revista solví – 16

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ANO VI • NúMERO 16 JANEIRO/ABRIL de 2012 CIDADE LIMPA SãO PAULO, Colaborador da Inova durante operação de limpeza de feira em frente ao estádio do Pacaembu, em São Paulo Solví dá início a uma nova fase na limpeza urbana da maior cidade do País

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ANO Vi • NúmerO 16 janeiro/abril de 2012

CidAde limpASão Paulo,

Colaborador da Inova durante operação de limpeza de feiraem frente ao estádio doPacaembu, em São Paulo

Solví dá início a uma nova fase na limpeza urbana da maior cidade do País

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O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab pilota varredeira mecanizada durante o lançamento do novo modelo de limpeza da cidade

a revista Solví é uma publicação quadrimestral interna, editada pela área de Comunicação do Grupo Solví.os textos assinados por articulistas não traduzem necessariamente a visão da empresa.

presidente: Carlos leal Villa

diretor Financeiro: Celso Pedro so

diretor de desenvolvimento Organizacional e Gestão de pessoas: Delmas Penteado

Coordenação: nathalia de oliveira Gomes

edição, reportagem e textos: nilva bianco (MTb 514/SC)

Fotografia: Marcello Vitorino (Mtb 27.290/SP)

projeto editorial e gráfico: Fullpress – textos, fotos e ideias

impressão: D’lippi Print

Tiragem: 2.800 exemplares

Foto da capa: Marcello Vitorino/Fullpress

Comentários e sugestões: rua bela Cintra, 967, 10º andar, bela Vista, São Paulo, SP, CeP 01415-000

e-mail: [email protected]: www.solvi.com

Com Inova, Grupo Solví retomaserviços de limpeza em São Paulo 06CAPA

ENTREVISTAMercedes Stinco falasobre gestão de riscos 04

Criação da Companhia Riograndensede Valorização de Resíduos 12

GESTão E NEGóCIoS

GESTão E NEGóCIoSSolví inaugura nova CTR regional em Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ)

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15 Vega assume primeiro contrato de limpeza urbana na Bolívia

GESTão E NEGóCIoS

20 Revitalização de lâmpadas,a nova área de atuação da Solví

GESTão E NEGóCIoS

GESTão E NEGóCIoSEssencis oferece novos serviçospara indústrias

16

18 Após reestruturação, GPO deve triplicar faturamento em 2012

GESTão E NEGóCIoSEXPEDIENTE

SuMÁrioMarcello Vitorino/Fullpress

21GESTão E NEGóCIoSOs projetos vencedoresdo Prêmio Solví de Inovação

24INSTITuTo SolVíO resultado do 1º Prêmio Solví de Responsabilidade Social

26SolVí Em NúmERoSO desempenho doCSC Solví em 2011

27 NoTAS

28 Em foCo

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Como a maior e mais importante cidade do país, São Paulo representa oportunidades e desafios na mesma proporção para administradores, urbanistas, arquitetos e também para todas as empresas que atuam na metrópole. Para nós do Grupo Solví, retomar a prestação de serviços de limpeza urbana nesta cidade que está em nossa própria origem é uma imensa conquista, que há muito vínhamos perseguindo.

Ela é ainda mais significativa porque a Prefeitura de S ã o Paulo decidiu implantar um novo modelo de contrato, que cha-mamos de “cidade limpa”, no qual as empresas recebem um valor fixo mensal para manter a cidade limpa, tendo liberdade para adotar as ferramentas, tecnologias e métodos que conside-rarem os mais adequados para isso. Esta mudança de eixo (quantidade x qualidade) traz consigo um aspecto fundamental para qualquer centro urbano que almeja ter a civilidade como marca: educação.

É como se vivêssemos um “marco zero” na limpeza urbana em São Paulo, porque a partir de agora a população passa a participar de fato do tema, sendo conscientizada sobre a importância da colaboração, tanto para manter a cidade limpa quanto para melhorar continuamente a qualidade dos serviços, por meio da sua opinião. Por isso uma das primeiras preocupações da Inova Gestão de Serviços Urbanos, empresa constituída para atender ao contrato, está na implementação de ações de educação e comunicação.

Agregar a limpeza pública de São Paulo (sendo que o serviço de coleta já é feito pela Loga) sem dúvida representa um enorme passo em direção aos objetivos estratégicos e de crescimento do Grupo. E também temos outras con-quistas importantes, em várias frentes, que merecem destaque nesta edição da Revista Solví, do primeiro contrato de limpeza pública na Bolívia (na maior e mais importante cidade daquele país) às novas empresas adquiridas ou constituídas pela Essencis para ampliar ainda mais o seu portfólio de serviços para a indústria. Por último, mas não menos importante, falamos da importância da responsabilidade social e da inovação em tudo o que fazemos, com a entrega do reconhecimento às empresas e equipes que mais se destacaram nessas áreas. Pois queremos crescer, mas sem esquecer dos nossos Valores.

Boa leitura!Carlos Leal Villa

Presidente do Grupo Solví

reCONquiSTA de SãO pAulO

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eDiTorial

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Mercedes Stinco gerente de gestão de riscos da Natura

não se crescesem riSCoS

enTreViSTa

mercedes Stinco foi contratada pela Natura em 2004 com um grande desa-fio: implementar a gestão de riscos em uma das empresas mais admiradas do Brasil e a maior na área de cosméticos no país, com cerca de sete mil colabora-dores, 1,3 milhão de consultoras e uma receita liquida consolidada de r$ 5,6 milhões em 2011. partindo da convicção profunda de que um processo desses não poderia ser imposto, a gerente de gestão de riscos conduziu a partir de 2005 um longo processo, que envolveu todos os gestores no mapeamento dos riscos estratégicos e na inserção deste mapa na agenda da empresa para o fu-turo. Na entrevista a seguir mercedes compartilha algumas de suas visões e convicções sobre gestão de riscos.

revista Solví - por que a gestão de ris-cos é vista hoje como essencial dentro das empresas? Como a Natura encara o assunto?mercedes Stinco - as empresas, de um tempo para cá, vêm sendo mais cobra-das em relação à gestão de riscos, espe-cialmente as de capital aberto, na medi-da em que lidam com decisões tomadas pelos mais variados cargos executivos. Começamos este processo na natura em 2004, quando a empresa abriu seu capital. em 2005 fizemos um primeiro piloto, usando uma metodologia global-mente conhecida. Foi a partir desse pi-loto que a natura expressou seu desejo

de atuar de um ponto de vista mais es-tratégico. Vemos como risco estratégico todo risco que pode impactar significati-vamente nosso negócio, impedindo-nos de atingir os nossos objetivos estratégi-cos. importante frisar que quando opta-mos por ter uma gestão de riscos não foi para não tê-los, mas sim para garantir que eles sejam conhecidos e a partir

daí tomar ações preventivas para que caso ocorram, seus impactos sejam os menores possíveis. Do ponto de vista de mecanismo, o gerenciamento de riscos é extremamente importante, pois através dele criamos situações, cenários para testar nossas respostas, os impactos. isso nos ajuda a reforçar os caminhos já conhecidos ou mesmo escolher outros.

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“(...) Quando optamos por ter uma gestão de riscos não foi para não tê-los, mas sim para garantir que eles sejam conhecidos e a partir daí tomar ações preventivas para que caso ocorram, seus impactos sejam os menores possíveis.”

A gestão de riscos também está conectada a Valores e Visão? Certamente. o principal patrimônio da natura, e que levou

ao desejo de implementar a gestão de risco, diz respeito à preservação da sua marca e de tudo o que ela representa. Por-tanto, reconhecer que a gestão de riscos está inserida neste contexto é fundamental. atuar como agente de transforma-ção social é um dos principais desafios, e entendemos que a gestão de riscos faz parte deste contexto.

Fazer esse trabalho requer primordialmente ferramentas e metodologias, ou comportamentos?

ambos. Ferramentas e metodologias são importantes, pois trazem alicerce e fundamentos, mas sem o comportamen-to humano, não pode ser exercida. a gestão de riscos está presente na cultura da organização, compreender como cada indivíduo, cada processo representa e entende seus riscos fa-cilita o alinhamento destas percepções. o respeito à cultura da organização é essencial, esclarecer que gestão de riscos muito provavelmente já está inserida no seu modus operandi , ainda que informalmente. a partir deste esclarecimento, in-troduzir conceitos, metodologias, com o envolvimento da ges-tão é muito mais fácil e fluido.

Como foi o processo de implementação da gestão de riscos na empresa?

