saúde e bem estar - 16 de março de 2014

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Dieta detox e os seus benefícios Saúde e bem-estar F5 DIVULGAÇÃO A um passo da dependência química O uso abusivo de medicações pode levar para a hipocondria ou para a dependência desses produtos T odo mundo conhece alguém ansioso que sempre “coloca para dentro” um remedi- nho tranquilizante antes de entrar em um avião. Ou toma aquela pílula infalível para se livrar da dor de cabeça ou dor muscular. Essas situações podem até parecer corriqueiras, mas é preciso ficar alertar ao uso abusivo de medicações, já que elas pode levar para a hipocondria ou para a de- pendência de remédios. Dramin, Dorflex, Lexotan, Amoxicilina e alguns outros. Esse é o “kit de sobrevivência básico” do advogado Carlos Eduardo Andrade*, 27. “Tomo remédio para enjoo, que tam- bém serve para combater a ressaca, e também sempre que viajo. Tem também mais outros, que não são vendidos com receita. Antibiótico para dor de garganta e tranquili- zante para os momentos de ansiedade”, diz. O tarja preta ele compra com amigos. “E, quando eles não têm, dou um jeito”, com- pleta. A falta de seus remé- dios causa até preocupação para o advogado, porque ele sempre gosta de “ter um para casos de emergência”. Apesar disso, ele não consi- dera que a medicação não prescrita que toma – ele nunca foi a um médico psi- quiatra – não é essencial para o seu dia a dia. “Mas fico ansioso. Nunca viajo sem nada, fico logo preocupa- do”. Por sorte, ele nunca teve nenhuma intoxicação. Andrade acredita que hi- pocondria é apenas “tomar remédio sem precisar”, e ele não se considera um hipo- condríaco, de acordo com a própria definição. “Tomo remédio quando sinto dor ou incômodo. Quando estou muito cansado e não consi- go dormir, muito estressado, com dor de cabeça e/ou mus- cular”, justifica. A confusão com os termos, no entanto, é bastante comum. Diferenças O termo hipocondria é um estado psíquico em que a pes- soa tem a crença infundada de que padece de uma doença grave. “A doença costuma vir associada a um medo irracional da morte a uma obsessão com sintomas ou defeitos físicos irrelevantes, preocupação e auto-obser- vação constante do corpo e até, às vezes, para a descren- ça nos diagnósticos médicos. Já a dependência de medica- mentos se dá principalmen- te em pessoas que abusam de medicações derivadas de anfetaminas (estimulantes) e de sedativos (calmantes, tranquilizantes). Esses me- dicamentos podem causar dependência física e/ou psi- cológica. Primeiro inicia-se o uso, logo o abuso e em um terceiro estágio se produz a dependência”, explica a far- macêutica Aline Barros. Isso significa que, na hipo- condria, a pessoa se imagina doente, percebe sinais que não existem, se identifica com sintomas descritos por outras pessoas e passam a considerar que também tem esta doença. “E, daí, mui- tas passam a tomar várias medicações e procuram o médico com constância sem motivo aparente. No entanto, se automedicar pode levar o hipocondríaco para a intoxi- cação”, completa. Dependência O organismo do dependen- te pode sofrer diversas rea- ções, que variam de acordo com o tipo de substância que foi utilizada de forma abusi- va. “A pessoa pode apresen- tar reações como tremores, alteração da pressão arte- rial, coração acelerado, suar demais, ficar ansiosa, inquie- ta, agitada, nervosa e pode, inclusive, alucinar e delirar pela falta da medicação”, aponta a profissional. Entre as que causam mais dependência, explica a far- macêutica, estão as medi- cações derivadas de anfe- taminas (estimulantes) e de sedativos (calmantes, tranquilizantes). “Os analgésicos narcóticos (também conhecidos como opioides) como a morfina também causam dependência, porém são mais recei- tados em casos extre- mos, como para tipos de câncer mais dolorosos, portanto a dificuldade de acesso é maior”, explica Aline. O próprio mecanismo de ação dessas drogas, que agem no sistema nervoso central, pode explicar o motivo de causarem dependência no organismo, a depender da dose e tempo de uso. Por conta disso, a auto- medicação é potencialmente perigosa porque o paciente tende a utilizar medicamen- tos por conta própria para aliviar sinais e sintomas – o que pode trazer sérias conse- quências para sua saúde. “O uso de medicamentos de for- ma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doen- ça, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre re- dobrada. O uso abusivo des- tes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que com- promete a eficácia dos trata- mentos. Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação ina- dequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anu- lar ou potencializar o efeito do outro”, completa Aline. Para quem seguiu por esse caminho, mas quer ajuda, a boa notícia: há tratamento para a dependência de re- médios. “O primeiro passo do tratamento é a vontade do paciente, já que é funda- mental que ele esteja dis- posto a se curar. A terapia psicosocial é indicada por ajudar a desenvolver o reco- nhecimento da dependência no paciente, pois a maioria deles ignora estar doente psicologicamente. É feita ainda, uma terapia que en- volve médicos especialistas, psicólogos e terapia familiar, para que os entes o ajudem na recuperação”, finaliza. * nome fictício a pedido do entrevistado MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

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Saúde e bem estar - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Saúde e bem estar - 16 de março de 2014

SaúdeCa

dern

o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Dieta detox e os seus benefíciosSaúde e bem-estar F5

DIVULGAÇÃO

A um passo da dependência química

O uso abusivo de medicações pode levar para a hipocondria ou para a dependência desses produtos

Todo mundo conhece alguém ansioso que sempre “coloca para dentro” um remedi-

nho tranquilizante antes de entrar em um avião. Ou toma aquela pílula infalível para se livrar da dor de cabeça ou dor muscular. Essas situações podem até parecer corriqueiras, mas é preciso fi car alertar ao uso abusivo de medicações, já que elas pode levar para a hipocondria ou para a de-pendência de remédios.

Dramin, Dorfl ex, Lexotan, Amoxicilina e alguns outros. Esse é o “kit de sobrevivência básico” do advogado Carlos Eduardo Andrade*, 27. “Tomo remédio para enjoo, que tam-bém serve para combater a ressaca, e também sempre que viajo. Tem também mais outros, que não são vendidos com receita. Antibiótico para dor de garganta e tranquili-zante para os momentos de ansiedade”, diz.

O tarja preta ele compra com amigos. “E, quando eles não têm, dou um jeito”, com-pleta. A falta de seus remé-dios causa até preocupação para o advogado, porque ele sempre gosta de “ter um para casos de emergência”. Apesar disso, ele não consi-dera que a medicação não prescrita que toma – ele nunca foi a um médico psi-quiatra – não é essencial para o seu dia a dia. “Mas fi co ansioso. Nunca viajo sem nada, fi co logo preocupa-do”. Por sorte, ele nunca teve nenhuma intoxicação.

Andrade acredita que hi-pocondria é apenas “tomar remédio sem precisar”, e ele não se considera um hipo-condríaco, de acordo com a própria defi nição. “Tomo remédio quando sinto dor ou incômodo. Quando estou muito cansado e não consi-go dormir, muito estressado, com dor de cabeça e/ou mus-cular”, justifi ca. A confusão com os termos, no entanto, é bastante comum.

