teoria geral do direito civil 20020101 lembrete

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7/21/2019 Teoria Geral Do Direito Civil 20020101 LEMBRETE http://slidepdf.com/reader/full/teoria-geral-do-direito-civil-20020101-lembrete 1/12 1 FACTO J É todo o acto humano ou acontecimento natural juridicamente relevante, ou seja, que produz efeitos jurídicos.CLASSIFICAÇÃO DE FACTOS JURÍDICOS: Factos jurídicos volut!rios ou actos jurídicos: Resultam da vontade como elemento juridicamente relevante, são manifestações ou actuações da vontade. Podem ser lícitos ou ilícitos.licitos !ão conformes " ordem jurídica e por ela consentidos e ilícitos são contr#rios " ordem jurídica e por ela reprovados. $# lu%ar a uma sanção ao infractor. &s factos jurídicos volunt#rios ou actos jurídicos podem ainda ser classificados em'"#$%cios Jurídicos: !ão factos volunt#rios cujo n(cleo essencial ) inte%rado por uma ou mais declarações de vontade a que o ordenamento jurídico atri*ui efeitos jurídicos concordantes com essa vontade. Si&'l#s actos jurídicos: !ão factos volunt#rios que se produzem mesmo não tendo sido previstos ou queridos pelos seus autores. &s simples actos jurídicos dividemse em' (uas# #$%cios jurídicos: traduzemse na manifestação e+terior de uma vontade. O'#ra)*#s jurídicas: traduzse na efectivação ou realização de um resultado material ou factual a que a lei li%a determinados efeitos jurídicos. Factos jurídicos ivolut!rios: Resultam de causas de ordem natural ou a sua eventual voluntariedade não tem relevncia jurídica, são independentes da vontade. A(UISIÇÃO +ODIFICAÇÃO E E,TI"ÇÃO DE RELAÇ-ES JURÍDICAS &s factos jurídicos desencadeiam determinados efeitos, normalmente produzem a aquisição, modificação e e+tinção de relações jurídicas. - aquisição de direitos ) quando al%u)m se torna titular de um direito novo, o direito de propriedade. É a li%ação de um direito a uma pessoa. - noção de aquisição de direitos não coincide com a constituição de direitos que consiste no sur%imento de um direito, a criação de um direito que não e+istia anteriormente. oda a constituição de um direito implica a sua aquisição, dado não e+istirem direitos sem sujeito TI.OS DE A(UISIÇÃO DE DIREITOS: A/uisi)0o Ori$i!ria: & dt/ adquirido não depende da e+ist0ncia ou da e+tensão de um direito anterior. - e+tensão do direito adquirido depende apenas do facto ou título aquisitivo. # um direito novo, ou o direito sur%e de novo, ou então se esse direito j# e+istisse nasce um novo direito. E1: 2sucapião 3art/ 1456/7, ocupação de coisas m8veis 31915/7 A/uisi)0o d#rivada: - e+ist0ncia anterior desse direito e a sua e+tinção e limitação ) que %eram a aquisição do direito pelo novo titular. - e+tensão do direito do adquirente depende do conte(do do facto aquisitivo mas tam*)m da amplitude do direito do transmitente. $entro da aquisição derivada podese distin%uir entre' A/uisi)0o d#rivada traslativa: & direito adquirido ) o mesmo que j# pertencia ao anterior titular. ransfere o direito. :+tensão do direito que j# e+istia. A/uisi)0o d#rivada costitutiva: -dquirese um direito " custa de outro, limitandoo ou comprimindoo. A/uisi)0o d#rivada r#stitutiva: - aquisição vai repor as coisas no estado anterior " constituição do direito real que se e+tin%ue. -contece quando o titular de um direito real limitado se demitir dele unilateralmente ou contratualmente. Si&ula)0o: :+iste quando e+iste um conluio, um ne%8cio simulado com o intuito de en%anar terceiros. &s ne%8cios simulados são nulos, não produzem efeitos.  ;o entanto se o simulado adquirente dum pr)dio vender ou doar por acto verdadeiro o mesmo pr)dio a um terceiro e este i%norar a simulação, o terceiro adquire validamente esse o*jecto. :+' & ne%8cio entre A e 2 ) uma simulação. 2 atraiçoando A vende o andar a C 3terceiro de *oaf)7. & primeiro ne%8cio ) nulo, o se%undo ) v#lido. 1

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Teoria Geral do Direito Civil LEMBRETE

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FACTO J É todo o acto humano ou acontecimento natural juridicamente relevante, ou seja, que produzefeitos jurídicos.CLASSIFICAÇÃO DE FACTOS JURÍDICOS:

• Factos jurídicos volut!rios ou actos jurídicos:Resultam da vontade como elemento juridicamente relevante, são manifestações ou actuações da vontade.

Podem ser lícitos ou ilícitos.licitos !ão conformes " ordem jurídica e por ela consentidos e ilícitos sãocontr#rios " ordem jurídica e por ela reprovados. $# lu%ar a uma sanção ao infractor.&s factos jurídicos volunt#rios ou actos jurídicos podem ainda ser classificados em'"#$%cios Jurídicos:!ão factos volunt#rios cujo n(cleo essencial ) inte%rado por uma ou mais declarações de vontade a que oordenamento jurídico atri*ui efeitos jurídicos concordantes com essa vontade. Si&'l#s actos jurídicos:!ão factos volunt#rios que se produzem mesmo não tendo sido previstos ou queridos pelos seus autores.&s simples actos jurídicos dividemse em'(uas# #$%cios jurídicos:  traduzemse na manifestaçãoe+terior de uma vontade. O'#ra)*#s jurídicas:  traduzse na efectivação ou realização de um resultadomaterial ou factual a que a lei li%a determinados efeitos jurídicos.

