revista solví – 15

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ANO V • NúMERO 15 SETEMBRO/DEZEMBRO de 2011 VERDE As tecnologias desenvolvidas pela Solví para o tratamento e valorização de resíduos INOVAçãO

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Page 1: Revista Solví – 15

ANO V • NúmerO 15 setembro/dezembro de 2011

VerdeAs tecnologias desenvolvidas pela Solvípara o tratamento e valorização de resíduos

Inovação

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As funcionárias da Viasolo Maria Ap. de Souza e Emiliana Ap. de Souza Santos, varrendo a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte

a revista solví é uma publicação quadrimestral interna, editada pela superintendência estratégica de talentos do Grupo solví.os textos assinados por articulistas não traduzem necessariamente a visão da empresa.

Presidente: Carlos Leal villa

diretor Financeiro: Celso Pedro so

diretor de desenvolvimento Organizacional e Gestão de Pessoas: delmas Penteado

Gerenciamento: Carlos balote

Coordenação: nathalia de oliveira Gomes

edição, reportagem e textos: nilva bianco (mtb 514/sC)

Fotografia: marcello vitorino (mtb 27.290/sP)

Projeto editorial e gráfico: Fullpress – textos, fotos e ideias

Impressão: d’Lippi Print

Tiragem: 2.300 exemplares

Colaborador: tadayuki Yoshimura (artigo)

Fotos da capa: marcello vitorino/Fullpress

Comentários e sugestões: rua bela Cintra, 967, 10º andar, bela vista, são Paulo, sP, CeP 01415-000

e-mail: [email protected]: www.solvi.com

Tecnologias Solví para tratamentoe valorização de resíduos06CAPA

ENTREVISTAOtávio Okano fala sobreos desafios da Cetesb 04

Gestores discutem avançose perspectivas no Encontro Anual Solví 12

GESTão E NEGóCIoS

GESTão E NEGóCIoSGrupo investe em Gestão de Riscos14

15 Revita inaugura mais um aterroregional em São Leopoldo

GESTão E NEGóCIoS

18 Empresas investem em ações continuadas nas comunidades

INSTITUTo SoLVÍ

GESTão E NEGóCIoSGPO inicia obra de saneamentoem Juanjui, no Peru

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17 Senalimp discute políticase soluções ambientais

GESTão E NEGóCIoSEXPEDIENTE

sUmÁrIoMarcello Vitorino/Fullpress

20LUGARESA atuação da Viasoloem Belo Horizonte

22SoLVÍ Em NúmERoSOs números de saneamentoem Manaus

23oPINIãoTadayuki Yoshimura fala sobre tecnologias e políticas ambientais

24 Em FoCo

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mOVIdOS PelA INOVAçãO

Todos os dias, nas empresas do Grupo Solví, centenas de colaboradores, se desdobram procurando agre-gar valor às nossas atividades. Muito mais do que simplesmente prestar um serviço adequado, quer ao setor público ou a uma empresa privada, a Solví busca ser uma empresa que, mediante suas ações, promova a sustentabilidade ambiental, social e cultural dos locais em que atua.

O que nos move, além do desafio tecnológico (fazendo sempre o melhor e de maneira inovadora) é a promoção de atitudes sustentáveis que visem a preservação máxima dos recursos naturais, a promoção social e a proteção das culturas impactadas por nossas atividades.

É esse alvo, aliado ao conhecimento que temos do mercado, que faz de nós uma das empresas mais dinâ-micas na área de engenharia ambiental. Enquanto muitas administrações públicas e empresas ainda pen-sam em como se adequar às exigências da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, nós já temos al-ternativas viáveis como os aterros regionais para resíduos de limpeza pública, além de aterros industriais (só em 2011 cinco novos CTRs foram inaugurados pelas empresas Revita e Essencis), co-processamento, produção de fertilizantes organominerais a partir de resíduos, manufatura reversa e até um novo sistema que recupera metais de alto valor dos resíduos gerados pela indústria metalúrgica. Esta edição da Revista Solví apresenta algumas destas tecnologias utilizadas pela Solví.

Outro destaque é a entrevista com o presidente da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Otávio Okano, que fala sobre os desafios da agência ambiental paulista perante a nova política para resíduos sólidos. E também o novo aterro de São Leopoldo (RS), a atuação da Viasolo em Belo Ho-rizonte (MG), as parcerias das empresas em projetos socioambientais e o Encontro Anual Solví, no qual foram apresentadas as prioridades e perspectivas para 2012, um ano no qual certamente continuaremos a desempenhar com competência e dinamismo nosso importante papel de gerar soluções para a vida.

Boa leitura!

Carlos Leal VillaPresidente da Solví

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edItorIaL

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REVISTA SOLVÍ | setembro/dezembro 20114

Otávio Okanopresidente da CETESB

os desafiosda Cetesb

entrevIsta

A CeTeSB (Companhia Ambiental do estado de São Paulo) recebe em média 30 mil pedidos de licenciamento am-biental por ano, considerando empreen-dimentos de alto e baixo impacto am-biental. Com cerca de 800 técnicos para analisar os pedidos e ainda tendo que fazer todo o trabalho de fiscalização, a obtenção da licença Prévia chega a de-morar de quatro a seis meses, nos casos bem-sucedidos. Para dar conta das suas múltiplas atribuições e reduzir prazos, a agência investe em ações de descen-tralização, como a a delegação para que municípios devidamente conveniados com a CeTeSB licenciem projetos de baixo impacto, além do licenciamento ambiental on-line. Na entrevista a seguir o engenheiro Otávio Okano, funcionário de carreira que assumiu a presidência da CeTeSB no início de 2011, fala sobre avanços e pontos de melhoria para os próximos anos.

revista Solví - Quantos pedidos de li-cenciamento ambiental a CeTeSB rece-be por ano, em média, na área de resí-duos sólidos?Otávio Okano - devemos ter em torno de três a quatro pedidos por ano para empreendimentos com mais de 100 toneladas/dia. a maior parte é de em-preendimentos de menor porte, anali-sados diretamente pelas 51 agências da Cetesb espalhadas por todo o estado.