DiferençasO termo hipocondria é um

estado psíquico em que a pes-soa tem a crença infundada de que padece de uma doença grave. “A doença costuma vir associada a um medo irracional da morte a uma obsessão com sintomas ou defeitos físicos irrelevantes, preocupação e auto-obser-vação constante do corpo e até, às vezes, para a descren-ça nos diagnósticos médicos. Já a dependência de medica-mentos se dá principalmen-te em pessoas que abusam de medicações derivadas de anfetaminas (estimulantes) e de sedativos (calmantes, tranquilizantes). Esses me-dicamentos podem causar dependência física e/ou psi-cológica. Primeiro inicia-se o

uso, logo o abuso e em um terceiro estágio se produz a dependência”, explica a far-macêutica Aline Barros.

Isso signifi ca que, na hipo-condria, a pessoa se imagina doente, percebe sinais que não existem, se identifi ca com sintomas descritos por outras pessoas e passam a considerar que também tem esta doença. “E, daí, mui-tas passam a tomar várias medicações e procuram o médico com constância sem motivo aparente. No entanto, se automedicar pode levar o hipocondríaco para a intoxi-cação”, completa.

DependênciaO organismo do dependen-

te pode sofrer diversas rea-ções, que variam de acordo com o tipo de substância que foi utilizada de forma abusi-va. “A pessoa pode apresen-tar reações como tremores, alteração da pressão arte-rial, coração acelerado, suar demais, fi car ansiosa, inquie-ta, agitada, nervosa e pode, inclusive, alucinar e delirar pela falta da medicação”, aponta a profi ssional.

Entre as que causam mais dependência, explica a far-macêutica, estão as medi-cações derivadas de anfe-taminas (estimulantes) e de sedativos (calmantes, tranquilizantes). “Os analgésicos narcóticos (também conhecidos como opioides) como a morfi na também causam dependência, porém são mais recei-tados em casos extre-mos, como para tipos de câncer mais dolorosos, portanto a difi culdade de acesso é maior”, explica Aline. O próprio mecanismo de ação dessas drogas, que agem no sistema nervoso central, pode explicar o motivo de causarem dependência no organismo, a depender da dose e tempo de uso.

Por conta disso, a auto-medicação é potencialmente perigosa porque o paciente tende a utilizar medicamen-tos por conta própria para aliviar sinais e sintomas – o que pode trazer sérias conse-quências para sua saúde. “O uso de medicamentos de for-ma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doen-ça, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre re-dobrada. O uso abusivo des-tes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que com-promete a efi cácia dos trata-mentos. Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação ina-dequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anu-lar ou potencializar o efeito do outro”, completa Aline.

Para quem seguiu por esse caminho, mas quer ajuda, a

boa notícia: há tratamento para a dependência de re-médios. “O primeiro passo do tratamento é a vontade do paciente, já que é funda-mental que ele esteja dis-posto a se curar. A terapia psicosocial é indicada por ajudar a desenvolver o reco-nhecimento da dependência no paciente, pois a maioria deles ignora estar doente psicologicamente. É feita ainda, uma terapia que en-volve médicos especialistas, psicólogos e terapia familiar, para que os entes o ajudem na recuperação”, fi naliza.

* nome fi ctício a pedido do entrevistado

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

É uma das doenças de nosso tempo. Para a maioria das pessoas a doença não causa sinais ou sintomas, mas, sem tratamento, o quadro pode evoluir para uma hepatite”

EditorGuto [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Infi ltração gordurosa do fígado é uma das alterações hepato-celulares mais frequentes, cons-tituindo-se achando comum em biopsias hepáticas. Sendo con-sequência do acúmulo de lipídios (gordura) nos hepatócidos (células do fígado), descolando núcleo da célula para a periferia.

É uma das doenças de nosso tempo. Para a maioria das pessoas a doença não causa sinais ou sintomas, mas, sem tratamento, o quadro pode evoluir para uma hepatite.

Esse acúmulo, é o modo mais comum que o fígado utiliza para responder a uma agressão ao seu funcionamento, existe a esteatose alcoólica, mas a forma mais co-mum, a gordurosa, é causada pela ingestão de gorduras acima da capacidade de processamento do fígado. Em países em que a obesi-dade tem se tornado um problema de saúde pública, como parece já ser o caso do Brasil, a esteatose hepática afeta aproximadamente 25% da população.

Ela é muito frequente em pa-cientes com sobrepeso acima dos 30 anos de idade. O fígado é invadido por uma quantidade excessiva de gordura e o tecido hepático saudável é parcialmente substituído por áreas não sau-

dáveis de gordura. Proteja seu fígado. Evite substâncias que causem mais danos. Não abuse do álcool.

Três em cada dez brasileiros sofrem de doenças do fígado. A incidência é espantosa. As causas endócrinas também podem con-tribuir para a esteatose, é o caso dos diabetes mellitus e do chama-do fígado gorduroso da gravidez. Em ambas as circunstâncias, uma grande quantidade de gordura pode ser rapidamente depositada no fígado, ocasionando o aumento do volume do órgão e resultando em dor no lado superior direi-to do abdômen. Traiçoeiros, os males hepáticos evoluem lenta e silenciosamente. Na maioria dos casos, pela própria fi siologia do órgão, os primeiros sintomas só aparecem quando a doença já está avançada, e as chances de cura são muito reduzidas. Quando o paciente chega a esse estágio, e única esperança é o transplante.

A doença normalmente é diag-nosticada em exames de rotina que dosam as enzimas do fígado. Ultrassom hepático também pode apontar a presença de esteatose hepática. De qualquer forma, o diagnóstico precoce é sempre sa-lutar: a esteatose pode ser consi-derada reversível até certo ponto,

removendo-se ou reduzindo-se os fatores agressores, sejam quími-cos ou nutricionais, e tratando qualquer causa endócrina.

Os primeiros sintomas de uma doença hepática tendem a surgir quando 70% das células do fígado já estão prejudicadas. Só a partir desse momento, vêm o enjoo, a pele amarelada e a perda de peso sem explicação aparente.

O tratamento é direcionado pela causa, o que envolve modifi cações de hábitos de vida, cruciais para a melhor resposta ao tratamento.

Como você pode se ajudar?- Perder peso. Caso você esteja

com sobrepeso ou obeso, reduza o numero de calorias ingeridas dia-riamente e aumente as atividades físicas para auxiliar nessa tarefa. Caso você já tenha tentado perder peso e não foi bem-sucedido, pode ser necessária a ajuda de um nutricionista para orientá-lo numa dieta rica em frutas e vegetais. Diminua a quantidade de gorduras e inclua alimentos integrais.

- Exercite-se. Seja mais ativo, procure se exercitar pelo menos 30 minutos ao dia, pelo menos na maior parte dos dias da semana. Incorpore mais atividades físicas. Tente andar mais pelas escadas em vez de elevador, faça cami-nhadas regulares.

Popularmente chamada de ameixa-amarela, a nêspera é rica em vitamina C e sais minerais, como o cálcio e o fósforo. Outra propriedade da fruta é controlar os níveis de gordura no sangue e diminuir a resistência à insulina, atuando assim na prevenção contra diabetes. Estudos ainda indicam que a nêspera apresenta triter-penos, substâncias que modulam a formação de óxido nítrico, que age nas vias respiratórias e tem efeito que pode ser benéfi co no controle de bronquite, além de auxiliar no tratamento de doenças alérgicas infl ama-tórias como asma, rinite e sinusite. Também conhecida como couve-chinesa, essa hortaliça além de proteger o fígado, auxilia no controle do diabetes, pois apresenta fi bras e possui substâncias que causam regeneração das células do pâncreas, que é o local onde há a produção de insulina.