• Factos jurídicos ivolut!rios:

Resultam de causas de ordem natural ou a sua eventual voluntariedade não tem relevncia jurídica, sãoindependentes da vontade.A(UISIÇÃO +ODIFICAÇÃO E E,TI"ÇÃO DE RELAÇ-ESJURÍDICAS&s factos jurídicos desencadeiam determinados efeitos, normalmente produzem a aquisição, modificaçãoe e+tinção de relações jurídicas.- aquisição de direitos ) quando al%u)m se torna titular de um direito novo, o direito de propriedade. É ali%ação de um direito a uma pessoa.- noção de aquisição de direitos não coincide com a constituição de direitos que consiste no sur%imentode um direito, a criação de um direito que não e+istia anteriormente.oda a constituição de um direito implica a sua aquisição, dado não e+istirem direitos sem sujeitoTI.OS DE A(UISIÇÃO DE DIREITOS:

A/uisi)0o Ori$i!ria:& dt/ adquirido não depende da e+ist0ncia ou da e+tensão de um direito anterior.- e+tensão do direito adquirido depende apenas do facto ou título aquisitivo.# um direito novo, ou o direito sur%e de novo, ou então se esse direito j# e+istisse nasce um novo direito.E1: 2sucapião 3art/ 1456/7, ocupação de coisas m8veis 31915/7 A/uisi)0o d#rivada:- e+ist0ncia anterior desse direito e a sua e+tinção e limitação ) que %eram a aquisição do direito pelonovo titular.- e+tensão do direito do adquirente depende do conte(do do facto aquisitivo mas tam*)m da amplitude dodireito do transmitente.$entro da aquisição derivada podese distin%uir entre'

A/uisi)0o d#rivada traslativa:& direito adquirido ) o mesmo que j# pertencia ao anterior titular. ransfere o direito. :+tensão do direitoque j# e+istia. A/uisi)0o d#rivada costitutiva: -dquirese um direito " custa de outro, limitandoo oucomprimindoo. A/uisi)0o d#rivada r#stitutiva: - aquisição vai repor as coisas no estado anterior "constituição do direito real que se e+tin%ue. -contece quando o titular de um direito real limitado sedemitir dele unilateralmente ou contratualmente.

Si&ula)0o::+iste quando e+iste um conluio, um ne%8cio simulado com o intuito de en%anar terceiros.&s ne%8cios simulados são nulos, não produzem efeitos.

 ;o entanto se o simulado adquirente dum pr)dio vender ou doar por acto verdadeiro o mesmo pr)dio a umterceiro e este i%norar a simulação, o terceiro adquire validamente esse o*jecto.

:+' & ne%8cio entre A e 2 ) uma simulação.2 atraiçoando A vende o andar a C 3terceiro de *oaf)7.& primeiro ne%8cio ) nulo, o se%undo ) v#lido.

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• "0o o'oi3ilidad# ou io'oi3ilidad# a t#rc#iros d# 3oa456 7art8 9;8<E1: -nt8nio vende a <aria um im8vel atrav)s de venda ver*al 3a venda ) nula, tem de ser por escritura

 p(*lica7.<aria vende o im8vel a -ndreia com escritura p(*lica.- venda a -ndreia ) v#lida mas tem que ser re%istada. !e a proposta e re%isto da acção para declarar anulidade desse ne%8cio ocorrer dentro dos 9 anos se%uintes " conclusão do contrato, os direitos dos

terceiros não são reconhecidos, ou seja, para que o ne%8cio seja v#lido ) necess#rio que nos 9 anosse%uintes " conclusão do ne%8cio não haja nin%u)m a propor e re%istar a declaração de nulidade dessene%8cio. .r#scri)0o: -plicase aos direitos su*jectivos propriamente ditos. =uando se fala em prescrição,falase em prescrição e+tintiva ou ne%ativa. -o lado desta e+iste ainda a prescrição aquisitiva ou positiva,atrav)s da qual se adquirem direitos reais. :+' usucapião.& prazo da prescrição ser# vari#vel, se não houver nenhum ) de 4> anos 3art/ 9>?/7. Caducidad#:@isar# direitos potestativos. - nossa lei se%uiu um crit)rio formal afirmando que quando um direito devaser e+ercido durante certo prazo se aplica, re%ra %eral, a caducidade, salvo se a lei disser que ) prescrição3art/ 4?5/ n/ 47. - lei fi+a o prazo.

DIFERE"ÇA E"TRE CADUCIDADE E .RESCRIÇÃO: 

-rt/ 9>>/ 3prescrição7, art/ 99>/ 3caducidade7.- - prescrição tem uma ideia de justiça e se%urança. - *ase da prescrição ) punir a in)rcia ne%li%ente.- - caducidade permite convenções e a prescrição não permite convenções.!e forem direitos disponíveis nada o*sta que as partes possam convencionar outro prazo da caducidade.

 ;a prescrição isso j# não ) possível.- - caducidade ) do conhecimento oficioso e a prescrição não ).- - prescrição interrompese 3art/ 91?/7 e suspendese 3art/ 915/7 ao passo que a caducidade não. -

caducidade s8 suspende com o e+ercício de direito.- - caducidade s8 ) impedida, em princípio, pela pr#tica do acto 3art/ 991/7, enquanto que a prescrição

se interrompe pela citação ou notificação judicial de qualquer acto que e+prima a intenção de e+ercer odireito.

"E=>CIOS JURÍDICOS:!ão actos jurídicos constituídos por uma ou mais declarações de vontade 3autonomia da vontade, princ/ daautonomia privada, princ/ da li*erdade ne%ocial7, que se destinam a produzir certos efeitos pr#ticos, com aintenção de os colocar so*re a tutela do ordenamento jurídico, e a que o direito atri*ui esses efeitos.- declaração da vontade pode ser t#cita ou e+plícita.

RELAÇÃO E"TRE A ?O"TADE E OS EFEITOS JURÍDICOS:

T#oria dos #5#itos jurídicos:Para que e+istam ne%8cios jurídicos, as partes quando fazem as declarações, t0m de prever os efeitos

 jurídicos das suas declarações, ou seja, correspondem ao conte(do da vontade das partes.

T#oria dos #5#itos 'r!ticos:-s partes manifestam apenas uma vontade de efeitos pr#ticos ou empíricos, normalmente econ8micos,sem car#cter ilícito. - estes efeitos manifestados a lei faria corresponder efeitos jurídicos concordantes.

T#oria dos #5#itos jurídico4'r!ticos:É o ponto de vista correcto. Para que e+istam ne%8cios jurídicos as declarações de vontade visam aefectivação de certos efeitos pr#ticos. - vontade diri%ida a efeitos pr#ticos não ) a (nica nem a decisiva,decisivo para e+istir um ne%8cio ) a vontade dos efeitos pr#ticos queridos serem juridicamentevinculativos

 ;ão são colocados so* tutela do direito'

El#&#tos Ess#ciais: &s sujeitosA- declaração da vontade sem anomaliasA  - capacidade das partes

3suscepti*ilidade de ser titular de direitos e o*ri%ações derivados do ne%8cio jurídico7A   - le%itimidade3relação entre o sujeito e o conte(do do acto7A   & conte(do 3entre%a da coisa, pa%amento da coisa7A   -idoneidade do o*jecto.El#&#tos "aturais: !ão os efeitos ne%ociais, derivados de disposições le%aissupletivas.

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!e as partes não concordarem neles, e+istem normas supletivas. -s cl#usulas naturais são aquelas que a lei prev0El#&#tos acid#tais:!ão as cl#usulas acess8rias dos ne%8cios jurídicos.