Depois de aplicar metodologicamente conceitos em um dos principais processos da natura, decidiu-se iniciar com uma vi-são de riscos estratégicos. Fizemos a “captura” dos principais cenários de risco, por meio de entrevistas com a alta gestão e conselheiros. elegemos um tema principal para trabalhar, e a partir dele que desenvolvemos e testamos uma metodologia, de “a a Z”. esta metodologia foi aprovada pelo Comitê de

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auditoria e Conselho de administração e em seguida escre-vemos e divulgamos a Política de riscos para toda a empresa. esta política estabelece papéis e responsabilidades, critérios de avaliação de risco, formulários para registro, etc. Desde então, todos os anos evoluímos, com a inserção do Mapa de riscos na agenda estratégica da organização.

As áreas operacionais também foram envolvidas de alguma forma neste processo?

Sem dúvida. os riscos operacionais foram capturados atra-vés do desenvolvimento de uma ferramenta bastante conhe-cida, a autoavaliação de controle ou control self-assessment, desenhada em todos os processos da empresa. Cada gestor de processo faz sua avaliação e identifica quais são seus ris-cos. envolver toda a organização é bastante trabalhoso, mas vale a pena se você tem clareza de que os riscos que serão capturados podem comprometer o processo e até mesmo chegar ao plano estratégico.

de que forma a gestão de riscos é boa para os negócios e a competitividade?

Ter um mapa de riscos estratégicos na mão, expressando todos os riscos estratégicos bem como os planos de miti-gação esperados, gera um sentimento de confiança, de que tudo o que foi discutido e acordado está ali. É um processo, que resulta em um documento, que traz um estado de aler-ta importante, permitindo que se aprenda com o passado (como um espelho retrovisor), trazendo maior garantia de atingir os objetivos futuros. já para os gestores, que estão no dia a dia da empresa, esse documento representa uma segurança adicional de que estão tomando decisões acer-tadas e ratificadas.

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CaPa

Novos tempos

non dvcor dvco. em latim, “não sou conduzido, conduzo”. Com um lema como este, a cidade de São Paulo, a maior do País, não poderia ficar na berlinda na ques-tão da limpeza pública. e ela deu um inequívoco passo adiante com o novo modelo de serviços adotado pela Prefeitura, que prioriza a qualidade em detrimento do volume. Por esse modelo, que na Solví vem sendo chamado de “Cidade limpa”, a empresa recebe um valor fixo para manter o espaço público limpo, tendo liberdade para decidir quais tecnologias e métodos adotará para isso e sendo avaliada dire-tamente pela população.

Por meio da revita, que tem como parceiros no consórcio a Vital (Queiroz Galvão) e a Paulitec, a Solví detém 51% da inova Gestão de Serviços urbanos, a empresa constituída para cuidar da limpeza da região noroeste de São Paulo (o outro consórcio cuidará da região Sudeste). a região atendida pela inova abrange 13 subprefeituras, as mesmas que já são atendidas pela loga na coleta de resíduos.

o contrato abrange 16 tipos de serviços, entre eles limpeza de ruas, lavagem de praças, lavagem de monumentos, limpeza de bocas de lobo (antes realizada por equipes das subprefeituras), coleta dos resíduos da varrição, coleta de entulho, capina, retirada de grandes volumes, limpeza de feiras livres, instalação, manu-tenção e higienização de papeleiras e implantação e gestão de ecopontos. Para executá-los, a inova conta com cinco mil Colaboradores, dos quais 3,5 mil cuidam exclusivamente da limpeza de ruas e avenidas.

investimentosno novo modelo, a lógica é clara: o contrato será tanto mais justo para as empre-

sas e para a prefeitura quanto mais a cidade se mantiver limpa. educação e mudan-ça de cultura, portanto, são palavras-chave. “Temos que fazer o cidadão paulistano resgatar o orgulho de ter uma cidade limpa”, diz o conselheiro da Vega Tadayuki Yoshimura, que há mais de 40 anos acompanha de perto a história dos serviços de limpeza urbana de São Paulo. Para ele, o novo modelo baseia-se em um tripé formado pela conscientização, pelo investimento em educação das novas gerações e pela modernização dos serviços.

Mudança no modelo de limpeza pública de São Paulo representa um avanço ao privilegiar a qualidade dos serviços e envolver a população na sua avaliação

Colaborador da Inova utiliza varredeira mecanizada na região da Avenida Paulista: investimento em novas tecnologias será um dos marcos desta nova fase

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A estimativa é que R$ 60 mihões sejam investidos em equipamentos nos seis primeiros meses de contrato; ações de comunicação e educação devem chegar a R$ 15 milhões ao longo dos próximos três anos.

a previsão, segundo anrafel Vargas, diretor executivo da inova, é que cerca de r$ 15 milhões sejam investidos pela empresa em ações de comunicação e educa-ção nestes próximos três anos. em paralelo a isso, a infraestrutura à disposição dos cidadãos também aumentará, com a instalação de 150 mil novas papeleiras (85 mil na região atendida pela inova) 1.500 novos PeVs (Pontos de entrega Voluntária para recicláveis) e 40 ecopontos (pontos de entrega voluntária de materiais inser-víveis, como entulhos, móveis, lixo tecnológico e outros) em toda a cidade.

em relação à tecnologia para dar o salto em produtividade necessário ao imenso desafio de manter limpa uma cidade que possui 7.800 km de vias a serem lim-pas, produz em média 290 toneladas de resíduos por dia nas ruas, além de outras 1.900 toneladas de entulho, os investimentos incluirão neste primeiro momento a aquisição de 350 novos equipamentos como caminhões e varredeiras, sendo estas responsáveis pela limpeza de grandes avenidas. a estimativa é de que os investi-mentos nestes primeiros seis meses alcancem r$ 60 milhões.

na avaliação do diretor regional da Vega reginaldo bezerra, este primeiro ano do contrato será marcado pelo aprendizado de todas as partes envolvidas, de mudan-ça de cultura e adaptação; para o segundo ano, espera-se o atingimento de resulta-dos claros, incluindo a redução de enchentes na cidade, decorrente de um trabalho mais efetivo e integrado de limpeza das bocas de lobo e também da redução de lixo jogado nas ruas. Para garantir que o serviço está sendo executado corretamente e dentro da nova realidade dos serviços (na qual o agente ambiental deve se preocu-par primordialmente em manter a área em que atua limpa, e não necessariamente com quantos quilômetros foram limpos no dia), a inova conta com um time de 110 fiscais que percorrem as áreas atendidas em motocicletas. Munidos de um coletor de dados georeferenciado, eles são responsáveis também por captar e enviar à central da empresa, por meio de dados e imagens, quaisquer ocorrências de limpe-za que necessitem de atendimento.

AvaliaçãoDentro do novo modelo de limpeza pública, os munícipes terão papel importante

também na avaliação dos serviços prestados. esta avaliação será feita a partir de três fontes: o atendimento às solicitações feitas via call center da limpeza pública (0800 7777156), as reclamações registradas neste mesmo canal e, por fim, as pesquisas que a prefeitura fará trimestralmente para avaliar o nível de satisfação da população. a partir do sexto mês de contrato a prefeitura avaliará mensalmente os serviços prestados pelas empresas a partir desses três critérios, e se elas não alcançarem um patamar mínimo de qualidade, poderão ser penalizadas com a per-da de parte da remuneração mensal.

“Melhorando a infraestrutura e dando à população a dimensão da importância da sua participação, vamos quebrar a crença de que os moradores não cuidam da sua cidade, vamos mudar essa história”, afirma reginaldo bezerra. “Teremos um contingente humano de cinco mil Colaboradores nas ruas para realizar um trabalho formidável de limpeza, e esperamos que a população abosrva esse novo conceito”. Provaremos que o novo modelo funciona, e depois levaremos essa experiência a outras partes do País”.

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CaPa

a limpeza públicana cidade

COmO erA

De 2006 a 2011 a Prefeitura Municipal de São Paulo manteve contratos com cinco empresas diferentes, que realizavam os serviços de varrição, capina e serviços complementares, enquanto as 31 subprefeituras eram responsáveis pela instalação de lixeiras, limpeza de bo-cas de lobo, operação cata-bagulho e administração de ecopontos. A remuneração era feita de acordo com o ca-lendário de varrição estabelecido pela prefeitura, por qui-lômetro varrido.

