revista bem estar-20140615

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Health & Medicine


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Page 1: Revista bem estar-20140615
Page 2: Revista bem estar-20140615

Editorial

Você valoriza realmente seus sonhos? Dá a eles aimportância que eles merecem ou, mais do que isso,investe o suficiente para que se tornem realidade? Areportagem especial deste domingo trata deste tema,apoiando-se nos depoimentos de dez convidados, que, apartir do relato de suas experiências, ajudam a clarearcaminhos para quem sente que seus objetivos andam“empacados”. “Vale a pena lutar pelo que enche de alegriaos nossos dias”, diz a psicóloga Vera Paráboli Milanesi.“Somos aprendizes da felicidade. Aprendemos a cada diaque ela é uma conquista diária”, afirma a psicopedagoga epresidente da AACD, Adriane Albuquerque Cirelli. “Mas épreciso saber onde quer chegar e como”, pondera opsiquiatra e escritor Ailton Amélio. Outra reportagemmostra o poder da imaginação, ou como o exercício dacriatividade se traduz em realizações e conquistas. Vocêtambém lê nesta edição sobre a importância dos amigospara nossa saúde física, mental e social. Ótima leitura!

24

Croácia conquista visitantescom suas cidades históricasà beira do Mar Adriático

16

Um dos grandes sucessos da telinha,Tatá Werneck está escalada para serprotagonista da novela “Lady Marizete”

13

Nutricionista escreve sobre os maushábitos alimentares na infância, quecontribuem para o aumento dos casosde diabetes tipo 1 entre as crianças

Poesia

Agência O Globo/Divulgação

Divulgação

Turismo

Hamilton Pavam

Televisão

DIÁRIO DA REGIÃO

Dos sonhosà realização

MarianaCorradi

Diretor de Redação

Décio [email protected]

Editor-chefe

Fabrício [email protected]

Coordenação

Ligia [email protected]

Editor de Bem-Estar e TV

Igor [email protected]

Editora de Turismo

Cecília [email protected]

Editor de Arte

César A. Belisá[email protected]

Pesquisa de fotos

Mara Lúcia de Sousa

Diagramação

Cristiane Magalhães

Tratamento de Imagens

Edson Saito, Luciana Nardellie Luis Antonio

Matérias

Agência EstadoAgência O Globo

ESTRADAEsta estrada onde moro, entre duas

voltas do caminho,

Interessa mais que uma avenida

urbana.

Nas cidades todas as pessoas se

parecem.

Todo o mundo é igual. todo o mundo é

toda a gente.

Aqui, não: sente-se bem que cada um

traz a sua alma.

Cada criatura é única.

Até os cães.

Estes cães da roça parecem homens

de negócios:

Andam sempre preocupados.

E quanta gente vem e vai!

E tudo tem aquele caráter impressivo

que faz meditar:

Enterro a pé ou a carrocinha de leite

puxada por um bodezinho

manhoso.

Nem falta o murmúrio da água, para

sugerir, pela voz dos símbolos,

Que a vida passa! que a vida passa!

E que a mocidade vai acabar.

Manuel Bandeira

2 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 3: Revista bem estar-20140615

Estresse, ofantasma queassombra

Artigo

Marcelle Vecchi

O estresse é um indicador que estamos

agindo num “padrão over”, com pouco res-

peito aos nossos limites, tanto físicos como

emocionais, e que evidencia uma sobrecar-

ga no sistema como um todo. Para exempli-

ficar, imaginemos um carro subindo uma

ladeira íngreme em 5º marcha, o motor es-

tá sendo forçado além da medida. O proble-

ma do estresse é que se instala de forma su-

til e lenta, é o resultado do acúmulo contí-

nuo de situações desgastantes, dia após dia.

Geralmente temos uma estranha mania de

protelar situações que exigem um posicio-

namento, dessa forma há um acúmulo de

pendências que com o tempo se tornam pro-

blemas. Se nesse estágio continuamos a pro-

telar, esses problemas se tornam crises. E

durante todo esse tempo, que se iniciou

com as situações desgastantes e chegou às

crises, nosso sistema interno se desgastou e

se sobrecarregou, nesse ponto automatica-

mente o estresse já assumiu o controle.

É importante frisar que podemos detec-

tar situações desgastantes, e agir para que o

processo todo se interrompa logo no início,

para isso devemos apurar nossa observação

e sensibilidade frente às situações, e evitar

a protelação.

Temos quatro sentimentos básicos, to-

dos os outros têm suas raízes nesses, que

são: Raiva, Medo, Alegria e Tristeza.

A preferência por protelar geralmente

está associada ao medo. Medo de não ser

compreendido, medo de críticas, medo de

não ser aceito, medo do julgamento alheio,

medo de magoar, medo de causar confli-

tos... Não agimos porque o medo está no

controle. Quando esse processo se torna

consciente, reavaliamos nossas posturas, a

fim de diminuir a influência do medo em

nossas vidas, e naturalmente a coragem de

se posicionar se aflora.

O antídoto do estresse é evitar o acúmu-

lo de situações desgastantes, sejam elas pro-

fissionais, pessoais, familiares ou afetivas.

O hormônio do estresse é o cortisol. De-

pendendo da quantidade de cortisol que cir-

cula pelo nosso organismo sentimos ou não

os efeitos do estresse, e temos observado

uma crescente manifestação desse estado

emocional também em crianças a partir de

5 anos. É uma situação preocupante.

Para combater o estresse, e consequente-

mente o cortisol, as mulheres produzem a

oxitocina, hormônio relacionado a ativida-

des prazerosas e amor; já os homens produ-

zem a testosterona, que combate os benefí-

cios da oxitocina, sendo assim, os homens

estão mais sujeitos a maiores níveis de es-

tresse. Além disso, homens e mulheres rea-

gem de diferentes formas frente a esse esta-

do emocional. As mulheres tendem a bus-

car atividades que lhe ocupem a mente de

forma prazerosa e calmante, como cuidar

dos filhos, cuidar da casa, do jardim, con-

versar com amigas, praticar um hobby, en-

fim, o foco está nas atividades prazerosas,

pois a oxitocina amortece as reações de lu-

tar ou fugir, próprias da ansiedade, que é

uma das consequências do estresse. Já os

homens, sob o efeito da testosterona e

baixa oxitocina, estão mais sujeitos à an-

siedade, e os instintos de lutar ou fugir

prevalecem. Preferem remoer pensamen-

tos e se recolher, e tendem a evitar conta-

tos humanos.

Claro que, em se tratando de estados

emocionais, não há lugar para generaliza-

ções, somos únicos, falamos em tendências,

não em padronizações.

Há estudos que comprovam a ação bené-

fica à saúde de interações interpessoais, co-

mo as escolhidas pelas mulheres, no comba-

te ao estresse. Esses estudos explicam obje-

tivamente o porquê das mulheres viverem

mais do que os homens em todas as cultu-

ras conhecidas, mostrando que os relaciona-

mentos sociais diminuem o colesterol e a

pressão alta, a frequência cardíaca e o risco

de infecções em geral.

Menos estresse, mais saúde; mais conta-

to pessoal, mais saúde; menos contato pes-

soal, menos saúde.

O estresse é um mal que pode ser combati-

do com mudanças de padrões comportamen-

tais e mentais. O primeiro passo é identificar o

problema e assumi-lo como tal, para só depois

tomar as providências necessárias. O que não

podemos fazer é não fazer nada. �

Marcelle Vecchi é terapeuta masterpractitioner em ProgramaçãoNeurolinguística (PNL)

O antídoto é

evitar o acúmulo

de situações

desgastantes,

sejam elas

profissionais,

pessoais, familiares

ou afetivas

Quem é

Guilherme Baffi

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 3

Page 4: Revista bem estar-20140615

Dez pessoas compartilham lições de

como encontrar a felicidade

por meio do planejamento, da

perseverança e de algumas renúncias

Gisele [email protected]

Não importa qual. Pode ser

a conquista da casa própria,

comprar um carro, fazer uma

faculdade, especialização ou

viajar. Esses são sonhos que fa-

zem os olhos de muita gente

brilhar, mas que, às vezes, pa-

recem distantes. Todo mundo

sabe bem os ingredientes da fe-

licidade, nas nem sempre co-

nhecem os passos necessários

e sacrifícios para chegar lá. So-

nho não é fantasia. Sonho é

um projeto de realização de

um desejo viável. Pode ser difí-

cil, mas não impossível. Fanta-

sia é o espaço do impossível.

Para conquistar seus objeti-

vos, você encontrará alguns

obstáculos, mas com determi-

nação, você consegue.

A primeira pergunta a ser

feita é: você sabe o que quer

conquistar? Quanto mais espe-

cífico e importante for o objeti-

vo, mais fácil será se aproximar

dele. Isso porque se a motiva-

ção for boa, o sacrifício ficará

pequeno perto do desejo de lu-

tar por ele. Você tem de ter ob-

jetivos, porque sem eles não

consegue sair do lugar.

Por que as pessoas têm tan-

ta dificuldade em realizar seus

sonhos? “Felicidade, como di-

zem os sábios, é gostar daquilo

que você já tem”, diz o escritor

Gilberto Cabeggi, coach edito-

rial, autor dos livros “Antes

Tarde do que Nunca”, “Todo

Dia É Dia de Ser Feliz” e “To-

do Dia é Dia de Ter Fé na Vi-

da” (todos pela ed. Gente). O

importante é não focar naquilo

que lhe falta, mas no que já está

à sua disposição no presente.

É gostar do que já tem e

desfrutar do que já tem. Isso

não só traz felicidade, como

sentimento de gratidão, neces-

sário para gerar novas energias

e conquistas.

“As pessoas têm dificulda-

de em realizar seus sonhos, por-

que, na verdade, não dão a eles

a importância que eles mere-

cem. Quando você desdenha,

faz pouco caso, não consegue

reunir energia e ânimo para rea-

lizá-los”, complementa. Por is-

so, é fundamental seguir uma

rotina de procedimentos para

realmente concretizar na vida

aquilo que você sonha.

A revista Bem-Estar ouviu

dez pessoas que ensinam co-

mo chegaram lá, o que pode

ajudá-lo a planejar suas pró-

prias conquistas.

Especial

O que você temfeito para realizarseus sonhos?

4 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 5: Revista bem estar-20140615

“Para realizar meus maioressonhos, corro contra o tempo,porque eles são muitos na vidaprofissional e na vida pessoal.Se eu não conseguir prosperarna vida profissional, também nãovou conseguir prosperar napessoal. Para isso, sempretenho um planejamento de vida,e tenho conseguido as coisasque eu quero e conciliar ascoisas importantes na minhavida, onde minha família vem emprimeiro lugar”Cláudia Bassitt, empresária

“Eu me sinto uma pessoa muitofeliz, pois as circunstânciasexternas às vezes são bem

desafiantes, mas não me tiramda conexão com Deus, que me

mantém em paz e harmonia. Soufeliz sendo presidente voluntária

na AACD, pois assim multiplicocom tantos os valores que recebi

no berço e pratiquei na famíliaque eu formei. Somos aprendizes

da felicidade, aprendemos acada dia que a felicidade é uma

conquista diária, às vezes dealgo que muitos consideram

corriqueiro, mas que para algunsé a maior das conquistas. Somos

aprendizes da felicidade”Adriane Albuquerque Cirelli,psicopedagoga e presidente

da AACD

Hamilton Pavam 14/1/2014

Pierre Duarte 13/3/2014

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 5

Page 6: Revista bem estar-20140615

“Desde criança, meu maior sonho, porincrível que pareça, era ser cirurgiãoplástico e fazer residência com oprofessor Ivo Pitanguy. Assim, meformei na Famerp, fui para o Rio deJaneiro, fiz residência e mestrado emcirurgia na Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ), já para ficar pertodo serviço do professor Pitanguy.Depois, fiquei três anos trabalhandocom ele. A partir daí, comecei a sonharem ter uma clínica nos moldes da dele,ou seja, com segurança de hospital etotal privacidade aos meus clientes. Emrelação à família, hoje me realizo nosmeus filhos, os dois fazendo medicina,e talvez sigam meus passos. Em relacãoa bens materiais, sempre me realizo emviagens (conheço quase o mundo todo),adoro carros e cavalos. Tenho um harasem Tanabi. E sempre vou cntinuarsonhando. Como diz Fernando Pessoa:‘Tenho em mim todos os sonhosdo mundo’”Ivan Togni, cirurgião plástico

“Tentoadministrarmeusobjetivosdentro dos limitesque eupossaalcançar. Eu procuro tambémaceitara vidaeoque é inevitável, e vivercadadia, tanto quanto possível. Vocêtemde ter objetivos, mas, emborapossaparecer contraditório, elespodemse tornar um inimigo. Se forinatingível, elepodeser frustrante etirar você dopresenteeum objetivopodeanular opresente. Semobjetivos você nãoconseguesair dolugar,mas existeumadosagem.Éprecisosaber onde quer chegar ecomo.Eu estou contente esempreaprendendo.Existemgrandesobjetivosna vida, e vários nodia adia, como terde vir trabalhar,caminhar. É precisoadministrá-los.Seeunãosouber administrá-los,

acabosaindodo presente,porqueobjetivo éalgoqueestáno futuro - tanto faz sedaqui a cinco minutosoua10anos -, mas seeunãodeixar umespaçoparaopresente osobjetivosmeesvaziamdopresente.”AiltonAmélio,psiquiatraeescritor

“Questiono a mim mesmo comalgumas perguntas como: “É issomesmo que eu quero para a minhavida?”; “Eu continuo querendorealizar esse sonho, ou tudo foiapenas ‘fogo de palha’?”; “Realizaresse sonho vai me tornar mais feliz evai ajudar as pessoas que eu amo aserem mais felizes?”; “Existe algumoutro sonho que eu quero realizar eque tem a tudo a ver com estes meussonhos atuais?”; “O caminho queestou trilhando me levará à realizaçãodo meu sonho?”. Procuro pensar,sentir e questionar, para ver se nãoestou pegando um desvio no meio domeu caminho. Se for o caso, procurocorrigir a rota. O segundo passo éreforçar em meu coração a crença deque realmente posso realizar essessonhos. Procuro lembrar-me de tudoo que já realizei e entrar em contatocom minha capacidade de realização.Depois, procuro me deliciar com aideia de realizá-los. A próxima etapa éorar e entrar em contato com o divino.Pedir forças e coragem para realizar oque é preciso realizar, serenidadepara aceitar aquilo que está fora domeu alcance mudar, e sabedoriapara saber a diferença entre umasituação e outra. Finalmente,agradeço pela ajuda e inspiraçãodivinas, que tenho certeza que virão,e então me ponho em ação”Gilberto Cabeggi, coacheditorial e escritor

