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CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ETEC RUBENS DE FARIA E SOUZA SEMIOLOGIA EM ENFERMAGEM 1º. SEMESTRE Compilação e Organização: Dra. Catharina Maria Buglia Koritiake CORENSP- 15074 PROFªs. Nome:___________________________________________________________________

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CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

ETEC RUBENS DE FARIA E SOUZA

SEMIOLOGIA EM ENFERMAGEM1º. SEMESTRE

Compilação e Organização:

Dra. Catharina Maria Buglia Koritiake

CORENSP- 15074

PROFªs.

Nome:___________________________________________________________________

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APRESENTAÇÃO

Os princípios, conceitos e técnicas enfocados nesta disciplina são essenciais ao bom desenvolvimento dasdemais disciplinas profissionalizantes, representando uma introdução à prática da Enfermagem e um deseus alicerces.Seu conteúdo é majoritariamente composto por conhecimentos técnico-científicos que exigem prática emlaboratório e no campo de estágio, ressaltando a importância da habilidade do saber-fazer.Em Enfermagem - ação que sempre e concomitantemente conjuga-se com a competência humananecessária para lidar com o ser humano, expressa através da comunicação, da ética e do respeito aos seusdireitos e valores.Considerando-se que grande parte dos atos realizados em clientes envolve risco potencial de infecção, éimprescindível que o profissional de enfermagem, já no início de sua formação, vá gradativamenteincorporando os princípios de prevenção de infecção às técnicas de enfermagem.Ressaltamos que os procedimentos descritos são orientações gerais que devem ser ajustadas de acordocom as necessidades dos clientes e do âmbito no qual é exercido o cuidado de enfermagem.Embora haja uma inter-relação entre os capítulos sua forma de organização oferece certa flexibilidadepara se trabalhar os conteúdos, sem necessariamente exigir que se siga de modo rígido, a sequência aquiestabelecida.

CARACTERIZANDO A ENFERMAGEM

A Enfermagem - reconhecida por seu respectivo conselho profissional - é uma profissão que possui umcorpo de conhecimentos próprios, voltados para o atendimento do ser humano nas áreas de promoção,prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, composta pelo enfermeiro, técnico e auxiliar deenfermagem.De acordo com os dados cadastrais do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN1), obtidos emoutubro/2001, há no Brasil 92.961 enfermeiros, 111.983 técnicos e 469.259 auxiliares de enfermagem.A Enfermagem realiza seu trabalho em um contexto mais amplo e coletivo de saúde, em parceria comoutras categorias profissionais representadas por áreas como Medicina, Serviço Social, Fisioterapia,Odontologia, Farmácia, Nutrição, etc. O atendimento integral à saúde pressupõe uma ação conjuntadessas diferentes categorias, pois, apesar do saber específico de cada uma, existe uma relação deinterdependência e complementaridade.Nos últimos anos, a crença na qualidade de vida tem influenciado, por um lado, o comportamento daspessoas, levando a um maior envolvimento e responsabilidade em suas decisões ou escolhas; e por outro,gerado reflexões em esferas organizadas da sociedade - como no setor saúde, cuja tônica da promoção dasaúde tem direcionado mudanças no modelo assistencial vigente no país. No campo do trabalho, essasrepercussões evidenciam-se através das constantes buscas de iniciativas públicas e privadas no sentido demelhor atender às expectativas da população, criando ou transformando os serviços existentes.No tocante à enfermagem, novas frentes de atuação são criadas à medida que essas transformações vãoocorrendo, como sua inserção no Programa Saúde da Família (PSF), do Ministério da Saúde; emprogramas e serviços de atendimento domiciliar, em processo de expansão cada vez maior em nossomeio; e em programas de atenção a idosos e outros grupos específicos.Quanto às ações e tarefas afins efetivamente desenvolvidas nos serviços de saúde pelas categorias deEnfermagem no país, estudos realizados pela ABEn e pelo INAMPS as agrupam em cinco classes, com asseguintes características:

- Ações de natureza propedêutica e terapêutica complementares ao ato médico e de outrosprofissionais: as ações propedêuticas complementares referem-se às que apóiam o diagnóstico e oacompanhamento do agravo à saúde, incluindo procedimentos como a observação do estado do paciente,mensuração de altura e peso, coleta de amostras para exames laboratoriais e controle de sinais vitais e delíquidos. As ações terapêuticas complementares asseguram o tratamento prescrito, como, por exemplo, aadministração de medicamentos e dietas enterais, aplicação de calor e frio, instalação de catéter deoxigênio e sonda vesical ou nasogástrica;

- Ações de natureza terapêutica ou propedêutica de enfermagem: são aquelas cujo foco centra-se naorganização da totalidade da atenção de enfermagem prestada à clientela. Por exemplo, ações de confortoe segurança, atividades educativas e de orientação;

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- Ações de natureza complementar de controle de risco: são aquelas desenvolvidas em conjunto comoutros profissionais de saúde, objetivando reduzir riscos de agravos ou complicações de saúde. Incluemas atividades relacionadas à vigilância epidemiológica e as de controle da infecção hospitalar e dedoenças crônico-degenerativas;- Ações de natureza administrativa: nessa categoria incluem-se as ações de planejamento, gestão,controle, supervisão e avaliação da assistência de enfermagem;

- Ações de natureza pedagógica: relacionam-se à formação e às atividades de desenvolvimento para aequipe de enfermagem.

A assistência da Enfermagem baseia-se em conhecimentos científicos e métodos que definem suaimplementação. Assim, a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é uma forma planejada deprestar cuidados aos clientes que, gradativamente, vem sendo implantada em diversos serviços de saúde.Os componentes ou etapas dessa sistematização variam de acordo com o método adotado, sendobasicamente composta por levantamento de dados ou histórico de enfermagem, diagnóstico deenfermagem, plano assistencial e avaliação.Interligadas, essas ações permitem identificar as necessidades de assistência de saúde do paciente epropor as intervenções que melhor as atendam, ressalte-se que compete ao enfermeiro a responsabilidadelegal pela sistematização; contudo, para a obtenção de resultados satisfatórios, toda a equipe deenfermagem deve envolver-se no processo.Na fase inicial, é realizado o levantamento de dados, mediante entrevista e exame físico do paciente.Como resultado, são obtidas importantes informações para a elaboração de um plano assistencial eprescrição de enfermagem, a ser implementada por toda a equipe.

A entrevista - um dos procedimentos iniciais do atendimento - é o recurso utilizado para a obtenção dosdados necessários ao tratamento, tais como o motivo que levou o cliente a buscar ajuda, seus hábitos epráticas de saúde, a história da doença atual, de doenças anteriores, hereditárias, etc. Nesta etapa, asinformações consideradas relevantes para a elaboração do plano assistencial de enfermagem e tratamentodevem ser registradas no prontuário, tomando-se, evidentemente, os cuidados necessários com asconsideradas como sigilosas, visando garantir ao paciente o direito da privacidade.

O exame físico inicial é realizado nos primeiros contatos com o cliente, sendo reavaliado diariamente e,em algumas situações, até várias vezes ao dia. Como sua parte integrante, há aavaliação minuciosa de todas as partes do corpo e a verificação de sinais vitais e outras medidas, comopeso e altura, utilizando-se técnicas específicas.

Na etapa seguinte, faz-se a análise e interpretação dos dados coletados e se determinam os problemas desaúde do paciente, formulados como diagnóstico de enfermagem. Através do mesmo são identificadas asnecessidades de assistência de enfermagem e a elaboração do plano assistencial de enfermagem.

O plano descreve os cuidados que devem ser dados ao cliente (prescrição de enfermagem) eimplementados pela equipe de enfermagem, com a participação de outros profissionais de saúde, sempreque necessário.Na etapa de avaliação verifica-se a resposta do cliente aos cuidados de enfermagem a ele prestados e asnecessidades de modificar ou não o plano inicialmente proposto.

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SAÚDE

Definição da OMS “A saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social e não a meraausência de moléstia ou enfermidade.”.

Saúde é a resultante da influência dos fatores sócio econômico culturais: alimentação, habitação,educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra eacesso a serviços de saúde. Portanto saúde é um processo dinâmico em que o homem luta contra as forçasque tendem a alterar o equilíbrio da sua saúde.Assim, a melhor definição de saúde é a de Perkins: “Saúde é um estado de relativo equilíbrio de forma efunção do organismo, que resulta de seu ajustamento dinâmico satisfatório às forças que tendem aperturbá-lo. Não é um inter-relacionamento passivo entre matéria orgânica e as forças que agem sobre ela,mas uma resposta ativa do organismo no sentido de reajustamento.”

Doença em oposição a saúde, é um estado de desequilíbrio do indivíduo com as forças de seu ambienteexterno e interno, ou seja, ocorre perda ou limitação da sua capacidade de adaptação ao meio ambiente.

Práticas de Saúde - a intervenção dos profissionais de saúde pode ser realizada através da:Medicina tradicional ou alopática - tem por objetivo o diagnóstico e o combate aos sinais e sintomas.Para se atingir isto são utilizados os medicamentos farmacológicos e equipamentos auxiliares aodiagnóstico.Medicina alternativa – o objetivo principal é considerar o ser humano de forma integral e promover asua interação harmônica, isto é, de forma holística. As terapêuticas utilizadas neste tipo de medicinapodem ser agrupadas em:- farmacológica ou química; fitoterapia, argiloterapia, terapia ortomolecular.- física; massagem, banhos exercícios.- energética; acupuntura, homeopatia, do-in- mental/ espiritual/ psicológica; meditação, relaxamento psicomuscular.

Objetivos dos profissionais de saúdeBenson dizia que os profissionais de saúde lidam “mais com pessoas e menos com pacientes... mais comcondições humanas e menos com patologias fixas... mais com riscos sócio-culturais do que biológicos...mais com um contínuo de atendimento, menos com episódios de doença”.Os objetivos das profissões ligadas à saúde são:- Promoção da saúde- Manutenção da saúde- Recuperação da pessoa doente- Prevenção da extensão da seqüela da doença- Prevenção de complicações da doença e/ou seu tratamento médico- Prevenção de dependência nociva evitável, como conseqüência de doenças e/ou seu tratamento médico.

Assistência hospitalar domiciliar: é a prestação da assistência sob a responsabilidade do hospital aopaciente no domicílio.Unidade de internação: é o conjunto de elementos destinados a acomodação do cliente internado e àprestação dos cuidados necessários ao seu atendimento.Quarto hospitalar: é o compartimento da Unidade de Internação destinado a acomodar um ou doisclientes.Enfermaria: é o compartimento da Unidade de Internação destinado a acomodar três ou mais clientes.Leito hospitalar: é a cama destinada à internação do cliente no hospital.Posto de enfermagem: é o local na Unidade de Internação destinado ao comando e controle técnico eadministrativo das atividades aí desenvolvidas.Sala de serviços: é o local na Unidade de Internação destinado ao preparo, guarda e distribuição dematerial e medicamentos utilizados nos cuidados ao cliente.Sala de expurgo: é o local na Unidade de Internação destinado à coleta e higienização do materialutilizado nos cuidados com os clientes.Internação: é a admissão de um cliente para ocupar um leito hospitalar.Alta hospitalar: é o encerramento da assistência ao cliente do hospital por decisão médica.Censo diário: é o levantamento, a cada 24 horas, do número de leitos ocupados.

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PRONTUÁRIO MÉDICO

As informações do cliente, geradas durante seu período de internação, constituirão o documentodenominado prontuário, o qual, segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução nº. 1.331/89),consiste em um conjunto de documentos padronizados e ordenados, proveniente de várias fontes,destinado ao registro dos cuidados profissionais prestados ao cliente.

Todo paciente tem um prontuário que consiste de formulários individuais que são preenchidos cominformações relativas ao cliente e sua doença: folha de rosto com informações como: sexo, estado civil, endereço, nome completo, diagnóstico de

admissão, profissão, número do quarto e leito. história e exame físico; prescrição médica e de enfermagem; evolução diária, de controle médico; exames complementares de diagnóstico; gráficos e fichas de controle hidroeletrolítico; anotações dissertativas de enfermagem sobre ocorrências e anormalidades por período, do paciente;

O prontuário médico é um documento legal e após a alta do cliente fica arquivado no SAME.

ADMISSÃO:

É a entrada do cliente no hospital, por necessidade de cuidados especiais e específicos médicos e deenfermagem. Nesta etapa você conhecerá os: Sinais: são perceptíveis e mensuráveis. Sintomas: são imperceptíveis e referidos pelo cliente.

Procedimento Receber o cliente amigavelmente; Colher dados pessoais do cliente (anotar os dados de identificação, horário de sua chegada na

clínica, se veio de maca, cadeira de rodas, ambulância;sinais e sintomas e seu estado psíquico); Levar o cliente ao quarto (mostrar o leito, o banheiro); Apresentar ao cliente à equipe de enfermagem e aos companheiros de quarto, se houver. Integrá-lo

ao novo ambiente, de modo que conhecendo a equipe de enfermagem, ele saiba pedir ajuda quandonecessitar;

Relacionar objetos de valor, dinheiro e documentos do cliente. Relacione-os à vista do cliente ou dafamília, se possível entregá-los para a família, caso não, guarde-os em local apropriado existente nohospital;

Orientar quanto às rotinas horário das refeições, de visita; Encaminhar o cliente para o banho e orientá-lo para trocar de roupa colocando o pijama ou

camisola; Verificar os sinais vitais T, P, R, PA; Colocar a campainha próxima ao leito; Avisar o serviço de nutrição e dietética; Fazer a identificação do leito; Fazer cumprir a prescrição médica no momento da internação e agendar o próximo horário.

Exemplo de Admissão:10:00. Admitido nesta unidade, vindo do P.S, acompanhado de familiares para tratamento cirúrgico.(depois fazer o relatório de enfermagem).

TRANSFERÊNCIA:

Mudança de um cliente de hospital, clínica ou leito. Ocorre a pedido médico, e ou do enfermeiro quandohá necessidade de tratamento específico ou a pedido da administração.

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A enfermagem encaminha o cliente em maca ou cadeira de rodas, levando junto os pertences e oprontuário. Antes, anotar nos registros: Hora da transferência. As condições gerais dos clientes informações relativas ao número do leito, quarto e clínica para

onde foi transferido. Providenciar a limpeza terminal e colocar ordem no quarto.

Procedimento Avisar o cliente com antecedência o motivo da transferência; Avisar a família do cliente, o SAME é que faz este trabalho; Anotar no prontuário a transferência registrando o horário do ocorrido; Avisar o serviço de nutrição e demais serviços auxiliares; Acompanhar o cliente ao novo local; Transportar o cliente observando se ele pode deambular, caso não possa, transportá-lo em maca ou

cadeira de rodas; Levar o prontuário ao novo local junto com o cliente; Apresentar o cliente aos novos companheiros de quarto, quando houver e apresentá-lo à equipe de

enfermagem que o está recebendo; Informar os dados mais importantes a chefia do setor; Levar a identificação do leito; Levar a medicação do esquema que o cliente iniciou.

ALTA:

É assinada pelo médico e permite que o paciente deixe o hospital sendo efetuada: Quando o cliente estiver curado, melhorado ou inalterado; A pedido do paciente ou responsável; Para transferi-lo a outra instituição de saúde; Na ocorrência de indisciplina grave; Em caso de óbito.

Cabe a enfermagem executar as rotinas administrativas como: Encaminhamento de aviso de alta ao registro de contabilidade; Anotações no censo hospitalar; Prestar assistência ao cliente e familiares quando da continuidade do tratamento em domicílio; O cliente poderá sair só ou acompanhado por familiares, amigos ou um funcionário; A enfermagem anota na papeleta: a hora, condições gerais, orientações prestadas como e com quem

saiu; Providenciar a limpeza terminal da unidade do paciente.

ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM

São registros de informações relativas ao cliente, das observações feitas sobre o seu estado de saúde,registro de procedimentos executados organizada de tal maneira que reproduz a ordem como os fatos sesucedem e das avaliações da assistência de enfermagem.São minuciosos e de leitura fácil:

a) Observação do estado de saúde do cliente e sua evolução clínica Manifestações emocionais; Condições físicas; Estado nutricional, Hidratação, Integridade cutâneo mucosa, Oxigenação,

Postura, Padrão de fala, Sono e Repouso, etc. Aspectos relacionados aos procedimentos terapêuticos; Condições relativas a sondas, Curativos,

Imobilizações, Catéteres, Aparelhos, etc.

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b) Ações Terapêuticas prescritas pelo médico e realizadas pela enfermagem. A anotação de enfermagemé um instrumento que permite comprovar se a prescrição médica foi ou não cumprida. Procedimentosrotineiros também devem ser registrados.

c) Ação de medicamentos e tratamentos específicos; efeitos como alergias após administração demedicamentos, diminuição da temperatura corporal após um banho morno, etc.

d) Ações terapêuticas aplicadas por outros profissionais da equipe multiprofissional.

e) Assistência de enfermagem prestada ao cliente e intercorrências observadas.

Objetivos das anotações de enfermagemAs anotações de enfermagem são de responsabilidade de todos os membros da equipe de enfermagem queprestam cuidados aos clientes e faz parte de suas atividades diárias. Elas são importantes porque: É um instrumento de comunicação entre os profissionais de saúde que cuidam do cliente A folha de registro de enfermagem é parte integrante do prontuário do cliente, e o mesmo é

considerado um documento legal, portanto, é importante que as anotações sejam precisas, redigidascom vocabulário apropriado e que não dêem margem a interpretações subjetivas.

Constitui-se em fonte de informação para pesquisas

PRINCÍPIOS GERAIS DAS TÉCNICAS DE ENFERMAGEM

São normas para executarmos qualquer cuidado de Enfermagem. Os seus objetivos são:Segurança;conforto e economia.

São elas:1- Se o indivíduo é destro da esquerda para a direita;2- De cima para baixo;3- Do mais limpo para o mais sujo;4- Do mais distante para o mais próximo;5- Movimentos amplos sem repetição;6- Postura correta.

A equipe de saúde tem importante papel na cadeia de transmissão da infecção hospitalar ou domiciliar. Aspráticas adotadas para sua prevenção visam controlar a propagação de microrganismos que habitam oambiente hospitalar e diminuir os riscos do cliente vir a adquirir uma infecção. Por outro lado, tanto asmedidas gerais como as específicas de prevenção e controle de infecção implantadas na instituiçãotambém direcionam-se para proteger o próprio trabalhador que ali desempenha sua função, quer sejaprestando assistência direta ao cliente, como no caso do técnico do auxiliar de enfermagem ou doenfermeiro, quer seja indiretamente, como o funcionário da higiene hospitalar, da lavanderia ou danutrição e dietética.Toda a equipe de saúde tem responsabilidade com relação à prevenção da infecção hospitalar, devendofazer correto uso das técnicas assépticas, dos equipamentos de proteção individual (EPI) e ou coletivo(EPC), quando necessário. Por sua vez, o empregador tem a responsabilidade de disponibilizar osrecursos necessários à efetivação desses cuidados.A prevenção e o controle da infecção fundamentam-se nos princípios de assepsia, mediante a utilizaçãode medidas para impedir a penetração de microrganismos (contaminação) em local onde não estejampresentes.As técnicas de assepsia devem ser utilizadas por todos os profissionais de saúde em todos osprocedimentos, e são agrupadas sob a denominação de assepsia médica e cirúrgica. A primeira refere-seàs medidas adotadas para reduzir o número de microrganismos e evitar sua disseminação; a segunda, paraimpedir a contaminação de uma área ou objeto estéril.As medidas que visam reduzir e prevenir o crescimento de microrganismos em tecidos vivos sãodenominadas antissepsia.A adesão da equipe às medidas gerais de prevenção e controle de infecção ainda dependem daconscientização e mudança de hábitos dos profissionais. Entretanto, sua adoção implica a realização deatos simples e de fácil execução, tais como:

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Lavar sempre as mãos antes de realizar qualquer procedimento um dos mais importantes meiospara prevenir a infecção cruzada;

Manter os cabelos longos presos durante o trabalho, pois quando soltos acumulam sujidades, poeirae microrganismos, favorecendo a contaminação do paciente e do próprio profissional;

Manter as unhas curtas e aparadas, pois as longas facilitam o acúmulo de sujidades emicrorganismos;

Evitar o uso de jóias e bijuterias, como anéis, pulseiras e demais adornos, que podem constituir-seem possíveis fontes de infecção pela facilidade de albergarem microrganismos em seus sulcos ereentrâncias, bem como na pele subjacente;

Não encostar ou sentar-se em superfícies com potencial de contaminação, como macas e camas declientes, pois isto favorece a disseminação de microrganismos.

A devida atenção aos princípios de assepsia evita a ocorrência de infecção tanto no profissional como nocliente.

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

O QUE É?É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecçõesrelacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por“higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienizaçãosimples, a higienização antiséptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos, que serãoabordadas mais adiante.

POR QUE FAZER?As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aospacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir deuma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato comobjetos e superfícies contaminados.A pele das mãos alberga, principalmente, duas populações de microrganismos: os pertencentes àmicrobiota residente e a microbiota transitória. A microbiota residente é constituída por microrganismosde baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecçõesveiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das mãos com água e sabão, umavez que coloniza as camadas mais internas da pele.A microbiota transitória coloniza a camada mais superficial da pele, o que permite sua remoção mecânicapela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando se utilizauma solução anti-séptica. É representada, tipicamente, pelas bactérias Gram-negativas, comoenterobactérias (Ex: Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), alémde fungos e vírus.Os patógenos hospitalares mais relevantes são: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis,Enterococcus spp., Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella spp., Enterobacter spp. e leveduras do gêneroCandida. As infecções relacionadas à assistência à saúde geralmente são causadas por diversosmicrorganismos resistentes aos antimicrobianos, tais como S. aureus e S. epidermidis, resistentes aoxacilina/meticilina; Enterococcus spp., resistentes a vancomicina; Enterobacteriaceae, resistentes acefalosporinas de 3ª geração e Pseudomonas aeruginosa, resistentes a carbapenêmicos.As taxas de infecções e resistência microbiana aos antimicrobianos são maiores em Unidades de TerapiaIntensiva (UTI), devido a vários fatores: maior volume de trabalho, presença de pacientes graves, tempode internação prolongado, maior quantidade de procedimentos invasivos e maior uso de antimicrobianos.

PARA QUE HIGIENIZAR AS MÃOS?A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades: Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele,

interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato. Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.

QUEM DEVE HIGIENIZAR AS MÃOS?

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Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantémcontato direto ou indireto com os clientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos ematerial estéril ou contaminado.

COMO FAZER? QUANDO FAZER?As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água esabão, preparação alcoólica e anti-séptica.A utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo:

Uso de água e sabão é indicado: Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos

corporais. Ao iniciar o turno de trabalho. Após ir ao banheiro. Antes e depois das refeições. Antes de preparo de alimentos. Antes de preparo e manipulação de medicamentos. Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

Uso de preparação alcoólica é indicado:Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas assituações descritas a seguir:

Antes de contato com o clienteObjetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos doprofissional de saúde.Exemplos: exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura corporal); contatofísico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e gestos de cortesia e conforto.

Após contato com o clienteObjetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao cliente,evitando a transmissão de microrganismos do próprio cliente.

Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivosObjetivo: proteção do cliente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos doprofissional de saúde.Exemplos: contato com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias oftálmica enasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e com dispositivos invasivos(catéteres intravasculares e urinários, tubo endotraqueal).

Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparocirúrgico

Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos doprofissional de saúde.Exemplo: inserção de catéteres vasculares periféricos.

Após risco de exposição a fluidos corporaisObjetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou clientes.

Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao clienteObjetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos de uma determinada área paraoutras áreas de seu corpo.Exemplo: troca de fraldas e subseqüente manipulação de catéter intravascular.Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com freqüência na rotina profissional.Devem-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na seqüência: sítio menos contaminadopara o mais contaminado.

Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao cliente

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Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao cliente,evitando a transmissão de microrganismos do cliente a outros profissionais ou pacientes.Exemplos: manipulação de respiradores, monitores cardíacos, troca de roupas de cama, ajuste davelocidade de infusão de solução endovenosa.

Antes e após remoção de luvasObjetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao cliente,evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a reduzir a transmissãode patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua integridade sem que o profissionalperceba, possibilitando a contaminação das mãos.

Outros procedimentosExemplos: manipulação de invólucros de material estéril.

*** IMPORTANTE *** Use luvas somente quando indicado. Utilize-as antes de entrar em contato com sangue, líquidos corporais, membrana mucosa, pele não

intacta e outros materiais potencialmente infectantes. Troque de luvas sempre que entrar em contato com outro cliente. Troque também durante o contato com o cliente se for mudar de um sítio corporal contaminado

para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada. Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas)

quando estiver com luvas.Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos.Lembre-se: o uso de luvas não substitui a higienização das mãos!

Uso de anti-sépticos:Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à higienização anti-séptica das mãose degermação da pele.

Indicação:Higienização anti-séptica das mãos Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de microrganismos

multirresistentes. Nos casos de surtos.

Degermação da pele No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe cirúrgica). Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de catéter intravascular

central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise e outros.

INSUMOS NECESSÁRIOS

ÁGUA: deve ser livre de contaminantes químicos e biológicos e os reservatórios devem ser limpos edesinfetados e o controle biológico deve ser feito semestralmente.SABÕES: recomenda-se o uso de sabões líquidos, tipo refil para evitar a contaminação do produto. Estesdevem ser agradáveis ao uso, ter leve fragrância e não ressecar a pele.AGENTES ANTI-SÉPTICOS: são substância que quando aplicadas a pele reduzem o número de agentesda microbiota transitória e permanente. Entre os mais utilizados estão os álcoois, clorexidinas, compostosde iodo, iodóforos e o triclosan.PAPEL TOALHA: deve ser suave, possuir boa propriedade de secagem, ser esteticamente aceitável e nãoliberar partículas. Na utilização do papel toalha, deve-se dar preferência aos papéis em bloco, quepossibilitam o uso individual, folha a folha.

EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS

LAVATÓRIOS

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Sempre que houver cliente (acamado ou não), examinado, manipulado, tocado, medicado ou tratado, éobrigatória a provisão de recursos para a higienização das mãos (por meio de lavatórios ou pias) para usoda equipe de assistência. Nos locais de manuseio de insumos, amostras, medicamentos, alimentos,também é obrigatória a instalação de lavatórios / pias.Os lavatórios ou pias devem possuir torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos quando dofechamento da água. Deve ainda existir provisão de sabão líquido, além de recursos para secagem dasmãos. No lavabo cirúrgico, o acionamento e o fechamento devem ocorrer com cotovelo, pé, joelho oucélula fotoelétrica.Para os ambientes que executem procedimentos invasivos, cuidados a pacientes críticos ou que a equipede assistência tenha contato direto com feridas, deve existir, além do sabão já citado, provisão de anti-séptico junto às torneiras de higienização das mãos.

Todos esses lavatórios devem ter fácil acesso e atender à proporção abaixo definida: Quarto ou enfermaria: 1 (um) lavatório externo pode servir a, no máximo, 4 (quatro) quartos ou 2

(duas) enfermarias. UTI: deve existir um lavatório a cada 5 (cinco) leitos de não isolamento. Berçário: 1 (um) lavatório a cada 4 (quatro) berços. Ambientes destinados à realização de procedimentos de reabilitação e coleta laboratorial: 1 (um)

lavatório a cada 6 (seis) boxes. Unidade destinada ao processamento de roupas: 1 (um) lavatório na área “suja” (banheiro) e 1 (um)

lavatório na área “limpa”.

DISPENSADORES DE SABÃO E ANTI-SÉPTICOSPara evitar a contaminação do sabão líquido e do produto anti-séptico, têm-se as seguintesrecomendações: Os dispensadores devem possuir dispositivos que facilitem seu esvaziamento e preenchimento. No caso dos recipientes de sabão líquido e anti-séptico ou almotolias não serem descartáveis, deve-

se proceder à limpeza destes com água e sabão (não utilizar o sabão restante no recipiente) esecagem, seguida de desinfecção com álcool etílico a 70%, no mínimo uma vez por semana ou acritério da CCIH.

Não se deve completar o conteúdo do recipiente antes do término do produto, devido ao risco decontaminação.

Para os produtos não utilizados em recipientes descartáveis, devem-se manter os registros dosresponsáveis pela execução das atividades e a data de manipulação, envase e de validade da soluçãofracionada.

A validade do sabão, quando mantida na embalagem original, é definida pelo fabricante e deveconstar no rótulo.

A validade do produto fora da embalagem do fabricante ou fracionado deve ser validada para serestabelecida, ou seja, pode ser menor que aquela definida pelo fabricante, pois o produto já foimanipulado; essa validade pode ser monitorada, por exemplo, pelo uso de testes que apurem o pH, aconcentração da solução e a presença de matéria orgânica.

Deve-se optar por dispensadores de fácil limpeza e que evitem o contato direto das mãos. Escolher,preferencialmente, os do tipo refil. Neste caso, a limpeza interna pode ser feita no momento da trocado refil.

PORTA PAPEL TOALHAO porta papel toalha deve ser fabricado, preferencialmente, com material que não favoreça a oxidação,sendo também de fácil limpeza. A instalação deve ser de tal forma que ele não receba respingos de água esabão.É necessário o estabelecimento de rotinas de limpeza e de reposição do papel.

SECADOR ELÉTRICONo processo de higienização das mãos, não é indicado o uso de secadores elétricos, uma vez queraramente o tempo necessário para a secagem é obedecido, além de haver dificuldade no seuacionamento. Eles podem, ainda, carrear microrganismos.O acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a recontaminação das mãos.

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LIXEIRA PARA O DESCARTE DO PAPEL TOALHAJunto aos lavatórios e às pias, deve sempre existir recipiente para o acondicionamento do materialutilizado na secagem das mãos. Este recipiente deve ser de fácil limpeza, não sendo necessária aexistência de tampa. No caso de se optar por mantê-lo tampado, o recipiente deverá ter tampa articuladacom acionamento de abertura sem utilização das mãos.

TÉCNICAS

As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam. Podemser divididas em: Higienização simples das mãos. Higienização anti-séptica das mãos. Fricção de anti-séptico nas mãos. Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos.

A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada.

*** IMPORTANTE ***Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio), poissob tais objetos podem acumular-se microrganismos.

HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS

Finalidade: remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como osuor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação demicrorganismos.

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

*** IMPORTANTE *** No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel- toalha. O uso coletivo de toalhas de tecido é contra-indicado, pois estas permanecem úmidas,

favorecendo a proliferação bacteriana. Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a fim de prevenir o

ressecamento da pele.

HIGIENIZAÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS

Finalidade: remover as sujidades e microorganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com oauxilio de anti-séptico.Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

Técnica: é igual àquela utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabão por anti-séptico. Exemplo: anti-séptico degermante.

FRICÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS (COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS)

Finalidade: reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gelalcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização comágua e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.

*** IMPORTANTE *** Para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as mãos com água e sabão imediatamente antes

ou depois de usar uma preparação alcoólica. Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas sequem completamente

(sem utilização de papel toalha).

ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS

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Finalidade: Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além deproporcionar efeito residual na pele do profissional.As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis,impregnadas ou não com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal.Para este procedimento, recomenda-se:Anti-sepsia cirúrgica das mãos e antebraços com anti-séptico degermante.Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgiassubseqüentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante).

OUTROS ASPECTOS DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas. Não use unhas postiças quando entrar em contato direto com os clientes. Evite utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir ao cliente. Aplique creme hidratante nas mãos, diariamente, para evitar o ressecamento da pele

GLOSSÁRIOAntisséptico degermanteSabão (detergente) contendo um agente anti-séptico em sua formulação; se destina à degermação da pele.Exemplo: Clorexidina degermante a 4%; PVPI a 10%.DetergentesSão compostos que apresentam ação de limpeza (Exemplo: surfactantes). O termo sabão é usado para sereferir a estes detergentes nesta publicação.Efeito residual ou persistenteÉ definido como efeito antimicrobiano prolongado ou estendido que previne ou inibe a proliferação ousobrevida de microrganismos após aplicação do produto.Preparação alcoólica para as mãosPreparação contendo álcool, preferencialmente a 70%, sob a forma gel ou solução, com emolientes,destinada à aplicação nas mãos para reduzir o número de microrganismos viáveis.Serviço de SaúdeEstabelecimento destinado ao desenvolvimento de ações de atenção à saúde da população, em regime deinternação ou não, incluindo atenção realizada em consultórios e domicílios.O texto sobre higienização das mãos faz parte do Manual de Higienização das Mãos em Serviços deSaúde da ANVISA e pode ser encontrado no seguinte endereço www.anvisa.gov.br

CALÇAMENTO DE LUVAS

O calçamento correto de luvas esterilizadas apresenta importante fator no controle de infecções, pois,evita possíveis contaminações dessas luvas pelas mãos do usuário.Antes de qualquer coisa, ressalte-se que a luva deve ter um ajuste adequado, cuja numeração correspondaao tamanho da mão.Consiste basicamente em dois métodos. São eles:

Método fechado:Com as mãos dentro da manga do avental cirúrgico, uma luva é apanhada e colocada sobre a palma daoutra mão (os dedos da luva ficam apontados para o ombro do usuário). A extremidade do punho da luvaque está sobre a palma é fixa por um dedo dessa mão e extremidade superior do punho da luva é colhidapelos dedos (cobertos pela manga do avental) da outra mão.O punho da luva é, então, puxado sobre a manga do avental tendo-se o cuidado de não dobrar a manga doavental para trás ou de expor os dedos dentro dela. À medida que a luva é colocada no punho os dedossão dirigidos para ela e essa é ajustada à mão.A outra luva é colocada da mesma forma, usando-se a mão já coberta para segurá-la.

Método aberto:Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do envelope para cima e o punho em sua direção. Toquesomente a parte externa do pacote, mantendo estéreis a luva e a área interna do pacote.Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte que irá se aderir à pele ao calçá-la, única face que podeser tocada com a mão não enluvada desta forma, sua parte externa se mantém estéril.

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Para pegar a outra luva, introduza os dedos da mão enluvada sob a dobra do punho e calce-a,ajustando- a pela face externa.Calçando a luva, mantenha distância dos mobiliários e as mãos em nível mais elevado, evitando acontaminação externa da mesma.Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante sua retirada a face externa não deve tocar a pele. Paraque isto não ocorra, puxe a primeira luva em direção aos dedos, segurando-a na altura do punho com amão enluvada; em seguida, remova a segunda luva, segurando-a pela parte interna do punho e puxando-aem direção aos dedos. Esta face deve ser mantida voltada para dentro para evitar auto contaminação einfecção hospitalar.Uma das luvas é segura em sua parte interna (dobra o punho) pela mão esquerda (fora da manga doavental do usuário). A mão direita é introduzida na luva que é, então, puxada para o lugar com a mãoesquerda (o punho é deixado voltado para baixo).Agora a mão direita, já enluvada, pega a luva esquerda introduzida na luva que é colocada no lugar (opunho fica numa posição voltada para baixo).Após adaptar a manga ao punho, mantendo-se essa dobra no local com o polegar direito já coberto pelaluva estéril, os dedos podem puxar com segurança o punho estéril da luva sobre a manga do avental.Obs.: Outro método existente é aquele em que um enfermeiro segura a luva aberta para quem a iráutilizar. A luva é segura com o polegar voltado para o receptor. A extremidade da luva é alargada demodo que a mão do usuário possa penetrar na mesma sem encostar-se à pessoa que a segura. O punho daluva é, então, puxado para cima sobre a manga do avental.

LIMPEZA HOSPITALAR

Etapas do Processo de Limpeza/Desinfecção do Ambiente Hospitalar

Os produtos mais comumente empregados na limpeza e desinfecção do ambiente são:

Água e sabão – solução utilizada na varredura úmida de piso – limpeza; Hipoclorito de sódio - usado após a limpeza, deixar atuar por 10 minutos e limpar com

pano úmido – desinfecção de superfícies não metálicas, geralmente contaminadas commatéria orgânica;

Álcool a 70% - usado após a limpeza, friccionando por três vezes, para desinfecção desuperfícies metálicas contaminadas com matéria orgânica. ( FONTE: Adaptado de Pedro,Macedo, pg. 324, 1999).

Vamos relacionar os princípios básicos para a limpeza hospitalar:

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1. Nunca varrer superfícies a seco. O ato de varrer o piso favorece a dispersão de micro-organismos que podem estar vinculados às partículas de pó. Por isso, recomenda-se avarredura úmida que pode ser realizada com mops (de preferência) ou pano de chão.

2. Não é recomendado o uso de aspirador de pó. Pela mesma razão do ato de varrer, excetonas áreas administrativas, ou nas que possuem carpete.

3. Colocar o material de limpeza em carros móveis. Cada enfermaria deve possuir o seupróprio utensílio de limpeza.

4. Utilizar 2 (dois) baldes de cores diferentes.1º balde: solução detergente ou desinfetante.2º balde: água limpa para enxágue.

5. Utilizar água e detergente para limpeza de superfícies. Os produtos químicos ficamreservados apenas para superfícies que contém matéria orgânica ou em caso de surtoscom a indicação da CCIH.

6. Utilizar produtos químicos aprovados pelo Ministério da Saúde. Consultar sempre quenecessário a Portaria nº 15 do Ministério da Saúde.

7. Separar panos para diferentes superfícies e áreas. Usar pano de cores diferentes paralimpeza de paredes, pisos móveis, pias etc.

8. Obedecer aos sentidos corretos para limpeza: paredes e anexos: de cima para baixo; tetos: sentido unidirecional; pisos de quartos e enfermarias: do fundo para a porta de entrada; piso de corredores, saguões etc.: de dentro para fora, de trás para frente etc. (Recomendações

extraídas do Manual de Limpeza Hospitalar).Lembre-se, você deve e pode ser um fiscal da instituição onde trabalha desde quemantenha os princípios éticos profissionais. Nesse sentido, colabore com a Comissãode Controle de Infecção Hospitalar da unidade onde você atua e contribua para umíndice menor de infecção.

LIMPEZA DE UNIDADEA unidade do paciente é composta de: mesa de cabeceira e cadeira, mesa de refeição, escadinha e painel.Objetivos:- Preparar para receber outro paciente, diminuindo os riscos de infecção;- Proporcionar conforto e segurança ao paciente, mantendo o ambiente limpo e agradável.Indicações: Alta ou transferência - limpeza terminal; Óbito - limpeza terminal; Permanência prolongada - limpeza terminal (mais de 05 dias); Cama de operado - limpeza terminal; Sempre que necessário.

Material:- 02 panos de limpeza; Sabão ou detergente; Balde; Bacia; 02 folhas de jornal; Hamper; Luva deprocedimento.

Técnica: Abrir portas e janelas; Desocupar mesa de cabeceira; Colocar a cadeira aos pés da cama; Soltar a roupa de cama, começando pelo lado oposto. Retirar roupa de cama e colocar no hamper; Levar o hamper para o local da roupa usada, evitando tocar no uniforme; Deixar o travesseiro no meio do colchão; Levar o material para unidade, colocando-o sobre a escadinha; Forrar o chão com jornal e colocar o balde sobre ele; Lavar a mesa de cabeceira, enxaguar e enxugar, usando pano embebido na água, primeiro

internamente e depois externamente; os movimento devem ser firmes, longos, únicos e sempre nomesmo sentido;

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Limpar a cadeira e colocá-la ao lado da cama; Limpar a campainha e saída de sistemas; Limpar um lado do travesseiro, colocá-lo sobre a mesa de cabeceira com o lado limpo para baixo e

em seguida lavar o outro lado; Limpar a face inferior do colchão, no sentido cabeceira para os pés da cama dobrando-o; Colocar o colchão sobre os pés da cama, expondo a metade superior do estrado; Proceder a limpeza da cabeceira e a parte exposta do estrado; Virar o colchão sobre a cabeceira, apoiando a parte limpa na cabeceira expondo a parte do estrado e

espaldar dos pés da cama; Proceder a limpeza do estrado e espaldar do lado dos pés da cama; Colocar o colchão na posição correta; Proceder a limpeza na parte superior do colchão; Recompor a unidade; Levar o material para sala de serviço, lavar, enxugar e guardar em seus devidos lugares.

Obs.: Substituir a água quando julgar necessário. Se não houver hamper improvisar usando uma fronha.Fonte www.enfernurse.hpg.ig.com.br.

LIMPEZA DIÁRIA OU CONCORRENTE

É feita diariamente, antes da arrumação da cama. Consiste na limpeza de partes do mobiliário, como acabeceira da cama, colchão, pés da cama, mesa de cabeceira e cadeira.

Material:- Bandeja contendo (Cuba redonda com solução desinfetante, Pano de limpeza, Saco plástico e Par deluvas de procedimento).

Técnica: Seguir movimentos amplos sempre no mesmo sentido; Observar a seqüência da limpeza isto é, do mais limpo para o mais sujo, evitando molhar o chão; Lavar e guardar o material.

Fonte: Manual do Técnico e Auxiliar de EnfermagemRecordemos:

1. Limpeza concorrente: aquela realizada com o paciente na unidade, feita regularmentetodos os dias, de acordo com a rotina da instituição e compreende a limpeza edesinfecção de pisos, sanitários, superfícies de mobiliários e equipamentos, recolhimentode resíduos e roupas sujas, assim como arrumação dos leitos;

2. Limpeza terminal: esta limpeza é efetuada após a saída do paciente no ato da alta,transferência ou óbito. Você deve entender que esta apresenta maior complexidade, comabrangência não só na limpeza como na desinfecção de pisos, paredes, janelas, tetos,equipamentos e mobiliários, incluindo-se leitos, bancadas e grades de ar condicionado.

3. Limpeza de manutenção: está destinada às áreas de grande rotatividade, tendo porfinalidade manter o ambiente limpo durante todo o período de trabalho.

Nota importante: Devem passar por limpeza imediatamente as sujidades de origemorgânica, radioativas e químicas que apresentem riscos de disseminação e de contaminação.Os profissionais responsáveis pela limpeza hospitalar devem usar Equipamentos de ProteçãoIndividual - EPIs para garantir sua segurança. Relembrando que equipamentos são esses.

As Máscaras, para proteção das mucosas do nariz e boca, devem ser respiratórias(tipo hemifacial) e impermeáveis;

Os Aventais cuja utilização é sempre recomendada quando houver possibilidade docontato com material biológico ou superfícies contaminadas. Devem ser de PVC e decomprimento médio.

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Para assegurar a proteção dos pés em áreas com presença de material infectante emgrande quantidade, assim como em locais úmidos, as botas de PVC - resistentes e impermeáveiscom cano ¾ e solado antiderrapante - são bastante utilizadas e proporcionam bons resultados.

ARRUMAÇÃO DE CAMA

1- Cama Simples Aberta = com paciente Fechada = sem paciente

2- Cama com paciente acamado3- Cama de operado

Material necessário- Dois lençóis grandes; Um lençol móvel; Uma colcha; Uma fronha; Cobertor se necessárioObjetivos:- Conforto do paciente- Estética da enfermariaTécnica Colocar a roupa na cadeira ao lado da cama, na ordem que vai ser usada. Soltar a roupa de cama, iniciando pelo lado distal, retirando uma peça de cada vez. Voltando as

pontas para dentro e colocando no hamper. Colocar a fronha no travesseiro, deixando-o sobre a cadeira. Estender o lençol protetor do colchão. Estender o lençol móvel. Estender o lençol normal. Estender o cobertor e a colcha. Fazer a dobra da cabeceira se a cama for aberta. Ajeitar o travesseiro e examinar se a cama ficou bem feita.

Observações:- Se o paciente tiver incontinência urinária ou em caso de puérpera, acrescenta-se um impermeável sob olençol móvel.- Quando o leito estiver vago, o lençol de cima ficará esticado e o travesseiro de pé encostado no espaldarda cama.

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Cama com cliente:Deve ser feita evitando cansar o paciente, o qual deve ser afastado para o lado contrário aquele em que seestá trabalhando.O paciente ficará em decúbito lateral ou dorsal, conforme seu estado.Fonte www.enfernurse.hpg.ig.com.br.

Sempre que a roupa de cama apresentar sujidade ou estiver molhada com fluidos corpóreos, deve sertrocada para garantir o conforto e evitar a formação de dermatite e escarificação da pele do cliente.No preparo da cama, o profissional deve organizar o trabalho de forma a evitar problemas posturais edesperdício de energia. Portanto, deve providenciar todo o material necessário antes de iniciar sua tarefa;dobrar a roupa de cama de maneira funcional, na ordem de instalação; soltar, primeiramente, todo olençol da cama e, em seguida, preparar todo um lado da cama e depois o outro.Observar a reorganização da unidade ao término da arrumação.Visando não disseminar microrganismos, lavar sempre as mãos antes e após a realização doprocedimento, jamais colocar a roupa limpa sobre o leito de outro paciente e evitar o manuseio excessivoda roupa - como esticar o lençol alisando-o com as mãos e o seu contato com seu próprio uniformeprofissional ou o chão.Se a cama estiver destinada ao recebimento do cliente operado, a arrumação dos lençóis deve ser feita demodo a facilitar o acolhimento, aquecimento e a higiene do mesmo.Para evitar futuros problemas posturais, o profissional deve realizar os movimentos respeitando osprincípios da ergonomia, principalmente ao cuidar de pacientes acamados. Nestes cuidados é muitocomum ocorrer levantamento de peso excessivo, incorreto ou repetitivo, o que, com o tempo, pode vir aprejudicar a coluna. Assim, ao executar atividades que requeiram esse tipo de esforço, o profissional devesolicitar o auxílio de um colega, planejar estratégias que favoreçam a tarefa e, ao fazê-la, manter as costassempre eretas e os joelhos flexionados.Ao deslocar o paciente de posição, deve cuidar para evitar trauma(s) - por compressão - de alguma partedo corpo do mesmo, pois podem formar úlceras de pressão; além disso, atentar para não tracionar assondas, cateteres e tubos, que podem desconectar-se com movimentos bruscos ou mesmo lesar o localonde estão instaladas.

HIGIENE ORAL

A higiene oral é um fator essencial para a manutenção e prevenção do aparecimento de infecção na boca.

Deve ser feita:* Pela manhã.* Após as refeições e/ou quando necessário.

Finalidades: Limpeza e conservação dos dentes. Prevenir estomatite e outras infecções. Combater a infecção já instalada. Dar conforto e bem estar ao paciente

Material:- Escova de dente; Pasta de dentes; Copo descartável com água; Toalha de rosto; Cuba-rim; Espátula;Canudo s/n; Lubrificante labial (vaselina); Anti-séptico oral (tipo Cepacol); Luva de procedimento; Gaze.

Procedimento (cliente com pouca limitação e consciente): Em posição de Fowler e com a cabeça lateralizada; Proteger o tórax com a toalha de rosto; Colocar a cuba rim sob a bochecha; Solicitar para que abra a boca ou abri-la com auxílio da espátula; Utilizar a escova com movimentos da raiz em direção à extremidade dos dentes. Fazer cerca de 6 a

10 movimentos em cada superfície dental, com pressão constante da escova; Repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando a língua com espátula

protegida com gaze, se necessário;

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Oferecer copo com água para enxaguar a boca; Utilizar canudo se necessário.

Procedimento (cliente com prótese): Solicitar que retire a prótese ou fazer por ele, utilizando a gaze; Colocá-la na cuba rim; Escovar a gengiva, palato e língua, se o paciente não puder fazê-lo; Oferecê-la para que o paciente coloque-a ainda molhada.

Em clientes inconscientes: Lavar as mãos; Preparar o material, colocar sobre a mesa de cabeceira bandeja contendo: cuba rim, copo com

solução anticéptica bucal, pacote com gaze, recipiente com espátula de madeira, recipiente compalitos recobertos com algodão, recipiente para material usado, aspirador e sonda de aspirar;

Colocar o cliente em posição de Fowler (quando permitido); Proteger a roupa de cama do paciente e a roupa do paciente, usando toalha de rosto;

Adaptar a cuba rim no queixo do paciente; Usar o abaixador de língua para abrir a boca quando necessário, dispondo a sonda de aspirar

acoplada ao aspirador, que deverá estar ligado para aspirar o líquido, evitando aspiração; Umedecer os palitos recobertos com algodão na solução anticéptica bucal, proceder a limpeza dos

dentes; Desprezar os palitos usados no recipiente para material usado; Lavar as bochechas utilizando outra espátula com gaze; Desprezar a espátula usada no recipiente para material usado; Lavar os lábios do paciente e manter uma gaze úmida sobre eles caso estiverem ressecados; Enxugar usando a toalha de rosto; Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem; Lavar e guardar o material usado; Lavar as mãos e fazer a anotação no prontuário.