COmO FiCOu

A partir de 2012, a Prefeitura mantém contrato com duas empresas (Inova, na região Noroeste, e Soma, na região Sudeste), responsáveis por todos os serviços relacionados a limpeza pública na cidade. As empresas recebem o valor fixo mensal e têm a obrigação de manter a cidade limpa, tendo liberdade para definir que estratégias e equipamen-tos utilizarão para isso. A Inova é responsável pelo atendi-mento à subprefeituras do Butantã, Casa Verde, Freguesia do Ó, Jaçanã/Tremembé, Lapa, Mooca, Penha, Perus, Pi-nheiros, Pirituba/Jaraguá, Santana/Tucuruvi, Vila Maria/Vila Guilherme e Sé.

“A Política Nacional de Resíduos Sólidos preconiza tanto a dignificação do trabalho quanto o investimento em novas tecnologias, e neste novo modelo de limpeza pública para São Paulo estamos fazendo as duas coisas: os profissionais que cuidam da limpeza vão ocupar o lugar de responsáveis pela manutenção da cidade, e o empenho que eles têm em exercer essa função será essencial. Quanto à população, a partir do momento em que ela passa a ser o ‘fiscal’ desses serviços, há um maior comprometimento.”

Ariovaldo Caodaglio, presidente Sindicato Nacionaldas Empresas de Limpeza Urbana (Selurb)

“Este novo contrato significa um avanço tecnológico impressionante em termos de limpeza urbana no Brasil, e deverá se refletir em outros municípios. É o início de um novo modelo, mais afinado com o que determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e São Paulo dá o exemplo, como já havia feito na concessão da coleta.”

Carlos Júnior, presidente da Vega

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Mapa de atuaçãoda inova

Coleta de resíduos retirados das ruas da cidade

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isto éSão

Paulo

12 mil toneladasde resíduos domiciliares

produzidas ao dia

11. 253.503 habitantes(Censo 2010)

1.522 km quadrados de área

91 mil ruas e avenidas

240 mil lojas

12,5 mil restaurantes

11,7 milhõesde visitantes ao ano (2010)

r$ 35.272,00é o Pib per capita

0,84 é o iDH (Índice deDesenvolvimento Humano)

38% das 100 maiores empresas privadas do país

têm sede na cidade

64% das multinacionais instaladas no país têm sede

na cidade

Novos equipamentos e Colaboradores equipados para o trabalho

Vista a partir do centro de São Paulo (com o edifício Copan à esquerda): um mar de prédios, de gente e de resíduos

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CaPa

No dia 12 de abril o novo sistema de contêineres subterrâneos da Loga foi notícia no portal UOL, que publicou foto dos equipamentos instalados na esquina da Avenida Rebouças com Faria Lima

Diz a lenda que a imensa área de 19 mil metros quadrados situada no início da avenida do estado, região do bom retiro, é remanescente original das terras ganhas da Coroa por Martin afonso de Souza (1500-1571). o fato é que a velha estação de transbordo de Ponte Pequena, que tam-bém já foi local do primeiro incinerador de São Paulo (nas décadas de 70 e 80), pas-sou por uma mudança radical.

a reforma completa da estação faz par-te dos investimentos da loga em uma mu-dança de conceito na coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos domiciliares e dos serviços de saúde na área em que atua desde 2004, o chamado lote noroeste (13 subprefeituras). em vez do transbordo a céu aberto (onde os ca-minhões de coleta depositam os resíduos domésticos da cidade, que depois são co-locados em carretas e enviados ao aterro de Caieiras), a nova estação conta com um galpão fechado com 3.000 m2 e capacida-de para receber cinco mil toneladas de re-síduos por dia. Com pressão negativa e do-

loga também investe em mudANçAS

tada de um sistema de exaustão que inclui um conjunto de oito salas de filtros, a nova estrutura garante a ausência de odores no ar devolvido para o exterior, que tem sua qualidade continuamente monitorada por quatro equipamentos denominados “nariz eletrônico”, importados da França.

o espaço também já está preparado para receber, nos próximos dois anos, uma usina de redução de massa que diminuirá em pelo menos 10% o volume dos resí-duos que vão para o aterro. além disso, segundo o presidente da loga, luiz Gon-zaga, o edifício anexo, do antigo incinera-dor, já foi descontaminado e passará por um processo de remediação para que seja transformado em uma estrutura aberta à população, como uma escola de ofícios, por exemplo. “a estação de Transbordo de Ponte Pequena não só é a maior do mun-do, como será uma das mais modernas”, afirma luiz Gonzaga.

Contêineresesta é apenas uma parte das mudanças

em curso no projeto de gerenciamento de coleta de resíduos da ci-dade. outra é a sua me-canização, com o uso de contêineres de superfí-cie com coleta lateral e também de contêineres subterrâneos. Com ca-pacidades, que variam de 2,4 m3 a 20 m3, su-ficientes para receber os resíduos de todo o entorno, estes equipa-mentos produzirão uma transformação signifi-cativa na paisagem da cidade, no médio prazo, à medida que acabam com os sacos deposita-dos nas ruas e também reduzem a frequência da coleta. nos contêi-neres de superfície, um motorista realiza todo o serviço de coleta, por

meio de um joystick que movimenta bra-ços mecânicos na lateral do caminhão.

um projeto piloto com o uso de con-têineres de superfície acionados com pedal será implantado no quadrilátero dos jardins, área nobre de São Paulo, nos próximos dois anos. a previsão é que ao final tenham sido instalados cer-ca de cinco mil equipamentos. Depois o modelo segue para outros bairros. até o fim do contrato da loga, em 2024, a empresa espera que este modelo de co-leta esteja em pelo menos sete das 13 subprefeituras atendidas.

Quanto aos contêineres subterrâ-neos, 30 unidades já foram adquiridas pela loga, para serem instaladas não apenas em bairros-modelo como os jardins, mas também em comunidades carentes. exemplo dessa intenção é a

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Números da Loga

Números da Loga

Vista do novo sistema de exaustão na Estação de Transbordo de Ponte Pequena; ao fundo, a chaminé da antigo incinerador da cidade

localização dos dois primeiros contê-ineres instalados na cidade: um deles está na esquina das avenidas rebouças e Faria lima, um dos principais endere-ços empresariais de São Paulo, e o outro na entrada da favela localizada no bairro de Parada de Taipas. em ambos, os mo-radores receberão cartões magnéticos para a utilização do equipamento.

a empresa também prepara a mu-dança de sua central administrativa e a instalação de uma nova estação de transbordo na Zona oeste, além da implementação de pelo menos cinco novas estações de reciclagem, em par-ceria com a Prefeitura e cooperativas. a previsão de investimento, só nos próxi-mos dois anos, é de r$ 25 milhões. ou-tro tanto já foi investido nas melhorias feitas nestes últimos dois anos.

5 mil contêineres de superfície serão colocados na região dos jardins nos próximos dois anos

5 miltoneladas de resíduos

coletadas ao dia

r$ 50 milhõesinvestidos em melhorias e modernização do sistema

de coleta

13 subprefeituras atendidas na região noroeste

de São Paulo

3.000 m2é a área

para descarga dos resíduos na nova estação de transbordo

números da loga

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REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 201212

a participação do Grupo Solví no mer-cado de limpeza pública no rio Grande do Sul, que já era representativa por meio de empresas como a Vega, revita, rio Grande ambiental, Farroupilha am-biental e Sl ambiental, teve uma enor-me evolução com a criação da Compa-nhia riograndense de Valorização de resíduos, CrVr.

resultado da união da revita com qua-tro sócios locais, em um negócio no qual a empresa do Grupo Solví possui 70% de participação, a CrVr passa a admi-nistrar todas as novas CTrs do Grupo criadas no estado a partir de agora, além das centrais regionais já existentes: San-ta Maria, Giruá, São leopoldo e Minas do leão. esta última, que pertencia à Sil Soluções ambientais, é o maior aterro do rio Grande do Sul e recebe os resídu-os de cerca de 150 municípios gaúchos, incluindo Porto alegre.

localizado a cerca de 80 km da capi-tal, no município de Minas do leão, ele possui capacidade para 25 milhões de toneladas de resíduos. Somada aos ater-ros da revita, esta capacidade chega a

35 milhões de toneladas. “Calculamos que os 496 municípios do rio Grande do Sul gerem cerca de 2,6 milhões de toneladas de resíduos ao ano, sendo que pelo menos um milhão de toneladas vão para as centrais de tratamento da CrVr, que se concentram nas regiões Centro e norte do estado. nossa meta é aumen-tar essa participação, uma vez que a localização dos nossos aterros permite oferecer distâncias menores e preços competitivos”, comenta o presidente da CrVr, idacir Pradella. no total, os ater-ros da CrVr atendem hoje 274 clientes, entre municípios e empresas privadas. a expectativa é de que a empresa fatu-re r$ 60 milhões neste primeiro ano de atuação.

além da futura implantação da CTr de São Gabriel, os próximos investimentos da CrVr estarão focados na valorização dos resíduos. uma das possibilidades é a construção de usinas termelétricas para gerar energia a partir do biogás. a capacidade estimada para Minas do leão é de 6,3 MW, a de São leopoldo de aproximadamente 2 MW e a de Santa Maria de 1 MW.