“Eu me sinto realizada com a vida queconstruí, tanto no nível pessoal quanto noprofissional. Em ambos, foram muitashistórias de superação e longo o caminhopercorrido. No nível profissional, tive de ircontra padrões e preconceitos paraabandonar meu curso de medicina numadas faculdades mais cobiçadas do Brasil(USP) e buscar meu sonho: estudarliteratura e psicologia. Aprendi, com estaexperiência, que vale a pena lutar peloque enche de alegria os nossos dias.Mergulhei nos estudos, buscandoconhecimento e capacitação para realizarum trabalho digno, do qual pudesse meorgulhar. Cursei duas faculdades, fizmestrado, doutorado e pós-doutorado.Escrevi livros, artigos científicos e nãocientíficos, crônicas, poemas. Muitoestudo, renúncia e dedicação. Do pontode vista pessoal, sinto-me feliz com afamília que constituí, pois é alicerçada noverdadeiro amor e partilha do dom davida. Vejo que a minha espiritualidadesempre me fortaleceu: é nosensinamentos da Bíblia, na oração e noamor da família e dos amigos queencontro forças para persistir quandocansada; e respostas, quandoangustiada. Pela fé, procuro aprender odesapego das coisas que passam parame focar nas que não passam. Vejo avida como uma rápida viagem pela Terra,rumo à Eternidade. Atualmente, esse temsido o sonho que mais gosto de sonhar.Ele me anima, ele me aproxima de Deus,de mim e dos que me cercam”Vera Márcia Paráboli Milanesi,psicóloga clínica

Folha Press/Divulgação

Edvaldo Santos 12/6/2009

Divulgação

Sergio Isso16/7/2013

6 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 7: Revista bem estar-20140615

“Ser feliz comigo mesmo é oprimeiro passo para realizarmeus sonhos. E para isso, eume apego muito à religião.Todos os dias, ao acordar, euagradeço pela vida, e peçosabedoria e paciência paraencarar os desafios queaparecem ao longo do dia. Sãomuitas coisas para administrar epreciso ter calma paraentendê-las e realizar o quepreciso. Desta forma, euconsigo realizar meus sonhos.Eu sou um homem realizado, porter uma família maravilhosa emeus próprios negócios. E tentomelhorar todos os dias, emtodos os sentidos”Paulo Emílio, empresário epresidente do Country Bulls

“Tudo o que intentei na vida até omomento, busquei as oportunidadesdisponíveis para realizar. Uma

profissão que amo, me dá prazer,razão e sentido de existir. Uma boarelação familiar, fonte de amparo e

proteção emocional. Verdadeiros ebons amigos, alegria e descontraçãoaté em meio às tempestades da vida.

A liberdade de ir e vir para onde equando desejar, o que me exigerenúncias das quais jamais me

arrependo. Por fim, a capacidade deamar e manter laços afetivos sem

amarras ou contenções, a convicçãoda solteirice. Em todas as épocas deminha vida, quando não há nada que

possa amparar meus sonhos eminhas decisões, eu crio os meios,ergo escadas, construo pontes.

Sempre acreditei, mesmo quandotodos duvidavam. Cheguei sempreonde minha alma desejou estar e

minha mente trabalhou para tanto.Porém, não me basta chegar. Sinto

necessidade de prosseguir, sempre. Iradiante. Avançar é preciso para mesentir viva e me empolgar. O sonho

atual? Planejo me aposentar aos 65anos, ter uma renda que garanta meusustento com dignidade e me dedicar

à arte de escrever. O que faço paraisso? Uma previdência privada,cuidados com a saúde, muito estudo,

leitura de grandes e bons autores.Considero a hipótese de fazer algumdesvio nesse trajeto”

Mara Lúcia Madureira, psicólogacognitivo-comportamental

“Meus maiores sonhos são minhacarreira profissional: ser executivade uma grande empresa corporativa.O que fiz para isso? Estudei, medediquei, me qualifique. Faculdade,pós-graduação, cursos,especializações, além de intercâmbiofora do país e empregos em grandescentros como São Paulo, Rio deJaneiro, Rio Preto. Também tiveexperiência de atuar em empresaslíderes no mercado. Meu sonhopessoal era ser mãe, o maior sonhoda minha vida, um sonho pra vidatoda. Sinto uma alegria grande poresta escolha, agradeço todos osdias poder olhar para o meu filho,hoje com 14 anos de idade. Estesonho ainda está em construção,sempre pra frente”Carla Grama, executivade marketing

Fotos: Divulgação

“Desde os meus 14 anos,trabalho com três frentes muitoclaras: propósito de vida,objetivos e metas e planos deação. Propósito de vida é aquiloque me move, coisas que merealizam, aquilo que vai fazercom que eu tenha um orgulhodanado quando olhar para trás.Isso vale para questões derealização profissional (carreira),formação e também questõesmateriais. Na vida real, tenhoalguns papéis: o eu pessoal, oeu profissional (carreira etrabalho), o eu autor, o euconhecimento, o eu-família(marido e pai) e o eu material.Diante disso, estabeleço emcada um dos papéisonde quero chegar. Oque eu vou fazer parachegar no fim do anofeliz e realizado. Aícoloco o objetivo. Paraficar mais perto da minhaesposa, coloco que a cadadois meses vamos tirar umfinal de semana e escaparpara um hotel fazenda,coloco isso na minha agenda,bloqueio dois ou três dias, e éum final de semana para o meupapel de pai e marido. Eu meorganizo de um jeito que nãodeixo que meu dia a dia tomeminha agenda e eu não tenha

tempo para as coisas querealmente são importantes

na minha vida”Anderson

Cavalcante,escritor �

Divulgação

Divulgação

Guilherme Baffi 3/4/2011

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 7

Page 8: Revista bem estar-20140615

Pessoas criativas predispõem a mente a descobrir

o novo. Aprenda como desenvolver essa habilidade

Gisele [email protected]

A imaginação fornece ao ser

humano mecanismos para a ma-

nipulação da realidade e dos

elementos que a compõem. E é,

certamente, uma ferramenta

fundamental na criatividade e

no produto criativo.

O físico alemão Albert Eins-

tein (1879-1955) afirmou: “A

imaginação é mais importante

que o conhecimento”, referin-

do-se à limitação do conheci-

mento científico, enquanto de-

clarava que a imaginação seria

um território ilimitado.

Mas será que a utilidade da

imaginação se resume a uma

ferramenta de manipulação

mental da realidade?

“Atualmente, a neurologia

verificou que, mediante a per-

cepção direta ou a imaginação,

as zonas do cérebro ativadas

são as mesmas. Isto é: o cérebro

não consegue distinguir o que

é real ou o que é imaginado,

pois processa de igual forma”,

diz o psicólogo português Jorge

Elói, fundador e criador do Es-

paço Psicologia Free. Prova dis-

so é o fato de que, em muitos so-

nhos, só constatamos que está-

vamos sonhando depois de

acordar.

A principal diferença entre

os sonhos e a imaginação é que

a imaginação são construções

conscientes e voluntárias da

realidade, enquanto os sonhos

são construções inconscientes

e involuntárias.

A imaginação é útil para

modificar ou ressignificar me-

mórias, diz Elói, mas essa fun-

ção depende essencialmente da

personalidade da pessoa. Pois

pessimistas, tristes ou deprimi-

dos tendem a tornar as memó-

rias más ainda piores e relativi-

zar as boas, quando deveria ser

o contrário.

“Não é errado dizer que tu-

do o que existe de concreto no

mundo e foi feito pelo homem

é fruto direto da imaginação hu-

mana”, disse o escritor, profes-

sor e conferencista Eugenio

Mussak, especialista nas áreas

de liderança e desenvolvimen-

to humano e profissional.

Sem a imaginação, a arte se-

ria manca e monótona, a ciên-

cia seria primitiva e pequena, e

até as relações humanas seriam

primitivas e insatisfatórias. “Se

é que as coisas existiriam”,

complementa. E vai além:

“Imaginar é usar a faculdade

mental de criar imagens com as

quais não se teve uma experiên-

cia direta. E isso tem uma imen-

sa virtude. A de gerar a energia

necessária para que a transfor-

mação da imagem mental em al-

go real aconteça”, garante.

Essa habilidade nos liberta

do real, nos leva para fora das

normas e de tudo aquilo que é

aceito pela nossa sociedade. Is-

so significa que o ato de imagi-

nar é bem mais do que ver um

objeto ou situação de maneira

diferente. É uma predisposição

da mente para almejar alguma

coisa que ainda não tenha vis-

to, que a transporta para uma

realidade paralela, aquela em

que se vive ou até mesmo pa-

ra prever situações que supo-

mos que vamos vivenciar. É

através da imaginação que po-

demos alcançar alguns dos

nossos desejos e idealizar no-

vos desejos. Podemos ver

aquilo que nunca foi visto

por ninguém e descobrir um

novo mundo.

O poder daimaginação

Autoconhecimento

Sto

ck

Images/D

ivulg

ação

8 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 9: Revista bem estar-20140615

1º SEJA CURIOSO

Leonardo da Vinci tinha sempre umcaderno em mãos. Assim, podia escreveras ideias que brotavam na cabeça. Alimentesua criatividade: ande com um bloquinho nabolsa ou faça notas no celular. A ordem é nãose limitar: escreva o que quiser, sem anecessidade de manter uma ordem lógica

2º FAÇA CONEXÕES ENTRE SUAS IDEIAS

Crie links entre itens e assuntosdiferentes. Por exemplo, use a imaginação eestabeleça conexões para cada dupla: umafolha de carvalho e uma mão. Matemática e aÚltima Ceia. Uma risada e um nó

3º USE O CÉREBRO POR COMPLETO

Balanceie seu modo de pensar fazendoum mapeamento da sua mente. O objetivo éunir o racional ao emocional. Os cadernos deLeonardo da Vinci eram cheios de desenhosdetalhados - com palavras, pensamentos egravuras interligados. Para criar seus mapas,tenha canetas coloridas, papel e um tópico(um problema ou um objetivo). Coloque nocentro do papel uma figura que representeseu ponto principal. Escreva palavras-chavee conecte-as com linhas à imagem central -cores, desenhos e códigos dão maisênfase ao mapa

4º CONVIVA COM A AMBIGUIDADE

Você consegue sentir-se confortávelmesmo sem ter certeza absoluta de um fato?Dê uma nota de 1 a 10 a si mesmo - sendo

que 1 representa a necessidade pelacerteza a todo momento. Descubra o quevocê pode fazer para subir um ponto nessaescala. Pode ser simplesmente ouvir econfiar mais em sua intuição

5º DESAFIE SEU CONHECIMENTO

Quais foram suas experiências maismarcantes? Faça uma lista com sete delas e,ao lado, escreva uma frase que resuma o quevocê aprendeu em cada situação e como usaas lições no dia a dia. Então, pergunte a simesmo se as conclusões às quais vocêchegou naquela época mudaram. Deixe queos pensamentos perturbem sua mente ereflita durante um dia ou dois

6º AGUCE SEUS SENTIDOS

Estimule sua consciência a ser maissinestésica ao ouvir música: enquanto suaplaylist favorita toca, expresse em folhas depapel suas impressões e sentimentos sobreo que escuta, desenhando e pintando. Abusede formas e cores

7º CUIDE DO CORPO

Siga o conselho de Leonardo da Vinci:“Mantenha sua mente focada empensamentos alegres. Exercite-semoderadamente. Só coma quando estivercom fome e em pequenas quantidades.Mastigue bem. Cuidado com a raiva. E vá aobanheiro regularmente”

Extraído do livro “Da Vinci Decodificado”(ed. Bertrand Brasil), de Michael J. Gelb

Sete dicas paraestimular a mente

“Ninguém sabe, mas, por se tratarde uma operação complexa,seguramente deve utilizardiferentes áreas do córtex cerebral,onde estão guardadas as memórias,porque a imaginação se baseia emconhecimentos que o cérebrojá tem”, explica o neurocientistaIvan Izquierdo, especialista nosmecanismos da memória

Pense forada ‘caixa’

De onde vem aimaginação?

A imaginação é descrita

como sexta lei do triunfo pe-

lo norte-americano Napo-

leon Hill (1883-1970), no li-

vro “A Lei do Triunfo” (ed.

José Olympio). Por 20 anos,

Hill pesquisou sobre as 6

mil pessoas mais ricas e po-

derosas do mundo e desco-

briu o que elas tinham em

comum. Hill não só as estu-

dou, como também entre-

vistou pessoalmente cente-

nas delas, incluindo nomes

como Thomas Edson,

Graham Bell, George East-

man, Henry Ford, John

Rockfeller, Theodore

Roosevelt e Woodrow

Wilson. O que ele con-

cluiu? Que essas pessoas

pensavam fora da caixa.

Boa parte desses ho-

mens precisou usar a ima-

ginação para pensar em

um negócio que não exis-

tia, para criar uma solu-

ção na qual ninguém pen-

sou antes, para desenvol-

ver coisas novas.

Existe uma série de téc-

nicas para desenvolver a

imaginação e a criatividade,

mas o ponto principal para

Napoleon Hill é você forçar-

se a mudar suas rotinas de

ações e pensamentos e não

ter receio de experimentar

coisas novas.

O ser humano possui

um poder ilimitado, que é

sua capacidade de imagina-

ção. Quando imaginamos,

nos transportamos para

uma dimensão que vai além

do que é material ou físico.

“Imaginar significa visuali-

zar, sentir o que aparente-

mente esta invisível. É vis-

lumbrar algo futuro com a

certeza e a realidade do pre-

sente, tomando como lição

experiências do passado”,

disse no livro “O Poder da

Imaginação - Você progra-

ma a sua vida” (ed. Leitura)

o cardiologista Lair Ribei-

ro. “Somos frutos da nossa

própria imaginação.Somoso

resultado de nossos próprios

pensamentos. Criar o futuro

envolveprojetarnossamente

para aquilo que queremos”,

escreveu. � (GB)

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 9

Page 10: Revista bem estar-20140615

Manter e cultivar amigos é como cuidar

de uma planta: precisa regar, conversar,

de afagos... e, de vez em quando,

também de algumas podas

Gisele [email protected]

Amigos na vida terrena são almas que um dia

se encontraram no paraíso, diz um antigo provér-

bio da cabala. E eles são vitais em nossa vida.

Não podemos viver sem amigos, por diferentes

razões. A amizade melhora nosso bem-estar físi-

co, mental e espiritual. Bons relacionamentos

contribuem para manter a saúde e ainda curam

as depressões.

“A amizade, tal como é no fundo e em sua sin-

geleza, equivale ao afeto, que, nascendo no cora-

ção dos seres humanos, emancipa-se de toda

mesquinhez e interesse, enaltecendo e enobre-

cendo o pensamento e o sentimento dos ho-

mens”, disse Carlos Bernardo Gonzalés, o cria-

dor da logosofia.