Avaliar a possibilidade de o paciente realizar a própria higiene.Se isto for possível, colocar o material ao seu alcance e auxiliá-lo no que for necessário.Para a proteção do profissional, convém evitar contato direto com as secreções, mediante o uso de luvasde procedimento.Ao manipular a dentadura, a equipe de enfermagem deve sempre utilizar as luvas de procedimento.Após a higiene bucal, colocar o cliente numa posição adequada e confortável, e manter o ambiente emordem. Anotar, no prontuário, o procedimento, reações e anormalidades observadas.

TIPOS DE BANHO

1- Aspersão = chuveiro/cadeira de banho.2- Banho de leito3- Banho terapêutico: suprimento de calor, limpeza e aplicação de medicamento: De assento: fornece calor, limpeza e conforto. De esponja: diminuir febre. Com medicamento: aliviar coceira ou prurido Com hidromassagem: melhorar a circulação, aumentar a mobilidade das articulações, aliviar o

desconforto e retirar tecido morto.

A imersão favorece a supuração, a limpeza de ferida ou aplicação de medicação. Em geral dura vinteminutos. Imergem-se membros ou todo o corpo: pode-se deixar para tirar a roupa após a imersão evitandotraumas nos tecidos.

PERIGO: Tontura e desmaio Água muito quente Redistribuição do sangue do cérebro para a superfície do corpo

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Banho incompleto: face, axilas, mãos, dorso e região perineal.

Banhos frequentes: febre

Banho de aspersão sem ajuda: Reunir o material Colocar cadeira no banheiro Observar se o banheiro está limpo Pedir para não trancar a porta Orientar sobre o registro de água Trocar o leito Anotar o procedimento

Banho de aspersão com ajuda: Levar o cliente na cadeira de banho Auxiliá-lo ou dar o banho Anotar o procedimento

BANHO NO LEITO

Os hábitos relacionados ao banho, como freqüência, horário e temperatura da água, variam de pessoa parapessoa. Sua finalidade precípua, no entanto, é a higiene e limpeza da pele, momento em que sãoremovidas células mortas, sujidades e microrganismos aderidos à pele.Os movimentos e a fricção exercidos durante o banho estimulam as terminações nervosas periféricas e acirculação sangüínea. Após um banho morno, é comum a pessoa sentir-se confortável e relaxada. Ahigiene corporal pode ser realizada sob aspersão (chuveiro), imersão (banheira) ou ablução (com jarro,banho de leito).O auto cuidado deve ser sempre incentivado Assim, deve-se avaliar se o paciente tem condições de selavar sozinho. Caso seja possível, todo o material necessário à higiene oral e banho deve ser colocado namesa-de-cabeceira ou carrinho móvel do lado da cama, da forma que for mais funcional para o paciente.A enfermagem deve dar apoio, auxiliando e orientando no que for necessário.Para os clientes acamados, o banho é dado no leito, pelo pessoal de enfermagem. Convém ressaltar que agrande maioria deles considera essa situação bastante constrangedora, pois a incapacidade de realizar ospróprios cuidados desperta sentimentos de impotência e vergonha, sobretudo porque a intimidade éinvadida. A compreensão de tal fato pelo profissional de enfermagem, demonstrada ao prover os cuidadosde higiene, ajuda a minimizar o problema e atitudes como colocar biombos e mantê-lo coberto durante obanho, expondo apenas o segmento do corpo que está sendo lavado, são inegavelmente mais valiosas doque muitas palavras proferidas.O banho no leito, como qualquer outro procedimento, requer prévio planejamento e organização dosmateriais e roupas da unidade considerando as especificidades do cliente.

Material- Equipamentos da cama: colcha, cobertor, 01 lençol de cima, lençol móvel, 01 impermeável, 01 lençol debaixo, fronha, seguindo esta ordem;- Luvas de procedimento; 01 toalha de rosto; 01 toalha de banho; 02 luvas de banho ou compressas; 01camisola; 02 bacias de banho ou balde; jarro de água quente; 01 sabonete anti-séptico; comadre oupapagaio; biombo s/n; saco de hamper.

Procedimento: Colocar o biombo s/n; Fechar janelas e portas; Desocupar a mesa de cabeceira; Oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho; Desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro e a camisola, deixando-o

protegido com o lençol; Abaixar a cabeceira da cama caso seja possível; Colocar o travesseiro sobre o ombro; Ocluir os ouvidos; Colocar a bacia sob a cabeça;

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Lavar os cabelos; Fazer higiene oral; Calcar as luvas de procedimento; Molhar as luvas de banho retirando o excesso de água; Lavar os olhos do paciente do ângulo interno; Lavar os olhos do paciente do ângulo interno para o externo; Utilizar água limpa para lavar cada olho; Ensaboar pouco e secar com a toalha de rosto; Colocar a toalha de banho sob um dos braços do paciente e lavá-lo no sentido do punho para as

axilas em movimentos longos; Enxaguar e secar com a toalha de banho; Repetir a operação com o outro braço; Colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a região púbica; Com uma as mãos suspender a toalha e com a outra lavar o tórax e abdômen; Enxaguar, secar e cobri-lo com o lençol; Lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações, massagear as proeminências ósseas

e panturrilha; Flexionar o joelho do cliente e lavar os pés, secando bem entre os dedos; Colocar o paciente em decúbito lateral, com as costas voltadas para você, protegendo-a com toalha,

lavar, enxugar e secar; Fazer massagem de conforto; Colocar o cliente em posição dorsal; Colocar a toalha de banho e comadre sob o cliente; Oferecer a luva de banho para que o cliente possa fazer sua higiene íntima (se tiver limitações,

calçar a luva e fazer a higiene para o cliente); Lavar as mãos; Vestir a camisola; Trocar a roupa de cama; Recolocar o travesseiro e deixá-lo em posição confortável.

BANHO EM CLIENTE IMPOSSIBILITADO

Preparo:a) O cuidado de enfermagem deve ser individualizado;b) Concentre-se no que o cliente pode fazer, promovendo a independência;c) Evite tomar decisões por ele, isso provoca uma perda da auto-estima, dependência e depressão. Façacom o cliente, em vez de, para o cliente (empatia);d) Verifique se o cliente sente dor e tome as providências necessárias, por exemplo, administre oanalgésico prescrito pelo médico e espere o alívio da dor para melhor cooperação do cliente;e) Proporcione privacidade e evite correntes de ar, fechando portas e janelas;f) Ofereça “comadre” ou “papagaio” para atender as necessidades de micção ou evacuação, tornandoassim, o banho mais limpo e confortável para o cliente;g) Converse com o cliente, explicando-lhe o que será feito. Isso inspira segurança;

Material:Roupa de uso pessoal; Roupa de cama e toalhas; Dentifrício, escova ou espátula para limpeza da boca;Sabonete, creme ou óleo, pente; Duas luvas de banho ou panos macios; Bacia, jarro com água morna,comadre;Procedimento: Lave as mãos. Isto evita a transferência de germes para o cliente; Faça uma luva com um pano de lavar, para reter o calor e a umidade e proteger o cliente de

arranhaduras; Faça a higiene oral do cliente para evitar halitose (mau hálito), assegurando o conforto do cliente e

da enfermagem;

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Lave os olhos, limpando do canto interno para o externo e usando uma parte separada do pano debanho para cada olho. Essa técnica visa impedir a penetração se substâncias nos ductos lacrimais, ea transferência de micro-organismos entre os olhos;

Lave, enxágüe e enxugue o rosto, o pescoço e as orelhas. Retire todo o sabão. A película de sabãona pele é irritante e ressecante e pode propiciar ambiente para desenvolver dermatite de contato(irritações nas linhas e pregas);

Dispa o cliente, protegendo-o com o lençol; Coloque a toalha de banho sob o braço. Lave, enxágue e enxugue o braço mais distante e depois o

máximo próximo do cuidador; Lave as duas mãos juntas, mergulhando-as na bacia com água morna, enxaguando-as em seguida

com água limpa. Logo após, secá-las; Peça ao cliente para colocar os braços sobre o travesseiro. Lave, enxágüe e enxugue as axilas,

começando pela mais distante; Lave e seque bem a base dos seios; Suba a toalha. Lave, enxague e enxugue o abdômen; Retire a calcinha ou a calça do pijama, deixando o cliente protegido por um lençol; Vire o cliente em decúbito lateral (de lado), colocando a toalha sob as suas costas; Lave, enxague e enxugue as costas; Massageie as costas utilizando creme ou óleo; Vire o cliente em decúbito dorsal (de barriga para cima); Coloque a toalha de banho e a comadre sob a região glútea (nádegas); Proceda a lavagem dos genitais externos; Coloque a toalha sob os membros inferiores, lavá-los, enxágua-los e secá-los separadamente; Mergulhe os pés na água e cuide dos mesmos (é importante lavar, enxaguar e secar muito bem entre

os dedos); Massageie os membros inferiores; Vista o cliente; Troque a roupa de cama; Penteie os cabelos, forrando o travesseiro com a toalha de rosto; Afofe o travesseiro, arejar e deixar o cliente em posição confortável; Cuide do material do banho, deixando o ambiente em ordem;

Observações: Não jogue roupa suja no chão. Coloque-a em um cesto; O asseio de toda a área genital de cliente do sexo feminino é feito limpando a área entre as pernas e

os grandes lábios. Em seguida afastam-se os grandes lábios e se limpa entre eles; e segue-se omovimento do mais limpo para o mais sujo, isto é, limpa-se do orifício uretral para o orifíciovaginal. Pode derramar água limpa sobre a região. A cliente é virada de lado e as nádegas e o ânussão limpos e secos completamente;

O asseio da área genital dos homens é feito limpando as coxas em primeiro lugar. Em seguida, opênis, da seguinte maneira: segure o pênis com a mão usando a parte limpa do pano, se limpa aponta do pênis com movimento circular, retirando o prepúcio. O restante do pênis com movimentoslongitudinais. Voltar o prepúcio à sua posição original. Limpe toda a superfície da bolsa escrotal;

Verifique a necessidade da lavagem da cabeça; Se o cliente for capaz de realizar a sua higiene íntima, ofereça o material adequado e permita que

ele o faça; Durante todo o banho o profissional de enfermagem deve observar as condições da pele, mucosas,

cabelos e unhas do cliente, cuidando para mantê-lo saudável. Ao término do banho, abaixar a cabeceira da cama e deixar o cliente na posição em que se sinta

mais confortável, desde que não haja contraindicação. Avaliar as possibilidades de colocá-losentado na poltrona.

Providenciar o registro das condições do cliente e de suas reações.

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Referências bibliográficasMURRAY.ME ET Alii – Fundamentais de Enfermagem – Ed Guanabara Doogan S/c. R.J. 1985;BRUNNER,L.S. – Prática de enfermagem 2ª edição – Interamericana, RJ. 1980;KOCK, M. R ET Alii – Técnicas Básicas de Enfermagem 6ª edição Litero - Técnica Curitiba. 1978;PROFAE - Manual do aluno de Fundamentos de Enfermagem – Ministério da Saúde 2001.

TÉCNICA PARA LAVAGEM DOS CABELOS

Material:- 01 cobertor; 01 balde; 01 protetor plástico de lençol; Jarras com água aquecida;Shampoo/condicionador; Luva de procedimento; 01 toalha; 02 bolas de algodão para proteger os ouvidos;Pente.

Procedimentos: Enrole o cobertor com o plástico, formando um "U", deixando que as pontas repousem no balde. Coloque a cabeça do paciente confortavelmente nesta estrutura. Ajuste o recipiente de lavagem de modo que a água se afaste da cabeça do paciente, colocando a

tubulação de drenagem no balde. Coloque uma toalha dobrada do lado oposto do balde para facilitar a drenagem. Coloque os tampões nos ouvidos do paciente. Molhe os cabelos do paciente e ensaboe. Enxague. (Passe o condicionador, massageie e enxague novamente). Seque os cabelos e penteei-os. Reúna o material deixando o ambiente organizado.

MASSAGEM DE CONFORTO

É indicada durante o banho de leito e aconselhável após o uso de comadre ou durante a mudança dedecúbito.

Finalidade:- Estimular a circulação local- Prevenir úlceras de pressão- Proporcionar conforto e bem estar- Possibilitar o relaxamento muscular

Procedimentos: Lavar as mãos Reunir o material necessário; creme, óleo de girassol, talco Orientar o cliente sobre o que será feito Colocar o cliente em decúbito lateral ou ventral e descobrir as costas Aplicar ou o creme ou o óleo ou o talco e iniciar a massagem alternando os movimentos de

deslizamento, amassamento e movimentos circulares (Como na figura a seguir 9.1) Deslizar as mãos suavemente, começando pela base da espinha, junto à coluna vertebral, em

direção aos ombros, retornando ao lado das costas até o ponto inicial; Sem tirar as mãos, repetir o movimento até a altura da região torácica, retornando ao ponto inicial; Continuar o movimento até a altura da cintura e retornar ao ponto inicial; Reiniciar os movimentos, repetindo a operação;

Observação:Ao realizar o deslizamento, iniciar suavemente, aumentando gradativamente a força, à medida queavançar as mãos sobre os ombros e reduzir gradativamente a força. À medida que trouxer as mãos àposição inicial.

Movimento de amassamento:Consiste em segurar a massa muscular e comprimir e descomprimir ritmicamente. Na região dorsal,iniciar pela região glútea em direção aos ombros e descer pelo lado oposto (fig. 9.2).

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Movimentos circulares:São longos e suaves pelo centro e para cima, retornar para baixo massageando com a palma da mão,executando movimentos em círculos (fig. 9.3).

RESTRIÇÃO

A restrição de pacientes refere-se a qualquer dispositivo ou ação que interfere nahabilidade do cliente em tomar decisões ou que restringe sua capacidade de movimentar-se, alterando sua capacidade de raciocínio, a liberdade de movimentos, a atividade físicaou o acesso normal ao seu corpo. O uso de restrição ou contenção somente deve ocorrerquando o risco de seu emprego é superado pelo risco de não utilizá-lo. É utilizada paraproteger o paciente ou outras pessoas de lesões e traumas provocados por ele mesmo, ou paraprevenir a interrupção do tratamento a que vem sendo submetido. Assim, a aplicação de restriçãosomente deve ser realizada quando outras medidas preventivas já foram consideradas ouutilizadas, não se mostrando adequadas em proteger a pessoa que tem risco de lesionar-se ou a outros.Deve ser baseada na premissa de minimizar o uso de restrição ou qualquer forma de contenção,com vistas à promoção de práticas seguras. A decisão de uso deve ser baseada no julgamentoclínico de profissionais qualificados, em colaboração com a equipe multidisciplinar, com ocliente e família. A decisão clínica deve ser documentada no prontuário do paciente.

A restrição é um procedimento terapêutico bastante controverso e de eficácia duvidosa, já querelatos sobre o aumento da agitação ou agressividade do paciente são frequentes em estudos na práticaclínica. As maiores vítimas do uso de restrições são os pacientes idosos, sempre com justificativa deprevenção de injúrias e quedas, fato não comprovado nos poucos estudos existentes. Para ospacientes, sociedade e familiares, a contenção pode ser percebida como uma violação, um abusofísico; relatam que é uma ação desumana e desconfortável em todos os aspectos. Os objetivos dacontenção de pacientes no leito são, basicamente:

• proteger o paciente com alterações de comportamento ou consciência contra lesões etraumas (quedas, contaminação de cateteres, dispositivos, feridas, dentre outros; deslocamentosde dispositivos usados em seu tratamento, como sondas, drenos, cateteres etc.) provocados porele mesmo ou a outros e que gera ainterrupção do tratamento a que vem sendo submetido;• oferecer, em algumas situações, proteção aos indivíduos que atendam aquele paciente.As principais indicações para o uso de restrições são:1. alto risco de agressividade contra outras pessoas e a si mesmo, que não melhoraramcom intervenções menos restritivas;2. alto risco de degradação do ambiente como janela, mobiliários, equipamentos, dentreoutros;3. por solicitação do próprio paciente e ou família para garantir diagnóstico e tratamento

Restrição de pacientes

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adequados, quando há risco deagitação psicomotora;4. para evitar quedas, seja em crianças, pacientes agitados, semiconscientes, inconscientes ou comconvulsões;5. nos casos de agitação pós-operatória, como em craniotomia;6. doentes mentais em situação de agressividade;7. para alguns tipos de exames ou tratamentos; para pacientes não colaborativos na manutençãode sondas, cateteres,drenos, curativos etc.

Pode-se classificar a restrição como física, mecânica, psicológica, ambiental e química.

• Restrição física: é aquela em que há o envolvimento de um ou mais membros da equipe desaúde em contato direto ou indireto com o paciente, com o propósito de imobilizá-lo sem elementosou dispositivos de restrição mecânica;

• Restrição mecânica: procedimento em que são usados dispositivos, tais comopulseiras de couro nos pulsos e/ou tornozelos, luvas, coletes, camisolas restritivas,pulseiras almofadadas (incluindo-se o uso de ataduras de crepe e algodão ortopédico ou compressa dealgodão), para imobilizar o paciente.

As grades elevadas no leito, sujeitas a frequentes controvérsias, são consideradas restrições quandousadas para prevenir a saída do paciente do leito ou restringir voluntariamente a movimentação domesmo.

• Restrição psicológica: refere-se a intimidação ou a ameaça verbal durante o atendimento, queresulta em comportamento de reclusão ou restrição de liberdade do paciente e ou família.

• Restrição ambiental ou isolamento: é o confinamento involuntário de uma pessoasozinha num quarto ou habitação para impedir fisicamente sua saída. Alguns pacientes afirmam ser oisolamento uma prática muito desagradável, parecida com o confinamento solitário empregado nasprisões.

• Restrição química: medida terapêutica na qual são usados medicamentos para controlar ocomportamento ou restringir a liberdade de movimento do paciente, prevenindo injúrias a ele e aoutros. Dentre os meios menos restritivos para controlar a agressividade ou agitação de umpaciente e, consequentemente, evitar sua restrição física ou mecânica imediata, a restriçãoquímica deve ser a escolhida. Optando-se pela contenção do cliente no leito, o médico ou aenfermeira devem prescrever a contenção e anotar a justificativa clínica do seu uso no prontuário docliente. A prescrição deve conter o tipo de restrição a ser usado, o período de tempo específico deaplicação, e a parte do corpo a ser contida. Prescrições de enfermagem devem conter oscuidados para a prevenção de complicações. É interessante lembrar que o uso de restrições nãodeve exceder mais que 24 horas e que o uso por cerca de três a cinco dias tem suajustificativa clínica cada vez mais questionável. A restrição mecânica poderá ser realizada com Faixa (Punho ou Tornozelo), do tipo Luvas e arestrição de Corpo utilizando-se de lençóis, faixas elásticas, coletes, tábuas, talas, cama comgrade, sacos de areia, ataduras (simples e gessada), aparelho de tração ortopédica, dentreoutros. Instituições de saúde devem possuir protocolos referentes a avaliação e uso dequalquer tipo de restrição. A seguir se descreve exemplo referente a contenção de pacientes noleito.Algumas intervenções têm sido descritas como capazes de levar a redução da necessidade de uso derestrição, dentre elas destacam-se:- distração;- fornecer informações sobre todos os procedimentos realizados;- fornecer informações acerca de todos os equipamentos utilizados;- posicionar o paciente confortavelmente;- satisfazer as necessidades de hidratação, alimentação e eliminação;- incentivar a presença de familiares e amigos;- estimular a participação de acompanhantes na assistência;- estimular deambulação e prática de atividades físicas;- realizar observação frequente;-procurar colocar pacientes de risco em locais de fácil acesso e monitoração pela equipede enfermagem;

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- promover bom padrão de sono e repousoOs cuidados de enfermagem realizados com pacientes submetidos a restrição, devem ter comofundamento a promoção de sua segurança. O aumentoda complexidade da assistência e, consequentemente, dos riscos associados, está diretamenteassociado ao avanço científico e tecnológico. A responsabilidade pela segurança do paciente envolve,portanto, toda a sociedade, profissionais de diversas áreas, administradores, governo e consumidores,com o objetivo de proporcionar uma assistência livre de danos.Assim, durante o cuidado destaca-se a necessidade de utilizar protocolos institucionais relativos aaplicação de cada tipo de restrição, bem como, daprevenção de eventos adversos relacionados.Todo o plano assistencial e as ações da equipe de enfermagem devem ser registrados no prontuário dopaciente, de acordo com as fases do processo de sistematização da assistência de enfermagem.Destaca-se neste contexto a necessidade de informação do paciente e família, a prescrição do tipo derestritor, o uso de protocolos assistenciais relativos aos cuidados e a prevenção decomplicações, a realização de anotação de todas as intervenções realizadas, bem como, a análise edocumentação dos resultados alcançados.

Referencias: EDUARDO MBP, 2002. Vigilância Sanitária. São Paulo: Editora Fundação Petrópolis. FELDMAN,L.B. Como alcançar a qualidade em instituições saúde. São Paulo: Martinari, 2004.QUINTO NETO, A. Segurança dos pacientes, profissionais e organizações: um novo padrão deassistência à saúde. Revista Administração e Saúde, PortoAlegre, v.8, n33, p153-158,Out-Dez,2006.MACHADO AF, KUSAHARA DM. A documentação da assistência de enfermagem e asegurança do paciente. In: HARADA MJCS, PEDREIRA MLG,PETERLINI MAS, PEREIRA SR (Orgs.). O erro humano e a segurança do paciente. São Paulo:Atheneu, 2007. p 195-199.REASON, J. Managing the Risks of Organizational Accidents, 1997.NURSES BOARD OF SOUTH AUSTRALIA. Restraints: guideline for nurses and midwives inSouth Australia. [on line]. [cited 2008 Dec 13]; Available from:http://www.nursesboard.sa.gov.au/documents/UseofRestraintGuidelinewithflow chart.pdf.SILVA, S C; SIQUEIRA I L C P; SANTOS A E. Boas práticas de enfermagem em adultos:procedimentos básicos – São Paulo: Atheneu, 2008

Material (restrição mecânica):- Atadura de crepe; Algodão, Gaze, Compressas cirúrgicas; Lençóis; Tala; Fita adesiva; Braçadeiras decontenção.

Procedimento: Proceder a restrição no leito dos segmentos corporais na seguinte ordem: ombros, pulsos e

tornozelos, quadril e joelhos; Ombros: lençol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando-as na região cervical; Tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura de crepe fazer movimento

circular, amarrar; Quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a região lombar, torcer as pontas,

amarrar; Joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D sobre o joelho D e sob o E e a ponta do lado E sobre o

joelho E e sob o D;Observações Não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10 cm; Evitar garroteamento dos membros; Afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez; Retirar a restrição uma vez ao dia (banho); Proceder limpeza e massagem de conforto no local.

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MUDANÇAS DE DECÚBITO

Ao se realizar a mudança de decúbito, recomenda-se utilizar mecânica corporal e observar o corretoalinhamento do corpo.

Decúbito DorsalQuando o cliente é capaz de movimentar-se no leito de um lado a outro e mexer os diversos segmentosdo corpo, não há necessidade de dispositivos de apoio. Clientes incapazes de se mover no leito devem tera cabeça, pescoço e parte superior do ombro acomodados em travesseiro; antebraços apoiados sobretravesseiros em posição ligeiramente pronada; rolos para as mãos; membros inferiores apoiadoslateralmente com sacos de areia ou rolos de pano; apoio sob os joelhos com rolinhos macios de pano;apoio plantar mantendo os pés em flexão dorsal.Outra modalidade de decúbito dorsal que reduz a pressão na região das nádegas é a posição inclinada de30° (Dealey). O cliente é colocado sobre travesseiros justapostos longitudinalmente sobre a cama, deforma que a coluna e a região sacra fiquem posicionadas sobre o sulco delimitado pelos travesseiros.Segundo a autora, o paciente pode permanecer até 8 horas nessa posição sem se virar, permitindo umsono mais tranqüilo. Decúbito Lateral

A adoção de decúbito lateral direito ou esquerdo propicia bem-estar ao paciente que se encontra porlongos períodos em decúbito dorsal, aliviando a pressão exercida nas regiões mais proeminentes dodorso. Para manter um alinhamento adequado do corpo há necessidade de se colocar travesseiro sob acabeça e o pescoço, sob o braço que está oposto ao colchão e entre os membros inferiores. Uma almofadapesada deve ser colocada para apoiar as costas. Decúbito Ventral

Nesta posição, há necessidade de travesseiro apoiando os membros inferiores, de maneira que os artelhosnão toquem na cama; a cabeça pode estar apoiada lateralmente em um travesseiro pequeno e os membrossuperiores podem estar em posição de abdução ou flexão.

POSIÇÕES UTILIZADAS PARA A REALIZAÇÃO DE EXAMES

Posição de Sim'sColocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça apoiada no travesseiro. O corpo deveestar ligeiramente inclinado para frente, com o braço esquerdo esticado para trás, de forma a permitir queparte do peso do corpo se apóie sobre o peito. O braço direito deve ser posicionado de acordo com avontade do paciente. Os membros inferiores devem estar flexionados; o direito, mais que o esquerdo. Co-brir a paciente, expondo apenas a área necessária.Indicações: exames vaginais, retais, c1ister e lavagem intestinal.

Posição GinecológicaColocar o paciente em decúbito dorsal horizontal, com as pernas flexionadas sobre as coxas, a planta dospés apoiada sobre o colchão e os joelhos bem afastados. Cobrir o paciente com um lençol em diagonal, detal forma que uma ponta fique sobre o peito e a outra na região pélvica. As outras duas pontas deverão serpresas sob os calcanhares do paciente. No momento do exame, dobrar a ponta que cobre a região pélvicapara trás.Indicações: exame e tratamento vaginal e reta.

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Posição ginecológica

LitotomiaEsta posição assemelha-se à ginecológica. Colocar o cliente em decúbito dorsal, com a cabeça e osombros ligeiramente elevados. As coxas devem estar bem flexionadas sobre o abdômen, afastadas uma daoutra e as pernas sobre as coxas. Normalmente, para se colocar o cliente nesta posição, usam-se suportespara joelhos (perneiras). A proteção é a mesma da posição ginecológica ou com um lençol especial comperneiras e abertura no centro.Indicações: Cirurgia ou exames de períneo, reto, vagina e bexiga.

Litotomia

GenupeitoralO cliente deve ser colocado ajoelhado sobre a cama com os joelhos afastados, as pernas estendidas e opeito apoiado sobre a cama. A cabeça deve estar lateralizada, apoiada sobre os braços. O cliente é cobertocom um lençol grande fenestrado ou por dois lençóis móveis, um cobrindo a parte superior e o outro aparte inferior do corpo.Indicações: exames vaginais e retais além de exercícios pós parto.

TrendelemburgoO cliente é colocado em decúbito dorsal horizontal, com o corpo num plano inclinado, de forma que acabeça fique mais baixa em relação ao corpo.Requer uma mesa especial cirúrgica ou pode-se improvisar em enfermarias, elevando-se os pés da camacom uma cadeira.Indicações: cirurgias da região pélvica, estado de choque, tromboflebites.

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Posição de FowlerColocar o cliente em decúbito dorsal, elevar a cabeceira da cama até que o tronco do cliente atinja umângulo de 45 graus em relação à cama.Indicações: para alimentação e patologias respiratórias, de um modo geral.

TRANSPORTE DO CLIENTE DO LEITO PARA A MACA E VICE E VERSA

Técnica: Lavar as mãos; Explicar ao cliente a finalidade e o procedimento; Preparar a maca para receber o cliente; Soltar o lençol protetor e dobrá-lo sobre o cliente; Soltar o lençol móvel; Colocar a maca ao lado da cama; Dispor quatro pessoas da seguinte maneira: uma sustentando à cabeça; outra aos pés; uma a um

lado da cama segurando o lençol móvel, e outra ao lado da maca; Suspender o cliente num movimento combinado e deitá-lo na maca; Colocar o cliente em posição confortável; Lavar as mãos; Anotar no prontuário;

TRANSPORTE PARA A CADEIRA DE RODAS

Técnica: Lavar as mãos; Explicar ao cliente a finalidade e o procedimento; Proteger a cadeira de rodas com um lençol; Colocar a cadeira de rodas próximo a cabeceira do leito, de frente para os pés da cama; Travar as rodas da cadeira; Dobrar a colcha em leque até os pés do leito; Levantar a cabeceira do leito; Colocar a escadinha ao lado da cama; Sentar o cliente com as pernas fora da cama e levantá-lo; enquanto uma pessoa o ajuda a outra

segura a cadeira; Ficar de frente para o cliente e firmar a escadinha com o pé. Fazer o cliente colocar os pés no

centro da escada e as mãos sobre o ombro de quem a ajuda; Colocar as mãos sobre o tórax do cliente, região sob as axilas; Levantar o cliente delicadamente e ajudá-lo a deslizar da cama gradualmente, até que fique em pé

na escada. Faça-o pisar no chão; Conservar as mãos na mesma posição, ajudando o cliente a virar-se lentamente até que suas costas

estejam voltadas para a cadeira de rodas; Pedir a outra pessoa que segure a cadeira; Abaixar o cliente gradualmente até ele assentar na cadeira; Colocar os pés do cliente no descanso apropriado; Cobrir o cliente com um lençol Verificar o pulso do cliente; Ensinar o cliente a destravar e impulsionar a cadeira de rodas;

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Observar o cliente enquanto está sentado; Lavar as mãos; Anotar no prontuário.

TRANSPORTE DA CADEIRA DE RODAS PARA O LEITO

Técnica: Lavar as mãos; Explicar ao cliente a finalidade e o procedimento; Colocar a cadeira ao lado do leito, na mesma posição usada para transportar o cliente para a

cadeira; Travar as rodas da cadeira Ajudar o cliente a erguer-se, fazendo-o sentar no leito, colocando os pés na escadinha; Tirar o roupão e os chinelos do cliente; Ajudar o cliente a deitar-se e deixá-lo em posição confortável; Observar reações do cliente bem como o pulso; Colocar em ordem a unidade; Lavar as mãos; Anotar no prontuário.

POSIÇÃO DE CONFORTO E SEGURANÇA

É de primordial importância que a enfermagem esteja atenta a qualquer sinal de desconforto do cliente afim de ajudá-lo a diminuir seu sofrimento, empregando métodos adequados que possam auxiliar na suarecuperação.Existem inúmeras medidas consideradas úteis pela enfermagem para proporcionar conforto e bem estar aocliente.

Meios para proporcionar conforto físico

Rolos são usados com a finalidade de:1) evitar que o cliente escorregue da cama quando em posição de Fowler;2) diminuir tensão dos músculos abdominais;

Material:- Rolo; travesseiros ou cobertores; impermeável pequeno; lençol.Técnica: Lavar as mãos; Explicar ao cliente a finalidade e o procedimento;

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Enrolar o travesseiro ou o cobertor e cobrir com o impermeável; Dobrar o lençol em diagonal e com ele enrolar o travesseiro ou o cobertor; Colocar por baixo dos joelhos e flexionados do cliente; Amarrar as pontas do lençol nas laterais do leito; Deixar o cliente confortavelmente no leito; Lavar as mãos; Anotar no prontuário.

Retirada de travesseiros:Técnica: Lavar as mãos; Explicar ao cliente a finalidade e o procedimento; Colocar os braços sob a cabeça e o ombro oposto do cliente e levantá-lo um pouco; Retirar o travesseiro com a mão livre e colocá-lo sobre o leito; Repousar suavemente a cabeça do cliente no leito com as duas mãos; Deixar o cliente confortavelmente no leito; Lavar as mãos; Anotar no prontuário.

Colocação de travesseiros:Técnica: Lavar as mãos; Explicar ao cliente a finalidade e o procedimento; Forrar o travesseiro; Colocar o travesseiro sobre a cama do lado oposto; Levantar a cabeça do cliente como descrito anteriormente; Puxar o travesseiro para baixo da cabeça com a mão livre; Colocar um travesseiro debaixo dos ombros e outro sob a cabeça, havendo dois travesseiros; Deixar o cliente confortavelmente no leito; Lavar as mãos; Anotar no prontuário.

Roda de borracha:Técnica: Lavar as mãos; Explicar ao cliente a finalidade e o procedimento; Escolher a roda de acordo com a região em que será colocada; Insuflar na roda somente o ar necessário para diminuir a pressão; Proteger a roda com uma fronha; Colocar na região indicada, com a válvula voltada para um dos lados, afim de não machucar o

cliente; Observar se não ficou muito cheia causando desconforto ao cliente; Deixar o cliente confortavelmente no leito; Lavar as mãos; Anotar no prontuário.

Arcos de proteção:São empregados para proteger uma determinada região do corpo, contra o peso das roupas de cama,quando o seu contato incomoda o cliente.Para sua confecção podem ser utilizadas armações de madeira, de ferro ou arame ou travesseiros,dobrados ao centro no sentido do comprimento e amarrados.

Sacos de areia:São empregados com a finalidade de elevar uma região do corpo e manter o membro em posição correta.Técnica: Lavar as mãos; Explicar ao cliente a finalidade e o procedimento;

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Providenciar o saco de areia adequado; Colocar o saco em uma fronha; Colocar sob a região ou lateralmente para manter posição; Deixar o cliente confortavelmente no leito; Lavar as mãos; Anotar no prontuário.

SINAIS VITAIS

A observação da temperatura, pulso, respiração e pressão arterial nos indicam o funcionamento básico doorganismo, estes valores normalmente são constantes em cada indivíduo e sua variação pode indicarenfermidades.

TEMPERATURA - T

A T corporal é proveniente do calor produzido pela atividade metabólica.Vários processos químicos promovem a produção ou a perda de calor, mantendo nosso organismo comtemperatura mais ou menos constante.O equilíbrio entre a produção e a perda de calor deve-se basicamente a um mecanismo controlado pelohipotálamo.

Alterações fisiológicas da temperatura: Sono e repouso Idade Exercícios Emoções Fator hormonal Desnutrição Banhos Agasalhos Fator alimentar

A temperatura depende também do método de verificação, de acordo com o local onde é verificada;

Axilar..........................36,0 à 36,00 CBucal...........................36,2 à 37.00 CRetal............................36,4 à 37,20 C

ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA TEMPERATURA

Aumentam a temperatura: Processos infecciosos e inflamatórios Doenças do SNC Reações a distúrbios emocionais

Diminuem a temperatura Certas drogas depressoras do SNC Choque Depressão mental Tumor cerebral

Terminologia:T acima do normal: Estado febril ou febrícola Febre Pirexia Hiperpirexia

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A Febre ou pirexia, é uma reação orgânica de múltiplas aplicações contra um mal comum,interpretada pelo meio médico como um simples sintoma, a reação descrita como um aumento natemperatura corporal nos seres humanos para níveis até 37,5 graus (Celsius) chama-se estado febril, aopassar dessa temperatura já pode ser caracterizado como Febre e é um mecanismo adaptativo próprio dosseres vivos. A febre é uma reação do corpo contra patógenos; a sensação ruim que sente a pessoa febrilfaz com que ela poupe energia e descanse, funcionando também através do maior trabalho realizado peloslinfócitos e macrófagos. Apesar da maior parte das febres ser causada por infecções, nem sempre febre éindicador de infecção. Mede-se tradicionalmente a temperatura corporal através da testa e pescoço (com amão), da boca, da axila e do ânus (utilizando um termômetro, que pode ser eletrônico ou não).

MecanismoA febre geralmente ocorre em resposta a substância piro gênicas (o mais conhecido é a Inter leucina 1 a6), que são segregados pelas células como resposta inflamatória. Essas substâncias piro gênicas agem nocentro termorregulador no hipotálamo, reconfigurando o para uma temperatura mais alta, e ao fazê-lo,evoca os mecanismos de aumento de temperatura do corpo, fazendo-o aumentar a temperatura a níveisacima do normal (níveis homeostáticos).O corpo tem várias técnicas para aumentar a temperatura: Aumento da temperatura corporal: tremores, que envolvem movimentos físicos e que produzem

calor. Diminuição da perda de calor: vasoconstrição, ou seja, a diminuição do fluxo sanguíneo da pele,

reduzindo a quantidade de calor perdido pelo corpo.A temperatura do corpo é mantida nesses níveis até que os efeitos dos pirógenos cessem.

Temperatura (axilar) do corpo Normal - de 36,3ºC por volta das 6h; 37,0ºC por volta das 16h Febre baixa - de 37,5º a 38º Febre moderada - de 38,1º a 39º Febre alta - acima de 39,1º

Tipos: A febre pode ser classificada como de baixa intensidade (37,5 a 38ºC), moderada (38 a 39º) oualta (mais de 39ºC), dependendo de quanto à temperatura corpórea subiu. A febre pode ser benéfica, e éparte da resposta do corpo a uma doença; no entanto, se a febre for acima de 42ºC, então pode causardanos significativos aos neurônios, com risco de afetar a meninge e essa fase é chamada de hipertermiamaligna. A temperatura normalmente flutua ao longo do dia, e o mesmo se aplica à febre. Se esse padrãocaracterístico estiver ausente, a temperatura aumentada do corpo pode ser por causa de insolação, umadisfunção mais séria. A insolação é causada pelo excesso de exposição ao sol e desidratação.

Tratamento: Embora a febre seja uma resposta imunológica própria do organismo contra algum mal, amedicina moderna chegou a desenvolver algumas drogas chamadas de antipiréticos que podem reduzir afebre a níveis tolerados. Os antipiréticos mais comuns são o paracetamol e a dipirona. No interior doBrasil a febre é controlada com a ingestão de folhas de frutos cítricos em infusão ou por meios maisnaturais como banhos frios

Causas de Febres no pós-operatório: Após uma cirurgia, é comum haver a elevação da temperaturacorporal até 37,8 graus Centígrados sem maiores significados. No entanto, temperaturas maiores de 38graus podem representar, conforme o tempo decorrido desde a cirurgia:- até 48 horas - atelectasia (problema pulmonar).- terceiro e quarto dia: pneumonias- quinto dia: abcesso (coleção purulenta na área cirúrgica).

Outras causas não infecciosas de febre:Em transfusões sanguíneas incompatíveisDoenças reumáticasDoenças auto-imunesPadrões de Febre característicos

Algumas doenças apresentam um padrão febril bem característico, chamando a atenção para seudiagnóstico: Tuberculose Febre vespertina (todo final de tarde), não muito alta.

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Malária: febre alta por algumas horas e que se repete todo dia ou em dias alternados,dependendo da espécie de Plasmodium que está causando a infecção e de quantas vezes oindivíduo foi contaminado. Abcesso: Febre persistente, baixa, com piora à noite.

Modernamente, a febre não deverá ser mais vista como um simples indicador e sim como um malnecessário originado da resposta imunológica do organismo de cada individuo.A hipertermia se caracteriza quando se tem: pele quente e seca, sede, secura na boca, calafrios, doresmusculares, sensação de fraqueza, taquicardia, taquipnéia, cefaléia, delírios e até convulsões.

Tipos de hipertermia: Contínua: mantém-se elevada com pouca oscilação Intermitente ou quotidiana: é quando ocorre regularmente alternância entre um período de

hipertermia e um período de temperatura normal ou subnormal. Remitente: é a que oscila em vários graus, porém, sem nunca chegar ao patamar normal Recorrente ou recrudente: após um período normal de temperatura, há nova manifestação de

hipertermia.

Hipotermia: temperatura abaixo do valor normal. Caracteriza-se por pele e extremidades frias, cianose etremores.Avaliação da temperatura corporal:Utiliza-se para tal um instrumento denominado termômetro, constituído de bulbo e pedúnculo.Métodos para verificação da temperatura: Oral ou bucal Retal Axilar

Tempo de manutenção do termômetro no paciente (Atkinson): Oral......... 3 min. Axilar.......10 min. Retal ........3 min.

Assistência de enfermagem: Hipertermia- aumentar a ingestão de líquidos, usar roupas leves, banho morno, aplicação de

compressa frias, repouso. Hipotermia- aquecer o cliente com agasalhos e cobertores, repouso, e ingestão de alimentos

quentesEm ambos os casos controlar a temperatura mais freqüentemente até que se estabilize.Anotar e comunicar o enfermeiro e ou ao médico.Medicar conforme prescrição médica.(Texto extraído www.hospitalgeral.com)

USANDO TERMÔMETRO DE MERCÚRIO

Antes de usar o termômetro, limpe-o com uma gaze embebida em álcool e seque-o completamente. Como polegar e o indicador, segure-o pelo lado oposto à ponta de mercúrio. Então, faça movimentos bruscos,porém, seguros com o pulso para assentar o mercúrio. A seguir, verifique se a faixa prateada está na linhados 35º C.

Verificando a temperatura oral:Coloque o termômetro embaixo da língua, bem para trás. Avise ao paciente que não deve morder otermômetro, nem mantê-lo próximo aos dentes — isso pode afetar a medição. Aguarde de 4 a 5 minutos,o tempo ideal para registrar a temperatura correta. Então remova o termômetro e leia-o, mantendo-o na

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altura dos olhos. Para completa precisão, nunca faça a verificação após o paciente ter fumado outomado bebidas quentes. Espere de 20 a 30 minutos.

Verificando a temperatura retal:Previamente, umedeça o bulbo do termômetro com vaselina. Deite a pessoa de lado com a perna de cimadobrada (posição de SIMS). Introduza cuidadosamente o termômetro no reto, aproximadamente 3,5 cmem adultos. No caso de um bebê, deite-o de bruços e introduza o termômetro cerca de 1,5 cm.

Em crianças, use a mesma posição dos adultos e introduza cerca de 2,5 a 3,0 cm. Espere 3 minutos,remova cuidadosamente o aparelho e limpe-o com um pedaço de gaze. Eleve-o à altura dos olhos para ler.OBS: para evitar acidentes com aparelhos de vidro, você pode optar pela verificação da temperaturatimpânica para bebês e crianças.Verificando a temperatura axilar:Posicione o bulbo embaixo de uma das axilas e cruze o braço do paciente em cima do peito. Remova otermômetro após 10 minutos.Usando o Termômetro Digital:Também é útil para verificar a temperatura oral. Após removê-lo da capa protetora, posicione-o embaixoda língua, bem atrás. Aguarde pelo menos 45 segundos, remova-o e leia os números na tela — esta é aindicação da temperatura. Limpe o aparelho de acordo com o manual de instruções e guarde-o narespectiva caixa.

Usando Termômetro Timpânico:Remova o termômetro da base. Acolchoe a ponta da sonda com uma das capinhas descartáveis inclusas.Insira a sonda no canal auditivo de forma a vedá-lo completamente. Pressione uma vez o botão parainiciar a verificação. Remova a sonda ao escutar o "bip" e leia os números no visor. Por fim, jogue fora acapa descartável e retorne o termômetro para a base.

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Termômetro com infravermelhoA T é obtida apontando-se o termômetro ao centro da testa. A distancia ideal entre a pele e o termômetroé determinada graças a um sistema LED que emite dois feixes de luz. Conforme o temometro se aproximada pele a uma distancia correta ( aproximadamente 3 cm a 5cm), os dois feixes convergem e formam umúnico ponto vermelho. Esta posição deve ser mantida por um segundo, até as luzes piscarem e atemperatura aparecer no visor de cristal líquido(LCD).Este tipo de termômetro pode medir a T em outras partes do corpo, como também a da mamadeira, sopa,água do banho, etc. Como não encosta no corpo ou objeto que se quer saber a temperatura, dispensa o usode produtos para desinfecção.

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VERIFICAÇÃO DO PULSO

Verificação do pulso:O número de pulsações por minuto é facilmente detectável através do pulso, mas pode ser verificado emdiversas partes do corpo. Veja a figura abaixo:

PULSO – P

É a ondulação exercida pela expansão das artérias, seguindo a contração do coração, evidenciada quandoas comprimimos moderadamente contra uma estrutura dura.O pulso é uma dos métodos mais convenientes de informação das condições de um paciente.Determinados fatores podem causar modificações momentâneas na pulsação como: emoções, exercíciosfísicos, alimentação, drogas etc.Na palpação do pulso verifica-se freqüência, ritmo e tensão.

Artérias mais comuns para verificar o pulso: Artéria radial Artérias temporal, facial, carótida Artérias femoral, poplítea, dorsal do pé

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A pulsação da artéria radial pode ser verificada exercendo moderada pressão dos dedos médio e indicadorsobre o rádio e o polegar oposto a estes dedos sobre a parte posterior dos punhos (movimento depreensão). O profissional não deve usar o polegar para fazer a palpação do pulso, pois pode vir aconfundir sua própria pulsação com a do paciente. Contar o número de pulsações por um minuto,observados no relógio na outra mão.Registrar o procedimento, destacando as características observadas.

CARACTERÍSTICAS DO PULSO:

Freqüência: varia com a idade e o sexo. É importante que se tenha um registro cronológico da freqüênciado pulso.

Freqüência ou pulsações por minuto:- homem..................60 à 70 batimentos por minuto- mulher...................65 à 80 “ “ “- criança...................120 à 125 “ “ “- lactentes.................125 à 130 “ “ “

Alterações na freqüência:- bradisfigmia: pulso lento ( menos de 60 batimentos por minuto)- bradicardia: freqüência cardíaca abaixo da normal;- taquisfigmia: pulso acelerado ( os batimentos varia entre 120 à 160 por minuto )- taquicardia: freqüência cardíaca acima da normal;

Ritmo: o pulso do indivíduo sadio é uniforme e os batimentos são separados por intervalos iguais, é opulso rítmico. O pulso irregular é chamado arrítmico.

Volume: depende das contrações cardíacas e da tensão arterial. Quando se exerce uma pressão moderadasobre a artéria, e há certa dificuldade de obliterar a artéria, o pulso é denominado cheio, porém, se ovolume é pequeno e a artéria fácil de se obliterar tem-se o pulso fraco ou fino.

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FATORES QUE AFETAM O PULSO NORMAL:

Fisiológicos: emoções, digestão, banho frio, (aceleram), repouso, descanso (diminuem).

Patológico: febre, doenças agudas (aceleram), lipotimia, bloqueios cardíacos (diminuem).

Técnica para verificação do pulso: Lavar as mãos; Manter paciente em posição confortável; Apoiar o braço do paciente no leito ou no colo com a palma da mão voltada para baixo; Com os três dedos médios da mão, localizar a artéria radial na face interna do punho, do lado do

polegar; Quando sentir a artéria pressionar levemente contra o osso (rádio) e contar os batimentos até se

completar um minuto; Registrar, anotar e comunicar as anormalidades.

Pulso apical ou Frequência cardíaca:É a contagem da frequência dos batimentos cardíacos.Para verificá-lo colocar o diafragma do estetoscópio diretamente sobre a pele do hemitórax e, mais oumenos à altura do apêndice xifóide, contar os batimentos por um minuto.

A pulsação normal varia em decorrência da idade, da altura e do peso, e das condições físicas eemocionais. O coração de um adulto em repouso bate normalmente de 60 a 100 vezes por minuto. Oshomens geralmente têm a pulsação mais lenta que as mulheres. Durante o sono, a freqüência das batidas

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cai, e após exercício físico, torna-se acelerada. Febre, excitação, raiva, medo e certas substâncias, comoa cafeína, também aceleram a pulsação.Contando a pulsação radialPeça à pessoa que relaxe e deite ou recoste de lado na cama, com a palma de uma das mãos para cima.Pressione delicadamente a artéria radial no lado interno do pulso, usando os dedos indicador, médio eanelar (não use o dedo polegar, já que possui pulsação forte própria).

Conte as batidas por 30 segundos, se o ritmo for regular. Então multiplique o número obtido por dois paraobter a pulsação por minuto. Em caso de batimento irregular, conte por 60 segundos. Se a pulsaçãoestiver muito rápida (mais de 100 batidas por minuto em repouso), ou muito devagar (menos de 60batidas) sem nenhuma causa conhecida, procure ajuda médica.

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RESPIRAÇÃO - R

Troca de gases entre o organismo e o meio ambiente, consiste na absorção de oxigênio e eliminação degás carbônico. Esta troca é feita nos alvéolos e transforma o sangue venoso rico em dióxido de carbonoem sangue arterial rico em oxigênio. O tronco cerebral é o responsável pelo controle da respiraçãoautomática, porém recebe influência do córtex cerebral, possibilitando, em parte um controle voluntário.

O movimento respiratório compreende duas fases:- Inspiração; entrada de oxigênio nos pulmões- Expiração; expulsão de ar contidos nos pulmões

Média normal de respiração:- homem..............15 à 20 movimentos por minuto- mulher...............18 à 20 “ “ “- criança...............20 à 25 “ “ “- lactentes.............30 à 40 “ “ “

O controle da freqüência respiratória normalmente é realizado em seguida ao controle do pulso, paraevitar que o cliente perceba e exerça controle voluntário. Mantendo-se a mesma posição adotada para ocontrole de pulso, contar o número de respirações no período de um minuto, observando-se osmovimentos torácicos. Cada respiração compreende o movimento de inspiração e expiração.É importante observar características que indicam normalidade da respiração, como intervalos regularesentre a inspiração e expiração, movimento torácico simétrico, ausência de esforço e ruído.