Aquisição do controle de empresa local e atuação na coleta de Porto Alegre dão força à atuação da Solví no Rio Grande do Sul

GeSTão e neGÓCioS

porto Alegrea segunda grande conquista da Solví

no mercado gaúcho foi o contrato de limpeza urbana da cidade de Porto ale-gre, por meio da revita. o contrato, emergencial, tem duração de seis meses e prevê a coleta domiciliar dos resíduos da capital, que possui 1,4 milhão de ha-bitantes e produz diariamente cerca de 1.200 toneladas de resíduos, enviados ao aterro de Minas do leão.

Segundo o diretor regional Sul da Vega, Marcello buzzetto, entre os pontos nos quais a capital gaúcha está bastante avançada está a coleta seletiva, que hoje abrange 100% do município e envia ma-teriais a 18 plantas dedicadas à recicla-gem. entre as oportunidades de melhoria, avalia buzzetto, está uma melhor gestão dos serviços de limpeza, que hoje são rea-lizados de forma fragmentada por várias empresas e equipes, de acordo com o tipo de resíduo (domiciliar, reciclável, focos de lixo nas ruas, container, recicláveis, etc.). o diretor ressalta que nos próximos me-ses a revita estará empenhada em co-nhecer a fundo os serviços para avaliar estas oportunidades.

liderança nomercado GAúChO

Vista do aterro de Minas do Leão, o maior

do Rio Grande do Sul

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Sistema lateral permite ao motorista realizar a coleta

Uma parte importante da coleta das cidades de Santa Maria, Pelotas e dentro em breve também Canoas, no Rio Grande do Sul, já está sendo realizada dentro do que pode ser considerada a terceira geração deste tipo de serviço: a coleta conteinerizada por carga lateral, na qual por meio de um joystick e de um sistema de câmeras o próprio motorista do caminhão, em menos de um minuto, recolhe os resíduos depositados nos contêineres, com segurança e sem qualquer contato com os materiais.

Com capacidade para 2,4 m3 ou 3,2 m3, os contêineres recebem os resíduos de uma rua inteira e funcionam 24 horas por dia, acabando com os sacos espalhados

Aterros: Santa Maria, Giruá, São leopoldo e Minas do leão (São Gabriel em fase de implantação)

Clientes atendidos: 274 (públicos e privados)

Capacidade nos aterros: 35 milhões de toneladas

Colaboradores: 120

CrVraTerroS CrVr

reGião De GiruÁ

reGião MinaS Do leão

reGião De SanTa Maria

reGião São leoPolDo

rio GranDe aMbienTal

pela rua. Cada caminhão de basculamento atende até 400 contêineres, e cada caminhão de lavagem, responsável por lavar o depósito e recolher a água utilizada, atende até 800 contêineres. Em Santa Maria estão disponíveis 500 equipamentos; em Pelotas, são 750 contêineres, e em Canoas, outros 500.

CidAdeS AdOTAm COleTA CONTeiNerizAdA lATerAl

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CRV

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atuação da Solví no

rio Grandedo Sul

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REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 201214

GeSTão e neGÓCioS

no dia 06 de março a Solví inaugurou sua primeira Central de Tratamento de re-síduos no estado do rio de janeiro, na ci-dade de belford roxo. o aterro, implanta-do por meio da bob ambiental (empresa controlada pela revita), representa uma importante solução ambiental para uma das regiões mais densamente povoadas do rio de janeiro: a baixada Fluminense.

em 2011 a Vega adquiriu parte da boechat do bairro Tratamento de resídu-os, que já possuía a licença ambiental para o empreendimento. a área possui 150 hectares, localizados a apenas dez quilô-metros da rodovia Presidente Dutra.

a CTr possui duas unidades, uma para resíduos domésticos e outra para inertes (entulho), com capacidade para receber até duas mil toneladas/dia. entre os muni-cípios que poderão utilizar o aterro estão belford roxo, Duque de Caxias, São joão do Meriti e nilópolis, que somam uma po-pulação de cerca de 2,5 milhões de pessoas e juntos produzem cerca de 1.800 tonela-das de resíduos/dia, boa parte depositados em lixões (belford roxo) e aterros em fase de desativação (Gramacho, em Duque da Caxias).

“a CTr tem todas as características para funcionar como uma central regional,

expandindo os serviços para outros muni-cípios, e é o que esperamos que aconteça com o fim dos prazos colocados pela Políti-ca nacional de resíduos Sólidos, como o de extinção dos lixões até 2014, diz o gerente geral da bob ambiental, Fábio andrade.

até agora foram investidos cerca de r$ 13 milhões na implantação da CTr de belford roxo, e a expectativa é de que outros r$ 5 milhões sejam investidos este ano. entre as iniciativas de valorização energética que se-rão implementadas, estão a coleta do bio-gás gerado no aterro e, posteriormente, sua utilização na geração de energia, por meio de uma usina termelétrica.

Central inaugurada em Belford Roxo possui capacidade para duas mil toneladas/dia e representa opção viável para municípios da região

Depois de um hiato de quase dois anos, a Solví volta a prestar serviços em Volta Redonda, município do Sul Fluminense onde já atuou entre 1993 e 2010. Pelo contrato assinado em dezembro, emergencial e válido por seis meses, a Vega é responsável pelos serviços de coleta, varrição, coleta seletiva e de resíduos de saúde e lavagem de praças do municípios Com 260 mil habitantes, Volta Redonda produz seis mil toneladas/mês de resíduos. A expectativa é participar da concorrência para a contratação dos serviços no longo prazo, propondo a adoção do modelo “cidade limpa”, nos moldes do que está sendo implantado em São Paulo.

de VOlTA A VOlTA redONdA

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Vista aérea do aterro de Belford Roxo

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15Em sentido horário, colaboradores da ADA (Manaus), Viasolo (Belo Horizonte), Koleta (Rio de Janeiro), Relima (Lima, Peru), Vega (São Bernardo do Campo), Battre (Salvador), Rio Grande Ambiental (Rio Grande), Revita (Salvador) e Revita (Araçatuba)

Quinze anos após fixar-se no Peru, a Solví amplia sua atuação internacional com o primeiro contrato fechado na bo-lívia, em Santa Cruz de la Sierra, a cidade mais populosa e economicamente impor-tante do país.

o contrato de prestação de serviços inclui coleta, limpeza, capina, lavagem de ruas, praças e feiras. Pelo menos mil Co-laboradores atuarão na cidade, capital do Departamento de Santa Cruz.

o processo de negociação dos ser-viços foi conduzido pela equipe da regional Sudeste com apoio da Área de Gestão da Vega, enquanto a mon-tagem da infraestrutura necessária ao

cumprimento do contrato e também a sua execução estão a cargo de norberto Vega e julio Mirage.

“o objetivo é firmar um contrato de longo prazo em breve e continuar pres-tando serviços na bolívia, fixando o nome da Solví como uma referência em servi-ços de limpeza pública, alcançando re-sultados semelhantes aos que tivemos no Peru, onde estabelecemos um novo patamar de qualidade e de cultura em re-lação à limpeza urbana, que hoje é padrão nos distritos em que atuamos”, comenta o presidente da Vega, Carlos júnior.

além de formação de uma equipe e da aquisição/locação de equipamentos, são

Vega executará os serviços de limpeza urbana em Santa Cruz de La Sierra, a maior cidade do país

desafios neste início de contrato o esta-belecimento de novos modelos de rotas e de fiscalização dos serviços, inclusive por meio de GPS e outras tecnologias para monitoramento das equipes.

Com 1,8 milhão de habitantes, Santa Cruz de la Sierra produz em média duas mil toneladas de resíduos por dia, que são depositados em um aterro localizado nas imediações da metrópole.

Solví fecha primeiro contrato na BOlíViA

“O objetivo é firmar um contrato de longo prazo em breve e continuar prestando serviços na Bolívia, (...) alcançando resultados semelhantes aos que tivemos no Peru.”