Não se poderia conceber a amizade se ela não

fosse presidida pelo ternário simpatia-confian-

ça-respeito, indispensável para nutrir o sen-

tir que a constitui. “Ela é o grande ponto de

apoio sobre o qual se concentram as maiores

esperanças do mundo. É pelo signo da amiza-

de que se unem os homens, os povos e as ra-

ças, e é sob seus auspícios que há de haver

paz na Terra”, afirma.

Mas como nascem as amizades, afinal? Ao

longo da vida, nós nos aproximamos de pes-

soas e nos afastamos de outras. Nosso círculo

de amigos dificilmente se mantém o mesmo -

mas seu padrão, esse sim, permanece. Por

exemplo: se você tinha dois amigos próximos

no ensino médio e uma turma maior com cin-

co ou seis pessoas, é provável que esse padrão

se repita depois, na faculdade, e também na

vida adulta, embora não necessariamente

com os mesmos amigos.

Pesquisadores da Aalto University School

of Science, na Finlândia, monitoraram dados

de celulares de adolescentes britânicos desde

o colegial até sua entrada na universidade. A

ideia era analisar quantas relações próximas

eles mantinham. O estudo mostrou que as

pessoas têm “assinaturas” ou “padrões de inti-

midade” com as outras, e isso costuma ser

mantido ao longo da vida.

O cientista da computação Jari Saramaki,

que estuda redes sociais, diz que a maioria

das pessoas mantém um pequeno número de

relacionamentos próximos. Manter relações

próximas é essencial para o nosso bem-estar,

mas isso tem um custo - tempo pessoal, de traba-

lho e outros relacionamentos. Por isso, as dife-

renças individuais refletem como as pessoas li-

dam com recursos finitos de tempo, comunica-

ção e investimento emocional

para sustentar as relações.

“A amizade é um sentimento,

uma atitude baseada ou construí-

da a partir dos alicerces da lealda-

de”, diz o psicólogo rio-pretense Hu-

go Ramón Barbosa Oddone, gestalt-te-

rapeuta de casal e famílias.

SER GREGÁRIO

O conceito de amizade acompanha o

ser humano desde os primórdios. Antiga

discussão filosófica é sobre a natureza selva-

gem/solitária ou gregária do homem. Os defen-

sores da amizade acreditam, e Oddone também,

que há uma natureza gregária do homem, algo

no nosso inconsciente, que sempre vai levar à

aceitação, à compaixão, à bondade e à receptivi-

dade pacífica e amistosa. Em outras palavras:

nosso inconsciente é naturalmente bom. E pode-

mos, em sã consciência, confiar nos desígnios do

nosso inconsciente. “A amizade, neste sentido,

só pode vir da experiência do cotidia-

no de cada ser huma- no em to-

dos os tempos, é al- go arque-

típico, mítico. As-

sim, aprendemos

secularmente a va-

lorizar a amizade

como um bem su-

premo conquistado”,

explica.

Pesquisas mostram que a amizade é capaz

de transformar uma sociedade, mudar trajetó-

rias, encorajar decisões e iluminar pensamentos.

A mídia e os novos costumes estão atualizando

antigos conhecimentos e certezas.

“A amizade, sim, é capaz de transformar

uma sociedade, levando pessoas a mudar tra-

jetórias, encorajando decisões, empurrando

ou segurando-as nos momentos decisivos,

transmutando emoções, diluindo sentimen-

tos, enfim, iluminando pensamentos”,

completa Oddone.

Em nossas histórias pessoais, pode-

mos encontrar inúmeros exemplos de

como atitudes de amigos nos levaram

a grandes mudanças, enobrecendo

ações, resgatando-nos e, muitas ve-

zes, mostrando para nós aquela

“luzinha” no fim do túnel. Ce-

do ou tarde, a energia da

amizade tende a vencer no

nível pessoal, interpessoal,

no campo social e político.

Relacionamento

CULTIVE AMIZADES

10 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 11: Revista bem estar-20140615

Verifique qual é o motivo da reunião de amigos. Seria um encontro com“amigos” ou, por exemplo, um encontro de amigos para “beber”? Éfácil perceber isso. Pergunte-se quantos momentos você tem com seusamigos sem que haja necessidade da cerveja, do cigarro ou daqueladroga que corre pelo grupo. Você poderá se surpreender- Essa é clássica, mas vale por duas: escolha estar sempre perto depessoas que te acrescentem algo, não que te subtraiam. Pessoas quedrenam energia, dinheiro, te enchem de problemas e compartilhamapenas vícios não são amigas, por mais que você queira usá-las comojustificativa para continuar mergulhado em suas dependências. Façauma boa reflexão em relação ao seu grupo e, se necessário, inicie umareciclagem. Amigos devem ser sustentáveis, não insustentáveis

Fonte: Alexandre Caprio, psicólogo

Pare e reflita Laços e afinidades“Não seria ousado afir-

mar que a amizade é um

dos poucos valores de es-

sência superior que ainda

restam no homem, que o

elevam e dignificam, tor-

nando-o generoso e huma-

nitário”, escreveu Carlos

Bernardo Gonzalés.

Amigos são pessoas fun-

damentais na composição

das redes de apoio psicosso-

cial de uma pessoa. A escas-

sez de amigos representa fa-

lha no funcionamento nor-

mal da personalidade, pobre-

za na capacidade de estabele-

cer e manter relações afeti-

vas e de intimidade.

“Amigos são pessoas

com as quais estabelece-

mos laços por afinidades.

Indivíduos que, por suas

características pessoais,

nos inspiram confiança e

desejo de aproximação e

vínculo”, diz a psicóloga

cognitivo-comportamental

Mara Lúcia Madureira.

Relações de amizade são

fundamentais para o desen-

volvimento psicossocial sau-

dável. A escolha das amiza-

des, ressalta, é feita a partir

da identificação de compor-

tamentos e interesses afins.

“Não existem relações desin-

teressadas. As verdadeiras

amizades são representadas

por vínculos afetivos, senti-

mentos de apreço, estima e

valorização da outra pessoa,

estabelecidos a partir do re-

conhecimento das vanta-

gens e benefícios dessas rela-

ções, especialmente a sensa-

ção de amparo, companhei-

rismo, interação, aquisição

de conhecimento, comparti-

lhamento dos conflitos emo-

cionais e ampliação das

ideias”, explica Mara. No

contexto de normalidade, o

ser humano aceita e obedece

ao seu espírito gregário para

obter vantagens competiti-

vas em termos de sobrevivên-

cia individual e evolução da

espécie. Ao associar-se a ou-

tras pessoas, o grupo se forta-

lece e o indivíduo amplia

sua segurança, seu senso de

proteção e de sujeito perten-

cente a um grupo.

Para o neurocientista

Ivan Izquierdo, professor da

PUC do Rio Grande do Sul,

os efeitos que a amizade pro-

voca no cérebro são imen-

sos, já que esses vínculos esti-

mulam diversas áreas, princi-

palmente o córtex frontal e o

hipocampo.

A neurocientista Suzana

Herculano Huzel, professo-

ra do Instituto de Ciências

Biomédicas da Universida-

de Federal do Rio de Janei-

ro, diz que a amizade é uma

das grandes forças que o ser

humano conta para lidar

com os vários problemas do

mundo. “Qualquer proble-

ma que nosso cérebro consi-

dere como estresse, fica mais

tranquilo quando sabemos

que podemos contar com a

ajuda de uma pessoa queri-

da”, diz.

A neurociência moderna

tem descoberto que gestos

de carinho como beijo e abra-

ço têm efeito direto sobre o

cérebro, que produz uma sé-

rie de substâncias com ação

calmante e que permitem

que nos tornemos mais cari-

nhosos também. Receber ca-

rinho faz com que baixemos

a guarda, fiquemos mais re-

ceptivos, mais dispostos a

nos aproximar das pessoas.

Isso significa, segundo Suza-

na, que a amizade pode ser

uma fonte de prazer e de saú-

de para o cérebro. (GB)

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 11

Page 12: Revista bem estar-20140615

Amigos fortalecem saúde física e mentalDe acordo com a Organiza-

ção Mundial de Saúde (OMS),

saúde é o bem-estar físico, men-

tal e social. A princípio, é fácil

compreender a relevância da

saúde física, assim como tam-

bém não é difícil notar os pre-

juízos que uma mente perturba-

da gera, não só para si, mas tam-

bém para outras pessoas. O que

causa estranheza é o peso da es-

fera social dentro desse equilí-

brio. “Tudo o que nós somos

tem a ver com os outros”, diz o

psicólogo cognitivo-comporta-

mental Alexandre Caprio.

Trabalhamos para os ou-

tros, nos relacionamos com os

outros, temos nomes e núme-

ros de celulares para sermos

identificados e chamados pelos

outros. “O homem é um ser

dualista, ou seja, não sobrevive

e sequer possui identidade sem

um segundo membro de sua es-

pécie”, diz ainda.

O isolamento, como pode

ser verificado na história da hu-

manidade, desestabiliza a men-

te e, esta, por sua vez, destrói o

corpo. Quando a OMS diz “so-

cial”, não quer dizer “profissio-

nal”. São palavras diferentes,

com conceitos diferentes e luga-

res diferentes no dicionário. Pa-

ra muitas pessoas, ir do traba-

lho para casa e de casa para o

trabalho é uma rotina que con-

some a maior parte de sua exis-

tência. Limitar-se a um relacio-

namento afetivo sem envolvi-

mento social também torna a

relação claustrofóbica com o

passar dos anos e, cedo ou tar-

de, ela também se desestrutura.

Toda essa lógica nos faz

compreender que a amizade é

mais do que importante. Ela é,

na verdade, crucial para a ma-

nutenção da saúde. “O amigo é

aquele que tem intimidade sufi-

ciente para dar a você o ‘feedba-

ck’ (retorno) necessário para ve-

rificar se seus pensamentos,

emoções e comportamentos

não estão desalinhados”, expli-

ca Caprio. Sem o apoio e fran-

queza de um amigo, temos faci-

lidade de cair em um universo

particular onde nos distancia-

mos cada vez mais da realida-

de. Excentricidade, pensamen-

tos persecutórios, ansiedade e

depressão são alguns riscos. Os

dois últimos são responsáveis

por centenas de milhares de ca-

sos de invalidez e morte. Não

ter amigos, compromete seria-

mente o humor, pode aumen-

tar o número de manias e tor-

nar a vida comunitária e profis-

sional cada vez mais difícil.

Os constantes estímulos

provenientes de conversas, de-

bates, histórias, discussões, pia-

das e convívio exercitam dife-

rentes áreas cerebrais, além do

bom senso. Quem troca expe-

riências através de amizades

possui uma visão mais clara e

mais habilidades para lidar

com as situações, diferentemen-

te de um indivíduo que só pode

contar com seus próprios reper-

tórios. Também acaba perce-

bendo mais oportunidades e re-

cebendo mais ofertas de traba-

lho do que aqueles que se fe-

cham dentro de casa.

“As portas se abrem para

quem é agradável, confiável e

colaborativo à medida que se fe-

cham para aqueles que rara-

mente se revelam aos outros ou

que surgem timidamente no es-

critório com a cara fechada”,

complementa Caprio. Por con-

ta disso, também podemos afir-

mar que a amizade tem relação

íntima com o sucesso e a carrei-

ra profissional, o que ajuda a

aliviar inúmeros pontos de

pressão da vida. A amizade nos

deixa mais leves, menos preocu-

pados e mais felizes. � (GB)

Amizades sincerasComo fazemos para identifi-

car uma verdadeira amizade?

“Têm dois botões para testá-la

e identificá-la: um botão que fi-

ca dentro, no interior das pes-

soas, e um outro botão que fica

fora, ou seja, no interior do su-

posto amigo”, explica o gestalt-

terapeuta Hugo Oddone. O bo-

tão que está dentro de nós é a

condição de confiabilidade que

oferecemos nessa amizade. De-

pende só de nós. É confiar ou

confiar.

O botão que está no outro

se chama paciência, perseveran-

ça, com a gente, com as nossas

inseguranças e desconfianças.

Realmente, a amizade, como tu-

do na vida, precisa passar por

várias provações.

Assim, amigo é aquele que

fala, sem rodeios, as verdades

que não queremos aceitar, e ao

mesmo tempo é aquele que nos

poupa de tudo para preservar

nosso bem-estar.

“Jamais a amizade pode in-

fluenciar de maneira negativa.

Se por acaso ela se posiciona

abertamente para influenciar

decisões aparentemente negati-

vas pode ser um bom motivo

para desconsiderá-la, pois a

amizade é cautelosa”, recomen-

da Oddone. Mas essa decisão

de desconsiderá-la é extrema-

mente pessoal. Manter e culti-

var uma amizade é como cui-

dar de uma planta, precisa re-

gar, conversar, de afagos. E tam-

bém de podas. (GB)

12 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 13: Revista bem estar-20140615

A diabetes tipo 1 é uma das doenças endócrinas

e metabólicas mais comuns na infância

Mariana CorradiNutricionista e personal diet

Temida como uma das cin-

co maiores causas de morte no

planeta, a diabetes acomete ho-

je cerca de 370 milhões de pes-

soas em todo mundo. A mais

comum é a diabetes tipo 2, pro-

vocada principalmente pela

obesidade e por um estilo de vi-

da desregrado.

Segundo um estudo da Fe-

deração Internacional de Dia-

betes, em média, 78 mil crian-

ças de até 15 anos desenvolvam

a diabetes todos os anos. Des-

tas, 25% são diagnosticadas

quando já se encontram em es-

tado avançado da doença.

Esses dados nos chamam a

atenção para medidas emergen-

ciais de prevenção e controle

da doença. O primeiro passo,

tanto para os profissionais da

saúde quanto para os pais, é fi-

car atento aos sintomas que a

criança e o adolescente apresen-

tam. Sentir muita sede, ir vá-

rias vezes ao banheiro para uri-

nar, manchas marrons pelo cor-

po e, principalmente, o sobrepe-

so, são sinais de alerta.

Normalmente, os pais têm

o costume de ignorar esses fa-

tos e acreditarem que, no caso

do sobrepeso, com o passar

dos anos a criança cresce e

emagrece. Porém, não é tão

simples assim. Os jovens estão

cada vez mais sedentários e

com uma alimentação desequi-

librada, consumindo uma

imensa variedade de itens in-

dustrializados, gordurosos e

de baixa qualidade.

Outro sério problema é a fal-

ta de informação. Muitas pes-

soas ainda não sabem como sur-

ge, como prevenir e como con-

trolar a diabetes.