 ;ão sendo necess#rios para caracterizar o contrato em a*stracto, são elementos fundamentais para ocontrato em concreto.

!ão elementos acidentais a condição, o termo, o modo e cl#usula penal.É o caso das cl#usulas de juros, das cl#usulas condicionaisB

CLASSIFICAÇÃO DOS "E=>CIOS JURÍDICOS:

"#$%cios Jurídicos Uilat#rais 3ilat#rais # 'lurilat#rais: ;os ne%8cios jurídicos unilaterais h# apenas uma s8 declaração de vontade ou v#rias declarações mas paralelas, formando um s8 %rupo. E1: testamentoÉ desnecess#ria a anu0ncia do advers#rio, a efic#cia do ne%8cio unilateral não carece da vontade deoutrem, vi%ora o princípio da tipicidade 3art/ CD6/7.

o "#$%cios uilat#rais r#c#'tícios:

Para produzir efeitos tem de ser levados ao conhecimento da pessoa a quem se destina.o "#$%cios uilat#rais 0o r#c#'tícios:

Eica completo com a declaração da vontade, não precisa de levar ao conhecimento de nin%u)m. :+'testamento, rep(dio da herança.

 ;os ne%8cios jurídicos *ilaterais h# duas declarações de vontade de conte(do oposto, mas conver%ente aum resultado jurídico unit#rio, em*ora com um si%nificado para cada parte. "#$%cios it#r vivos # #$%cios &ortis causa&s ne%8cios jurídicos inter vivos produzem efeitos em vida das partes, entre os vivos.&s ne%8cios jurídicos Fmortis causaG produzem efeitos ap8s a morte. :+' testamento.!ão proi*idos os pactos sucess8rios, são proi*idas as doações por morte. - doação por morte equiparaseao testamento."#$%cios jurídicos '#ssoais # #$%cios jurídicos 'atri&oiais:&s ne%8cios jurídicos pessoais são ne%8cios cuja disciplina não tem que atender " disciplina dosdeclarat#rios e aos interesses %erais da contratação, mas apenas " vontade real, psicol8%ica do declarante.

 ;ão h# vontade real da parte, não h# li*erdade contratual.:+' casamento, adopçãoB

 ;os ne%8cios jurídicos patrimoniais a vontade manifestada ou declarada triunfa so*re a vontade real,%rande li*erdade contratual. Prendemse com os *ens. 2so de coisa mediante retri*uição. :+' Hocação3art/ 1>44/7."#$%cios jurídicos cos#suais 70o sol##s< # #$%cios jurídicos 5or&ais 7sol##s<:&s ne%8cios jurídicos consensuais são aqueles que podem ser cele*rados por quaisquer meios declarativosaptos a e+teriorizar a vontade ne%ocial, a lei não e+i%e uma forma.Re%ra %eral os ne%8cios jurídicos são consensuais 3art/ 41?/7 I Princípio da li*erdade declarativa ou

li*erdade de forma.&s ne%8cios jurídicos formais ou solenes são aqueles para os quais a lei prescreve a necessidade dao*servncia de determinada forma 3documento aut0ntico ou documento particular7, o acatamento dedeterminados formalismos ou determinadas solenidades.:+' compra e venda de im8vel sujeito a escritura p(*lica. "#$%cio $ratuito # #$%cio o#roso:& ne%8cio %ratuito caracterizase por uma intervenção de uma intenção li*eral.Jriase uma vanta%em patrimonial para um dos sujeitos sem nenhum equivalente.& mandato pode ser oneroso ou %ratuito, o m(tuo tam*)m, o dep8sito tam*)m.& ne%8cio oneroso ) o ne%8cio onde e+iste uma prestação e uma contraprestação que se presumem comuma certa equival0ncia, pressupõe atri*uições patrimoniais de am*as as partes.$entro do ne%8cio oneroso podese esta*elecer a distinção entre contratos comutativos e contratos

aleat8rios. ;os contratos aleat8rios as partes su*metemse a uma possi*ilidade de %anhar ou perder. Pode haver umaou duas prestações. :+' jo%o, aposta 3art/ 14CD/7"#$%cios o3ri$acioais@ r#ais@ 5a&iliar#s # suc#ss%rias:

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?otad# d# ac)0o:Jonsiste na voluntariedade 3consci0ncia e intenção7 do comportamento declarativo :+' coacção física.=uando uma pessoa, por um acto refle+o ou distraidamente, sem se aperce*er, a%e de acordo com umadeclaração ne%ocial.

?otad# d# d#clara)0o #$ocial:Para e+istir ) preciso que quem emite uma declaração pretende realizar um ne%8cio jurídico. :ste su*elemento s8 est# presente se o declarante tiver consci0ncia e vontade de que o seu comportamento tenhasi%nificado vinculação ao ne%8cio, pois pode e+istir uma declaração mas falta a vontade de essadeclaração ter uma validade jurídica, ) o %esto ou uma assinatura mas sem o intuito de validar umadeclaração ne%ocial.?otad# #$ocial:É preciso que a pessoa queira cele*rar aquele ne%8cio jurídico e não outro e tenha consci0ncia de que est#a cele*rar aquele ne%8cio e não outro.:+' -l%u)m quer comprar uma quinta e est# convencido que a quinta ) a quinta da capela e depoisdesco*re que a quinta que queria comprar se chama quinta do mosteiro.

DECLARAÇÃO "E=OCIAL E,.RESSA E DECLARAÇÃO "E=OCIAL TCITA:

 ;os ne%8cios jurídicos vi%ora ao princ/ da li*erdade contratual 3art/ C>D/7, o princípio de li*erdade deforma 3art/ 41?/7 e o princípio de li*erdade declarativa, ou seja, possi*ilidade de declarações ne%ociaise+pressas e t#citas 3art/ 416/7.- declaração ne%ocial ) e+pressa quando ) feita por palavras, escrito ou quaisquer outros meios dee+pressão de vontade.Por vezes a lei o*ri%a que a declaração seja e+pressa 3art/ 691/, art/ ?D6/7 :+' a compra numsupermercado mesmo sem palavras ) uma declaração e+pressa- declaração t#cita ) uma declaração que incide so*re actos que denunciam uma intenção. É t#cita quandodo seu conte(do directo se infere um outro.:+' & herdeiro não declara se aceita ou não a herança, mas se vender um pr)dio lateralmente est# adeclarar tacitamente que aceita a herança.