Carlos Júnior, presidente da Vega

Catedral de Santa Cruz de la Sierra

iStockphoto

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16 REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 2011

Tratamento e valorização de resíduos industriais, manufatura reversa e consul-toria ambiental. esses são os três grandes focos estratégicos da essencis hoje. e, embora a área de destinação de resíduos ainda seja o “core” da empresa, o objetivo é que as outras duas aumentem sua parti-cipação nos próximos anos. em engenha-ria e consultoria ambiental, o passo mais recente nesse sentido foi a aquisição de 70% da Prameq, empresa especializada no controle de emissões atmosféricas de indústrias.

“na área de consultoria começamos atuando na remediação e recuperação de solos, mas temos a clareza de que quere-mos estar também nas áreas de água e ar”, explica a superintendente da essen-cis engenharia e Consultoria ambiental Giovanna Setti. Segundo ela, o rigor cres-cente dos órgãos ambientais em relação à emissão de substâncias poluentes na at-mosfera, por exemplo, abre espaço para a prestação de uma série de serviços neste segmento.

no ano passado o Conselho nacional de Meio ambiente (Conama) atualizou a resolução número 382/2006, que esta-belece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para as indústrias. De acordo com a resolução 436/2011,

também aquelas instaladas anteriormen-te a 2007 serão obrigadas a respeitar os limites estabelecidos. a nova resolução recomenda ainda o monitoramento contí-nuo das emissões, e não a medição pon-tual, para as fontes que promovem uma expressiva alteração na qualidade do ar.

Com 30 anos de mercado e uma base de quase dois mil clientes cadastrados em todo o País, a Prameq tem como prin-cipal expertise a medição das emissões por fontes fixas, ou seja, nas chaminés das indústrias, seguida da elaboração de laudos e relatórios. o objetivo, agora é ex-pandir esta atuação. “estamos elaboran-do o planejamento estratégico até 2016, e a tendência é que a Prameq amplie seu escopo de atuação, abrangendo, exemplo, o controle de emissões fugitivas (oriundas das conexões nas tubulações da própria indústria); nosso plano é atuar em parce-ria com os nossos clientes, tendo como principal produto a inteligência na gestão de emissões”, salienta Giovanna.

manufatura reversa Também em manufatura reversa, um

dos seus grandes focos de atuação, a es-sencis tem novidades, com a inauguração de uma nova unidade de processamento localizada junto ao CTr Caieiras, em São Paulo.

resultado de um investimento inicial de r$ 7 milhões, a nova unidade terá o dobro da capacidade de processamen-to da planta de Curitiba, inaugurada em 2011: até seis toneladas por hora, para equipamentos das chamadas linha branca, linha marrom, eletrodomésti-cos de pequeno porte, aparelhos de re-frigeração e eletroeletrônicos em geral. além disso, a unidade terá duas linhas específicas: uma para a reciclagem de tonners de impressoras e outra para a descaracterização de embalagens com líquidos (como xampus, cosméticos e bebidas, por exemplo).

Depois de passar pela trituração, os materiais são encaminhados aos sepa-radores magnéticos que segregam os metais (ferro, cobre, alumínio) e plás-ticos presentes nos equipamentos, com um percentual de aproveitamento superior a 95%. “além disso, a ideia é que os resíduos do nosso próprio pro-cesso de manufatura reversa sejam posteriormente encaminhados à unida-de de recuperação de metais, também localizada em Caieiras, de forma a au-mentarmos ainda mais o percentual de aproveitamento das matérias-primas”, comenta o superintendente de manufa-tura reversa da essencis roberto lopes.

essencis ampliaserviços à iNdúSTriA

GeSTão e neGÓCioS

Controle de emissões atmosféricas é o novo segmento de atuação

A aquisição de 70% da Prameq abre as portas para o segmento de controle de emissões atmosféricas em um momento no qual o Conama amplia as exigências feitas à indústria.

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17

Arquivo Institucional Essencis

a expectativa é que a unidade de Caieiras atenda principalmente à in-dústria, em uma demanda que deve ser crescente a partir da regulamentação e implementação da Política nacional de resíduos Sólidos. “já temos previs-tos novos investimentos de até r$ 17 milhões em manufatura reversa nos próximos três anos”, informa roberto, lembrando que a unidade de Curitiba já opera na capacidade máxima de três toneladas/hora, tendo como principais clientes não apenas o setor de eletroe-letrônicos, mas também a indústria me-tal-mecânica pesada e a companhia de eletricidade local, que, por meio do pro-

grama de troca de refrigeradores nas residências das famílias de baixa renda, encaminhará 25 mil equipamentos à essencis só neste segundo semestre.

roberto ressalta também a importân-cia da atuação prévia da unidade móvel de manufatura reversa na abertura de

novos mercados, antes que as plantas fixas se instalem. Foi o que aconteceu em Curitiba, em São Paulo, e agora também no rio de janeiro, onde em breve será inaugurada a unidade de Magé, que em um primeiro momento será inteiramente dedicada à manufa-tura reversa de refrigeradores.

Carlos Fernandes (esq.), presidente da Essencis, e Giovanna Setti juntamente com Virgílio Fillipini (esq.) e Luiz Perez, sócios-fundadores da Prameq

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REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 201218

GeSTão e neGÓCioS

em 2012 a GPo (Gestão de Projetos e obras) deve alcan-çar um faturamento de pelo menos r$ 250 milhões, o que representa crescimento de praticamente 300% em relação ao ano passado. este salto é decorrência da aquisição de 100% do seu controle pelo Grupo Solví e de uma série de mudanças internas implementadas a partir daí.

“a característica da empresa era executar obras de pe-queno porte, e uma das primeiras coisas que fizemos foi reestruturar a área de engenharia para poder concorrer em obras maiores”, conta josé bonifácio Pinto júnior, diretor presidente da GPo. Com a criação da Superintendência de engenharia, novos profissionais foram contratados, o que deu maior fôlego à área técnica. um novo software para a elaboração de propostas também foi implantado, permitin-do mais precisão, rapidez e assertividade na elaboração de planilhas e das propostas.

Com a requalificação, a GPo, que tem sede em Salvador e um escritório regional em São Paulo, passou a disputar obras médias e conquistou vários novos contratos, como a construção da sede no novo Senai-Cimatec, em Salvador (ba), do novo SeSi em osasco (SP), do SeSi jandira (SP) e da arena olímpica de Volta redonda, uma das sub-sedes das olimpíadas de 2016, com valores que chegam a r$ 51 milhões (veja na página ao lado).

ao mesmo tempo, a empresa assumiu os contratos inter-nacionais de engenharia do Grupo, como a infraestrutura de saneamento em juanjui e os 53 quilômetros de rodovia entre os distritos de andahuaylas e Kishuara, ambas no Peru. no brasil, obras que estavam paralisadas, como as de saneamento nos municípios de Glória, Macururé e ilhéus, na bahia, e a rodovia de Salgadinho, em Pernambuco, fo-ram retomadas a partir da realização de um novo estudo de

engenharia e da revisão dos projetos. outras, como as barragens de Mulun-gu do Morro e igarapó, no sertão da bahia, estão concluídas e devem ser inauguradas este ano.

meta: grandes obrasSe a equipe responsável pelos estu-

dos e propostas é determinante para a conquista dos novos contratos, es-sencial também é a administração das obras, na outra ponta, tarefa que é de-sempenhada pelos gerentes de con-trato. a GPo conta atualmente com cerca de 10 profissionais que fazem a gestão das obras, cuidando para que estejam dentro do prazo, do orçamen-to e que o cliente esteja satisfeito. “a carteira de clientes de uma construto-

CONSTruiNdOuma nova GPo

Após reestruturação, empresa de engenharia conquistanovas obras e deve triplicar o seu faturamento em 2012

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Em abril o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, visitou as obras do Hospital Regional de Volta Redonda, executadas pela GPO; a previsão de entrega do hospital, que possui 25 mil metros quadrados de área construída, é para novembro deste ano

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CONSTruçãO dO SeSi em OSASCO (Sp)Valor: r$ 33,7 milhõesinício: fevereiro 2012Prazo para conclusão: 30 meses

CONSTruçãO dO SeSi jANdirA (Sp)Valor: r$ 26 milhõesinício: março 2012Prazo para conclusão: 24 meses

CONSTruçãO dA AreNA OlímpiCA de VOlTA redONdA (rj)Valor: r$ 13,6 milhõesinício: fevereiro 2012Prazo para conclusão: 10 meses

rede de diSTriBuiçãO de áGuA em juANjui (peru)Valor: r$ 25 milhõesinício: outubro 2011Prazo para conclusão: 18 meses

Novos contratos da GPOCONSTruçãO dO SeNAi-CimATeC (SAlVAdOr, BA)Valor: r$ 51,5 milhõesinício: fevereiro 2012Prazo para conclusão: 14 meses

ra está em constante renovação, por isso todas as etapas devem funcionar de forma harmônica, para não termos o risco do esvaziamento da carteira, por um lado, ou de pa-ralisação das obras, por outro”, comenta josé bonifácio.

o presidente da GPo ressalta que a expectativa, no mé-dio prazo, é galgar novos degraus e conquistar contratos com valores superiores a r$ 100 milhões, além de diversi-ficar as áreas de atuação da GPo, investindo em segmen-tos como o de property (construções para aluguel).

josé bonifácio assumiu o comando da GPo em agos-to passado, depois de uma carreira de 34 anos em uma grande empreiteira brasileira. estar na “pequena” GPo (com mil Colaboradores), ele garante, não representa um desafio menor: “a empresa vinha definhando, e a propos-ta era reverter essa tendência e colocar a GPo novamen-te na rota de crescimento”.

