gota d'água - ed. n.6 - junho 2016

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SINDAE Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto da Bahia Filiado à FNU/CUT FICHA DE FILIAÇÃO 01-NOME 02-ENDEREÇO COMPLETO (logradouro + número + bairro + cep + cidade + estado) 03-TEL. RESIDENCIAL: 04-TEL. COMERCIAL: 05-RAMAL 06-DATA NASCIMENTO: 07-SEXO: 08-CPF: 09-R.G. 10-ÓRGÃO EXPEDIDOR 11-EMPRESA 12-LOTAÇÃO 13-MATRÍCULA 14-DATA ADMISSÃO _ 14-CARGO Eu, ______________________________________________________________________________ , confirmo a veracidade das informações acima declaradas, solicito inscrição no quadro de associados e autorizo a Empresa a descontar mensalmente do meu salário base, inclusive do 13º salário em favor do Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto no Estado da Bahia - SINDAE, as contribuições sociais estatutárias definidas em Assembléia, atualmente fixada em 1,5% (um e meio por cento), conforme deliberação da Assembléia Geral Extraordinária de 09/07/93. Data: ____/_____/____ Assinatura do(a) Empregado(a): 1-MASCULINO 2- FEMININO

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Page 1: Gota D'água - Ed. n.6 - Junho 2016

SINDAE Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto da Bahia Filiado à FNU/CUT

FICHA DE FILIAÇÃO

01-NOME

02-ENDEREÇO COMPLETO (logradouro + número + bairro + cep + cidade + estado)

03-TEL. RESIDENCIAL: 04-TEL. COMERCIAL: 05-RAMAL

06-DATA NASCIMENTO: 07-SEXO: 08-CPF:

09-R.G. 10-ÓRGÃO EXPEDIDOR

11-EMPRESA 12-LOTAÇÃO

13-MATRÍCULA 14-DATA ADMISSÃO

_

14-CARGO

Eu, ______________________________________________________________________________ ,

confirmo a veracidade das informações acima declaradas, solicito inscrição no quadro de

associados e autorizo a Empresa a descontar mensalmente do meu salário base, inclusive do

13º salário em favor do Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto no Estado da Bahia -

SINDAE, as contribuições sociais estatutárias definidas em Assembléia, atualmente fixada em

1,5% (um e meio por cento), conforme deliberação da Assembléia Geral Extraordinária de

09/07/93.

Data: ____/_____/____ Assinatura do(a) Empregado(a):

1-MASCULINO 2- FEMININO

Page 2: Gota D'água - Ed. n.6 - Junho 2016

SINDAE Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto da Bahia Filiado à FNU/CUT

AUTORIZAÇÃO DE DESCONTO EM FAVOR DO SINDAE

Eu, ______________________________________________,

matrícula n.º _______________________, Carteira Profissional

n.º_________________, Série _____________, empregado(a) da(o)

__________________, setor _____________________, venho com a presente

autorizar e solicitar à Empresa, descontar mensalmente do meu salário base,

inclusive do 13.º salário em favor do Sindicato dos Trabalhadores em Água e

Esgoto no Estado da Bahia – SINDAE, as contribuições sociais estatutárias

definidas em Assembléia, atualmente fixada em 1,5% (um e meio por cento),

conforme deliberação da Assembléia Geral Extraordinária de 09/07/93.

Data: ____/_____/____ Assinatura do(a) empregado(a): ________________________________________________________

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Embasa começa a “enrolar” e categoria decide: dia 14 tem assembleia com indicativo de greve

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXX – Nº 19 – 06 de junho de 2016

AC

ESSE

A V

ERSÃ

O D

IGIT

AL

ASSEMBLEIA – CAB

EM AÇÃO PROPOSTA PELO SINDICATO, JUSTIÇA ORDENA

REINTEGRAÇÃO DE UMA APOSENTADA

PÁGINA 6

EMPRESAS DO GRUPO ODEBRECHT PEDEM PRAZO

DE 15 DIAS PARA RETOMADA DE NEGOCIAÇÕES

PÁGINA 4

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE: SOCIEDADE DEVE

COBRAR PROVIDÊNCIAS CONTRA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

PÁGINA 3

AÇÃO COLETIVA VAI PEDIR O FIM DAS DEMISSÕES

DE APOSENTADOS (AS) NA CERBPÁGINA 4

www.sindae-ba.org.br

Passado muito tempo do início da campanha salarial, poucas reuniões realizadas, negociações sucessivamente adiadas e pouco resultado. Diante desse quadro de “enrolação”, que se soma ao interesse da empresa de retroceder em várias conquistas, a categoria decidiu, em assembleias realizadas na última quinta (2), convocar nova rodada de assembleias na capital e interior, no próximo dia 14, desta vez com indicativo de greve. A mobilização dos (das) trabalhadores (as) está aumentando para dar o devido enfrentamento em defesa de nossas conquistas. PÁGINA 2

Saae de Bom Jesus da Lapa tem novo acordo coletivo

Trabalhadores (as) do Saae de Bom Jesus da Lapa aprovaram e comemoraram bastante o fechamento do novo acordo coletivo de trabalho, que estabelece rea-juste salarial de 10,83% e alguns avanços. O acordo foi aprovado por unanimidade em assembleia realizada na última ter-ça (31) e também prevê horas extras a 100% de segunda a sexta e de 150% aos sábados, domingos e feriados, tíquete alimentação de R$ 10,00 e café da ma-nhã com manteiga. O Sindicato está con-centrado agora em negociações com os Saae’s de Xique-Xique, Santa Maria da Vi-tória, Barra e Correntina.

DIDICA VASCONCELOS

Page 4: Gota D'água - Ed. n.6 - Junho 2016

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Depois de negar várias vezes a in-tenção de privatizar a Emasa, o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, anunciou na última sexta (3) que vai lançar breve-mente um edital de licitação para conce-der a empresa municipal de saneamento. Nesta segunda (6) os (as) trabalhadores vão discutir que medidas tomar, até por-que serão os primeiros prejudicados (as) pela medida que um prefeito em fi m de gestão pretende tomar.

Claudevane Leite anunciou essa deci-são em reunião com os (as) trabalhadores (as) no Centro Cultural Adonias Filho, ale-gando que não repassaria a empresa para a Embasa porque não houve uma propos-

ta adequada. Deixou a categoria perple-xa e revoltada, pois algumas vezes negara a intenção de repassar os serviços para a iniciativa privada. Tentando amenizar o clima de revolta, disse que haverá no edi-tal garantia de preservação do emprego e contra o aumento de tarifa.

Prometeu o que não pode fazer. Em-presa privada visa lucro a qualquer custo e não vai garantir emprego de ninguém, muito pelo contrário tende a demitir, como sem-pre ocorre nos processos de privatização. Também não vai aceitar proibição de au-mentar tarifas, pois onde operam sempre promovem aumentos enormes, prejudican-do sobretudo a população mais pobre.

Junho chegou e a Embasa vem impri-mindo um ritmo muito lento nas negocia-ções do acordo coletivo: até agora apenas três reuniões foram realizadas, sendo que ela adiou outras duas marcadas para os dias 20 e 23 de maio, e até agora não con-fi rmou quando vai sentar para nova discus-são. A expectativa é de que uma negocia-ção aconteça ainda esta semana.

Essa é uma questão. A outra é a dis-posição da empresa em impor retrocessos em importantes conquistas da categoria, a exemplo do prêmio aposentadoria, vale transporte, licença paternidade, mandato da Cipa e assistência médica e odontológica.

A soma disso levou a categoria a aprovar, por ampla maioria, em assembleias realizadas na última quinta (2), na capital e interior, a con-vocação de novas assembleias no próximo dia 14, às 9 horas, agora com indicativo de gre-ve. Os (as) trabalhadores (as) entendem que a direção da Embasa está “enrolando” para ga-nhar tempo e provocar cansaço, mas isso não irá conseguir. Todos (as) estão preparados pa-ra dar o devido enfrentamento.

Vamos aguardar que, até as próxi-mas assembleias, a empresa apresente ofi -cialmente uma proposta para as cláusulas econômicas, bem como para aquelas con-quistas referidas acima e que ela informou, anteriormente, que pretende alterar (prê-mio aposentadoria, plano de saúde etc).

Nas assembleias da última quinta (2) o Sindicato informou sobre algumas mu-danças que a empresa pretende fazer. Uma

Prefeito negou, negou, negou... Agora diz que vai privatizar a Emasa.

Categoria está revoltada

EMBASA

delas trata do desconto do transporte, que hoje é de 1% e ela pretende subir para 6%, compensando o (a) trabalhador (a) de al-guma forma. Outra alteração diz respeito à redação sobre o fornecimento do trans-porte intermunicipal, assim como na cláu-sula que trata do auxílio creche, mas pelo que se sabe é apenas para fugir da tributa-ção, sem impor mudança no benefício.

Quanto ao calendário de pagamento, a empresa precisa se adequar às determi-nações do eSocial, programa do governo federal que unifi ca o envio de informações pelo empregador em relação aos seus em-pregados. Por conta disso, a Embasa estaria pretendendo pagar a segunda quinzena do salário, junto com todas as remunerações (adicionais, horas extras etc) até o quinto dia útil do mês seguinte. No caso da Ci-pa, quer retroceder ao que determina a lei (metade dos integrantes eleitos, outra me-tade de indicados pela empresa).

Sobre a vigência do acordo coletivo, que o Sindicato propôs ser de 5 anos pa-ra as cláusulas sociais, administrativas e de saúde e segurança, a empresa já deu sinais de que não aceitará, mas sim pelo prazo de um ano. Está sendo comentado que, no plano de saúde, a proposta é da participa-ção do (da) trabalhador (a) no custeio de forma proporcional ao salário. Quanto ao prêmio aposentadoria, a proposta dela é a do governador: simplesmente acabar.

Seja como for, são as informações que temos recebido, mas é preciso que a Emba-sa coloque tudo ofi cialmente no papel pa-ra que possamos discutir com a categoria. Desde o início das negociações o Sindicato tem deixado claro que não aceitará retro-cesso em qualquer conquista.

Diante da enrola, categoria decide: dia 14 tem nova rodada de assembleias com indicativo de greve

FEIRA DE SANTANA

ITABERABA

FOTOS: ACERVO SINDAE

Page 5: Gota D'água - Ed. n.6 - Junho 2016

“A Terra provê o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não sua ganância.Mahatma Gandhi ”

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DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

Pessoas morrendo de sede, tantas ou-tras sem abastecimento de água e rede de esgotamento sanitário, lixo por toda parte, desmatamento, secas prolongadas, morte de rios, muita poluição, enchentes devas-tadoras, desmatamento, aquecimento glo-bal... Assim, no último domingo, passamos mais um Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) sem ter o que comemorar, mas com a certeza de que é preciso apro-veitar a data para fazer uma refl exão e co-brar providências para mudar esse cenário tão nefasto que ameaça a vida das gerações presentes e futuras.

Conhecido por sua luta por justiça so-cial e ambiental, o engenheiro sanitarista e professor Luiz Roberto Moraes é um crí-tico feroz do que se passa no saneamento básico da Bahia e do Brasil. No plano esta-dual reclama do desmonte das políticas pú-blicas para o setor e, a nível federal, critica severamente o Plano Plurianual de 2016 a 2019, que reduziu os investimentos de R$ 15 bilhões ao ano para R$ 9,8 bilhões pa-ra a universalização dos serviços de sanea-mento nesse período de quatro anos.

“Como não degradar as águas dessa forma?”, questiona ele, salientando que is-so, ao retardar a universalização dos ser-viços, implica em mais esgoto bruto e re-

Nada a comemorar, tantos são os retrocessos e mazelas, diz professor Moraes

“O Brasil precisa se debruçar sobre sua água doce e como gerir essa riqueza fabulosa em benefício da população.”Luiz Roberto Moraes,Engenheiro sanitarista e professor

ASSISTA AO VÍDEODIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

PROF. LUIZ ROBERTO MORAES

síduo sólido lançado no ambiente e nas águas, trazendo graves consequências pa-ra a saúde da população. Moraes também lembra que esse ajuste fi scal do governo nas verbas do setor abre enorme janela pa-ra a atuação do setor privado, seja através de parcerias público-privadas ou outras formas de privatização. “Seja no Brasil, seja na Bahia, as águas doces estão sendo trata-das como mercadoria, num descabido re-trocesso”, reclama o professor.

descobrirem que a reserva de água era in-fi nitamente maior do que a estimada ante-riormente. Suas águas subterrâneas podem abastecer o planeta por 250 anos. Um patri-mônio invejável, o que faz Moraes lançar o alerta de que “o Brasil precisa se debruçar sobre sua água doce e como gerir essa ri-queza fabulosa em benefício da população”.

No caso de Salvador, cita que pesquisa realizada em 2010 apontou que todos os rios da capital baiana estão poluídos e que não existe nenhuma ação para restaurá-los. Lembra que o estrago não é pequeno: is-so ocorre nas 12 bacias hidrográfi cas (cada bacia é formada por um rio principal e vá-rios afl uentes).

Em relação ao atendimento com os ser-viços, diz que 98,5% da população de Salva-dor tem abastecimento com água pela rede de distribuição da Embasa, 83% tem esgota-mento sanitário e 99% tem algum tipo de coleta de resíduo sólido (não é um serviço regular). Quanto ao 1,5% da população não atendimento por abastecimento de água, lembra que isso representa 45 mil habitantes, uma população maior do que a existente na maioria absoluta dos municípios do estado. Outro problema que aponta é que o abas-tecimento é irregular em muitos bairros, so-bretudo nos subúrbios ferroviário e rodovi-ário, o que afeta a qualidade da água e coloca esses moradores em situação mais vulnerá-vel para doenças. São muitas as mazelas vivi-das pela população mais pobre.

Moraes conclama uma mudança de vi-são do poder público, citando que o Brasil é o maior detentor de água doce do mun-do, sobretudo agora que acaba de ser des-coberto o Saga – Sistema Aquífero Grande Amazônia, o maior do mundo. Esse aquífero era chamado Sistema Alter do Chão até três anos atrás, quando pesquisadores da Univer-sidade Federal do Pará trocaram o nome ao

“A proteção e o melhoramento do meio ambiente humano é uma questão fundamental que afeta o bem-estar dos povos e o desenvolvimento econômico

do mundo inteiro, um desejo urgente dos povos de todo o mundo e um dever de

todos os governos.”

Declaração de Estocolmo, em 1972.

DIA MUNIDAL DO MEIO AMBIENTE5 DE JUNHO

Encarte da edição de nº 19/2016

Page 6: Gota D'água - Ed. n.6 - Junho 2016

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Durante visita de dirigentes e do ad-vogado Daniel Vencimento na última se-gunda (30), na Cerb, os (as) empregados (as) foram informados de que o Sindicato irá entrar com ação coletiva questionando as demissões já realizadas e pedindo para que outras demissões de aposentados (as) sejam sustadas. Até o momento, 27 apo-sentados (as) da capital e interior já foram afastados pela empresa, sem maiores ex-plicações, ferindo a legislação.

Um dos argumentos é de que a em-presa está ferindo alguns dos princípios fun-damentais do direito brasileiro, a exemplo

da impessoalidade, isonomia e motivação. A inobservância desse último, inclusive, tem servido para tribunais anularem demissões de empregados públicos e também foi de-terminante para que o Ministério Público do Trabalho, na Bahia, fi zesse recomenda-ção à Cerb em 2014 a fi m de não dispensar empregados sem motivar a sua decisão.

Essa recomendação ocorreu após in-quérito civil aberto em 2013 com a denún-cia de um trabalhador da Cerb dispensado três meses após a contratação, juntamente com mais sete empregados, sem a devida motivação. No último dia 6 o Ministério Pú-

Trabalhadores (as) do saneamento em Sergipe estão em campanha para impedir a privatização da Deso, companhia estadual que é vítima do descaso e de ações de sucatea-mento por parte de sucessivos governos. A empresa está numa situação crítica, com per-das de água girando em torno de 60%, e uma crescente inadimplência que resulta da falta de equipes de fi scalização e controle, além do não pagamento de faturas por órgãos munici-pais, estaduais e grandes consumidores.

Somente esses órgãos públicos e gran-des consumidores respondem por uma dívida de R$ 195 milhões com a empresa. Pela ação deliberada de desmonte da com-panhia, a qualidade do serviço caiu bastante e é alvo de fortes críticas da sociedade. De acordo com o presidente do Sindisan, Sér-gio Passos, o pedido de uma ligação de água muitas vezes demora quatro meses para ser atendido. Com isso, a empresa deixa de

arrecadar e cria uma cultura de implanta-ção dos chamados “gatos”.

A terceirização é muito alta na empre-sa e os novos (as) empregados (as) con-tratados (as) por concurso não são devi-damente treinados (as) e qualifi cados (as), gerando mais problemas. A Deso tem cerca de 1.600 empregados (as), atua em 71 dos 75 municípios sergipanos e está ameaçada de perder várias concessões justamente pela falta de qualidade do serviço.

Ainda conforme Sérgio Passos, des-de os fi ns dos anos 90 a companhia cor-re risco de privatização. Na semana passa-da, o governo de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), afi rmou na imprensa que estuda a federalização da empresa, ou seja, ofere-cê-la à União em garantia de dívidas esta-duais. Isso, no entendimento de Passos, po-de signifi car um passo rumo à privatização.

Trabalhadores (as) lutam para impedir a privatização do saneamento

em Sergipe

Sindicato entrará com ação coletiva para impedir novas demissões na Cerb

Durante assembleia realizada na últi-ma quinta (2), a proposta de acordo cole-tivo feita pela Jaguaribe foi rejeitada pela categoria, ratifi cando a decisão do Sindica-to, que havia feito o mesmo ainda na mesa de negociação uma semana antes. A deci-são dos (das) trabalhadores (as) foi comu-nicada à empresa no dia seguinte, durante reunião que deveria tratar de novos pon-tos da negociação do acordo coletivo.

Contudo, nenhuma cláusula chegou a ser discutida, uma vez que a empresa pediu prazo de até 15 dias para responder à deci-são da assembleia e, provavelmente, apresen-tar nova proposta. O Sindicato insistiu que a proposta feita até agora para as cláusulas eco-nômicas é indecente (6% de reajuste salarial

e para as demais cláusulas de impacto econô-mico). Também deixamos claro que, além da recomposição da infl ação (9,83% pelo INPC--IBGE), iremos lutar por ganho real de salário e implantação de novos benefícios, a exemplo dos auxílios creche e educação.

CETREL S/A, LUMINA E DAC – A Ja-guaribe tem repetido a mesma fórmula de negociação empregada pelas Cetrel S/A, Cetrel Lumina e DAC. Na última segunda (30), durante reunião com o Sindicato, es-sas três empresas também pediram prazo de 15 para dar resposta sobre a decisão tomada pelos (as) trabalhadores (as) em assembleia, pela rejeição unânime da pro-posta de acordo coletivo. Por isso, não foi marcada nova data de negociação.

Proposta da Jaguaribe é rejeitada por unanimidade em assembleia

Encarte da edição de nº 19/2016

blico do Trabalho notifi cou o Sindicato pa-ra se manifestar sobre a inobservância dessa recomendação, e a manifestação foi encami-nhada no último dia 13, confi rmando que a Cerb continuava a praticar essa ilegalidade.

Na manifestação, o Sindicato citou que a empresa havia dispensado 13 empregados (as) em 19 de abril e que estava agendada a dispensa de outro tanto para 20 de maio. De fato, no dia 20 do mês passado foram desligados mais 14 aposentados (as).

CONTATOS POLÍTICOS – O Sindicato continua insistindo para discutir a questão dos (das) aposentados (as) com o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, e o governador Rui Costa. Ofícios nesse sentido foram encaminhados vários dias atrás, mas até agora só aconteceu uma reunião, que foi com o chefe de gabinete de Josias Gomes, Martiniano Costa. Já tivemos encontro tam-bém o deputado Zé Neto, líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia.

Estamos insistindo para suspender as demissões através de negociações na esfe-ra política, mas enquanto isso o Sindicato está disponível para dar apoio jurídico aos (às) aposentados (as) que desejam buscar na justiça a reintegração.

Saneamento, resíduos sólidos, habi-tação, espaço público, acessibilidade, mo-bilidade urbana, gestão territorial e plano diretor foram os temas básicos discuti-dos na 6ª Conferência Municipal das Ci-dades, em Camaçari, nas últimas quarta e quinta (1º e 2). Foram dois dias de dis-cussão para traçar planos e metas para o futuro do município e o Sindae partici-pou do evento, através do diretor de ba-se Orlando Pereira. Ele acabou escolhi-do delegado suplente para a conferência estadual, a ser realizada em novembro, e também delegado titular do Conselho Municipal das Cidades (Concidades).

Na ocasião foi apresentado o Plano Municipal de Saneamento Básico de Ca-maçari, cuja elaboração teve assessoria da equipe técnica do professor Luiz Ro-berto Moraes, da Ufba. A sociedade par-ticipou ativamente dos debates no Con-cidade, com a presença de integrantes do Movimento Passe Livre, Movimento Ne-gro, de associações de bairros e ONG’s, além de representações sindicais e de empresários e órgãos públicos.

Camaçari apresenta plano de saneamento básico durante o Concidades

Page 7: Gota D'água - Ed. n.6 - Junho 2016

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIAS GERAIS EXTRAORDINÁRIAS SIMULTÂNEAS

O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia – SINDAE, convoca os interessados, empregados da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. – EMBASA para a Assembléia Geral Extraordinária Simultânea a ser realizada no dia 14/06/2016, às 09:00 horas, na Sede da Empresa – Centro Administrativo da Bahia - Salvador e nas Unidades Regionais de Alagoinhas, Barreiras, Caetité, Feira de Santana, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antonio de Jesus, Senhor do Bonfi m e Vitória da Conquista, em primeira convocação com a presença de 10% ou em segunda, meia hora após, com qualquer número, para deliberar sobre: 1. Avaliação das negociações do Acordo Coletivo 2016/2017; 2. Aprovação de Greve; 3. O que ocorrer.

Salvador, 03 de junho de 2016.Danillo Libarino Assunção

Coordenador Geral

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Na contramão do conservadorismo empresarial e da sanha de obter lucros mesmo à custa da vida de trabalhadores (as), várias empresas no Brasil estão op-tando por desterceirizar suas atividades, ou seja, estão reassumindo serviços antes prestados por empresas terceirizadas, me-diante contratos. A mudança de gestão não ocorre por mero acaso ou porque se tor-naram boazinhas, mas porque enxergam vantagens na troca de procedimento.

No setor de saneamento da Bahia te-mos um exemplo concreto: a Cetrel Lumi-na colocou em prática a desterceirização nos setores de incineração de resíduos e de manutenção, mudança iniciada em no-vembro de 2015 e concluída em março úl-timo. Contratou ajudantes e operadores, num total de 43 trabalhadores até então

empregados de empresas terceirizadas. Hoje tem 102 funcionários próprios. Ser-viços terceirizados na empresa agora so-mente nas áreas de segurança, jardinagem e limpeza, conforme permite a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho.

O mais curioso é que a desterceiri-zação, ou primarização, como também é chamado esse processo, foi adotada em plena crise econômica que assola o pa-ís e especialmente todo o grupo empre-sarial da Cetrel Lumina (Odebrecht) em virtude da Operação Lava Jato. De acor-do com o setor de Recursos Humanos da Lumina, a primarização decorreu da op-ção de reduzir custos, oferecer um aten-dimento melhor aos clientes e também pelo melhor desempenho dos emprega-dos, que trabalham mais satisfeitos.

Em documento enviado ao governa-dor Rui Costa em 27 de maio, o Observa-tório do Saneamento Básico da Bahia cri-tica o desmonte institucional realizado em pouco mais de um ano de governo e cobra medidas que possam reverter esse quadro, a exemplo da regulamentação das políticas estaduais de saneamento e de resíduo sóli-do, a elaboração do plano estadual de sane-amento, além do fortalecimento da Embasa e da Cerb, e a contratação de pessoal espe-cializado para a Superintendência de Sane-amento e da Agência Reguladora do Sanea-mento Básico (Agersa).

Também pede que as duas maiores empresas dessa área na Bahia, Embasa e Cerb, sejam mantidas como empresas públicas e mostra grande preocupação com a possibilidade de criação de parce-rias público-privadas e abertura do capital

da Embasa, que já mostrou ser “capaz de construir os caminhos da universalização” dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Relata, ainda, que em diversos países, inclusive no Brasil, par-cerias com a iniciativa privada já se mos-traram incapazes de garantir o direito da população ao saneamento básico.

Diz também que, tal como previsto no Plano Nacional de Saneamento Bási-co, a superação dos défi cits dos serviços de saneamento básico na Bahia exige uma estrutura institucional que garanta uma direção coesa das ações governamentais, diferentemente das ações efetuadas pelo governo dentro da reforma administrati-va, com a extinção da Superintendência de Saneamento na Secretaria de Desenvolvi-mento Urbano e sua transferência para a Secretaria de Infraestrutura Hídrica, onde

é composta por profi ssionais sem forma-ção e experiência no saneamento básico. Isso implicou no isolamento das ações de abastecimento de água e esgotamento sanitário das ações de resíduos sólidos e águas pluviais, o que é um retrocesso.

Critica ainda o histórico menospre-zo pelo saneamento rural, para o qual não há um modelo de atuação e nem sequer a situação é discutida, lembrando que a Bahia tem um dos maiores contingentes populacionais na zona rural, o que mostra a emergência de uma ação estruturada do estado nessa área. Diz que, nesse caso, não basta a Cerb executar obras e repassá--las para prefeituras, mas garantir recursos e estratégias para ampliação, operação e manutenção dos sistemas, além de asses-soria técnica e capacitação de gestores e prestadores de serviço.

Desterceirização ganha força e beneficia tanto trabalhadores (as) quanto as empresas

Observatório do Saneamento cobra do governo ações para reverter quadro de desmonte na área

Esses argumentos se ajustam aos que pregam o fi m da terceirização ilegal, a exemplo do movimento sindical e da maio-ria dos juízes do trabalho. É verdade que fal-tam outros argumentos e esses outros são os principais. Na busca pelo lucro acima de tudo, a terceirização precariza as condições de trabalho, o que tem gerado grande nú-mero de acidentes, vários deles resultando na morte de trabalhadores (as). Os salários são menores em relação aos (às) emprega-dos (as) próprios (as), a rotatividade da mão de obra é regra geral e é bastante comum o “calote” de empresas terceirizadas nas ver-bas indenizatórias devidas aos (às) trabalha-dores (as), incluindo aí o não recolhimento do FGTS e da Previdência Social.

Estima-se que o Brasil tem hoje cerca de 12 milhões de trabalhadores (as) tercei-rizados (as) e tramita no Congresso proje-to de visando regulamentar essa atividade. É o PL 4330, já aprovado na Câmara, e que agora tramita no Senado com o nome de PLC 30. A Associação Nacional dos Magis-trados da Justiça do Trabalho (Anamatra) tem alertado que o projeto é desastroso para a classe trabalhadora e desmente a tese de que ele servirá para proteger ter-ceirizados (as) e criar mais empregos.

A terceirização ganhou força no Bra-sil na década de 80, mas na década seguinte algumas grandes corporações fi zeram uma revisão nos seus processos e começaram a desterceirizar diversos setores de suas empresas. Entre essas podem ser citadas a Ford de São Bernardo do Campo (SP), ALL – América Latina Logística do Brasil, e a TAM.

Page 8: Gota D'água - Ed. n.6 - Junho 2016

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40070-100; Tel.: (71) 3111-1700Email: [email protected]

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TOMENotaTREM DA ALEGRIA - INa contramão do acordo judicial

que acaba de assinar com o Ministério Público do Trabalho, para dar fi m à ter-ceirização, a Embasa encheu o Almoxa-rifado de terceirizados (as) esnobando remuneração de R$ 3,5 mil mensais, bem mais do que ganham empregados (as) do quadro próprio, e sem função defi nida. E do nada surgiu um assessor na presidência da empresa ganhando alto salário. Estaria ali para receber pre-feitos e políticos.

TREM DA ALEGRIA – IIOutra contradição gritante é no

FTSE, no Cabula. Empregados (as) do quadro próprio, com anos de experi-ência, foram substituídos (as) por ter-ceirizados (as) sem qualquer expe-riência. O setor é estratégico: ali fi ca a comunicação da empresa, via rádio, com estações de tratamento e barra-gens localizadas onde não existe sinal de celular. Tem que funcionar 24 horas por questão de segurança dos sistemas de abastecimento da empresa. É uma irresponsabilidade, pois qualquer ruído na comunicação pode virar tragédia. E assim caminha a empresa pra cumprir o acordo com o Ministério Público. É tanta gentileza nesse percurso...

DESMOBILIZAÇÃOA categoria precisa fi car atenta pa-

ra táticas da empresa visando a nossa desmobilização. Bem no dia da nossa as-sembleia, na última quinta (2), a Embasa programou uma visita de trabalhadores (as) a Pedra do Cavalo. Lá se foram cer-ca de 50 empregados (as) de Pirajá e do Cabula para conhecerem o equipamen-to que, por sinal, precisa de muitas me-lhorias. Estamos em campanha salarial e é fundamental que estejamos unidos, participando das nossas assembleias.

TRABALHO ESCRAVOCinco trabalhadores foram resga-

tados no fi nal do mês passado, numa fazenda em Vitória da Conquista, em condições análogas à escravidão. Con-forme equipes dos órgãos de fi scaliza-ção, eles dormiam dentro de um curral, ao lado de cavalos, em camas improvisa-das, sem sanitários, sem condições míni-mas de higiene e com um fogareiro ace-so ao lado dos colchonetes de espuma. O proprietário da fazenda foi preso em fl agrante. O Ministério Público do Tra-balho vai cobrar indenização para cada trabalhador, além de dano moral coleti-vo e da desapropriação da terra.

ManhãTarde

–07, 14, 21 e 28

07, 14, 21 e 28–

Dra. [email protected]

Manhã 29 –Emanuel - Estágiário

PLANTÃO DOS (AS) ADVOGADOS (AS) JUNHO/2016

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1509 e 30

09 e 3015

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Jurídico Itinerante

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Sto. Ant. de JesusPedra do CavaloGuanambiCaetité

Dia 17 ManhãTarde Senhor do Bonfi mDr. Daniel

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A 21ª Vara do Trabalho de Salvador acatou pedido de liminar numa ação mo-vida pelo Sindicato e mandou a Cerb reintegrar uma aposentada (Izimeire Fer-reira Melo) desligada em 19 de abril úl-timo, na chamada primeira leva de afas-tamento de aposentados (as). Desse grupo constaram 13 trabalhadores (as), mas apenas seis recorreram ao jurídico

do Sindicato para solicitar a reintegração. Nas outras cinco ações, os juízes deixa-ram para decidir o pedido de reintegra-ção após ouvir os argumentos da empre-sa em audiência. No grupo seguinte, 14 empregados (as) foram desligados em 20 de maio, mas até agora nenhum (a) soli-citou que o Sindicato fi zesse o pedido de reintegração.

Justiça ordena reintegração de uma aposentada da empresa