Todos os alimentos que con-

sumimos são transformados

em açúcar pelo organismo. Por

isso, a insulina ajuda no trans-

porte do açúcar do sangue para

as células do corpo, onde será

usado como energia. Quando

surge a diabetes, o corpo para

de produzir insulina, ou não

produz o suficiente, ou a insuli-

na produzida não funciona ade-

quadamente, pois a doença au-

menta a quantidade de açúcar

no sangue, afetando todos os ór-

gãos do corpo. Neste caso, a ali-

mentação e o estilo de vida, po-

dem fazer toda diferença para

prevenir e, principalmente,

controlar a doença.

Alguns alimentos são essen-

ciais para os pacientes com dia-

betes, e precisam estar sempre

no cardápio de toda a família,

principalmente das crianças.

Os peixes ricos em ômega 3

(salmão, sardinha, atum, aren-

que), a cebola, os alimentos ri-

cos em cromo (brócolis, espi-

nafre, ovo, grãos integrais),

os alimentos ricos em vitami-

na B6 (gérmen de trigo, bana-

na menos madura, nozes, pi-

mentão, repolho e couve) são

importantes na regulação do

açúcar no sangue. O feijão

não pode faltar, pois as fibras

solúveis presentes nele aju-

dam a reduzir a glicose no

sangue, assim como o trigli-

cerídeo e o colesterol. As ver-

duras e frutas em geral, que

são ricas em antioxidantes e

vitaminas, protegem as arté-

rias e consequentemente, o

coração.

O acompanhamento nutri-

cional é parte fundamental no

cuidado da doença e, embora se-

ja um aspecto essencial para o

sucesso do tratamento, repre-

senta um grande desafio, prin-

cipalmente porque deve envol-

ver mudanças nos hábitos ali-

mentares de toda família. �

Infância açucaradaStock Images/Divulgação

Hamilton Pavam

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 13

Page 14: Revista bem estar-20140615

Depois de Portugal, Paolla Oliveira vai para Angola divulgar “Amor à Vida”

Agência Estado

A atriz Paolla Olveira revela que ain-

da está vivenciando as aventuras de Pa-

loma, a mocinha de “Amor à Vida”, no-

vela da Globo que acabou no dia 31 de

janeiro. É que ela está fazendo a divulga-

ção internacional da trama. Paolla aca-

ba de chegar de Portugal, onde represen-

tou o elenco do folhetim em uma impor-

tante premiação da televisão portugue-

sa, o “XIX Gala Globos de Ouro”. Mal-

vino Salvador também viajou com ela

na última semana de maio. Agora, Pao-

la vai fazer a divulgação da novela em

Angola, na África.

“Desde ‘Belíssima’ (2005), sinto o ca-

rinho do público português. Mas, desta

vez, foi uma recepção grandiosa. Eu era

muito parada nas ruas, e o mais curioso

é que eu era reconhecida pela voz, pois

meu visual mudou. Eles falam da nove-

la como um todo. É o tipo de assédio

que a gente acha sensacional, porque é

de quem gostado nosso trabalho.”

Paolla não deve voltar à TV neste

ano. “Parece que foi ontem que saí da

novela, porque ainda estou envolvida

com isso. Se a gente não emenda uma

trama em outra, esse intervalo para vol-

tar pode ser maior”, diz Paolla, que es-

tá estudando um projeto de teatro e

também tem outros trabalhos para se-

rem lançados.

O primeiro deles é a estreia de

“Trinta”, longa-metragem sobre a vida

do carnavalesco Joãosinho Trinta

(1933-2011). No filme, ela é Zeni, mu-

lher do mestre do biografado, Fernan-

do Pamplona. “É difícil fazer uma per-

sonagem que existe, mas foi muito gos-

toso conhecê-la e ouvir divertidas his-

tórias. A Zeni observa o que se passa.

Ela teve uma relação quase familiar

com o Joãosinho.”

Joãosinho Trinta é interpretado por

Matheus Nachtergaele. A produção con-

ta a história do primeiro desfile de

Joãosinho no posto de carnavalesco da

escola de samba carioca Salgueiro, em

1974. O lançamento está previsto para

dia 23 de outubro.

E em outubro também será lançado

no Brasil o clássico “A Bela e a Fera”,

que ganhou uma nova versão, com ato-

res reais franceses. Paolla dubla a prin-

cesa. “Foi incrível. É a primeira vez que

faço isso. É diferente para o ator dublar,

porque tive de colocar a emoção de uma

outra forma”, comenta.

Boa forma

Em meio às viagens profissionais,

Paolla afirma que o segredo da boa

forma está ligado em primeiro lugar

ao que se come. “Ao longo do tempo

você aprende a comer melhor. Hoje

em dia, não tenho mais acompanha-

mento nutricional, mas não cometo

os excessos de antes.”

A beldade, que diz ter facilidade

para engordar, conta que faz exercí-

cios no mínimo três vezes por sema-

na. “Na viagem para Lisboa, a malha-

ção não foi deixada de lado. Trinta

minutos de corrida por dia faz a dife-

rença. Sou a prova viva de que isso

mantém a forma e te deixa muito

mais feliz”, finaliza. �

Embaixadora de novela

GloboD

ivulg

ação

TV - 14 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 15: Revista bem estar-20140615

TRAMA INÉDITAEstá prevista para agosto a estreia de “Plano Alto”, próxi-

ma série da Record. Para isso, a produção está trabalhan-

do intensamente e já tem o elenco praticamente fecha-

do. Vitor Fasano, Flávia Monteiro, Jussara Freire, Da-

niela Galli e André Ramiro são alguns dos nomes aguar-

dados na trama assinada por Marcílio Moraes.

TRAMA INÉDITA 2Ambientada em um universo político, a produção

abordará as recentes manifestações pelo país, o que

deve incluir os “black blocs”. Outros nomes que

completam o elenco são os de Gracindo Jr., Milhem

Cortaz, Ester Góes, Carla Diaz, Juliana Xavier, Fran-

cisca Queiroz, Juan Alba, Paulo Gorgulho, Floriano

Peixoto, Janaína Ávila, Giuseppe Oristânio e Babi

Xaxier.

SUCESSO TARDIOA torcida em torno do romance entre Clara (Giovan-

na Antonelli) e Marina (Tainá Müller), na novela

“Em Família” (Globo), já tomou as redes sociais.

Frequentemente, o “movimento Clarina”, termo

que une as sílabas dos nomes de ambas, fica entre os

termos mais comentados do Twitter. Isso lembra o

“Clanessa”, feito para Clara e Vanessa na edição

mais recente do “BBB”.

QUERIDASusana Vieira, longe das novelas desde “Amor à Vi-

da” (Globo), que terminou no início deste ano, pode

voltar à TV em breve. Dizem nos bastidores que o

escritor João Emanuel Carneiro quer vê-la traba-

lhando em alguma novela dele. Caso isso ocorra, a

loira deve voltar no próximo ano, quando o autor es-

trear sua próxima trama das 21h.

QUERIDA 2Por sinal, o novo folhetim do autor tem um nome

bastante conhecido no elenco: Cacau Protásio, que

estourou na TV como a Zezé de “Avenida Brasil”

(Globo). A atriz esteve recentemente no elenco de

“Joia Rara” (Globo), na qual interpretou Lindinha.

A direção fica a cargo de Amora Mautner.

MÚLTIPLASFUNÇÕESElogiada na bancada do humorístico “CQC”

(Band), Dani Calabresa está na mira de canais pagos

para estrelar séries e programas. No entanto, nenhu-

ma atração nova foi confirmada e divulgada aberta-

mente. Enquanto isso,ela se prepara para lançar nos

cinemas a comédia “A Esperança é a Última que

Morre”, ao lado de Katiuscia Canoro.

REPETECOLonge das novelas desde “Salve Jorge” (2012), Totia

Meirelles deve viver uma médica na novela que Da-

niel Ortiz escreve para o horário das 19h, na Globo.

Vale lembrar que, em 2009, a atriz também fez uma

personagem ligada à saúde. No folhetim “Caminho

das Índias”, ela interpretou Aída, psicóloga que tra-

balhava com o psiquiatra Castanho (Stênio Garcia).

NOVAOPORTUNIDADEApós anunciar que estará ao lado do eterno parceiro

Dedé Santana no teatro, em um musical que adapta-

rá o filme “Os Saltimbancos Trapalhões” (1981), Re-

nato Aragão deve agora apresentar um projeto à Glo-

bo. Trata-se de uma série com 13 capítulos que po-

dem ser exibidos em temporadas.

TURMA MISTAIntitulada “Malhação - Sonhos”, a nova temporada

da novela “teen” será lançada logo depois da Copa

do Mundo. Além de veteranos como Mário Frias,

Danielle Suzuki, Felipe Camargo, Emanuelle Araú-

jo, Eriberto Leão, Guilherme Piva e Patrícia Fran-

ça, o programa contará com os jovens Arthur

Aguiar, Bruna Hamú e Ycaro Tavares.

LIVRO NA TVA escritora J.K. Rowling, de “Harry Potter”, está de

olho agora na TV. Seu mais recente livro, “Morte Súbi-

ta” (ed. Nova Fronteira), será adaptado para minissérie

numa parceria pela BBC e HBO. Entre setembro e outu-

bro, terão início os preparativos. Michael Gambon,

Rory Kinnear e Abigail Lawrie estão no elenco.

MAIS GRINGOSA série da Netflix com direção do brasileiro José Pa-

dilha (“Tropa de Elite”), “Narcos”, ganhou mais um

nome para o elenco: Boyd Holbrook (“Hatfields &

McCoys”). De acordo com a imprensa norte-ameri-

cana, ele será Steve Murphy, um agente da divisão

de narcóticos da polícia federal nos EUA. Wagner

Moura viverá o protagonista: Pablo Escobar.

TODOS QUEREMDepois que Luiz Bacci deixou a apresentação do

“Balanço Geral” (Record) para ganhar dois progra-

mas na Band,sua vaga tem sido tema de discussões

entre profissionais de TV. Vários candidatos ao pos-

to já foram cogitados na mídia. Enquanto isso, o jor-

nalista Reinaldo Gottino segue ocupando a cargo.

DO CINEMAPARA A TVA série de TV “MaddAddam” (HBO), que vai adap-

tar a trilogia literária da escritora Margaret

Atwood composta pelos livros “Oryx e Crake”,

“O Ano do Dilúvio” (ambos da ed. Rocco) e “Ma-

ddAddam” (sem tradução para o português), po-

de ter direção do cineasta Darren Aronofsky

(“Cisne Negro”). Em princípio, ele seria apenas

produtor da atração.

MAIS UMMal estreou no Brasil, a série de terror criada por

Sam Mendes e John Logan, “Penny Dreadful”

(HBO), acaba de ganhar uma segunda temporada

nos EUA. Desta vez, a atração terá mais episódios

do que a encomenda de oito capítulos do primeiro

ano. Eva Green, Timothy Dalton e Josh Hartnett es-

tão no elenco.

MARTELO BATIDO“Constantine” (NBC), série estrelada por Matt Ryan

e baseada nas HQs do personagem homônimo, já

tem data de estreia: dia 24 de outubro, nos EUA. O

primeiro trailer e clipe da atração já estão circulan-

do na web (http://goo.gl/zKoqcV). O roteiro revela-

rá o dia a dia do personagem do título, um operário

que defende a humanidade contra as forças do além.

MELHOR DA TVO duelo entre as personagens de Julia Lemmertz e

Bruna Marquezine na novela “Em Família” (Glo-

bo). O conflito entre mãe e filha realmente chama a

atenção do espectador, sobretudo pelo desempenho

das atrizes. As cenas em que ambas disparam ódio,

amor, rancor e muita amargura são algumas das

mais atraentes no folhetim de Manoel Carlos.

PIOR DA TVA ação de marketing constrangedora exibida pelo

programa “Aprendiz - Celebridades” (Record). Re-

centemente, Michele Birkheuer saiu do reality show

após seu grupo apresentar uma sugestão de ação pro-

mocional para a novela “Vitória”, lançada recente-

mente pela Record. Um cartaz criado pela equipe Fê-

nix dizia: “Se depois de um dia exaustivo você só

pensa em descansar, não assista nossa novela”. Nin-

guém entendeu nada. �

Fique LigadoAgência Estado

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 15 - TV

Page 16: Revista bem estar-20140615

Tatá Werneck vai ser protagonista e terá

Caio Castro no seu pé em nova novela

Agência Estado

Tatá Werneck acaba de ser escalada

para viver a protagonista da trama que

Alcides Nogueira e Mário Teixeira es-

crevem para a Globo. A atriz, que es-

treou em novelas no ano passado em

“Amor à Vida”, confessa que ainda nem

acredita que vai viver uma mocinha.

Em “Lady Marizete”, nome provisório

do folhetim que deve entrar no ar no pri-

meiro semestre de 2015 na faixa das

19h, ela será uma mulher batalhadora

da favela de Paraisópolis(zona sul da ca-

pital paulista). Caio Castro fará o bandi-

do da comunidade e terá obsessão por

sua personagem.

“Eu nem posso falar ainda sobre isso. Es-

tou tão lisonjeada que, se realmente aconte-

cer, tiro esse nariz”, brinca Tatá, que em

suas entrevistas costuma ser mais humoris-

ta do que entrevistada. “Protagonista tem

aquela coisa da beleza. Aí eu pensei: ‘Como

vamos conciliar?’. Mas, bom, falando sério,

não esperava nada nem o sucesso da Valdi-

rene. Faço tudo com muito amor e o que

vem é lucro”, comenta a atriz.

A trama terá direção geral de Wolf

Maya e se passará em São Paulo. O princi-

pal núcleo será o da favela, retratando as di-

ficuldades da vida de quem cresce num am-

biente como esse. A princípio Tatá vai se

chamar Mari,uma jovem que fez teatro, fala

inglês e trabalha como monitora de crian-

ças. “Lady Marizete” terá Caio Castro no pa-

pel de um traficante e Nanda Costa tam-

bém foi escalada para o folhetim.

‘Tudo pela audiência’

Tatá Werneck já gravou toda a pri-

meira temporada de “Tudo pela Audiên-

cia”, programa que estreia dia 15 de ju-

lho no canal Multishow. Na atração, ela

e Fábio Porchat recebem convidados e

satirizam programas de TV que fazem tu-

do pela audiência. A segunda temporada

já está confirmada e as gravações devem

acontecer ainda neste ano.

“A gente estava muito livre nas grava-

ções. Beijamos senhoras, colocamos

anões fantasiados de Pablo e de Ellen

(dubladores do quadro ‘Qual é Música?’,

do SBT). Teve muito improviso e é o pro-

grama de diversão que sempre quisemos

fazer juntos”, diz Tatá, referindo-se à

parceria com Porchat.

Copa do Mundo

A humorista não perde o fôlego e tem

outros projetos engatilhados. O próximo

é cobrir a Copa do Mundo como repór-

ter do “Caldeirão do Huck”. “Meu objeti-

vo é ser expulsa das coletivas. Jornalisti-

camente, vou tentar entender sobre fute-

bol, mas não sei se a galera vai entender

o que eu entendi”, diverte-se.