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REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 201220

estima-se que todos os anos sejam descartadas cerca de 290 milhões de lâmpadas fluorescentes no brasil, e que destas, apenas 6% sejam destina-das à descontaminação e reciclagem, em comparação a percentuais bem mais altos de outros materiais como vidro, papel ou alumínio. o Grupo Solví decidiu investir neste “elo perdido” com a criação da revitalamp, empresa especializada não na reciclagem, mas na revitalização de lâmpadas fluores-centes e de vapores metálicos.

localizada em americana (SP), a revitalamp foi constituída a partir da associação da Gri com a revitaluz recuperadora de lâmpadas. inédita e inovadora, a tecnologia utilizada pela empresa encontra-se atualmente em fase de obtenção de patente no inPi (instituto nacional de Propriedade in-telectual) e de testes em laboratório acreditado pelo inMeTro (instituto nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

“a revitalização consiste em um pro-cesso eletroeletrônico totalmente lim-po, que não viola a integridade e carac-terísticas físicas da lâmpada nem sua vida útil, eficiência energética, lumi-nosidade ou segurança na utilização;

tudo isso com uma taxa média de 70% de sucesso das lâmpadas triadas e um custo de aproximadamente 30% a 50% do valor de uma lâmpada nova”, ressalta o gestor de contas da Gri rafael Giachino.

ao chegar à revitalamp as lâmpadas queimadas passam por uma triagem para avaliar sua integridade (terminais, bulbo, filamentos, etc.); as que forem aprovadas nesta etapa são separadas de acordo com suas especificações, lavadas em circuito fechado e revitali-zadas. Finalizado o processo, são rotu-ladas, embaladas e seguem de volta ao cliente. já as lâmpadas sem condições de revitalização seguem para destina-ção final adequada ou são devolvidas ao cliente, conforme sua escolha.

o foco da revitalamp são os clientes com grande geração. “na fase de testes

revitalizamos lotes de lâmpadas para a unilever, CPFl, loga e Volkswagen e já possuímos acordos pré-comerciais para prestação de serviços à Ford, ive-co, jbS, renault, nestlé, entre outros atuais clientes da Gri”, destaca Ciro Gouveia, diretor presidente da Gri, lembrando que a partir do início das operações a empresa pretende abrir filiais junto aos grandes centros, além de unidades móveis.

“atualmente estamos em fase pré-operacional aguardando a licença de operação da CeTeSb (Companhia de Tecnologia de Saneamento ambiental do estado de São Paulo), e temos a pre-visão de iniciar as atividades comer-ciais em junho, com uma capacidade de revitalização girando em torno de cinco a seis mil lâmpadas por dia”, diz o gerente de desenvolvimento tecnoló-gico da Gri Mauro renan.

GRI associa-se a empresa do interior paulista para criar a Revitalamp, especializada na revitalização de lâmpadas para grandes consumidores e indústria

Solução BrilhANTe

Atrás, a partir da esq.: Vítor Meneghel e Wanner Kelson (Revitaluz), Anderson Fantin (GRI) e Vítor José (Revitaluz); à frente. a partir da esq.: Gilson De Toni (Revitaluz), Rafael Giachino, Ciro Gouveia, Mauro Renan e Clineu Santos(GRI)

GeSTão e neGÓCioS

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Page 21: Revista Solví – 16

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um total de 62 projetos foram inscritos no Prêmio Solví de inovação 2011, mantendo a tendência de crescimento registrada ano a ano desde a criação deste que é uma das principais ferra-mentas para reconhecer a inovação dentro do Grupo.

nesta 5ª edição do prêmio, criado em 2007, inscreveram proje-tos as principais empresas do Grupo, sendo mais uma vez a cate-goria operacional a campeã de projetos inscritos, com 33 iniciati-vas submetidas à análise do júri, que é composto por conselheiros e executivos da Solví. entre os aspectos analisados estão o grau de iniciativa e inovação do projeto, o aumento de produtividade

5ª edição trouxe exemplos de projetos inovadores e que beneficiaram empresas, Clientes e Colaboradores

Prêmio Solví de iNOVAçãO

e competitividade, o comprometimento com o desenvolvimento sustentável, o desenvolvimento de novas ofertas, o grau de ini-ciativa e inovação do projeto, a satisfação do público interno e externo e a relação entre investimento e resultado obtido.

este ano, a entrega do prêmio foi realizada em um evento es-pecial realizado no dia 12 de março no Hotel Caesar business, em São Paulo; além do reconhecimento, com a presença dos princi-pais executivos do Grupo, os membros das equipes receberam uma viagem como prêmio. Veja nas páginas a seguir quais foram os projetos vencedores.

Marcello Vitorino/Fullpress

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REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 20122222 REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 2012

GeSTão e neGÓCioS

CAtegoriA téCniCA

1° luGAr – lOGA“Coleta de rSS – resíduos de Serviços de SaúdeComprovação da qualidade de Serviços”

Como um dos serviços mais sensíveis dentre todos os prestados pela loga, a coleta de resíduos de saúde requer rigor na execução e no acompanhamento, para garantir a excelência do processo em todos os geradores. Para isso, a empresa implementou um siste-ma de acompanhamento on-line do serviço, prestado a 11.500 clientes em São Paulo. as equipes foram equipadas com coletores de dados, que registram as informações de cada coleta a partir da leitura de uma etiqueta de identificação afixada no cliente, além de possibilitar o registro de imagens de qualquer ocorrência, am-bos imediatamente enviados ao sistema da empresa. além disso, foi adquirida uma impressora térmica para a emissão das etique-tas de identificação. Feitas em material especial, elas não permi-tem cópias e são autodestrutivas em caso de remoção.equipe: Alex de magalhães Bertoletti (líder, na foto com Tadayuki Yoshimura), Bruna Ferri Curti, Gustavo Alves Nunes

2º luGAr – lOGA “Controle eletrônico de pneus” equipe: Antonio Alves pereira junior (líder), joão paulo Giglioti, Sérgio Toledo de Almeida

CAtegoriA operACionAl

1° luGAr – reViTA “Automatização de lavagem de Veículos”

implementado pela revita em Salvador, o sistema automatizado de lavagem de caminhões trouxe vários ganhos. entre eles, me-lhora significativa do tempo de lavagem por veículo, possibilitan-do aumentar a quantidade de veículos lavados no intervalo diário disponível, (entre turnos), aliado à redução dos insumos aplica-dos, uma vez que toda a frota, composta por 72 caminhões, é la-vada quando retorna à garagem. Com o sistema automatizado, o processo dura de três a seis minutos, com uma redução superior a 50% no consumo de água, shampoo e desengraxante, em relação à lavagem manual.equipe: Ângelo de Castro Carvalho (líder), André luiz. m. e Fre-derico Guimarães

2° luGAr – reViTA“reforço das vias de acesso em aterros sanitárioscom materiais alternativos” equipe: Carlos Alberto pantarotto (líder), Gabriel Soares lopes e Olídio Alves Filho

