revista taxicultura 3

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Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 1 A febre da comédia stand-up! Uma nova geração de humoristas faz a cidade cair na gargalhada Escolha o seu esporte radical preferido e venha curtir o melhor na cidade de Brotas O melhor da música, teatro, dança e muito mais para o interior e litoral www.taxicultura.com.br REVISTA Os Reis do Riso Brotas A Capital do Turismo de Aventura Virada Cultural Paulista Leitura de Bordo Edição 03

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Revista TAXICULTURA EDIÇÃO 3

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Page 1: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 1

A febre da comédia stand-up!Uma nova geração de humoristas faz a cidade cair na gargalhada

Escolha o seu esporte radical preferido e venha curtir o melhor na cidade de Brotas

O melhor da música, teatro,dança e muito mais para o interior e litoral

www.taxicultura.com.brR

EV

ISTA

Os Reis do Riso

BrotasA Capital do Turismo de Aventura

Virada Cultural Paulista

Leitura de Bordo

Edição 03

Page 2: Revista TAXICULTURA 3

2 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Page 3: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 3

DiretoriaAdilson Souza de AraújoDavi Francisco da SilvaFábio Martucci FornerónIsabella Basto Poernbacher([email protected])

Redação

EdiçãoWaldir MartinsMTB 19.069

Edição de ArteFlávio Francisco Rodrigues

Assistente de ArteCarolina Samora da Graça

Projeto Editorial Editora Porto das Letras

Reportagem Fernanda Grandino, Carolina Mendes, Miro Gonçalves e Valéria Calixto

Colaboradores Fernanda Monteforte, Fernando Lemos, Ana Castro e Camila Silva

FotografiaDavi Francisco da Silva

Fotografia de CapaOtávio Rotundo

RevisãoNaira Uehara

Publicidade

DiretorFábio Martucci Fornerón

Assessoria jurídicaPaulo Henrique Ribeiro Floriano

ComercialSuporte AdministrativoAna Maria S. Araújo SilvaMayara da Silva DiasAriane Caramêz

Assinaturas e mailling([email protected])

ImpressãoWgráfica

Tiragem25.000 exemplaresDistribuição Gratuita

TÁXI CULTURA é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do

Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo

(SP). Telefone (11) 3392-1524, Fax (11) 3392-5208. E-mail editora@

portodasletras.com.br. Proibida a reprodução parcial ou total dos textos

e das imagens desta publicação, exceto as imagens sob a licença do

Creative Commons. As opiniões dos entrevistados publicadas nesta edi-

ção não expressam a opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa

revista são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

Desafiando o estigma de que São Paulo seja uma cidade mal humorada e só voltada para o trabalho, uma nova geração de humoristas tem feito ecoar milhares de gargalhadas nos mais diferentes pontos da cidade, dos teatros aos bares da noite paulistana a febre é uma só: co-média stand-up!

Para entender um pouco dessa nova mania fo-mos conversar com diversos artistas que estão em cartaz e apresentamos um breve retrato do que vai atrás de uma piada que, de modo apa-rentemente despojado e fácil, salta do palco para a alegria dos espectadores.

Descendo de um palco e subindo em outro, nessa edição tivemos o prazer de conversar com o autor, ator e diretor Elias Andreato que, com dois espetáculos em cartaz na cidade: Édipo - no Eva Herz do Conjunto Nacional - e Decifra-te ou me devora - no Miniteatro da Praça Roosevelt,

EditorialRir é o melhor remédio

traça um breve retrato da sua paixão pelo teatro e arte de representar.

Apaixonados por toda iniciativa que seja ca-paz de divulgar e difundir arte de qualidade para públicos sempre maiores, não poderíamos dei-xar de citar a Virada Paulista, que, em sua quinta edição, cumpre com o desafio de levar para ci-dades do interior arte e cultura da mais quali-dade, investindo na formação de novos públicos no Estado de São Paulo.

Também no interior no interior do Estado de São Paulo, a cidade de Brotas, classificada como a Capital da Aventura, guarda um variado arsenal de atrações para quem quer desfrutar do melhor da vida no campo, com o máximo de adrenalina. Para quem fica na cidade e em casa, valem as di-cas para obter uma iluminação perfeita em casa, ou se maravilhar com as diferentes sugestões para saborear um bom risoto.

Boa viagem e boa leitura!Os Editores

EXPEDIENTE

Page 4: Revista TAXICULTURA 3

4 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Para nós sua participação é fundamental. Para enviar suas críticas, elogios, sugestões ou comentários basta enviar um email para: [email protected] Assim que recebermos sua mensagem entraremos em contato para atender a sua solicitação.

ESPAÇO LEITOR

Qualidade de Vida

16

Mundo&Cia36

Morar Bem32

Tecnologia30

48

Capa38

Bandeira LIvre

18

44

Agenda22

Charme e Beleza

28

SUMÁRIO | TÁXI CULTURA

Virada Paulista16

Morar bem

36

Capa12

São Paulo Têm34

Qualidade de vida

32

Tecnologia10

Mundo Cão

38

Agenda2006

Onde fica?

Trilha urbana40

São Paulo: um mundo todo

26

Paulistanos08

42

Bandeira Livre28

Horizonte vertical

Page 5: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 5

224638Nunc sollicitudin, nisl id cur-

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venenatis ligula.

16

12

Virada Cultural Paulista

O melhor da música, teatro,dança, ópera e circo

para cidades do interior e do litoral do Estado

Os Reis do RisoO palco é vazio e o expectador não vê mais do que um baquinho e um microfone. Não existe qualquer cenário ou figurino, apenas o humorista que vai desfiando sátiras e piadas sobre as mais diferentres histórias e temas do cotidiano: é a febre do stand-up.

08Magia e sensibilidade:

A arte de Elias Andreato Em cartaz na cidade com dois espetácu-

los, Elias Andreato fala sobre do seu compromisso com o teatro e da opção

pelo prazer na construção de uma obra, mesmo quando trata temas densos e

obscuros da alma humana.

Qualidade de vida Tenho acompanhado ultimamente as edições da revista Táxi Cul-tura! e me surpreendo pela forma simples e descomplicada como a colunista Fernanda Monteforte aborda assuntos complexos da personalidade humana. Parabéns pela coluna que, a cada edição, nos faz ref letir em como podemos melhorar o nosso cotidiano e nos-sas relações interpessoais!

Wilian Melo

Viva o teatroApenas agora estou escrevendo, mas fui assistir o espetáculo “Can-ção do Amor em Rosa” e simples-mente amei. Adorei as músicas, os atores são ótimo, a direção. É muito interessante ver as crian-ças e adultos interagindo durante o espetáculo. Gargalhadas e mais gargalhadas!

Cintia Arruda

Prezado Wilian,

A busca por oferecer aos nossos leitores temas e abordagens que possam contribuir para uma me-lhor qualidade de vida é um ponto de permanente inquietação em toda equipe da Táxi Cultura. Sua mensagem nos enche de alegria.

Atenciosamente,A redação

Redação:Prezada Cintia

O nosso compromisso é trabalhar para divulgar e tornar a arte e cultura bens que sejam acessíveis a todos os cidadãos. Agradecemos a sua mensagem

Atenciosamente,A redação

28Brotas: A Capital

do turismo de aventuraCom uma geografia privilegiada e um intenso

trabalho de preservação Brotas é um dos destinos favoritos para quem aprecia o tu-

rismo de aventura e os esportes radicais. Foi o primeiro município do Brasil a contar com

uma legislação ambiental.

Page 6: Revista TAXICULTURA 3

6 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

GANHADORESPatrícia Carvalho

Amir Rehan

Márcio Ventura

Carlos Augusto Simão

Renata Siqueira

Abel Marques

Ana Carla Patrocínio

Gabriela Louzeiro

Ricardo Basílio

Karen Aparecida

Memórias de São Paulo

O artista Eduardo Kobra busca aderir, interferir e sobrepor cenas e persona-gens das primeiras décadas do século XX, através de traços do grafite, ricos em sombra, luz e brilho. Daí resultam murais tridimensionais que permitem ao público interagir com a obra, possibilitando a ideia de comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia do painel, com a constante agitação característica dos grandes centros urbanos

Escultura Francisco Antonio Gabriel de MirandaA escultura de bronze em homenagem a Fran-cisco Antonio Gabriel de Miranda, criada e fun-dida pelo italiano Carmello Tabacco, representa um dos primeiros idealizadores da independên-cia venezuelana. Apresentada na Edição 2 da Revista Táxi Cultura, a obra está instalada na Avenida Paulista, no Bairro de Cerqueira César e foi um presente do governo da Venezuela à cidade de São Paulo.

Este painel artístico foi entregue em homenagem ao aniversário de 457 anos da cidade de São Paulo, comemorado em 25 de janeiro deste ano.

Criado por Eduardo Kobra e uma equipe de dez artistas plásticos, a obra integra o projeto Muro de Memórias, desenvolvido por Kobra com o intuito de transformar a paisagem urbana através da arte e resgatar a memória de uma cidade que não existe mais.

A obra retratada na foto é uma representação da Rua Direita - datada de 1905 - e utiliza a técnica de street art, com influências da técnica de tromp´oil, que desen-volve metragem do artística, com cerca de 600 metros quadrados de área, sem nenhum contato com o piso.

ONDEFICA?

Por Carolina Mendes

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: [email protected] resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores.

Page 7: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 7

GANHADORESPatrícia Carvalho

Amir Rehan

Márcio Ventura

Carlos Augusto Simão

Renata Siqueira

Abel Marques

Ana Carla Patrocínio

Gabriela Louzeiro

Ricardo Basílio

Karen Aparecida

Memórias de São Paulo

O artista Eduardo Kobra busca aderir, interferir e sobrepor cenas e persona-gens das primeiras décadas do século XX, através de traços do grafite, ricos em sombra, luz e brilho. Daí resultam murais tridimensionais que permitem ao público interagir com a obra, possibilitando a ideia de comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia do painel, com a constante agitação característica dos grandes centros urbanos

Escultura Francisco Antonio Gabriel de MirandaA escultura de bronze em homenagem a Fran-cisco Antonio Gabriel de Miranda, criada e fun-dida pelo italiano Carmello Tabacco, representa um dos primeiros idealizadores da independên-cia venezuelana. Apresentada na Edição 2 da Revista Táxi Cultura, a obra está instalada na Avenida Paulista, no Bairro de Cerqueira César e foi um presente do governo da Venezuela à cidade de São Paulo.

Este painel artístico foi entregue em homenagem ao aniversário de 457 anos da cidade de São Paulo, comemorado em 25 de janeiro deste ano.

Criado por Eduardo Kobra e uma equipe de dez artistas plásticos, a obra integra o projeto Muro de Memórias, desenvolvido por Kobra com o intuito de transformar a paisagem urbana através da arte e resgatar a memória de uma cidade que não existe mais.

A obra retratada na foto é uma representação da Rua Direita - datada de 1905 - e utiliza a técnica de street art, com influências da técnica de tromp´oil, que desen-volve metragem do artística, com cerca de 600 metros quadrados de área, sem nenhum contato com o piso.

ONDEFICA?

Por Carolina Mendes

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: [email protected] resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores.

Page 8: Revista TAXICULTURA 3

8 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Em cartaz na cidade de São Paulo com o espetáculo Édipo, no Teatro Eva Herz, no Conjunto Nacional – em que assina a adaptação do texto, direção geral e ainda atua como ator – e também no Miniteatro da Praça Roosevelt, com o espetáculo Decifra-te ou me devora – no qual é responsável pela direção e autoria do texto, elaborado em parceira com Helô Cintra e João Paulo Lorenzon - Elias Andreato conversou com a Táxi Cultura sobre sua paixão pelo teatro e a temporada paulistana

PAULISTANOS

Táxi Cultura: Como o teatro entrou na sua vida?

Elias Andreato: A poesia me tocou primeiro... Fausi Arap e

Maria Bethânia me apresentaram a dramaturgia e o teatro, no espetáculo Rosa dos Ventos. Foi a partir daí que eu me interessei pelo teatro e co- mecei a fazer teatro amador. Meu primeiro trabalho profissional foi como contra regra do espetáculo do [Antônio] Fagundes em 1975. Era um monólogo.Táxi Cultura:

E o que te orienta para realizar este trabalho?

Elias Andreato: Toda vez que eu subo num palco tenho o compro-

misso de querer dar pra alguém ali na plateia alguma coisa de útil. Quando eu faço meu espetáculo, não importa se é nas escolas, nas periferias, pátios, onde quer que seja... enfim, o teatro tem esse poder. Mes-mo que hoje o teatro já não tem mais o peso que já teve, com aqueles indivíduos que estão ali, na plateia, a qualidade dessa discussão é muito bacana.

Táxi Cultura:

Quais as diferenças mais fundamentais entre o Elias Andreato ator e o Elias Andreato diretor?

PAULISTANOS

O espetáculo “Decifra-te ou me devora” foi escrito em parceria com a atriz Helô Cintra e o ator João Paulo Lorenzon

Por Waldir Martins

AndreatoElias Elias Andreato:

Como ator consigo o repouso de pensar somente em mim. O diretor precisa estar tão atento como o ator, a diferença é que ele é solicitado a cuidar de tudo ao mesmo tempo. Ele precisa estar centrado para corres- ponder a todas as expectativas dos outros envolvidos no processo de trabalho e transmitir segurança e estímulo suficiente para que todos façam o melhor.

Quando eu saio da minha casa, tenho que me prepa-rar para o encontro com as pessoas, pra fazer um espe-táculo bacana pra elas. Então eu acho que a direção tem que funcionar como um grande estímulo. No sentido dos atores conhecerem profundamente a obra, discutirem os personagens. Assim ficamos mais abrangentes, aber-tos a novos olhares. E tentar fazer com que esses atores e atrizes façam o seu melhor sem precisar machucá-los, sem fazer com que tudo seja cruel, doentio; acho que tem que ser prazeroso, eu vou pela brincadeira, pelo hu-mor e pelo prazer de estar junto com os outros.

Táxi Cultura:

Drama ou comédia?

Elias Andreato:

O drama sempre me fascina mais. A comédia ulti-mamente tem me interessado na medida em que o meu exercício com ela é mais raro; quero acreditar que é possível aprender com a alegria e não apenas com o sofrimento.

Acho que o drama está presente na minha for-mação, não tive uma infância feliz, mas não neces-sariamente esse drama me traz o sofrimento, an-tes disso, é mais um respaldo criativo, prazeroso, mesmo quando se lida com a dor.

Táxi Cultura:

Como funciona a sua relação com o público?

Elias Andreato:

Uma das coisas que aprendi na minha vida como ar-tista é que o mundo é muito pequeno, que dá muita volta, que o fracasso é efêmero, que tudo é efêmero. Então, você realiza um trabalho pelo prazer de fazer aquele trabalho, pelo encontro das pessoas, isso é muito prazeroso. Claro que a gente espera um público que goste, mas vivemos em um país onde a cultura tem a importância que tem, então sabemos que para determinados trabalhos não teremos grandes públicos, não tenho mais ilusão. Então, eu acordo aqui às sete da manhã, vou lá ensaiar a peça e fico ensaiando seis meses e se der certo, deu, se não deu, não deu, não vou ficar chorando. Claro que a gente quer que tudo dê certo quando o público vai ver. Quando o público se manifesta, se emociona, eu confesso que isso pra mim é ainda um aprendizado; ficar feliz por isso, sem ficar pre-potente, sem ficar me achando o tal, nesses anos todos eu lidei muito com o afeto do público, é muito árduo.

Táxi Cultura:

Eu queria que você falasse um pouco do seu espe-táculo Decifra-te ou me devora.

Elias Andreato:

É uma reflexão que sempre me interessou. Embora eu possa parecer uma pessoa difícil nos relacionamentos, eu sou romântico, como qualquer outro cidadão. Essa discussão sobre encontros e desencontros das pessoas tem um motivo em comum, porque eu acho que essa é a essência da vida, embora eu seja sozinho.

Com a internet veio a fantasia, onde você pode ser todos os personagens que você inventar, mas diante do outro, às vezes, não dá pra você brincar com isso. Porque a internet tem esses mistérios, eu posso ser locutor, eu posso ser qualquer coisa, posso ganhar qualquer pes-soa mentindo ser alguma coisa. Embora na vida real

este jogo possa acontecer, eu não posso dizer que sou lindo, que tenho um metro e oitenta, cabelo liso, louro ou o que seja. Eu acho que o mais bacana do espetáculo é discutir o seu modo de ser no mundo. É difícil você conviver com as diferenças na sua rotina, enfrentar a solidão; então fica evidente como o espetáculo é todo feito de supremacia e destaca que temos que ter sonho, ter idealismo. Não quero espairecer nada, quem nasceu dessa forma, morre dessa forma.

Táxi Cultura:

E o espetáculo Édipo que estreou agora no Vera Herz?

Elias Andreato:

Como ator já tinha feito.

Táxi Cultura:

E o que traz de uma coisa pra outra, ou não tem nada ver?

Elias Andreato:

Já tinha feito o Édipo em 86 como ator e direção do Marcio Aurélio. Eu fiz a adaptação do texto, cuidei de todos os passos e posso dizer que é um espetáculo que tem a minha autoria. São sete atores, e é um jeito de contar a história que fui buscando durante muito tem-po; já há muitos anos que venho estudando esse pro-jeto. Acho uma história linda, a tragédia é extensa, com uma linguagem verbal incrível e passamos seis meses nos preparando.

Fala sobre a cegueira do homem e a insegurança da condição humana. Todos nós seguimos no escuro.

Page 9: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 9

Em cartaz na cidade de São Paulo com o espetáculo Édipo, no Teatro Eva Herz, no Conjunto Nacional – em que assina a adaptação do texto, direção geral e ainda atua como ator – e também no Miniteatro da Praça Roosevelt, com o espetáculo Decifra-te ou me devora – no qual é responsável pela direção e autoria do texto, elaborado em parceira com Helô Cintra e João Paulo Lorenzon - Elias Andreato conversou com a Táxi Cultura sobre sua paixão pelo teatro e a temporada paulistana

PAULISTANOS

Táxi Cultura: Como o teatro entrou na sua vida?

Elias Andreato: A poesia me tocou primeiro... Fausi Arap e

Maria Bethânia me apresentaram a dramaturgia e o teatro, no espetáculo Rosa dos Ventos. Foi a partir daí que eu me interessei pelo teatro e co- mecei a fazer teatro amador. Meu primeiro trabalho profissional foi como contra regra do espetáculo do [Antônio] Fagundes em 1975. Era um monólogo.Táxi Cultura:

E o que te orienta para realizar este trabalho?

Elias Andreato: Toda vez que eu subo num palco tenho o compro-

misso de querer dar pra alguém ali na plateia alguma coisa de útil. Quando eu faço meu espetáculo, não importa se é nas escolas, nas periferias, pátios, onde quer que seja... enfim, o teatro tem esse poder. Mes-mo que hoje o teatro já não tem mais o peso que já teve, com aqueles indivíduos que estão ali, na plateia, a qualidade dessa discussão é muito bacana.

Táxi Cultura:

Quais as diferenças mais fundamentais entre o Elias Andreato ator e o Elias Andreato diretor?

PAULISTANOS

O espetáculo “Decifra-te ou me devora” foi escrito em parceria com a atriz Helô Cintra e o ator João Paulo Lorenzon

Por Waldir Martins

AndreatoElias Elias Andreato:

Como ator consigo o repouso de pensar somente em mim. O diretor precisa estar tão atento como o ator, a diferença é que ele é solicitado a cuidar de tudo ao mesmo tempo. Ele precisa estar centrado para corres- ponder a todas as expectativas dos outros envolvidos no processo de trabalho e transmitir segurança e estímulo suficiente para que todos façam o melhor.

Quando eu saio da minha casa, tenho que me prepa-rar para o encontro com as pessoas, pra fazer um espe-táculo bacana pra elas. Então eu acho que a direção tem que funcionar como um grande estímulo. No sentido dos atores conhecerem profundamente a obra, discutirem os personagens. Assim ficamos mais abrangentes, aber-tos a novos olhares. E tentar fazer com que esses atores e atrizes façam o seu melhor sem precisar machucá-los, sem fazer com que tudo seja cruel, doentio; acho que tem que ser prazeroso, eu vou pela brincadeira, pelo hu-mor e pelo prazer de estar junto com os outros.

Táxi Cultura:

Drama ou comédia?

Elias Andreato:

O drama sempre me fascina mais. A comédia ulti-mamente tem me interessado na medida em que o meu exercício com ela é mais raro; quero acreditar que é possível aprender com a alegria e não apenas com o sofrimento.

Acho que o drama está presente na minha for-mação, não tive uma infância feliz, mas não neces-sariamente esse drama me traz o sofrimento, an-tes disso, é mais um respaldo criativo, prazeroso, mesmo quando se lida com a dor.

Táxi Cultura:

Como funciona a sua relação com o público?

Elias Andreato:

Uma das coisas que aprendi na minha vida como ar-tista é que o mundo é muito pequeno, que dá muita volta, que o fracasso é efêmero, que tudo é efêmero. Então, você realiza um trabalho pelo prazer de fazer aquele trabalho, pelo encontro das pessoas, isso é muito prazeroso. Claro que a gente espera um público que goste, mas vivemos em um país onde a cultura tem a importância que tem, então sabemos que para determinados trabalhos não teremos grandes públicos, não tenho mais ilusão. Então, eu acordo aqui às sete da manhã, vou lá ensaiar a peça e fico ensaiando seis meses e se der certo, deu, se não deu, não deu, não vou ficar chorando. Claro que a gente quer que tudo dê certo quando o público vai ver. Quando o público se manifesta, se emociona, eu confesso que isso pra mim é ainda um aprendizado; ficar feliz por isso, sem ficar pre-potente, sem ficar me achando o tal, nesses anos todos eu lidei muito com o afeto do público, é muito árduo.

Táxi Cultura:

Eu queria que você falasse um pouco do seu espe-táculo Decifra-te ou me devora.

Elias Andreato:

É uma reflexão que sempre me interessou. Embora eu possa parecer uma pessoa difícil nos relacionamentos, eu sou romântico, como qualquer outro cidadão. Essa discussão sobre encontros e desencontros das pessoas tem um motivo em comum, porque eu acho que essa é a essência da vida, embora eu seja sozinho.

Com a internet veio a fantasia, onde você pode ser todos os personagens que você inventar, mas diante do outro, às vezes, não dá pra você brincar com isso. Porque a internet tem esses mistérios, eu posso ser locutor, eu posso ser qualquer coisa, posso ganhar qualquer pes-soa mentindo ser alguma coisa. Embora na vida real

este jogo possa acontecer, eu não posso dizer que sou lindo, que tenho um metro e oitenta, cabelo liso, louro ou o que seja. Eu acho que o mais bacana do espetáculo é discutir o seu modo de ser no mundo. É difícil você conviver com as diferenças na sua rotina, enfrentar a solidão; então fica evidente como o espetáculo é todo feito de supremacia e destaca que temos que ter sonho, ter idealismo. Não quero espairecer nada, quem nasceu dessa forma, morre dessa forma.

Táxi Cultura:

E o espetáculo Édipo que estreou agora no Vera Herz?

Elias Andreato:

Como ator já tinha feito.

Táxi Cultura:

E o que traz de uma coisa pra outra, ou não tem nada ver?

Elias Andreato:

Já tinha feito o Édipo em 86 como ator e direção do Marcio Aurélio. Eu fiz a adaptação do texto, cuidei de todos os passos e posso dizer que é um espetáculo que tem a minha autoria. São sete atores, e é um jeito de contar a história que fui buscando durante muito tem-po; já há muitos anos que venho estudando esse pro-jeto. Acho uma história linda, a tragédia é extensa, com uma linguagem verbal incrível e passamos seis meses nos preparando.

Fala sobre a cegueira do homem e a insegurança da condição humana. Todos nós seguimos no escuro.

Page 10: Revista TAXICULTURA 3

10 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Celulares Transparentes

Táxis movidos à água em Londres

Site PDFWord

Os “Black Cabs”, famosos taxis pretos de Lon-dres, sempre foram reconhecidos como um dos pontos tradicionais da capital da Ingla-

terra. Contudo, uma novidade tecnológica está tirando um pouco desse tradicionalismo.

A partir desse mês de maio estão chegando novos veículos movidos a água. Resultado de um projeto de engenharia que usa como combustível uma combina-ção de células de hidrogênio e baterias de Lítio.

Uma combinação que deu certo porque permite uma autonomia de aproximadamente 400 quilômetros,

garantindo um dia inteiro de trabalho. Embora com um pouco menos de potencia que os carros comuns, a iniciativa é importantíssima porque está voltada a veícu-los que circulam sujeitos ao pesado trânsito de uma grande cidade.

O objetivo da Prefeitura de Londres é trocar toda a frota até os jogos Olímpicos de 2012, apresentando ao mundo uma grande iniciativa de sustentabilidade e respeito a natureza.

Um exemplo que deve ser seguido por várias cidades no mundo.

TECNOLOGIA

O aparelho possui tela

desenvolvida a partir

de cristais de safira

Por Fernando Lemos

A telefonia celular já faz parte da vida de quase todo mundo, mas as novidades do segmen-to tem acontecido com os softwares, com

o lançamento quase que diário de vários sistemas e aplicativos.

E o hardware, isto é, a parte fisica do aparelho, há tempos não trazia uma novidade tao interessante e ao mesmo tempo inusitada quanto o lançamento do CPT002. Lançado em maio na Europa, o aparelho é transparente e possui tela desenvolvida a partir de uma combinação de cristais de safiras.

Além da transparência total quando está inativo, essa tecnologia permite que a tela seja sensivel ao toque. Para garantir a transparência, os componentes eletrônicos, bateria e os cartões SIM foram agrupa-

dos na base do aparelho.

Quando está em stand-by só aparece a marca do telefone e as barras que mostram o status da bateria e a força do sinal: todo o resto da tela fica totalmente transparente.

E mais, o CPT002 funciona também como chave do carro. Quando voce se aproxima do

carro ele abre automaticamente e o aparelho fica também integrado ao sistema do carro, viva-

voz, GPS, e ainda pode atualizar o seu posicionamen-to em algumas Redes Sociais na Internet.

PDF é um formato de documento muito usado nos sistemas no mundo todo. Ideal para converter vários tipos de arquivos,

quando queremos garantir a sua integridade, uma vez que não permite que a informação origi-nal seja alterada.

Ideal para enviar propostas, textos e apresen-tações para clientes e qualquer pessoa fora da empresa. Mas, muitas vezes, nós precisamos exatamente do contrario. Converter arquivos no formato PDF com textos para o formato DOC, usado pelo WORD.

Vários programas fazem isso mas são pagos e têm que ser licenciados. Por isso uma alternativa muito interessante é o PDFTOWORD.COM. Um site na WEB onde em três passos você obtém o arquivo convertido. Primeiro localiza no seu PC o arquivo PDF que você quer converter. Depois es-colhe para qual formato (RTF ou DOC), e por fim informa o seu email para onde o site envia o ar-quivo convertido.

Relativamente rápido, muito fácil, totalmente gratuito e muito útil para o seu dia-a-dia.

E não precisa ter nenhum programa instalado no seu sistema.

Fernando Lemos é estrategista nas áreas de educação e informática e co-ordena o projeto Tecnologia para Todos www.tecnologiaparatodos.com.br/

Page 11: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 11

Celulares Transparentes

Táxis movidos à água em Londres

Site PDFWord

Os “Black Cabs”, famosos taxis pretos de Lon-dres, sempre foram reconhecidos como um dos pontos tradicionais da capital da Ingla-

terra. Contudo, uma novidade tecnológica está tirando um pouco desse tradicionalismo.

A partir desse mês de maio estão chegando novos veículos movidos a água. Resultado de um projeto de engenharia que usa como combustível uma combina-ção de células de hidrogênio e baterias de Lítio.

Uma combinação que deu certo porque permite uma autonomia de aproximadamente 400 quilômetros,

garantindo um dia inteiro de trabalho. Embora com um pouco menos de potencia que os carros comuns, a iniciativa é importantíssima porque está voltada a veícu-los que circulam sujeitos ao pesado trânsito de uma grande cidade.

O objetivo da Prefeitura de Londres é trocar toda a frota até os jogos Olímpicos de 2012, apresentando ao mundo uma grande iniciativa de sustentabilidade e respeito a natureza.

Um exemplo que deve ser seguido por várias cidades no mundo.

TECNOLOGIA

O aparelho possui tela

desenvolvida a partir

de cristais de safira

Por Fernando Lemos

A telefonia celular já faz parte da vida de quase todo mundo, mas as novidades do segmen-to tem acontecido com os softwares, com

o lançamento quase que diário de vários sistemas e aplicativos.

E o hardware, isto é, a parte fisica do aparelho, há tempos não trazia uma novidade tao interessante e ao mesmo tempo inusitada quanto o lançamento do CPT002. Lançado em maio na Europa, o aparelho é transparente e possui tela desenvolvida a partir de uma combinação de cristais de safiras.

Além da transparência total quando está inativo, essa tecnologia permite que a tela seja sensivel ao toque. Para garantir a transparência, os componentes eletrônicos, bateria e os cartões SIM foram agrupa-

dos na base do aparelho.

Quando está em stand-by só aparece a marca do telefone e as barras que mostram o status da bateria e a força do sinal: todo o resto da tela fica totalmente transparente.

E mais, o CPT002 funciona também como chave do carro. Quando voce se aproxima do

carro ele abre automaticamente e o aparelho fica também integrado ao sistema do carro, viva-

voz, GPS, e ainda pode atualizar o seu posicionamen-to em algumas Redes Sociais na Internet.

PDF é um formato de documento muito usado nos sistemas no mundo todo. Ideal para converter vários tipos de arquivos,

quando queremos garantir a sua integridade, uma vez que não permite que a informação origi-nal seja alterada.

Ideal para enviar propostas, textos e apresen-tações para clientes e qualquer pessoa fora da empresa. Mas, muitas vezes, nós precisamos exatamente do contrario. Converter arquivos no formato PDF com textos para o formato DOC, usado pelo WORD.

Vários programas fazem isso mas são pagos e têm que ser licenciados. Por isso uma alternativa muito interessante é o PDFTOWORD.COM. Um site na WEB onde em três passos você obtém o arquivo convertido. Primeiro localiza no seu PC o arquivo PDF que você quer converter. Depois es-colhe para qual formato (RTF ou DOC), e por fim informa o seu email para onde o site envia o ar-quivo convertido.

Relativamente rápido, muito fácil, totalmente gratuito e muito útil para o seu dia-a-dia.

E não precisa ter nenhum programa instalado no seu sistema.

Fernando Lemos é estrategista nas áreas de educação e informática e co-ordena o projeto Tecnologia para Todos www.tecnologiaparatodos.com.br/

Page 12: Revista TAXICULTURA 3

12 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Por Waldir Martins

Um humor direto e despojado onde o artista deve possuir muita flexibilidade e jogo de cintura

Danilo Gentili, Marcela Leal, Rafinha Bastos, Oscar Filho e Marcelo Mainsfield do Clube da Comédia

Os Reis do Riso

Presente nos palcos brasileiros desde a dé-cada de 1990, quando os humoristas como Diogo Portugal e Bruno Motta realizaram

apresentações de stand-up no Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro – nos anos de 1996 e 1998 – o gênero vem se consolidando a partir de 2001 com o hilário show de humor Terça Insana, que adaptou o estilo a uma forma de humor reali-zado em esquetes. Desde então, o stand-up come-dy caiu no gosto do paulistano, que conta hoje com um enorme número de alternativas de shows em bares e teatros da cidade.

O palco é vazio e o expectador não vê mais do que um banquinho e um microfone. Não existe qualquer cenário ou figurino, apenas o humorista que vai desfiando sátiras e piadas sobre as mais diferentres histórias e temas do cotidiano, fazendo o chamado humor de cara limpa, termo usado por alguns come-diantes. Isso porque o humorista atua geralmente em pé e sem qualquer tipo de acessório, caracteriza-ção, personagem ou qualquer outro recurso teatral.

A preparação do espetáculoContudo, a fórmula aparentemente fácil do espe-

táculo esconde um árduo trabalho realizado pelo ar-tista na preparação do roteiro que irá apresentar aos espectadores. Entre outros desafios, o humorista de

O genero, que teve precur-sores como José Vasconce-los, Ary Toledo, Jô Soares e Chico Anysio está fazendo

a cidade cair na gargalhada com um nova e talentosa

geração de humoristas

A febre da comédia stand-up

Diogo Portugal

Page 13: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 13

Danilo Gentili, Marcela Leal, Rafinha Bastos, Oscar Filho e Marcelo Mainsfield do Clube da Comédia

CAPA

listano e da sua relação com o humor, as opiniões dos humoristas se dividem. Enquanto Marcelo Mansfield está entre aqueles que comemoram o bom humor do paulistano, ao afirmar que “Paulistano adora rir”, a atriz, humorista e roteirista Marcela Leal aponta o forte espírito crítico que predomina nas plateias da cidade. “O paulistano é bem crítico, bem crítico mes-mo. De todas as plateias que já estive esta é a mais crítica. É daquelas que cruzam os braços e diz ‘vamos lá, vamos ver se você vai me fazer rir’. Não é uma plateia que vem aberta pra rir, mas que vai rir muito se gostar do trabalho que está sendo feito, mas você precisa provar primeiro”, avalia.

Outro que costuma fazer muito sucesso na cidade, Diogo Portugal valoriza a forma como o cidadão de São Paulo se relaciona com o humor. “São Paulo é uma cidade que recebe todo o tipo de informação

numa velocidade incrível e o hu-mor ajuda a aliviar a tensão que temos nas grandes cidades; o público paulistano é uma ótima plateia, porém exigente”.

Espaço para a inovação e diversidade

Para Bruno Motta, que além de humorista é au-tor de teatro e redator de televisão, a flexibilidade do artista e sua capacidade de interagir com as reações do público são elementos fundamentais para garan-tir um bom espetáculo. “O stand-up é uma grande conversa com a plateia. Os melhores humoristas são os mais naturais, mais espontâneos, que falam de as-suntos que realmente mexem com eles. Nós temos que ser nós mesmos no palco, quanto mais natural isso aparece, melhor pro show. Daí essa mágica de parecer sempre pensado na hora. Uma parte real-mente surge ali, com aquela plateia. Outra parte já está planejada, as piadas escritas, testadas. Mas, dizer qual é qual seria contar o truque da mágica”, relata.

Sem regras muito definidas, o standu-up possi-bilita um permanente processo de evolução, tanto no que diz respeito aos assuntos abordados, como também na estrutura e duração dos espetáculos. O próprio Bruno Motta já entrou para o Guinness Book ao realizar em Belo Horizonte “o maior show de humor do mundo”, quando ficou 38 horas e 12 minutos falando para um público de 5 mil pessoas. De outro lado, podemos nos divertir com apresenta-ções hilárias, com duração em torno de um minuto, realizadas pelo Oscar Filho.

standu-up tem o compromisso de renovar seu es-toque de piadas periodicamente, e sempre por um texto original, construído a partir de uma detalhada observação do cotidiano. Depois de elaborada, a piada deve ser testada e avaliada em seu potencial de fazer rir e divertir, para saber se poderá ser apre-sentada e bem aceita pelo público. Um verdadeiro ritual.

Um dos representantes dessa nova geração de hu-moristas, Patrick Maia, do Clube de Comédia, desta-ca o processo da permanente renovação do artista como um dos pontos fundamentais no trabalho de construção de um espetáculo. “Um dos maiores de-safios do stand-up é a renovação. Digo isso no sen-tido de que você possa voltar para ver o espetáculo daqui a dois meses e eu tenha coisas novas pra te mostrar. Gosto de estar sempre modificando meu texto. Fico incomodado quando se passam dois meses e não tenho nada de novo pra mostrar”, conta.

A vida ao improviso, mas com piadas bem montadas

Caracterizado como um teatro que tem no texto seu elemento principal, o stand-up cobra dos seus praticantes um trabalho de criação permanente. Para Oscar Filho, integrante do programa CQC da Rede Bandeirantes e também um dos idealizadores do Clube da Comé-dia, este continuado processo de criação é um dos desafios a ser vencido pelos comediantes para con-seguir conquistar o público. “Hoje mesmo eu criei um texto inédito, que fala da minha mãe, do meu pai, da minha relação com eles até a separação. O primordial no stand-up é você falar da sua condição, das suas observações da vida. Então eu peguei uma época que foi meio obscura pra mim, essa coisa da separação, e tentei transformá-la em piada, até pra me livrar disso também. Para mim, a matéria prima é

a minha vida mesmo, eu escrevo o que eu observo por aí”, enfatiza.

O público paulistano

Apontado como um dos mais difíceis gêneros de comédia, uma vez que o humorista se coloca sem nenhum outro recurso que não ele mesmo e

sua capacidade de improvisar frente a uma plate-ia para apresentar suas diversas histórias e situa-

ções, o humorista deve ter uma rápida percepção do público que o está assistindo para poder ajustar sua apresentação ao humor e gosto dos espectadores.

Quando se fala especificamente do público pau-

Um teatro base-ado na inovação e no improviso

A fórmula aparentemente

fácil do espetáculoesconde um árduo trabalho realizado

pelo artista

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14 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Bruno Motta

Oscar Filho

Danilo Gentili

Uma nova geração de talentos

Apontado como precursor do atual formato da co-média stand-up, o gênero do “one man show”, que permite outras abordagens que incluem a interpre-tação de personagens, inclusão de música ao vivo, montagem de cenas específicas e outros recursos, foi introduzido no Brasil ainda nos anos sessenta pelo fantástico humorista José Vasconcelos. O estilo teve ainda como seguidores humoristas do porte de Chico Anysio e Jô Soares, seja em shows ao vivo ou na aber-tura de seus programas na televisão.

Existe hoje no Brasil um grande número de novos e talentosos comediantes exercendo o gênero. Eles se organizam em grupos ou apresentam trabalhos solo, viajando e participando de vários shows. Entre os principais podemos destacar Bruno Motta, Da-nilo Gentili, Diogo Portugal, Rafinha Bastos e Márcio Mansfield, que pode ser apontado como um dos pio-neiros nessa nova geração. “Desde sempre conhecia o formato, mas foram a Marcela Leal e o Rafinha Bas-tos quem me abriram a oportunidade de fazer um show só desse estilo, que foi o Mondo Cane. De lá para cá a coisa explodiu”, conta Mansfield.

Stand-up e televisão

A partir de 2008 o sucesso do gênero bateu às portas da televisão e muitos programas passaram a incorporar os humoristas de stand-up entre suas atrações. Entre os programas que apostaram no estilo vale destacar o Altas Horas, da Rede Globo, onde o apresentador Serginho Groisman incluiu nomes como Diogo Portugal, Bruno Motta e Mar-celo Mansfield na sua programação.

Outro sucesso da televisão que se apoia no gênero stand-up é o programa CQC, da Rede Ban-deirantes. Absolutamente crítico e irreverente, o programa conta com a participação de Oscar Filho, Rafinha Bastos e Danilo Gentili que, juntamente com o já experiente Marcelo Tas, criaram um estilo muito particular ao aliar humor com jornalismo.

Apesar do sucesso de ambas as formas – no tea-tro e na televisão - o humorista Oscar Filho destaca a especificidade de cada veículo, como ponto de-terminante no processo de criação e também na relação que o artista estabelece com o seu público e com o resultado do seu trabalho.

“Você assistiu ao espetáculo agora, o teatro é as-sim, eu falo aqui e já posso ver a tua reação, esse sorriso que você dá, posso ver se ele é sincero ou não. Se você não gosta eu já vejo. Na televisão tenho que preparar a pauta, conversar com o

produtor, ir até a pessoa, entrevistar, fazer a piada e ver se rola. Aí vai pra edição e já não tem mais a ver comigo, vai para o cara da arte, do som, que preparam a matéria; tem o último corte que vai para o produtor ver a finalização e mostrar para o diretor. Depois segue para a emissora que dá um ok e ainda vem o [Marcelo]Tas que fala antes da matéria entrar no ar. Então, finalmente a matéria entra no ar. O humor no teatro é tempo imediato”, explica.

O humor caiu na rede

Para além da televisão e o teatro, a internet tem sido um importante espaço para a divulgação do standu-up, tornando acessível para um número ex-pressivo de internautas apresentações realizadas por humoristas em diferentes pontos do país. Para Diogo Portugal, a integração da web com o sucesso de alguns artistas na televisão foram fundamentais para alavancar o stand-up entre os diferentes públi-cos, mas também pode significar o risco de uma ba-nalização do gênero. “Acho que isso se deu na inter-net [o sucesso]. Principalmente pelo fato de alguns comediantes de stand-up estarem se sobressaindo na TV e isso termina despertando o interesse; mas me preocupa a coisa do gênero virar moda, corre o risco de ser generalizado”, adverte.

Outro que aponta a rede mundial como respon-sável pelo enorme sucesso que o gênero tem alcan-çado é Bruno Motta: “Aqui no Brasil [o sucesso] está, por algumas coincidências, intimamente ligado à in-ternet e ao YouTube, onde o formato ganhou muita força. O termo ‘comédia stand-up’ virou moda. E tem sido realmente um sucesso”.

CAPA

A internet tem sido um importante espaço para a divulgação do stand-up, tornando acessível para um número expressivo de internautas apresentações realizadas por humoristas em diferentes pontos do país

CAPA

Marcelo Mainsfiled

Marcela Leal

O roteiro do risoO sucesso tem levado os shows de stand-up para

novos espaços em diferentes pontos da cidade e se, inicialmente, lotava bares e teatros em horá-rios alternativos, teoricamente mais difíceis, agora começa conquistar também o horário nobre de importantes espaços culturais.

Atualmente diversos grupos estão com espetácu-los em diferentes teatros e bares da capital, como o Clube da Comédia, o Comédia ao Vivo e o ImproRi-so. Veja algumas das atrações em cartaz na cidade.

ImproRiso Teatro Procópio FerreiraRua Augusta, 2823 Terça- feira, às 21h30Tel.: 11 3083-4475

Clube da Comédia Teatro Shopping Frei CanecaRua Frei Caneca, 569Quinta-feira às 21hTel.: 11 3472-2226

Divina Comédia Memphis Rock Bar Av. dos Imarés, 295 Quinta-feira às 20hTel.: 11 5542-9767

Comédia ao VivoTeatro Renaissance Alameda Santos, 223, Sexta-feira às 23h59 Tel.: 11 3069-2286

Comedians Comedy ClubRua Augusta, 1.129,Quinta-Feira a Domingo, a partir das 18hTel.: 11 2615.1129

Patrick Maia

Rafinha Bastos

Page 15: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 15

Bruno Motta

Oscar Filho

Danilo Gentili

Uma nova geração de talentos

Apontado como precursor do atual formato da co-média stand-up, o gênero do “one man show”, que permite outras abordagens que incluem a interpre-tação de personagens, inclusão de música ao vivo, montagem de cenas específicas e outros recursos, foi introduzido no Brasil ainda nos anos sessenta pelo fantástico humorista José Vasconcelos. O estilo teve ainda como seguidores humoristas do porte de Chico Anysio e Jô Soares, seja em shows ao vivo ou na aber-tura de seus programas na televisão.

Existe hoje no Brasil um grande número de novos e talentosos comediantes exercendo o gênero. Eles se organizam em grupos ou apresentam trabalhos solo, viajando e participando de vários shows. Entre os principais podemos destacar Bruno Motta, Da-nilo Gentili, Diogo Portugal, Rafinha Bastos e Márcio Mansfield, que pode ser apontado como um dos pio-neiros nessa nova geração. “Desde sempre conhecia o formato, mas foram a Marcela Leal e o Rafinha Bas-tos quem me abriram a oportunidade de fazer um show só desse estilo, que foi o Mondo Cane. De lá para cá a coisa explodiu”, conta Mansfield.

Stand-up e televisão

A partir de 2008 o sucesso do gênero bateu às portas da televisão e muitos programas passaram a incorporar os humoristas de stand-up entre suas atrações. Entre os programas que apostaram no estilo vale destacar o Altas Horas, da Rede Globo, onde o apresentador Serginho Groisman incluiu nomes como Diogo Portugal, Bruno Motta e Mar-celo Mansfield na sua programação.

Outro sucesso da televisão que se apoia no gênero stand-up é o programa CQC, da Rede Ban-deirantes. Absolutamente crítico e irreverente, o programa conta com a participação de Oscar Filho, Rafinha Bastos e Danilo Gentili que, juntamente com o já experiente Marcelo Tas, criaram um estilo muito particular ao aliar humor com jornalismo.

Apesar do sucesso de ambas as formas – no tea-tro e na televisão - o humorista Oscar Filho destaca a especificidade de cada veículo, como ponto de-terminante no processo de criação e também na relação que o artista estabelece com o seu público e com o resultado do seu trabalho.

“Você assistiu ao espetáculo agora, o teatro é as-sim, eu falo aqui e já posso ver a tua reação, esse sorriso que você dá, posso ver se ele é sincero ou não. Se você não gosta eu já vejo. Na televisão tenho que preparar a pauta, conversar com o

produtor, ir até a pessoa, entrevistar, fazer a piada e ver se rola. Aí vai pra edição e já não tem mais a ver comigo, vai para o cara da arte, do som, que preparam a matéria; tem o último corte que vai para o produtor ver a finalização e mostrar para o diretor. Depois segue para a emissora que dá um ok e ainda vem o [Marcelo]Tas que fala antes da matéria entrar no ar. Então, finalmente a matéria entra no ar. O humor no teatro é tempo imediato”, explica.

O humor caiu na rede

Para além da televisão e o teatro, a internet tem sido um importante espaço para a divulgação do standu-up, tornando acessível para um número ex-pressivo de internautas apresentações realizadas por humoristas em diferentes pontos do país. Para Diogo Portugal, a integração da web com o sucesso de alguns artistas na televisão foram fundamentais para alavancar o stand-up entre os diferentes públi-cos, mas também pode significar o risco de uma ba-nalização do gênero. “Acho que isso se deu na inter-net [o sucesso]. Principalmente pelo fato de alguns comediantes de stand-up estarem se sobressaindo na TV e isso termina despertando o interesse; mas me preocupa a coisa do gênero virar moda, corre o risco de ser generalizado”, adverte.

Outro que aponta a rede mundial como respon-sável pelo enorme sucesso que o gênero tem alcan-çado é Bruno Motta: “Aqui no Brasil [o sucesso] está, por algumas coincidências, intimamente ligado à in-ternet e ao YouTube, onde o formato ganhou muita força. O termo ‘comédia stand-up’ virou moda. E tem sido realmente um sucesso”.

CAPA

A internet tem sido um importante espaço para a divulgação do stand-up, tornando acessível para um número expressivo de internautas apresentações realizadas por humoristas em diferentes pontos do país

CAPA

Marcelo Mainsfiled

Marcela Leal

O roteiro do risoO sucesso tem levado os shows de stand-up para

novos espaços em diferentes pontos da cidade e se, inicialmente, lotava bares e teatros em horá-rios alternativos, teoricamente mais difíceis, agora começa conquistar também o horário nobre de importantes espaços culturais.

Atualmente diversos grupos estão com espetácu-los em diferentes teatros e bares da capital, como o Clube da Comédia, o Comédia ao Vivo e o ImproRi-so. Veja algumas das atrações em cartaz na cidade.

ImproRiso Teatro Procópio FerreiraRua Augusta, 2823 Terça- feira, às 21h30Tel.: 11 3083-4475

Clube da Comédia Teatro Shopping Frei CanecaRua Frei Caneca, 569Quinta-feira às 21hTel.: 11 3472-2226

Divina Comédia Memphis Rock Bar Av. dos Imarés, 295 Quinta-feira às 20hTel.: 11 5542-9767

Comédia ao VivoTeatro Renaissance Alameda Santos, 223, Sexta-feira às 23h59 Tel.: 11 3069-2286

Comedians Comedy ClubRua Augusta, 1.129,Quinta-Feira a Domingo, a partir das 18hTel.: 11 2615.1129

Patrick Maia

Rafinha Bastos

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16 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Por Waldir Martinscom Colaboração da Assessoria de Comunicação

da Secretaria de Estado da Cultura

Um grande número de atrações para um público estimado de 1,6 milhão de pessoas em 23 cidades

A Virada Paulista leva cultura de qualidade para as cidades do interior

ESPECIAL

“É uma oportunidade de ampliar o raio de ação e de experiências da instituição, proporcionando ambientes que favoreçam a convivência e a apre-ciação crítica e criativa como elementos para o desenvolvimento social do indivíduo”.

Arte, cultura e muita diversidade

A cineasta, atriz e cantora francesa Agnès Jaoui leva aos palcos de Ribeirão Preto e Jundiaí sua in-terpretação, em português e espanhol, de músicas latinas. A diretora do premiado O Gosto dos Outros, Agnès canta clássicos como Olhos nos Olhos, de Chi-co Buarque, entre outros. Para os fãs do pop rock, vale conferir os shows do Superchunk em Mogi das Cruzes e Sorocaba. A banda Pink Martini apresenta um mix de música clássica, jazz e clássicos em Piraci-caba e São José do Rio Preto.

Um dos nomes badalados da nova MPB, Maria Gadú leva seu repertório para Araraquara. Aos 22 anos, sua voz suave arrancou elogios de Caetano Veloso e Mil-ton Nascimento. Na Virada, a cantora apresenta su-cessos do disco Maria Gadú 2009, como Shimbalaiê, A História de Lili Braun entre outros. Outro destaque é a veterana Fafá de Belém, que comemora 35 anos de carreira com o público de Araçatuba.

Jovens artistas têm espaço garantido na pro-gramação da Virada. Estão confirmados shows de Tulipa Ruiz em Araçatuba e São Carlos. Cantora,

compositora e desenhista, Tulipa Ruiz é uma das apostas da MPB moderna assim como o multi-instrumentista Marcelo Jeneci que se apresenta em Araraquara e Indaiatuba. Completam o time Thiago Pethit (Mogi das Cruzes),

Lulina (Santa Bárbara), Luisa Maita (Mogi das Cruzes e Santa Bárbara), Karina Buhr (Santos e São Carlos) e Les Pops (São José dos Campos).

A Virada também aposta nas novas bandas. Apa-nhador Só se apresenta em Marília e São José do Rio Preto; Do Amor tem show marcado para São Carlos; Guizado vai para Jundiaí, Vega em Indaiatuba e Ves-pas Mandarinas em São José do Rio Preto.

Maior evento cultural do interior e li-toral de São Paulo, a Virada Cultural Paulista vai acontecer nos dias 14 e 15

de maio e espera alcançar um público superior a 1,6 milhões de pessoas. Organizada pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com o SESC São Paulo, o evento contará com a participação de importantes representantes da cultura nacional, além de renomados artistas internacionais.

Entre os participantes podemos destacar nomes como Renato Teixeira, Fafá de Belém, Charlie Brown Jr., Arnaldo Antunes, Angra, que irão se apresentar ao lado de revelações como Maria Gadú, Thiago Pethit, Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci, Lulina, Les Pops, Luisa Maita e Karina Buhr. Tam-bém estarão presentes artistas internacionais como a cineasta Agnès Jaoui e as bandas Pink Martini e Superchunk, além de diversos DJs, espe-táculos de circo, dança, teatro e pocket ópera.

Arte e cultura para todosCriada com o propósito de ampliar o acesso à cultu-

ra para todas as camadas da população e, ao mesmo tempo, fortalecer outros centros culturais existentes no Estado além da capital, a Virada Cultural Paulista 2011 terá palcos montados nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Assis, Botucatu, Campinas, Caraguata-tuba, Franca, Indaiatuba, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Mogi-Guaçu, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santa Bárbara d’Oeste, Santos, Santo André, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba.

Segundo o Secretário da Cultura Andrea Matarazzo, a Virada Paulista cumpre ainda com o importante papel de atrair e formar novos públicos para aquelas modalidades de arte e cultura que não contam com tanto espaço na grande mídia. “O programa cumpre a sua missão de levar cultura de qualidade para cidades do interior e litoral do Estado. A Virada Cultural Pau-lista cresce a cada ano, leva pessoas às ruas e auxilia na formação de público em São Paulo”, afirma.

Ampliar o raio de ação

Além de apostar na música como um dos carros chefes para mobilizar os expectadores nas dife-rentes cidades, a Virada contará com uma intensa programação de espetáculos de teatro, com a apre-sentação de peças como Análise Comportamental e Crítica da Música Eduardo e Mônica, com direção

de Fernanda D’Umbra em Assis; Assembléia dos Bichos, da Bendita Trupe em

Botucatu; Bichos do Brasil, com Pia Fraus em Franca; e espetáculos de dança, inter-venções urbanas, stand-up comedy, circo, cinema, arte de

rua e música erudita.

Parceiro fundamental do evento, o SESC São Paulo está abrindo suas unidades nas diferentes

cidades do Interior e litoral, para a realização de uma rica e variada programação. Para o diretor re-gional da instituição, Danilo Santos de Miranda, o envolvimento do SESC/SP na Virada Cultural Pau-lista segue a vocação natural da instituição de trabalhar pelo fortalecimento da arte e cultura.

Em sua quinta edição, o evento aposta na qualidade e diversidade

para levar o melhor da música, teatro, dança, ópera e circo para cidades do

interior e do litoral do Estado

O desafio de ampliar o

acesso à cultura

Um evento capaz de

formar novos públicos

Page 17: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 17

Por Waldir Martinscom Colaboração da Assessoria de Comunicação

da Secretaria de Estado da Cultura

Um grande número de atrações para um público estimado de 1,6 milhão de pessoas em 23 cidades

A Virada Paulista leva cultura de qualidade para as cidades do interior

ESPECIAL

“É uma oportunidade de ampliar o raio de ação e de experiências da instituição, proporcionando ambientes que favoreçam a convivência e a apre-ciação crítica e criativa como elementos para o desenvolvimento social do indivíduo”.

Arte, cultura e muita diversidade

A cineasta, atriz e cantora francesa Agnès Jaoui leva aos palcos de Ribeirão Preto e Jundiaí sua in-terpretação, em português e espanhol, de músicas latinas. A diretora do premiado O Gosto dos Outros, Agnès canta clássicos como Olhos nos Olhos, de Chi-co Buarque, entre outros. Para os fãs do pop rock, vale conferir os shows do Superchunk em Mogi das Cruzes e Sorocaba. A banda Pink Martini apresenta um mix de música clássica, jazz e clássicos em Piraci-caba e São José do Rio Preto.

Um dos nomes badalados da nova MPB, Maria Gadú leva seu repertório para Araraquara. Aos 22 anos, sua voz suave arrancou elogios de Caetano Veloso e Mil-ton Nascimento. Na Virada, a cantora apresenta su-cessos do disco Maria Gadú 2009, como Shimbalaiê, A História de Lili Braun entre outros. Outro destaque é a veterana Fafá de Belém, que comemora 35 anos de carreira com o público de Araçatuba.

Jovens artistas têm espaço garantido na pro-gramação da Virada. Estão confirmados shows de Tulipa Ruiz em Araçatuba e São Carlos. Cantora,

compositora e desenhista, Tulipa Ruiz é uma das apostas da MPB moderna assim como o multi-instrumentista Marcelo Jeneci que se apresenta em Araraquara e Indaiatuba. Completam o time Thiago Pethit (Mogi das Cruzes),

Lulina (Santa Bárbara), Luisa Maita (Mogi das Cruzes e Santa Bárbara), Karina Buhr (Santos e São Carlos) e Les Pops (São José dos Campos).

A Virada também aposta nas novas bandas. Apa-nhador Só se apresenta em Marília e São José do Rio Preto; Do Amor tem show marcado para São Carlos; Guizado vai para Jundiaí, Vega em Indaiatuba e Ves-pas Mandarinas em São José do Rio Preto.

Maior evento cultural do interior e li-toral de São Paulo, a Virada Cultural Paulista vai acontecer nos dias 14 e 15

de maio e espera alcançar um público superior a 1,6 milhões de pessoas. Organizada pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com o SESC São Paulo, o evento contará com a participação de importantes representantes da cultura nacional, além de renomados artistas internacionais.

Entre os participantes podemos destacar nomes como Renato Teixeira, Fafá de Belém, Charlie Brown Jr., Arnaldo Antunes, Angra, que irão se apresentar ao lado de revelações como Maria Gadú, Thiago Pethit, Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci, Lulina, Les Pops, Luisa Maita e Karina Buhr. Tam-bém estarão presentes artistas internacionais como a cineasta Agnès Jaoui e as bandas Pink Martini e Superchunk, além de diversos DJs, espe-táculos de circo, dança, teatro e pocket ópera.

Arte e cultura para todosCriada com o propósito de ampliar o acesso à cultu-

ra para todas as camadas da população e, ao mesmo tempo, fortalecer outros centros culturais existentes no Estado além da capital, a Virada Cultural Paulista 2011 terá palcos montados nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Assis, Botucatu, Campinas, Caraguata-tuba, Franca, Indaiatuba, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Mogi-Guaçu, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santa Bárbara d’Oeste, Santos, Santo André, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba.

Segundo o Secretário da Cultura Andrea Matarazzo, a Virada Paulista cumpre ainda com o importante papel de atrair e formar novos públicos para aquelas modalidades de arte e cultura que não contam com tanto espaço na grande mídia. “O programa cumpre a sua missão de levar cultura de qualidade para cidades do interior e litoral do Estado. A Virada Cultural Pau-lista cresce a cada ano, leva pessoas às ruas e auxilia na formação de público em São Paulo”, afirma.

Ampliar o raio de ação

Além de apostar na música como um dos carros chefes para mobilizar os expectadores nas dife-rentes cidades, a Virada contará com uma intensa programação de espetáculos de teatro, com a apre-sentação de peças como Análise Comportamental e Crítica da Música Eduardo e Mônica, com direção de Fernanda D’Umbra em Assis; Assembléia dos

Bichos, da Bendita Trupe em Botucatu; Bichos do Brasil, com Pia Fraus em Franca; e espetáculos de dança, inter-venções urbanas, stand-up comedy, circo, cinema, arte de

rua e música erudita.

Parceiro fundamental do evento, o SESC São Paulo está abrindo suas unidades nas diferentes

cidades do Interior e litoral, para a realização de uma rica e variada programação. Para o diretor re-gional da instituição, Danilo Santos de Miranda, o envolvimento do SESC/SP na Virada Cultural Pau-lista segue a vocação natural da instituição de trabalhar pelo fortalecimento da arte e cultura.

Em sua quinta edição, o evento aposta na qualidade e diversidade

para levar o melhor da música, teatro, dança, ópera e circo para cidades do

interior e do litoral do Estado

O desafio de ampliar o

acesso à cultura

Um evento capaz de

formar novos públicos

Page 18: Revista TAXICULTURA 3

18 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Stand up e dança

Sucesso garantido na programação, ar-tistas e grupos de stand-up comedy têm apresentações marcadas para as 2h30. Nany People apresenta-se em Piracicaba. Em Ara-raquara, vale à pena conferir a apresentação de Marcelo Mansfield. Ângela Dip sobe ao palco de Araraquara.

Dentre os espetáculos de dança, a São Paulo Companhia de Dança leva suas sapa-tilhas para Santos; o Ballet Stagium dança nos palcos de Santa Bárbara e Santo André. Já o Cisne Negro marca presença em São Carlos e São José do Rio Preto.

Depoimentos

João Barone é músico da Banda Paralamas do Sucesso

A expectativa de participar da Virada Cul-tural Paulista é sempre maior a cada edição. Pois se trata de uma injeção de ânimo na cena cultural não só do estado de São Paulo, mas do Brasil como um todo.

Já se vão vários anos desde a primeira edição e fica a noção clara de que o público quer esse tipo de evento, que junta gente consagrada e gente que está despontando.

Thiago Pethit é compositor e músico

O interessante da Virada é justamente o fato de ser um grande evento único, capaz de mobi-lizar a cidade toda, interferir na ‘virada’ de um dia para outro, com milhares de opções cul-turais. É um grande encontro do público frente ao que se vem produzindo culturalmente.

Karina Bhur é cantora e representa a nova música pernambucana

É muito importante por ter uma programa-ção bem diversificada. Show pra todo mun-do, de mpb a rock and roll e o que mais tiver por aí. Uma das coisas que mais gosto é da programação intensa de shows no meio da rua. Vivo isso sempre em Recife e participar disso na Virada Paulista é muito especial.

ESPECIAL

Uma oportunidade para promover a apreciação crítica e criativa

Além de nomes consagrados a Virada também aposta em novos talentos

Conheça a programaçãowww.cultura.sp.gov.br www.viradaculturalpaulista.sp.gov.br

Acompanhe as informações da Virada Cultural Paulista nos twitters:www.twitter.com/viradasp www.twitter.com/culturasp

E no Facebook:www.facebook.com/culturasp

Page 19: Revista TAXICULTURA 3

Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 19

Stand up e dança

Sucesso garantido na programação, ar-tistas e grupos de stand-up comedy têm apresentações marcadas para as 2h30. Nany People apresenta-se em Piracicaba. Em Ara-raquara, vale à pena conferir a apresentação de Marcelo Mansfield. Ângela Dip sobe ao palco de Araraquara.

Dentre os espetáculos de dança, a São Paulo Companhia de Dança leva suas sapa-tilhas para Santos; o Ballet Stagium dança nos palcos de Santa Bárbara e Santo André. Já o Cisne Negro marca presença em São Carlos e São José do Rio Preto.

Depoimentos

João Barone é músico da Banda Paralamas do Sucesso

A expectativa de participar da Virada Cul-tural Paulista é sempre maior a cada edição. Pois se trata de uma injeção de ânimo na cena cultural não só do estado de São Paulo, mas do Brasil como um todo.

Já se vão vários anos desde a primeira edição e fica a noção clara de que o público quer esse tipo de evento, que junta gente consagrada e gente que está despontando.

Thiago Pethit é compositor e músico

O interessante da Virada é justamente o fato de ser um grande evento único, capaz de mobi-lizar a cidade toda, interferir na ‘virada’ de um dia para outro, com milhares de opções cul-turais. É um grande encontro do público frente ao que se vem produzindo culturalmente.

Karina Bhur é cantora e representa a nova música pernambucana

É muito importante por ter uma programa-ção bem diversificada. Show pra todo mun-do, de mpb a rock and roll e o que mais tiver por aí. Uma das coisas que mais gosto é da programação intensa de shows no meio da rua. Vivo isso sempre em Recife e participar disso na Virada Paulista é muito especial.

ESPECIAL

Uma oportunidade para promover a apreciação crítica e criativa

Além de nomes consagrados a Virada também aposta em novos talentos

Conheça a programaçãowww.cultura.sp.gov.br www.viradaculturalpaulista.sp.gov.br

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AGENDAMaio

Um porto para Elizabeth Bishop Após repercutir internacionalmente, Regina Braga interpreta a escritora americana Elizabeth Bishop em comemoração ao centenário de uma das mais importantes poetas americanas do século 20, e sua relação com o Brasil, onde viveu por 15 anos. Um passeio turístico pelo país a fez desem-barcar em uma aventura pessoal com Lota Macedo Soares aos 40 anos, o qual repercutiu inspirações á seus mais diversos trabalhos na época.Teatro Eva Herz – Av. Paulista, 2073 - ConsolaçãoSextas e sábados às 21h e domingos às 19h - Até 26 de junhoPreços: R$ 40,00 (sexta) e R$ 50,00 (sábado e domingo).Classificação 14 anosFone: (11) 3170-4059Informações: www.teatroevaherz.com.br - www.ingresso.com.brescolas públicas: (11) 3321-4400 | Acesso para pessoas com necessidades especiais | Entrada: franca |

Nara Leão Em lembrança a eterna musa da Bossa Nova, o qual abriu caminho para

nomes da MPB como Chico Buarque, Martinho da Vila, Edu Lobo, Paulinho da Viola e Fagner, entre outros faz uma sin-cronia entre a personalidade da cantora e sua importância na história da música brasileira. A atriz e roteirista da peça, Fernanda Couto, remonta toda sua trajetória, desde os encontros no apartamento de seu pai quando criança ás suas histórias mais pessoais.Teatro Jaraguá - R. Martins Fontes, nº 71 (Novotel Jaraguá) Sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 19hPreço: R$ 40 (sexta e domingo) e R$ 50 (sábado). Informações: www.teatrojaragua.com.brFone: (11) 3255-4380Até 24 de junho

Os SaltimbancosUm jumento, um cachorro, uma galinha e uma

gata – esses são os protagonistas desse espe-táculo, adaptado do original de Chico Buarque. Cansados dos abusos de seus donos, os quatro

animais se unem e partem para a cidade a fim de realizar o sonho de tornarem-se grandes músicos.

Horário: Sábados e domingos, às 16hLocal: Teatro Folha

End.: Avenida Higienópolis, 618 – Shopping Pátio Higienópolis – Zona Oeste – São Paulo

Preço: R$30 (meia-entrada para estudantes e idosos)

Até 26 de junhowww.conteudoteatral.com.br/teatrofolha

Os olhos verdes do ciúme Inspirada nas cartas de D. Pedro II à Condessa de Bar-ral, descobertas em 1950, a peça, estrelada por Suzy

Rego, Adriano Cobianchi, Fernanda Sanches e Rodrigo Fabbro, já foi montada anteriormente em 2001,

e volta agora para repetir o sucesso. O espetáculo começa com o dia da morte do impera-

dor, e se desenvolve com divertida mistura de fatos políticos com desventuras amorosas de personagens

da narrativa.

Os Olhos Verdes do CiúmeHorário: sexta às 21h30, sábados às 21h e domingos às 18h – Até 29 de MaioLocal: Teatro Augusta End.: Rua Augusta, 943 Centro – São PauloPreço: de R$50 a R$60 ou de R$ 25 à R$ 30 (meia-entrada) Tel.: (11) 3151-4141 http://www.teatroaugusta.com.br/

A vida que eu pedi, Adeus Em tempo real de crises globais, o casal Armando (Ailton Graça) e Eurídes (Vera Mancini) decidem usufruir da criatividade para diver-sificar os “negócios”. Para isso eles utilizam de brilhantes idéias e al-gumas “pilantragens” para faturar uma graninha extra e levar vanta-gem em tudo como sempre. Só que desta vez nada sai como planejado e a vida que eles pediram, adeus.Teatro Gazeta – Av. Paulista, 900Sexta às 21h, Sábado às 20h e Do-mingo às 18h - Até 14 de agostoPreços variam de R$30,00 (meia) á R$70,00Classificação 12 anosFone: (11) 3253-4102Info: www.teatrogazeta.com.br

12ª Festa do Divino Espírito Santo Uma antiga tradição luso-brasileira do catolicismo popular promove um intercâmbio cultural entre a cidade de São Paulo e São Luis do Maranhão entre os dias 7 e 28 de maio. A festa é considerada uma das mais importantes manifestações culturais e religiosas do estado, mobilizando todo ano milhares de devotos.O grupo é conduzido por mulheres, conhecidas como caixeiras do Divino, elas cantam e tocam tambores durante a celebração. Espaço Cachuera! Rua Monte Alegre, 1.094 - Perdizes Atividades gratuitas no local Fone: (11) 3872 8113 - www.cachuera.org.brDe 7 a 28 de Maio

O Mundo Mágico de Escher A mostra reúne 95 obras de diferentes téc-nicas do artista gráfico, Maurits Cornelis Es-cher, como gravuras, desenhos e fac-smiles, além de espaços interativos que estimulam a percepção de dimensões diferentes, o que caracterizou suas obras. Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Álvares Penteado, 112 - CentroTerça a domingo, das 10h às 20hEntrada Franca - Contato: (11) 3113-365119 de abril a 17 de julho

Zeca Pagodinho Vindo das rodas de samba do Rio de Janeiro, Zeca Pagodinho, apresenta em seu 22º título, temas mais românticos para o seu repertório da tuor “Vida da Minha Vida”. Além de apre-sentar músicas que perpetuam no imaginário brasileiro, como “Deixa a Vida Me Levar” e “Quem é Ela”, em representação ao samba

boêmio da melhor qualidade.Credicard Hall - Av. das Nações Unidas,

17.955 - Santo AmaroHorário: 22hPreço: de R$70 a R$200Fone: (11) 4004-3100 Ingressos: www.credicardhall.com.br

Dias 27 e 28 de maio

AGENDAMAIO

Urban Music um festival de cultura

urbana

New York, New York Pela primeira vez no mundo, o musical, adaptado para o cinema com maestria

por Martin Scorsese, será adaptado em versão teatral. Com humor refinado,

o texto original de Mac Rauch conta a história de amor entre a cantora Francine

Evans (protagonizada por Alessandra Maestrini) e o saxofonista John Boyle

(Juan Alba), em cenário da América pós-guerra. A montagem conta com direção

de José Possi Neto e participações especiais de Simone Gutierrez e Julianne Daud.

Em parceria com o município de Sainte-Croix, na Suíça, a exposição mostra ao público como as cidades necessitam da mecânica para o seu desenvolvimento. Estruturada em três núcleos temáticos: História, Música e Autômatos, os espaços contam a história de progresso da região juntamente á utilização das máquinas.

Exposição “A Arte na Mecânica do Movimento”

Horários: quintas 21h, sextas 21h30, sábados 21h; domingos 19hPreço: R$ 20 a R$ 170Local: Teatro BradescoEndereço: Rua Turiassu, 2100 Piso Perdizes do Bourbon Shopping São Paulo Até 3 de julhoTel. (11) 3670-4110 www.ingressorapido.com.br

Galeria de Arte do Sesi – Av. Paulista, 1313 – Bela VistaSegunda-feira das 11h às 20h; terça a sábado, das 10h às 20h; e domingo das 10h ás 19hEntrada Franca Fone: (11) 3146-7405 http://www.sesisp.org.br19 de abril a 26 de junho

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Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 21

12ª Festa do Divino Espírito Santo Uma antiga tradição luso-brasileira do catolicismo popular promove um intercâmbio cultural entre a cidade de São Paulo e São Luis do Maranhão entre os dias 7 e 28 de maio. A festa é considerada uma das mais importantes manifestações culturais e religiosas do estado, mobilizando todo ano milhares de devotos.O grupo é conduzido por mulheres, conhecidas como caixeiras do Divino, elas cantam e tocam tambores durante a celebração. Espaço Cachuera! Rua Monte Alegre, 1.094 - Perdizes Atividades gratuitas no local Fone: (11) 3872 8113 - www.cachuera.org.brDe 7 a 28 de Maio

O Mundo Mágico de Escher A mostra reúne 95 obras de diferentes téc-nicas do artista gráfico, Maurits Cornelis Es-cher, como gravuras, desenhos e fac-smiles, além de espaços interativos que estimulam a percepção de dimensões diferentes, o que caracterizou suas obras. Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Álvares Penteado, 112 - CentroTerça a domingo, das 10h às 20hEntrada Franca - Contato: (11) 3113-365119 de abril a 17 de julho

Zeca Pagodinho Vindo das rodas de samba do Rio de Janeiro, Zeca Pagodinho, apresenta em seu 22º título, temas mais românticos para o seu repertório da tuor “Vida da Minha Vida”. Além de apre-sentar músicas que perpetuam no imaginário brasileiro, como “Deixa a Vida Me Levar” e “Quem é Ela”, em representação ao samba

boêmio da melhor qualidade.Credicard Hall - Av. das Nações Unidas,

17.955 - Santo AmaroHorário: 22hPreço: de R$70 a R$200Fone: (11) 4004-3100 Ingressos: www.credicardhall.com.br

Dias 27 e 28 de maio

AGENDAMAIO

Urban Music um festival de cultura

urbana

New York, New York Pela primeira vez no mundo, o musical, adaptado para o cinema com maestria

por Martin Scorsese, será adaptado em versão teatral. Com humor refinado,

o texto original de Mac Rauch conta a história de amor entre a cantora Francine

Evans (protagonizada por Alessandra Maestrini) e o saxofonista John Boyle

(Juan Alba), em cenário da América pós-guerra. A montagem conta com direção

de José Possi Neto e participações especiais de Simone Gutierrez e Julianne Daud.

Em parceria com o município de Sainte-Croix, na Suíça, a exposição mostra ao público como as cidades necessitam da mecânica para o seu desenvolvimento. Estruturada em três núcleos temáticos: História, Música e Autômatos, os espaços contam a história de progresso da região juntamente á utilização das máquinas.

Exposição “A Arte na Mecânica do Movimento”

Horários: quintas 21h, sextas 21h30, sábados 21h; domingos 19hPreço: R$ 20 a R$ 170Local: Teatro BradescoEndereço: Rua Turiassu, 2100 Piso Perdizes do Bourbon Shopping São Paulo Até 3 de julhoTel. (11) 3670-4110 www.ingressorapido.com.br

Galeria de Arte do Sesi – Av. Paulista, 1313 – Bela VistaSegunda-feira das 11h às 20h; terça a sábado, das 10h às 20h; e domingo das 10h ás 19hEntrada Franca Fone: (11) 3146-7405 http://www.sesisp.org.br19 de abril a 26 de junho

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22 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

AGENDA EVENTOSmaio...

Os SaltimbancosUm jumento, um cachorro, uma

galinha e uma gata – esses são os protagonistas desse espe-

táculo, adaptado do original de Chico Buarque.

Pela primeira vez no mundo, o musical,adaptado para o ci-nema com maestriapor Martin Scorsese,

será adaptado emversão teatral.

Exposição de Roberto Carlos em “O Artista e seu público” A mostra reúne fotografias dos mais diversos momentos do Rei, com mais de 40 fotos e uma pintura de 1976, restaurada por Maria Helena Char-tuni. Além de contar sua trajetória artística desde o início da jovem Guarda até os dias de hoje, após 50 anos de carreira.Galeria de Arte do Sesi Av. Paulista, 1313 – Bela VistaSegunda-feira das 11h às 20h; terça a sábado, das 10h às 20h; e domingo das 10h ás 19hEntrada Franca Fone: (11) 3146-7405 http://www.sesisp.org.br/19 de abril a 26 de junho

Urban Music Festival: Festival de cultura urbana O Urban é o primeiro festival dedicado á cultura urbana, que une a música nacional e internacional ao art street, grafite, stencial art e esportes radicais num único lugar. São mais de 12 horas de atrações divididos em Urban Day e Urban Night. Dentre as atrações confirmadas esta a estrela do soul Cee Lo Green e John Legend, juntamente com The Roots. Além da presença nacional de Emicida, representando o rap nacional.Arena Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1.209Preço: de R$100 a R$600Classificação 16 anosInfos: www.urbanmusicfestival.com.br29 de Maio

A essência e a história dos aromas Uma exposição que, literalmente, cheira bem. Onde os visitantes têm a oportuni-dade de conhecer mais sobre a história das fragrâncias que os acompanham desde sempre, através de um acervo rico em imagens, cores, sons e aromas. Com relíquias de perfumaria, a mostra vai explicar boa parte dos cinco mil anos de existência dos perfumes, sua relação com a moda e também todos tipos de curiosidades.Espaço Perfume Arte + História – Rua Dr. Emílio Ribas, 110 – PerdizesEntrada FrancaTerça a sábado (exceto quinta) das 10h às 18h; quinta das 10h às 20h; domingo das 12h às 18h (Chegar 40 minutos antes do enceramento)Em cartaz por tempo indeterminado

Village People O maior fenômeno da era disco dos anos 80 desembarca em São Paulo, em única apresentação para relembrar os hits consagrados da “dance music”, como “YMCA”, “Macho Man”, e “San Francisco”.O diferencial da banda sempre foram as coreografias marcantes e suas caracter-izações, que se mantêm á 34 anos com o Índio Felipe Rose, o soldado Alex Briley, o construtor David Rodo, o policial Ray Sampson, o cowboy Jeff Olson e o mo-tociclista Eric Anzalone.HSBC Brasil Rua Bragança Paulista, 1281 Chácara Santo AntonioHorário 22hPreços de R$80 a R$250 Ingressos: www.ingressorapido.com.br www.hsbcbrasil.com.brDia 27 de Maio

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EVENTOS

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26 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Descubra como fugir do óbvio e garanta momentos de verdadeiro prazer gastronômi-co com um ingrediente absolutamente trivial: o nosso bom e velho arroz

As delícias de um bom risoto

Graças à facilidade no seu preparo e incorpora-ção a outros sabores, o arroz pode ser usado como componente em uma infinidade de pratos, de sopas a doces; como acompanhamento para carnes e peix-es, ou ainda em pratos em que aparece como ingre- diente principal.

Por ter um baixo custo de consumo e ser muito versátil e nutritivo, o arroz, em todas as suas varie-dades, é base alimentar de diversas culinárias ao re-dor do planeta e, portanto, um dos alimentos mais produzidos em diversos países.

Mangia che te fa bene!A Itália é o maior produtor de arroz na Europa, muito

embora sua população não seja uma grande consumi-dora do grão – um italiano come em média 8,5 kg de arroz por ano, enquanto um brasileiro chega a 58 kg. Apesar do baixo consumo, foi na Itália que teve ori-gem um dos melhores usos do arroz na culinária: o risoto, que levou o país a desenvolver mais o cultivo das variedades arbóreo e carnaroli, mais adequados para o preparo do prato.

Há várias lendas revolvendo a criação do risoto, mas a ideia central é de que ele surgiu durante a construção da Catedral de Milão no início do século XVI de forma acidental: o açafrão, que era muito uti-lizado para colorir os vitrais, acabou sendo misturado no arroz que seria servido aos trabalhadores na obra.

O resultado foi uma coloração amarela e um sabor muito diferenciado, que agradou a todos e hoje é co-nhecido como Risotto alla Milanese.

De maneira geral, a elaboração do prato é bastante simples por manter uma base fixa; a variedade de cada receita se dá pela adição dos diferentes ingredientes que irão incrementar o aroma e sabor.

Um risoto DuccaO restaurante Donna Ducca, comandado pelo chef

Francisco Andrade, 30, tem em seu menu um risoto de frutos do mar para italiano nenhum botar defeito. A re-ceita, de elaboração bastante simples, mistura arroz ar-bóreo com camarão, lula, marisco, vôngole e polvo, re-gados com um bom vinho branco e azeite, e encanta os paladares mais exigentes de verdadeiros apreciadores da culinária italiana.

Para o chef, a maior dificuldade em servir o prato é garantir a cremosidade, textura adequada dos grãos – que ao serem cozidos devem estar “al dente” - e uma boa apresentação. “O segredo de um bom risoto é ir adicionando o caldo aos poucos, e deixando o grão ir absorvendo o líquido. Colocar de uma vez acaba empa-pando o risoto”, alerta.

Para a apresentação, que deve ser impecável, conta os imponentes camarões pistola que compõem o prato e são colocados sobre o risoto, a fim de aguçar ainda mais o paladar através da visão.

SÃO PAULOUM MUNDO TODO Por Fernanda Grandino

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Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 27

O chef Alexandre Romano, do restaurante Aguzzo, aposta na combinação de sabores para conquistar o paladar mais exigente

Risotto di zucchini, shitake e carciofi é uma das sensações do restaurante Aguzzo

diferenciada e contou com a textura e o sabor

do risoto de aspargos, para combinar com uma

truta grelhada ao limone, como uma alternati-

va às carnes vermelhas tradicionalmente servi-

das na casa. O casamento entre a cremosidade

do risoto e o sabor cítrico do molho do peixe

resulta na combinação perfeita para o paladar.

O acompanhamento perfeitoHá um ditado italiano que diz que “o arroz

nasce na água, mas morre no vinho”. Sendo assim, uma boa taça de vinho é sempre a me-lhor pedida para acompanhar a refeição.

Para realizar um acompanhamento per-feito, tanto o chef Francisco Andrade, do Donna Ducca, quanto Fábio Alves de Lima, do Parrilla Ladrillo, apostam nas notas de espe-ciarias, como o pimentão vermelho, e frutas vermelhas do Pinot Noir Montgras, para com-binar com o sabor de seus pratos. Trata-se de um vinho de origem chilena, equilibrado, que apresenta taninos maduros e um final longo.

Já para acompanhar o prato do Aguzzo, chef Alexandre Romano sugere o vinho Trebbiano d´Abruzzo (Itália) das safras de 2007/2009. Não é muito aromático e contém notas cítricas e certa neutralidade no sabor. Bastante delicado, traz no paladar referências de amên-doas e azeitonas verdes, sendo refrescante e seco na boca.

Mistura de sabores marcantes

Uma outra opção é o risoto servido pelo chef Alexandre Romano, 39, no restaurante Aguzzo. Com bastante experiên-cia em culinária italiana, Romano aposta na composição do arroz com caldo de legumes, abobrinha, shitake, alcachofra, parmesão e manteiga para agradar o paladar dos clientes herdeiros dos costumes dos imigrantes italianos.

“A mistura de sabores é muito importante para o sucesso do risoto. Por isso, os legumes, que têm sabores marcantes, são realçados pelo caldo. A mistura de texturas diferentes proporcionada pela maciez dos legumes, a cremosidade gerada pela liberação do amido do arroz com o caldo que é adicionado aos poucos e a consistência do arroz “al dente” conferem ao risoto a característica de imprevisibilidade a cada garfada”, enfatiza Romano.

Por se tratar de ingredientes muito delicados, o chef chama a atenção principalmente ao cuidado de manter o ponto certo de cozimento dos legumes, que é outro grande diferencial, também na hora de finalizar o prato. “A apre-sentação é a clássica dos risotos, valorizada pelo colorido dos ingredientes. Sempre com bastante cuidado no serviço para garantir que seja servido quente, sem estar muito seco nem com muita umidade, e tomando cuidado com a quanti-dade de parmesão, que pode matar o sabor do prato”.

Um prato multicultural

A popularidade do risoto é tão grande que não é exclusi-vidade de restaurantes italianos. O Parrilla Ladrillo, um res-taurante especializado em carnes importadas da Argentina, também apostou no desenvolvimento do tradicional prato. O chef Fábio Alves de Lima, 29, decidiu criar uma receita

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

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28 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Com uma geografia bastante peculiar, a cidade de Brotas apresenta umanatural vocação para a prática de diferentes modalidades de esportes radicais

Uma combinação perfeita entre a vida simples do

campo e um mer-gulho na natureza

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Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 29

Jurema Oliveira

Rafting, boiacross, canoagem, arvorismo, cavalgada, pesca esportiva, escalada, rapel, cachoeirismo: escolha a atividade que mais lhe interessa e venha praticar em Brotas

Brotas A Capital do Turismo de Aventura

Distante apenas 242 km da capital paulista, a cidade de Brotas está inserida em uma das mais desen-volvidas e estruturadas regiões do país. Sua geogra-

fia privilegiada e o forte trabalho realizado na preservação de suas reservas naturais também têm colocado a cidade como um dos mais procurados e movimentados destinos de turismo ecológico e de aventura.

Além de contar com uma grande parcela de mata na-tiva, formada principalmente por cerrado e mata atlântica, guarda uma considerável biodiversidade animal e vegetal e um enorme manancial hídrico, associado às bacias dos Rios Piracicaba, Baixo Tietê e Paranapanema, que atraves-sa a Área de Preservação Ambiental de Corumbataí, Botu-catu e Tejupá.

Vocação para esportes radicaisSuas nascentes localizadas em áreas de relevo aciden-

tado - as chamadas cuestas basálticas (formações de rele-vo tabular, com escarpas íngremes que limitam um topo plano de terras de maiores altitudes que se contrapõem a terras mais baixas e de vertentes suaves) - confirmam a natural vocação que toda a região apresenta para a prática de diferentes modalidades de esportes radicais. Além dis-so, o visitante pode mergulhar e desfrutar de dezenas de diferentes cachoeiras.

Essas condições peculiares fazem de Brotas uma das poucas cidades brasileiras que ainda conciliam aquele tradicional ambiente da vida rural - focado de forma pre-dominante na agricultura e agropecuária – com atrações onde a natureza se revela com toda sua força e esplendor. Essa grande variedade de recursos naturais, aliada ao in-cremento de produtos e serviços turísticos, termina por consolidar a região como uma referência nacional para quem busca uma combinação perfeita entre a vida simples do campo, aventura e mergulho na natureza.

BANDEIRA

LIVREPor Waldir Martins

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30 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

O rio Jacaré-PepiraUm dos poucos rios ainda não poluídos do Estado de São

Paulo, o Jacaré-Pepira literalmente cruza a cidade de Brotas e se caracteriza como uma das suas principais atrações, for-mando várias quedas e corredeiras no charmoso “Parque dos Saltos”. Com sua nascente localizada no alto da Serra de Ita-queri, a 960m de altitude, o Jacaré-Pepira deságua no rio Tie-tê, no município de Ibitinga, após um percurso de 174km.

Vale notar a diferença de mais de 500 metros de altura entre a nascente e a foz do rio, responsável pela formação do grande número de corredeiras, várzeas exuberantes e in-críveis quedas d’água existentes por toda região.

O rio tem uma única interrupção no seu curso, que ocorre após o percurso inicial de 16 km, onde se encontra artificial-mente represado por uma barragem de 10m, a chamada Usina do Jacaré. Depois de contribuir com a iluminação da ci-dade nos anos 40 e 50, foi desativada na década de 70. No ano de 1996, foi doada pela Companhia de Energia de São Paulo - CESP para a Fundação do Patrimônio Histórico das Ener- gias de São Paulo – FPHESP.

O turismo como forma de preservar

A condição privilegiada do Jacaré-Pepira é fruto do esforço e compromisso que a comunidade de Brotas sempre teve com o rio. Com uma população um pouco superior a 21 mil habitantes

BANDEIRA

LIVRE

(IBGE; 2010) e economia predominantemente agrícola, Brotas encontrou no turismo e na preservação ambiental duas importantes ferramentas econômicas para viabilizar uma situação de desenvolvimento sustentável.

Já no início dos anos 90, a Organização Não Governa-mental Movimento Rio Vivo iniciou um importante tra-balho para combater a instalação de indústrias poluido-ras no município.

De olho no futuro, no ano de 1994 era criada a primeira agência de turismo de Brotas, que operava passeios de boiacross e trilhas, permitindo o acesso às diversas ca-choeiras da região. Apenas dois anos depois, os pacotes turísticos para a cidade já incluíam passeios de Rafting pelo rio Jacaré. Hoje, a cidade conta com um total de onze agências e operadoras de turismo que, em parceria com o governo municipal, juntamente com hotéis e sítios turísticos, continuam apostando e investindo na profis-sionalização do turismo sustentável.

Trabalhando dentro deste espírito preservacionista, Brotas foi a primeira cidade do Brasil a criar uma lei de turismo e terminou por inspirar o Ministério do Turismo e a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura - ABETA a criarem o Programa Aven-tura Segura, destinado a normatizar as práticas do turis-mo de aventura e ecoturismo.

Cultura e gastronomiaEmbora os atrativos naturais sejam o grande diferen-

cial de Brotas, a cidade possui monumentos históricos que estão, em sua totalidade, ligados ao período em que a cidade foi um dos grandes centros produtores de café do Estado. Na zona rural encontram-se sedes de fazendas do final do século XIX preservadas, e a cidade conta com casarões antigos com expressiva arquitetura da época.

A cultura popular está contida na típica rotina interio-rana. A gastronomia tem como destaque a culinária caipi-ra, cujo principal atrativo é o fogão a lenha, utilizado até hoje por grande parcela da população rural.

O artesanato conta com produtos como bordados, tra-balhos em bambu e alimentos, entre os quais se desta-cam os doces caseiros, licores, queijo, mel, cachaças arte-sanais e muitos outros.

O centro do Universo Outra atração da cidade é a inusitada Fundação

CEU - Centro de Estudos do Universo, onde o visitante pode realizar a observação de planetas e nebulosas pelos telescópios, e conhecer os segredos do universo através de um planetário, além de vivenciar explora-ções arqueológicas.

O Museu do Calhambeque – com seu acervo de car-ros antigos, formado por Fordinhos e Baratinhas, além de peças, ferramentas e utensílios de época – e o Cine São José completam o roteiro cultural do centro da cidade.

Brotas foi a primeira cidade do Brasil a criar uma lei de turismo e terminou por inspirar a normatização das práticas do turismode aventura e ecotu-rismo em todo país

Divu

lgaç

ão

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Maio | REVISTA TÁXI CULTURA 31

Divu

lgaç

ãoO encanto das cachoeiras

Localizadas em fazendas particulares - boa parte delas oriundas dos tempos áureos do café, que pre-dominou durante muitos anos na região - e abertas ao público mediante pagamento de uma taxa de visitação, as cachoeiras são os principais atrativos para os visitantes.

Estruturadas em sítios turísticos, os novos cen-tros combinam a magia e nostalgia das antigas fa-zendas, com uma completa estrutura de lazer, com lanchonete, restaurante, vestiários, piscina, área para churrasco dentre outros, ideal para se passar o dia com a família.

Principais sítios turísticos

Alaya – Centro de Aventura

Sítio com Licença Turística Ambiental localizado a 4km do centro de Brotas; conta com uma pisci-na natural de 2500m², conhecida como Praia do Poção, e uma praia fluvial do Rio Jacaré-Pepira.

Areia que canta - Corredeira do Ribeirão Tamanduá

Sítio com Licença Turística Ambiental, apresenta uma bela e rara nascente do famoso aquífero Gua-rani, onde olhos d’água cercados por remanes-centes de mata ciliar formam uma piscina natural de água cristalina e borbulhante. O atrito com o fundo de areia branca muito fina (quartzosa) pro-voca um som peculiar, que origina o nome “Areia que canta”.

O local oferece ainda banho de cachoeira e pas-seio pelas corredeiras do Ribeirão Tamanduá, um dos mais importantes afluentes do rio Jacaré - Pe-pira, além de caminhada, tirolesa e turismo rural.

Fazenda Cassorova

Localizada no alto da serra, na região do Patrimônio de São Sebastião da Serra, distante 26km do centro de Brotas, a Fazenda dá acesso a duas das mais conhecidas quedas d’água da região: a Cachoeira dos Quatis, com 46m de altura, uma trilha moderada e 1,5km de caminhada; e a Ca-choeira Cassorova, um dos cartões postais de Bro-tas, com 60m de altura e uma trilha de dificuldade moderada, mas com apenas 200m de extensão.

Cachoeira Escorregador

Também localizada na região do Patrimônio de São Sebastião da Serra, dá acesso a uma cascata com várias quedas d’água – de onde vem o nome escorregador – e uma incrível piscina natural. Dis-tante 38km do centro de Brotas, conta com uma trilha de fácil acesso.

Cachoeira das Três Quedas

Remanescente do período áureo do café, dá aces-so à Cachoeira das Andorinhas, que possui 20m de altura e tem seu nome relacionado ao grande núme-ro de andorinhas que frequentam o local e dormem no seu paredão de pedra. A Cachoeira da Figueira tem 40m de altura e uma figueira centenária na trilha de acesso, e a Cachoeirinha da Nascente, de 6m de altura.

Recanto das Cachoeiras

Localizado no alto da Serra da Roseira, o Recanto é um local privilegiado por sua natureza deslum-brante e muito bem preservada. Permite visitar duas cachoeiras formadas pelas nascentes que caem na encosta da Furna do Rio Jacaré; mais próxima e de fácil acesso, a cachoeira do Santo Antonio, com 15m de altura, e, descendo por uma trilha mais íngreme e longa, a Cachoeira da Roseira, com 55m de altura.

Cachoeira do Martello

Distante 11km do centro da cidade de Brotas, a fazenda está localizada bem no pé da serra e dá acesso às Cachoeiras do Martello e da Primavera. A cachoeira do Martello tem 55m, uma trilha de mé-dia distância e dificuldade de acesso moderada, e a Primavera, com 30m e uma trilha fácil e curta.

Ecoparque - Fundação do Patrimônio Histórico e Cultural de São Paulo

Localizado à beira da Represa do Patrimônio e às margens do Rio Jacaré-Pepira, dispõe de uma área com 500 mil m² de mata preservada na cabeceira do Rio Jacaré-Pepira e leva às cachoeiras de São Sebastião, com 25m e a cachoeira do Jacaré, com 30 m. Como em quase todas os sítios turísticos, ofere- ce atividades como tirolesa, arvorismo, banho de cachoeira, caminhada em trilha, cavalgada, canio- nismo e banana-boat.

Parque dos Santos (Entrada Gratuita)

Localizado no perímetro urbano, é outro cartão postal de Brotas, pois o rio corta a cidade, formando várias quedas e corredeiras, onde anualmente são realizados vários eventos, principalmente ligados à prática dos esportes de aventura. Abriga ainda um prédio de valor histórico e arquitetônico da antiga usina hidrelétrica do início do século XX, quando Brotas já tinha iluminação pública elétrica, antes mesmo da capital.

Represa do Rio Jacaré

Localizada no Bairro do Patrimônio, no alto da serra, a 23km do centro da cidade, ocupa uma área de aproximadamente 14,5ha, onde os visitantes podem nadar, pescar, práticas esportes náuticos, caiaque e passeios de barco.

BANDEIRA

LIVREBANDEIRA

LIVRE

Como chegarVia São Paulo: Saída pela Rodovia dos Ban-deirantes seguir até Cordeirópolis - Km 168, entrar à direita na Rodovia Washington Luís (sentido São Carlos/São José do Rio Preto). Seguir pela Rodovia Washington Luís até o KM 206B, entrar à direita (seguir placas Jaú/Brotas) pela SP 225 ou Rodovia Paulo Nilo Ro-mano. Seguir 40 km até a entrada de Brotas.

Maiores informaçõeshttp://www.brotas.sp.gov.br/http://www.brotas.tur.br/http://www.brotas.com.br/

Paraíso do turismo de aventura, Brotas aposta na preservação ambiental para fortalecer a sua indús-tria do turismo

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32 REVISTA TÁXI CULTURA|Maio

Por Fernanda Monteforte

QUALIDADEDE VIDA

A força do grupoAlcançamos o máximo de nossa capacidade de realização quando con-seguimos interagir de forma positiva e harmônica dentro dos coletivos onde estamos incluídos

Um indivíduo, por mais forte, realizador e autosu-ficiente que seja, continua sendo apenas uma pessoa só. Pode caminhar mais rápido, mas,

certamente, terá muito menos potencial para a realiza-ção, quer seja no âmbito pessoal ou profissional.

Evoluir em conjunto é muito mais trabalhoso, por vezes mais lento, entretanto, muito mais satisfatório. Ao contrário do que pode parecer, crescemos muito mais quando vivenciamos o autoestudo, inseridos e inte-grados ao ambiente social, do que quando nos escon-demos em nossas redomas, sob o pretexto de que não precisamos de nada e nem de ninguém. O ser humano é um ser sociável.

Crescer junto com os outrosPara conviver e estabelecer relações genuínas, sig-

nificativas, profundas, ricas e realizadoras é necessário, primeiro, desenvolver liderança e gerenciamento de nossas emoções, da nossa autoestima e autoconfiança.

São esses atributos que irão nos impelir a expor com convicção o que pensamos e sentimos e, por outro lado, desenvolver a habilidade de crescer através do feedback dos outros, através da capacidade de ouvir e assimilar, de coração aberto, o ponto de vista diferenciado que cada um tem da existência.

O grupo acumula uma força de coesão, proporcional a força de seus membros.

Comunicação abertaEsse cuidado no direcionamento de um grupo – enten-

da como duas ou mais pessoas – é essencial, vital à sua manutenção e desenvolvimento, pois, gerada a força de coesão, ela passa a ter autonomia para impulsionar os seus membros.

Se criarmos um ambiente de comunicação aberta, de respeito, de felicidade, de companheirismo, em pouco tempo o grupo vai vibrar nesta tônica e solicitar esse tipo de alimento. Da mesma forma, um ambiente com cisma, fofocas, conflitos e discórdia passa a solicitar ali-mentos que podem instituir uma guerra de nervos tanto no âmbito familiar, como no âmbito profissional.

O grupo passa a solicitar como alimento as mesmas emoções que o criaram. Essa percepção é essencial para avaliarmos com quem queremos nos atrelar, quais são os valores que pretendemos agregar em nossa vida e como queremos nutrir o ambiente em que vivemos.

Ao escolhermos conexões alinhadas aos nossos valores internos, nossa vida passa a fluir muito melhor, como se fôssemos conduzidos por um belo rio existencial.

Evoluir em conjunto

Consciência do coletivo

Aprenda a crescer com o feedback dos outros, através da capacidade de ouvir e as-

similar pontos de vista diferenciados

1) Procure se aproximar de pessoas descom-

plicadas. Gente feliz, saudável, de bom caráter, boa índole;

2) Estabeleça relações genuínas pautadas na confiança, respeito, reciprocidade;

3) Conquiste credibilidade. Se prometer algo,

cumpra. Honrar seus compromissos amplia consideravelmente a sua confiança;

4) Tente compreender os seus pares, aceitar os seus valores e agregá-los a você; de dentro para fora;

Fernanda Monteforte é consultora de qualidade de vida e ministra

aulas do Método DeRose. [email protected]

5) Preste atenção no outro e faça pequenas

gentilezas; o descaso e desrespeito geram afastamento;

6) Conquiste polidez e educação para se relacio- nar de forma cada vez melhor;

7) Demonstre integridade, honestidade e lealdade;

8) Afaste-se de pessoas fracas, influenciáveis,

com vícios e mentiras. Se for líder de um grupo, atente-se a elas para melhor direcioná-las.

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Meditação, caminhadas, divulgação de eventos, feira de artesanato ou um simples local para admirar a região

central da metrópole e conversar com os ami-gos. A Esplanada Lina Bo Bardi, mais conhecida como Vão Livre do Museu de Arte de São Paulo - MASP, tem de tudo.

O jornalista Assis Chateaubriand cultivou, por décadas, a ideia de criar um grande museu em São Paulo. Em parceria com o jornalista italiano Pietro Maria Bardi, o projeto ganhou forma em 1957, quando a dupla recebeu a doação de um terreno, mas com a condição de preservar a vista do centro da cidade.

Coube então à Lina Bo Bardi, arquiteta moder-nista italiana e mulher de Pietro Maria, a missão de projetar a sede do principal museu de arte do Hemisfério Sul. Para cumprir a exigência, Lina desenhou um prédio sustentado por quatro grandes pilares laterais. No dia 7 de novembro de 1968, São Paulo ganhou um dos seus mais famosos cartões postais e 74 metros livres para a realização de eventos, manifestações e encon-tros dos paulistanos.

Atrações para todos os gostos“Nós temos o costume de usar o Vão do MASP

para fazer a divulgação da festa do Ano Novo Chinês pela representatividade do local, já que o espaço está no coração da cidade, considerando ainda a grande circulação de pessoas”, contou Felipe Liu, presidente da JCI Brasil China (Câmara júnior Brasil China), responsável pela organiza-

ção do evento. A divulgação da ONG deu certo: nos dias 29 e 30 de janeiro, a festa do Ano Novo Chinês reuniu cerca de 180 mil pessoas na Praça da Liberdade.

Segundo o MASP, a maioria dos eventos reali-zados no Vão Livre é terceirizada ou não tem relação com o museu. Mas, quem não tem a oportunidade de participar dos eventos que acontecem, em geral, durante a semana, podem conferir uma atração presente todos os domin-gos: a Feira de Antiguidades da Paulista.

Antigo e acessívelRealizada pela Associação de Antiquários do

Estado de São Paulo, a “Feirinha” ganha o vão do MASP todos os domingos, das 10h às 17h, há 32 anos. “O Pietro Maria Bardi ficava ressentido por não haver em São Paulo uma feira de anti-guidades e ele tinha o desejo de criar uma. Sur-giu então a Associação dos Antiquários e a união com o jornalista fez com que a feira fosse criada e viesse para cá”, relatou George Sampaio vice-presidente e diretor social da Associação.

Eclética, a feirinha oferece produtos e preços para todos os gostos e bolsos, desde itens co-lecionáveis como brinquedos promocionais e moedas, até relógios antigos, peças decorativas e artigos raros da arte barroca e do século XX. Tanta diversidade e seriedade tornaram o tra-balho dos 120 expositores internacionalmente conhecido, já que a Feira de Antiguidades faz parte do roteiro turístico da cidade e atrai cerca de 3 mil pessoas por domingo.

Cultura ao ar livre

O espaço da arte e do encontro

Inaugurado no ano de 1947 o Masp inicialmente instalou-se em quatro

andares do edifício dos Diários Asso-ciados, adaptados por Lina Bo Bardi.

A construção do prédio atual ficou pronta apenas no ano de 1968

Além de propiciar uma vista privilegiada do Espigão da Paulista, a Esplanada Lina Bo Bardi abriga os mais variados eventos e atividades que acontecem na cidade

SPTEMPor Camila Silva

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MORAR

Criar cenários, valorizar pontos específicos, mesclar tipos de lâmpadas e dividir circuitos,

é o que compõe um projeto luminotécnico

Os projetos apresentados nessa edição do Morar Bem foram assina-dos pela designer Adriana Scartaris

Ana Castro é designer de interiores

[email protected]

Por Ana Castro

Um projeto bem elaborado pode valorizar o seu ambiente e conferir maior funcionalidade

Tecnologias avançadas e projetos criativos e inovadores permitem que os ambientes se tornem mais funcionais, mais agradáveis e

acolhedores e principalmente sustentáveis, adequan-do os espaços aos níveis corretos de luminosidade, com máximo aproveitamento da luz natural, o que não significa apenas abrir panos de luz criando ofus-camento ou elevação da temperatura ambiente.

Há que se fazer um projeto elaborado onde todos os detalhes deverão ser minuciosamente pensa-dos, valorizando o cotidiano do morador, seu con-forto, função do espaço e a eficiência energética

Desenvolver um projeto

Criar cenários, valorizar pontos específicos, mes-clar tipos de lâmpadas e dividir circuitos, é o que compõe um projeto luminotécnico que se adeque a

Iluminação é tudo!

BEM

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qualquer estilo de vida, todo padrão de residência ou disponibilidade e recursos financeiros.

No mercado de iluminação há uma gama infin-dável de luminárias dos designs mais simples aos mais elaborados, acessíveis a todos os bolsos que permitem desenvolver belos projetos com resultados positivos que demonstrem o bom gosto do morador e a funcionalidade do ambiente projetado.

Em um projeto decorativo mais elaborado, deve-se valorizar uma parede utilizando pontos dispostos equi-tativamente distanciados por toda a linha da parede criando do um efeito de banho de luz - wall wash.

Quadros e esculturas devem ser destacadas com uma iluminação pontual com spots direcionáveis inci-dindo o facho de luz de acordo com o efeito desejado.

Cuidado nos detalhes

Misturar elementos de épocas distintas também causa um bonito resultado estético. Uma sala de jan-tar pode ter um destaque relevante ao utilizarmos

uma bela luminária antiga de cristal sobre uma mesa moderna, luminária essa que poderá ser

comprada inclusive em feiras de antiguidade ou uma peça de família que estava guardada sem uso.

Luminárias de pé, com design diferencia-

do, podem ser o contraponto de destaque em um projeto clean, ao mesmo tempo em que criam um cenário acolhedor, quando utilizado isoladamente.

Alguns outros pontos também devem ser leva-dos em consideração em um bom projeto: no caso do pé direito do ambiente ser alto ou duplo, deve-mos dar preferência a fachos que incidam de cima para baixo, sobre paredes e piso, conferindo maior destaques a objetos. No caso de pé direito baixo, o uso de fachos projetados do chão para o alto cria a sensação visual de maior altura.

Foco na eficiência energética

Atentar-se para a funcionalidade do ambiente é fundamental, logo a cor da iluminação é impor-tante. As cores quentes são indicadas para ambi-entes de relaxamento e as frias para os que se des-tinam a atividades em geral.

Porém, a grande vedete do momento e que tam-bém visa a eficiência energética são os LEDs (Light Emiter Diode) que, apesar de um custo inicial alto possibilitam uma economia de energia em torno de 80% e existem em várias versões para iluminação de destaque, iluminação de sancas, jardins, pisci-nas. Economia, funcionalidade e beleza, o tripé a ser considerado em projeto de iluminação.

MORAR

BEM

No caso de pé direitobaixo o uso de fachos

projetados do chão para o alto cria a

sensação visual de maior altura.

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MUNDOCÃO&CIA

Tá no pote!Apesar de possuir um paladar afinado com os humanos, as necessidades nutricionais dos animais são muito distintas das nossas

Embora seja altamente recomendável que se evite dar comida de humanos para os animais de estimação, é fato que, eventualmente, isso acontece. Um pedacinho de carne num churrasco ou uma lasquinha de pão no café da tarde sempre acabam fugindo do controle.

Apesar de não nos parecer apeti-tosa, a ração dos animais é com-posta por tudo o que garante a eles uma alimentação balanceada e saudável, enquanto a comida que consumimos não oferece todos os nutrientes de que eles necessitam e, muitas vezes, não é totalmente digerida, terminando por desencadear diversas en-fermidades como diabetes, obesidade, problemas de reprodução e no aparelho digestivo.

Segundo Tatiana Pelúcio, assessora técnica do Conse-lho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo - CRMV-SP, as rações são criadas após muito estu-do acerca dessas necessidades específicas. “A alimenta-ção com ração adequada de qualidade é suficiente, não sendo necessário o fornecimento de mais nenhum ou-tro tipo de alimento”, afirma.

Rações, petiscos e guloseimasCom a explosão do mercado pet, a oferta de rações

cresceu muito: há diversos sabores, formas, e cada uma tem uma função - desde controle de peso, prevenção de doenças hepáticas e ósseas e até controle de odor das fezes. Para selecionar a mais adequada, é importante le-var em conta a idade e o peso do animal, o ambiente onde vive, se já teve alguma doença, além de possíveis aler- gias a componentes da ração que o bicho irá consumir.

Para a especialista do CRMV-SP, na hora de escolher a ração do seu bichinho, o ideal é conversar com o vete-rinário que cuida dele. O profissional vai indicar quais são as principais necessidades que devem ser atendidas e indicará a ração mais adequada.

Além das rações, existe uma enorme oferta de petis-cos e guloseimas produzidos especificamente para ani-mais e que podem ser incluídos na dieta do pet, porém sem exageros. Já os suplementos alimentares devem ser consumidos apenas com indicação do veterinário, pois

certos nutrientes, quando ingeridos em excesso, podem ocasionar sérios problemas à saúde do animal.

Cuidados na hora de servirNa hora de servir o alimento do seu bichinho, é im-

portante que a comida seja colocada em potes com esta finalidade específica e que estejam higienizados. As por-ções devem seguir as recomendações do fabricante e/ou do veterinário que indicou o alimento. Vale lembrar que a água deve ser limpa, fresca e oferecida durante todo o dia. Opte por colocar os potinhos em um lugar de fácil acesso ao animal e longe de onde ele costuma fazer suas necessidades. Armazene a ração em lugares secos para evitar a proliferação de fungos e protegidos de insetos e roedores.

Caso tenha um cão e um gato vivendo na mesma casa, tenha cuidado para garantir que cada um coma a sua própria ração, pois as duas espécies têm dietas comple-tamente distintas. Gatos têm necessidades nutricionais mais específicas do que os cães, precisam de nutrientes particulares como a taurina, cuja ausência na dieta do bichano pode acarretar problemas na retina, falhas re-produtivas, problemas em filhotes e no coração.

Ao contrário do que diz o senso comum, gatos não devem tomar leite de vaca. Além de não conter nutrientes que justifiquem o seu consumo, “muitos deles podem ter intolerância a lactose, o que ocasionará dores abdominais e diarréia”, afirma Tatiana. Alimentos como balas, chocolates, cebola, ossos, e aqueles com sal e temperos não devem ser for-necidos a animais.

siga as dicas do seu veterinário

Uma ração de qualidade contém todos os ingredientes necessários para oferecer

uma alimentação balanceada e saudável

Nunca ofereça sua comida aos animais

Na hora de comer:

Por Fernanda Grandino

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Graffiti - a arte nas ruas de SampaAinda muita polêmica, a arte do grafite tem superado barreiras e vai se espalhando pelas ruas da cidade, cobrindo os muros com sua colorida rebeldia

Desde meados dos anos 70 o grafite vem sendo adaptado ao jeito brasileiro, e hoje São Paulo é considerada como uma das dez

melhores cidades do mundo para se observar es-sas manifestações da arte de rua. E a coisa tem evoluído tanto que várias agências de turismo já criaram os chamados Roteiros do Graffite, para atender visitantes interessados em apreciar alguns desses trabalhos espalhados pela cidade.Roteiros do Grafitte

Pioneiro no trabalho de organizar roteiros dife-renciados para turistas na cidade de São Paulo, Carlos Silvério, diretor da agência Graffiti Viagens e Turismo, há mais de três anos conduz visitantes que apreciam a arte pop e contemporânea, para conhecer os pontos mais tradicionais do grafite na cidade. “Por tratar-se de um tipo de arte recente, sobretudo no Brasil, gradativamente temos rece-bido um número maior de pessoas interessadas no roteiro para observar a street art”, relata.

Para Silvério, um roteiro capaz de levar o visitante a um contato mais íntimo com a arte de rua em São Paulo, não pode prescindir de visitas aos bairros do Cam-buci, Centro, Vila Madalena, Barra Funda e Pinheiros. Nas ruas desses tradicionais bair-ros da cidade é possível ob-servar trabalhos realizados por diferentes artistas, com variados estilos e técnicas.

Partindo do Centro em direção à Barra Funda, é possível observar obras dos grafiteiros SÃO e Dela-fuente, cujos trabalhos, assinados pela dupla unica-mente como “6emeia”, denunciam o mau estado das vias públicas, com pinturas em bueiros, postes, grades e tampas de ferro.

Das ruas para as galeriasEm direção ao Cambuci, encontramos obras de

conhecidos grafiteiros da região, como Os gêmeos (Gustavo e Otávio Pandolfo) e Nunca (Francisco Ro-drigues), estampados nos muros das ruas Lavapés, Justo Azambuja e Rua dos Alpes. Os três participaram da mostra “Street Art”, realizada em Londres em ago-sto de 2008, ocupando a fachada do Tate Modern, um dos principais museus londrinos.

Em Pinheiros merece destaque uma obra pintada pela equipe do artista Eduardo Kobra, na lateral da Igreja do Calvário, em homenagem aos 447 anos do bairro. Referência internacional quando se fala de street art, Kobra foi o idealizador do projeto “Muro das Memórias”, e destaca a importância do grafitte no trabalho de revitalização urbana.

“Criamos portais para uma cidade que não mais exis-te, porém deveria existir. Aos idosos, possibilitamos de forma nostálgica que eles possam reviver aqueles bons momentos da “Belle Époque” (Bela Época); os mais jovens podem de alguma forma aprender e ver

como São Paulo se transformou e vem se transformando sem respeitar sua arquitetura original”, enfatiza o artista.

Entre diversos outros pontos que não podem ficar sem visita estão “O bicho” de Fefê Talavera, na avenida Cardeal Arcoverde; o “O beco do Batman”, na rua Gonçalo Afonso; as obras incríveis na passarela elevada do Minhocão, no centro da cidade; as margens do rio Tietê, com seus canos, ondas e flores misturadas com as im-perfeições da metrópole; a região da

Consolação; viadutos Júlio de Mesquita Filho, a esta-ção de trem da Lapa; o túnel da avenida Paulista; o bairro da Liberdade com suas figuras inspiradas em mangás e muitos outros. A cidade pode ser uma festa, escolha a sua trilha.

“São Paulo está entre as dez

melhores cidades do mundo para

observar grafites”

TRILHAURBANA

Quem aprecia arte pop e contemporânea pode agendar

roteiros para conhecer os princi-pais pontos do grafite na cidade

Por Carolina Mendes

Mural da Praça Panamericana de autoria de Eduardo Kobra retrata a chegada do imigrantes italianos

Grafite assinado pela dupla Os gêmeos(Gustavo e Otávio Pandolfo), na rua Lavapés, no Cambuci

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Procuro não olhá-los a todo instante pra que não se

sintam vigiados ou invadidos

NUM CAFÉ

Crônicas de uma São Paulo que ninguém vê

Parece que o amor tem idades, e o mais incrível é que consegue vivê-las todas ao mesmo tempo. Na mesa de um café, em

São Paulo, no fim de tarde, em duas mesas vizi- nhas à minha, tenho a sorte de observar a natu-reza desse sentimento conduzindo as horas, seja de quem o encontrou ou de quem ainda o pro-cura. Não é preciso bisbilhotar a vida alheia, basta observá-la com olhos de cuidado de quem não quer julgar, mas apenas entender, como num espelho, o reflexo de si próprio e do mundo, seja pra afirmar ou pra negar o que se vê. Detido eu fico, observando à minha direita, um jovem casal que discute horários e reclama pela falta de atenção. Procuro não olhá-los a todo instante pra que não se sintam vigiados ou invadi-dos. Assim, desvio minha atenção à mesa da esquerda, onde uma moça sozinha fala ao telefone: “Já é a segun-da vez que você desmarca! Não, não precisa me ligar, eu não preciso desse tipo de consolo”, e desliga. Pega um guardanapo, tira o batom da boca e toma o café que a garçonete acaba de lhe servir. Tem os olhos quietos e a mão nervosa. Ajeita o cabelo, toma mais um gole e acende um cigarro. Não me interessei pelo teor com-pleto da sua conversa, apenas pela sua feição resoluta e inequívoca de algo que chegou ao fim. Enquanto isso, o jovem casal à minha direita, já em harmonia, falava baixo como bem convém ao diálogo íntimo. Uma mão sobre a outra e os olhares calmos indicavam o desejo em correspondência. Apenas a perna dele, balançando de vez em quando, indicava que a paz entre os dois não tinha o hábito de ser duradoura. Mas se queriam, mesmo na aflição de um amor inexperiente.

Já à minha esquerda, a moça tinha ido embora, e aca-bava de se sentar um casal de idosos. Muito pouco diálogo, mas muita, muita ação. Os cuidados dele com ela, desde o casaco às costas, o beijo na testa, e mesmo a sua inquietação para deixá-la à vonta-de e confortável, não deixavam dúvidas que ela era a mulher mais amada do mundo. O silêncio entre os dois era algo de maravilhamento, lu-gar onde a palavra dança calada e o amor é adivinhado. Lembrei-me do Drummond: “O amor é privilégio de maduros.”

HORIZONTEVERTICAL

Por Ivan ForneronIlustração: Gabriel Stippe

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