O ?ALOR DO SILB"CIO CO+O +EIO DECLARATI?O:& sil0ncio não vale como declaração ne%ocial e+cepto quando tal for convencionado, quando a lei taldeterminar, quando o uso por criar a convicção das pessoas de *oaf). 3art/ 415/7

CLASSIFICAÇ-ES DA DECLARAÇÃO "E=OCIAL:D#clara)0o #$ocial 'r#su&ida:- lei li%a a determinados comportamentos uma certa consequ0ncia, o si%nificado de e+primir uma vontadene%ocial. :sta presunção pode não ser assim se se provar que não era essa a intenção.:+' & art/ 491D/ a lei %eral presume uma certa vontadeA art/ 491L/, 444D/.D#clara)0o #$ocial 5icta:- declaração ne%ocial ficta tem lu%ar sempre que a um comportamento seja atri*uído um si%nificadotipificado por lei.- lei determina um certo sentido, mas não e+iste possi*ilidade de prova em contr#rio porque a lei não

 permite. .ROTESTO E RESER?APara impedir que o comportamento emitido pelo declarante seja imputado um sentido contr#rio ao que ele

 pretendia, faz uma declaração de protesto 3contradeclaração7.& protesto ) uma contradeclaração, ) a forma como a pessoa pode praticar um certo comportamento masdeclarar que não ) seu intuito a imputação, por interpretação, de certo sentido.- reserva ) uma especificidade do protesto. & protesto tem o nome de reserva quando não si%nificarenuncia a um direito pr8prio ou reconhecimento de um direito alheio.

FOR+A DA DECLARAÇÃO "E=OCIAL:

- lei %eral 3art/ 41?/7 consa%ra que não e+iste uma forma específica e+cepto quando a lei o e+i%e.- lei e+i%e uma forma específica para a compra de im8veis 3escritura p(*lica art/56D/7.

S0o vata$#s do 5or&alis&o #$ocial:

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<aior refle+ão das partes, ou seja, maior tempo para repensar o ne%8cio, medindo a importncia e osriscos do actoA !epara os termos definitivos do ne%8cio da fase pr)contratualA Permite uma formulação mais completa e precisa da vontade das partesA Proporciona um maior %rau de certeza so*re a cele*ração do ne%8cioA Possi*ilita uma certa pu*licidade do acto, o que interessa ao esclarecimento de terceiros.

S0o d#svata$#s do 5or&alis&o #$ocial: - forma, a sua e+i%0ncia, provoca um muito maior atraso, falta de celeridade nos ne%8ciosA - falta de forma implica a nulidade dos ne%8cios, podendo provocar prejuízos ou injustiças.

FOR+A CO"?E"CIO"AL 7art8 998<:-s partes não podem, por acordo, prescindir da forma le%ale+i%ida.;o entanto as partes podem reforçar as formas le%ais por convenções entre elas.- formaconvencional ) aquela que as partes acordam entre si. - forma convencional vincula as partes, o*ri%a aque nos ne%8cios futuros a forma tenha que ser se%uida pelas partes, sendo que quando não for o*edecidaos ne%8cios são nulos. Relativamente "s consequ0ncias da falta de requisitos formais que a lei não e+i%e,as partes convencionaram que na resolução desse pro*lema dever# terse em conta, em 1/ lu%ar, a vontadedas partes. I"O2SER?"CIA DA FOR+A LE=AL:

- doutrina esta*elece a distinção entre formalidades Fad substantiaG e formalidades simplesmente Fad  probationemG art/ 9LC/7.-s formalidades Fad su*stantiaG são insu*stituíveis por outro %)nero de prova, %erando a sua falta anulidade do ne%8cio.-s formalidades Fad pro*ationemG podem ser supridas por outros meios de prova mais difíceis deconse%uir 3confissão7.!empre que a lei e+i%ir determinada forma as partes não poderão convencionar cl#usulas acess8rias queestão fora da forma e+i%ida.- ino*servncia da forma le%al %era a nulidade 3art/ 45?/7 e não a mera anula*ilidade 3art/44>/7.- nulidade dei+ar# de ser sanção para a ino*servncia da forma le%al sempre que, em casos particulares, alei determine outra consequ0ncia.-s declarações ver*ais anteriores ao documento são nulas 3art/ 441/7 e+cepto se a lei não e+i%ir formadeterminada I forma volunt#ria 3art/ 444/7.!e não for e+i%ida a forma escrita as declarações ver*ais anteriores e posteriores ao ne%8cio são v#lidasdesde que respeitem a vontade do declarante e a lei não o*ri%ue " forma escrita 3art/ 444/7.# autores 3prof. <ota Pinto7 que consideram que a invocação da nulidade por uma das partes pelaino*servncia da forma ne%ocial est# a a%ir de m# f) pelo que admitem a utilização do a*uso do direito emcasos e+cepcionais 3art/ 99C/7Eora destes casos o ne%8cio poder# ser considerado nulo mas dar# lu%ar a uma indemnização de acordocom o art/ 446/.A .ERFEIÇÃO DA DECLARAÇÃO "E=OCIAL:

 ;os ne%8cios unilaterais a declaração ne%ocial com um destinat#rio %anha efic#cia lo%o que a declaração )

emitida 3não receptícios7 ou quando a parte rece*e a declaração 3receptícios7. ;os ne%8cios *ilaterais, e de acordo com a teoria da recepção, lo%o que se prove que a declaração che%ouao conhecimento da outra parte o ne%8cio est# perfeito 3art/44C/7.- proposta contratual mant0mse por determinado prazo 3art/ 445/7 e depois de rece*ida pelo destinat#rioou dele ser conhecida ) irrevo%#vel, ou seja, esta s8 fica sem efeito se o destinat#rio rece*er uma retracçãodo proponente ou dela tiver conhecimento antes de rece*er a proposta ou ao mesmo tempo que esta 3art/49>/7. =uando a proposta se diri%e a pessoas indeterminadas 3anuncio num jornal7 deve entenderseapenas como um convite a contratar, não h# ainda uma oferta de contratar. RES.O"SA2ILIDADE.R4CO"TRATUAL: =uando nas ne%ociações preliminares de um contrato ou de um contrato nulo por falta de forma, uma das partes a%e culposamente contra as re%ras da *oaf) tem de indemnizar dos danosque provocou que não teria provocado se as ne%ociações tivessem sido feitas na *ase da confiança e *oa

f) 3art/446/7. I"TER.RETAÇÃO DO "E=>CIO JURÍDICO 7#r&#Gutica< 4 Art8 9H8:- interpretação nos ne%8cios jurídicos ) a actividade diri%ida a fi+ar o sentido e alcance decisivo dasdeclarações ne%ociais, interpretação das cl#usulas ne%ociais. TEORIAS DA I"TER.RETAÇÃO DOS"E=>CIOS JURÍDICOS:.osi)0o su3j#ctivista: & int)rprete deve *uscar a vontade real do declarante

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3elemento psicol8%ico7, ou seja, o ne%8cio valer# como foi querido pelo autor da declaração..osi)0oo3j#ctivista:  & int)rprete não vai pesquisar a vontade efectiva do declarante mas sim o teor dasdeclarações 3comportamento e+teriorizado7. É uma interpretação normativa e não uma interpretação

 psicol8%ica. $entre as doutrinas o*jectivistas destacase a t#oria da i&'r#ss0o do d#stiat!rio7art89H8<: :sta teoria ) a posição adoptada pela nossa doutrina.- declaração deve valer com o sentido que um destinat#rio razo#vel 3homem m)dio7, colocado na posição

concreta do real declarat#rio, lhe atri*uiria, salvo se a conclusão a que este fosse che%ar nunca fosseconclusão razo#vel, não puder razoavelmente contar com ele.E1: vender um rel8%io de ouro por D> M>> quando se pretendia D> contos.