Qual é o prazo médio, hoje, para a aná-lise dos documentos fornecidos para obtenção de uma licença previa (lP) na área de resíduos?

o prazo depende muito da qualida-de do projeto que recebemos. se é um projeto bem instruído, em um prazo de quatro a seis meses você recebe a licen-ça prévia. temos um caso recente que

demorou três meses, mas normalmen-te precisamos pedir complementação, o que dilata os prazos. a nossa meta é chegar a 90 dias, no máximo.

Como é a tramitação dos pedidos den-tro do órgão?

Um projeto que necessite de relatório ambiental Preliminar (raP) ou estudo de Impacto ambiental (eIa) é encaminhado diretamente à diretoria de avaliação de Impacto ambiental, pois esses projetos precisam das três licenças, que são emiti-das separadamente e em sequência: a Li-cença Prévia (LP), a Licença de Instalação (LI) e a Licença de operação (Lo). Cabe a esta área avaliar se haverá impacto e quais são as medidas mitigadoras. Feita a Licen-ça Prévia, haverá uma série de exigências técnicas que terão que ser cumpridas para que se emita a Licença de Instalação, como

um projeto executivo bastante detalhado. Precisamos saber, por exemplo, o que será feito com chorume, se haverá uma central de reciclagem ou uma cooperativa. Cum-pridas essas exigências damos a LI e faze-mos uma série de exigências técnicas para que o empreendimento seja implantado. só então damos a Licença de operação.

de quantos técnicos dispõem, no total? temos em torno de 700 técnicos nas

51 unidades da Cetesb e na diretoria de avaliação de Impacto ambiental, res-ponsáveis tanto pela análise de projetos quanto pela fiscalização, e acabamos de ganhar mais 100 funcionários, depois de 15 anos sem aumento no quadro. mas o ideal é termos mais 200 profissionais

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“Se em 1997 tínhamos praticamente 90% dos aterros no Estado em condições inadequadas, a criação do Projeto Aterro Sanitário em Valas, destinado a pequenos municípios, além de ações de orientação e fiscalização, fez com que a situação se invertesse: hoje, dos 645 municípios, apenas 40 possuem aterro controlado ou inadequado.”

para funcionarmos sem sobrecarga, pois nesse período a Cetesb ganhou muitas atribuições, como o licenciamento de postos de combustíveis, o controle de áreas contaminadas por indústrias, que hoje já somam quase quatro mil, além da enorme demanda representada pela construção civil, já que muitas construções es-tão sendo erguidas nestas áreas.

Que demandas a nova Política Nacional de resíduos Sólidos de-verá trazer à agência?

Creio que teremos um boom na área de logística reversa. Hoje temos pouquíssimos setores que fazem uma logística reversa bem-feita, como a de embalagens de agrotóxicos, que tem o inpev (Instituto nacional de Processamento de embalagens va-zias), criado pelos próprios fabricantes, um modelo a ser segui-do. enquanto isso, existem alguns tipos de resíduos para os quais a logística reversa ainda não “pegou”, como pilhas e baterias e lâmpadas fluorescentes, por exemplo. o nosso papel é fazer com que a lei seja cumprida no estado de são Paulo, fiscalizando, li-cenciando os locais de disposição e as indústrias recicladoras. Já na área de aterros públicos, são Paulo avançou muito na última década. se em 1997 tínhamos praticamente 90% dos aterros no estado em condições inadequadas, a criação do Projeto aterro sanitário em valas, destinado a pequenos municípios, além de ações de orientação e fiscalização, fez com que a situação se in-vertesse: hoje, dos 645 municípios, apenas 40 possuem aterro controlado ou inadequado, e nossa intenção é chegar ao final de 2014 sem nenhum aterro nessas condições.

Além das agências locais a CeTeSB está investindo em alguma outra forma de descentralização do licenciamento?

Hoje temos 46 municípios licenciando atividades de baixo impacto poluidor. Para que isso ocorra o município tem que ter um convênio com a Cetesb, uma equipe técnica, além de pas-sar por capacitação feita por nós. o entrave que tínhamos para que o município desempenhasse essa atribuição era a falta de regulamentação do artigo 23 da Constituição, que finalmente foi aprovada pelo Congresso. Queremos que até o final de 2014 to-dos os municípios de são Paulo façam licenciamento, o que per-mitirá que a agência priorize e reduza os prazos na análise dos projetos de alto impacto ambiental. o Governo do estado tam-bém criou o novo sistema integrado de licenciamento, sIL, para licenciamento eletrônico e esperamos que os municípios façam uso desta ferramenta para licenciar atividades de forma rápida. Já temos uma experiência anterior com o sistema de Licencia-mento simplificado (sILIs), por meio do qual emitimos cerca de 20 mil licenciamentos on-line nos últimos cinco anos, e menos de 1% desses empreendimentos deram algum tipo de problema. e o tempo médio para o licenciamento é de apenas cinco dias, desde que a documentação esteja completa.

Quais são as prioridades da CeTeSB para 2012? acabar com os lixões que ainda existem em são Paulo, fa-

zer com que os municípios que ainda não tratam esgoto o façam - embora sejamos o único estado que conseguiu ul-trapassar a meta de 65% de implementação de sistemas de coleta e 55% de tratamento colocada pela Política de sane-amento. outras ações prioritárias são justamente reduzir os prazos de licenciamento, reforçar o time e incrementar a mu-nicipalização do licenciamento.

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REVISTA SOLVÍ | setembro/dezembro 20116

Tecnologiaspara a vidaCaPa

Tecnologiaspara a vida

nos últimos anos, o Grupo solví caminhou a passos largos para que seus empreendimentos sejam reconhecidos como

indústrias de tratamento e valorização de resíduos. Para isso, realizou investimentos em tecnologias que vão desde a constru-

ção de aterros com o máximo de segurança ambiental até a geração de energia elétrica a partir do biogás produzido nestes aterros. Criar valor a partir do “lixo”, prestando um

grande serviço ao meio ambiente e às futuras gerações, mais do que um negócio, é a missão da solví, que leva a sério seu nome: soluções para a vida.

desenvolver e pesquisar inovações tecnológicas oferecendo-as ao mercado de forma pioneira e den-

tro de um modelo atraente de negócios são alvos cons-tantes dos técnicos e executivos de todas as empresas solví. o resultado é um portfólio de tecnologias que, juntas, são capazes de abarcar praticamente todo o es-

pectro de necessidades dos setores públi-co e privado.