Questionada sobre os protestos que

podem ocorrer durante o Mundial de fu-

tebol, ela volta a brincar. “Só para ga-

rantir, eu vou com um belo colete à

prova de balas”, diz a atriz, repórter e

apresentadora, que continua: “Acho

que as mudanças todas que acontece-

ram por causa da Copa beneficiam a

gente. Pena que teve de ter uma Copa

do Mundo para fazerem essas melho-

rias. Mas eu não quero falar disso. Pos-

so perder o emprego se falar uma bes-

teira, afinal vou cobrir o evento”.

Rock’n roll

Tem uma vertente de Tatá ainda pou-

co conhecida pelo grande público, que

vai “sair do armário”. Ela lançará um

CD com a sua trupe musical, a Banda Re-

natinho, formada só por comediantes.

“Sou eu, Murilo Couto, Maurício

Meirelles, Nil Agra e Marco Gonçal-

ves. O CD vai ser escroto, mas a gente

leva a sério. É uma banda de rock,

com letras que só nós achamos legal.

Fazemos show, nos quais a gente tira

a camisa, faz rodinha de porrada...”,

conta a humorista. �

Globo

LADYMARIZETE

Divu

lgação

TV - 16 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 17: Revista bem estar-20140615

Klebber Toledo viverá

papel polêmico como

amante de José Mayer

em “Império”

Agência Estado

O ator Klebber Toledo vai estrear

no horário nobre da TV Globo com um

papel polêmico em “Império”, novela

das nove que vai substituir “Em Famí-

lia” e que vinha sendo intitulada de

“Falso Brilhante”, a partir do dia 21

de julho. Ele será Leonardo, eterno

candidato a ator que mantém um rela-

cionamento homossexual com Cláu-

dio (José Mayer), um cerimonialista

bem-sucedido, casado e pai de dois fi-

lhos. O caráter do personagem é bem

duvidoso. Ele é um jovem bonito e

manipulador.

Segundo o autor da trama, Aguinal-

do Silva, Leonardo faz parte do “gêne-

ro” que transa com homem por interes-

se e não acha que é gay Ele vê isso so-

mente como um negócio. “Trabalhar

com um autor como Aguinaldo Silva é

uma responsabilidade imensa. Acho

que o personagem traz fatores psicológi-

cos, pois veio de baixo e busca um porto

seguro financeiro nessa relação”, adian-

ta o ator, que trabalha desde 2006 na

Globo. Sua estreia foi em uma pequena

participação em “Sinhá Moça” e, logo

em seguida, entrou para o elenco de

“Malhação”.

Para Klebber, fazer um homosse-

xual em uma época em que se espera

avanços desses personagens é um desa-

fio, mas não por ser o papel de um gay,

mas por ter de mostrar um trabalho que

combata o preconceito. “Qualquer rela-

ção entre homossexuais deve ser encara-

da de forma natural. Ainda há muito

preconceito e isso é um absurdo”, diz

ele, que não teme cenas de intimidade

com o veterano José Mayer. O ator afir-

ma que vai fazer o que for preciso e con-

fiará totalmente na direção e no texto

de Aguinaldo Silva.

O amante de Cláudio deverá ter ca-

sos com mulheres, mas em segredo. Sua

principal preocupação é conseguir virar

um ator de suces- so. Além disso,

Leonardo quer

se manter na

boa vida,

sendo sus-

tentado pe-

lo amante.

A relação

dos dois não

será recente.

Na sinopse

da trama, os

dois estão juntos há dez anos.

Leonardo não é o primeiro homosse-

xual da carreira de Klebber Toledo. Em

2009, ele fez uma participação em “Caras

& Bocas” (novela que está sendo reprisada

no “Vale a Pena Ver de Novo”), na pele de

Sid, um estilista gay e afetado. “Observei

bem os trejeitos dos cabeleireiros e maquia-

dores da Globo”, confessa.

Klebber nasceu em São Paulo, mas

foi criado no interior do Estado. Saiu de

casa com apenas 15 anos, para jogar vô-

lei. Aos 17, já dava os primeiros passos

rumo à arte de interpretar. Atualmente,

ele tem 27 anos e namora a atriz Marina

Ruy Barbosa, que também está no elen-

co de “Império”.

A ruiva será Maria Isis, amante do

José Alfredo (Alexandre Nero), o prota-

gonista da história.

Globo

CONTRA OPRECONCEITO

Divu

lgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 17 - TV

Page 18: Revista bem estar-20140615

Beth Goulart fala sobre os desafios de sua personagem em “Vitória”

Agência Estado

Ter que se adaptar a um tra-

tamento psiquiátrico forçado,

vício em remédios controlados

e recuperação da autoconfiança

são alguns dos dramas de Clari-

ce, personagem que Beth Gou-

lart acaba de estrear na TV.

Prestes a completar 40 anos

frente às câmeras, a atriz mos-

tra-se estimulada com o novo

“presente” que lhe foi dado pe-

la novelista de “Vitória” (Re-

cord), Cristianne Fridman.

“Cris botou esse nome nela em

função do trabalho que eu faço

no teatro com Clarice Lispec-

tor (na peça ‘Simplesmente Eu,

Clarice Lispector’). Foi uma

homenagem à escritora, símbo-

lo da feminilidade e de um

mundo introspectivo.”

Apesar da semelhança entre

os nomes, os trabalhos são dife-

rentes e a preparação da intér-

prete para o folhetim não se-

guiu o mesmo caminho do mo-

nólogo sobre a vida da escrito-

ra ucraniana, que ficou em car-

taz até o fim do ano passado.

Desta vez, Beth contou com

uma contribuição extra: “Tive

uma preparação com uma médi-

ca psiquiatra para saber como

funciona uma clínica. Quando

a personagem é internada, os

enfermeiros a dopam e eu tive

de saber como isto funciona, co-

mo a pessoa fica sob os efeitos

desses remédios.”

Há menos de um mês no ar,

Clarice já demonstrou que sua

vida promete sofrer algumas re-

viravoltas. Depois de fugir do

marido, Gregório (Antônio

Grassi), com o filho, Artur

(Bruno Ferrari), ela acaba sen-

do internada. Isso ocorre por-

que o primogênito quer o cami-

nho livre para vingar-se do pai

que sempre o maltratou. Nos

próximos capítulos, para tentar

amenizar essa rivalidade, ela re-

velará ao rapaz que ele é fruto

de uma relação dela com outra

pessoa.

“Quando ela conta isso, ele

resolve desenvolver outra for-

ma de vingança, dizendo: ‘En-

tão eu vou me casar com minha

irmã ‘, mesmo sabendo que am-

bos não são irmãos de sangue”.

Ao mesmo tempo, a persona-

gem tem de lidar com um vício

em remédios controlados que

adquire na clínica. “Quando

não estiver mais internada, ela

vai ter problemas com alguns

remédios controlados É quan-

do nós vamos fazer uma denún-

cia sobre os efeitos colaterais

que esses remédios podem cau-

sar nas pessoas”, adianta

Longa trajetória

Nascida no Rio de Janeiro,

a atriz, aos 53 anos, tem quase

quatro décadas de dedicação às

artes. Sua trajetória começou

em brincadeiras com amigos e

teve apoio dos pais, a atriz Ni-

cette Bruno e o ator Paulo Gou-

lart. “Comecei, profissional-

mente, aos 13 anos, mas, antes,

eu brincava de fazer teatro e de

ler, representar personagens.

Juntava as crianças para fazer

um espetáculo mesmo. Talvez,

se eu fosse filha de outros pais,

tivesse de trilhar outros cami-

nhos antes de chegar ao teatro

como profissão. O que facilitou

foi isso: eu já estava num am-

biente em que minha aptidão

se manifestou.”

De lá pra cá, Beth já esteve

em mais de 20 novelas, diver-

sas peças de teatro e cerca de 15

longas-metragens. A maioria

dos trabalhos na TV foram na

Globo, emissora que a atriz se

desligou em 2010. Logo em se-

guida, a intérprete estreou na

Record com “Vidas em Jogo”

(2011), no papel da vilã Regina

Camargo. “Os dois canais são

profundamente eficientes na

realização de seus trabalhos e,

na verdade, são os mesmos pro-

fissionais. Ire voltar de um ca-

nal para o outro é uma coisa na-

tural, como se fosse em qual-

quer outra profissão.”

Quando questionada sobre

a morte de seu pai em março

deste ano, após uma luta contra

um câncer, a atriz reforça que

deseja que as pessoas se lem-

brem dele pelo caráter que pos-

suía. “Ele sempre foi uma refe-

rência de um homem bom, de

bem, trabalhador, honesto e

com dignidade. São qualidades

que a gente sente diferença ho-

je e gostaríamos de ter. Todo

mundo me falava assim: ‘Você

teve um pai que eu gostaria de

ter ‘. E isso é verdade, porque

ele era meio que um símbolo

desse homem bom, generoso,

justo e correto.” �

Record

Os dramas de Clarice

Divu

ilgação

TV - 18 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 19: Revista bem estar-20140615

Canal Universal programa filmes de animação e comédias em tempos de Copa

Agência Estado

Com a exibição dos jogos da Copa do

Mundo na TV e a proliferação de feste-

jos juninos pelo país, o canal Universal

busca chamar a atenção do telespectador

com uma programação de filmes dirigi-

da para toda a família. Entre o dia 20,

uma sexta-feira; e o dia 22, domingo; a

partir das 16h30, o programa “Maratona

Família” exibirá uma série de sete fil-

mes, entre animações de sucessos produ-

zidas para o cinema e comédias estrela-

das por grandes atores. São quatro ses-

sões na sexta-feira, cinco no sábado e qua-

tro no domingo.

A seleção de filmes começa - no dia

20, sexta-feira, às 16h30 - com a sátira

aos filmes policiais “Polícia Desmonta-

da”, uma produção norte-americana de

1999, dirigida por Hugh Wilson e prota-

gonizada por Brendan Fraser, Sarah Jes-

sica Parker e Alfred Molina. Na

sequência, às 18h, a animação “O Bicho

Vai Pegar”, primeira do gênero realizada

pela Sony Pictures em 2006, produzida

por computador e dublada por feras co-

mo Martin Lawrence e Ashton Kutcher.

Uma curiosidade: o astro Ashton Ku-

tcher improvisou metade das falas do

personagem Elliot, um cervo de apenas

um chifre fugindo dos caçadores na flo-

resta. A programação segue com “O Bi-

cho Vai pegar 2”, de 2008, às 19h30; e “O

Bicho vai pegar 3”, de 2010, às 21h - am-

bas as sequências já sem a presença de

Lawrence ou Kutcher, que deram voz

aos bichos aloprados no primeiro filme

dessa já clássica série de animação

No dia 21, sábado, os três filmes da

série “O Bicho Vai Pegar” serão repri-

sados às 16h30, às 18h e às 19h30, se-

guidos por mais duas produções de

animação: “Rugrats: Os Anjinhos - O

Filme”, de 1998, que também está es-

treando na grade de filmes do canal,

às 20h30; e “Rugrats e os Thornberrys

Vão Aprontar”, de 2003, às 22h. Os

dois longas foram realizados nos Esta-

dos Unidos pelos estúdios Nickelo-

deon Animation e Paramount Pictures.

No encerramento da “Maratona Fa-

mília” no domingo (22), o Universal re-

prisa “Rugrats: Os Anjinhos - O Filme”,

às 16h30; e “Rugrats e os Thornberrys

Vão Aprontar”, às 18h. Outra animação

inédita na TV, “Os Thornberrys - O Fil-

me”, produção da Nickelodeon distribuí-

da pela Paramount em 2002, estreia às

19h30 O excelente e mágico “Nanny

McPhee - A Babá Encantada”, produção

britânica para todas as idades, realizada

em 2005 e protagonizada pelos excepcio-

nais atores britânicos Emma Thompson

e Colin Firth, fecha a programação dessa

divertida maratona, às 21h. �

TV por assinaturaTV por assinatura

MARATONAFAMÍLIA Sexta-feira (20)

16h30 - “PolíciaDesmontada”

18h - “O Bicho Vai Pegar”

19h30 - “O Bicho Vai Pegar 2”

21h - “O Bicho Vai Pegar 3”

Sábado (21)

16h30 - “O Bicho Vai Pegar”

18h - “O Bicho Vai Pegar 2”

19h30 - “O Bicho Vai Pegar 3”

20h30 - “Rugrats: OsAnjinhos - O Filme”

22h - “Os Rugrats e osThornberrys Vão Aprontar”

Domingo (22)

16h30 - “Rugrats: OsAnjinhos - O Filme”

18h - “Os Rugrats e osThornberrys vão aprontar”

19h30 - “Os Thornberrys -O Filme”

21h - “Nanny McPhee -

A Babá Encantada”

Grade dosfilmes

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 19 - TV

Page 20: Revista bem estar-20140615

Personagem de Vanessa Gerbelli na novela “Em Família” pode ser assassina, dizem psicólogos

Agência Estado

Fantasia versus realidade: o

comportamento de Juliana (Va-

nessa Gerbelli) deixa o telespec-

tador na dúvida se ela foi ou

não capaz de matar Gorete (Ca-

rol Macedo) para ficar com sua

filha, Bia (Bruna Faria), na no-

vela “Em Família”, da Globo.

Obcecada pela menina, a perso-

nagem acabou com o próprio

casamento e se uniu ao pai da

criança, Jairo (Marcello Melo

Jr.) A dona de casa parece

não ter discernimento entre

o que é certo ou errado. Ten-

tou comprar a menina, se-

questrou uma criança na

praia e mais recentemente pa-

rece temer as acusações de ser

a assassina da empregada.

O comportamento de Julia-

na beira à loucura em várias si-

tuações expostas na trama, mas

será que isso existe na vida

real? Psicólogos dizem que

sim, só que em menor escala.

“Ela representa a exacerbação

do papel de mãe, indo às raias

da patologia. Tudo que é exage-

ro pode virar um problema psi-

cológico Isso pode acontecer

com o ciúme ou com o sexo”,

explica o psicoterapeuta e escri-

tor Ailton Amélio da Silva.

Para Jacob Pinheiro Gold-

berg, psicanalista e autor do li-

vro “Psicologia em Curta-me-

tragem”, a obsessão e fixação

de Juliana podem se enqua-

drar em uma síndrome que

existe, mas com casos menos

agudos. “Ela se apropriou da

personalidade da empregada.

A menina foi o gatilho de um

processo de sair de si mesma,

pois o que parece é que Julia-

na não quer viver a sua vida”,

comenta o especialista.

É importante deixar claro

que os dois psicólogos não

acompanham a trama das nove,

e analisaram apenas a descrição

do perfil de Juliana. A irmã de

Chica (Natália do Vale) surgiu

na segunda fase da trama doce,

amiga e disposta a ser mãe. Vin-

te anos depois, ela começou a

agir como se fosse mãe de Bia,

chegando a fazer a menina cha-

má-la de mamãe na frente de

sua verdadeira progenitora, Go-

rete. Quando a empregada esta-

va entre a vida e a morte, Julia-

na já a dava como morta. Dese-

java isso.

Na noite em que Gorete

morreu, minutos antes, Juliana

esteve com ela e a cena deixou

no ar se a empregada teve ou

não sua morte provocada pela

tia de Helena (Julia Lem-

mertz). “Como está sendo apre-

sentada, a situação pode passar

para um nível criminal. A per-

sonagem representa alguém

que perdeu a noção e é, sim, ca-

paz de matar”, diz Ailton.

Essa possibilidade é endos-

sada por Goldberg. “A probabi-

lidade de que ela tenha feito is-

so é enorme. Com esse quadro,

ela pode nem sequer sentir cul-

pa, pois está convicta de que es-

tá correta”, observa o psicana-

lista, que já trabalhou em estu-

dos de comportamento para

personagens da teledramatur-

gia da Record.

Ele diz que a gravidez de Ju-

liana é um fator decisivo para o

futuro da personagem, pois seu

corpo está gestando uma vida.

“É a chance de ela ver que não

pode fugir da sua identidade.

Ela pode voltar a se reconhecer

como Juliana e dar uma virada

ou não”, aponta Goldberg.

Ailton Amélio da Silva tam-

bém diz acreditar que a gravi-

dez possa alterar o caminho da

personagem. “A gestação ajuda

a afastar o sentimento que ela

tem de não ser capaz de ser

mãe, além de ter o peso hormo-

nal aí”, analisa o psicólogo.

Mistério

“Em Família” está na reta fi-

nal. A trama de Manoel Carlos

termina no dia 18 de julho e,

até lá, o público ainda pode ter

uma surpresa com a história de

Juliana. Nos próximos capítu-

los, Guiomar (Jessika Alves)

vai deixar escapar que existe

um segredo e que, por isso,

não tem pena da patroa. Na

cena, vai ficar evidente que

ela manipula Jairo, mas o que

a dona de casa esconde só o

autor deve saber.

Mesmo grávida, Juliana vai

passar a viver separada do mari-

do. Ele se mudará para a comu-

nidade onde vivia antes de

conhecê-la, enquanto ela per-

manecerá em seu apartamen-

to no Leblon (bairro nobre

da zona sul do Rio).A distân-

cia do casal vai proporcionar

o desenvolvimento de novos

conflitos. �

Globo

Obsessão maternalDivulgação

TV - 20 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 21: Revista bem estar-20140615

“Issonão tem fundamento.Isis nem conhecee nuncafoi apresentadaa ele (...)”Trecho de comunicado da assessoria de imprensa da atriz Isis

Valverde, negando que ela tenha qualquer tipo de relaciona-

mento com o jogador Kaká

Frases

“Há noveanos eu eravirgem, porincrível que

pareça!”Jesus Luz, modelo e DJ, no

Instagram, desmentindo

boatos de que seria pai de

uma menina de nove anos

Agência Estado

“Quealegria!”Gabriel Braga Nunes, ator, sobre o

nascimento de sua primeira filha, Maria

“Já aprendi tudosobre orgasmosmúltiplos”Xuxa, apresentadora, no programa

“Altas Horas” (Globo)

“Sinto mais faltada Sabrina amigado que daprofissional.Sinto falta daSabrina que ia àsreuniões depauta”Emílio Surita, apresentador, ao UOL,

sobre a saída de Sabrina Sato do “Pânico”

“Forampraticamente trêsanos de dor (apósa separação)”Zilu, no programa “Domingo Show” (Record), so-

bre a separação de Zezé di Camargo

“Sou ciumento. Étrabalho, mas pô(...) a gente não éobrigado a ver”Neymar, jogadordefutebol,sobreotrabalhodana-

morada, a atriz Bruna Marquezine, no “Caldeirão

do Huck” (Globo)

“Há nove anoseu era virgem,por incrívelque pareça!”Jesus Luz, modelo e DJ, no Instagram,

desmentindo boatos de que seria pai de

uma menina de nove anos

“Cheguei a umponto em queestavaatrapalhandoaté minhaatividadesexual”Luciano, cantor, sobre ter perdido

20 quilos, ao site “Ego”

“Acho que oscomentáriosforam maiores

do que amudançaem si”Anitta, cantora, sobre as

recentes plásticas que fez

“Aos 40, agente jáaprendeutanta coisa!Me sintomais bonita,mais segurae menosansiosa...”Cláudia Abreu, atriz, em entre-

vista à revista “Cláudia”

Foto

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ação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 21 - TV

Page 22: Revista bem estar-20140615

MEU PEDACINHO DE CHÃO - 18H15

Segunda-feira - Helena diz a Luizaque lhe deu o vestido de noiva co-mo uma tentativa de alertá-la so-bre o que está por vir.Ivan dormeno novo apartamento que Cadu di-vide com Verônica. Laerte pede amão de Luiza em casamento paraHelena e Virgílio. Ceiça se preocu-pa quando Selma conta que estáconversando com Itamar. Marinae Clara se divertem na feira. Lui-za se irrita ao saber que Laerteconvidou Shirley para ser madri-nha do casamento deles. Felipedá seu depoimento ao conselhode medicina. Laerte vai paraGoiânia ver Selma e encontraShirley. O suspeito de estuproperseguido por Alice invade oapartamento de Luiza.Terça-feira - O suspeito ameaçaAlice e Luiza e sai do apartamentolevando as duas como reféns.Laerte e Shirley vão a um bar emGoiânia. Luiza consegue mandaruma mensagem do celular paraMalu. Felipe pede perdão a Regi-na, mas ela é fria com ele. Maluconsegue interceptar o carro deAlice. Felipe é condenado à penade censura pública, mas não per-de o direito de exercer a medicina.Alice consegue desarmar o suspei-to, que sai algemado. Felipe ficafeliz ao receber o apoio de Silvia.Shirley dá um beijo em Laerte. Lui-za discute com Laerte ao saberque ele esteve com Shirley emGoiânia. Jairo leva Bia embora da

casa de Juliana.

Quarta-feira - Juliana se desespe-

ra ao ver Bia indo embora com Jai-

ro. Helena guarda o medalhão da

fênix com ela. Gabriel tenta provo-

car Felipe, que se mantém firme.

Iolanda fica feliz com a chegada

de Bia à comunidade. André e Bár-

bara discutem por causa de Luiza.

Marina e Clara vão à casa de Bran-

ca ver as locações para um ensaio

fotográfico. Alice flerta com Vitor

durante as aulas. Silvia fica feliz

porque Cadu a convida para assis-

tir aos jogos do Brasil no Galpão

Cultural.

Quinta-feira - Virgílio chama Benja-

mim para morar de novo com ele e

Helena. Juliana é grosseira comNando, que tenta consolá-la. Ivanpergunta a Cadu se ele e Verônicasão namorados. André tenta sereaproximar de Bárbara. Brancatenta interferir no lado artístico doestúdio, deixando Marina e Vanes-sa irritadas. Na comunidade, Caro-laine tenta seduzir Jairo. Gabrieldiscute com Silvia por causa de Fe-lipe, que decide dar um tempo daclínica. Luiza e Laerte finalmentemarcam a data do casamento.Sexta-feira - Jairo procura Julianae pede que ela vá ver Bia, que serecusa a comer. Pedro Paulo dáem cima de Dulce, que começa apensar na possibilidade de se en-volver com o professor. Theo e Nei-dinha assumem o namoro. Muri-loe Gisele fazem as pazes. Viriatoe Rafaela fazem planos para o ca-samento. Branca faz um ensaio fo-tográfico com Sandro e Vlad emsua casa. Ivan e Rafael brincamno Galpão Cultural, para a alegriade Cadu. Felipe cuida de Selmaem Goiânia.Sábado - Malu elogia o desempe-nho de Alice nas aulas da acade-mia de polícia. Verônica tenta cau-sar ciúme em Silvia falando do ca-fé da manhã que Cadu preparoupara ela. Helena e Virgílio discu-tem ao falar de Luiza. Guiomar sepreocupa com os delírios de Julia-na, que diz a Bia que vai compraruma ilha para elas morarem jun-tas. Luiza diz a Laerte que resol-veu mesmo se casar na igreja.

Segunda-feira - Mãe Benta diz aTuim que torce para que Renatose saia bem no atendimento à es-posa de Jonas. Jandira comentacom Jonas a respeito da dificulda-de enfrentada por Renato no par-to de sua esposa. Juliana garantea Gina que Ferdinando gosta dela.Jonas diz para Jandira que atenta-rá contra Renato caso alguma coi-sa aconteça à Lurdes durante oparto. Renato pede a Jonas quechame Mãe Benta para socorrê-lo. Milita revela ao pai que gostamesmo é de Viramundo. Mãe Ben-ta chega para ajudar Lurdes a darà luz.Terça-feira - Em função da trans-missão da Copa do Mundo, a no-vela não será exibida.Quarta-feira - Lurdes dá à luz umamenina. Zelão afirma para Epami-nondas e Catarina que, se nãofosse sua mãe, a filha de Lurdesteria morrido. Giácomo avisa para

Epaminondas que o ônibus que le-varia os empregados do coronel àcidade das Antas para tirar o títu-lo eleitoral não apareceu. Ferdi-nando pergunta para Pedro se Gi-na pode ir às Antas com ele nova-mente. Dona Tê avisa para Pedroque não deixará Gina viajar comFerdinando. Pedro enfrenta suaesposa.Quinta-feira - Juliana aconselhaGina a aceitar o convite de Ferdi-nando apenas se for sua vontade.Orestes diz ao prefeito que cum-priu suas ordens ao não enviar oônibus para buscar os emprega-dos de Epaminondas para tirar otítulo eleitoral. Catarina revela aFerdinando que se apegou a Sere-lepe e que gostaria de adotá-lo. Gi-na avisa à mãe que irá para Antascom Ferdinando. Zelão entregasua arma para Ferdinando.Sexta-feira - Serelepe conta paraMãe Benta que Zelão deu sua ar-

ma para Ferdinando levar para An-tas. Padre Santo avisa ao prefeitoque Ferdinando foi à empresa deônibus tomar satisfações. Ferdi-nando ameaça fechar a empresade ônibus se for eleito prefeito ecaso o gerente não providencie oônibus para buscar os emprega-dos de Epaminondas na Vila. Julia-na alerta Gina sobre a possibilida-de de Ferdinando desistir se elacontinuar a se fazer de difícil.Sábado - Ferdinando avisa ao paique se o ônibus não chegar à Vilano dia seguinte ele vai até Antasnovamente. Giácomo não recebeViramundo em sua casa e o rapazbusca abrigo na igreja. Julianaconfessa para Gina que está divi-dida entre Renato e Zelão. Giáco-mo constata que a conversa queFerdinando teve com o gerente daempresa de ônibus deu certo. Pa-dre Santo pede a Dona Tê queacolha Viramundo em sua casa.

Resumo das novelas

GLOBO

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ação

EM FAMÍLIA - 21H00

TV - 22 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 23: Revista bem estar-20140615

Segunda-feira - Chico segue Matil-de, que finge ser Ernestina, até aigreja. Ele pensava que ela mentiasobre a igreja e quena verdade es-tava indo encontrar um novo namo-rado. Porém, Matilde vai até a igre-ja tentar se encontrar com o ho-mem que anda lhe chantageando(Miguel). Eduarda e Shirley Santa-na vão até um samba na comunida-de. Matilde mente para Miguel ediz que o nome da menina que éneta de José Ricardo é Marian. Tra-ta-se de uma menina que já foi ado-tada, mas que na verdade não éneta de José Ricardo. A mãe de JPconvida Açucena e Renata parajantar com a família do garoto. Re-nata desmascara Mili na frente detodos ao tirar a peruca dela. No or-fanato, Bia assume que foi a culpa-da pela máquina de cheiro ruim.Miguel decide que precisa ir atrásde Marian para ter certeza que elaé sua filha. JP vai atrás de Mili noorfanato para saber o motivo que alevou fingir ser Açucena.

Terça-feira - O Café Boutique estáem crise, com poucos clientes. Emuma reunião, Armando sugere pa-ra Junior e Maria Cecília fazeremcorte de funcionários. Bel convidaRafa para ir até a sorveteria Carole Carmen discutem na diretoria so-bre o comportamento das Chiquiti-tas, que brincam com roupas nopátio. JP diz para seu pai que esta-va apaixonado por Açucena e queagora está confuso em relação aMili. Matilde conta para Carmenque o plano delas em relação a Mi-guel deu certo. Carmen tenta con-quistar Bia. JP vai ao orfanato con-versar com Mili ediz que esse tem-po todo ele estava apaixonado porela. JP pergunta se Mili gosta dele.Mili diz que está um pouco confu-sa, mas que sente algo diferentepor ele sim. Armando avisa aosfuncionários do Café Boutique queacontecerá corte em todas asáreas da empresa. Armando dizque o funcionário que não estiver

de acordo com as metas da empre-sa será mandado embora.Quarta-feira - Érica discute comClarita no Café Boutique. Armandopressiona todos os funcionários eos ameaça de serem mandadosembora. Armando diz que se Éricaajudar ele a sabotar Beto, ela nãoserá mandada embora. Érica acei-ta. Mili diz para suas amigas queestá confusa em relação a JP. Bru-no pede para Carol ajudá-lo a seraceito por sua filha, Dani. Carol dizque fará o possível, mas que eleprecisa ter paciência. Érica troca opedido dos clientes que Beto estáatendendo para ajudar Armando,conforme combinado. Bia anota tu-do que acha incorreto no orfanato.Os meninos dizem que Chico ain-da gosta de Ernestina. Para ajudaro cozinheiro, Samuca se veste demulher para tentar saber se Ernes-tina, que na verdade é Matilde,sente ciúme de Chico. Bruno e Ca-rol levam Dani para passear no par-

que. JP envia flores para Mili. Viviajuda Samuca a se caracterizar demulher.Quinta-feira - Armando leva Betoaté o presidente do Café Boutique,Junior, diz que o garçom possui vá-rios pontos negativos e que preci-sa ser mandado embora. Juniorresponde que pela postura de res-saltar os defeitos de Beto, Arman-do possui algum problema pes-soal com ele. Junior diz que estápensando num jeito para não preci-sar mandar nenhum funcionárioembora. No orfanato, Matilde ficade olho em Samuca, que está fin-gindo ser mulher com nome de Sa-mi. O foco é saber se Ernestina,que na verdade é Matilde, tem ciú-me de Chico Na praça, Bruno (Bru-no Autran) consegue se aproximarda filha, Dani. Ele diz que só quer obem dela e a pequena aceita pelomenos tentar ser amiga dele. JPdiz que gosta do olhar de Mili e achiquitita diz o mesmo. Matildedesmascara Samuca e Chico ao

servir comida apimentada paraeles.Sexta-feira - Vivi e Cris tentam me-lhorar suas habilidades para o con-curso “Garota Carisma”. Mili con-versa com Carol sobre a propostade Carmen. Carol diz que ela devepensar sobre os pós e contras des-sa escolha. Beto fala com a direto-ria do Café Boutique sobre a ideiado vídeo viral para atrair clientes.Armando fica irritado que Junior eMaria Cecília deixam Beto tocar oprojeto. Carmen vai até o quartode Matilde contar para ela seu pla-no para se livrar de Mili. Rafa dizpara Bel que ela só conversa comele quando os encrenqueiros, ami-gos dela, não estão por perto. Ochiquitito diz que ela possui vergo-nha dele, pois ele é gordo. Bel ga-rante que não, apenas evita confu-são por eles serem amigos de tur-mas diferentes. Os dois decidemserem amigos em segredo. Mili vaiaté a casa de JP e fala sobre a pro-posta de estudar fora do País.

