revista taxicultura 16

44
Edição 16 A incrível combinação de culinária, ritmo e acrobacia Cookin’Nanta A música como profissão de fé Duofel Um marco democrático na afirmação da raça negra Museu Afro Brasil Leitura de Bordo www.taxicultura.com.br As delícias de uma cidade em plena Serra da Mantiqueira São Bento do Sapucaí

Upload: editora-porto-das-letras

Post on 25-Mar-2016

228 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Revista TAXICULTURA 16

TRANSCRIPT

Edição 16

A incrível combinação de culinária, ritmo e acrobacia

Cookin’Nanta

A música comoprofissão de fé

Duofel

Um marco democrático na afirmação da raça negra

Museu Afro Brasil

Leitura de Bordo

www.taxicultura.com.br

As delícias de uma cidade em plena Serra da Mantiqueira

São Bento do Sapucaí

2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro

taxicultura_11.indd 2 29/02/2012 12:09:16taxicultura_13.indd 2 04/05/2012 16:17:37

2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro

taxicultura_11.indd 2 29/02/2012 12:09:16taxicultura_13.indd 2 04/05/2012 16:17:37

Boa viagem e boa leitura!Os Editores

Dezembro|TAXICULTURA 3

TAXICULTURA é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do

Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP).

Telefone (11) 3392-1524, E-mail [email protected].

Proibida a reprodução parcial ou total dos textos e das imagens desta

publicação, exceto as imagens sob a licença do Creative Commons. As

opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não expressam a

opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa revista são de inteira

responsabilidade dos anunciantes.

EXPEDIENTE

DiretoriaAdilson Souza de AraújoDavi Francisco da SilvaFábio Martucci FornerónIsabella Basto Poernbacher([email protected])

Redação

EditorWaldir MartinsMTB 19.069

Edição de ArteCarolina Samora da GraçaMauro Bufano

Projeto Editorial Editora Porto das Letras

Reportagem Arnaldo Rocha, Cida Nogueira e Miro Gonçalves

Colaboradores Adriana Scartaris , Elisângela Soares, Fernanda Monteforte, Fernando Lemos, Ivan Fornerón, Mery Hellen Jacon Pelosi, Vinnícius Balogh e Walkyria Ferraz

Fotografia de CapaNelson Kon

RevisãoNaira Uehara

Publicidade

DiretorFábio Martucci Fornerón

Assessoria jurídicaPaulo Henrique Ribeiro Floriano

ComercialSuporte AdministrativoAna Maria S. Araújo SilvaBruna Donaire Bissi

Assinaturas e mailling([email protected])

ImpressãoWgráfica

Tiragem25.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Nenhuma forma de afirmação pode ser mais plena e efetiva do que a preservação e a celebração da cultura de um povo e suas di-ferentes raças. E é isso que o Museu Afro Bra-sil realiza, ao recontar a nossa história sob a perspectiva da raça negra. Um trabalho difícil, que implica na desconstrução de paradigmas e preconceitos, inclusive naqueles que são ví-timas dentro do processo de dominação, con-forme mesmo afirma seu idealizador e atual diretor curador Emanoel Araújo.

Dentro desse trabalho pluralista e demo-crático, trazemos nesta edição essa importan-te casa de cultura paulistana, que, neste mês de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra, apresenta duas importan-tes mostras que traduzem de forma perfeita o trabalho do Museu: Coleção Ruy Souza e Sil-va: Tornar-se escravo no Brasil do século XIX e Aparecida - A Virgem Mãe do Brasil. Vale mui-to a pena conferir.

Também focados no processo de recons-truir paradigmas dentro da cultura brasileira, os músicos Luiz Bueno e Fernando Melo – o Duofel – reconhecidos nacional e internacio-

EditorialAfirmação

nalmente como uma das mais criativas e in-ventivas duplas da música popular brasileira, conversaram com a Revista TAXICULTURA so-bre a trajetória e o novo trabalho que está em processo de gravação e produção.

Essa mesma vocação em desafiar o que está estabelecido em busca de liberdade e realiza-ção é a síntese de grupo de dança que rea-liza um trabalho absolutamente diferenciado e retratamos: a Associação de Balé de Cegos Fernanda Bianchini. O trabalho que teve início há 17 anos conta hoje com um corpo de baile formado por 92 bailarinos e já participou de eventos como a festa de encerramento da Pa-raolimpíada de Londres.

Se a correria do dia a dia está cobrando seu preço e você está pensando em relaxar, não deixe de ler a matéria sobre a cidade de São Bento do Sapucaí. Pertinho de São Paulo, a cidade oferece um receptivo excelente e atra-ções para diferentes tipos de público. Que o diga o compositor Lamartine Babo, que nos anos 40 e 50 era contumaz visitante da cida-de a quem compôs uma de suas mais famosas canções: No Rancho Fundo.

Por

Nel

son

Kon

4 TAXICULTURA|Novembro

MorarBem

38São Paulo

Tem

36Bandeira

Livre

32Qualidade

de vida

30Beleza

28

Agenda24

Capa16

São Paulo: um mundo todo

14Tecnologia12

Paulistanos08

Qualidade de Vida

16

Mundo&Cia36

Morar Bem32

Tecnologia30

48

Capa38

Bandeira LIvre

18

44

Agenda22

Charme e Beleza

28

SUMÁRIO | TAXICULTURA

40Mundo Cão

Coleiras especiais

42Horizonte Vertical

O gosto pelo delírio

30Qualidade de Vida

O prazeroso risco de viver

36Agenda Cultural

O melhor da cidade

38 Morar Bem

Casa FOA

32Bandeira Livre

São Bento do Sapucaí

06Onde fica?

Verde na metrópole

12Big AppleNovidades da

capital do mundo

13Tecnologia

Dicas e sugestões

08PaulistanosDuofel – A música

como profissão de fé

18Um Mundo Todo

Cookin’Nanta

22Capa

Museu Afro Brasil

28Beleza

Beleza 24 horas

20São Paulo Tem

Associação Balé de Cegos Fernanda Bianchini

Para nós, sua participação é fundamental. Para enviar suas críticas, elogios, sugestões ou comentários basta enviar um email para: Assim que recebermos sua mensagem entraremos em contato para atender a sua solicitação.

ESPAÇO LEITOR

[email protected]

Novembro|TAXICULTURA 5

Esplendores do VaticanoSou frequentador assíduo do Parque do Ibirapuera e não tinha ideia do tama-nho e importância da mostra Esplendo-res do Vaticano, que está acontecendo na OCA. Incrível poder ter uma ideia do poder que a igreja desempenhava no favorecimento da cultura desde prati-camente a sua consolidação em Roma.

Magda Carvalhal

José SilvérioNa época em que era criança, a minha fa-mília, meio como uma coisa de tradição, só ouvia a Rádio Bandeirantes e na hora do futebol não dava outra: todo domin-go ouvia o Fiori Gigliote. Com o passar do tempo, deixei de acompanhar futebol, estava na universidade e as preocupações eram outras. Até que casei e a minha es-posa, também por uma tradição familiar, só ouvia a Joven Pan. Foi então que tomei contato com o José Silvério, que resgatou toda minha paixão pelo futebol. Sem dúvidas, o melhor locutor esportivo do Brasil de todos os tempos. Moacir Andretta

Casa sustentávelMuito interessante a ideia que o Gus-tavo Calazans apresenta acerca do que é realmente uma casa sustentável: uma casa que de fato seja acessível agora e com o menor impacto para o maior número de pessoas. Tira a sus-tentabilidade desse patamar, como se fosse um artigo de luxo e ostentação. Na verdade é necessidade.

Célia Ribeiro

22Museu Afro Brasil Um marco democrático na afirmação da raça negra

08Duofel

A música como profissão de fé

32São Bento do Sapucaí

As delícias de uma cidade em plena Serra da Mantiqueira

Cookin’NantaA incrível combinação de

culinária, ritmo e acrobacia

18

6 TAXICULTURA|Novembro - Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

Verde na metrópole

IInaugurado em 3 de abril de 1892, dentro de um am-biente cultural determinado pela aristocracia cafeeira, onde predominavam as influências do romantismo

europeu, o parque acabou ganhando ares de um jardim inglês, apesar de sua exuberante vegetação tropical, re-manescente da Mata Atlântica, nessa região conhecida na época como alto do Caaguaçu.

O responsável pelo projeto paisagístico foi o francês Paul Villon, motivo pelo qual o parque às vezes ser citado, nos textos antigos, como Parque Villon. Por muitos anos ain-da foi conhecido como parque da Avenida e era explorado pela iniciativa privada, juntamente com o clube, tendo ser-vido de palco para muitas festas, bailes e eventos culturais da alta sociedade paulistana.

A partir de 1968, na gestão do prefeito Faria Lima, o par-que passou por várias mudanças que tiveram a assinatura do paisagista Burle Marx e do arquiteto Clóvis Olga.

Recentemente, o parque foi tombado pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP e possui em seu interior atrativos como a estátua do Fauno, de Victor Brecheret, um viveiro de aves, fontes, chafarizes, locais de recreação infantil, sanitários públicos e centro administrativo, tornando-se um refúgio de lazer e descanso no meio da agitada metrópole paulista.

Por Miro Gonçalves

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: [email protected] resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores.

ONDEFICA?

Charmoso, elegante e com obras de arte permanentemente expostas, esse foi um dos primeiros parques da cidade de São Paulo

GANHADORESO prédio da luz

Na edição passada apresentamos uma foto do atual Shopping Light, cujo prédio, inaugurado no ano de 1929 e tombado como patrimônio histórico , foi batizado com o nome de um advogado canadense que até o ano de 1928 havia presidido a Brasília Traction, empresa controladora da Companhia Light do Brasil.

Débora Geleson

Rita Vieira

Marcos Pereira

Daniel Carvalho Nascimento

Cícero Martins

Ednaldo Andrade

Gilmar Silva

Marina Rubia

Carla Souza

Regina Prado

Retr

ovis

or d

o Ta

xist

a

Você sabia? A rua que hoje separa o parque já era um

caminho utilizado pelos moradores da Vila de Piratininga no ano de 1545

Dav

i Fra

ncis

co

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Setembro|TAXICULTURA 7

8 TAXICULTURA|Novembro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Por Waldir Martins

Se você nunca ouviu o Duofel não sabe o que está perdendo. A Tetê Es-

píndola ouviu. O Hermeto Pas-coal ouviu. O Egberto Gismonti ouviu. O Paulinho Nogueira ouviu. Até o Ornette Colleman, criador do Free Jazz, também já ouviu. E ainda o Belchior, o José Geraldo e o Almir Sater, também eles ouviram a in-crível música da dupla. Se eu fosse você iria ouvir. Aproveite

Duofel

Div

ulga

ção

para ver também, porque, neste mês de novembro, eles irão realizar dois shows na cidade e são imperdíveis.

Em processo de gravação do novo trabalho ‘Revisando a MPB’, em co-memoração aos seus 35 anos de carreira, o paulistano Luiz Bueno e o alagoano Fernando Melo conver-saram com a TAXICULTURA e nos proporcionaram uma verdadeira re-flexão, falando da trajetória da dupla e da opção pela música como um ato de fé e renovação permanente.

A música livre de Luiz Bueno e Fernando Melo

Fernando Melo e Luiz Bueno, o Duofel, preparam disco para marcar 35 anos de carreira

PAULISTANOS

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 9

TAXICULTURA

Como a música chegou na vida de vocês?

Luiz Bueno

Eu tive um avô que era boêmio, mas que ti-nha uma fachada de alfaiate. Às sete horas da noite ele fechava a alfaiataria, botava aquela beca de casimira inglesa, chapéu, óculos es-curos e saía de casa com o violão embaixo do braço e chegava às sete da manhã. Morreu de cirrose. Às vezes a família dizia que ele só tinha alfaiataria para se vestir bem (risos). Mas eu não sabia disso, minha lembrança dele quan-do morreu, na época eu tinha uns seis anos de idade, era como um alfaiate. Acontece que, um dia, tive um problema de nota na escola, aí pelos nove anos, e o professor de química disse que a escola estava montando um labo-ratório de química, e quem tivesse algum equi-pamento ou aparelho para doar ganharia um ponto na nota. E eu precisava desse ponto.

Meu pai havia sido químico, então cheguei para o papai e, sem dizer que eu precisava de um ponto na nota, disse: ‘pai, eu queria tanto doar uma coisa lá para o laboratório de quími-ca que estão montando lá na escola’. Então ele me disse que subisse ao sótão de casa e pegas-se uma proveta graduada que estava guardada lá. Quando eu cheguei lá em cima, logo de cara estava a proveta, mas lá no fundo do sótão ti-nha um violão, que era o violão do meu avô. Fui lá e peguei o violão. Costumo dizer que desci do sótão de casa com um ponto a mais na média na minha mão direita e a minha vida na mão esquerda.

Fernando Melo

Antes de tocar eu gostava muito de cantar e dançar e ver os filmes de Elvis Presley. Nes-sa época eu tinha meus nove anos de idade e, na realidade, minha ideia era ser um Elvis (risos). Eu ia à sorveteria, cantava e dançava, tomava sorvete de graça... na porta do cinema, a mesma coisa porque entrava de graça. Já era conhecido na cidade, fazia um showzinho e ga-nhava as entradas de graça. Quando chegava em casa, eu ficava de castigo, porque a família era caseira e não gostava mesmo; fazer essas coisas do portão para a calçada era complicado.

O violão aconteceu quando um irmão, que foi morar em Brasília, trouxe um para mim e, então, comecei a tocar. Aos 14, entrei em um conjunto de baile, que foi a minha grande es-cola. Nessa década de sessenta, principalmen-te em Alagoas, não tinha escola de música, todos os músicos eram autodidatas. A gente aprendia na rua. No ano de 1967 a família toda foi para Maceió e quando, em 1975, vim para São Paulo junto com um amigo, que era con-trabaixista, a ideia já era viver de música.

E como foi isso?

Ele dizia que conhecia todo mundo, era amigo do Paulo Autran, que a gente ia ter tudo aqui. Quando batemos na Estação da Luz, ele disse: ‘olha, eu preciso te falar uma coisa, que era para te falar nesses dois dias que a gente tava no ônibus: rapaz, eu não conheço ninguém aqui’ (risos). Foi uma roubada.

Mas tivemos muita sorte. Chegando aqui fui morar em uma pensão no Bairro do Brás. Quando descemos do ônibus, fomos pegar informações e disseram: ‘pegue essa rua que você vai encontrar um lugar. Aqui é o reduto dos nordestinos’. E era uma rua que saía defronte à Estação da Luz e ia até o Brás. Então chegamos a uma pensão, a gente tinha pouco dinheiro, que não dava a metade do aluguel. O dono da pensão, muito gente fina, nordestino também, ven-do a gente com aqueles sacos, com violão e tudo, sem dinheiro, disse: ‘não vou nem pegar o dinheiro de vocês; vou deixar vocês ficarem um mês. Se não conseguirem nada, vocês vão embora’.

Luiz Bueno

Estão devendo até hoje... (gargalhadas)

Fotos de Divulgação

Decidimos então escolher um nome que simbolizasse a nos-sa música e tivesse significado, criamos então o Duofel, que é uma síntese de dueto de Fernan-do e Luiz

10 TAXICULTURA|Novembro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Fernando Melo

Meses depois, encontramos com o Luiz, que tinha um grupo de rock progressivo chamado Boiçucanga, e precisava de um baixista e eu e esse meu amigo fomos fazer um teste. Depois do teste o Luiz disse: ‘você tudo bem, mas esse cara não dá!’. Ele terminou voltando para Ma-ceió e eu passei a tocar na banda. Isso foi no final de 1975.

TAXICULTURA

Qual foi o caminho musical até chegar ao Duofel?

Na banda tocávamos rock progressivo, ou-víamos Pink Floyd, Led Zepplin , Jethro Tull. Um dia falei: chega de guitarra! É violão! Só que era um instrumento que a gente não sa-bia tocar, a gente achava que ia tocar e a coisa foi crescendo, evoluindo, começamos a ouvir Paco de Lucia, Índios Tabajara, uma dupla mui-to louca dos anos 50. Eles eram tão maravilho-sos que transpunham para o violão peças do Chopin. Isso despertou na gente que tínhamos que estudar e colocar conteúdo brasileiro na nossa música.

E aí nós fizemos uma coisa muito linda, que é a base da nossa música e da nossa amizade até hoje. Eu tinha meu trabalho, comprei uma Brasília, dois violões, dois microfones, um am-plificador tremendão, que dava pra plugar os microfones, dois banquinhos e uma barraca, e fomos viajar o nordeste de cidade em cidade, durante um ano. E no meio do caminho encon-tramos o Cacá Diegues filmando o Bye Bye Bra-

sil! E isso foi um negócio muito forte, porque, nessa viagem, aprendemos a descobrir a nossa música e um ao outro.

Nós começamos a fazer uma música diferen-te, nossa música não tem similar, nós não so-mos improvisadores, tudo o que está gravado nós apresentamos no show. E as pessoas se es-pantam ‘mas e aquela loucura?’...eu respondo que a loucura também está incluída. E aí nasce Duofel em 1982, em uma estreia no MIS [Mu-seu da Imagem e do Som], com Paulinho No-gueira e Almir Sater. Decidimos então escolher um nome que simbolizasse a nossa música e ti-vesse significado, criamos então o Duofel, que é uma síntese de dueto de Fernando e Luiz.

TAXICULTURA

O que mudou na trajetória de vocês?

Tudo muda. Na verdade, é um caminho a ser percorrido. Quando você trabalha sua música, as pessoas vão aparecendo na sua vida e vão te ensinando. A nossa escola foi a escola da rua e essa rua nos trouxe, por exemplo, o universo do Hermeto Pascoal. Com ele nós aprendemos tudo o que a gente poderia aprender. E isso faz parte desse universo da música. Hoje estamos colhendo os frutos desses 34 anos de trabalho. Temos reconhecimento, fazemos shows pelo Brasil inteiro com teatros lotados. Hoje temos a nossa empresa que é a Fine Music, somos nós quem administramos todo nosso catálogo e a nossa carreira.

Quando você trabalha a sua música,

as pessoas vão aparecendo na sua

vida e vão te ensinando

10 TAXICULTURA|Novembro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Luiz Bueno

Sempre achamos que, como instrumen-tistas, a gente tinha que ralar muito. De-pois, vieram pessoas pontuais, que na hora H - quando você chega em um lugar e pen-sa ‘cara, não vou conseguir subir aí!’ – che-gam. Como a Tetê Espíndola e diz: ‘vem cá’ e com ela a gente vai lá e ganha o Festival da Globo com arranjos nossos. Depois vem o Hermeto e diz: ‘vem aqui, vocês fazem uma música diferente e eu vou ajudar vo-cês’. Depois vem o Egberto Gismonte e fala: ‘vocês têm uma música inusitada’, depois vem o Ornette Colleman, criador do Free Jazz e fala ‘quando vocês quiserem gravar um disco no meu estúdio em Nova Iorque, no Harlem, vocês não vão pagar nada’.

Essas coisas vão levando a gente adiante. Mas existe um momento que é crucial, que é quando decidimos parar de acompanhar os cantores. Nós já tínhamos acompanha-do todo mundo: Belchior, José Geraldo, Al-mir Sater, Tetê Espíndola, para fazer dinhei-ro, para sobreviver, mas percebemos que para emplacar como som, para ser o nosso som no palco, era preciso eliminar a figura do cantor. Isso foi fundamental porque nos deu força para ir buscar, ir atrás.

TAXICULTURA

Porque a indústria cultural não abre mais espaço para vocês?

Luiz Bueno

O rádio, a televisão e todas essas coisas estão inseridas dentro do mundo capitalis-ta, onde o que importa é o capital. Tudo o que está dentro desses veículos é para ga-nhar dinheiro, as pessoas estão interessa-das em fazer grana. Hoje a gente sabe que

a nossa música, que esse tipo de música, que sempre houve e sempre haverá, não foi feita e não é feita para tocar no rádio e na televisão, é feita para tocar a alma e o coração... é aí que ela vai tocar. Nós não temos essa ilusão de tocar no rádio e TV; já tivemos, mas agora não temos mais.

Fernando Melo

Nós temos grandes instrumentistas no Brasil, mas boa parte deles migrou e está acompanhando sertanejo. De certa for-ma, isso até ajuda a tornar essa música mais palatável. Eu vejo esses novos serta-nejos falando com orgulho, como se eles estivessem fazendo uma música sertane-ja, mas é aquela história, que de tanto se falar uma mentira, ela se torna verdade, não é assim?

Luiz Bueno

O fato de, no começo da nossa carrei-ra, termos feito uma viagem de um ano e termos sobrevivido da nossa música, uma música diferente, que não toca em lugar nenhum, só toca ali, naquele momento, isso faz a força dela. Nós já tocamos para treze pessoas em teatro com oitocentos lugares. Mas tocamos e essas treze pesso-as levantaram e aplaudiram de pé. Tocáva-mos na rua e víamos que as pessoas mais simples adoravam a nossa música, se emo-cionavam e isso nos foi dando muita força. Hoje entendi que nós temos que comparti-lhar o nosso dom e que quando você com-partilha o seu dom as coisas acontecem.

TAXICULTURA

E o novo trabalho que vocês estão desenvolvendo?

Fernando Melo

A gente já flertou com tudo, com música eletrôni-ca, com música erudita, com pop. Cada disco é uma história diferente, porque são ideias que vão surgindo e vamos trabalhando sem medo, porque é essa liber-dade que traz a criatividade. Quando você bloqueia e não arrisca, você fica dentro daquele quadrado. Se você não põe a cara para bater, não tem nada de novo. O novo é exatamente isso, você mostrar o que ainda não fez antes. E as pessoas vão dizer se acham legal ou não.

Nós não temos freio, o nosso atual lema é ‘o vio-lão livre de Duofel’. Estamos completando 35 anos de carreira e iremos realizar uma série de atividades para comemorar a data e esse novo disco é uma delas. Para esse novo trabalho as músicas já estão prontas e arranjadas, a capa está sendo produzida e a ideia é fazer o lançamento no próximo mês de março. Vamos começar gravar agora em novembro e vai ser a nossa visão da MPB, que vai se chamar “Revisando a MPB”, onde vamos passar por músicas que a gente ouve por aí, essa música que chega pela janela, que ouve na rua. Vamos tocar Geraldo Vandré, Caetano, Chico, Gil, Ary Barroso, Caymmi. A música que nesse período todo passou pela gente.

Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, n°426 Pinheiros - São Paulo Dia 29 de novembro - às 21hFone: 11 3081-6986

Centro Cultural Barco

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 11

Rua Bom Pastor, 822 - Ipiranga - São PauloDia 18 de novembro - às 18hFone: 11 3340-2000

Show DuofelSESC Ipiranga

12 TAXICULTURA|Novembro - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

BIG APPLEPor Vinnicius Balogh

Vinnicius Balogh é administrador de empresas e atualmente mora em Nova York, onde está realizando um Executive MBA na Columbia UniversityTwitter: @vibalogh

Apaixonado por viagens e gastro-nomia, Vinnicius Balogh traz aos leitores da TAXICULTURA dicas e su- gestões para curtir na metrópole mais badalada do mundo

Div

ulga

ção

Neste ano, o tradicional Black Friday (ou sexta feira negra) será dia 23 de novembro. Trata-se da sexta--feira pós-feriado de Thanksgiving (Dia de Ação de Graças), quando se dá a largada para as compras de Natal. Quem estiver nos Estados Unidos nesse dia irá entender o real sentido da palavra liquidação! As lojas em geral, principalmente os grandes magazines, têm como meta literalmente liquidar todo seu estoque; para isso, caso o produto não seja adquirido por al-

gum voraz consumidor, os preços seguem baixando ao longo do dia.

No passado, as lojas abriam nesse dia por volta das 6h da manhã, depois anteciparam para as 5h, e, às 4h, devido às filas que se formavam em suas portas. Hoje, esses magazines começam a liquidar os produtos à meia noite e um, deixando suas portas abertas por toda a madrugada. Se vier a NY nessa data e tiver paciência para enfrentar o tumulto, seguramente fará excelente negócio. Destaque para a Macy’s, Forever 21 e Sears, que patrocinam grande parte dessa festa do consumo.

Black Fryday

Div

ulga

ção

A grande maioria dos turistas que vem a NY passeia somente por Manhattam e se esquece ou não considera os outros quatros distritos que constituem a cidade. O Brooklyn seguramente é o segundo distrito mais “importante” para o tu-rismo, seguido por Queens, Bronx e Staten Island.

O Brooklyn foi cidade de 1664 a 1898, quando se tornou distrito. Apesar de fazer parte de Nova York, possui sua própria personalidade e até seu próprio time de basquete na NBA, além de ampla diversidade cultural, com uma cena artística independente. Abriga uma das maiores comu-nidades judaicas do mundo e também a sede mundial das Testemunhas de Jeová.

Reserve um dia para conhecer a cultura da comunidade local; vale muito a pena tomar um café da manhã e almoçar pelo bairro de Williamsburg e voltar a Manhattan caminhando pela Brooklyn Bridge. O cenário é perfeito para ótimas fotografias. Chegar no Brooklyn é bem fácil, basta pegar a linha L do metrô.

Passeio Pelo Brooklyn e Pela Brooklyn Bridge

Div

ulga

ção

Não é surpresa para ninguém que o hamburguer é a maior contribuição americana para a gastronomia. Embora São Paulo hoje também ofereça excelentes hamburgueres, degustar um belo hamburguer em NY tem, no mínimo, um charme a mais. O que no passado foi algo desprezado pelos grandes chefs da culinária mundial, hoje é um desafio para muito deles “criar” algo novo e delicioso. Em muitos restaurantes renomados encontram-se hamburgueres em seu car-dápio. A dica que passo não são esses restaurantes, mas sim os tradicionais que têm no hamburguer a sua atração principal.

• Five Napkings: 630 9th Avenue + 2 endereços

• Burguer Join: 119 West 56th Street (lobby do hotel Meridien)

• Shake Shack: 691 8th Avenue + 2 endereços

Pode visitar qualquer um deles que seguramente não irá se arrepender, mas, se der tem-po, visite os três!

HamBurguerD

ivul

gaçã

o

12 TAXICULTURA|Novembro - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

Neste caderno você encontrará dicas, artigos, entrevistas e novidades sobre o mundo da tecnologia para facilitar o seu dia a dia

Aplicativos e ferramentas

Fernando Lemos é especialista em Soluções de Tecnologia, palestrante, colunista em rádios e TV. Autor de artigos em jornais, revistas e sites na web, e idealizador do Projeto Tecnologia Para Todos® Web: www.fernandolemos.com.br | Palestras: [email protected]

As senhas são muito importantes no mundo di-gital. E usar “senha forte” é uma dica importante. Quanto mais se puder misturar letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais, me-lhor. Mas com tantas senhas no nosso universo digital, é complicado guardar todas. Redes Sociais,

foruns, webmails e tantas outras. Por isso esse aplicativo pode ajudar mui-to aqui. Uma forma de guardar as suas senhas, de maneira segura, no seu próprio computador.

ultimate Password Saver

Div

ulga

ção Uma excelente opção para download de vídeos

do Youtube. Bem completo e relativamente rápi-do, traz a vantagem de poder fazer a conversão dos vídeos para vários formatos diferentes e ain-da tem um recurso para permitir edições simples dos vídeos que voce baixar, como a união de vá-rios videos em um só. Compatível também com os principais serviços de distribuição de vídeos na web como MEGAVIDEO, VIMEO e DAILYMOTION.

Atube Catcher

Div

ulga

ção

As Redes Sociais estão cada vez mais presen-tes nas nossas vidas, mas participar de várias demanda muito tempo. Especialmente na hora de postar mensagens em todas. Mas exis-te essa alternativa interessante para usuários do navegador Google Chrome. Uma extensão que permite gerenciar as Redes nas quais você participa, em um único ponto de controle. A partir daí você pode publicar uma única vez e a sua mensagem aparece em todas as suas Re-des. E se for usuário do Google Plus, pode ver todas elas na mesma timeline.

Streamfield

Div

ulga

ção

Uma opção muito interessante como nave-gador da web. Simples mas com várias opções. Principalmente o fato de ser portátil. Você o leva em um pendrive, por exemplo, e pode usar em qualquer computador de maneira segura, sem deixar rastros sobre os sites que você visi-tar. E ainda é possivel fazer posts direto no Face-

book sem precisar inicializar a sua conta. Excelente para visualização rápida das páginas na web. Gratuito e disponível nos sites de download na web.

Slimbrowser Portable

Div

ulga

ção

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Novembro|TAXICULTURA 13

O Windows 8 acaba de ser lançado mas é natural que a sua adoção pela maioria das pessoas ainda demore. Então, se você preferir manter a versão anterior mas gostaria de ter uma experiência do novo sistema, uma dica é o aplicativo IMMERSIVE EXPLORER.

Voce passa a navegar nos seus diretórios de arquivos com as características do novo sistema. Com um modo diferente de visualização de arquivos, execu-tando músicas e visualizando imagens automaticamente, sem precisar instalar softwares adicionais.

Immersive Explorer

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

14 TAXICULTURA|Setembro - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

TECNOLOGIAEntrevista

Fernando LemosQuais as principais vantagens que a virtualização pode trazer para as

empresas?

Oscar NusbaumAcredito que ela tenha vindo preencher as lacunas na área de TI que

se tornaram um grande problema no planejamento anual ou mesmo de longo prazo.

Com a virtualização, conseguimos crescer efetivamente o poder de pro-cessamento, atendendo às necessidades das áreas de negócio, com me-nos investimento e de maneira programada.

Operacionalmente, essas tecnologias permitem diminuir a ociosidade de equipamentos e reduzir significativamente os custos com a infraestru-tura da TI, além da economia de energia e espaço físico.

FL A virtualização já é realidade para pequenas e médias empresas?

ONCom certeza. Existem hoje soluções de virtualização com vários níveis

de complexidade. Dependendo das características de cada ambiente e do nível de maturidade da TI. Mas sempre trazendo um enorme benefício para o gestor de Tecnologia: a melhora no gerenciamento dos recursos.

FLA virtualização pode ser utilizada pelo usuário final corporativo?

ONSim. Ela está nas mãos do usuário final hoje, mas de uma forma trans-

parente e com todas as vantagens inerentes, uma vez que faz parte de toda infraestrutura dos datacenters atuais. Aliás, esse é o melhor da nossa área, não é Fernando? A tecnologia corporativa ser implantada, de manei-ra transparente. Eu costumo dizer que as migrações para ambiente virtua-lizados se assemelham a uma troca de avião, em pleno voo. Mas a própria tecnologia permite processos de migração estáveis e bem controlados.

FLE para o usuário final em sua casa, aquele que não conhece tecnologia

a fundo?

Profissional reconhecido com

mais de 30 anos de experiên-

cia na área de TI, Oscar Nus-

baum é consultor e especialistra em

tecnologias de infraestrutura e falou

sobre a crescente adoção das Tecno-

logias de Virtualização.

OscarNusbaum A Virtualização está transformando os processos de negócio nas corporações

Em um encontro semanal na TV, Fernando Lemos traz as novidades do universo da Tecnologia®, entrevistas com muita gente bacana e muitas dicas interessantes!NET TV - CANAL 13 - NET CIDADE | 2as feiras – 09:30 | 3as feiras – 00:30 | 4as feiras - 13:30h | 5as feiras – 01:30h e 13:00h

Apoio:

ONMesmo para este usuário as tecnologias de virtualização já estão

se tornando realidade. Claro que de maneira mais simples, mas com um pouco de informação já disponível na web, a virtualização é uma ferramenta interessante.

Por exemplo, usar uma única máquina mas executando diversos sistemas operacionais diferentes. Sem a necessidade de formata-ções e instalações.

FLQual a tendência para essa área?

ONEu acredito que seja mesmo um caminho sem volta. Eu mesmo, como

consultor autônomo, consigo dentro do meu notebook simular pelo me-nos 4 tipos de sistemas operacionais, fazê-los interagir entre si e às vezes até simular processamentos colaborativos entre eles, o que muitas em-presas com grandes estruturas não podem fazer. Em muito pouco tempo, todas as empresas, sem exceção, estarão de alguma forma usufruindo da virtualização.

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Setembro|TAXICULTURA 15

TECNOLOGIA

Fernando Lemos apresenta o que há de mais moderno e o que vem por aí no universo da tecnologia

Alguns sites interessantes na web. Vale a pena visitar...

Direto da ficção

Uma universidade americana desenvolveu uma tecnologia que permite substituir fones receptores de bluetooth por um tipo de antena embutida nos tecidos das roupas. Com essa antena, por exemplo, o usuário não precisa mais segu-rar um celular próximo ao ou-vido. A comunicação acontece através de viva-voz, como se o dispositivo fizesse parte do ves-tuário. A ideia é poder integrar

pequenos gadgets eletrônicos às peças de roupa, criando os tecidos in-teligentes. E assim, coletar e armazenar informações nos dispositivos. Uma nova tecnologia importante especialmente nas áreas de saúde e militar, integrando formas de comunicação a uniformes. Possivelmen-te chegando às roupas civis em 2013.

Tecidos Inteligentes

Div

ulga

ção Uma tecnologia que traz novas possibilidades de interação entre

máquinas e seres humanos. Funcionando como um exoesqueleto, com um formato próximo de uma luva, é possivel movimentar os de-dos de forma ativa. O operador tem os movimentos das suas mãos naturais registrados e tansmitidos em tempo real à mão eletrônica, potencializando a sua força. Dessa forma, as mãos humanas passam a trabalhar em situações que requeiram muita força. Interessante em várias áreas, desde ambientes fabris em linhas de montagem, te-rapias médicas como a reabilitação de pacientes com AVC, ou ainda

a manipulação remota em ambientes de risco. Uma vez agregada à tecnologia de force-feedback, é possível também sentir o que o robô toca e agarra, sem tocar de fato os objetos.

EXOHAND

Div

ulga

ção

Nós apoiamos:

Em um encontro semanal na TV, Fernando Lemos traz as novidades do universo da Tecnologia®, entrevistas com muita gente bacana e muitas dicas interessantes!NET TV - CANAL 13 - NET CIDADE | 2as feiras – 09:30 | 3as feiras – 00:30 | 4as feiras - 13:30h | 5as feiras – 01:30h e 13:00h

Conheça o que há de mais moderno e o que vem por aí no universo da Tecnologia

Um excelente passatempo. Na linha dos sites com curiosidades, esse traz as listas das 10 mais em várias áreas. Re-

cordes, esquisitices e tudo de mais estranho que o ser humano pode produzir. E ainda sugere mais assuntos dentro dos temas que você preferir.

www.ODDEE.com

Div

ulga

ção Uma alternati-

va ao YOUTUBE para quem pro-

cura clipes de músicas e busca qualidade. Você encontra cli-pes de vários grandes artistas. Sempre com excelente quali-dade de imagem e de áudio.

www.VEVO.com

Div

ulga

ção

Uma alternativa muito boa para se enviar uma mensagem confiden-cial. Você cria a mensagem e recebe

um link para enviar por email, por exemplo, a uma pessoa especifica.E a mensagem se autodestruirá no primeiro acesso que tiver.

www.PRIVNOTE.com

Div

ulga

ção Ideal para quem gosta de jogar

online na web, porque permite acompanhar partidas online entre

jogadores, com a visão que cada jogador tem na sua máquina. E assim entender as estratégias e táticas de cada um. Uma boa dica também para conhecer um game antes de comprá-lo.

www.TWITCH.TV

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção Se você sempre recorre a um amigo para tirar as suas dúvidas sobre informática, eis aqui um site interes-

sante. Faz o papel do Geek ou especialista. Nele você encontra várias ferramentas para o seu PC ou MAC sem precisar recorrer a ninguém. De aplicativos mais comuns a itens mais técnicos como, por exemplo, drivers para o seu sistema reconhecer equipamentos, etc. O seu Geek de plantão.

www.MAJORGEEKS.com

16 TAXICULTURA|Setembro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Tecnologia permite que você possa acessar seus dados de qualquer lugar

Controle o seu PC remotamente

Até pouco tempo atrás, para escre-

ver artigos como esse ou acessar

qualquer informação gravada em

um computador pessoal, era necessário estar

na frente dele. Trabalhar nele. Mas, se consi-

derarmos a vida atribulada que levamos hoje,

nem sempre isso é possível.

Por isso, é importante se familiarizar com al-

gumas tecnologias que nos permitem acessar

nossos computadores remotamente: as tec-

nologias de acesso e controle remoto. Muito

úteis porque com elas, não há mais a necessi-

dade de carregar as máquinas conosco. O que,

além de desconfortável, é muito perigoso.

Também não é mais necessário estar em um lu-

gar específico para se ter acesso às informações.

Conceito

O controle remoto na verdade não é uma

técnica nova. Mas hoje, com a evolução

constante que estamos vivendo, essa tec-

nologia está cada vez mais acessível e para

todos. Poder acessar as suas informações in-

TECNOLOGIAArtigo

Div

ulga

ção

dependente de equipamento e estando em

qualquer lugar não tem preço.

A ideia é usar um Software que esteja ins-

talado em ambas as máquinas. Simples as-

sim. O software do lado de lá “conversa” com

o software do lado de cá. E dessa forma, é

possível, a partir de uma máquina, comandar

o armazenamento de arquivos ou mesmo

executar uma aplicação em outra máquina.

Essas tecnologias evoluiram muito e nem

mesmo há a necessidade de se instalar sof-

tware. Alguns serviços na web permitem o

acesso remoto através dos seus sites.

Controle remoto no trabalho

Pequenas e médias empresas que oferecem

serviço de suporte técnico podem ter nessas

funcionalidades técnicas uma ferramenta im-

portante, não necessitando estar presentes

no local do cliente para atender a um chama-

do. Com isso, ganha-se rapidez e é possível

um atendimento com maior efetividade.

Isso porque além da manipulação da

máquina remota ou a simples transferên-

cia de arquivos entre máquinas é possivel

também a comunicação com quem estiver

assistindo a máquina do outro lado. Chat,

vídeos e até conference calls abrem um

universo de comunicação que permite um

controle remoto total. Mesmo com máqui-

nas que estejam desassistidas.

Hoje, com todo aparato de segurança

disponível tanto na web, como em equi-

pamentos que podemos ter em casa, isso

tudo ficou mais fácil.

Ferramentas

Existem várias ferramentas na web que

permitem o controle remoto de PCs. Vários

são pagos e alguns têm versões gratuitas,

com restrições. Mas são mais que suficiente

para os objetivos da maioria das pessoas.

Um exemplo de software bem completo

para esse fim é o TEAM VIEWER. Com uma

versão gratuita bem robusta, disponível

em www.TEAMVIEWER.com. E, nesse caso,

há também a possibilidade de se controlar

computadores através do site na web, sem a

necessidade da instalação de software, para

quem preferir.

E existem tantas outras possibilidades dis-

poníveis na web tmbém. Algumas ferramen-

tas, inclusive, permitem que se programem as

ações a serem executadas remotamente, como

um pequeno robô, o que ajuda muito em al-

guns processos mais simples nas empresas.

O controle remoto é um exemplo de tec-

nologia útil, capaz de permitir ações que até

pouco tempo eram restritas aos profissio-

nais de tecnologia. Hoje, você pode estar

presente em outros departamentos, filiais

da empresa ou mesmo em servidores em

localidades remotas. Tudo em tempo real.

Por Fernando Lemos

PROGRAMA TECNOLOGIA PARA TODOSEm um encontro semanal na TV, Fernando Lemos traz as novidades do universo da Tecnologia, entrevistas com muita gente bacana e muitas dicas interessantes!NET TV - CANAL 13 - NET CIDADE 2as feiras – 09:30 | 3as feiras – 00:30 | 4as feiras - 13:30h | 5as feiras – 01:30h e 13:00h

16 TAXICULTURA|Setembro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

18 TAXICULTURA|Novembro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

Espetáculo sul-coreano faz uma combinação perfeita de culinária, ritmo e acrobacia

Cookin’Nanta

Enquanto organizam vegetais e uten-sílios domésticos em sua cozinha, três cozinheiros são surpreendidos

pela chegada de um mal humorado chef, que traz ordens sumárias: eles precisam preparar a comida para um casamento que se dará às seis horas da tarde do mesmo dia. Antes de deixá-los, o chef ainda revela mais uma mis-são: seu sobrinho, inexperiente na cozinha, ficará na companhia dos cozinheiros e deverá aprender todos os truques da preparação do cardápio. Apesar do estranhamento inicial, o quarteto acaba se entendendo bem.

No frenesi de descascar, cortar e fritar os alimentos em ritmo frenético, os cozinheiros movimentam-se com notável destreza, crian-do as soluções mais improváveis para termi-nar tudo em tempo para a grande celebração.

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

Por Cida Nogueira

Div

ulga

ção

Elenco interage com plateia neste divertido espetáculo que fará parte da programação do Festival da Coreia

Div

ulga

ção

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA 19

A gastronomia no palco

Acrobacias culinárias, uma cerimônia de ca-samento surpresa e uma eletrizante disputa de tortas são alguns dos pontos altos da mon-tagem, além da sequência de tambores de água, quando o elenco “toca” cinco utensílios de cozinha utilizando água e luzes em LED.

Ao contrário da grande maioria das perfor-mances não verbais, Cookin’ Nanta não se li-mita somente a ritmos e batidas sequenciais, mas faz uso de um roteiro, com personagens de características definidas e doses genero-sas de comicidade. Além disso, o elenco in-terage com a plateia, que em determinados momentos passa a fazer parte da encenação e, literalmente, põe a mão na massa.

“Todos ao redor do mundo têm se diverti-do ao assistir o espetáculo. Nunca estive no Brasil antes e estou bastante motivado por visitar o país como ator de Cookin’ Nanta, o que me deixa muito orgulhoso. Espero que possamos trazer esta mesma alegria aos es-pectadores brasileiros”, afirma Soohee Han, um dos integrantes do elenco.

O espetáculo fez sua estreia internacional em 1999 no Festival Fringe de Edimburgo, onde foi premiado como melhor perfor-mance. Desde então, já passou pelo Rei-no Unido, Alemanha, Áustria, Itália, Japão, Taiwan, Cingapura e Austrália, entre outros países. Em setembro de 2003 foi apresenta-

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

Festival da Coreia

Essa inusitada combinação entre ritmo, acrobacias e culinária faz parte do espetá-culo Cookin’ Nanta, que se tornou o maior sucesso da história do entretenimento na Coreia do Sul. Em cartaz há 15 anos em Seul, a montagem também ganhou o mundo: já percorreu 41 países e 273 cidades, atingin-do um público total de mais de 7 milhões de pessoas em mais de 10 mil apresentações.

O espetáculo é parte da programação do Festival da Coreia, que trará ao país even-tos culturais, musicais, exposições e filmes, além de palestras e seminários acadêmicos para festejar os 50 anos da imigração core-ana no Brasil.

Com direção de Suhyun Park, Cookin’ Nanta é uma celebração de ritmos em que a tradicional percussão coreana transforma-se num show arrebatador, agregando aos seus singulares andamentos coreanos um estilo ocidental. Originário do samulnori, perfor-mance folclórica muito popular na Coreia, o espetáculo tem a cozinha como seu pano de fundo. Assim, facas, colheres, panelas e outros utensílios se transformam em instru-mentos musicais nas mãos dos artistas.

Local: Teatro GeoAv. Faria Lima, 201 - acesso pela Rua Coropés, 88 - Pinheiros – São Paulo Preço: R$ 60 (com meia-entrada)Ingressos à venda na bilheteria do teatro Por telefone: (11) 4003-9949Ou pelo site ShowCard - www.showcard.com.br.

do no New Victoria Theatre, em Nova York, tornando-se o primeiro espetáculo asiático encenado na Broadway. Seis meses depois, tornou-se atração fixa no circuito off-Broa-dway, no Minetta Lane Theatre, por onde permaneceu em cartaz por 18 meses.

Cookin´Nanta14 e 15 de novembro, às 21h, em São Paulo

Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Novembro|TAXICULTURA 2120 TAXICULTURA|Novembro - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

Dançar para a vida

SPTEM

Por Arnaldo Rocha

Foi no Instituto Padre Chico, no ano de 1995, que a fisiotera-peuta Fernanda Bianchinni

deu início a um projeto aparente-mente irrealizável: promover a inte-gração social de deficientes visuais de baixa renda, utilizando como fer-ramenta o balé clássico.

Com a força desse sonho fez nascer a Associação de Balé de Cegos Fernan-da Bianchini, cujo corpo de baile conta hoje com 92 alunos, a maioria cega, mas também fazem parte do grupo outros portadores dos mais diferentes tipos de deficiências.

Para Bianchinni, o sucesso do tra-balho está diretamente relacionado à técnica muito particular que utiliza du-rantes as aulas: “É um método pioneiro que permite ao deficiente visual apren-der dançar balé de forma graciosa como qualquer outro bailarino. O aprendizado se inicia no toque; o passo é ensinado a cada aluno pelo contato”.

Os exercícios são ditados e as corre-ções na barra são feitas individualmen-te. A professora faz a posição e o aluno, através do toque no corpo da professo-ra, vai se apropriando da posição e co-meça a reproduzi-la com o seu próprio corpo. “Se elas conseguem ter auto-confiança para fazer um belo espetácu-lo para uma plateia, o ato de andar na rua, que é uma grande dificuldade para um deficiente visual, fica muito mais simples”, enfatiza Fernanda Bianchini.

Div

ulga

ção

Inclusão às avessasOs poucos bailarinos que não por-

tam nenhuma deficiência estão inse-ridos naquilo que Bianchini chama de inclusão às avessas, um processo que intensifica a interação entre os dois grupos de alunos – portadores e não portadores de deficiência - e que termina por ampliar a consciência acerca desse universo.

Atualmente com 60 alunos ce-gos, o grupo já formou mais de 300 bailarinos, conquistou centenas de prêmios em festivais e apresentou--se em diferentes cidades do Brasil e do exterior. Na Paraolimpíada de Londres 2012, quatro bailarinas cegas, que atuam profissionalmen-te e que integram o corpo de baile da Associação, foram convidadas a participar do show de encerramen-to das competições, dançando para um público de 80 mil pessoas no es-tádio e mais de dezenas de milhões em todo o mundo pela televisão.

Trabalho voluntário Além da magnitude do projeto,

também chama atenção a presença de deficientes visuais também entre os professores do projeto. “É uma pro-va de que não há limites para quem se dedica e acredita”, afirma Bianchini. “É maravilhoso ver a alegria de nossos bailarinos ao sentirem que podem fa-zer algo único e especial, superando

Única companhia profissional de balé para cegos do mundo existe há 17 anos e a sua sede está aqui na cidade de São Paulo

Serviço

Maiores informações sobre os cursos e formas de contribuir com o projeto

Av. Domingos de Moraes, 1765 Vila Mariana - São PauloFone: 11 5084-8542

todos os limites que a sociedade normal-mente impõe aos deficientes”, completa.

As aulas são gratuitas para deficientes vi-suais de todas as idades, que podem partici-par dos cursos de balé clássico, sapateado, dança de salão, danças para terceira idade, balé para adultos e música. Para manter toda essa estrutura, a associação conta com alguns parceiros que contribuem através de doações. Participe também.

Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Novembro|TAXICULTURA 21

22 TAXICULTURA|Novembro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

CAPAPorWaldir Martins

Por Nelson Kon

Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro - Novembro|TAXICULTURA 2322 TAXICULTURA|Novembro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

Com mais de cinco mil obras de autores brasileiros e estrangeiros, produzidas entre o século XV e os dias de hoje, o acervo abarca di-versas facetas dos universos culturais africanos e afro-brasileiros

Instalado no Parque do Ib irapuera, o Museu Afro Brasi l é um marco democrát ico na af i rmação da raça negra na histór ia brasi le ira

Inaugurado no dia 23 de outubro de 2004, o Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura se caracteriza como um espaço que trabalha para preservar e celebrar a cultura,

memória e história do Brasil, dentro da perspectiva da raça que mais emprestou seu trabalho e suor na construção da nossa sociedade: os negros.

Nascido da iniciativa e empenho pessoal do seu idealizador, o atual diretor curador, Emanoel Araújo, um dos mais repre-sentativos artistas do cenário nacional, o Museu Afro Brasil desenvolve uma linha de trabalho pluralista e democrática, com um grande número de ações voltadas para a difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, na-cionais e internacionais.

Formação de novos públicos

Sintonizado com uma proposta que não concebe cultura sem educação, Emanoel Araújo enfatiza que um dos pilares do Afro Brasil é o trabalho de formação de novos públicos que o museu realiza. Para isso, a instituição mantém um sistema de visita-ção gratuita para todas as exposições e atividades que oferece. Além disso, um Núcleo de Educação, formado por profissionais capacitados, é responsável por receber grupos pré-agendados, instituições diversas, além de escolas públicas e particulares.

O Núcleo de Educação também mantém o programa “Sin-gular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade”, atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e promo-vendo a interação deste público com as atividades oferecidas.

“O que explica o fato de a arte e a cultura sejam tão pouco vistas pelas pessoas em geral no Brasil é a falta de educação. Não se cria o hábito, principalmente nos jovens, de frequentar espaços de cultura” explica Emanoel Araújo. “Nos esforçamos para que o museu seja gratuito, porque, de outra forma, boa parte do público que hoje nos visitas não teria como vir, não teria como pagar”, continua.

Recontar a história

A importância do museu se reveste de maior expressividade, pela radicalidade de sua proposta de recontar a história do Bra-

Museu Afro Brasil

sil, com o objetivo explícito de desconstruir no imaginário de toda sociedade, particularmente dentro da população negra, aquela imagem de submissão, inferioridade e subserviência, que não corresponde à real participação da raça negra na for-mação da nossa brasilidade.

Nesse trabalho, a Biblioteca Carolina Maria de Jesus - cujo nome presta uma homenagem à autora do clássico romance “Quarto de despejo” - desempenha um papel fundamen-tal, facultando a estudantes e pesquisadores o acesso a um acervo formado por mais de 6.800 publicações relativas ao tema da escravidão no mundo, contando com importantes documentos, como coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, Amé-rica Latina, Caribe e Estados Unidos. Vale ressaltar ainda um grande número de obras que revelam a presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade e nas instituições sociais de forma geral.

Mais que um museu: uma obra de arte

Com mais de cinco mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de au-tores brasileiros e estrangeiros, produzidas entre o século XV e os dias de hoje, o acervo abarca diversas facetas dos univer-sos culturais africanos e afro-brasileiros, em um trabalho sem paralelo em toda a América Latina.

“Acho que minha grande obra é esse museu. Verdadeira-mente, porque ele corresponde a um lado político e um lado de reverência aos meus antepassados, que contribuíram de alguma forma com o país através do seu trabalho. Esse museu para mim é uma obra importante, por isso, eu gostaria que todas as pessoas afrodescendentes ou não, mas sobretudo para os afrodescendentes, pudessem ver aqui dentro a sua trajetória de vida, a sua mudança, o seu espelho de autoesti-ma”, afirma Araújo.

Atualmente, o museu está divido em 06 núcleos: África: Di-versidade e Permanência; Trabalho e Escravidão; As Religiões Afro-Brasileiras; O Sagrado e o Profano; História e Memória e Artes Plásticas: a Mão Afro-Brasileira.

CAPA

Algumas exposições

Aproveitando o mês de novembro, quando no dia 20 é comemorado o Dia da Consciência Negra, o Museu Afro Brasil está com duas mostras que, de modo bastante peculiar, tratam de temas presentes na formação da identidade brasileira sob o ponto de vista da raça negra: Coleção Ruy Souza e Silva: tornar-se escravo no Brasil do século XIX e Aparecida - A Virgem Mãe do Brasil.

24 TAXICULTURA|Novembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Escravo no Brasil do século XIX

Uma das coleções privadas mais importantes do País, a exposição “Co-leção Ruy Souza e Silva: tornar-se escravo no Brasil do século XIX” reúne documentos, gravuras e fotografias, raridades que relevam a vida dos negros e as faces da escravidão no país. Entre os artistas e fotógrafos se-lecionados, destacam-se Debret, Rugendas, Christiano Jr., Johann Baptist von Spix & Karl Friedrich Philip von Martius, Alberto Henschel, Revert Henrique Klumb, Charles Fredericks, Marc Ferrez, August Stahl, Augusto Malta, Guilherme Gaensly, Lopes, Luis Ferreira, entre outros.

Organizada pelo Museu Afro Brasil para o Colóquio 2012 da Associa-tion Internationale de Bibliophilie, a exposição é agora aberta ao público, que vai conferir cenas urbanas, gravuras, documentos do Império e retra-tos reveladores da escravidão e do Rio de Janeiro. Colaborador habitual de exposições do Museu Afro Brasil, Ruy Souza e Silva possui uma vasta coleção sobre a história brasileira.

“Muito poderia se dizer dessas obras expostas da coleção Ruy Souza e Silva, do seu significado antropológico e etnológico para entender esse tempo perverso do Brasil construído pela infâmia da escravidão africana, com as marcas impiedosas deixadas num povo que soube se integrar e entregar na nossa vida social e econômica, doando-se por inteiro nos muitos ofícios nobres e outros nem tão nobres assim, muitas vezes acorrentados, com gargalheiras no pescoço, com os far-dos das lavouras de cana e café, com as bateias minerando ouro ou diamantes”, afirma Emanoel Araujo.

A exposição reúne documentos, gravuras e fotografias e rari-dades que revelam a vida dos negros e as faces da escravidão

Aparecida - A Virgem Mãe do Brasil

Dedicada à Nossa Senhora Aparecida, a exposição Apare-cida - A Virgem Mãe do Brasil traz objetos devocionais, ico-nografia popular e representações de artistas contempo-râneos como Nelson Leirner, Fernando Ribeiro, Quénum, Osmundo Teixeira, Antonio Miranda e Moisés Patrício, que apresentam obras onde realizam uma interpretação con-temporânea e pessoal da Padroeira.

Segundo o curador Emanoel Araújo, a exposição aborda diferentes aspectos que a Santa Padroeira do Brasil ocupa no imaginário popular, com particular atenção à imensa iconografia, as obras contemporâneas e uma introdução ao século XVII, onde provavelmente a imagem surgiu feita por algum santeiro próximo a Frei Agostinho de Jesus. Ima-gens da Virgen de Regla e da Virgen de Luján, assemelha-das a Aparecida, foram incorporadas à exposição.

Imagens que integram a exposição sobre a Padroeira do Brasil

Novembro|TAXICULTURA 25 Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Novembro |TAXICULTURA 2524 TAXICULTURA|Novembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Novembro |TAXICULTURA 2928 TAXICULTURA|Novembro - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

Na hora de sair de casa, escolha itens corretos para garantir uma maquiagem perfeita para diferentes situações a qualquer hora do dia ou da noite

Maquiagem 24 horas

Para você que sai cedo de

casa e só volta altas horas

da noite e não quer car-

regar um volume exces-

sivo de itens de beleza na bolsa, a

maquiadora Cibele Sartori, da Dai-

lus Color, empresa especializada de

maquiagem, deu uma série de dicas

e indicou produtos que literalmente

podem salvar a sua pele durante os

desafios do dia a dia.

Monte seu kit de sobrevivência e es-

teja pronta para transformar o seu me-

lhor visual do dia a dia em um perfeito

make de balada quando necessário.

BELEZA Por Cida Nogueira

Por

Miro

slav

Sár

ička

Por Ingrid MüllerA maquiagem

ideal é aquela com acabamento natural, que corrige pequenas

imprefeições e protege a pele

Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Novembro |TAXICULTURA 29

BELEZA

Por

Svile

n M

ilev

Por

Matt

hew

Bow

den

Por Martin W

alls

Por Flavio Takemoto

Corretivo

O corretivo é uma etapa importante da uni-formização da pele, pois pode ser utilizado pontualmente sobre imperfeições muito evi-dentes como olheiras, manchas ou espinhas. Portanto, deve ser aplicado somente sobre a região que necessita de correção, conferindo um resultado mais natural e leve.

Combinado com uma base líquida tonali-zante e com um pó compacto Dailus Color, é possível obter uma pele leve, saudável, sem brilho ou imperfeições, que durará o dia todo.

Hidratante labial

A função do hidratante labial é manter a boca sempre hidratada e protegida, as-segurando que o processo de maquiagem será bem sucedido e com um resultado esteticamente agradável. É uma etapa es-sencial da maquiagem, responsável pela preparação da pele.

No entanto, essa preparação não ocorre apenas imediatamente antes da maquiagem, mas também no dia a dia. Por isso, é impor-tante utilizar nos lábios todos os dias, retocan-

do sempre que sentir necessidade. Deve ser aplicado suavemente após a limpeza de pele. Não é necessário retirar antes da aplicação do batom ou gloss.

Máscara para cílios

A máscara para cílios tem uma presença muito marcante na maquiagem, pois ela defi-ne o olhar ao dar mais volume, alongar, curvar e definir os cílios. Fundamental no momento de finalizar a maquiagem, além de definir e fixas os cílios, proporciona mais brilho e tam-bém pode ser utilizado na sobrancelha, para manter os pelos penteados e organizados.

Blush

O blush é um produto cosmético utilizado para devolver ao rosto a cor que geralmente é uniformizada com a cobertura da base e do pó. Aplicado sobre as maçãs do rosto, ar-remata a maquiagem com aspecto saudável de pele corada.

No Brasil, muitas mulheres utilizam diaria-mente o blush no rosto, por ser um produto de fácil aplicação e com belo resultado, além de conferir um aspecto saudável e dar qualida-de ao acabamento da maquiagem.

Batom vermelho

Desde a época dos faraós, no antigo Egito, que o batom, particularmente aquele de cor vermelha, é utilizado como item para aumen-tar a beleza da mulher. E termina por funcio-nar como uma marca registrada, além de ser apropriado a qualquer situação, dando um up no seu visual, seja no escritório ou na balada. Se ele será vermelho, cereja, queimado ou vi-brante, fica a seu critério. Além disso, funciona como uma ótima opção de proteção e hidrata-ção contra os efeitos nocivos do sol.

Lápis preto

O lápis para delinear ou esfumar também pode ser um elemento importante para sua maquiagem do dia a dia. Utilizado geralmente para finalizar a maquiagem, aplicado na raiz dos cílios e na linha d´água, proporcionando definição aos olhos e a maquiagem, ele per-mite colorir pontualmente com uma camada uniforme e densa, dando destaque ao olhar.

Utilizado para selar bases líquidas, cre-mosas ou em bastão, o pó proporciona maior durabilidade à maquiagem. Além disso, garante um aspecto natural com efei-to aveludado e sem brilho.

Base

Base é um produto cosmético que tem como função deixar a pele com aspecto uni-forme, cobrindo imperfeições como man-chas, olheiras, diferenças de cor. A base lí-quida geralmente apresenta um grau leve de cobertura, ou seja, não cobre completa-mente as imperfeições, deixando-a com as-pecto mais natural.

A maquiagem ideal para o dia a dia é aquela com acabamento natural, que cobre pequenas imperfeições e protege a pele.

Lápis bege

O lápis bege tem como missão aumentar as possibilidades de acabamento da maquiagem dos olhos, oferecendo cores mais vibrantes e intensas. Fundamental para finalizar a ma-quiagem dos olhos, delineando-os com cores de longa duração. Pode ser aplicado na raiz dos cílios e na linha d’água, proporcionando definição aos olhos e um look diferenciado. Também pode ser utilizado como base para sombra, colorindo uniformemente a pálpebra, potencializando a durabilidade da sombra.

30 TAXICULTURA|Novembro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Você está satisfeito com sua vida? Esta

pergunta pode parecer mordaz, mas

sob ela está encerrado um grande

dilema: sob o pretexto de preservar a vida,

muitas pessoas deixam de desfrutá-la.

Como reflexo de uma tradição cultural

pautada na culpa e no pecado, tantos fo-

ram educados a aceitar, cabisbaixos, a pro-

posta de padecer no paraíso, de amargar

frustrações e infelicidades sem nada fazer.

Bem capacitados para uma biografia

depressiva e estéril, presenteiam seus

descendentes com condicionamentos

profundos para que repitam o mesmo

calvário com um comportamento digno

de rebanho que, longe de ser um cami-

nho para a realização e felicidade, inte-

ressa apenas aos detentores de poder.

O poder de agir

Estagnados pelo medo de agir, jamais

se arriscam ou se expõem. Protegidos

suas casas, trabalhos ou carros blinda-

dos, deterioram seu corpo e psiquismo

com as frustrações e arrependimentos de

histórias não vividas. A vida é um grande

risco e temê-la não é a melhor solução.

Por Fernanda Monteforte

QUALIDADEDE VIDA

Fernanda Monteforte é consultora de qualidade de vida e ministra aulas do Método DeRose Maiores informações: Tel.: 11 4125-6658fernanda.monteforte@ metododerose.org

O prazeroso risco de viverAceitar os riscos e desafios que a vida oferece pode ser uma fonte quase inesgotável de prazer e realização pessoal

Que tal fazer da sua existência uma prazerosa jornada repleta de desafios ao aprimoramento? Nela, os riscos e obstáculos servirão para nutrir sua vontade de realização. Sorrir ou chorar, acertar ou errar, cair e depois levantar... é desfrutar a dualidade como se fos-se uma bela dança!

Ouse ser quem você é. Desfrute da liberdade de esgarçar os antolhos dos condicionamentos e assuma a responsabilidade por suas escolhas.

Deixe-se arrebatar pelos seus sonhos e ideais e experimente de forma mais plena a sensação de existir.

Div

ulga

ção

Dicas:1. Identifique e priorize aquilo que é importante para você. Faça o que é importante e não apenas o que é necessário

2. Assuma riscos e também suas consequências

3. Não se deixe influenciar pelas opiniões alheias, mas tente se conhecer através delas. Torne-se aberto para aprender as pes- soas e situações que estão ao seu redor

4. Extraia prazer das pequenas ações do dia a dia

5. Surpreenda a si próprio e aos seus com experiências inesquecíveis

6. Respeite suas necessidades fisiológicas, emocionais e intelectuais

7. Faça da vida uma jornada de prazer e não de sacrifício

8. Invista em tudo que lhe traga bem-estar, autoconhecimento e realização pessoal

Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Julho|TAXICULTURA 31

Clínica de Reabilitação São Francisco

Av Paulista nº 807 | 5º Andar | Sala 512Bela Vista | São PauloFones: 11 4324-5595 | 11 4324 -5596www.reabilitacaosaofrancisco.com.br

• Acupuntura• Fisioterapia

• Pilates• RPG

• Reabilitação

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 3332 TAXICULTURA|Novembro- Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

Por Walkyria Ferraz

O contato com a natureza e o convívio com uma população acolhedora serviram de inspiração para o grande compositor Lamartine Babo

Na divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, São Bento do Sapucaí tem seu nome advindo do san-to padroeiro e do rio Sapucaí, que corta o município.

Com pouco mais de 11 mil habitantes, a charmosa estância turística está a apenas 185 km de São Paulo e integra o circuito turístico da Serra da Mantiqueira.

Com uma altitude média de 1.500 m acima do nível do mar e clima temperado, a estância apresenta importantes reser-vas de matas praticamente virgens, formadas de araucárias e outras árvores nativas, além de abrigar uma enorme varie-dade de animais silvestres como tucanos, papagaios, marita-cas, beija-flores, saguis, esquilos, lobos guará, entre outros.

Um cenário de montanhas e cachoeiras

A Pedra do Baú, cuja imponência pode ser contemplada a partir de diferentes pontos da região, é considerada como um dos principais cartões postais da cidade e tem a origem do seu nome na palavra Embau, do idioma Tupi-Guarani, que significa ponto de vigia. Para se chegar ao seu cume, é necessário escalar nada menos que seiscentos degraus feitos de grampos cravados na pedra.

Mesmo para quem já é experimentado na prática de montanhismo, não é recomendado aventurar-se na subida sem um guia turístico e equipamentos específicos. Com-pletam ainda o Complexo da Pedra do Baú as pedras ad-jacentes Ana Chata e Bauzinho, que possibilitam uma vista excepcional de todo o Vale do Paraíba.

Desde dezembro de 2010, esse complexo rochoso pas-sou a ser classificado como Monumento Natural Estadual da Pedra do Baú, sendo o segundo monumento natural do Estado de São Paulo.

Além do Complexo da Pedra, é possível encontrar no município cachoeiras, como a Cachoeira do Toldi, com uma queda de 70 m de altura em meio à mata fechada; a Cachoeira dos Amores, muito frequentada devido aos conjuntos de quedas e poções que permitem um banho refrescante em dias de calor e a Cachoeira do Serrano ou “tobogã”, que possui uma queda amena e um poço raso, sendo recomendada para crianças.

São Bento do Sapucaí

A força da cultura na Mantiqueira

Além de muita natureza, São Bento do Sapucaí também exibe na cultura e no folclore uma tradição, que vem sendo preservada desde os tempos dos escravos e que até hoje estão presentes no bairro do Quilombo.

Dono de reconhecimento internacional, o mestre escultor Benedito da Silva Santos, o Ditinho Joana, reforça essa voca-ção pela arte e cultura na região, criando incríveis e verdadei-ras obras de artes, ao retratar em suas esculturas em madei-ra, o dia a dia do homem do campo que sai todas as manhãs para trabalhar na lavoura e lidar com o gado. A riqueza de detalhes das obras e o tradicional sapatão desgastado utili-zado por grande parte de seus personagens terminaram por se transformar na marca registrada do trabalho do escultor.

Arte no Quilombo

A vocação artesanal dos moradores do bairro do Quilom-bo não para por aí. O visitante que percorrer as ruas irá encontrar uma grande variedade de peças de artesanato, criados a partir do que é oferecido pela terra, como palha de bananeira, palha de milho, madeira, argila, diferentes fibras e sementes, que são utilizados em uma gama de pro-dutos como esteiras, cadeiras, redes, quadros, vasos, bor-dados, pinturas e crochês.

Outro local onde se encontra o melhor artesanato da re-gião é a Associação Arte & Artesanato- São Bento do Sa-pucai, situada bem no centro da cidade, no Pavilhão de Exposições.

Arquitetura do século XIX

De tradição católica, São Bento do Sapucaí herdou a arqui-tetura antiga, com casarões espalhados por todo o centro da cidade e uma infinidade de igrejas datadas do século XIX.

Integrada ao circuito religioso, a cidade hoje contribui de modo expressivo para a preservação de um precioso acervo histórico, formado por prédios construídos ainda com tijolos de adobe e terra vermelha, além de muitas imagens e pintu-ras, que retratam a história dos primeiros habitantes locais, índios, escravos e bandeirantes que percorriam a região.

BANDEIRA

LIVRE

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 33

Incrustada na Serra da Mantiqueira, São Bento do Sapucaí oferece natureza exuberante e muita história

34 TAXICULTURA|Novembro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

BANDEIRA

LIVRE

A boa comida caipira

Para os amantes de uma boa gastronomia, a cidade paulista exala no ar o cheiro das deliciosas comidas preparadas ao estilo caipira, com direito a fogão a lenha e temperos e produtos fresquinhos de plantio da região. Os restaurantes, que atendem a todos os palada-res, dividem-se entre os mais rústicos, com o preparo de comidas caipiras, até os mais sofisticados, com serviços e cardápios similares a grandes centros turísticos.

Quando o assunto é se hospedar, a cidade conta um grande nú-mero de pousadas aconchegantes, que vão do estilo rústico ao mo-derno. De maneira geral, as estadias oferecem café da manhã com uma mesa farta, e o melhor, com iguarias preparadas pelos próprios proprietários. A infraestrutura disponível é bastante diversificada, com opções para todos os gostos e pessoas.

Uma cidade repleta de frutas

Esse pequeno município da Serra da Mantiqueira possui também grande vocação para a agricultura, mais particularmente para a fru-ticultura, uma vez que, além de verduras e hortaliças, as frutas têm conquistado um espaço diferenciado, por sua grande variedade e qualidade, terminando por se constituir em mais uma atração para os visitantes. A framboesa-dourada é um exemplo deste sucesso, uma fruta fina e exótica, que, além do consumo local, tem sido co-mercializada para todo o Brasil.

Realizados durante o mês de novembro, o Festival Gastronômico Sabores e Aromas da Banana e a Festa da Banana são outros even-tos que comprovam a força da fruticultura na região e atraem milha-res de visitantes para o município, que é classificado como um dos principais produtores de bananas do Estado de São Paulo.

Na cidade, o visitante ainda pode encontrar plantações de muitas outras variedades de frutas, como atemoia, morango, amora, pêsse-go, ameixas, mirtilo, maçã e diferentes tipos de uvas.

Turismo comunitário

O município implantou a pouco um projeto turístico nomea-do Turismo de Base Comunitária, no bairro do Cantagalo, com o objetivo de beneficiar diretamente as famílias com geração e distribuição de renda. Trata-se de um espaço ocupado pela agri-cultura familiar onde natureza, história e cultura são valorizadas, agregando valores como a solidariedade e troca de saberes.

Os passeios oferecidos permitem tanto o contato direto com a natureza e uma paisagem exuberante, como também vivenciar a simplicidade da vida na roça, permitindo ao visitante saborear refeições preparadas no fogão a lenha com produtos locais, ou-vindo causos contados pelos moradores mais velhos e experien-tes. O slogan Aqui a vida passa sem pressa convida o turista a se deliciar na calmaria do campo.

Ala

nder

son

Pant

uffa

Ger

aldo

Fra

ncis

co d

a Si

lva

Como chegar

São Bento do Sapucaí faz fronteira com as cidades de Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal, no Estado de São Paulo e Gonçalves, Sapucaí Mirim e Paraisópolis no Estado de Minas Gerais. São muitos acessos que levam a São Bento do Sapucaí - confira abaixo as opções.

BR 116 - Rodovia Presidente DutraSP 123 - Rodovia Floriano Rodrigues PinheiroSP 046 - Rodovia Osvaldo Barbosa GuisardSP 050 - Rodovia Monteiro GuisardSP 042 - Rodovia Vereador Júlio da SilvaMG 173 - Rodovia que passa pelo município de Sapucaí Mirim

Na programação, além de curtir as duas pousadas e café instalados no local, os visitantes podem realizar trilhas, andar a cavalo, conhe-cer a cachoeira, colher verduras e legumes na horta, participar de uma oficina de preparação de compotas, tirar leite da vaca, fazer roda de fogueira e contar histórias. É um mundo a parte, de bem--estar e alegria.

Receptivo turístico

Para conhecer os atrativos turísticos, culturais, meios de hospe-dagem e alimentação, a cidade mantém um receptivo que fica no portal de entrada da cidade, na Av. Ver. Sebastião José Galdino, s/nº, telefone (12) 3971 2453, ativo diariamente entre 08h00 às 17h00, com equipe preparada para o atendimento aos visitantes.

Por oferecer contato com a natureza e convívio com uma popu-lação acolhedora, São Bento do Sapucaí foi inspiração para que o grande compositor Lamartine Babo, assíduo frequentador da cidade a sua época, compusesse a conhecida canção No Rancho Fundo, que traduz o sossego e as belezas desta terra localizada no alto da Serra da Mantiqueira.

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 35

36 TAXICULTURA|Novembro - Visite e indique: facebook TAXICULTURA

EVENTOSAGENDA Novembro

EVENTOS

Div

ulga

ção

Leituras dramáticasLeituras dramáticas dos seis textos curtos selecionados no

Concurso de Dramaturgia, que teve o tema “Brasil, um país de estrangeiros”. Três textos serão lidos no dia 22 e os outros três no dia 29. Após as leituras, será realizado debate com as pre-senças da diretora das leituras, Cláudia Schapira e do elenco do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos.

Centro Cultural Banco do Brasil22 e 29 de novembro – quintas – 20hRua Álvares Penteado, 112 – CentroEntrada franca | Senhas retiradas a partir de 1h antes do início da atividadeFones: (11) 3113-3651/52www.bb.com.br

Flávio VenturiniO Projeto Adoniran recebe

Flávio Venturini, compositor, cantor e instrumentista brasi-leiro, um dos fundadores da lendária banda 14 Bis, em 1979. O repertório traz hits do artista para alegria de sua legião de fãs. Entre as canções, destaque para “Noites do Sol”, “Nascente”, “Princesa”, “Espanhola”, “Todo Azul do Mar”, “Céu de Santo Amaro”, “Mais Uma vez”, “Lin-da Juventude”, “Quando Você Chegou”, “Recomeçar” e “Beija Flor”, entre outros sucessos que marcaram época e diferentes gerações como “Clube da Esqui-na 2” (de Milton Nascimento, Lô e Márcio Borges).

Memorial da América Latina - Auditório Simón BolívarAv. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda Dia 8 de novembro - quinta-feira – 21hIngressos R$15,00Fone: (11) 3823 4600www.memorial.org.br

Festival Contemporâneo de DançaA 5ª edição do Festival Contemporâneo de Dança reúne em São Paulo artistas

de diversos países que incorporam a crítica e a reflexão em suas práticas. São artistas que questionam modelos estanques de existência, testam dramaturgias, desajustam padrões de representação, escancaram a potência de seus corpos e, sem “espetacularização”, compartilham suas incertezas com o público. A cada ano o FCD procura também fomentar a formação e a investigação artística através das oficinas de criação destinadas à partilha dos procedimentos e das questões que orientam as práticas dos artistas convidados.

Galeria OlidoAté 02 de dezembroAvenida São João, 473De quinta a sábado às 20h – Domingo às 19hEntrada francaFones: (11) 3331-8399 ou 3397-0171www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/galeria_olido

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

Baile dos Orixás com a Orquestra HBE em comemoração ao dia da Consciência Negra, a Orquestra HB,

Aloísio Menezes e Carol Bezerra apresentam o Baile dos Orixás.O Baile obedece a uma sequência de canções devocionais que é

praticada nos terreiros de candomblés.Para este show, foram acrescidos instrumentos de sopro, contrabai-

xo, piano, vibrafone e recursos eletrônicos sintonizando esses cantos ancestrais com as sonoridades da música pop contemporânea.

Galeria OlidoDia 17 de Novembro – Sábado – às 18hAvenida São João, 473Entrada francaFones: (11) 3331-8399 ou 3397-0171www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/galeria_olido

Novembro|TAXICULTURA 37

EVENTOS

Música de BandejaMensalmente, o Sesc Pinheiros pro-

move, sempre às terças e quintas-feiras, atrações musicais no horário do almoço, a partir das 12h30, com entrada franca. Em novembro, se revezam nas apresen-tações do projeto “Música de Bandeja” os grupos: Duo Gaio da Rosêra, Choro de Bolso, Roberta Valente Trio e Okazu. SESC PinheirosRua Paes Leme, 195 - Pinheiros Novembro - terças e quintas – às 12h30Entrada francaFone: (11) 3095-9400www.sescsp.org.br

Tem Figura? Três jovens “autoras-ilustradoras” - Laura Teixeira, Re-

nata Bueno e Veridiana Scarpelli – aventuram-se no uni-verso literário com a criação de livros infantis e desco-brem novas formas de expressão que divertem e educam. Palavras e imagens compõem, de forma lúdica, um am-biente para brincar, aprender, ler e contar histórias, em um processo compartilhado autor-público. Nesse espaço de atividades os visitantes poderão realizar atividades de leitura, contação de histórias, assistir a intervenções ar-tísticas e participar de oficinas.

SESC IpirangaRua Bom Pastor, 822 - Ipiranga Até 16 de dezembro - Terça a sexta, das 9h às 21h30; sábados, das 10h às 21h30; domingos e feriado, das 10h às 18h30Entrada francaFone: (11)3340-2000

Bobines MélodiesNo dia 11 de novembro o Museu da Ima-

gem e do Som de São Paulo recebe a seleção de curtas-metragens de animação produzidos pelo estúdio Folimage acompanhada pelo trio musical L’Effet Vapeur, que resgata um dos ele-mentos da atmosfera das primeiras sessões de cinema: a independência entre a película e o áudio. Os curtas já foram desenvolvidos pelo Folimage sem qualquer tipo de som, com o ob-

O monólogo de Aberdeen Com o ator Nicolas Trevijano, direção de José Roberto Jardim e escrito pelo

jornalista e dramaturgo Sérgio Roveri, o espetáculo desmistifica a figura do astro do rock Kurt Cobain e mostra o homem avesso à fama e à fortuna, nascido na cidade de Aberdeen, no estado norte-americano de Washington. O monólogo se passa ao longo dos três dias em que o músico foi dado como desaparecido, até seu corpo ser encontrado na estufa da mansão de Seat-tle, onde vivia. A peça retrata, de maneira ficcional, um provável diálogo que o músico teria mantido com Boddah, o amigo imaginário de infância a quem ele costumava recorrer nos momentos de solidão e mesmo culpar pelos seus erros de criança.

SESC IpirangaAté 15 de dezembro - sábados - 19h30Ingressos: R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e depen-dentes), R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 12,00 (inteira)Fone: (11) 3340-200

Div

ulga

ção

jetivo de dar ao grupo de músicos que irá tocar ao vivo, total liberdade para tecer uma trilha sonora espontânea.

MIS – Museu da Imagem e do SomAvenida Europa, 158 - Jardim EuropaDia 11 de novembroIngresso: R$ 4,00 (inteira) R$ 2,00 (meia)Fone: (11) 2117 4777www.mis-sp.org.br

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 37

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

38 TAXICULTURA|Novembro- Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro

MORAR

BEM

Um dos mais importantes eventos de design da Améri-ca Latina, a Casa FOA apostou na reciclagem e apre-sentou mais de 40 projetos inovadores

Maior mostra de arquitetura e

desenho realizada na cidade

de Buenos Aires, a Casa FOA

acaba de apresentar sua edição 2012. Ins-

talada em um edifício tradicional ao sul da

capital argentina, uma velha fábrica têxtil

da Alpargatas, o evento, que a cada ano se

realiza em um espaço diferente, teve como

proposta contribuir com o processo de re-

nascimento e qualificação no entorno do

tradicional bairro La Boca.

Exposição Casa FOA

A escolha do antigo centro fabril - construído

no ano de 1930 e durante muito tempo sede de

uma das maiores indústrias da Argentina - foi

emblemática e se constituiu em um cenário privi-

legiado para a montagem da mostra, que teve no

movimento de reciclagem um dos norteamentos

para organizar suas instalações, com as melho-

res criações de arquitetos e designers do país. A

Casa FOA levou ao público quarenta diferentes

projetos espalhados em uma área de cinco mil

metros quadrados.

Velha fábrica têxtil foi palco da edição 2012 da Casa FOA de Buenos Aires

Adriana ScartarisDesigner desenvolve projetos de

design de interiores aplicando técnicas acadêmicas

e de terapias espaciais www.adrianascartaris.com.br

Carl

os T

orre

s

Por Adriana Scartaris

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Novembro|TAXICULTURA 39

Filantropia e preservação do patrimônio

Em sua 27ª edição, a Casa FOA, principalmente no

que se refere à criação para espaços urbanos, é reco-

nhecida como uma das mostras mais importantes da

América Latina. O maior e mais prestigiado evento de

design de interiores da Argentina, tradicionalmente,

apresenta um viés sustentável ao combinar ações de

filantropia com conservação do patrimônio.

Criada em 1985 para arrecadar fundos para a Fun-

dação Oftalmológica Jorge Malbran, a mostra tem

valorizado edifícios singulares e mal conservados

de Buenos Aires, convidando arquitetos e designers

a recuperá-los mediante a criação de espaços em

seu interior.

Em seus 27 anos de existência, o evento se transfor-

mou em um ponto de convergência de ideias, incorporan-

do tendências verdes nas últimas edições: apartamentos

pequenos, casas em containers reciclados e até residên-

cias ecológicas.

MORAR

BEM

STUDIO

O espaço muito aconchegante traz referências do campo em materiais e peças que mais parecem terem sido coletadas durante toda uma vida. Um espaço deve contar a história dos seus ocupantes; neste, podemos sentir a presença do morador que conta por onde passou, conta o que gosta de fazer e recebe todos os que chegam de braços abertos. Personalidade em todos os detalhes.

Ambientes Casa FOA

O espaço apresenta uma bela instalação produzida

com referências da época como um grande empório.

Peças em madeira fossilizada, materiais naturais, man-

tas de puro algodão e lã convivem delicadamente com o

peso das grandes ferramentas em ferro fundido.

LIVING

Elegante, sóbrio e luxuoso, o espaço traz referências de várias épocas nas peças de antiquário que compõe um ambiente acolhedor e confortável. Destaque para as belas coleções de baús, fragmentos e bustos.

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

40 TAXICULTURA|Novembro - Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

Por Dra. Mery Hellen Jacon Pelosi

MUNDOCÃO&CIA

por

Jess

ica

Kare

lia

Dra. Mery Hellen Jacon PelosiEspecialista em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais,

integra a equipe da Clínica Veterinária Estação Zoo

Fone: 11 5084-6912 | 5083-6495www.estacaozoo.com.br

Coleiras preventivas para animais

Como é de conhecimento geral, o acessório co-mumente chamado de “coleira” é uma espé-cie de colar que envolve o pescoço de animais

e podem ser feitas de couro ou materiais sintéticos, como nylon, entre outros.

Contudo, aqui vamos falar de um outro tipo de coleira, bem específica, e que pode oferecer uma proteção especial ao seu animal de estimação e também para as pessoas que vivem ao seu redor: as coleiras medicamentosas.

A principal função deste tipo de coleira é ajudar a prevenir, eliminar o contato e controlar a infesta-ção de alguns pequenos insetos, como mosquitos e parasitas como as pulgas e os carrapatos, que tanto transtorno provocam nos animais.Investir na saúde e higiene

Manter o seu animal livre de insetos e parasitas é extremamente importante. As picadas de pulgas, além de provocar irritação, podem provocar alergias, coceiras e eczemas (inflamações). Já os carrapatos e os mosquitos são responsáveis pela transmissão de diversas doenças.

Alguns fabricantes destas coleiras prometem até mesmo a proteção do animal contra o flebótomo, um mosquito que transmite o parasita chamado Leishmania, que é responsável por uma doença grave e fatal, que acomete não apenas os cães, mas também os humanos, chamada Leishmaniose.Cuidados com o animal e com a família

Na maioria dos casos, coleiras que oferecem pro-teção para cães e gatos possuem inseticidas e pesti-cidas em sua formulação. Contudo, esses produtos não farão mal ao animal, desde que seja utilizada de forma correta, pois o uso excessivo e sem o acon-selhamento de um médico veterinário pode trazer problemas, e aí, novamente, tanto para o animal quanto para sua família.

No caso de gatos, evite adquirir coleiras que con-tenham hidrocarbonetos clorados (Lindane e Clor-dane) e carbaril (Carbamato e Propoxur). Estes pro-dutos são comuns em algumas formulações e são altamente tóxicos. Alguns estudos apontam que ou-tro componente tóxico, a permetrina, também está relacionada ao desenvolvimento de doenças.

Fique atento! Escolha bem o tipo da coleira que você irá adquirir. Nem todas as coleiras desenvol-vidas para cães podem ser utilizadas em gatos, e vice-versa. Também não é aconselhável utilizar este tipo de coleira em animais com menos de seis me-ses de idade e nem mesmo em fêmeas em fase de amamentação. Outra dica é manter a coleira sem-pre bem ajustada ao pescoço do animal, para evitar que entre em contato com regiões sensíveis, como olhos e boca.Alternativas naturais

Como opção, estão disponíveis no mercado colei-ras que contêm apenas produtos naturais em sua formulação, como a citronela, que é inofensiva aos animais e também aos seres humanos.

De modo geral, as coleiras oferecem aos ani-mais proteção por cerca de três meses, devendo ser substituídas ao término do período de eficá-cia por outra nova.

Vale lembrar que a utilização de coleiras é uma forma complementar de prevenir ou controlar inse-tos e parasitas. É aconselhável também a dedetiza-ção periódica do ambiente onde o animal vive.

Apesar de parecer simples, o controle de para-sitas é uma assunto sério. Uma única pulga pode colocar mais de dois mil ovos, dos quais surgem larvas que podem se esconder em tapetes, fres-tas, carpetes e estofados.

Fique atento e garanta o bem-estar do seu ani-mal e da sua família!

Normalmente utilizadas para garantir o controle sobre o animal, as coleiras po-dem ter outras utilidades, contribuindo para a segurança e saúde do seu animal

42 TAXICULTURA|Setembo - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

HORIZONTEVERTICAL

Crônicas de uma São Paulo que ninguém vêIlustração e texto: Ivan Fornerón

O GOSTO PELO DELÍRIO

A procura por imóveis em São Paulo, seja pra alugar ou comprar, acaba revelando aspec-tos mórbidos que estão além do mercado

imobiliário, além de mostrar, também, o incons-ciente financeiro de um país que enriqueceu muito rápido. Toda mudança econômica significativa que melhore o padrão de vida da população é sempre bem-vinda e deve ser estimulada com justiça e bom senso, mas quando o seu ritmo acelerado indica um compromisso apenas com o lucro, parece que um encosto toma conta do sujeito e ele sai por aí cus-pindo zeros e cifras de telescópio. É tudo 500 mil, 1 milhão, 1 milhão e meio. Uma casinha no Jardim da Glória, com dois quartos, sala, cozinha, 1 banhei-ro, sem quintal e com um recuo na frente da casa que eles chamam de garagem... alguém chuta? R$ 530 mil. Um apartamento na Vila Mariana, 3 quar-tos, 80m2... 950 mil. Até agora eu não sei se liguei pra imobiliária ou pro Juqueri. Delirar faz bem, né? Aluguel? 2 mil e quinhentos por um quarto, sala, minicozinha e banheiro, fora o condomínio, e sem garagem. Isso é alguma síndrome? Divertidas, por-que completamente sem noção, são algumas justi-ficativas. Uma das minhas preferidas é aquela que põe toda a culpa na Copa de 2014. É a Copa, dizem. E eu me pergunto: o Neymar ou o Messi fazem parte do pacote? Alugar apartamento em São Paulo nos torna acionistas do iate do Neymar ou da fazenda nos pampas argentinos do Messi? É a procura que eleva os preços, acrescentam. “Os imóveis em São Paulo valorizaram mais de 180%!” Quem valorizou? O que essas pessoas andam bebendo? É muito de-lírio, minha gente, muito delírio! E o que dizer do tanto de olhos arregalados, quase saltantes, como

os dos antigos bonecos antigos dos ventríloquos, repetindo, em completo transe, 3 mil e 500, fora o condomínio...! E esse preço tá assim porque eu nem reajustei! Como é que São Paulo faz da riqueza sua pobreza absoluta? Alguém explica?

Eu mesmo tenho os meus delírios: a imortalidade da alma, a esperança que passa da noite ao dia, pu-blicar um livro, etc. Delirar é importante. E quanto mais nobre a questão ou o motivo do delírio (sexo, amor, êxtases místicos) maior grau de satisfação e realização ele trará à alma e ao espírito; mas na au-sência das coisas grandes, as medianas nos alcan-çam e, na ausência destas, sobram-nos as pequenas. Somos sempre do tamanho do nosso desejo. E dese-jar, com constância, apenas o dinheiro, nos confere o fedor próprio do vil metal. Devo confessar que, em muitas ocasiões, era esse o motivo que me afastava do meu interlocutor, mais do que o preço exorbitan-te que era pedido.

Pois bem, em contraposição a tudo isso temos os salários. Altamente céticos e incrédulos porque têm os pés no chão como exigência da sua realidade limitadora, eles se transformam em entes um tan-to melancólicos e ficam a observar esse Carnaval de delírios dessa carestia que dança pra si mesma, alie-nada de tudo o que não seja delirante e com suas enormes bocas ávidas pelo dinheiro sem trabalho.Os salários contemplam esse hospício e veem com curiosidade como esses delirantes internaram a si próprios no manicômio do lucro fácil, tremulando suas bandeirinhas de cifrões fictícios, conduzidos pela vontade doentia de escravizar o suor alheio. Vocês lembram do Simão Bacamarte, o Alienista do Machadão? Ah, me deu uma vontade...!

Somos sempre do tama-nho do nosso desejo. E desejar, com constância, apenas o dinheiro, nos confere o fedor próprio

do vil metal

Novembro|TAXICULTURA 43