Nêspera e acelga protegem o fígado contra a gordura

O inhame é uma importante fonte de proteínas, potás-sio e fósforo, podendo ser usado para prevenir doenças como osteoporose, artrite e cálculos renais. Fonte de carboidratos e fi bras pode ser uma opção para pães, massas, cereais e todos os tipos de tubérculos e raízes. Além disso, o consumo desses minerais ajuda a manter a memória funcionando mesmo depois da velhice. Já com relação ao rabanete, aquele legume simpático, rosa por fora e branquinho por dentro, é benéfi co graças às suas propriedades medicinais. Ele estimula as funções digestivas, limpa as vias respiratórias e ainda dá uma força ao sistema imunológico. Isso acontece graças à grande quantidade de vitaminas e minerais, como cálcio, potássio, magnésio e fósforo.

Inhame e rabanete na sua salada de saúde

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoDernando MonteiroGracycleide Drumond

Éticas e práticas de cultura interligadas na linguagem

Parece lógico pressupor que os conceitos que entendem e julgam as más práticas e os maus resultados variam nos tempos e nas sociedades”

João Bosco [email protected]

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa na França

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Algumas difi culdades concei-tuais da ética médica têm sido estabelecer parâmetros para separar a má prática dos maus resultados secundários aos in-contáveis vetores de incertezas e variáveis que regem o funcio-namento do corpo. Parece lógico pressupor que os conceitos que entendem e julgam as más práti-cas e os maus resultados variam nos tempos e nas sociedades.

Os códigos que regulavam a profi ssão médica, desde o segundo milênio a.C., estão cla-ramente ajustados às lingua-gens culturais. Dessa forma, a ética médica é um produto do processo histórico da medicina e do médico, ligada à ética e à moral, ao longo de mais de 2 anos, como novo componente teórico, de caráter pedagógico e fi scalizador, para manter o princípio fundamental que deve nortear as práticas médicas, sejam ou não de instrumental pesquisador: têm caráter liber-tador e devem estar acompa-nhar as mudanças sociais e tecnológicas na construção de um mundo melhor.

Nesse sentido e sob essa compreensão é válido relembrar alguns aspectos históricos. Na Mesopotâmia e nas cultu-ras que se desenvolveram mais intensamente, durante no se-gundo milênio a. C., no Oriente, as práticas médicas estavam

claramente dependentes das ideias e crenças religiosas por meio de muitos deusas e deuses taumaturgos. Não existia um processo teórico para explicar a saúde e a doença fora das ideias e crenças religiosas.

Nesse conjunto complexo, sem dúvida o médico, nominalmen-te reconhecido, fazia parte dos especialistas sociais. Existem fortes indicativos de um início consistente quanto a preocupa-ção dos médicos quanto:

- Entender, dominar e mo-dificar a multiplicidade dinâ-mica das formas e funções do corpo;

- Estabelecer parâmetros do normal e patológico;

- Vencer as limitações impos-tas pelo determinismo da dor e da morte fora de controles.

Assim, é possível identifi car curadores que conviviam simul-taneamente em torno de ações específi cas para controlar a dor e aumentar os limites da vida vinculados nas três medicinas, cujos limites eram imprecisos:

- Medicina-divina: fortifi -cada nos templos dedicados às muitas divindades, cujos agentes, sacerdotes e sacer-dotisas, com forte destaque social, ofereciam a cura por meio de rezas e encantamen-tos sob a guarda dos deuses e deusas curadoras. Como uma facção muito forte, os adivi-

nhos fl oresceram. Alguns re-gistros, nas tábuas de escrita cuneiforme, atestam que os agentes das curas, na Me-sopotâmia, além de encan-tadores, eram reconhecidos como exímios adivinhos. Essa característica dos curadores, na Mesopotâmia, não passou despercebida aos que redigi-ram alguns livros do Antigo Testamento, no período do cativeiro mesopotâmico, que demonstram forte infl uência da adivinhação.

- Medicina-empírica: nesse grupo, apesar de os agentes, homens e mulheres do povo, não exercerem as práticas nos tem-plos, também com forte partilha com as ideias e crenças religio-sas, estavam parteiras, ervei-ros, encantadores e benzedores. de tudo e todos interrompiam a caminhada para orientar, ofe-recer o tratamento.

- Medicina-ofi cial: tanto na Mesopotâmia, quanto em outras culturas que se organizaram e prosperaram, no segundo milê-nio a.C., os processos dos apren-dizados, amparados pelos pode-res dominantes, na formação do médico, estavam dentro dos templos das divindades curado-ras mais importantes. Também por essa razão, é possível justifi -car, historicamente, os estreitos laços da medicina-ofi cial com as ideias e crenças religiosas.

Esteatose hepática

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Page 3: Saúde e bem estar - 16 de março de 2014

MANAUS, DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

Psicólogo on-line em todo BrasilAté pouco tempo atrás, a

única maneira de conver-sar com um psicólogo era dentro de um consultório e presencialmente. A boa notícia é que o desenvol-vimento tecnológico bene-ficia a área da psicologia. Com o lançamento do novo portal psicolink, disponível em: www.psicolink.com.br, agora é possível dentro e fora do Brasil realizar uma orientação psicológica de forma simples, em qualquer lugar e horário, com segu-rança e conforto.

De acordo com Milene Ro-senthal, fundadora do psico-link: “Hoje as pessoas que-rem ganhar tempo, e com a correria e trânsito nas grandes cidades, receber um atendimento do psicólogo por meio da internet pode ser conveniente e prático”.

O psicolink é aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia, é um serviço único, desenvolvido com os sistemas mais modernos e seguros do mercado. Priori-za a segurança dos clientes e a qualidade dos atendimen-

tos, respeitando a ética e a sua legislação existente.

AmpliaçãoO psicolink surge para

atender ao público exigen-te e que precisa de tempo, praticidade e rapidez. “O nosso objetivo é ampliar esse serviço no Brasil ino-vando na forma de aten-dimento com enfoque nos cuidados da saúde mental. É um serviço ágil, busca atender pessoas que pre-cisam conversar com um psicólogo, mas que por al-

gum motivo não conseguem estar em um consultório. Por exemplo, pessoas que não têm psicólogos na sua cidade e até aquelas com dificuldade de locomoção. Estamos fazendo o possí-vel para que o atendimento seja acessível em qualquer lugar, sem prejudicar a qualidade do atendimento por meio da web”, finaliza Milene Rosenthal.

Em breve, o psicolink, pre-tende ampliar o alcance do portal para brasileiros que vivem fora do Brasil.O serviço presta uma orientação em qualquer lugar e hora

DIVULGAÇÃO

SERVIÇO

Dieta pode evitar a degeneração macular

Algumas mudanças na dieta podem ajudar a controlar a DMRI, doença que pode até causar cegueira na velhice

Cerca de 80% dos bra-sileiros nunca ouviram falar em degeneração macular relacionada à

idade (DMRI), de acordo com uma pesquisa realizada com mais de quatro mil pessoas, em cinco cidades do país, pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV), apoiada pela Bayer. A doença é a primeira causa de cegueira em pa-cientes de 65 anos ou mais em países industrializados e afeta entre 25 e 30 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mun-dial da Saúde (OMS).

A DMRI está associada ao envelhecimento e prejudica a fi xação e a nitidez das ima-gens, pois reduz gradualmente a visão central dos pacientes. A forma mais agressiva do problema é a DMRI úmida, identifi cada pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos, extravasando sangue e fl uído na mácula, região localizada no centro da retina e respon-sável pelo foco da visão. A OMS estima que cerca de três milhões de pessoas no mundo sejam acometidas por essa forma da doença, represen-tando 8,7% de todos os casos de cegueira e 50% dos casos em países industrializados.