Fotos: Marcello Vitorino/Fullpress

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CAtegoriA ComerCiAl

1° luGAr – eSSeNCiS “e-Fácil”

a chamada “carteira C”, da essencis betim, formada por peque-nos geradores, possui mais de 300 clientes, e foi para prestar um atendimento mais ágil a eles e ao mesmo tempo otimizar o tem-po dos consultores e assistentes que a unidade criou o sistema e-Fácil. Disponível no site na empresa, o sistema permite que os clientes se cadastrem, contratem serviços em tratamento e des-tinação final de resíduos, manufatura reversa e consultoria am-biental, além de acompanhar o status da prestação dos serviços e realizar pagamentos. Para a equipe da essencis, o sistema permite a visualização dos contratos e de todos os serviços prestados e solicitações em aberto. em seu primeiro ano de uso na unidade, cerca de r$ 1 milhão em contratos foram fechados via e-Fácil. as vantagens no uso do sistema foram tantas que a alta direção da empresa recomendou sua implantação em todas as unidades.equipe: Karine lima (líder), Ângelo Gondim e paulo donizete de Oliveira

2° luGAr – KOleTA “Gerenciamento eletrônico para documentos” equipe: Gabriela Soares moreno (líder), Carlos domingos, edson emidio Carbonato

CAtegoriA AdministrAtivA

1° luGAr – lOGA “Simulador de dirigibilidade do Caminhão deColeta de resíduos”

Dificuldade de contratar e de treinar motoristas, baixa produti-vidade e histórico lento de promoções para os profissionais da categoria eram problemas enfrentados pela área de recursos Humanos da loga, que investiu em uma solução tecnológica: a implantação de um simulador de dirigibilidade para caminhões. Com o equipamento, um software que, rodado dentro de uma ca-bine de teste, emula com perfeição as mais diversas condições encontradas pelo motorista no dia a dia, a loga melhorou os pro-cessos de contratação, capacitação e reciclagem dos motoristas. Por meio dos relatórios emitidos pelo sistema, o acompanhamen-to do desempenho dos profissionais passou a ser documentado, permitindo uma análise de evolução que subsidia os processos de promoção interna.equipe: márcio marques , com o apoio do diretor presidente da loga, luiz Gonzaga

2° luGAr – riO GrANde AmBieNTAl “Guarda-Vidas” equipe: denis maickel da Costa (líder), Flávio paz de lima, josué junior Corrêa

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REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 201224

não basta ser uma empresa lucrativa, tem que participar. essa frase poderia resumir, em parte, a intenção da Solví ao criar o seu Prêmio de excelência em res-ponsabilidade Social. o grande objetivo do prêmio, entregue em março, é estimu-lar uma visão na qual a responsabilidade Social esteja enraizada na cultura e no dia a dia das empresas, inclusive como um componente essencial para o sucesso de suas estratégias de negócios.

ao longo de 2011, 23 unidades de em-presas Solví participaram do Prêmio na categoria Gestão, que, em sua essência, promoveu uma autoavaliação profunda de aspectos como governança, voluntaria-do, cidadania, participação comunitária e meio ambiente, seguida de um autodiag-nóstico e de ações para o aprofundamento dos aspectos considerados mais frágeis. Depois de concluir todo o ciclo propos-to pelo Prêmio, com o apoio do instituto Solví, as empresas receberam certificados contendo sua posição no ranking Solví de responsabilidade Social 2012, em uma es-cala de 1 a 5, de acordo com a pontuação obtida no processo de autodiagnóstico.

“o mais importante, nesta primeira edição do Prêmio foi poder contar com a

participação destas 23 unidades, pois isso significa a abertura delas à discussão so-bre o papel que a responsabilidade Social ocupa de fato em suas prioridades estra-tégicas e a coragem de enfrentar o dilema entre as estratégias de curto e de longo prazo, que é uma questão real e precisa ser discutida”, diz o presidente do institu-to Solví, Celso Pedroso, lembrando que o processo de autoavaliação proposto pelo Prêmio é contínuo, e que as empresas que não participaram em 2011 estão convida-das a entrar em 2012.

Para Marcos Savoi, diretor executivo da Viasolo, empresa que teve as unidades de Sete lagoas e Sabará reconhecidas com quatro folhas (ações implantadas e sendo monitoradas para ajustes) e outras quatro unidades posicionadas no nível 2 (em im-plementação), “com a premiação os pro-jetos realizados e as pessoas envolvidas foram reconhecidas, fortalecendo ainda mais as boas práticas sociais e enfatizan-do o envolvimento e dedicação dos ges-tores e facilitadores locais, visto que todo projeto bem planejado e apoiado possui melhores resultados”, diz o gestor, para quem as diretrizes e o acompanhamento do instituto Solvi “foram fundamentais para os bons resultados.”

projetos e parceriasjá na categoria Projetos foram inscritas

nove iniciativas, desenvolvidas por várias unidades e analisadas criteriosamente por um júri composto por alguns dos princi-pais conselheiros e executivos do Grupo (Tadayki Yoshimura, Célia Francini, lucas radel, Celso Pedroso e Delmas Penteado). Segundo a coordenadora do instituto Solví, Claudia Sérvulo da Cunha Dias, os critérios avaliados estão ligados ao que foi discutido na categoria de Gestão, ou seja, a susten-tabilidade e replicabilidade, as parcerias estabelecidas, o envolvimento institucio-nal na gestão e a excelência na condução do projeto. “neste momento não estamos buscando a perfeição do resultado, embora tenha certeza de que chegaremos lá, e sim a interiorização de valores”.

Dando notas de 1 a 5 a cada um dos cri-térios, que por sua vez também possuem pesos diferentes, estabelecidos por eles, os jurados escolheram um projeto vence-dor: “limpando o Planeta”, iniciativa con-duzida pela equipe da Gri que atua dentro do parque gerador da Tractebel energia no município de Capivari de baixo, em Santa Catarina. além de cuidar de toda a gestão de resíduos da termelétrica, os oito Co-laboradores da Gri encontraram tempo e disposição para desenvolver o projeto, conduzido na escola de educação básica Santo andré.

Prêmio pelo engajamentoEmpresas do Grupo Solví são avaliadas por seucompromisso com a Responsabilidade Social

Representantes das 23 empresas e unidades Solví que receberam certificados pela participação no prêmio

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inSTiTuTo SolVÍ

engajamento“em 2010 realizamos palestras sobre

meio ambiente nas escolas municipais e estaduais de Capivari de baixo, em parcei-ra com o cliente, e percebemos um grande potencial de envolvimento e interesse na efetivação de parcerias futuras para sa-nar a carência em educação ambiental”, conta a coordenadora operacional Maiara Goulart Medeiros, que liderou o projeto juntamente com o estagiário Sidney Vol-pato e toda a sua equipe. Maiara conta

Realizada entre outubro e novembro de 2011 a nova pesquisa de satisfação sobre a TV Solví ouviu 498 colaboradores que têm acesso à programação da TV, além de 468 colaboradores que participaram de turmas fechadas de treinamentos transmitidos via TV, profissionais de RH, Segurança e Medicina do Trabalho. Veja alguns resultados da pesquisa:

• 38% dos entrevistados assistem à TV Solví pelo menos uma vez por semana;

• 60% afirmam que a programação da TV Solví contribui muito para ampliar o conhecimento sobre o Grupo Solví, seus segmentos de negócio e empresas;

• 93% dos entrevistados estão satisfeitos com a nova programação, o que representa 50% de aumento desde a implantação do veículo, em 2009;

• 10% acompanham os cursos de idiomas, e destes 84% estão satisfeitos. Os principais motivos citados para não assistir aos cursos são os horários de veiculação, a falta de interesse ou de tempo;

• 70% dos respondentes assistem aos treinamentos customizados. Destes, 98% estão satisfeitos ou muito satisfeitos.

NOVA peSquiSA AVAliA TV SOlVí

que a ideia foi repassada ao então supervi-sior regional Sul, Clineu Vieira dos Santos, que de imediato apoiou sua realização.

em 2011 a equipe deu continuidade à iniciativa, desta vez aprofundando a atua-ção na escola de educação básica Santo andré, com a conscientização de toda a comunidade escolar por meio de pales-tras para professores, pais e alunos, trei-namento de funcionários, instalação de coletores para recicláveis e implantação da coleta seletiva. Vendidos, os reciclá-veis geram recursos para a própria escola. implementada com apoio da Tractebel e da Prefeitura Municipal, a parceria foi tão

bem-sucedida que ambos – Prefeitura e cliente – querem dar continuidade ao pro-jeto “limpando o Planeta”.

Para o diretor executivo da Gri, Ciro Gouveia, o fato de a empresa estar pulve-rizada em dezenas de equipes que atuam junto aos clientes acaba por favorecer a sinergia. “Percebemos que nossos clien-tes estão cada vez mais interessados em parcerias de responsabilidade social; para nós, implementar iniciativas efetivas como esta reforça de forma muito positiva nossa reputação, como uma empresa que possui não apenas know how em gestão ambien-tal, mas também valores sólidos.”

Carlos Leal Villa (centro) com Ciro Gouveia, Maiara Goulart Medeiros e Sidney Volpato, da GRI, vencedores do Prêmio de Excelência em Responsabilidade Social 2011

Page 26: Revista Solví – 16

REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 201226 REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 201226

SolVÍ eM núMeroS

Seis novas empresas, duasaquisições/incorporações e nove

filiais foram abertas durante o ano

pela Solví, demandando suporte

legal e contábil do CSC, entre

outros serviços.

Em 2011 as áreas que compõem o Centro de

Serviços Compartilhados Solví atenderam

12 mil solicitações de serviços de todas as

empresas do Grupo.

93% foi o percentual médio de

atingimento dos acordos de nível de

serviço (SLAs), que mede a qualidade

dos serviços prestados pelo CSC.

A qualidade dos serviços foi

reconhecida por dois prêmios: o 3º

lugar na categoria Best New do IQPC

e o 3º Lugar na Pesquisa Benchmark

GESC|Visagio/2011.

Os 147 Colaboradores do CSC e 368

clientes tiveram ao todo 6.187 horas

dedicadas a treinamentos específicos

durante o ano.

Colaboradores na sede do CSC, no Centro Empresarial de São Paulo

Page 27: Revista Solví – 16

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Solví adere aoPacto Global

a Solví e a Vega acabam de aderir ao Pacto Global, iniciativa de cidadania corporativa criada pela onu com foco na mobilização das lideranças empresariais para o desenvolvimento, im-plementação e divulgação de políticas e práticas responsáveis e sustentáveis. De natureza voluntária, o pacto, assinado por 8.500 signatários em mais de 135 países, está baseado em 10 princípios, agrupados nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio ambiente e Com-bate à Corrupção. além da Solví e da Vega, as demais empresas do Grupo são incentivadas a participar desta iniciativa. entre elas estão o desenvolvimento de iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental, o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias ambien-talmente amigáveis e o combate à corrupção em todas as suas formas. “Vale lembrar que, além de serem inerentes aos Valores do Grupo Solví, esses princípios constam expressa-mente em nosso Código de Conduta, que deve ser seguido por todos os colaboradores”, enfatiza eleusis di Creddo, coordenador da Comissão de Conduta da Solví.

noTaS

CSC ganhamais um prêmio

Pelo segundo ano consecutivo, o CSC Solví foi reconhecido pelo Prêmio de excelência em Centro de Serviços Compartilhados, realizado pelo iQPC (international Quality and Productivity Center). Mas, se em 2011 ele havia ficado em 3° lugar na categoria “Best News”, para centros de serviços com até três anos, desta vez o CSC Solví levou

Gri apresentaprojeto em simpósio

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Desenvolvido pela Gri para o cliente Tractebel (Capivari de baixo, SC), o pro-jeto “avaliação do potencial de geração de biogás a partir de resíduos orgânicos”, elaborado pela coordenadora operacio-nal Maiara Goulart Medeiros, foi um dos trabalhos aceitos pela organização do Vii Simpósio brasileiro de engenharia am-biental, que acontece entre 29 de abril e 1º de maio na cidade de Criciúma. “Para nós, esta é uma excelente oportunidade de divulgar os trabalhos desenvolvidos nas unidades Gri, além de fortalecer o necessário vínculo entre a academia e o mercado, com investimentos em solu-ções aplicáveis ao cotidiano e que con-tribuam para desenvolvimento de nosso país”, comenta o gerente de operações da Gri Clineu Vieira dos Santos.

o 1º lugar na categoria. Dentre os critérios analisados estiveram estratégia, gestão de pessoas, cultura e change management, inovação/automação, relacionamento com o cliente, mecanismos de controle, nível de maturidade e futuro direcionamento estra-tégico. em 2º lugar na mesma categoria fi-cou a braskem, e, em 3º, a Solvay.

este ano, mais uma vez, a revita deu um show na operação especial de limpeza em Salvador; para realizar o trabalho nos circuitos barra/ondina, Campo Grande e do Centro Histórico, a empresa destacou um time de 996 profissionais (coletores, motoristas, varredores e fiscais), que tira-ram das ruas 1.212 toneladas de resíduos durante os quatro dias de folia. além dis-so, 37 caminhões-pipa foram destacados para o circuito, com a incumbência de la-var e higienizar ruas e avenidas.

Show de limpeza no Carnaval

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eM FoCoColaborador da inova em operação de limpeza de túnel em São Paulo, realizada durante a madrugada

Foto: Marcello Vitorino/Fullpress

A Solví é uma Holding controladora de empresas de reconhecida competência que atuam nos segmentos de resíduos, saneamento, valorização energética e engenharia, presentes em todas as regiões do Brasil e no Peru. A Solví baseia suas ações no desenvolvimento sustentável e trabalha para manter um compromisso primordial: oferecer soluções para a vida, com serviços integrados, diferenciados e inovadores, capazes de contribuir para a preservação dos recursos essenciais e para o bem-estar das comunidades onde atua.

instituto SolvíRua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (55 11) 3124-3500e-mail: [email protected]

Centro de Serviços CompartilhadosAv. Maria Coelho Aguiar, 215Bloco B, 8º andar05804-900 - São Paulo - SPPABX: (55 11) 3748-1200e-mail: comunicacao. [email protected]

essencis Soluções Ambientais S.A.Rua Itapeva, 538, 11º, 12º e 13º andaresBela Vista - 01332-000 - São Paulo - SPFone: (55 11) 3848-4500 - Fax: (55 11) 3848-4551e-mail: [email protected]

Gri Gerenciamento de resíduos industriaisRua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SPFone: (55 11) 2065-3500 - Fax: (55 11) 2065-3741e-mail: [email protected]

Rua Bela Cintra, 967 - 10º andarCEP: 01415-000 - São Paulo - SPPABX:a (55 11) 3124-3500 - e-mail: [email protected]

Koleta Ambiental S.A.Av. Pastor Martin Luther King Júnior, 8.745Colégio – 21530-012 – Rio de Janeiro - RJTel.: (55 21) 3278-9300 – Fax: (55 21) 3278-9331e-mail: [email protected]

Vega engenharia Ambiental S.A.Rua Clodomiro Amazonas, 24904537-010 - Itaim Bibi - São Paulo - SPFone: (55 11) 3491-5133 - Fax: (55 11) 3491-5134e-mail: [email protected]

28 REVISTA SOLVÍ | janeiro/abril 2012

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en objeTiVo

Solví es un holding controlador de empresas de reconocida competencia que actúan en los segmentos de residuos, saneamiento básico, valorización energética e ingeniería, presentes en todas las regiones de Brasil y en Perú. Solví basa sus acciones en el desarrollo sustentable y trabaja para mantener un compromiso primordial: ofrecer soluciones para la vida, con servicios integrados, diferenciados e innovadores, capaces de contribuir para la preservación de los recursos esenciales y para el bienestar de las comunidades donde actúa.

Colaborador de inova en operación de limpieza de túnel en São Paulo, realizada durante la madrugada

Foto: Marcello Vitorino/Fullpress

GpOAv. Tancredo Neves, 1.632 - Sala 2.011Ed. Salvador Trade Center - Torre Norte41820-020 – Salvador (BA)Tel.: (55 71) 3114-5300 – Fax: (55 71) 3113-2008e-mail: [email protected] www.solvi.com/engenharia

Vega peruAv. República de Panamá, 3.535 – Of. 1603San Isidro – Lima 27 – PeruTel.: (51-1) 616-9191 – Fax: (51-1) 616-9195e-mail: [email protected]

Solví SaneamentoRua Bela Cintra, 967 – 10º andar01415-000 – ConsolaçãoSão Paulo (SP) Tel.: (55 11) 3124-3500e-mail: [email protected]

Solví Valorização energéticaRua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (55 11) 3124-3500e-mail: [email protected] www.solvi.com

relima Ambiental S.A.Av. Tomas Marsano, 432Surquillo - Lima 34 - PeruFone: (511) 618-5400 - Fax: (511) 618-5429e-mail: [email protected]

águas do Amazonas S.A.Rua do Bombeamento, 01 - Compensa69029-160 - Manaus - AMFone: (55 92) 3627-5515 - Fax: (55 92) 3627-5520e-mail: [email protected]

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