jornal bem estar março 2011

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Pessoas otimistas e que gostam do que fazem são mais produtivas, costumam ser promovidas com mais frequência e ganham mais dinheiro que as demais Amor pelo trabalho JORNAL DE COLEÇÃO • Ano 3 • nº 30 • MARÇo 2011 • 10.000 ExEMp. • TEl. (51) 3268.4984 • ZONA SUL D i s t r i b ui ção gr a t u i t a ENCONTRE O ANÚNCIO PREMIADO ALIMENTAÇÃO Atenção ao Glúten: em excesso pode causar muitos transtornos SEGURANÇA 90% dos acidentes com crianças poderiam ser evitados ANIMAIS Saiba como os bichinhos trazem bem-estar para a vida Encontre o anúncio premiado Encontre o anúncio premiado No BEM ESTAR Zona Sul você encontra um ou mais anúncios premiados. Saiba mais na página 14

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Page 1: Jornal Bem Estar março 2011

Pessoas otimistas e que gostam do que fazem são mais produtivas, costumam ser promovidas com mais frequência e ganham mais dinheiro que as demais

Amor pelo trabalhoJornal de Coleção • Ano 3 • nº 30 • MARÇo 2011 • 10.000 ExEMp. • TEl. (51) 3268.4984 •

zonasul

Distribuição gratuita

ENCONTrE OANúNCiOPrEmiAdO

ALIMENTAÇÃO

Atenção ao Glúten:em excesso pode causar

muitos transtornos

SEGURANÇA

90% dos acidentes com crianças poderiam

ser evitados

ANIMAIS

Saiba como os bichinhos trazem

bem-estar para a vida

Encontre o anúncio premiadoEncontre o anúncio premiadoNo BEM ESTAR Zona Sul você encontra

um ou mais anúncios premiados.Saiba mais

na página 14

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Bem estar • Nº 30 • Março 2011 • 2

Lições de Vida

Siga tranquilamente, entre a inquie-tude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.

* Tanto quanto possível, sem se humi-lhar, mantenha boas relações com as pes-soas.

* Fale a sua verdade mansa claramente e ouça os outros, mesmo os insensatos e ignorantes, pois eles têm também sua pró-pria história.

* Evite as pessoas escandalosas e agressivas; elas afligem o nosso espírito.

* Se você se comparar com os ou-tros, você se tornará presunçoso e mago-ado, pois sempre haverá alguém superior e alguém inferior a você.

* Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores. Você merece es-tar aqui!

* E mesmo sem você perceber, a Ter-ra e o Universo vão cumprindo o seu des-tino.

* Desfrute de suas realizações, bem como de seus planos.

Esse texto foi encontrado numa antiga igreja por volta de 1650. Renato Russo se inspirou nele para escrever um dos maiores clássicos da Legião Urbana, a música “Há tempos”.

* Mantenha-se interessado em sua carreira, ainda que humilde, pois ela é um ganho real na fortuna cambiante do tempo.

* Muita gente luta por altos ideais, e

em toda a parte a vida está cheia de hero-ísmos, seja você mesmo.

* Tenha cautela nos negócios, pois o mundo está cheio de astúcias; mas não se torne um cético, porque a virtude sempre

existirá.

* Principalmente não simule afeição, nem seja descrente do amor, porque mes-mo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva.

* Aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os arroubos inovadores da juventude.

* E, a despeito de uma disciplina mais rigorosa, seja gentil para consigo mesmo.

* Alimente a força do espírito que o protegerá no infortúnio inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão.

* Portanto, esteja em paz com Deus, como quer que você O conceba. E quais-quer que sejam os seus problemas, traba-lhos e aspirações, na fatigante confusão da vida, mantenha-se em paz com sua alma.

* Apesar de todas as falsidades, fadigas e desencantos, o mundo ainda é bonito.

* Seja prudente! Faça tudo para ser feliz!

DESIDERATADESIDERATA

Cartas

reCado do Jornal

Que todos os méritos gerados por esse trabalho beneficiem e tragam

felicidade para todos os seres.

PORTO ALEGRE ZONA SULConheci o BEM ESTAR nessas fé-

rias e amei! O conteúdo, o contexto e o propósito, afinal, quem não vive em busca do seu crescimento, da sua qualidade de vida, de saúde, de har-monia e BEM ESTAR nesse mundo?

Maritza Frantz Veronez

Apoio o trabalho do jornal BEM ESTAR de tentar modificar a forma como o ser humano trata o seu se-melhante. Fico sinceramente orgu-lhoso que existam pessoas que vão rumo à um propósito maior, pen-sando primeiro em servir o próximo com boas matérias e senso de humor. Meus mais sinceros agradecimentos pelo trabalho que nos é disponibiliza-do pelo Jornal BEM ESTAR!

Winston R. Boock

Adoro o BEM ESTAR! Alem de gostar dos temas abordados, acho de muita valia os endereços dos profis-sionais e as agendas de cursos. Pa-rabéns a todos do jornal, continuem contribuindo para o bem-estar da hu-manidade!

luciana Ramos

É um ótimo jornal! Sua diversida-de de matérias nos inspiram a uma re-flexão nos mais variados assuntos.

Ceres l. Ferreira

O EXTRAORDINÁRIO IMPACTO DO LIXO

Pode apostar que, quanto mais lixo produzimos, pior estamos nos alimentando.

F ui ver um filme que deveria ser exibido em todas as escolas do país! “Lixo Extraordinário”, do-

cumentário que concorre ao Oscar 2011, mostra a vida dos catadores de Janeiro. Também mostra como a arte pode virar a realidade dessas pessoas de cabeça para baixo.

Quando a gente produz nosso lixo diário, dificilmente pensa no im-pacto que esses dejetos vão ter para o ambiente e para a vida de outras pessoas. Além de separar os reciclá-veis (o que já deveria ser uma prática regular em todos os cantos do plane-ta), a própria maneira como consumi-mos, produzimos lixo e nos livramos dele deveria ser revista.

É uma cadeia de produção assustado-ra! O que isso tem a ver com saúde? Tudo! Pode apostar que, quanto mais lixo produ-zimos, pior estamos nos alimentando!

Outro filme que me veio à cabe-ça quando vi “Lixo Extraordinário” foi o já clássico “Ilha das Flores” (1989), curta do diretor gaúcho Jorge Furta-do que, contando a saga de um toma-

te, faz uma crítica ácida à nossa socie-dade de consumo.

A questão ambiental ocupa cada vez mais espaço em nossas vidas. Água, energia, lixo e aquecimento global são temas que vamos ter de encarar. A li-gação de tudo isso com nosso estilo de vida, nossa saúde e nosso comporta-mento não é uma discussão tão óbvia, mas é fundamental. Essa “ecologia” hu-mana já é uma das bolas da vez!

Talvez o mais bonito desse filme seja justamente focar as pessoas, no impacto que o lixo produz em suas vidas, no resgate da sua auto-estima, no poder de compreensão do que é a arte e em como ela pode ser trans-formadora. Num vôo para o Rio en-contrei um dos personagens (o Tião). Virei tiete! Como o cara é bacana! O lixo pode ser mesmo extraordinário!

JAIRO BOUER

*Jairo Bouer é médico. Seu trabalho no ‘Projeto Sexualida-de’ do Hospital das Clínicas da USP (Prosex), virou refe-

rência no Brasil sobre saúde e comportamento do jovem. Além da prática de consultório, mantém programas em

TV e rádio e colaborações em jornais, revistas e sites.

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3 • Nº 30 • Março 2011 • Bem estar

Um grupo de pesquisadores da Uni-versidade da Califórnia fez uma im-portante descoberta: o leite huma-

no contém uma quantidade inesperada de açúcares que cobre a camada interna do in-testino do bebê, protegendo-o de bactérias nocivas. Os resultados da pesquisa, que utili-zou tecnologia Agilent, foram publicados no periódico ‘Proceedings’, da Academina Na-cional de Ciências dos Estados Unidos.

A tecnologia Agilent permitiu que os pesquisadores tivessem uma visão nova das estruturas oligossacarídeas (açú-cares) produzidas no leite materno humano por todas as etapas da lactação.

Os oligossaca-rídeos são o ter-ceiro componente mais abundante no leite mater-no; antes deste estudo, acredi-tava-se que não tinham impor-

tância biológica (a Ciência continua descon-fiando da sabedoria da natureza...).

“Este tipo de pesquisa já foi realizada e duplicada várias vezes no passado”, lem-bra Dr. Carlito B. Lebrilla, coautor da pes-quisa. “Contudo, a nova tecnologia desen-volvida pela Agilent tornou possível identifi-car e quantificar os oligossacarídeos do lei-te, proporcionando uma nova e importante

observação que não podia ser ob-tida no passado.”

“Este é verdadeiramen-te um estudo notável, pois fornece respostas a ques-

tões que a comunidade cien-tífica busca por décadas”, afir-mou Rudi Grimm, Ph.D., dire-tor de ciência e tecnologia do grupo de Biociências da Agi-lent. “Como um dos princi-pais parceiros da comunida-de acadêmica, estamos satis-feitos e agradecidos por nos-

sa tecnologia ter permitido este estudo notável”.

Informações importantes para sua saúde e bem-estar

O chá do extrato de folha de pa-paia contém propriedades que combatem com grande poder

os vários tipos de câncer e não deixa se-quelas de nenhum efeito tóxico, como ocorre com outras terapias, segundo uma pesquisa da Universidade da Flórida (UF).

O pesquisador Nam Dang da UF e um grupo de cientistas japone-ses documentaram os podero-sos efeitos anticancerígenos da papaia sobre o câncer de úte-ro, de mama, fígado, pulmão e pâncreas, através de testes em laboratório com uma ampla va-riedade de tumores. Os pesqui-sadores utilizaram um extrato de folhas secas de papaia e os efeitos anticancerígenos eram mais fortes quando as células recebiam maiores doses de chá, disse a UF.

Pela primeira vez, um estudo comprovou que o extrato de folha de pa-paia estimula a produção

de moléculas essenciais do tipo citoquinas Th1. Esta regulação do sistema imunológi-co, junto ao combate direto do tumor em vários tipos de câncer, sugerem possíveis estratégias terapêuticas utilizadas pelo sis-tema imunológico para combater o cân-cer, acrescentou a Universidade.

Além disso, o fato de o extrato de papaia não possuir nenhum

efeito tóxico nas células normais evita uma con-sequência devastadora comum em muitas te-rapias anticancerígenas, indicou.

Os cientistas uti-lizaram dez tipos dife-

rentes de células cance-rígenas e as expuseram a

quatro graus de concen-tração de extrato de pa-

paia durante 24 horas, medin-do seus efeitos após esse tempo.

A concentração reduziu o crescimen-to dos tumores em todos os cultivos, se-gundo o estudo.

O MelhOr leite DO MunDO!Novos dados sobre o leite materNo:

pesquisadores descobrem que ele coNtém açúcares que protegem a camada iNterNa do iNtestiNo do bebê

MaMãOzinhO BOM!além de delicioso, com as folhas deste mamão pode se fazer um

chá de alto poder aNticaNcerígeNo, descobre pesquisa.

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Bem estar • Nº 30 • Março 2011 • 4

Muito se tem ouvido falar há respeito do glúten. Afinal o que é o glúten? Sabe-se que é uma rede de proteínas, composta principal-mente por gliadina e glutenina, que se encon-tram nas sementes de vários cereais, principal-mente no trigo. Mas existe glúten também no centeio, cevada, aveia, malte e seus derivados (farelos, farinhas, germe, etc.).

Usando o exemplo do pão de farinha de trigo, as proteínas gliadina e glutenina se aglo-meram (elas representam 80% das proteínas no trigo), formando uma massa pegajosa e fi-brosa. Na medida em que essa massa é traba-lhada, o glúten faz com que ela adquira adesivi-dade e elasticidade.

pRoBlEMAS CAUSADoS pElo ExCESSo

De acordo com médicos e nutricionistas, esta substância encontrada no trigo, transfor-ma-se em uma espécie de cola que gruda nas paredes intestinais, provocando, aos poucos, saturação do aparelho digestivo, dificultando a absorção de vitaminas e sais minerais, cau-sando o aumento da gordura visceral (na re-gião do abdômen), dores articulares, alergias cutâneas, enxaquecas e, inclusive em alguns casos, depressão, pois os neurotransmissores como a serotonina, responsável pelo bom hu-mor, são secretados pelo intestino. Isto acon-tece com muitas pessoas que ingerem glúten

GLÚTENUma substância presente em muitos cereais, especialmente no trigo, que age como uma cola no intestino. Em excesso pode causar muitos transtornos. Leia e saiba mais.MARIAnA AlcântARA

e não têm conhecimento sobre as consequên-cias desta utilização, mas apenas os celíacos é que não podem consumi-lo de jeito nenhum.

O risco está em nossa alimentação ocidental,pois ingerimos em excesso pães, bis-coitos, macarrão, bolos, tortas que além do glúten ainda contém em sua composição ou-tros ingredientes como açucares, aditivos quí-micos etc. Os resultados aparecem nos con-sultórios de nutrólogos, alergistas e nutricio-nistas: muitos pacientes apresentando obesi-dade, síndrome de resistência à insulina, defi-ciência de cálcio (pois o trigo vem sempre adi-cionado de açúcar), alergias, diarréias e doen-ças auto-imunes.

De acordo com nutrólogo João Curvo, para os chineses o excesso de glúten no orga-nismo é sinal de má higiene interna: o metabo-lismo emperra, favorecendo as bactérias que gostam de calor e estagnação, causando uma intoxicação silenciosa que se reflete em vários órgãos, favorecendo o aparecimento de doen-ças. Inclusive diminuindo a imunidade das pes-soas, pois é no intestino que alojamos muitas células responsáveis por nossas defesas. È ne-cessário então, uma boa higiene interna para desintoxicar o organismo e reduzir a acidez do nosso corpo, equilibrando o PH sanguíneo.

AlTERnATIVAS À MÃoA pediatra e nutróloga Clara Brandão, do

Ministério da Saúde, premiada por suas alter-nativas para a mesa brasileira, como a multi-mistura, nos faz pensar ao defender o que cha-ma de nossa “soberania alimentar”: mandio-ca, milho e arroz, ao invés do trigo importado, que faz tanto mal.

Um dos segredos desta reeducação é en-contrar alternativas como pães sem glúten - de arroz, de aipim, de batata doce -, e uma ali-mentação rica em verduras cruas, frutas fres-cas, legumes e cereais integrais, e ingestão de água, que facilitará a digestão e o trânsito intes-tinal, proporcionando uma boa saúde.

Mariana Alcântara, nutricionista

SAIBA MAIS:n Dr.Cutler, Ellen W., The Food Allergy Cure , 2001.n Denise Madi Carreiro - Entendendo a Importância do Processo Alimentar.n http://www.denisecarreiro.com.br/artigos_tabela_alimentos.htmln http://saudenamesa.blogspot.com/2008/02/bioprocessadores-podem-substituir.htmln http://www.riosemgluten.com

Alimentação

Bem estar

ZONa sUL

o jorNal de qualidade de vida da

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5 • Nº 30 • Março 2011 • Bem estar

Algumas patologias bastante severas continuam sendo vistas pela sociedade como

coisas normais e até como algo que se deva a aprender a convi-ver, o que pode trazer sérios pre-juízos à saúde global do paciente. No âmbito destas doenças estão o ronco e a apnéia obstrutiva do sono, patologias que merecem toda nossa atenção.

O Ronco é um problema so-cial sério, atingindo cerca de 30%

das pessoas, alterando inclusive a convivência com o cônjuge, sendo muitas vezes causa de separações, ou com os amigos, geralmente tor-nando a pessoa que ronca alvo de brincadeiras. É causado pela vibra-ção dos tecidos da garganta (pare-de posterior da Faringe, dorso da língua, palato mole e úvula), em fun-ção da turbulência do ar à medi-da que as vias aéreas se estreitam. A obesidade, a respiração bucal e o uso de cigarro e álcool agravam

O TRATAMENTO DO RONCO E DA APNéIA DO SONO

de modo significativo o ronco. Em muitos casos o ronco é sintoma de outros problemas, como a Síndro-me da Apnéia obstrutiva do sono, doença grave, quando em níveis mais elevados interfere de modo importante no agravamento de do-enças que podem levar o paciente a morte, como hipertensão, enfar-te do miocárdio e AVC (derrame) e diabetes.

A Apnéia do sono é a obstru-ção das vias aéreas por alguns mo-mentos durante a noite, através da aproximação dos tecidos da gar-ganta, fechando a passagem do ar e impedindo a respiração por al-guns segundos, varias vezes por noite, e o ronco é a vibração dos tecidos da garganta no momento da passagem do ar. Esses proble-

mas são freqüentes no homem a partir dos 30 anos e nas mulheres a partir da menopausa. Atualmen-te o tratamento através de apare-lhos orais, tem ganhado importân-cia no tratamento desses proble-mas, de fácil adaptação e grande efi-ciência, os aparelhos vem ganhan-do espaço como uma das principais formas de tratamento. Os princi-pais sintomas da apnéia do sono são o ronco e a sonolência diurna excessiva. O ronco é também um fator de desagregação familiar, mui-tas vezes levando a pessoa que ron-ca a dormir em quarto separado, bem como torna a pessoa que ron-ca motivo de piadas entre compa-nheiros de trabalho e amigos, quan-do tem que dividir quarto com al-gum destes. Para se realizar o diag-nóstico da presença e a severidade da apnéia do sono, o paciente deve ser submetido a uma avaliação po-lissonográfica. (Exame em que o paciente dorme uma noite em um laboratório de sono onde é avalia-do sobre todos os eventos durante a noite.) . Objetivos do tratamen-to. Para pacientes com ronco pri-

mário, sem característica de apnéia do sono ou de síndrome das resis-tências das vias aéreas superiores, o objetivo do tratamento é reduzir o ronco a um nível subjetivamente aceitável (padrão).

Para pacientes com apnéia do sono, o resultado desejado do tratamento inclui a elimina-ção dos sinais e dos sintomas clí-nicos de apnéia do sono e a nor-malização do IAH e da saturação de oxihemoglobina.

O Aparelho intra-Oral vem sendo usado no Canadá e nos Estados Unidos desde a déca-da de 80 para o tratamento do ronco ou apnéia obstrutiva leve ou moderada. Para o roncador o aparelho tem uma eficácia de até 95% e para o apnéico de leve a moderada intensidade de até 80%. Porém, o aparelho só deve ser colocado por profissional da odontologia capacitado em me-dicina do sono e após a realiza-ção do exame de polissonogra-fia, onde um médico é responsá-vel pelo laudo diagnóstico da re-feridas doenças.

Os principais sintomas da apnéia do sono são o ronco e a sonolência

diurna excessiva

DR. cEsAR PEREIRA DA cUnhA

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Bem estar • Nº 30 • Março 2011 • 6

Bicho de Estimação

Animal de estimação traz qualidade para a vidaAnimal de estimação traz qualidade para a vida

Animal de estimação é qualidade de vida, afirmam especialistas e confirmam as pesquisas, além dos donos, é claro. Leia e surpreenda-se.

Q uem tem ou já teve um bicho em casa sabe: eles são companheiros leais, ca-rinhosos e nos fazem sentir muito

amados, inclusive naqueles dias em que não estamos tão bem. Os benefícios da interação com os animais, entretanto, vão muito além. Pesquisas científicas realizadas em diversos pa-íses comprovaram que a empatia gerada pelo contato com um animal produz uma série de reações positivas no organismo, como baixar as taxas de colesterol, de triglicérides e a pres-são arterial. É o efeito do afeto imediato que eles despertam em nós.

TERAPIAS COM ANIMAISGraças a essa habilidade especial, cada vez

mais profissionais de saúde têm recorrido à aju-da dos bichos para tratar pacientes com proble-mas físicos e emocionais. É o caso da psicóloga Kátia Aiello, de São Paulo, que trabalha com te-rapia assistida por cães. “São muitos os benefí-cios da utilização de animais para fins terapêuti-cos. No caso da psicoterapia, o cachorro funcio-na como um catalisador das emoções do pacien-te e pode ajudá-lo a enfrentar questões doloro-

sas e a se comunicar melhor com o terapeuta.”Além de desenvolver um trabalho clínico,

Kátia também é treinadora de cães terapeutas e faz parte da ONG Inataa (Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais), que realiza visitas de profissionais voluntários a asilos e hospitais, usando cães para interagir com os pacientes.

Embora no Brasil essas iniciativas ainda se-jam discretas, intervenções assim são bastante reconhecidas no exterior. Um dos maiores de-fensores da TAA é o cientista comportamen-tal Dennis Turner, presidente da IAHAIO (As-sociação Internacional das Organizações para a Interação Homem- Animal), que organiza con-gressos em todo o mundo para divulgar os re-sultados benéficos desse tipo de terapia.

Turner esteve no Brasil, participando da 9ª Conferência Internacional sobre as Interações Homem- Animal – realizada no Rio de Janeiro pela IAHAIO em parceria com a Arca Brasil - Associação Humanitária de Proteção e Bem-Es-tar Animal. Ele afirma que a simples convivência com bichos de estimação já aumenta o bem-es-tar físico e emocional de seus donos, diminuin-do as sensações de tristeza, solidão e ansiedade.

O LADO AnimAL DO bEm ESTAR

51 3268.4984 [email protected]

a nossa nova seção: fundamentalpara quem gosta dos bichinhos.

é imprescindível para quem ofereceprodutos/serviços para animais.

Bicho de Estimação

Page 7: Jornal Bem Estar março 2011

7 • Nº 30 • Março 2011 • Bem estar

Conheça os benefícios dessa amizade sem fronteiras, de acordo com dados da Delta Society, Iahaio e Inataa:

n Ter um bichinho aumenta a auto-estima e a responsabilidade das crianças, além de torná-las menos sedentárias.

n A presença de um cão duran-te as sessões de terapia proporciona uma melhor evolução do tratamento de crianças com alguma doença.

n Passar mais tempo com animais domésticos reduz a pressão arterial, a ansiedade e o estresse em adultos.

n Adotar um bicho traz um novo sentido à vida de ido-sos que costumam vi-ver sozinhos, além de diminuir sua solidão.

n Proprie-tários de animais passam por menos consultas médicas e necessitam de me-nos medicamentos.

n Pacientes com mal de Al-zheimer sentem-se menos ansiosos quando há um ani-mal em casa.

n Pessoas que sofreram um ataque cardíaco apresentam sobrevida maior se con-

viverem com um bicho de estimação.n Idosos asilados conseguem ter

mais contato social e se comunicam me-lhor quando passam por terapia assisti-da por animais.

n Crianças internadas ou que pas-sam por consultas frequentes reagem melhor ao ambiente hospitalar quando visitadas por cães terapeutas.

Portanto, se você não tem, inclua um animal na sua vida. Isso só vai

te fazer bem.

O BEM QUE OS BICHOS NOS FAZEM

AMOR INCONDICIONALA amizade entre o escritor e autor de

novelas Walcyr Carrasco e o husky siberia-no Uno se tornou célebre. Após comover milhares de leitores ao ser contada em sua coluna na revista Veja São Paulo (novembro de 2006), a história virou enredo do livro ‘Anjo de Quatro Patas’, publicado pela Edi-tora Gente.

Hoje, Carrasco tem três cachorros (as vira-latas Isis e Morgana e o shitsu Kauê) e dois gatos (Merlin e Shiva), ambos sem raça definida, e não se cansa de enaltecer o papel dos bichos em sua vida. “Conviver com os animais é um eterno encontro afetivo e me dá muito prazer”, conta.

Segundo o veterinário homeopata Mau-ro Lantzman, especialista em comportamen-to animal e professor da Faculdade de Psi-cologia da PUC/SP, conviver com um ani-mal de estimação traz conforto e tranquili-dade. “Os bichos fazem companhia, melho-

ram a qualidade de vida, não só de pesso-as com algum problema de saúde, mas tam-bém das famílias, pois favorecem o contato e a comunicação entre seus membros”, expli-ca. Mais do que isso: eles enchem nosso co-ração de afeto.

Uma pesquisa realizada no Japão com dezenas de mulheres comprovou que, após adotarem filhotes, elas passaram a produ-zir mais ocitocina. Conhecida como hormô-nio do amor, a substância é responsável pela sensação de alegria gerada quando a mãe dá à luz o bebê e quando ela o amamenta. Es-ses benefícios são comprovados diariamente por pessoas que tiveram a vida transformada positivamente depois que passaram a convi-ver com os bichos.

Dê sua opinião. Participe. CoMEnTE ESTA MATéRIA

[email protected]

CONHEÇA OS POSTOS QUE DIFUNDEMO PROGRAMA CVV CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA CONSTITUÍDA A ASSOCIAÇÃO

DOS EMPRESÁRIOS DA TRISTEZA - GET

Associação dos empresários da Tristeza - GET, no mês de Janeiro sa-cramentou sua constituição jurídica. Resultado da união de empresários do bairro Tristeza e bairros contíguos, de-senvolve um projeto de fomento seto-rial em parceria com o SEBRAE, pelo terceiro ano consecutivo.

A Associação estruturou seis nú-cleos de trabalho através de um planeja-mento estratégico que visa transformar o bairro e a região de seu entorno em um pólo atrativo com base na sua vo-cação de centro financeiro, comercial e gastronômico da zona sul de Porto Ale-gre, tendo como sustentação o caráter ecológico e de qualidade de vida de nos-sa região.

Os núcleos de trabalho assim dis-postos: Relacionamento Institucional,

Marketing, Arquitetura e Urbanismo, Ação Social, Associativismo e Eventos, tem em todas suas ações um direcio-namento estratégico conjunto, de for-ma a propiciar ações sinérgicas para a construção do modelo de bairro defi-nido pela nossa visão: Ser o bairro mais charmoso da cidade até 2016.

Nossos núcleos estão em plena ação, sendo que o Núcleo de Ação So-cial, sob a coordenação de nosso dire-tor jurídico Marcelo Schultes, foi res-ponsável pela primeira ação do ano em benefício da comunidade, onde a AS-SET-GET, como indicadora, beneficiou a Fundação Centro Comunitário Edu-cacional – CCE, Rua Landell de Moura, 847, a receber o donativo de uma em-presa do ramo alimentício, como pena em um processo judicial.

Junte-se a nós na construção de Projeto!

CÉSAR PEREIRA DA CUNHA PRESIDENTE

(51) 9321.4659

O trabalho desenvolvido pelos pos-tos do programa CVV no Bra-sil é de grande importância para

a sociedade. Em Porto Alegre o trabalho é realizado há 40 anos, ininterruptamen-te. Nosso atendimento é 24 horas, todos os dias da semana, 365 dias no ano, por telefone. Em Porto Ale-gre a pessoa pode nos procurar pessoalmen-te das 08h00 às 18h to-dos os dias, inclusive sá-bados, domingos e fe-riados e 24h por tele-fone. São realizados em média, 800 atendimen-tos por mês. O CVV é um programa fi-lantrópico, sem fins lucrativos, sem cará-ter religioso e apolítico, fundado em São Paulo, há 49 anos, com 40 Postos em 19 cidades brasileiras que funcionam 24 ho-ras e 36 Postos que funcionam em horário especial. Em 2012 O programa CVV fará 50 anos no Brasil sendo reconhecido pela Organização Mundial de Saúde e declara-do de UTILIDADE PÙBLICA pelo gover-no brasileiro através do Dec.Lei 73.348 de 20/10/1973 como o único trabalho volun-tário que realiza a Prevenção do Suicídio.

Os nossos voluntários são pesso-as de boa vontade, capacitados para ouvir todas as pessoas que nos ligam, acolhendo-as, respeitando-as e ofere-cendo-lhes a oportunidade do desaba-fo. As pessoas que procuram o nosso serviço vêm em busca de alguém com

quem possam realmen-te ser elas mesmas. Al-guém a quem possam comunicar livremen-te suas angústias, com a certeza de um abso-luto sigilo. Nem sem-pre essa necessidade é satisfeita ou suprida no

seu convívio familiar, social ou no seu trabalho e muitas vezes só resta a vio-lência contra os outros ou contra elas próprias como única forma de comuni-car seus sentimentos.

Nós estamos nos dispondo a utilizar habilidades que desenvolvemos como afe-tividade, disponibilidade, respeito, paciên-cia, atenção, compreensão e empatia para facilitar a sua expressão em profundidade, organizar sua experiência e ajudar a bus-car em si mesmo as forças e mecanismos para agir em busca de soluções.

141 ou 3231-6111www.cvv.org.br

Page 8: Jornal Bem Estar março 2011

Matéria de Capa

E ste é um texto do ‘mundo dos ne-gócios’, mas traz reflexões pro-fundas e reveladoras. O oferece-mos aos leitores do BEM ESTAR

porque sabemos que a dimensão profis-sional é fundamental para nossa realiza-ção como pessoas. Como disse Wilhelm Reich “O Amor, o Trabalho e o Conhe-cimento são as fontes de nossa vida. De-viam também governá-la”.

Segundo o autor, a chave do suces-so profissional reside no equilíbrio en-tre quatro círculos que representam, res-pectivamente: 1. As capacidades e as áre-as que dominamos, 2. A possibilidade de aprendizado que temos no cargo que ocupamos, 3. O salário recebido e 4. A

paixão. Quanto maior a super-fície de interseção desses cír-culos/aspectos, maior a sa-tisfação profissional.

Richard Whiteley é um consagrado especialis-ta em relacionamento com clientes e membro do conse-lho editorial de HSM Manage-ment. Nesta entrevista, ele fala em tom pessoal e diz que todos devemos identificar o que realmen-te nos dá prazer. Para isso, recomenda que todos respondam a algumas questões fun-damentais: O que nos faz perder a noção do tempo? O que nos entusiasma? Que ta-refa nos diverte?

Ele ressalta que é possível encon-trar a paixão mesmo no emprego

atual. Para isso, sugere fazer uma “reengenharia do trabalho”. Para ele, certas “formas de ser” – con-juntos de atitudes e comporta-

mentos – ajudam a desenvolver o entusiasmo e o compromisso

com o trabalho. Por exem-plo: estimular a interde-pendência, ter um ponto de vista otimista, viver no

presente, não pensar só em re-sultados e “criar” a própria realidade.

Leiam com atenção suas interessan-tíssimas ideias.

A entrevista é de Viviana Alonso.

Em seu livro “Ame seu Traba-lho”, o sr. dá inúmeros exemplos de profissionais empregados e autôno-mos que são apaixonados por seu trabalho. Como é que se descobre e se desenvolve o entusiasmo pro-fissional?

Richard Whiteley - Imaginemos quatro círculos com os seguintes nomes: “o que faço bem”, “o que posso ga-nhar”, “o que posso aprender” e “o que me agrada”. o primeiro re-presenta as capacidades e as áreas que dominamos: o talento para a escrita, a ha-bilidade com os números, o dom para se relacionar com as pessoas ou a ca-pacidade atlética, por exemplo. o

O guru empresarial Richard C. Whiteley diz que a satisfação e o sucesso profissional não dependem de circunstâncias externas, mas sim de atitudes e habilidades pessoais

que nos permitem tirar proveito até das mais infelizes situações.

Amor Amor pelo trabalhopelo trabalho

a

GU

IAG

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GUArde e consUlte sempre!

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Matéria de Capa

“As pesquisas mostram que as

pessoas otimistas são mais produtivas,

costumam ser promovidas com mais frequência e ganham

mais dinheiro que as demais. Além

disso, encontram trabalho antes

que seus colegas menos entusiastas

e têm relações interpessoais mais

satisfatórias.”

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segundo círculo se refere ao que podemos ganhar em determinado trabalho, isto é, o salário ou os ho-norários que recebemos. o ter-ceiro diz respeito a o que é possí-vel aprender no cargo que ocupa-mos, tanto com relação às funções e habilidades, quanto pessoalmen-te. E o quarto simboliza a paixão. O segredo do sucesso profissio-nal reside no equilíbrio entre es-ses quatro círculos: quanto maior a superfície de interseção, maior a satisfação profissional. E quan-do os quatro círculos se sobre-põem, a pessoa encontrou o tra-balho ideal.

Como se organizam os

círculos? por qual deles se deve começar?

Richard - Eu co-meço pela paixão. O melhor ponto de partida consiste em identificar o que realmente nos dá prazer, tanto no tra-balho como em outros c a m p o s . O que nos faz perder a noção do tempo? O que nos entu-siasma? Que tare-fa nos faz rir e nos diverte? O que ab-

sorve nossa atenção e nos faz es-quecer de tudo mais? As respos-tas a essas questões serão os indi-cadores daquilo que nos apaixona.

O segundo passo é recriar, no campo profissional, as ativi-dades que nos parecem prazero-sas. Lembro, por exemplo, o caso de um funcionário de uma peque-na empresa que gostava de ensi-nar. Pediu e obteve de seu chefe a permissão para projetar e imple-mentar, paralelamente a seus afa-zeres habituais, um programa de orientação e capacitação do pes-soal. Pouco depois, em razão do êxito alcançado, essa atividade se converteu em parte de seu traba-

lho regular. Em outras palavras, ele conseguiu desenvolver

em seu campo profissio-nal uma atividade pela qual era apaixonado.

Muitas pes-soas diriam que veem com clareza o que ado-ram fazer, mas sabem que é im-possível in-

corporar isso a seu trabalho. ou, ainda pior, que não ganha-riam dinheiro com isso. o que

“Às vezes, a pessoa renuncia à sua paixão por dinheiro e definitivamente não é feliz. Há aqueles que sobem na empresa, lutando para chegar ao patamar seguinte, e no fim da carreira, quando chegam ao topo,

descobrem que a escada estava no edifício errado.”

Matéria de Capa

acontece nesses casos. é sem-pre possível combinar paixão e remuneração?

Richard - Nem sempre. Muitos músicos excelentes ga-nham a vida como motoristas de táxi. É fundamental, no entan-

to, ser consciente do que se ga-nha e do que se perde em tro-ca. Às vezes, a pessoa renuncia à sua paixão por dinheiro e defini-tivamente não é feliz. Há aqueles que sobem pela escada corpora-tiva, lutando para chegar ao pata-

mar seguinte, e no fim da carrei-ra, quando chegam ao topo, des-cobrem que a escada estava no edifício errado. Em outras pala-vras, essas pessoas se esforçaram por algo que não significava mui-to para elas. Richard Edler, au-

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GUArde e consUlte sempre!

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11 • Nº 30 • Março 2011 • Bem estar Matéria de Capa

a

Quando criança Jack Welch, o ex-presidente da General Electric, era

gago. Isso poderia se transformar em algo

vergonhoso. Com grande sabedoria, sua mãe lhe

disse: ‘Você sabe por que gagueja? Porque você é tão inteligente que sua

mente anda mais rápido que sua língua’. Então,

cada vez que vacilava ao falar, Welch pensava nas palavras da mãe. Isso é

criar a própria realidade.”

tor do livro “Ah, Se Eu Soubesse…”, en-trevistou altos executivos e profissionais de prestígio durante seis anos. Fez a todos a mesma pergunta: “Existe alguma coisa que sabe agora e que desejaria que alguém lhe houvesse dito há 25 anos?”. A respos-ta mais frequente foi: “Queria ter seguido o caminho que meu sonho me indicava”. Ao lançar um olhar retrospectivo so-bre sua vida, líderes do mundo dos negó-cios, ricos e bem sucedidos, sentiam que lhes faltava algo. E esse “algo” era a pai-xão. Portanto, repito, temos de estar cons-cientes das concessões que fazemos. Tal-vez o caminho seja nos dedicarmos ao que mais nos agrada, mesmo que ganhando me-nos, ou, talvez, optar por uma remunera-ção maior, fazendo um trabalho que não pareça tão apaixonante. Não há regras fi-xas; o importante é ter consciência da de-cisão que tomamos.

o sr. recomenda que se procure encontrar a paixão no trabalho atual e, se isso não for possível, buscar ou-tra atividade que desperte entusias-mo. por que agir dessa forma?

Richard - Muitas vezes as pessoas mu-dam de trabalho porque pensam que con-seguirão entusiasmar-se com um novo, mas terminam no ponto em que começaram. O mesmo acontece com as relações: não é raro alguém se divorciar de seu cônjuge e vir a repetir a conduta insatisfatória com o cônjuge seguinte. De certa forma, não se trata de mudar de trabalho, mas sim de ati-tude. Por isso recomendo começar a en-contrar mais satisfação e a se sentir mais gratificado no emprego atual.

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Que estratégias o sr. sugere para encontrar a paixão no trabalho?

Richard - Em geral, sempre existem aspectos de nosso trabalho que não nos agradam e outros que nos entusiasmam. Dei o nome de “reengenharia do trabalho” ao processo de modificar o que fazemos por meio de cinco passos: aumentar as ta-refas que nos apaixonam, diminuir as ativi-dades que nos desagradam, começar a fazer algo novo, abandonar certas ações e reali-zar outras de maneira diferente. Conheço uma mulher que tem de viajar duas a três horas para chegar a seu local de trabalho. No trajeto, todos os dias, escuta lições gra-vadas do curso de administração de empre-sas. Desse modo, em vez de desperdiçar esse tempo, ela se prepara. Outro exem-plo: alguns vendedores optam por dedicar-se às melhores contas e abandonam aque-las de pouco movimento, que lhes conso-mem muito tempo e são desgastantes no trato pessoal.

Em seu livro “Ame seu Traba-

lho”, o sr. chama as atitudes e os com-portamentos que ajudam as pessoas a identificar e desenvolver a paixão em seu trabalho de “formas de ser”, afir-mando que uma delas é “criar a pró-pria realidade”. Em que escala isso é possível?

Richard - Em grande escala. Vou dar um exemplo: quando criança, Jack Welch, o ex-presidente da General Electric, era gago. Essa dificuldade para se expressar poderia se transformar em algo vergonhoso e ser até motivo de humilhação. Com grande sa-

bedoria, sua mãe lhe disse: “Você sabe por que gagueja? Porque você é tão inteligente que sua mente anda mais rápido que sua lín-gua”. Então, cada vez que vacilava ao falar, Welch pensava nas palavras da mãe. Isso é criar a própria realidade.

Lembro também que, quando a patina-dora Michelle Kwan ficou em segundo lugar nos Jogos Olímpicos de 1998, disse para si mesma: “Não perdi a medalha de ouro, ga-nhei a de prata”. Ela criou para si a reali-dade de uma vencedora, não de uma per-dedora. Da mesma maneira, há uma frase esclarecedora de Aldous Huxley: “A ex-periência não é o que nos acontece, mas o que fazemos com o que nos acontece”. Ou outra, de Abraham Lincoln: “As pesso-as são tão felizes quanto decidem sê-lo”. No trabalho, conquistamos a felicidade quando dominamos as atitudes negativas para nos concentrarmos em encontrar a realidade desejada. E essa realidade não in-flui apenas na satisfação cotidiana; também condiciona o sucesso profissional. Afinal, a maneira pela qual lidamos com as circuns-tâncias difíceis é mais transcendente para o futuro de nossa carreira do que a forma como agimos nas situações fáceis.

o sr. escreveu em seu livro que o

otimismo é capaz de reverter uma re-alidade profissional adversa. Em que se baseou para fazer essa afirmação?

Richard - As pesquisas mostram que as pessoas otimistas são mais produtivas, costumam ser promovidas com mais fre-quência e ganham mais dinheiro que as de-mais. Além disso, encontram trabalho an-

“A maneira como lidamos com as circunstâncias difíceis é mais transcendente para o futuro de nossa carreira do que

a forma como agimos nas situações fáceis. Como disse Aldous Huxley: ‘A experiência não é o que nos acontece, mas o que fazemos com o que nos acontece’.”

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13 • Nº 30 • Março 2011 • Bem estar

tes que seus colegas menos entusiastas e têm relações interpessoais mais satisfató-rias. Nosso DNA determina 50% da atitude otimista; os outros 50% dependem de nos-sa escolha. E o que diferencia os otimistas dos pessimistas é a maneira pela qual expli-cam os acontecimentos.

Um dos exercícios que realizo duran-te minhas conferências é pedir aos partici-pantes que descrevam acontecimentos de sua vida do ponto de vista de um herói, de uma vítima e de um aprendiz. Eu mes-mo, por exemplo, tive problemas de aprendizado quando criança; sentia-me tolo e lento. A descri-ção de um herói para isso seria: “Tive dificuldades para estudar, mas consegui superá-las e escre-vi quatro livros”. Já se me puses-se no papel de vítima, diria que isso foi “muito doloroso, difícil e que deixou sequelas para o resto de minha vida”. Por fim, na con-dição de aprendiz, afir-maria que, por causa das dificuldades de mi-nha infância, “me es-forcei em estudar mais que os outros e apren-der se transformou no aspecto cen-tral de minha vida”. Qual das três his-tórias é verdadei-ra? Todas. Então, qual é a realidade? Qual é a história de nossa vida que deci-dimos contar?

“Estar em casa” é outra das “for-mas de ser” que o sr. cita em seu li-vro. poderia explicar em que consiste e como se relaciona com a satisfação profissional?

Richard - Quando digo “estar em casa” não me refiro ao lugar em que fo-mos criados, mas sim a certo espaço inter-no no qual nos sentimos seguros e estáveis. Dessa forma, mesmo estando em meio a si-tuações de conflito no trabalho, o fato de “estar em casa” pode nos fazer manter a

calma e conseguir um bom desempenho. Essa atitude está de acordo com ou-

tra, que chamei de “estar no presen-te”. Várias pessoas pensam no futu-ro; são aquelas que dizem: “Gosta-ria de conseguir aquele trabalho, ga-nhar mais dinheiro ou concretizar determinado projeto”. Muitas outras se referem ao passado; falam, por

exemplo: “Gostaria de ter es-tudado economia”. O bom

desempenho, no entan-to, não é gerado no passado nem no futu-ro, mas no presente.

Como é possí-

vel estar voltado mais para o pre-sente?

Richard - Pres-tando atenção à ma-neira como pensa-mos. Nossos pen-samentos se re-ferem ao p r e s e n -

“As metas e os objetivos são importantes; o problema surge quando tudo que fazemos é pensar neles e, assim, acabamos permanentemente presos ao futuro. É preciso estabelecer objetivos e sentir paixão por alcançá-los, mas

devemos estar concentrados no presente.”

a

“Não acreditem em nada do que nós dissermos, mas aprendam a ouvir.

Não acredite no que você pensa, mas aprenda a ouvir o seu pensamento”

A vida é maravilhosa em todas as suas imperfeições. Nada é per-feito... Perfeição significa mor-

te! Perfeição significa que não há possi-bilidade de crescimento adicional. Perfei-ção significa que está tudo terminado. Im-perfeição significa a possibilidade de cres-cer. Imperfeição significa a excitação de novas pastagens, o êxtase, a aventura. Im-perfeição significa que você está vivo, que a vida vai continuar.