Algumas mudanças na die-ta podem ajudar a controlar a DMRI. Isso porque existem pigmentos como a luteína e a zeaxantina, que reduzem os riscos de piora de algumas doenças. “Eles estão presen-tes naturalmente na mácula e também em alimentos como vegetais amarelos, alaran-

jados, vermelhos e verdes; tais como nectarina, laranja, mamão, pêssego, brócolis, couve-de-bruxelas, repolho, couve-fl or, ervilha, milho e rú-cula, brócolis dentre outros, além de verduras de folha verde escura, como couve, espinafre, escarola”, explica o doutor Walter Takahashi, professor associado e chefe do Serviço de Retina e Vítreo do Departamento de Ost al-mologia da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.

Há também os fatores de-sencadeantes da DMRI e um deles é a oxidação dos teci-dos da retina, que nada mais

é do que o envelhecimento dos tecidos. “Dessa forma, os antioxidantes têm um pa-pel importante na prevenção da doença, seja reduzindo os riscos de piora ou estabilizan-do a lesão. São substâncias como as vitaminas C e E, o betacaroteno e o zinco, pre-sentes, por exemplo, no óleo de linhaça, azeite de oliva, brócolis, couve e pimentão”, esclarece Takahashi.

ALIMENTAÇÃOAlimentos indicados: vegetais amarelos, ala-ranjados, vermelhos e verdes; tais como nec-tarina, laranja, mamão, pêssego, brócolis, cou-ve-de-bruxelas, repo-lho, couve-fl or, ervilha, milho, rúcula e brócolis

Além da dieta, a doença deve ser contida com trata-mentos medicamentosos. É o caso do Eylia® (afl ibercep-te), uma injeção intravítrea que inibe o crescimento de novos vasos sanguíneos, provocando a diminuição de fl uído e sangramentos, melhorando, desta forma, a visão de pacientes com

DMRI. “São medicações que reduzem os vasos anormais que se formam na fase úmi-da. Elas são realizadas por meio de infusões dentro do olho e, em pelo menos 90% dos casos, a visão fi ca es-tável ou melhora. Estima-se que em 40% dos casos, há uma melhora substancial da visão. Como qualquer do-

ença, quanto mais cedo é iniciado o tratamento, me-lhores são os resultados.

MonitoramentoEntretanto, por se tratar

de doença degenerativa, não há cura defi nitiva. Dessa forma, o paciente deve ser monitorado continuamente, a cada 30, 60, 90 dias, de-

pendendo da agressividade da doença. Se o paciente se queixar de nova turvação da visão, assim como distorção de imagens e comprovado o retorno de inchaço da mácula, com exames como a tomografi a da mácula, nova infusão intravítrea de afl ibercepte deverá ser rea-lizada”, explica o médico.

Medicamentos podem atenuar sintomas

A forma mais agressiva do problema é a DMRI úmida, identifi cada pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Page 4: Saúde e bem estar - 16 de março de 2014

F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014 F5

Livre das toxinas e dos quilinhos extrasDizem que o ano só começa após o Carnaval, então, iniciando a segunda quinzena de março é hora de correr atrás do prejuízo e eliminar possíveis excessos cometidos nas férias e festas, adotando medidas que contribuem para a saúde

Depois de virar moda nos Estados Unidos e conquistar celebri-dades que ajudaram a

propagar aos quatro ventos os seus poderes milagrosos, a die-ta detox virou mania também no Brasil. Apesar de algumas vertentes radicais que permi-tem apenas ingerir água ou sucos por vários dias, a dieta também tem seu lado positi-vo, já que, comprovadamente emagrece e ajuda a desinto-xicar o organismo.

Segundo a nutricionista da Global Nutrição doutora Ana Huggler, além da sensação de estufamento e inchaço, os sintomas da intoxicação por

alimentos são: dores abdomi-nais, diarreia, náuseas, vômi-tos, febre, calafrios, dores de cabeça e fraqueza. “A primeira medida a ser tomada é ingerir bastante água, pois ela ajuda a eliminar toxinas por meio da urina. Aliás, como por meio do suor perdemos muito líquido, afi nal, é a forma que o corpo encontra para regular a tem-peratura do organismo, a água ajuda a hidratar e evitar o inchaço corporal”, explica.

Aumentar o consumo de frutas vermelhas e cítricas é outra recomendação da especialista, pois os antioxi-dantes presentes nas mesmas têm ação hepatoprotetora e

anti-infl amatória que atuam fazendo uma limpeza no orga-nismo e, desta forma, ajudam a eliminar de toxinas do corpo. “A melancia, por exemplo, tem função diurética que ajuda a

eliminar toxinas. Já a maçã ajuda a eliminar os radicais livres e ainda é antiácida, o que ajuda a ativar o fíga-do e dissolver o ácido úrico, responsável pela retenção de líquidos”, explica Huggler.

Alguns nutricionistas garan-tem que o organismo é capaz de se livrar sozinho das impu-rezas. Outros defendem que o detox é importante para facili-tar o processo de purifi cação. Principalmente se você costu-ma consumir fritura, alimentos com gordura trans, superindus-trializados ou cultivados com agrotóxicos, fumar e se expor muito ao sol e à poluição.

As fi bras são respon-

sáveis pela faxina. Daí a im-portância de caprichar em hortaliças, castanhas e se-mentes, sem esquecer das fru-tas, especialmente do limão, que apesar do sabor ácido, tem ação alcalinizante, o que melhora o funcionamento do organismo como um todo. Além disso, é rico em terpeno - substância que ajuda o fígado a eliminar as toxinas.

Se o objetivo é seguir a dieta detox é bom saber que carne vermelha, açúcar, leite de vaca e

derivados e aditivos químicos fi cam de fora. Durante o pro-grama, é bom ainda evitar pães e biscoitos refi nados.

A boa notícia é que ela tam-bém pode ser baseada em alimentos funcionais, que além de nutritivos ainda deixam o corpo mais resistente às do-enças e ao envelhecimento, ao contrário das dietas radicais, que enfraquecem o organismo e roubam energia.

RADICAIS LIVRESAumentar o consumo de frutas vermelhas e cítricas é outra re-comendação, pois os antioxidantes presentes nas mesmas têm ação hepatoprotetora e anti-infl amatória que atuam fazendo uma limpeza

- Evite alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, sódio e açúcares que so-brecarregam o organismo fazendo com que o corpo retenha líquidos;

- Evite os alimentos in-dustrializados, pois devido à quantidade de conservan-tes e corantes presentes em suas composições provo-cam danos ao corpo e aju-dam a intoxicar o corpo;

- Aposte nos chás de ca-valinha, capim-limão e o tradicional chá-verde que ajudam a desintoxicar o organismo;

- Faça refeições leves e não exagere nos carboi-dratos;

- Evite consumir alimen-tos na rua, pois em al-guns casos não possuem um bom armazenamento

ou refrigeração;- Inclua na dieta alimen-

tos que ajudam a eliminar toxinas como a castanha que é rica em ômega 3, cálcio, magnésio, zinco e selênio que auxilia na eli-minação de metais pesados como mercúrio e arsênico, têm ação antioxidante e anti-infl amatória.

É importante salientar que, segundo a nutricionista, é importante consultar um especialista para identifi car qual o melhor tratamento para a intoxicação. “Para evitar uma intoxicação, não basta retirar do cardápio os alimentos industrializa-dos, é necessário também encontrar os alimentos que atuam de forma benéfi ca ao organismo. Uma opção é investir na dieta do genó-

tipo”, sugere a especialista, a doutora Ana Hugler.