 ;ão havendo coincid0ncia entre o sentido o*jectivo correspondente " impressão do destinat#rio e um dossentidos ainda imput#veis ao declarante, ou seja um sentido a*surdo ou não razo#vel, então o ne%8cio )nulo.!e o declarat#rio conhecer a vontade real do declarante então ) essa a vontade que vale. 3art/ 49L, n/ 47.:m caso de d(vida do sentido dos ne%8cios prevalece o menos %ravoso no caso dos ne%8cios %ratuitos e oque tiver mais equilí*rio nas prestações nos ne%8cios onerosos. 3art/ 496/7.

 ;os contratos de adesão, em caso de d(vida, deve ser interpretado “contra stipulatorem”, ou seja, contrao emitente das condições %erais pr)ordenadas, permanece o sentido mais favor#vel ao contraente.

DES?IOS RE=RA .RE?ISTA "O ART8 9H8:stes desvios traduzemse num maior o*jectivismo que ) o que acontece nos ne%8cios solenes ou formais,ou seja, ne%8cios para os quais a lei e+i%e determinada forma.- lei tende nestes casos para um maior o*jectivismo 3art/ 495/ n/ 17, ou seja, se a lei impõe umdeterminado documento na interpretação devese prestar maior atenção ao documento, nunca se podeconcluir sem a mínima correspond0ncia com o te+to.E1' <as, se houver duas Ksa*eis, uma ) so*rinha outra ) vizinha pode ser interpretado por via do art/ 49L/que dei+a os *ens " so*rinha.

 ;as disposições testament#rias 3art/ 4156/7 a lei tende para um maior su*jectivismo. $evese procurar avontade real do testador.I"TE=RAÇÃO DO "E=>CIOS JURÍDICOS 7art8 98:

!8 se pode falar em inte%ração depois da interpretação. - inte%ração ) a resolução de casos omissos,coisas não previstas. :+' local da entre%a da coisa.A it#$ra)0o t#& 5as#s:

1. - inte%ração ) feita por uma norma concreta se e+iste disposição especial so*re o caso omisso. :+'e+iste uma norma supletiva no c8di%o so*re o local de pa%amento quando este não esteja previstono ne%8cio.

4. Pela vontade hipot)tica ou conjectural das partes, ou seja, se as partes tivessem previsto o casoomisso, o que ) que teriam decidido.

9. -plicase o princípio da *oaf) para evitar conclusões completamente contr#rias ao razo#vel.!e a aplicação da norma supletiva levasse a uma ofensa ao princípio da *oaf) devese aplicar a normasupletiva. !8 em casos e+cepcionais se pode recorrer ao princípio do a*uso do direito 3art/ 99C/7.

- inte%ração nunca pode levar " ampliação do ne%8cio jurídico.DI?ER=B"CIA E"TRE A ?O"TADE E A DECLARAÇÃO:- diver%0ncia entre a vontade 3elemento interno7 e a declaração 3elemento e+terno7 pode ser intencionalou não intencional.

For&as d# div#r$Gcia it#cioal 7! u&a it#)0o<:Si&ula)0o 7art8 9K8<:& declarante emite uma declaração não coincidente com a vontade real, conluio com o outro declarantecom o intuito de en%anar terceiros 3credores7.&s elementos que inte%ram o conceito de simulação são a intencionalidade de diver%0ncia, o acordo ouconluio e o intuito de en%anar.

É o caso da venda fant#stica que ) uma venda de patrim8nio para fu%ir aos credores. & ne%8cio simulado) nulo. &s pr8prios simuladores podem ar%uir a anulação.

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Jomo todas as nulidades, a invalidade dos ne%8cios pode ser ar%uido em todo o tempo e pode ser declarada oficiosamente 3art/ 45L/7 por via da acção pondo a acção em tri*unal ou por via da e+cepção

 para defesa dos particulares.em le%itimidade para ar%uir a nulidade da simulação os pr8prios simuladores *em como os herdeirosle%itim#rios 3art/ 4C4/7, *em como qualquer interessado 3art/ 45L/7, os preferentes e a fazenda nacional.- le%itimidade dos simuladores ar%uírem a nulidade da simulação est# restrin%ida pelo facto de apenas ser 

admissível a prova documental e " confissão, uma vez que a prova testemunhal não ) admissível 3art/ 9?C/n/ 47.- lei prote%e os terceiros de *oa f), não podendo a nulidade ser ar%uida pelo simulador contra terceiros de

 *oa f) 3art/ 4C9/ n/17.

R#s#rva &#tal 7art8 98<=uando e+iste diver%0ncia intencional entre a declaração ne%ocial e a vontade sem qualquer conluio como declarat#rio com o intuito de en%anar o declarat#rio.E1' - declara a N fazerlhe uma doação ou um empr)stimo, sem que na realidade tenha essa intenção, pois

 pretende apenas dissuadir N de cometer o suicídio em virtude da sua situação econ8mica.- reserva mental não possui, em princípio, efeitos jurídicos, ou seja, o ne%8cio em princípio não ) nulo.

!8 ser# nulo se o declarat#rio sa*ia que a declaração foi feita com reserva mental.E1: 2m indivíduo est# numa janela para se matar.& *om*eiro dizlhe que lhe d# D>>> O para ele não se matar.tem que pa%arKsso levaria a um resultado perfeitamente injusto pelo que se poder# recorrer ao art/ 99C/ 3a*uso de direito7

 para não condenar o *om*eiro.D#clara)0o 0o s6ria 7art8 98<& declarante emite uma declaração sem intenção de en%anar qualquer pessoa. & autor est# convencido queo declarat#rio se aperce*e do car#cter não s)rio da declaração.Pode ser para fins did#cticos, pu*licit#rias, declarações jocosas ou c8micas, etc.- declaração não s)ria s8 ) v#lida se o homem comum não se dei+ar en%anar por ela.