Para destinação e tratamento de resí-duos, a solví possui hoje o maior número

de aterros privados do país, vários deles funcionando como centrais regionais,

recebendo resíduos industriais e públi-cos, muitas vezes de mais de um municí-

pio. e quando o assunto é valorização, conceito que também é enfatizado pela Política nacional de resíduos sólidos, o

céu é o limite, como mostram a termo-verde salvador, a organosolví, a essencis manu-

fatura reversa e a novíssima planta de recupera-ção de metais inaugurada junto ao aterro de Caieiras (sP).

saiba mais sobre essas tecnologias nas páginas a seguir.

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Tecnologiaspara a vida

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aterros com

alta tecnologia

a solví é o grupo que possui o maior número de aterros próprios no país, por meio de empresas como a revita, vega e essencis. são 15 aterros privados em operação, além de outros quatro operados em concessões municipais ou em contratos de terceirização. ao todo, eles recebem mais de seis milhões de toneladas de resíduos in-dustriais, domésticos e de construção civil por ano (dados de 2010). a construção de um aterro dentro das normas ambientais é uma obra de engenharia extremamente complexa, uma vez que se busca acondicionar os resíduos no menor espaço possível, minimizando os impactos ambientais e os danos à saúde humana e animal. veja alguns dos sistemas necessários ao perfeito funcionamento de um aterro e as inovações tecnológicas promovidas pela solví:

Sistema de monitoramento ambiental, com instrumentos para coleta e análise permanente das águas subterrâneas e superficiais vizinhas ao aterro.• a solví foi uma das primeiras empresas do setor a empregar o monitoramento das águas subterrâneas através de amostradores de baixa vazão, que permitem extrair água do subsolo sem pertur-bar as condições do fluxo geo-hidrológico, garantindo amostragens mais precisas.

Sistema de impermeabilização inferior e superior do aterro, com o uso de barreiras minerais e sintéticas.• a solví foi pioneira no uso de geocompostos bentoníticos em subs-tituição às camadas argilosas, e também no uso de mantas de PvC na cobertura superior dos aterros, reduzindo a infiltração de águas de chuva no maciço e aumentando a eficiência da captação de biogás.

Sistema de rebaixamento de água subterrânea visando distan-ciar, ao máximo, o lençol freático do sistema de impermeabilização inferior do aterro.

• no aterro de rio Grande (rs), localizado em uma área pratica-mente alagada, a solví projetou e implantou um sistema que per-mitiu o rebaixamento do lençol local em dois metros, dando segu-rança ambiental ao empreendimento; a obra foi tema de trabalho cientifico apresentado no maior congresso mundial de aterros sa-nitários, realizado a cada dois anos na sardenha (Itália).

Sistema de drenagem interna e de tratamento do percolado, para que este possa ser descarregado nos corpos hídricos sem danos ambientais.• a solví busca uma alternativa tecnicamente confiável e economica-mente viável para o tratamento do percolado e acredita estar próxima de uma solução com a implantação da tecnologia de osmose reversa, que opera de modo ainda experimental no aterro de rio Grande (rs).

Sistema de coleta e destinação das águas de chuva, para evitar que elas entrem em contato com os resíduos.• a solví foi pioneira no conceito de separação de águas pluviais “limpas” (que não entraram em contato com resíduos) das águas pluviais “sujas“, que se misturaram com os resíduos, com o uso de “rain flaps” que evitam ao máximo este contato, minimizando as-sim o volume de percolado.

Sistema de drenagem e queima do gás gerado pela decomposição dos resíduos, evitando que ele se disperse de forma descontrolada na atmosfera e gere poluição.• o aterro da battre em salvador foi o primeiro do mundo a vender créditos de carbono através do mecanismo de desenvolvimento lim-po (mdL) definido pelo protocolo de Kyoto, inovando na captação e queima do biogás.

Sistemas de monitoramento geotécnico da estabilidade dos talu-des, evitando assim que ocorram deslizamentos e danos à vizinhan-ça, além de sistemas de odorização e de controle de pó e ruído.

Aterro da Battre em Salvador

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CaPa

energia a partirdo biogás

desde janeiro de 2011, a solví produz energia elétrica a partir do biogás gerado no aterro da battre em salvador. a termo-verde salvador é a primeira termelétrica com essas caracterís-ticas na região norte/nordeste e a quarta em funcionamento no brasil. Com capacidade instalada de 20 mW e produção de 150 mil mW/h ao ano, a usina alimenta-se integralmente dos 4.000 nm3/h de metano gerados atualmente pelo aterro, queimando-o em motores especialmente preparados, trans-formando desta forma um gás altamente poluente em fonte de energia e recursos.

1) o biogás gerado pela disposição dos resíduos domésticos no aterro de salvador (2.500 ton./dia, em média) é captado por uma rede de poços e tubulações mantida em pressão ne-gativa com equipamentos especiais (sopradores).

2) Por meio de tubulações o biogás é enviado para uma esta-ção de depuração, onde um sistema de troca de calor diminui

a sua umidade e o coloca na pressão adequada para a geração de energia (150 mbar a 200 mbar).

3) Já na usina de geração, 19 motores Ge Jenbacher importa-dos da Áustria funcionam 24 horas por dia, transformando o biogás em energia.

4) após a geração, a energia é enviada a uma subestação ele-vatória, onde a tensão gerada em 13.800 volts é elevada para 69 mil volts.

5) Pronta para percorrer longas distâncias, a energia é injetada na rede de distribuição, chegando aos centros consumidores. toda a produção e comercialização da energia é regulada e controlada pela Câmara de Comercialização de energia elétri-ca (CCee). no caso da termoverde, os clientes são grandes consumidores das áreas de comércio e serviços.

Estrutura da Termoverde Salvador, localizada junto ao aterro da Battre

Tadeu Miranda

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resíduos se transformam em fertilizante orgânico

Formada a partir da parceria entre a solví e a organoeste, a orga-nosolví utiliza um bioextrato que diminui enormemente o tempo de degradação biológica dos resíduos orgânicos. a organosolví foi constituída com o objetivo de produzir fertilizantes a partir da inoculação deste bioextrato em resíduos orgânicos provenientes de indústrias, frigoríficos, papeleiras, etc. Composto por diversas cepas de microorganismos, o bioextrato é capaz de acelerar a degradação de praticamente qualquer tipo de resíduo orgânico, transformando-o, via compostagem, em fertilizante orgânico de altíssima qualidade. este pode ainda ser transformado em fer-tilizante organomineral, ao ser misturado a nutrientes químicos como nitrogênio, fósforo e potássio.

em fase de construção, a fábrica de Coroados (noroeste de sP) será a primeira da organosolví e terá capacidade inicial para produzir até quatro mil toneladas/mês de fertilizante orgânico a partir de resíduos vindos principalmente do agronegócio. des-ta forma, oferecerá uma destinação ambientalmente correta e

economicamente viável para estes resíduos, que antes eram depositados em aterros a custos maiores. no futuro, a intenção é construir fábricas junto aos aterros sanitários, aproveitando também os resíduos orgânicos domiciliares para a produção de fertilizantes.

1) Uma vez caracterizados e analisados, os diversos tipos de resídu-os a serem compostados são recebidos nas unidades da organosolví e vão para um pátio de pré-mistura/estoque de matéria-prima.

2) depois, estes resíduos são dosados e misturados em um gal-pão de compostagem, com piso impermeabilizado e drenagem de líquidos. ali são formadas as leiras.

3) o bioextrato é dissolvido em água e pulverizado nas leiras, dando início ao processo de compostagem acelerada. as leiras são revolvidas de acordo com a necessidade do resíduo que está sendo trabalhado e o produto final desejado.

4) em no máximo 21 dias o fertilizante “bruto” está pronto e vai para a linha de beneficiamento, onde ganha a forma de farelo ou grãos, orgânico ou organomineral.

5) o fertilizante vai para o estoque e está pronto para ser comercializado.

Croquis do projeto da fábrica da Organosolví em Coroados (SP); acima, vista geral da unidade, e ao lado as leiras nas quais o fertilizante será produzido

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REVISTA SOLVÍ | setembro/dezembro 201110

CaPa

da máquinaà matéria-prima

a essencis inaugurou em novembro, no Ctr de Curitiba (Pr), sua primeira planta inteiramente destinada à manufatura reversa, onde toneladas de refrigeradores, computadores, eletroeletrônicos, ce-lulares e outros itens do chamado “lixo tecnológico” voltarão a ser matéria-prima, graças a um arranjo produtivo que permite proces-sar estes resíduos com 90% de aproveitamento. em fevereiro, uma segunda unidade será inaugurada, no Ctr de Caieiras (sP).

1) o primeiro passo é a trituração dos materiais, que pode ser feita em um caminhão que vai até o cliente ou na própria planta.

2) na etapa de beneficiamento, o material triturado passa primeira-mente por um separador magnético, que retira os metais ferrosos.

3) depois outro separador retira metais como cobre e alumínio por afinidade elétrica.

4) o material que sobra, essencialmente plástico, vai para uma es-teira onde é separado por tipo (manualmente, por enquanto). nes-ta etapa também são retiradas as placas de circuito eletrônico de computadores e celulares, que podem conter metais nobres.

5) devidamente separado, todo o material volta a ser matéria- prima para a indústria, que pode comprá-lo por preços menores que a matéria-prima virgem.

Parte da linha de produção da unidade de manufatura reversa de Curitiba

Arquivo Institucional Essencis

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metais voltam à cadeia produtiva

no Ctr de Caieiras (sP) a essencis inaugurou um processo tecnológico pioneiro no estado de são Paulo, capaz de recu-perar alguns metais de alto valor como níquel, cobre, estanho, cromo e cobalto e que se encontram presentes em lodos e resíduos provenientes de indústrias de galvanoplastia. desta forma, consegue-se pratica-mente 100% de reaprovei-tamento destes metais, que deixam, assim, de ser envia-dos para aterros industriais ou para co-processamento e podem ser utilizados nova-mente como matéria-prima.

1) Uma amostra do resíduo é analisada para verificar a concentração de metal exis-tente; a viabilidade comercial do processo é considerada a partir de 3% de concentração.

2) no processo propriamen-te dito, a primeira etapa é a de dissolução ácida, na qual se acrescenta ácido sulfúrico aos resíduos, modificando seu PH, facilitando assim a recuperação futura dos diver-sos componentes metálicos presentes nos resíduos.

3) Um separador centrífugo de insolúveis ou decanter separa a fração metálica daquilo que não pode ser aproveitado.

4) a fração metálica é então enviada a seis reatores de batela-da, um para cada metal que se pretende separar. em cada um desses reatores, o PH é ajustado (por meio de soda cáustica) para promover a precipitação desse metal específico.

5) em cada reator, o líquido precipitado é encaminhado a um filtro-prensa para diminuir a sua umidade. dessa forma, ob-tém-se, nos diversos reatores, hidróxidos de níquel, de cobre, etc., prontos para serem reaproveitados como matéria-prima pela indústria, com preços por quilo que variam de r$ 4,00 (alumínio, zinco) até r$ 60,00 (cobalto, estanho).

6) os resíduos líquidos provenientes dos filtros-prensa e ou-tros resíduos líquidos do processo são enviados à estação de tratamento de efluentes. Já os resíduos sólidos do processo são encaminhados para aterro industrial ou para co-proces-samento.

Visão dos reatores no interior da unidade de Caieiras

Hidróxidos resultantes do processo de recuperação de metais

Fotos: Arquivo Institucional Essencis

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realizado entre os dias 01 e 02 de de-zembro em Campinas (sP), o encontro anual da solví reuniu os principais ges-tores das empresas do Grupo para com-partilhar os resultados de 2011 e as pers-pectivas para 2012 e os próximos anos. Investimentos em expansão, novos con-tratos e novas tecnologias marcaram to-das as áreas de atuação, gerando um cres-cimento de 16,7% no faturamento geral do Grupo, que atingiu r$ 1,6 bilhão.

“ainda há muito que fazer, tanto no que diz respeito à enorme oportunidade que temos de aumentar os investimentos em limpeza pública no brasil quanto em frentes que são importantes internamen-te, como governança e gestão de riscos; mas o mais significativo é que cinco anos após a criação da solví, as empresas es-tão conseguindo encontrar o seu caminho, oferecendo serviços diferenciados, geran-do lucro e distribuindo riqueza”, afirma o presidente da solví Carlos Leal villa. veja a seguir os resultados e perspectivas nas principais áreas de negócios.

resíduos públicosnovos aterros, novos contratos, novos

serviços. Com senso de oportunidade, parcerias e foco em soluções integradas, a vega e suas empresas coligadas, como revita, viasolo e Loga tiveram conquis-tas importantíssimas em um ano em que a tônica da discussão esteve em como os municípios conseguirão se adequar à Política nacional de resíduos sólidos. a inauguração de aterros regionais no rio Grande do sul (são Leopoldo e Giruá) e a constituição da Companhia riograndense de valorização de resíduos, além da ins-talação de um novo aterro na região me-tropolitana do rio de Janeiro (em belford roxo) atendem à demanda de centenas de municípios no que diz respeito à des-

tinação final dos resíduos domiciliares. Já a conquista, pela revita, do contrato de limpeza urbana da cidade de são Paulo, dentro do modelo “Cidade Limpa”, abre caminho para um novo paradigma em lim-peza urbana, calcado em ações de educa-ção junto à população. em outro mercado importante, o de minas Gerais, a viasolo fechou o ano com a consolidação do tra-balho de coleta na capital belo Horizonte (veja matéria na página 20), renovou e ampliou contratos, além de conquistar sua primeira concessão na modalidade PPP em alfenas. o faturamento da vega e coligadas atingiu r$ 856 milhões em 2011, com investimentos de r$ 200 milhões. a meta para 2016 é chegar a r$ 1,6 bilhão.

resíduos industriais e comerciaisa essencis aumentou seu faturamento

em 22%, enquanto a GrI cresceu 14% e a Koleta 15% em 2011, em um ano mar-cado não apenas por novos contratos, mas também pelo investimento em novas tecnologias. além de inaugurar aterros industriais em macaé (rJ) e Capela de santana (rs) e adquirir outro já existente em são José dos Campos (sP), a essencis abriu duas novas plantas que agregam va-lor aos resíduos na fase pós-industrial: a de manufatura reversa, em Curitiba (Pr) e a de recuperação de metais de alto va-lor dos resíduos da indústria metalúrgica, em Caieiras (sP). entre as metas de mé-dio prazo da empresa, que faturou r$ 399 milhões, estão a pesquisa e desenvolvi-mento de novas soluções coerentes com as determinações da Política nacional de resíduos sólidos.

enquanto isso, a GrI fechou novos contratos para gestão de resíduos com a Gm de são Caetano do sul e são José dos Campos, além da alstom, em tau-baté (sP) e da Iveco, em betim (mG),

Empresas do Grupo anunciam bons resultadosem 2011 e impulsionam metas de médio prazo

entre outros. também desenvolveu uma tecnologia para a recuperação de borra oleosa de refinarias por meio de centri-fugação e investiu em duas novas frentes de atuação: a transformação de resíduos do agronegócio em fertilizante, com a instalação da primeira fábrica da orga-nosolví em Coroados (sP) e a implan-tação, em americana (sP) da ecolamp, dedicada à revitalização de lâmpadas. a empresa teve um faturamento de cerca de r$ 70 milhões em 2011.

a Koleta intensificou sua atuação nos segmentos de coleta de resíduos da construção civil e também no transpor-te de grandes volumes de resíduos, este último impulsionado pelo contrato man-tido com a essencis nas obras de revita-lização do antigo aterro da alemoa, em santos. Com o foco nestes segmentos, além da coleta de resíduos comerciais e industriais, a empresa, que faturou r$ 83 milhões, espera manter o crescimento nos próximos anos.

Solví Saneamentoo objetivo da solví saneamento é fe-

char pelo menos dois novos contratos em 2012, inclusive no setor privado, com a prestação de serviços para indústrias. na Água do amazonas, 2011 foi dedica-do à implementação de procedimentos mais rígidos de controle, além da in-tensificação de relacionamento com a agência reguladora e poder concedente.

balanço POSITIVO

Gestão e neGÓCIos

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a redução de perdas continuou a ser prioridade, com instalação de novos hi-drômetros para evitar a sub-medição, e, principalmente, uma ação mais agressiva no que diz respeito às fraudes. a em-presa atingiu um faturamento de r$ 257 milhões em 2011 e pretende alcançar r$ 290 milhões em 2012.

Solví engenhariaCom a constituição da GPo (GmeC

Projetos e obras), empresa 100% solví, o Grupo expandiu sua atuação em enge-nharia. o ano de 2011 marcou a entrada da GPo na região sudeste, com a conquista de obras em volta redonda (rJ) e osasco sP), além de novos contratos na bahia e no Peru, onde realiza obras de saneamen-to em Juanjui (veja matéria na página 16). entre os objetivos de médio prazo estão alcançar um faturamento de r$ 500 mi-lhões em 2016, reduzir a dependência do setor público, buscar associação para ele-var o patamar de obras da empresa, além de obter as certificações Iso 9001 e Iso 14000.

Solví Valorização energéticaa solví valorização energética preten-

de ser a maior empresa especializada em geração de energia a partir do bio-gás produzido em aterros sanitários no país, gerando 385 mil mWh e atingindo um faturamento de até r$ 95 milhões em 2016, com novas termoelétricas

instaladas nos aterros de Caieiras (sP), minas do Leão, santa maria, são Leopoldo (rs) e belford roxo (rJ). em 2011 a sve deu o primeiro passo em direção a esses objetivos, com a inauguração da termo-verde salvador, com potência instalada de 20 mW. outras áreas de interesse e prospecção da sve continuam a ser as de energia solar, eólica e gerada a partir de biomassa proveniente de resíduos.

técnico demonstra equipamento para recuperação de lâmpadas durante o encontro anual da solví; a tecnologia será empregada pioneiramente no brasil pela GrI por meio da ecolamp, a ser instalada em americana (sP)

Carlos Leal Villa fala aos gestores das empresas durante o Encontro AnualFo

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Internacional (relima)Comemorando 15 anos de atuação no

Peru, a relima consolidou-se como refe-rência em limpeza urbana no país. a em-presa mantém contratos com os distritos de Lima, san Isidro e miraflores, nos quais atinge índices de aceitação de até 93% por parte da população, ao mesmo tem-po em que conquistou uma carteira de clientes privados que hoje soma 238 em-presas. entre as metas de médio prazo da relima, que alcançou um faturamento de r$ 64 milhões em 2011, está a conquista de novos contratos públicos na região me-tropolitana de Lima, que concentra 1/3 da população do país.

CSCComo empresa prestadora de serviços

para todo o Grupo, o CsC solví possui pa-pel determinante no seu sucesso. em 2011, ano em que foi considerado o terceiro me-lhor CsC entre as empresas que compõem o Grupo de estudos em serviços Compar-tilhados (GesC), o percentual de sLas (acordos de nível de serviço) atingido foi de 92%, com índices de 78% de satisfa-ção dos clientes e de produtividade. entre as metas para 2012 estão avançar ainda mais em seus indicadores, potencializar o Comitê de Clientes e investir em um dos seus novos focos de atuação, o desenvol-vimento dos colaboradores do Grupo.

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REVISTA SOLVÍ | setembro/dezembro 201114

Gestão e neGÓCIos

riscos podem ser até bons, desde que você esteja preparado para eles. trocar a cultura da urgência ou do ime-diatismo para outra capaz até mesmo de tirar proveito de fatores e eventos potencialmente ameaçadores para os negócios é o objetivo da cultura de ges-tão de riscos, que começa a ser imple-mentada com força no Grupo solví.

o processo envolverá os gestores de todas as empresas, com o suporte da consultoria deloitte. e o primeiro passo é justamente conscientizar sobre a impor-tância de gerir os riscos envolvidos nos negócios, analisá-los, agir sobre eles e monitorá-los. Isso vale não apenas para riscos ambientais e de segurança, mas também regulatórios, legais, financeiros, tributários, trabalhistas, logísticos, entre outros.

“Pelo menos 60% dos riscos aos quais as empresas estão expostas costumam ser de caráter estratégico, político/geo-político ou financeiro, e lidar com eles requer estar preparado, ter uma cultura de gestão de riscos assentada em todos os níveis da empresa”, comenta o diretor financeiro da solví Celso Pedroso.

Celso acrescenta que gestão de riscos é parte essencial da boa governança cor-porativa e, como toda uma medida que poderia ser chamada de “preventiva”, pode evitar dores de cabeça como pre-juízos financeiros, redução do lucro, ônus ambientais, multas, danos à imagem da empresa, contratos deficitários e muitas outras, indo até o próprio clima organiza-cional. “ter que ‘apagar incêndio’ cotidia-namente é uma coisa que ninguém gosta, mina a satisfação dos colaboradores e sua vontade de dar o melhor, por isso é preciso sair da esfera reativa e desenvol-

ver uma cultura proativa, na qual as pes-soas possam transformar os potenciais riscos em desafios a serem superados com criatividade e inovação”.

Para o desenvolvimento dos trabalhos serão utilizadas técnicas e ferramentas

para mapeamento, quantificação e qua-lificação, monitoramento e controle. mas Celso ressalta que nada disso substitui a liderança. “em um ambiente dinâmico de negócios, as pessoas são a parte mais importante para uma gestão de riscos eficiente”.

Gestão de rISCOSEmpresas Solví iniciam implementação de ferramentas de gestão de riscos

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15Em sentido horário, colaboradores da ADA (Manaus), Viasolo (Belo Horizonte), Koleta (Rio de Janeiro), Relima (Lima, Peru), Vega (São Bernardo do Campo), Battre (Salvador), Rio Grande Ambiental (Rio Grande), Revita (Salvador) e Revita (Araçatuba)

são Leopoldo, no rio Grande do sul, ganhou uma nova central de tratamento de resíduos públicos em novembro. além das 3,5 mil toneladas de resíduos domi-ciliares geradas na cidade ao mês e co-letadas pela sL ambiental, a expectativa é que a Ctr receba também os resíduos de outros municípios da região do vale do rio dos sinos, uma vez que possui ca-pacidade para até 15 mil toneladas/mês. Construída pela revita, a central poderá atuar no futuro dentro do conceito de in-dústria de tratamento e valorização de resíduos, com a inclusão de novas tecno-logias e equipamentos em sua estrutura.

sua estrutura foi implantada em uma área de 135 hectares adquirida pela re-vita próximo ao antigo aterro municipal, desativado recentemente. destes, 60 hectares serão destinados à disposição dos resíduos; o restante integra a área de proteção ambiental do rio dos si-nos e será totalmente preservado, além de receber o plantio de novas mudas de espécies nativas. a revita adquiriu ainda outra área, de 100 hectares, des-tinada exclusivamente à preservação ambiental.

o gerente operacional da revita, en-genheiro Idacir Pradella, ressalta que os resíduos de são Leopoldo passarão por uma etapa prévia de segregação, indo para o aterro apenas o que não puder ser reciclado e reaproveitado, conforme determina a Política nacional de resídu-os sólidos. Há alguns anos o município gaúcho atende 100% da população com coleta seletiva, além de manter parceria com cooperativas locais para a separa-ção dos materiais.

“a primeira etapa do aterro será a dis-posição dos resíduos, mas no médio pra-zo queremos agregar processos e tec-nologias como segregação dos resíduos para os municípios que não dispuserem

são Leopoldo temNOVO ATerrOCentral da Revita em São Leopoldo poderáatender também outros municípios da região

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Capacidade: 5 milhões de toneladas

Vida útil: 20 anosÁrea: 135 hectares, sendo 75 hectares para preservação

Colaboradores previstos ao final de todas as etapas: 150

ATerrO de SãO leOPOldO

desse serviço, usina de compostagem, queima de biogás para geração de ener-gia e outros”, diz Pradella, acrescentan-do que a equipe técnica da revita estu-da as tecnologias mais viáveis dentro das especificidades do aterro.

Compareceram à inauguração do aterro, no dia 09 de novembro, autori-dades como a secretária de meio am-biente do rio Grande do sul Jussara Cony, além dos prefeitos de são Leopol-do, novo Hamburgo e Canoas, secretá-rios, vereadores, empresários de vários municípios da região, presidentes de onGs, escolas municipais e presiden-te, diretoria e colaboradores do Grupo solví.

No dia da inauguração, a partir da esquerda: Carlos Leal Villa (presidente

do Grupo Solví), Ary Vanazzi (prefeito de São Leopoldo), Carlos Júnior (presidente

da Vega) e Paulo Borba (secretário de Planejamento Urbano de São Leopoldo),

observam a maquete do aterro

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REVISTA SOLVÍ | setembro/dezembro 201116

nos últimos anos o Peru vem passando por um boom econômico sem preceden-tes, com um crescimento que o coloca hoje como a sétima maior economia da américa Latina e grandes investimentos especialmente na área de infraestrutu-ra. responsável pela transformação dos serviços de limpeza urbana de Lima nos últimos 15 anos (por meio da relima), a solví tem investido também em obras de engenharia no país vizinho.

seu novo desafio será realizar a melho-ria do sistema de abastecimento de água e construção da rede de distribuição na cidade de Juanjui, localizada ao norte do Peru. Capital da província de mariscal Cá-ceres, na região de san martín, a cidade de 42 mil habitantes fornece abasteci-mento de água apenas uma hora por dia, sem tratamento. a taxa de mortalidade infantil local é de 21,7 em cada mil nas-cimentos, acima da média do país, que é de 19,2 por mil. destas, estima-se que

a maior parte seja causada por doenças associadas à falta de serviços básicos de saneamento.

Contratada pelo Governo da região de san martín, a obra será executada pelo Consórcio Águas de san martín, forma-do pela GPo Peru (por meio da vega Peru) e duas empresas locais (vialpa e Cerro verde). estão previstas a reforma da estação de tratamento de água da ci-dade, construção de dois reservatórios, ampliação da estação de bombeamento, três quilômetros de novas linhas de ele-vação e 29 quilômetros de rede de abas-tecimento, além da instalação de seis mil medidores. a previsão de término, com a entrega do sistema em funcionamento, é de 21 meses, com até 440 operários tra-balhando no período de pico.

logísticasegundo o diretor geral da solví no

Peru, emagnor tessinari, os desafios neste contrato passam principalmente por questões logísticas, já que Juanjui está localizada mais de mil quilômetros de Lima, e boa parte dos suprimentos, equipamentos e materiais têm que vir da capital. além disso, a estação de chuvas, que ocorre de novembro a março, exige um grande planejamento, para evitar pa-radas. “Por isso antecipamos ações como a retirada de material rochoso do leito do rio para ser usado no concreto, pois no período de chuvas o nível das águas sobe em até 16 metros”, comenta emagnor.

Para emagnor, além da importância so-cioeconômica para a região, a obra de sa-neamento agrega experiência à GPo Peru, habilitando-a a participar de concorrências maiores no futuro. “o momento econômico abre enormes oportunidades no Peru, e es-tou certo que podemos desempenhar um papel importante na construção e melhoria da infraestrutura do país.”

solví inicia novaobra no Peru

Gestão e neGÓCIos

Melhoria e expansão do sistema de saneamento de Juanjuibeneficiará 100% da população da cidade peruana

Operários iniciam o trabalho de abertura das ruas para a instalação da futura rede de

abastecimento de água da cidade

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vontade política, disposição para inves-tir e ênfase em educação ambiental. Com esses elementos, uma cidade ou mesmo um país podem transformar sua realidade no que diz respeito aos resíduos urbanos. realizado pela abLP (associação brasilei-ra de resíduos sólidos e Limpeza Pública) em são José dos Campos de 14 a 16 de setembro, o seminário nacional de Lim-peza Pública mais uma vez convidou ges-tores públicos, técnicos e engenheiros de todo o país a discutir questões relevantes envolvendo o assunto, além de propiciar conhecimento por meio da divulgação de experiências bem-sucedidas.

além das experiências, durante os três dias do evento foram discutidos vários te-mas relacionados à nova Política nacional de resíduos sólidos, como licenciamento ambiental, custos de limpeza urbana e cobrança de taxa, tratamento térmico de resíduos e erradicação dos lixões, medida cujo prazo final é agosto de 2014.

a educação das novas gerações pode mudar o futuro. esta foi a mensagem dei-xada pelo professor atsushi asakura, da Universidade de Hiroshima, que mostrou

a experiência conduzida nas escolas pú-blicas de ensino fundamental no Japão. nelas, desde pequenas, as crianças são sensibilizadas para os temas relaciona-dos a meio ambiente e sustentabilidade, cumprindo a rotina diária de limpeza da própria escola em que estudam, além de destinarem corretamente todos os resídu-os obtidos.

o investimento em limpeza urbana deve ser uma prioridade compartilhada com os cidadãos. esta foi a mensagem do pales-trante victor Cardador, representante da Urbaser, uma das empresas responsáveis pela limpeza urbana de barcelona, na es-panha. Há quase duas décadas a cidade investe de forma continuada em serviços, tecnologias e educação ambiental , em um ciclo que vai desde a separação dos resí-duos pela população (até 2012 espera-se recuperar 100% dos resíduos recicláveis) até a conteinerização de toda a coleta de lixo, com a utilização de contêineres sub-terrâneos e de um sistema pneumático que literalmente “suga” o lixo.

discussão e proposiçãotadayuki Yoshimura, presidente da

Evento, que chegou à sua 13ª edição, trouxe exemplosde outros países e debateu temas ligados à PNRS

Marcello Vitorino/Fullpress

Debate realizado durante o Senalimp contou com especialistas em resíduos, como Eleusis di Creddo (segundo a partir da esq.) da Solví, especialista em aterros

abLP, lembra que a entidade já nasceu com o objetivo de fomentar a discussão sobre a questão ambiental nas cidades, sendo gestada a partir do seminário “o Problema do Lixo no meio Urbano”, pro-movido em 1965 pela então Faculdade de Higiene e saúde Pública da UsP, pro-vavelmente um dos primeiros encontros técnicos sobre resíduos sólidos em âmbito mundial.

