seguros: resultados trimestre 1 de 2013

2
Sobre a Associação Portuguesa de Seguradores A APS é uma Associação Patronal fundada em 1982, sem fins lucrativos, que reúne companhias de seguros e resseguros que operam no mercado nacional, independentemente da sua natureza jurídica ou da sua nacionalidade. O conjunto das Associadas da APS representa atualmente mais de 99% do mercado segurador, quer em volume de negócios, quer em efetivos totais empregados. Para mais informações visite www.apseguradores.pt PRESS RELEASE Produção de seguro direto cresceu 6% no primeiro trimestre de 2013 Ramo Vida cresceu 12,6%, estimulado por um aumento nas contribuições dos PPR de 56,8% A produção de seguro direto cresceu 6% no primeiro trimestre de 2013 o que, por vários motivos, é um sinal animador para o sector. Em primeiro lugar, porque o volume da produção de seguros regrediu em Portugal nos dois últimos anos (-14,3% no primeiro trimestre de 2012 e -28% no de 2011). Em segundo, porque o contexto macroeconómico é obviamente adverso e não deixou de condicionar a evolução de diversos ramos Não Vida. E, em terceiro, por ser um crescimento impulsionado pela expansão dos produtos de poupança do ramo Vida, especialmente penalizados nos dois anos anteriores. RAMO VIDA DE NOVO EM EXPANSÃO Os dados disponíveis de 2013, embora apenas relativos ao primeiro trimestre, indiciam a inversão da tendência decrescente que afetou o ramo Vida nos últimos anos e a recuperação da capacidade de atração de poupanças para o setor segurador. O crescimento da produção do ramo Vida ascendeu a 12,6%, estando a ser estimulado por um significativo acréscimo de contribuições para PPR (56,8%), mas também para outros produtos de capitalização (7,9%), hoje maioritários na composição do ramo. Em simultâneo, os resgates e vencimentos estão em clara regressão, igualmente com grande enfoque neste tipo de produtos, e de tal forma que os custos com sinistros do conjunto do ramo Vida decresceram 37% neste período. Mais significativo ainda, o volume global de responsabilidades sob gestão readquiriu uma tendência ascendente desde o final do primeiro semestre de 2012, tendência que tem prosseguido ininterruptamente desde então e que alargou já em cerca de 2 mil milhões de euros o volume de poupanças em carteira, para um montante próximo dos 40 mil milhões de euros. Embora seja prematuro extrapolar esta evolução para o total do ano, não deixam de ser sinais animadores para o setor e, em geral, para a economia portuguesa, que bem carece de poupanças de longo prazo como as que corporizam os produtos do ramo Vida. RAMOS NÃO VIDA AFETADOS POR ECONOMIA E CONDIÇÕES CLIMÁTICAS Menos animadora é a evolução dos ramos Não Vida no primeiro trimestre de 2013, que contrasta com a do Vida quer na produção quer na sinistralidade. Desde logo, o volume de prémios caiu 4,3%, penalizado pela conjuntura macroeconómica, que afeta a evolução da massa segurável, e pela consequente pressão concorrencial no setor, que afeta os preços médios praticados. Lisboa, 16 de maio de 2013

Upload: seguros-mais

Post on 30-Mar-2016

215 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Produção de Seguro Directo cresceu neste primeiro trimestre de 2013.

TRANSCRIPT

Page 1: Seguros: resultados Trimestre 1 de 2013

Sobre a Associação Portuguesa de Seguradores A APS é uma Associação Patronal fundada em 1982, sem fins lucrativos, que reúne companhias de seguros e resseguros que operam no mercado nacional, independentemente da sua natureza jurídica ou da sua nacionalidade. O conjunto das Associadas da APS representa atualmente mais de 99% do mercado segurador, quer em volume de negócios, quer em efetivos totais empregados. Para mais informações visite www.apseguradores.pt

PRESS RELEASE

Produção de seguro direto cresceu 6% no primeiro trimestre de 2013

Ramo Vida cresceu 12,6%, estimulado por um aumento nas contribuições dos PPR de 56,8%

A produção de seguro direto cresceu 6% no primeiro trimestre de 2013 o que, por vários motivos, é um sinal animador para o sector. Em primeiro lugar, porque o volume da produção de seguros regrediu em Portugal nos dois últimos anos (-14,3% no primeiro trimestre de 2012 e -28% no de 2011). Em segundo, porque o contexto macroeconómico é obviamente adverso e não deixou de condicionar a evolução de diversos ramos Não Vida. E, em terceiro, por ser um crescimento impulsionado pela expansão dos produtos de poupança do ramo Vida, especialmente penalizados nos dois anos anteriores. RAMO VIDA DE NOVO EM EXPANSÃO Os dados disponíveis de 2013, embora apenas relativos ao primeiro trimestre, indiciam a inversão da tendência decrescente que afetou o ramo Vida nos últimos anos e a recuperação da capacidade de atração de poupanças para o setor segurador. O crescimento da produção do ramo Vida ascendeu a 12,6%, estando a ser estimulado por um significativo acréscimo de contribuições para PPR (56,8%), mas também para outros produtos de capitalização (7,9%), hoje maioritários na composição do ramo. Em simultâneo, os resgates e vencimentos estão em clara regressão, igualmente com grande enfoque neste tipo de produtos, e de tal forma que os custos com sinistros do conjunto do ramo Vida decresceram 37% neste período. Mais significativo ainda, o volume global de responsabilidades sob gestão readquiriu uma tendência ascendente desde o final do primeiro semestre de 2012, tendência que tem prosseguido ininterruptamente desde então e que alargou já em cerca de 2 mil milhões de euros o volume de poupanças em carteira, para um montante próximo dos 40 mil milhões de euros. Embora seja prematuro extrapolar esta evolução para o total do ano, não deixam de ser sinais animadores para o setor e, em geral, para a economia portuguesa, que bem carece de poupanças de longo prazo como as que corporizam os produtos do ramo Vida. RAMOS NÃO VIDA AFETADOS POR ECONOMIA E CONDIÇÕES CLIMÁTICAS Menos animadora é a evolução dos ramos Não Vida no primeiro trimestre de 2013, que contrasta com a do Vida quer na produção quer na sinistralidade. Desde logo, o volume de prémios caiu 4,3%, penalizado pela conjuntura macroeconómica, que afeta a evolução da massa segurável, e pela consequente pressão concorrencial no setor, que afeta os preços médios praticados.

Lisboa, 16 de maio de 2013

Page 2: Seguros: resultados Trimestre 1 de 2013

Sobre a Associação Portuguesa de Seguradores A APS é uma Associação Patronal fundada em 1982, sem fins lucrativos, que reúne companhias de seguros e resseguros que operam no mercado nacional, independentemente da sua natureza jurídica ou da sua nacionalidade. O conjunto das Associadas da APS representa atualmente mais de 99% do mercado segurador, quer em volume de negócios, quer em efetivos totais empregados. Para mais informações visite www.apseguradores.pt

PRESS RELEASE

É neste contexto que se enquadra a queda de grandes ramos como os Acidentes de Trabalho (-12,7%), Automóvel (-5,0%) e Responsabilidade Civil Geral (-6,3%), ou mesmo a relativa estagnação de outros como os Doença (-0,4%) e Incêndio e Outros Danos (-0,9%). Simultaneamente, e ao contrário do que tende a suceder em contexto recessivos, o volume global de custos com sinistros cresceu 4,8% neste período. Foi, essencialmente, o reflexo dos temporais que assolaram o país em meados de janeiro que, de acordo com as últimas estimativas, terão gerados indemnizações da ordem dos 100 milhões de euros, sem dúvida um dos mais graves eventos da história do setor segurador português. O ramo Incêndio e Outros Danos foi, naturalmente, o mais afetado, estando os seus custos com sinistros neste primeiro trimestre quase duas vezes acima dos do período homólogo do ano anterior.