 ;o entanto poder# dar lu%ar a indemnização no caso em que um cidadão normal acreditaria nessadeclaração 3art/ 446/7

:+' 2m indivíduo ouve no r#dio que o primeiro que l# che%ar %anha um pr)mio.:ntão ele deslocase l# e dizemlhe que não era uma *rincadeira 3declaração não s)ria7. 2m homem vul%ar acreditaria nisto lo%o o indivíduo teria direito a uma indemnização nos termos do art/ 446/.

For&as d# div#r$Gcia 0o it#cioal:Erro4o3st!culo a d#clara)0o 7art8 9M8<& declarante emite a declaração diver%ente da vontade real, sem ter consci0ncia dessa falta decoincid0ncia, por descuido, por lapso, por lapsus lin%uae, por en%ano ou por ne%li%0ncia.E1: 2m indivíduo queria comprar o pr)dio n/ 4>, mas, por lapso lin%u), comprou o pr)dio n/ 9>.& ne%8cio jurídico ) anul#vel se o declarat#rio conhecia a essencialidade do elemento so*re que incidiu oerro.2@ o vendedor, sa*e que A quer a verde e que ) essencial para ele comprar a casa verde. Ho%o o

ne%8cio ) anul#vel. ;o entanto o ne%8cio não ) anul#vel se o declarat#rio aceitar o ne%8cio como o declarante o queria 3art/4C5/7.& erro de c#lculo ou de escrita 3art/ 4C?/7 tem de resultar do documento em si, tem de resultar ou dascircunstncias ou do documento. & ne%8cio dever# ser anulado se o declarat#rio compreendeu o terceiro sentido da declaração.E1: A compra um pr)dio a 2 no qual ser# pa%o em francos.A est# convencido que ) em francos franceses enquanto que 2 est# convencido que se trata de francos

 *el%as, mas na escritura estão francos suíços. ;ão h# uma declaração de vontade comum, lo%o o ne%8cio ) anul#vel.Poder# haver tam*)m anulação do ne%8cio no caso de erro na transmissão da declaração 3art/ 4D>/7.

E1:  A  quer comprar um quadro a C e pede a 2 para passar l# para lhe pedir para %uardar o quadro3transmissão de declaração7.2 en%anase e diz a C que A quer o quadro 1 quando queria o quadro N.

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!e o erro ) um erro vul%ar 3se perce*eu mal7 se%ue o re%ime do art/ 4C6/, ou seja, se C sou*er que A quer o quadro N, ou seja, se conhecia a essencialidade então o ne%8cio ) anul#vel.!e 2 quiser prejudicar A e intencionalmente diz a que A quer o quadro 1 para prejudicar A. ;este caso one%8cio ) anul#vel sem mais, ou seja, não ) preciso provar que era essencial ou não.Falta d# cosciGcia da d#clara)0o 7art8 9H8<& declarante emite uma declaração sem sequer ter a consci0ncia de fazer uma declaração ne%ocial.

- falta de consci0ncia na declaração não produz nenhum efeito, mas poder# ter que indemnizar.E1: !e um determinado administrador de uma empresa estiver a conversar a assinar documentos a pensar que est# a assinar cartões de *oas festas, mas no fundo est# a assinar um contrato de compra e venda decomputadores.

 ;ão produz efeitos mas se houver culpa ) o*ri%ado a indemnizar o interesse contratual ne%ativo 3art/ 446/7

Coa)0o 5ísica ou violGcia a3soluta 7art8 9H8<& declarante emite uma declaração de vontade contra a sua vontade, sem intenção, por força do empre%oda força física.& declarante ) o*ri%ado a dizer ou a escrever aquilo que não quer por força do empre%o da força física.:+' -l%u)m a%arrando a mão de outrem o fazer desenhar a sua assinatura num documento.

- coação física não produz nenhum efeito, mas poder# ter que indemnizar.TEORIAS (UE ?ISA+ RESOL?ER O .RO2LE+A DA DI?ER=B"CIA E"TRE A ?O"TADEE A DECLARAÇÃO:T#oria da ?otad#:  !e a declaração não corresponde " vontade o ne%8cio )inv#lido. Predomínio da vontade desde que se prove que o que foi declarado não foi aquilo que ) querido.T#oria da cul'a i cotra#doP: & ne%8cio ) inv#lido se a declaração não corresponde " vontade, mase+iste a o*ri%ação de indemnizar pelos danos causados se houver culpa 3art/ 446/7  T#oria dar#s'osa3ilidad#: !e o declarante actuou com culpa ou dolo e estando o declarat#rio de *oa f), o ne%8cio) v#lidoQ T#orias da d#clara)0o: $# relevo fundamental " declaração, ou seja, ao que foi e+teriormentemanifestado. Jomporta 4 teorias'  T#oria da Co5ia)a:  & ne%8cio s8 ser# inv#lido se o declarat#rioconhecia ou devia conhecer a diver%0ncia da declaração do declarante.  T#oria da a'arGcia #5ica: &ne%8cio ser# v#lido se o declarat#rio confiou em que o ne%8cio se realizaria.   +ODALIDADES DASI+ULAÇÃO: Si&ula)0o ioc#t# # si&ula)0o 5raudul#ta:  - simulação inocente ) feita s8 paraen%anar, não e+iste prejuízo para nin%u)m. :+' doações simuladas com o fim de ostentação.- simulação fraudulenta ) feita para en%anar e dessa simulação e+iste prejuízo para terceiros. :+' @endafant#stica, venda aparente, venda de im8veis simulando o preço, etcBSi&ula)0o a3soluta # si&ula)0or#lativa: ;a simulação a*soluta as partes fin%em cele*rar o ne%8cio e na realidade não querem cele*rar nenhum ne%8cio. # apenas o ne%8cio simulada, não e+iste nada de verdadeiro, não h# nenhum ne%8cioreal. ;a simulação relativa por detr#s do ne%8cio simulado e+iste um ne%8cio real.:+' -rt/ 41?L/. ;ão ) possível doar a favor de pessoa com quem o casado cometeu adult)rio.:+istem 4 ne%8cios' um ne%8cio real 3doação7 e um ne%8cio simulado 3venda7.-ssim o homem casado simulou a venda a favor da amante. & ne%8cio simulado ) nulo.

+ODALIDADES DA SI+ULAÇÃO RELATI?A: Si&ula)0o su3j#ctiva ou dos suj#itos:Pode ser por interposição fictícia de pessoas, simulando um dos sujeitos.:+' A quer doar a 2, mas a lei impede então A doa a C 3Fhomem de palhaG7 para este doar a 2 o que a lei

 permite.Pode ser por supressão de um sujeito real .:+' A vende a 2 que vende a C. !8 a venda de 2  a C ) que ) declarada. É um acordo simulado paraen%anar o fisco 3sisa7.

