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MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE PORTARIA CONJUNTA Nº 13, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2017. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Alzheimer. . O SECRETÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE e o SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS, no uso de suas atribuições, Considerando a necessidade de se atualizarem parâmetros sobre a doença de Alzheimer no Brasil e diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduoscom esta doença; Considerando que os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas são resultado de consenso técnico-científico e são formulados dentro de rigorosos parâmetros de qualidade e precisão de indicação; Considerando o Registro de Deliberação nº 267/2017 e o Relatório de Recomendação nº 285 Julho de 2017 da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), a atualização da busca e avaliação da literatura; e Considerando a avaliação técnica do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS/SCTIE/MS), do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS) e do Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET/SAS/MS), resolvem: Art. 1º Fica aprovado o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Doença de Alzheimer. Parágrafo único. O Protocolo de que trata este artigo, que contém o conceito geral dadoença de Alzheimer, critérios de diagnóstico, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação, disponível no sítio: www.saude.gov.br/sas, é de caráter nacional e deve ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes. Art. 2º Éobrigatória a cientificação do paciente,ou de seu responsável legal, dos potenciais riscos e efeitos colaterais relacionados ao uso de procedimento ou medicamento preconizados para o tratamento da doença de Alzheimer. Art. 3º Os gestores estaduais, distrital e municipais do SUS, conforme a sua competência e pactuações, deverão estruturar a rede assistencial, definir os serviços referenciais e estabelecer os fluxos para o atendimento dos indivíduos com a doença em todas as etapas descritas no Anexo desta Portaria. Art. 4º EstaPortaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Fica revogada a Portaria n o 1.298/SAS/MS, de 21 de novembro de 2013, publicada no Diário Oficial da União DOU nº 227, de 22 de novembro de 2013, seção 1, páginas 61-64. FRANCISCO DE ASSIS FIGUEIREDO MARCO ANTÔNIO DE ARAÚJO FIREMAN

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE

PORTARIA CONJUNTA Nº 13, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2017.

Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes

Terapêuticas da Doença de Alzheimer.

.

O SECRETÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE e o SECRETÁRIO DE CIÊNCIA,

TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS, no uso de suas atribuições,

Considerando a necessidade de se atualizarem parâmetros sobre a doença de

Alzheimer no Brasil e diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos

indivíduoscom esta doença;

Considerando que os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas são resultado de

consenso técnico-científico e são formulados dentro de rigorosos parâmetros de qualidade e precisão

de indicação;

Considerando o Registro de Deliberação nº 267/2017 e o Relatório de Recomendação

nº 285 – Julho de 2017 da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC),

a atualização da busca e avaliação da literatura; e

Considerando a avaliação técnica do Departamento de Gestão e Incorporação de

Tecnologias em Saúde (DGITS/SCTIE/MS), do Departamento de Assistência Farmacêutica e

Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS) e do Departamento de Atenção Especializada e Temática

(DAET/SAS/MS), resolvem:

Art. 1º Fica aprovado o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Doença de

Alzheimer.

Parágrafo único. O Protocolo de que trata este artigo, que contém o conceito geral

dadoença de Alzheimer, critérios de diagnóstico, tratamento e mecanismos de regulação, controle e

avaliação, disponível no sítio: www.saude.gov.br/sas, é de caráter nacional e deve ser utilizado pelas

Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios na regulação do acesso assistencial,

autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes.

Art. 2º Éobrigatória a cientificação do paciente,ou de seu responsável legal, dos

potenciais riscos e efeitos colaterais relacionados ao uso de procedimento ou medicamento

preconizados para o tratamento da doença de Alzheimer.

Art. 3º Os gestores estaduais, distrital e municipais do SUS, conforme a sua

competência e pactuações, deverão estruturar a rede assistencial, definir os serviços referenciais e

estabelecer os fluxos para o atendimento dos indivíduos com a doença em todas as etapas descritas

no Anexo desta Portaria.

Art. 4º EstaPortaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Fica revogada a Portaria no 1.298/SAS/MS, de 21 de novembro de 2013,

publicada no Diário Oficial da União – DOU nº 227, de 22 de novembro de 2013, seção 1, páginas

61-64.

FRANCISCO DE ASSIS FIGUEIREDO

MARCO ANTÔNIO DE ARAÚJO FIREMAN

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ANEXO

PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

DOENÇA DE ALZHEIMER

1. INTRODUÇÃO

A doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se

manifesta por deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de

vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

Estudos de prevalência estimam um total de aproximadamente 5,4 milhões de indivíduos com

DA nos Estados Unidos no ano de 2016, com uma taxa em torno de 11% para indivíduos com 65

anos ou mais e 32% para aqueles com 85 anos ou mais. As projeções para 2050 estimam que nesse

paísem torno de 7 milhões de pessoas com 85 anos poderão ter DA, representando acometimento de

metade (51%) da população com 65 anos por esta doença(1).

As estimativas de custo total de saúde com pacientes com DA e outras demências foram de 236

bilhões de dólares para 2016 nos EUA(1),e os custos globais com demência aumentaram de 604

bilhões de dólares em 2010 para 818 bilhões de dólares em 2015 (2). As taxas de incidência de DA

aumentam exponencialmente com a idade (2). No Brasil, um estudo utilizando amostra de idosos de

base comunitária demonstrou que a taxa de prevalência de demência na população com mais dos 65

anos foi de 7,1%, sendo que a DA foi responsável por 55% dos casos(3). A taxa de incidência foi de

7,7 por 1.000 pessoas/ano no estudo de São Paulo(4) e de 14,8 por 1.000 pessoas/ano no estudo do

Rio Grande do Sul(5). Considerando a prevalência de demência no Brasil e a população de idosos de

aproximadamente 15 milhões de pessoas, a estimativa de demência na população brasileiraé de 1,1

milhão. Uma revisão sistemática recente encontrou taxas de demência na população brasileira

variando de 5,1% a 17,5%, sendo a DA a causa mais frequente (6).

A DA se instala, em geral, de modo insidioso e se desenvolve lenta e continuamente por vários

anos. As suas alterações neuropatológicas e bioquímicas podem ser divididas em duas áreas gerais:

mudanças estruturais e alterações nos neurotransmissores ou nos sistemas neurotransmissores. As

mudanças estruturais incluem os enovelados neurofibrilares, as placas neuríticas e as alterações do

metabolismo amiloide, bem como as perdas sinápticas e a morte neuronal. As alterações nos sistemas

neurotransmissores estão ligadas às mudanças estruturais (patológicas) que ocorrem de forma

desordenada na doença. Alguns neurotransmissores são significativamente afetados ou relativamente

afetados, indicando um padrão de degeneração de sistemas. Porém, sistemas neurotransmissores

podem estar afetados em algumas áreas cerebrais, mas não em outras, como no caso da perda do

sistema colinérgico córtico-basal e da ausência de efeito sobre o sistema colinérgico do tronco

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cerebral. Efeitos similares são observados no sistema noradrenérgico. Além da degeneração do

sistema colinérgico, ocorre também aumento da perda dos neurônios glutaminérgicos, com distúrbios

nos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA – receptor glutaminérgico) e na expressão do receptor

do ácido α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropiônico no córtex cerebral e hipocampo ao longo

da evolução da DA (7).

Os fatores de risco bem estabelecidos para DA são idade e história familiar da doença (o risco

aumenta com o número crescente de familiares de primeiro grau afetados) (1,2,7). A etiologia de DA

permanece indefinida, embora progresso considerável tenha sido alcançado na compreensão de seus

mecanismos bioquímicos e genéticos. É sabido que o fragmento de 42 aminoácidos da proteína

precursora B-amiloide tem alta relevância na patogênese das placas senis e que a maioria das formas

familiais da doença é associada à superprodução dessa proteína. Algumas proteínas que compõem os

enovelados neurofibrilares, mais especialmente a proteína Tau hiperfosforilada e a ubiquitina, foram

identificadas, mas a relação entre a formação das placas, a formação do enovelado neurofibrilar e a

lesão celular permanece incerta. Sabe-se que o alelo E4 do gene da apolipoproteína E (ApoE) é cerca

de três vezes mais frequente nas pessoas com DA do que nos sujeitos-controle pareados por idade e

que pessoas homozigotas para esse gene apresentam maior risco para a doença do que as não

homozigotas (8). Entretanto, a especificidade e a sensibilidade do teste da ApoE são muito baixas

para permitir seu uso como teste de rastreamento na população geral(8).

Para a atualização deste Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), foi realizada uma

nova revisão de literatura buscando em três bases de dados (Apêndice 3) meta-análises e revisões

sistemáticas publicadas a partir de 2013, ano da sua última versão, sobre a segurança e eficácia de

tratamento clínico da demência devido a DA.

Essa nova busca corroborou a efetividade dos inibidores da colinesterase no tratamento da DA

leve a moderada. Além disso, a atualização também incluiu as conclusões do parecer técnico

científico (PTC) sobre a inclusão da memantina no tratamento de demência devido a DA combinada

aos inibidores da acetilcolinesterase (donepezila ou galantamina ou rivastigmina) nos casos de doença

moderada e o uso de memantina em monoterapia nos casos graves(9).

A identificação de fatores de risco e da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento

ágil e adequado para o atendimento especializado dão à Atenção Básica um caráter essencial para um

melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos.

2. CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À

SAÚDE (CID-10)

G30.0 Doença de Alzheimer de início precoce

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G30.1 Doença de Alzheimer de início tardio

G30.8 Outras formas de doença de Alzheimer

F00.0 Demência na doença de Alzheimer de início precoce

F00.1 Demência na doença de Alzheimer de início tardio

F00.2 Demência na doença de Alzheimer, forma atípica ou mista

3. DIAGNÓSTICO

3.1 DIAGNÓSTICO CLÍNICO

O diagnóstico clínico de DA parte de um diagnóstico sindrômico de demência de qualquer

etiologia de acordo com os critérios do National Institute on Aging and Alzheimer's Association

Disease and Related Disorders Association (NIA/AA) (Quadro 1), endossados pela Academia

Brasileira de Neurologia (ABN) (10,11). Demência é diagnosticada quando há sintomas cognitivos

ou comportamentais (neuropsiquiátricos) que (a) interferem com a habilidade no trabalho ou em

atividades usuais; (b)representam declínio em relação a níveis prévios de funcionamento e

desempenho; (c) não são explicáveis por delirium (estado confusional agudo) ou doença psiquiátrica

maior.

O comprometimento cognitivo é detectado e diagnosticado mediante a combinação de

anamnese com paciente e informante que tenha conhecimento da história do paciente e de avaliação

cognitiva objetiva, mediante exame breve do estado mental ou avaliação neuropsicológica. A

avaliação neuropsicológica deve ser realizada quando a anamnese e o exame cognitivo breve

realizado pelo médico não forem suficientes para permitir um diagnóstico confiável. Os

comprometimentos cognitivos ou comportamentais devem afetar no mínimo dois dos seguintes

campos:

- memória, caracterizado por comprometimento da capacidade para adquirir ou evocar

informações recentes, com sintomas que incluem repetição das mesmas perguntas ou assuntos e

esquecimento de eventos, compromissos ou do lugar onde guardou seus pertences;

- funções executivas, caracterizado por comprometimento do raciocínio, da realização de

tarefas complexas e do julgamento, com sintomas como compreensão pobre de situações de risco e

redução da capacidade para cuidar das finanças, de tomar decisões e de planejar atividades complexas

ou sequenciais;

- habilidades vísuo-espaciais, com sintomas que incluem incapacidade de reconhecer faces ou

objetos comuns ou de encontrar objetos no campo visual, ou dificuldade para manusear utensílios ou

para vestir-se, inexplicáveis por deficiência visual ou motora;

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- linguagem (expressão, compreensão, leitura e escrita), com sintomas que incluem

dificuldade para encontrar ou compreender palavras, erros ao falar e escrever, com trocas de palavras

ou fonemas, inexplicáveis por déficit sensorial ou motor;

- personalidade ou comportamento, com sintomas que incluem alterações do humor

(labilidade, flutuações incaracterísticas), agitação, apatia, desinteresse, isolamento social, perda de

empatia, desinibição e comportamentos obsessivos, compulsivos ou socialmente inaceitáveis.

Quadro 1 - Elementos-chave dos critérios para demência devido a doença de Alzheimer segundo o

National Institute on Aging and Alzheimer's Association (NIA-AA) [Criteria for Alzheimer Disease –

NIA- AA],endossados pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) (10,11).

DEMÊNCIA NA DOENÇA DE ALZHEIMER PROVÁVEL

Critérios de demência foram preenchidos, mais as seguintes características:

A. início insidioso (meses a anos);

B. clara história de perda cognitiva referida pelo informante;

C. o déficit cognitivo mais proeminente e inicial é evidente na história e exame em uma das

seguintes categorias:

- apresentação amnésica: mais comum, deve haver prejuízo no aprendizado e na evocação de

informações recentemente aprendidas;

- apresentação não amnésica:prejuízos nalinguagem, habilidades vísuo-espaciais ou função

executiva.

D. Esse diagnóstico não se aplica quando existe evidência de:

- DCV* concomitante substancial, definida por (a) história de AVC** temporalmente relacionada

ao início da perda cognitiva ou (b) presença de múltiplos e extensos infartos, (c) extensa

hiperintensidade de substância branca;

- Características proeminentes de outras demências primárias: DFT*** variante comportamental,

Demência por corpos de Lewy, DFT*** variantes de linguagem;

- Outra doença neurológica ativa ou comorbidade médica não neurológica ou uso de

medicamentos que poderiam ter um efeito substancial na cognição.

* DCV (doença cardiovascular); **AVC (acidente vascular cerebral); ***DFT (demência

frontotemporal.

3.2 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

A depressão é uma comorbidade comum e tratável em pacientes com demência e deve ser

rastreada. A deficiência de vitamina B12 é comum em idosos, devendo a dosagem de nível sérico de

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B12 ser incluída na rotina de avaliação. Devido à frequência, o hipotireoidismo deve ser pesquisado

nos pacientes idosos.

Um exame de imagem cerebral –tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética

(RM) –é útil para excluir lesões estruturais que podem contribuir para a demência, como infarto

cerebral, neoplasia e coleções de líquido extracerebral. O processo de investigação diagnóstica para

preencher os critérios inclui história completa (com paciente e familiar ou cuidador), avaliação clínica

– incluindo a escala de avaliação clínica da demência (CDR, Apêndice 2)(12, 13), rastreio cognitivo

– testes cognitivos como o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM, Apêndice 1) (14,15) – , exames

laboratoriais – hemograma completo, eletrólitos (sódio, potássio, cálcio), glicemia, ureia e creatinina,

TSH e alanino-aminotransferase (ALT/TGP), aspartato-aminotransferase (AST/TGO), vitamina B12,

ácido fólico –, sorologia sérica para sífilis (VDRL) e HIV (em pacientes com menos de 60 anos), e

imagem cerebral (TC sem contraste ou RM)(8).

Inexistem evidências suficientes que sustentem a indicação na prática clínica de uso dos

seguintes exames (8,10,11): medidas lineares ou volumétricas por RM ou TC, tomografia

computadorizada por emissão simples de fótons (single photon emission computed tomography),

testes genéticos para demência de corpos de Lewy ou doença de Creutzfeld-Jakob, genotipagem da

ApoE para DA, eletroencefalograma, punção lombar, tomografia por emissão de pósitrons (pósitron

emission tomography), marcadores genéticos para DA não listados acima, marcadores biológicos no

líquor ou outros para DA e mutações da proteína Tau e mutações gênicas da DA em pacientes com

demência fronto temporal.

A punção lombar deve ser procedida apenas nos casos de suspeita de câncer metastático, de

infecção do sistema nervoso central (SNC) e em pacientes com sorologia sérica reativa para sífilis,

hidrocefalia, idade menor de 55 anos, demência rapidamente progressiva ou não usual,

imunossupressão e suspeita de vasculite do SNC.

O diagnóstico definitivo de DA só pode ser realizado por necropsia (ou biópsia) com

identificação do número apropriado de placas e enovelados em regiões específicas do cérebro, na

presença de história clínica consistente com demência, porém na prática clínica não se recomenda

biópsia para tal diagnóstico.

4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

4.1 PARA INIBIDORES DA ACETILCOLINESTERASE (DONEPEZILA, GALANTAMINA,

RIVASTIGMINA):

Serão incluídos os pacientes que preencherem todos os critérios abaixo:

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Diagnóstico de DA provável, segundo os critérios do NIA-AA e ABN;

MEEM com escore entre 12 e 24 para pacientes com mais de 4 anos de escolaridade ou entre

8 e 21 para pacientes com até 4 anos de escolaridade;

Escala CDR = 1 ou 2 (demência leve ou moderada);

TC ou RM do encéfalo e exames laboratoriais que afastem outras doenças frequentes nos

idosos que possam provocar disfunção cognitiva: hemograma completo(anemia, sangramento por

plaquetopenia), avaliação bioquímica (dosagem alterada de sódio, potássio, cálcio, glicose,

ALT/AST, creatinina), avaliação de disfunção tiroidiana (dosagem de TSH), sorologia para lues

(VDRL)e HIV (em pacientes com menos de 60 anos) e nível sérico de vitamina B12 e ácido fólico.

4.2 PARA MEMANTINA

4.2.1 Memantina combinada aos inibidores da acetilcolinesterase:

Serão incluídos os pacientes que preencherem todos os critérios abaixo:

Diagnóstico de DA provável, segundo os critérios do NIA-AA, ABN;

TC ou RM do encéfalo e exames laboratoriais que afastem outras doenças frequentes nos

idosos que possam provocar disfunção cognitiva: hemograma completo(anemia, sangramento por

plaquetopenia), avaliação bioquímica (dosagem alterada de sódio, potássio, cálcio, glicose, creatinina

e transferases hepáticas - ALT/TGP e AST/TGO), avaliação de disfunção tiroidiana (dosagem de

TSH), sorologia para lues (VDRL) e HIV (em pacientes com menos de 60 anos) e nível sérico de

vitamina B12 e ácido fólico.

Escore na escala CDR= 2 (demência moderada);

Escores no MEEM entre 12 e 19, se escolaridade maior que 4 anos, ou entre 8 e 15, se

escolaridade menor ou igual a 4 anos.

4.2.2 Memantina em monoterapia:

Serão incluídos os pacientes que preencherem todos os critérios abaixo:

Diagnóstico de DA provável, segundo os critérios do NIA-AA, ABN;

TC ou RM do encéfalo e exames laboratoriais que afastem outras doenças frequentes nos

idosos que possam provocar disfunção cognitiva: hemograma completo (anemia, sangramento por

plaquetopenia), avaliação bioquímica (dosagem alterada de sódio, potássio, cálcio, glicose, creatinina

e transferases hepáticas - ALT/TGP e AST/TGO), avaliação de disfunção tiroidiana (dosagem de

TSH), sorologia para lues (VDRL)e HIV (em pacientes com menos de 60 anos) e nível sérico de

vitamina B12 e ácido fólico.

Escore na escala CDR = 3 (demência grave);

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8

MEEM com escore entre 5 e 11, para escolaridade maior que 4 anos, ou entre 3 e 7, quando

escolaridade menor ou igual a 4 anos.

5. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Serão excluídos os pacientes que apresentarem pelo menos uma das condições abaixo:

5.1 PARA INIBIDORES DA ACETILCOLINESTERASE (DONEPEZILA, GALANTAMINA E

RIVASTIGMINA):

Identificação de incapacidade de adesão ao tratamento;

Evidência de lesão cerebral orgânica ou metabólica simultânea não compensada (conforme

exames do item Critérios de Inclusão);

Insuficiência ou arritmia cardíaca graves;

Hipersensibilidade ou intolerância aos medicamentos;

Demência de Alzheimer grave (CDR = 3);

Escores no MEEM < 8 para sujeitos com escolaridade ≤ 4 anos de estudo; ou

Escores no MEEM < 12 para sujeitos com escolaridade > 4 anos de estudo.

Além dos citados acima, o uso de galantamina está contraindicado em casos de insuficiência

hepática ou renal graves.

5.2 PARA MEMANTINA

Serão excluídos os pacientes que apresentarem pelo menos uma das condições abaixo:

Demência de Alzheimer de gravidade leve (CDR = 1);

Escores no MEEM < 3 para sujeitos com escolaridade ≤ 4 anos de estudo;

Escores no MEEM < 5 para sujeitos com escolaridade > 4 anos de estudo;

Incapacidade de adesão ao tratamento; ou

Hipersensibilidade ao fármaco ou a componente da fórmula.

6. TRATAMENTO

O tratamento da DA deve ser multidisciplinar, contemplando os diversos sinais e sintomas da

doença e suas peculiaridades de condutas. O objetivo do tratamento medicamentoso é propiciar a

estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da

vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.

Os inibidores da acetilcolinesterase, donepezila, galantamina e rivastigmina, são recomendados

para o tratamento da DA leve a moderada. O fundamento para o uso de fármacos colinérgicos recai

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no aumento da secreção ou no prolongamento da meia-vida da acetilcolina na fenda sináptica em

áreas relevantes do cérebro.A conclusão geral das meta-análises e revisões sistemáticas publicadas a

partir de 2013 sobre a segurança e eficácia de tratamento clínico para demência devido a DAé a de

que os inibidores da colinesterase podem melhorar os sintomas primariamente nos campos cognitivos

e na função global, sendo indicados em casos de demência leve a moderada. Inexiste diferença de

eficácia entre os três medicamentos. A substituição de um fármaco por outro só é justificada pela

intolerância ao medicamento, e não pela falta de resposta clínica (16-22).

Uma das limitações do uso desses medicamentos é sua tolerância, particularmente relacionada

ao trato digestório, dado quenáusea e vômitos são muitas vezes intoleráveis. Para esse fim, foi

desenvolvida uma apresentação farmacêutica de adesivo para aplicação transdérmica (patch). Em

uma análise de Lee e Sevigny(23), foi observado que pacientes de baixo peso eram particularmente

suscetíveis a efeitos adversos gastrintestinais quando utilizavam a apresentação de cápsulas orais,

mas não quando utilizavam o adesivo transdérmico. Em outro estudo (24), a tolerabilidade e a

incidência de efeitos adversos foram semelhantes entre os grupos que utilizaram a via oral e a via

transdérmica, mas a preferência dos pacientes foi pela transdérmica. A revisão sistemática da

Cochrane (18) evidenciou eficácia similar entre as formas de apresentação da rivastigmina, mas

menos efeitos adversos com os adesivos transdérmicos. A análise principal da eficácia e da segurança

do medicamento considerou doses entre 6 mg/dia a 12 mg/dia de rivastigmina oral e 9,5 mg/dia de

rivastigmina transdérmica comparadas com placebo. Assim, e conforme o Relatório de

Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) nº 224 -

Setembro/2016, aprovado pela Portaria SCTIE/MS nº 31, de 20 de setembro de 2016, a rivastigmina

adesivo trandérmico foi incorporada para tratamento da demência na DA. (25)

A atualização da literatura deste Protocolo também apontou para evidência de eficácia de

memantina em monoterapia ou em combinação com inibidores da colinesterase (16,17,26-30). Além

da degeneração do sistema colinérgico, a DA está também associada ao aumento da perda dos

neurônios glutaminérgicos, com distúrbios nos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA – receptor

glutaminérgico) e na expressão do receptor do ácido α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-

isoxazolepropionico no córtex cerebral e hipocampo. A disfunção dos neurônios glutaminérgicos

aumenta as concentrações de glutamato, o que, por sua vez, aumenta a frequência da despolarização

da membrana pós-sináptica e reduz a detecção dos sinais fisiológicos mediados pelo receptor de

NMDA. Isso contribui para o dano cognitivo e oportuniza o outro tratamento para DA, que é o

antagonista do receptor de NMDA – memantina. O Relatório de Recomendação da CONITEC nº 310

- Julho/2017, aprovado pela Portaria SCTIE/MS nº 49, de 08 de novembro de 2017, recomendou a

incorporação da memantina combinada aos inibidores da acetilcolinesterase (donepezila ou

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galantamina ou rivastigmina) nos casos de DA moderada e o uso de memantina em monoterapia nos

casos graves de DA. Apesar de aintensidade do efeito da memantina sobre os campos cognitivo,

comportamentais e funcionais na DA ter sido pequeno, foi significativo e influenciou favoravelmente

a qualidade de vida dos doentes e cuidadores (9).

Em relação a intervenções não farmacológicas, o exercício físico de qualquer modalidade

demonstrou efeito benéfico sobre a cognição de pacientes com demência devido a DA, embora o

número de estudos incluídos na meta-análise tenha sido pequeno e a heterogeneidade tenha sido muito

grande entre eles, impedindo recomendações sobre qual tipo de exercício deveria ser feito (31).Além

disso, uma revisão sistemática das revisões sistemáticas que avaliaram o efeito de diversas

intervenções farmacológicas e não farmacológicas nas atividades de vida diária de indivíduos com

demência demonstrou que intervenções diádicas (terapêuticas que envolviam o indivíduo com

demência e seu cuidador em atividades amplamente definidas como psicossociais, estimulando

atividades significativas de vida diária e fazendo adaptações ambientais) foram efetivas em minimizar

o declínio funcional. A diferença de média estandardizada foi de 0,68 com intervalo de confiança

entre 0,08 e 1,27, e a qualidade de evidência (segundo o GRADE) foi considerada baixa. Os estudos

incluídos demonstraram grande heterogeneidade quanto aos tipos de intervenções e pobre

detalhamento das técnicas utilizadas, tanto nas suas características como na frequência, intensidade e

duração (16).

Outra revisão sistemática concluiu que a evidência em relação aos benefícios de treino e

reabilitação cognitiva para pacientes com demência segue limitada, havendo necessidades de mais

estudos com uma descrição mais clara das intervenções para se obter evidência mais definitiva (32).

Uma outra revisão sistemática das revisões sistemáticas sobre o efeito de intervenções não

farmacológicas no controle de sintomas psicológicos e comportamentais na demência, publicada mais

recentemente (2017), demonstrou que técnicas de conduta comportamental, treino de habilidade de

comunicação para cuidadores, cuidados centrados no indivíduo, mapeamento de cuidados necessários

a pacientes com demência feitos com supervisão foram efetivos para agitação sintomática e grave de

pacientes com demência. Novamente a heterogeneidade dos tipos e características das intervenções e

a descrição genérica das intervenções foram consideradas as limitações mais relevantes na avaliação

dos estudos (33). Sendo assim, esses aspectos necessitam ser aprimorados para que intervenções não

farmacológicas padronizadas, bem definidas e operacionalizadas, e assim reproduzíveis, sejam

incorporadas às tecnologias em saúde usadas no tratamento das demências.

A efetividade de estatinas, compostos atenuantes de proteínas metálicas, latrepirdina, ômega 3,

vitamina E, ginseng, agonistas PPAR-γ (rosiglitazona, pioglitazona, telmisartana), antagonistas

histaminérgicos para o tratamento dos sintomas cognitivos, comportamentais ou na funcionalidade

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de indivíduos com DA não foi demonstrada nas meta-análises selecionadas nesta nova revisão da

literatura (34-41), assim como nenhum medicamento demonstrou maior evidência de eficácia nos

problemas de sono em indivíduos com demência (42) ou no tratamento de epilepsia em pacientes com

DA (43). Três estudos incluídos em uma meta-análise demonstraram efeito benéfico pequeno,mas

significativo, do lítio na cognição de pacientes com DA, porém um número maior de estudos precisa

ser feito para avaliar a efetividade deste medicamento nesta indicação (44).

6.1 FÁRMACOS

Donepezila: comprimidos de 5 e 10 mg.

Galantamina: cápsulas de liberação prolongada de 8, 16 e 24 mg.

Rivastigmina:

- cápsulas de 1,5mg, 3mg, 4,5mg e 6 mg; solução oral de 2 mg/mL.

- adesivos transdérmicos de 5 cm2 contendo 9 mg de rivastigmina com percentual de

liberação de 4,6 mg/24 h ede 10 cm2 contendo 18 mg de rivastigmina, percentual de liberação

de 9,5 mg/24 h.

Memantina: comprimidos revestidos de 10mg.

6.2 ESQUEMAS DE ADMINISTRAÇÃO

Donepezila: iniciar com 5 mg/dia por via oral. A dose pode ser aumentada para 10 mg/dia

após 4-6 semanas, devendo ser administrada ao deitar. Os comprimidos podem ser ingeridos com ou

sem alimentos.

Galantamina: iniciar com 8 mg/dia, por via oral, durante 4 semanas. A dose de manutenção é

de 16 mg/dia por, no mínimo, 12 meses. A dose máxima é de 24 mg/dia. Como se trata de cápsulas

de liberação prolongada, devem ser administradas uma vez ao dia, pela manhã, de preferência com

alimentos.Em caso de insuficiência hepática ou renal moderada, a dose deve ser ajustada

considerando a dose máxima de 16 mg/dia.

Rivastigmina: iniciar com 3 mg/dia por via oral. A dose pode ser aumentada para 6 mg/dia

após 2 semanas. Aumentos subsequentes para 9 mg/dia e para 12 mg/dia devem ser feitos de acordo

com a tolerabilidade e após um intervalo de 2 semanas. A dose máxima é de 12 mg/dia. As doses

devem ser divididas em duas administrações, junto às refeições. É desnecessário realizar ajuste em

casos de insuficiência hepática ou renal, mas deve-se ter cautela em caso de insuficiência hepática

(administrar as menores doses possíveis).

No uso de adesivos transdérmicos, inicia-se com a apresentação de 5 cm2 durante por pelo

menos 4 semanas de tratamento. Havendo boa tolerância do paciente após este período de tratamento,

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12

o adesivo deve passar para o de 10 cm2, que traz a dose considerada efetiva. Aplica-se um adesivo a

cada 24 horas em um dos lados da parte superior do braço, do peito ou da parte superior ou inferior

das costas. Caso o paciente não tolere o uso do adesivo de 10 cm2, outra alternativa terapêutica deve

ser buscada pelo médico assistente.

Pacientes tratados com rivastigmina por via oral podem ser transferidos para o tratamento com

adesivos transdérmicos da seguinte forma: Os que estão recebendo uma dose menor de 6 mg/dia de

rivastigmina oral podem migrar para o adesivo de 5 cm2 e, após 4 semanas de uso, passar para o de

10 cm2, em caso de boa tolerância; já os que estão recebendo uma dose de 6-12mg/dia de rivastigmina

por via oral podem migrar diretamente para o adesivo de 10 cm2. A aplicação do primeiro adesivo

deve ser feita um dia após a última dose oral.

Memantina: iniciar com 5 mg/dia por via oral (1/2 comprimido), aumentar 5 mg/semana nas

3 semanas subsequentes até chegar à dose de 20 mg/dia (1 comprimido de 10mg duas vezes por dia)

na quarta semana e manter esta dose.

6.3TEMPO DE TRATAMENTO - CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO

6.3.1 Para inibidores da acetilcolinesterase (donepezila, galantamina e rivastigmina)

O tratamento deve ser suspenso em quatro situações distintas:

Após 3-4 meses do início do tratamento, não se observando melhora ou estabilização da

deterioração do quadro à reavaliação (por falta de benefício);

mesmo que os pacientes estejam em tratamento contínuo, este deve ser mantido apenas

enquanto o MEEM estiver acima de 12 para pacientes com mais de 4 anos de escolaridade e acima

de 8 para pacientes com menos de 4 anos de escolaridade, abaixo do que não há qualquer evidência

de benefício;

de forma semelhante, somente devem ser mantidos em tratamento os pacientes com Escala

CDR igual ou abaixo de 2; e

em casos de intolerância ao medicamento, situação em que pode-se substituir um

medicamento por outro.

6.3.2Paramemantina

O tratamento deve ser suspenso em três situações distintas:

Após 3-4 meses do início do tratamento, não havendo melhora ou estabilização da

deterioração do quadro à reavaliação (por falta de benefício);

declínio dos escores do MEEM para menos de 3 pontos (escolaridade ≤ 4 anos de estudo) ou

para menos de 5 pontos (escolaridade > 4 anos de estudo) nas reavaliações; e

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em casos de intolerância ao medicamento.

6.4BENEFÍCIOS ESPERADOS

Redução na velocidade de progressão da doença

Melhora da memória e da atenção

7. MONITORIZAÇÃO

Após 3 a 4 meses do início do tratamento, o paciente deve ser submetido a uma reavaliação.

Após esse período, ela deve ocorrer a cada 6 meses, para estimar o benefício e a necessidade de

continuidade do tratamento pela avaliação clínica e aplicação do MEEM e da Escala CDR.

Os efeitos adversos mais comuns da donepezila incluem insônia, náusea, vômitos, diarreia,

anorexia, dispepsia, cãibras musculares e fadiga. Menos comumente podem ocorrer cefaleia,

sonolência, tontura, depressão, perda de peso, sonhos anormais, aumento da frequência urinária,

síncope, bradicardia, artrite e equimoses.

Como a donepezila é metabolizada por enzimas hepáticas, a taxa do metabolismo pode ser

aumentada por medicamentos que elevam a quantidade dessas enzimas, como a carbamazepina,

dexametasona, fenobarbital, fenitoína e rifampicina. Ao aumentar sua eliminação, esses fármacos

podem reduzir os efeitos da donepezila. O cetoconazol mostrou bloquear as enzimas hepáticas que

metabolizam a donepezila. Desta forma, o uso concomitante de cetoconazol e donepezila pode

resultar no aumento da concentração de donepezila e, possivelmente, levar à maior ocorrência de

efeitos adversos. A quinidina também demonstrou inibir as enzimas que metabolizam a donepezila,

podendo piorar, assim, o perfil de seus efeitos adversos. A donepezila deve serusada com cautela em

indivíduos com anormalidades supraventriculares da condução cardíaca ou naqueles em uso de

fármacos que reduzam significativamente a frequência cardíaca, com história de convulsão de asma

ou DPOC e com risco de úlcera.

Os efeitos adversos mais comuns da galantamina incluem náusea, vômitos, diarreia, anorexia,

perda de peso, dor abdominal, dispepsia, flatulência, tontura, cefaleia, depressão, fadiga, insônia e

sonolência. Menos comuns são infecção do trato urinário, hematúria, incontinência, anemia, tremor,

rinite e aumento da fosfatase alcalina. Devem ser monitorizadas as funções renal (creatinina) e

hepática (ALT/TGP e AST/TGO).

A succinilcolina aumenta o bloqueio neuromuscular. Agentes colinérgicos podem apresentar

efeitos sinérgicos. Inibidores centrais da acetilcolinesterase podem aumentar o risco de sintomas

piramidais relacionados aos antipsicóticos. A galantamina deve ser usada com cautela em pacientes

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com atraso da condução cardíaca ou em uso de fármacos que atrasam a condução no nodo AS ou AV,

com história de úlcera péptica, convulsão, doenças respiratórias graves e obstrução urinária.

Os efeitos mais comuns da rivastigmina incluem tontura, cefaleia, náusea, vômitos, diarreia,

anorexia, fadiga, insônia, confusão e dor abdominal. Menos comumente podem ocorrer depressão,

ansiedade, sonolência, alucinações, síncope, hipertensão, dispepsia, constipação, flatulência, perda

de peso, infecção do trato urinário, fraqueza, tremor, angina, úlcera gástrica ou duodenal e erupções

cutâneas.

Os agentes anticolinérgicos podem reduzir seus efeitos. Outras interações significativas não

foram observadas. A rivastigmina deve ser usada com precaução em pacientes com úlcera péptica,

história de convulsão, alterações da condução cardíaca e asma.

Os efeitos adversos mais comuns da memantina incluem cefaleia, cansaço e tontura. Os menos

frequentes incluem alucinações, alterações de marcha, anorexia, ansiedade, artralgia, bronquite,

cistite, constipação, diarreia, confusão, dor lombar, edema periférico, hipertensão, hipertonia,

infecção de trato respiratório, insônia, aumento da libido, náusea, queda, sonolência e vômitos.

8. REGULAÇÃO/CONTROLE/AVALIAÇÃO PELO GESTOR

Para o diagnóstico da doença, os pacientes com suspeita de DA devem ser encaminhados para

serviço especializado em neurologia, geriatria ou psiquiatria, ou para atendimento por médico com

treinamento na avaliação de quadros demenciais.

Devem ser observados os critérios de inclusão e exclusão de doentes neste Protocolo, a duração

e a monitorização do tratamento, bem como a verificação periódica das doses prescritas e dispensadas

e a adequação de uso dos medicamentos.

Para dispensação dos medicamentos, é necessário relatório médico com descrição da

apresentação da doença, evolução, sintomas neuropsiquiátricos apresentados e medicamentos

prescritos com suas respectivas posologias.

Verificar na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) vigente em qual

componente da Assistência Farmacêutica se encontram os medicamentos preconizados neste

Protocolo.

9. TERMO DE ESCLARECIMENTO E RESPONSABILIDADE - TER

Deve-se informar ao paciente, ou seu responsável legal, sobre os potenciais riscos, benefícios e

efeitos adversos relacionados ao uso dos medicamentos preconizados neste Protocolo, levando-se em

consideração as informações contidas no TER.

10. REFERÊNCIAS

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TERMO DE ESCLARECIMENTO E RESPONSABILIDADE

DONEPEZILA, GALANTAMINA, RIVASTIGMINAE MEMANTINA.

Eu, ______________________________________________________ nome do(a) paciente

ou de seu responsável), declaro ter sido informado(a) claramente sobre benefícios, riscos,

contraindicações e principais efeitos adversos relacionados ao uso de donepezila, galantamina,

rivastigmina e memantina, indicadas para o tratamento da doença de Alzheimer.

Os termos médicos foram explicados e todas as dúvidas foram resolvidas pelo médico

_____________________________________________________ (nome do médico que prescreve).

Assim, declaro que fui claramente informado (a) de que o medicamento que passo a receber

pode trazer os seguintes benefícios:

redução na velocidade de progressão da doença e

melhora da memória e da atenção.

Fui também claramente informado (a) a respeito das seguintes contraindicações, potenciais

efeitos adversos e riscos do uso do medicamento:

não se sabe ainda ao certo os riscos do uso desses medicamentos na gravidez; portanto, caso

engravide, devo avisar imediatamente o médico;

efeitos adversos da donepezila mais comuns: insônia, náusea, vômitos, diarreia, perda de

apetite, dispepsia, cãibras musculares, cansaço; menos comuns: dor de cabeça, sonolência, tontura,

depressão, perda de peso, sonhos anormais, aumento da frequência urinária, desmaios, bradicardia,

artrite e manchas roxas na pele;

efeitos adversos da galantamina mais comuns: náusea, vômitos, diarreia, perda de apetite,

perda de peso, dor abdominal, dispepsia, gases, tontura, dor de cabeça, depressão, cansaço, insônia e

sonolência; menos comuns: infecção do trato urinário (com sangue na urina), incontinência urinária,

anemia, tremor, rinite e problemas hepáticos;

efeitos adversos da rivastigmina mais comuns: tontura, dor de cabeça, náusea, vômitos,

diarreia, perda de apetite, cansaço, insônia, confusão mental e dor abdominal; menos comuns;

depressão, ansiedade, sonolência, alucinações, desmaios, hipertensão, dispepsia, prisão de ventre,

gases, perda de peso, infecção do trato urinário, fraqueza, tremor, angina, úlcera gástrica ou duodenal

e erupções cutâneas; os adesivos transdérmicos também podem causar reações na pele no local da

aplicação como vermelhidão, coceira, irritação e inchaço no local da aplicação;

efeitos adversos da memantina mais comuns: cefaleia, cansaço, tontura; os menos

frequentes incluem alucinações, alterações de marcha, perda de peso, ansiedade, dor nas articulações,

problemas nas vias aéreas, cistite, prisão de ventre, diarreia, confusão, dor lombar, inchaço, aumento

da pressão arterial, hipertonia, insônia, aumento da libido, náusea, queda, sonolência e vômitos.

contraindicados em casos de hipersensibilidade (alergia) conhecida aos fármacos;

o risco da ocorrência de efeitos adversos aumenta com a superdosagem.

Estou ciente de que este medicamento somente pode ser utilizado por mim, comprometendo-

me a devolvê-lo caso não queira ou não possa utilizá-lo ou se o tratamento for interrompido. Sei

também que continuarei a ser atendido (a), inclusive se desistir de usar o medicamento.

Autorizo o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde a fazer em uso de informações

relativas ao meu tratamento, desde que assegurado o anonimato.( ) sim ( ) não

O meu tratamento constará do (s)seguinte (s) medicamento(s):

( )donepezila

( )galantamina

( )rivastigmina

( ) memantina

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Local: Data:

Nome do paciente:

Cartão Nacional de Saúde:

Nome do responsável legal:

Documento de identificação do responsável legal:

_____________________________________

Assinatura do paciente ou do responsável legal

Médico Responsável: CRM: UF:

___________________________

Assinatura e carimbo do médico

Data:____________________

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APÊNDICE1

MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)

Nome do paciente: ______________________________________________________

Data da avaliação: ___/___/___

Escolaridade (nº de anos completos de estudo): _______

Ex: levou 10 anos para concluir a 4ª série, considera-se escolaridade de 4 anos.

MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)

ORIENTAÇÃO

* Qual é o (ano) (estação) (dia/semana) (dia/mês) e (mês). 5

* Onde estamos (país) (estado) (cidade) (rua ou local1) (nº ou andar2). 5

REGISTRO

* Dizer três palavras: PENTE RUA AZUL. (Pedir para prestar atenção, pois terá que

repetir mais tarde. Pergunte pelas três palavras após tê-las nomeado. Repetir até 5

vezes, para que evoque corretamente e anotar número de vezes: ____

3

ATENÇÃO E CÁLCULO

* Subtrair: 100-7 (5 tentativas: 93 – 86 – 79 – 72 – 65)

Alternativo3: série de 7 dígitos (5 8 2 6 9 4 1) 5

EVOCAÇÃO

* Perguntar pelas 3 palavras anteriores (pente-rua-azul) 3

LINGUAGEM

*Identificar lápis e relógio de pulso (sem estar no pulso). 2

* Repetir: “Nem aqui, nem ali, nem lá”. 1

* Seguir o comando de três estágios: “Pegue o papel com a mão direita, dobre ao meio

e ponha no chão”. (Falar essa frase de forma inteira e apenas uma vez). 3

* Ler (“só com os olhos”) e executar: FECHE OS OLHOS 1

* Escrever uma frase (um pensamento, ideia completa) 1

* Copiar o desenho:

1

TOTAL: 30 1 Rua é usado para visitas domiciliares. Local para consultas no hospital ou outra instituição. 2Nº é usado para visitas domiciliares. Andar para consultas no hospital ou outra instituição. 3 Alternativo é usado quando o entrevistado erra JÁ na primeira tentativa, OU acerta na

primeira e erra na segunda. SEMPRE que o alternativo for utilizado, o escore do item será

aquele obtido com ele. Não importa se a pessoa refere ou não saber fazer cálculos – de

qualquer forma se inicia o teste pedindo que faça a subtração inicial. A ordem de evocação tem

que ser exatamente a da apresentação!

Obs.: na forma alternativa a pontuação máxima também é de 5 pontos.

A ordem de evocação tem que ser exatamente a da apresentação.

Assinatura e carimbo do médico: ___________________________________________

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21

APÊNDICE 2

ESCALA CDR (CLINICAL DEMENTIA RATING)

Nome do paciente:__________________________________

Data da avaliação:___/___/___

Escore final categórico:____

Saudável

CDR 0

Demência

questionável

CDR 0,5

Demência leve

CDR 1

Demência moderada

CRD 2

Demência grave

CDR 3

MEMÓRIA

Sem perda de memória,

ou apenas

esquecimento discreto

e inconsistente.

Esquecimento leve e

consistente; lembrança

parcial de eventos;

“esquecimento

benigno”.

Perda de memória

moderada, mais

acentuada para fatos

recentes; o déficit

interfere com

atividades do dia-a-dia.

Perda de memória

grave; apenas material

muito aprendido é

retido; materiais novos

são rapidamente

perdidos.

Perda de memória

grave; permanecem

apenas fragmentos.

ORIENTAÇÃO Plenamente orientado. Plenamente orientado.

Dificuldade moderada

com relações

temporais; orientado no

espaço durante o

exame, mas pode ter

desorientação

geográfica em outros

locais.

Geralmente

desorientado.

Orientação pessoal

apenas.

JULGAMENTO

E SOLUÇÃO

DE

PROBLEMAS

Resolve bem

problemas do dia-a-dia,

juízo crítico é bom em

relação ao desempenho

passado.

Leve comprometimento

da solução de

problemas,

semelhanças e

diferenças.

Dificuldade moderada

da solução de

problemas,

semelhanças e

diferenças; julgamento

Solução de problemas,

semelhanças e

diferenças gravemente

comprometidas. Juízo

social geralmente

comprometido.

Incapaz de resolver

problemas ou de ter

qualquer juízo crítico.

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22

Assinatura e carimbo do médico:_________________________________

social geralmente

mantido.

ASSUNTOS NA

COMUNIDADE

Atuação independente

na função habitual de

trabalho, compras,

negócios, finanças e

grupos sociais.

Leve dificuldade nessas

atividades.

Incapaz de funcionar

independentemente

nessas atividades,

embora ainda possa

desempenhar algumas;

pode parecer normal à

avaliação superficial.

Sem possibilidade de

desempenho fora de

casa. Parece

suficientemente bem

para ser levado a

atividades fora de casa.

Sem possibilidade de

desempenho fora de

casa. Parece muito

doente para ser levado

a atividades fora de

casa.

LAR E

PASSATEMPOS

Vida em casa,

passatempos e

interesses intelectuais

mantidos.

Vida em casa,

passatempos e

interesses intelectuais

levemente afetados.

Comprometimento

levemas evidente em

casa; abandono das

tarefas mais difíceis;

passatempos e

interesses mais

complicados são

também abandonados.

Só realiza as tarefas

mais simples.

Interesses muito

limitados e pouco

mantidos.

Sem qualquer atividade

significativa em casa.

CUIDADOS

PESSOAIS Plenamente capaz. Plenamente capaz.

Necessita assistência

ocasional.

Requer assistência no

vestir e na higiene.

Requer muito auxílio

nos cuidados pessoais.

Geralmente

incontinente.

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23

APÊNDICE 3

METODOLOGIA DE BUSCA E AVALIAÇÃO DA LITERATURA

A) Para planejamento da reunião de escopo com os especialistas, foi realizado um levantamento

das seguintes informações:

1) Avaliação das tecnologias disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento

da doença de Alzheimer (DA):

- Foram consultados a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), o sítio

eletrônico da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) e o Sistema

de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais do SUS

– SIGTAP, para a identificação das tecnologias disponíveis e tecnologias demandadas ou

recentemente incorporadas, e o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da DAdo

Ministério da Saúde (MS) vigente.

A partir das consultas realizadas foi possível identificar:

- o tratamento no SUS é orientado pelo PCDT de DA, conforme o anexo da Portaria SAS/MS

nº 1.298, de 21 de novembro de 2013, e os medicamentos nele incluídossão as donepezila,

galantamina e rivastigmina.

- há relatório de recomendação de inclusão da apresentação da rivastigmina adesivo

transdérmico conforme a Portaria SCTIE/MS nº 31, de 20 de setembro de 2016,recomendado pela

CONITEC.

2) Levantamento de questionamentos provenientes de consulta pública realizada pela

CONITEC, na qual foi solicitada:

- linguagem mais simples no PCDT;

- a não obrigatoriedade dos exames e escalas para diagnóstico; e

- a incorporação da memantina para demência grave.

B) Reunião com especialistas:

Em 30/06/2016, às 8h na sala da COMEX - HCPA (Comissão de medicamentos excepcionais

e de fontes limitadas - Hospital de Clínicas de Porto Alegre) foi realizada reunião de escopo com os

consultores especialistas e metodologistas do comitê elaborador dos PCDT, quando foram

apresentados os resultados do levantamento de informações realizados pelos metodologistas.

A fim de guiar a revisão do PCDT vigente, de 2013, foi realizada busca na literatura sobre

intervenções terapêuticas baseadas em evidências definidas pergunta PICO, conforme o Quadro 1A:

Quadro 1A -Pergunta PICO

População Pacientes com doença de Alzheimer

Intervenção Tratamento clínico

Comparação Sem restrição de comparadores

Desfechos Segurança e eficácia

Tipos de estudos Meta-análises e revisões sistemáticas

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24

Para a atualização do PCDT, foi realizada uma nova revisão de literatura buscando meta-

análises e revisões sistemáticas publicadas a partir de 2013 sobre a segurança e eficácia de tratamento

clínico para demência devido a DA em três bases de dados, conforme oQuadro 2A.

Quadro 2A - Buscas nas bases de dados - revisões sistemáticas e meta-análises

Base Estratégia Localizados Selecionados

Medline

(viaPubMed)

Data da

busca:

31/01/2017

"Alzheimer Disease"[Mesh]

AND "Therapeutics"[Mesh]

AND ((Meta-Analysis[ptyp] OR

systematic[sb]) AND

("2013/10/07"[PDAT] :

"3000/12/31"[PDAT]) AND

"humans"[MeSH Terms] AND

(English[lang] OR

Portuguese[lang] OR

Spanish[lang]))

55 7

Motivo das exclusões:

- não respondiam à pergunta

PICO ou não eram revisões

sistemáticas: 35

- protocolos de pesquisa: 2

- revisões com AMSTAR

=<5: 11

Embase

Data da

busca:

31/01/2017

'alzheimer disease'/exp AND

'therapy'/exp AND ([systematic

review]/lim OR [meta

analysis]/lim) AND

([english]/lim OR

[portuguese]/lim OR

[spanish]/lim) AND

[humans]/lim AND

[embase]/lim AND [7-10-

2013]/sd

323 9

Motivo das exclusões:

- não respondiam à pergunta

PICO ou não eram revisões

sistemáticas: 269

- artigos com medicamentos

não aprovados na ANVISA

para DA: 8

- artigos com baixa qualidade

metodológica ou AMSTAR ≤

5: 32

- dados duplicados ou

resumos de congresso: 5

Cochrane

Library

Data da

busca:

31/01/2017

"Alzheimer disease" in Title,

Abstract, Keywords ,

Publication Year from 2013 to

2017 in Cochrane Reviews'

17 9

Motivo das exclusões:

- não respondiam à pergunta

PICO: 8

Após a leitura dos resumos e dos artigos na íntegra, quando necessário, foram selecionados os

estudos que preenchiam os critérios da questão de pesquisa do PCDT. A avaliação AMSTAR para

qualidade de revisões sistemáticas foi também utilizada, sendo que estudos com AMSTAR ≤ 5 foram

excluídos por serem considerados de baixa qualidade metodológica. Os estudos incluídos estão

detalhados na Tabela 1.

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25

Tabela 1 -Estudos incluídos

Estudo Populaçã

o

Intervenção Comparaçã

o

Desfecho Resultados

Laver et

al., 2016

(16)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA e

demência

de

quaisquer

etiologia.

- Qualquer

intervenção

não

farmacológic

a (exercício,

aconselhame

nto ou

educação) e

farmacológic

a (inibidores

da

acetilcolinest

erase,

memantina) e

terapias

alternativas

(como

Ginkgobiloba

).

- Cuidados

usuais,

Placebo ou

qualquer

outro tipo

de

intervenção.

- Impacto nas

AVD.

- Incluídas 23 revisões sistemáticas.

- 65% das 23 com escore AMSTAR 8/11.

- Diminuíram declínio funcional: inibidores da acetilcolinesterase e

memantina (12 estudos, 4.661 participantes, donepezila 10 mg

SMD=0,18; IC95%= 0,03- 0,32; galantamina 24 mg SMD= 0,15;

IC95%= 0,04- 0,25; rivastigmina 12 mg SMD=0,19; IC95%=0,2 -

0,36; Memantina 20 mg SMD=0,11; IC95%= 0,02–0,21)GRADE:

moderado), Exercicio (6 estudos, 289 participantes, (SMD 0,68; IC

95% 0,08- 1,27; GRADE: baixo).

Intervenções diádicas (8 estudos, 988 participantes, SMD 0,37; IC

95% 0,05 -0,69; GRADE: baixo) selegilina (7 estudos, 810

participantes, SMD=0,27; IC95%=0,13- 0,41; GRADE: baixo),

huperzina A (2 estudos, 70 participantes, SMD=1,48; IC95%=0,95-

2,02; GRADE: (muito baixo) Ginkgobiloba (7 estudos, 2.530

participantes, SMD=0,36;IC95%=0,28–0,44; GRADE: muito baixo).

Ströhle

et al.,

2015

(17)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA ou

CCL

(critérios

de

Petersen).

- Exercício

físico ou

tratamento

farmacológic

o

(rivastigmina,

donepezila,

galantamina,

memantina,

gingkobiloba.

- Placebo ou

qualquer

outra

intervenção.

- Cognição

mensurada por

alguma das

escalas (ADAS-

cog, SIB (para

MEEM < 10),

MEEM ou SKT)

ou índice

composto

destas.

- Tamanho de efeito agrupado dos fármacos na cognição pequeno,

mas significativo nos estudos de DA: SMCR=0,23; IC95%= 0,20-

0,25) (N=45, 18.434 pacientes). Sem efeito em CCL (n=5, 3.693

pacientes); SMCR=0,03; IC95%= 0,00- 0,005). Galantamina:

SCMR=0,28; IC95%=0,25-0,31. Donepezila: SCMR=0,25;

IC95%=0,21-0,29. Rivastigmina: SCMR=0,18; IC95%=0,14-0,23);

Ginkgobiloba: SCMR=0,30(IC95%=0.10-0.49); Memantina:

SCMR=0,11; IC95%=0,06-0,17). CCL: inibidores da colinesterase:

efeitos negligenciáveis: SMCR=0,03; IC95%=0,00-0,05).

Exercício: efeito moderado para DA, SCMR=0,83;IC95%=0,59-

Page 26: SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE PORTARIA CONJUNTA Nº …€¦ · Alzheimer no Brasil e diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduoscom esta

26

1,07), pequeno mas significativo para CCL: SMCR=0,20;

IC95%=0,11-0,28).

Matsuna

gaet al.,

2015

(28)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA.

- Memantina

(em.monotera

pia).

- Placebo. - Cognição e

sintomas

comportamentai

s.

- Incluídos noveestudos,N= 2.433.

- Memantina melhorou função cognitiva (SMD=−0,27; IC95%=

−0,39−0,14; p=0,0001; I2= 52%) e sintomas comportamentais

(SMD=−0,12; IC95%=−0,22—0,01; p = 0,03, I2=30%).

Birkset

al., 2015

(18)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA leve a

moderada.

-

Rivastigmina

oral e

transdérmica.

- Placebo. - Cognição

(ADAS-cog e

MEEM)

- AVD

- Impressão

clínica global

- Análise principal foi para eficácia de rivastigmina 6 a 12 mg/dia

oral ou 9,5 mg/dia transdérmica contra placebo. Sete ensaios

(N=3.450) em pacientes com DA leve a moderada contribuíram para

esta análise

Rivastigmina oral ou transdérmica teve melhor efeito em 26 semanas

sobre cognição medida pela ADAS-cog (MD=-1.79; IC95%=−2.21-

−1.37,n = 3.232, seisestudos) e MEEM (MD=0,74; IC95%=0,52-

0,97; N=3.205; 6 estudos), atividades de vida diária (SMD=0,20;

IC95%=0,13-0.27, N=3.230, seis estudos) e impressão clínica global

(OR= 0,68; IC95%=0,58- 0,80; N=3.338, sete estudos).

Adesivos transdérmicoscom menos efeitos adversos que Vo, mas

eficácia similar.

Schmidt

et al.,

2015

(26)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA

moderada

a grave.

- Inibidores

da

colinesterase

mais

memantina.

-

Memantina

somente.

- Impressão

clínica

-

Funcionamento

cognitivo

-

Comportamento

- AVD

- Incluídos quatro estudos, N=1.549.

- Efeito significativo na combinação de inibidor da colinesterase mais

memantina para impressão clínica (CIBIC-Plus) (SMD= -0,20;

IC95%= -0,31a -0,09), na cognição (SMD=-0,27; IC95%=−0,37 a

−0,17) e comportamento (SMD=-0,19; IC95%=−0,31a −0,07).

- Qualidade de evidência alta para comportamento, moderada para

cognição e impressão clínica e baixa para AVDs. Recomendação

fraca.

Matsuna

gaet al.,

2014

(29)

- Pacientes

com

demência

devida a

- Memantina

mais inibidor

da

colinesterase.

-

Memantinae

m

monoterapia

ou Placebo.

- Primário:

função cognitiva

(medidas por

SIB, ADAS-

Cog, SMMSE, e

- Incluídos sete estudos (N= 2.182), DA leve a grave.

- Terapia combinada melhorou significativamente sintomas

comportamentais (SMD = −0,13), atividades de vida diária (SMD=

−0,10) e Impressão clínica global (SMD=−0,15), tendência de

melhora para função cognitiva (SMD=−0,13, P = 0,06). Tamanho de

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27

DA leve a

grave.

MEEM) e

alterações

comportamentai

s medidas por

NPI). -

Secundário:

AVC (medidas

por

Alzheimer’sDise

aseCooperativeS

tudy-

Activitiesof

Daily Living e

Bristol

Activitiesof

Daily Living

Scale) impressão

clínica global,

CDR,

descontinuação

por qualquer

causa.

efeito pequeno variando de −0,10 a −0,15. Efeitos da terapia

combinada foram mais significativos nos pacientes com DA

moderada a grave em todos os desfechos. Taxas de descontinuação

similares ente grupos.

Cognição- efeito significativo da terapia combinada no subgrupo

moderado a grave (SMD = −0,24, P = 0,0003); sem significância nos

DA leve a moderado (SMD = 0,00, P = 0,97).

Farina et

al., 2014

(31)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA.

- Exercício

físico

(quaisquer)

por no

mínimo 4

semanas.

- Qualquer

outra

intervenção

não

farmacológi

ca.

- Cognição

medida por

qualquer escala.

- Incluídos seis estudos, N= 171.

- Meta-análises de quatro ensaios.

- Tamanho de efeito positivo com uma média de 1,12 (IC95%= 0,37–

1,88).

- Heterogeneidade significativa entre os estudos (I2 = 69%, p = 0,02).

Meta-análise de três estudos homogêneos SMD 0,75 (95% CI = 0,32–

1,17, p <0.001).

- N pequeno, viés de publicação não pode ser avaliado,

heterogeneidade muito grande entre estudos, vários tipos de

atividades, física impedem recomendações sobre qual tipo de

exercício.

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28

McCleer

yet al.,

2016

(42)

- Pacientes

com

demência

e

problemas

de sono.

- Qualquer

fármaco para

sono:

Melatonina

Trazodona

Rameolton.

- Placebo. - Problemas de

sono medidos

por actigrafia.

N: 222(três estudos) melatonina (DA moderada a grave quase todos).

30 Trazodona (um estudo) pacientes com DA moderada a grave.

Ramelteon (74) ( um estudo) DA leve a moderada.

Sem evidência para uso de melatonina.

Evidência de baixa qualidade que 50mg de trazodona melhora

duração total de sono noturno (MD 42,46 minutos, IC 95%= 0,9-

84,0; N = 30; um estudo) e eficiência do sono (MD 8,53%, IC95%=

1,9- 15,1; N = 30; 1 estudo ) em pacientes com DA moderada a

grave.

Ramelteon não pode se avaliado, dados incompletos.

Limitações:Não se encontraram estudos com BZD e hipnóticos não

BZD , embora frequentemente usados na prática clínica.Alguma

evidência para Trazodona em doses baixas (50mg) , mas um estudo,

amostra pequena necessita replicação.

McGuin

nesset

al., 2014

(34)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA

provável

ou

possível ,

usando

inibidor de

colinestera

se.

- Estatina. - Placebo. - Cognição

(medida pela

ADAS-Cog ou

MEEM).

Quatro estudos (N=1.154 participantes) .

Sem evidência de benefício do uso de estatinas para cognição

(ADAScog: MD=-0.26, IC95%=-1,05 a 0,52, P=0,51) (MEEM: MD=

-0,32, IC95%=-0,71 a 0,06, P = 0,10). Risco de viés baixo em todos

os estudos.

Sampson

et al.,

- Pacientes

com

demência

- Compostos

atenuantes de

- Placebo. - Cognição.

Sem efeito significativo do clioquinol (PBT1) na cognição medida

pela ADAS-Cog (N=36, um estudo).

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29

2014

(35)

devida a

DA.

proteínas

metálicas.

Sem efeito significativo do PBT2 nos escores da NTB, MEEM e

ADAS-Cog (N=78, umestudo).

Bahar-

Fuchs et

al., 2013

(32)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA ou

demência

vascular.

- Treino e

reabilitação

cognitiva.

- Qualquer

tarefa

controle.

- Cognição e

comportamento.

Incluídos 11 estudos controlados avaliando treino cognitivo e 1

avaliando reabilitação cognitiva

Várias medidas de desfecho cognitivo usadas nos diferentes estudos.

Treino cognitivo não foi associado a efeito positivo ou negativo em

relação a qualquer desfecho avaliado. Qualidade dos ensaios leve a

moderada.

Liu et

al., 2016

(43)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA

(esporádic

a e

dominante

) com

epilepsia.

- Qualquer

intervenção

farmacológic

a ou não.

- Qualquer

intervenção

farmacológi

ca ou não.

- Ausência de

convulsão.

- Um estudo, N= 95.

- Sem evidências para uso de levetiracetam, fenobarbital

elamotrigina.

Chau et

al., 2015

(36)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA de

quaisquer

gravidade.

-Latrepirdina. - Placebo, - Cognição

- Funcionalidade

- Sintomas

comportamentai

s

Três ensaios, N= 1.243 incluídos nas análise de eficácia e 4 ensaios,

N=1.034 incluídos nas análises de segurança e tolerabilidade; cinco

ensaios com alto viés devido a perda.

Baixa qualidade de evidência favorecendo a latrepirdina na CIBIC-

Plus (MD=-0,60, IC95%=-0.89 a -0,31, um estudo, P < 0,001).

Sem efeito significativo na cognição.

Alguma evidência de qualidade alta mostrando benefício muito

pequeno da latrepirdina no NPI(MD= -1,77, IC95%= -3,09 a -0.45,

três estudos, P = 0,009) em 26 ou 52 semanas.

Burckha

rdt et al.,

- Pacientes

com

demência

- Ômega-3. - Placebo, - Cognição

- AVD

Três ensaios , N=632.

Qualidade de evidência alta.

Não houve benefício do ômega-3 PUFAs em nenhum dos desfechos.

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30

2016

(37)

devida a

DA, DV,

DFT,

demência

corpos de

Lewy,

demência

devida a

Doença de

Parkinson.

- qualidade de

vida

- sintomas

comportamentai

s

- gravidade da

demência

Farina et

al., 2017

(38)

- Pacientes

com

demência

leve

devida a

DA com

leve

comprome

timento

cognitivo.

- Vitamina E. - Placebo, - Cognição

- Funcionalidade

- Sintomas

comportamentai

s

- Progressão

para demência

Incluídos dois estudos (um em indivíduos com DA, N= 304) e um

com CCL devido a DA, N= 516).

Sem evidências de benefício na cognição medida pela ADAS (um

estudo, N = 272; moderada qualidade de evidência).

Menos declínio funcional medido pelo

Alzheimer’sDiseaseCooperativeStudy/Activitiesof Daily Living

Inventory nos indivíduos recebendo vitamina E (MD=3,15, IC95%=

0,07- 6,23, P = 0,04, um estudo, N = 280; moderada qualidade de

evidencia).

Sem efeito nos sintomas comportamentais medidos pelo NPI.

Sem evidência de efeito da vitamina E na progressão de CCL para

demência (um estudo, N = 516; moderada qualidade de evidência).

Wang et

al., 2016

(39)

-

Pacientesc

om

demência

devida a

DA.

- Ginseng

mais terapia

farmacológic

a

convencional.

- Terapia

farmacológi

ca

convencion

al,

- Cognição e

outros desfechos

medidos pelas

escalas MEEM ,

ADAS-Cog,

ADAS-NonCog

e CDR

Incluídos quatroestudos , N=259.

Qualidade pobre dos estudos incluídos, efetividade inconsistente em

desfechos cognitivos e não cognitivos.

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31

Tsoiet

al., 2016

(30)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA.

- Terapia

combinada

(inibidor da

colinesterase

mais

memantina).

-

Monoterapi

a com

memantina

ou com

inibidor da

colinesteras

e,

- Cognição

- AVD

- sintomas

comportamentai

s

- impressão

clínica

- efeitos

adversos.

14 ensaios incluídos, N=5.019.

Terapia combinada (inibidor da colinesterase mais memantina) não

demonstrou benefício na cognição (MEEM: MD=0,06, IC95%=−0,52

a 0,65), atividades de vida diária (ADCS-ADL: MD=−0,15, IC95%=I

−1,08 a 0,78), sintomas comportamentais (NPI: MD= −1,85, IC95%=

−4,83 a 1,13), e mudanças globais (CIBIC-Plus: MD= 0,01, IC95%=

−0.25 a 0.28).

Terapia combinada demonstrou benefício nos sintomas

comportamentais (NPI: (MD=−2,95, IC95%=−4,65 a −1,25) em

pacientes com DA moderada a grave.

Kobayas

hi et al.,

2016

(21)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA leve a

moderada.

- Donepezila

ou

galantamina

ou

rivastigmina.

- Placebo ou

donepezila

ou

galantamina

ou

rivastigmina

,

- Cognição

(medida pela

ADAS-Cog),

- sintomas

comportamentai

s (medidos pelo

NPI - impressão

clínica de

mudança

(medida pelas

escalas (CIBIC+

e CGIC)

- efeitos

adversos

- descontinuação

de tratamento

21 ensaios incluídos.

Todos os tratamentos foram mais eficazes que placebo na cognição

(medida pela ADAS-Cog) e na impressão clínica de mudança

(medida pela CIBIC+ ou CGIC) com exceção a galantamina. Sem

eficácia nos sintomas comportamentais. Eficácia similar dos três

inibidores da colinesterase sobre a cognição.

Zhang et

al., 2016

(19)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA.

-

Galantamina.

- Placebo, - Cognição

(medida pela

ADAS-Cog)

Impressão

clínica global.

Incluídos oitoensaios , N= 5.095.

Eficácia da galantamina no desfecho primário cognição medido pela

ADAS-Cog , 24 mg/dia galantamina (MD=−3,15, IC95% =−3,70 a

−2,60, P<0,00001). Efeito benéfico observado para impressão clínica

(OR=1,30, IC95%=1,06-1,60, P=0,01).

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32

Cheng et

al., 2016

(40)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA leve a

moderado.

- Agonistas

PPAR-γ

(rosiglitazona

,

pioglitazona,

telmisartan).

- Placebo, - Cognição

(medida pela

ADAS-Cog).

Incluídos nove estudos, N=1.314.

Evidência insuficiente de benefícios na cognição.

Kuboet

al., 2015

(41)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA.

-

Antagonistas

de receptores

histaminérgic

os H3.

- Placebo, - Cognição

(medida pelo

MEEM).

Incluídos três ensaios, N= 402. Não houve beneficio dos antagonistas

H3.

Matsuna

gaet al.,

2015

(44)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA.

- Lítio. - Placebo, - Cognição

(medida pela

ADAS-Cog e

MEEM).

Incluídos trêsestudos , N=232.

Lítio diminuiu o declínio cognitivo em relação ao placebo (SMD= -

0.41, IC95%=−0,81 a −0,02, p = 0,04, I(2)=47%, 3 estudos, N=199).

Sem diferenças na taxa de descontinuação por efeitos adversos. N

pequeno, necessita mais replicações.

Jiang &

Jiang,

2015

(27)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA.

- Memantina. - Placebo, - Cognição

- AVD

- Sintomas

comportamentai

s - Impressão

clínica global

(medidos por

MEEM, SIB,

NPI, ADCS-

ADL19, CIBIC-

Plus)

Incluídos 13 estudos, N= 4.104.

Beneficio da memantina em pacientes com DA moderada a grave na

cognição,AVDs e impressão clínica.

Memantina segura e bem tolerada.

Jiang et

al., 2015

(20)

- Pacientes

com

demência

-

Galantamina.

- Placebo, - Cognição

(medida pelo

MEEM e

- Incluídos 11 estudos, N=4.074.

- Galantamina por 8–28 semanas (16–40 mg dia) produziu melhora

significativa da ADAS-Cog [P < 0,00001, MD =−2.95, IC95 %=

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Legenda:DA= Doença de Alzheimer; CCL= comprometimento cognitivo leve; ADAS-Cog= Alzheimer’sDiseaseAssessmentScale-Cognitive;

MEEM= Mini-exame do estado mental; NPI = NeuropsychiatricInventory; CGI= clinical global impression; CIBIC-Plus=Clinician’s Interview –

BasedImpressionofChangepluscaregiver input; SIB= severeimpairmentbattery; AVD=atividades de vida diária; CDR=Clinicaldementia rating; NTB=

Neuropsychological Test Battery; SMD= standardizedmeandifference; IC=intervalo de confiança; SMCR= StandardizedMeanChange score; MD=

meandifference

devida a

DA.

ADAS-Cog)

- AVD

- Sintomas

comportamentai

s (medidos NPI)

- Impressão

clínica (medida

pela CIBIC-

Plus)

−3,32 a −2,57)], MEEM [P = 0,003, MD = 2,50, IC95 %= 0,86 –

4,15)], NPI [P = 0,001, MD =−1,58, IC95 %= −2.54 a −0,62)] e

CIBIC-Plus [P < 0,00001, RR = 1,26, IC95 %=1,15−1,39). Mais

efeitos adversos ocorreram no grupo de galantamina.

Wang et

al., 2015

(22)

- Pacientes

com

demência

devida a

DA.

- Qualquer

medicamento

.

- Placebo, - Sintomas

comportamentai

s (medidos pelo

NPI)

- Efeitos

adversos

- Inibidores da colinesterase e antipsicóticos atípicos melhoraram

escores do NPI (SMD= −0,12; IC95%=−0,23 a −0,02; antipsicóticos

atípicos (SMD=−0,21; IC95%=−0,29 a −0,12), mas antidepressivos

(IC95%=−0,35 a 0,37) e memantina (IC95%=−0,27 – 0,03) não.

- Inibidores da colinesterase e antipsicóticos atípicos tiveram maior

risco de perdas por efeitos adversos e maior incidência de efeitos

adversos.

- Nenhum estudo com antipsicótico típico foi incluído.