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TERMINOLOGIA

Bradpnéia – Freqüência respiratória abaixo do normal; Taqpnéia – Freqüência respiratória acima do normal; Dispnéia – Dificuldade respiratória; Ortopnéia - Respiração facilitada em posição vertical; Apnéia - Parada respiratória Respiração em Cheyne Stokes – Caracteriza-se por aumento gradual na profundidade, seguido

por decréscimo gradual na profundidade das respirações e após, segue-se período de apnéia; Respiração Kusmaul - É a respiração profunda mais típica, se caracteriza por inspiração profunda

e ruidosa, seguida de pausa, depois uma expiração breve e queixosa, seguida de nova pausa; Respiração “Biot - Caracteriza-se pela presença de períodos de apnéia de duração variável de

alguns segundos até mais de 30”, podendo ser repetida em intervalos regulares ou irregulares.

Fatores que modificam a respiração:Fisiológicos: Exercícios, emoções, banho frio (aceleram), sono, banho quente (diminuem).Patológicos: Pneumonia, difteria, doenças nervosas, doenças cardíacas, afecções cerebrais, aumento datensão intracraniana (aceleram), comas diabéticos, urêmicos, drogas depressoras (diminuem).

Técnica de verificação:Pode-se contar a respiração com o cliente sentado ou deitado, porém sem que este perceba.

Verificando a freqüência respiratóriaEntende-se por respiração o ciclo composto de inspiração (entrada) e expiração (saída) do ar. Afreqüência de 12 a 20 respirações por minuto é considerada normal. Este número pode aumentar em casode excitação, esforço físico, dor ou febre. A respiração ofegante indica que o organismo está seesforçando para manter seu equilíbrio interno através de inspirações mais profundas. Durante o sono, onúmero de respirações decresce.

Contando a freqüência respiratóriaApós checar o pulso, observe o movimento de distensão e contração do tórax durante a inspiração e aexpiração. Conte cada dois destes movimentos como uma respiração, por 30 segundos, e multiplique oresultado por dois para obter a freqüência por minuto. Se a pulsação for atípica, conte por 60 segundos.Comunique-se com o médico em caso de respiração anormal (menos de 12 ou mais de 30 batidas porminuto) ou ritmo irregular.Em seguida, registra-se o dado obtido, comunicando se houver anormalidades.

Normalmente se verifica TPR duas vezes ao dia pela manhã e à tarde De 4 em 4 horas em clientes operados De 2 em 2 horas em doentes graves De 1 em 1 hora em casos especiais

PRESSÃO ARTERIAL – PA

A pressão arterial reflete a tensão que o sangue exerce nas paredes das artérias. A medida da pressãoarterial compreende a verificação da pressão máxima ou sistólica e a pressão mínima ou diastólica, sendoregistrada em forma de fração:

PA = pressão sistólica_pressão diastólica

Pressão sistólica é a maior força exercida pelo batimento cardíaco, representa a intensidade da contraçãoventricular.Pressão diastólica é a menor força exercida pelo batimento cardíaco, representa o grau de resistênciaperiférica.

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A pressão arterial depende: Débito cardíaco = quantidade de sangue ejetado do ventrículo esquerdo para o leito vascular em um

minuto. Resistência vascular periférica; determinada pelo lúmen, pela elasticidade dos vasos e pela

viscosidade sangüínea. Viscosidade do sangue decorre das proteínas e elementos figurados do sangue.

A PA varia ao longo da vida, assim como ocorre com P, R, e T. A PA é mais baixa durante o sono e aoacordar, podendo ter um pequeno aumento no final da tarde.Geralmente o indivíduo deitado apresenta PA mais baixa do que quando em pé ou sentado.

FATORES QUE MODIFICAM A PA:

Fisiológicos Idade Sexo Digestão Postura Drogas Banhos quentes

Patológicos:Convulsões, calafrios, hipertireoidismo, nefrite, eclampsia, aterosclerose, aumento da pressãointracraniana (elevam a PA), hemorragias, choque, anemia, doenças infecciosas (abaixam a PA).

Variação da PA:Hipertensão (PA elevada). Ex. 15X10 mm HgHipotensão (PA baixa). Ex. 9X4mm HgConvergente quando a máxima se aproxima da mínima ex.10X8 mm Hg

Locais para verificação da PA: nos MMSS – artéria braquial nos MMII – artéria poplítea

EQUIPAMENTO USADO PARA VERIFICAÇÃO DA PA:

Esfigmomanômetro ou tensiômetro: consiste num sistema para compressão arterial composto por umabolsa inflável de borracha de formato laminar, a qual é envolvida por uma capa de tecido inelástico(manguito) e conectada por um tubo de borracha a um manômetro e por outro tubo, a uma pêra, que tem afinalidade de insuflar a bolsa pneumática. Também conhecido como "aparelho de pressão". Os tipos maiscomuns são:

Coluna de Mercúrio Aneróide

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Estetoscópio: Instrumento utilizado para ausculta de qualquer som vascular, respiratório e outros de outranatureza em qualquer região do corpo. É composto por um por 3 componentes básicos: a peça auricular(adaptada no canal auditivo), o(s) tubo(s) (condutores das ondas sonoras) e a peça auscultatória -geralmente composta de uma campânula ou sinete (que transmite melhor os sons de baixa freqüência) e odiafragma (transmite melhor os sons de alta freqüência).

Sintomas de Hipertensão: Cefaléia nucal Tontura Escurecimento da visão Mal estar geral Agitação Palpitação Epistaxe Congestão Formigamento de extremidades

Sintomas da hipotensão: Astenia Sonolência Pele fria Náuseas Perda dos Sentidos Sensação de perda de corpo

Assistência de enfermagem na hipotensão: Repouso deve ser favorecido Dieta com maior teor de sal Evitar banhos quentes prolongados Evitar jejum prolongado

Técnica de verificação da PA: Explicar a finalidade do procedimento Colocar o cliente em posição confortável Levantar manga deixando o braço descoberto Ajustar o manguito ao braço acima do cotovelo

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Sentir a pulsação da artéria braquial na parte anterior da articulação do cotovelo do cliente Fazer desinfecção das ogivas antes de colocar o estetoscópio nos ouvidos Colocar o diafragma do estetoscópio sobre a artéria braquial Fechar a válvula de ar e insuflá-la até o ponteiro marcar 200 mmHg Abrir vagarosamente a válvula e observar no manômetro o número correspondente ao primeiro

ruído. Pressão sistólica ou Máxima Observar o número correspondente ao último som, ou onde ele sofreu modificação, anotar. Pressão

diastólica ou Mínima Deixar passar alguns minutos, fechar novamente a válvula, e repetir o processo Abrir válvula e deixar sair todo o ar Desprender o manguito e deixar o cliente confortável Anotar a pressão máxima e a mínima. Ex.12 X 7 e a hora em que foi feito o controle no relatório de

enfermagem, usando caneta azul. A verificação da PA não deve ser feita após refeições e banho quente. Clientes operados, verifica-se a PA de 4 em 4 horas, em casos especiais de 1 em 1 hora, ou até à

cada 15 minutos.

MENSURAÇÃO DE PESO E ALTURA

O peso e a altura normalmente são verificados quando existe solicitação médica, não sendo incluídoscomo medidas de rotina na maioria das unidades de internação. Porém este controle é importante emalgumas unidades como: pediatria, endocrinologia, nefrologia. Em certas condições patológicas, como noedema, o controle de peso é fundamental para subsidiar conduta terapêutica.

Terminologia: Obesidade- aumento de tecido adiposo devido ao excessivo armazenamento de gordura. Caquexia- estado de extrema magreza, desnutrição.

Procedimento Lavar as mãos Orientar o cliente Testar, tarar e travar a balança Forrar o piso da balança com papel Pedir para o cliente retirar o roupão e o excesso de roupa Auxiliá-lo a subir na balança com os pés descalços Destravar a balança e deslocar o massor do quilograma até o valor do peso estimado do paciente Deslocar o massor de grama até que a régua graduada fique em posição horizontal Travar a balança e registrar o peso Auxiliar o cliente para que se vire de costas para o antropômetro, orientando-o para que permaneça

ereto Deslocar o antropômetro e posicionar de maneira que a barra toque na parte superior da cabeça Fazer leitura e registrar

Controle de peso e altura em criançasAs crianças até 100cm são medidas em posição deitada em decúbito dorsal,utilizando-se antropômetromanual.A extremidade fixa do aparelho é posicionada sobre a cabeça da criança, e a parte móvel, ajustada àplanta do pé. Durante a aferição, a criança deve ter o correto alinhamento de todos os segmentos docorpo: cabeça e pescoço naturalmente posicionados, pernas estendidas sem flexão dos joelhos.A criança com peso abaixo de 16 Kg é pesada em balança com graduação mínima de 10g, deitada ousentada sem roupas. O prato da balança deve ser forrado previamente. Quando não se tem balançainfantil, é possível pesar a criança no colo de um adulto.

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A balança a ser utilizada deve ser previamente aferida (nivelada, tarada) para a obtenção de valores maisexatos e destravada somente quando o cliente encontra-se sobre ela.O piso da balança deve estar sempre limpo e protegido com papel-toalha, evitando que os pés fiquemdiretamente colocados sobre ele. Para prevenir a ocorrência de quedas, fornecer auxílio ao cliente durantetodo o procedimento.O cliente deve ser pesado com o mínimo de roupa e sempre com peças aproximadas em peso.Para obter um resultado correto, deve ser orientado a retirar o calçado e manter os braços livres. Após ter-se posicionado adequadamente, o profissional deve deslocar os pesos de quilo e grama até que haja onivelamento horizontal da régua graduada; a seguir, travar e fazer a leitura e a anotação de enfermagem.Em clientes internados, com controle diário, o peso deve ser verificado em jejum, sempre no mesmohorário, para avaliação das alterações.Para maior exatidão do resultado na verificação da altura, orientar o paciente a manter a posição ereta, decostas para a haste, e os pés unidos e centralizados no piso da balança. Posicionar a barra sobre asuperfície superior da cabeça, sem deixar folga, e travá-la para posterior leitura e anotação.* Para se tarar uma balança, faz-se necessário soltar a trava, colocar os pesos de quilo e grama no zero eobservar o nivelamento do fiel da balança com a marca na trava. Quando há desnivelamento, movimenta-se o calibrador até o nivelamento. Em todo esse processo não deve haver nada sobre a balança.

CONTROLE DA ELIMINAÇÃO INTESTINAL

Procedimento: Isolar camas com biombos, se necessário; Respeitar a privacidade, expondo o cliente o mínimo possível; Colocar comadre conforme a técnica; Mantê-lo em posição confortável e que facilite a evacuação; Após a evacuação, deixa-lo em boas condições de higiene corporal; Oferecer bacia com água para que lave as mãos.

Observar: Freqüência das evacuações. Consistência: endurecidas, normal, pastosa, semipastosa, semilíquidas e líquidas. Cor: marrom característico. Solicitar ao cliente ambulante que não acione a descarga. Oriente quanto a higiene das mãos quando necessário.

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CONTROLE DA DIURESE

Conceito: o termo é utilizado para denominar a quantidade de urina eliminada. O controle de diurese éprescrito pelo médico e consiste em guardar o volume urinário de 24 horas, ou de um período, para sermedido e/ou encaminhado para laboratório de análise.

Procedimento: Providenciar um ou mais frascos limpos, conforme o número de períodos. Rotular o frasco com o nome do cliente, número do leito e os períodos, se necessário colocar

uma placa de identificação diurese, no leito do cliente. Orientar o cliente para guardar toda a urina no frasco correspondente a cada período. Medir a urina em frasco graduado, quando os períodos forem completados. Anotar volume. Antes de desprezar a urina, verificar se é ou não preciso colher amostra ou encaminhar o volume

todo ao laboratório. O controle de diurese deve ser iniciado pela manhã, após o esvaziamento prévio da bexiga.

CONTROLE HIDROELETROLÍTICO

Consiste em controlar todo o volume líquido recebido pelo cliente por via oral e parenteral os líquidoseliminados através das vias urinárias, trato gastrintestinal, drenos, sondas e fístulas.

Procedimento: Identificar o leito do cliente com a placa CONTROLE HÍDRICO. Todo líquido da dieta deve ser medido antes de ser dado ao cliente, e o volume, registrado em

impresso próprio na coluna dos líquidos ingeridos. As soluções parenterais recebidas pelo cliente devem ser anotadas nas infusões venosas. Todo líquido eliminado pelo cliente deve ser anotado no local correspondente a: diurese, vômitos,

líquidos de drenagem, diarréia. Os fluido que de uma maneira ou outra não puderem ser medidos poderão ser avaliados e

registrados utilizando-se símbolos como:pequena quantidade = +regular quantidade = ++grande quantidade = +++

O fechamento do balanço pode ser parcial, ao final de cada plantão, ou a cada período geralmentede 6 horas, quando é feito o cálculo matemático referente ao volume ganho e ao perdido pelocliente. Se, o volume de ganhos for maior que o de perdas o balanço é considerado positivo e éidentificado com o sinal (+) precedendo o valor numérico obtido; caso contrário, o balanço énegativo e é identificado com o sinal (-). O cálculo dos balanços parciais fornece o balanço das24 horas.

Restrição hídrica significa limitação da quantidade de líquido que o cliente pode receber em 24horas; o volume é prescrito pelo médico e varia de acordo com as condições clínicas do cliente.

TÉCNICAS DE CURATIVO

1) INTRODUÇÃOA pele constitui uma barreira mecânica de proteção ao corpo, além de participar da termo regulação, daexcreção de água e eletrólitos e das percepções táteis de pressão, dor e temperatura. Ela apresenta trêscamadas: epiderme, derme e tecido conjuntivo subcutâneo.Qualquer interrupção na continuidade da pele representa uma ferida. As feridas podem variar emespessura, pois algumas lesam a pele apenas superficialmente e outras podem até atingir tecidosprofundos. A cicatrização da ferida consiste na restauração da continuidade.O tratamento de uma ferida e a assepsia cuidadosa tem como objetivo evitar ou diminuir os riscos decomplicações decorrentes, bem como facilitar o processo de cicatrização.A preocupação com os curativos das feridas é antiga e vários agentes podem ser utilizados, no entanto éfundamental uma análise detalhada da ferida para a escolha do curativo adequado.

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2) CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDASAs feridas podem ser classificadas de três formas diferentes: de acordo com a maneira como foramproduzidas, de acordo com o grau de contaminação e de acordo com o comprometimento tecidual.Quanto ao mecanismo de lesão as feridas podem ser descritas como incisas, contusas, lacerantes ouperfurantes.As feridas incisas ou cirúrgicas são aquelas produzidas por um instrumento cortante. As feridas limpasgeralmente são fechadas por suturas.As feridas contusas são produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por traumatismo das partesmoles, hemorragia e edema.As feridas laceradas são aquelas com margens irregulares como as produzidas por vidro ou aramefarpado.As feridas perfurantes são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Um exemplo são as feridasfeitas por bala ou ponta de faca.Quanto ao grau de contaminação, as feridas podem ser limpas, limpas-contaminadas, contaminadas ousujas e infectadas.Feridas limpas são aquelas que não apresentam inflamação e em que não são atingidos os tratosrespiratório, digestivo, genital ou urinário.Feridas limpas-contaminadas são aquelas nas quais os tratos respiratório, alimentar ou urinário sãoatingidos, porém em condições controladas.As feridas contaminadas incluem feridas acidentais, recentes e abertas e cirurgias em que a técnicaasséptica não foi respeitada devidamente.Feridas infectadas ou sujas são aquelas nas quais os microorganismos já estavam presentes antes dalesão.

De acordo com o comprometimento tecidual as feridas são classificadas em quatro estágios:Estágio I - caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de eritema em peleíntegra e sem perda tecidual.Estágio II - caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento da epiderme,derme ou ambas.Estágio III - caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com comprometimento total da pele enecrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular.Estágio IV - caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou muscularou necrose tissular.

3) FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO DAS FERIDASVários processos celulares contínuos contribuem para a restauração da ferida: regeneração celular,proliferação celular e produção de colágeno. A resposta do tecido às lesões passa por três estágiosparcialmente sobrepostos: fase inflamatória ou exsudativa; fase proliferativa ou regenerativa; fase reparativa ou de maturação.

a) Fase Inflamatória ou ExsudativaDura cerca de 72 horas e corresponde à ativação do sistema de coagulação sangüínea e à liberação devários mediadores, tais como fator de ativação de plaquetas, fator de crescimento, serotonina, adrenalina efatores do complemento entre outros. Nesta fase a ferida pode apresentar edema, vermelhidão e dor.

b) Fase Proliferativa ou RegenerativaPode durar de 1 a 14 dias e se caracteriza pela formação do tecido de granulação. Nesta fase o colágeno éo principal componente do tecido conjuntivo reposto, por isso a vitamina C auxilia muito nesse processometabólico da cicatrização da ferida.

c) Fase Reparativa ou de MaturaçãoDurante esta última fase da cicatrização a densidade celular e a vascularização da ferida diminuem,enquanto há maturação das fibras colágenas. Nesta fase ocorre uma remodelação do tecido cicatricialformado na fase anterior. O alinhamento das fibras é reorganizado a fim de aumentar a resistência dotecido e diminuir a espessura da cicatriz, reduzindo a deformidade. Esta fase tem início no terceiro dia epode durar até seis meses.

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4) TIPOS DE CICATRIZAÇÃOA maneira pela qual uma ferida é fechada ou " deixada" fechar é essencial para o processo decicatrização. Existem três formas pelas quais uma ferida pode cicatrizar que dependem da quantidade detecido perdido ou danificado e da presença ou não de infecção, são elas: Primeira intenção Segunda intenção Terceira intenção

Primeira intenção (união primária) - este tipo de cicatrização ocorre quando as bordas da ferida sãoapostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e edema mínimo. Quandoas feridas cicatrizam-se por primeira intenção, a formação de tecido de granulação não é visível.

Segunda intenção (granulação) - Neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva de tecido e presençade infecção. O processo de reparo, neste caso, é mais complicado e demorado. Esse método de reparo étambém denominado cicatrização por granulação, pois no abscesso formam-se brotos minúsculoschamados granulações.

Terceira intenção (sutura secundária) - caso uma ferida não tenha sido suturada inicialmente ou assuturas se romperam e a ferida tem que ser novamente suturada. Isso é feito pelo cirurgião que, após adrenagem do material, promove a aproximação das bordas.

NORMAS PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS

1) TÉCNICAS DE CURATIVOS, CICATRIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃOUm bom curativo começa com uma boa preparação do carro de curativos. Este deve ser completamentelimpo. Deve-se verificar a validade de todo o material a ser utilizado. Quando houver suspeita sobre aesterilidade do material que deve ser estéril, este deve ser considerado não estéril e ser descartado. Deveverificar ainda se os pacotes estão bem lacrados e dobrados corretamente.O próximo passo é um preparo adequado do paciente. Este deve ser avisado previamente que o curativoserá trocado, sendo a troca um procedimento simples e que pode causar pequeno desconforto. Oscurativos não devem ser trocados no horário das refeições. Se o paciente estiver numa enfermaria, deve-seusar cortinas para garantir a privacidade do paciente. Este deve ser informado da melhora da ferida. Essesmétodos melhoram a colaboração do paciente durante a troca do curativo, que será mais rápida eeficiente.A lavação das mãos com água e sabão, que deve ser feita antes e depois de cada curativo. O instrumentala ser utilizado deve ser esterilizado; deve ser composto de pelo menos uma pinça anatômica, duashemostáticas e um pacote de gazes; e toda a manipulação deve ser feita através de pinças e gazes,evitando o contato direto e consequentemente menor risco de infecção.Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma solução que contenha sabão, paradesengordurar a área, o que removerá alguns patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo àpele. A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-semovimentos de vaivém Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor daferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da ferida.Devem-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida com soro fisiológico em jato, oucom PVPI aquoso (em feridas infectadas, quando houver sujidade e no local de inserção dos cateterescentrais); por fim fixar o curativo com atadura ou esparadrapo.Em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à motilidade (articulações), presença depêlos (couro cabeludo) ou secreções. Nesses locais devem-se utilizar ataduras. Esta vede ser colocada demaneira que não afrouxe nem comprima em demasia. O enfeixamento dos membros deve iniciar-se daregião dista para a proximal e não deve trazer nenhum tipo de desconforto ao paciente.O esparadrapo deve ser inicialmente colocado sobre o centro do curativo e, então, pressionandosuavemente para baixo em ambas as direções. Com isso evita-se o tracionamento excessivo da pele efuturas lesões.O esparadrapo deve ser fixado sobre uma área limpa, isenta de pêlos, desengordurada e seca; deve-sepincelar a pele com tintura de benjoim antes de colocar o esparadrapo. As bordas do esparadrapo devemultrapassar a borda livre do curativo em 3 a 5 cm; a aderência do curativo à pele deve ser completa e semdobras. Nas articulações o esparadrapo deve ser colocado em ângulos retos, em direção ao movimento.Durante a execução do curativo, as pinças devem estar com as pontas para baixo, prevenindo acontaminação; devem-se usar cada gaze uma só vez e evitar conversar durante o procedimento técnico.

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Os procedimentos para realização do curativo, devem ser estabelecidos de acordo com a função docurativo e o grau de contaminação do local.

Obedecendo as características acima descritas, existem os seguintes tipos de curativos padronizados:

CURATIVO LIMPOa) Ferida limpa e fechada.b) O curativo limpo e seco deve ser mantido oclusivo por 24 horas.c) Após este período, a incisão pode ser exposta e lavada com água e sabão.d) Utilizar PVP-I tópico somente para ablação dos pontos.

CURATIVO COM DRENOa) O curativo do dreno deve ser realizado separado do da incisão e o primeiro a ser realizado será sempreo do local menos contaminado.b) O curativo com drenos deve ser mantido limpo e seco. Isto significa que o número de trocas estádiretamente relacionado com a quantidade de drenagem.c) Se houver incisão limpa e fechada, o curativo deve ser mantido oclusivo por 24 horas e após esteperíodo poderá permanecer exposta e lavada com água e sabão.d) Sistemas de drenagem aberta (p.e. penrose ou tubulares) devem ser mantidos ocluídos com bolsa estérilou com gaze estéril por 72 horas. Após este período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico.e) Alfinetes não são indicados como meio de evitar mobilização dos drenos penrose, pois enferrujamfacilmente e propiciam a colonização do local.f) A mobilização do dreno fica a critério médico.g) Os drenos de sistema aberto devem ser protegidos durante o banho.

CURATIVO CONTAMINADOEstas normas são para feridas infectadas e feridas abertas ou com perda de substância, com ou seminfecção. Por estarem abertas, estas lesões são altamente susceptíveis à contaminação exógena.a) O curativo deve ser oclusivo e mantido limpo e seco.b) O número de trocas do curativo está diretamente relacionado à quantidade de drenagem, devendo sertrocado sempre que úmido para evitar colonização.c) O curativo deve ser protegido durante o banho.d) A limpeza da ferida deve ser mecânica com solução fisiológica estéril.e) A anti-sepsia deve ser realizada com PVP-I tópico.f) As soluções antissépticas degermantes são contraindicadas em feridas abertas, pois os tenso ativosafetam a permeabilidade das membranas celulares, produzem hemólise e são absorvidos pelas proteínas,interferindo prejudicialmente no processo cicatricial.g) Gaze vaselinada estéril é recomendada nos casos em que há necessidade de prevenir aderência nostecidos.h) Em feridas com drenagem purulenta deve ser coletada cultura semanal (swab), para monitorizaçãomicrobiológica.

2) CURATIVOÉ um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quandonecessário, com finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir contaminação e infecção.

Objetivos:Tratar e prevenir infecções; eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização e prolongam aconvalescência, aumentando os custos do tratamento; diminuir infecções cruzadas, através de técnicas eprocedimentos corretos

Finalidades: Remover corpos estranhos Reaproximar bordas separadas Proteger a ferida contra contaminação e infecções Promover hemostasia Preencher espaço morto e evitar a formação de sero-hematomas Favorecer a aplicação de medicação tópica Fazer desbridamento mecânico e remover tecido necrótico Reduzir o edema

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Absorver exsudato e edema Manter a umidade da superfície da ferida Fornecer isolamento térmico Proteger a cicatrização da ferida Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida Dar conforto psicológico Diminuir a intensidade da dor.

Para que se faça a escolha de um curativo adequado é essencial uma avaliação criteriosa da ferida. Essaanálise deve incluir: condições físicas, idade e medicamentos; localização anatômica da ferida; forma,tamanho, profundidade, bordas, presença de tecido de granulação, presença e quantidade de tecidonecrótico e presença de drenagem na ferida.

3)TIPOS DE CURATIVOSO tipo de curativo varia com a natureza, a localização e o tamanho da ferida. Em alguns casos énecessária compressão; em outros, lavagem com soluções fisiológicas ou anti-sépticos. Alguns exigemimobilização com faixas elásticas ou mesmo gesso. Nos curativos de orifícios de drenagem de fístulasentéricas, a proteção da pele sã em torno da ferida é o objetivo principal.A seleção de um curativo é feita com base em suas propriedades físicas de proteção e manutenção demedicamentos e/ou enzimas em contato com a ferida. Ainda não surgiu o curativo ideal, mas um curativobem feito pode resultar em uma cicatrização melhor, tanto estática como funcional.

I. Semi-Oclusivo Este tipo de curativo é absorvente e comumente é utilizado em feridas cirúrgicas. Ele tem várias

vantagensPermite a exposição da ferida ao ar;

Absorve exsudato da ferida; Isola o exsudato da pele saudável adjacente.

II. OclusivoNão permite a passagem de ar ou fluidos, seno uma barreira contra bactérias. Tem como vantagens: Vedar a ferida, a fim de impedir pneumotórax; Impede a perda de fluidos; Promove o isolamento térmico e de terminações nervosas; Impede a formação de crostas.

III. CompressivoÉ utilizado para reduzir o fluxo sangüíneo, ou promover estase, e ajudar na aproximação dasextremidades do ferimento.

IV. Sutura com fita adesivaApós limpeza da ferida, as bordas do tecido seccionado são unidas e fixa-se a fita adesiva, Este tipo decurativo é apropriado para cortes superficiais e de pequena extensão.

V. Curativos AbertosSão realizados em ferimentos descobertos e que não tem necessidade de serem ocluídos. Algumas feridascirúrgicas (após 24 horas), cortes pequenos ou escoriações, queimaduras etc. são exemplos deste tipo decurativo.

4) CLASSIFICAÇÃO DOS CURATIVOSOs curativos são classificados de acordo com suas características e propriedades. Curativos mais usados:I) AlginatosSão sais de polímero natural, a ácido algínico, derivado da alga marrom. Suas fibras têm a capacidade deabsorver a exsudação de feridas e convertê-las em gel.Sua capacidade de absorção é muito superior à do gel tradicional.a) Características:Conseguem absorver até 20 vezes o seu peso em fluidos – uma gaze absorve apenas de 3 a 4 vezes o seupeso.

Promovem ambientes úmidos, favoráveis à cicatrização – o gel se amolda ao contorno da ferida;

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Auxiliam o desbridamento e ajudam a proteger o tecido novo; Fazem o desbridamento autolítico do tecido macio ou crosta, mas não desbridam a ferida com excesso de

tecido necrótico; Propiciam a hemostase em feridas hemorrágicas; Reduzem as trocas de curativos, são fáceis de aplicar e remover e preenchem o espaço morto.

b) IndicaçõesOs alginatos tem as seguinte indicações: 1 úlceras de pressão de estágios II a IV; 2 úlceras venosas; 3feridas cirúrgicas ; 4 úlceras de diabetes ; 5 queimaduras ; 6 escoriações e lacerações e escaras.Antes de aplicar o curativo com alginatos, deve-se lavar a ferida com soro fisiológico. Secar a pele aoredor, mas não secar o leito da ferida. Adequar o curativo ao tamanho da ferida e aparar, quandonecessário. Cobrir o alginato como curativo adequado e fixar no local. Não deixar por mais de sete dias.Trocar quando o exsudato atingir o curativo secundário. Limpar a ferida com soro fisiológico 0,9% antesde aplicar um novo curativo.O curativo com alginatos pode ser usado em feridas infectadas, desde que seja trocado pelo menos umavez ao dia, enquanto a infecção estiver presente. A freqüência da troca do curativo deve ser avaliada deacordo com a evolução da ferida.

II) HidrocolóideFormado por uma placa de espuma de poliuretano e /ou partículas de polímero que vão constituir osgrânulos ou pasta e uma matriz adesiva de polímeros elastoméricos, na qual estão imersos trêshidrocolóides (gelatina, pectina e carboximetil-celulose sódica).Apresenta-se sob três formas:

Placa de poliuretano Pasta Grânulos

A placa de poliuretano, a pasta e os grânulos conferem ao curativo a propriedade de atuar como umabarreira oclusiva frente aos gases, líquidos e bactérias. Promovem proteção mecânica à ferida. Aoentrarem em contato com o exsudato da ferida, absorvem e convertem a estrutura em gel. Esse gelapresenta um pH ligeiramente ácido, com caráter bacteriostático. A presença do hidrocolóide cria ummeio úmido que facilita a cicatrização e o umedecimento das terminações nervosas levando a um alívioda dor. Ele acelera a reepitelização e evita as possíveis lesões dos tecidos nas trocas de curativos.Também estimula a ação de enzimas desbridantes do organismo e facilita o desenvolvimento do tecido degranulação.

III) Placa de Poliuretano Prevenção de escara de decúbito; Úlceras de decúbito – estágios I e II; Úlceras com estase venosa; Úlceras arteriais e diabéticas; Queimaduras; Feridas sem infecção; Abrasões e esfolados superficiais.

Placa: é utilizada em feridas não-infectadas profundas e altamente exsudativas.

a) Cuidados na sua Utilização:Devem ser observados os seguinte cuidados em relação ao hidrocolóide: Antes de aplicar o curativo, lavar a ferida com soro fisiológico 0,9%; O tamanho do curativo deve se adequar à ferida; e A freqüência da troca deve ser avaliada acordo com a evolução da ferida, podendo permanecer

por até sete dias.

IV) PapaínaPode ser encontrada na forma de pasta, pó e na forma líquida. Possui ação bactericida e desbridanteatravés de enzima proteolítica.a) IndicaçõesA papaína é utilizada em feridas necróticas e na presença de fibrina.b) Cuidados na sua UtilizaçãoDevem ser observados os seguintes cuidados em relação em relação à papaína:

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Antes de aplicar, lavar a ferida com soro fisiológico 0,9%, em jato; A papaína possui característica de preservação dos capilares, através da angeogênese,

preservando também o tecido de granulação; Está contra-indicada em casos de lesão isquêmica, levando à dor por irritação das terminações

nervosas O período de ação do pó sobre a lesão é em média de 20 minutos, levando a freqüentes trocas do

curativo, porém a pasta tem ação de 24 horas.

V) Colagenase 10% se ClorafenicolPossui ação desbridante e fibrinolítica, porém não tem ação bactericida.Indicações: A colagenase é indicada em lesões isquêmicas e feridas necróticas.

VI) Carvão Ativado Com PrataPossui ação bactericida, com alto grau de absorção do exsudato. Sua ação de limpeza do leito da ferida sedá pela remoção de moléculas do exsudato e das bactérias. Não é aderente à pele, preserva tecido epiteliale elimina o odor de feridas infectadas.IndicaçõesO carvão ativado com prata é utilizado em lesões infectadas. Pode ser usado de três a cindo dias, sendoum curativo primário.A cicatrização da ferida torna-se acelerada pela função bactericida exercida pela prata, complementando aação do carvão como estimulante do tecido de granulação.

VII) AçúcarTem poder bactericida quando usado puro ou em pasta, porém não atua sobre bactérias esporuladas. Omecanismo mais aceito é o da ação hiperosmolar.a)Características e Ações Diminui o edema local; Reduz a congestão vascular dos tecidos Peri lesionais, melhorando sua oxigenação e irrigação; Desbrida os tecidos mortos e desvitalizados, através da degradação de fibrinas; Estimulação de macrófagos; Desenvolve a maturação do tecido de granulação – mecanismo desconhecido; Não tem ação residual; Não é absorvido pela lesão.

O açúcar como agente tópico em feridas infectadas, tem sido usado para qualquer tipo de lesão da pele,desde pequenas perdas de substâncias à gangrena. É contraindicado em lesões isquêmicas, devido àirritação dos terminais nervosos.O uso do açúcar parece superar todos os agentes tópicos no tratamento das feridas, considerando-seeficácia, inocuidade, tempo de tratamento, tolerância, baixo custo tanto para o paciente quanto para oshospitais, técnica de fácil assimilação e execução em ambiente domiciliar. Apesar de seus inúmeros efeitobenéficos, assim como nos demais tratamentos, não se dispensa o trabalho do cirurgião para limpeza, odesbrida mento e a boa hemostasia. O uso deve ser criterioso com relação à freqüência de troca docurativo, de 6/6 ou de 8/8h, até que as feridas não sejam mais secretantes, aumentando-se os intervalos detroca para de 12/12 ou de 24/24 h.A troca mais freqüente do curativo visa manter a osmolaridade elevada na superfície da lesão, o que éfundamental para que ocorram seus efeitos terapêuticos.A ferida deve ser lavada com soro fisiológico e depois coberta com uma camada de açúcar, até não sevisualizar mais o leito da mesma; ocular com gaze e esparadrapo, de acordo com a necessidade.

VIII) BiofillTrata-se de uma película de celulose pura microfibrilar biossintética, não oriunda de árvores ou plantas,obtida por biossíntese de bactérias do gênero Acetobacter. BioFill é utilizado na substituição de peles comlesão, e é o único curativo biossintético produzido no mundo. É um ideal substituto temporário de peleporque sua estrutura fisiológica é semelhante à pele humana.O material foi descoberto em 1984, contando com tecnologia puramente nacional. Através de pesquisascom celulose bacteriana, chegou-se a um produto final semelhante à pele humana. Após a descoberta, oproduto passou por ensaios clínicos e comprovaram-se as vantagens clínicas do uso da película, logochamada de BioFill.

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Em 1988, o BioFill foi patenteado no Brasil e em mais 19 países. Em 1995, o BioFill recebeu ocertificado de liberação do FDA (Food and Drug Administration) órgão americano que após testesrigorosos autoriza a venda de novos medicamentos em solo americano.A) Suas características são:

Hipoalergênico; Não tóxico; Não causa irritação; Não piro gênico; Biodegradável; Biocompatível; Adere firmemente ao local do ferimento; Cria um microambiente que proporciona condições fisiológicas para uma rápida cura. Permeabilidade Seletiva Permite transpiração Permite troca de gases Proporciona termo regulação Excelente aderência ao local do ferimento Protege o local lesionado Protege os terminais nervosos Protege os Terminais nervosos Reduz rapidamente a dor É uma barreira bacteriana – previne contaminação de bactérias no local lesionado Acelera a granulação – permite uma rápida e completa regeneração da pele Fácil aplicação; Aplicação única (na maioria dos casos); Não requer proteção adicional como gaze e ataduras; Sua forma transparente permite uma fácil observação da evolução do tratamento; Reduz a necessidade de medicação( antibióticos e analgésicos); Rápida regeneração da pele; Reduz o tempo de internação nos hospitais.

B) VantagensBioFill age com rapidez nos diversos tratamentos de lesões cutâneas como queimaduras, úlcerasisquêmicas, áreas doadoras de enxertos, cortes profundos, entre outros. A película protege a regiãoafetada como um verdadeiro substituto da pele, possibilitando a formação da pele natural do paciente. Oscurativos tradicionais não são uma barreira bacteriana eficaz e necessitam de trocas diárias - quandoarrancados acabam por remover a pele em formação. O BioFill não precisa ser trocado, desde que nãohaja contaminação. O produto é uma eficiente barreira bacteriana, possibilitando a recuperação da áreaafetada sem interrupções criando um meio ambiente ideal para a regeneração da pele. No Brasil jáexistem vários trabalhos médicos publicados a respeito da utilização do produto com sucesso, que podemser encontrados na RBC - Revista Brasileira de cirurgia.

C) Casos em que o Biofill age com eficácia (Indicações) Úlceras crônicas em pé diabético Úlceras Isquêmica Queimaduras de 2º grau Queimaduras de 3º grau Área doadora de enxerto Dermoabrasão/Peelling

D) Modo de aplicação Observe rigorosamente todas as medidas de assepsia da área afetada, quando necessário desbride

o ferimento retirando os tecidos desvitalizados. Só então retire BioFill da embalagem. Coloque BioFill sobre a lesão. A película deverá recobrir toda a área cruenta em

aproximadamente 1 centímetro além de sua borda. Em casos onde seja necessário o uso de duas

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ou mais unidades de BioFill, sobreponha com margem de 1 centímetro uma película sobre aoutra.

Para obter completa aderência de BioFill, à lesão, remova eventuais bolhas de ar e secreções queali permaneçam, através de suave compressão com gaze umedecida em soro fisiológico.

Após obter completa aderência de BioFill à área cruenta, recorte as bordas livres da película. É importante que o paciente permaneça em repouso por 20 a 30 minutos, para que a película

fique seca.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

É uma das mais sérias responsabilidades que pesam sobre o pessoal de enfermagem, requer conhecimentode farmacologia e cumprimento de algumas regras básicas como:

Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico. A prescrição deve ser escrita e assinada. Somente em caso de emergência, a enfermagem pode

atender prescrição verbal, que deverá ser transcrita pelo médico logo que possível. Se o paciente recusar o medicamento ou estiver ausente da clínica, não houver medicamento no

hospital ou qualquer outro motivo, fazer um círculo no horário e justificar no relatório deenfermagem e comunicar à chefe da unidade.

Ao preparar a bandeja de medicamento não conversar. Ter sempre à mão a prescrição médica.

Cumprir a regra dos cinco certezas:medicamento certo; dose certa; via certa; hora certa;cliente certo

Ler o rótulo do medicamento três vezes, comparando-o à prescrição:antes de retirar o medicamento do invólucroantes de preparar o medicamentoantes de administrar o medicamento

Nunca administrar medicamento sem rótulo. Verificar data de validade do medicamento. Não administrar medicamento preparado por outra pessoa,quando já não vier preparado da

farmácia(dose individual) Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos e efeitos colaterais. Melhor horário; Diluição formas, tempo de validade; Ingestão com água, leite, sucos; Antes, durante ou após as refeições ou em jejum; Incompatibilidade ou não de mistura de drogas; Surgindo duvidas à respeito do medicamento, não administrá-lo até que a mesma seja esclarecida; Alguns medicamentos, como antibióticos, vitaminas e sulfas, precisam ser guardados

corretamente, pois se alteram na presença da luz, do ar ou do calor. É de grande utilidade seguir o roteiro para a correta administração de medicamentos elaborada

por Du Gas:- O cliente tem alguma alergia?- Que medicamentos foram prescritos?- Por que está recebendo esses medicamentos?- Que informações devem ser dadas pela enfermagem, em relação ao efeito desses

medicamentos sobre o cliente?- Existem cuidados de enfermagem específicos devido à ação das drogas contidas nestes

medicamentos?- Como devem ser administrados os medicamentos?- Que precauções devem ser tomadas na administração de tais medicamentos? Existem

precauções especiais que devem ser tomadas por causa da idade, condição física ou estadasmental do cliente?

- Alguns dos medicamentos exigem medidas acautelatórias especiais na administração?- O cliente precisa aprender alguma coisa com relação à sua terapia médica?

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- O cliente ou sua família necessita de conhecimento ou habilidades específicas paracontinuar a terapia em casa?

Limpar com uma gaze a boca dos vidros, antes de guardá-los; Ao colocar o medicamento no copinho ou cálice, manter o rótulo do frasco voltado para a palma

da mão para não sujá-lo; Não deixar a bandeja de medicação na enfermaria coso necessite sair; Certificar-se das ordens de controle hídrico, dietas, jejuns suspensão de medicamentos antes de

prepará-los; Checar o medicamento, após a sua administração em vermelho, quando o horário está em azul, e

em azul quando o horário estiver em vermelho.

Local da guarda de medicamentos: Poderão ser estocados na farmácia, almoxarifado ou em pequenas quantidades na unidade de

enfermagem; Os entorpecentes devem ser controlados, em geral, guarda-se em armários ou gavetas chaveados.

Fazendo um controle rígido com a utilização de livro de psicotrópicos que deve ser manipuladopelo farmacêutico da unidade;

Os recipientes contendo a medicação devem estar tampados e rotulados de maneira legível, com onome e a dosagem da droga.

Cuidados no preparo da medicação: Concentrar a atenção no trabalho e evitar outras atividades paralelas; Utilizar para consulta e identificação da medicação, prescrição médica ou relatório de enfermagem; Limpar a bandeja com álcool e colocar os cálices ou seringas, nebulizadores e identificá-los com o

nome do cliente número do leito e via de administração; Estar ciente do estado geral do paciente efeitos desejados e colaterais do medicamento; Quando houver dúvidas (letra ilegível, medicamento sem rótulo, etc.) não preparar o medicamento até

o seu esclarecimento; Lavar as mãos antes do preparo das medicações; Desprezar o medicamento quando houver alteração de odor, consistência ou outras características

indesejáveis; Providenciar o medicamento em falta na clínica, não substituindo por outro se não tiver certeza

absoluta que ambos possuem o mesmo efeito farmacológico desejável; Antes de começar a administrar a medicação deixar o local limpo e em ordem; Antes de administrar a medicação, conferir a número do leito e o nome do cliente. Quando este está

impossibilitado de se comunicar identificá-lo pelo número do leito; Somente após a ingestão ou aplicação do medicamento ele será checado no horário correspondente; Anotar e notificar anormalidades que o cliente apresentar; Após a administração lavar enxugar e ou colocar em local apropriado os materiais utilizados; Não ultrapassar a dose prescrita; Em caso de emergência, a medicação poderá ser dada sob ordem verbal do médico, mas anotada no

relatório de enfermagem. Após a prescrição médica ser feita colocar o horário e checar; Em geral a prescrição médica é valida por 24 horas; Antes da administração do medicamento observar presença de sinais e sintomas que o contra indique; Após a administração do medicamento observar efeitos colaterais de cada um; Não permitir que os clientes sejam medicados por acompanhantes ou por outros clientes.

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

1. Gastrintestinal/Digestória: Oral ou bucal Sublingual. Gástrica. Retal. Duodenal.

2. Respiratória.3. Vaginal.4. Cutânea.5. Nasal6. Ocular.7. Auricular.8. Parenteral: Intradérmica (ID). Subcutânea (SC). Intramuscular (IM). Endovenosa (EV) ou intravenosa (IV).

DIGESTÓRIA

Oral, bucal, sublingual, gástrica, duodenal e retal.

VIA ORAL (VO)

Os medicamentos são ingeridos através da boca com água ou previamente diluídos.

Procedimentos de enfermagem: Verificar jejuns (exames, cirurgias) controle hídrico dieta , condições de deglutição, presença de

sonda nasogástrica, náuseas e vomito. Reunir material: bandeja ou carrinho, cartões de medicação ou prescrição médica, copinhos

graduados (de vidro ou descartável), conta gotas, graal (triturador de comprimidos), espátulas,papel com anotações e ordens especiais.

Identificar copinhos com o cartão de medicação ou com tira de esparadrapo ou fita adesiva comos dados de identificação.

Marcar com a unha o ponto em que o medicamento líquido ou em pó será despejado. Antes detampar o frasco limpar a boca do mesmo.

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Por convenção:1 colher das de sopa = 1 medida = 15 ml1 colher das de sobremesa = 10 ml1 colher das de chá = 5 ml Quando necessário triturar o medicamento, diluir em água misturar com espátula deixando-a ao

lado do copinho. Colocar no copinho o medicamento (se comprimido, drágeas ou cápsulas não tocar com a mão,

se em gotas diluir com um pouco de água). Colocar na bandeja junto ao cliente colocando-o sobre a mesa de cabeceira. Identificar o cliente chamando-o pelo nome e oferecer os medicamentos com água ou leite. Certificar-se que o cliente deglutiu o medicamento e quando necessário auxiliar a ingestão

colocando-o na boca do mesmo. Retirar o material deixando o cliente confortável e limpo. Lavar material e guardar. Checar na prescrição médica

Obs.:Nos pacientes com sonda nasogástrica injetar com seringa o medicamento dissolvido, evitando a entradade ar e após lavá-la com 20 à 50 ml de água.

VIA SUBLINGUALConsiste em colocar o medicamento debaixo da língua e deixar que seja absorvido pela mucosa bucal

Procedimento: Lavar as mãos. Separar o medicamento. Dar água para o paciente enxaguar a boca. Colocar o medicamento sob a língua e pedir para abster-se de engolir a saliva por alguns minutos,

a fim de que a droga seja absorvida. Lavar as mãos. Checar o horário e fazer as anotações necessárias.

MEDICAÇÃO POR VIA RETAL

Colocação de supositório;MaterialBandeja contendo: Supositório prescrito, Luvas, Gaze.

Procedimento: Lavar as mãos; Reunir material elevá-lo até o cliente; Dispor a bandeja sobre a mesa de cabeceira do cliente; Explicar o que vai se feito tranqüilizando o cliente obtendo assim participação ativa do mesmo no

tratamento Cercar a cama com biombos ou cortinas; Colocar o cliente em posição de sims com exposição da região glútea, mantendo-o coberto até o

início do procedimento; Calçar luvas; Retirar o supositório da embalagem se necessário lubrificá-lo; Dobrar as cobertas em leque e afastar os glúteos com o auxílio de um pedaço de papel higiênico;

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Solicitar que ao cliente que inspire profundamente e introduzir o supositório na extensão deum dedo, aproximadamente a 7,5 a10cm no reto.

Obs.:- O paciente poderá colocar com auxílio da enfermagem.- Em se tratando de criança, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório.- Às vezes é necessário colocar imediatamente a comadre ou encaminhar o paciente ao banheiro.

VIA VAGINAL

É a introdução e absorção de medicamentos no canal vaginal. O medicamento pode ser introduzido sob aforma de:1. Tampões, supositórios, comprimidos.2. Óvulos.3. Lavagens e irrigação.4. Cremes ou gel.

Material: Luvas de procedimento. Aplicador vaginal. Gaze com vaselina. Saco plástico para lixo. Comadre, se necessário.

Procedimento: Explicar à paciente sobre o que vai ser feito. Lavar as mãos. Organizar o material e levá-lo para junto da paciente. Cercar o leito com biombo. Colocar a paciente em posição ginecológica. Calçar as luvas. Colocar o medicamento no aplicador e lubrificar a ponta com vaselina, ou umedecê-la com água,

para facilitar a penetração. Abrir os pequenos lábios, expor o orifício vaginal e introduzir o aplicador com o medicamento. O

aplicador deve ser dirigido em direção ao sacro, para baixo e para trás, cerca de 5cm, para que omedicamento seja introduzido na parede posterior da vagina.

Pressionar o êmbolo, introduzindo o medicamento. Pedir para que a paciente permaneça em decúbito dorsal, aproximadamente por 15 minutos, com

um travesseiro sob os quadris, para melhor distribuição de medicamento sobre a mucosa. Colocar um absorvente, se necessário. Retirar as luvas e deixar o ambiente em ordem. Providenciar a limpeza e a ordem do material. Lavar as mãos. Checar o horário na prescrição médica e fazer as anotações necessárias.

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VIA TÓPICA OU CUTÂNEA

É a aplicação de medicamento por fricção na pele. Sua ação pode ser local ou geral. Ex.: pomadas,linimentos, anti-sépticos.

Material:Bandeja contendo: Medicamento. Gaze. Espátula. Luvas de procedimento. Saco plástico para lixo.

Procedimento: Explicar ao paciente sobre o cuidado a fazer ou orientar para que faça higiene local, se

necessário. Lavar as mãos. Organizar o material e dispô-lo junto ao paciente. Expor o local. Calçar as luvas. Colocar o medicamento sobre a gaze, com a espátula. Aplicar e espalhar delicadamente o medicamento, fazendo fricção, se necessário. Retirar as luvas. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem. Providenciar a limpeza e a ordem do material. Lavar as mãos. Checar o cuidado e fazer as anotações necessárias.

VIA TRANSDÉRMICA

É a aplicação de medicamento através de um disco adesivo à pele, o medicamento é liberado na correntesangüínea de forma constante e controlada, para um efeito sistêmico prolongado.