A vida é eterna, portanto digo que a vida é eternamente imperfeita. Não há nada de errado em ser imperfeito. Acei-te sua imperfeição e a ideia de ser nega-tivo em relação a si mesmo desaparece-rá. Aceite seu estado atual e não o com-pare com alguma perfeição futura, algum ideal futuro. Não pense em como você deveria ser! Essa é a raiz de toda patolo-gia – desista disso. Você existe do modo como é hoje e amanhã pode ser diferen-te. Mas você não pode prever isso hoje e também não é necessário planejamento para que isso ocorra.

Aceite as pessoas como são; desista

do “deveriam” e do “precisariam” – es-ses são conceitos inimigos... Há tantos “faça” e “não faça” que não se tem flexi-bilidade; a carga é muito pesada. Foram-lhe transmitidos tantos ideais e metas – ideais de perfeição – que você sempre julga não estar à altura. E os ideais são to-talmente impossíveis de atingir. Você não consegue atingi-los; não há possibilidade de alcançá-los. Portanto, você nunca es-tará à altura.

Viva este dia em toda sua beleza, em toda a sua alegria, em toda a sua dor, agonia, êxtase. Viva-o em sua totalidade – em sua obscuridade, em sua luz. Viva o que exis-te neste mo-mento.

PERFECCIOSISMOOshO

O grande sonho

thOMAs MAnn

Agora sei que não é apenas com nossa alma que sonhamos. So-nhamos anonimamente, comu-nalmente, ainda que cada um

a seu jeito. A grande alma, da qual todos somos parte, pode sonhar por meio de nós, em nossa manei-ra de sonhar, seus próprios so-nhos secretos...

NÃO ACREDITE. MAS OUÇA!

MEstREs tOltEcAs

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Bem estar • Nº 30 • Março 2011 • 14Matéria de Capa

“Cada indivíduo deve construir uma rede de pessoas dispostas a instruí-lo e a ajudá-lo a ser

mais eficiente. Uma rede composta de algumas pessoas entusiasmadas, que nos encorajem, e

de outras que colaborem para uma estratégia em nossa profissão. Em geral as pessoas respondem

favoravelmente aos pedidos de ajuda e oferecem seu apoio porque se sentem lisonjeadas.”

te, ao passado ou ao futuro? Se al-guém descobre que está se con-centrando no passado ou no futu-ro, tem de fixar sua atenção na-quilo que está acontecendo no presente. Além disso, deve tra-tar de se desvincular dos resulta-dos. Muitas pessoas se concentram de forma compulsiva no que espe-ram alcançar; direcionam sua vi-são para o futuro e, consequente-mente, veem seu desempenho cair. Numerosos estudos sobre atle-tas olímpicos mostram que, quan-to mais eles fixam sua atenção na medalha de ouro – ou seja, no futu-ro –, menores são suas probabilida-des de entrar no estado de concen-tração que lhes permitirá ganhá-la.

o sr. aconselha que as pessoas se desvinculem dos

resultados. no entanto, mui-tas teorias sobre motivação insistem na necessidade de fixar objetivos e até mesmo visualizar sua concretização. Qual sua opinião sobre isso?

Richard - Desvincular-se dos resultados não signifi-ca não fixar objetivos. As metas e os objetivos são importantes; o problema surge quando tudo que fazemos é pensar neles e, as-sim, acabamos permanentemen-te presos ao futuro. É preciso es-tabelecer objetivos e sentir pai-xão por alcançá-los, mas deve-mos estar concentrados no pre-sente. Por exemplo, eu costuma-va fixar cotas para os vendedo-res e lhes pedia que escrevessem esse objetivo em um papel e o le-vassem consigo por alguns dias. Depois, nos reuníamos, discutí-

amos a meta e, a partir daí, eu fazia todo o possível para ajudá-los a alcançá-la. Por outro lado, a maioria dos gerentes se limita a estabelecer os objetivos e logo recrimina os vendedores porque não os alcançam, exigindo que fa-çam mais ligações telefônicas. Se as pessoas se concentram exces-sivamente na meta, em geral não

conseguem um bom resultado.

outro comportamento

sugerido em seu livro é “fo-mentar a interdependência”. poderia explicar em que isso consiste e qual é seu objetivo?

Richard - É cada vez menor o número de gerentes e supervi-

sores que instruem seus subor-dinados. As equipes reduzidas e as expectativas de altíssimo ren-dimento transformaram as rela-ções de atenção mútua em simples transações. Então, cada indivíduo deve construir uma rede de pes-soas dispostas a instruí-lo e a aju-dá-lo a ser mais eficiente. Para in-centivar a interdependência, reco-

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Formado pela Harvard Business School, fundou em 1971 a ‘The Fo-rum Corporation’, empresa especializa-da em consultoria e capacitação, de al-cance mundial, que dirigiu durante qua-se três décadas e de onde saiu para presidir um novo empreendimento: o ‘Whiteley Group’. Em 1978, o especia-lista também fundou ‘The Instructional Systems Association’, organização que agrupa mais de 150 empresas dedica-das à capacitação.

Em sua trajetória como conferen-cista, falou para mais de 350 mil exe-cutivos em 26 países e se apresen-tou em instituições de grande prestí-gio. É autor do best seller ‘A Empre-sa Totalmente Voltada para o Cliente’ (ed. Campus) e escreveu ainda ‘Cres-cimento Orientado para o Cliente’ e ‘Bruxaria Corporativa’ (ambos, ed. Campus) e o mais recente ‘Ame seu Trabalho’ (ed. Futura). É membro do conselho editorial de HSM Manage-ment. Whiteley se dedica à capacitação de executivos.

mendo a criação de uma espécie de conse-lho de diretores ou executivos de confian-ça que nos deem cobertura e aconselhem. Convém convocar pessoas com personali-dades, conhecimentos e pontos de vista di-ferentes. A rede deveria ser composta, por exemplo, de algumas pessoas entusiasma-das, que nos encorajem, e de outras que colaborem para o projeto de uma estraté-gia em nossa profissão. Em geral as pessoas respondem favoravelmente aos pedidos de ajuda e oferecem seu apoio porque se sen-tem lisonjeadas.

outra de suas recomendações é “ser você mesmo”. As pessoas não o são?

Richard - Na verdade, são as cultu-ras corporativas muito fortes que esma-gam a individualidade de seu pessoal. Para realizar nossos sonhos, temos de ser fiéis a nós mesmos.

“Há culturas corporativas muito fortes que esmagam

a individualidade de seu pessoal. Para realizar nossos sonhos, temos de ser fiéis

a nós mesmos.”

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