[sindae] gota d'água - ed. n.10 - abril 2015

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SINDICATO FIRMA POSIÇÃO NA POSSE DO NOVO PRESIDENTE DA EMBASA E COBRA MAIS AVANÇOS PÁGINA 5 EM ITABUNA, SINDAE VOLTA A DEFENDER GESTÃO PÚBLICA NO SANEAMENTO PÁGINA 3 CETREL S/A E DAC MOSTRAM MAIS DETALHES DA PROPOSTA PARA EXTRATURNO PÁGINA 4 Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 10 – 9 de abril de 2015 www.sindae-ba.org.br ACESSE A VERSÃO DIGITAL Ou a Embasa melhora o atendimento do plano de saúde ou os protestos vão continuar. Isso foi o que os (as) trabalhadores (as) dei- xaram claro durante a paralisação de advertência realizada no último dia 30 e que teve adesão total. A qualidade do atendimento médico do novo plano tem causado graves prejuízos à saúde dos (das) em- pregados (as). PÁGINA 2 Sindicato firma posição e cobra avanços na troca de comando da Embasa EMBASA – JACOBINA EMBASA – FEIRA DE SANTANA EMBASA – CAB Além de estampar uma faixa dizendo que a água não é mercadoria, portanto não pode ser privatizada, o Sindicato entregou a Agenda do Saneamento ao novo presidente da Embasa, Rogério Cedraz. O Sindicato mos- trou, assim, que é contra a abertura do capital da empresa e de novas parcerias público-pri- vadas, e que seguirá na luta por um saneamen- to de qualidade, bem como na busca de novos avanços e conquistas para a categoria. Embasa parou Embasa parou pela saúde e segurança pela saúde e segurança dos trabalhadores dos trabalhadores

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Page 1: [SINDAE] Gota D'água - Ed. n.10 - Abril 2015

SINDICATO FIRMA POSIÇÃO NA POSSE DO NOVO PRESIDENTE DA EMBASA E COBRA MAIS AVANÇOS

PÁGINA 5

EM ITABUNA, SINDAE VOLTA A DEFENDER GESTÃO PÚBLICA

NO SANEAMENTOPÁGINA 3

CETREL S/A E DAC MOSTRAM MAIS DETALHES DA PROPOSTA

PARA EXTRATURNOPÁGINA 4

www.sindae-ba.org.br

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 10 – 9 de abril de 2015

www.sindae-ba.org.br

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Ou a Embasa melhora o atendimento do plano de saúde ou os protestos vão continuar. Isso foi o que os (as) trabalhadores (as) dei-xaram claro durante a paralisação de advertência realizada no último dia 30 e que teve adesão total. A qualidade do atendimento médico do novo plano tem causado graves prejuízos à saúde dos (das) em-pregados (as). PÁGINA 2

Sindicato firma posição e cobra avanços na troca de comando da Embasa

EMBASA – JACOBINA

EMBASA – FEIRA DE SANTANA

EMBASA – CAB

Além de estampar uma faixa dizendo que a água não é mercadoria, portanto não pode ser privatizada, o Sindicato entregou a Agenda do Saneamento ao novo presidente da Embasa, Rogério Cedraz. O Sindicato mos-

trou, assim, que é contra a abertura do capital da empresa e de novas parcerias público-pri-vadas, e que seguirá na luta por um saneamen-to de qualidade, bem como na busca de novos avanços e conquistas para a categoria.

Embasa parou Embasa parou pela saúde e segurança pela saúde e segurança dos trabalhadoresdos trabalhadores

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Paralisação contra qualidade do plano de saúde tem adesão maciça

PLANO DE SAÚDE

A categoria mostrou sua revolta contra a qualidade do novo plano de saúde ao para-lisar totalmente as atividades na Embasa na última segunda (30), tanto na capital quanto no interior. Foi um recado direto para a ne-cessidade de encontrar uma solução para o problema que, além de revoltar, causa enor-mes prejuízos à saúde de mais de 13 mil vi-das, entre titulares e dependentes do plano.

A adesão maciça aconteceu em todo o estado e pode ser repetida, caso a situação não se resolva. A operadora do novo pla-no de saúde, a Promédica, até agora oferece uma rede de credenciados bastante reduzi-da, além de deixar de fora grandes hospitais e clínicas. Por conta disso, o atendimento é precário e várias cirurgias e procedimentos foram suspensos. Existe ainda muita difi cul-dade na marcação de consultas, sobretudo com médicos especializados.

Desde que a nova operadora assu-miu, num contrato emergencial pelo qual irá receber R$ 38 milhões, o atendimento médico virou um caos. Em diversas cida-des trabalhadores (as) reclamam que não

existem clínicas conveniadas. Além disso, o plano é de abrangência estadual, impe-dindo quem mora em cidades fronteiriças buscar atendimento em outros estados.

O Sindicato tem insistido com a empre-sa, e vem cobrando a discussão do problema, para a mudança do atual modelo de gestão do plano de saúde. Há muito tempo defen-demos o modelo de autogestão visando ga-rantir melhor atendimento para a categoria e, ao mesmo tempo, estancar a sangria fi nan-ceira efetuada por empresas privadas, que só visam lucro, sem ligar para a saúde.

O Sindicato disponibilizará, em seu site, um formulário para registro de denúncias sobre o atual plano de saúde.

FOTOS: ACERVO SINDAE

EMBASA – SENHOR DO BONFIM

EMBASA – CAPIM GROSSO

EMBASA – EL-MURITIBA

EMBASA – EL-TEOFILÂNDIA

EMBASA – EL-SERRINHA

EMBASA – PEDRA DO CAVALOEMBASA – CANDEIAS

EMBASA – EL-ARACIEMBASA – EL-SANTA BARBARA

EMBASA – IRECÊ

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Em Itabuna, Sindae volta a defender gestão pública no saneamento

“Ditadura da televisão, ditando as regras, contaminando a nação!Ponto de Equilíbrio”

Grave risco de acidente: vergalhão

no lugar de fechadura

O principal período de chuva (outu-bro a março) já acabou e a situação hídri-ca do Nordeste e Sudeste é crítica, com a maioria dos reservatórios estando com volume muito baixo de água. Essa avalia-ção foi passada pelo ministro da Integra-ção Nacional, Gilberto Occhi, que chamou a atenção para o fato de que 56 cidades do Nordeste (cinco delas na Bahia) já enfren-tam colapso no abastecimento e que esse número pode aumentar para mais de 100.

Por conta desse quadro, o governo fe-deral lançará ainda este ano o Plano Na-cional de Adaptação, voltado para a se-gurança hídrica no país e que vem sendo elaborado pelo Grupo Interministerial de Mudanças do Clima. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em breve o governo também lançará uma campanha pelo uso consciente da água.

Ao falar sobre o Nordeste, Gilberto Occhi disse que, devido à seca, há racio-namento no fornecimento de energia nos municípios em colapso e que em algumas cidades a população tem serviço de abas-tecimento de água a cada 15 dias. Nessa região, além das 5 cidades baianas, estão em colapso 23 cidades do Ceará, 15 da Pa-

raíba, 9 do Rio Grande do Norte e 2 em Alagoas e Pernambuco, cada.

"As chuvas passaram seu período de maior intensidade. Temos uma permanente preocupação com a região Nordeste por conta da escassez hídrica", disse Occhi. Ele afi rmou que entre 6,5 mil e 7 mil carros-pipa têm fornecido água para as cidades da região.

SUDESTE – No caso do Sudeste, espe-cialmente São Paulo, a ministra Izabella Teixei-ra chamou a atenção para a necessidade de a população economizar água. "As pessoas têm que ter a consciência de que o fato de ter chovido muito, mesmo entrando no período do inverno, ainda há o desafi o de recuperar os reservatórios”. Segundo ela, o volume de água retirado do Cantareira está em um ter-ço do que é retirado normalmente.

Ao avaliar a situação dos reservatórios do Nordeste e do Sudeste, o presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu Guillo, disse que o quadro é “crítico”, apesar das chuvas registradas em fevereiro e março. No caso do Sistema Cantareira, que abaste-ce a Grande São Paulo, o reservatório está com 11% do volume útil (excluindo a reser-va técnica, chamada volume morto).

Um fl agrante de desrespeito às nor-mas mais elementares de segurança foi dado pela Cipa na Unidade de Feira de Santana, ao notar que um veículo (cami-nhonete), utilizada no conserto de rede de esgoto, não tinha fechadura na porta do motorista. No lugar dela foi coloca-do um vergalhão, o que só fez aumentar o risco de um acidente. Devido a isso o veículo foi interditado até que a empre-sa providencie o conserto da fechadura.

A manutenção dos serviços municipais e estaduais de saneamento sob gestão pú-blica, livre de qualquer participação privada, foi enfaticamente defendida pelo coordena-dor do Sindae, Danillo Assunção, durante o seminário sobre “Crise hídrica e os desafi os dos serviços municipais de saneamento bá-sico”, realizado no último dia 26, em Itabuna. O Sindicato é contra a parcerias público-pri-vadas e à abertura do capital das empresas, disse ele, dirigindo-se às autoridades do go-verno estadual presentes no evento que foi promovido pela Assemae e que contou com o apoio da Emasa.

Aproveitando a presença de muitos prefeitos e vereadores no seminário, além de gestores, técnicos e estudantes da área, Da-nillo alertou para a necessidade dos municí-pios elaborarem seus planos de saneamen-to, conforme estabelece a Lei 11.445/2007, garantindo o controle social. Também defen-deu que é urgente que se faça uma revisão

U fl d d à

CLÓVIS FILHO

ACERVO SINDAE

tarifária nas empresas e autarquias municipais como forma de garantir a sustentabilidade fi -nanceira, algo evitado devido aos interesses políticos e que impede a melhoria dos servi-ços. Outro ponto defendido foi a realização de concursos públicos, tanto para regularizar o quadro de pessoal das autarquias como pa-ra evitar a terceirização ilegal.

Governo prepara plano nacional para enfrentar colapso de água

Page 4: [SINDAE] Gota D'água - Ed. n.10 - Abril 2015

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Primeira reunião com secretário: na pauta, Embasa e CerbUma série de reivindicações abran-

gendo trabalhadores (as) da Embasa e da Cerb foram discutidas com o secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Cássio Peixoto, no último dia 20. Além da falta de política e do desmonte no setor (conforme matéria nesse boletim), cobra-mos dele o plano de habitação, presença de trabalhador (a) no Conselho de Admi-nistração das empresas, concurso público e terceirização.

O Sindicato historiou as diversas in-vestidas, nos últimos anos, para tornar re-alidade a inclusão de empregados (as) da Embasa e da Cerb no plano habitacional dos servidores públicos. Ele disse que vai discutir o assunto com a Conder para veri-fi car a viabilidade de ampliar a abrangência do plano. Quanto à presença de trabalha-dor (a) no Conselho de Administração das empresas, ele afi rmou que é favorável, mas que vai discutir o assunto no âmbito do governo. O Sindicato lembrou que diversas estatais, seja no saneamento como em ou-tros setores, já adotaram essa prática. Em nosso setor já tivemos na Embasa e hoje temos na Emasa (Itabuna), mas existem ou-tros casos, como na Petrobras etc.

Cetrel S/A e DAC mostram mais detalhes da proposta para extraturno

Em reunião na última quarta (25), Cetrel S/A e DAC mostraram o desenho da pro-posta que têm para os (as) operadores (as) visando o pagamento do adicional de extra-turno. Querem manter os 18 minutos e que pagarão o retroativo a cinco anos, com de-ságio e através de acordo judicial, mas com quitação individual de cada trabalhador (a).

As empresas alegaram que ainda não possuem os valores totais, porque o cálcu-lo será individual, em razão dos diferentes

salários entre os (as) empregados (as). O cálculo, segundo elas, só fi cará pronto nos próximos dias.

O Sindicato, por sua vez, manteve a pro-posta dos 20 minutos, com pagamento in-tegral do retroativo, numa única parcela. As empresas alegaram que, apesar das difi culda-des por conta da conjuntura econômica, vão analisar a proposta e que brevemente darão uma resposta. Uma nova reunião fi cou de ser marcada para logo após a Semana Santa.

Fechados em Bom Jesus da Lapa

e Correntina os primeiros acordos

coletivos da categoria

Os dois primeiros acordos coletivos da atual campanha salarial acabam de ser fechados nos Saae’s, sendo o primeiro deles em Correntina. Os cerca de 20 tra-balhadores (as) da autarquia terão 10% de reajuste, contemplando nesse percen-tual a reposição da infl ação pelo INPC e o restante fi cando como ganho real de salário. A conquista é mais relevante por-que recentemente houve a revisão do plano de cargos e salários que garantiu 16% de reajuste, em média. O novo acor-do também garante a realização de estu-do para o credenciamento de uma clíni-ca médica para os (as) trabalhadores (as).

O outro acordo coletivo fecha-do foi em Bom Jesus da Lapa e garan-te a reposição integral da infl ação pe-lo INPC (o índice do IBGE ainda não foi fechado), mais 1,5% de ganho real de salário. Além disso, todas as cláusu-las econômicas serão reajustadas pelo mesmo índice do salário, exceto o tí-quete alimentação, que teve aumento maior, passando de R$ 150,00 para R$ 175,00. Importantes avanços foram a criação de uma comissão para elaborar uma proposta para a assistência médica e a liberação de estudantes que cursam faculdade nos turnos matutino ou ves-pertino. Eles farão a compensação em outros horários.

Fizemos ainda a cobrança por novos concursos nas empresas e que a Cerb, an-tes, convoque os aprovados no seu único concurso realizado até hoje. Seja lá, como na Embasa, denunciamos que impera a ter-ceirização ilegal, trazendo prejuízos às em-presas, à sociedade e aos próprios tercei-rizados, uma vez que são submetidos às condições precárias de trabalho e recebem menos que os efetivos. Também apontamos que existem unidades comandadas por ter-ceirizados e que integrantes de terceiriza-das fi scalizam o serviço terceirizado. O se-cretário afi rmou que essa situação é ilegal e imoral e que também discutirá uma solução com os dirigentes das empresas.

ALOÍSIO ROCHA

ALOÍSIO ROCHA

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Sindicato firma posição na posse do novo presidente da Embasa e cobra mais avanços

Ao estampar uma faixa com uma fra-se simbólica – “Água não é mercadoria. Não deixe privatizar” – e entregar uma Agenda do Saneamento, o Sindicato marcou posição na posse do novo presidente da Embasa, Ro-gério Cedraz, ocorrida na última terça (31). Assim, deixamos claro que continuamos fi r-mes na luta por um saneamento público, de qualidade, efi ciente e universalizado, ao mes-mo tempo em que queremos avançar nas conquistas da classe trabalhadora. Cedraz substitui Abelardo de Oliveira Filho, que co-mandou a empresa desde 2007.

O recado de que a nossa entidade é contra a abertura de capital da empresa e a contratação de novas parcerias público--privadas (PPP’s) vem sendo dado desde a posse do governador Rui Costa e, mais re-centemente, em reunião com o novo se-cretário de Infraestrutura e Recursos Hí-dricos, Cássio Peixoto. Também é preciso manter a Embasa fora da prática do fi siolo-gismo, da interferência e barganha políticas, e nisso é preciso que os cargos de função gratifi cada continuem sendo ocupados por empregados (as) do quadro próprio, uma conquista dos (das) trabalhadores (as) e da sociedade nas duas últimas gestões.

É preciso registrar que nos últimos 8 anos, com muita luta e mobilização, duran-te a gestão de Abelardo de Oliveira, a ca-tegoria conquistou importantes avanços e conquistas, a exemplo da licença materni-dade de 180 dias, da licença paternidade de 10 dias, a cláusula do estudante-traba-lhador (a), os auxílios educação e mate-

rial escolar, a garantia de cinco trocas de turnos, dois concursos públicos, prêmio aposentadoria, ampliação da gratifi cação de férias para 60% e ganho real em todos os acordos coletivos, exceto no de 2013, quando houve apenas a reposição da infl a-ção. Nesse mesmo período conseguimos a revogação da lei estadual que autorizava a privatização da empresa. Vale ressaltar, ain-da, que nesses oito anos a Embasa ampliou consideravelmente os serviços de água e esgotamento sanitário.

Apesar disso, muitos desafi os preci-sam ser perseguidos e iremos cobrar da nova gestão. No que toca diretamente a categoria, é preciso concluir a revisão do plano de cargos e salários, a inclusão de empregados (as) no plano habitacional dos servidores públicos, a garantia de um bom plano de saúde, novos concursos públicos e um ataque à terceirização ilegal, especial-mente na área de esgotamento sanitário.

Também é necessário dotar a empresa de uma efetiva política de saúde e seguran-ça do trabalho, bem como passar a cumprir os itens previstos no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) fi rmado com o Ministé-rio Público do Trabalho. Não se pode admitir erros recorrentes do passado, como a am-pliação do passivo trabalhista por conta do não cumprimento de leis, a exemplo daque-las que estabelecem os adicionais de insalu-bridade, periculosidade e motociclista.

No plano geral, é fundamental manter a empresa tentando universalizar os serviços

de saneamento na Bahia, bem como perse-guir o cumprimento de metas estabelecidas pela agência reguladora, a exemplo da área de esgotamento sanitário e satisfação do usuário, todas sofrendo impacto negativo de-vido à elevada terceirização, fonte de péssi-mos serviços e de protestos da população, sem contar que impacta no benefício do Pro-grama de Participação nos Resultados (PPR).

A Embasa também precisa melhorar muito a qualidade dos serviços nos muni-cípios, até para evitar a perda da conces-são. Da mesma forma, é necessário lutar pela renovação do contrato de programa com as prefeituras de Salvador e Feira de Santana, principais fontes de recursos para a empresa. Muito além disso, tem que ser protagonista entre as empresas de sanea-mento para a criação do fundo nacional e estadual do saneamento, instrumento im-portante para o fortalecimento das empre-sas e a universalização dos serviços.

FOTOS: EDMILSON BARBOSA

Page 6: [SINDAE] Gota D'água - Ed. n.10 - Abril 2015

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: [email protected]

TOMENota

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VEXAME - IA falta d’água em vários bairros é

algo corriqueiro, seja porque motivo for. Mas faltar água nas próprias unidades da Embasa é algo no mínimo inusitado. Is-so é o que acontece no UML do Cabu-la, sempre que a empresa faz manobras na rede abrangida por aquela unidade. Quando isso acontece, não cai uma gota d’água da torneira por simples falta de um reservatório. Assim, quem precisa não pode usar sequer o sanitário, por-que é constrangimento certo.

VEXAME – IINa mesma UML Cabula passa uma

adutora de água tratada que vem de Pe-dra do Cavalo. Pois há um enorme vaza-mento nessa adutora, dentro do parque, e para contê-lo são utilizados tarugos, colocando em risco a integridade física de trabalhadores (as) da unidade. Não bastasse isso, existe vazamento também na caixa d’água. É preciso um acidente para que se resolva o problema?

FURÕESMesmo sabendo da adesão maciça

da categoria ao movimento, e do mo-tivo justo, dois gerentes da Unidade de Feira de Santana resolveram “furar” a paralisação ocorrida na Embasa no úl-timo dia 30. Chegaram às 4 da madru-gada, assustando os vigilantes, que fi ca-ram sem entender tamanha “diligência” dos chefes. Nem nos tempos de perse-guição severa se viu uma postura des-sa naquela unidade. E de nada adiantou, pois a unidade também fi cou parada.

EBAFOR 2015A formação sindical ocupa um lu-

gar estratégico para dialogar sobre os desafi os da conjuntura de ataques aos direitos da classe trabalhadora e da de-mocracia, na opinião de diversos diri-gentes sindicais que participaram do último Encontro Baiano de Formação da CUT (EBAFOR 2015), realizado na segunda quinzena de março, em Feira de Santana. Cerca de 80 lideranças sin-dicais assumiram o desafi o de interio-rizar a ação sindical visando o fortaleci-mento da organização e lutas da classe trabalhadora em todo o estado.

SIGA-NOS:

RECICLÁVEL

Em meio à mais grave crise de abaste-cimento de água de sua história, São Pau-lo ainda não sabe o que lhe aguarda no futuro próximo. Embora o nível de seus reservatórios tenha melhorado um pouco, vai demorar tempo para atingir um nível adequado e de segurança. Quanto tempo será preciso, ninguém sabe. O fato é que a população mais pobre tem enfrentado um duro racionamento e tem sido punida com multa, caso consuma acima da média. Na contramão, os 100 maiores consumi-dores da companhia paulista, a Sabesp, re-cebem incentivos para manter e até am-pliar o consumo.

São coisas da política do governador Geraldo Alckimin (PSDB), responsável pe-la abertura do capital da Sabesp. Ações da empresa são negociadas nas bolsas de São Paulo e Nova Iorque. Nos últimos dez anos os acionistas privados receberam da empresa R$ 4,3 bilhões em dividendos, vo-lume de dinheiro maior do que o pedido por Alckimin à presidente Dilma Rousseff

para enfrentar a seca em seus reservató-rios, fazendo as obras que já deveriam ter sido feitas para ampliar e melhorar o siste-ma de abastecimento. O dinheiro que ha-via foi pra o bolso dos especuladores.

De Minas Gerais, estado governado nos últimos anos por dois outros gover-nadores do PSDB, Aécio Neves e Antônio Anastasia, outro mau exemplo. O governo tucano abriu o capital da Copasa e dividiu o estado em dois pedaços, cada um com sua própria companhia de saneamento: a tradicional Copasa permanece atenden-do a parte rica, que gera lucro para seus acionistas privados, enquanto foi criada a Copanorte para atender a parte pobre da população. Nesta o governo banca tudo, mas quando pode e se quiser. Como não foram feitos os investimentos necessários nos últimos anos, a situação de Minas Ge-rais também não é das melhores. O gover-nador Fernando Pimentel (PT), empossa-do em janeiro, não descarta racionar água, tal a gravidade dos reservatórios mineiros.

PLANTÃO DOS (AS) ADVOGADOS (AS) ABRIL/2015

ADVOGADO (A)

Dr. Daniel ManhãTarde

–20 e 27

20 e 27–Dr. Daniel Manhã

Tarde–

09, 16, 23 e 3009, 16, 23 e 30

Dra. Gabriela ManhãTarde

–07, 14 e 28

07, 14 e 28–

Dra. Márcia ManhãTarde

08, 15, 22 e 29–

–08, 15, 22 e 29

Dr. Eduardo Dia 28 Jurídico Itinerante – Senhor do Bonfi m

TURNOATENDIMENTO

TELEFONE PESSOAL

Contatos: (71) 3111-1700 E-mail: [email protected]

Os maus exemplos de São Paulo e Minas Gerais