Segunda-feira - Priscila planejacom Caio um ataque a um ônibuscom nordestinos. Virgulino espe-ra ansioso por um primo que estávindo do nordeste de ônibus. Pris-cila fala para Paulão se prepararpara a missão. Manel surpreendeCicinho e diz que vai pagar a idadele ao acampamento. Beatrizconta que voltou a morar com Jor-ge porque quis e Mossoró fica de-cepcionado. Ao saber que Manelvai pagar o passeio, Ednaldo ficabravo e avisa que Cicinho não vaimais. Seguindo a ordem de Artur,Javier faz proposta para Jorge,que aceita voltar ao haras ganhan-do aumento. Priscila apressa seugrupo para que não atrasem a idapara o ataque. Virgulino vai para arodoviária buscar seu primo juntocom Bruno e Anastácia. No cami-nho para o ataque, Paulão batecom o carro e Priscila fica nervo-sa. Marcelo e Caio esperam ten-sos pela chegada do grupo de

Priscila. Ao chegar ao local marca-do, Priscila e os grupos neonazis-tas se preparam atacar o ônibus.Terça-feira - Priscila fecha a pistacom seu carro impedindo o ôni-bus de seguir viagem. O ônibusdá uma freada violenta e os pas-sageiros ficam apavorados. O ôni-bus é cercado, passageiros ten-tam fugir, mas o grupo consegueimpedir. Bárbara não entrega Fir-mino para os neonazistas. A polí-cia se aproxima, os agressores fo-gem e Firmino chora aliviado. Jor-ge organiza a saída dos cavalosdo Haras Arminho para a competi-ção e procura por Ziggy. Ao saberque Diana vai montar Vitória, Ar-tur exige que Ricardinho a deixevencer. Bernardo dá as últimasinstruções para Diana e Luciene.Pelo telefone, Laíza diz a Iago queapostou alto em Vitória. Iago avi-sa que Laíza deve perder, e de ci-ma do teto da arquibancada, colo-ca a mira da arma em Vitória.

Quarta-feira - Iago se disfarça ese posiciona no alto da arquiban-cada do Jockey Clube tentando co-locar Diana na mira de sua arma.Luciene, montando Gregory Se-gundo, dificulta a ação de Iago. Ia-go tenta, insistentemente, colo-car Diana sob sua mira. Artur as-siste, aflito, à transmissão pelaTV. Bernardo conta para Leo eEdu que Gregório não autorizou aparticipação de Diana na corrida.O clima é de tensão para o inícioda corrida. Sabrina pede ajuda ex-traoficial ao policial Willian e é sur-preendida com a chegada de Ra-miro. Priscila encontra Yonee Dan-te no bar Dois a Dois e descobreque o primo de Virgulino estavano ônibus que foi atacado na Du-tra. Ramiro fica desconfiado doencontro entre Sabrina e Willian.É dado o tiro de largada, começaa corrida. Iago, do alto do telhado,se prepara para atirar em Vitória.Iago atira na direção de Diana.

Quinta-feira - Filho do Vento perce-be o perigo do tiro desferido por Ia-go em direção à Vitória e interce-de o ataque. O cavalo é atingido ecai derrubando Ricardinho. Dianavence a corrida seguida por Lucie-ne. Luciene avisa à Diana sobre aqueda de Ricardinho. Renata con-ta à Diana que o cavalo foi atingi-do por uma flecha. Iago, com umaespécie de arco na mão, conse-gue escapar com a ajuda de umhelicóptero. Javier avisa a políciae Jorge desconfia de que o ataquetenha sido planejado por alguémdo haras A. Ferreira. O apoio poli-cial alcança o helicóptero de Iagoe ordena que desça imediatamen-te. Iago fica furioso com a omis-são de seu subordinado e atirano piloto. A aeronave voa des-controlada e ele salta perigosa-mente no mar. Iago conseguenadar até a praia e se disfarçade vendedor ambulante para ter-minar sua fuga.Sexta-feira - Iago consegue che-

gar até sua mansão e liga paraLaíza ordenando que ela volte pa-ra casa. Virgulino apresenta seuprimo à Priscila. Firmino se lem-bra da voz da moça na noite doataque ao ônibus de retirantes epassa mal. Firmino se recuperado mal estar e Virgulino se descul-pa com Priscila pela atitude do pri-mo Priscila,Paulão e Enzo aconse-lham Firmino a voltar para o nor-deste. Mossoró encontra Diana econta que voltou para Beatriz Jor-ge vai procurar Javier e é ordena-do a readmitir Renata. Edu vai es-condido até a casa de Jorge pedira readmissão de Renata. Priscilavai com os amigos até a pista demotocross em Petrópolis. Beatrizconta a Mossoró que Laíza procu-rou Jorge interessada em alugaruma cocheira no haras Arminho.Zuzu conta para Matilde que a viuna televisão durante o Grande Prê-mio. Enzo, com ciúmes de Bea-triz, pede a Paulão para provocarum acidente fatal com Mossoró.

Resumo das novelas

CHIQUITITAS - 20H30

VITÓRIA - 21H30

RECORD

SBT

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 23 - TV

Page 24: Revista bem estar-20140615

Com cidades medievais ao longo

do Mar Adriático e locações da

série Game of thrones, o país vê

aumentar número de

visitantes brasileiros

Turismo

CROÁCIAFASCINANTE

TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 25: Revista bem estar-20140615

Agência O Globo

Com cidades históricas lindíssimas e bem

preservadas à beira do Mar Adriático, a Croá-

cia vem despertando o interesse do viajante

brasileiro. Em 2013, foram 56 mil visitantes

do Brasil.

O número não impressiona de imediato, mas

representa quase o dobro do registrado no ano

anterior: 30.900, em 2012, segundo o Escritório

Nacional de Turismo da Croácia. Leve-se em

conta que não há voos diretos entre Brasil e

Croácia, é preciso fazer conexão em alguma cida-

de da Europa.

Duas cidades croatas são imperdíveis: Du-

brovnik, rodeada por muralhas, conhecida co-

mo a “pérola do Adriático”. E Zagreb, a cidade

que tem um coração vermelho como símbolo e

um museu dedicado a relacionamentos que não

deram certo entre suas atrações inusitadas.

Agência

OG

lobo

Uma mistura de

história, cultura e

natureza belíssima

faz da Croácia um

país super procurado

por brasileiros

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 25 - TURISMO

Page 26: Revista bem estar-20140615

Na cidade murada, as locações são o portão Pile, a rua de Santo Domingo, a Torre Minceta e o

Forte Bokar. No lado de fora, o Forte Lovrijenac, entre outros pontos

Agência O Globo

A muralha do século 12 contorna

os prédios que formam a parte antiga

de Dubrovnik. Ao crepúsculo, a luz

dourada do sol inunda torres e cúpulas

centenárias, entre telhados reconstituí-

dos após a Guerra da Independência,

há duas décadas.

A muralha tem 1.940 metros de exten-

são. Por ela dá-se a volta em toda a cidade

antiga, Patrimônio Mundial pela Unes-

co, ora avistando o mar, ora de frente pa-

ra o Monte São Sérgio e a cadeia de mon-

tanhas que faz fronteira com a Bósnia.

Um ou outro bar com vista para o

mar convida a um drinque, ali mesmo,

entre as pedras históricas. De um lado, as

gaivotas patrulham o Adriático; do ou-

tro, observa-se o movimento intramuros

nos fundos de lojas e restaurantes ou em

quintais de residências.

Dubrovnik faz juz ao título de cená-

rio de Porto Real (ou King’s Landing)

do seriado “Game of thrones” - produção

da HBO, que faz sucesso mundo afora.

Há folhetos com os pontos de loca-

ções marcados no mapa da cidade mura-

da e excursões especializadas nas grava-

ções. Mas basta alguns passos no percur-

so da muralha para identificar ali cenas

protagonizadas por Tyrion Lannister, en-

tre outras passagens do seriado.

Na cidade murada, as locações são o

portão Pile, a rua de Santo Domingo, a

Torre Minceta, o Forte Bokar. No lado

de fora, o Forte Lovrijenac - símbolo da

resistência de Dubrovnik ao império ve-

neziano no século 11 - e o Anfiteatro do

Hotel Belvedere, além do Arboretum

Trsteno, também estão entre os cenários.

A Ilha Lokrum, em frente à cidade

murada, foi usada para cenas protagoniza-

das por Daenerys Targaryen (a Khaleesi)

na cidade de Qarth. A produção do seria-

do ainda tem mais duas temporadas para

filmar em Dubrovnik.

Croácia

Dubrovnik - enredo dignode ‘Game of thrones’

Em Zagreb,

capital croata, o

bonde circula no

centro

Fotos: Agência O Globo

TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 27: Revista bem estar-20140615

Num dos portões da cidade

murada, Ploce, um painel mos-

tra os pontos de agressão duran-

te a Guerra da Independência.

Lá dentro, o guia aponta

prédios e monumentos históri-

cos, entre cafés e muitas lojas.

Há bares e restaurantes, como

o Grads Kavane, onde até

quem mora lá faz uma parada

para prosear, tomando um café

ou uma pivo (cerveja). Lojas de

suvenires e um mercado de pro-

dutores locais estão no passeio

intramuros.

O Palácio do Reitores abri-

ga o Museu Histórico e Cultu-

ral de Dubrovnik, que foi a se-

de governo na República de

Dubrovnik.

No Palácio Sponza (da Al-

fândega) funciona o arquivo da

cidade, que sobreviveu ao ter-

remoto de 1667. Na Catedral,

logo em frente, estão as relí-

quias de São Brás, que nasceu

no século 3 e morreu na Ar-

mênia no século 4, mas é pa-

droeiro da cidade.

Por volta do século 10, São

Brás teria aparecido a um pa-

dre para avisar que os venezia-

nos atacariam Dubrovnik, e a

cidade pode se precaver.

O Forte Lovrijenac defen-

deu a cidade dos venezianos no

século 11. No dia 3 de feverei-

ro, há procissão em sua home-

nagem.

Na outra ponta, no portão

Pile, onde param os ônibus de

turismo, fica a Fonte Grande

de Onofrio (da qual beber a

água limpinha é ritual), ao lado

da Igreja de São Salvador, que

abriga o antigo mosteiro fran-

ciscano e o Museu da Farmá-

cia, onde funciona uma das

mais antigas farmácias da Euro-

pa, de 1317.

O museu exibe antigos ins-

trumentos médicos, além de

um belo mapa da época da Re-

pública de Ragusa.

Saindo da cidade murada

pelo portão Pile, há um teleféri-

co que leva à Fortaleza Impe-

rial. Além da vista inesquecí-

vel, pode-se visitar o museu da

guerra da Independência e o

ótimo restaurante Panorama.

Com 43 mil habitantes, Du-

brovnik vive do turismo. Popu-

lar desde os anos 1980, tem lo-

calização geográfica privilegia-

da com preços mais baixos que

no restante da Europa, embora

os mais altos da Croácia.

Os passageiros de cruzeiros,

hoje limitados a 8 mil/dia, são

maioria. Agências conduzem

esses visitantes pela cidade mu-

rada, que tem 2 mil habitantes.

Mas há quem aproveite para co-

nhecer as elogiadas praias das

Ilhas Elafites (três ilhas a uma

hora da cidade, com praias pe-

quenas de faixas de areia de no

máximo cem metros) e a Ilha

Lokrum. (AG)

A história de Dubrovnik

tem enredo digno de seriado

medieval, tal qual o de “Ga-

me of thrones”.

Os primeiros registros de

civilização na região são do

século 7. Dubrovnik se de-

senvolveu com a movimenta-

ção das Cruzadas, que estabe-

leceu centros marítimos e co-

merciais nos séculos 12 e 13

nos mares Adriático e Medi-

terrâneo.

No século 13 serviu de ba-

se naval ao Império Venezia-

no. Posteriormente, o Trata-

do de Zadar, em 1358, libe-

rou a cidade do domínio de

Veneza.

Nos séculos 14 e 15, a en-

tão chamada República de

Ragusa ocupava a posição

de principal porto comer-

cial no Adriático, com Vene-

za e Ancona.

Sob tutela do império tur-

co, no século XVI, e com

alianças com Espanha e Vati-

cano, manteve-se indepen-

dente. Prosperou com o co-

mércio marítimo após o declí-

nio do império veneziano.

O terremoto de 6 de abril

de 1667 devastou a cidade,

deixando milhares de mor-

tos. Foi o início do fim da Re-

pública de Ragusa.

Napoleão dissolveu-a em

1808. A região foi integrada à

Dalmácia e à Croácia pelo

Congresso de Viena, em

1815. De 1918 a 1941 fez par-

te do Reino dos Sérvios, Croa-

tas e Eslovanos (chamado de

Reino da Iugoslávia a partir

de 1929).

Com a Segunda Guerra

Mundial, ocupada pelas for-

ças italianas e alemãs, inte-

grou o Estado Independente

da Iugoslávia. A partir de

1944, conquistada por guerri-

lheiros do marechal Josp

Broz Tito, fez parte da Repú-

blica Socialista da Croácia,

Estado da República Socialis-

ta Federativa da Iugoslávia.

Em outubro de 1991, a

Croácia declarou independên-

cia e Dubrovnik passou a ser

atacada por sérvios, iugosla-

vos e montenegrinos. Em 6

dezembro, sofreu o pior bom-

bardeio. (AG)

Vielasestreitasreúnem casas,lojas, cafés erestaurantes

Produtos típicos àvenda dentro dacidade murada

Terra de São Brás

Seriado medieval

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 27 - TURISMO

Page 28: Revista bem estar-20140615

Há casas do século 7, e o

aqueduto da época ainda

hoje abastece parte da

população da cidade

-Agência O Globo

A história de Split se confunde com

a do domínio romano. A cidade teve seu

destinodeterminadopelabaía àsua fren-

te, palco de guerras sangrentas.

Assistiu aos dálmatas resistirem bra-

vamente por 220 anos ao assédio do Im-

pério Romano, até que eles acabaram

vencendo, e a Dalmácia tornou-se uma

de suas mais famosas províncias.

Diocleciano foi o mais notável entre

os imperadores da Dalmácia. Odiado e

amado, ergueu ali o palácio entre os anos

de 295 e 305, a primeira construção de

Split, e viu surgir em seu entorno a cida-

de que hoje atrai milhares de visitantes.

Usando as pedras da Ilha de Brac,

que pode ser visitada de ferry boat a par-

tir de Split, Diocleciano construiu seu

palácio combinando aspectos

arquitetônicos de construções campesi-

nas, militares e vilas luxuosas.

Nocentro, há templos religiosos, e as

casas dos nobres estão posicionadas com

vista para o mar. Colunas foram trazidas

do Egito, além de 18 esfinges. Umadelas

estápreservada,ao ladodacatedralpróxi-

ma à entrada do palácio.

A entrada era coberta com azulejos

de ouro. Pela cúpula aberta passava a luz

naturalque refletiaa corpúrpuranos tra-

jes do imperador, impondo em suas apa-

riçõespúblicas obrilhodopoder. Napra-

ça, os súditos reverenciavam o líder

que reluzia à luz dos céus.

Após abdicar do

trono,Dioclecia-

no permaneceu no palácio até sua mor-

te, em 311. Depois o lugar foi usado co-

mo retiro para seus sucessores.

OImpério RomanodoOcidenteaca-

bou no século 5. Após a invasão croata às

terras de Salona, berço de Diocleciano, a

população em fuga chegou a Split. Lojas

eresidências foramincorporadas impon-

do ao palácio um processo de urbaniza-

ção orgânica.

Casas foram construídas no século 7.

Hoje alguns prédios foram transforma-

dos em hotéis boutique, casas de família,

ou lugares de hospedagem mais simples.

Oaquedutodaépocaaindahojeabas-

tece parte da população da cidade, que é

de 188 mil habitantes.

Nos porões subterrâneos que susten-

tam o palácio foram abertas 55 salas, que

eram usadas como armazenamento por

Diocleciano.

Com a ocupação medieval, elas fo-

ram transformadas em depósitosde lixo,

porque tinham buracos no teto que liga-

va às casas no andar de cima. Os dejetos

preencheram o local e curiosamente, foi

o lixo petrificado,que preservou essases-

truturas que hoje podem ser visitadas.

Na entrada dos fundos do palácio, a

estátua do bispo Gregório de Nin, com

sua expressão bisonha de olhos arregala-

dos, é uma visita indispensável. O bispo

introduziu, no século 10, o idioma croa-

ta aos ritos religiosos cristãos, que eram

realizados em latim. Não saia de lá sem

esfregar o dedão do pé da estátua, por-

que dizem que dá sorte.

Com arquitetura bem preserva-

da, Split também caiu nas graças da

produção da HBO, que filmou ali ce-

nas de “Game of thrones” para a

quarta temporada.

Os guias mostram em frente ao por-

tão do Museu da Cidade de Split, numa

viela estreita, o ponto onde foi gravada a

cena em que Khaleesi ocupa Meereen e

os escravos encurralam um nobre. Tam-

bém há cenas nos porões do palácio.

Croácia

Split e Brac: palácioà beira-mar

TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 29: Revista bem estar-20140615

Calcário - o calcário de

Brac, que ergueu o Palácio

de Diocleciano, em Split, te-

ria sido usado em outros pré-

dios imponentes pelo mun-

do, como nas colunas da Ca-

sa Branca e nos parlamentos

de Berlim e Viena.

Gravata - Na guerra dos

3 0 a n o s n a E u r o p a

(1618-1648), soldados croa-

tas foram lutar em Paris em

colaboração com a França,

levando suas echarpes amar-

radas ao pescoço. Os pari-

sienses da corte de Luís 14

adoraram a nova moda.

Sal e ostras - A qualida-

de da água do Adriático pro-

duz, além do sal excelente de

Mali Ston, ostras de sabor ex-

cepcional.

À mesa - Azeite e trufas

da Ístria e vinhos brancos e

tintos de Ístria, Dalmácia e

Eslavônia se destacam na

gastronomia. (AG)

Agência

OG

lobo

Orgulhos croatas

Saindo do porto de Split, vi-

sitado por muitos navios de cru-

zeiro, o ferry Jadronlinija (30

kunas por pessoa, ou R$ 12) le-

va até Brac. A viagem dura

uma hora. As encostas de pedra

que recortam o litoral domi-

nam a paisagem.

O ferry deixa os passageiros

em Supetar, onde se pode alu-

gar uma scooter ou quadriciclo

para explorar a ilha. De lá, par-

te-se para lugares como Vido-

va Gora, o topo de Brac, a 778

metros de altitude, de onde

se tem uma vista panorâmica

da região.

Hora de descer e conhecer

a belezura da ilha, em Bol: é

Zlatni Rat, a faixa de praia

que muda ao sabor das marés

e do vento.

Uma caminhada num calça-

dão arborizado e decorado por

esculturas de pedras brancas le-

va até lá. Há vários restauran-

tes, bares e hotéis à beira-mar.

Se ficar para o almoço, o restau-

rante Vagabundo serve pratos

como risoto e filé de atum com

croquete de batatas e legumes

grelhados no azeite (79 kunas,

R$ 32). (AG)

Telhados de coresvivas guardam

marcas da guerrana cidade murada

Litoral rodeado de pedras

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 29 - TURISMO

Page 30: Revista bem estar-20140615

A cidade tem um museu dedicado aos

relacionamentos que não deram certo

Agência O Globo

Com indústrias variadas movi-

mentando sua economia, a capital

croata não depende tanto do turis-

mo como Dubrovnik.

A cidade que tem um coração

vermelho como símbolo conquista

o visitante com particularidades

que a fazem especial. Um museu

dedicado aos relacionamentos des-

feitos é um deles.

E Spitza é o nome que se dá em

Zagreb para o encontro aos sába-

dos de manhã (das 10h às 13h) na

Praça das Flores, onde as pessoas

vão para ver e ser vistas. As celebri-

dades croatas são presença certa

no lugar.

Tkalciceva é a rua dos cafés - e

dos bares e dos restaurantes. E a

Praça Josip Jelacic, onde o vaivém

de bondes é cercado por ruas reple-

tas de cafés e lojas de marcas co-

nhecidas, mostra o lado cosmopoli-

ta de Zagreb. Lembra Milão, em

menores proporções.

Na mesma praça, há sempre

uma feirinha de produtores aconte-

cendo. Mas o mercado mais famo-

so de Zagreb é o Dolac, que funcio-

na de segunda-feira a sábado. Ocu-

pando um galpão em vários níveis

tem no andar superior a melhor

vista, entre cafés e bancas de flores

e ervas, para observar o movimen-

to nas tendas abaixo, com a cidade

à frente, telhados e torres de igre-

jas dando contornos ao horizonte.

Depois do mercado, o progra-

ma é ver a troca da Guarda de Hon-

ra do Regimento da Gravata. Um

grupo de 17 soldados cumpre o ri-

tual nos fins de semana entre

11h40 e 12h (de abril a setembro),

em frente à igreja de Santa Maria,

do século 18, com seu telhado colo-

rido por mosaicos.

O museu dos relacionamentos

desfeitos fica a uma quadra dali. O

acervo conta histórias como a da

centopeia de pelúcia com patas fal-

tantes que pertenceu ao casal

bósnio-croata, que vivia entre Za-

greb e Sarajevo, em quase dois

anos de relacionamento.

O combinado foi que, a cada

vez que se encontrassem, arranca-

riam uma pata da centopeia. Quan-

do não houvesse mais patas seria o

momento de começar uma vida a

dois. Mas o romance terminou an-

tes das patas, e o fim da história vi-

rou peça de museu.

As gravatas, que conquistaram

a corte de Luís 14, no século 17,

eram, na realidade, echarpes que

adornavam o pescoço da guarda

croata - a mesma da Igreja de San-

ta Maria.

As mulheres amarravam as

echarpes em volta dos pescoços do

casal. Algumas dividiam o lenço

ao meio. Na guerra, o homem par-

tia com o adereço no pescoço.

Na loja Croata (croata.hr), fa-

zem sucesso com clientes brasilei-

ros modelos de cores fortes e moti-

vos extravagantes (450 kunas, R$

183). A gravata bordada em fios de

ouro custa 3.500 kunas (R$ 1.500)

e a pontuada por cristais Swaro-

vski, 1.500 kunas (R$ 612). A ma-

triz fica em Zagreb, mas há lojas

em Split e Dubrovnik.

Zagreb tem bons restaurantes,

onde se pode experimentar a gas-

tronomia do país. Com ingredien-

tes frescos e sem afetações, o cardá-

pio está mais para comfort food.

Uma sopa típica como a servida no

restaurante Agava, na Tkalciceva,

leva tomate, batata, carne, bacon

picadinhos e cogumelos frescos.

Croácia

Zagreb - coraçõespartidos e gravatas

TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 31: Revista bem estar-20140615

Como chegar

De avião: As empresas

aéreas Air France-KLM,

Lufthansa e Turkish Airlines têm

tarifas a partir de R$ 2.685.

Valores com taxas para julho. A

Croatian Airlines voa entre

Zagreb e Dubrovnik por R$ 257

(ida e volta)

Carro: O aluguel de carro

econômico por seis dias sai a

265 euros (sixt.com), com

retirada e entrega no Aeroportode Zagreb

Onde ficar

Dubrovnik. Excelsior, diáriasa 270 euros, quartos com vistapara a cidade murada e Lokrum.adriaticluxuryhotels.com

Split. Radisson Blu, diáriasa 168 euros. radissonblu.com

Zagreb. Hotel Dubrovnik,diárias a 116 euros.

hotel-dubrovnik.hr

Onde comer

Dubrovnik. Proto, Siroka 1,esculap-teo-hr. Panorama,dubrovnikcablecar.com.

Split. Konoba Varos, BanMladenova 9. Central, noPalácio, Narodni trg 1, Pjaca

Zagreb. Vinodol, Teslina10. vinodol-zg.hr. Agava,

Tkalciceva 39 �

Programe Croácia

Fotos: Agência O Globo

O Pavilhão de Arte deZagreb, aberto em 1898, é

a galeria mais antiga dosudoeste da Europa

Cafés são animados, com mesas nas ruas de Zagreb

Bancas de flores no nível superior do famoso mercado Dolac

Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 / 31 - TURISMO

Page 32: Revista bem estar-20140615

Paulo Coelho

Mestre ediscípuloenfrentam o rio

Escritor

“Muitas vezes, o homem

não acredita no que deseja

que os outros acreditem”

Um discípulo tinha tanta fé nos poderes do gu-

ru Sanjai, que o chamou certa vez à beira do rio.

- Mestre, tudo que aprendi com o senhor fez

com que minha vida mudasse. Fui capaz de reatar

meu casamento, acertar-me nos negócios de minha

família, e fazer caridade com todos na vizinhança.

Tudo que eu pedi em seu nome, com fé, eu conse-

gui.

Sanjai olhou para o discípulo, e seu coração en-

cheu-se de orgulho.

O discípulo aproximou-se da margem do rio:

- Minha fé em seus ensinamentos e em sua di-

vindade é tanta, que basta pronunciar seu nome e

conseguirei caminhar sobre as águas.

Antes que o mestre pudesse dizer alguma coisa,

o discípulo entrou no rio, gritando:

- Louvado seja, Sanjai! Louvado seja, Sanjai!

Deu o primeiro passo.

E outro.

E um terceiro. Seu corpo começou a levitar, e o

rapaz conseguiu chegar ao outro lado do rio sem se-

quer molhar os pés.

Sanjai olhou surpreso para o discípulo, que ace-

nava da margem, com um sorriso nos lábios.

“Quer dizer que sou muito mais iluminado do

que penso? Eu poderei ter o mosteiro mais famoso

da região! Eu poderei igualar-me aos grandes san-

tos e gurus!”

Decidido a repetir o feito, aproximou-se da mar-

gem, e começou a gritar, enquanto caminhava rio

adentro:

- Louvado seja Sanjai! Louvado seja Sanjai!

Deu o primeiro passo, o segundo, e no terceiro

já estava sendo carregado pela correnteza. Como

não sabia nadar, foi preciso que o discípulo se ati-

rasse na água e o salvasse da morte certa.

Quando os dois chegaram à margem, exaustos,

Sanjai ficou em silêncio por longo tempo. Final-

mente, comentou:

- Espero que você entenda com sabedoria o que

aconteceu hoje. Tudo que eu lhe ensinei foram as

sagradas escrituras, e a maneira correta de compor-

tar-se. Entretanto, isso não bastaria, se você não

acrescentasse o que estava faltando: a fé de que tais

ensinamentos poderiam melhorar sua vida.

“Eu lhe ensinei, porque meus mestres me ensi-

naram. Mas, enquanto eu pensava e estudava, você

praticava o que tinha aprendido. Obrigado por me

fazer entender que, muitas vezes, o homem não

acredita no que deseja que os outros acreditem.“

Os três livros

O monge Tetsugen tinha um sonho: imprimir

um livro em japonês, com todos os versículos sagra-

dos. Decidido a transformar este sonho em realida-

de, começou a viajar pelo país, arrecadando o di-

nheiro necessário.

Entretanto, assim que conseguiu a quantia para

iniciar o trabalho, o rio Uji transbordou, provocan-

do uma catástrofe de proporções gigantescas. Ven-

do os desabrigados, Tetsugen resolveu gastar todo

o dinheiro para aliviar o sofrimento do povo.

Mas logo recomeçou a lutar por seu sonho: ba-

teu de porta em porta, caminhou por diversas ilhas

do Japão, e de novo conseguiu o que precisava.

Quando voltava – exultante – para Edo, uma epide-

mia de cólera alastrou-se pelo país. Novamente, o

monge usou o dinheiro para curar os doentes e aju-

dar a família dos mortos.

Perseverante, voltou ao seu projeto original. Co-

locou-se novamente em campo e, quase vinte anos

depois, conseguiu editar sete mil exemplares dos

versículos sagrados.

Dizem que Tetsugen, na realidade, fez três edi-

ções dos textos sagrados.

Só que as duas primeiras são invisíveis. �

32 / São José do Rio Preto, 15 de junho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO