bem estar 120812

32

Upload: fernanda-caprio

Post on 21-Jun-2015

2.527 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Bem estar 120812
Page 2: Bem estar 120812

Editorial

O dilema é comum à vida de muitas pessoas: comoreagir diante de um encontro inesperado, um “esbarrão”,com seu (ou sua) ex? Especialistas em comportamentoouvidos pela Bem-Estar recomendam ao antigo casal optarpelo caminho do respeito, independente de como a relaçãotenha acabado. Claro que para quem terminou o namoro ouo casamento “numa boa” é mais fácil. Ainda assim, pormais dolorosa que tenha sido a separação, a educaçãodeve falar mais alto, até para não agravar o estadoemocional dessas pessoas que, acima de tudo, estãotentando seguir em frente. “Haverá desconforto por umtempo, que é real e deve ser considerado para que o casalnão faça de conta que nada aconteceu”, diz a psicólogaCláudia Longhi. Matéria também traz dicas de como inserirum novo amor na roda de amigos. Um ótimo domingo. 24

Os encantos da Sicilia, sua história, agastronomia, vinho e passeios agradamos turistas mais exigentes

16

Aos 52 anos, Felipe Camargoconquista solidez após uma série dealtos e baixos ao longo da carreira

13

Neurocirurgião afirma que o silêncio ea meditação aquietam o corpo,esvaziam o consciente e permitem pazinterior e conexão com nossa essência

Poesia

E se amar for mesmo um pecado?

E se o que sentimos for realmente errado?

Seremos, nós, condenados?

Dois anjos caídos,

Expulsos do paraíso

Em busca da própria metade,

Fugindo da tal realidade...

Nosso destino é incerto,

Um tiro, uma lágrima, e o decreto;

Duas almas se esvaindo de um só corpo,

Dois monstros e apenas um rosto,

No adeus, a condenação fugaz;

Dois seres, julgados apenas por amar de mais.

Paula Pereira Singolani

COMPORTAMENTONão amado. Não aceito. Preterido.O sentimento de rejeição é capazde fazer um estrago grande.Defenda-se dele dando “upgrade”na sua autoestimaPáginas 6 e 7

AUTOCONHECIMENTORio Preto sedia este mês mais umseminário “Free Mind” e aBem-Estar entrevista a instrutoraKedashi Solkin, com lições parauma vida mais simples e felizPáginas 8 e 9

MITOSAlguns alimentos que até poucotempo eram taxados de vilõeshoje viraram aliados da saúde.Reportagem desfaz algumasdestas “verdades”Páginas 10 e 11

ENVELHECIMENTOAvanço da idade leva à diminuiçãoda produção de colágeno, masuma boa suplementação ajuda afrear a “queda livre” destaproteína natural do corpoPágina 12

Agência O Globo/Divulgação

Pedro Paulo Figueiredo/Divulgação

Turismo

Guilherme Baffi

Televisão

Respeite-se paraseguir em frente

Eduardo SilvaDIÁRIO DA REGIÃO

Editor-chefe

Fabrício Carareto

[email protected]

Editora-executiva

Rita Magalhães

[email protected]

Coordenação

Ligia Ottoboni

[email protected]

Editor de Bem-Estar e TV

Igor Galante

[email protected]

Editora de Turismo

Cecília Demian

[email protected]

Editor de Arte

César A. Belisário

[email protected]

Diretora Superintendente

Rosana Polachini

[email protected]

Pesquisa de fotos

Mara Lúcia de Sousa

Diagramação

Cristiane Magalhães

Tratamento de Imagens

Arthur Miglionni, Humberto

Pereira e Luciana Nardelli

Matérias

Agência Estado

Agência O Globo

TV Press

2 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 3: Bem estar 120812

JEJUM DEPREOCUPAÇÃO

Esoterismo

José Trigueirinho Netto

Jejum pode ser uma prática

mais ampla do que a simples absti-

nência de alimentos. Jejuamos tam-

bém quando nos abstemos de de-

terminados pensamentos, emo-

ções, ações e palavras. Se for inspi-

rado pelo nosso mundo interior e

isento de expectativas e ambições,

tanto o jejum de alimentos quanto

os demais podem ajudar na nossa

transformação, na purificação do

organismo e até mesmo trazer sau-

dáveis simplificações à vida.

Realizado com base nesses prin-

cípios de equilíbrio, o jejum de ali-

mentos pode ter sobre o corpo físi-

co repercussões de caráter espiri-

tual, não só terapêutico. A opção

pelo jejum de alimentos, porém,

deve ser bem ponderada, pois nos

dias de hoje o corpo físico da maio-

ria das pessoas tem sido submeti-

do a grande desgaste não só pela

atividade desorganizada e intensa

da vida moderna, mas também pe-

lo uso excessivo de aparelhos ele-

trônicos, pela saturação de ondas

de radiofreqüência na atmosfera e,

sobretudo, pela tensão psíquica. O

jejum de alimentos pode ser noci-

vo quando o corpo está debilitado

ou sem reservas suficientes.

Contudo, esse tipo de jejum é

por demais benéfico quando indi-

cado por um sinal verdadeiro. De-

ve ser feito por livre e espontânea

vontade. Se estamos com boa saú-

de, a experiência do jejum de ali-

mentos não nos enfraquece —

mas se mesmo assim em deter-

minado momento percebemos

que é preciso interrompê-lo,

não há que hesitar.

Durante o jejum recomenda-se

ingerir mais água que de costume,

para hidratar o organismo. Ao fina-

lizá-lo, é preciso cuidado espe-

cial. É que, após o período de de-

sintoxicação e de repouso do apa-

relho digestivo, o organismo

tem de readaptar-se ao processo

de assimilação e de eliminação.

Esse reinício deve constar de ali-

mentos bem leves.

Jejum pode significar também

moderação, e não apenas abstinên-

cia. Se em nossa alimentação nor-

mal não somos levados pela gula,

mas damos ao corpo físico só o ne-

cessário para a sua subsistência, es-

tamos jejuando. Essa busca de

equilíbrio e sobriedade é jejum nu-

ma forma mais adequada aos dias

de hoje, em que extremos raramen-

te levam à harmonia.

Outro tipo de jejum é o da pa-

lavra: consiste no seu controle.

Há ocasiões em que precisamos

abster-nos completamente de fa-

lar e outras em que devemos abs-

ter-nos apenas de palavras su-

pérfluas; podemos, portanto, es-

tar falando e ao mesmo tempo je-

juando de palavras.

Como o jejum é uma via de

equilíbrio para nos relacionarmos

com a vida externa e a interna, o

procedimento com os bens mate-

riais é o mesmo adotado no jejum

de alimentos, no de sentimentos,

no de pensamentos, no de ações e

no de palavras. Algumas vezes je-

juamos de bens materiais pela abs-

tinência; outras, pelo uso modera-

do ou pela austeridade.

Para alguns a moderação é

mais difícil que um período de abs-

tinência total. Dizer palavras que

sirvam de ajuda aos outros, por

exemplo, requer mais treino que fi-

car completamente calado.

A moderação requer humilda-

de, ousadia para confiar no poten-

cial que temos dentro de nós, entre-

gando-o à condução do nosso ser

interior, e também desapego. Os re-

sultados de ações evolutivas não

são mensuráveis. É preciso reali-

zar tais ações sem se prender a

elas, agir como um semeador que

lança os grãos na terra e os deixa

entregues à chuva, ao vento e à di-

nâmica da força-de-vida que há em

seu interior. �

Serviço

Extraído da série “Sínteses de Palestras”

(Irdin Editora), de Trigueirinho

(www.trigueirinho.org.br). Palestras do autor

poderão ser ouvidas, gratuitamente, no site:

www.irdin.org.br, ou no grupo de estudos,

que se reúne às quintas-feiras, às 20 horas,

na rua Porfírio Pimentel, 55, Bom Jesus (2ª

travessa acima da Av. Alberto Andaló). Mais

informações: [email protected]

José Trigueirinho Netto éfilósofo espiritualista, autor de77 livros, com cerca de 2,5milhões de exemplarespublicados até o momento, emais de 1,7 mil palestrasgravadas ao vivo

A moderação requer humildade e ousadia para confiar no potencial que temos dentro de nós

Quem é

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 3

Page 4: Bem estar 120812

Ex-companheiros devem manter o respeito pelo

outro após o fim da relação, continuar felizes e

abertos a uma nova paixão (ou aproveitar a solteirice)

Elen Valereto

[email protected]

Enquanto um casal está junto, é comum a

troca de carinhos e juras de amor eterno. Mas

quando a relação termina e cada um vai para la-

dos opostos, surgem algumas dúvidas: quando

se envolver em outro relacionamento? Como

agir ao reencontrar o ex? Dá para continuar

saindo com a mesma turma?

As respostas dependem de como foi esse tér-

mino e da personalidade de cada pessoa. No

entanto, mesmo se houve desentendimentos

sérios e mágoas, o casal desfeito tem de enten-

der que todas as suas atitudes ficarão marca-

das em sua própria história, alimentando sen-

timentos ruins e dificultando o restabeleci-

mento emocional, afirma a especialista em re-

lacionamentos amorosos, Claudya Toledo, di-

retora da A2 Encontros.

“Se vai cumprimentar ou não, depende dos

motivos que teve. Mas aconselho que, quando

uma relação termina em um estado elevado, ou

seja, com somatização de raiva e tristeza, é im-

portante já tentar diminuir essa sensação para

um estado mais baixo. É isso que permitirá con-

tinuar sendo feliz”, diz.

Mas tratar o ex-parceiro com respeito é indi-

cado em qualquer momento, orienta a psicólo-

ga Cláudia Longhi, de Rio Preto. Por mais dolo-

rosa que tenha sido a separação, geralmente

mais para um dos dois, é necessário que se man-

tenha um comportamento em que a educação fa-

le mais alto para não piorar os sentimentos que

já foram inevitavelmente gerados no término.

Ninguém é uma máquina para não conse-

guir sentir nada ao deparar com aquela pessoa

com quem dividiu e compartilhou vários (ou

poucos) momentos. Os sentimentos podem ir

desde raiva, ódio, tristeza, compaixão, esperan-

ça ou até mesmo, mais rápido ou não, indiferen-

ça – esta última é a peça fundamental que de-

monstra abertura para viver uma nova paixão

ou curtir a solterice sem culpa.

Sentir indiferença é, na verdade, não sen-

tir nada que direcione a uma relação que não

deu mais certo. E isso é ótimo. Não significa

que quem está indiferente é uma pessoa

cruel ou fria, apenas melhor resolvida, tem o

autoconhecimento apurado e consegue elimi-

nar rapidamente os sentimentos conflitantes

após uma separação.

É claro que é difícil esconder o desconforto,

mas ajuda no autocontrole e evita reencontros

desastrosos motivados por reações movidas à

raiva ou mágoa, como provocações, tristeza, in-

sultos diretos e, em casos mais extremos, até

agressões físicas. Na busca por diminuir esse es-

tado em desequilíbrio, uma dica da psicóloga é

tentar imaginar como reagir em um possível

“esbarrão” inesperado ou mesmo previsto.

E esses encontros podem acontecer em um

barzinho, um clube, um shopping. Por isso, es-

se “ensaio” deve ser um treino mental, diz Cláu-

dia, para tentar visualizar, sentir, controlar e

buscar a melhor forma para agir sem desrespei-

tar o outro e, acima de tudo, mantendo o pró-

prio bem-estar.

“Tente se respeitar e ter consciência de que

a relação não é mais a mesma, e pergunte a si

mesmo se quer encontrar ou qual o grau de pro-

ximidade quer manter. Haverá um desconforto

por um tempo que é real e deve ser considerado

para que o casal possa não fazer de conta que na-

da aconteceu, mas respeitando o tempo para tu-

do ir se acalmando”, destaca a psicóloga.

Relacionamento

NOVOSENCONTROS

4 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 5: Bem estar 120812

Regras básicas para uma boa pós-separação

Por mais que não queira mais ver a pessoa,

se encontrá-la, educação nunca é demais

Agressões físicas ou verbais são abomináveis

Desenvolva e nutra sempre o

autoconhecimento

Nas separações, o autocontrole é

fundamental

Saiba respeitar o “luto” do antigo parceiro

Lembre-se que, após a mágoa ir embora, asatitudes impensadas vão permanecer

Abra o coração para o novo. Novos ares,

novos pensamentos, novo amor ou novo eu �

Fonte: Reportagem

“A condição de se manter

estruturado ou não é indivi-

dual. Podemos cultivar a paz

ou a guerra”, diz a especialista

em relacionamentos amorosos,

Claudya Toledo, diretora da

A2 Encontros. Para ela, para

construir algo novo com outra

pessoa é importante que a li-

nha do amor seja individual, va-

lorizando o livre-arbítrio.

Ter e desenvolver a indivi-

dualidade física e emocional

é questão de escolha. “Nós es-

colhemos o nosso estado emo-

cional a cada minuto, o quan-

to haverá de amor ou ódio, in-

dependente do que aconte-

ceu”, destaca.

Estatisticamente, Claudya

informa que os homens demo-

ram, em média, de três a seis

meses para assumir um novo re-

lacionamento, enquanto as mu-

lheres, de um a três anos, assim

como nas redes sociais. Mas a

mesma postura independente

deve ser mantida quando chega

o momento de tocar a vida em

frente, começando pela apre-

sentação do novo parceiro para

os amigos – que possivelmente

também são amigos do ex.

Na inclusão do novo amor

“na roda”, não é preciso cons-

trangimento por isso, afirma

Claudya. Ela orienta que um

primeiro encontro com os

amigos deve ser feito antes

da apresentação oficial do no-

vo parceiro. Ele servirá para

contar para a turma sobre a

nova pessoa e a importância

do relacionamento.

“Nesse momento, não há

motivos para pedir opiniões pa-

ra o grupo, pois é seu papel fa-

zer as afirmações e não pedidos

de orientação. Se o novo rela-

cionamento não for bem acei-

to, diga que sente muito, mas a

nova pessoa amada é sua esco-

lha”, destaca a especialista em

relacionamentos amorosos.

A psicóloga Claudia Lon-

ghi acrescenta ainda que é im-

portante analisar que o ex-par-

ceiro continua na mesma tur-

ma. Nesse caso, é preciso anali-

sar o contato e ter consciência

que não dará para fazer tudo o

que era feito antes, quando for-

mavam um casal, exatamente

com as mesmas pessoas e o tem-

po todo.

“Descubra quais desses

amigos são mais próximos

seus e vá se aproximando, ini-

ciando novos programas, em

momentos diferentes que o an-

tigo parceiro está presente. Di-

vida sua angústia com os ami-

gos para que os mesmos pos-

sam zelar pelo bem-estar geral.

São relações possíveis”, ressal-

ta a profissional. (EV)

Saiba

Relações possíveis DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 5

Page 6: Bem estar 120812

A rejeição provoca o sentimento de abandono

e depreciação. Veja como dar a volta por cima

Gisele [email protected]

Talvez a rejeição seja um dos mais

terríveis sentimentos experimenta-

dos pelo ser humano e costuma dei-

xar marcas na autoestima.

São muitas as situações que podem

desencadeá-la, no trabalho, no círculo

de amizades, nas relações sociais e amo-

rosas. Todos, em algum momento, vi-

venciam a rejeição em algum grau.

Mas o que é rejeição, afinal? De mo-

do geral, é o ato de desaprovar, recusar,

não aceitar, se opor, negar, desprezar,

descartar - ou o mesmo que repulsa. Em

termos afetivos, rejeição é o meio pelo

qual uma pessoa evidencia para outra

que não a deseja como par, uma expres-

são de desinteresse em iniciar ou man-

ter um relacionamento. Se sentir rejeita-

do consiste em sentir-se não querido,

não amado, não aceito, preterido, discri-

minado, humilhado. Provoca sensação

de abandono e depreciação.

A rejeição é bastante poderosa. Dei-

xamos de fazer muitas coisas pelo sim-

ples medo de sermos rejeitados até por

pessoas que não têm nenhuma ligação

emocional conosco.

É importante ressaltar que o senti-

mento de rejeição pode ser decorrente

de um evento real ou que esteja apenas

na imaginação da pessoa. Depende da

percepção, cognição e do comportamen-

to do indivíduo. Claro que, em algumas

circunstâncias, a manifestação de repú-

dio ou desprezo é clara. “Em situações

onde o sentimento de rejeição encontra

um embasamento real, cabe ao rejeitado

questionar o motivo daquilo estar acon-

tecendo”, diz o psicólogo cognitivo-

comportamental Alexandre Cáprio.

Às vezes, nosso comportamento de-

sencadeia um desgaste no nosso meio

social ou em nosso relacionamento.

As pessoas não detestam ou rejeitam

as outras gratuitamente. Toda ação

ou comportamento tem uma origem,

uma causa. “Pessoas intolerantes, nar-

cisistas, mal-humoradas, mal-educa-

das, negativas, teimosas e sistemáti-

cas podem se deparar com diversas si-

tuações de rejeição, seja no campo afe-

tivo, social ou profissional”, explica.

Algumas pessoas são mais sensíveis

a esse sentimento de rejeição do que ou-

tras. Muitas vezes, basta um estímulo

pouco significativo para sensibilizar

uma personalidade já predisposta, que o

interpreta como uma rejeição de fato.

Outros já encaram de forma bem me-

lhor. “O que nos faz sofrer não é o fato

de sermos rejeitados, mas o modo como

interpretamos a rejeição. Sofrer ou não

depende do modo como encaramos a re-

jeição”, diz a psicóloga cognitivo-com-

portamental Mara Lúcia Madureira.

O outro não tem a obrigação de gos-

tar de nós o tempo todo. No entanto, co-

mo a atitude de rejeição faz a pessoa se

sentir menos - e isso é bastante doloroso

-, é natural se defender ficando com rai-

va do outro.

Mas se sabemos que isso acontece o

tempo todo e com todo mundo, por que

temos tanto medo de sermos rejeitados?

“Esse medo ocorre quando se acredita ir-

racionalmente que a rejeição se deva a

problemas com o rejeitado ou pela va-

riante de que, se fosse perfeito ou me-

lhor em alguns aspectos, ninguém o re-

jeitaria”, diz Mara Madureira. O fato de

não gostar de alguém não significa que

a outra pessoa seja ruim, feia ou repulsi-

va, apenas não corresponde ao padrão

que você idealizou.

Comportamento

NINGUÉMGOSTA DE MIM

6 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 7: Bem estar 120812

O interesse amoroso não é recíproco. E issonão significa que haja algum problema com umadas partes, apenas falta de afinidades ouincompatibilidade

Ninguém é responsável pelos nossossentimentos. Esses são determinados pelamaneira como interpretamos os fatos. E a rejeiçãosó é ruim quando a definimos assim

A não correspondência, em alguns casos,pode ser verdadeira bênção a ser percebidasomente mais tarde

A rejeição só dói quando superestimamosuma pessoa e construímos, em nossa mente, umahistória tendo-a como protagonista, sem evidênciade reciprocidade. Expectativas realistas nãocausam frustrações

Se alguém nos rejeita é porque não estáinteressado ou está inseguro em relação à nossacompanhia. Em qualquer uma das hipóteses,melhor mudar a direção do que insistir no que nãoirá vingar

Fonte: Mara Lúcia Madureira, psicóloga

Não sofra

Dói de verdadeUmapesquisafeitanaUniversi-

dade de Michigan, nos Estados

Unidos, mostra que a dor da re-

jeição não é apenas uma figura

de linguagem, mas algo tão real

como a dor física. O estudo

mostra que experiências inten-

sas de rejeição social ativam as

mesmas áreas no cérebro que

atuam na resposta a experiên-

cias sensoriais dolorosas. “Os

resultados dão novo sentido à

ideia de que a rejeição social

‘machuca’”, disse o coordena-

dor da pesquisa, Ethan Kross.

Os resultados do estudo fo-

ram publicados na revista Pro-

ceedings of the National Acade-

my of Sciences.

“A princípio, derramar

uma xícara de café quente em

você mesmo ou pensar em uma

pessoa com quem experimen-

tou recentemente um rompi-

mento inesperado parece que

provocam tipos diferentes de

dor, mas nosso estudo mostra

que são mais semelhantes do

que se pensava”, disse Kross.

Estudos realizados anterior-

mente mostraram que as mes-

mas regiões no cérebro apoiam

os sentimentos emocionalmen-

te estressantes que acompa-

nham a experiência tanto da

dor física como da rejeição so-

cial. De acordo com a nova pes-

quisa, há uma inter-relação

neural entre esses dois tipos de

experiências em áreas do cére-

bro, uma parte em comum que

se torna ativa quando uma pes-

soa experimenta sensações do-

lorosas, físicas ou não. Kross e

colegas identificaram essas re-

giões: o córtex somatossenso-

rial e a ínsula dorsal posterior.

Participaram do estudo 40

voluntários que haviam passa-

do por um fim inesperado de re-

lacionamento amoroso nos últi-

mos seis meses e que disseram

se sentir rejeitados por causa

do ocorrido. Cada participante

completou duas tarefas, uma re-

lacionada à sensação de rejei-

ção e outra com respostas à dor

física, enquanto tinham seus cé-

rebros examinados por resso-

nância magnética funcional.

“Verificamos que fortes sensa-

ções induzidas de rejeição so-

cial ativam as mesmas regiões

cerebrais envolvidas com a sen-

sação de dor física, áreas que

são raramente ativadas em estu-

dos de neuroimagens de emo-

ções”, disse Kross. � (GB)

Baixa autoestimaEm muitos casos, o senti-

mento de rejeição está apenas

na mente do sujeito. Pessoas in-

seguras e com baixa autoestima

podem traduzir um comporta-

mento mais frio e distante co-

mo uma questão pessoal. Claro

que não estamos perfeitamente

bem todos os dias. Problemas

existem e nosso humor pode

ser abalado por eles. Uma aten-

dente pode achar que seu chefe

está bravo com ela porque ele

entrou com uma cara fechada

antes mesmo de imaginar que

ele possa simplesmente estar

tendo um mau dia.

“Pessoas com baixa autoesti-

ma não se valorizam nem se

apreciam. Portanto, subenten-

dem que os outros pensem da

mesma maneira”, diz o psicólo-

go Alexandre Cáprio. É co-

mum, em uma relação conju-

gal, uma pessoa pedir provas de

amor constantes ou achar que o

parceiro está indiferente ou de-

sinteressado quando, na verda-

de, pode estar apenas cansado

de um longo dia de trabalho.

Esse comportamento pode

criar um ambiente tão hostil

que, sob pressão e cobrança

constante, o outro rompe a rela-

ção para poder respirar.

Em vez de enxergar as pró-

prias atitudes que levaram a es-

sa situação, a pessoa com senti-

mento de rejeição, ressalta Cá-

prio, vê o rompimento como

uma prova definitiva de que es-

tava certa. Sente-se traída e, ao

mesmo tempo, pode entrar em

uma busca frenética para reatar

a relação, garantindo para ami-

gos e amigas que não consegue

ser feliz sem aquela pessoa. Al-

guns transtornos, como ansie-

dade, depressão e “borderline”

(variação de humor brusca en-

tre raiva e euforia) apresentam

tais características. (GB)

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 7

Page 8: Bem estar 120812

Seminário “Free Mind”em

RioPreto, este mês, traz lições

decomo simplificar a vida

Elen [email protected]

Agradeça mais, valorize quem você

é, abandone as crenças limitantes, bus-

que hábitos mais saudáveis e esteja cer-

cado de pessoas positivas. Essas são al-

gumas dicas que levam à mudança de

comportamento e pensamento sobre a

vida. Os desafios e problemas estão aí,

mas todos podem ser superados: basta

diminuir o potencial deles.

Orientações sobre como simplificar a

vida estão na temática do seminário “Free

Mind”, em Rio Preto, com a participação

da produtora e instrutora internacional da

escola Free Mind Condor Blanco (CB), Ke-

dashi Solkin. O encontro acontece entre os

dias 17 e 19 deste mês e busca ensinar co-

mo ter uma nova consciência com o uso de

técnicas de meditação.

Em entrevista à Bem-Estar, Kedashi

destaca também a base de qualquer mudan-

ça e resgaste de energia física e espiritual: o

autoconhecimento.

Revista Bem-Estar – De que formaé possível desenvolver uma nova cons-ciência sobre a vida com o rompimen-to dos limites da mente?

Kedashi Solkin – Substituindo cren-

ças limitantes por novos sistemas de cren-

ças que me motivam e impulsionam a ser

uma pessoa melhor, gerando novas atitu-

des, novos hábitos e um novo estilo de vi-

da, onde o foco no que é prioritário com

nossos sonhos, nossa família e nossa saúde

substituem as queixas diárias, compara-

ções com outros ou estar preso ao passado.

Em Free Mind Cóndor Blanco, aprende-

se ferramentas surpreendentes e simples

para poder viver uma vida presente, cons-

ciente e livre. Incorpora-se técnicas de me-

ditação e autoconhecimento do Oriente e

Ocidente. Free Mind Cóndor Blanco com-

bina auto-liderança com a meditação para

alcançar a autonomia interna e externa no

mundo em que vivemos.

Bem-Estar – Quais são as princi-

pais mudanças físicas e comporta-mentais conquistadas com as técni-cas ensinadas pelo Free Mind CóndorBlanco (CB)?

Kedashi – Vários de nossos participan-

tes deixaram de fumar, abandonaram ví-

cios como refrigerantes e açúcar refinado,

encontraram companheiros na área emo-

cional, emagreceram, começaram a prati-

car esportes, corridas, meditação. Ainda re-

desenharam seus hábitos alimentares, têm

um contato mais frequente com a natureza

e um respeito maior pelo meio ambiente.

Também têm atitudes positivas frente à vi-

da e seus desafios. O hábito Free Mind é

de agradecer por três coisas em nossa vida

quando nos damos conta de que estamos

nos queixando e dar maior facilidade de ex-

pressar o amor que sinto pela minha famí-

lia, marido ou esposa, amigos. Dá maior

criatividade laboral, energia para as ativida-

des diárias e foco no que é prioritário em

nossas vidas e não distrações.

Bem-Estar – Grande parte dosprofissionais torna-se refém do tra-balho, o que somatiza o estresse e a que-

da na produtividade. Como aprender a

reverter esse processo e a ter paz inte-

rior?

Kedashi – O trabalho, muitas vezes,

já se transformou em uma disciplina

diária de estresse, mas o que sugerimos

em Free Mind CB é criar também uma

disciplina diária que equilibre isso. Dis-

ciplinas que aprendemos nos módulos 1

e 2 nos ensinam a voltar ao momento

presente de maneira prática e eficaz

quando nossa mente sai desse espaço a

evadir no passado ou nas ansiedades do

futuro, evitando assim que aumente-

mos nosso estresse. Além disso, ensina-

mos a ter um diálogo interno automoti-

vado para os momentos intensos e desa-

fiadores do nosso dia a dia. Se as rela-

ções dentro de nosso ambiente de traba-

lho não são harmônicas, isso aumenta a

pressão de estar nesse convívio diário e

precisamos dar um enfoque forte nessa

área para que possamos aprender o que

são as interpretações pessoais que proje-

to em outras pessoas e que me causam

separação, competitividade improduti-

va e desconfiança. Por isso a importân-

cia de se conhecer e aprender a lidar me-

lhor com as adversidades. Dentro do

Free Mind CB, trabalhamos com práti-

cas que nos apoiam a observar as situa-

ções de uma maneira mais saudável e

em paz. O mundo não pode mudar, mas

eu posso mudar a minha maneira de ver

o mundo, sem tantos julgamentos, críti-

cas, expectativas, mas em harmonia

com a realidade.

Bem-Estar – Como os problemas edesafios da vida são recebidos após amudança do modo de pensar e sentir?

Kedashi – Quando mudamos nossa

maneira de perceber o mundo a nossa

volta, a partir dessa nova percepção, os

problemas que antes podiam parecer

complicados são considerados uma

grande oportunidade de conhecer-se,

observar-se e aprender com essa situa-

ção. E o principal que conquistamos ao

optar por uma vida livre de crenças é

chegar a congruência. A partir dessa

congruência entro em confiança total e

absoluta com a história da minha vida e

do que eu atraio como resultado do que

penso no meu dia a dia, e o foco já não

está fora e sim dentro. Não importa o

que acontece comigo e sim como reajo

ao que me acontece. Nesse espaço, eu

sou autônomo e independente para esco-

lher qual vai ser meu nível de reativida-

de e o que eu ganho com isso. A grati-

dão por tudo o que acontece só pode nas-

cer quando eu entendo a mensagem e a

aprendizagem que chegam de maneira

real a cada desafio.

Bem-Estar – Como a meditação es-tá ligada a uma boa liderança?

Kedashi – Um bom líder, antes de

tudo, é um exemplo a sua equipe, uma

pessoa correspondente. Para isso, é im-

portante dar-se o tempo de refletir so-

bre as decisões tomadas, sobre a postura

frente ao grupo, sentir se está atuando

de maneira plena, presente, concreta. Is-

so é uma forma de meditação: estar em

equilíbrio a cada decisão. A meditação

está diretamente ligada à liderança,

pois leva a um fortalecimento de nosso

mundo interno, de saber encontrar um

centro inabalável dentro de nós. É a ba-

se para a tomada de decisões, de redese-

nho de atitudes, do manejo de nosso es-

tresse, raiva, tristeza e interpretações er-

rôneas do mundo ao nosso redor. Uma

frase que utilizamos muito, de autoria

de Suryavan Solar, fundador de Cóndor

Blanco, é: “Antes de liderar a outros, di-

rigir empresas e governar nações, apren-

de a ser líder de ti mesmo e da sua pró-

pria vida”.

Bem-Estar – O que pode dificultaro caminho para a conquista da cons-ciência e autonomia da mente?

Kedashi – O apego à minha antiga

maneira de ser. A ausência do convívio

com outras pessoas que estão buscando

o mesmo estilo de vida que eu, a pregui-

ça de sair da zona de comodidade, a fal-

ta de hábitos saudáveis como leituras

motivadoras e seminários de autoconhe-

cimento também pode atrapalhar. É ne-

cessário conhecer novas pessoas, prati-

car novas técnicas de relaxamento, me-

ditação, ter mais poder sobre si. Estar

apenas vinculado a programas de TV,

rádio e até mesmo canções negativas ge-

ram dependência e consumismo exacer-

bado. Ainda está como obstáculo desse

processo de conquista a falta de compro-

misso de adquirir um novo estilo de vi-

da, mesmo que seja a passos pequenos à

princípio, mas constantes. �

Serviço

Seminário Free Mind Cóndor Blanco. De 17 a 19

de agosto, na Avenida Brigadeiro Faria Lima,

5.045, em Rio Preto, na sexta, das 18h30 às 22h,

e sábado e domingo, das 10h às 19h. Para mais

informações, envie um e-mail para

[email protected]

Autoconhecimento

ABRA ASUA MENTE

8 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 9: Bem estar 120812

Seja feliz já, como você é e com o que você tem

Confie que a vida só fica melhor

Tenha hábitos de leituras positivas e inspiradoras

Entre em contato com a natureza

Descubra qual é seu sonho de vida

Redesenhe seus hábitos alimentares com mudançassimples e eficazes

Sorria mais e agradeça cada dia a mais de vida

Esteja em contato com pessoas positivas e ouça músicasalegres e motivadoras

Inspire profundamente ante às tensões

Agradeça pelas coisas simples da vida

Seja mais feliz sem motivos e não espere o que se desejapara esbanjar felicidade. A felicidade só pode vir de dentro

Fonte: Kedashi Solkin, produtora e instrutora

internacional de Free Mind CB

Para viver em plenitude

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 9

Page 10: Bem estar 120812

Considerados

vilõesaté bem

pouco tempo,

algunsalimentos

e atitudes

podemna

verdade fazer

bemàsua saúde

Mitos

É bom ou ruim?

De vilões os ovos não têm nada. Eles podemser consumidos de diversas formas, mas asmais saudáveis são os ovos cozidos ouabafados, pois evitam o uso de óleos egorduras.Todos os benefícios são ativados quando oalimento entra em contato com o calor,portanto, o consumo cru ou mole não éindicado, pelo risco de contaminação. Quantoao seu teor de gordura, de quase 10%, estáconcentradoexclusivamente nagema.Anutricionista clínica doHospital Albert Einstein,ÉricadeSouza Teixeira, explicaque, apesar dagordura, a gemadoovoé fontede luteínaezeaxantinaecarotenoidesantioxidantes que seacumulamna regiãoda retinae têm funçãoprotetora. “Alémdisso, é consideradoexcelentefontedecolina, nutrienteessencial para a funçãonormal dascélulas.”Osovos também são recomendadosnos casosdeanemiaecomo suplementoalimentar notratamentodealgumasdoenças catabólicas(queimaduras, traumas, infecções agudas, entreoutras). Forneceaindaaminoácidosessenciaisqueoorganismo nãoconseguesintetizar sozinho,eadivinhe: ele tem baixo valor calóricoeé umadaspoucas fontesexógenas dasvitaminas D eK

Elen [email protected]

Muitos alimentos e situações são taxa-

dos pela ciência como prejudiciais para a

saúde. Eles entram em uma lista negra de

proibidos, mas acabam ganhando espaço a

cada novo estudo publicado, provocando

uma reviravolta em seus “status”.

Nesse grupo de “não podia, mas agora

pode”, está um antigo vilão: o ovo. Rico

em proteína, ele sempre foi considerado

um alimento que aumenta o colesterol e fa-

vorece o risco de diabetes tipo 2. Hoje, está

sendo valorizado pelo seu valor nutritivo.

“Ele fornece ao organismo proprieda-

des para estimular o crescimento e regene-

rar os tecidos. Rico em ferro, fósforo, vita-

minas do grupo B e sais minerais, tem bai-

xo valor calórico. Por ser uma proteína ani-

mal, oferece os aminoácidos essenciais que

nosso corpo é incapaz de sintetizar”, desta-

ca a nutricionista clínica do Hospital Al-

bert Einstein, Érica de Souza Teixeira.

Ao mesmo tempo, manter um ambien-

te sempre limpo e praticar atividades físi-

cas sempre foram vistos como benéficos e

importantes para a saúde e bem-estar. Eles

não deixaram de ser, é claro, mas há um de-

talhe que pode desclassificá-los como “mo-

cinhos”: o modo como são feitos.

ABem-Estarselecionouseispontosquecau-

sam divergências sobre vida saudável para mos-

trar que é possível até mesmo comer chocolate

semprejudicarasaúde.Confiraaseguiredescu-

bra o que há de bom perto de você!

OVOS SÃO ALIADOSDA SAÚDE

10 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 11: Bem estar 120812

Quando o exercício faz mal

A vitamina “S” (uma alusão à sujeira) é uma aliadadurante o crescimento, principalmente decrianças. Ter contato com a tal sujeira, é claro,não é o mesmo que ter falta de higiene. Quandoos pequenos entram em contato com o chão, naterra, por exemplo, bactérias acabam provocandoo sistema imunológico a reagir. O que algumaspesquisas têm apontado é que, quando há oexcesso de limpeza, isso pode não acontecer,impedindo o organismo de se desenvolvercorretamente e ainda desencadeando um maiornúmero de alergias

A guloseima é famosa pelas calorias do açúcar,energia e gorduras, o que reflete no ganho de pesoquando consumida demais. Mas quem prefere oschocolates amargos ou meio amargos, a variação quepossui mais cacau, está ingerindo porções commenos gordura. E não é só isso.O chocolate possui pouca cafeína, no entanto, temem sua composição a teobromina, uma substânciaestimulante que atua no sistema nervoso central,afirma a nutricionista clínica do Hospital AlbertEinstein, Érica de Souza Teixeira.O chocolate estimula também a produção defeniletilamina, uma precursora da serotonina,proporcionando bem-estar. Os amargos têm um altoteor de polifenóis, que auxiliam na prevenção deoxidação de lipoproteínas.“Em consequência disso, podemos ter uma melhorana composição do colesterol, prevalecendo o bomcolesterol”, destaca a nutricionista. Ajuda ainda areduz o risco de cardiopatias, diminui a pressãoarterial e melhora a resposta insulínica do organismo.

A pipoca foi considerada um ótimo petisco após a realização de uma pesquisaapresentada em uma reunião da American Cheminal Society (ACS). O estudocomandado pelo norte-americano Joe Vinson descobriu que a queridinha dassalas de cinemas possui mais concentração de antioxidantes saudáveis que emfrutas e vegetais, os chamados polifenóis.Mas é preciso que a pipoca seja preparada com um fio de óleo (de granola, milhoou girassol) e com pouco sal, ainda antes de acontecerem os estouros dos grãosde milho. De nada adianta encher a pipoca com temperos quando ela estiverpronta ou escolher a pipoca de micro-ondas, que além de ter o dobro de caloriasvem tradicionalmente cheia de manteiga e sal.

Fugir da ingestão das gorduras é um objetivo emcomum para muitas pessoas. O que elasdesconhecem é que, apesar de existirem gordurasruins, há outras necessárias para o organismo.As gorduras “do mal” são a saturada e a trans. Aprimeira está presente em alimentos de origemanimal e seu consumo excessivo provoca oaumento do colesterol LDL, o colesterol ruim.Queijos amarelos, alimentos embutidos, carnesgordas e maioneses são algumas das fontesdessa gordura.A nutricionista funcional Sandra Reis informa que agordura saturada pode provocar problemas aocoração e aumento de pressão arterial. Já agordura trans é facilmente encontrada emalimentos industrializados (salgadinhos, molhospara saladas, chocolates, etc) e é consideradapior, pois além de aumentar o colesterol ruim,diminui o saudável, o HDL.Mas apesar desse perfil ruim, há um lado dasgorduras que salvam sua reputação. Aspoli-insaturadas, por exemplo, que são de origemvegetal, ajudam na diminuição dos triglicerídeos,aumentam o colesterol HDL, diminuem o cortisol(hormônio do estresse), no caso do óleo deabacate e têm ação preventiva do câncer depróstata, como o óleo de girassol.As gorduras “do bem” são encontradas tambémno próprio abacate, no azeite de oliva, amendoim,gergelim, grãos em geral, peixes e frutos do mar –e em seus óleos, pois são ricos em ômega 3, 6 e9, destaca Sandra. “Apesar de seus benefícios,também devem ser utilizadas com moderação”,informa a nutricionista, pois favorecem o aumentode peso.

É um consenso entre a classe médica que

o ideal para a saúde é praticar atividades físi-

cas durante cinco vezes por semana, entre 20 e

30 minutos, pelo menos. Claro que isso vai de-

pender da condição física de cada pessoa e da

orientação de um profissional.

Mas praticada sem um acompanhamen-

to adequado e abusando do limite do cor-

po, há vários problemas, afirma o professor

de educação física José Adolfo Mariani Ne-

to. “Pode fazer os exercícios errados, provo-

car lesões e fraturas, causar prejuízos para

a estrutura corporal e ainda não chegar ao

objetivo desejado.”

De acordo com o profissional, quem de-

seja praticar alguma atividade física, prin-

cipalmente de mais intensidade, tem de

passar por uma avaliação médica comple-

ta. Mas quem exercita o corpo respeitando

a capacidade só produz benefícios.

Segundo a Sociedade Brasileira de En-

docrinologia e Metabologia, há diminui-

ção de apetite, melhora do humor, perda

de gordura, enrijecimento dos músculos,

melhora da imunidade e retardo do enve-

lhecimento. A atividade física também di-

minui a ansiedade e a probabilidade de de-

pressão ao liberar serotonina. � (EV)

LIMPEZADEMAIS É RUIM

APROVEITE O SABORDO CHOCOLATE

PIPOCA? SIM, ELAPODE SER SAUDÁVEL

GORDURAS

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 11

Page 12: Bem estar 120812

Medidas preventivas saudáveis aliadas à suplementação

ajudam a frear a queda do colágeno com avanço da idade

Elen [email protected]

É nítido quando o avanço

da idade começa a se revelar: fios

brancos, traços do rosto e toda pe-

le do corpo enrugados e resistên-

cia física comprometida.

Parte desse processo é resul-

tado da diminuição da produ-

ção de colágeno, uma espécie

de proteína natural do corpo. É

ele o responsável em ligar, dar

força e flexibilidade a todos os

tecidos e fibras do organismo, e

que denuncia quando há a re-

provação no famoso “teste do

tchauzinho”, onde a flacidez fica

mais evidente nos braços.

A queda no colágeno é uma

consequência da relação entre fato-

resinternoseexternosaocorpo, in-

formaadermatologistaEricaMon-

teiro, do Departamento de Derma-

tologiada Escola Paulistade Medi-

cina da Universidade Federal de

SãoPaulo(Unifesp).Alémdasalte-

rações hormonais e do desenvolvi-

mento de doenças como hiperten-

são e diabetes, o organismo passa a

diminuir a neutralização de radi-

cais livres.

“Há ainda a exposição solar

crônica, poluição, o cigarro...

Tudo isso junto contribui para

a diminuição da renovação de

células e do metabolismo celu-

lar, fazendo com que haja dimi-

nuição na produção de coláge-

no”, explica a dermatologista.

Os efeitos do envelhecimen-

to não são destacados apenas

depois dos 60 anos, mas muito

antes do que se imagina. A fai-

xa etária em que os primeiros si-

nais são perceptíveis já inicia-

se entre os 25 e 30 anos, em mu-

danças físicas graduais.

Os primeiros anos desse pe-

ríodo são marcados pela desci-

da dos supercílios e flacidez do

rosto. Na entrada oficial à ter-

ceira idade, Erica destaca a per-

cepção ilusória de que os olhos

estão menores e, uma década

depois, há uma maior absorção

d e g o r d u r a , d e v i d o à

desaceleração do metabolismo.

Para atrasar essa situação, é

cada vez maior o interesse em fa-

zer uma reposição com colágeno.

No entanto, o médico nutrólogo

Carlos Alberto Nogueira de Al-

meida, da Associação Brasileira

de Nutrologia, desmistifica algu-

mas fontes onde o colágeno supos-

tamente seria encontrado.

Ele informa que a proteína é

animal, mas somente pode ser ad-

quirida no tutano do boi, o popu-

lar mocotó. Por isso, não é possí-

vel encontrar colágeno em verdu-

ras, legumes, frutas, ovos ou mes-

mo na própria carne bovina.

A gelatina, que também ficou

famosa por combater a flacidez,

possui mínimos índices de coláge-

noqueatéquaseseperdemnagran-

de quantidade de água, próxima a

100%.Tudoissosemcontarosaçú-

caresda composição para dar sabor

e cor. Isso quer dizer que torna-se

ineficaz para estimular a produção

de colágeno, informa Almeida,

pois os índices são mínimos.

A ingestão de colágeno indus-

trializado, por outro lado, é a úni-

ca forma capaz de produzir al-

gum resultado efetivo. “A versão

hidrolisada é preparada por um

processo químico chamado

hidrólise, em que há a quebra das

moléculas de proteína, o que faci-

lita ao organismo fazer a inges-

tão”, explica o nutrólogo.

Embora haja discussão sobre

os benefícios do colágeno ao orga-

nismo, a concentração 20 vezes

maior na forma hidrolisada ajuda

não somente a atrasar todos os

efeitos do envelhecimento, mas

também em ação regenerativa

das articulações e dos ossos. Es-

trias e celulites não são alvos dire-

tos, mas podem ser amenizadas

com o melhor funcionamento do

sistema linfático.

Osuplementodecolágenoége-

ralmente indicadopor médicos em

situaçõesespecíficas, informaader-

matologista Érica, sendo a carência

nutricional a que abrange todos os

motivos. “Isso acontece quando a

dieta não é de boa qualidade em

quantidade e qualidade de alimen-

tos. Na dermatologia, o reflexo está

emunhasecabelos fracosequebra-

diços, o que indica a falta de algum

nutriente para essa alteração, o que

torna necessária a indicação de

suplementação”, diz.

Envelhecimento

Pele mais firme

25 ANOS

Supercílios descem

lentamente e há a

sensação de que

os olhos estão um pouco

menores

35 ANOS

A flacidez da pele do

rosto e as linhas de

expressão ficam

mais evidentes

40 ANOS

Destacam-se as

rugas frontais (da testa)

e periorbitais (os “pés

de galinha”)

50 ANOS

O canto lateral da

boca começa a se curvar, a

ponta do nariz começa a se

inclinar para baixo

e mais rugas marcam o

pescoço. Criam-se mais

bolsas palpebrais (as

olheiras) devido

ao excesso de pele

acima dos olhos

60 ANOS

A diminuição ilusória

dos olhos fica ainda mais

intensa, a pele fica mais

fina e a reabsorção de

gorduras em algumas

áreas do rosto são

mais destacadas

70 ANOS

Todas as alterações

são mantidas

progressivamente e

combinadas à

absorção da gordura

subcutânea �

Evite exposição solarprolongada e sem proteção

Não faça bronzeamentoartificial

Não fume

Modere a ingestão debebida alcoólica

Mantenha uma dietasaudável e balanceada

Evite carboidratos emexcesso

Fonte:EricaMonteiro, dermatologistado

Departamentode Dermatologia daEscola

Paulista deMedicinada Universidade

Federal deSãoPaulo (Unifesp)

Saiba

www.sxc.hu/Divulgação

Como freara quedado colágeno

12 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 13: Bem estar 120812

Silenciar transcende o pensamento ao relaxar e acalmar a mente.

Adquire-se maior concentração, intuição, inspiração e criatividade

Eduardo Carlos da SilvaNeurocirurgião e coach

Na era da comunicação, do

conhecimento e da informa-

ção, por mais paradoxal que

possa parecer, o silêncio tem

um poder inestimável e vale ou-

ro. Após o nascimento, os be-

bês são estimulados a emitir os

primeiros sons, a falar, fazer ba-

rulho com chocalhos, instru-

mentos musicais e outros mate-

riais. Após aprenderem a emi-

tir e produzir diversos tipos de

som, são censurados e solicita-

dos para que se aquietem, pelas

mesmas pessoas que as persua-

diram anteriormente.

Uma pessoa com a mente

agitada tem dificuldade em re-

laxar, assim como uma xícara

cheia de chá não pode receber

mais, porque está repleta. A

partir do momento que são es-

vaziadas, tornam-se aptas para

preencher seus conteúdos. Os

ciclos da natureza e dos ani-

mais, incluindo o ser humano,

têm momentos de expansão e

contração. As ondas do mar fa-

zem barulho em direção à praia

e, no retorno, se aquietam. Pres-

te atenção nos pássaros após

despertarem; emitem ruídos,

sons, melodias; depois ficam

quietos quando interiorizam.

A pessoa com mente inquie-

ta e agitada na maior parte do

tempo apresenta pensamentos

compulsivos, repetitivos, nega-

tivos e reativos. A identificação

com estes pensamentos prende

o indivíduo no mundo da con-

fusão, desorientação, agitação e

ilusão ao distanciá-lo da reali-

dade. Em vez de ser humano,

age como fazer humano. A pala-

vra o torna refém, o silêncio o

liberta. Silenciar transcende o

pensamento ao relaxar e acal-

mar a mente. A pessoa focada

com atenção, intenção, auto-ob-

servação e contemplação adqui-

re maior concentração, intui-

ção, inspiração, imaginação e

criatividade ao transpor o pen-

samento e alimentar-se da fon-

te da sua essência. Mesmo ao

trabalhar, conversar, cami-

nhar, exercitar, comer, um indi-

víduo pode agir com esponta-

neidade, percepção, domínio

do ego e entrar no fluxo do mo-

mento presente e desaguar no

oceano da paz interior.

Os cinco sentidos intera-

gem com o mundo externo, o si-

lêncio adentra o mundo inter-

no. O silêncio e a meditação

proporcionam relaxamen-

to da mente ao blo-

quear os sentidos

que interagem

com o meio

externo através dos pensamen-

tos, percepções, preocupações,

tensões que geram ansiedade,

estresse e depressão. Ao domi-

nar os pensamentos e sentimen-

tos, é possível alcançar a calma

interior devido à redução do rit-

mo das ondas cerebrais. O esva-

ziamento da mente é direta-

mente proporcional ao aprofun-

damento das ondas cerebrais,

que promovem a produção de

neurotransmissores serotoni-

na, dopamina, endorfinas e hor-

mônio do crescimento. A pro-

dução destas substâncias permi-

te uma harmonia e homeostase

interna, ao armazenar energia,

aumentar a imunidade, comba-

ter os radicais livres, curar e re-

vitalizar o corpo e a mente.

Mahatma Gandhi, além de

jejum de comida, praticou o je-

jum de palavras por 24 horas

em um dia da semana, durante

vários anos de sua vida. No Ti-

bet, um monge, para ser ordena-

do lama, permanece em silên-

cio durante três anos, três me-

ses e três dias. Os grandes mes-

tres, seres espiritualizados e ilu-

minados, como Jesus, Abraão,

Maomé, Moisés, Buda, dentre

outros, buscaram inspiração

em retiros, onde durante medi-

tação, ao silenciarem suas men-

tes, conectaram-se com o Divi-

no e absorveram o néctar da

bem-aventurança.

O silêncio e a meditação são

atos sublimes, porque aquie-

tam o corpo, esvaziam o cons-

ciente, purificam o subconscien-

te e permitem a quem pratica

uma conexão com a essência de

onde desfruta da fonte inesgotá-

vel de energia e paz interior. Para

tanto, disciplina é fundamental a

fim de ao silenciar a mente man-

ter a conexão com a fonte divina e

liberar as amarras dos pensamen-

tos e do ego.

A quem você dá mais poder e

serve: ao ego ou à essência? �

O poder do silêncioThomaz Vita Neto

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 13

Page 14: Bem estar 120812

Bruna Linzmeyer se despe das roupas e da vergonha para viver a vigarista Anabela de “Gabriela”

TV Press

Bruna Linzmeyer tem um

olhar poético sobre o próprio

trabalho. Ainda se despedindo

da adolescência, aos 19 anos, a

atriz deixa transparecer, a todo

instante, um profundo encanta-

mento por suas criações. Com a

vigarista Anabela, sua persona-

gem em “Gabriela”, não é dife-

rente. Em sua segunda novela,

Bruna passa por cima de qual-

quer timidez para gravar cenas

completamente nua. E garante

que, apesar da dificuldade para

se despir diante de uma plateia

de mais de 200 pessoas – in-

cluindo elenco, equipe técnica

e figurantes –, o resultado com-

pensa qualquer embaraço ou

constrangimento. “Tirar a rou-

pa exige, em qualquer situação,

um alto nível de comprometi-

mento, concentração e serieda-

de. Não só meu, mas também

de todos que me cercam. É isso

que me ajuda e faz dar certo no

final”, aponta.

Na trama, Anabela é com-

parsa do mágico e golpista Prín-

cipe Sandra, vivido pelo ator

Emílio Orciollo Neto. Juntos,

dão um golpe no coronel Ma-

noel das Onças, personagem de

Mauro Mendonça, a quem che-

gam a se referir jocosamente co-

mo “pato”. Por conta das atitu-

des condenáveis da dançarina

com o amante, Bruna até ouve

comentários desagradáveis nas

ruas. “Muitos usam um pala-

vrão para se referir a Anabela.

Mas nunca com grosseria. É

sempre em clima de brincadei-

ra”, salienta.

A atriz também recebe di-

versos elogios às coreografias

que aprendeu para as cenas de

Anabela. Para gravar essas

sequências, Bruna começou a

ensaiar ainda no início do ano

com a coreógrafa Regina Miran-

da. Algumas vezes, treinou ao

lado das colegas que interpre-

tam as prostitutas do Bataclan,

o cabaré da história. Em ou-

tras, sozinha com a professora

– na própria emissora e até na

casa de Regina. Também aju-

dou a experiência que ela já ti-

nha com dança. “Fiz balé quan-

do era criança e acredito que

nosso corpo desenvolva certa

memória para essas coisas. Mas

não sou bailarina, nunca fiz na-

da profissional”, ressalta.

Para entrar no clima da tra-

ma de época, Bruna releu “Ga-

briela, Cravo e Canela”, que ser-

ve de base para a adaptação de

Walcyr Carrasco. Essa foi, in-

clusive, a única obra de Jorge

Amado que ela já tinha lido.

Aproveitou, então, para se dedi-

car à leitura de outros livros do

autor. Como “São Jorge dos

Ilhéus”, publicado em 1944 e

que traz entre seus persona-

gens o Príncipe Sandra e Ana-

bela. “Qualquer livro dele nos

dá muito suporte. É um mate-

rial riquíssimo para nós, ato-

res”, valoriza.

A proximidade de sua perso-

nagem com o cenário do cabaré

da trama fez com que Bruna

mergulhasse também em uma

pesquisa sobre a prostituição.

Assistiu a alguns filmes, como

“Moulin Rouge”, de Baz Luhr-

mann, e ainda procurou infor-

mações e imagens na internet.

Durante a pré-produção para o

trabalho, a atriz contou ainda

com a ajuda do “coach” Sérgio

Penna. E aproveitou para ter

uma preparação ao lado de Emí-

lio Orciollo Neto, com quem di-

vide muitas de suas cenas. “Sen-

do um casal ou não, eles são

grandes comparsas. Era preciso

estabelecer bem essa relação de

parceria antes de entrarmos no

estúdio”, argumenta.

“Gabriela” – Globo – Terça a

sexta, às 23 horas

Perfil

SEM DISFARCES

Bruna nasceu em Co-

rupá, cidade do interior

de Santa Catarina. Mas

mudou-se para São Pau-

lo ainda com 16 anos,

para se arriscar na pro-

fissão de modelo. Foi lá

que começou a estudar

Teatro e se encantou pe-

la arte de interpretar.

Mas não sonhava, ini-

cialmente, com a carrei-

ra na televisão. Talvez

por parecer distante de

sua realidade. “A mi-

nha sede, na verdade,

sempre foi pela busca

de algo novo. É isso que

eu faço sempre”, avalia.

Mas foi justamente

em seu primeiro teste

para a televisão que Bru-

na garantiu, de cara,

sua estreia na tela. E

nem precisou começar a

aparecer no ar na pele

da russinha Tatiana,

em “Afinal, O Que Que-

rem as Mulheres?”, pa-

ra ser convidada para

uma nova seleção. Des-

ta vez, para a novela “In-

sensato Coração”. Se

deu bem de novo e ga-

rantiu a vaga para viver

Leila, uma estudante de

Moda na história de Gil-

berto Braga e Ricardo

Linhares. “As coisas fo-

ram acontecendo de

uma maneira muito gos-

tosa e inesperada para

mim. E espero que con-

tinue assim”, torce. �

Instantâneas Destinotraçado

Em sua segundaEm sua segunda

novela, Brunanovela, Bruna

passa por cimapassa por cima

da timidez parada timidez para

gravar cenasgravar cenas

toda nuatoda nua

Além de gravar“Gabriela” no Rio deJaneiro, Bruna está emcartaz em São Paulo com oespetáculo “Adeus à Carneou Go To Brazil” até opróximo dia 19

A atriz protagonizou oepisódio “A Vidente deDiamantina”, do seriado“As Brasileiras”

Bruna demora entre 40minutos e uma hora para secaracterizar para suascenas em “Gabriela”. “Achoaté pouco para a produção.O que facilita a minha vida éque gravo com peruca,então não preciso ajeitarcabelo”, diz

Durante a construçãode seus personagens,Bruna gosta de usaralgumas músicas comoinspiração. No caso deAnabela, ela conta queouviu parte da obra de FrankSinatra e Billie Holiday

Jorge Rodrigues Jorge/Divulgação

TV - 14 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 15: Bem estar 120812

Data marcadaLaila Zaid está em contagem regressiva. A intérpre-

te da prática Priscila de “Amor Eterno Amor”, da

Globo, não vê a hora do filme “Somos Tão Jovens”

estrear. “A minha personagem é uma mistura de to-

das as meninas que passaram pela vida do Renato.

Ela é a melhor amiga, a companheira, a namoradi-

nha, a conselheira”, valoriza. Com direção de Antô-

nio Carlos Fontoura, o longa foi rodado em Brasília

e deve estrear no dia 11 de outubro, aniversário da

morte do líder da banda Legião Urbana.

ReencontroMarcos Caruso ficará sem férias quando terminar de

gravar “Avenida Brasil”, da Globo. O intérprete do

malandro Leleco estará no elenco de “O Canto da Se-

reia”, próxima minissérie de Patrícia Andrade, Ser-

gio Goldemberg e George Moura, com supervisão

de texto de Glória Perez. No elenco também estarão

Ísis Valverde e Juliano Cazarré. Serão quatro capítu-

los com direção de José Luiz Villamarim e direção

de núcleo de Ricardo Waddington. A produção es-

treia no primeiro semestre de 2013.

Na torcidaFábio Lago está na expectativa. Recentemente, o in-

térprete do divertido porteiro Naldo, de “Cheias de

Charme”, fez teste para o filme “Isso é Calypso”, que

contará a história da banda Calypso. O longa, de Ca-

co Souza, terá Deborah Secco como Joelma. Fábio

está torcendo para ser aprovado para o papel de

Chimbinha, parceiro de Joelma.

Turma dasnove às seisCauã Reymond, Ísis Valverde, Heloísa Périssé e Mel

Maia, de “Avenida Brasil”, estarão no elenco de “O

Pequeno Buda”. O folhetim da Globo irá ao ar em

setembro de 2013. A produção, escrita por Thelma

Guedes e Duca Rachid, será substituta de “O Caribe

É Aqui”, título provisório da sucessora de “Lado a

Lado”, próxima novela das seis. A direção será de

Amora Mautner.

Dentro docronogramaO ritmo de gravações de “Carrossel”, do SBT, está

bem adiantado. Em produção desde outubro de

2011, a novela de Íris Abravanel prevê o encerramen-

to dessa primeira temporada em dezembro, período

de férias escolares. O reinício dos trabalhos deve

acontecer em uma menor margem de tempo. Porém,

antes de ir ao ar, a nova temporada da novela, o SBT

ainda irá definir qual será o folhetim que será exibi-

do entre as duas fases. Mesmo assim, as aventuras

dos alunos do Colégio Mundial ficam no ar até mea-

dos de 2013. O autor Tiago Santiago é um dos cota-

dos para substituir a trama a partir desse período.

Na RecordVictor Pecoraro está cotado para um dos papéis de

destaque em “Passado Próximo”, título provisório

do novo folhetim da Record. Na trama, o ator deve

interpretar Eduardo, um dos protagonistas da his-

tória de Gisele Joras. Recentemente, Victor atuou

na novela “Aquele Beijo” e integrou o quadro

“Dança dos Famosos”, do “Domingão do

Faustão”, da Globo.

A substituta“Saramandaia” pode ser a próxima novela das 23 ho-

ras da Globo. A trama adaptada deverá ser escrita

por Ricardo Linhares. Já Wagner Moura está cotado

para interpretar o personagem João Gibão. Na ver-

são de 1976, o personagem foi vivido por Juca de Ol-

veira. A produção da novela deve começar em 2013.

Festa popularOs preparativos para o “Show da Virada” estão a to-

do vapor. Nesse ano, a gravação do evento acontece-

rá nos dias 27 e 28 de novembro. A novidade fica por

conta de Marcos Paulo, que assume a direção do pro-

grama no lugar de Aloysio Legey.

Sétima arteEm setembro, a TV Brasil estreia o programa “TV e

Grandes Autores”. Com apresentação e direção de

Nelson Hoineff, o programa traz uma série de depoi-

mentos sobre grandes diretores do cinema. Ao todo

serão 13 episódios.

Parceria reeditadaEm breve, Taís Araújo estará em “Pixinguinha –

Um Homem Carinhoso”, título do longa sobre o

compositor. Na produção, ela interpretará a mu-

lher dele. O filme será dirigido por Denise Sarace-

ni, que dirige a atriz em “Cheias de Charme”, da

Globo. A previsão de estreia é para o segundo se-

mestre de 2013.

Faz me rirPaulo Gustavo está com tudo. Ele iniciou os traba-

lhos da terceira temporada do “220 Volts”, do Mul-

tishow. Serão 13 novos episódios nessa temporada,

com novos cenários e estreia em outubro. Além dis-

so, o ator está com um novo projeto. Em breve, ele

comandará um quadro de humor no “Fantástico”,

da Globo. Por enquanto, o formato do programa é

mantido em segredo.

Clima de suspenseA Globosat HD, por enquanto, ainda não sabe quan-

do exibirá a terceira temporada da série dinamarque-

sa “Forbrydelsen”. A produção, que originou a série

americana “The Killing”, está em sua terceira e últi-

ma temporada na Dinarmarca, com 10 episódios pro-

duzidos. A trama conta a história do assassinato de

um marinheiro. Para solucionar o crime, a investiga-

dora Sarah Lund, intrepretada por Sofie Grabol, pre-

cisará entrar em contato com membros da comuni-

dade financeira. A produção também marca o retor-

no de Morten Suurballe, que vive o chefe de Sarah.

No Brasil, a previsão é que apenas a segunda tempo-

rada vá ao ar no dia 22 de outubro.

HomenagemEm comemoração ao centenário de aniversário do es-

critor e dramaturgo Nelson Rodrigues, o Canal Viva

estreia, no próximo dia 23, a minissérie “Engraçadi-

nha: Seus Amores e Seus Pecados”. A produção já

havia sido exibida anteriormente no canal, entre ou-

tubro e novembro de 2010. A trama conta com Ales-

sandra Negrini e Claudia Raia, na primeira e segun-

da fase da personagem, respectivamente. A minis-

série ficará no ar até 17 de setembro, sendo exibida

sempre de segunda a sexta, às 23h15. �

ZappingTV Press

Luiza Dantas/Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 15 - TV

Page 16: Bem estar 120812

No ar como o Gabriel de “Amor Eterno Amor”, Felipe Camargo avalia os altos e baixos de sua carreira

TV Press

A trajetória de Felipe Camar-

go, o médico Gabriel de “Amor

EternoAmor”,renderiaumbomli-

vro, bem no estilo daquelas histó-

rias de superação e volta por cima.

A estreia foi aos 26 anos, como o

mocinhodaminissérie“AnosDou-

rados”,de1986.Decaronanoêxito

daprodução,nomesmoano,ele te-

ve papel de destaque em “Roda de

Fogo”,e logodepoisassumiuopos-

to de protagonista em “Mandala”,

de 1987. “Foram três trabalhos im-

portantes e de grande repercussão.

Mas foi em ‘Mandala’ que comecei

a perder o foco da minha carreira”,

relembra. Foi durante as gravações

da novela que ele apaixonou-se por

Vera Fischer, sua parceira de cena.

Ficou casado com a “musa” por oi-

toanoseteveumfilho.Aconturba-

da relação dos dois estampou capas

de jornais e revistas de fofoca. Mas

chegou ao fim em 1994, junto com

o afastamento de ambos do elenco

de “Pátria Minha”. “Foi um mo-

mento bem complicado. Onde as

crises pessoais acabaram abalando

o processo de trabalho”, analisa o

ator carioca.

Com a vida exposta e a fama de

indisciplinado, Felipe emendou

trabalhos pequenos durante 15

anos. Até que recebeu um telefone-

ma do diretor Fernando Meirelles

o convidando para protagonizar a

elogiada minissérie “Som & Fú-

ria”, de 2009. Atualmente, o jeito

tranquilo e sossegado do ator evi-

denciam o bom momento que esse

retorno em grande estilo deu à sua

carreira.“Eraachancequeeupreci-

sava. Mas não criei expectativas.

Fui vivendo e dando o melhor de

mim em cada trabalho que surgiu

depois”, conta. Atualmente, com

52 anos recém-completados, Feli-

pe admite querer continuar no ar e

sediz satisfeitocomotamanho dos

personagens que lhe são ofereci-

dos. “Provei que além de desenvol-

ver um papel, posso trabalhar em

equipe. As pessoas entenderam is-

so e passaram a confiar em mim.

Ao olhar para trás, vejo o quanto a

maturidade me fez bem”, analisa.

Pergunta – Em 2006, de-pois de participar da novela“Paixões Proibidas”, daBand, você ficou três anos dis-tante da tevê. Até que reto-mou a carreira na minissérie“Som & Fúria”. Esse trabalhofez você se reencontrar com atelevisão?

Felipe Camargo –Comcerte-

za. Foi uma grande oportunidade

que eu tive e que reverbera até hoje

na minha trajetória. “Som & Fú-

ria” me abriu um leque enorme de

possibilidades de trabalho e perso-

nagens de maior destaque nas tra-

mas que vieram em seguida. Eu

precisava desse estímulo. Traba-

lharcomaquelaequipeeprotagoni-

zar umtexto tão bacana metrouxe-

ram a sensação de que eu estava in-

serido no mercado novamente.

Pergunta – Você estreouna tevê como protagonista de“Anos Dourados”, em 1986,mas durante os anos 90 e iní-cio dos anos 2000 enfilei-rou papéis secundários emnovelas. Como você avaliaas oscilações de sua trajetó-ria na tevê?

Camargo – Minhas crises pes-

soais interferiram de forma intensa

na minha vida profissional. Nos

anos 90, me separei, algumas atitu-

desquenãomeorgulhamforampa-

rar nas capas de revistas e fiquei

meio desacreditado como ator. E é

claroque bonspapéiscomeçarama

minguar. Por isso, me afastei um

pouco de televisão e investi no tea-

tro e no cinema. Não aparecia na-

cionalmente, mas estava produzin-

do, trabalhando e querendo me re-

ciclarartisticamente.Porcontadis-

so, tive a oportunidade de levar pa-

rao teatro “Bocade Ouro”,do Nel-

son Rodrigues, e fazer filmes como

“Jogo Subterrâneo”, do Roberto

Gervitz. Foram trabalhos impor-

tantes para mostrar que eu ainda

era capaz. Ao retornar ao posto de

Entrevista

Tempos de bonança

“Minhas crises pessoais

interferiram de forma

intensa na minha vida

profissional e bons papéis

começaram a minguar”,

admite Felipe Camargo,

sobre o mau momento

vivido nos anos 1990

Pedro Paulo Figueiredo/Divulgação

TV - 16 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 17: Bem estar 120812

protagonista com “Som & Fúria”,

automaticamente fui redescoberto.

Pergunta – “Amor EternoAmor” é sua terceira noveladepois dessa “retomada”. Éum sinal de que a tevê voltoua ser prioridade para você?

Camargo – É um sinal de que

meu nome voltou a rondar a cabe-

ça dos autores, diretores e produto-

res de elenco da Globo. Tive uma

segunda oportunidade e me agar-

rei a isso. Fiquei muito tempo fa-

zendo pequenas participações em

novelas e agora tenho a chance de

desenvolver personagens impor-

tantes para o andamento das tra-

mas. O Gabriel é o melhor amigo

do protagonista e representa o ceti-

cismo em uma história carregada

de espiritualidade. Ele é necessário

para fazer o contraponto de “Amor

Eterno Amor”. É um personagem

bemconstruídoecomhistóriapró-

pria, assimcomo foio Portinho em

“Tempos Modernos”, ou o Petrus

de “Cordel Encantado”. Aliás,

quandofiz o Petrus,percebi que al-

guns dos meus personagens brin-

cam muito com minha trajetória

pessoal.

Pergunta – Como assim?Camargo – O Petrus foi apri-

sionado na masmorra e usava uma

máscarade ferro.Aogravarcomoo

personagem, percebi que eu tam-

bém usei uma máscara de ferro du-

rante um tempo. Fui privado de

mostrar meu trabalho da maneira

como gostaria. Essa jogada entre

realidade e ficção também foi mui-

to forte com o Dante de “Som &

Fúria”, que era reconhecido como

louco pelos amigose colegas de tra-

balho. Assim como eu, que fiquei

com fama de maluco durante um

bom tempo (risos).

Pergunta – Seu persona-gem em “Amor Eterno Amor”é totalmente cético. Essa ca-racterística foi importante nahora de aceitar o convite paraa novela?

Camargo – Eu achei interes-

sante. Ele é um médico, ateu, mas

que a todo momento recebe sinais

de que existe alguma coisa que a

Ciêncianãoconsegueexplicar.Seja

com a história do Rodrigo (Gabriel

Braga Nunes), seja com o dom que

a filha dele, a Clara (Klara Casta-

nho), carrega. Ela tem visões, con-

versa com espíritos, é uma criança

extremamente sensitiva. Ele tenta

dar um sentido lógico a esses fenô-

menosqueocercam.Anovelaéba-

seada no kardecismo. Não sou um

carareligioso, mas é uma doutri-

na que desperta minha curiosi-

dade e pela qual eu tenho bas-

tante simpatia.

Pergunta – Por quê?Camargo – É uma religião

que nunca se meteu em política.

Não temum foco exageradono po-

der e nem tenta influenciar seus

adeptos a se envolverem nas elei-

ções. Eu nunca vi kardecistas pe-

dindo votos (risos). Nas minhas

pesquisas pessoais, o que me cha-

mou muito a atenção também é o

valorqueadoutrinadáaolivrearbí-

trio.Tudoqueacontececomagen-

te é responsabilidade nossa.

Pergunta – Atuar emuma trama com tons espiri-tuais o levou a mudar al-guns conceitos pessoais ouprofissionais?

Camargo –Naverdade,pores-

tar mais próximo de certos assun-

tos, esse trabalho mefez questionar

mais alguns pontos primordiais da

vida, sobre a origem ou o fim dela.

Será mesmo que ela acaba com a

morte? A novela toca em assuntos

que mesmo quem não acredita, no

mínimo dá uma investigada. Sem-

preacrediteinumaforçamaior que

rege, ou dá ao mundo um certo

equilíbrio, mesmo com as varia-

ções e temperamentos da humani-

dade. Acredito muito nesse equilí-

brio, das coisas serem sazonais.

Pergunta – Recentemen-te, o canal por assinatura Vi-va reprisou “Anos Dourados”.Você chegou a acompanhar?

Camargo – Não. Eu odeio me

assistir (risos).

Pergunta – Isso vale ape-nas para os trabalhos antigosou também para os mais re-centes?

Camargo – Ambos os casos.

Não é sofrimento ou vergonha da

minha atuação, do meu desempe-

nho. Acho que o grande prazer em

atuar está na hora de fazer. Me sin-

to muito bem ao ensaiar a cena, ba-

terotextocomocolega,meconcen-

tro dentro do estúdio. Mas depois

que o diretor avisa que a cena ficou

pronta. Para mim, já é passado.

Guardo nas lembranças as boas e

más impressões dos bastidores e

não o resultado estético dos meus

trabalhos.

Pergunta – “Amor EternoAmor” termina em setembro.Você já arquiteta algum traba-lho para depois da novela?

Camargo – Estou estudando

algumas possibilidades. Mas nada

muito certo ainda. Eu adoraria

emendaranovelacomalgumproje-

to no cinema. Depois de interpre-

taroOrlandoVillas-Boas,em“Xin-

gu”, voltei a ter uma forte conexão

e vontade de fazer filmes. O esque-

madefilmagemfoiumdosmaisin-

tensos da minha vida. Foi pesado,

mas transformador.Passei três me-

ses na floresta trabalhando com a

equipe.

Pergunta – Este ano vocêcompleta 26 anos de televi-são. Se arrepende de algumaescolha ou atitude ao longode sua trajetória?

Camargo – Algumas (risos).

Mas errar me fez o homem e o ator

quesouhoje. Éumeternoaprendi-

zado.Estreei na tevê e logo fiz mui-

tosucesso.Apesardenãoserumga-

roto, aos 26 anos eu era muito ima-

turo.Umcertodeslumbramento,li-

gado a uma vida pessoal com al-

guns excessos e nenhuma base so-

bre como funcionava essa indús-

tria, moldaram os primeiros anos

da minha carreira. Mas tudo acon-

teceudaformaquedeveriater sido.

Voltar para a Globo, fazer bons pa-

péis e ter o respeito dos meus cole-

gasdetrabalhomefazcrerquetam-

bémacerteiesoubeaproveitaralgu-

mas oportunidades.

“Amor Eterno Amor” - Globo - de

segunda a sábado, às 18h20

O entusiasmo de Felipe Ca-

margo com o filme “Xingu” é

enorme. Filmado em 2010 e exibi-

do em vários festivais ao longo de

2011, o longa chegou este ano aos

cinemas brasileiros e conquistou

pouco mais de 370 mil espectado-

res. Algo que ficou aquém das ex-

pectativas do ator, que no filme é

o protagonista Orlando Villas-

Boas. “É um longa importante pa-

ra os brasileiros conhecerem seus

verdadeiros heróis. Os irmãos

Villas-Boas foram superimpor-

tantes para a história ecológica do

país e são quase desconhecidos”,

valoriza.

O filme é baseado na saga dos

irmãos Orlando, Leonardo e

Cláudio – vividos por Felipe,

Caio Blat e João Miguel, respecti-

vamente – pelas florestas da re-

gião Centro-Oeste do país e na lu-

ta do trio pela preservação da cul-

tura indígena. Para a alegria de

Felipe, um público bem maior te-

rá acesso ao filme dirigido por

Cao Hamburger, já que o longa se-

rá reeditado para o formato de mi-

crossérie de quatro episódios.

Eles serão exibidos no início de

2013, na Globo. “Até ser convida-

do para o filme, não sabia nada so-

bre a trajetória deles. Mas me en-

cantei com o projeto de vida des-

sa família, que foi a criação do Par-

que Indígena do Xingu, onde

não só as etnias indígenas são pre-

servadas, mas também a fauna e

flora brasileiras”, estusiasma-se.

Tipos opostos

Com menor repercussão, Feli-

pe Camargo já teve um persona-

gem ligado à temática espírita.

Em 2005, na novela “Alma Gê-

mea”, de Walcyr Carrasco, ele

deu vida ao misterioso Julian, um

parapsicólogo que acreditava em

reencarnação. Bem diferente do

cético Doutor Gabriel de “Amor

Eterno Amor”, que não leva fé

nos fenômenos que envolvem a

história da novela das seis. “É le-

gal ter a chance de abordar um te-

ma de formas tão divergentes. O

Julian trabalhava com hipnotis-

mo para entender as vidas passa-

das de seus pacientes. Era um ca-

ra à frente do seu tempo”, relem-

bra o ator, que assume as dificul-

dades para dar vida ao ceticismo

de seu papel atual. “É complica-

do raciocinar de forma tão física e

lógica”, explica.

Irmãos na tevê

Trajetória televisiva

O ator na minissérie “Som & Fúria” (2009): momento da “retomada”

“Anos Dourados” (Globo,

1986) - Marcos

“Roda de Fogo” (Globo,

1986) - Pedro Garcez

“Mandala” (Globo, 1987)

- Édipo Junqueira

“O Sexo dos Anjos”

(Globo, 1989) - Adriano

“Despedida de Solteiro”

(Globo, 1992) - João Marcos

“Pátria Minha” (Globo,

1994) - Inácio Fonseca

“A Idade da Loba” (Band,

1995) - Otávio

“Corpo Dourado” (Globo,

1998) - Tadeu

“Andando Nas Nuvens”

(Globo, 1999) - Bob Lacerda

“Um Anjo Caiu do Céu”

(Globo, 2001) - Josué

“A Padroeira” (Globo,2001) - Frei Tomé

“Senhora do Destino”(Globo, 2004) - EdmundoCantareira

“Alma Gêmea” (Globo,2005) - Dr. Julian

“Filhos do Carnaval”(HBO, 2006) - Anesinho

“Cobras & Lagartos”(Globo, 2006) - Sidney

“Paixões Proibidas”(Band, 2006) - Alberto deMiranda

“Som & Fúria” (Globo,2009) - Dante

“Tempos Modernos”(Globo, 2010) Portinho

“Cordel Encantado”(Globo, 2011) - Petrus

“Amor Eterno Amor”

(Globo, 2012) - Gabriel �

Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 17 - TV

Page 18: Bem estar 120812

Cheia de referências ao passado, nova temporada de “Malhação”

aposta no básico para conquistar a audiência

TV Press

No ar há 17 anos, “Malha-

ção” tenta se renovar a cada

temporada. Seja trocando elen-

co e equipe técnica ou ousando

na estética e na abordagem de

assuntos típicos do universo jo-

vem. No entanto, nos últimos

anos, o esforço de seus direto-

res e diferentes autores parece

não estar surtindo tanto efeito.

Já que a cada ano fica mais difí-

cil emplacar uma nova leva de

histórias e personagens. “Às ve-

zes o foco da direção artística

não é o mesmo do público. É

preciso diagnosticar qual é a fa-

lha dessa comunicação e tentar

outros meios para conquistar a

audiência em um horário onde

nosso alvo é o jovem, mas toda

a família está na frente da te-

vê”, acredita o diretor José Al-

varenga Jr., que, pelo segundo

ano consecutivo, está à frente

da direção de núcleo da produ-

ção. Segundo Alvarenga, na

busca pelo sucesso perdido ao

longo do tempo, a 18ª tempora-

da, que estreia amanhã, apre-

senta uma trama mais leve e cô-

mica. E possui uma saudável re-

ferência aos primórdios da “no-

velinha”. Logo no primeiros ca-

pítulos, a produção conta com

a participação especial de An-

dré Marques na pele de Moco-

tó, personagem da primeira

temporada de “Malhação”.

“Voltar a viver esse persona-

gem é uma homenagem ao his-

tórico da novela em revelar ta-

lentos”, gaba-se André.

Além disso, o elo entre a no-

va temporada e a de 1995 fica

mais evidente com a presença

de Glória Barreto. Em dupla

com Rosane Svartman, ela assi-

na o roteiro dos novos capítu-

los. Colaboradora nos primei-

ros anos da novela, Glória acre-

dita que todos os tabus juvenis

já foram tratados ao longo de

tantas temporadas, mas que é

possível recontar as mesmas

histórias por ângulos diferen-

tes. “O que considero mais im-

portante não é a novidade, e

sim a maneira eficiente, correta

e emocionante de abordar os te-

mas. Nosso objetivo é fazer um

programa que agrade ao maior

número de pessoas e o humor

tem espaço privilegiado”, valo-

riza Glória.

A história da “nova” “Ma-

lhação” está centrada no triân-

gulo amoroso formado por Di-

nho, Ju e Lia, interpretados

por Guilherme Prates, Agatha

Moreira, e Alice Wegmann. O

menino é o galã do Colégio

Quadrante. E, ao flertar com as

duas amigas, coloca em xeque a

amizade da dupla. “O Dinho é

o menino mais ‘galinha’ do se-

gundo ano. Ele já ficou com a

minha personagem e está enro-

lando a Ju. A partir disso, os

conflitos vão se desenvolven-

do”, conta Alice. Além das do-

res adolescentes, as relações fa-

miliares têm destaque na nova

temporada. Lia, por exemplo,

foi abandonada pela mãe quan-

do tinha nove anos de idade.

Dinho não se dedica aos estu-

dos e sofre com a ausência de

seus pais, que são separados.

Enquanto isso, Ju tenta ser ma-

dura ao crescer sem os pais,

apenas na companhia de Bru-

no, de Rodrigo Simas, seu ir-

mão mais velho e superprote-

tor. “As novas famílias são

uma realidade e estão bem re-

tratadas na história. Gosto des-

sa relação com o cotidiano que

a temporada quer destacar”,

analisa Agatha.

Os três são alunos do ensi-

no médio do Colégio Quadran-

te. Na companhia de outros es-

tudantes, como Orelha e Fati-

nha - de David Lucas e Juliana

Paiva -, o trio molda um pano-

rama da juventude atual, sem-

pre conectada à internet e dis-

cutindo casos de “bulling” e

preconceitos. “Queremos retra-

tar o jovem com verdade. Isso

vai além do texto. A imagem

conta muito para garantir a

identificação com o público. Pa-

ra isso, uma estética bem pare-

cida com a do cinema, com edi-

ção rápida e enquadramentos

informais”, avalia o diretor-ge-

ral Luiz Henrique Rios, outro

veterano de “Malhação” – ele

foi um dos diretores das tempo-

radas de 2002 e 2008.

O cenário do colégio divide

a ambientação com o Bar Mis-

turama, “point” dos alunos e

parte do elenco mais adulto da

trama. O bar é comandado por

Nando, um ex-roqueiro encar-

nado por Léo Jaime. Em meio

aos jovens e números musicais,

Nando ainda divide-se entre a

criação da filha, Morgana, e a

redescoberta do amor ao conhe-

cer a suntuosa Marcela, de Da-

nielle Winits, a nova professo-

ra de Educação Física do Qua-

drante. “O Nando funciona co-

mo um interlocutor entre pais

e alunos. Pois tem um espírito jo-

vem e irreverente. De certa forma,

me identifico com isso. Falo mui-

to com jovens nas redes sociais e

no ‘Amor & Sexo’. Estou à vonta-

de!”, assegura Léo Jaime.

“Malhação” – Globo –

estreia amanhã, às 17h30

Bastidores

Origem reciclada

Rodrigo Simas, Agatha Moreira, David Lucas e Juliana Paiva estão entre as caras jovens da nova “Malhação”

Fotos: Luiza Dantas e Pedro Paulo Figueiredo/Divulgação

TV - 18 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 19: Bem estar 120812

NÚCLEO DA FAMÍLIA DE DINHO

Dinho (Guilherme Prates) - É o garoto maispopular da escola. Para ele, passado e futuro nãoexistem. O que ele quer é aproveitar ao máximo a vida.O charme e a criatividade do rapaz chamam a atençãodas meninas. Talvez, por isso, ele faça,inconscientemente, as duas melhores amigas Ju(Agatha Moreira) e Lia (Alice Wegmann) entrarem emconflito por sua causa

Mário (Eduardo Galvão) - Pai de Dinho e Tico(Xande Valois). Vive em constante conflito com suasduas ex-mulheres, Alice (Carla Marins) e Bárbara (MariaPaula)

Alice (Carla Marins) - Primeira mulher de Mário emãe de Dinho. Cobra do filho uma postura maisresponsável em relação aos estudos e à vida

Bárbara (Maria Paula) - Segunda mulher deMário, com quem vive em pé de guerra por elesempre atrasar a pensão de Tico. Os dois tambémtêm problemas para cuidar do menino, já que nãotêm tempo suficiente para ele

Tico (Xande Valois) - Irmão mais novo de Dinho. Omenino admira o primogênito e quer morar com ele

FAMÍLIA DE JU

Ju (Agatha Moreira) – Jovem sensível e honesta.Ama maquiagem, roupas, adereços e tem um bloginformal bem popular dedicado à moda. Apesar de sermuito diferente de Lia, se diverte com o jeito excêntricoda amiga. Apaixonada por Dinho, sonha com umnamoro romântico

Bruno (Rodrigo Simas) – Irmão mais velho de Ju.Adora a irmã, embora também goste de implicar comela. Se irrita quando Ju e Lia tentam sair com ele eseus amigos da faculdade. E morre de ciúmes da irmãquando algum colega começa a se interessar por ela

NÚCLEO DA FAMÍLIA DE LIA

Lia (Alice Wegmann) - Menina curiosa, que gostade chamar a atenção e visivelmente se veste com esseobjetivo. É a melhor amiga de Ju. Não tem muitocontato com a mãe, Raquel (Patricia Vilela), que foiembora quando ela tinha nove anos. A carência deamor materno prejudica sua relação com amigos eoutros familiares

Raquel (Patrícia Vilela) - Mãe de Lia e Tatá (PietraPan), ex-mulher de Lorenzo (Marcelo Varzea). Idealista,desprendida, é uma figura controversa, já queabandonou a família para fazer o bem, ajudandopopulações em risco, e em busca de sua realizaçãoprofissional como médica

Lorenzo (Marcelo Varzea) - Pai de Lia e Tatá(Pietra Pan), a quem cria com a ajuda da mãe, Paulina(Ida Celina), desde que a ex-mulher, Raquel, o deixoucom as duas ainda pequenas. Claramente não sabecomo lidar com a filha mais velha e apela para tudo. Jácom a caçula, a relação é muito boa

Paulina (Ida Celina) - Avó de Lia e Tatá e mãe deLorenzo. Está sempre em atrito com a neta mais velha,principalmente porque Lia não gosta muito deautoridade. Apesar das brigas, a ama muito e tem aajuda de Tatá na missão de ajudar Lia a ser maissincera com seus sentimentos

Tatá (Pietra Pan) – Chama-se Constância, masnão gosta do nome e vive implicando com o pai porcausa disso. Lembra bem pouco de como era suarelação com a mãe. Ao contrário de Lia, não ficou comtraumas

NÚCLEO DO COLÉGIO QUADRANTE

Marcela (Danielle Winits) – É a nova professorade Educação Física do colégio. Bonita e descolada,mantém uma relação aberta e de igual para igual comseus alunos. O que deixa seu filho, Gil (Daniel Blanco),extremamente angustiado

Leandro (Leonardo Miggiorin) - Professor de Físicado Quadrante. Típico nerd, ele aparenta ser muitojovem para lidar com os alunos como educador. Noentanto, os estudantes o adoram

Isabela (Elisa Pinheiro) - Professora de Literatura.Introvertida e recatada, tem um jeito conservador de sevestir. Sua maneira apaixonada de abordar os clássicosdesperta o interesse dos alunos pela sua disciplina

Orelha (David Lucas) - Na verdade, chama-seÁlvaro Gabriel, mas odeia seu nome e prefere o apelido.Muito inteligente, o estudante usa sua habilidade como computador para se destacar. Utilizando umaferramenta social, faz paródias e comentáriosmaldosos no mundo virtual sobre a vida de seuscolegas e professores

Fatinha (Juliana Paiva) - Vive cercada de garotos,mas é muito carente. Acha que pode conseguir o quedeseja pela sedução e, assim, afasta grande parte dasmeninas. Inventa a maioria das fofocas sobre elaprópria. Gosta de chocar a todos, menos seus pais, jáque tem uma criação tradicional

Rafael (Rodolfo Valente) - Gosta de andar com asgarotas, se identifica com os gostos femininos e adorafalar de moda com Ju. O estudante é alvo deimplicância por parte dos alunos

Morgana (Cacá Ottoni) – Tímida e introspectiva, éa melhor aluna da classe e apaixonada por livros

NÚCLEO DO MISTURAMA

Nando (Leo Jaime) – Ex-roqueiro que fez algumsucesso na década de 1980 com a banda Penetras doParaíso. É dono Misturama, “point” dos estudantes doQuadrante. Nando é pai de Morgana e ex-marido deTizinha (Vanessa Lóes)

Tizinha (Vanessa Lóes) - Ex-groupie da bandaPenetras do Paraíso. Tem uma confecção de roupas,

vendidas em uma arara nos fundos do Misturama �

Quem é quem em “Malhação”

Elisa Pinheiro e

Leonardo

Miggiorim

entram na

novela como

professores do

Colégio

Quadrante

Léo Jaime e

Maria Paula

trazem

experiência

para o

“folheteen”,

que tenta voltar

às origens

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 19 - TV

Page 20: Bem estar 120812

“Carrossel” usa artifícios antigos, mas eficazes, para atrair público infantil

TV Press

As bem-sucedidas experiên-

cias com tramas infantis impor-

tadas deram bagagem ao SBT

para obter e manter sucesso

com a novela “Carrossel”. As-

sim como ocorreu em “Chiqui-

titas”, há 15 anos, a emissora

também recorre a estratégia

musicais para atrair a atenção

das crianças. Logo no início

dos capítulos, há clipes inter-

pretados pelos próprios atores

mirins. O que abre precedente

para que a emissora possa fatu-

rar mais que uma boa audiên-

cia, mantida em 13 pontos de

média. No momento, “Carros-

sel” é o grande produto do

SBT. Por isso, a emissora não

tardou em lançar um CD com a

trilha sonora da novela e um ál-

bum de figurinhas para segurar

seu público.

Para se tornar ainda mais

atrativa, a produção não economi-

za nos recursos de sedução infan-

til. Os cenários são bastante colo-

ridos e diversas cenas são marca-

das por efeitos especiais de ono-

matopéias, fazendo alusão aos de-

senhos animados. A direção de

Reynaldo Boury é repleta de cor-

tes rápidos e imagens aceleradas,

como o “fast motion”, para pren-

der a atenção e os olhos inquietos

das crianças.

Com elenco majoritaria-

mente infantil, a trama conta

com diversos nomes que acaba-

ram de estrear na televisão. A

dupla formada por Larissa Ma-

noela e Jean Paulo Campos,

que interpreta a enjoada Maria

Joaquina e o ingênuo Cirilo,

rende bons momentos à histó-

ria. O embate entre a preconcei-

tuosa menina rica e o românti-

co menino pobre sempre rende

assunto sem cair no didatismo

racial. Entretanto, a grande es-

trela mirim do SBT, Maísa Sil-

va, que vive a espevitada Valé-

ria, deixa a desejar. Ela tem

uma interpretação muito força-

da e cheia de carretas, dando um

ar artificial para sua personagem.

Comparada com nomes do elen-

co que acabaram de debutar na

tevê, Maísa perde espaço.

Outra experiente atriz que

se mantém opaca mesmo dian-

te dos novatos é Rosanne Mu-

lholland. A intérprete da pro-

fessora Helena apresenta uma

atuação muito parecida e quase

uma cópia da personagem vivi-

da por Gabriela Rivero na pri-

meira versão mexicana. Não há

uma identidade própria. A

atriz se deixou levar pelas carac-

terísticas excessivamente doces

e meigas da personagem, crian-

do uma atuação apagada. Além

disso, Rosanne enfrenta um

grande entrave na história. Seu

papel, até agora, não ganhou

trama própria e gira em torno

das histórias paralelas das

crianças.

“Carrossel” é permeada por

situações próximas ao cotidia-

no infantil, como as dificulda-

des com os estudos e o discuti-

do “bullying” das escolas. Ape-

sar de se tratar de um “remake”

da trama original mexicana de

1991, o roteiro faz inserções

com estruturas modernas. Co-

mo as novas famílias, com os ca-

sais que têm filhos de outros ca-

samentos. Mas não se desapega

dos clichês já consagrados,

com a clássica história da ma-

drasta malvada, bastante explo-

rada nos contos de fadas. Íris

Abravanel parece optar pela se-

gurança em sua adaptação de

“Carrossel” ao apostar na mes-

ma fórmula de sucesso do rotei-

ro original. A autora não ousa

muito no texto, uma reprodu-

ção fiel do “remake” mexicano,

sem toques autorais. �

“Carrossel” - De segunda a sexta, às20h30, no SBT

Crítica

Isca para os pequenos

Rosanne Mulholland em cena com os atores mirins Nicolas Torres e Larissa Manoela: experiente atriz se mantém opaca diante dos novatos

Divulgação

TV - 20 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 21: Bem estar 120812

“Encontro com Fátima Bernardes” convoca atores da Globo para tentar resgatar audiência

TV Press

Para salvar o matinal “Encon-

tro com Fátima Bernardes” da

vala comum da baixa audiência,

a Globo escalou atores, atrizes e

apresentadores da casa como

atração do programa. Na semana

passada, com as Olimpíadas

transmitidas pela Record, a pro-

dução da jornalista capengou em

parcos cinco pontos. Na estreia,

chegou a marcar 10 pontos.

Não é o único programa a

sofrer com os Jogos. O “TV Xu-

xa” também levou um olé du-

rante a transmissão de Brasil x

Honduras. O problema do “En-

contro”, porém, não está atrela-

do à Olimpíada. Antes ele já so-

fria com a concorrência dos de-

senhos animados de “Bom Dia

& Cia”, do SBT, situação que

permanece inalterada.

A solução foi sacada de uma

pesquisa feita pela emissora

com os telespectadores, que

procurou saber o que eles gosta-

riam de ver na produção. Daí a

presença dos artistas. Entre ou-

tros, estiveram por lá Maria

Paula, Ângela Vieira, Paulo Vi-

lhena, Ronaldo Fenômeno,

Carmo Dalla Vecchia, Laura

Cardoso e Totia Meirelles, en-

tre muitos. Jornalistas, como

Marcelo Canelas, também são

entrevistados no programa.

Mesmo que consiga mais al-

guns pontinhos do ibope, “En-

contro” permanece acuado no

horário da manhã. Seu princi-

pal rival não é qualquer outro

programa, mas o desinteresse

cada vez maior na tevê aberta.

Durante mais de 30 anos, ela

reinou absoluta nos lares brasi-

leiros, após expulsar o rádio da

sala para a cozinha. Hoje ela

disputa a atenção de quem não

está na escola ou no trabalho

com games, downloads, cabos,

parabólicas, vídeos, celulares,

tablets, tocadores de música e

bate-papos virtuais. A indús-

tria da atenção agora oferece

uma gama de opções que prati-

camente pulverizou a audiên-

cia e fragmentou a família em

interesses diversos. Se o impac-

to das novas mídias abalou o

ibope do horário nobre, nas ma-

nhãs ele foi ainda maior.

Por isso, “Encontro” atira

para todos os lados, na esperan-

ça de arregimentar diferentes

segmentos de telespectadores,

em especial, mulheres jovens e

adultas. De certa forma, é uma

batalha perdida. Nada parece

ser capaz de atrair tanta gente e

deter o avanço do mundo digi-

tal na vida das pessoas. Fátima

Bernardes – agora mais bonita

e “descontraída” com cachi-

nhos nos cabelos – toca o pro-

grama com simpatia e dignida-

de, mas sem carisma. No entan-

to, nem a aventada mudança

do diretor Fabricio Mamberti

por outros profissionais parece

ser capaz de alterar os rumos

do programa. A questão é saber

o que fazer com a programação

matinal da televisão, este lim-

bo habitado por sofás, apresen-

tadoras e desenhos animados.

Na ponta do lápis, os enlatados

do SBT levam a melhor. �

“Encontro com Fátima Bernardes” –

Segunda a sexta, às 10h40, na Globo

Ponto de Vista

Aposta no óbvio

Juliano

Cazarré,

Fátima

Bernandes,

Fabiula

Nascimento e

Luciano Hulk:

elenco global

usado para

tentar subir

alguns

degraus na

audiências

Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 21 - TV

Page 22: Bem estar 120812

MALHAÇÃO - 17H50

Segunda-feira - Fabian convida Rosá-rio para cantar com ele no ‘Caldeirãodo Huck’. Lygia fica feliz com o entro-samento entre Samuel e Gilson. Ottobeija Penha. Sônia sonha com San-dro. Gilson beija Lygia. Penha e Cidanão gostam de saber que Rosário eFabian vão cantar sem elas. Durantereunião, Penha e Rosário discutem.Dinha flagra Inácio pesquisando so-bre Rosário na internet. Sandro recla-madonovoempregoqueRuçoencon-trouparaele.AlejandrosesurpreendeaoencontrarBrunessaem suacasa.Terça-feira - Fabian usa spray de pi-

mentaemChayene,por tentaracabarcom o jantar dele com Rosário. Lygiaflagra Alejandro e Brunessa juntos.Laércio se preocupa com as manche-tes que lê na internet. Elano se emo-cionaaoperceberseuprestígionono-vo escritório. Conrado tenta se aproxi-mardeCida.Tomtentadisfarçaroner-vosismodiantedeRosárioao falarso-bre Fabian.Quarta-feira - Inácio sente ciúmes deRosário comFabian. Lygia não conse-gueperdoarAlejandro.Máslovaperce-bea impaciênciadeNeivacomValda.GracinhadiscutecomSôniaeAriela fi-

ca agradecida. Chayene pede paraLaérciochamarmadameKastrup. Iná-cio aceita proposta de se passar porFabian, sugeridapor Tom,paraprovaro amor de Rosário. Rosário flagra So-corro ouvindo atrás da porta. Cida re-clama da insistência de Conrado emquerer seencontrar comela.Quinta-feira - Cida conversa com Con-rado.PenhaafirmaparaLygiaqueAle-jandro deu em cima dela. Elano admi-ra Stela. Fabian insiste para que Iná-cioensaieantesdesepassarporele.Chayenepensaemestragaronovocli-pe das Empreguetes. Isadora vê Con-

radoeCidasebeijando.Conradocon-fessa para toda a família que semprefoi apaixonado por Cida e decide seseparar de Isadora.Sexta-feira - Cida dispensa Conrado.Sôniatambémusaocartãodecréditode Cida junto com Isadora. Elano con-trataStela.Fabianseesforçaparatrei-nar Inácio. Alejandro fica arrasadocomo fim deseu casamento.ElanoeCidaseencontrameconversam.Cidadescobre que seu cartão foi roubado.Lygia avisa a Elano que não quer verPenhanoescritório.CidadizaSôniaeIsadora que vai denunciá-las. Sandrochora ao ver Penha com Otto no

show. Cida transforma Sônia e Isado-ranasempregadasda mansão.Sábado-CidapercebequedeixouEla-no esperando por ela. Dinha tentadescobrir o que Inácio está armando.Elano marca um encontro com Cida.Sônia e Isadora são obrigadas a sevestir e trabalhar como empregadasdamansão.Naldo implicacomMáslo-va e Conrado. Cida conta para Elanoque Conrado a beijou. Tom conta queas fabianáticas se reuniram na portada casa de Chayene. Rosário decidevisitar Fabian na clínica. Tom diz queInáciodaráumaentrevista coletivanolugar dosósia.

AVENIDA BRASIL - 21H00

AMOR ETERNO AMOR - 18H15

Segunda-feira - Lucinda vai à mansãofalar com Nina. Silas tenta convencerDiógenes a reatar com Dolores.Verônica reclama da mudança de Mo-nalisaparaoprédio.Cadinhoadoeceedecide ficarnacasadeAlexia. Jorginhotenta se lembrar de seu pai. Os ho-mens do Divino sentem falta de Sue-len. Alexia, Verônica e Noêmia discu-temcomocuidar de Cadinho.Terça-feira - Max exige que Nina o aju-deaselivrardaperseguiçãodeNilo.Si-las diz a Monalisa que vai junto comela para Ipanema. Roni e Suelen dor-mem juntos. Muricy não mostra inte-

resse por Adauto e ele estranha.VerônicainventahistóriasparaqueMo-nalisa desista de comprar o aparta-mento em seu prédio. Cadinho recla-madotratamentodassuastrêsmulhe-res. Jorginho visitaCarminha, Tufãoseirrita comcomportamentodele.Quarta-feira - Leandro não gosta do jei-to com que Lúcio e Darkson falam deSuelen. Monalisa comenta com Ivanaque Tufão está apaixonado por outramulher, mas não sabe quem.Diógenes consegue convencer Dolo-res a morar em sua casa, mas comoamiga. Nilo pilota a lancha de Max e fi-

ca encalhado na areia. Jorginho procu-ra Neide para tentar descobrir quem éo seu pai. Zezé visita Carminha na ca-sade repouso.Quinta-feira - Carminha consegue fugirdacasaderepouso.NeiderevelaaJor-ginhoqueméoseuverdadeiropai.Car-minhaeMaxdiscutem.Jorginho revelaa Nina e Lucinda que descobriu que éfilho de Max. Janaína percebe que Ze-zéestá envolvida na fuga de Carminhada casa de repouso. Leandro flagraDiógenes e Dolores em clima de ro-mance. Adauto vê Carminha e Lúcioconversando e conta para Tufão. Tu-

fão,ZenoneJanaínaencontramCarmi-nhae Lúcio. Jorginho vai atrás deMax.Sexta-feira - Max e Jorginho discutem.CarminhasefazdevítimaeTufãoacre-dita. Leleco e Muricy marcam novo en-contro e Zezé flagra os dois. Ivana vêMax e Nina conversando e fica enciu-mada.LelecodiscutecomTessália.Ni-na pede a Jorginho que não conte queele é filho de Max. Tessália conversacom Darkson e acha que está sendotraída por Leleco. Muricy mente paraAdautoecombinaumaviagemcomLe-leco. Monalisa reata com Silas eOlenka comemora. Suelen é convida-

da para fazer um ensaio fotográfico eRoni não gosta. Ivana vê fotos de Ninanocelular de Tufão.Sábado - Ivana quer saber sea mulherqueTufãoestáapaixonadoéNina.Car-minha manipula Jorginho contra Nina.Dolores e Roni tentam convencer Sue-lenanãoposarparaarevista.Tessáliaresolve seguir Leleco. Max não conse-gue ficar com Ninae fica frustrado. Jor-ginho discute com Débora por causadeIran.OlenkaeMonalisaficamnervo-sascomonovoapartamento. Jorginhopergunta a Nina se ela ficou com o di-nheirodo sequestrode Carminha.

Segunda-feira -LaudelinorevelaaAngé-lica o paradeiro de Rodrigo. AngélicaconfessaparaLaudelinoqueMelissaeDimas são os responsáveis pelo se-questrode Rodrigo. Branco entregapa-ra Melissa os falsos exames de Solan-ge. Rodrigo e Pedro descobrem comolocalizar Juca e comemoram. Dimastenta disfarçar o nervosismo. Jaciranãosesente bemedeixaElisapreocu-pada.Terça-feira - Pedro diz a Rodrigo que oassassinatodeJucafoiencomendado.

Solange pede para Miriam se afastarde Rodrigo. Laís não perdoa Marlene.Arrasado com a morte de Juca, DimasculpaMelissa.ValdirenecontaparaTa-ti que Henrique gostou dos brigadeirosdeJáqui.Rodrigosente-semalao tocarem Solange. Laudelino leva Angélicapara o Rio de Janeiro. Edu beija Marle-ne, mas ela o afasta. Rodrigo leva osexamesdeSolangepara Gabriel.Quarta-feira - Angélica vê Teresa e de-sistedefalarcomRodrigo.Rodrigocon-ta para Elisa que levou os exames de

Solange para Gabriel. Dimas avisa aMelissa que Fernando se lembrou deJuca. Elisa faz com que Rodrigo veja afoto que ela modificou. Beto comentacom Bruno que Juliana está com ciú-mesdele com Cris. .Quinta-feira - Rodrigo tenta entender osonhoque teve comElisa. Ele tambémsonha com Miriam e fica ainda maisconfuso.ReginaafirmaaFernandoqueMiriamnãosecasarácomele.Melissaconfessa a Dimas que ela criou Elisa.GracinhavêJairbeijandoNeusinha.Ro-

drigo vai à casa de Beatriz para novasessãoderegressão.Virgílio flagraLau-delino com Angélica. Melissa pede pa-raReginaavisá-lacasoRodrigomarqueumaconsulta com Beatriz.Sexta-feira - Miriam mostra para Prisci-la a gravação de suasessão de regres-são. Virgílio conta para Melissa quedescobriu onde Angélica está. Gabrielafirma a Rodrigo que o caso de Solan-ge é muito grave e que ele precisaráapoiar Elisa. Fernando garante ao paiquenão contará para Melissa quePris-cila é sua irmã.

Sábado -MelissaameaçaDimas.Jáqui

aluga uma loja para fazer brigadeiros.

Bruno beija Cris, que o afasta. Pedro

desconfia do detetive que colocou

atrás de Virgílio. Eduardo pede para

conversar comLaís. Priscila contapara

Laura que Fernando quer se aproximar

dela. Virgílio fica irritado por não conse-

guir falar com Melissa. Angélica decide

escrever uma carta para Rodrigo, reve-

lando a verdade sobre seu sequestro.

Tobiasdestrata Jacira.

Segunda-feira - Mocotó se distrai comuma mulher e deixa o carro descer a la-

deira desgovernado. Ju passa na casa

deLiapara iremàescola.Comopeque-

no acidente, Mocotó é obrigado a pres-

tar serviço comunitário. Ju elogia DinhoparaLia,maselacriticaaamiga.Odire-

tor Mathias apresenta Mocotó para os

alunoscomo onovoorientador vocacio-

nal do colégio. Orelha filma com um ce-

lular o timede Dinho jogando futebol.Terça-feira - Lorenzo tenta conversar

com Lia. Alice e Mário se preocupamcom o futuro de Dinho. Lia e Ju fazempactode nunca brigar porum garoto. Juseanimapara verDinho, masestranhao jeito como ele a trata. Isabela implicacom Leandro na sala dos professores.Mathias questiona Mocotó sobre o tra-balho de reformar a praça que ele pro-pôsaosalunos,quefazemguerradetin-ta. Mocotó perde o controle da turma.BárbaradeixaTico comMário.Quarta-feira - OrelhausaMax,o robôdeLeandro,paraespiarobanheirodasme-

ninas.FatinhadádicasparaJuconquis-tarDinho. Liadescobrea gravação feitapelo robô e arma um plano contra osmeninos. Mocotó tenta explicar aVerônicaomotivodeaindanãoterpinta-doapraça. Lianão deixa Ju contar paraDinho sobre a gravação que fizeram nocelular de Orelha. Leandro dá um robôpara Isabela. O vídeo de Orelha dá erra-doeos meninos implicam comele. .Quinta-feira - Orelha divulga o vídeo noTV Orelha e Ju e Lia implicam com ele.Dinho pede para Tico guardar o segre-

do. Ju sai apressadapara casa quandoBruno ligaparaela. FatinhaperguntaseLia tem ciúmes de Ju com Dinho. Ore-lhaacusaRafaelde tercontadoparaasmeninasqueelespretendiamfilmá-las.Fatinha sugere a Ju que faça uma festaem sua casa e convide toda a turma.Paulina incentiva Lorenzo a recomeçarsua vida e procurar um novo amor. Judecide se arrumar para a festa sem aajudadeLia eFatinha.Sexta-feira - Orelha, Pilha e Dinho elo-giamJu. IsabelaaceitaoconvitedeMo-

cotó para a festa. Fatinha incentiva Ju abeijar Dinho. Tatá não consegue dormircom o som da festa na casa ao lado.Mocotó dança com Fatinha e Isabela fi-caenvergonhada.TatápedeparaLoren-zo contar como ele conheceu sua mãe,Raquel. Mocotó convida Isabela paradançar.Dinhonãomostra tanto interes-sepor Jueela ficadesanimada. JueDi-nhodançamjuntos.Brunochegaemca-sa de surpresa e repreende a irmã porcausa da festa. Fatinha é rejeitada porBrunoe beijaDinho na frente de Ju.

Resumo das novelas

CHEIAS DE CHARME - 19H15

GLOBO

TV - 22 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 23: Bem estar 120812

Segunda-feira - Paulo flagraMaria Joa-quina dando um bilhete de agradeci-mento a Daniel. Matilde e Olívia bo-lam um plano para derrubar a profes-sora Helena. As duas espiam a auladaprofessora.Sr.Moraleschegaàes-cola e Olívia o leva para ver as melho-rias.ElesseaproximamdasaladeHe-lena e Olívia tenta falar mal da aula,mas Sr. Morales elogia. Maria Joaqui-na lava o cabelo com o presente queacredita ter ganhado de Daniel e asmadeixas ficam azuis. No pátio, asmeninas desconfiam que Paulo sejao culpado por ter pregado a peça emMaria Joaquina. Carmendesmaia.

Terça-feira - Miguel diz a Helena queCarmen está tendo uma crise deapendicite e precisa fazer uma cirur-gia com urgência. Olívia libera Helenapara ir aohospital comCarmen.Ame-nina se preocupa com os pais, quenãoterãodinheiroparacompraros re-médios necessários. Olívia chega àsala de aula para substituir Helena eosalunosficamdesesperados.Frede-rico chega ao hospital e ele e Inês seabraçam.Helenachega àescolaeosalunos ficam radiantes com apresen-ça da professora. Frederico pede per-dão a Inês e afirma que quer voltar amorar coma família.

Quarta-feira - Helena diz aos alunos

que Carmen está bem. A professora

pedeparaMigueldeixarosalunosvisi-

taremCarmen. A menina acorda e diz

que está feliz por ver os pais juntos.

ValériadizaCiriloqueelefaráodiscur-

so na visita a Carmen. Cirilo tenta es-

tudar o texto que recebeu de Valéria,

masoachaesquisito.MariaJoaquina

humilhaCirilonopátiodaescola.Hele-

na e os alunos chegam ao hospital.

Miguel afirma a Frederico que a cirur-

gia de Carmen não teve nenhum cus-

to.Cirilo fazodiscursoaCarmen,com

textodiferente.

Quinta-feira - Jaimetentacopiaroexer-

cício de Valéria. Matilde confessa pa-

ra Helena que não aguenta mais os

alunos do terceiro ano. A professora

conversacomosalunoseexplicaque

Matildenãoestábemdesaúde.Cirilo

dizaPauloeMárioqueasgalinhases-

tãonasalademúsica.Matildeorgani-

za as crianças em fila para a aula de

música. Quando eles entram, se de-

param com a sala suja de penas e

cocô de galinha. Professora Matilde

tem uma síncope e desmaia. Paulo e

Máriocomemoram.HelenapedeaJai-

me para entregar o envelope à direto-

ra Olívia. Ele abre e copia as respos-

tasdaprova.

Sexta-feira - Os alunos estudam para

a prova de matemática. Jaime está

com a cola no bolso. Davi cochicha a

Valéria que Jaime está colando. Jai-

meéoprimeiroalunoaterminarotes-

teetodoscomentam.Helenaficaper-

plexaaocorrigir aprova dele.Nasala,

ela parabeniza o aluno. Jaime se sen-

te arrependido e revela a Helena que

colou na prova. A professora afirma

que não vai contar nada, mas que da-

ráoutroexameparaele fazer.Davibri-

ga comPaulo por contade Valéria.

Segunda-feira - Novais revela a PulgaqueJohnnyeracasadoquandomoravano Rio. Otávio (Martim) diz a Eliza quenão mandou vigiá-la. Laís avisa a Elvirasobre o exame de DNA. Jairo diz a Laísque Gabriel é o “laranja” perfeito paradar o golpe em Valéria. Otávio (Martim)eMariaesperamporBigBlondno labo-ratório. Luzia foge com Tavinho. Marianão acredita no novo sumiço de Tavi-nho. Eliza delira com ideias sobre suamorte e diz que não aguenta mais a si-tuação. Otávio (Martim) implora para

que ela não faça isso. Os dois seamam e Eliza chama Otávio (Martim)peloseu verdadeironome.Terça-feira - Johnny teme pela sanida-dedeMariaeafirmaqueelaprecisadetratamento.MirellapedequeMarcoAn-toniodurmanosofá.MariapedeaElizaque se afaste de Otávio (Martim). Asduas discutem. Maria apresenta Otá-vio(Martim)aTôniacomasuareal iden-tidade e diz que ninguém é quem pare-cenohotel. ElizapegaumtáxieNovaisePulga aseguem.Novais implantaum

GPSnocelulardeEliza.Elecontasobrea saída de Eliza e Otavio (Martim) deci-de ir atrás da amada. Eliza joga o celu-larnolixo.Otávio(Martim)encontraobi-lhete de Eliza dizendo que não o aban-donou.Quarta-feira - Fausto arromba a portada casa onde está Luzia. O capangamataLuziaeaprima,mas recuperaTa-vinho. Otávio (Martim) diz a Maria queEliza deixou o hotel. Johnny e Novaisperdem o sinal do celular de Eliza eaconselhamOtávio (Martim) a informar

a fugaparaBigOne.BigOnedáoprazode um dia para Otávio (Martim) encon-trarEliza.DinoráencontraEliza, quepe-de ajuda à mãe. Edu diz a Luma quenãoestáapaixonado por ela. BigBlondpressionaFausto, quenega terachadoTavinho. Big diz que precisa retardar avendaparaaOrganizaçãoecontrataosserviçosde Mario.Quinta-feira - Letícia conta para Nair eMarcoAntoniosobreonoivado forçadoporEvaldo.MarcoAntôniovaiaoencon-trodeMirellaparacontar sobreonoiva-

do,porémRégisacusaos irmãosdete-remarmado.NaireYaraacreditamqueo menino (Tavinho) é filho de Evaldo.BigBlondcontrataMárioparamatarRé-gis. Pulga diz a Johnny que Dinorá nãovoltou para casa. Toga convence Régisaviajar.ElizacontaaverdadesobreOtá-vio (Martim) para Dinorá e diz que elasprecisamfugir.Otávio(Martim)dizaMa-ria quenãoaama mais.Sexta-feira - Até o fechamento destaedição,aemissoranãodivulgouoresu-modocapítulo.

Segunda-feira - Miguel diz a Jonas queéopaidofilhodePilar.Pedroéseques-trado e amarrado por bandidos. Lucyaproveita que Binho está desacordadopara amarrá-lo. Beth recebe telefone-madossequestradores.Pilar ficaemo-cionadacomaajudadeMigueleoabra-ça. Pilar solta Binho enquanto Miguelsegura Lucy. O sequestrador diz a Pe-dro que se não pagarem o resgate, Be-th irá presa. .Terça-feira - Tadeu lembra da placa davan que sequestrou Pedro e conta a

Diego.Os rebeldesconseguem enrolarTadeu e saem do loft atrás de Pedro.Os sequestradores tentam negociarcomFranco.TadeueTatianasebeijameMarcelochega.Francodábroncanosrebeldes após saber do plano. Miguelfaz carinho em Pilar e Binho fica comciúme. Marcelo flagra Tadeu e Cris aosbeijos e diz que desiste da disputa.Ofélia fica desesperada ao perceberqueLucy fugiu.PilareMiguelsebeijam.Quarta-feira - Pedro dá cotovelada nobandido e consegue fugir. Pilar e Mi-

guel se desculpam após beijo. Pedro li-ga para Alice. Tatiana encontra Lucyconversando com Tadeu. Pedro tentadistrair os sequestradores atéa chega-dadapolícia.Francochega juntocomapolícia,queprendeossequestradores.Miguel chora de emoção ao encontrarcom Lucy, que saiu do surto. Tadeu dáaprimeiraaulade teatroparao terceiroano. Franco faz surpresa a Eva e a pre-senteia com umcarro.Quinta-feira - Jonas fica indignado coma revelação de Binho e exige um teste

de DNA. Lucy não se conforma ao sa-ber que Miguel está apaixonado por Pi-lar. Cris fica arrasada após Marcelo di-zer que desistiu dela. As rebeldes ten-tam aconselhar Pilar. Becky e Vicenteconversam sobre o casamento. Rober-ta e Diego fazem planos para o futuro.Maria e Vitória seguem Pingo. Tomásfaz surpresa para Carla e a presenteiacomumcordão.MariaeTéoentramnoesconderijo e são seguidos por Pingo.ArturpedeoutrachanceaCilene.Binhoameaçaempurrar Pilar escadaabaixo.

Sexta-feira -Pilar caidaescada.MichelchegaevêPilarnochão.RauldizaBea-trizquenãogostamaisdela.Amoçadáum beijo nele para provocar Aline, quetambémbeijaRaul.Cilenesentesauda-dedeArtur.BinhodizaMiguelqueexigi-ráumexamedeDNA.MariaeVitória fo-focam e contam para os alunos que Pi-larestágrávida. JonasdizaLeilaquePi-lar está bem. Leila pergunta a Tomásseele roubouaschavesdoporão.Pilaracorda e vê Lucy ao seu lado, que dizque veiopara cuidardela edo bebê.

Terça-feira - Zarolha propõe a Tonicoumatrocadefavoresparaqueeleconsi-ga conquistar Gabriela. Príncipe Sandrae Anabela festejam o golpe que deramem Manoel das Onças, em que ficaramcom todo o dinheiro da safra de cacaudo coronel. Gabriela brinca na rua e Na-cib a repreende. Juvenal declara seuamor para Lindinalva, mas a moça nãoacredita. Lindinalva agride Berto ao serabordada no Bataclan. Sem que Nacibperceba,Gabrielasaiànoite.Zarolhafin-

ge interesse nos serviços de costureirade Arminda para obter informações so-breocasamento deNacib.Quarta-feira - Arminda diz a Zarolha quenão acredita que o casamentode Nacibcom Gabriela dará certo. Berto ameaçabater em Lindinalva, mas Juvenal o re-preende. Maria Machadão repreendeLindinalva e lhe orienta como se portarparaqueBertodesistadesedeitar comela.Teodora fica furiosaaoverapreocu-pação de Juvenal com Lindinalva. Melk

permiteque Rômulo corteje Malvina. Je-suíno chega a Ilhéus. Príncipe Sandra eAnabela planejam ficar em lhéus paradarnovogolpeemoutrocoronel. Anabe-la tenta seduzir Ramiro. Lindinalva e Ju-venal passama noite juntos.Quinta-feira -Zarolhadizquenãose lem-bradodiaemqueprocurouGabrielaeAr-minda estranha. Zarolha afirma a MissPirangiquefaráNacibabandonarGabrie-la. Depois de contar a Malvina que é ca-sado, Rômulo explicaa ela que sua mu-

lher sofre de uma doença mental. Quin-quina e Florzinha tentam agradar Jesuí-no.LindinalvaeJuvenalcombinamdefu-gir e se casar. Juvenal pede o dinheirode sua caderneta de poupança para opai e menteao dizer que é por causa donoivadocomGerusa.MundinhodizaGe-rusa que não desistirá dela. Jesuíno seinteressapor Iracema.Sexta-feira - Dorotéia convida Gabrielapara a reunião de mulheres católicas.MalvinarevelaaRômuloqueenfrentaria

o mundo para ficar com ele. Zarolha seinsinuaparaManoeldasOnçasecome-moraquandoocoronelpropõesustentá-la fora do Bataclan. Lindinalva conta pa-raMissPirangiqueestáapaixonada. Ira-cema fica sabendo que ficará noiva deJesuíno. Maria Machadão fica com ciú-mes ao perceber que Ramiro está inte-ressadoem Anabela. Ramiromarca umencontro com Anabela na praça. Zaro-lha planeja contar a Nacib que Gabrielaparticipadoensaio doTernode Reis.

Resumo das novelas

CARROSSEL - 20H30

MÁSCARAS - A PARTIR DE 22H00

REBELDE - 20H30

GABRIELA - A PARTIR DE 22H00

RECORD

SBT

GLOBO

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 23 - TV

Page 24: Bem estar 120812

Mares e

montanhas,

pescados e

cordeiros, vinhos

tintos e brancos

estão na fascinante

ilha italiana

Turismo

SICÍLIASICÍLIA360 GRAUS360 GRAUS

Agência O Globo

A Itália reserva aos viajantes muitos luga-

res fantásticos, lindos e saborosos. Mas não

existe nada como a Sicília, suas praias e suas

montanhas, que ficam ainda mais belas e gos-

tosas nos meses de verão.

Além de Catânia, na Costa Leste da ilha,

a capital Palermo, no litoral norte, banhada

pelo Mar Tirreno, é a principal porta de en-

trada dos turistas.

São as duas cidades que possuem aeroportos

com voos regulares a partir de Roma e de alguns

outros destinos na Europa. São rivais: nas pare-

des malcuidadas de Palermo, não é difícil ler fra-

ses como ‘Ódio a Catânia.

Quando os dois times de futebol jogam pe-

lo Campeonato Italiano, o rancor fica ainda

mais latente.

Porém os visitantes não precisam tomar parti-

do, e o melhor a fazer é aproveitar ambas e tudo o

que existe entre elas: ruínas romanas, praias, ho-

téis de charme debruçados sobre os mares Tirre-

no, Mediterrâneo e Jônico.

Construção

típica da Sicília:

rústica e linda

TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 25: Bem estar 120812

Agência

OG

lobo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 25 - TURISMO

Page 26: Bem estar 120812

Paisagens e sabores da ilha italiana que combina mar e montanha com personalidade forte

Agência O Globo

O chef Corrado Assenza é

um dos confeiteiros mais famo-

sos da Itália, craque dos canno-

li e da cassata. Ele serve suas

criações na pequena cidade de

Noto, no Sul da Sicília, com ca-

sario dourado devido às pedras

usadas nas construções.

No Caffè Sicilia, na rua

principal do charmoso cen-

tro histórico, quem domina

as vitrines e o cardápio são os

doces, bonitos e saborosos,

que exploram bem os ricos in-

gredientes da Sicília.

Só isso já justificaria uma

passadinha pelo lugar, locali-

zado numa pontinha da re-

gião sul da ilha, ótimo ponto

de partida para um roteiro

meridional.

Corrado é uma celebridade.

Só não dá expediente na casa,

que está completando 130

anos, quando viaja para dar au-

las e palestras em eventos de

gastronomia como o Madrid

Fusión.

Inaugurado em 1892, o Ca-

ffè Sicilia pertence à sua famí-

lia há gerações. Mas isso muita

gente sabe. O que é quase um

segredo é o talento do chef con-

feiteiro também para preparar

pratos salgados.

Encomendando com antece-

dência ele faz menus especiais,

com ingredientes típicos da Si-

cília. Vai pessoalmente ao mer-

cado escolher os produtos.

Explorando o mar e a terra

Corrado monta menus sur-

preendentes, que combinam

técnica, criatividade e frescor.

Craque nos pães, ele transfor-

ma em esplendor uma simples

foccacia coberta com molho de

tomate, alcaparras e azeitonas.

O segredo é a qualidade dos

ingredientes, diz ele.

Para encerrar o menu espe-

cial, cassata, cannoli, sorvetes e

outros doces que, afinal, são a

especialidade do chef.

A cidade de Noto rende um

belo passeio de uma tarde, apro-

veitando as mesinhas do lado

de fora de bares e restaurantes,

caminhando pelas agradáveis

ruas do centro antigo, tomando

um sorvete.

Mas a grande estrela da par-

te sul da ilha é a cidade de Agri-

gento. Não exatamente pela

área urbana, mas pelo chamado

Vale dos Templos, um dos

mais importantes sítios arqueo-

lógicos da Itália, com um exu-

berante conjunto de constru-

ções gregas que inclui templos

muito bem preservados, que re-

sistiram ao tempo e aos ataques

de cartagineses e cristãos. É o ti-

po de lugar que, sozinho, justifi-

ca uma viagem à Sicília.

Sicília

O casario dourado e asdelícias gastronômicas

Centro: a sede da Tenuta Regaleali, vinícola com pousada e escola de cozinha; é o epicentro da produção de vinhos da Tasca D´ Almerita

Fotos: Agência O Globo

TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 27: Bem estar 120812

O mesmo se passa com o res-

taurante La Madia, a pouco

mais de 40 quilômetros de dis-

tância de Agrigento, em Lica-

ta, uma cidade portuária com

pouca oferta hoteleira.

Uma boa opção, típica da re-

gião e barata, é a Antica Dimo-

ra San Girolamo. A casa do

chef Pino Cuttaia é a principal

atração do lugar, atraindo a

atenção de viajantes com inte-

resses gastronômicos devido às

duas estrelas concedidas pelo

Guia Michelin.

Suas refeições são uma expe-

riência marcante para os apre-

ciadores dos peixes e frutos do

mar, que são a praia do chef.

Transitando entre o receituá-

rio clássico da gastronomia ita-

liana e criações de caráter inten-

samente autoral, Pino Cuttaia

monta um cardápio preciso e

divertido.

O melhor a fazer é eleger

um dos três menus-degusta-

ção: o Classico (80 euros, em

seis etapas), o In bianco e ne-

ro (95 euros, com sete pra-

tos) e o Sapori di mare (115

euros, com oito etapas), que

são servidos para um míni-

mo de duas pessoas.

Em qualquer um deles há

ótimos pães produzidos no res-

taurante, sempre quentinhos,

prontos para derreter a mantei-

ga. A cestinha é só o primeiro

ato de uma refeição que tem tu-

do para conquistar lugar cativo

entre as mais memoráveis de

nossas vidas.

Uma receita imperdível é o

atum semigrelhado, servido

com flor de sal e um potinho

cheio de carvão em brasa, que

dão um perfume defumado ao

prato, realçando os sabores.

Seja lá qual for o menu esco-

lhido, pelo menos um prato

não pode faltar na refeição: bat-

tutino di gambero rosso, maio-

nese di bottarga di tonno e olio

al mandarino, um show de ma-

téria-prima e técnica. A carne

de camarões vermelhos é leve-

mente temperada, servida com

uma maionese feita de ovas de

atum e azeite de tangerina.

O chef Pino Cuttaia tam-

bém recria no La Madia recei-

tas típicas da Sicília, como a

‘falsa’ cassata salgada, que está

no menu In bianco e nero’; o

arancino di riso con ragù di tri-

glia e finocchietto selvatico (25

euros), versão marinha do típi-

co bolinho de arroz, encontra-

do por toda a ilha, e o cannolo

di melanzana perlina in pasta

croccante (22 euros), que trans-

forma o tradicional doce sicilia-

no em entrada salgada.

Encerrando o percurso, há

macarons adoráveis que fariam

bonito mesmo nos melhores

restaurantes de Paris. No fim,

quando o chef vai à mesa cum-

primentar os comensais, os

aplausos são inevitáveis. (AG)

Michelin: atum

do La Madia

servido com

carvão em brasa

Norte:

estátuas

do século

17 em um

dos

Quattro

Canti de

Palermo

Cidade dourada: em Noto, o Caffè Sicília espalha mesas do lado de

fora, na rua principal da pequena cidade ao Sul da ilha

Palmas para o chef!

Fotos: Agência O Globo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 27 - TURISMO

Page 28: Bem estar 120812

O Monte Etna chama atenção também

pelos rótulos produzidos na região, já

entre os grandes da Itália

Agência O Globo

O Etna domina a paisagem

da Costa Leste siciliana, a área

da ilha mais badalada turistica-

mente, com três referências pa-

ra os visitantes: Catânia, mais

ao centro; Taormina, ao norte,

e Siracusa, ao sul.