Material: Luvas de procedimento Bandeja medicação prescrita ( adesivo)

Procedimento: Explicar ao paciente sobre o cuidado a fazer e proporcione privacidade. Abra a embalagem e remova o disco. Sem tocar na superfície adesiva, remova o plástico de proteção. Aplique o disco em uma área seca e sem pelos(normalmente,no braço,no dorso e peito). Instrua o cliente a manter a área em redor do disco o mais seca possível. Se você não usou luvas de procedimento lave as mãos imediatamente após a colocação do disco

para evitar sua própria absorção. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem. Checar o cuidado e fazer as anotações necessárias.

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VIA NASAL

Consiste em levar à mucosa nasal um medicamento líquido.

Material: Bandeja contendo: Frasco de medicamento. Conta-gotas. Algodão ou cotonete. Cuba-rim. Gaze ou lenço de papel. Saco plástico para lixo.

Procedimento: Explicar ao paciente sobre o cuidado, e solicitar que faça a higiene das narinas, se necessário. Lavar as mãos. Levar o material até a unidade do paciente. Inclinar a cabeça para trás (sentado ou deitado). Retirar, através do conta-gotas, a dosagem do medicamento prescrita. Pingar a medicação na parte superior da cavidade nasal, evitando que o conta-gotas toque a

mucosa. Solicitar ao paciente que permaneça nesta posição por mais alguns minutos. Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável. Lavar as mãos. Providenciar a limpeza e a ordem do material. Checar o horário na prescrição médica e fazer as anotações necessárias.

VIA OCULAR

É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular.Material:Bandeja contendo: Colírio ou pomada. Conta-gotas. Algodão, gaze ou lenço de papel. Espátula. Saco plástico para lixo.

Procedimento para aplicação de colírio: Explicar ao paciente sobre o cuidado. Lavar as mãos. Organizar o material e levar para perto do paciente. Posicionar o paciente com a cabeça um pouco inclinada para trás. Retirar, com o conta-gotas, a quantidade de medicação prescrita. Afastar com o polegar a pálpebra inferior, com auxílio do lenço ou gaze, expondo o fornix

inferior. Solicitar ao paciente que olhe para cima e instilar a medicação no ponto médio do fundo do saco

conjuntival, mantendo o olho levemente aberto, sem forçar, para que o colírio não se perca. Enxugar o excesso de líquido com gaze ou lenço de papel. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.

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Providenciar a limpeza e a ordem do material. Lavar as mãos. Checar o horário na prescrição médica e fazer as anotações necessárias.

Procedimento para aplicação de pomada: Afastar a pálpebra inferior com o polegar. Colocar cerca de 2 cm de pomada com o auxílio de uma espátula ou a própria bisnaga. Após a aplicação, solicitar ao paciente que feche lentamente as pálpebras e faça movimentos

giratórios do globo ocular. Com auxílio do algodão ou lenço de papel, retirar o excesso de pomada e fazer uma pequena

fricção sobre o olho, para que a medicação se espalhe. Ocluir o olho com monóculo, quando indicado.

VIA AURICULAR

Consiste em introduzir o medicamento no conduto auditivo externo (orelha).Material:Bandeja contendo: Medicamento prescrito. Conta-gotas. Cuba-rim. Gaze, bola de algodão ou “cotonete”. Saco plástico para lixo.

Procedimento: Explicar ao paciente o que vai ser feito. Lavar as mãos. Organizar o material e levar para próximo do paciente. Inclinar a cabeça do paciente lateralmente (sentado ou deitado). Retirar, através de conta-gotas, a medicação prescrita. Entreabrir a orelha e pingar a medicação, evitando que o conta-gotas toque o orifício interno do

ouvido. No adulto, puxar com delicadeza o pavilhão da orelha para cima e para trás, a fim deretificar o conduto auditivo. Na criança, puxar para baixo e para trás.

Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem. Providenciar a limpeza e a ordem do material. Lavar as mãos. Checar o horário na prescrição médica e fazer as anotações de enfermagem.

* A medicação deve ser administrada à temperatura ambiente. Se estiver na geladeira, retirar e aguardar otempo necessário.

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VIA RESPIRATÓRIA

Os gases medicinais são muito utilizados para o tratamento de patologias e para a anestesia.Embora existam vários tipo de gases medicinais, como o Hélio (He), o dióxido de carbono (CO2), oóxido nitroso (N2O), o Nitrogênio (N2), o mais comumente usado é o Oxigênio (O2).

OXIGENIOTERAPIA

É a administração de oxigênio medicinal com finalidade terapêutica.Indicações: Hipoxemia de qualquer origem. Reanimação cardiorrespiratória.

Medidas de Segurança:Sendo o oxigênio inflamável, é muito importante. Não permitir fumar no local - colocar avisos de "Não fumar". Cuidado com aparelhos elétricos que podem emitir faíscas. Roupas que contém nylon, seda, podem gerar eletricidade estática e produzir faíscas. Nunca usar graxa ou óleo nas válvulas e no manômetro de oxigênio. Transportar o torpedo com cuidado, pois na queda pode provocar explosão (o ideal é que seja

canalizado).Cuidados com o umidificador: O oxigênio precisa sempre ser administrado, pois a inalação por longos períodos com baixa

umidade lesa o epitélio da mucosa respiratória, dificultando a eliminação do muco e provocandouma reação inflamatória subepitelial.

Manter o umidificador sempre com áqua até a marcar ou no mínimo 2/3 de sua capacidade. A água usada no umidificador deve ser estéril. Ao verificar que o nível da água no umidificador está baixo, desprezar a água restante e recolocar

nova água. Jamais acrescentar água ao volume restante, para evitar de torná-la um meio decultura.

Material: Oxigênio canalizado ou em torpedo. 2 manômetros: um indica a quantidade de oxigênio no torpedo e o outro controla o fluxo de saída

(fluxômetro). Umidificador Aviso de "não fumar". Esparadrapo Gaze. Soro fisiológico. Saco para lixo.

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Intermediário de látex ou plástico, com 1 ou 2 metros de comprimento, para permitir que opaciente possa se movimentar.

MEIOS DE ADMINISTRAÇÃO

O oxigênio pode ser administrado por intermédio de: Cânula nasal (óculos para oxigênio). Catéter nasal. Máscara facial. Cânula endotraqueal. Incubadora (crianças). HOOD (capacetes de cabeça).

CÂNULA NASAL

É usada quando não é necessária grande pressão na administração de oxigênio.Acrescentar ao material básico: Cânula nasal.

Procedimento: Conversar com o paciente sobre o cuidado. Preparar o ambiente, verificando as medidas de segurança. Lavar as mãos. Organizar e trazer o material para junto do paciente. Colocar o paciente em posição confortável. Adaptar a cânula ao intermediário e este ao umidificador. Abrir o fluxômetro. Lubrificar com soro fisiológico. Colocar a cânula no nariz do paciente, fixando-a com fita adesiva. Manter o fluxo de oxigênio -3 a 5 litros por minuto ou conforme prescrição médica. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. Lavar as mãos. Anotar o cuidado feito e fazer as anotações necessárias.

CATÉTER NASAL

Acrescentar ao material básico: Catéter nasal (nº 6, 8,10 ou 12), conforme a idade do paciente e a quantidade de oxigênio

desejada. Ampola de soro fisiológico. Luvas de procedimento.

Procedimento: Explicar ao paciente sobre o cuidado. Preparar o ambiente, verificando as medidas de segurança. Lavar as mãos.

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Organizar o material e trazer para perto do paciente. Colocar o paciente em posição de Fowler. Unir o catéter ao intermediário e este ao umidificador. Calçar as luvas. Medir, com o catéter, a distância entre a ponta do nariz e o lóbulo da orelha, marcando com

esparadrapo, para determinar quanto o catéter deve ser introduzido. Abrir o fluxômetro e deixar fluir um pouco de oxigênio para evitar acidentes por saída

intempestiva de oxigênio. Umedecer o catéter com soro fisiológico, segurando-o com a gaze.

A administração de oxigênio deve ser feita com cautela, pois em altas doses pode vir a inibir o estímuloda respiração.O dispositivo mais simples e bem tolerado pelo paciente para a administração de oxigênio é a cânulanasal, feita de material plástico com uma alça para fixação na cabeça e uma bifurcação própria para seradaptada nas narinas, através da qual o oxigênio - ao sair da fonte e passar por um umidificador com águaestéril - é liberado.O profissional deve verificar a posição correta do catéter, inspecionando a orofaringe e observando se omesmo encontra-se localizado atrás da úvula. Caso o paciente apresente reflexos de deglutição, tracionaro catéter até a cessação dos reflexos.

Inalador/ Nebulizador

NEBULIZAÇÃO / INALAÇÃO

É a administração de medicamentos por via respiratória, através de um aparelho chamado nebulizador ouinalador. O medicamento líquido é transformado em névoa, que é inalada, para fluidificar as secreçõesaderidas na parede brônquica.Medicamentos mais usados: Soluções fisiológica, Berotec, Adrenalina, Atrovent, Salbutamol.A instalação da nebulização é semelhante à da inalação. Ao fluxômetro, de oxigênio ou ar comprimido,conecta-se o nebulizador e a este o tubo conjugado(conector); a máscara facial é acoplada à outraextremidade do tubo e deve estar bem ajustada ao rosto do cliente.

Material: Fonte de oxigênio ou ar comprimido. Inalador/Nebulizador (existem diversos tipos) com a medicação. Intermediário de borracha. Cuba rim ou escarradeira. Lenço de papel. Saco plástico para lixo.

Procedimento: Explicar ao paciente o cuidado a ser executado. Lavar as mãos. Organizar o material, colocando o medicamento no inalador/nebulizador.

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Preparar o paciente para receber o tratamento: em posição de Fowler, ou sentado em umacadeira.

Retirar o frasco umidificador e ligar o inalador/nebulizador à fonte de oxigênio ou arcomprimido, para que o fluxo haja diretamente sobre o medicamento que está noinalador/nebulizador.

Regular o fluxo de oxigênio ou ar comprimido de acordo com a prescrição: geralmente 3 litros,ou até a saída da névoa.

Instruir o cliente para inspirar profundamente a medicação e expirar lentamente, permanecendocom a boca semi aberta, sem conversar.

Manter a nebulização durante o tempo indicado e observar o paciente. Oferecer lenço de papel e orientar para escarrar, tossindo profundamente. Ajudá-lo fazendo

tapotagem ou vibração na região onde há acúmulo de secreção. Providenciar a limpeza e a ordem do material. Lavar as mãos. Anotar o cuidado prestado, volume e característica do escarro.

OBSERVAÇÕES1. No momento de usar o nebulizador, enxaguá-lo em água corrente para remover o desinfetante.2. Os nebulizadores são também chamados inaladores e atualmente os mais usados são de plástico.3. Após o uso, o nebulizador deve ser lavado, enxaguado e depois colocado em recipiente fechadocontendo uma solução desinfetante, como hipoclorito de sódio, por uma hora. Em seguida, enxaguar esecar.4. Os líquidos usados em nebulizadores deverão ser estéreis.5. Frascos contendo doses múltiplas deverão ser datados, mantidos refrigerados a 4ºC e desprezados24horas após a abertura.6. Após a nebulização, estimular o paciente a tossir, respirar profundamente e, se possível, inclinar otronco para a frente, a fim de auxiliar a drenagem de secreções bronco pulmonares.

A nebulização é utilizada principalmente para fluidificar a secreção das vias respiratórias tem efeitosatisfatório quando há formação de névoa. Durante o procedimento, o cliente deve inspirar pelo nariz eexpirar pela boca.As soluções utilizadas no inalador devem seguir exatamente a prescrição médica, o que evitacomplicações cardiorrespiratórias. Recomenda-se a não utilização de solução fisiológica, pois estaproporciona acúmulo de cristais de sódio na mucosa respiratória, provocando irritação e aumento desecreção.A inalação que deve ser realizada com o cliente sentado - é uma outra maneira de fluidificar secreções dotrato respiratório ou administrar medicamentos broncodilatadores.O inalador possui dupla saída: uma, que se conecta à máscara facial; outra, ligada a uma fonte deoxigênio - ou ar comprimido -através de uma extensão tubular. Ao passar pelo inalador, o oxigênio - ou arcomprimido - vaporiza a solução que, através da máscara facial, é repassada ao cliente.

VIAS PARENTERAIS

Em Enfermagem a via parenteral consiste na injeção de drogas, por qualquer via que não seja a oral ouintestinal. A introdução de medicamentos por via parenteral se faz através da injeção que consiste naintrodução em tecido ou órgão, de droga por meio de pressão, utilizando-se para isto de seringa agulha oupedojet.As seringas mais utilizadas possuem uma graduação que varia de 1 a 50 ml. A escolha do seu tamanho irádepender do volume da droga a ser aspirada.A numeração das agulhas é gravada no invólucro. Ex.: em agulhas 25X8, o número 25 refere-se aocomprimento e o 8 refere-se à espessura.

Indicação: Na administração de medicamentos em clientes inconscientes, com distúrbios gastrointestinais e

nos impossibilitados de deglutir. Quando se espera uma ação rápida da droga. Na administração de medicamentos que se tornem ineficientes em contato com o suco gástrico.

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Características da droga a ser injetada : Serem absolutamente estéreis. Líquidas Isentas de substâncias pirogênicas

Material : Seringas – constituídas de 2 peças : corpo ou cilindro e o êmbolo. Podem ser metálicas, de vidro

(quase não são utilizadas) ou plástico. O corpo em uma das extremidades termina em tubo afiladoonde se encaixa a agulha, denominada bico.

Agulha possui duas partes: uma porção dilatada que se encaixa na seringa o canhão e a parte afilada ahaste que termina em bisel que pode ser curto ou longo. As agulhas têm comprimento e calibre indicadaem milímetros.

Condições para uso: Material absolutamente estéril do princípio ao final da aplicação deve ser mantido livre de

contaminação: as seringas, a face interna do corpo e do êmbolo que está em contato com esta,bico externamente.

Apresente encaixe perfeito dos componentes da seringa e nela a agulha. Material íntegro, isento de rachaduras de pedaços com reparos grosseiros e de hastes tortas das

agulhas. Agulhas com bisel afiado.

Material acessório:Para serrar as ampolas podemos utilizar pequenas serras metálicas previamente desinfetadas com álcoolou água e sabão, ou serra de cartolina com esmeril.O gargalo da ampola será limpo antes de quebrado para evitar que fragmentos caiam no interior daampola.O algodão usado na anti-sepsia da pele deve ser hidrófilo e conservado em recipiente limpo e tampado.Para endovenosas utiliza-se garrote ( tira elástica) que deve ser de borracha flexível. O comprimento idealé de 35 à 45 cm.

Material: seringas e agulhas recipiente com bolas de algodão, embebê-las em álcool bandeja garrote( se EV )

RECOMENDAÇÕES PARA O PREPARO DAS MEDICAÇÕES

A) Sendo o medicamento em ampolas (líquido): Dispor o material a ser usado. Agitar a ampola, sem formar espuma, para homogeneizar a solução (quando necessário). Retirar todo o conteúdo acima do gargalo, limpar com algodão embebido em álcool e deixá-lo

protegido com algodão seco. Certificar-se da integridade da seringa e agulha que usaremos. Quebrar o gargalo da ampola envolvida em algodão, segurá-la entre o dedo médio e o indicador.

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Introduzir a agulha na ampola, com bisel para baixo, tendo-se o cuidado de não contaminar aparte interna da ampola com o canhão da agulha.

Aspirar o conteúdo, retirá-lo do interior da ampola e em posição vertical expelir o ar.

Manter a agulha protegida com protetor próprio. Levar a seringa com o medicamento, algodão embebido com álcool em bandeja.

Observação:- Recomenda-se trocar a agulha após aspirar ao conteúdo de medicamentos irritantes para o tecidosubcutâneo. Ex.: vacina DPT.- Usar agulhas de espessura grossa para aspirar líquidos concentrados (glicose à 50% ) e trocar por agulhano calibre recomendado.

B) Sendo medicamento em frasco (pó): Retirar a tampa superior, desinfetar a borracha com algodão embebido em álcool e mantê-la

protegida com esse algodão. Montar seringa com agulha de calibre maior 25X8 ou 25X9 e aspirar ao diluente (soro fisiológico

ou água destilada estéril). Retirar o algodão, introduzir o diluente e retirara agulha do frasco. Homogeneizar a solução fazendo movimentos circulares com o frasco a fim de evitar a formação

de espuma. Desinfetar a borracha da tampa do frasco. Re introduzir a agulha aspirar ao medicamento diluído e trocar a agulha.

Recomendações para diminuir ou aliviar a dor provocada pelas injeções: Transmitir confiança, orientar e acalmar o paciente antes das aplicações. Colocar o paciente em posição confortável e que facilite o procedimento. Selecionar a agulha de acordo com o tipo de paciente. Alternar locais de aplicação para evitar dor local, endurecimento dos tecidos na área de aplicação

constante, abcessos e lipodistrofia. Selecionar os locais de aplicação, evitando áreas com processos inflamatórios e ou infecciosos. Introduzir a agulha em um só movimento de forma segura. Pode-se passar pomada tromboembolítica nos locais doloridos devido a injeções freqüentes,

infiltrações e hematomas.

VIA INTRAMUSCULAR (IM)

É a introdução de soluções medicamentosas no músculo. É de absorção rápida, mas, é mais lenta que aEV.Condição da droga: volume normal varia de 2 à 5 ml.

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Características: a droga pode estar em veículo aquoso ou oleoso, em estado solúvel ou suspensão, e sercristalino ou coloidal.

Dimensões de agulhas em relação às soluções e espessura da tela subcutânea na criança e no adulto.

Espessura da tela subcutânea Soluções aquosas Soluções oleosas ou suspensões

Adulto: MagroNormalObeso

25x6 ou 730x6 ou 740x6 ou 7

25x8 ou 930x8 ou 940x8 ou 9

Criança: MagraNormalObesa

20x6 ou 725x 6 ou 730x6 ou 7

20x825x830x8

LOCAIS DE APLICAÇÃOOs mais utilizados no adulto são:

1) MÚSCULO DELTÓIDENo braço, 4 dedos abaixo do final do ombro e ao meio do músculo no sentido da largura.

Acidentes no músculo deltóide: Lesão tissular de ramos do feixe vásculo nervoso, isto pode ocorrer por variações anatômicas e

também por aplicações fora da área delimitada. Lesão do nervo radial se a injeção for aplicada na face póstero lateral do braço ou na borda

inferior do deltóide, as lesões deste nervo são graves podendo levar à paralisia dos maisimportantes músculos do braço e antebraço.

Recomenda-se que o volume máximo de líquido neste músculo seja de 4 ml, e não usá-lo paragrande número de aplicações consecutivas, pois, sua massa é relativamente pequena.

Postura do cliente:Sentado, antebraço flexionado, com exposição do braço e ombro.

2) MÚSCULO GLÚTEORegião glútea, no quadrante superior externo.

Postura do cliente:Deitado em decúbito ventral ou lateral, com exposição de toda área da cintura e raiz da coxa.

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3) MÚSCULO VASTO- LATERAL NO TERÇO MÉDIO DA COXAApresenta grande massa muscular extensa área de aplicação e o risco de trauma é mínimo. Nela seencontra o músculo Vasto- lateral que é um dos locais ideais para aplicações intramusculares, tanto emadultos quanto em crianças.

Área de aplicação:Os limites poderão ser determinados:Superiormente: Respeitando-se a distancia de 12 a 15 cm abaixo do trocanter maior.Inferiormente: Respeitando-se a distancia de 9 a 12 cm acima do joelho numa faixa de 7 a 10 cm delargura.

Postura do cliente:Deitado, membro inferior em extensão, ou sentado com a perna fletida. Expor a área do joelho à raiz dacoxa.

Acidentes específicos:Lesão acidental do nervo femoral cutâneo causa dor momentânea, razão pela qual muitos clientesrecusam injeção nesta região. No entanto excluindo a dor a única conseqüência adicional mais séria é aanestesiada pele na região enervada pelo nervo lesado.

Outros acidentes que podem ocorrer: Lesão de nervos – principalmente do nervo ciático na região glútea. Lesão de vasos- acidentalmente pode-se perfurar um vaso sangüíneo. Lesão do tecido subcutâneo por injeções superficiais, provocando dor, nódulos, abcessos. Abcessos - por falha assépticas Processos alérgicos- devido à suscetibilidade do paciente ao medicamento ou produto usado na

anti-sepsia Outras alterações orgânicas, por reação ao medicamento introduzido e quando se injetam no vaso

sangüíneo medicações que não podem ser administradas por essa via.

Região ventroglútea (músculo glúteo médio e mínimo)

Também conhecida como Rochstter, é a mais utilizada em países desenvolvidos.É a região mais indicada por estar livre de estruturas anatômicas importantes como vasos sangüíneos ounervos significativos. O posicionamento dos feixes musculares previne o deslizamento do medicamentoem direção ao nervo ciático.Esta região é assinada colocando a mão esquerda no quadril direito do paciente e vice-versa; aplica-se ainjeção no centro do triângulo formado pelos dedos indicador e médio quando o primeiro é colocado naespinha ilíaca anterossuperior e o segundo na crista ilíaca.

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Esta é uma região indicada para qualquer faixa etária, especialmente crianças, idosos, indivíduos magrosou emaciados. O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, lateral, ventral ou sentado.A desvantagem deste local é a visualização do local de aplicação pelo paciente, e a apreensão deste e dosprofissionais de saúde pelo pouco uso deste local, sendo que estes muitas vezes sentem-se insegurosquando a esta técnica;

Escolha do local1º Região ventro-glútea: indicada em qualquer idade.2º Região da face anterolateral da coxa: contraindicada para menores de 28 dias e indicada especialmentepara lactentes e crianças até 10 anos.3º Região dorso-glútea: contraindicada para menores de 2 anos, maiores de 60 anos e pessoasexcessivamente magras.4º Região deltoidiana: contraindicada para menores de 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimentomuscular.

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Observações:- Em nosso meio, a região FALC é usada também para recém-nascidos e a região DG também paramenores de 2 anos.- Na escolha do local, devem ser consideradas as condições musculares.

Angulação da agulha Nas regiões D e DG, a posição é perpendicular à pele, num ângulo de 90º. Na região VG, recomenda-se que a agulha seja dirigida ligeiramente à crista ilíaca. Na região FALC o ângulo deve ser de 45º, em direção do pé.

Técnica de aplicação Lavar as mãos. Rever a prescrição médica , separar e preparar o material. Levar até o cliente a medicação preparada com auxílio de uma bandeja. Expor a área de aplicação. Fazer anti-sepsia do local com algodão embebido em anti-séptico abrangendo toda a área

escolhida com movimentos firmes e em sentido único. Manter o algodão entre o dedo mínimo e anular da mão que firmará o músculo. Distender a pele do local de aplicação com os dedos polegar e indicador ao mesmo tempo que se

mantém firme o músculo selecionado. Empunhar a seringa e introduzir a agulha com rapidez e firmeza. O ângulo de penetração é de 90

graus, isto é, a agulha deve ser inserida perpendicular à pele. Soltar o músculo e com a mão livre proceder a aspiração, puxando o êmbolo , para verificar a

possibilidade de algum vaso ter sido atingido, caso isto ocorra, retirar a agulha do local eintroduzi-la em outro. Após a aspiração apoiar a mão sobre o músculo.

Injetar o líquido lenta, mas firmemente, observando as condições do cliente. Retirar a seringa eagulha com movimento único e firme.

Comprimir o local com algodão por alguns segundos para permitir a homeostasia. Favorecer a absorção do medicamento com massagem de fricção por alguns segundos. Observar o cliente e mantê-lo durante alguns minutos em repouso. Arrumar o material e checar o prontuário.

VIA SUB CUTÂNEA SC OU HIPODÉRMICA

É utilizada para aplicação de pequena quantidade de solução medicamentosa no máximo 2 ml em geral 1ml. É uma via de absorção rápida, porém, mais lenta que a IM.Nesta via as soluções devem ser de fácil absorção e não irritantes para o tecido. Ex.: Insulina, Adrenalinaetc.

Locais de aplicação;Deltóide, face externa do braço, face externa da coxa, face anterior da coxa, parede abdominal, regiãoescapular.

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Acidentes específicos:É freqüente a dor, por lesão ou compressão de filetes nervosos, reações inflamatórias locais. Fibrose,lipodistrofia, estas lesões são encontradas em indivíduos que fazem tratamento prolongado por esta via,como é o caso dos diabéticos. Para se prevenir estes males, é recomendado o rodízio constante dos locaisde aplicação.

Postura do cliente:Sentado ou deitado, com a região indicada completamente exposta.

Técnica de aplicação: Expor área de aplicação fazer anti-sepsia do local manter o algodão entre os dedos mínimo e anular

da mão que firmará a pele. Distender a pele do local com os dedos indicador e polegar, mantendo a região firme. Empunhar a seringa e introduzir a agulha com rapidez e firmeza em um ângulo de 45 graus em

relação à superfície do corpo (agulhas comuns) e num ângulo reto (agulhas hipodérmicas 10x5, 13x6,5).

Introduzir a agulha com o bisel para baixo, aspirar verificando se não atingiu algum vaso sangüíneo,injetar a medicação retirar a agulha e massagear.

Obs.: não se deve massagear quando a aplicação for de Insulina e Heparina, pois estes medicamentosdevem ser absorvidos lentamente.

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Aspecto após a injeção:Na injeção subcutânea bem aplicada é freqüente formar-se uma elevação na pele que corresponde aovolume da droga injetada. Essa elevação será maior ou menor dependendo da tela subcutânea.

VIA INTRADÉRMICA IDConceito: é a introdução de droga na derme. Trata-se de via específica para auxílio diagnóstico (PPD, ouMantoux), verificação da sensibilidade a alérgenos, reações de hipersensibilidade, indicada também paraauto vacinas e do BCG.

Condições da droga: o volume máximo admissível é de 0,5 ml. As doses usadas em geral são de fraçõesde ml até 0,25 ml . A dose de BCG é de 0,1ml.

Características do material a ser usado: seringas de 1 ml ou 1cm3 , com escala de frações de cm3 .Asagulhas indicadas para esta via são pequenas e finas tais como: 10x5, 15x5.

Locais de aplicação : teoricamente todo o corpo poderia ser utilizado, mas, o local tem que ser claro(com pouca pigmentação) pouco vascularizado, e de fácil acesso para leitura dos resultados.A região ideal é a face interna do antebraço; a BCG é aplicada na inserção do músculo Deltóide direito.

Acidentes específicos: dor semelhante à picada de inseto ou necrose da região (que pode ocorrer quandoa reação do antígeno for violenta).

Postura do cliente: sentado com o braço apoiado sobre a mesa, a criança recém nascida, deitada emdecúbito lateral direito.

Técnica de aplicação da ID: Preparar o cliente explicando o tipo de dor que sentirá e de sua curta duração. Expor área de aplicação (face ventral do braço se teste e inserção do deltóide d se bcg). Fazer a anti-sepsia do local (com exceção do bcg e do ppd). Esticar a pele e introduzir a agulha mais ou menos 2mm com o bizel voltado para cima em ângulo

de 150, isto é paralelamente à pele. Injetar lentamente a dose indicada. Observar a formação de pápula e retirar a agulha, tendo-se o cuidado de não massagear ou

friccionar o local (evitando assim o retorno do líquido que dificulta ma reação da droga). Proceder a leitura: teste alérgico 15 minutos após a aplicação, ppd 72 horas após a aplicação. Arrumar o material e anotar no prontuário.

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Obs.: nos testes alérgicos rodear com a caneta o ponto onde foi injetada a solução.

Verificar se a injeção foi realmente intradérmica, se houve formação de pápula caso isto nãoocorra conclui-se que a agulha atingiu a tela subcutânea, portanto devemos observar o clienteprincipalmente se foi administrado BCG pois, isto poderá levar a formação de abcessos ougânglios subaxilares portanto este indivíduo deverá ser tratado com esquema especial paratuberculose.

INJEÇÃO ENDOVENOSA EV

Injeção endovenosa ou intravenosa é a introdução da droga diretamente na corrente sangüínea (veia) paraobter rapidez de efeito, seu uso permite a administração de grande volume de líquidos.

Material usado: acrescentar ao material básico de medicação parenteral garrote, forro impermeável eluva.

Locais de aplicação: Qualquer veia periférica acessível, mas com preferência para as que têm melhor acesso,

mobilidade reduzida, localização sobre base mais ou menos dura, ausência de nervos importantes,e de estase fácil;

Dobra do cotovelo Basílica, Mediana, Cefálica; Antebraço; Dorso da mão; Metacarpianas dorsais; Perna: veia Safena interna, veia Safena externa; Pé: tanto o dorso do pé, quanto a sua planta apresentam rede venosa irregular; Em veias profundas por meio de catéteres endovenosos introduzidos por punção ou flebotomia

(dissecção de veia); No pescoço: veia jugular externa

Técnica:Idêntica à aplicação da injeção IM, exceto: Proteger o leito com forro. Escolher a veia, garrotear sem compressão exagerada, acima do local escolhido. Pedir ao cliente, para abrir a mão, diversas vezes e depois conservá-la fechada, mantendo o braço

imóvel. Fazer uma anti-sepsia do local, no sentido de baixo para cima. Expulsar todo o ar da seringa fixando a veia com o polegar da mão esquerda. Colocar o bisel voltado para cima, segurar o canhão da agulha com o dedo indicador da mão

direita e a seringa com os demais. Introduzir a agulha e evidenciada a presença de sangue na seringa, retirar o garrote e pedir ao

cliente que abra a mão. Injetar lentamente, retirar a agulha e comprimir o vaso com algodão, solicitando ao cliente para

permanecer com o braço estendido. Observar reações do cliente. Arrumar o material e checar o prontuário.

Observações- Verificar se a agulha ainda permanece na veia durante a aplicação.- Retirar a agulha na presença de hematoma, infiltração ou dor. A nova picada deverá ser feita em outro

local de preferência em outro membro.- Nunca misturar drogas sem ordem médica.- Se houver necessidade de administrar dois medicamentos ao mesmo tempo, puncionar a veia apenas

uma vez, usando uma seringa para cada droga.- Fazer rodízios nos locais de aplicação.Durante ou após a aplicação do medicamento, o cliente poderá apresentar:

Choque: Apresenta como principais sintomas a palidez, lipotimia, ansiedade, tremores, hiperemia,cianose. Ele poderá ser: Pirogênico - devido a introdução de solução contaminada.

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Anafilático - devido a hipersensibilidade do cliente à droga. Periférico - devido a causas diversas, como aplicação rápida dosagem elevada etc.

Embolia: Em geral é de prognóstico fatal podendo ser: Gasosa - devido a introdução de ar na circulação sangüínea. Oleosa- devido a introdução de solução oleosa na circulação sangüínea. Sangüínea – devido a mobilização de trombo.

Flebite e tromboflebite: é um processo inflamatório das veias, tornando a área dolorosa ehiperemiada.Esclerose da veia: devida a injeções freqüentes no local e introdução de soluções hipertônicas .Hematoma: devido ao rompimento da veia, ocorre extravasamento de sangue nos tecidos próximos.Infiltração medicamentosa: devido ao extravasamento do medicamento fora do interior da veia.Abscessos: são processos infecciosos, devido a falta de assepsia e introdução de soluções irritantesfora da veia.

HEPARINIZAÇÃO

É a administração de uma solução anticoagulante (heparina ou liquemine) para evitar a coagulação dosangue no equipo, mantendo-o o prévio. São bastante controvertidas as quantidades recomendadas paraheparinizar.A "ABBOTT"- Divisão hospitalar recomenda: 0,2 ml de heparina I.V. (concentração de 5.000 U.I./ml). 9,8 ml de soro fisiológico. Aplicar 0,5 a 1,0 ml da solução preparada.

Observações1. O escalpe heparinizado deve ser trocado quando surgirem sinais de flebite ou infiltração como: edema,dor e vermelhidão no local.2. A heparina diluída, guardada no refrigerador a 4ºC, pode ser utilizada até 72 horas após seu preparo.3. Certos serviços de saúde já utilizam a heparina que vem diluída da farmácia, pronta para uso.4. Recomenda-se trocar a solução heparizada contida no interior do catéter, a cada 8 horas, caso não hajaadministração de medicamento neste período.5. É utilizada, também vitamina C sem diluir, para manter o catéter desobstruído.

*O material a seguir faz parte do curso de TI para enfermeiros do COFEN*

Terapia Intravenosa(TI)

A terapia intravenosa é considerada importante recurso terapêutico, indicada para a maioria de clienteshospitalizados, representando muitas vezes a condição prioritária para o atendimento. No ambientehospitalar, estima-se que 90% dos clientes internados recebem ou necessitam de TI em algum momento.Você sabia que o estudo realizado por Menezes (2004) constatou que a via venosa foi utilizada em 99,6%dos recém-nascidos em cinco unidades neonatais do Município do Rio de Janeiro e que em 49,2%utilizou-se somente dispositivo periférico; em 45,2% fez-se uso de dispositivo periférico e central e em5,6% utilizou-se apenas dispositivo central?A natureza invasiva dos procedimentos relacionados à TI tem sido um dos grandes desafios para osprofissionais de saúde, principalmente para a enfermagem.Por ultrapassar a pele, (principal barreira de proteção corporal) e estabelecer uma comunicação entre acorrente sanguínea e o meio externo, a punção de um acesso venoso não pode ser considerada comoprocedimento inócuo. Você concorda?A punção venosa periférica é um dos procedimentos mais frequentes, realizados pelos profissionais deenfermagem, exigindo competência técnica para sua realização, destreza manual e domínio de anatomia efisiologia, bem como habilidade prática para a escolha do dispositivo e da veia adequada, a documentaçãoe avaliação do cuidado com o acesso intravascular. (TORRES, 2005)Nesse sentido, TI pode ser definida como:Um conjunto de conhecimentos e técnicas que visam à administração de soluções ou fármacos no sistemacirculatório, abrangendo desde preparo, escolha, obtenção e manutenção do acesso venoso periférico, osdiferentes métodos de preparo e de administração de fármacos e soluções, bem como, os cuidados

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referentes à frequência da troca do cateter, curativos, dispositivos de infusão e soluções do cliente, sejarecém-nascido, criança e adulto.PETERLINI, 2003A terapia intravenosa requer a inserção de cateteres intravenosos, periféricos ou centrais, que acessam osistema venoso, principalmente dos membros superiores. A administração de soluções via intravenosa(IV) objetiva repor volume intravascular, corrigir déficits de eletrólitos, administrar fármacos, realizarhemodiálise e fornecer nutrientes ao cliente quando não há outra via disponível.O processo da terapia intravenosa exige protocolos específicos formulados a partir da prática baseada emevidências, sendo a pesquisa uma grande aliada para a enfermagem.Que tal viajar na linha do tempo, a partir do século XVI para saber mais sobre isto? Para isso, éimportante saber contar o tempo.A terapia intravenosa e a EnfermagemEm 1860, Florence Nightingale promoveu a abertura da primeira escola de enfermagem, e, foi nessecontexto que as atribuições profissionais, na realização de procedimentos referentes à administração demedicamentos e soluções, passaram a ter seu início formal. A partir daí, só evoluíram asresponsabilidades e atribuições dos enfermeiros na terapia intravenosa, e assim, fez-se necessário queestes profissionais buscassem, cada vez mais, aquisição de conhecimento nas diversas áreas doconhecimento científico.Antes de 1940, a enfermagem assistia o médico nos procedimentos intravenosos. Em 1940, Ada Plumer1

foi a primeira enfermeira responsável pela administração intravenosa em Massachusetts General Hospital.Durante a Segunda Guerra Mundial, devido ao menor número de médicos na assistência hospitalar, asfunções dos enfermeiros mudaram, eles assumiram funções que, geralmente, os médicos realizavam,como: injeções, sutura de feridas, medição de pressão arterial sanguínea, coleta de sangue e administraçãoda terapia intravenosa.A prática de terapia intravenosa na enfermagem foi oficialmente reconhecida em 1980.A década de 1970 foi marcada pela criação da National Intravenous Therapy Association (NITA) quepriorizava a educação profissional de enfermeiros e a troca de informações entre profissionais nasdiferentes regiões dos Estados Unidos. A NITA mudou de nome em 1987 para Infusion Nursing Society(INS).Em 1990, os enfermeiros iniciaram o uso do ultrassom para direcionar a passagem de PICC. Em 1997, aIntravenous Nurses Society - EUA (INS) reconheceu a necessidade de uniformizar a terminologia PICC(Peripherally Inserted Central Catheter) e incentivar a padronização para indicações, cuidados,manutenção estratégica para o cateter, bem como a necessidade de recomendações para escolha, uso edescontinuidade do uso, para promover melhores resultados e acrescentar conforto, segurança e satisfaçãoao paciente.O suporte para serviços em cateter central de inserção periférica (CCIP) e a informação dos resultadosvariam entre as instituições. Um programa de CCIP nos Estados Unidos, guiado pelo Center forAdvanced Nursing Practice‘s Evidence – Based Practice Model, foi designado e implementado comsucesso. Os componentes do programa incluem administração, educação, prática clínica e dadosmonitorizados para melhores resultados.O crescente interesse no emprego do cateter central de inserção periférica levou ao desenvolvimento doPICC Council (EUA). Esse conselho foi estabelecido para prover recursos de informações na área deenfermagem, envolvendo o uso e cuidado do CCIP. O resultado foi o desenvolvimento de recomendaçõesde nomenclatura, comunicações e atividades de manutenção, que podem ser usadas por enfermeiras naterapia intravenosa no cuidado do paciente.A atribuição de competência técnica e legal para o enfermeiro inserir e manipular o CCIP encontra-seamparada pela Resolução COFEN n. 258/2001. No art.1º considera lícito ao enfermeiro a inserção decateter central de inserção periférica, e no art. 2º, que o enfermeiro, para o desempenho de tal atividade,deverá ter se submetido à qualificação e /ou capacitação profissional.No Brasil, o CCIP começou a ser utilizado em 1990. No ano de 2002, foi criada a INS Brasil, quepublicou, em 2008, as Diretrizes Práticas para Terapia Intravenosa.Dessa forma, é de extrema importância o conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre aanatomia circulatória humana, para saber quais as principais veias utilizadas na terapia intravenosa e suaslocalizações.Em paralelo, as Sociedades de especialistas ministram o curso de qualificação para enfermeiros,habilitando-os na inserção, manutenção e retirada do cateter e promovendo polos de desenvolvimento deutilização do dispositivo nas Instituições de saúde.

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Somente assim, o enfermeiro terá subsídios para otimizar a assistência ao paciente que necessita daterapia intravenosa. As principais veias para o acesso venoso percutâneo superficial são as veias da fossaantecubital, mediana do antebraço, mediana do cotovelo, basílica e cefálica.Século XXI e os desafiosA incorporação de tecnologias presentes no processo de terapia intravenosa, em todas as unidades desaúde, aliadas à qualidade da assistência, redução de custos hospitalares, associados às complicaçõesinfecciosas e mecânicas dos dispositivos e consumo de materiais, segurança do paciente, educaçãopermanente são alguns dos grandes desafios para se integrar a tecnologia ao cuidado de enfermagem.

Referências

BUTTON, V.L.S.N. Dispositivos de Infusão. Disponível em:<www.deb.fee.unicamp.br/vera/bombadeinfusao.pdf>. Acesso em: 07 Jul. 2011.

MENEZES, S.O. Avaliação do acesso vascular em neonatos com menos de 1500g internados em unidadesneonatais da MS do Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira.

PETERLINI, M.A.S.; CHAUD, M.N.; PEDREIRA, M.L.G. Órfãos de terapia medicamentosa: a administração demedicamentos por via intravenosa em crianças hospitalizadas. Rev Latino-am enfermagem. v. 11, n.° 1, p. 88-95,jan.-fev. 2003.

PHILLIPS, L.D. Manual de terapia intravenosa. 2..ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2001.

TELLES FILHO, P.C.P.; CASSIANI, S.H.B. Administração de medicamentos: aquisição de conhecimentos ehabilidades requeridas por um grupo de enfermeiros. Rev Latino-am Enfermagem, v. 12, n.° 3, p. 533-40. 2004

TORRES, M.M.; ANDRADE, D.; SANTOS, C.B. Punção venosa periférica: avaliação do desempenho dosprofissionais de enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem; v. 13, n.° 3, p. 299-304. 2005.

Pois é, quando se fala em terapia intravenosa, o enfermeiro necessita de vários conhecimentos, inclusiverelembrar as aulas de semiologia para reconhecer as características de cada cliente: recém-nascido,criança, adulto e idoso. Realizar a inspeção e palpação da pele, avaliando a rede venosa, o estadonutricional, hidratação, a resposta ao calor, frio, estresse, sinais clínicos de flebite, dentre outros.É importante saber que o sistema tegumentar é constituído pela pele e seus anexos (unhas, pelos eglândulas).A pele é constituída pela: Epiderme: composta por células escamosas apresenta-se pluriestratificada. À medida que essascélulas morrem vão formando a camada córnea. A função básica da epiderme é a proteção contra abalosmecânicos, evitar a perda de água do organismo e a constante renovação da pele. Na sua base, sãoencontrados os melanócitos que acumulam melanina (pigmento que dá cor a pele). É mais grossa sobre aspalmas das mãos e sola dos pés. Sendo mais fina nas superfícies internas das extremidades.Lembre-se de que esta é a camada mais dolorosa durante a punção venosa devido à grande quantidade deveias e nervos. Derme: tecido conjuntivo que contém fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas,órgãos sensoriais e glândulas sebáceas e sudoríparas e folículo piloso. As fibras de colágeno e elastinaconferem resistência e elasticidade à pele. Hipoderme ou tecido subcutâneo ou fáscia: localizado sob a pele abaixo da derme, é a camadamais profunda. Formada por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras e células adiposas funciona comoisolante térmico e reserva de energia. Por ser dotado de capilares sanguíneos, o tecido subcutâneo torna-seuma via favorável à administração de fluídos ou medicamentos, uma vez que serão absorvidos etransportados por eles à macro circulação.Qualquer infecção na hipoderme (celulite superficial) dissemina-se pelo corpo facilmente. Nesse sentido,o enfermeiro deve utilizar técnica asséptica quando inserir dispositivos de infusão.Existem ainda os receptores sensoriais, envolvidos na terapia intravenosa, que são transmitidos ao longodas fibras aferentes e que processam as sensações táteis da pele, como: frio, calor e dor. São eles:

1. Mecanorreceptores (corpúsculos de Paccini e Meissner), que processam as sensações táteis dapele e de tecido profundo (palpação das veias);2. Nociceptores: processam dor durante a punção venosa para a inserção de cateter;3. Quimiorreceptores: que processam as trocas osmóticas no sangue, diminuindo a pressão arterialou diminuição do volume de sangue circulante.

Identifique na imagem a seguir as estruturas descritas.

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Figura 1 - Estrutura da peleSendo assim, uma dica importante para a redução da dor durante a punção venosa é manter a peleesticada aplicando uma tração nela, inserir o cateter rapidamente através das suas camadas, ultrapassandoos receptores de dor.Outro destaque significativo é o sistema circulatório dividido em circulação sistêmica e pulmonar,composto por artérias, veias, capilares, coração e o sistema linfático, formado por capilares linfáticos,coletores linfáticos e linfonodos venosos.Vale destacar que o conjunto dos sistemas vasculares distribuídos em todas as estruturas do organismo édenominado de grande circulação ou circulação sistêmica. Esta grande circulação conduz o sanguearterial oxigenado, que retorna dos pulmões, do coração esquerdo para todos os tecidos do organismo e, apartir destes, conduz sangue venoso, desoxigenado e rico em gás carbônico para o coração direito. Asveias periféricas são as utilizadas na terapia intravenosa e aproximadamente 75% do volume total dosangue estão contidos nessas veias.Os sistemas arterial e venoso do pulmão constituem a pequena circulação, ou circulação pulmonar, aqual conduz o sangue venoso, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico, proveniente de todo oorganismo, a partir do lado direito do coração até aos pulmões, e destes faz retornar sangue arterial ricoem oxigênio para o lado esquerdo do coração.As artérias são os vasos que transportam o sangue centrifugamente ao coração. Distribui-se porpraticamente todo o corpo, iniciando por grandes troncos, que vão se ramificando progressivamente.Esses ramos podem ser colaterais ou terminais.Os capilares sanguíneos são vasos microscópicos que se situam entre as últimas ramificações dasartérias e as origens das veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e os tecidos. Sua distribuição équase universal no corpo.Vale destacar que o sistema venoso possui a propriedade de variação da sua complacência, para permitiro retorno de um variável volume sanguíneo ao coração e a manutenção de uma reserva deste volume.Ressaltamos que veias são os vasos que transportam o sangue centrípetamente1 ao coração. As veiasrecebem numerosas tributárias e seu calibre aumenta à medida que se aproximam do coração, exatamenteo oposto do que ocorre com as artérias, nas quais o calibre vai diminuindo à medida que emitem ramos ese afastam do coração.De acordo com sua localização em relação às camadas do corpo, as veias são classificadas emsuperficiais e profundas. Estas podem ser solitárias, ou seja, não acompanham artérias ou, satélites,quando acompanham as artérias.As veias são usadas como pontos de acesso para a circulação sanguínea, permitindo a retirada de sanguepara exames, infusão de fluidos, eletrólitos, nutrição e medicamentos, através da inserção de agulhas

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usando uma seringa, ou cateteres venosos periféricos ou cateteres venosos centrais de inserçãoperiférica, principalmente o sistema venoso superior (mãos, braços e axilas).As veias superficiais possuem trajeto independente do das artérias e se comunicam com as profundas porinúmeras anastomoses2. As veias superficiais são subcutâneas e com frequência visíveis por transparênciada pele, sendo mais calibrosas nos membros. Devido à sua situação subcutânea, permitem visualização ousensação táctil, nessas veias, normalmente, se faz a coleta de sangue.Estas podem ser classificadas em: veias de grande, médio e pequeno calibre, e vênulas. As artérias eveias possuem três camadas de tecido que formam a parede. São elas: túnica adventícia, túnica média etúnica íntima. Túnica adventícia: mais externa, formada por tecido conjuntivo, que contorna e fornecesustentação à veia. Em algumas punções venosas pode-se sentir perfurar a túnica adventícia. Você já teveessa sensação? Túnica média: formada por tecido muscular, elástico, contendo fibras nervosas, responsáveispela: vasoconstrição e vasodilatação. Pode colabar ou distender com o aumento ou diminuição de pressão.A estimulação por mudança de temperatura, mecânica ou irritação química, produz respostasnesta camada. Se a ponta do cateter for inserida na camada da túnica média, umapequena quantidade de sangue retornará no cateter. Entretanto, o cateter não progredirápor que ficou preso entre as camadas adventícia e média. Caso não consiga um retorno desangue estável, a agulha pode estar nessa camada. Túnica íntima: A camada mais interna, mais fina das células, é chamada de endotélio. Qualquer

rugosidade nesse leito de células durante a punção venosa, ou quando o cateter está no local, ou aindadurante a sua retirada, cria um processo de formação de trombose, ficando em contato direto com osangue venoso.

A maioria das veias possuem válvulas unidirecionais, chamadas de válvulas venosas para prevenir ocontrafluxo causado pela gravidade. São elas: Válvulas: São “dobras” do endotélio que ajudam a prevenir o refluxo distal do sangue. Estesistema é constituído de um músculo de esfíncter3 ou de duas ou três dobras membranosas. Elas tambémpossuem uma fina camada externa de colágeno, que ajuda a manter a pressão sanguínea e evita o acúmulode sangue. A cavidade interna, na qual o sangue flue é chamada de luz. As veias são envolvidas pormúsculos lisos que ajudam a manter o fluxo sanguíneo para o átrio direito.

