[sindae] gota d'água - ed. n.24 - julho 2015

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 24 – 13 de julho de 2015 www.sindae-ba.org.br ACESSE A VERSÃO DIGITAL PARA CONTER EFEITOS DA CRISE, GOVERNO LANÇA O PROGRAMA DE PROTEÇÃO AO EMPREGO PÁGINA 4 BRASIL CONTINUA DESPERDIÇANDO MUITA ÁGUA E JOGANDO MUITO ESGOTO NOS RIOS PÁGINA 3 TRÊS UNIDADES SÃO PARADAS PARA COIBIR O ASSÉDIO MORAL E PRÁTICAS ANTISSINDICAIS PÁGINA 3 A Embasa cou totalmente parada na última segunda-feira. Com essa prova de força de uma greve que teve pleno êxito, a empresa fez uma nova proposta e a categoria, usando de muita maturidade ao avaliar a conjuntura política e eco- nômica do país e do estado, aprovou o novo acordo coletivo de trabalho. Soube- mos resistir ao reajuste salarial parcelado e ainda conquistamos o compromisso da empresa de apresentar, em agosto, a sua proposta de revisão do plano de cargos e salários e implantá-lo no primeiro semestre de 2016.Alguns benefícios foram corrigidos acima da inação. O reajuste de 8,34% será aplicado já na folha deste mês e será retroativo a maio. PÁGINA 2 Nem mesmo a presença os- tensiva de policiais nas unidades da empresa intimidou os (as) empre- gados (as) da Cerb, que deram um belo exemplo de luta e fecharam a primeira semana da greve com ade- são maciça. Boatos e artimanhas de alguns gerentes não abalaram a determinação da categoria, que vai continuar parada até vencer a in- transigência da empresa e do go- verno estadual. Até agora, não hou- ve avanço na proposta do acordo coletivo. PÁGINA 2 EMBASA – CAB Greve têm êxito e categoria aprova Greve têm êxito e categoria aprova acordo com a Embasa acordo com a Embasa Cerbianos (as) Cerbianos (as) dão exemplo dão exemplo de luta. Greve tem de luta. Greve tem adesão maciça adesão maciça Faixas e cartazes cobrando o cumpri- mento do acordo coletivo, pela Emasa, fo- ram colocados na Loja de Atendimento, na Estação de Tratamento, na sede da empre- sa e na Prefeitura de Itabuna.A reação dos (das) trabalhadores (as) se deve ao des- respeito da empresa na implantação de cláusulas previstas desde o primeiro acor- do coletivo. Entre elas estão a Graticação por Incentivo a Produtividade (GIP), assis- tência médica e calendário de pagamento. O Sindicato marcou reunião com a direto- ria da Emasa para o próximo dia 22, a m de discutir essas pendências. ELEIÇÃO NA CIPA – A Cipa da Ema- sa teve eleição de novos representantes nas últimas quinta e sexta (9 e 10) e dois diretores do Sindicato, Emerson Ramos e Jorge Souza, participaram da organiza- ção da mesma. Os membros titulares elei- tos foram Henrique Souza, Carlos Veloso, Anderson Costa e Luci Maria, cando na suplência Robson Vieira Santos, Ricardo Benevides, Alexandro Montalvão e Lucas Tavares. A posse dos novos integrantes ainda será marcada. Trabalhadores (as) cobram da Emasa o cumprimento do acordo coletivo NADILENE SOARES

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Page 1: [SINDAE] Gota D'água - Ed. n.24 - Julho 2015

www.sindae-ba.org.br

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 24 – 13 de julho de 2015

www.sindae-ba.org.br

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ESSE

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PARA CONTER EFEITOS DA CRISE, GOVERNO LANÇA O PROGRAMA

DE PROTEÇÃO AO EMPREGOPÁGINA 4

BRASIL CONTINUA DESPERDIÇANDO MUITA ÁGUA E JOGANDO MUITO

ESGOTO NOS RIOSPÁGINA 3

TRÊS UNIDADES SÃO PARADAS PARA COIBIR O ASSÉDIO MORAL

E PRÁTICAS ANTISSINDICAISPÁGINA 3

A Embasa fi cou totalmente parada na última segunda-feira. Com essa prova de força de uma greve que teve pleno êxito, a empresa fez uma nova proposta e a categoria, usando de muita maturidade ao avaliar a conjuntura política e eco-nômica do país e do estado, aprovou o novo acordo coletivo de trabalho. Soube-mos resistir ao reajuste salarial parcelado e ainda conquistamos o compromisso da empresa de apresentar, em agosto, a sua proposta de revisão do plano de cargos e salários e implantá-lo no primeiro semestre de 2016. Alguns benefícios foram corrigidos acima da infl ação. O reajuste de 8,34% será aplicado já na folha deste mês e será retroativo a maio. PÁGINA 2

Nem mesmo a presença os-tensiva de policiais nas unidades da empresa intimidou os (as) empre-gados (as) da Cerb, que deram um belo exemplo de luta e fecharam a primeira semana da greve com ade-são maciça. Boatos e artimanhas de alguns gerentes não abalaram a determinação da categoria, que vai continuar parada até vencer a in-transigência da empresa e do go-verno estadual. Até agora, não hou-ve avanço na proposta do acordo coletivo. PÁGINA 2

EMBASA – CAB

Greve têm êxito e categoria aprova Greve têm êxito e categoria aprova acordo com a Embasaacordo com a Embasa

Cerbianos (as) Cerbianos (as) dão exemplo dão exemplo

de luta. Greve tem de luta. Greve tem adesão maciçaadesão maciça

Faixas e cartazes cobrando o cumpri-mento do acordo coletivo, pela Emasa, fo-ram colocados na Loja de Atendimento, na Estação de Tratamento, na sede da empre-sa e na Prefeitura de Itabuna. A reação dos (das) trabalhadores (as) se deve ao des-respeito da empresa na implantação de cláusulas previstas desde o primeiro acor-do coletivo. Entre elas estão a Gratifi cação por Incentivo a Produtividade (GIP), assis-tência médica e calendário de pagamento. O Sindicato marcou reunião com a direto-ria da Emasa para o próximo dia 22, a fi m

de discutir essas pendências.ELEIÇÃO NA CIPA – A Cipa da Ema-

sa teve eleição de novos representantes nas últimas quinta e sexta (9 e 10) e dois diretores do Sindicato, Emerson Ramos e Jorge Souza, participaram da organiza-ção da mesma. Os membros titulares elei-tos foram Henrique Souza, Carlos Veloso, Anderson Costa e Luci Maria, fi cando na suplência Robson Vieira Santos, Ricardo Benevides, Alexandro Montalvão e Lucas Tavares. A posse dos novos integrantes ainda será marcada.

Trabalhadores (as) cobram da Emasa o cumprimento do acordo coletivo

NADILENE SOARES

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Greve vitoriosa: Embasa faz nova proposta e categoria aprova o novo acordo coletivo

Intransigência de um lado, firmeza do outro. Greve na Cerb tem adesão total

Os/as trabalhadores/as que comparece-ram às assembleias na capital e demais unida-des regionais souberam avaliar a difícil conjun-tura política e econômica, defl agrando uma greve vitoriosa que terminou com uma no-va proposta da Embasa e ao fechamento do acordo coletivo de trabalho deste ano. Diante desse cenário de difi culdades, o acordo pode ser visto como bom e que trouxe vitórias: a categoria resistiu ao parcelamento do reajus-te salarial e ainda conquistou o compromisso com a revisão do plano de cargos e salários, que deverá ser apresentada em agosto.

A greve fez a Embasa fi car totalmen-te parada na capital e interior, numa clara e forte demonstração da força e capacidade de mobilização da nossa categoria. Foi assim que, poucas horas depois de iniciada, a direção da empresa apresentou ao Sindicato uma nova

proposta de acordo e esta foi avaliada em as-sembleias no CAB e nas unidades regionais do interior. O resultado foi a aprovação do novo acordo coletivo por 69,32% dos trabalhado-res/as que compareceram às assembleias.

A nova proposta garantiu a aplicação do reajuste salarial de 8,34% na folha des-te mês, com retroatividade a primeiro de maio, além da correção de vários benefícios, alguns acima da infl ação, a exemplo do au-xílio educação, reajustado em 10% (foi para R$ 220,00), do auxílio material escolar, que subiu 8,57% e foi para R$ 190,00, e o auxílio fi lho especial, reajustado em 8,54%, indo pa-ra R$ 1.268,00. Os demais benefícios, já re-ajustados, fi caram assim: abono alimentação em R$ 29,26, auxílio creche em R$ 700,00, auxílio funeral em R$ 5.500,00 e bônus ju-nino e natalino em R$ 130,00.

Apesar da ostensiva presença da Polícia Militar em diversas unidades, os (as) emprega-dos (as) da Cerb deram exemplo de luta e fi r-meza, mantendo-se unidos na primeira semana da greve por tempo indeterminado. A adesão maciça ao movimento foi a melhor resposta à intransigência da empresa e do governo es-tadual, que insistem na manutenção da última proposta apresentada para o acordo coletivo.

Nada funcionou na sede da empresa e nos núcleos regionais. Os serviços de per-furação de poços e construção de sistemas de paralisação estão suspensos e as máqui-nas paradas.

Durante toda a semana o Sindicato bus-cou uma solução para o impasse, seja em con-versações com a diretoria da empresa, se-ja com representantes do governo estadual, como o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, e o chefe de gabinete do Go-vernador, Cícero Monteiro. Não se chegou a qualquer entendimento.

Três são as questões principais para re-solver o impasse: a não retroatividade da se-gunda parcela do reajuste salarial, a correção do tíquete alimentação e o reajuste das di-árias, mantidas no mesmo patamar há mais de 10 anos. A não solução dessas questões mostra a falta de vontade política para en-frentar – e resolver – problemas que tanto prejudicam a categoria.

Nesta segunda (13) iniciaremos a segun-da semana de greve sem medo da repressão policial, fato que mostra desrespeito à classe trabalhadora e que não leva em conta que o movimento é pacífi co. É de se lamentar ainda o comportamento de alguns gerentes, especial-mente do quadro próprio, que tentam burlar a greve de todas as formas, como se não fossem se benefi ciar dos resultados da paralisação.

Apesar disso tudo, a greve alcançou ple-no sucesso na primeira semana, mostrando uma categoria mais unida do que nunca, cons-ciente de que só com a luta poderá alcançar

Mas um destaque especial foi o com-promisso assumido pela empresa de apre-sentar ao Sindicato em agosto, para ser ava-liada pela categoria, a proposta de revisão do plano de cargos e salários, e com essa revisão sendo implementada no primeiro semestre de 2016.

As negociações para o fechamento do acordo coletivo foram difíceis e duras, en-volvendo desde a direção da empresa a se-cretários estaduais, governador do estado e parlamentares no âmbito federal. Superar a tentativa de dar reajuste salarial parcela-do, como aconteceu com os servidores es-taduais, exigiu muito esforço de toda a ca-tegoria. Fora isso vivemos um cenário de recessão, de crise fi scal e desemprego em alta, além de uma empresa que alega difi -culdades com os enormes aumentos nos preços da energia e dos produtos químicos que compra para o tratamento da água e que carece de um fundo público para fi nan-ciamento das obras de expansão. Fica um desafi o para o próximo ano: é a categoria não deixar que a Embasa fi que submissa ao Conselho de Política de Pessoal, o famige-rado Cope, tal como acontece com a Cerb e outras empresas públicas. O governo edi-tou decreto na semana passada sujeitando as negociações de todas as empresas públi-cas e de economia mista a esse Conselho.

um acordo coletivo decente. Os (as) traba-lhadores (as) devem continuar nesse mesmo ritmo, participando ativamente da greve. É im-portante lembrar que estamos em assembleia permanente e todos (as) devem ir para a fren-te das suas unidades, pois qualquer novidade será discutida com a categoria.

JÚLIA GUEDES

NADILENE SOARES

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“A Luta continua!Lula ”

Os (as) associados (as) abaixo rela-cionados devem entrar em contato com o Sindicato, procurando por Kátia: André Francisco Malta Santos, André João Ferrei-ra, Arnaldo da Costa Lage Neto, Balbino dos Santos, Carlos Roberto de Lima, Cice-ro Oliveira de Matos, Crispim Trindade Reis, Darcy Ferreira de Moura, Edivaldo Dias de Oliveira, Eunise Lima Souza, Eurides Pinto Araújo, Evaldo Ferreira dos Santos, Fran-cisco da Silva Ribeiro, Francisco Pereira do Nascimento, Ives Guedes, Jairo Guimaraes Rodrigues, Jairo Maia de Souza, Joel Martins Neves, Joilson Seixas Damasceno, Jorge Oli-veira Filho, José Carlos Morais Santos, José

da Conceição, José Lima de Jesus, José Maria da Silva, José Raimundo dos Santos, José Rai-mundo dos Santos Ribeiro, José Renato de Oliveira, José Rodrigues Cortes, José Roque da Silva, José Sebastião de Jesus, José Silva Lima, José Trindade de Assis, José Valdemar do Nascimento, Joselício Rodrigues dos Santos, Laudimiro Ferraz de Oliveira, Luis Cesar da Silva Almeida, Luiz Carlos Alves, Luzinete da Silva Assunção, Manoel Augus-to Vieira, Manoel da Paixão de J. Conceição, Manoel de Oliveira Barreto, Noé Alves Tei-xeira, Paulo da Silva, Sabino Carneiro Ro-cha, Sérgio Francisco Nascimento, Valdivino Sena Costa e Vital de Souza.

Entrar em contato com o Sindicato

Dados que mostram o quanto o Brasil ainda precisa investir em saneamento foram mostrados na semana passada pelo Institu-to Trata Brasil: o desperdício de água tra-tada no país equivale a seis sistemas Can-tareira, o principal manancial utilizado no abastecimento da Grande São Paulo e, qua-se seco, hoje é fonte de grave preocupação.

De acordo com o presidente do Ins-tituto, Édison Carlos, “a situação do sane-amento no Brasil não condiz com um país que é a sétima economia do mundo”, disse em audiência pública na Comissão de Infra-

estrutura do Senado, na última quinta (8). Acrescentou ainda que o desperdício resul-ta num prejuízo de R$ 8 bilhões por ano, dinheiro que deixa de retornar ao sanea-mento básico.

Ele também ressaltou que, se esses pre-juízos fi nanceiros e naturais fossem evitados, seria possível reduzir os impostos cobrados ao setor de saneamento. Quanto ao esgota-mento sanitário, Édison Carlos informou que o equivalente a cinco mil piscinas de esgo-to “in natura” (sem tratamento) é despejado anualmente nos rios brasileiros.

Depois de receber inúmeras queixas da categoria, o Sindicato iniciou na última terça (7) uma campanha de combate ao assédio moral, práticas antissindicais e pelo cumpri-mento de normas de saúde e segurança na Embasa, apontando, ao mesmo tempo, para as condutas abusivas de chefes e gerentes da empresa. Três unidades da empresa tiveram as atividades paralisadas: Itamaraju, Parque do Rio Vermelho e Lobato.

Essas unidades (duas na capital e uma no interior) foram algumas das quais o Sin-dicato mais recebeu denúncias nos últimos dias. Trabalhadores (as) têm se queixado repetidamente de perseguições, punições, humilhações e constrangimentos, inclusi-ve a representantes e dirigentes sindicais. Muitas outras denúncias dizem respeito às ameaças de chefi as e gerências para o cum-primento de tarefas, mesmo expondo em risco a integridade física e a vida de traba-lhadores (as). O Sindicato já identifi cou que em algumas unidades determinadas ativida-

Brasil continua desperdiçando muita água e jogando muito esgoto nos rios

Contra o assédio moral e práticas antissindicais, três unidades da Embasa são paralisadas

des não são repassadas às mulheres, numa clara discriminação.

Em Itamaraju, onde existem várias de-núncias de práticas abusivas, um fato chamou a atenção durante a paralisação: a gerência saiu e deixou a unidade aberta, sem ninguém dentro, só retornando depois para fechar. O Sindicato registrou um boletim de ocorrên-cia na delegacia, até para comprovar a falta de compromisso com o patrimônio da empresa.

Além disso, vale lembrar que a Emba-sa assinou recentemente, com o Ministério Público do Trabalho, um Termo de Ajusta-mento de Conduta (TAC) para se adequar às normas de saúde e segurança do trabalho, as quais estavam e continuam sendo rigoro-samente descumpridas.

Novas paralisações não estão descar-tadas, até para forçar a direção da Embasa a tomar providências urgentes para impedir essas condutas nocivas de chefes e gerentes ao ambiente de trabalho. Por várias vezes o Sindicato denunciou essas práticas, mas a di-retoria diz que é contra, mas não adota uma postura fi rme para impedir que aconteçam. Além das paralisações, o Sindicato vai tomar outras medidas contra esse tipo de conduta que tanto agride a classe trabalhadora.

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Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: [email protected]

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HORA EXTRAVeio tarde, mas até que enfi m a Emba-

sa acabou reconhecendo a sua dívida com os (as) trabalhadores (as): ela começou a pagar este mês a diferença de horas extras referentes aos adicionais de insalubridade e periculosidade. O pagamento é retroati-vo a 2011. Quem tem direito a algum des-ses adicionais deve requerer através de co-municado interno (CI) para o GPA.

DESEMPREGODe março a maio deste ano, a taxa

de desemprego atingiu 8,1%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada na última quinta (9) pelo IBGE. No mesmo trimestre do ano passado o resultado foi 7%. Já o rendimento mé-dio real do brasileiro atingiu R$ 1.863,00 no período, fi cando estável. A pesquisa abrangeu 3.464 municípios de todo o país.

MAIORIDADE PENAL Durante a comemoração dos 25 anos

do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a CUT realizará um grande protes-to nesta segunda (13), em São Paulo, contra a redução da maioridade penal aprovada em primeiro turno na Câmara dos Depu-tados. Nada menos do que 70 organiza-ções confi rmaram presença no ato, que te-rá uma caminhada até o centro da capital. A redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, foi aprovada após manobra do presi-dente da Câmara, Eduardo Cunha, menos de 24 horas após ser rejeitada.