Além de enfeitar o cenário

com seu relevo acidentado e de

dar espetáculos regulares, quan-

do entra em erupção, o ponto

mais alto da ilha, com 3.323 me-

tros de altitude, abriga até esta-

ção de esqui em suas encostas.

Recentemente o Monte Et-

na vem chamando atenção tam-

bém devido aos vinhos produzi-

dos na região, que já estão en-

tre os grandes da Itália, depois

de um longo período de deca-

dência, quando diversas pro-

priedades foram abandonadas.

Há brancos fabulosos co-

mo o Pietramarina 2003, pro-

duzido pela Benanti, e o Val-

Cerasa Etna Bianco, da Bo-

naccorsi, duas das principais

vinícolas locais.

Feitos com a uva carrican-

te, são vinhos exuberantes

aromaticamente, e que se

dão muito bem com os pra-

tos de peixes e frutos do mar

típicos da Sicília.

Entre os tintos, a meda-

lha de ouro vai para a casta

nerello mascalese, que origina

vinhos deliciosos, como o Tas-

cante, da Tasca d’Almerita,

uma das principais vinícolas da

Sicília.

A ilha aposta pesado nos vi-

nhedos do Etna, que produzem

outros vinhos tão bons como o

Etna Rosso Prephylloxera, da

Tenuta delle Terre Nere, e o

Passopisciaro IGT, da bode-

ga de mesmo nome. São rótu-

los que não podem faltar em

qualquer roteiro pela Sicília,

especialmente na Costa Leste

da ilha.

Embora tenha uma arquite-

tura na maior parte das vezes

pouco atraente, Catânia merece

alguma consideração. Em pri-

meiro lugar, porque está em lo-

calização privilegiada para se

explorar a região, praticamente

entre Taormina e Siracusa, e a

poucos minutos da estrada que

rodeia o Etna e conduz aos pro-

gramas de montanha: no ve-

rão, trilhas e visitas a vinhedos.

E para quem se dispõe a pro-

curar, a cidade apresenta atrati-

vos tipicamente sicilianos, co-

mo restaurantes especializados

em peixes e frutos do mar, em

que percebe-se a confluência

de culturas, um dos traços mais

marcantes da ilha, que sempre

recebeu forte influência do nor-

te da África. Ao longo dos sécu-

los, a ilha foi ocupada por diver-

sas etnias e países.

Assim, em um restaurante

tradicional como a Osteria An-

tica Marina pode-se encontrar

entre os pratos típicos um cuscuz

de mariscos exemplar. Outra ca-

racterística importante é o frescor

dos ingrediente, a ponto de cama-

rões marinados ser servidos qua-

se crus, imersos em um rico tem-

pero de ervas e pimenta com azei-

te e limão, clamando por goles

dos tais vinhos brancos incríveis

do Etna.

Sicília

Vinhos vulcânicose umtrio de cidades turísticas

Vinhedos: aos pés do

Monte Etna hoje são

produzidos alguns dos

grandes vinhos da Itália

Fotos: Agência O Globo

TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 29: Bem estar 120812

Delícias do mar

Um canudo de massa crocante re-

cheado com ricota (que não tem nada a

ver com o queijo do Brasil: é cremoso, e

não quebradiço, com sabor delicado), o

cannoli é uma instituição siciliana.

Pode-se encontrar o doce por toda a

parte, mas é bom evitar os que ficam ex-

postos em vitrines.

Bons cannoli, além de ter uma massa

perfeita e uma ricota de alta qualidade, têm

que ser recheados na hora, para manter a

consistência crocante do canudo.

Viajar para a ilha italiana significa

necessariamente explorar os seus doces

e ingredientes típicos. Impressiona a

qualidade das frutas, algumas pratica-

mente uma exclusividade local, como

as chamadas laranjas sanguinárias.

A arancia rossa di Sicilia, batiza-

da assim por sua polpa avermelha-

da, origina sucos deliciosos, além de

uma infinidade de preparos culiná-

rios, de compotas e bolos a molhos e

frutas cristalizadas.

Frutas cristalizadas, aliás, são outra

especialidade local, aparecendo em re-

ceitas como a cassata, um bolo úmido tí-

pico da área de Palermo, que também le-

va a deliciosa ricota da região no prepa-

ro, além de mais um ícone siciliano, o

marzipã, doce de origem árabe feito de

pasta de amêndoas com açúcar e claras

de ovos, moldada em diversos forma-

tos, principalmente de frutas, e pintada

com anilina. (AG)

Os amantes da gastrono-

mia se esbaldam pela ma-

nhã, quando o mercado de

peixes de Catânia se espalha

pelos arredores da catedral.

Conhecido como Pesche-

ria, abriga mais de uma cen-

tena de barracas, e algumas

lojas, que vendem toda a sor-

te de pescados. O passeio é

uma aula de ingredientes

marinhos, de ouriços e ma-

riscos ainda vivos a peixes

dos mais diferentes forma-

tos e cores, incluindo atuns

e peixes-espada enormes,

que chegam fresquinhos das

águas do Mar Jônico.

O forte da feira são os fru-

tos do mar, mas também há

espaço para frutas e legu-

mes, além de uma área dedi-

cada às carnes e derivados,

com cabritos e embutidos, e

ótimas seleções de queijos.

Nos arredores do merca-

do, com apenas 1 euro, dá pa-

ra comprar um pedaço de pi-

zza enorme, que alimenta os

trabalhadores locais e vale

por uma refeição, com mas-

sa rústica, saborosíssima. O

molho de tomate é encorpa-

do, rico e de linda coloração

vermelha que contribui deci-

sivamente para deixar o mo-

mento gravado na memória

para sempre.

Esta área do litoral é fa-

mosa pelas boas praias, que,

combinadas com importan-

tes sítios arqueológicos (es-

pecialmente em Taormina e

Siracusa, com os seus famo-

sos teatros gregos) e com

uma boa oferta de hotéis e

restaurantes, transformam a

região leste da ilha no princi-

pal eixo turístico da Sicília.

Quem não está de carro

encontra em Catânia um

bom cardápio de passeios

nas agências locais. Há ex-

cursões em van e ônibus,

que seguem roteiros regula-

res, visitando pontos turísti-

cos e as principais atrações,

quase sempre combinando

Taormina ou Siracusa com

programas nos arredores das

cidades.

Outra maneira de explo-

rar a Costa Leste da Sicília é

usando os serviços de empre-

sas como a Catania Excur-

sions, que organiza passeios

exclusivos, de acordo com o

interesse dos visitantes, com

motoristas particulares.

Eles conhecem praias es-

condidas, vilarejos que não

aparecem no mapa, osterias

típicas e bons lugares para

comprar vinhos. Além dis-

so, organizam diversos tours

temáticos, como o chamado

‘O poderoso chefão e Taor-

mina’, que passa por locais

onde foram gravadas cenas

do filme, como o Castelo Ca-

po Sant’Alessio, e passeios

de jipe pelo Monte Etna.

Para os que pretendem

visitar vinícolas e fazer

tours voltados à enogastro-

nomia é sem dúvida a me-

lhor pedida. (AG)

África: em Catânia, o cuscuz de mariscos de

inspiração africana é um prato típico Cannoli: canudo de massa crocante recheado com uma ricota divina

Pescheria: atum e peixe-espada

na feira matinal de Catânia

Os cannoli eoutros ícones

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 29 - TURISMO

Page 30: Bem estar 120812

A Tenuta Regaleali é

um dos maiores e

melhores centros de

produção de vinho,

eleita a vinícola do ano

de 2012 na Itália

Agência O Globo

Só o visual que se tem nas

estradas que cortam as monta-

nhas da Sicília, conectando de

maneira sinuosa suas princi-

pais cidades, já seria razão sufi-

ciente para fugir por alguns

dias do litoral e se refugiar nas

paisagens campestres do cora-

ção da ilha.

Lá encontramos a Tenuta

Regaleali, epicentro da produ-

ção de vinhos da Tasca d’Alme-

rita, uma das maiores e melho-

res vinícolas do lugar, eleita re-

centemente a “vinícola do ano

de 2012 na Itália”, pelo Vini

d’Italia, respeitável guia edita-

do pelo Gambero Rosso.

Com uma linha bastante va-

riada, produzida em cinco pro-

priedades espalhadas por vá-

rias áreas, a família Tasca, de

históricos produtores de vi-

nhos na ilha, tem neste enclave

rústico e elegante no meio das

montanhas sicilianas o seu

quartel-general.

É onde nasce o grandioso

Rosso del Conte, que represen-

ta bem a nobreza da família: vi-

nho potente, uma explosão de

frutas com aromas de especia-

rias e um invejável frescor.

É ótima companhia para os

deliciosos cordeiros criados na

região, nos arredores de Valle-

lunga Pratameno, um dos re-

cantos mais isolados da Sicília.

Há algumas modalidades

de visitas, que podem ser perso-

nalizadas: o tour guiado com

degustação pode ser incremen-

tado com petiscos típicos (reco-

mendável), como o tradicional

panelle, uma massa de grão-de-

bico frita em azeite, que forma

um belo par com vinhos bran-

cos e rosados.

Combinando com antece-

dência é possível programar

um almoço, e degustação de vi-

nhos especiais.

Mas o acesso não é dos mais

fáceis, e o lugar é lindo e acolhe-

dor, de modo que o melhor

mesmo é passar ao menos uma

noite na vinícola, aproveitando

os quartos da pequena pousada

que funciona no local, uma lin-

da construção do fim do século

19 com paredes de pedra e tijoli-

nho e jardins super cuidados.

Ali também funciona uma

bem montada escola de cozi-

nha, chamada Anna Tasca Lan-

za, considerada a mais impor-

tante da Sicília, com uma pro-

gramação de cursos que vai

além dos sabores, incluindo ou-

tros temas, como o programa

‘Yoga, terroir & health’, de seis

dias (custa 1.500 euros, incluin-

do aulas, hospedagem, alimen-

tação, bebidas e passeios).

Além da programação regu-

lar é possível organizar aulas e

cursos personalizados, de acor-

do com o interesse de cada alu-

no ou grupo de alunos.

Quem coordena a escola é

Fabrizia Tasca Lanza, prima de

Alberto e filha de Anna, a funda-

dora da escola. Chef de cozinha,

ela também escreve sobre o assun-

to e dá aulas em um ambiente in-

formal, ensinando as técnicas e re-

ceitas típicas da ilha.

Na grade normal, os cursos

duram entre um dia (150 euros) e

cinco dias (2 mil euros), sempre

em regime “tudo incluído”.

Impossível é não querer

trazer para casa os produtos

do lugar, como geleias, mo-

lhos, ervas desidratadas e ve-

getais em conserva, como mi-

nialcachofras, cogumelos e to-

mates.

Sicília

VINHO E ESCOLADE COZINHA

A bela Sícilia

vista do céu

TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 31: Bem estar 120812

Praias e templosO mais famoso vinho da Si-

cília, o Marsala, é produzido na

cidadedemesmonome,naCos-

ta Oeste da ilha, uma área relati-

vamente pouco explorada pelos

turistas. Um poucomais ao nor-

te,acidadedeTrapaniéoponto

de partida para se visitar o filé

mignon da porção ocidental da

Sicília: as ilhas de Favignana,

Marettimo e Levanzo, com

águas incrivelmente claras e al-

gumas praias desertas.

Outroíconedaenologiasici-

liana, o Passito de Pantelleria, é

um vinho doce feito a partir de

uvas passificadas, como indica o

nome, secas ao sol, concentran-

do o nível de açúcar.

Mais próxima da costa do

NortedaÁfrica(maisespecifica-

mentedaTunísia)doquedaita-

liana, a ilha de Pantelleria, que

pode ser alcançada de avião ou

de barco, sempre com saídas de

Trapani, também apresenta

uma coleção de praias de tirar o

chapéu, tão lindas quanto os vi-

nhos feitos na região.

Com ruínas gregas erguidas

hácercade2.500 mil anos, Seli-

nunte é a principal referência

turística da região Oeste da

ilha, com uma notável cole-

ção de templos situados prin-

cipalmente na Acrópole sici-

liana, onde se realizam even-

tos noturnos nos meses de ve-

rão, com música e teatro. �

Serviço

De avião:É possível chegar àSicília a

partir de Romae de algumasoutras

cidades italianas (como Bolonha,Milão

eTorino) ede outras cidadesda Europa

(entreelas Amsterdã, Bruxelas e

Munique).

Debarco: Para quem está viajado

pela Calábria é possível chegar à

Sicília de barco, em linhas regulares

que atravessam o Estreito de

Messina e conectam Vila San

Giovani e Regio de Calabria, no

continente, às cidades de Messina

e Catânia, na Costa Leste da ilha.

Mas o interior da ilha não vive

apenasdoambienterural eseus co-

mes e bebes. Embora a maior parte

dos sítios arqueológicos esteja loca-

lizada nas áreas costeiras, também

encontramos relíquias do período

romano nas entranhas da Sicília.

Como a preciosa Villa Romana del

Casale,asudestedeVallelungaPra-

tameno e ao sul de Enna.

O destaque é a Piaza Ameri-

na, um dos mais importantes sí-

tios arqueológicos da Itália, prin-

cipalmente por conta da impres-

sionante coleção de mosaicos en-

contrados ali a partir dos anos

1950, conservados pelo barro de

uma inundação.

Entre as belas imagens, uma

das mais famosas é a série batizada

“Meninas de biquíni”, com dese-

nhos de mulheres em roupas que

poderiam ser usadas hoje, em Ipa-

nema, sem qualquer qualquer tipo

de estranhamento.

Tombado pela Unesco há 15

anos como Patrimônio Mundial

daHumanidade,osítioarqueológi-

co de Villa Romana del Casale,

com passarelas e uma ótima estru-

tura de visitação, colocou esta re-

gião,naparteCentro-Sulda Sicília,

no mapa do turismo da Itália. Por-

que apesar de ser uma ilha, e Sicília

não vive só de litoral. O interior

guarda seus encantos. (AG)

Trabalhador em vinhedos da Tasca d’Almerita; no meio das montanhas sicilianas, a surpresa do bom vinho

Leste:

a região do

Etna produz

vinhos

cada vez

melhores

Sítios arqueológicos

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 / 31 - TURISMO

Page 32: Bem estar 120812

Paulo Coelho

DUAS HISTÓRIASSOBRE PEDRAS

Escritor

Quais são as coisas importantes na nossa vida? Quais os projetos que

adiamos, as aventuras que não vivemos, os amores pelo qual não lutamos?

A internet continua sendo um

grande manancial de histórias. A se-

guir, duas histórias sobre pedras, reti-

radas da rede.

O seixo corretoO homem ouviu falar que certo al-

quimista perdera, num deserto muito

próximo, o resultado de anos de seu

trabalho: a famosa pedra filosofal,

que transformava em ouro todo me-

tal que tocava.

Impulsionado pelo desejo de achá-

la e ficar rico, o homem dirigiu-se ao

deserto. Como não sabia exatamente

o aspecto da pedra filosofal, começou

a pegar todos os seixos que encontra-

va, colocando-os em contacto com a

fivela do seu cinto, e vendo o que

acontecia.

Passou-se um ano, mais um, e

nada. O homem, entretanto, seguia

obstinadamente no desejo de recu-

perar a mágica pedra. Assim, auto-

maticamente, caminhava pelos di-

versos vales e montanhas do deser-

to, esfregando um seixo atrás do ou-

tro em seu cinto.

Certa noite, antes de dormir, deu-

se conta que a fivela havia se transfor-

mado em ouro!

Mas qual das pedras tinha sido?

Será que o milagre acontecera de ma-

nhã, ou na parte da noite? Há quanto

tempo, realmente, não olhava o re-

sultado do seu esforço? O que an-

tes era uma busca de um objetivo

determinado, tinha se transforma-

do num exercício mecânico, sem

qualquer atenção ou prazer. O que

era uma aventura, transformou-se

numa obrigação aborrecida.

Agora já não tinha como desco-

brir a pedra exata, pois a fivela já era

de ouro, e nenhuma outra transforma-

ção aconteceria. Percorrera o cami-

nho certo, e deixara de prestar aten-

ção ao milagre que o esperava. (Elia-

ne Vaccari)

As pedrasmaiores

O mestre colocou, em cima da me-

sa, um vaso de vidro.

Em seguida, retirou de um saco

uma dezena de pedras do tamanho de

uma laranja, e começou a enfiá-las,

uma a uma dentro do jarro.

Quando o jarro já estava com pe-

dras até a borda, perguntou aos seus

alunos:

- Está cheio?

Todos disseram que sim. O mes-

tre, porém, retirou de outro saco um

cascalho, e sacudindo as pedras gran-

des dentro do jarro, conseguiu colo-

car bastante cascalho ali dentro.

- Está cheio? – perguntou de

novo.

Os alunos disseram que, desta

vez, estava cheio. Foi quando o mes-

tre abriu um terceiro saco, cheio de

areia fina, e começou a derramá-la no

jarro. A areia foi preenchendo o espa-

ço vazio entre as pedras e o cascalho,

até que chegou ao topo.

- Muito bem – disse o mestre –

agora o jarro está cheio. Qual o ensi-

namento que eu quis demonstrar?

- Que, não importa o quanto você

esteja ocupado, sempre há espaço pa-

ra fazer alguma coisa a mais – disse

um aluno.

- Nada disso. Na verdade, esta pe-

quena demonstração nos faz ver o se-

guinte: se não colocamos as pedras

grandes antes, não poderemos colocá-

las depois.

“Então, quais são as coisas impor-

tantes na nossa vida? Quais os proje-

tos que adiamos, as aventuras que

não vivemos, os amores pelo qual não

lutamos? Perguntem quais são pe-

dras grandes, sólidas, que mantêm

acesa em vocês a chama de Deus. E co-

loquem rápido no vaso de suas deci-

sões, ou em pouco tempo já não en-

contrarão lugar para elas.” �

32 / São José do Rio Preto, 12 de agosto de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO