taxicultura 15

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Edição 15 Aproveite o clima de aconchego com muito sabor Gastronomia para curtir o frio 24ª edição premia os melhores dos quadrinhos Troféu HQMIX Novo disco aposta em parcerias e renova processo criativo Zeca Baleiro Leitura de Bordo www.TAXICULTURA.com.br Patrimônio natural da humanidade tem muita história para contar Cananeia

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TAXICULTURA - EDIÇÃO 15

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Page 1: TAXICULTURA 15

Edição 15

Aproveite o clima de aconchego com

muito sabor

Gastronomia para curtir

o frio24ª edição premia os melhores dos quadrinhos

Troféu HQMIX

Novo disco aposta em parcerias e renova processo criativo

Zeca Baleiro

Leitura de Bordo

www.TAXICULTURA.com.br

Patrimônio natural da humanidade tem muita história para contar

Cananeia

Page 2: TAXICULTURA 15

2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro

taxicultura_11.indd 2 29/02/2012 12:09:16taxicultura_13.indd 2 04/05/2012 16:17:37

Page 3: TAXICULTURA 15

Boa viagem e boa leitura!Os Editores

Dezembro|TAXICULTURA 32 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro

taxicultura_11.indd 2 29/02/2012 12:09:16taxicultura_13.indd 2 04/05/2012 16:17:37

TAXICULTURA é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do

Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP).

Telefone (11) 3392-1524, E-mail [email protected].

Proibida a reprodução parcial ou total dos textos e das imagens desta

publicação, exceto as imagens sob a licença do Creative Commons. As

opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não expressam a

opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa revista são de inteira

responsabilidade dos anunciantes.

Editorial

EXPEDIENTE

DiretoriaAdilson Souza de AraújoDavi Francisco da SilvaFábio Martucci FornerónIsabella Basto Poernbacher([email protected])

Redação

EditorWaldir MartinsMTB 19.069

Edição de ArteCarolina Samora da GraçaMauro Bufano

Projeto Editorial Editora Porto das Letras

Reportagem Arnaldo Rocha, Cássia Andrade Marina Schmidt e Miro Gonçalves

Colaboradores Adriana Scartaris , Fernanda Monteforte, Fernando Lemos, Ivan Fornerón, Mery Hellen Jacon Pelosi e Paula Salette

FotografiaDavi Francisco da Silva

RevisãoNaira Uehara

Publicidade

DiretorFábio Martucci Fornerón

Assessoria jurídicaPaulo Henrique Ribeiro Floriano

ComercialSuporte AdministrativoAna Maria S. Araújo SilvaBruna Donaire Bissi

Assinaturas e mailling([email protected])

ImpressãoWgráfica

Tiragem25.000 exemplaresDistribuição Gratuita

* As fotos publicadas na matéria - Os Prazeres da Páscoa - na edição de abril são do fotógrafo Taygoara Martins

Realizado nas dependências do teatro do SESC Pompeia no dia 30 de junho, a premia-ção dos vencedores da 24ª edição do Troféu HQMIX representa o aniversário de uma ge-ração que marcou de maneira muito especial a cena cultural paulistana e brasileira.

Criado em 1988 pela dupla JAL e Gualberto Costa no programa TV MIX, da TV Gazeta, a premiação logo se caracterizou como um es-paço independente, destinado a reconhecer e divulgar artistas que fazem do seu trabalho uma aposta na criatividade e inovação.

Apadrinhado desde sua primeira edição pelo apresentador Serginho Groisman, en-tão um dos âncoras do programa TV MIX, o Troféu HQMIX conta com a participação dos mais importantes representantes do quadri-nho nacional, como Angeli, Laerte, Maurício de Souza, Gustavo Duarte, Gabriel Bá, Fábio Moon, Primaggio Mantovi e André Diniz, além de abrir espaço para novos artistas.

Dentro do sentido da inovação, aproveita-mos para trazer nesta edição um pouco da

exposição Limite, assinada por Débora Hirsch, atualmente em cartaz no MuBE, Museu Brasi-leiro de Escultura. Usando como ponto de par-tido uma leitura do filme de Mário Peixoto, a artista “volta” a 1930 e cria trailers e pinturas de época para um lançamento fictício do filme Limite, dando continuidade à própria poética do filme, que vale a pena ser vista e apreciada.

O prazer de inovar também pode ser a me-lhor tradução para a trajetória do músico e compositor Zeca Baleiro, que, depois de mais de três anos sem colocar no mercado um dis-co com músicas inéditas, recentemente lan-çou o cd O Disco do Ano. Em uma entrevista descontraída, Zeca fala do trabalho, realizado de forma quase coletiva, com 12 canções e 15 produtores, como proposta de renovação do seu processo criativo.

Não deixe de aproveitar as dicas da nossa agenda cultural para depois curtir algumas das sugestões de gastronomia, especialmen-te indicadas para curtir esta temporada de frio em boa companhia.

Criar e inovar

Page 4: TAXICULTURA 15

4 TAXICULTURA|Julho

MorarBem

38São Paulo

Tem

36Bandeira

Livre

32Qualidade

de vida

30Beleza

28

Agenda24

Capa16

São Paulo: um mundo todo

14Tecnologia12

Paulistanos08

Qualidade de Vida

16

Mundo&Cia36

Morar Bem32

Tecnologia30

48

Capa38

Bandeira LIvre

18

44

Agenda22

Charme e Beleza

28

SUMÁRIO | TAXICULTURA

40Mundo Cão

Cálculos urinários

42Horizonte Vertical Sobre o que não se sabe

30Bandeira Livre

Cananeia

36São Paulo Tem

Projeto Guri

38Morar Bem

Casa Cor e Mostra Black

34Qualidade de Vida

Descomplique e viva melhor

06Onde fica?O prédio da luz

18Tecnologia

14Especial

HQMIX

08Paulistano

Zeca Baleiro

16Especial

Débora Hirsch

22Agenda Cultural

28Beleza

Alimentação e pele

20Um Mundo Todo Uma boa mesa no frio

Para nós, sua participação é fundamental. Para enviar suas críticas, elogios, sugestões ou comentários basta enviar um email para: Assim que recebermos sua mensagem entraremos em contato para atender a sua solicitação.

ESPAÇO LEITOR

[email protected]

Page 5: TAXICULTURA 15

Julho|TAXICULTURA 5

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venenatis ligula.

08Zeca BaleiroO Homem do Disco do Ano

14Troféu HQMIX

24ª edição premia os melhores dos quadrinhos

30Cananeia

Patrimônio natural da humanidade tem muita

história para contar

Gastronomia para curtir o frio

Aproveite o clima de aconchego com muito sabor

20

O Samba da VelaComo é bom ver um trabalho de raiz, como o Samba da Vela, resistindo e fazendo parte da vida da comunida-de, revelando novos talentos com um trabalho muito legal. As emissoras de rádio e TV deveriam ser obrigadas a abrirem espaço na sua programação para a verdadeira cultura popular.

Ary Silva

MaquiagemExcelente a matéria sobre maquiagem divulgada na última edição, dá para usar como um guia. Pena que fica dentro do táxi e o motorista não me deixou levar. Vocês já pensaram em fazer um guia de beleza para distribuir entre os leitores? Juliana Damasceno

Prezada Juliana,

Agradecemos muito a sua sugestão e aproveitamos para informar que já esta-mos trabalhando com alguns parceiros no sentido de oferecer esse serviço para as nossas leitoras.

A redação

São Luiz do ParaitingaFiquei emocionada ao ler a reporta-gem sobre São Luiz do Paraitinga e constatar que a cidade está sendo reconstruída e utilizando esse tra-balho para atrair visitantes. Acho um crime a forma como tratamos a memória do nosso país e ver inicia-tivas como essa mostra que ainda está em tempo de nos tornarmos um povo civilizado.

Tânia Cortez

Page 6: TAXICULTURA 15

6 TAXICULTURA|Julho - Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

GANHADORES

O prédio da luz

Homenagem a Ramos de Azevedo

Na edição passada apresentamos o conjunto es-cultórico construído por Galileo Emendabili, em homenagem à Ramos de Azevedo. Construído em 1934, essas peças de grandes proporções inicial-mente foram instaladas na Avenida Tiradentes, depois passaram para a Estação da Luz e no ano de 1972, foram instaladas na praça Ramos de Aze-vedo, no Campus da Universidade de São Paulo.

O edifício que é hoje tombado como patrimônio histórico co-meçou a ser construído em

1925, sob a responsabilidade do es-critório técnico de Ramos de Azevedo. Após quatro anos de trabalho, foi inau-gurado em 1929, batizado como Ale-xandre Mackenzie, em homenagem ao advogado canadense que até o ano de 1928 havia sido presidente da empresa Brazilian Traction, o truste controlador da Companhia Light no Brasil.

Entre os anos de 1939 e 1941, o prédio passou por uma expansão que lhe con-feriu a sua fachada atual. No início dos anos 90, o edifício Alexandre Mackenzie foi vendido para um grupo de investi-dores que o transformaram em um im-ponente empreendimento comercial. Restaurado, o prédio recuperou todo o brilho do passado, inclusive os toldos das janelas, preservando integralmente as suas características originais.

Por Miro Gonçalves

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: [email protected] resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores.

Você sabia? Que todo o trabalho em serralheria e marcena-

ria do edifício Alexandre Mackenzie foi execu-tado pelo Liceu de Artes e Ofícios, fornecedor

de elementos decorativos e construtivos para o Escritório Ramos de Azevedo

Fernanda Vanalousa

Ricardo Suersaden

Pedro Otávio Roquine

Maria Isabel Seixas

Ivana Mendes

ONDEFICA?

Natanael Silvano

João Carlos Batelen

Aparecida Martins

Caio Gonçalves

Juliana Albuquerque

Davi

Fra

ncisc

o

Retrovisor do Taxista

Localizado no coração de São Paulo, esse histórico prédio foi criado pelo arquiteto americano Willian Proctor Preston, em uma das esquinas mais movimentadas da cidade

Page 7: TAXICULTURA 15

Dezembro|TAXICULTURA 7

Page 8: TAXICULTURA 15

CAPA

Por Waldir Martins

Depois de mais de três anos sem colocar no mercado um disco com

músicas inéditas, o cantor e compositor Zeca Baleiro recen-temente lançou o cd O Disco do Ano. Realizado de forma quase coletiva - com 12 canções e 15 produtores – o trabalho foi uma resposta do artista para sua bus-ca por novas fórmulas e renova-ção do seu processo criativo.

ZecaBaleiroDavi Francisco

Trabalhando com uma proposta de diversi-dade, o repertório apresenta sete canções de autoria do próprio artista e cinco outras can-ções realizadas com parceiros como Hyldon, Frejat, Wado, Kana (compositora japonesa ra-dicada no Brasil) e Lúcia Santos, poeta e irmã de Zeca. Sempre provocador e algumas vezes mordaz em suas respostas, o artista conversou com a TAXICULTURA sobre seu novo projeto e também sua relação com a crítica, novos artis-tas, canções favoritas, pirataria, entre outros temas. Acompanhe.

O homem do Disco do Ano

Page 9: TAXICULTURA 15

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Julho|TAXICULTURA 9

TAXICULTURA

O que inspirou o novo trabalho?

Zeca Baleiro

Na verdade passei alguns anos sem lançar um disco de inéditas. Em 2010 lancei dois dis-cos, mas tinham um caráter mais documen-tal, com coisas dispersas que eu queria levar ao público, trilhas que eu fiz para um longa, um curta e dois espetáculos de dança, coisas que eu queria fazer um registro. Outro foi a gravação de um show, de um concerto que eu fiz com dois violonistas, mas que era mais um disco de releituras, mais documentais, não era assim um disco de carreira, tal como se conhe-ce, com impacto comercial, uma pegada pop. Nesse sentido, o último teria sido O coração do homem bomba, que eu lancei no final de 2008; já são quase quatro anos sem fazer.

Ao longo desse tempo eu armazenei um re-pertório que achava digno de registro. Meus discos têm uma cronologia meio maluca, nunca tem um disco por ano; às vezes tem intervalo de dois anos, depois lanço três em sequência, mas isso depende muito da produ-ção; quando eu acho que tem uma produção digna de ir à disco, eu vou e gravo. Foi o que aconteceu agora.

TAXICULTURA

Esse trabalho tem algum diferencial em rela-ção aos seus trabalhos anteriores?

Zeca Baleiro

Fui escolhendo das canções que armazenei e logo pintou o nome do disco, que também seria uma espécie de “conceito”. Então veio a ideia de fazer um trabalho loteado entre vários produtores. Acabou que, no final, o que era para ser uma canção para cada produtor, ter-minou com 12 canções e 15 produtores. E ain-da teve um monte de gente que ficou de fora com quem eu queria trabalhar, mas terminei por privilegiar pessoas mais próximas, como os próprios músicos da banda, que também são ótimos produtores. Então, quem sabe não vem aí um capitulo dois, porque tenho muitos amigos produtores que admiro e com quem eu gostaria de trabalhar.

TAXICULTURA

Eles que te deram o conceito?

Zeca Baleiro

Em termos de música popular isso acaba sendo uma coisa muito pretensiosa: o que é o

conceito de um disco? É o que ele tem a di-zer. Neste caso eu queria provocar vocês, mí-dia, formadores de opinião, gente abelhuda como Caetano Veloso e Nelson Motta (risos), e também com essa coisa da eleição, que a mí-dia faz de algumas pessoas e alguns trabalhos. Eu queria questionar isso, os critérios, mas de uma forma bem humorada, até desafiadora e provocadora, e não em um tom de guerra. É uma brincadeira. Sou fã de todos os caras que estão citados na canção “Mamãe não fez”. Mas, tem essa coisa, um certo poder, um certo fetiche da mídia de fazer listas e eleições.

TAXICULTURAMas isso não é uma ação objetiva da indús-

tria cultural?

Zeca BaleiroMas quem faz a indústria cultural? (risos)

Quem reverbera a indústria cultural? É a mídia impressa, que, num certo sentido, é mesmo mais cultural do que as outras mídias, se bem que agora temos a internet que também ocu-pa uma lacuna.

TAXICULTURAÀs vezes você se sente incompreendido pela

crítica? Te incomoda não fazer parte das listas?

Zeca Baleiro:O que me incomoda é a injustiça. Não par-

ticipar não me incomoda, porque nunca fui unanimidade, nem nunca me preocupei em ser. Mas me incomoda a forma como algumas listas são feitas. Por exemplo, a [revista] Rolling Stone fez uma lista divertidíssima, boa de ler, porque ler essas listas é divertido, quem já não brincou de fazer listas em mesa de bar? Isso é divertido, mas quando se trata de listas cultu-rais, tem que ter um certo sentido de conse-quência, de responsabilidade. Nessa lista que a Rolling Stone fez, dos cem melhores discos da música popular brasileira, tinham dois ou três discos do Los Hermanos, uma banda que, aliás, eu adoro, mas não aparece nenhum do Belchior. Não pode, entendeu? É uma comple-ta incoerência, não dá.

TAXICULTURA

Você coloca uma questão que é da arte e do produto. Como é que você lida com o seu produto e com a sua arte frente a essa indústria cultural?

Zeca Baleiro:

Para minha geração isso já está tão mescla-do, tão comum...

A política e os políticos estão de-sacreditados. A gente não vê in-teresse nas eleições; é uma coisa até desanimadora

Page 10: TAXICULTURA 15

10 TAXICULTURA|Julho - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

CAPATAXICULTURA

Mas já está resolvido? Equacionado?

Zeca BaleiroÉ como um filho que você faz e joga

para o mundo. Você não sabe se o mun-do vai ser bom ou amoroso com o teu filho, tem só que criá-lo direito.

TAXICULTURA

Quando você está fazendo o seu tra-balho, até que ponto tudo isso, o mer-cado, a crítica, as vendas, a gravadora entram na sua produção?

Zeca Baleiro

E n -tram. Mas não me incomoda

assim como tal-vez incomodasse o Van Gogh, ou um músico clás-sico. A gente já nasce em uma

época que a indús-tria cultural já exis-te e está instaurada, então o que eu faço

não é arte tão com-pletamente; é também

entretenimento; é tam-bém um produto, de na-

tureza cultural, mas tam-bém é diversão, também

é reflexão. Não tem essa pureza, essa coisa de “oh, o

que estou fazendo é arte!”, como uma coisa sagrada, su-

perior aos mortais. É uma coisa que em si já é meio descartável,

já está embutido nisso um prazo de validade. Hoje em dia, velozes como as coisas estão, um disco que você lançou há dois anos, já é uma velharia. Você lança um disco e tem que trabalhar rapidinho, porque em seis meses já dão como datado. En-

tão, pra sobrevier, você tem que se adap-tar a essa situação. Um artista da minha geração ou posterior, já faz isso pensando no alcance que vai ter. Já tem um diabinho comercial no seu inconsciente.

TAXICULTURA

O Arrigo Barnabé tocou no Chacrinha...

Zeca Baleiro

Tocou no Chacrinha e fez aquele disco lá, que é uma onomatopeia?... “Uga Uga”. Foi uma das coisas mais infames da música brasileira e ele fez uma das coisas mais su-blimes da música brasileira. Inclusive vira-mos parceiros agora e fizemos uma canção juntos.

TAXICULTURA

E quais foram os parceiros no Disco do Ano?

Tive parceiros nas composições, o Frejat em uma das canções, o Hyldon em outra, a Lúcia Santos, que é minha irmã e poeta, com quem tenho várias parcerias gravadas por outras pessoas, mas que eu nunca tinha gravado, a Kana, que é uma compositora japonesa radi-cada no Brasil, ultramusical, que toca vários instrumentos, pesquisa ritmos brasileiros, uma figura muito interessante. A outra parce-ria foi o Wado, que foi a última canção que gravei para o disco, porque achei que estava faltando uma balada.

TAXICULTURA

Dentre o pessoal da geração subsequente à sua, quem você curte?

Zeca Baleiro

O Wado é de uma geração subsequente à minha e eu acho que ele é “o cara” da minha geração. Embora existam outros caras mais estimados pela mídia, o próprio Kamelo, dos Hermanos e outros cariocas, porque a mídia brasileira é muito carioca também (risos), mas o cara dessa geração é o Wado.

Entre os intérpretes, a Adreia [Dias] é uma pessoa muito querida, que dentro des-sas novas gerações é uma das mais talento-sas. Já tinha participado do disco dela e eu queria uma voz feminina para participar desse

Page 11: TAXICULTURA 15

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Julho |TAXICULTURA 1110 TAXICULTURA|Julho - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

CAPA

Brasileiro gosta de música e gosta de comprar música

rock [Meu amigo Enock]. A Margareth [Mene-zes] é uma pessoa que adoro e eu sempre quis gravar um dueto com ela. Ao colocar voz em “O Último Post”, senti que uma voz feminina cairia muito bem ali.

Já no rap “O Desejo”, eu queria uma voz que sacasse, que entendesse o universo do rap, mas que não fosse da tribo. Até que fui convi-dado pelo Charlie Brown Jr para participar do DVD que estão fazendo e pensei que o Chorão poderia ser esse cara. Deu um trabalhinho fa-zer ele decorar a letra e tudo (risos), mas foi muito bacana. Sou fã dele, um cara que real-mente admiro, acho que é a única banda de rock’n’roll mesmo em atividade no Brasil.

TAXICULTURA

O disco tem 12 canções e 15 produto-res. Como você fez para dar unidade a esse trabalho?

Zeca Baleiro

Como as canções vinham de vários lugares e eu dei carta branca para que todo mundo fi-zesse o que quisesse e não interferi na criação, algumas músicas chegaram com uma pegada totalmente diferente do que eu imaginei. Então escolhi o mesmo cara para mixar, um engenhei-ro, o Gustavo Lemos, com quem também queria trabalhar. Acho que ele, a minha voz e a própria natureza das canções, que são todas minhas, já são por si só essa unidade. Mas, para algumas pessoas isso pode parecer um monstro, aliás um monstro de doze cabeças (risos).

TAXICULTURA

Em 1989 você tinha 23 anos. Você queria vo-tar para presidente?

Zeca Baleiro

Em 89 eu subi em palanque, cara. Fiz música para Lula; fiz uma música que depois o PT re-cuperou juntou com outras canções de outros autores, como o “Lula lá”, e fui para estúdio e gravei. Cantei na campanha do Lula.

TAXICULTURA

O que mudou de lá para cá?

Zeca Baleiro

Mudou um século! Mudou muita coisa...

TAXICULTURA

Você fala de política com seus filhos?

Zeca Baleiro

Não, diretamente não. Vai parecer meio herético o que vou falar aqui, mas hoje política é menos impor-tante, eu acho. Acho que uma conversa que leve a uma conscientização mais global é mais importante, para que eles próprios possam ter uma ação política de fato. A política está desacreditada, os políticos estão desa-creditados, as pessoas estão sem fé nos políticos, talvez isso reverta em um breve futuro. A gente não vê inte-resse nas eleições; é uma coisa até desanimadora.

TAXICULTURA

Você vota em São Paulo?

Zeca Baleiro

Sim, voto em São Paulo.

Taxi Cultura

E já escolheu candidato?

Zeca Baleiro

Qualquer um menos o Serra (risos). Não escolhi, mas naquele candidato do PT eu não voto também não.

TAXICULTURA

Por que qualquer um menos o Serra?

Zeca Baleiro

É como você pegar um torcedor do São Paulo e per-guntar para ele qual time ele quer ver fora da [Copa] Libertadores. Ele vai dizer que é o Corinthians. O Serra é o meu Corinthians.

TAXICULTURA

Mas você não acha complicado colocar a política como se fosse um “Corinthians X Palmeiras”?

Page 12: TAXICULTURA 15

12 TAXICULTURA|Julho - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

Zeca Baleiro

O que é a política? É uma coisa tão passional quanto o futebol. Não tenho antipatia pessoal por ele. Com a maturidade a gente vai vendo que as transformações sociais vêm menos dos políticos e mais dos cidadãos e da sociedade civil. Quando so-mos jovens, temos uma visão romântica, mas vamos entendendo que existe uma dura realidade. Então, acredito mais na vontade política do cidadão; assim, é melhor conversar com meus filhos sobre o que ain-da precisa ser feito no mundo para torná-lo um lu-gar menos inóspito, do que conversar sobre política especificamente. É uma pena, porque política é um negócio super importante, mas banalizou. Essa coisa da corrupção, como vamos acompanhar se em tempo real, a cada hora acontece um escândalo, cai por ter-ra um cara que era um ícone de moralidade e é pego com a boca na botija? Fica complicado.

TAXICULTURA

E a pirataria? Para onde você acha que caminha essa coisa de pirataria, distribuição, música digital?

Zeca Baleiro

Cara, a pirataria em si, física, o cd, já não é um gran-de problema, isso já foi bastante atenuado. A pirata-ria digital vai continuar, pois a ferramenta existe e se

existe as pessoas vão usar. Por exemplo, o Brasil já é o tercei-ro mercado do Itunes [reprodutor de conteúdo digital ]. Não faz nem um ano que foi implantado por aqui e está atrás apenas dos EUA e Inglaterra.

Mas o brasileiro gosta de música e gosta de comprar mú-sica. Obviamente se você está aqui e passa um cara ven-dendo uma coletânea do Luiz Gonzaga, e eu confesso que já fiz isso, você compra. Você compra pela facilidade, por tudo. Mas quando o cara tem a oportunidade de comprar o disco oficial, ele compra. Muitas pessoas já chegaram e me disseram: “comprei o seu disco pirata para conhecer; como gostei, fui lá e comprei o oficial”.

TAXICULTURA

Quem você gosta de ouvir? Quem você está ouvindo agora?

Zeca Baleiro

Muita gente, mas agora nesse processo de fechamento do disco eu fiquei me ouvindo, porque sou muito obsessi-vo com o acabamento do disco.Mas agora estou de saco cheio e vou ouvir outras coisas.

TAXICULTURA

E as redes sociais, você tem utilizado esse espaço?

Zeca Baleiro

Só uso as redes sociais para o trabalho. Todo o trabalho desse disco foi gravado em vídeo e postado nas redes so-ciais e foi um resultado incrível. Eu tinha até orgulho de não aderir às redes sociais, mas isso, ainda mais para mim que tenho filhos adolescentes que estão no auge desse uso, me interessa muito.Na verdade, acho que me interes-saria mesmo que não tivesse filhos. Mas isso é uma coisa que tem tornado as conversas muito chatas, porque, an-tigamente, a gente se sentava no bar e perguntava quem tinha gravado determinada música ou qual era o centroa-vante de tal time no campeonato de 66. E você tinha con-versa para a noite inteira. Agora fica todo mundo no Goo-gle e acabou o assunto para a próxima conversa.

TAXICULTURA

Você tem alguma canção que te marcou?

Zeca Baleiro

Todas as ouvidas no rádio! Eu lembro, por exemplo, do Sérgio Sampaio cantando o “Bloco na Rua”, aquilo foi um susto para mim. O Luiz Melodia cantando “Juventude Transviada”, o Fagner cantando “O último pau de arara”, Bob Dylan cantando “A hard rain’s”, Elton John cantando “Skyline Pingeon”. Hoje está tudo mais superficial, até os profundos hoje estão mais superficiais.

CAPA

Page 13: TAXICULTURA 15

12 TAXICULTURA|Julho - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

Page 14: TAXICULTURA 15

ESPECIAL

Evento contemplou os profissionais que se destacaram na criação e produção de quadrinhos e humor gráfico no ano de 2011

Considerado o maior prêmio da área de quadrinhos e humor gráfico da América Latina, o Troféu HQMIX realizou no últi-mo dia 30 de junho, nas dependências do Teatro do SESC

Pompeia, a cerimônia de entrega da sua 24º edição, premiando os melhores profissionais e lançamentos de 2011.

Uma eleição democrática e transparente

Organizado pela própria categoria dos desenhistas de HQs e hu-mor gráfico, através da ACB - Associação dos Cartunistas do Brasil e do IMAG - Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil, o Troféu HQMIX segue o espírito democrático que marca o evento desde sua criação, quando os cartunistas Gualberto Costa e José Alberto Lavoretro, o JAL, lançaram sua primeira edição no progra-ma TV MIX, da TV Gazeta, no ano de 1988. A escolha dos vence-dores é realizada através de um júri composto por desenhistas, professores, pesquisadores e jornalistas especializados no tema, de todo o Brasil.

24º Troféu HQMIX

Por Cássia Andrade

Sonia Luyten e Serginho Groisman foram os mestres de cerimônia na 24ª edição do Troféu HQMIX

Contudo, a partir deste ano, o processo de indicações foi modi-ficado para conferir ainda mais transparência à escolha dos pre-miados. Cinco jurados da mídia ou pesquisadores da área vota-ram as sete indicações para cada item do troféu. Em seguida, os votos foram cruzados para uma classificação por pontuação, com o resultado dos indicados postado no blog Troféu HQMIX, aberta a avaliação geral, onde qualquer pessoa, além dos jurados, pôde fazer suas considerações.

Após estas etapas, os indicados foram votados pelos profissio-nais da área registrados pela Associação dos Cartunistas do Brasil e do Instituto Memorial de Artes Gráficas do Brasil. Um processo difícil, mas democrático e auditado como em nenhum outro tro-féu no mundo.

O júri de notáveis deste ano foi composto por Marcelo Alen-car (jornalista, editor e pesquisador - presidente do júri do 24º Troféu HQMIX), Heitor Pitombo (jornalista e pesquisador), Té-

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14 TAXICULTURA|Julho - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

Page 15: TAXICULTURA 15

Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Julho|TAXICULTURA 15

lio Navega (jornalista e pesquisador), Sam Hart (desenhista e produtor) e Zé Oliboni (crítico e escritor), todos com um histórico de conhecimento e vivência na arte dos quadrinhos e humor gráfico.

Troféu SacarrolhaPara destacar a permanente criativi-

dade, que é uma marca registrada do segmento de HQ e humor gráfico no Brasil, a cada ano a estatueta do tro-féu a ser entregue aos vencedores é modificada, de modo a prestar uma homenagem a um grande persona-gem dos quadrinhos e humor brasi-leiro.

Neste ano, o artista plástico Olin-tho Tahara esculpiu o personagem Sacarrolha, do desenhista Primaggio Mantovi, que esteve no evento auto-grafando seu lançamento em edição especial do personagem homenage-ado. Produzida pela Editora Kalaco, a edição tem 64 páginas e formato As-terix; mais facsímile do número 1 da

Laerte Coutinho foi um dos homenageados

Ícone do cartun nacional, Angeli recebe também sua estatueta no HQMIX

Fábio Moon e Gabriel Bá receberam o prêmio Destaque Internacional

Magno Costa e Marcelo Costa ganharam o tro-féu Novo Talento Desenhista

Equipe Mundo dos Superheróis

Maurício de Sousa recebe prêmio pelo conjunto de sua obra

Groisman e Primaggio Mantovi, criador do personagem Sacarrolha

RGE, em tamanho 14 x 21 cm, com quatro cards.

Ícones do HQ

Dentro da tradição do evento, a 24ª Edição do Troféu HQMIX também teve a apresentação de Serginho Groisman - que cumpre o papel de mestre de cerimônia desde a primeira edição da premiação – além de show da banda Fábrica de Animais e performance do DJ MZK.

Estiveram presentes artistas como Laerte, Angeli, Maurício de Sousa, Gustavo Duarte, Gabriel Bá, Fábio Moon, Primaggio Mantovi e André Diniz, entre outros. Também esteve presente o Secretário da Cultura do Município de São Paulo, Carlos Augusto Calil, homenagea-do pela implementação do projeto “Fanzines nas Zonas de Sampa”, que ensina quadrinhos para jovens da periferia em Bibliotecas Munici-pais da periferia.

Marcatti foi contemplado como um dos principais nomes do HQ nacional

Page 16: TAXICULTURA 15

16 TAXICULTURA|Julho - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

ESPECIAL

A artista Débora Hirsch “volta” a 1930 e cria trai lers e pinturas de época para lançamento f ict ício do f i lme Limite, de Mário Peixoto

Um marco na história do cinema brasileiro, o filme Limi-te (1931), de Mário Peixoto, é a base do trabalho da artista ítalo-brasileira, Debora Hirsch, para suas obras

na exposição Limite, em cartaz no MuBE - Museu Brasileiro de Escultura, instituição privada de interesse público criada para promover a arte em seus diversos segmentos, como escultura, pintura, fotografia, grafite, desenho, música e cinema.

Criado em 1995 em uma área de 7 mil metros quadrados no bairro paulistano do Jardim Europa, o MuBE tem como sede um dos edifícios mais significativos da obra do arquiteto Paulo Men-des da Rocha. Erguido em concreto aparente, abaixo do nível da rua, o prédio conta com o silêncio como parte do ambiente.

Um jardim projetado por Burle Marx complementa o espaço, e é mais uma das atrações da instituição. O museu possui três áreas internas para exposições: o Grande Salão, a Sala Pinaco-

Mostra Limite no MuBE

PorWaldir Martins

Criado por Burle Marx, o jardim do MuBE é uma das principais atrações do Museu

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Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Julho|TAXICULTURA 1716 TAXICULTURA|Julho - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

ServiçoLimite MuBE - Museu Brasileiro da EsculturaEntrada gratuitaEndereço: Av. Europa, 218 - São PauloInformações: 11 2594-2601 - [email protected]ário de funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 19h

teca e a Sala Burle Marx, onde está em cartaz a mostra Limite. No Auditório Pedro Piva, com capacidade para 192 pessoas, acontecem apresentações musicais, teatrais, de cinema e mul-timídia. Um amplo espaço externo, um espaço gastronômico e uma loja de souvenirs completam a área de visitação.

Lançamento fictício

Segundo a artista, a ideia da exposição nasceu da poética do filme, do seu caráter inovador, da história de Mário Peixoto, da história da película em si, e principalmente pelo tema: a limita-ção da nossa existência e inutilidade das nossas ações.

Uma vez que o filme Limite nunca foi lançado comercialmen-te, Débora Hirsch, que é formada em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP e tem MBA pela SDA Bocconi de Milão, se propôs o desafio de criar e expor um material de divulgação para um lançamento fictício do filme, como se, de fato, estivesse acontecendo em 1931.

Para a a exposição, Hirsch produziu três trailers, utilizando apenas imagens e sons originais. Um deles no melhor estilo Hollywoodiano, com vocabulário, linguagem, ritmo e montagem próprios dos trailers americanos da época; outro apresentando os personagens e sintetizando a estória de Limite; e um terceiro apontando alguns dos pensamentos-chave de Mário Peixoto sobre o tempo e a nossa existência.

Além dos vídeos, a partir de frames deterio-rados da película original, Hirsch pintou três telas a óleo, em que as marcas deixadas pelo tempo no still ganham novos significados e elementos adicionais às imagens captadas pe-las câmeras de vídeo. Mesmo após um longo, intenso e sofisticado processo de restauração, partes da película de nitrato original do filme nunca serão recuperadas integralmente.

Sobre o filme Limite

O filme de Mário Peixoto, de 1931, é um marco na história do cinema brasileiro. A lis-ta de eventos que atestam sua representatividade é extensa. Em votação organizada por críticos em 1988 pela Cinemateca Brasileira, Limite foi eleito maior filme brasileiro de todos os tempos. David Bowie escolheu Limite como o único filme brasileiro entre seus dez favoritos da Améri-ca Latina para a mostra High Line Festival, em 2007. No mesmo ano, a versão restaurada de Limite foi exibida no festival de Cannes e fez parte dos filmes selecionados para a World Cinema Foundation, fundada por

Martin Scorsese. Em 1996, Walter Salles fundou o Arquivo Mário Peixoto na VideoFilmes no Rio de Janeiro onde cuida dos objetos e manuscritos originais de Mário Peixoto e edita publicações do cineasta/autor bem como textos críticos.

Ao longo das oito décadas que se passaram desde o lança-mento, o filme foi exibido apenas em salas alternativas. A deterio-ração dos negativos exigiu meti-culoso trabalho de restauração elaborado pela Cinemateca Bra-sileira e a nova versão foi apre-sentada em 2011 no Auditório Ibirapuera em São Paulo com uma nova trilha sonora, compos-ta pelo norueguês Bugge Wes-seltoft. O músico veio ao Brasil apresentar ao vivo o acompa-nhamento sonoro, juntamente com o também norueguês Ola Kvernberg e os brasileiros Rodol-

fo Stroeter, Naná Vasconcelos e Marlui Miranda.

Sobre a artista

Desde 1999 Debora Hirsch realiza mostras individuais e cole-tivas em importantes galerias e museus do mundo como Berni-ce Steinbaum, Miami; Effearte, Milão; Fondazione Sandretto Re Rebaudengo, Turin; Museu de Arte Contemporânea de Roma, (MACRO); Museu Arte Gallarate (MAGA); GAM di Palazzo Forti, Verona; Spazio Oberdan, Milão; PLAY, Berlim; Stefan Stux, New York; School Gallery, Paris; Fondazione Adriano Olivetti, Roma; XV Quadriennale de Roma; Padiglione d’Arte Contemporânea (PAC), Milão. É autora do livro Framed publicado pela editora Charta e membro do Comitê Científico do Art for Business e da Comissão Cultural da prefeitura de Milão. Leciona o workshop ‘Pensamento criativo’ na Accademia di Brera de Milão.

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TECNOLOGIAPor Fernando Lemos

Fernando Lemos é estrategista de Tecnologia e idealizador do Projeto Tecnologia Para Todospalestras@tecnologiaparatodos.tcwww.tecnologiaparatodos.tcwww.facebook.com/tecnoparatodos

Conexões 3G para acesso a Internet ainda são problemá-ticas no Brasil. Normalmente os planos limitam o tráfego e são caros. Já a tecnologia WiFi é muito útil para podermos ter acesso com os nossos equipamentos, mesmo quando esta-mos fora de casa ou do trabalho e não temos a disponibilida-de de um acesso mais barato. E agora ainda é possível saber os pontos em todo o Brasil que disponibilizam WiFi gratuito.

O site www.WIFILIVRE.com.br é um portal que informa onde você encontra esses locais. Se você disponibiliza WiFi gratuito no seu ambiente, pode cadas-trar a sua empresa ou ponto onde você atua no site e passa a ter um hotsite do seu estabeleci-mento. Caso você seja um usuário, na área de buscas do site, informe a cidade e tipo de estabe-lecimento que procura e ele retornará os locais que fornecem o acesso gratuitamente. Podem ser academias, bibliotecas, restaurantes, bares, parques e uma infinidade de locais.

Vale a pena conferir.

Onde encOntrar acessO WiFi gratuitO

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aplicativO para melhOrar O visual dO seu blOg Os blogs tomaram conta da web porque são uma forma interes-

sante de usar a tecnologia para expor e compartilhar suas ideias e conhecimentos. Contudo, para chamar a atenção dos futuros leitores é importante garantir a qualidade gráfica do blog e tam-bém a inclusão de imagens ao longo do texto. Um aplicativo que pode ajudar muito a deixar seu blog mais bonito e interessante é o JUICEBOX LITE. Um aplicativo gratuito, com uma interface fácil e intuitiva, que permite criar uma galeria digital de imagens para serem inseridas em meio ao seu conteúdo. Para facilitar as pes-quisas, você pode incluir descrições nas imagens.

Quando salvar o seu projeto, você receberá um código que deverá incluir no seu blog. Para usar o JUICEBOX LITE é preciso ter instalado também o ADOBE AIR que é um complemento. Ambos são gratuitos e podem ser encontrados nos sites de downloads na web.

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Os computadores pessoais há alguns anos quebraram um pa-radigma, ao trazer para as pessoas a possibilidade de operar um computador. A partir daí surgiu uma infinidade de aplicativos que descobrimos todos os dias. Agora esse paradigma deve ser quebra-do novamente. A ideia é não precisarmos mais de um computador para ter acesso às informações e trazer funcionalidades ao nosso cotidiano. A Google está desenvolvendo um gadget especial cha-mado GOOGLE PROJECT GLASS. Com o formato de óculos, ele traba-lha com lentes inteligentes. A pessoa usa ao longo do dia durante as suas atividades normais e nessas lentes surgem as mais variadas

informações digitais: imagens, temperatura ambiente, mapas externos e também internos, no caso de lojas de departamentos, por exemplo.

Além disso, permite fazer fotos, ligações telefônicas e mensageria com imagem, agenda com gravação por áudio, dicas de serviços públicos, identificar quem dos seus contatos está por perto e inúmeras outras funcionalidades. Esse gadget, que deve estar disponível em 2013, poderá substituir PCs e tablets, por ser muito mais confortável.

ÓculOs dO FuturO

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA 19

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Quatro diferentes casas oferecem opções para quem deseja curtir o melhor da estação mais fria do ano

Para curtir o frio

O inverno pede momentos de aconchego, com sabo-res que, nos dias mais frios,

conquistam o paladar e a alma. Pratos mais quentes e ambientes intimistas são as grandes pedidas da estação que, por essas e outras razões, é a pre-ferida de muita gente.

Calor espanhol

O La Tasca (taverna, em espanhol, mas também usado para designar locais que servem beliscos, pratos e bebidas), inau-gurado em 18 de agosto de 2009, ofe-rece pratos espanhóis que remetem à tradição desta região europeia. O menu apresenta receitas ao estilo “cozinha de panela”, tal como as apresentadas em restaurantes e residências espanholas.

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

Por Marina Schmidt

DivulgaçãoDivulgação

Preparada com muito azeite de oliva e açafrão, a Paella é um dos destaques do La Tasca

Atração do Maripili, Callos à madrilenha é uma dobradinha cozida servida bem quente

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SÃO PAULOUM MUNDO TODO

DivulgaçãoDivulgação

O principal destaque do menu é a paella, o prato mais conhecido da Espanha, origi-nário da região da Valência. Preparada no fogão a lenha, em meio a azeite de oliva e açafrão, a iguaria serve de duas a três, ou de quatro a cinco pessoas.

Há cinco versões feitas com arroz espa-nhol denominado “bomba”, importado de Valência, cujo grão (graúdo e curto), quan-do cozido, se torna mais fofo e cremoso do que os demais. Além disso, apresenta o socarrat, uma forma de cozimento tipica-mente espanhola que deixa o ingrediente principal (o arroz) caramelizado.

Para quem gosta da culinária espanhola, as opções são variadas. Em um pequeno imóvel de esquina no tradicional bairro da Chácara Santo Antônio, em São Paulo, está ambien-tado o Maripili (diminutivo de Maria del Pi-lar, tradicional nome feminino hispânico). As receitas apresentadas no menu não são abrasileiradas, como ocorre em outras casas de gastronomia espanhola no Brasil. Tapas e pratos simples, cheios de tipicidade, realçam o exíguo cardápio. As opções diárias ficam à vista da clientela em lousas, tanto do lado de fora da casa, quanto em seu interior.

São nove opções de embutidos, como o fuet, que leva pimenta do reino e a sobres-sada, patê com pimentão picante. Como entrada, o gazpacho (sopa fria e espessa a base de tomate); tortilla com batata e ovos, igual às consumidas em balcões da Espanha; e o revuelto de setas, que leva shitaque e ovos.

Os principais pratos seguem a linha “clás-sicos da cocina casera”, como o callos (do-bradinha cozida numa salsa bem picante); o rabo de toro, que é uma rabada à moda espanhola, cozida no vinho tinto com ce-noura, cebola e especiarias; e o bacalao a viscaína, servido quinzenalmente, que é um bacalhau de sabor piscoso e com molho de pimentões, tomate e maçã.

Intimista

O restaurante Santa Gula, na Vila Madale-na, oferece um espaço reservado, romântico

Magret de Pato aos três vinhos é a opção principal do Santa Gula

Restaurante La Tasca Av. Carinás, 592 – Moema Tel.: 11 2308-1091www.restaurantelatasca.com.br

MaripiliR. Alexandre Dumas, 1.152 - Sto. Amaro Tel.: 11 5181-4422www.maripili.com.br

Santa GulaRua Fidalga, 340 – Vila Madalena Tel.: 11 3297-5448www.stagula.com.brChe BárbaroRua Harmonia, 277 – Vila Madalena Tel.: 11 2691-7628www.chebarbaro.com.br

Serviços

e sofisticado. A chef Daniele Chamecki sugere o Magret de pato aos três vinhos como prato principal. “Guarnecido por risoto de abacaxi e presunto tipo Parma, que agrada principalmen-te o paladar feminino. Já o Medalhão ao Porto com trouxinhas coloridas de creme morno de queijos é uma boa opção para os homens”.

Descolado

É assim que o proprietário define o Che Bárbaro, outra opção na agitada Vila Mada-lena: “O restaurante é clean e dividido em cinco ambientes. Um deles conta com uma ampla varanda amadeirada, com vista para a rua, muito disputada em noites quentes. Em sua extensão, paredes alaranjadas recebem arandelas e quadros de ícones argentinos, como Maradona e Gardel”, comenta Martin Seoane. “Há, ainda, uma área externa que homenageia pontos históricos da cidade de Buenos Aires, como o bairro La Boca e a rua Caminito”, reforça.

Com a clientela formada por grupos de amigos e familiares e casais, a maioria jovens e descolados, o Che Bárbaro faz sucesso com pratos tipicamente argentinos, especialidade da casa. “Por ser uma parrilla argentina, os cortes de carne são a grande atração”, con-ta o proprietário. “Sugerimos o Biscuit, que vem em três medalhões de filé, e o Ojo del Bife (miolo do contra-filé)”, destaca. “Estes podem ser guarnecidos com a papa quiméri-ca, uma massa de batata gratinada no forno recheada com requeijão”.

Medalhão ao Porto com trouxinhas coloridas de creme morno de queijos fortalece o menu do Santa Gula

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EVENTOSAGENDA JulhoEVENTOS

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Gesto AmplificadoA exposição Gesto Amplificado, que estará em cartaz na Caixa Cul-

tural/SP até 23 de setembro, apresenta obras de 10 artistas contem-porâneos do Brasil, do México e da Argentina e traduz relações típi-cas das metrópoles, refletindo o caos, as relações políticas, classes sociais, arquitetura e personagens por meio da arte.

As obras apresentam diversas possibilidades de ações plásticas, criam movimento e narrativa, e levam o expectador ao limite de uma experiência social e estética, numa reflexão sobre as cidades.

Participam da exposição os artistas Alê Souto, Bruno Miguel, Carla Evanovitch, Coletivo Acidum, Demián Flores, Heberth Sobral, Horá-cio Cadzco, Magrão, Pablo Rosales e Pedro Sánchez.

Caixa Cultural Exposição Gesto AmplificadoAté 23 de setembroDe terça a domingo – das 9h às 21hPraça da Sé, 111 - Centro(11) 3322-4400Entrada Franca

A Falecida de Nelson Rodrigues

Em 1953, estava em voga o realismo socialista, teo-ria segundo a qual todas as histórias deveriam ter um final positivo ressaltando as conquistas do proletariado. Contra a corrente, o que im-portava para o dramaturgo era o indivíduo. “Marx que vá tomar banho!” O tema da obsessão retorna, agora voltado para a morte. Poderá um enterro de luxo compensar uma vida simples e miserável? A Falecida marca o reencontro do teatro de Nelson Rodrigues com o sucesso comercial. Cansado de desagradar as plateias conservadoras, os críticos e a censura, resolveu agradar a si mes-mo e o seu público.

Teatro do SESI-SPJulho – Sábados, às 20h30, e domingos, às 20hAgosto – Quintas e sextas, às 20h30Classificação - 14 anosAv. Paulista, 1.313 (Metrô Trianon-Masp)IngressosQuintas e sextas – entrada gratuitaSábados e domingos - R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

A Canção sem Fim – Luiz Tatit e Seus Convidados

Série de quatro shows mu-sicais com curadoria do com-positor Luiz Tatit, intérprete e violonista, professor do De-partamento de Linguística da USP e que foi um dos mento-res do inventivo grupo paulis-tano Rumo, que revolucionou o cenário da música popular

brasileira com o chamado “canto falado”. Os shows, inspirados na discussão sobre o esgotamento da com-

posição musical, contam com a participação de conhecidos par-ceiros e intérpretes da obra de Luiz Tatit, além da companhia do violonista Jonas Tatit.

Centro Cultural Banco do BrasilA Canção sem Fim – Luiz Tatit e Seus Convidados 17/07 – Zélia Duncan 24/07 – Zé Miguel Wisnik 31/07 – Marcelo Jeneci Rua Álvares Penteado, 112 – Centro (11) 3113-3651/52

Todas as apresentações acontecem às terças feiras em dois horários: às 13h e às 20hIngressos: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia-entrada)

Anima Mundi 2012 – 20º Festival Internacional de Animação do Brasil Em sua edição comemorativa de 20 anos, Anima Mundi 2012, maior festival de

animação nas Américas e um dos mais importantes do mundo, traz para o público os melhores filmes de animação de todos os continentes, com as mais variadas tendências e formatos. Um dos destaques de 2012 é uma mostra em homena-gem a Len Lye, trazida por Roger Horrocks, da Nova Zelândia.

Centro Cultural Banco do BrasilAnima Mundi 2012 – 20º Festival Internacional de Animação do Brasil De 25 Jul a 29 JulDe terça a domingo - das 9h às 21h Rua Álvares Penteado, 112 - Centro(11) 3113-3651/52Ingressos: R$ 4 (inteira) | R$ 2 (meia-entrada)

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Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro - Março|TAXICULTURA 2322 TAXICULTURA|Julho - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

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EVENTOSDi

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ãoEmoção art.ficial 6.0Nesta edição, o instituto traz uma mostra atem-

poral sobre a produção internacional e local da arte digital e tecnológica, apontando para os novos desa-fios dessa forma de expressão dentro do cenário da arte contemporânea.

A proposta é criar um “espaço de convivência” vol-tado tanto para obras realizadas com novas mídias – arte com seres tecnológicos (robôs, organismos sintéticos) e expressões artísticas calcadas em mídias técnicas (computadores, celulares) – quanto para trabalhos elaborados com suportes tecnológicos considerados já tradicionais na arte contemporânea, mais especificamente o cinema e o vídeo.

Itaú CulturalAté 29 de julho de 2012De terça a sexta - das 10h às 18h; sábado, domin-go e feriado - das 9h às 14hAv. Paulista, 149 - Bela Vista (11) 2168-1777Entrada Franca

‘’Dimensão Oculta’’, Cia. de Dança Cláudia de Souza

Inspirado em ideias e textos do antropó-logo americano Edward T. Hall, conhecido por suas pesquisas sobre comunicação in-tercultural, o espetáculo “Dimensão Ocul-ta” é um trabalho de exploração das re-lações corporais, sob uma ótica biológica, espaciais e sensoriais.

Galeria OlidoDia 22 de julho, às 19hAvenida São João, 473 - Centro(11) 3331-8399 ou 3397-0171Entrada gratuita

Terça na Praça O Quinteto de sopros do Instituto Bacarelli, formado pelos músicos Leandro

Cândido Oliveira (flauta), Lieni Oliveira Calixto (oboé), Magali da Silva Souza (cla-rinete), Felipe dos Santos Arruda (fagote) e Thiago Martins Rodrigues (trompa), estará apresentando obras de Radamés Gnatalli, Beethoven e Franz Ignaz Danzi.

Centro Cultural São PauloRua Vergueiro, 1000 - Liberdade (11) 3397-4002Terça-feira – dia 24/07 às 20h30Entrada franca - sem necessidade de retirada de ingressos

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Tutto Fellini O SESC São Paulo recebe em julho a exposição Tutto Fellini, que chega à São Paulo após

passar pelo Instituto Moreira Salles no RJ. A mostra contém cerca de 400 itens do universo do cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993) e estará aberta para visitação a partir de 06 de julho no Espaço Expositivo, 2º andar da unidade Pinheiros, com entrada gratuita.

Sesc PinheirosDe 6 de julho a 16 de setembroTerça a sábado, das 10h30 às 21h; domingos e feriados, das 10h30 às 18h30Entrada francaRua Paes Leme, 195 - Pinheiros(11) 3095-9400

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Novembro|TAXICULTURA 25

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Informações e inscrições

A combinação perfeita entre natureza e históriaBastou entrar no perímetro urbano de São Luiz do

Paraitinga, para que os participantes do Clube da Ca-minhada fossem envolvidos por um clima muito espe-cial, a combinação do ar puro da natureza exuberante e muita história.

Por se tratar de uma região incrustada em meio à Serra do Mar e cortada pelos rios Paraitinga e Parai-buna, os participantes tinham à sua disposição uma variedade de trilhas e passeios, com locais para a prá-tica de esportes de aventura.

Como não poderia deixar de ser, a isso se somou todo o patrimônio histórico da cidade, com suas igrejas e casario colonial, um verdadeiro museu a céu aberto.

Caminhada em São Luiz do Paraitinga Realizada entre os dias 23 e 24 de junho

Caminhar para se divertir, para conhecer ou ver, de forma diferente, outros lugares, outras caras, outras tribos

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Novembro|TAXICULTURA 27Informações e inscrições

Dia 22 de julho Aproveitando o espírito do Festival de Inverno,

a próxima parada do Clube da Caminhada será o Parque Estadual de Campos do Jordão, uma das maiores reservas de árvores coníferas do Estado de São Paulo.

Também conhecido como Horto Florestal, o par-que está localizado a 13 km da Vila Capivari, cen-tro de Campos do Jordão e com 8,3 mil hectares de área preservada, oferece ao visitante uma vas-ta área de lazer, como bosques para piquenique, trilhas para caminhadas, lanchonete, viveiro de plantas, além de paisagens belíssimas e o contato direto com a natureza.

Entre as trilhas existentes no parque, iremos per-correr a Trilha da Cachoeira, com suas três quedas d’água, e a Trilha dos Campos. Imperdível!

Próxima Parada

Caminhar para se divertir, para conhecer ou ver, de forma diferente, outros lugares, outras caras, outras tribos

Campos do Jordão

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Julho|TAXICULTURA 2928 TAXICULTURA|Julho- Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

Alimentos ricos em vitaminas e minerais ajudam na batalha contra a pele ressecada no inverno

Alimentação protege a pele no inverno

Todos sabem que a pele sofre com as alterações de temperatura, principalmente nos dias frios de inverno, ficando muito mais res-

sacada e exposta a escamações e rachadu-ras. Para enfrentar esse desafio, junto com o tradicional arsenal de cremes e loções, seguir uma alimentação equilibrada e saudável pode ser a melhor alternativa para auxiliar na hidratação e garantir uma pele bonita e viçosa durante todas as esta-ções do ano.

Segundo a dermatologista Carolina Mar-çon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana

BELEZA Por Paula Saletti

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de Dermatologia, a ingestão de legumes, hortaliças e frutas, fontes naturais de vi-taminas e minerais, é fundamental para proporcionar uma pele saudável e bonita.

“Frutas ricas em vitamina C, como o mo-rango, a framboesa, a laranja, a mexerica, o limão, a cereja, são exemplos de alimen-tos para a estação”, explica a especialista. “Da mesma maneira, vegetais como o bró-colis, o repolho e a cenoura, entre outros, também devem ser incluídos no cardápio. A escolha se dá pela riqueza de antioxi-dantes destes alimentos, que combatem os radicais livres e previnem o envelheci-mento”, explica.

A ingestão de legumes,

hortaliças e frutas é fundamental para uma pele

saudável e bonita

No inverno, a pele exige cuidados para que se mantenha saudável e viçosa

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Julho|TAXICULTURA 29

BELEZA

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ãoO poder da soja e outras oleaginosas

De acordo com a dermatologista, a soja e outras sementes e frutos ole-aginosos também se caracterizam como importantes alimentos a serem incluídos na dieta como poderosos auxiliares na hidratação da pele. “A pele possui receptores para as isofla-vonas, substâncias presentes na soja que evitam o ressecamento e melho-ram a elasticidade da pele. Além da soja, as castanhas, nozes e amêndoas, que são ricas em vitamina E, selênio e também antioxidantes, são impor-tantes aliadas para manter a beleza e saúde da pele”, acrescenta.

Hidratação contínua

Pode parecer irônico, mas nada irá garantir uma melhor hidratação para sua pele do que ingerir muita água du-rante a estação mais fria do ano. “No inverno as pessoas acabam deixando de beber água e isso prejudica a hi-dratação da pele. Um corpo hidratado apresenta uma pele macia e elástica”, ressalta Dra. Carolina Marçon.

No processo de hidratação contínua, os óleos de peixe e de prímula, por sua ação anti-inflamatória, também são indicados como importantes coadju-vantes no cuidado da pele. “O óleo de peixe, mais conhecido como ômega 3, tem efeitos benéficos e comprovados no tratamento de doenças inflamató-rias da pele. Já o óleo de prímula pos-sui ácido graxo poli-insaturado que é envolvido diretamente na síntese de ceramidas da pele, isto é, na produção de lipídeos responsáveis por manter a pele hidratada, íntegra e protegida”, comenta a dermatologista.

A médica ressalta ainda que, por não serem produzidos naturalmente pelo organismo, esses ácidos graxos poli- insaturados precisam ser ingeridos pela alimentação diária. Por isso, os peixes como o atum, o salmão e a sar-dinha não devem faltar na dieta.

Dicas para manter a pele hidratada e protegida em todas as estações do ano

* Dra.Carolina Marçon é dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

• Evite banhos quentes, prolongados e o uso de buchas, que removem a camada que protege a pele e que ajuda a mantê-la hidratada

• Hidratação é essencial e deve ser mais intensa no inverno, por isso opte por produtos à base de ureia, lactato de amônio, ceramidas, etc.

• Evite produtos com muito perfume, que podem irritar e ressecar ainda mais a pele

• A aplicação dos hidratantes deve ser feita preferencialmente após o banho, quan- do a pele ainda está úmida, para aumentar o poder de hidratação do produto

• Beba pelo menos dois litros de água diariamente, mesmo se não tiver sede

• Não esqueça o protetor labial: os lábios também sofrem com a ação do frio e podem rachar e até ficar feridos

• Não deixe de usar o protetor solar diariamente: mesmo nos dias nublados e frios as radiações estão presentes e podem causar danos à pele

Evitar alimentos gordurosos

Outra dica oferecida pela Dra. Carolina Marçon para manter uma pele viçosa no inverno é evitar o consumo de alimentos gordurosos, industrializados e de alto índice glicêmico. Reduzir ou mesmo eliminar o con-sumo de açúcar é outra prática aconselhada pela dermatologista, pois seu efeito nocivo sobre o sistema digestivo piora a oleosidade cutânea. “É muito comum aumentarmos o consumo desse tipo de alimento no inverno. O chocolate, por exemplo, principalmente o

branco e o ao leite, contém açucares, gordura e leite em grandes quantidades, podendo fa-vorecer o aumento da oleosidade da pele, e consequentemente o aparecimento de cravos e espinhas”, complementa a dermatologista.

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30 TAXICULTURA|Julho- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

PorWaldir Martins

BANDEIRA

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Belezas paradisíacas, arquitetura colonial e rica gastronomia fazem de Cananeia um dos lugares mais procurados do litoral sul de São Paulo

Patrimônio natural da humanidade, Cananeia reivindica o posto de primeiro povoado do país e se destaca por suas belezas naturais

Independente da polêmica que cerca a data de sua fun-dação, a cidade de Cananeia é um dos mais antigos povoados do país e conta com um centro histórico que

preserva construções do período colonial até o final do sé-culo XIX. Esse colorido cenário pode ser visto em detalhes no casario que predomina na Rua do Fogo, assim batizada por ter sido iluminada por lampiões durante muitos anos e também na Igreja de São João Batista, erguida pelos jesuí-tas em 1577 e restaurada em 1769.

A cidade conquista os visitantes também pela rica gas-tronomia que, ao contrário do que se imagina, não conta somente com pratos à base de frutos do mar. Da terra, vem a mandioca com sua variedade de preparos, como a farinha, biju e tapioca. Sem contar o cuscuz de arroz, os palmitos e as frutas locais.

Mas não resta dúvida que vale a pena experimentar as iguarias do manguezal como caranguejo e mexilhão, ou uma caldeirada caiçara, arroz com palmito, peixe defu-mado com banana verde, lambe-lambe, farofa de ostra e outros pratos que retratam bem o sabor local. Para se conhecer bem essa cozinha, vale visitar os bairros mais afastados e comer por lá mesmo.

Além dessa grande variedade de pratos de diferentes in-gredientes, as ostras merecem um destaque especial, uma vez que os visitantes podem comprá-las fresquinhas, direta-mente de coletores da região.

A melhor infraestrutura do Vale do Ribeira

As festas, a culinária e o artesanato também são atrativos à parte da cidade, cujas principais fontes de rendas são a pesca e o turismo. Com uma população aproximada de 15 mil ha-bitantes, a cidade chega a receber ao ano, segundo dados da Secretaria Municipal de Turismo, entre 60 e 80 mil visitantes.

Com uma das melhores infraestruturas hoteleiras do Vale do Ribeira, outra coisa que chama a atenção são os preços das comidas e pousadas, bem mais em conta do que aque-les praticados no litoral norte, por exemplo.

Cananeia

São mais de 50 pousadas e hotéis e mais de 40 cam-pings no município totalizando aproximadamente 2.800 leitos.

Polo Ecoturístico de Lagamar

Cananeia e as ilhas vizinhas - Cardoso, Bom Abrigo e Com-prida - podem ser alcançadas com bastante facilidade por escunas ou voadeiras (lanchas rápidas) e surpreendem pela rusticidade das praias, a rica vida marinha e as belas trilhas que podem ser acessadas pelos visitantes.

A região faz parte do Polo Ecoturístico de Lagamar, forma-do pelas cidades de Iguape, Ilha Comprida, Pariquera-Açu e Cananeia, no Estado de São Paulo, até Guaraqueçaba, no Paraná, sendo considerado um santuário ambiental repleto de espécies da fauna e da flora, com lagunas à beira-mar, vegetação de restingas e Mata Atlântica, além de mangues que são verdadeiros viveiros de peixes.

Um programa obrigatório na área é passear de barco por entre as ilhas dos arredores. Cardumes de golfinhos e botos cinzas costumam acompanhar os tours que levam às pisci-nas naturais da Ilha Comprida ou aos cenários intocados da Ilha do Cardoso, que abriga um parque estadual emoldurado pela Mata Atlântica, poços, trilhas e praias.

Fortalecer a indústria do turismo

Focado no desenvolvimento de sua indústria do turis-mo, hoje o município conta com a parceria da Secretaria Estadual de Turismo para a realização dos principais even-tos turístico da cidade, como é o caso da Festa do Mar, que acontece todo o mês de junho e está em sua décima edição, Carnaval e a tradicional Festa da Padroeira Nossa Senhora dos Navegantes, realizada no mês de agosto.

Cananeia conta ainda com dois importantes parceiros para fortalecer seu parque turístico: o DADE - Departa-mento de Apoio ao Desenvolvimento de Estâncias, que garante manutenção e reestruturação das principais vias de acesso aos atrativos turísticos, e o SENAI, que, com seus cursos de restauração, tem permitido a recuperação de prédios históricos.

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Bárbara de Aquino

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Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Julho|TAXICULTURA 3332 TAXICULTURA|Julho - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

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Atrativos turísticos

Espaço urbano

Conjunto de casarios históricos - As primeiras construções de Cana-neia são aquelas localizadas na Rua Tristão Lobo. Constitui um con-junto significativo conjunto arquitetônico de casarios, construídos no final do século XVIII e início do século XIX. As paredes das resi-dências são construídas com pedras e argamassa composta de areia, cal de ostras retiradas dos sambaquis e óleo extraído da baleia.

Igreja de São João Batista - A Igreja de São João Batista, situada na praça central, foi construída em 1577 para servir de fortaleza contra invasores. A parede é espessa e constituída de calcário retirado de conchas e de óleo extraído da gordura de baleias que eram caçadas ao redor da Ilha do Bom Abrigo. Pequenas frestas na parede lateral da igreja e de frente ao estuário (as seteiras) permitiam a passagem de flechas de dentro para fora, para atingir os intrusos sem que os mesmos atingissem quem se encontrava no interior da igreja.

Museu Victor Sadowisk - Possui um acervo com curiosidades e ca-racterísticas que retratam a história e a cultura de Cananeia. Possui um tacho de bronze que foi trazido pelos navegadores portugueses. O tacho foi colocado na Ilha do Bom Abrigo em 1767 e nele era der-retido o óleo de baleia usado para se fazer a argamassa. Outro atra-tivo do acervo do museu é o tubarão, o segundo maior do mundo. Foi pescado em 1992, com 5,5 metros de comprimento e 3500 Kg.

A Figueira de Cananeia - A Figueira de Cananeia é conhecida como árvore do coração de pedra, por ter envolvido em seu cau-le um pilar de pedra construído ainda na fundação da cidade, em 1531. Hoje é possível observar pelas fendas e olhos naturais do gigantesco tronco, vestígios de pedra no seu interior, zelosamen-te guardada como um relicário.

Morro São João e a Trilha do Mirante - Elemento marcante na pai-sagem ambiental da cidade, o Morro São João abriga uma trilha que permite o percurso dentro da Mata Atlântica até chegar a um miran-te de onde pode-se observar um complexo estuário lagunar, bem como a cidade, as praias e as ilhas vizinhas.

Outros atrativos turísticos podem ser feitos através de barcos como a Gruta de Nossa Senhora de Fátima, e os argolões de bronze en-cravados na pedra, que serviam para amarrar as caravelas da expe-dição de Martim Afonso.

Roteiro das cachoeiras

Cachoeira do Pitu - Localizada na Comunidade do Itapitangui onde encontra-se muita concentração de Mata Atlântica e era antiga região de mineração. Acesso pela Estrada velha de Jacupiranga. Próximo também está o Projeto Agroflorestal, onde o turista pode conhecer um pouco do trabalho da agri-cultura familiar.

Localizada dentro de uma propriedade particular, esta é a cachoeira com maior estrutura para visitação, com banhei-ros e local para refeição (necessário agendar com antecedên-

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Como Chegar

De carro: saindo de São Paulo, seguir pela BR116 (Rodovia Régis Bitterncourt) até o km 200 e continuar pela SP226. Passar pela cidade de Pariquera-Açu e, 16 km depois, entrar à esquerda no trevo. Seguir pela estrada e passar pela ponte Euclides Figueiredo que liga o continente à Ilha de Cananeia. Há a opção de seguir em frente até Porto Cubatão e atraves-sar pela balsa. O tempo de viagem (sem paradas) será em média de 3 horas e 30 minutos.De ônibus: ônibus direto saindo da rodoviária Barra Funda (em São Paulo), rodoviárias da cidade de Osasco e Jundiaí e ponto da empresa Intersul em Taboão da Serra. A única em-presa que faz esse trajeto é a Intersul Transportes. Tempo médio de viagem: 5 horas.

cia). Duração: 1 hora. Grau de dificuldade: leve. Taxa de visitação: R$3,00.

Cachoeira do Mandira - É uma belíssima cacho-eira que parece se esconder em meio à mata. Com uma pequena caminhada de 20 minutos é possível conhecê-la. A cachoeira fica próxima à comunidade Quilombola do Mandira. O local abriga ainda uma reserva extrativista de ostras e um trabalho muito interessante de artesanato produzido pelas mulheres da comunidade. Du-ração: 1h30. Grau de dificuldade: médio.

Cachoeira do Encanto - Também localizada den-tro de uma propriedade particular, é possível agendar almoço com verduras e legumes produ-zidos pelos próprios donos. Duração: 1 hora. Grau de dificuldade: leve. Taxa de visitação: R$2,00.

Cachoeira Rio das Minas - Esta cachoei-ra fica localizada na área do Parque Estadu-al de Jacupiranga, a, aproximadamente, 30 Km de Cananeia. Cercada pela Mata Atlânti-ca, a cachoeira é sem duvida uma das maio-res e mais belas cachoeiras da região. Du-ração: 2 horas. Grau de dificuldade: médio. Taxa de visitação: R$5,00.

Parque Estadual Ilha do Cardoso - A Ilha do Car-doso abriga uma variedade extraordinária de am-bientes e alta diversidade biológica: mamíferos grandes, como baleias, mono-carvoeiros, bugios e, de menor porte, suçuaranas e veados-mateiro, num total de 86 espécies catalogadas pelo Institu-to Florestal de São Paulo.

Apesar de localizada em pleno litoral de São Paulo, a ilha conseguiu manter-se preservada, visto que o acesso a ela não é tão fácil. O acesso é feito do por-to, de onde partem escunas e voadeiras (pequenas lanchas), até as comunidades tradicionais.

A ilha é composta por seis comunidades tradicionais, sendo as mais desenvolvidas o centro de pesquisas Núcleo Perequê e a comunidade Marujá. Passeios podem ser agendados com os monitores ambientais, que dão verdadeiras aulas de conservação do meio ambiente. As famílias tradicionais que moram na ilha também buscam a preservação do meio, respeitando as regras do parque estadual e, de certa forma, monitorando os passeios também.

Bárbara de AquinoDiuvulgação

As ostras são uma das atrações da região e podem ser compradas diretamente de coletadores

A praia do Cambriú permite que o visitante entre em contato com um ambiente selvagem e tranquilo

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34 TAXICULTURA|Julho- Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

AA contrário do que se possa pen-sar, as pessoas descomplicadas não fogem das questões complexas ou

sofisticadas que enfrentamos no nosso coti-diano. A diferença é que, mesmo diante de um turbilhão onde se misturam ansiedades, angústias e indefinições, essas pessoas conse-guem manter a sua perspectiva para pensar e agir com clareza. Desse modo, fica muito mais fácil propor ações inovadoras, capazes de romper com velhos paradigmas e abrir espaço para que o novo possa vir à tona nas mais di-ferentes situações.

Se considerarmos, ainda, que na nossa so-ciedade a busca por alternativas sustentáveis na alimentação, no vestir ou na mobilidade urbana, a cada dia, se torna mas premente, a opção pelo simples e descomplicado aos pou-cos vai se consolidando como uma verdadeira filosofia de vida.

E não se trata de passar por privações ou as-sumir uma visão de mundo estreita e limitada, mas, sim, estabelecer um novo modo de enca-rar e se posicionar diante do cotidiano, onde conforto, cultura, arte e gastronomia, entre outros quesitos, se diferenciem do padrão de consumo inconsequente, que prioriza a osten-tação, o exibicionismo e a gula, para ficarmos em apenas alguns exemplos.

Por Waldir Martins

QUALIDADEDE VIDA

Descomplique: viva mais e melhorAprender a descomplicar o cotidiano é um dos pilares para quem deseja garantir uma melhor qualidade de vida em qualquer situação

A melhor estratégia é ser feliz

É importante perceber que essa opção não tem um caráter mo-ralista, no sentido de restringir ou obrigar as pessoas, mas, antes disso, busca estabelecer uma estratégia capaz de proporcionar a si próprio e à sua comunidade, uma melhor qualidade de vida. Uma proposta onde o exclusivo, o particular e o individual cedem espaço para o inclusivo, o comum a todos e o coletivo, sem que tenhamos que abrir mão de nossas singularidades. Muito ao contrário.

Afinal, não é nada inteligente destruir o mundo e suas riquezas naturais apenas para atender à nossa preguiçosa e mortal comodi-dade. O preço a pagar pode ser imensamente caro. Descomplicar está no gesto, na fala, no movimento, nas relações pessoais.

Portanto, na fila do banco, do mercado, do teatro ou do cinema, abra espaço para essa nova ideia: descomplique!

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• Assertividade: ser claro e objetivo

• Flexibilidade: capacidade de perceber e respeitar a posição do outro

• Tranquilidade: segurança para decidir

• Bom humor: diante das diferentes situações

• Desapego: as coisas passam, o que fica é a experiência

• Responsabilidade: você é o responsável pela vida que propor- ciona a si e à sua comunidade

Qualidades das pessoas descomplicadas

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA 35

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36 TAXICULTURA|Julho - Visite e indique: facebook TAXICULTURA

Projeto Guri

SPTEM

Por Arnaldo Rocha

Mantido pelo Governo do Estado de São Paulo, o Projeto Guri é considerado o maior programa

sociocultural brasileiro e oferece, desde 1995, continuamente, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação musical, coral, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopro, te-clados e percussão.

O programa realiza um trabalho que tem na música seu instrumento de trans-formação e, nos guris, sua obra-prima. São 421 polos distribuídos por todo o Es-tado de São Paulo, onde mais de 55 mil jovens frequentam regularmente as aulas.

Dentro do seu processo de formação musical, os jovens estudantes participam do espetáculo “Calungá”, sob a direção geral do percussionista Chico Santana, ge-rente artístico do projeto e atuam ao lado de um verdadeiro ícone da música instru-mental brasileira, o também percussionis-ta Naná Vasconcelos.

O que nos separa é o que nos uneO show “Calungá - O mar que separa é o

mar que une”, aborda o universo afro-bra-sileiro e evoca a travessia dos escravos negros até o Brasil. O mesmo mar que os

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separou de seu continente, uniu povos e agregou influências, dei-xando como herança a contribui-ção para a formação da identidade cultural brasileira.

O espetáculo apresenta arran-jos inéditos elaborados a partir do álbum de 1982, “Canto dos Escra-vos”, que traz Clementina de Jesus, Tia Doca e Geraldo Filme interpre-tando cantigas ancestrais dos ne-gros trabalhadores de mineração em São João da Chapada, Diaman-tina (MG). O repertório conta tam-bém com composições do próprio Naná Vasconcelos, além de outras canções. Posteriormente, serão gerados um DVD e documentário.

O espetáculo que já passou por cidades como Santos, Sorocaba, São José dos Campos e São Paulo conta com a participação de 39 guris das cidades de Cerquilho, Guareí, Ibiuna, Itú, Piedade, Pilar do Sul, Salto, São Roque e Soroca-ba - todos integrantes do Grupo de Referência de Sorocaba, que reúne estudantes de desempenho artístico mais avançado.

Projeto apresenta espetáculo sobre o universo afro-brasileiro em diferentes cidades de São Paulo

Para doações:www.projetoguri.org.br Tel: (11) 3862-3323

Maiores informações:

Guri Santa MarcelinaTel: (11) 3585-9888

Criado por Chico Santana, o espetáculo Calungá contou com a presença do percussionista Naná Vasconcelos

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Novembro|TAXICULTURA 37

Divulgação

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38 TAXICULTURA|Julho- Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro

MORAR

BEM Por Adriana Scartaris

Eventos revelam tendências e retratam diferentes estilos para quem deseja morar bem

Homenageada da edição 2012 da Casa Cor, a modelo Gisele Bündchen serviu de inspiração e referência

para muitas das criações dos profissionais entre arquitetos, decoradores, paisagistas e designers. Estampas, materiais, texturas e cores que servem de referência para os estilistas estão sendo rapidamente absor-vidos e ganham novas interpretações nos projetos de arquitetura, design de interi-ores e nos itens de construção.

A sustentabilidade é outro pilar cada vez mais presente, pois os arquitetos estão aliando a utilização de materiais susten-

Casa Cor e Mostra Black

táveis ao conforto e a beleza. Ambientes ecologicamente corretos, com redução de consumo de água e resíduos, jardins verti-cais, além de móveis e revestimentos com madeira de demolição têm se tornado itens de desejo de quem aprecia arquitetura e decoração.

Como não poderia deixar de ser, este ano a mostra reforçou o novo momento da eco-nomia brasileira e do mercado de arquite-tura e decoração, ressaltando a presença cada vez mais intensa de temas da moda no dia a dia das pessoas.

Acompanhe alguns exemplos.

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Adriana ScartarisDesigner desenvolve projetos de

design de interiores aplicando técnicas acadêmicas

e de terapias espaciais www.adrianascartaris.com.br

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res A influência da moda na arquitetura foi um dos destaques da Casa Cor 2012

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MORAR

BEMLiving, por Brunete Fraccaroli, arquiteta

Um leque surpreendente de cores captura o olhar na sala apresentada pela arquiteta Brunete Fraccaroli. Amarelo, laranja e vermelho dialogam num cenário alegre e acolhedor. As paredes misturam pastilhas de vidro, ao fundo, e espelho fumê, na lateral. No piso de assoalho, o grande tapete de couro e linho setoriza esta parte do estar, decorada com sofá de couro e poltronas e pufes de linho.

Destaque para a poltrona em formato de trono, de laca e veludo num vibrante tom grená. A escultura Welcome Guest, de fibra de vidro sobre base de mármore, diverte ainda mais a com-posição. Iluminação da La Lampe e mobiliário da Kare. Uma sucessão de fios de Lycra dourados costurados numa estrutura de metal forma a luminária importada da Alemanha. Com 1,91 m de altura e 74 cm de largura, a peça, para oito lâmpadas de 40 W, proporciona um belo efeito tramado de luz.

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Julho|TAXICULTURA 39

Suíte do menino, por Gerson Dutra de Sá e Ana Lucia Salama, arquitetos

Para o garoto apaixonado por boxe, um quarto com direito a ringue e muitas fotos de Anderson Silva, o mais importante lutador brasileiro de UFC da atuali-dade. A área de treino é delimitada pelo tatame emborrachado em tom de azul e pelo saco de boxe fixado no teto. Painéis ripados de laminado plástico com aparência de madeira marcam o espaço da cama e o canto da TV.

As demais paredes receberam papel que faz alusão ao filme Rocky: Um luta-dor, grande sucesso de bilheteria de meados dos anos 1970. O banheiro reves-tido de pastilhas de vidro é isolado por portas de correr, mas o boxe fica visível do quarto graças ao fechamento feito com vidro em tom de azul-turquesa. Uma persiana pode ser acionada caso se queira privacidade. O piso de porcelanato, com aparência de tábuas corridas de madeira de demolição, facilita a limpeza e dá liberdade ao adolescente de praticar seu hobby com os amigos.

Mostra Black

Uma casa modernista da década de 1960, assinada pelos arquitetos Raimun-do da Rocha Diniz e Simoni Porto, no bairro de Alto de Pinheiros, foi o local escolhido para a 2º edição da Hyundai Mostra Black.

Os ambientes são resultado da livre interpretação de cada profissional. As inspirações surgem desde lembranças da infância no interior, passando por personagens como o ciclista, o morador do deserto da Califórnia, o amante do rock’n’roll, entre outros.

Loft, por André Piva, arquiteto

O espaço de Piva se chama Loft Gourmet, e representa um morador com estilo de vida despojado, que preza pela sofisticação, porém sem que esta comprometa o conforto e o aconchego. Ou seja, aqui o luxo está nos materiais delicados e de toque macio, na mistura de tons sóbrios, nos objetos de décor, tudo de uma maneira sutil e convidativa, sem ostentação.

Segundo o próprio arquiteto, o projeto “é um loft brasileiro, com todos os espaços juntos. Tem verde, tem lazer, tem descanso”. Além do living, ponto central do layout, há ainda uma sala de jogos – com mesa de sinuca em amare-lo ovo! – e a área da sala de jantar e preparo das refeições, com direito a adega climatizada. Os 90m² do ambiente promovem a convivência entre a família e os amigos e evocam tudo o que há de melhor na vida.

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40 TAXICULTURA|Julho - Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

Por Dra. Mery Hellen Jacon Pelosi

MUNDOCÃO&CIA

Cálculo urinário em animais

A “litíase urinária” ou “urolitíase”, nome uti-lizados nas literaturas, não acometem so-mente humanos, mas também os animais

domésticos, como cães e gatos. Os cálculos são formações sólidas de sais minerais e uma série de outras substâncias que podem migrar pelas vias urinárias causando muita dor e complicações a saúde do animal.

Geralmente, os cálculos se formam na bexiga e na uretra, no entanto, raramente ocorre também a formação de cálculos dentro dos rins. Bastante comum em animais, os cálculos podem ser de variados tipos e atingir diferentes tamanhos. Em alguns casos são encontrados cálculos do tama-nho de um pequeno grão, em outros, o tamanho pode chegar a cerca de 10 cm.

Tipos de cálculos em animais

De modo geral, estão mais propensos a ter cálculos os animais entre um e seis anos de ida-de, principalmente cães e gatos do sexo mascu-lino. Nos felinos, por exemplo, o mais comum é encontrar cálculos originados por minerais como o magnésio. Existem também as forma-ções de cálculos ocasionadas pela acidez da urina, como é o caso dos cálculos de urato de amônia e acido úrico.

Existe também o cálculo formado por oxalato de cálcio. Geralmente, este tipo de cálculo apre-senta maior incidência em cães machos e é lo-calizado nos rins, bexiga e uretra. Outro tipo é o cálculo formado por fosfato de cálcio, de menor incidência em animais e atinge machos e fêmeas com a mesma frequência.

Causas mais comuns

Quando falamos de cálculos, a origem da for-mação e suas causas nem sempre são conhe-cidas. Em boa parte dos casos, os cálculos se

formam por predisposição genética do animal, entretanto, outros fatores também podem de-sencadear a formação.

Alguns estudos apontam que, atualmente, uma das principais causas da formação de cálcu-los em animais domésticos é a utilização de ali-mentos hipercalóricos industrializados, como é o caso de algumas rações disponíveis no mercado.

É importante ficar atendo ao tipo da ali-mentação e a frequência com que o animal a recebe, pois pode interferir diretamente no pH urinário, favorecendo ou não a precipitação de cristais (cálculos).

Prevenção e tratamento

Animais que já tiveram cálculos ou são predis-postos ao seu aparecimento devem ser monito-rados frequentemente por um médico veteriná-rio. Para estes casos, é necessário realizar exames específicos como prevenção e diagnóstico.

O tratamento convencional para cálculo renal consiste na ingestão de analgésicos e muito líquido. Também podem ser receitados remédios que ajudam na dissolução de certas substâncias da urina. Em muitos casos, ainda se utiliza cirurgia.

Para ajudar, novos métodos cada vez mais seguros e menos invasivos vêm auxiliando os veterinários na precisão de seus procedimen-tos, como novas técnicas de exames, trata-mentos e cirurgias.

Lembre-se: o bem estar e a saúde de seu ani-mal dependem de você! Procure um médico ve-terinário e se informe sobre a melhor maneira de tratar o seu animal.

A escolha de uma boa alimentação é extre-mamente importante para manter o seu animal sadio e feliz!

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Estima-se que os cálculos renais ocorram em cerca de 20% da população de cães e gatos domésticos

Dra. Mery Hellen Jacon PelosiEspecialista em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais,

integra a equipe da Clínica Veterinária Estação Zoo

Fone: 11 5084-6912 | 5083-6495www.estacaozoo.com.br

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42 TAXICULTURA|Julho - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

A língua literária e a língua pictórica há muito que se des-dobram, se contor-cem, se excitam e travam grandes ba-talhas pra revelar as cidades dentro da cidade e os homens

dentro do homem

SOBRE O QUE NÃO SE SABE

HORIZONTEVERTICAL

Crônicas de uma São Paulo que ninguém vêIlustração e texto: Ivan Fornerón

H á mais de quatro anos desenhei a ilustração que acompanha esta crônica. Com o pretenso título “Embrionífero das Almas”, e sem apelar

a nenhuma faceta religiosa, eu me perguntava sobre a questão do nascimento de uma alma, na hipótese de termos uma e, assim como tudo, como poderia ser sua origem. Mesmo sem uma resposta, que agora já não importa, fico feliz com o resultado plástico de um questionamento que ainda persiste e, mais do que isso, o quanto é importante o ‘não saber’ das coisas importantes para as quais criamos todo um raciocínio que dá musculatura ao pensamento, sem falar no de-leite que proporciona.

Sei que há diversas teorias e construções mentais para o assunto (ainda me refiro ao nascimento das almas), desde a primitiva intuição do homem nu, pas-sando pela teocracia monumental dos egípcios até a harmonia dos nossos amados gregos (pra mim eles são amados). Por isso, é mais do que comum perder-se em profundidade quando nos ocupamos daquilo que nos ultrapassa e é tão antigo como são antigas a vida e a morte. Pois também eu me perdi, e lembro dos meus dedos percorrendo a inóspita, mas também generosa, vereda da criação, alcançando cores, traços e formas.

Nesse trajeto, duas coisas se impuseram: a quase impossibilidade de pensar o abstrato (até mesmo o suposto abstrato que pensamos é concreto) e a inevi-tável finalidade das coisas. Assim, não foi difícil o enca-deamento de interrogações que faziam fila, feito velas. A boa pergunta, todo mundo sabe, é a que nos leva a uma outra pergunta, e mesmo que fiquemos no reino

dos por quês, a memória primitiva do que uma alma já experimentou, como prêmio de consolo às inda-gações sem-fim, forma um panorama significativo do que é humano: o primeiro mar, a primeira água, a primeira aparição, o primeiro amor, a primeira fé, a primeira descrença, o primeiro jardim das dúvidas, a primeira traição, o primeiro abandono, a alfabetiza-ção que não se esquece, o primeiro cão, o primeiro e divino silêncio...

Quando vi, tinha diante de mim embriões de fru-tos, de animais, embriões até de imagens caleidoscó-picas, seres que você só consegue identificar quando se realizam. Em alguns podia ver, com algum esforço, a silhueta humana, também imagens de microscópio que minha mente tenha registrado desde a infância, e ainda olhos, muitos deles, como os olhos que vejo com frequência pelo hábito de observar tanta gente, todos os dias, buscando não só correspondência ao meu si-lêncio, mas também entendimento — ainda que provi-sório — para o que não se explica.

Esses embriões (da ilustração e dos olhos cotidianos) mostram que algo nos alimenta além do materialismo tão insuficiente. Há um poço de suspeitas daquilo que não se sabe, coisas que o instinto indica, mas só a ima-ginação pode tocar. A língua literária e a língua pictórica há muito que se desdobram, se contorcem, se excitam e travam grandes batalhas pra revelar as cidades den-tro da cidade e os homens dentro do homem; pra reve-lar até mesmo essa alma que não sabemos como nas-ce, apenas como vive até a morte reconquistá-la com seu beijo definitivo.

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Novembro|TAXICULTURA 43 Novembro|TAXICULTURA 4342 TAXICULTURA|Março - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

SIMPLESMENTE ÓBVIO(ou quando chove forte em São Paulo)

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