jo 15,13-14

Débora e MárcioEq.06A - N. S. da Saúde

Criciúma-SC

DESCOBRIR E CUIDAR DO OUTRO

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Rita e Seixas

No dia 22.03.2014, juntamente com a família, a Eq.04D - N. S. do Carmo em São Paulo Capi-tal 1 e amigos, o casal que tam-bém completou 50 anos de equi-pe , comemorou suas Bodas de Ouro com a celebração de uma missa em ação de graças, presi-dida por Frei José Carlos Cor-rea Pedroso e concelebrada por Mons. José Carlos Dias Tóffoli e Pe. João Edênio Reis Valle, na Igreja N. S. de Fátima na Vila Leopoldi-na. Em seguida, uma festa conti-nuou a comemoração num clima de muita alegria e animação. Parabéns ao querido casal!

Ma. Célia e Marcelo

No dia 19 de janeiro de 2014, completaram 50 anos de uma f e l i z un ião. Em uma so l ene

Celebração Eucarística, organi-zada pelos seus filhos, renova-ram as promessas do Matrimônio. Momentos emocionantes para o casal, para a família, para seus irmãos equipistas e demais ami-gos e convidados. Após a Missa, recepcionaram os convidados, com um delicioso jantar no salão do GTLF. Que Deus continue der-ramando suas bençãos sobre eles, para continuarem testemunhando a vida de casal cristão e na Eq.02 - N. S. Aparecida - Garça-SP

Elizete e Sebastião

No dia 14.12.2013, o querido casal competou 50 anos de ca-sados. Eles estão nas ENS há 28 anos. Esta data tão significativa foi comemorada com uma mis-sa celebrada pelo Pe. Ailton na

BODAS DE OURO

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residência do casal, em Curitiba-PR. Estavam presentes os amigos equipistas, familiares e pessoas da comunidade. Parabéns e que Deus os abençoe sempre.

nado por Cristo, inspirado por São Lourenço, guiado por São Bento, guardado por N. S. da Conceição Aparecida, sintonizado com a ale-gria do Papa Francisco, respondeu ao chamado do Pai, jogou-se sem pressa e com profunda entrega ao Diaconato. Ele é, atualmente, Prior do Mosteiro Beneditino de Santa Clara, em Pouso Alegre-MG. Para-béns e as bênçãos dos céus!

Hélvio (da Marisa)No dia 02.01.2014

Integrava a Eq.09D - N. S. de LourdesPorto Alegre-RS

Sônia (do Luis)No dia 19.03.2014

Integrava a Eq.03C - N. S. Desatadora de NósSão Paulo-SP

Pe. Marcos Antonio Duarte No dia 23.04.2014

Integrava a Eq.18A - N. S. do Bom Parto Rio de Janeiro-RJ

ORDENAÇÃO DIACONAL

Dom Lourenço OSB

Alegra-te Mãe Igreja! (...) Os céus se dignaram chamar

mais um homem a servir o Altar do Santo Sacrifício.

No dia 23.03.2014, a Eq. N. S. da Natividade e EJNS Aparecida mui-to se alegraram junto ao povo de Deus. O monge beneditino, Dom Lourenço OSB, Conselheiro Es-piritual destas equipes, recebeu o primeiro grau da Ordem. Vocacio-

VOLTA AO PAI

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Foi com muita ale-gria, fé e entusias-mo que o Casal da Super-Região Brasil, juntamen-te com os Casais Provinciais, Ca-s a i s d e A p o i o e a nova Equipe da Super-Região, que tomarão pos-se em agosto pró-

ximo, representando os equipis-tas de todo país, se reuniram no dia 04 de abril, para inaugurar a nova Sede do Secretariado Na-cional, a qual está localizada na cidade de São Paulo, na Avenida Paulista, nº 352, Edifício Louis Pasteur, conj. 36, 3º Andar.

Agraciados pelo amor de Deus,

Atu

alid

ade

nos reunimos para celebrar a con-quista da nossa “sede própria”. Sim irmãos, nossa casa própria, pois a nova sede é de todos nós equipistas que, confiantes no amor de Cristo e no exercício responsá-vel da partilha, foi possível alcan-çarmos tão almejado sonho.

Para agradecer e louvar ao nosso bondoso Deus, que nos permitiu a conquista desse mar-co histórico, na manhã da sexta - feira, 04.04.2014, foi celebra-da uma Missa em ação de graça, presidida pelo querido Pe. Miguel Batista, SCE da Super-Região Brasi l , com a presença de to-dos os casais da atual e da nova Equipe da SRB, convidados o ca-sal responsável pela CNSE, Sílvia e Chico, Maria Alice e Ivahy,

NOVA SEDE DO SECRETARIADO NACIONAL

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colaboradores desta ESR, e os fun-cionários do Secretariado, Nilza e Cristiane.

Após a Celebração Eucarística, voltamos à nova sede, oportunida-de em que Pe. Miguel abençoou as novas instalações, e logo após foi servido lanche a todos os presen-tes, em clima de grande alegria e coparticipação de momentos his-tóricos das ENS no Brasil, da vida equipista, do Movimento e da Igreja.

Cabe-nos, ainda, agradecer e registrar que o Espírito Santo é o agente dessa história, pois desde a primeira hora, iluminou Pe. Ca-ffarel, os corações de Nancy e Pe-dro Moncau com seu “Sim” e de tantos outros casais que os suce-deram até os dias atuais, que un-gidos fizeram e farão crescer em todos nós brasileiros equipistas o Amor a Deus e às Equipes de Nossa Senhora que nos orientam

caminhar rumo à santidade.A nova sala abre um novo tempo

para o Secretariado Nacional, que agora tem espaços mais adequados e estruturados às finalidades do Mo-vimento e aos serviços que são pres-tados a todos nós. Somos gratos a Nilza e Cristiane por todo cuidado, generosidade e zelo para nós equi-pistas e dedicação às ENS. Além das duas funcionárias destacamos o Dante, contratado recentemente.

Esse dia de festa deve ser co-memorado por todos os equipistas brasileiros, pois é dia de Agrade-cimentos, dia de Louvor, dia de Ação de Graças! Que Deus e nossa Senhora continuem fazendo mara-vilhas nas ENS e em nossas vidas.

“Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho!” (Sl 89, 17)

Nei e OlgaCR Província Centro-Oeste

Sala de reunião Corredor

Sala de espera Administração

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MEDITANDO EM EQUIPE

Segundo a nossa fé católica, a Trindade das Pessoas divinas na unidade da natureza é um mistério que, em última análise, supera e escapa a todo entendimento. E o mistério impõe-se ainda mais no relacionamento entre as três Pessoas. As noções de Pai, Filho e Espírito Santo, desconhecidas no Antigo Testamento, foram-nos reveladas no Novo, a fim de que pudéssemos conhecer melhor a Deus: “Por meio de Jesus Cristo, nós, judeus e gentios, num só Espírito, temos acesso junto ao Pai” (Ef 2,18).

Paulo não define nem descreve a Trindade: ele a vive necessariamente, pelo simples motivo que Deus é Trino e não poderia deixar de sê-lo: “Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós e que recebestes de Deus (Pai)? Alguém (Cristo) pagou alto preço pelo vosso resgate” (1Cor 6,19-20)!

Escuta da Palavra em Rm 8, 1-17

Sugestões para a meditação:

1. Conte quantas vezes as três Pessoas divinas aparecem neste texto.2. Comente o v.3.3. Explique esta frase: “Se pelo Espírito fizerdes morrer as obras do vosso

corpo, vivereis” (v.13).4. Que significa esta afirmação: “recebestes um espírito de filhos adotivos” (v.15)?

Frei Geraldo de Araújo Lima, O. Carm.

Oração Litúrgica

“Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma para firmar-me em vós, imóvel e pacífica, como se a minha alma já estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar-me a paz nem me fazer sair de vós, ó meu imutável, mas que em cada minuto eu me adentre mais na pro-fundidade de vosso Mistério. Pacificai minha alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada preferida e o lugar de vosso repouso. Que eu jamais vos deixe só, mas que aí esteja toda inteira, totalmente desperta em minha fé, toda em adoração, entregue inteiramente à vossa Ação criadora.

Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, imensidade onde me perco, entrego-me a vós qual uma presa. Sepultai-vos em mim para que eu me sepulte em vós, até que vá contemplar em vossa luz o abismo de vossas grandezas” (Beata Elizabete da Trindade).

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Movimento de Espiritualidade Conjugal

Av. Paulista, 352 A3 Cj. 36 • Bela Vista • 01310-000 • São Paulo - SPFone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora

Movimento de Espiritualidade Conjugal

Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SPFone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora

Símbolo do 3o Encontro Nacional das ENS Aparecida 2015, escolhido entre vários apresentados no

último Encontro do Colegiado em Itaici-SP

Casal Dançando: Simboliza a alegria de festejar

o Matrimônio. “As Bodas de Caná” O Verde-amarelo representa

o Casal Brasileiro.Aparecida no Coração:

Simboliza Nossa Senhora Aparecida no coração dos brasileiros.

O Azul-marinho invertido significa o Coração do Brasil

O Caminho: Usando como referência

à passarela em Aparecida, foi desenhado o número 3,

representando Terceiro Encontro Nacional e ao mesmo tempo simbolizando

o espírito de peregrinação. O Marron terra representa uma

caminhada de humildade (descalço) sobre o chão de terra em busca

da santificação conjugal.