Criada pelo médico natu-ropata Peter D’Adamo que por meio de pesquisas de-senvolveu seis tipos de ge-nótipos - caçador, profes-sor, explorador, guerreiro, nômade e coletor – no qual cada tipo é aliado ao grupo sanguíneo (A, B, O e AB), medições corporais e histórico familiar de cada pessoa. “Por meio dessa dieta é possível identifi car os nutrientes que atuam causando irri-tações estomacais ou até mesmo a intoxicação e assim silenciá-los. Desta forma, o funcionamento do corpo e ainda previne doenças como diabetes e colesterol alto”, fi naliza a doutora Ana Huggler.

Veja outras dicas para desintoxicar o organismo:

1. Primeiro passo: suspenda o cafezinho. A cafeína difi culta a ação de uma enzima (citocromo P450) responsável por eliminar as toxinas acumuladas nas gor-durinhas. Isso deixa o organis-mo infl amado e resistente para a perda de peso.

2. Segundo passo: coloque no prato mais verduras e fru-tas ricas em água.

3. Terceiro passo: comece a reduzir produtos refi nados (doce, massa, biscoito e pão brancos), cremes e carnes gordurosas, além de alimen-tos com corantes e conser-vantes. E aumente o consumo de fi bras (sementes, farelos, arroz integral).

Três passos fundamentais para o detox

Alimentação rica em verduras, frutas e legumes ajudam a eli-minar os quilos extras e limpam o organismo

anti-infl amatória que atuam fazendo uma limpeza no orga-nismo e, desta forma, ajudam a eliminar de toxinas do corpo. “A melancia, por exemplo, tem função diurética que ajuda a

Principalmente se você costu- dieta detox é bom saber que anti-infl amatória que atuam fazendo uma limpeza no orga-nismo e, desta forma, ajudam a eliminar de toxinas do corpo. “A melancia, por exemplo, tem função diurética que ajuda a

Principalmente se você costu-ma consumir fritura, alimentos com gordura trans, superindus-trializados ou cultivados com agrotóxicos, fumar e se expor muito ao sol e à poluição.

As fi bras são respon-

dieta detox é bom saber que carne vermelha, açúcar, leite de vaca e

Os chás são ótimos para ali-viar a retenção de líquido e, con-sequentemente, o inchaço que deixa até as mulheres magras com a barriga saliente. Aposte nos que têm efeito diurético, como os chás-verdes, de ci-dreira, erva-doce, capim-limão, maçã com canela, camomila, hi-bisco, cavalinha, dente-de-leão e cabelo de milho. Sugestão: prepare uma boa quantidade da bebida e deixe na geladeira. As-sim, você toma o chá geladinho, como se fosse refresco.

Mais água no dia seguinteOutra receita detox é tomar,

ainda em jejum, um copo de água morna com o suco de um limão e raspas de gengibre. Segundo nutricionistas, es-ses são ingredientes capazes de aumentar a produção de enzimas, que facilitam o tra-balho do fígado no processo de eliminação das toxinas. O limão ainda combate a fer-mentação no estômago e no intestino, evitando o acúmulo de gases.

Chás contra o inchaço

Monte um cardápio variado que estimule o

apetite e evite a mono-tonia da dieta

Doce, comidas gorduro-sas e álcool estimulam a produção de toxinas. Con-sumidos em excesso, eles são capazes de alterar o pH do organismo, deixando-o muito ácido e, consequen-temente, mais propenso a acumular gordurinhas. A resposta para fi nais de se-mana onde predomina um certo exagero é investir nos alimentos com ação alcalinizante - ou seja, que

deixam o pH do sangue e de outros líquidos corporais menos ácidos. Isso favorece o funcionamento do meta-bolismo, facilitando a perda e a manutenção do peso. Os principais são: aveia, alfa-ce, agrião, brócolis, couve, rúcula, rabanete, pepino, lentilha e melão. Apesar do sabor azedo, que dá ideia de acidez, as frutas cítri-cas como limão e laranja também têm ação alcalina.

Use esses alimentos no pre-paro de sucos e sopas, que, por ser facilmente digeri-dos, exigem pouco esforço do organismo. Além disso, evite carnes (inclusive fran-go e peixe), massa, pão e produtos industrializados. A dieta é ideal apenas por um dia ou dois, no terceiro, volte a consumir alimentos sólidos e saudáveis (carnes magras, ovos, verduras, le-gumes, frutas frescas).

Dieta leve

Giovana Antonelli é uma adepta da dieta detox

para eliminar excessos

Sinal verde

Melancia - ajuda a desin-toxicar especialmente quan-do triturada com as sementes - ricas em fbras, elas limpam o estômago e o intestino. Essa parte da fruta ainda tem componentes diuréticos, facilitando a saída das toxi-nas na urina.

Folhas verdes - ricas em fi bras e clorofi la (antioxidan-te que ameniza os efeitos nocivos dos radicais livres produzidos no próprio pro-cesso de desintoxicação) são especialmente efi cazes.

Quinoa e linhaça - têm fi bras que varrem as toxi-nas para fora do organismo. Também melhoram o funcio-namento do intestino.

Chás verde e de hibisco - concentram antioxidantes capazes de remover as toxi-nas das células e facilitam a chegada de nutrientes até elas, reduzindo acne e celulite.

Abacaxi - carrega brome-lina, enzima que favorece a digestão e reduz a infamação nas células.

Limão - contém compostos que estimulam a produção da bile pelo fígado. Essa substân-cia isola a gordura e facilita a absorção dos nutrientes.

Maçã - oferece pectina, uma fi bra que vira um tipo de gel capaz de impedir que parte da gordura dos alimentos seja absorvida. Já os favonoides, an-tioxidantes da fruta, protegem as células dos radicais livres.

Sinal vermelho

Açúcar - doces em geral, assim como alimentos ado-çados com xarope de milho ou adoçantes à base de ciclamato e sacarose, contribuem para o aumento de toxinas.

Café - se você é fã da bebida, reduza a dose aos poucos para não sentir dor de cabeça. O ideal, no entanto, é suspendê-la da dieta por pelo menos dois dias.

Glúten e lactose - pro-teína do trigo (pão, biscoito, macarrão) e açúcar do leite e derivados, respectivamente, são substâncias com ação in-famatória. Devem ser evita-das nos dois primeiros dias da dieta.

Carne vermelha.

O que pode e o que não pode Vitaminas de frutas diversas e sucos na-turais são excelentes alternativas

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Page 5: Saúde e bem estar - 16 de março de 2014

F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014 F5

Livre das toxinas e dos quilinhos extrasDizem que o ano só começa após o Carnaval, então, iniciando a segunda quinzena de março é hora de correr atrás do prejuízo e eliminar possíveis excessos cometidos nas férias e festas, adotando medidas que contribuem para a saúde

Depois de virar moda nos Estados Unidos e conquistar celebri-dades que ajudaram a

propagar aos quatro ventos os seus poderes milagrosos, a die-ta detox virou mania também no Brasil. Apesar de algumas vertentes radicais que permi-tem apenas ingerir água ou sucos por vários dias, a dieta também tem seu lado positi-vo, já que, comprovadamente emagrece e ajuda a desinto-xicar o organismo.

Segundo a nutricionista da Global Nutrição doutora Ana Huggler, além da sensação de estufamento e inchaço, os sintomas da intoxicação por

alimentos são: dores abdomi-nais, diarreia, náuseas, vômi-tos, febre, calafrios, dores de cabeça e fraqueza. “A primeira medida a ser tomada é ingerir bastante água, pois ela ajuda a eliminar toxinas por meio da urina. Aliás, como por meio do suor perdemos muito líquido, afi nal, é a forma que o corpo encontra para regular a tem-peratura do organismo, a água ajuda a hidratar e evitar o inchaço corporal”, explica.