FIGURA 2 - Túnica venosa

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Vale recordar algumas veias importantes.As veias pulmonares são as veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação), ou seja, elasconduzem o sangue que retorna dos pulmões para o coração após sofrer a hematose (oxigenação). Sãoquatro as veias pulmonares: duas para cada pulmão, uma direita superior e uma direita inferior, umaesquerda superior e uma esquerda inferior.Vale destacar que as quatro veias pulmonares vão desembocar no átrio esquerdo, sendo formadas pelasveias segmentares, que recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares.Assim, temos a veia cava superior e veia cava inferior que são veias da circulação sistêmica (ou dagrande circulação) que desembocam no átrio direito, trazendo o sangue venoso para o coração. Temos,também, o seio coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias que trazem o sanguevenoso que circulou no próprio coração.Lembramos que a veia cava superior possui um comprimento de aproximadamente 7,5 cm e diâmetro de2 cm, origina-se dos dois troncos braquiocefálicos, ou seja, braquiocefálica direita e esquerda. Cada veiabraquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia, que recebe sangue do membro superior, coma veia jugular interna, que recebe sangue da cabeça e do pescoço.Destaca-se, ainda, que a veia cava inferior é a maior veia do corpo, com diâmetro de aproximadamente3,5 cm e é formada pelas duas veias ilíacas comuns, que recolhem sangue da região pélvica e dosmembros inferiores.Convém saber que as veias da cabeça e pescoço são: jugular interna (encéfalo, face e pescoço) e jugularexterna (crânio e face).Nesse contexto, torna-se importante que o enfermeiro esteja familiarizado com a posição e estrutura dosistema venoso superior, principalmente do braço e axilas para a inserção e instalação de cateteresvenosos periféricos e de cateteres centrais de inserção periférica (CCIP), que são localizados na veia cavasuperior.Saiba Com isso, as veias mais indicadas para CCIP são: veia mediana basílica, basílica, cefálica ecefálica acessória.Importante lembrar que as veias dos membros inferiores não devem ser utilizadas

rotineiramente em adultos devido ao risco de embolias e tromboflebites.Espero que você perceba a importância de se retomar todo esse conhecimento para compreendera anatomia do sistema venoso superior, considerado de primeira escolha para CCIP.

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Agora veja no quadro abaixo, as veias superficiais do dorso da mão e do braço e as principaisvantagens e desvantagens de sua utilização.

VEIA LOCALIZAÇÃO VANTAGEM DESVANTAGEM

Digital Porções laterais e dorsais dosdedos.

Terapia de curtaduração.Quando outras vias nãoestão disponíveis,estas podem serutilizadas.

A imobilização dos dedos natala diminui a capacidade deusar a mão.Risco significativo deinfiltração.

MetacarpianasDorso da mão formada entreunião das veias entre asarticulações.

Fácil visualização.Ficam apoiadas sobre odorso da mão.Deslocamento mais fácildo acesso.

Movimentos da articulação dospunhos diminuídos.Provável inserção dolorosadevido ao grande número determinações nervosas na mão.Risco de flebite no local.

CefálicaPorção radial da regiãoinferior do braço, ao longo doosso radial do antebraço.

Fácil acesso.Aceita agulha de grossocalibre.Usar inicialmente naregião mais distal.Utilizar em terapia delonga duração.Recomendado parainfusão de sangue emedicações irritantes.

Diminuição do movimentoarticular, devido à proximidadeentre o dispositivo e ocotovelo.

Basílica Face cubital do antebraço e dobraço.

Veia fácil de palpar,porém fácil de mover-se.Estabiliza-se contraçãodurante a punçãovenosa.Indicada para CCIP.

Difícil acesso.Difícil fixação.Posição incomoda do clientedurante a punção.Inserção dolorosa, devido àpenetração da derme e onúmero de terminaçõesnervosas.

Cefálicaacessória

Ao longo do rádio, comoprolongamento das veiasmetacarpianas do polegar.

Fácil fixação.Calibrosa.

Difícil de palpar em pessoascom grande quantidade detecido adiposo.Comprimento curto, podeimpossibilitar o uso do cateter.Desconforto durante osmovimentos.

Cefálicasuperior

Face radial da região superiordo braço sobre o cotovelo.

Para pacientes confusosque tendem a puxar oacesso venoso.

Difícil visualização.

Antebraquialmediana

Estende-se para cima e parafrente do antebraço, das veiasantecubitais medianas.

Área de muitas ramificações denervos.Risco de infiltrações.

Basílicamediana Porção ulnar do antebraço. Ideal para IV.

Cubitalmediana

Lado radial do antebraço;atravessa na frente da artériabraquial o espaço antecubital.

Ideal para IV.

Antecubital Dobra do cotovelo.

Apenas para coleta desangue ou emergência(trocar local em 24horas).

Local desconfortável, devido àextensão do braço em umaposição desconfortável;área de difícil fixação com a

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borda do braço.Veias podem apresentar-seesclerosadas, se foremutilizadas com frequência.

TIPOS DE CATETERES

Para garantir a qualidade da assistência, que tal saber mais lendo o Manual Brasileiro de AcreditaçãoHospitalar e o Manual da Organização Nacional de Acreditação. Esse material traz as diretrizes doPrograma, visando incentivar o aprimoramento da assistência hospitalar à população e melhorar a gestãodas instituições.Sistema Brasileiro de Acreditação.Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar.

Na execução dos procedimentos específicos de enfermagem, encontramos uma enormediversidade de materiais em termos de qualidade, indicação de uso e preço, principalmente quando setrata da administração de soluções endovenosas. Este procedimento chama a atenção pela variedade deopções possíveis na montagem do sistema, desde a escolha do diluente, passando pelos equiposintermediários, até o cateter de infusão.Recomendamos a leitura sobre os materiais que são confeccionados os cateteres, clique aqui.

Além disso, a escolha do material do cateter e do número de lúmens depende dasnecessidades do paciente e dos objetivos terapêuticos.

Em relação aos cateteres, existem várias referências sobre eles, principalmente as relativas àindicação técnica, devido à matéria-prima do cateter, às especificações claras e seguras e ao controle deinfecção. Os cateteres variam conforme o número de lúmens1, (apenas um lúmen, dois ou mais). Oslúmens têm diferentes diâmetros e são classificados de acordo com a distância em relação ao coração emproximal ou distal.Pensando nesses aspectos, você já participou de alguma comissão de controle de qualidade de material ede equipamentos na sua instituição? Ou, já pensou em como diminuir desperdícios e custos para ainstituição, sem abrir mão de produtos de qualidade? Falemos, então, desses cateteres.Cateteres vasculares

Podem ser feitos de vários materiais, conter um ou mais lúmens, desenhados para seremtunelizados, não tunelizados, totalmente implantados, semi-implantados, de curta permanência e de longapermanência.

Lembramos que eles são considerados artigos de uso único e não devem ser reutilizados.Além disso, devem seguir as recomendações do fabricante, atendendo ao padrão internacional de cor,calibre e tamanho. Devem apresentar também alta resistência a dobras, boa rigidez estrutural para fácilinserção na veia, baixa trombogenicidade, boa integridade estrutural, baixa aderência bacteriana e boaestabilidade a longo prazo.Cateteres venosos

Podem ser constituídos de:Politetrafluoretileno (PTFE)

Polímero rígido, uma vez dobrado não retorna a posição original.Poliuretano

Permanecem mais tempo na veia; a superfície lisa do poliuretano minimiza a adesão bacteriana, aformação de biofilme e, consequentemente, de infecções na corrente sanguínea relacionada ao uso docateter. Além disso, permite a mobilidade do paciente quando inserido em articulações. As principaiscaracterísticas do poliuretano são: dureza, resistência química e baixa trombogenicidade. Dentre asvantagens, possui menor risco para flebite e infiltração do que o politetrafluoretileno (PTFE).Lembramos que esse tipo de cateter não deve permanecer no interior de incubadoras ou berço aquecido,durante o processo de escolha da veia e antissepsia da pele, para não torná-lo muito flexível durante ainserção. O fluxo por ml é maior do que em cateteres de PTFE. Além disso, não devem ser cortados.Cateteres de siliconeSão frágeis e por isso devem ser manipulados com cuidado. Pinças, clamps e instrumentos cortantespodem danificá-lo. Para a retirada de fio guia, esses cateteres deverão ser lubrificados com solução salinaantes da inserção. Seringas de 10 ml em cateteres centrais de inserção periférica não devem serutilizadas, devido ao risco de rompimento. O cateter de silicone apresenta termoestabilidade, altaresistência a dobras, baixa trombogenicidade, baixa aderência bacteriana e altíssima biocompatibilidade.

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Pois saiba que, além das diversas características do cateter, outros componentes influenciamdiretamente na ocorrência de complicações, tais como: flebite e infiltrações.

Vejamos, então, os diferentes tipos de cateteres vasculares:

Cateteres periféricos

Podem ser cateteres agulhados (scalp ou tipo “butterfly”), cateteres sobre agulha ou flexíveis (Tipo“abocath”, “Jelco”, “Introcan”e outros nomes comerciais), cateteres de linha média e cateteres periféricosde duplo lúmen.Cateteres vasculares periféricosSão constituídos de agulha siliconizada de bisel biangulado e trifacetado, cânula de poliuretano (teflon ouvialon), silicone, politetrafluoretileno (PTFE), protetor do conjunto agulha/ cateter; conector luer; câmarade refluxo transparente para visualização do retorno sanguíneo; filtro hidrófobo. São descartáveis,radiopacos e estéreis, embalados individualmente em blisteres que permitem abertura em pétala, de formaasséptica.Cateteres venosos periféricosSão indicados para terapias intravenosas de média duração, que consiste na punção de uma veiaperiférica, introdução da cânula do cateter e infusão de medicamentos. Devem ser substituídos conformeprotocolo de cada instituição, por exemplo, a cada 72 horas de permanência.Esses cateteres apresentam-se nos seguintes calibres: 14G, 16G, 18G, 20G, 22G e 24G, diferenciadospelas cores diferentes dos canhões, conforme padrão Universal. Cada calibre de cateter venosoperiférico corresponde às necessidades de cada tipo de paciente, como neonatos, pediátricos e adultos(quanto maior a numeração, menor o calibre).Atenção! Os dispositivos com cânulas mecânicas não deverão ser utilizados para administração demedicamentos vesicantes, apenas para administração contínua de medicamentos. Além disso, não devemser inseridos em região de articulação, devido ao risco de infiltração, rompimento do vaso e de prejudicara mobilidade do paciente.Os dispositivos podem ser utilizados para acesso venoso periférico (agulhados e flexíveis) e acessovenoso central (dispositivos totalmente implantáveis e dispositivos percutâneos).Cateteres agulhados (escalpe ou Tipo “butterfly”)São feitos de aço inoxidável biocompatível, não flexíveis - ou dobram-se sob resistência. A ponta de açopode facilmente perfurar a veia depois da instalação – risco para infiltração. São classificados comnúmeros ímpares: número 19 - que é de maior calibre -, 21, 23, 25 e o 27 que é de menor calibre,medindo 1,25 m a 3,0 cm de comprimento. As asas são presas à haste, feitas de borracha ou plástico e otubo flexível estende-se por trás delas, variando de 7,5 a 30 cm de comprimento. Todo o dispositivoprecisa ser preenchido com a solução que será utilizada no paciente.Esses cateteres são utilizados, geralmente, para terapia de curta duração (menor que 24 horas), comoterapia de dose única, administração de medicamento IV em bolus ou para coleta de sangue.

Vejamos, agora, os tipos de terapia infusional:

Bolus: tempo menor ou igual a 1 minuto. Infusão rápida: realizada entre 1 e 30 minutos. Infusão lenta: realizada entre 30 e 60 minutos. Infusão contínua: tempo superior a 60 minutos, ininterruptamente. Administração Intermitente: não contínua, de 6 em 6 horas.Cateteres sobre agulha ou flexíveis (Tipo “abocath”).Consiste numa cânula com comprimento de 2,0 a 5,0 cm e calibres em números pares (n. 14, 16, 18, 20,

22). Depois da punção da veia, a agulha é retirada e descartada, deixando um cateter flexível no vaso.

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Veja abaixo a figura que mostra o cateter agulhado e o cateter sobre agulha

Figura 1 – Cateter agulhado e cateter sobre agulhaCateteres de linha média

Indicados para terapias de tempo intermediário, mais de duas semanas. Tem, aproximadamente, de 18a 20 cm. São construídos de uma camada interna de poliuretano e uma camada externa do Aquavene. Éfeito de hidrogel elastomérico, uma vez dentro da veia, torna-se hidratado, ou seja, aumenta o calibre,resultando em um mínimo de trauma para a veia. Após a inserção, ele se torna 50 vezes mais macio,permitindo o aumento do calibre em duas vezes.Esse cateter deve ser colocado na linha média da região antecubital na região basílica, cefálica oumediana do cotovelo, avançando para grandes veias na região superior do braço, para maiorhemodiluição. A veia basílica é a preferida, pois possui maior diâmetro e percurso em linha reta até a faceinterna do braço.Mas, cuidado. Fique atento! O Cateter de linha média não deve ser usado para administrarquimioterapia, soluções com um pH abaixo de 5 ou acima de 9 - de soluções com uma osmolalidademaior que 500 mOsm/litro, infusões rápidas de grande volume ou injeções em bolus de alta pressão.A medida do braço do paciente deve ser tomada do local de inserção planejada, cerca de um centímetroabaixo da axila do paciente, para determinar que extensão do cateter será inserida e que extensão serádeixada no exterior.Sendo assim, a escolha do tipo de cateter com um único ou vários lúmens deverá ser feita de acordocom a necessidade e/ou gravidade do paciente, quantidade de medicações e suporte nutricional.Lembramos que cada lúmen aumenta a manipulação de 15 a 20 vezes por dia, aumentando o risco deinfecção da corrente sanguínea associada ao cateter.

Cateter Duplo-lúmen (CDL)É uma estrutura de material sintético usado para acesso venoso. Possui dois ramos, um de entrada(vermelho) e outro de saída do sangue (azul). Existem várias formas e tamanhos e são usados parahemodiálise por um curto período. Podem ser implantados em veias consideradas centrais: jugular interna(no pescoço) e prolonga-se até veia cava, que fica na entrada do coração; femoral (região da virilha);subclávia (embaixo ou acima da clavícula).

Figura 2 - Cateter de duplo Lúmen

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Cateteres intravenosos centrais

Têm material usualmente radiopaco ou uma listra adicionada para assegurar a visibilidade radiográfica.Geralmente utilizados para terapia de longa duração, maior conforto ao paciente e diminuição de riscosassociados com terapias múltiplas.Atenção! Os cateteres percutâneos e venosos centrais tunelizados localizados em nível central, devemser inseridos por profissionais médicos.Cabe ao enfermeiro os cuidados de curativo, assepsia e funcionalidade do cateter, observando semprepossíveis sinais de infecção. Já os cateteres centrais de inserção periférica podem ser inseridos porenfermeiros com curso de capacitação por sociedades de especialistas.Cateteres tunelizadosFeitos de silicone, possuem de 50 a 60 cm de comprimento e lúmen com diâmetro interno de 22 a 17gauge. A espessura das paredes de silicone varia de acordo com o fabricante. Eles podem ser de lúmenúnico, duplo ou triplo. São implantados cirurgicamente (cateter de Hickman, Broviac, Groshong ouQuinton) com um túnel subcutâneo e um “cuff de dracon” próximo ao sítio de exteriorização, que inibea migração de micro-organismos e estimula a aderência ao tecido subjacente, selando o túnel. Indicadopara pacientes que necessitam de acesso vascular prolongado (quimioterapia, infusão domiciliar ouhemodiálise).

Cateter umbilical venoso e arterialGeralmente de n. 2,5, n. 3.5, n. 5.0, em poliuretano, com extremidade aberta, com orifícios laterais, linharadiopaca, graduada de 1 em 1 cm com 30 cm de comprimento. É comum a utilização de artériasumbilicais e veia umbilical em recém-nascidos. São vasos razoavelmente calibrosos e de fácil acesso. Asartérias umbilicais são utilizadas, principalmente para monitorar os gases sanguíneos arteriais. A veiaumbilical é cateterizada para infusões de líquidos e medicamentos. O trajeto ideal do cateter é a veiaumbilical, o ducto venoso de Aranzio e a veia cava inferior. A localização da extremidade do cateter naaorta deve ser na altura da vértebra lombar - L2 (± 1,5 cm acima da bifurcação da aorta) ou na altura dodiafragma, para proteger a emergência das artérias renais e mesentéricas.

Figura 3 - Cateter umbilical venoso e arterial.

Cateter venoso totalmente implantado (Porth-a-cath)

São dispositivos desenvolvidos pela engenharia genética, de borracha siliconizada, cuja extremidadedistal se acopla a uma câmera puncionável, que deve permanecer sob a pele embutida em uma loja notecido subcutâneo da região torácica. O acesso é feito através de punção da pele sobre a câmerapuncionável ou reservatório, constituído, em geral de aço inoxidável (menos indicado), titânio ou plásticoe borracha de silicone puncionável em sua parte superior. Além disso, a agulha utilizada para a punçãodeve ser do tipo Huber, que apresenta o bisel lateralizado e não em sua extremidade distal, ocasionandomenor traumatismo à membrana de silicone, permitindo assim, um número maior de punções.

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Figura 4 - Cateter venoso totalmente implantado

Cateter venoso central não tunelizado

Cateter inserido percutaneamente em veias centrais (jugulares internas, femorais ou subclávias). É o tipomais utilizado, especialmente em pacientes de unidades críticas. Pode ser de um, dois ou mais lúmens. Asua inserção requer médico treinado, paramentação completa, anestesia local e radiografia após parachecagem de posicionamento. Não há necessidade de centro cirúrgico. Por não serem tunelizados,necessitam permanentemente de um ponto de fixação para prevenir saída acidental.Cateter central de inserção periférica (CCIP)

Cateter inserido por veia periférica (geralmente cefálica ou a basílica) até a veia cava superior. Os CCIPssão cateteres de longa permanência, fabricados de silicone ou poliuretano. Utilizam-se técnicas deimagem como o ultrassom ou a fluoroscopia para guiar sua colocação.É considerado um dispositivo de acesso vascular seguro, por permitir a administração de fluidos emedicamentos que não podem ser infundidos em veias periféricas diretamente na circulação central. Asindicações para o seu uso incluem terapias de duração prolongada (acima de uma semana); infusão demedicamentos vesicantes, irritantes, vasoativos, de soluções hiperosmolares ou com Ph não fisiológico, aexemplo de alguns antibióticos e de quimioterápicos antineoplásicos; administração de hemoderivados,medida de pressão venosa central e coleta de sangue. Tem menor custo devido à sua inserção periférica,erradicando complicações potenciais como pneumotórax, hemotórax, lesão do plexo braquial e emboliagasosa.

Resolução - RDC n. 56 -trata do regulamento técnico de requisitos essenciais de segurança eeficácia de produtos para saúde.

NR 32 - trata da segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde.Resolução - RDC n. 30 - dispõe sobre o registro, rotulagem e reprocessamento de produtos

médicos.Resolução - RDC n. 17 - dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos.

Caro aluno, concluímos essa Unidade de Estudo esperando que você tenha percebido a importância desseconhecimento, tão específico, sobre diferentes cateteres e sua correta utilização. Então, prepare-se para onosso próximo encontro.

Referências:

APECIH – Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Infecção associada aouso de cateteres vasculares. 3. ed. São Paulo, 2005.INS-BRASIL. Infusion Nurses Society. Diretrizes práticas para terapia intravenosa. São Paulo:Marketing Solutions, 2008.BRASIL. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. (INCA) Ações de enfermagem para o controle docâncer: uma proposta de integração serviço. 3. ed. Revisada atualizada, ampliada. Rio de Janeiro:INCA, 2008.CRISTINA, A.; TEIXEIRA, E.L.P.; SILVA, M. O conhecimento da equipe de enfermagem sobre omanuseio do cateter central de inserção periférica PICC em uma UTI de um hospital do sul de

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Minas. Universidade José do Rosário Vellano. Varginha, 2009. Disponível em:<http://www.paulomargotto.com.br/documentos/PICC-2009.pdf>. Acesso em: 16 de agost. de 2010.LIMA, F. D. A. Escolha do Dispositivo de Cateterização Venosa Periférica, Mestrado emEnfermagem. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Programa de Pós-Graduação. UniversidadeFederal do Estado do Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:<http://www.unirio.br/propg/posgrad/stricto_paginas/site%20Enfermagem/SiteENFv3/dissertacoes/dissertacoes%202009/escolha%20do%20dispositivo%20de%20cateterizacao%20venosa%20periferica%20contribuicoes%20para%20o%20cuidado%20de%20enferma.pdf>. Acessado em: 27 de agost. de 2010SILVA, L. M. G. Cateteres venosos In: BORK, A. M. T. Enfermagem Baseada em Evidências. Rio deJaneiro: Guanabara Koogan, 2005.

TIPOS DE SISTEMAS DE INFUSÃO

Sistema aberto - todos os frascos de plásticos semirrígidos ou vidros que permitem o contato da soluçãoestéril com o ambiente externo, seja no momento da abertura do frasco, na adição de medicamentos ou naintrodução dos dispositivos usados para administrá-la.Sistema fechado - aquele que, durante todo o processo de preparo e administração, não permite ocontato da solução estéril com o meio ambiente. Estão entre as vantagens desse sistema: prevenirinfecção da corrente sanguínea e reação pirogênica, reduzir o risco de o paciente receber dose menor domedicamento prescrito e reduzir o desperdício.Vale destacar que as soluções parenterais de grande volume são substâncias aplicadas diretamente nacorrente sanguínea, como água, glicose e soluções de cloreto de sódio a 0,9%.De acordo com o artigo publicado na revista Infusion Nurses Society - Brasil (2008), devemos atentarpara as recomendações de seleção dos sistemas de infusão, levando em consideração os seguintesaspectos: avaliação dos materiais, requisitos técnicos e legais; necessidades dos sistemas de infusão eacessórios oferecidos pela instituição; avaliação de custo/benefício; padronização dos materiais eequipamentos de acordo com as características do procedimento, cirurgias realizadas, usuário, entreoutros.O treinamento de todos os profissionais de saúde em relação ao uso e manuseio do material eequipamentos deve ser realizado com frequência.Você sabia que os frascos com tampa de borracha causam risco de fragmentação da borracha na solução,durante a inserção do equipo? Por isso a importância de sua participação nos treinamentos.

Entre os materiais e equipamentos utilizados na terapia intravenosa temos:As bolsas e frascos de solução para infusão devem ser de preferência confeccionados com materialflexível, transparente, constando a data de fabricação e validade, lote e composição, apresentar dispositivode sistema fechado para adição de elementos e ser de fácil manuseio.Lembramos que as bolsas em PVC (cloreto de polivinil) contêm o componente Dietilexilftalato/DEHPque pode causar incompatibilidade com alguns fármacos, dentre eles: nitroglicerina e amiodarona. ODEHP é liberado da parede do tubo que é integrado à solução de infusão. Em grandes quantidades, oDEHP pode ser tóxico ao fígado, principalmente, quando infundido em gestantes e crianças. O ideal,neste caso, seria o uso de equipos que possuam sua parede interna constituída a base de PE (polietileno),PU (poliuretano), ou PP (polipropileno), que são resinas poliolefínicas, normalmente inertes à ação dedrogas.Ressalta-se que os equipamentos das infusões endovenosas podem ser "gravitacionais", cujo desempenhoestá relacionado com a ação da gravidade e "para bomba de infusão", depende, principalmente, dovolume prescrito para ser infundido em um determinado tempo.Eles podem ser de macrogotas ou de microgotas, conforme a relação volume/tempo (gotas/minuto)prescrita, o que implicará na seleção de um equipo com gotejador adequado. O volume da gotadispensada pelo gotejador, normalizado pela ABNT, deve assegurar que 20 gotas de água destilada a20ºC e com um fluxo de (50 ± 5) gotas/min seja equivalente a (1 ± 0,1)ml ou (1 ± 0,1)g. O volume damicrogota, conforme ABNT, é igual a 1/3 da gota. Assim, o gotejador deve assegurar 60 microgotas deágua destilada a 20ºC e com um fluxo de (50 ± 5) microgotas/min seja equivalente a (1 ± 0,1)ml ou (1 ±0,1)g. (ABNT, 1998, p. 3).As características que determinam a qualidade de um equipo de infusão são apresentadas pelaABNT/NBR nº. 14041/1998 como requisito para confecção, componentes, esterilidade, característicasfísicas, químicas e biológicas.

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Os equipos de macro ou microgotas confeccionados de material plástico que se destinam aadministração, em grande volume, de soros ou solução hidroeletrolítica por via endovenosa possibilitam ocontrole de volume infundido por minuto. As partes que compõe esses equipos são, conforme a ilustraçãoabaixo:É preciso ter conhecimento de que existem várias opções de equipos, usados com recursos diferentes e dediversas marcas. O desempenho do equipo para bomba de infusão, depende, principalmente, domecanismo de ação deste equipamento. Na execução de uma infusão endovenosa numa velocidade entre15 e 30 ml/hora, por exemplo, o enfermeiro decide primeiramente sobre a administração, se gravitacionalou por bomba de infusão.Portanto, fique atento a esses "toques" profissionais.Já o equipo graduado, tipo bureta, apresenta tubo extensor proximal, transparente e flexível, comadaptador perfurante para conexão em frasco ou bolsa. A câmara graduada apresenta corpo rígido,graduada em mililitro/ml, com filtro de partículas aéreas e injetor autosselável, e livre de látex.Os equipos graduados são utilizados, geralmente, na assistência prestada para pacientes com restriçãohídrica, crianças e, principalmente, em neonatologia, pois proporcionam:

Maior confiabilidade entre o volume nominal e o volume real de infusão, quandocomparada a dos frascos de soro - precisão da graduação da bureta é superior a dosfrascos de solução comuns; Favorece a infusão de volumes pequenos; Possibilita a realização de infusões intermitentes; Limita a infusão de volumes especificados em prescrição médica, diminuindo osriscos de sobreinfusão ou subinfusão.

Figura 2 – Equipo graduado

Os equipos para hemocomponentes e hemoderivados devem conter filtro específico com poros de 170a 260 micras, a fim de reter coágulos. É proibida a presença de injetor lateral no tubo extensor, compresença de filtro na tampa protetora da porção distal do equipo, para eliminação do ar durante opreenchimento do tubo extensor, mantendo o sistema fechado.A Portaria n.º 1.353, de 13 de junho de 2011 aprova o Regulamento Técnico de ProcedimentosHemoterápicos e trata sobre os critérios de uso dos equipos.Os conectores devem ser isentos de látex, com mínima mudança de técnica no manuseio do sistemaintravenoso, resistentes ao álcool, suportar pressão, permitir alto fluxo de infusão, não ter nenhum artefatometálico na sua composição, não ter resistência à infusão lipídica; ter mínimo número de componentes;ser compatível com todos acessórios e sistemas de infusão, não deve ser permitido uso de agulhasmetálicas, não afetar coleta de sangue para exames. Deve-se monitorar as taxas de infecção após aintrodução de conectores valvulados ou de sistemas fechados na troca dos conectores. A desinfecção deveser realizada com álcool a 70%.As torneirinhas (cânulas) - de material transparente, devem se constituir em sistema indicativo para osentido do fluxo e serem de fácil manuseio. As entradas das torneirinhas devem ser cobertas com tampasestéreis, as quais devem ser trocadas a cada uso. A desinfecção deve ser realizada com álcool a 70% nasentradas, antes e após a conexão de equipos ou de seringas.Extensor longo - material transparente, flexível e possui protetores nas extremidades. Deve ser trocadonum período máximo de 72 horas.Extensor multivias - deve apresentar pinça corta-fluxo em cada via, ser de material transparente,flexível e possuir protetores de extremidades, permitir adaptação segura para equipos. Lembre-se semprede que na administração de emulsão lipídica deve ser trocado em 24 horas, no início da infusão.Lembrando, anda, que o protetor de equipo e tampa comum devem ser trocados, no máximo, em 72horas.

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Conectores/Tampinha - podem ser com revestimento de látex autosselante que permite a perfuraçãocom agulha para administração de medicamentos. Este equipamento é especialmente vantajoso paraheparinização de cateteres, pois permite uma pressão positiva durante a injeção, prevenindo o refluxo desangue no lúmen do cateter.Os filtros são indicados para infusão de soluções não lipídicas que necessitam de filtração. Os filtrosdevem ter uma membrana com poros de 0,20 micras, com capacidade de reter bactérias.As talas devem ser confeccionadas com material não poroso, que permitam higienização ou seu usoúnico. São recomendadas para auxiliar na estabilização de cateteres inseridos no dorso da mão e naarticulação. Seu tamanho deve ser proporcional à região estabilizada e deve garantir a posição anatômicado local em que foi inserido o cateter.O enfermeiro deve avaliar e monitorar a área de aplicação da tala em relação à estabilização do cateter, aoconforto do paciente e à perfusão periférica. Elas devem ser fixadas com fita adesiva hipoalérgica e a suatroca deve ser instituída de acordo com o protocolo da instituição.Para a armazenagem de materiais, deve-se garantir a conservação e a integridade dos produtosselecionados e adquiridos; observar condições de higiene, luminosidade, temperatura e umidadeadequada. Os produtos devem estar dispostos de forma a garantir sua inviolabilidade, suas característicasfísico-químicas e seu prazo de validade.Os equipamentos eletrônicos para infusão - bombas infusoras - devem ser utilizados para controlar avelocidade do fluxo de administração da terapia prescrita. Geralmente são indicadas para administraçãode grandes volumes e de terapia complexa em situações de alta precisão: infusões arteriais, administraçãode fármacos vasoativos, nutrição parenteral, gerenciamento de dor e infusão domiciliar.Os equipamentos eletrônicos para infusão devem ser utilizados de acordo com a idade, condição dopaciente, terapia prescrita, tipo de acesso vascular e tipo de equipo.O fabricante deve ser responsável pelo treinamento dos profissionais que utilizam seu equipamento,obedecendo a normatização da ABNT contida na NBR IEC 60601-2-24 (1999).Portanto, a equipe de saúde deve seguir as normas do fabricante para a sua utilização, limpeza edesinfecção e manutenção preventiva e corretiva. Esses equipamentos possuem, geralmente, sistema dealarmes audíveis, sistema para erros de dose e proteção contra fluxo livre, indicador de bateria, cálculo dedosagem de fármacos, nível de pressão de oclusão ajustável, indicador de acurácia de recebimento deterapia programada e mecanismo de proteção da programação. Devem gerar fluxo sob pressão positiva.Os equipamentos de infusão eletrônica funcionam com corrente elétrica ou com bateria interna. Quandonão utilizadas, devem ser mantidas em stand by com cabo de força ligado na tomada. Variam em médiade 5 a 10 psi.As bombas de infusão de pressão positiva podem ser: volumétricas, peristálticas, seringas, bombas deanalgesia controlada pelo paciente (PCA).

Referências

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR/IEC 60601-2-24:1999.BUTTON, V. L. S. N. Dispositivos de Infusão. Disponível em:<www.deb.fee.unicamp.br/vera/bombadeinfusao.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2011.BANTON, J.; BRADY, C.. KELLEY, S.. Terapia intravenosa. Trad. Ivan Lourenço Gomes. Rio deJaneiro: Guanabara Koogan, 2005.GALINDO, C. et al. Técnicas básicas de enfermagem. Base Editorial: Curitiba, 2010.INS-BRASIL. Infusion Nurses Society Brasil. Diretrizes práticas para terapia intravenosa. São Paulo:Marketing Solutions, 2008.PHILLIPS, D. L. Manual de Terapia Intravenosa. Porto Alegre: Artmed, 2001.SMELTZER, S. C. et al. Tratado de enfermagem médico cirúrgica. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2009.

VENÓCLISE

É a introdução de drogas em grande quantidade na circulação sangüínea. Para manutenção de veiasquando da utilização de medicação endovenosa por um período maior de tempo.

Indicação:

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Repor líquidos nos casos de hemorragia, choque, desidratação. Manter a veia para administrar medicamentos e.v. de horário. Administrar medicamentos: proteínas, eletrólitos, vitaminas etc.

Material: Suporte; Bandeja com: solução indicada adaptada com equipo; Esparadrapo, garrote; Tala para imobilização se necessário; Ataduras, seringa com agulha; Scalp ou buterfly; Tesoura estéril.

Locais de aplicação: Veia profunda através de catéter de curta permanência (intracath), de longa permanência,

parcialmente implantados (broviac e hickman) cuja implantação é feita por médico. Quaisquer veias periféricas dos mmss (membros superiores), evitando-se as localizadas nas

articulações; em crianças indicam-se também as veias da cabeça. A punção destas veias é feitapela enfermagem com agulhas ou, preferencialmente, com scalp ou similar (de numeração naescala descendente 25, 23, 21 e 19).

Procedimentos: Reunir material: Aspirar o medicamento e injetá-lo no frasco de soro obedecendo uma destas técnicas:a) Em frasco plástico

- Fazer anti-sepsia no local a ser cortado com a tesoura ou gilete estéril;- Cortar a parte superior sobressalente;- Injetar o medicamento sem introduzir o canhão da agulha na parte interna do frasco;- Conectar o equipo.

Retirar o ar da tubulação, pinçar e manter protegida a ponta do equipo com protetor próprio Fazer o rótulo do soro onde deve constar:

- Número do leito nome do cliente;- Soro mais medicamentos (nome e quantidade);- Em quantas horas deverá correr;- Número de gotas por minuto;- Horário em que foi ligado;- Horário do término do soro;- Data e nome de quem preparou e instalou.

Exemplo de rótulo:L.10 José da SilvaSG 5% - 500 mlKCL 19,1 % - 1 amp 8/8hsN0 .de gotas = 21 gts/minInício : 10 hs.Término : 18 hs.Data: 13/10/ 99 Marisa

Colocar o soro no suporte (fixo ou de pé) a uma altura de 1m acima do leito; Cortar tiras de esparadrapo; Calçar luvas; Localizar a veia, garrotear, fazer anti-sepsia e puncionar; Retirar o garrote, conectar o equipo de soro e fixar a agulha ou o scalp com esparadrapo (pode-se

deixar o equipo conectado ao scalp antes de puncionar a veia); Controlar gotejamento; Observar anormalidades.

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Tabela de gotejamento de soroQuantidade 500ml 1000ml 2000ml

N° Horas N° Gotas N° Gotas N° Gotas24 7,0 14,0 27,018 9,0 18,0 37,012 14,0 27,0 55,010 16,0 33,0 66,06 27,0 55,0 111,0

Obs.: Para controle mais preciso de gotejamento e quantidade a ser infundida existem aparelhosapropriados, como a bomba infusora.

CATETERES : o uso constante da rede venosa para administração de medicamentos, sangue e coleta desangue para exames laboratoriais, e as condições próprias das veias do paciente, às vezes recomendamque se utilizem cateteres venosos, que podem ser de curta ou longa permanência. O catéter de curtapermanência mais comum é o Intracath. E dentre os de longa permanência, existem os totalmenteimplantados (Port-a-cath) e os parcialmente implantados (Broviac e Hickman). Os cuidados variamconforme o tipo de catéter. Geralmente é recomendado: 1. Manter o catéter sob infusão continua(preferencialmente) ou haparinizado. 2. Fazer diariamente curativo no local de implantação do catéter,observando as condições locais. Utilizar para anti-sepsia soluções a base de iodo (Polvidine tópico, porexemplo). 3. Controlar o tempo de permanência do catéter. 4. Observar possíveis complicações, comofebre ou outros sintomas sugestivos de infecção.

FLEBOTOMIA

É uma pequena abertura cirúrgica em uma veia calibrosa e profunda para introduzir um catéter.Cuidados:1. Fazer, diariamente, curativo no local, com soluções à base de iodo.2. Observar o local da incisão, onde pode ocorrer: edema, hematoma ou sangramento.3. Deixar o paciente com o braço em elevação de 30º para facilitar o retorno venoso e prevenir edema.4. Manter infusão contínua para evitar obstrução do catéter. Se o catéter obstruir, não injetar nada paratentar desobstruí-lo, pois o deslocamento do coágulo pode levar à embolia.5. Observar a extremidade do catéter, evitando torções.6. Observar os sinais e sintomas de tromboflebite: dor, hiperemia (rubor), calor e edema no trajeto dovaso.7. Não administrar colher sangue pela flebotomia.8. Trocar o equipo a cada troca de soro.9. Ao desconectar o equipo do catéter, fazê-lo com cuidado evitando a contaminação das partes e aentrada de ar.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA COLETA DE SANGUE DO DOADOR E NAHEMOTRANSFUSÃO.

Coleta de sangue de doadores:O ato de coleta de sangue do doador obedece a critérios importantes para garantir a qualidade do sanguedoado e a manutenção do estado de saúde do doador.

Triagem hematológica: Verifica-se o peso corporal, que deve ser superior a 50 kg. Explicar ao cliente o procedimento a ser realizado. Colher sangue capilar através da punção da polpa digital dos dedos anular ou médio. Verificar a dosagem de hemoglobina e hematócrito.

Sala de coleta: O ambiente da sala de coleta deve ser tranqüilo, agradável e limpo. Poltrona ou leito. Anexo a sala de coleta deve existir uma sala de recuperação equipada com material de

atendimento a assistência ventilatória, medicação de urgência e oxigênio.

Para se iniciar o processo de coleta de sangue do doador, deve-se rotular cada bolsa de sangue a sercolhida, de modo que sua identificação seja clara e única. O sangue deve ser coletado com técnica

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asséptica, utilizando-se sistema fechado, estéril e não deve ser realizada mais de uma punção em ummesmo doador. As bolsas utilizadas para coleta poderão ser simples, duplas, triplas e quádruplas. Aescolha do anticoagulante irá depender das necessidades e realidade de cada serviço. Determinará otempo de conservação e armazenamento do sangue coletado.

Orientações ao doador de sangue: Após a doação, observar o doador por 5 minutos. Oferecer um lanche. Não utilizar bebidas alcoólicas por 6 horas. Não fumar durante a primeira hora. Evitar exercícios físicos principalmente no braço da punção. Ante qualquer anormalidade comunicar a instituição. Informá-lo sobre a conduta para receber os resultados do exame.

Reações adversas no doador de sangue:A maior parte das reações adversas é resultado de influências psicológicas como nervosismo, medo evisualização do sangue. Manifesta-se com palidez, sudorese, náusea, vômito e crise convulsiva. Éimprescindível a avaliação médica do doador, para assegurar um atendimento multidisciplinar adequado ecompleto. As reações e o atendimento prestado, devem ser registrado na folha de atendimento, anexada aficha de doação.

Assistência de enfermagem na hemotransfusão:

Conceito: É a administração de sangue e dos hemoderivados.

Tipos: Sangue total:

É constituído de plasma, que é a parte líquida do sangue, e os seus elementos figurados que são ashemácias, leucócitos e plaquetas. É indicado em caso onde existe a restrição de hemocomponentes. Ex:Hemorragia grave.

Concentrado de hemácias:São separados a partir de uma unidade de sangue total, através da remoção por centrifugação de 200 a 250ml de plasma. Repõe a capacidade de transportar oxigênio, o volume sangüíneo é normal. É administradoem anemia.

Concentrado de plaquetas:São obtidas a partir de uma unidade de sangue total, através da centrifugação de plasma rico emplaquetas, não devendo conter hemácias. É indicado em caso de disfunção plaquetária, em doençascongênitas, doenças neoplásicas, leucemia, quimioterapia e radioterapia.

Plasma fresco congelado:É obtido a partir de uma bolsa de sangue total por centrifugação e congelamento a 18ºC, ate 8 horas apósa coleta. Contém todos os fatores plasmáticos da coagulação. Deve ser respeitada a compatibilidade ABO.Indicado em casos de deficiências de fatores de coagulação.

Observações gerais importantes: É obrigatório o uso do equipo de transfusão, com filtro, estéril, descartável e de uso único. Deve

ser trocado se apresentar sinais de saturação e deve ser utilizado no máximo por 4 horas. Para guarda de sangue e hemoderivados, as geladeiras e freezers devem conter termômetro

interno e mapa de temperatura para o controle a cada 4 horas, afixado nos mesmos. Ao manipulá-los é imprescindível o uso do EPI. O aquecimento do sangue quando indicado, deverá ser realizado em equipamento próprio. É proibido adicionar qualquer produto na bolsa de sangue e hemoderivados, ou a infusão

concomitante pela mesma linha que a do sangue.

Procedimentos para a administração de sangue e hemoderivados: Coleta de sangue para exames pré transfusionais. Os pedidos de sangue e hemoderivados deverão ser solicitados em ficha de requisição

padronizada pelo serviço de hemoterapia e devidamente preenchida.

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Conferir a prescrição médica: identificação do cliente, descrição do produto e volume,assinatura, nome legível e CRM. Não é permitido rasuras, abreviações ou uso de corretivo.

O produto deve ser rotulado com:- Nome completo, número do registro e localização do receptor.- Data e assinatura do responsável pela realização dos testes transfusionais e sua liberação.- Grupo ABO e RH do receptor.

Manter o cliente em posição de Fowler. Aferir sinais vitais, ante qualquer anormalidade comunicar o médico. Avaliação prévia do acesso venoso. Montar o sistema transfusional, dentro dos padrões de assepsia e anti-sepsia. Após o início da transfusão, permanecer com o cliente nos primeiros 10 a 15 minutos. O tempo de transfusão é de no máximo 4 horas, estar atento às condições clínicas e circulatórias

do cliente e ao máximo de aproveitamento dos componentes.

Reações adversas da transfusão:

Reações imediatas:

Reações hemolíticas(imune):Resultam de erros na identificação da amostra colhida, da identificação da bolsa do hemocomponente ouna identificação do cliente. Ex: sangue errado.Sinais e sintomas: hipertermia, mal estar, agitação, sensação de calor, queimação na veia puncionada erosto, dispnéia, náuseas, cefaléia, sudorese, pulso filiforme, hipotensão, hemoglobinúria e sangramentoprofundo.

Reações febris:É atribuída a presença de anticorpos dirigidos contra leucócitos ou plaquetas.Sinais e sintomas: tremores, calafrio, cefaléia, náuseas, vômitos, febre, hipertensão arterial, alteraçõespulmonares e cardíacas.

Reações alérgicas e anafiláticas:É causada por anticorpos dirigidos contra proteínas plasmáticas.Sinais e sintomas: quadro de urticariforme (máculas, pápulas, eritema e prurido), tosse, cefaléia, náuseas,hipotensão e edema de glote.

Hipervolemia:Ocorre quando é administrado um volume grande de sangue, e o mesmo é infundido rapidamente, ou emcliente com cardiopatia.Sinais e sintomas: hipertensão arterial sistólica, precordialgia, arritmia, dispnéia, tosse, cianose e EAP.

Contaminação bacteriana:São causadas por microorganismos capazes de crescer em temperaturas entre 1 a 6ºC.Sinais e sintomas: hipertermia, dor abdominal e nas extremidades, vômito, diarréia, hipotensão,hemoglobinúria e choque.

Assistência de enfermagem nas reações transfusionais imediatas:- interromper imediatamente a transfusão.- Manter o acesso venoso.- Solicitar a presença do médico assistente.- Examinar as etiquetas, rótulos e registros, conferindo novamente com os dados do cliente.- Encaminhar ao serviço de hemoterapia, a bolsa contendo o sangue, equipo e etiqueta de identificação dabolsa, tendo o cuidado para não promover a contaminação do produto.- Registrar todos os sinais e sintomas de forma clara e objetiva, bem como a assistência prestada.Reações tardias: Doenças infecciosas:

São doenças passíveis de transmissão por transfusão de sangue e hemoderivados, a hepatite B e C, sífilis,doenças de Chagas, AIDS, malária, citomegalovírus e herpes vírus.

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Com o aperfeiçoamento de novos testes sorológicos e a triagem clínica dos doadores melhorconduzida, a incidência de transmissão de doenças por transfusão tende a reduzir. Hemossiderose:

Ocorre em casos de transfusões crônicas de concentrado de hemácias, leva ao depósito de ferro nostecidos (fígado, coração e glândulas endócrinas).

Considerações gerais sobre hemoterapia A enfermeira torna-se responsável pela hemotransfusão. Aferir e anotar os sinais vitais antes de iniciar a infusão. Certifique-se de que é o paciente certo, o sangue certo, a dosagem e a hora correta. Conferir o

grupo sangüíneo do paciente. Nunca administrar medicamentos ou soroterapia(exceto soro fisiológico) na via puncionada para

hemotransfusão, pois causam destruição das células vermelhas do sangue. Selecionar scalp com calibre superior à 18. Período máximo para infusão: 4 horas. O equipo tem um filtro para reter sangue coagulado e resíduos. *Uso do equipo em 'Y'. Retirar o sangue da geladeira 30 minutos antes Os eritrócitos deterioram após 2 horas em temperatura ambiente. Observar rigorosamente o cliente, principalmente nos primeiros 15 minutos,com gotejamento de

5 gts./min, aumentando à cada 15 minutos, até 30 gts./min. Em caso de sangue total:inverter suavemente a bolsa para misturar as células. Pode-se usar o esfigno manômetro para facilitar a infusão:não exceder 300mgHg - hemólise e

ruptura da bolsa. Suspender imediatamente a hemotransfusão em caso de reações adversas. Podem ocorrer complicações tardias, hepatite, aids(janela imunológica). Relate data, hora, quantidade de produto, reação adversa, sinais vitais e observações realizadas. O paciente Testemunha de Jeová deve atestar por escrito.

TERAPÊUTICA NÃO-MEDICAMENTOSA APLICADA ÀS INFECÇÕES

A aplicação de calor é uma medida terapêutica indicada em áreas de inflamação e/ou infecção paramelhorar a dor e facilitar os processos supurativos. O calor é também útil para promover o relaxamentoda musculatura, reduzindo a dor provocada por espasmos ou contrações. Como provoca vasodilatação eaumenta a circulação onde é aplicado, não é indicado para traumas imediatos, pois facilita oextravasamento de sangue.A aplicação de frio ainda é uma prática utilizada com freqüência para diminuir a hipertermia, amenizar ador e conter edema e hematoma pós-trauma imediato. Sua aplicação diminui a inflamação devido àredução do fluxo sangüíneo.A aplicação de calor e frio deve incluir informações relacionadas à área corpórea a ser tratada, o tipo, afreqüência e a duração da aplicação.As aplicações quentes e frias podem ser administradas nas formas secas e úmidas. Exemplos: aplicaçõesfrias secas (bolsa térmica de gelo) e úmidas (banho e compressa); aplicações quentes secas (bolsa térmicade água quente, fonte de luz natural e artificial, cobertores térmicos, outros) e úmidas (banho, compressa,outros).

Material necessário para aplicação de compressas frias:. bandeja. compressas. impermeável. toalha. jarro com água gelada

Material necessário para aplicação de bolsa de água quente:. bandeja. bolsa de água quente ou hidrotérmica. toalha ou fronha

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. água quente (temperatura de 43º a 46º, segundo Potter40, e de 50º a 52º, segundo Hornemann41)

A aplicação de compressas quentes é similar à de compressas frias, apenas se substitui a água fria pelaquente.É importante verificar a integridade da bolsa térmica antes de seu uso, como as condições da tampa e davedação.A bolsa térmica deve ser preenchida, com gelo ou água quente, de 1/3 a 2/3 de sua capacidade, o queproporciona um contato homogêneo, amoldando-se à superfície aplicada e dando maior conforto aocliente.Ao utilizar bolsa de água quente, retirar o ar antes de fechá-la, evitando aumento da pressão interna econtato diferenciado com a área de aplicação.Antes de colocar a bolsa térmica no cliente, envolvê-la com tecido, evitando, assim, seu contato diretocom a pele. O local de aplicação deve ser observado com freqüência, para prevenir a ocorrência dequeimaduras.Jamais utilizar a bolsa térmica sob superfícies corporais pesadas, que possam vir a comprimi-la eextravasar seu conteúdo.Para maior conservação da bolsa térmica, deve ser sempre guardada limpa, seca e preenchida com ar, paraevitar aderência de suas paredes.As compressas úmidas frias devem ser aplicadas nas regiões frontotemporal, axilar e inguinal bilateral,devido à superficialidade de vasos calibrosos, o que facilita a liberação de calor e promove a redução datemperatura corporal.No uso de foco de luz artificial, aplicar em área seca; para evitar queimaduras, observar a distância dalâmpada à pele, o que dependerá da potência da lâmpada e tolerância do cliente.

Ao aplicar calor e frio seco, observar o prazo máximo de 30 minutos:- Na aplicação de calor e frio úmidos, de 15 a 20 minutos.- Tempos que não comprometem a circulação e integridade cutânea e garantem a eficácia.

Para se evitar o esfriamento rápido da compressa, sugere-se colocar sobre a mesma uma toalha ouplástico, que retardam a dissipação do calor no meio ambiente.A aplicação deve ser feita sobre a área prescrita e pelo tempo indicado, observando os sinais e sintomasapresentados pelo cliente e as condições de sua pele na eventualidade de qualquer anormalidade,interromper o procedimento.

TÉCNICAS DE SONDAGEM

O texto a seguir foi extraído da apostila de Fundamentos de Enfermagem do PROFAE Ministério daSaúde.

Instalando o catéter vesical:

Material necessário: Pacote de cateterismo contendo 1 cuba-rim, 1 cuba redonda, 1 pinça cheron, gazes, 1

campo fenestrado e 1 ampola de água destilada Seringa de 10ml, povidine tópico,lubrificante estéril Sistema de drenagem fechado (para cateterismo vesical de demora) micropore,

esparadrapo ou similar 1 par de luvas estéril sonda Folley ou uretrovesical simples - - 1 pacote de compressas e

biombo se necessário

Como todo procedimento, deve-se preparar o ambiente, o cliente e o material de modo o propiciarconforto, segurança e privacidade.A higiene íntima, realizada antes do cateterismo vesical, reduz a colonização local, tornando o meio maisseguro para a introdução do catéter. A utilização de água morna e sabão promove a remoção mecânica eeficiente de secreções e microrganismos. Por ser um procedimento invasivo e a bexiga um local isento demicrorganismos, todo o material a ser utilizado no cateterismo deve ser esterilizado manuseadoestritamente com técnica asséptica. Para evitar a contaminação do lubrificante, desinfetar o lacre antes deperfurar com agulha estéril o lubrificante visa facilitar a introdução do catéter na uretra masculina e fe-

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minina, reduzindo o atrito e traumatismo de mucosa. Ressaltamos que faz-se necessário dispor umespaço livre junto ao períneo, para colocar o campo,com todo o material esterilizado, entre as pernas docliente. Basicamente, os aspectos técnicos do cateterismo vesical compreendem: posicionamento docliente, abertura do pacote de cateterismo e o material necessário sobre o campo esterilizado (sondavesical, sistema de drenagem fechado, seringa e água destilada, lubrificante, antisséptico na cubaredonda) e a colocação da sonda propriamente dita.No cateterismo de demora, os especialistas em infecção hospitalar recomendam a conexão do sistema dedrenagem fechado à sonda no momento em que são colocados no campo estéril, ou seja, antes da inserçãoda sonda no cliente.Após a colocação das luvas e da seringa no campo, faz-se o teste para avaliar a integridade do balonete ouCuff, insuflando-se ar com a seringa e desinsuflando em seguida; quebra-se a ampola estéril de águadestilada e aspira-a na seringa, deixando-a pronta para o momento de uso.

Com a colocação de campo fenestrado sobre o períneo, procura-se ampliar a área estéril, tornando maissegura e eficaz a realização do cateterismo - momento em que se deve lubrificar o catéter.A visualização do meato urinário é importante para o sucesso do cateterismo. Assim, a posição maisadequada do paciente é aquela que permite sua melhor visualização.

- No caso, o decúbito dorsal tem sido usual nesse procedimento. No sexo feminino, é necessário manter os grandes e os pequenos lábios afastados com o polegar e

o primeiro ou segundo dedo. No masculino, retrair o prepúcio com o pênis elevado perpendicularmente ao corpo.

- Momentos em que deve ser realizada a antissepsia com povidine tópico: Na mulher, em movimento unidirecional do púbis em direção ao ânus. No homem, do meato urinário para o corpo da glande até a sua base.

- Para a introdução do catéter no canal uretral, devemos considerar a anatomia geniturinária masculina efeminina: No homem, o pênis deve ser seguro numa posição quase vertical, procurando diminuir os ângulos

e a resistência esfincteriana; Na mulher introduz-se o catéter após o afastamento dos pequenos lábios, solicitando-lhe que

respire profundamente para relaxar e diminuir a resistência esfincteriana. Instalado o catéter,insufla-se o balão com a água destilada e, bem devagar, traciona-se até que atinja o colo vesical.

- A fixação adequada é aquela que evita a tração da sonda: Na mulher, a sonda é fixada na face interna da coxa. No homem, na região hipogástrica (Cuidado que reduz a curva uretral e a pressão no ângulo

peniano-escrotal, prevenindo a formação de fístulas).

*** No sexo masculino, após a sondagem vesical o prepúcio deve ser recolocado sobre a glande, pois suaposição retraída pode vir a causar edema.

Com relação ao coletor, deve ser mantido abaixo do nível da bexiga, para evitar o refluxo da urina e,conseqüentemente, infecção urinária ascendente.

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Nos casos de transporte do paciente, pinçar o tubo coletor (atualmente, há coletores com válvula anti-refluxo). Outros cuidados são fixá-lo ao leito - sem que toque no chão e, para possibilitar o fluxo contínuoda urina, evitar dobras.

Não há indicação de troca rotineira de catéter urinário; porém, situações como presença de grandequantidade de sedimentos, obstrução do catéter ou tubo coletor e outros sinais de infecção urinária podemindicar a necessidade de troca do catéter vesical. Nestes casos, o catéter e o sistema de drenagem devemser trocados simultaneamente. No cateterismo de alívio o procedimento é similar, só que o catéter éretirado após a drenagem da urina.Ao término do procedimento, registrar se houve saída de urina, sua coloração e volume, como tambémpossíveis intercorrências tais como sangramento, ausência de urina, dificuldade na passagem da uretra,várias tentativas de passagem e outras.

Fixação da sonda vesical na mulher e no homem

- Coletando urina por jato médioA coleta de urina por jato médio é realizada quando o paciente não se encontra catéterizado. Deve serprecedida de higiene íntima rigorosa com água e sabão, principalmente quando se trata de amostra paracultura (urocultura). A técnica consiste em deixar correr o fluxo inicial de urina e recolher o jato médionum recipiente esterilizado para receber a amostra.

NUTRIÇÃO ENTERAL

Desde que a função do trato gastrintestinal esteja preservada, a nutrição enteral (NE) é indicada nos casosem que o cliente está impossibilitado de alimentar-se espontaneamente através de refeições normais. A

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nutrição enteral consiste na administração de nutrientes por meio de sondas nasogástrica (introduzidapelo nariz, com posicionamento no estômago) ou transpilórica (introduzida pelo nariz, composicionamento no duodeno ou jejuno), ou através de gastrostomia ou jejunostomia.A instalação da sonda tem como objetivos retirar os fluidos e gases do trato gastrintestinal(descompressão), administrar medicamentos e alimentos (gastróclise) diretamente no trato gastrintestinal,obter amostra de conteúdo gástrico para estudos laboratoriais e prevenir ou aliviar náuseas e vômitos.

Gastrostomia - abertura cirúrgica do estômago, para introdução de uma sonda com a finalidade dealimentar, hidratar e drenar secreções estomacais.

Jejunostomia - abertura cirúrgica do jejuno, proporcionando comunicação com o meio externo, com oobjetivo de alimentar ou drenar secreções.

Inserção da sonda nasogástricaMaterial necessário:- sonda de calibre adequado- lubrificante hidrossolúvel (xilocaína a 2% sem vasoconstritor)- gazes- seringa de 20 ml.- toalha- recipiente com água- estetoscópio- luva de procedimento- fita adesiva ou esparadrapo tipo micropore

Para o paciente, a sonda nasogástrica pode representar uma experiência negativa devido à dor causada pormicrotraumatismos de mucosa e reflexo do vômito gerado durante sua introdução. Para minimizar seusofrimento, é imprescindível orientá-lo quanto à necessidade da sonda e etapas do processo.Como a sonda nasogástrica é um procedimento realizado sobre limites anatômicos externos, deve-se estarmuito atento para estabelecer o mais precisamente possível esses limites descritos na técnica.O comprimento da sonda a ser introduzida deve ser medido colocando-se a sua extremidade na ponta donariz do paciente, alongando-a até o lóbulo da orelha e, daí, até o apêndice xifóide; marcando estadelimitação com uma fina tira de adesivo - marcação que assegurará a introdução e o alcance da sonda noestômago.A sonda deve ser lubrificada com solução hidrossolúvel, antes de sua introdução na narina - o que facilitaa manobra e atenua o traumatismo, pois diminui o atrito com a mucosa nasal - e introduzida sempreaberta, o que permite identificar a saída do conteúdo gástrico ou ar.A realização da sondagem nasogástrica com o paciente sentado ou decúbito elevado previne a aspiraçãodo conteúdo gástrico caso ocorra vômito.A posição de flexão da cabeça reduz a probabilidade da sonda penetrar na traquéia. Para passar a sondado esfíncter cricofaríngeo para o esôfago, solicitar ao paciente para que degluta, o que facilita aprogressão no tubo digestivo.Caso o paciente apresente sinais de sufocamento, tosse, cianose ou agitação, deve-se suspender a manobrae reiniciá-la após sua melhora.A localização da sonda no interior do estômago deve ser certificada através dos testes de aspiração desuco gástrico, ausculta do ruído em região epigástrica simultaneamente à introdução de 10 ml de ar pelasonda; ou mergulhando-se a extremidade da mesma em um copo com água: se borbulhar, a sondaprovavelmente se encontra nas vias respiratórias, devendo ser imediatamente retirada.A fixação da sonda nasogástrica deve ser segura, sem compressão, para evitar irritação e lesão cutânea.O volume e aspecto do conteúdo drenado pela sonda aberta deve ser anotado, pois permite avaliar aretirada ou manutenção da mesma e detecta anormalidades.Sempre que possível, orientar o paciente a manter-se predominantemente em decúbito elevado, paraevitar a ocorrência de refluxo gastroesofágico durante o período que permanecer com a sonda.Se a sonda nasogástrica foi indicada para esvaziamento gástrico, deve ser mantida aberta e conectada aum sistema de drenagem. Se não houver drenagem e o paciente apresentar náuseas, vômitos ou distensãoabdominal, indica-se aspirar a sonda suavemente com uma seringa, pois pode estar obstruída.É comum que o paciente com sonda respire pela boca, o que pode vir a provocar ressecamento e fissurasnos lábios. Visando evitar tais ocorrências, a higiene oral e lubrificação dos lábios deve ser realizada no

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mínimo três vezes ao dia, o que promove o conforto e evita infecção, halitose e o ressecamento damucosa oral.A limpeza dos orifícios nasais do paciente, pelo menos uma vez ao dia, retira as crostas que se acumulamao redor da sonda; visando prevenir ulcerações, o profissional de enfermagem deve inspecionar o local emantenha a sonda livre de pressão sobre a mucosa nasal.Quando de sua retirada a sonda nasogástrica deve estar sempre fechada, o que evita o escoamento doconteúdo gástrico - pelos orifícios da sonda - no trato digestivo alto, fato que provoca irritação.

Administração da dieta enteral

A dieta enteral pode ser administrada por método intermitente ou contínuo.Na administração intermitente o volume a ser administrado varia em torno de 350 ml/vez, de 4 a 6 vezesao dia. A introdução da alimentação pode ser feita com uma seringa, com fluxo lento, para evitar aocorrência de náuseas, diarréia, aspiração, distensão e cólicas.A melhor forma desse tipo de administração é o gotejamento por gravidade, num período de 20 a 30minutos, ou por bomba de infusão.A administração contínua pode ser feita por meio de gotejamento gravitacional. Neste caso, deve-seestabelecer rigoroso controle do gotejamento (aproximadamente a cada 30 minutos). A maneira maissegura é a administração por meio de bomba de infusão, com fluxo de gotejamento constante - maisindicada quando do uso de sondas enterais transpilóricas, haja vista que o duodeno e o jejuno são maissensíveis à concentração e ao volume do que o estômago.O preparo inicial para a administração da nutrição enteral é simples.

Os cuidados de enfermagem consistem em: Realizar a limpeza e a desinfecção do balcão - mantendo o local livre de qualquer material

desnecessário à preparação; Conferir o rótulo da nutrição enteral - no qual devem constar: nome do paciente, registro

hospitalar, número do leito, composição qualitativa e quantitativa de todos os componentes,volume total, velocidade de administração, via de acesso, data e hora da manipulação, prazo devalidade, número seqüencial de controle e condições de temperatura para conservação e nome enúmero do registro profissional do responsável técnico pelo processo;

Verificar a integridade da embalagem e o aspecto da solução, observando se há alguma alteraçãovisível (presença de elementos estranhos). Se houver, suspender a dieta desse horário e comunicaro fato ao Serviço de Nutrição e Dietética;

Checar as condições de limpeza e funcionamento da bomba de infusão, antes de usá-la; Testar o posicionamento da sonda e sua permeabilidade, antes de instalar a nutrição enteral; Conectar o equipo de infusão no recipiente de nutrição enteral; em seguida, na inserção da sonda

ou gastrostomia - cuja administração deve cumprir exatamente o prazo estabelecido.

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Ressalte-se que todo esse processo exige higiene e assepsia rigorosas, seja em nívelhospitalar, ambulatorial ou domiciliar, pois a composição da nutrição enteral constitui um meiopropício ao desenvolvimento de bactérias.

Durante toda a administração da dieta e até aproximadamente uma hora após, o cliente deve serposicionado - e mantido - com o tórax mais elevado que o resto do corpo, o que evita a ocorrênciade refluxo gástrico e aspiração. Lembrar sempre que os clientes muito debilitados e inconscientesapresentam maiores riscos de bronco aspiração.

Após a alimentação intermitente, lave a sonda com 30 a 50ml de água, para remover os resíduosaderidos à parede interna, evitando sua obstrução.

O controle do peso dos clientes pode ser feito diariamente, a cada 48 - 72 horas ou uma vez porsemana, variando conforme a necessidade frente ao distúrbio que apresentam e a utilização dessedado para modificações da terapêutica utilizada (alteração de doses medicamentosas, tipo oufreqüência da dieta, entre outras situações).

“A observação de sinais, sintomas de intercorrências e complicações e o adequado registro dos dados sãooutros cuidados indispensáveis a serem observados pela enfermagem”.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM – SAE

A Sistematização da assistência de Enfermagem (SAE), é uma atividade privativa do enfermeiro que norteia asatividades de toda a equipe de Enfermagem, já que técnicos e auxiliares desempenham suas funções a partir daprescrição do enfermeiro. A SAE é a organização e execução do processo de Enfermagem, com visão holísticae é composta por etapas inter-relacionadas, segundo a Lei 7498 de 25/06/86 ( Lei do Exercício Profissional). Éa essência da prática da Enfermagem, instrumento e metodologia da profissão, e como tal ajuda o enfermeiro atomar decisões, prever e avaliar conseqüências. Vislumbra o aperfeiçoamento da capacidade de solucionarproblemas, tomar decisões e maximizar oportunidades e recursos formando hábitos de pensamento. A SAE foidesenvolvida como método específico para aplicação da abordagem cientifica ou da solução de problemas naprática e para a sua aplicação enfermeiras e enfermeiros precisam entender e aplicar conceitos e teoriasapropriados das ciências da Saúde, incluídas aí a própria Enfermagem, as ciências físicas, biológicas,comportamentais e humanas, além de desenvolver uma visão holística do ser humano. Esse conjunto deconhecimentos proporciona justificativas para tomadas de decisão, julgamentos, relacionamentos interpessoaise ações.A SAE ou o PE (Processo de EnfeRmagem) é constituído de 5 etapas: Histórico de Enfermagem - HE,Diagnóstico de Enfermagem – DE, Planejamento de Enfermagem – PE, Implementação de Enfermagem -IE e Avaliação de Enfermagem ou Evolução de Enfermagem - EE.

1ª etapa - Histórico De Enfermagem - HEComeçou em 1965 no Programa de fundamentos de Enfermagem da escola de Enfermagem da USP, com otítulo de ANAMNESE de Enfermagem, pois havia o problema com a anamnese médica. Em 1967 em reuniãodo corpo docente da cadeira de Fundamentos da Enfermagem, como, o que era feito, era a história daenfermagem do paciente, surgiu o nome “Histórico de Enfermagem”.Constituído por entrevista e exame físico. A entrevista investiga a situação de saúde do cliente ou comunidade,identificando os problemas e necessidades passíveis de serem abordados nas intervenções de Enfermagem. Oexame físico consiste nos 4 métodos propedêuticos: INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, PERCUSSÃO e AUSCULTA,a chave para a realização de um exame físico eficiente é um sólido conhecimento teórico e habilidades técnicasapropriadas.As diretrizes para elaboração do Histórico de Enfermagem são:

1. usar prontuário para dados de identificação, motivo, condições de chegada e atendimento, entreoutros, a fim de não se repetir a investigação;

2. é privativo do enfermeiro, devendo ser realizado na admissão ou nas 24 ou 48 horas seguintes;3. é centrado nas alterações e condições de risco;4. é assinado e leva o número do COREN;5. deve vir com a guia instrucional e faz parte do prontuário;6. é feito com a autorização do cliente

Partes de um histórico

a.Identificação:- nome por extenso;- enfermaria, leito;

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- registro;- sexo e idade;- estado civil;- filhos e respectivas idades;- procedência;- nacionalidade;- ocupação com detalhes;- grau de instrução;- religião (praticante ou não);- data de admissão;- que via foi admitido (ambulatório ou PS)

b.Hábitos:- Meio ambiente: condições de moradia, água, esgoto, lixo, luz;- Cuidado corporal: banhados, unhas, cabelo, raspagem de pelos (tricotomia);- Eliminações: hábitos intestinais e urinários, tabus, menstruação;- Alimentação;- Sono e repouso;- Exercícios e habilidades físicas;- Recreação;- Manutenção da saúde exame médico periódico.

c.Exame Físico:- Condições gerais: vestuários, condições mental, expressão facial, locomoção, peso altura, fumo, etilismo;- Sinais vitais: freqüência e características (Pulso, respiração, pressão arterial e temperatura);- Queixa do paciente;- problemas identificados.

d.Problemas de saúde:- o que o paciente acha da sua doença;- que doenças já teve e suas experiências com hospitais;- métodos ou preocupações: do hospital, da cirurgia, etc;- fase da doença: grave, crônica, etc;- resultados dos exames.

2ª etapa – Diagnóstico de Enfermagem – DENessa fase o enfermeiro analisa os dados coletados e avalia o estado de saúde do cliente através da identificaçãoe avaliação de problemas de saúde reais ou potenciais que são passíveis da resolução por meio das atividade deEnfermagem.Conceito: é a identificação das necessidades básicas do ser humano que precisa de atendimento e adeterminação pelo enfermeiro do grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão.O grau de dependência pode ser total ou parcial.Total: tudo que a enfermagem faz pelo cliente quando este não tem condições de fazer por si, seja qual for acausa.Parcial: a assistência de enfermagem pode situar-se em termos de ajuda, orientação, supervisão eencaminhamento.O julgamento clinico é o processo cognitivo caracterizado por diversas decisões para definir o melhordiagnóstico, a melhor intervenção e os efeitos desta intervenção, estabelecendo o diagnóstico e o seu raciocínio.O enfermeiro necessita desenvolver habilidades e competências cognitivas, técnicas, afetivas e sociais para sercapaz de desenvolver o raciocínio clinico.O diagnóstico de Enfermagem é ação privativa do enfermeiro, deve ser enumerado, e o enfermeiro deve assinaro instrumento utilizado para anotação dos diagnósticos de Enfermagem e colocar número do COREN sob oqual está inscrito.

3ª etapa – Planejamento de Enfermagem – PE

São as intervenções de Enfermagem. É a determinação global da assistência de Enfermagem que o cliente devereceber diante do Diagnóstico de enfermagem estabelecido, é o resultado da análise do Diagnóstico,examinando as alterações, necessidades afetadas e o grau de dependência.Observação:

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F (fazer)A (ajudar)O (orientar)S (supervisionar)E (encaminhar)As intervenções planejadas devem ser destinadas a alcançar os resultados esperados e a prevenir, resolver oucontrolar as alterações encontradas durante o Diagnóstico.

4ª etapa - Implementação de Enfermagem – IE

É a concretização do plano de atendimento ou assistencial pelo roteiro aprazado que coordena a ação da equipede enfermagem na execução dos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas específicas doser humano. O momento da realização pode ser: admissional, complementar diária e d alta. Seu efeito pode serde conduta ou de ação. A conduta modifica o estado do cliente (repouso, curativo, orientação, termoterapia,higiene, etc.) A ação da subsidio para avaliar o cliente ( SSVV, administração de medicamentos, diurese,características de SS e sintomas, etc.). Quanto a autonomia, pode ser independente, quando a decisão é oenfermeiro (higiene, repouso, curativo, orientação, controle de SSVV, etc.); dependente, quando é vinculada adecisão de outros profissionais (medicamentos, exames, cirurgia, etc).

As diretrizes são: Dirigidas pelos Diagnósticos e outros problemas de Enfermagem (prescrição médica, exames,

cirurgia,etc); Verbo no infinitivo e de ação ( Fazer, encaminhar, aplicar, banhar, orientar, nistrar, esclarecer,

controlar, avaliar,explicar, informar, lubrificar, acompanhar, etc...); Responde : O que? Como? Quando? Que parte do corpo?; Seguir padrões mínimos de enfermagem (PME) e/ou específicos; Atividade genérica (sem marcas de produtos); Atividade com idéia única; Numerada de acordo com o diagnóstico correspondente; Atividade privativa do enfermeiro; Letra legível sem rasuras; Validade do horário de acordo com o período; Divisão dos trabalhos por período; Checagem com rubrica; Data, nome e COREN. Utilizar carimbo.

5ª etapa – Avaliação – Evolução de Enfermagem (EE)

É o relato aprazado das mudanças sucessivas que ocorrem co cliente enquanto está sob a assistênciaprofissional. Anotar inicialmente a avaliação do global do plano de cuidado(PE). Determina se os resultadosforam atingidos, se as intervenções (IE) foram efetivas e se são necessárias modificações. Pode ser conceituadaainda como a análise das respostas do cliente frente aos cuidados de enfermagem prescritos em função dosresultados obtidos no prazo determinado.São usados indicadores- qualificadores de avaliação: Ausente – Presente Melhorado – Piorado Mantido – Resolvido Os tipos são: diária, complementar e de alta

As diretrizes são: Condição básica para evolução, EF e entrevista do dia, evolução, prescrição e anotação de

Enfermagem, resultados de exames, prescrição médica; Os DE são avaliados em função de indicadores com justificativas baseadas na orientação anterior; Deve ser precedida de horário; É atividade privativa do enfermeiro; Deve conter nome e COREN no carimbo.

Prognóstico de EnfermagemO prognóstico indicará as condições que o cliente atingiu na alta médica. Ele chegou a total independência ouesta dependente.

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Anotações de EnfermagemÉ o registro das respostas do cliente frente aos PME e aos cuidados individualizados logo após sua execuçãoe/ou registro das intercorrências.

Diretrizes para as anotações de Enfermagem: Os padrões mínimos de Enfermagem- PME, os cuidados específicos e as intercorrências são básicos

para a elaboração das anotações; As anotações são subsídios para todas as etapas da SAE; Deve responder as prescrições de Enfermagem- PE; É competência de enfermeiros, técnicos e auxiliares que executam cuidados; Deve conter horário antes do registro; Deve ser clara e concisa; Deve ter nome, função e número do COREN.

Dica para controle do processo: Cuidado prescrito Cuidado realizado Cuidado checado Cuidado anotado Cuidado assinado

REFERÊNCIASMURTA, Genilda Ferreira. Saberes e Práticas: Guia para Ensino e Aprendizado de Enfermagem. 3 ed. vol3. São Caetano do Sul : Difusão Editora, 2007.p.253-266.

MODELO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE), PASSO/PASSO.

RILDO C. NUNES CZORNY(Aluno do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário deRio Preto).

DOCENTE: CAMILA C. ANGELUCCI.Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE): é a dinâmica das ações sistematizadas e inter-

�relacionadas, visando a assistência de melhor qualidade ao ser humano.é composta por cincoetapas:Histórico de enfermagem Diagnóstico de enfermagem Planejamento da assistência de enfermagemImplementação da assistência de enfermagem Avaliação e/ou Evolução de enfermagem

HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

I.Z.P., sexo masculino, 66 anos, branco, casado, residente em São José do Rio Preto, aposentado.Internado no setor de emergência do H.E.E.C. com queixa de precordialgia, algia em MMSS, sensação demorte iminente e náusea. Possui H.A.S., nega ser alérgico a medicamentos, faz uso de Captopril,antecedentes familiares de H.A.S. (pai, tios) e infarto do miocárdio ( irmão). Não pratica atividade física;tabagista por 30 anos com interrupção há 10 anos; nega etilismo com uso de bebidas alcoólicas apenasaos finais de semana. Ao exame físico verificado SSVV: PA: 180x100, P: 110 bpm, R: 28 mrpm e T:36,6 º C. Paciente orientado, ansioso, com expressão facial triste, postura cabisbaixa, com memóriapreservada e relata fadiga. Apresenta marcha regular, pele fria, sudorese, edema em MMII; estase jugulara D; bulhas hipofonéticas em foco mitral, tricúspide, aórtico e pulmonar. Tórax sem alterações, respiraçãocom uso da musculatura acessória e dispnéia. Abdome arredondado com ruídos hidroaéreos hiperativosnos quatro quadrantes; sons timpânicos e submaciços à percussão; à palpação semi-rígido. Pacienteapresenta oligúria e eliminação intestinal sem alterações.

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DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEMCATEGORIZAÇÃO DOS PROBLEMAS DOMÌNIOS E CLASSES AFETADOS DIAGNÓSTICO DEENFERMAGEM- H.A.S,- precordialgia,- algia em MMSS,- antecedentes de infarto do miocárdio,- dispnéia,-taquicárdico,- fadiga,- pele fria,- sudorese,- edema de MMII,- estase jugular á direita,- bulhashipofonéticas em focos: mitral, tricúspide, aórtico e pulmonar,- oligúria,- sedentário,- ex.fumante. Domínio: 04 ou Atividade/Repouso.

Classe: 04 ou Resposta Cardiovasculares/Pulmonares. Débito Cardíaco diminuído, relacionado áfreqüência cardíaca alterada, contratilidade alterada, pós-carga alterada, pré-carga alterada, caracterizadopor taquicardia, distensão de veia jugular, edema, fadiga, dispnéia, oligúria, pele fria.- Dispnéia,-Precordialgia,- sensação de morte iminente,- uso de musculatura acessória para respirar,- fadiga,- pelefria,- taquicárdico, - ex. fumante,- ansioso,- sedentário. Domínio: 04 ou Atividade/Repouso.Classe: 04 ou Resposta Cardiovasculares/Pulmonares. Perfussão Tissular ineficaz cardiopulmonar,relacionado á transporte prejudicado do oxigênio, caracterizado por dispnéia, dores no peito, freqüênciarespiratória alterada, fora dos parâmetros aceitáveis, sensação de morte iminente , uso de musculaturaacessória.- Ansioso,- expressão facial triste,- dispnéia,- postura cabisbaixa,-H. A. S,- taquicárdico,-fadiga,- náusea.- sudorese. Domínio: 09 ou Enfrentamento/Tolerância ao Estresse.Classe: 02 ou Resposta de Enfrentamento. Ansiedade, relacionado á ameaça-ao estado de saúde, estresse,mudança: - no meio ambiente, - no estado de saúde, caracterizado por preocupações expressas em razãode mudança em eventos da vida, pesaroso, ansioso, respiração aumentada, tensão facial, aumento dapressão sanguínea, dificuldades respiratórias, pulso aumentado, fadiga , náuseas.- Algia em MMSS,- ansioso,- dispnéia,- fadiga,- uso de musculatura acessória para respirar. Domínio: 04ou Atividade/Repouso.Classe: 04 ou Resposta Cardiovasculares/Pulmonares. Padrão Respiratório ineficaz, relacionado áansiedade, dor, fadiga, caracterizado por dispnéia, uso de musculatura acessória para respirar.

PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM META/OBJETIVODébito Cardíaco diminuído. Melhorar o débito cardíaco.O cliente deverá apresentar melhora de P.A em 2dia.O cliente deverá apresentar melhora de precordialgia em 1 dia.O cliente deverá apresentar melhora detaquicardia em 1 dia.O cliente deverá apresentar melhora em ausculta cardíaca em 2 dias.O cliente deveráapresentar melhora de edema de MMII em 5 dias.O cliente deverá apresentar melhora de algia em MMSSem 1 dia.Perfussão Tissular ineficaz cardiopulmonar. Melhorar perfussão tissular cardiopulmonar.O cliente deveráapresentar-se livre de sensação de morte em 1 dia.O cliente deverá apresentar melhora da temperatura dapele em 1 dia.O cliente deverá apresentar melhora de sudorese em 1 dia.Ansiedade. Diminuir á ansiedade. O cliente deverá apresentar melhora de ansiedade em 1 dia.O clientedeverá apresentar melhora da auto estima em 5 dias.O cliente deverá apresentar-se livre de náusea em 1dia.Padrão Respiratório ineficaz. Restabelecer o padrão respiratório. O cliente deverá apresentar melhorade dispnéia em 1 dia.O cliente deverá apresentar-se livre de uso de musculatura acessória para respirar em2 dias.O cliente deverá receber ar úmidificado em 1 dia.

PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM HORÁRIOS

- Realizar ausculta cardíaca e comunicar o médico a qualquer sinal de anormalidade. 10------------14-------------22-------------06- Observar, comunicar e anotar providência e evolução:- diminuição ou asência de perfusão periférica,-queixa de dormência,- extremidade fria. M----------------------T-------------------------N- Proporcionar ambiente calmo e seguro. M----------------------T-------------------------N- Manter monitorização com P.A.M não invasivo, monitor cardíaco e oxímetro de pulso. M----------------------T-------------------------N- Observar, comunicar relato/ expressão de dor e anotar providência e evolução. M----------------------T-------------------------N- Verificar sinais vitais de 4/4 h. � � � � � � 08 12 16 20 24 04 08- Observar e comunicar enfermeiro , emcaso de (x) sangramento,(x) hematoma, (x) edema, (x) hipotensão e hipertensão arterial. M----------------------T-------------------------N

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- Comunicar enfermeiro , em caso de queixa de desconforto respiratório, dilatação nasal e alteraçãodo padrão e freqüência respiratória e saturação com O2 < 90%. M----------------------T-------------------------N- Realizar balanço hídrico. � � � � � � 08 12 16 20 24 04 08- Observar e manter água destilada do copoúmidificador. M----------------------T-------------------------N- Manter decúbito com cabeceira do leito elevada. M----------------------T-------------------------N- Adiministrar oxigênio C.P.M. M----------------------T-------------------------N- Manter repouso no leito. M----------------------T-------------------------N- Avaliar as características da dor precordial: intensidade, localização, irradiação e duração. S/N- Oferecerdieta adequada ( hipossódica e hipocalórica ). M----------------------T-------------------------N- Deixar a mão e orientar quanto ao uso de campainha para solicitar auxílio. M----------------------T-------------------------NIMPLEMENTAÇÃO02/06/08 10h, Cliente mantendo oxigenoterapia c.p.m, P.A.M não invasivo, monitor cardíaco e oxímetrode pulso, realizado balanço hídrico e ausculta cardíaca , permanece com decúbito elevado em 45°,aceitou dieta oferecida, diurese espontânea.

EVOLUÇÃO02/06/08 18:30h, Evolui com dor precordial, medicado com item 03 da prescrição médica e traçadoE.C.G com elevação do segmento ST, apresenta pele aquecida, relata melhora da ansiedade e fadiga.

Princípios básicos relacionados às anotações de enfermagem Registrar os dados à caneta, nunca à lápis em letra legível e sem rasuras; Não pular linha entre uma anotação e outra. Não deixar parágrafo ao iniciar a frase. Não manter

espaço entre o ponto final e a assinatura; Serviços diurnos normalmente utilizam caneta na cor azul e serviços noturnos normalmente

utilizam na cor vermelha; Verificar o tipo de impresso que é utilizado na instituição e a rotina que instrui o seu

preenchimento; Preencher o cabeçalho adequadamente, inclusive a data; Indicar o horário toda vez que a anotação for realizada; Ler anotação anterior antes de realizar novo registro;

Fazer as anotações em seguida à prestação do cuidado, à observação de intercorrências, informaçõesrecebidas ou condutas tomadas, registrando-se a hora exata do evento;

Registrar os fatos de forma descritiva, completa, exata e objetiva, evitando-se julgamento; Deve-se evitar o termo “paciente” repetidas vezes, pois o prontuário é pessoal e intransferível; Nunca rasure ou rabisque o prontuário. É contra indicado o uso de corretor para retificar erros que

por ventura aconteçam durante a realização da anotação. Neste caso recomenda-se a utilização dapalavra digo entre vírgulas, redigindo-se em seguida a informação correta. Em caso de ter anotadoem papeleta errada passar um traço sobre o registro e anotar “erro, cliente errado”;

Distinguir na anotação a pessoa que transmite a informação. Assim quando é o cliente que informa,utilizam-se os verbos na terceira pessoa do singular; “Informa que...”, “A mãe refere que acriança...”,ou, “Segundo a nutricionista...”;

Registrar a evolução de enfermagem de forma organizada, e seguindo uma seqüência lógica; Usar terminologia adequada. As abreviaturas devem ser evitadas, exceto as padronizadas

institucionalmente; Evitar anotações estereotipadas e uso de termos gerais como; “sem intercorrência”, “segue em

observação de enfermagem” ou “sem queixas”, o que não fornece nenhuma informação relevante enão são indicativas de assistência prestada;

Realizar as anotações freqüentemente, pois, se nenhuma assistência foi feita no decorrer de váriashoras, pode-se legalmente acusar que nenhuma assistência foi prestada ou que ninguém cuidou docliente;

As anotações devem conter condições do cliente ao se iniciar o plantão. Dados sobre asnecessidades básicas: nutrição, hidratação, sono e repouso, locomoção, motilidade, eliminação,cuidados corporais, regulação térmica, vascular e oxigenação, comunicação, integridade cutânea,

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reações as drogas, drogas infundidas, curativos, catéteres, sinais e sintomas, acidentes eintercorrências, recebimento de visitas e reações, condições do cliente ao final do plantão;

Registrar todas as medidas de segurança adotadas para proteger o cliente, bem como medidasrelativas à prevenção de complicações;

Assinar a anotação colocar o número do registro no COREN.

Exemplos de relatório de enfermagem:8:30- Apresenta-se consciente, corada, comunicativa, emotiva, queixosa, aceitou o desjejum,deambulando, normotensa, eupneica, normocárdica, afebril, mantendo venóclise por scalp em MSD, semsinais flogísticos, eliminações fisiológicas presentes. Refere tontura, pirose, algia, náusea, insônia, porémnão apresenta o mesmo, não aceitou a higiene corporal. Marcela8:00- Apresenta-se consciente, comunicativo, deambulando, aceitou o desjejum, tomou banho deaspersão, mantendo abocath heparinizado em MSE, sem sinais flogísticos, diurese presente, eliminaçãointestinal ausente há 1 dia, MIE apresentando hiperemia em região tibial com discreto odor e algumasáreas com fibrina. Refere pirose. Marcela10:10- Apresenta-se consciente, com dificuldade na fala, sonolento, comunica-se quando solicitado,aceitou o desjejum, acamado, realizado banho no leito, escara em MSD, feito curativo, venóclise porscalp em MSD, sem sinais flogísticos, hemeplegia à esquerda, diurese presente com uso de uripen comdébito de 400ml, eliminação intestinal por fralda. Apresentou tosse produtiva. Marcela * Ver terminologia técnica e abreviaturas mais usadas.

ASSISTÊNCIA AO CLIENTE GRAVE E AO MORTO

Na maior parte das situações, um cliente com infecção severa também apresenta condições físicasbastante comprometidas, principalmente porque a susceptibilidade às infecções é notadamente maior nosclientes graves. Nestes casos, nem sempre se evidencia uma resposta terapêutica desejável e o pacienteacaba evoluindo para óbito. Qualquer que seja a causa ou doença que provoque a morte, observa-se quemuitos chegam à fase terminal sem alterações no estado de consciência e quando são informados sobre agravidade e evolução não-satisfatória da doença apresentam reações emocionais distintas.Assim, a família pode sentir-se desorientada sobre como agir ou o que dizer ao cliente, uma vez que aabordagem sobre a morte é muito dolorosa e de difícil compreensão e aceitação. Porém, é importante queela sinta que o paciente está recebendo a melhor assistência possível e que tudo está sendo feito paraminimizar sua dor... Se o paciente ou um familiar manifestar o desejo de receber assistência espiritual, aequipe de enfermagem pode viabilizar seu encontro com o representante de sua escolha. A compreensãodos seus sentimentos é fundamental para a definição da abordagem mais propícia e eficaz.A forma de proporcionar conforto, apoio e encorajamento ao cliente e familiares dependerá dascircunstâncias, estado emocional e crenças, bem como do grau de sensibilidade e preparo da equipe quepresta atendimento.Alterações corporais que normalmente antecedem a morte indicam para a equipe que as condições docliente são graves e a resposta ao tratamento não é satisfatória. É comum a presença de sinais e sintomasneurológicos como agitação psicomotora, estado de inconsciência, diminuição ou abolição de reflexos,relaxamento muscular, queda da mandíbula, incapacidade de deglutição, acúmulo de secreçãoorofaríngea, relaxamento esfincteriano e midríase.Outras alterações indicam falência cardiocirculatória e respiratória, como pulso filiforme, hipotensãoarterial, choque, taquicardia ou bradicardia, dispnéia acentuada, respiração ruidosa e irregular, cianose,equimoses, pele pálida e fria, sudorese fria e viscosa.Nesta fase, é importante garantir ao paciente a privacidade e a companhia dos seus entes queridos,mantendo-o em quarto ou utilizando biombos caso ele encontre-se em enfermaria. A enfermagem devezelar para que os cuidados de higiene corporal sejam realizados com a freqüência necessária, bem comoas mudanças de decúbito e o adequado alinhamento de seu corpo, em cama confortável e com grades. Osolhos devem ser mantidos ocluídos se o reflexo palpebral estiver abolido, visando evitar ulceração dacórnea. Para manter a permeabilidade das vias aéreas superiores, deve-se realizar aspirações freqüentes desecreções, promover o umedecimento do ar inspirado e retirar as próteses dentárias.

ASSISTÊNCIA AO MORTO

A morte ou óbito significa a cessação da vida, com interrupção irreversível das funções vitais doorganismo e, legalmente, deve ser constatada pelo médico. Após a morte, observa-se esfriamento do

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corpo, manchas generalizadas de coloração arroxeada, relaxamento dos esfíncteres e rigidezcadavérica. A equipe de enfermagem deve anotar no prontuário a hora da parada cardiorrespiratória, asmanobras de reanimação, os medicamentos utilizados, a hora e causa da morte e o nome do médico queconstatou o óbito. Somente após essa constatação inicia-se o preparo do corpo: limpeza e identificação,evitar odores desagradáveis e saída de secreções e sangue e adequar a posição do corpo antes que ocorra arigidez cadavérica.Faz-se necessário lembrar que o cadáver merece todo respeito e consideração, e que sua família deve seratendida com toda a atenção, respeitando-se sua dor e informando-a cuidadosamente, de modocompreensível, sobre os procedimentos a serem realizados. Geralmente, é o médico quem fornece ainformação da causa e hora da morte; no entanto, atualmente, a presença do familiar junto ao pacienteterminal tem sido incentivada e autorizada (.visitas liberadas.), o que permite à família acompanhar maisde perto a situação. Na medida do possível, durante a fase terminal, é imprescindível que a equipe deenfermagem sensibilize-se na ajuda/amparo ao familiar do paciente, o que pode ser conseguido ouvindo-ocom atenção, tocando- o, rezando com ele e incentivando-o para que traga músicas suaves que o paciente-família gostem.

PREPARO DO CORPO

Antes de preparar o material a ser utilizado, verificar se há necessidade de realizar a higiene do corpo; aseguir, providenciar algodão, pinça pean ou similar, atadura de crepe, benzina ou similar para removeresparadrapo,maca sem coxim, lençóis, biombo (se houver outros clientes no quarto) e etiqueta deidentificação preenchida e assinada pelo enfermeiro ou responsável. Após a limpeza do corpo e retiradade drenos, sondas, catéteres e outros objetos, realizar o tamponamento de cavidades - caso não hajacontra-indicação religiosa/cultural e se esta for a rotina normal da instituição. Com o auxílio da pinça,tamponar com algodão as cavidades do ouvido, nariz, boca, ânus e vagina, objetivando evitar a saída desecreções.Antes que ocorra a rigidez cadavérica, fechar os olhos do morto, colocar dentadura ou ponte móvel (sehouver) e, com o auxílio de ataduras de crepe, fixar o queixo, pés e mãos. A etiqueta de identificaçãodeve ficar presa ao pulso, e o corpo mantido em posição anatômica: decúbito dorsal e braços sobre otórax. O corpo deve ser transferido para maca forrada com lençol disposto em diagonal - com o qual seráenrolado, coberto e transportado ao necrotério.Os valores e pertences devem ser entregues aos familiares - na ausência dos mesmos, arrolados eguardados em local apropriado. Recomenda- se não descartar pertences que aparentemente não possuemvalor, como papel de orações, revistas, etc., deixando para os familiares a tarefa de selecionar o que deveser desprezado.Após esses procedimentos, dar destino adequado aos aparelhos e materiais utilizados nareanimação e providenciar a limpeza da unidade.

“Morrer é fazer uma despedida da vida, de forma agradecida, por aquilo que ela nos propiciou. Morrer éentão fechar os olhos para ver melhor o sentido do universo e do Mistério que o circunda e perpassa.”

Leonardo Boff

Princípios básicos relacionados às anotações de enfermagem Registrar os dados à caneta, nunca à lápis em letra legível e sem rasuras; Não pular linha entre uma anotação e outra. Não deixar parágrafo ao iniciar a frase. Não manter

espaço entre o ponto final e a assinatura; Serviços diurnos normalmente utilizam caneta na cor azul e serviços noturnos normalmente

utilizam na cor vermelha; Verificar o tipo de impresso que é utilizado na instituição e a rotina que instrui o seu

preenchimento; Preencher o cabeçalho adequadamente, inclusive a data;

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Indicar o horário toda vez que a anotação for realizada; Ler anotação anterior antes de realizar novo registro;

Fazer as anotações em seguida à prestação do cuidado, à observação de intercorrências, informaçõesrecebidas ou condutas tomadas, registrando-se a hora exata do evento;

Registrar os fatos de forma descritiva, completa, exata e objetiva, evitando-se julgamento; Deve-se evitar o termo “paciente” repetidas vezes, pois o prontuário é pessoal e intransferível; Nunca rasure ou rabisque o prontuário. É contra indicado o uso de corretor para retificar erros que

por ventura aconteçam durante a realização da anotação. Neste caso recomenda-se a utilização dapalavra digo entre vírgulas, redigindo-se em seguida a informação correta. Em caso de ter anotadoem papeleta errada passar um traço sobre o registro e anotar “erro, cliente errado”;

Distinguir na anotação a pessoa que transmite a informação. Assim quando é o cliente que informa,utilizam-se os verbos na terceira pessoa do singular; “Informa que...”, “A mãe refere que acriança...”,ou, “Segundo a nutricionista...”;

Registrar a evolução de enfermagem de forma organizada, e seguindo uma seqüência lógica; Usar terminologia adequada. As abreviaturas devem ser evitadas, exceto as padronizadas

institucionalmente; Evitar anotações estereotipadas e uso de termos gerais como; “sem intercorrência”, “segue em

observação de enfermagem” ou “sem queixas”, o que não fornece nenhuma informação relevante enão são indicativas de assistência prestada;

Realizar as anotações freqüentemente, pois, se nenhuma assistência foi feita no decorrer de váriashoras, pode-se legalmente acusar que nenhuma assistência foi prestada ou que ninguém cuidou docliente;

As anotações devem conter condições do cliente ao se iniciar o plantão. Dados sobre asnecessidades básicas: nutrição, hidratação, sono e repouso, locomoção, motilidade, eliminação,cuidados corporais, regulação térmica, vascular e oxigenação, comunicação, integridade cutânea,reações as drogas, drogas infundidas, curativos, catéteres, sinais e sintomas, acidentes eintercorrências, recebimento de visitas e reações, condições do cliente ao final do plantão;

Registrar todas as medidas de segurança adotadas para proteger o cliente, bem como medidasrelativas à prevenção de complicações;

Assinar a anotação colocar o número do registro no COREN.

Exemplos de relatório de enfermagem:8:30- Apresenta-se consciente, corada, comunicativa, emotiva, queixosa, aceitou o desjejum,deambulando, normotensa, eupneica, normocárdica, afebril, mantendo venóclise por scalp em MSD, semsinais flogísticos, eliminações fisiológicas presentes. Refere tontura, pirose, algia, náusea, insônia, porémnão apresenta o mesmo, não aceitou a higiene corporal. Marcela8:00- Apresenta-se consciente, comunicativo, deambulando, aceitou o desjejum, tomou banho deaspersão, mantendo abocath heparinizado em MSE, sem sinais flogísticos, diurese presente, eliminaçãointestinal ausente há 1 dia, MIE apresentando hiperemia em região tibial com discreto odor e algumasáreas com fibrina. Refere pirose. Marcela10:10- Apresenta-se consciente, com dificuldade na fala, sonolento, comunica-se quando solicitado,aceitou o desjejum, acamado, realizado banho no leito, escara em MSD, feito curativo, venóclise porscalp em MSD, sem sinais flogísticos, hemeplegia à esquerda, diurese presente com uso de uripen comdébito de 400ml, eliminação intestinal por fralda. Apresentou tosse produtiva. Marcela * Ver terminologia técnica e abreviaturas mais usadas.

TÉCNICAS BÁSICAS DE ENFERMAGEM

1º. SEMESTRE

ANEXO I

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TÉCNICAS DE VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS

Verificando a pressão arterialA leitura da pressão arterial mede indiretamente a variação da pressão que o sangue exerce sobre asparedes das artérias nas contrações e distensões do coração.Durante a contração do músculo cardíaco, a pressão é maior — chamada pressão máxima ou sistólica. Àmedida que o coração relaxa, a pressão diminui, atingindo o mínimo antes da contração seguinte: é apressão mínima ou diastólica. A taxa normal de pressão varia de 10 por 6 (ou 100 por 60) a 14 por 9 (ou140 por 90) em adultos. O primeiro número do par se refere à pressão máxima ou sistólica (10 ou 100,por exemplo), e o segundo indica a pressão mínima ou diastólica (neste caso, 6 ou 60).A medição pode ser feita com aparelhos manuais e estetoscópio, ou com aparelhos digitais.

Usando o aparelho digitalAntes de fazer a verificação, leia atentamente o manual de instruções que acompanha o aparelho. Éimportante ler o manual completo antes de começar, a fim de ter uma noção geral do funcionamento doaparelho.

Verificando a sua própria pressãoFaça-o quando estiver tranqüilo e relaxado, pois o desgaste físico ou emocional podem afetar o resultado. Sente-se em posição ereta ou deite-se. Mantenha o braço estendido, firmemente apoiado e na

direção do coração. Envolva o braço com a braçadeira (parte larga de tecido do aparelho) acimado cotovelo, como na figura. Ajuste-a firmemente, e só então ligue o aparelho;

fig. 8

Pressione a bomba inflável ("pêra") até o marcador digital atingir 160. Então, pare de bombear;os números no mostrador passam a se alterar de forma acelerada. Quando a numeração seestabilizar, a medição da pressão será indicada no mostrador;

Depois de anotar os números, esvazie a braçadeira pressionando o botão localizado próximo à"pêra" (ou proceda conforme indicado no manual de instruções). Desligue o aparelho e retire abraçadeira.

Verificando a pressão do cliente

Você pode usar um aparelho convencional e um estetoscópio para fazer a medição. Lembre-se de que eleprecisa ser calibrado a cada seis meses.

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1. Peça à pessoa que se sente confortavelmente e relaxe por cerca de dois minutos. Diga-lhe paradescansar o braço em uma mesa, mantendo-o na direção do coração. Sempre verifique a pressão nestaposição e no mesmo braço;2. Arregace a manga do paciente e envolva a parte superior do braço, logo acima do cotovelo, ajustando abraçadeira de forma que seja possível colocar apenas dois dedos entre a faixa e o braço;3. Usando os dedos médio e indicador, apalpe o pulso do paciente, perto do polegar. Quando conseguirsenti-lo, gire a válvula da bomba inflável ("pêra") em sentido anti-horário para fechá-la, e bombeie parainflar a braçadeira. Assim que parar de sentir o pulso, fique atento à indicação do medidor. (Esta pressãodigital, isto é, a sensação tátil do batimento, é o sinal que orienta o pressionamento da bomba). A seguir,gire o botão da pêra em sentido horário para abri-la e liberar o ar;4. Posicione as aurículas do estetoscópio nos ouvidos, e o diafragma na artéria braquial, na dobra dobraço;

fig. 9

5. Pressione a bomba até o marcador atingir 30 pontos acima daquela sentida anteriormente (a indicaçãoobtida no item 3). Então, solte a válvula da bomba para esvaziar a braçadeira. Ao escutar a primeirabatida, grave o número no marcador: esta é a pressão mínima (sistólica). Continue a esvaziar lentamente abraçadeira. Quando as batidas pararem, grave o número no marcador: esta é a pressão máxima(diastólica);

6. Por fim, esvazie completamente a braçadeira e retire-a. Anote os números obtidos, a data e a hora damedição.

TEMPERATURA CORPORAL(FEBRE E HIPOTERMIA)

A temperatura do interior do corpo (temperatura central) permanece quase constante, dentro de umavariação de mais ou menos 0,6º C, mesmo quando exposto a extremos de frio ou calor, graças ao aparelhotermorregulador.A temperatura corporal obedece a um ritmo circadiano, atingindo o seu máximo durante o anoitecer entre18 e 22 horas e a sua maior baixa no início da manhã entre 2 e 4 horas.Os valores térmicos estão aumentados em certas condições, tais como refeições, exercícios intensos,gravidez ou ovulação.

Regulação da temperatura corporal

A manutenção da temperatura corporal é resultado do equilíbrio entre a produção do calor (combustão dealimentos, fígado e músculos) e a perda calórica.

O calor gerado no interior do organismo chega à superfície corporal através dos vasos sangüíneos queformam o plexo vascular subcutâneo, mas pouco calor se difunde para a superfície, graças ao efeitoisolante do tecido adiposo.

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O fluxo sanguíneo para a pele representa até 30% do débito cardíaco total. A condução do calor paraa pele é controlada pelo grau de constrição das arteríolas e das anastomoses arteriovenosas (sistemanervoso simpático), sendo que ao chegar na superfície, o calor é transferido do sangue para o meioexterno, através de: irradiação (60%), evaporação (22%), convecção (15%) e condução (3%).

Termostato hipotalâmico: Os estímulos que atingem os receptores periféricos são transmitidos aohipotálamo posterior, onde são integrados com os sinais dos receptores pré-ópticos para calor, originandoimpulsos eferentes no sentido de produzir ou conservar o calor (vasoconstrição na pele, piloereção,produção de hormônios como a tiroxina, e os tremores musculares) ou perder calor (estimulação deglândulas sudoríparas e vasodilatação dos vasos cutâneos).

Locais de verificação da temperatura e Valores normaisAinda há bastante polêmica quanto ao local ideal para se fazer a mensuração; pode ser: axilar, oral, retal,timpânico, esofágico, nasofaringiano e vesical. Temperatura axilar: 35,5 a 37ºC, com média de 36 a 36,5ºC Temperatura bucal: 36 a 37,4ºC Temperatura retal: 36 a 37,5, isto é, 0,5ºC maior que a axilar

Sinal de Lenander: temperatura retal ultrapassa a axilar em 1ºC, como nas pelviperitonites.

FEBRE

Significa elevação da temperatura corporal como resultado de uma elevação do ponto de ajuste dotermostato hipotalâmico.A elevação do ponto de regulação térmica desencadeia uma série de mecanismos destinados a aumentar atemperatura corporal central (tremores, vasoconstrição, aumento do metabolismo celular, etc.) de forma aatingir o novo equilíbrio.Pode ser causada por distúrbios no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que influenciam os centrostermorreguladores chamadas pirogênios endógenos (IL-1, TNF, IL-6, IL-2, etc) e exógenos (bactérias,vírus, lipopolissacarídeos, etc). Os pirogênios endógenos agem no SNC, estimulando a produção deprostaglandinas (PGE2), que irá atuar no hipotálamo, desencadeando a reação febril.- Ação da aspirina, paracetamol e dipirona na redução da febre

Hipertermia

Elevação da temperatura corporal acima do ponto de regulação térmica, mais freqüentemente secundáriaà ineficiência dos mecanismos de dissipação do calor ou, menos freqüentemente, por produção excessivade calor com dissipação compensatória insuficiente. Não responde aos antipiréticos comuns.Exemplo: intermação (temperaturas ambientais extremamente altas ou decorrente de esforços).

A febre é benéfica ao paciente? Diminuição do crescimento e da virulência de várias espécies bacterianas e aumento da

capacidade fagocítica e bactericida dos neutrófilos e dos efeitos citotóxicos dos linfócitos -Neurossífilis, infecções gonocócicas, artrite reumatóide;

A maior velocidade dos processos metabólicos acentua a perda de peso, aumenta o trabalho e afreqüência cardíaca. A sudorese agrava a perda de líquidos e sais. Pode haver mal-estarconseqüente à cefaléia, fotofobia, indisposição geral ou uma desagradável sensação de calor. Oscalafrios e os suores profusos das febres sépticas são particularmente penosos para o paciente –Neoplasias malignas, IAM.

Sintomas subjetivos da febreSíndrome febrilAstenia, inapetência, cefaléia, taquicardia, taquipnéia, taquisfigmia, oligúria, dor no corpo, calafrios,sudorese, náusea e vômitos, delírio, confusão mental, convulsões...

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Características semiológicas da febre1- Inicio: Súbito ou gradual2- Intensidade:

• Leve ou febrícula: até 37,5 °C• Moderada: 37,5 a 38,5 °C• Alta ou elevada: acima de 38,5 °C

3- Duração: Poucos dias Prolongada (mais de 10 dias): tuberculose, malária, septicemia, endocardite infecciosa,colagenoses, linfomas, pielonefrite, febre tifóide.

4- Modo de evolução5- Término

Em crise: a febre desaparece subitamente Em crise: a febre diminui lentamente

Modo de evolução

Quadro térmico normal

Febre Contínua: permanece sempre acima do normal, com variações de até 1°C, sem grandes alterações.

Febre Irregular ou Séptica: Picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou apirexia, semqualquer caráter cíclico. (septicemia, abscessos pulmonares, empiema vesicular, TB, fase inicial damalária)

37°C

36°C

38°C

39°C

38°C

37°C

39°C

40°C

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Febre Remitente: Hipertermia diária com variações de mais de 1°C e sem períodos de apirexia.(septicemia, pneumonia, TB)

Febre Intermitente: A hipertermia é ciclicamente interrompida por um período de temperatura normal;cotidiana (manhã/tarde), terçã (um dia) ou quartã (dois dias). Causas: malária, infecções urinárias,linfomas e septicemias.

Febre Recorrente ou Ondulante: Período de temperatura normal que dura dias ou semanas, interrompidopor períodos de temperatura elevada, sem grandes oscilações. (doença de Hodgkin e outros linfomas)

Causas de febre

As doenças causadoras de febre podem ser divididas em 3 tipos:

37°C

36°C

38°C

39°C

38°C

37°C

39°C

40°C

37°C

36°C

38°C

39°C

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1- Aumento da produção de calor: hipertireoidismo2- Bloqueio na perda de calor: ausência congênita das glândulas sudoríparas, ICC.3- Lesão de tecidos: Infeções por bactérias, rickettsias, virus e outros parasitas; Lesões mecânicas: cirurgias, esmagamentos; Neoplasias malignas: linfoma, Ca primitivo ou metastático do fígado; Doenças hemolinfopoéticas: anemias hemolíticas, púrpura, hemofilia. Afeções vasculares: IAM, hemorragia, tromboses Mecanismos imunológicos: autoimunidade, medicamentos Doenças do SNC: AVC, TCE, Cirurgia, lesão da medula...

Febre de origem indeterminada (febre de origem obscura): todo processo febril com duração de mais detrês semanas, com temperaturas maiores que 38,3ºC, por várias vezes, cujo diagnóstico não é estabelecidoapós uma semana de hospitalização.Causas: infecções (30-50%), neoplasias e doenças hematológicas (10-30%), miscelânea (20-40%); TB.

Hipertermia maligna: Síndrome hipermetabólica de causa desconhecida deflagrada em indivíduossuscetíveis por anestésicos gerais, relaxantes musculares e possivelmente, pelo estresse.

HIPOTERMIA

Diminuição da temperatura corporal abaixo de 35,5ºC na região axilar ou de 36ºC no reto, associada acondições que diminuem a produção de calor ou aumentam a sua perda.

Hipotermia leve: 32 a 35ºCHipotermia moderada: 30 a 32ºCHipotermia grave: abaixo de 30ºC

Fatores predisponentes para o aparecimento de hipotermia:

Fatores pessoais Roupa inadequada Roupa molhada Extremos de idade (recém-nascido, idoso) Alteração do estado de consciência Debilidade e exaustão Imobilidade

Drogas Álcool Anestésicos Antitiroideus Narcóticos Sedativos/hipnóticos Hipoglicemiantes

Estado de saúde Alcoolismo Queimaduras graves Insuficiência cardíaca Demência Lesões do SNC Secção transversal da medula espinhal

Encefalopatia Diabetes ou hipoglicemia

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Malnutrição Mixedema (hipotireoidismo) Hipopituitarismo Insuficiência supra-renal Choque

ATADURAS

A atadura é uma cobertura que é enrolada em torno de uma parte do corpo. A faixa é um tipo de atadurageralmente aplicada em determinada parte do corpo, como o abdômen ou as mamas. As ataduras e asfaixas podem ser feitas de gaze, algodão fino, rolos elásticos e malha.Elas atendem a vários objetivos, como:Elas atendem a vários objetivos, como:- Manter os curativos no lugar, especialmente quando a fita adesiva não pode ser usada ou o curativo émuito grande.- Apoiar a área em torno de uma ferida ou lesão para reduzir a dor.- Limitar os movimentos na área da ferida para promover a cicatrização.Aplicação de uma atadura em roloA maioria das ataduras vem em rolos de larguras variadas. A extremidade é presa em uma das mãos,enquanto o rolo é repetidamente passado em torno da parte a ser cuidada.

Vários princípios são seguidos durante a aplicação de uma atadura em rolo:- Erguer e apoiar o membro- Enrolar na direção distal para proximal- Evitar falhas entre cada volta da atadura- Exercer tensão igual, embora não excessiva, a cada volta- Manter a atadura sem dobras- Prender a extremidade do rolo da atadura- Verificar a cor e a sensação dos dedos das mãos e dos pés expostos com freqüência.- Retirar a atadura para a higiene e repô-la pelo menos duas vezes ao dia.

Há seis técnicas básicas para uso de uma atadura em rolo:- Volta em círculo: é utilizada como âncora e fixação da atadura em seu início e fim. Ela simplesmenteenvolve segurar com uma das mãos a extremidade livre do rolo e colocar a atadura em torno da área,trazendo-a de volta ao ponto de partida.

- Volta em espiral: a volta em espiral sobrepõe-se em parte, a uma volta anterior. A sobreposição variade uma metade a três quartos da largura da atadura. As voltas em espiral são utilizadas quando enrolamosuma parte cilíndrica do corpo, como os braços e as pernas.

- Volta em espiral inversa: é uma modificação da volta em espiral. Quando utilizada, o rolo é invertido ameio caminho da volta anterior.

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- Volta em oito: é melhor empregada quando uma área que abrange uma junta requer o uso de atadura.Trata-se de uma volta feita por meio de voltas oblíquas que, de maneira alternada, sobem e descem,simulando o número "8".

- Volta em "spica": constitui uma variação da volta em oito. Difere no sentido de que inclui uma partedo tronco ou do peito.

- Volta recorrente: é feita passando-se o rolo para trás e para frente sobre a extremidade de uma parte docorpo. Uma vez feitas várias voltas recorrentes, a atadura é firmada através da conclusão de sua aplicaçãocom uma outra volta básica como aquela em oito. As voltas recorrentes são especialmente benéficas aoenrolar-se o coto de um membro amputado.

DIFERENÇA ENTRE COMPRIMIDOS, DRÁGEAS, CÁPSULAS E PÍLULAS

Duas características clínicas principais influenciam a seleção e o uso de um medicamento: suafarmacodinâmica (o que o medicamento faz ao corpo) e sua farmacocinética (o que o corpo fazao medicamento). Além do que o medicamento faz (por exemplo, alívio da dor, redução dapressão sangüínea, redução do nível do colesterol plasmático), a farmacodinâmica descreve onde(o lugar) e como (o mecanismo) determinado medicamento atua no corpo.Para que um medicamento funcione, ele deve atingir o local do corpo onde está ocorrendo oproblema, e é por isso que a ciência da farmacocinética é importante. Uma quantidade suficientedo medicamento deve permanecer no local de ação até que a substância “faça seu trabalho”, masnão prolongadamente, a ponto de produzir efeitos colaterais ou reações tóxicas graves.Portanto a forma de apresentação do medicamento indica como ele ira agir, onde, por quanto

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tempo e como será eliminado.Os medicamentos possuem varias classificações e uma delas refere-se ao estado de agregação, edeste modo os medicamentos podem ser classificados como: Liquido, Sólido, Gasoso ou semi-sólido.Os medicamentos no estado sólido podem ser apresentados na forma em pó ou em váriosformatos sob a compressão ou moldagem (comprimido, drágea, pílula, cápsula e supositório)Comprimido - O medicamento em pó é submetido à compressão em um molde geralmente emforma cilíndrica, de disco de faces planas ou de lentilhas. Frequentemente, junta-se à substânciaativa um excipiente para lhe dar o volume conveniente. Normalmente são administrados por viaoral (ingeridos ou sublingual) e em alguns casos, colocados subcutaneamente (implantes) ouaplicados localmente.Drágea - Espécie de comprimido revestido por uma substancia açucarada, com ou sem corante,de modo a evitar a sua fácil desagregação precoce, para proteger a substância ativa da unidade eluz, para ocultar características organolépticas indesejáveis, para facilitar a sua ingestão ou paraproteger a substância ativa da destruição estomacal; geralmente é indicado quando se deseja umaabsorção em nível intestinal. Administra-se por via oral.Cápsula - O medicamento, em pó, e neste caso pode tambem ser liquido, é colocado em uminvólucro de gelatina de consistência dura. Administra-se por via oralPílula - O Medicamento é compresso em forma esférica, podendo ser ou não revestida desubstância açucarada.Supositório - Ao medicamento é misturado veículos oleosos e moldado no formato oblongo,Administra-se por via anal.

SONDAS E DRENOS

INTRODUÇÃOSondagem é a colocação de sondas nos orifícios naturais do organismo ou através de abertura da pelecom a finalidade de extrair líquidos retidos, diagnóstico ou penetração de alguma substância. As sondassão em geral de borracha ou plásticos semi-rígidos, atóxicos. São de secção cilíndrica e comprimentosvariáveis para atingir órgãos em várias profundidades. São usadas de preferência tubos confeccionadosde PVC por serem atóxicos, de superfície lisa e terem baixo poder aderente às secreções. Os tamanhospadronizados dos diâmetros externos do catéter e a maioria dos instrumentos endoscópicos são fornecidosde acordo com a escala francesa de Charriére (unidades de 0,33 mm = 1 French [F] ou 1 Charriére[Charr]. Assim, 3F é igual a 1 mm de diâmetro.

CATETERISMO VESICAL

É a introdução de um catéter estéril através da uretra até a bexiga, com o objetivo de drenar a urina.Deve-se utilizar técnica asséptica no procedimento a fim de evitar uma infecção urinária no paciente.

Tem por finalidade: Esvaziar a bexiga dos pacientes com retenção urinária; Controlar o volume urinário; Preparar para as cirurgias principalmente as abdominais; Promover drenagem urinária dos pacientes com incontinência urinária;

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Auxiliar no diagnóstico das lesões traumáticas do trato urinário.

No entanto, nos casos de incontinência urinária, a sondagem vesical só é aconselhada em casos especiais,preferindo-se usar absorventes, calças plásticas ou URUPEN nos homens; o URUPENS é um tipo decondom adaptado externamente ao pênis, ligado a uma extensão e este ao coletor de urina. E ainda, noscasos de retenção urinária, quando as medidas para estimular a micção forem ineficazes.Devemos verificar se trata-se de retenção urinária ou anúria. Se houver hipertensão dolorosa da bexiga, éretenção urinária, podendo optar por medidas tais como : abrir torneira próximo ao paciente; despejarágua morna na região perineal ou ainda, colocar bolsa de água quente na região abdominal.A presença de sonda vesical no paciente, significa possibilidade de infecção hospitalar, com risco debacteriúria de até 5% por dia de sondagem. Assim sendo, a indicação da sonda vesical deve ser feitaapenas na impossibilidade dos métodos alternativos, revisando regularmente a necessidade demanutenção da catéterização, removendo-a logo que possível

CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DA SONDAGEM VESICAL

O risco de infecção relacionada ä cateterização reduz de 97% para até 8% quando empregamos sistemasfechados de drenagem. Deve-se evitar a abertura deste sistema e, quando for manipulado, deve-se lavar asmãos e utilizar luvas de procedimento. A sonda deve ser trocada apenas quando necessário, não existindovantagens na sua troca periódica. O refluxo da urina á associado com infecção, por isso o saco coletordeve ser adequadamente posicionado, abaixo do nível da bexiga do paciente, evitando seu contato com ochão, devendo ser freqüentemente esvaziado para manter o fluxo urinário.

PROCEDIMENTOS NA SONDAGEM DE ALÍVIO FEMININA

Primeiramente devemos explicar a paciente o que será feito e, após reunir o material: Pacote de cateterismo vesical esterilizado contendo : cuba-rim, cuba redonda, bolas de algodão e

pinça Pean ou similar; Sonda Uretral Vesical (Nelaton nr 8 a 12) ou sonda Uretral. (nr 10 a 14); Luvas estéreis e frasco com PVP-I tópico; Tubo de ensaio para coletar amostra se necessário; Cercar a cama com biombo; Encaminhar a paciente para higiene íntima ou faze-la se necessário; Colocar a paciente em posição ginecológica, protegendo-a com um lençol; Abrir com técnica asséptica o pacote de cateterismo sobre a cama entre as pernas da paciente; Colocar na cuba redonda o anti-séptico e o lubrificante na gaze; Abrir o invólucro da sonda vesical, colocando-a na cuba-rim;

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Colocar a luva com técnica asséptica; Afastar os pequenos lábios com o polegar e o indicador da mão esquerda e com a mão direita

fazer anti-sepsia no períneo com as bolas de algodão embebidas na solução anti-séptica, usando apinça Pean. A anti-sepsia deverá ser no sentido púbis-ânus; na seqüência: grandes lábios,pequenos lábios, vestíbulo; usar a bola de algodão uma vez e despreza-la.

Afastar com a mão direita a cuba redonda e a pinça; Continuar a manter, com a mão esquerda, exposto o vestíbulo e, com a mão direita, introduzir a

sonda (a mais ou menos 10 cms ou até ocorrer retorno da urina ), colocando a outra extremidadena cuba-rim para receber a urina drenada;

Retirar a sonda (quando terminar a drenagem urinária); Controlar o volume urinário, colher amostra da urina, guardá-la para o controle de diurese, ou

ainda, desprezá-la. Fazer as devidas anotações no prontuário da paciente.

PROCEDIMENTO NA SONDAGEM DE DEMORA FEMININA

Reunir o material: idêntico ao de alívio, substituindo a sonda de polivinil pela sonda de demora (Foley –n°. 08 a 24) e acrescentando seringa de 10ml, ampola de água destilada de 10 ml, esparadrapo, bolsacoletora de sistema fechado.

Repetir a técnica da sondagem vesical de alívio; Após a passagem da sonda, insuflar o balãozinho com soro fisiológico, através da válvula

existente na extremidade da sonda e puxá-la até sentir-se a ancoragem do balão no trígonovesical;

Conectar a sonda na extensão do coletor e prende-lo na grade da cama; Retirar as luvas; Fixar a sonda com uma tira de esparadrapo na coxa da paciente saindo por cima da mesma.

PROCEDIMENTO NO CATETERISMO MASCULINO

Repetir a técnica do cateterismo feminino com as seguintes diferenças:

Colocar o paciente em decúbito dorsal e com as pernas afastadas; Após enluvar as mãos colocar 8 ml de geléia anestésica na seringa com auxílio de outra pessoa;

Segurar o pênis com uma gaze (mão esquerda), mantendo-o perpendicular ao abdome; Fazer a anti-sepsia, afastando o prepúcio com o polegar e o indicador da mão esquerda, e, com a

pinça montada, fazer a anti-sepsia do meato uretral para a periferia; Injetar a geléia anestésica na uretra com a seringa esterilizada, Pressionar a glande por 2 a 3 minutos, a fim de evitar refluxo da geléia; Introduzir a sonda até a sua extremidade (18-20cm) com movimentos para baixo, com o pênis

elevado perpendicularmente e baixar o pênis lentamente para facilitar a passagem na uretrabulbar;

Recobrir a glande com o prepúcio, a fim de evitar edema da glande; Fixar a sonda na coxa ou na região hipogástrica (profilaxia de fístulas uretrais).

SONDAGEM GASTROINTESTINAL

A passagem de sonda gastrointestinal é a inserção de uma sonda plástica ou de borracha, flexível,podendo ser curta ou longa, pela boca ou nariz, com a finalidade de:

Descomprimir o estômago e remover gás e líquidos; Diagnosticar a motilidade intestinal; Administrar medicamentos e alimentos; Tratar uma obstrução ou um local com sangramento;

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Obter conteúdo gástrico para análise.

CONDIÇÕES OU NECESSIDADES QUE REQUEREM UTILIZAÇÃO DE SONDA

Preparação pré-operatória com dieta elementar; Problemas gastrointestinais com dieta elementar; Terapia para o câncer; Cuidado na convalescença Coma, semiconsciência*; Condições hipermetabólicas; Alcoolismo, depressão crônica, anorexia nervosa*; Debilidade*; Cirurgia maxilofacial ou cervical; Paralisia orofaríngea ou esofagiana*; Retardo mental*.

*Possibilidade de regurgitação ou eliminação de vômito, aspirando a fórmula administrada. Assim sendo,cada caso deve ser considerado individualmente.

SONDA NASOGÁSTRICA (LEVIN(E))

É uma das mais usadas, existindo no mercado tanto tubos de plástico como de borracha com orifícioslaterais próximos à ponta; são passadas normalmente pelas narinas. Apresenta uma única luz. A sonda éusada para remover líquidos e gases do trato gastrointestinal superior, obter uma amostra do conteúdogástrico para estudos laboratoriais e administrar alimentos e medicamentos diretamente no tratogastrointestinal. A colocação da sonda deve ser checada depois de colocada aspirando-se o conteúdogástrico e checando-se o pH do material retirado. O pH do aspirado gástrico é ácido (+-3); o pH doaspirado intestinal (+-6,5), e o pH do aspirado respiratório é mais alcalino (7 ou mais). Uma radiografia éo único meio seguro de se verificar a posição da sonda.

TÉCNICA USADA PARA COLOCAÇÃO DA SONDA NASOGÁSTRICA

Lavar as mãos; Explicar o procedimento ao paciente Marcar com fita adesiva 50 cm na sonda nasogástrica, a partir da extremidade distal,

denominando um primeiro ponto; A extremidade distal da sonda é colocada na ponta do nariz e estendida até o trago (ponta da

orelha) e a seguir estende-se a sonda novamente até o ponto do apêndice xifóide, marcando-se osegundo ponto com fita adesiva;

Para localizar na sonda o ponto máximo de introdução, que aqui chamamos de terceiro ponto,devemos encontrar o meio do caminho entre o primeiro e segundo ponto, garantindo umacolocação ótima no estômago.

O paciente deve ser colocado sentado em uma posição neutra com a cabeça para frente. Calçar luvas;

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Lubrificar a ponta da sonda utilizando xilocayna gel; Introduzir a sonda através da narina escolhida, progredindo lentamente, solicitando que o

paciente faça movimentos de deglutição, até atingir o terceiro ponto marcado préviamente comfita adesiva.

Confirmar a posição gástrica da sonda, através de radiografia; teste do pH do conteúdo gástrico,ou ainda através do teste habitual por aspiração e reconhecimento do conteúdo gástrico, atravésde insuflação de ar com ausculta ou através do método de borbulhamento de ar.

Fixar a sonda utilizando um pedaço de cordonet que será amarrado próximo a narina e fixado nodorso do nariz e na fronte do paciente.

SONDA NASOENTÉRICA

As sondas de alimentação são de poliuretano ou borracha de silicone e tem diâmetros pequenos. Elaspossuem ponta de tungstênio e algumas tem lubrificantes ativados pela água. Deve ser feito controle deRaio-X após a passagem da sonda.A sonda nasoentérica, ou sonda longa, é introduzida através do nariz e passada pelo esôfago e estômagoaté o trato intestinal. As sondas nasoentéricas podem ser usadas tanto para alimentação quanto paraaspiração e descompressão. A sucção é necessária pelas seguintes razões:

Evacuar líquidos e flatos, de forma a evitar vômito e reduzir a tensão ao longo da linha deincisão;

Reduzir edema, que pode causar obstrução; Aumentar o fluxo sangüíneo para a linha de sutura, desta forma fornecendo nutrição ao local

cirúrgico.As sondas podem permanecer por um tempo até que a peristalse retorne.

SONDA DE MOSS

A sonda de Moss é uma sonda de descompressão gástrica de 90 cm de comprimento, três luzes e somenteum balão que serve para fixar a sonda ao estômago quando inflado. O catéter de descompressão servepara aspiração gástrica e esofagiana como também para lavagem. A terceira luz é uma via paraalimentação duodenal.

SONDA DE SENGSTAKEN – BLAKEMORE

Indicada em casos de hemorragias de varizes do esôfago, hemorragias de fundo varicoso, combinação dehemorragias de varizes do esôfago e do fundo varicoso.Colocar o paciente na posição vertical, enrolando os balões à volta do cabo do tubo, introduzindo a sondapelas vias nasais, inserindo-a ao longo da zona nasal. O paciente pode auxiliar engolindo e respirandofundo.Tendo em atenção a anatomia do paciente, inserir a sonda a um comprimento de aproximadamente 50 cm.Encher o balão gástrico com a quantidade de ar previamente determinada e depois fechar o funil do lúmen

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de enchimento. Retirar o tubo até que o balão gástrico se ajuste corretamente à cárdia ( a posiçãocorreta é indicada pela resistência ressaltada quando é efetuado um ligeiro puxão ). Fixar a sonda assimque estiver corretamente posicionado. No caso de haver em simultâneo uma hemorragia do fundovaricoso, a sonda é fixada com a aplicação de tensão moderada. Encher o balão para esófago até que esteatinja uma pressão ideal (30-40 mmHg) verificando a pressão do balão interno para garantir umaestabilidade no decorrer do tratamento, iniciando o processo de sucção e irrigação.Se após 12 horas não ocorrer hemorragia, o balão para esófago deverá ser esvaziado para evitar danos namucosa causados pela pressão. Após, esvaziar o balão gástrico retirando a sonda cuidadosamente.

SONDA RETAL

É indicada para aliviar a tensão provocada por gazes e líquidos no intestino grosso. Utilizável tambémpara retirada de conteúdo fecal através do reto. A sonda retal tem um orifício lateral e um orifício frontal(extremidade aberta), baseado na finalidade da sonda, que é aliviar a tensão provocada por gazes elíquidos no intestino grosso, bem como, para retirada de conteúdo fecal, tem-se a necessidade de,conforme a situação, retirada de materiais, inclusive sólidos. A abertura frontal dará um melhor resultadona sucção do material sólido, trabalho que o orifício lateral responderia com eficiência (capacidade), masnão com eficácia (que produz o efeito desejado; que dá bom resultado).

SONDA TRAQUEAL COMUM (NELATON) E COM VÁLVULA DE PRESSÃONEGATIVA

Usada para aspiração de secreções mais profundas nos pulmões. É indicada a pacientes impossibilitadosde eliminar as secreções e pacientes intubados e traqueostomizados. A sucção é realizada por umequipamento apropriado. Se em vez de conector tivermos a válvula, o próprio operador da sonda temcondição de interromper ou diminuir o fluxo de sucção sem mexer diretamente no equipamento ouestrangulando o tubo. A sonda para aspiração traqueal tem dois orifícios laterais e um orifício frontal(extremidade aberta), feita para aspirar, via de regra, muco da região da traquéia, tem os orifícios lateraisunidos ao frontal que tratarão de dar o devido parâmetro de limpeza à região. Não temos quatro orifícioslaterais porque já que a sucção é realizada por aparelho mecânico geralmente (aspirador cirúrgico) oexcesso de sucção devido ao número excessivo de orifícios pode vir a colapsar a traquéia causando lesãoaos tecidos no local (colapso = estado anormal em que as paredes de um órgão, normalmente afastadas,entram em contato).

CATÉTER DE OXIGÊNIO TIPO SONDA

Aplicação de oxigênio por catéter nasal, para auxiliar na respiração do paciente. Possui quatro orifícioslaterais, evitando desta forma um excesso de oxigênio que, em região de mucosa causa lesão comconsequente necrose de células.

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DRENO DE PENROSE

Dreno de borracha, tipo látex, utilizado em cirurgias que implicam em possível acúmulo local pós-operatório, de líquidos infectados ou não.O orifício de passagem do dreno deve ser amplo, e o mesmo deve ser posicionado à menor distância daloja a ser drenada, não utilizando o dreno através da incisão cirúrgica e, sim, através de uma contraincisão.A fim de evitar depósitos de fibrina que possam vir a ocluir seu lúmen, o dreno de penrose deve serobservado e mobilizado em intervalos de 12 horas, ou seja, tracionado em cada curativo (exceto quandocontra-indicado), cortado seu excesso e recolocado o alfinete de segurança estéril, usando luvaesterilizada. Seu orifício de saída deve ser ocluído com gaze estéril, devendo este curativo sersubstituído sempre que necessário.

DRENO DE SUCÇÃO (PORTOVAC)

É um sistema fechado de drenagem pós-operatória, de polietileno, com dureza projetada para uma sucçãocontínua e suave. É constituído por uma bomba de aspiração com capacidade de 500 ml, com cordão defixação; uma extensão intermediária em PVC com pinça corta-fluxo e conector de duas ou três vias, e umcatéter de drenagem com agulha de aço cirúrgico (3,2mm, 4,8mm ou 6,4mm).

SONDA DE MALECOT

Utilizada em procedimentos que proporcionam acesso direto ao estômago para alimentação integralprolongada, suporte medicamentoso e descompressão gástrica; podendo ser temporária ou permanente.

DRENO DE KERR

Introduzido na região das vias biliares extra-hepáticas, utilizados para drenagem externa, descompressão,ou ainda, após anastomose biliar, como prótese modeladora, devendo ser fixado através de pontos naparede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua saída espontânea.

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PRODUTOS UTILIZADOS PARA ANTI-SEPSIA

PVP-I DEGERMANTEProduto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo em solução degermante (1% de iodo ativo); complecoestável e ativo que libera o iodo progressivamente. É ativo contra todas as formas de bactérias nãoesporuladas, fungos e vírus. É indicado na degermação das mãos e braços da equipe cirúrgica e napreparação pré-operatória da pele de pacientes.

PVP-I TÓPICO 1%Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo 1% em solução aquosa, proporcionando ação rápida e efeitoprolongado mesmo em presença de matéria orgânica. É ativo contra as formas de bactérias nãoesporuladas, fungos e vírus. É indicado na anti-sepsia de mucosa oral e vaginal, bem como aplicação emferidas e queimaduras. Anti-sepsia pré-operatória complementar (após degermação prévia) do campooperatório. Anti-sepsia da pele para cateterização vesical, venosa e arterial.

PVP-I TINTURA 10%Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo 10% em solução aquosa, indicado na anti-sepsiacomplementar e na demarcação do campo operatório. Contra-indicado nas lesões de pele de grandesuperfície, devido à absorção sistêmica de iodo e mucosas.

DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA 2%Utilizado para profissionais da área da saúde (degermação das mãos em áreas críticas), e/ou pacientessensíveis aos compostos iodados.

Referências Bibliográficas:1- BRUNNER & SUDDARTH – Enfermagem Médico-Cirúrgica (4 volumes) – Guanabara Koogan,

1999.2- FARRERAS & ROZMAN – Medicina Interna – Ed. Guanabara Koogan, 1998.3- FANTUCH & MACHADO & RAIA – Manual de pré e pós operatório. Ed. Manole, 1996

TEMPERATURA CORPORAL

Introdução Através de eficientes mecanismos nosso corpo tem sua temperatura central mantida constante, tendo

uma pequena variação de apenas ± 0,6°C (exceto em situação febril). Um ser humano pode permanecer nu em uma faixa de temperatura que vai dos 13°C aos 70°C, e

mesmo assim sua temperatura corporal é mantida praticamente constante. Ao contrário da temperatura central, a temperatura cutânea varia conforme a temperatura ambiente. A temperatura central média de um ser humano fica na faixa de 36,7°C e 37°C, quando medida na

boca. Porém pode variar quando se pratica atividades físicas intensas ou quando se está exposto atemperaturas ambientais severas. (A figura abaixo ilustra situações de variações da temperaturacorporal).

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Para ajudar a manter sua temperatura constante, algumas partes do corpo são fundamentais, pois atuamcomo materiais isolantes.Os principais sistemas isolantes do corpo são: a pele (foto abaixo) os tecidos subcutâneos a gordura dos tecidos subcutâneos

O controle da temperatura corporal é feito através do equilíbrio entre a quantidade de calor produzida e aquantidade perdida, realizado através de diversos mecanismos.

Ganho de Calor:A produção de calor é um dos principais subprodutos do metabolismo. Alguns fatores que determinam ataxa de produção de calor são:

valor basal do metabolismo de todas as células do organismo. aumento do metabolismo causado por atividade muscular. aumento do metabolismo decorrente do efeito da tiroxina sobre as células. aumento do metabolismo causado pelo efeito da epinefrina, norepinefrina e estimulação

simpática sobre as células. aumento do metabolismo em decorrência da maior atividade química nas células.

Os órgãos profundos (fígado, cérebro, coração e músculos esqueléticos) são os principais responsáveispela produção de calor. Este calor é então transferido para a pele, onde é perdido para o meio ambiente.

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Em situações onde a temperatura do corpo está excessivamente baixa, o organismo atua para ganharcalor através da: vasoconstrição cutânea em todo o corpo piloereção aumento da produção de calor

O aumento da produção de calor pode se dar das seguintes formas: estimulação hipotalâmica dos calafrios excitação química simpática da produção de calor aumento da produção de tiroxina

Perda de Calor:Os fatores que determinam a quantidade de calor perdido são: velocidade com que o calor é transferido das partes mais interiores do corpo para a pele velocidade com que o calor é transferido da pele para o ambiente

A transferência de calor do centro do corpo para a pele é realizado através do fluxo sangüíneo, e a trocade calor se dá principalmente em regiões expostas como as mãos, os pés e as orelhas. Podemos entãoperceber que a pele funciona como um radiador. (figura abaixo)

A condução de calor pelo sangue é controlada através do grau de vasoconstrição das arteríolas eanastomoses artério venosas, que por sua vez é controlado pelo sistema nervoso simpático. Os principaismecanismos de perda de calor são:

Irradiação:A perda por irradiação é mais importante, cerca de 60% em condições normais. Esta perda ocorre emforma de raios de infravermelho, uma forma de onda eletromagnética que todos os objetos (acima do zeroabsoluto) emitem. Portanto o corpo humano emite e recebe este tipo de onda, sendo que quando o corpoestá mais quente que os objetos em sua volta ele emite mais que recebe.Condução:A troca de calor direta com outros objetos através da condução é responsável por uma parte bem pequenada quantidade de calor perdida (3%). Já a condução para o ar representa uma parte bem mais significativa,cerca de 15%.Convecção:A remoção de calor através de corrente de ar (convecção) é uma etapa após a condução, devido ao fato doar quente ter a tendência de elevar-se. Este fenômeno evita que o ar quente fique em contato com a pele, oque prejudicaria a troca de calor.

Efeito de resfriamento do vento:A velocidade do ar imediatamente adjacente a pele é maior que a normal, isto faz com que as perdas porconvecção aumentem.

Evaporação:

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Quando a água se evapora da superfície corporal verifica-se uma perda de 0,58 Calorias por grama deágua. Este fenômeno ocorre na pele e nos pulmões, mesmo quando a pessoa não está suando, e éresponsável por uma perda média de 12 a 16 calorias por hora. Porém está evaporação insensível nãopode ser controlada para fim de termo regulação, pois decorre da difusão contínua de moléculas de água.Já a perda por suor pode ser controlada através da regulação da sudorese.Quando a temperatura corporal for maior que a do ambiente as perdas se darão principalmente porirradiação e condução, mas quando a temperatura do meio for maior que a da pele, estes processos farãocom que o corpo ganhe calor, sendo a evaporação a única maneira do corpo perder calor.O uso de roupas normais reduz a perda de calor por convecção pela metade, pois diminui o fluxo de ar.Porém, se a roupa estiver úmida, sua capacidade de manutenção térmica é praticamente toda perdida, poisa água é um bom condutor.Em situações onde a temperatura do corpo está excessivamente quente, o organismo atua para perdercalor através da: vaso dilatação dos vasos sanguíneos cutâneos sudorese inibição dos mecanismos de produção de calor

Regulação da Temperatura. O Papel do Hipotálamo:A estimulação elétrica ou por excesso de calor do hipotálamo anterior provoca sudorese. Os impulsosprovenientes desta área são transmitidos pelas vias autonômicas para a medula e, daí pela via simpáticapara a pele de todo o corpo. Uma outra maneira de se ativar a sudorese é através da epinefrina ou danorepinefrina que circula no sangue. Estes hormônios são importantes, pois quando praticamos atividadesfísicas a medula suprarrenal libera-os na corrente sanguínea.Os mecanismos de feedback que regulam a temperatura do corpo operam por meio dos centrostermorreguladores localizados no hipotálamo, auxiliados por detectores de temperatura que determinamse a temperatura corporal está excessivamente quente ou fria.A área do hipotálamo anterior contém grande número de neurônios sensíveis ao calor e ao frio,funcionando como sensores para o controle da temperatura corporal, aumentando a freqüência de suadescarga quando a temperatura sobe (neurônios sensíveis ao calor) ou desce (neurônios sensíveis ao frio).Quando a área do hipotálamo anterior é aquecida, verifica-se imediatamente por todo o corpo umasudorese profusa na pele e uma vasodilatação dos vasos sangüíneos cutâneos.Outros receptores localizados na pele e nos tecidos corporais profundos também executam um papelimportante na regulação da temperatura. Estes receptores percebem muito mais o frio do que o calor,sendo bem provável que estejam relacionados com a prevenção a hipotermia (prevenção a baixastemperaturas corporais).

A glândula sudorípara:A glândula sudorípara é composta de duas partes. Uma porção interna espiralada que secreta o suor e umaporção dutal que se dirige externamente através da derme e da epiderme da pele. (figura abaixo)

A secreção é desencadeada através de fibras nervosas simpáticas colinérgicas, sendo a quantidade desecreção liberada determinada pela intensidade do estímulo que chega às glândulas sudoríparas.A quantidade transpirada depende também do grau de adaptação da pessoa ao ambiente. Em ambientesquentes uma pessoa bem adaptada pode chegar a transpirar cerca de 3 litros por hora, enquanto umapessoa não adaptada não passa de 1 litro por hora.

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O Ponto Fixo:O ser humano possui um ponto fixo de temperatura que em média fica em torno dos 37.1°C. Pequenasvariações de temperaturas para mais ou menos estimulam rapidamente o mecanismos reguladores quetrazem a temperatura de volta para o ponto fixo.Este ponto fixo pode sofrer pequenas variações de acordo com a atividade dos receptores térmicos.Em ambientes extremamente frios ou quentes, contudo, o controle comportamental da temperaturacorporal é o mais eficiente. Este mecanismo consiste na emissão de estímulos de desconforto pelocérebro, seja pelo frio ou pelo calor. Assim a pessoa sabe se precisa procurar um ambiente maisadequado, ou se proteger de outra maneira.

PARECER DO CORENSP

Troca de agulha para administração de medicamento por via intramuscular.

Esclarecemos que a inserção de agulha em tampa de borracha de um frasco-ampola de medicamento, paraseu preparo, deve manter a afiação e o polimento da superfície da agulha, garantir o seu deslizamentosuave ao penetrar a pele, tecido subcutâneo e muscular. Para tanto é necessário que omaterial de confecção das agulhas possua características físico-químicas que garantam taispropriedades em seu controle de qualidade. O CDC (Centro de Controle de Doenças - Atlanta-EUA), refere que a troca de agulhas entre a retirada davacina de um frasco-ampola e a injeção no paciente é entre a retirada da vacina de um frasco-ampola e ainjeção no paciente é desnecessária.No caso de frasco-ampola para múltiplas doses, deve-se trocar a agulha a cada retirada de dose,ou seja, não manter a agulha inserida no frasco para asretiradas subsequentes.Não há evidências científicas que comprovem a real necessidade da troca ou não da agulha utilizadapara aspiração e aplicação dos medicamentos, no entanto,na prática clínica, observa-se que a troca de agulhas apresenta as seguintes vantagens: reduz osriscos de contaminação da agulha; evita o contato com olátex (borracha) do frasco de medicamento; minimiza irritações na pele ou tecido subcutâneo; evitaobstrução da agulha no uso de medicamentos em pó; evitamúltiplas aplicações no paciente por obstrução; minimiza a dor durante a aplicação.A NR32 em seu item 32.3.4.16 reza: deve ser assegurado uso de materiais perfuro cortantes comdispositivos de segurança, conforme cronograma estabelecido pela Comissão TripartitePermanente Nacional - CTPN.Os acidentes com perfuro cortantes expõem os profissionais da área da saúde a doenças infecciosasgraves, como por exemplo, a Hepatite e a AIDS. O uso de seringa com dispositivo de segurança queimpeça esses acidentes é uma prática de prevenção que traz benefícios aos trabalhadores e instituições desaúde.A PORTARIA N.° 939, 18 DE NOVEMBRO DE 2008 (DOU de 19/11/08 –Seção 1 – pág. 238) em seu parágrafo único: Os empregadores devem promover a substituiçãodos materiais perfurocortantes por outros com dispositivo desegurança no prazo máximo de vinte e quatro meses a partir da data de publicaçãodesta Portaria.A lei número 7498 de 25 de junho de 1986, que regulamente o exercício da enfermagemdefine como uma das funções do enfermeiro a “prevenção e ocontrole sistemático de danos que possam ser causados a clientela durante a assistência deenfermagem”.Destacamos a importância da inovação tecnológica para melhorar a qualidade da assistência efacilitar a execução dos procedimentos, desde que a segurançado paciente e do profissional seja garantida e preservada.

De acordo com a Lei 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre aregulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências, o Art. 11reza que o enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe:I - privativamente:c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços deassistência de Enfermagem;II - como integrante da equipe de saúde:b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;e) prevenção e controle sistemática de infecção hospitalar e de doenças transmissíveis emgeral;

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f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistênciade enfermagem;

Da conclusãoAssim, frente ao exposto observa-se que os procedimentos executados ou prescritos pelo enfermeirodevem sempre ter respaldo em evidênciascientíficas para garantir a segurança do paciente e dos profissionais de enfermagem.Isto posto, recomendamos:- que as instituições de saúde procedam com avaliação criteriosa das característicastécnicas, de composição e de qualidade dos materiais adquiridos, a fim de que se adequem àsfinalidades de uso, para garantir a segurança do paciente e do profissional durante a execução doprocedimento;- que sejam identificadas as necessidades de cuidado de acordo com as característicasclínicas da população atendida e do medicamento prescrito, como por exemplo, administração demedicamentos que após a reconstituição apresentam-se com maior densidade e que frequentementecausam obstrução da agulha, nestes casos deve-se trocar a agulha após o preparo e antes daadministração;- que sejam solicitados aos fabricantes/distribuidores da agulha laudos técnicos que garantam aafiação do bisel e polimento da superfície da agulha, após a perfuração da tampa deborracha dos frascos-ampola. Na ausência da apresentação dos laudos técnicos, deve-seproceder à troca da agulha após o preparo do medicamento e antes da administração do mesmo porqualquer via;- utilizar sempre agulhas de menor calibre (30x7, 30x8) para perfurar a tampa de borracha dos frascos-ampola, para manter a integridade da tampa;- que o enfermeiro participe do processo de escolha dos dispositivos.

Utilização do “teste do copo” para confirmar posicionamento de sonda nasogátricaCentenas de milhares de pacientes no mundo, a cada ano, são submetidos a procedimentos de inserçãode sondas enterais, dentre elas as SNG ou sondasorogástricas (SOG), para uma série de propósitos no tratamento de pacientes com agravos clínicos ecirúrgicos.

A checagem do posicionamento da SNG é um passo fundamental do procedimento,pois várias complicações podem ser decorrentes de falha nessa intervenção, sendo a maisgrave, a aspiração pulmonar de conteúdos gastrointestinais.

Embora eventos adversos relacionados ao posicionamento incorreto de SNG sejam poucoinvestigados em nosso meio, relatos internacionais evidenciamdados alarmantes. Em 2005, no Reino Unido, foram relatadas 11 mortes em um período de doisanos relacionadas ao posicionamento incorreto de sondas, com isso, órgãos oficiais locaispublicaram guias para teste de posicionamento de sondas enterais.A literatura da área tem apontado a confirmação radiológica (Rx) como o padrão ouro, ouseja, a técnica mais fundamentada em evidência paradeterminação do posicionamento da SNG, pois possibilita a visualização de todo o trajeto daSNG, bem como, a análise da posição da ponta distal.Também tem se apresentado como um teste confiável para avaliar o posicionamento daSNG a realização do pH da secreção gástrica, que noestômago encontra-se entre 1 a 5, e nas secreções intestinais e pulmonares, o pH é maior do que 6.Na ausência de secreção para análise de pH a técnica de insuflação de ar por seringa na cavidadegástrica e ausculta da região epigástrica é amplamenteutilizada na prática clínica. Porém, vários relatos têm demonstrado que esta não deve ser umatécnica utilizada isoladamente, devido a dificuldade que algunsprofissionais apresentam em diferenciar ausculta epigástrica do ar injetado e a ausculta daventilação pulmonar.Apesar de não se mostrar efetiva e com vários relatos de ser um método que não conseguedetectar com certeza o local da sonda, a ausculta é umaprática tradicional na enfermagem. Este método deve ser proibido como método isolado paraverificação do posicionamento da SNG.O chamado “teste do copo” não é recomendado, pois tem demonstrado fragilidade nos resultados,muitas vezes apresentando-se como falso positivo e,deste modo, também tem sido classificado como método não fidedigno para verificar oposicionamento da SNG.

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Este método pressupõe que se os furos da sonda estão introduzidos no pulmão,permaneceriam abertos, sem a presença de líquidos, permitindo assim, atroca de ar, verificada por meio do borbulhar no líquido ao se inserir a abertura da sonda em um copocom água. Este pressuposto é correto caso a SNG estejainserida em região próxima a carina (25cm no adulto), porém, este princípio não ocorrerá caso aSNG tenha sido inserida em regiões mais profundas do tratorespiratório, ou se o tecido pulmonar ocluir os furos da sonda e não permitir a troca de ar.Adicionalmente, recomendamos que, na impossibilidade de implementação de métodos radiológicosde confirmação do posicionamento de SNG, doismétodos não radiológicos devem ser associados, o teste de pH e a ausculta epigástrica, e queinstituições de saúde implementem o uso de algoritmos,fluxogramas e outras estratégias que apoiem a tomada de decisão do profissional na determinação daefetividade da procedimento. Apesar de ser uma intervenção muito realizada, devido às possíveis complicaçõesrelacionadas, deve ser implementada apenas por profissionaiscapacitados, com competência e habilidade para realização de todo o procedimento,inclusive a checagem de posicionamento da sonda, conforme as recomendações de protocolosinstitucionais.O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, esclareceque cabe ao enfermeiro privativamente a execuçãode atividades de maior complexidade, considerando o que consta na Lei 7.498/86,regulamentada pelo Decreto 94.406/87, sendo atribuição de toda aequipe a prevenção e controle de danos que possam ser causados à clientela, conforme descrito noArtigo 11.Da conclusão.Com base na literatura consultada e em manuais de boas práticas conclui-se que o uso do “teste do copo”para confirmação do posicionamento da SNG não secaracteriza como método fidedigno para constatar o posicionamento de sondas gástricasAinda, lembramos que caberá somente ao Enfermeiro a ausculta, dentro da equipe de enfermagem, poreste procedimento ser de maior complexidade técnica, exigindo do profissional conhecimento técnico-científico adequado e avançado, e que toda ação de enfermagem deverá ser documentada em prontuário,por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem descrita na nova ResoluçãoCOFEN 358/2009.

Uso de luvas de procedimento para a administração de medicamentos.

As luvas compõem o conjunto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) cuja principalfinalidade é proteger os profissionais da saúde da exposição ao sangue ou a outrosfluidos corporais como, secreções e excretas. Esse dispositivo reduz o contato direto das mãos doprofissional de saúde com tecidos do paciente, lesões e membranas mãos do profissional desaúde com tecidos do paciente, lesões e membranas mucosas.Dessa maneira, são indicadas quando se realiza procedimentos invasivos, como por exemplo napunção venosa periférica, contato com sítios estéreis, contato com pele nãointegra e mucosa, quando se manipula materiais perfuro cortantes e equipamentoscontaminados e em todas as atividades que podem expor o profissional a contato com sangue,fluidos corpóreos, secreções e excreções, como preconizado pelo Centers for Disease Controland Prevention (CDC).As luvas devem ser utilizadas como item de uso único e trocadas entre o cuidado dediferentes pacientes e nos diferentes cuidados executados no mesmo paciente. Ainda,necessitam ser colocadas imediatamente antes dos procedimentos a serem executadas edescartadas tão logo essas atividades tenham terminadodescartadas tão logo essas atividades tenham terminado.Recomenda-se que antes do uso de luvas, o profissional faça uma avaliação de risco paradeterminar, primeiramente, se há necessidade de utilizar luvas, caso afirmativo,determina-se o tipo de luva mais apropriado para a atividade a ser executada. Essaavaliação deve considerar a natureza da atividade, o tipo da possível contaminação, se oprocedimento é estéril ou não e se o paciente ou equipe possuem alergia ao látex.Além disso, outros aspectos tais como a qualidade das luvas está articulada diretamente aespecificação técnica de fabricação, e aspectos associados ao tempo de uso, ao tipo doprocedimento e a conscientização ou o conhecimento dos usuários quanto aos princípiosbásicos de assepsia tem efeito decisivo na segurança microbiológica e são considerados

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fatores importantes na proteção proporcionada pelas luvas.As luvas, quando utilizadas de maneira inadequada, podem transferir contaminação ousecreções orgânicas para as superfícies tocadas fora do atendimento, como, por exemplo, aomanipular prontuários ou aparelhos telefônicos, caracterizando uso inadequado de EPIs.Destaca-se que luvas de látex descartáveis não podem ser lavadas, nem reutilizadas e érecomendada a mudança frequente das luvas acompanhada sempre de lavagem das mãosconsiderando a RDC Nº 05/2008 que define luva cirúrgica e luva para procedimentos nãocirúrgicos como produtos feitos de borracha, DE USO ÚNICO; a Resolução RE Nº2605/06 que proíbe o reprocessamento das luvas, por ser considerado produto médico deuso único; e as normas de biossegurança vigentes. A NR 32 destaca que o uso de luvas nãosubstitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depoisdo uso das mesmas e que os EPIs, descartáveis ou não, deverão estar à disposição emnúmero suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediatofornecimento ou reposição.Ainda, a NR-6 informa, no item 6.1, que Equipamento de Proteção Individual - EPI é tododispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado àproteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança (contra agentes biológicos, porexemplo) e a saúde no trabalho. Seu Anexo I traz uma listagem que inclui a luva dever detodo empregado (item 6.7.1, letra "a").

Neste contexto o enfermeiro, de acordo com a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986,que dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão e dá outras providências, oArt. 11 determina que o enfermeiro exerça todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe:“I - privativamente:...c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços deassistência de Enfermagem;...II - como integrante da equipe de saúde:...b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais desaúde;...e) prevenção e controle sistemático de infecção hospitalar e de doençastransmissíveis em geral;f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clienteladurante a assistência de enfermagem. ...”O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, em seus artigos 63 e 64, prevêcomo direito de todo profissional de enfermagem “desenvolver suas atividadesprofissionais em condições de trabalho que promovam a própria segurança e a da pessoa,família e coletividade sob seus cuidados, e dispor de material e equipamentos de proteçãoindividual e coletiva, segundo as normas vigente” e “recusar-se a desenvolver atividadesprofissionais na falta de material ou equipamentos de proteção individual e coletivadefinidos na legislação específica.”.

Da conclusãoNeste contexto, o uso de luvas é indicado na administração de medicamentos quando a via aser utilizada, associado às condições clínicas do paciente no momento darealização do procedimento, puderem expor o profissional a contato com sangue, fluidos corpóreos,secreções e excreções.Ademais, observa-se que os procedimentos executados ou prescritos pelo enfermeiro devemsempre ter respaldo em evidências científicas para garantir a segurançado paciente e dos profissionais de enfermagem e ser realizado mediante a elaboraçãoefetiva da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), prevista Resolução COFEN358/09.Ressalta-se a importância da existência de protocolo institucional que padronize o processo deadministração de medicamentos, a fim de garantir assistência de enfermagemsegura, sem riscos ou danos ao cliente causados por negligência, imperícia ou imprudência.

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TERMINOLOGIA MÉDICA E DE ENFERMAGEM

- A -

Abdução.....afastamento de um membro do eixo do corpo.Ablepsia.....cegueira.Abrasão.....esfoladura, arranhão.Abscesso.....coleção de pus externa ou internamente.Absorção.....penetração de liquido pela pele ou mucosa.Abstinência.....contenção, ato de evitar.Acesso.....repetição periódica de um fenômeno patológico.Acinésia.....impossibilidade de movimentos voluntários, paralisia.Acinesia.....lentidão dos movimentos ou paralisia parcial.Acne.....doença inflamatória das glândulas sebáceas.Acromia.....falta de melanina, falta de pigmentação "albinismo".Adenosa.....tumor de uma glândula e que reproduz a estrutura dela.Adiposo.....gordura.Adução.....mover para o centro ou para a linha mediana.Afagia.....impossibilidade de deglutir.Afasia.....impossibilidade de falar ou entender a palavra falada.Afebril.....sem febre, apirético.Afluxo.....vinda para determinado lugar.Afonia.....perda mais ou menos acentuada da voz.Agrafia.....não consegue escrever.Algia.....dor em geral.Algidez.....resfriamento das extremidades.Algido.....frio.Alopécia.....é a queda total ou parcial dos cabelos.Aloplastia.....(prótese), substituto de uma parte do corpo por material estranho.Alucinação.....percepção de um objeto, que na realidade não existe.Ambidestro.....habilidade de usar as duas mãos.Ambliopia.....diminuição da acuidade visual.Amenorréia.....falta de menstruação.Analgesia.....abolição da sensibilidade á dor.Anasarca.....edema generalizado.Ancilose.....imobilidade de uma articulação.Anemia.....é a diminuição dos números de hemácias.Anfiantrose.....articulação que se movimenta muito pouco,ex.falange.Anidrose....ausência ou diminuição do suor.Aniridia.....ausência ou falha da íris.Anisocoria.....desigualdade de diâmetro das pupilas.Anodontia.....ausência congênita ou adquirida dos dentes.Anoretal.....região referente ao anus e reto.Anorexia.....falta de apetite, inapetência.Anorexia.....perda do apetite.Anosmia.....diminuição ou perda completa do olfato.Anóxia......redução do suprimento de oxigênio nos tecidos, falta de oxigênio nos tecidos.Anquitose.....diminuição ou supressão dos movimentos de uma articulação.Anterior.....a parte da frente.Anuperineal.....região referente ao anus e períneoAnúria.....ausência ou diminuição do volume urinário até 50ml por dia.Ânus.......orifício de saída retal.Apalestesia.....perda do sentido das vibrações.Apático.....sem vontade ou interesse para efetuar esforço físico ou mental.Apelo.....sem pele, não cicatrizado, aplicado a feridas.Desprovido de prepúcio, circuncidado.Apeplexia.....perda súbita dos sentidos, com elevação da temperatura, mas sem hemiplegia.Apnéia.......parada dos movimentos respiratórios.

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Aposia.....ausência de sede.Aptialismo.....deficiência ou ausência de saliva.Artralgia....dor articular.Ascite.....edema localizado na cavidade peritonial com acúmulo de liquido.Asfixia.......sufocação, dificuldade da passagem do ar.Astasia.....incapacidade de permanecer em pé, por falta de coordenação motora.Astenia.....enfraquecimento, fraqueza, cansaço.Ataxia.....não coordena os músculos e a locomoção.Atonia .....perda da for,ca motora dos músculos.Atresia.....ausência ou fechamento de um orifício natural.Atrofia.....diminuição do tamanho ou peso natural de um órgão ou tecido.Auricular.....referente a orelha.Azia.....sensação de ardor estomacal, eructação azeda e ácida.

-- B --

Balanite.....inflamação da glande ou da cabeça do pênis.Balanopostite.....inflamação da glande e do prepúcio.Bandagem.....enfaixe.Benigno.....que não ameaça a saúde nem á vida.Não maligno, como certos tumores, inócuo.Bilioso.....referente á bile, peculiar a transtornos causados por excesso de bile.Binasal......referente a ambos os campos visuais nasais.Biópsia.....extirpação de um fragmento de tecido vivo com finalidade diagnóstico.A peça extirpada dessamaneira.Blefarite.....inflamação das pálpebras.Blenofitalmia.....secreção mucosa nos olhos.Blenorréia.....secreção abundante das mucosas, especialmente da vagina e uretra.Blenúria.....presença de muco na urina.Bócio.....hiperplasia da glândula tireóide.Borra de café.....aspecto do vômito ou da defecação que contém sangue.Bradicardia.....diminuição dos batimentos cardíacos.Bradipnéia.....movimento respiratório abaixo do normal.Braquialgia.....dor no braço.Bucal.....oral, referente a boca.Bulimia.....fome excessiva e patológica.Bursite.....inflamação da bolsa sinovial.

-- C --

Cacofonia.....voz anormal e desagradávelCãibra.....contração muscular, espasmódica e dolorosa.Calafrio.....contrações involuntárias das musculatura esquelética com tremores e bater dos dentes.Caquexia.....desnutrição adiantada, emagrecimento severo.Cefaléia.....dor de cabeça.Choque.....síndrome que se manifesta com pele fria, queda de temperatura, cianose e morte.Cianose......coloração azulada por falta de oxigênio no sangue.Cianótico....com cianose.Cirrose.....fibrose com destruição do tecido.Cistite.....inflamação da bexiga.Cistocéle.....hérnia de bexiga.Cistostomia.....abertura de comunicação da bexiga com o exterior.Claudicação.....fraqueza momentânea de um membro.Clister.....introdução de pequena quantidade de água, medicamento ou alimento no intestino.Cloasma.....manchas escuras na pele, principalmente na face da gestante.Coagulação.....espessamento de um liquido formando coágulo.Colecistectomia.....remoção da vesícula biliar.Colecistite.....inflamação da vesícula biliar.

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Cólica.....dor espasmódica.Colostomia.....abertura artificial para saída de fezes a nível do cólon.Colpoperineorrafia.....operação reparadora em torno da vagina e períneo.Colúria......presença de bilirrubina ou bílis na urina.Coma.....estado de inconsciênciaCongênito.....doença herdada no nascimento.Congestão.....acúmulo anormal ou excessivo de sangue numa parte do organismo.Constipação....retenção de fezes ou evacuações insuficientes.Contaminação.....presença de micróbios vivos.Contratura.....rigidez muscular.Convalescença.....caminha para o restabelecimento.Convulsão.....contrações violentas involuntárias do músculo, agitação desordenada.Coprólito.....massa endurecida de matéria fecal nos intestinos.Cordialgia.....dor no coração.Costal.....relativo as costelas.Curativo compressivo.....curativos nas feridas que sangram.Curativo frouxo.....curativo em feridas que supuram.Curativo seco.....feito apenas com gaze.Curativo úmido.....quando há aplicação de medicamentos líquidos ou úmidos.Cutâneo.....referente a pele.Cútis.....derma.

-- D –

Dactilite....inflamação de um dedo, ou artelho.Debilidade.....fraqueza, falta de forças.Debridamento..... limpeza de um tecido do infectado ou necrótico de um ferimento.Decúbito.....posição deitada.Deltóide.....músculo do braço em forma de "D",onde se aplicam injeções intramuscular.Dentro.....cito a direita.Dermatite.....inflamação da pele.Dermatose.....doenças da pele.Desidratação..... perda exagerada de liquido no organismo, diminuição anormal dos tecidos doorganismoDesmaio.....lipotínea, ligeira perda dos sentidos.Diaforese.....sudorese excessiva.Diarréia.....evacuações freqüentes e liquidas.Diplegia.....paralisia bilateral.Diplopia.....visão dupla.Disfagia.....dificuldade de deglutir.Disfonia.....distúrbio na voz.Dismenorréia.....menstruação difícil e dolorosa.Dispnéia.....dificuldade respiratória, falta de ar.Dispnéico.....com dispnéia.Disquesia.....evacuação difícil e dolorosa.Disseminado.....espalhado.Distensão.....estiramento de alguma fibra muscular, intumescimento ou expansão.Distrofia.....perturbação da nutrição.Disúria.....micção difícil e dolorosa.Diurese..... volume de urina coletado, secreção urinaria.

-- E –

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Ecopraxia.....repetição dos movimentos ou maneirismo de outra pessoa.Edema.....retenção ou acúmulo de líquidos no tecido celularEmese.....ato de vomitar.Enema.....clister, lavagem, introdução de líquidos no reto.Enfisema subcutâneo....distenção gasosa dos tecidos.Enteralgia.....dor intestinal.Entérico.....relativo ao intestino.Enterorragia....hemorragia intestinal.Enurese.....incontinência urinaria noturna.Enxaqueca.....dor de cabeça unilateral.Epigastralgia.....dor no epigástrio.Epigástrio.....porção média e superior do abdômenEpisiorrafia.....sutura no períneo ou dos grandes lábios.Episiorragia.....hemorragia perineal.Episiotomia.....incisão lateral do orifício vulvar para facilitar o parto.Epistaxe.....hemorragia nasal.Epistótomo.....contrações musculares generalizados com encurvamento do corpo para frente.Equimose.....extravasamento de sangue por baixo dos tecidos "manchas escuras ou avermelhadas".Eritema.....vermelhidão na pele.Eructação.....emissão de gases estomacais pela boca,arroto.Erupção na pele.....avermelhamento da pele com vesículas.Erupção.....lesão, amarela ou enegrecida que se forma nas queimaduras ou feridas infectadas.Escabiose.....moléstia cutâneas contagiosa, caracterizada por lesão multiformes, acompanhadas porprurido intenso.Escara de decúbito.....úlcera perfurante em região de proeminências ósseas.Esclerodermia.....afecção cutânea com endurecimento da pele.Esclerose.....endurecimento da pele,devido a uma proliferação exagerada de tecido conjuntivo.Alteraçãode tecidos ou órgãos caracterizado pela formação de tecidos fibroso, endurecimento dos vasos ou perdade elasticidade.Escoriações.....abrasão, erosão, perda superficial dos tecidos.Escótomo cintilante.....pontos luminosos no campo visual, na hipertensão arterial.Escótomo.....ponto cego no campo visual.Escrotal.....relativo ao escroto.Escrotite.....inflamação do escroto.Escroto.....saco de pele suspenso na região do períneo e que aloja os testículos e os epidídimos.Escrotocele.....hérnia do escroto.Esfacelo....necrose, gangrenaEsfacelodermia.....gangrena da pele.Esfenoidal....referente ao esfenóide.Esfenóide.....osso situado no centro do assoalho do crânioEsfígmico.....relativo ao pulso.Esfigmocardiógrafo.....aparelho que registra graficamente os movimentos do pulso e do coração.Esfignomanometro.....aparelho para verificar a pressão arterial.Esfimógrafo.....aparelho que registra graficamente os movimentos do pulso.Esfíncter.....músculo circular que constrói o orifício de um órgão.Esfincteroalgia.....dor no esfíncter.Esfíncteroplastia.....reparação cirúrgica de um esfíncter.Esfíncterotomia.....divisão dos músculos de um esfíncter.Esfoliação.....desprendimento de tecido necrosado sob a forma de lâminas.Esfregaço cervical.....esfregaço das secreções mucosas do colo do útero.Esfregaço.....material espalhado numa lâmina de vidro para exame.Esmalte.....camada externa dos dentes.Esmegma.....secreção caseosa em redor do prepúcio ou dos pequenos lábios.Esofagismo.....espasmo do esôfago.Esôfago.....tubo longo situado atrás da traquéia e pelo qual caminham os alimentos para irem aoestômago.Esofagocele.....hérnia do esôfago.Esofagomalácia.....amolecimento do esôfago.

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Esofagoptose.....prolapso do esôfago.Esofagoscópio.....instrumento para exame visual do esôfago.Esofagostenose.....estreitamento do esôfago.Esofagostomia.....abertura de comunicação entre o esôfago e o exterior. Formação de uma fistulaesofagiana.Esofagotomia.....incisão do esôfago.Espasmo....contrações involuntárias, violenta e repentina de um músculo ou grupo de músculo;podeacometer as vísceras ocas como estômago e os intestinos.Espasmódico.....rígido, com espasmo.Espasmofilia.....tendência aos espasmos e ás convulsões.Espasmolítico.....medicamento que combate o espasmo.Espástico.....em estado espasmódico.Especulo.....instrumento para examinar o interior de cavidades como a vagina, reto, ouvido.Espermatite.....inflamação do canal deferente.Espermatocistite.....inflamação da vesícula seminal.Espermatorréia.....incontinência de esperma.Espermatúria.....presença de esperma na urina.Espermicida.....que destrói o espermatozóide.Espirômetro.....aparelho que mede a capacidade respiratória dos pulmões.Esplenectopia.....queda do baço.Esplenelcose.....úlcera do baço.Esplenite.....inflamação do baço.Esplenocele.....hérnia do baço.Esplenoctomia.....extirpação do baço.Esplenodimia....dor no baço.Esplenomalácia....amolecimento do baço.Esplenomegalia.....aumento do volume do baço.Esplenopatia.....afecção do baço.Esplenopexia.....fixação cirúrgica do baço.Esplenotomia.....incisão no baço.Espondilalgia.....dor nas vértebras.Espondilartrite.....inflamação das articulações vertebrais.Espondilite.....inflamação de uma ou mais vértebras.Esposticidade.....capacidade de entrar em espasmo.Esprometria.....medida da capacidade respiratório dos pulmões.Esputo.....escarro, material expectorado.pode ser mucótico, mucopurolento, purulento, hemorrágico,espumoso.Esqueleto.....o arcabouço ósseo do corpo.Esquinência.....qualquer doença inflamatória da garganta.Estado de mal asmático.....ataque severo de asma, que dura mais de 24 horas e quase impede arespiração.Estado epilético.....uma sucessão de ataques epiléticos graves.Estado.....período, fase.Estafiledema.....edema da úvula.Estafilete.....inflamação da úvula.Estafilococemia.....presença de estafilococos no sangue.Estafilococos.....bactérias em forma de cachos de uva.Estafiloplastia.....cirurgia plástica da úvula.Estafilorrafia.....sutura da úvula.Estase intestinal.....demora excessiva das fezes no intestino.Estase....estagnação de uma liquido anteriormente circulante.Esteatoma.....lipoma, tumor de tecido gorduroso.Esteatorréia.....evacuação de fezes descoradas, contendo muita gordura.Esteatose.....degeneração gordurosa.Estenose.....estreitamento.Estercólito.....fecólito, massa dura e compacta de fezes "cibalo".Estereognose.....reconhecimento de um corpo pelo tato.Estéril.....incapaz de conceber ou de fecundar - em cirurgia livre de qualquer micróbio.

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Esterilização.....operação pela qual, uma substância ou um objeto passa a não conter nenhummicróbio.Estermitatório.....que provoca espirro.Esternal.....relativo ao osso externo.Esternalgia.....dor no esterno.Esterno.....o osso chato do peito.Esternutação.....espirro.Estertor....ruído respiratório que não se ouve á auscultação no estado de saúde.Sua existência indica umestado mórbido.Estertorosa.....respiração ruidosa.Estetoscópio.....aparelho para escuta, ampliando os sons dos órgão respiratórios ou circulatórios.Estomacal.....estimulante do estômago.Estomatite.....inflamação da boca.Estomatorragia.....hemorragia da boca.Estrabismo.....falta de orientação dos eixos visuais para o objeto, devido a falta de coordenação dosmúsculos motores oculares.Estrangúria.....micção dolorosa.Estreptococo.....gênero de bactéria gram-positiva que se apresentam em forma de cadeia ou rosário.Estrias.....cicatrizes na pele do abdômen ou da cocha, pela dilatação das fibras na gestação ou parto.Estritura.....estreitamento de uma canal.Estrófulo......dermatose benigna, comum no recém-nascido.Estrumite.....inflamação da glândula tiróide.Estupor.....inconsciência total ou parcial, mutismo sem perda da percepção sensorial.Estutor.....inconsciência total ou parcial.Eteromania.....embriagues habitual pela inalação de éter.Etilismo.....vício do uso de bebidas alcoólicas, intoxicação crônica pelo álcool etílico.Etilista.....alcoólatra.Etiologia.....estudos das causas da doença.Euforia.....sensação de bem estar.Eupnéia......respiração normal.Eutanásia.....morte tranqüila, facilitando da morte nos casos incuráveis.é proibida.pela ética médica epela lei.Eutócia.....parto natural.Eutrofobia.....boa alimentação.Evacuante.....medicamento que produz evacuações de um órgão, seja purgativo, vomito, diurético ououtro.Eventração.....saída total ou parcial de vísceras na parede abdominal, mas a pele continua íntegra, hérniado intestino na parede abdominal.Evisceração.....saída das vísceras de sua situação normal, remoção de vísceras.Exacerbação.....agravação dos sintomas.Exantema.....deflorência cutânea, qualquer erupção cutânea.Excisão.....corte ou retirada de um órgão ou parte dele.Excitabilidade.....capacidade de reagir a um estimulo.Excreta.....os resíduos eliminados do corpo.Exftalmia.....projeção dos olhos para fora.Exodontia.....extração de dentes.Exostose.....projeção óssea para fora da superfície do corpo.Expectação.....ato de deixar a doença evoluir limitando-se o médico a atenuar os sintomas.Expectoração.....expelir secreção pulmonar"escarro".Expectorante.....medicamento que promove a expulsão de catarro e mucosidade da traquéia e brônquios.Exsudato.....substância liquida eliminada patológicamente.Extirpação.....retirada completa.Extrofobia.....reviramento de um órgão para fora.

-- F –

Fadiga.....cansaço, esgotamento.

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Falo.....pênis.Faringectomia.....ablação cirúrgica da faringe.Faringite.....inflamação da faringe.Faringodímia.....dor na faringe.Faringoplegia.....paralisia dos músculos da faringe.Faringoscópio.....instrumento para exame da faringe.Faringotomia.....incisão da faringe.Fastígio.....o ponto máximo da febre.Fatal....causador de morte, desastroso.Febre cerebral.....meningite.Febre de feno.....manifestação alérgica, com renite e ligeira febre.Febre entérica.....febre tifóide.Febre eruptiva.....qualquer doença febril que se acompanha de erupção na pele.Febre glandular.....mononucleose infecciosa.Febre intermitente.....alternativas de febre e temperatura normal.A malária por exemplo produz febreintermitente, com intervalos certos.Febre recorrente.....alguns dias com febre, seguidos de outros sem febre e novamente outros com febre.Febre remitente.....febre que apresenta melhoras ou diminuição, mas sem chegar a desaparecer.Febrícula.....febre pouco elevada e passageira.Fecalóide.....semelhante ás fezes.Fecaloma....fezes endurecidas.Fel.....bile.Fenestrado.....com aberturas ou janelas.Feocromocitoma.....tumor das glândulas supra-renais, que produz elevação da pressão arterial.Ferida cirúrgica.....a incisão cirúrgica asséptica.Ferida incisiva.....corte.Ferida infectada.....aquela em que há micróbios.Ferida lacerada.....quando há arrancamento ou laceração dos tecidos.Ferida perfurada.....ferida produzida pela penetração de objeto perfurante.Ferida séptica.....ferida infectada.Ferida.....lesão.Fétido.....mal cheiro.Feto a termo.....feto em condições de nascer, com aproximadamente 280 dias de gestação.Feto.....o produto da concepção a partir do 4º mês de vida intra-uterina.Fibrilação auricular.....fibrilação cardíacaFibrilação.....tremor muscular, a fibrilação cardíaca é mortal.Filático......que protege.Filaxia.....proteção, defesa.Filiforme....em forma de fio.Filopressão.....compressão de uma vaso sanguíneo por um fio.Fimose.....estreitamento do orifício do prepúcio, este não pode ser puxado para traz.Fisiatria.....fisioterapia, tratamento por meios físicos.Fisiologia.....estudo das funções do organismo.Fissura do ânus.....pequena fenda ulcerada na mucosa do ânus.Fissura.....fenda, ulceração de mucosa.Fístula cega.....fístula em que uma das extremidades é fechada.Fistula.....canal em forma de tubo e que normalmente não existe no organismo.Fistulótomo.....instrumento para incisão de fístulas.Flácido.....mole, caído.Flambagem.....ato de imergir o objeto em álcool e deitar fogo.Flato.....ar ou gases no intestino.Flatulência.....distensão do intestino pelo acúmulo de fezes e gazes.]Flebectomia....extirpação de uma veia.Flebite.....inflamação de uma veia.Fleborrexe.....ruptura de uma veia.Flebosclerose.....esclerose das veias.Flebotomia.....incisão de uma veia, venosecção.Flegmasia.....inflamação.

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Flictema.....levantamento da epiderme, formando pequenas bolhas cheias de liquido.Flogístico.....inflamatório.Flogorgênico.....que provoca inflamação.Flogose.....inflamação.Fobia.....temor mórbido, sem motivo.Foco.....sede principal de uma doença.Foliculite.....inflamação de folículos.Fomentação.....aplicação quente e úmida.Fontanela.....ou "moleira", parte não ossificada dos ossos do crânio em crianças até 10 á 12 meses.Forame....orifício, abertura.Fórceps obstétrico.....fórceps para aprender o feto e apressar ou facilitar o parto.Fórceps.....pinça.Fratura cominutiva.....fratura em que o osso de divide em mais de dois fragmentos.Fratura espontânea.....fratura óssea por rarefação(osteoporose) ou por outra doença óssea.Fratura exposta.....fratura com ruptura da pele e tecidos.Fratura.....divisão de ossos.Frenalgia.....dor no diafragma.Frenite.....inflamação no diafragma.Fulminante.....de marcha rápida e fatal.Fumigação.....desinfecção por meio de gases.Funda.....aparelho para manter a hérnia no lugar.Fungicida.....que mata os fungos.Fungo.....cogumelo parasito.Furúnculo.....infecção e inflamação de um folículo piloso.Furunculose.....aparecimento de vários furúnculos.

-- G --

Galactagogo.....que estimula a secreção de leite.Galactocelo.....dilatação da glândula mamária em forma de cisto cheio de leite.Gânglio linfático.....é um nódulo ou um aglomerado de tecidos linfóide, dividido em compartimentos porum tecido fibroso.Gangliomite.... inflamação do gânglio.Gangrena de raynound.....gangrena simétrica das extremidades.Gangrena.....necrose maciça dos tecidos devido á falta de irrigação sanguínea.Garrote.....curativo compressivo para deter hemorragia, faz-se com um torniquete , é preciso afrouxar acada hora,para evitar isquemia e gangrena.Gastralgia.....dor de estômago.Gastrectomia.....excisão de parte do estomago em casos de úlcera, câncer...Gástrico.....relativo ao estomago.Gastrite.....inflamação do estomago.Gastrocele.....hérnia do estomago.Gastrocolotomia.....incisão do estomago e do cólon.Gastrocópio.....instrumento para examinar o interior do estomago, mediante a introdução pelo esôfago deum foco luminoso e um espelho.Gastrodínia.....dor no estomago.Gastroduodenite.....inflamação do estomago e do duodeno.Gastroenterite.....inflamação simultânea do estomago e do intestino.Gastro-hepatico.....relativo ao estomago e ao fígado.Gastralgia.....dor de estomago.Gastrólito.....presença de cálculo no estomago.Gastromalácia.....amolecimento do estomago.Gastropatia.....qualquer doença ou distúrbio do estomagoGastropexia.....operação para fixação do estomago caído.Gastroplastia.....operação plástica mo estomago.

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Gastroplegia.....paralisia do estomago.Gastroptose.....prolapso do estomago.Gastrorrafia.....sutura do estomago.Gastrorragia.....hemorragia pelo estomago.Gastrorréia....secreção excessiva pelo estomago.Gastroscopia.....exame do interior do estomago.Gastrostomia.....abertura de uma fístula gástrica.Gastrosucorréia.....excessiva secreção de suco gástrico pelo estomago.Gastrotomia.....incisão do estomago.Geléia de petróleo.....vaselina.Gemioplástia.....cirurgia plástica do queixo.Genal.....relativo á bochecha.Gengivite.....inflamação da gengiva.Geniano....relativo a queixo.Genitália.....os órgãos genitais.Genoplástia.....cirurgia plástica da bochecha.Geriatria.....estudo das doenças dos velhos.Germe.....micróbios.Germicida.....que mata os germes.Gigantismo.....doença causada pelo excesso da função hipófise.Glândula.....órgão que segrega um produto específico.Glicosúria.....presença de açúcar na urina normalmente isto não deve ocorrer.Glomerulite.....inflamação dos glomérulos do rim.Glossalgia.....dor na língua.Glossite.....inflamação da língua.Glúteo.....referente ás nádegas.Glutural.....relativo á garganta.

-- H –

Hálito diabético.....hálito adocicado, cheiro de maça estragada.Halitose.....mau hálito.Hematêmese.....vomito com sangue.Hematoma.....extravasamento de sangue fora da veia.Hematúria......presença de sangue na urina.Hemeralopia.....cegueira diurna, diminuição da visão á luz do dia.Hemianalgesia.....analgesia de um lado ou de uma metade do corpo.Hemicolectomia.....remoção cirúrgica de metade do cólon.Hemicrânea.....enxaqueca, dor ( em metade do crânio).Hemiparesia.....fraqueza muscular em um lado do corpo.Hemiplegia.....paralisia de metade do corpo.Hemocultura.....cultura de sangue através de técnicas laboratoriais.Hemodiálise.....extração de substâncias tóxicas contidas em excesso no sangue mediante difusão atravésde uma membrana semipermeável.Hemofílico.....doença congênita na qual a pessoa esta sujeita a hemorragias freqüentes, por deficiência.de coagulação.Hemoftalmia.....hemorragia no olho.Hemoglobina.....pigmentos de glóbulos vermelhos, destinados a fixar o oxigênio do ar e levá-los aostecidos.Hemólise.....destruição dos glóbulos vermelhos do sangue.Hemoptise.....hemorragia de origem pulmonar,escarro com sangue.Hemorragia.....sangramento, escape do sangue dos vasos sanguíneos.Hemostasia.....processo para conter a hemorragia, coagulação do sangue.Hemotórax.....coleção de sangue, na cavidade pleural.Hepatalgia.....dor no fígado.Hepatite.....inflamação do fígado.Hepatoesplenomegalia.....aumento do volume do fígado e do baço.

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Hepatomegalia.....aumento do volume do fígado.Herpes.....infecção por um vírus com erupção de pequenas vesículas com base avermelhadas e causandoforte dor.Heteroinfecção.....infecção por germes vindo do exterior.Heteroplástia.....enxerto de tecidos de outras pessoas.Hidramnio.....excesso de líquido amnióticoHidratado.....com água.Hidrocefalia.....aumento anormal da quantidade de líquidos na cavidade craniana.Hidruxia.....urina excessiva e com baixa densidade, quase aquosa.Hiperalgesia.....excesso de sensibilidade á dor.Hipercalcemia.....quantidade excessiva de cálcio no sangue.Hipercapnia.....excesso de gás carbônico no sangue.Hiperêmese.....vômito excessivo.Hiperglicemia.....excesso de glicose no sangue.Hiperpirexia.....febre alta, acima de 40 graus C.Hiperpnéia.....respiração anormal, acelerada, com movimentos respiratórios exagerados.Hipersônia.....sonolência excessiva.Hipertensão.....aumento da pressão arterial.Hipertermia....aumento da temperatura corporal.Hipertricose.....excesso de pêlos, ou sua localização anormal.Hipertrofia.....aumento anormal de um órgão ou tecido.Hipoestesia.....diminuição da sensibilidade.Hipofixia.....falta de oxigênio.Hipotensão....baixa pressão arterial.Hipotermia....diminuição da temperatura corporal.Hipotonia....tonicidade muscular diminuída.Histerectomia.....extirpação do útero.Histeropexia.....operação para fixar o útero.Homolateral.....do mesmo lado.

-- I –

Icterícia.....coloração amarelada da pele e mucosa.Inapetência.....falta de apetite, anorexia.Indolor.....sem dor.Ingestão.....ato de engolir, alimentos ou outras substancias.Inguinal.....relativo á virilha.Insônia.....falta de sono, impossibilidade de dormir.Intra.....dentro.Intranasal.....dentro da cavidade nasal.Intra-ósseo.....dentro do osso.Involução.....volta, regressão.Isquemia.....insuficiência local de sangue.Isquialgia.....dor no quadril.

-- J –

Jejuno.....a segunda porção do intestino delgado.Jejunostomia.....ligação cirúrgica do jejuno ao abdômen, formando uma abertura artificial.Jugular.....referente ao pescoço.

-- L –

Laparoscópio.....endoscópio para exame da cavidade abdominal.Laparotomia.....incisão do abdômenLienteria.....diarréia de fezes líquidas contendo matéria não digerida.Lipotímia.....desmaio ligeiro com perda dos sentidos

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Litotomia.....abertura da bexiga para retirada de cálculos.Luxação....separação das superfícies óssea de uma articulação

-- M –

Mácula.....mancha rósea na pele, sem elevação.Com elevação é Pápula.Marca passo.....aparelho elétrico(a pilha) que se implanta perto do coração para regular os impulsosdestes, quando o nódulo sinoventricular não funciona normalmente.Mastalgia.....dor no seio.Meato.....abertura.Melena.....fezes escuras e brilhantes, com presenças de sangue que vem do estômago ou duodeno e sofreutransformações químicas.Menarca.....primeira menstruaçãoMenorralgia.....hemorragia menstrual.Meteorismo....acúmulo de gases no estomago e intestino.Metrorragia.....sangramento fora do período menstrual.Mialgia....dor muscular.Míiase.....presença de larvas de moscas no organismo.Miastemia.....fraqueza muscular.Micção.....ato de urinar.Mictúria.....micção freqüente á noite.Midríase.....dilatação da pupila.Miose.....contração da pupila.

-- N --

Náusea.....enjôo, vontade de vomitar.Necrose.....morte dos tecidos localizados, de uma região do corpo.Nefro....Prefixo que indica "rim".Neo.....neoplasia, câncer.Neurastemia.....esgotamento nervoso, depressão, cansaço facial.Nictalopia.....cegueira noturna.Nictúria ....micções noturnas freqüentes.Nistágmo ....movimento involuntário do globo ocular.Normocardia ....freqüência cardíaca normal.Notalgia....dor na região dorsal.

-- O –

Obeso.....gordo.Obstipação.....constipação rebelde, prisão de ventre.Obstrução.....bloqueio de uma canal.Odontalgia.....dor de dentes.Oligomenorréia.....menstruação insuficiente.Oligúria.....diminuição da quantidade de urina.Omalgia.....dor no ombro.Ortopnéia.....acentuada falta de ar em decúbito dorsal.Otalgia.....dor de ouvido.

-- P –

Palpitação.....batimento rápido do coração despertando sensação da existência deste órgão.Panturrilha.....barriga da perna.Paralisia.....diminuição ou desaparecimento da sensibilidade e movimentos.Paraplegia....paralisia dos membros inferiores.Parenteral.....por via que não é a bucal.Paresia.....paralisia incompleta.

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Parestesia.....alteração da sensibilidade, desordem nervosa, com sensações anormais.Perspiração.....sudorese.Petéquias.....pequenas hemorragias puntiformes.Pirose....azia, fermentação ácida com sensação de ardência do estômago a garganta.Piúria.....presença de pus na urina.Plenitude gástrica.....sensação de estufamento.Podialgia.....dor no pé.Polaciúria.....eliminação freqüente de urina.Polaquiúria.....micções freqüentes e em pequenas quantidades.Polidipsia.....sede excessiva.Polifagia....aumento do apetite.Polipnéia.....respiração rápida e ofegante.Poliúria.....aumento da quantidade de urina.Poliúria.....excessiva eliminação urinaria.Posição de fowler.....posição semi sentada que se obtém com cama articulada ou com auxilio detravesseiros.Posição de trendelemburg.....com os´pés em nível mais alto que a cabeça.Precordial.....relativo á área torácica que corresponde ao coração.Proctalgia.....dor no reto.Proctorragia.....hemorragia retal.Proctorréia.....evacuação do muco pelo ânus.Prolapso.....queda de órgãos ou víscera ou desvio de sua posição natural devido ao afrouxamento físico.Prostração.....exaustão, grande estafa.Prurido.....coceira intensa.Ptialismo.....hipersecreção salivar.Ptose palpebral.....queda da pálpebras.Ptose.....perda da posição original ou queda de um órgão interno.Pulso cheio.....o que da a sensação de artéria cheia.Pulso filiforme.....pulso mole e muito pequeno.Pulso intermitente.....pulso em que algumas pulsações não são percebidas pela mão que o apalpa.Pus icoroso.....pus ralo.Pústula.....vesícula cheia de pus.

-- Q –

Quadriplegia.....paralisia das duas pernas e dos dois braços.Queilose.....afecção dos lábios e dos ângulos da boca.Quelóide.....excesso de tecido conjuntivo na cicatriz, que fica exuberante.

-- R –

Redução.....colocação dos fragmentos ósseos na posição normal.Reflexo....contração muscular, resposta involuntária a um estimulo.Regurgitação.....volta de comia do estômago á boca.Retenção urinária.....incapacidade de eliminar a urina.Retenção.....incapacidade de eliminar.Rinirragia.....hemorragia nasal.Rinorréia.....coriza, descarga mucosa pelo nariz.

-- S –

Safenas.....nome de duas grandes veias do membro inferior.Sânie.....secreção fétida de uma úlcera.Secreção.....produto de uma glândula.Sialorréia.....salivação excessiva.Sialosquiese.....salivação deficiente (boca seca).Sibilante.....semelhante á assobio.

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Sublingual.....abaixo da língua, é uma das vias de administração de medicamentos.Supuração.....formação de pus.

-- T –

Talalgia....dor no calcanhar.Taquicardia.....aceleração dos batimentos cardíacos.O normal é entre 72 e 80.De 200 em diante o pulsose torna incontável.Taquipnéia.....movimentos respiratórios acelerados.Tarsalgia....dor no pé.Tarso.....tornozelo.Tenalgia.....dor no tendão.Tetraplegia.....paralisia dos quatros membros.

-- U –

Úlcera varicosa.....ulceração da parte inferior da perna devido a redução no suprimento do sangue.Úlcera.....necrose gradual do tecido, com perda de substância.Ulceração.....formação de úlceras.Ulorragia.....hemorragia gengival.Ureteralgia.....dor no ureter.Uretralgia.....dor na uretra.Urina residual.....urina que permanece na bexiga após a micção.Mede-se mediante cateterismo.Urticária.....erupção eritematosa da pele com prurido.

-- V –

Vasoconstrição.....contração dos vasos com estreitamento de seu cana ou luz.Vasodilatação.....dilatação dos vasos sanguíneos.Vertigem.....distúrbio neuro vegetativo, tontura.Vesículas.....bolhas.

-- X –

Xantorréia.....corrimento vaginal amarelo,acre e purulento.Xerodérmia.....secura da pele.Xeromicteria.....falta de umidade nas vias nasais.---

SIGLAS DOS TERMOS

ABD.....abdômen.ACV.....aparelho cardio vascular.AO.....aorta.AO/CD.....aorta-coronária direita.AO/DA.....aorta-descendente anterior.AP.....antecedentes pessoais.AP.....aparelho pulmonar.AR.....aparelho respiratório.ARD.....artéria radial direita.ARE.....artéria radial esquerda.ARP.....atividade da renina plasmática.ATC.....angioplastia.AVCI.....acidente vascular cerebral isquêmico.AVCH.....acidente vascular cerebral hemorrágico.AVD.....átrio ventricular direito.AVE.....aneurisma ventrículo esquerdo.BAVT.....bloqueio átrio ventricular total.

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BCP.....bronco pneumonia.BEG....bom estado geral.BH.....balanço hídrico.BIC.....bicarbonato.BL.....balanço.BRD.....bloqueio de ramo direito.BRE.....bloqueio de ramo esquerdo.CAT.....cateterismo.CAV.....comunicação atrioventricular.CD.....conduta.CEC.....circulação extra corpórea.CIA.....comunicação intra atrial.CIV.....comunicação interventricular.CMO.....cardiomiopatias obstrutivas.DCM.....doença cardíaca mitral.DI.....dia.DLAO.....dupla lesão aórtica.DLM.....dupla lesão mitral.DM.....diabete mellitus.DPM.....disfunção prótese mitral.DPOC.....doença pulmonar obstrutiva crônica.DVAO.....disfunção válvula aórtica.EAM.....estenose artéria mitral.EAO.....estenose aórtica.ECG.....eletrocardiograma.EEG.....eletroencefalograma.EOT.....entubação orotraqueal.EP.....estenose pulmonar.EXT.....extremidades.FA.....fibrilação atrial.FC.....freqüência cardíaca.FR.....freqüência respiratória.FV.....fibrilação ventricular.GECA....gastroenterocolite agudaHAS.....hipertensão arterial sistêmica.HB.....hemoglobina.HP.....história pregressa.HPP.....história pregressa do paciente.HT.....hematócrito.HVD.....hipertrofia ventricular direita.HVE.....hipertrofia ventricular esquerda.IAM.....infarto agudo do miocárdio.I.C.A.....isquemia coronária aguda.IC.....insuficiência cardíaca.ICC.....insuficiência cardíaca congestiva.ICO.....insuficiência cardíaca obstrutiva.ID.....intra dérmica.IM.....intra muscular.IRA.....insuficiência respiratória aguda.IRC.....insuficiência respiratória crônica.IVD.....insuficiência ventricular direita.MEG.....mau estado geral.MG.....marginal.MMII....membros inferiores.MID..... membro inferior direito.MIE.....membro inferior esquerdo.MP.....marca passo.MMSS....membros superiores.

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MSD.....membro superior direito.MSE..... membro superior esquerdo.MU.....murmúrio ventricular.NPP..... nutrição parenteral prolongada.P.....pulso.P.A.....pressão arterial.PCR.....parada cardio respiratória.P.G.....paralisia geral.R....respiração.RAA.....reumatismo articular agudo.RCI.....ritmo cardíaca irregular.RCR....ritmo cardíaco regular.REG.....regular estado geral.RJ.....ritmo juncional.RM.....resvacularização do miocárdio.RS.....ritmo sinusal.SC....sub cutânea.SF....soro fisiológico.SG....soro glicosado.SGF.....soro glicofisiológico.SL.....sub lingual.S/N.....se nescessário.S/RA.....sem roncos aparentes.SARA.....síndrome da angústia respiratória no adulto(edema pulmonar).SIC.....segundo informações colhidas.T....temperatura.TA.....taquicardia atrial.TV.....taquicardia ventricular.TVAO.....troca da válvula aorta.TVM.....troca de válvula mitral.V.....volemia.VD.....ventrículo direito.VE.....ventrículo esquerdo.VJD.....veia jugular direita.VJE.....veia jugular esquerda.VO.....via oral.VSCD.....veia sub clávia direita.VSCE.....veia sub clávia esquerda.VV....via vaginal.

PREFIXAÇÃO E SUFIXAÇÃO.

Principais prefixos gregos de interesse médico:

a, an - privação: acloridria, afasia, anaeróbio, analgésicoan, ana - para cima, para trás: anionte, anaplasiaana - de novo: anamnese, anastomoseanti - contra: antiemético, antídoto, antissepsiaapo - separação, derivação: apócrino apófise, aponeurosedia - através de: diagnóstico, diafragma, diarréia, diáfise, diálisedis - dificuldade: disfagia, dispnéia, dislalia, distrofia, disúriaecto - fora de, exterior: ectoderma, ectópico, ectoparasitoendo - dentro, parte interna: endocárdio, endógeno, endotélio

epi - sobre: epiderme, epidemia, epífise, epidídimoeu - bem, bom: euforia, eugenia, eutanásiaexo - para fora, externo: exoftalmia, exosmose, exógeno

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hemi - metade: hemisfério, hemiplegia, hemicrania, hemicolectomiahiper - aumento, excesso: hipertrofia, hipertonia, hiperglicemia.hipo - diminuição ou posição abaixo: hipocloridria, hipocôndrioiso - igualdade: isotérmico, isogênico, isótopo, isotônicometa - mudança, sucessão: metamorfose, metafase, metacarponeo - novo: neoplasia, neoformação, neologismooligo - pouco: oligospermia, oligúria, oligofrênicoorto - reto, direito: ortognata, ortopedia, ortodontiapan - todo: pancardite, pangastrite, pandemia, pan-hipopituitarismopen - escassez, pobreza: citopenia, leucopenia, linfopeniapara - proximidade: parasito, paratiróide, paramétrio, paranormalperi - em torno de: periarticular, periférico, peritônio, pericárdiopoli – muito: policitema, polidipsia, polimenorréia, poliúriapro - anterioridade: prognóstico, proglotesin - idéia de conjunto, simultâneo: síndrome, sincrônico, sincício.

Principais prefixos latinos de interesse médico:

ab, abs - separação, afastamento: abscesso, abstêmioad - aproximação, adição: adsorção, adstringenteante - anterioridade, para frente: antebraço, anteflexãoco, con - companhia: co-autor, congênerecontra - oposição: contraceptivo, contralateralde, des - sentido contrário, separação: desinfecção, degeneração, desnervação, dessensibilizaçãoen - introdução, mudança de estado, revestimento: encarcerar (hérnia), envenenar, envolverex - para fora: exfoliativa (citologia), exsudatoin - introdução, para dentro: intubação, invaginaçãointer : posição intermediária, reciprocidade: intersexualidade, interaçãointro - para dentro: introversão, introspecçãoper - durante, através: peroperatório, peroralpós, post - depois, em seguida: pós-operatório, post mortempre - antecedência, posição anterior: pré-coma, pré-frontalpro - para diante (não confundir com igual prefixo grego): pronação, protrusãore - repetição, volta, intensidade: repolarizar, refluxo, reforçarretro - atrás, para trás: retroperitônio, retroversão, retroalimentaçãosemi – parcialmente, incompleto: semicírculo, seemicúpio, semimortosobre, super, supra - posição acima, intensidade: sobrepor, supercílio, suprapúbico, superinfecçãosub - posição inferior, ação incompleta: subconsciente, subagudo, subliminartrans - através, além: transmural, transaminase, transexual

Principais sufixos nominais gregos de interesse médico:

ase - enzima: amilase, lipase, fosfatase, transaminaseia - coleção, qualidade, ciência: enfermaria, assistolia, cardiologiaismo - doença, sistema, crença: alcoolismo, botulismo, vitalismoíase - doença causada por parasito ou bactéria: amebíase, hanseníaseite - inflamação: apendicite, gastrite, cistite, miositeóide - semelhante a: mastóide, esfenóide, esquizóideoma - tumor: mioma, carcinoma, sarcomaose - doença não inflamatória, ou degenerativa: artrose, dermatose

Principais sufixos nominais latinos de interesse médico:

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al < -ale - adjetivos: arterial, mental, nasal, sexualança, ancia < antia - substantivos: balança, criança, ambulânciaano < -anus - adjetivos: craniano, microbianoante, ente < - vogal temática + suf. -nte: substantivos e adjetivos: acidi- ficante, calmante, expectorante,absorvente, emolienteario, a< -arius - substantivos e adjetivos: protozoário, coronária, urinárioatico <- aticum - adjetivos: pancreático, profilático, sintomáticoção < -tione - substantivos: dissecção, hidratação, pigmentaçãodade < -tate - substantivos: enfermidade, fertilidade, insanidadeento, lento < -(l)entu - adjetivos: incruento, peçonhento, purulentoeza < -itia - substantivos: fraqueza, magreza, purezaivo < -ivus - adjetivos: nutritivo, regenerativo, supurativoino < -inu - substantivos e adjetivos: intestino, mediastino, masculinoio < -ivo - substantivos e adjetivos: calafrio, doentio, sadiomento, a < -mentu, a - substantivos: aleitamento, corrimento, medicamentooso < -osus - adjetivos: aquoso, infeccioso, edematoso, membranosoura < -ura - substantivos: comissura, estatura, fissura, sutura.

Esta apostila foi elaborada em consonância ao Plano de Curso do Técnico emEnfermagem do Centro Paula Souza – SP.Os conteúdos foram retirados de diversos livros, apostilas e documentos doMS; Secretaria Estadual de Saúde de SP; COFEN e CORENSP.Aceitamos críticas e sugestões para o aprimoramento desta.

Dra. Catharina Maria Buglia Koritiake CORENSP 15074