Si&ula)0o o3j#ctiva ou so3r# o cot#do do #$%cio:Pode ser por simulação sobre a natureza do negócio

:+' !imulase uma venda para fazer uma doação.

Pode ser por simulação de valor . :+' declaram um valor inferior ou superior por e+emplo para não pa%ar sisa, ou declarase 1 valor de empr)stimo superior para que esteja contemplado os juros.

EFEITOS DA SI+ULAÇÃO:  ;a simulação relativa ) aplicado ao ne%8cio o re%ime que teria se one%8cio fosse realmente verdadeiro 3art/ 4C1/ n/ 17

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& ne%8cio simulado ) sempre nulo. & ne%8cio dissimulado poder# ser plenamente v#lido ou inv#lidoconsoante as consequ0ncias que teriam lu%ar se tivesse sido a*ertamente concluído.!e o ne%8cio for formal, mesmo respeitando a forma, se a declaração não corresponde com a verdade one%8cio ) nulo 3art/ 4C1 n/ 47.# um ne%8cio v#lido se as partes fizerem constar as declarações que inte%ram o seu n(cleo essencial deuma contradeclaração com os requisitos formais e+i%idos para esse ne%8cio.

- contradeclaração ) um documento que os simuladores fazem com a intenção de salva%uarda dossimuladores.& ne%8cio simulado ) nulo por simulação, o ne%8cio dissimulado ) nulo por vício de forma.

?ÍCIOS DA ?O"TADE: &s vícios da vontade são erros na formação da vontade enquanto que adiver%0ncia entre a vontade e a declaração ) um erro na formulação da vontade.$eclarase aquilo que se quer mas a vontade não se forma de uma maneira normal, sã.E1: A quer comprar uma moeda de ouro a 2Q2 en%anao e dizlhe que ) de ouro mas ) de co*re.A compra a moeda e ) essa a sua vontade, não h# qualquer diver%0ncia entre a declaração e a vontade, masa vontade est# viciada, foi formada de uma maneira anormal.

Usura: - usura não ) um vício da vontade mas est# enquadrada nesta parte da mat)ria, uma vez que h#uma defici0ncia na formação da vontade. :+iste sempre que al%u)m, aproveita uma situação deine+peri0ncia, de fraqueza, de depend0ncia para o*ter %anhos e+cessivos.T#& /u# t#r 9 r#/uisitos:  aver um lucro e+cessivo 3requisito o*jectivo7A  aver da outra parte um sinal de ine+peri0ncia, fraqueza, depend0ncia e o aproveitamento dessa

situação 3requisito su*jectivo7.& ne%8cio realizado com usura ) anul#vel 3art/ 454/7.?ícios r#3idit%rios: am*)m não ) um vício da vontade mas h# i%ualmente uma defici0ncia na formaçãoda vontade. E1: -nimais defeituosos 3art/ ?4>/7-l%u)m compra um cavalo que aparentemente estaria em 8ptimo estado mas tinha levado uma injecção

 para não mancar. =uando che%ado a casa do comprador o efeito da injecção passou e o cavalo passou amancar. S0o vícios da votad#: Dolo 7art8 98<:& dolo poder# ser atrav)s de artifícios, su%estões, sil0ncio, ou seja, atrav)s de uma atitude positiva oune%ativa, com a intenção de en%anar.& dolo pode assumir v#rias modalidades'Dolo 'ositivo # dolo #$ativo:& dolo positivo leva a intenção deen%anar atrav)s de uma atitude positiva. & dolo ne%ativo acontece no caso de sil0ncio quando sa*e e tem odever de informar. Dolo 3%us # dolo &alus: -s su%estões ou artifícios usuais considerados le%ítimosconstituem dolo *8nus. !8 ) relevante para efeitos de anula*ilidade o dolo malus. Dolo ioc#t# # dolo5raudul#to: ;o dolo inocente h# um mero intuito en%anat8rio enquanto que o dolo fraudulento h# umaintenção de en%anar com a consci0ncia de causar prejuízo.$olo essencial e dolo incidental' & dolo essencial ) aquele sem o qual o ne%8cio jurídico não se teria feito,

d# ori%em " anulação do ne%8cio. & dolo incidental ) aquele que influi nos termos do ne%8cio.Aula)0o do #$%cio #& caso d# dolo:!8 o dolo ilícito 3dolo malus7 implica a anulação do ne%8cio.# 9 requisitos para dar ori%em " anulação do ne%8cio' em que ser dolo malusA em que haver intençãode en%anar ou consci0ncia de en%anarA em que ser essencial, em*ora o dolo incidental tam*)m possa dar lu%ar " anulação do ne%8cio.E5#itos do dolo:  & dolo *ilateral tam*)m poder# ser invocado comofundamento de anulação 3art/ 4DC/ n/ 17. ;o dolo proveniente de terceiro, o ne%8cio s8 ) anul#vel se odestinat#rio tinha ou deveria ter conhecimento dele e se o terceiro tiver com isso um lucro e na parte emque ele *eneficia. Cos#/uGcias da aula)0o: ;os casos do dolo o ne%8cio ) anul#vel mas a pessoa quefoi en%anada tem o direito de ser indemnizada com *ase no interesse contratual ne%ativo pelo dano sofrido

3art/ 446/7.• Erro vício: raduzse numa representação ine+acta de circunstncias determinantes e decisivas

 para a realização do ne%8cio jurídico.E1: A compra um terreno a pensar que se l# se pode construir mas na realidade não se pode

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!e estivesse esclarecido dessa circunstncia não teria realizado o ne%8cio.- pressuposição ) uma fi%ura muito pr8+ima do erro vício, a diferença ) que o erro vício diz respeito acircunstncias presentes ou passadas enquanto que a pressuposição diz respeito a circunstncias futuras.

  +odalidad#s do #rro vício:Erro so3r# a '#ssoa do d#clarat!rio 7art8 9;8<:É o erro so*re a outra parte interveniente no ne%8cio.

E1: -nt8nio quer dar um anel " <aria porque est# convencido de que ) filho da anti%a namorada dele.Erro so3r# o o3j#cto do #$%cio 7art8 9;8<: E1: A compra um terreno a pensar que tem #%ua mas nãotem. & o*jecto ) o terreno, ) um erro so*re o o*jecto.  Erro so3r# os &otivos 7art8 998<: É uma noçãoresidual, ou seja, ) por e+clusão de partes. !e não ca*e nos outros erros ) erro so*re os motivos.

  Cos#/uGcias do #rro vício: -s partes podem estipular que o erro ) irrelevante.-s partes podem estipular por acordo a nulidade do ne%8cio E1: A compra a 2 um terreno porque est#convencido que tem #%ua.A e 2 estipulam que quer o terreno tenha #%ua quer não est# e+cluída a anulaçãodo ne%8cio.Para que o erro vício possa anular o ne%8cio ) necess#rio que hajam duas codi)*#s $#rais::ssencialidade, ou seja, determinante para fazer o ne%8cio, sem ele o ne%8cio não se teria feito, ou pelomenos naqueles moldes. !e o vício incidir so*re a pessoa do declarat#rio ou o o*jecto do ne%8cio )anul#vel nos termos do art/ 4C6/ 3erro na declaração, ou seja, quando o declarat#rio conhecesse aessencialidade7.E1: A compra a 2 um terreno convencido que tinha #%ua.& ne%8cio s8 pode ser anulado se houver essencialidade, ou seja, era essencial para ele que o terrenotivesse #%ua, se sou*esse que não tinha não teria feito o ne%8cio e para al)m disso ) necess#rio que odeclarat#rio conhecesse essa essencialidade.!e o vício incidir so*re o motivo, em princípio o ne%8cio não poder# ser anulado, ser# v#lido.!e o erro incidir so*re as circunstncias que constituem a chamada *ase ne%ocial haver# lu%ar "anula*ilidade 3alterações das circunstncias I art/s C96/ a C9?/7.:rro vício ≠ @ício incidental

• Coa)0o &oral 7Art8 98<:!empre que h# receio de um mal que o declarante foi ilicitamente ameaçado para dele o*ter a declaraçãone%ocial. :+' ou voc0 me assina o contrato ou doulhe um tiro.É diferente da coação física ou a*soluta porque na coação moral a pessoa tem li*erdade de escolha,em*ora sofra as consequ0ncias, lo%o ) uma coação relativa.- coação pode ser diri%ida " pessoa 3:+' ou assinas o contrato ou doute um tiro7, pode ser diri%ido "honra, ou diri%ido a terceiro 3:+' ou assinas ou dou um tiro " tua mulher7.- coação pode ser feita pelo declarat#rio ou pelo terceiro.- consequ0ncia da coação ) a anula*ilidadePara al)m da anulação tam*)m poder# haver lu%ar ao pa%amento de uma indemnização pelos prejuízos

que não teria tido, ou seja, interesse contratual ne%ativo 3art/ 446/7.ara /u# aja coa)0o 6 #c#ss!rio: em que ser essencial, ou seja, tem de se provar que o ne%8cio nãoseria feito se a coação tivesse sido feitaA   - ameaça tem de ser ilícita, isto ), tem que ser a ameaça deal%uma coisa que não seja a ameaça de al%uma coisa que seja permitido.  Para que a ameaça sejaconsiderada coação moral tem que haver sempre receioA  É necess#rio que a ameaça tenha por fime+torquir a declaração.  ;a ameaça feita por terceiro a lei faz um acr)scimo, ou seja, a ameaça tem de ter uma %ravidade maior 3art/ 4DL/7.

• Estado d# #c#ssidad#:Por vezes confundese com a coação moral.& mal não ) praticado para cometer o fim.!8 h# coação moral quando o comportamento humano se destina a o*ter a declaração ne%ocial, se não for 

 para o*ter a declaração ) estado de necessidade.& professor <ota Pinto defende que o estado de necessidade d# ori%em " nulidade. & ne%8cio ser# nuloquando o contraente por força de disposição le%al ou por contrato estava o*ri%ado a praticar o acto ou one%8cio ) ofensivo dos *ons costumes 3art/ 45>/7.

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E1: # um inc0ndio em que um homem est# no D/ andar.Nom*eiro dizlhe que s8 lhe d# a escada se lhe der D>>>O:le diz que sim.:ssa declaração ) nula porque o *om*eiro estava o*ri%ado a praticar o acto e ) ofensivo dos *onscostumes.& estado de necessidade tem que ter uma %rande relevncia e tem que estar perante um peri%o e perante

isso faça um ne%8cio jurídico, e ) necess#rio tam*)m que a outra pessoa o*tenha *enefícios e+cessivos3requisitos da usura7

• Ica'acidad# acid#tal 7art8 9M8<É uma situação transit8ria.E1: #lcool, estupefacientesBÉ um vício da vontade porque a pessoa que est# acidentalmente incapacitada não est# em condições decele*rar um ne%8cio no estado normal, a sua vontade não foi formada de uma maneira sã.- sanção para a incapacidade acidental ) a anula*ilidade desde que cumpram os requisitos previstos noart/ 4D6/.

O2JECTO DO "E=>CIO JURÍDICO:

& o*jecto do ne%8cio jurídico pode ser mediato que consiste no quid   so*re que incide os efeitos done%8cio e pode ser imediato que consiste nos efeitos jurídicos a que o ne%8cio tende 3conte(do7.E1: A vende um rel8%io a 2&*jecto mediato ) o rel8%io. & o*jecto imediato ) o preço que 2 pa%a a A.

• RE(UISITOS:& o*jecto do ne%8cio jurídico tem que o*edecer a determinados requisitos 3art/ 45>/7'•   ;in%u)m pode realizar ne%8cios jurídicos contr#rios " ordem p(*lica e ofensivos dos *ons

costumesA• & o*jecto do ne%8cio jurídico tem de ser determin#vel, ou seja, tem de sa*er o que ) que constitui o

o*jecto do ne%8cio jurídico. & o*jecto deve estar individualmente concretizado no momento done%8cio ou pode vir a ser individualmente determinado, se%undo o crit)rio esta*elecido no contratoou na lei.

 ;ão se pode fazer um ne%8cio jurídico indetermin#velA• & o*jecto do ne%8cio jurídico tem que ser física e le%almente possível :+' ;ão se pode vender al%o

que não e+ista.Podese vender coisas futuras, por e+' vender as maçãs que determinado pomar vai dar.

• & ne%8cio tem que estar de acordo com a lei, tem de ser lícito.& ne%8cio em fraude " lei ) ilícito

• & o*jecto do ne%8cio jurídico tem de ser conforme a ordem p(*lica e aos *ons costumes.- ordem p(*lica e os *ons costumes variam conforme as )pocas, os lu%ares e os povos.

- ordem p(*lica e os *ons costumes são princípios fundamentais do ordenamento jurídico que o:stado impõe, su*jacentes a todo o ordenamento jurídico.

• CO"SE(UB"CIAS:- infracção de qualquer dos requisitos do o*jecto ne%ocial implica a nulidade do ne%8cio jurídico.am*)m poder# haver lu%ar " responsa*ilidade civil pr) ne%ocial 3art/ 446/7.

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