Aumentar o consumo de frutas vermelhas e cítricas é outra recomendação da especialista, pois os antioxi-dantes presentes nas mesmas têm ação hepatoprotetora e

anti-infl amatória que atuam fazendo uma limpeza no orga-nismo e, desta forma, ajudam a eliminar de toxinas do corpo. “A melancia, por exemplo, tem função diurética que ajuda a

eliminar toxinas. Já a maçã ajuda a eliminar os radicais livres e ainda é antiácida, o que ajuda a ativar o fíga-do e dissolver o ácido úrico, responsável pela retenção de líquidos”, explica Huggler.

Alguns nutricionistas garan-tem que o organismo é capaz de se livrar sozinho das impu-rezas. Outros defendem que o detox é importante para facili-tar o processo de purifi cação. Principalmente se você costu-ma consumir fritura, alimentos com gordura trans, superindus-trializados ou cultivados com agrotóxicos, fumar e se expor muito ao sol e à poluição.

As fi bras são respon-

sáveis pela faxina. Daí a im-portância de caprichar em hortaliças, castanhas e se-mentes, sem esquecer das fru-tas, especialmente do limão, que apesar do sabor ácido, tem ação alcalinizante, o que melhora o funcionamento do organismo como um todo. Além disso, é rico em terpeno - substância que ajuda o fígado a eliminar as toxinas.

Se o objetivo é seguir a dieta detox é bom saber que carne vermelha, açúcar, leite de vaca e

derivados e aditivos químicos fi cam de fora. Durante o pro-grama, é bom ainda evitar pães e biscoitos refi nados.

A boa notícia é que ela tam-bém pode ser baseada em alimentos funcionais, que além de nutritivos ainda deixam o corpo mais resistente às do-enças e ao envelhecimento, ao contrário das dietas radicais, que enfraquecem o organismo e roubam energia.

RADICAIS LIVRESAumentar o consumo de frutas vermelhas e cítricas é outra re-comendação, pois os antioxidantes presentes nas mesmas têm ação hepatoprotetora e anti-infl amatória que atuam fazendo uma limpeza

- Evite alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, sódio e açúcares que so-brecarregam o organismo fazendo com que o corpo retenha líquidos;

- Evite os alimentos in-dustrializados, pois devido à quantidade de conservan-tes e corantes presentes em suas composições provo-cam danos ao corpo e aju-dam a intoxicar o corpo;

- Aposte nos chás de ca-valinha, capim-limão e o tradicional chá-verde que ajudam a desintoxicar o organismo;

- Faça refeições leves e não exagere nos carboi-dratos;

- Evite consumir alimen-tos na rua, pois em al-guns casos não possuem um bom armazenamento

ou refrigeração;- Inclua na dieta alimen-

tos que ajudam a eliminar toxinas como a castanha que é rica em ômega 3, cálcio, magnésio, zinco e selênio que auxilia na eli-minação de metais pesados como mercúrio e arsênico, têm ação antioxidante e anti-infl amatória.

É importante salientar que, segundo a nutricionista, é importante consultar um especialista para identifi car qual o melhor tratamento para a intoxicação. “Para evitar uma intoxicação, não basta retirar do cardápio os alimentos industrializa-dos, é necessário também encontrar os alimentos que atuam de forma benéfi ca ao organismo. Uma opção é investir na dieta do genó-

tipo”, sugere a especialista, a doutora Ana Hugler.

Criada pelo médico natu-ropata Peter D’Adamo que por meio de pesquisas de-senvolveu seis tipos de ge-nótipos - caçador, profes-sor, explorador, guerreiro, nômade e coletor – no qual cada tipo é aliado ao grupo sanguíneo (A, B, O e AB), medições corporais e histórico familiar de cada pessoa. “Por meio dessa dieta é possível identifi car os nutrientes que atuam causando irri-tações estomacais ou até mesmo a intoxicação e assim silenciá-los. Desta forma, o funcionamento do corpo e ainda previne doenças como diabetes e colesterol alto”, fi naliza a doutora Ana Huggler.

Veja outras dicas para desintoxicar o organismo:

1. Primeiro passo: suspenda o cafezinho. A cafeína difi culta a ação de uma enzima (citocromo P450) responsável por eliminar as toxinas acumuladas nas gor-durinhas. Isso deixa o organis-mo infl amado e resistente para a perda de peso.

2. Segundo passo: coloque no prato mais verduras e fru-tas ricas em água.

3. Terceiro passo: comece a reduzir produtos refi nados (doce, massa, biscoito e pão brancos), cremes e carnes gordurosas, além de alimen-tos com corantes e conser-vantes. E aumente o consumo de fi bras (sementes, farelos, arroz integral).

Três passos fundamentais para o detox

Alimentação rica em verduras, frutas e legumes ajudam a eli-minar os quilos extras e limpam o organismo

anti-infl amatória que atuam fazendo uma limpeza no orga-nismo e, desta forma, ajudam a eliminar de toxinas do corpo. “A melancia, por exemplo, tem função diurética que ajuda a

Principalmente se você costu- dieta detox é bom saber que anti-infl amatória que atuam fazendo uma limpeza no orga-nismo e, desta forma, ajudam a eliminar de toxinas do corpo. “A melancia, por exemplo, tem função diurética que ajuda a

Principalmente se você costu-ma consumir fritura, alimentos com gordura trans, superindus-trializados ou cultivados com agrotóxicos, fumar e se expor muito ao sol e à poluição.

As fi bras são respon-

dieta detox é bom saber que carne vermelha, açúcar, leite de vaca e

Os chás são ótimos para ali-viar a retenção de líquido e, con-sequentemente, o inchaço que deixa até as mulheres magras com a barriga saliente. Aposte nos que têm efeito diurético, como os chás-verdes, de ci-dreira, erva-doce, capim-limão, maçã com canela, camomila, hi-bisco, cavalinha, dente-de-leão e cabelo de milho. Sugestão: prepare uma boa quantidade da bebida e deixe na geladeira. As-sim, você toma o chá geladinho, como se fosse refresco.

Mais água no dia seguinteOutra receita detox é tomar,

ainda em jejum, um copo de água morna com o suco de um limão e raspas de gengibre. Segundo nutricionistas, es-ses são ingredientes capazes de aumentar a produção de enzimas, que facilitam o tra-balho do fígado no processo de eliminação das toxinas. O limão ainda combate a fer-mentação no estômago e no intestino, evitando o acúmulo de gases.

Chás contra o inchaço

Monte um cardápio variado que estimule o

apetite e evite a mono-tonia da dieta

Doce, comidas gorduro-sas e álcool estimulam a produção de toxinas. Con-sumidos em excesso, eles são capazes de alterar o pH do organismo, deixando-o muito ácido e, consequen-temente, mais propenso a acumular gordurinhas. A resposta para fi nais de se-mana onde predomina um certo exagero é investir nos alimentos com ação alcalinizante - ou seja, que

deixam o pH do sangue e de outros líquidos corporais menos ácidos. Isso favorece o funcionamento do meta-bolismo, facilitando a perda e a manutenção do peso. Os principais são: aveia, alfa-ce, agrião, brócolis, couve, rúcula, rabanete, pepino, lentilha e melão. Apesar do sabor azedo, que dá ideia de acidez, as frutas cítri-cas como limão e laranja também têm ação alcalina.

Use esses alimentos no pre-paro de sucos e sopas, que, por ser facilmente digeri-dos, exigem pouco esforço do organismo. Além disso, evite carnes (inclusive fran-go e peixe), massa, pão e produtos industrializados. A dieta é ideal apenas por um dia ou dois, no terceiro, volte a consumir alimentos sólidos e saudáveis (carnes magras, ovos, verduras, le-gumes, frutas frescas).

Dieta leve

Giovana Antonelli é uma adepta da dieta detox

para eliminar excessos

Sinal verde

Melancia - ajuda a desin-toxicar especialmente quan-do triturada com as sementes - ricas em fbras, elas limpam o estômago e o intestino. Essa parte da fruta ainda tem componentes diuréticos, facilitando a saída das toxi-nas na urina.

Folhas verdes - ricas em fi bras e clorofi la (antioxidan-te que ameniza os efeitos nocivos dos radicais livres produzidos no próprio pro-cesso de desintoxicação) são especialmente efi cazes.

Quinoa e linhaça - têm fi bras que varrem as toxi-nas para fora do organismo. Também melhoram o funcio-namento do intestino.

Chás verde e de hibisco - concentram antioxidantes capazes de remover as toxi-nas das células e facilitam a chegada de nutrientes até elas, reduzindo acne e celulite.

Abacaxi - carrega brome-lina, enzima que favorece a digestão e reduz a infamação nas células.

Limão - contém compostos que estimulam a produção da bile pelo fígado. Essa substân-cia isola a gordura e facilita a absorção dos nutrientes.

Maçã - oferece pectina, uma fi bra que vira um tipo de gel capaz de impedir que parte da gordura dos alimentos seja absorvida. Já os favonoides, an-tioxidantes da fruta, protegem as células dos radicais livres.

Sinal vermelho

Açúcar - doces em geral, assim como alimentos ado-çados com xarope de milho ou adoçantes à base de ciclamato e sacarose, contribuem para o aumento de toxinas.

Café - se você é fã da bebida, reduza a dose aos poucos para não sentir dor de cabeça. O ideal, no entanto, é suspendê-la da dieta por pelo menos dois dias.

Glúten e lactose - pro-teína do trigo (pão, biscoito, macarrão) e açúcar do leite e derivados, respectivamente, são substâncias com ação in-famatória. Devem ser evita-das nos dois primeiros dias da dieta.

Carne vermelha.

O que pode e o que não pode Vitaminas de frutas diversas e sucos na-turais são excelentes alternativas

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Page 6: Saúde e bem estar - 16 de março de 2014

MANAUS, DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

Importância da histeroscopia para a saúde da mulherÉ importante visitar periodicamente o ginecologista para que ele realize exames e identifique as condições do útero

Uma atitude muito corriqueira cometi-da por mulheres de diferentes idades é

buscar auxílio de um médico somente quando são acome-tidas por alguma doença. No entanto, por mais que apa-rentemente a nossa saúde esteja em dia é importante visitar periodicamente o gine-cologista para que ele realize exames, a fim de identificar as condições do útero e dos ovários e prevenir a respeito de doenças que podem ocorrer no aparelho genital feminino. Um exame fundamental para a saúde reprodutiva da mulher é a histeroscopia.

“A infertilidade é um distúr-bio do sistema reprodutivo feminino – podendo também acometer o sistema reprodu-tivo masculino – que impede o casal de conceber após um período de 12 a 18 meses de tentativas sem o uso de mé-todos anticonceptivos. Algu-mas causas da infertilidade podem ser tratadas por meio de procedimentos e técnicas como a inseminação artifi-cial, a terapia hormonal ou pequenas cirurgias, como a laparoscopia e a histerosco-pia”, esclarece o ginecologis-ta Joji Ueno (CRM-48.486),

doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP, responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor na Clínica Gera.

Esse exame é importante para identificar pólipo endo-metrial, miomas uterinos e câncer de endométrio. Consi-derado o tumor benigno mais comum do colo uterino, esti-ma-se que entre 10 e 25% das mulheres tem chances de desenvolver o pólipo uterino. Já nas mulheres assintomá-ticas acima de 30 anos a probabilidade é de 10%.

“Os pólipos são caracte-rizados por lesões ou por projeções da mucosa do endométrio, um tecido que reveste internamente o úte-ro. Normalmente são mais frequentes em mulheres na faixa etária entre 30 e 50 anos”, explica o Dr. Ueno.

Segundo o ginecologista, ele é nutrido por um eixo vascular e sensível ao estí-mulo do hormônio estrogênio, pode ser múltiplo, chegando a medir até 1,5 cm, e a le-são é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas. O sangramento uterino anormal pode ser considerado um dos sintomas de pólipo uterino. Exame deve ser agendado com o ginecologista para dias distantes das menstruações ou de uma possível gravidez

A histeroscopia é um exa-me que permite a visuali-zação da cavidade uterina através da endoscopia, além de observar o canal cervical e a vagina, permi-tindo o diagnóstico precoce de algumas alterações ute-rinas. “Deve ser agendada com o ginecologista para dias distantes das mens-truações ou de possível gravidez, verificar o dia pre-ferencial do ciclo menstrual no local onde fará o exame. Atualmente, nas pacientes inférteis, temos preferido realizar o exame por volta do décimo sétimo dia. Mas, sempre foi a preferência pela realização entre o 8 e 12 dia do ciclo menstrual. Ele é realizado em ambu-latório sem a necessidade

de anestesia, internação ou outro preparo adicional, sendo que o exame tem a duração aproximada de 20 minutos, podendo ser um

pouco doloroso. Mas, há possibilidade de realizar-se sob sedação”, descreve o dr. Joji.

De acordo com o especia-lista, a técnica é realizada por meio de um equipamen-to denominado histeroscó-pio. Consiste em um peque-no tubo, com 25 centímetros de comprimento por 2,0/4,0 milímetros de diâmetro, por onde passa um conjunto de lentes capaz de oferecer uma visão privilegiada do interior da cavidade uterina. Sendo que ele está acoplado numa câmera, razão pela qual o exame é também designado como vídeo-his-teroscopia. “A retirada de um minúsculo fragmento do tecido uterino para a análise da natureza de suas alterações também pode ser necessária durante a rea-lização da histeroscopia.”, finaliza o dr. Joji Ueno.

Como é realizado o exame

DIVULGAÇÃO

Esse exame é importante para identificar pólipo endometrial, miomas uterinos e câncer

PROCEDIMENTOO exame é realizado em ambulatório sem a necessidade de aneste-sia, internação ou ou-tro preparo adicional, sendo que o exame tem a duração aproxi-mada de 20 minutos e pode causar dor

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Page 7: Saúde e bem estar - 16 de março de 2014

MANAUS, DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

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8 Consumo de álcool 9 Subnutrição infantil10 Inalação interna de com-bustíveis sólidos

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Sedentarismo mata. A frase é forte e pode até provocar rea-ções contrárias, mas o propósi-to é exatamente desse, elimi-nar o sedentarismo e colocar o corpo para trabalhar. Segundo a Organização Mundial da Saú-de (OMS), a falta de atividades físicas está entre os principais problemas que mais enumeram vítimas em todo o mundo. Isso porque no top 10 desse ranking encontram-se nada menos do que sete quadros possíveis de serem prevenidos ou ao menos controlados por meio da ativi-dade física. A revista científi ca The Journal of Physiology publicou um co-mentário sobre a hipótese de o sedentarismo ser, por si só,

encarado como uma doença. A boa notícia é que esse mal tem cura, bastam doses regulares de exercício físico pelo menos três vezes por semana para reduzir os males físicos e melhorar a qualidade de vida. Se o exercício é remédio, dosá-lo é primordial. Confi ra a seguir seus efeitos nas mais temidas doenças do mundo e saiba o que importa, em cada caso, para que ele seja um medicamento, e não um veneno.

As principais causas de morte Motivo / Milhões de mor-tes/ano1 Infarto 7,252 AVC 6,15

3 Infecções pulmonares 3,464 DPOC 3,285 Diarreia 2,466 Aids 1,787 Câncer do trato respiratório 1,398 Tuberculose 1,349 Diabete 1,2610 Acidentes de carro 1,21

Fatores de risco que mais matam

1 Alta pressão arterial 2 Tabagismo 3 Hiperglicemia 4 Inatividade física 5 Sobrepeso e obesidade 6 Altos índices de coles-terol 7 Sexo inseguro

DIV

ULG

AÇÃO

O mínimo recomendado é de três vezes por semana

Sedentarismo está entre os fatores de risco

Alzheimer mata tanto quanto o câncer

Pesquisadores apontam que as mortes pela doença são muito mais frequentes em todo o mundo do que

muita gente possa imaginar

Muitas mortes pelo Mal de Alzheimer não são registradas nos Estados Unidos,

revela um estudo divulgado essa semana na revista “Neurology”, acrescentando que a doença pode estar deixando tantas ví-timas quanto o câncer, ou as afecções cardíacas.

Hoje, o Alzheimer é a sexta causa de morte nos Estados Unidos, segundo dados dos cen-tros federais para o controle e a prevenção de doenças (CDCs, na sigla em inglês). Essa lista é liderada pelas doenças cardía-cas, seguidas pelo câncer.

Os pesquisadores desse es-tudo acreditam, porém, que as mortes ligadas ao Alzheimer possam ser até seis vezes mais comuns do que se pensa.

“O Mal de Alzheimer e ou-tras demências são regis-trados de maneira defi ciente nos atestados de óbito e nos boletins médicos”, disse o au-tor do estudo, Bryan James,

do centro médico da Univer-sidade Rush de Chicago.

“Os atestados de óbito re-gistram, normalmente, a cau-sa da morte imediata, como a pneumonia, mas sem levar a demência em conta como uma

causa subjacente”, frisou.Nesse estudo, foram obser-

vadas mais de 2,5 mil pessoas com mais de 65 anos de idade, examinadas anualmente para determinar se apresentavam demência. Ao todo, 559 par-

ticipantes desenvolveram Mal de Alzheimer durante a realiza-ção do estudo. O tempo médio entre o diagnóstico e a morte foi de quatro anos.

As pessoas com entre 75 e 84 anos diagnosticadas com Alzheimer eram quatro vezes mais propensas a falecer do que aquelas que não tinham a doen-ça. Um terço de todas as mortes das pessoas de mais de 75 anos foi atribuível ao Alzheimer, de acordo com o estudo.

Ao fazer uma projeção sobre toda a população americana acima de 75 anos para 2010, James afi rmou que esse número equivaleria a 503,4 mil mortes por Alzheimer. Esse total é seis vezes superior aos 83.494 casos relatados pelos CDCs, com base nos atestados de óbito.

“Determinar os efeitos reais da demência nesse país é chave para aumentar a consciência do público e identifi car prioridades de pesquisa relacionada a essa epidemia”, alertou James. Pesquisadores acham que as mortes ligadas à doença possam ser até seis vezes mais comuns

FREQUÊNCIAAlzheimer é a sexta causa de morte nos Estados Unidos, segun-do dados dos centros federais para o controle e a prevenção de doen-ças (CDCs, na sigla em inglês). A lista é liderada pelas doenças cardíacas

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Page 8: Saúde e bem estar - 16 de março de 2014

F8 MANAUS, DOMINGO, 16 DE MARÇO DE 2014Saúde e bem-estar

Você sabe o que é aterapia cognitivo-comportamental?Hoje em dia essa terapia oferece ampla gama de procedimentos e descrições a respeito dos processos cognitivos

Muitas pessoas po-dem nunca ter ou-vido falar, mas esta abordagem psico-

terápica já vem sendo desen-volvida ha mais de 40 anos. Tudo começou nos Estados Unidos principalmente com os traba-lhos pioneiros de Aaron Beck. Esse movimento de Beck teve seu inicio marcado pelo estudo dos quadros depressivos, em que foram identificados alguns aspectos importantes sobre a estrutura e funcionamento da cognição. Acreditava-se que uma pessoa deprimida tinha suas cognições (pensamentos e crenças) e esquemas negativos, ou seja, sua autoavaliação, a avaliação sobre os outros e as-sim como a visão de futuro tam-bém eram negativa, formando um esquema disfuncional.

Hoje em dia a terapia cog-nitivo - comportamental nos oferece ampla gama de pro-cedimentos e descrições a res-peito dos diversos processos cognitivos em diferentes pro-blemas psicológicos e vários transtornos da personalidade. Além de ser um dos poucos sistemas unificados de psico-terapia empiricamente valida-dos. Os profissionais da saúde

mental vem a cada dia mais se utilizando dessa abordagem para obter resultados positivos e satisfatórios, especialmente sobre a eficácia dos resultados e o tempo reduzido, outra ca-racterística da terapia.

Esta abordagem tem acumu-lado cada vez mais adeptos por ser estruturada, de acessível manejo pelos profissionais e

pacientes, direcionada a resol-ver problemas, e a modificar os pensamentos e os compor-tamentos disfuncionais que causam sofrimento.

Em suma o trabalho a ser desenvolvido com os pacientes baseia-se na premissa que as emoções e comportamentos das pessoas são influenciados

por sua percepção pessoal de uma situação ou evento. Mas estas podem ser monitoradas e alteradas no curso da terapia e depois dela.

A Faculdade Martha Falcão há quase 10 anos vem ofere-cendo este curso de Especia-lização em Terapia Cognitivo- Comportamental na cidade, e conta com o Instituto de Terapia Cognitiva do Amazo-nas- ITCA que é um centro de atendimento psicológico espe-cializado na área, realizando um trabalho pioneiro para a população em termos de aten-dimento e pesquisa.

A faculdade, por meio do núcleo de pós-graduação, está com as inscrições aber-tas para seleção das últi-mas vagas para o curso de especialização em Terapia Cognitivo Comportamental.

Coordenado pelo dr. Paulo Knapp, um dos principais pre-cursores das TCCs no Brasil, assim como o corpo docente, integrado pelos doutores es-pecialistas que são referências na área, entre eles; dr. Ricardo Wainer (RS), dr. Bernard Rangé (RJ), dr. Aritides V. Cordioli (RS), dra. Adriana Zanonato (RS), dr. Luis Augusto Rohde (RS).

QUALIFICACÃOA terapia em questão oferece ampla gama de procedimentos e descrições a respeito dos diversos processos cognitivos em diferen-tes problemas psicoló-gicos e vários transtor-nos da personalidade

O curso tem o objetivo de habilitar profissionais da saúde mental para utilizar o modelo e a terapia cogni-tivo-comportamental nas situações e transtornos nos quais ela é efetiva. Além de conhecer e com-preender os fatores que

influenciam os comporta-mentos em relação à saúde e enfermidades.

Destinado a médicos, psi-quiatras e psicólogos, com uma carga horária de 600 horas, das quais 480 horas teórico-práticas e 120 horas de prática supervisionada.

O início do curso está pro-gramado para o dia 28 de março de 2014.

Investimento e condições: 30 parcelas de R$ 716. Para os profissionais vinculados aos conselhos de medicina, psicologia e psiquiatria será concedido 5% de desconto.

Habilitação de profissionais

O objetivo do curso é compreender os fatores que influenciam o comportamento

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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