PESSOA COM DEFICIÊNCIAA presidente Dilma Rousseff sancio-

nou no último dia 6 a Lei de Inclusão – Estatuto da Pessoa com Defi ciência, mar-co legal para pessoas com algum tipo de limitação física ou intelectual. A lei prevê o atendimento prioritário em órgãos pú-blicos e dá destaque às políticas públicas nas áreas da educação, saúde, trabalho, in-fraestrutura urbana, cultura e esporte pa-ra pessoas com defi ciência. O Brasil tem 45 milhões de pessoas com algum tipo de defi ciência. A lei também prevê pena de reclusão de um a três anos para quem discriminar pessoas com defi ciência.

FALECIMENTOO ex-empregado da Embasa, Mário

Teixeira, também conhecido como Bié, fa-leceu no último dia 5. Foi agente de siste-ma no EL de Itaparica e estava há bastante tempo fora da empresa.

SIGA-NOS:

RE

CIC

LÁV

EL

TOMENota

Através de medida provisória assinada no último dia 6, a presidente Dilma Rousse-ff lançou o Programa de Proteção ao Em-prego, através do qual é possível a redução de jornada de trabalho e da remuneração em até 30%. Contudo, para fazer uso dessa lei as empresas terão que negociar com os sindicatos e provar que estão sofrendo os efeitos da crise econômica, estando com a sobrevivência ameaçada.

É uma medida para conter o desempre-go no país e teve o apoio de várias centrais sindicais. Segundo Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgi-cos, fi liada à CUT, a medida poderá ser utili-zada para reverter demissões e suspensões temporárias do contrato de trabalho (sis-tema conhecido como lay-off). "A nossa es-tratégia é essa. Quem está em lay-off, nós vamos pedir para mudar, só que temos um trâmite [da medida provisória no Congres-

so], que é de quatro meses. Mas isso forta-lece, porque antes você não tinha nada para apresentar para o patrão. Então, ele executa os mecanismos que tem", afi rmou.

Segundo o ministro do Planejamento, Nélson Barbosa, o programa também pre-serva a produtividade da empresa na medi-da em que permite a manutenção do vínculo empregatício no momento de volume me-nor de vendas. O ministro do Trabalho, Ma-noel Dias, lembrou que o programa é expe-rimental e terá vigência até o fi nal de 2016.

Em princípio, as empresas que poderão aderir ao programa são dos setores de pro-dução de carne, de componentes eletrônicos, metalurgia, química, açúcar e álcool e automo-bilística. É necessário que antes as empresas interessadas procurem o comitê ministerial e depois o sindicato de cada categoria. Se a ca-tegoria aprovar, o acordo será fechado.

De acordo com o Ministério Público, com base em dados contabilizados até ju-nho, a violência contra a mulher foi o segun-do tipo de crime que o órgão mais atendeu este ano, resultando na abertura de mais de 300 mil inquéritos policiais. São núme-ros compatíveis com outro estudo, este fei-to pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), indicando que mais de um milhão de mulheres foram vítimas de vio-lência doméstica no Brasil em 2009.

Uma terceira pesquisa, esta de 2011, realizada pelo Instituo Avon/IPSOS, reve-lou que os principais fatores que mantêm a mulher numa relação de violência são: 25% das mulheres alegaram falta de condições econômicas para viver sem o companhei-ro e 20% declararam preocupação com a criação dos fi lhos, o que também tem a ver com a falta de condições econômicas. O fa-

to é que as três pesquisas levam em conta apenas mulheres que tiveram coragem de denunciar a violência praticada contra elas no ambiente doméstico.

Para a secretária de Mulheres Trabalha-doras da Central Única dos trabalhadores (CUT), Rosane Silva, é importante o acesso ao trabalho decente, sem violência física, mo-ral e sexual como forma das mulheres pode-rem construir sua autonomia e amor próprio. “A construção da autonomia econômica das mulheres está relacionada com o estímulo à qualifi cação de mulheres e ampliação de em-pregos com carteira assinada. Temos de co-brar do estado políticas de valorização do salário mínimo, creches e acesso à moradia, assim como o compromisso de prevenção e combate à violência sexista para que as mu-lheres conquistem sua liberdade e possam lu-tar por mais igualdade”, afi rma Rosane.

Para conter efeitos da crise, governo lança o Programa de Proteção ao Emprego

Mais de 300 mil mulheres já denunciaram violência doméstica somente este ano