“nosso papel continua o mesmo, e agora com a nova política de resíduos sólidos nacional, trabalhamos para que os recursos públicos não sejam desper-diçados e as cidades consigam dar a destinação correta aos seus resíduos”, diz tadayuki,. recentemente, a abLP entregou à diretoria de Infraestrutura social e Urbana do ministério do Pla-nejamento uma proposta técnica, por ela elaborada, de um Plano nacional de erradicação de Lixões. de acordo com o levantamento, com um investimento de r$ 1,9 bilhão de recursos do PaC 2 seria possível instalar 256 aterros regionais e 192 aterros de pequeno porte, suficien-tes para acabar com os mais de quatro mil lixões existentes hoje no país.

senalimp discutesoluções para reSíduOS

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REVISTA SOLVÍ | setembro/dezembro 201118

InstItUto soLvÍ

Empresas do Grupo Solví dão os primeiros passos emparcerias de longo prazo com as comunidades

recentemente a viasolo, empresa do Grupo solví que atua no mercado de mi-nas Gerais, recebeu um convite inusitado: desenvolver e ministrar conteúdos sobre meio ambiente dentro de um programa social desenvolvido por outra empresa.

a parceria é com o Grupo treviso, con-cessionária volvo que atua na região de be-tim e participa da “franquia social” Projeto Pescar, que investe na formação de jovens em situação de vulnerabilidade. o convi-te foi um desdobramento do trabalho que vem sendo realizado com o ecoescola, pro-grama de conscientização ambiental que já atingiu desde 2009 mais de 10 mil alunos de escolas públicas dos municípios onde a viasolo presta serviços.

“nosso dia a dia são os contratos man-tidos com prefeituras, mas em tudo o que fazemos praticamos valores que nos são muito caros, como a segurança, o desenvol-vimento dos colaboradores e a responsabi-lidade socioambiental; este convite mostra que eles são percebidos pela sociedade, o que nos deixa muito satisfeitos, pois é uma forma de reconhecimento”, comenta o di-retor executivo da viasolo, marcos savoi.

O primeiro passoem manaus, a Águas do amazonas deu

este ano o primeiro passo para uma par-ceria mais duradoura. a empresa foi res-ponsável pelo “encontro” e união de duas onGs em torno de um objetivo nobre, o de oferecer atendimento a crianças e jo-vens da Compensa, bairro no qual a sede da ada está localizada. “Um parceiro nosso indicou a onG aldeias Infantis sos para o dia do voluntariado, e ao conversar com as pessoas da entidade soubemos que estavam procurando um local aqui no bairro para desenvolver o seu trabalho”, conta o analista de rH Jimmy ramos, que integra o Comitê de responsabilidade so-cioambiental da ada. “Foi quando desco-brimos o Centro de arte Irmã Yolanda se-túbal, que possuía o espaço, porém tinha dificuldades para manter as atividades”.

Inicialmente a ada atuou no suporte logístico para que a parceria entre as duas onGs pudesse ir adiante, revitalizando todo o espaço do Centro de arte no dia do voluntariado (que também agregou prestação de serviços à comunidade) e doando violões, tv e móveis para o Cen-tro de arte, que está pronto para iniciar as

atividades, gerenciadas pela aldeias sos. a expectativa é que cerca de 150 crianças e jovens frequentem o local para aulas de violão, flauta, canto, teatro, danças folcló-ricas e também para atividades pedagógi-cas. em seguida a empresa dará o segun-do passo. “vamos equipar a biblioteca e a brinquedoteca, além de envolver parceiros que possam contribuir com as atividades; entendemos que desta forma estamos contribuindo para a sustentabilidade de um projeto que pode transformar a vida de muitas pessoas”, afirma Jimmy.

ações para o futuro

A realização do Ecoescola nas escolas públicas dos municípios onde presta serviços abriu caminho para o reconhecimento da Viasolo como uma empresa voltada à responsabilidade socioambiental

Page 19: Revista Solví – 15

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realizado no dia 23 de outubro, o 7º dia do voluntariado reuniu 1.169 voluntários em

todo o país e também no Peru, beneficiando 29 entidades e 9.738 pessoas

a entrada de treinamentos e documentários sobre as empresas na programação da

tv solví tem feito sucesso. também é possível montar playlists para cada empresa

com uma programação mais personalizada, ao lado do conteúdo geral e institucio-

nal. “a tv solví é uma ferramenta importante que as empresas possuem para for-

talecer sua cultura, imagem e comunicação”, enfatiza a coordenadora do Instituto

solví Claudia sérvulo da Cunha dias.

notas

futuro

À esquerda, o garoto Gabriel Gomes da Silva, filho da colaboradora Fernanda Aparecida Gomes, da Vega, participa do 7º Dia do Voluntariado em São Paulo; à direita, crianças mostram dança folclórica no Centro de Arte Irmã Yolanda Setúbal, em Manaus

envolvimentoPara a coordenadora do Instituto solví,

Claudia sérvulo da Cunha dias, já há por parte das empresas do Grupo a consci-ência sobre a importância da responsa-bilidade socioambiental e das parcerias com a comunidade. “agora precisamos avançar no envolvimento, na construção de uma relação mais horizontal, passan-do do apoio pontual para a parceria efe-tiva, que se inicia no desenvolvimento compartilhado do projeto, passando pelo engajamento e mobilização local para a execução e sustentação das ações; o ob-jetivo de toda a ação deve ser o desen-volvimento da comunidade, promovido pela própria comunidade com o apoio da empresa”.

Juntamente com algumas das em-presas solví que atuam em são Paulo, o Instituto vem conduzindo no bairro do Ja-guaré um projeto no qual procura colocar em prática suas orientações. o início foi com o 6º dia do voluntariado, em maio deste ano, que resultou na aproximação com a sociedade benfeitora Jaguaré, que possui mais de 50 anos de atuação e já atendeu milhares de crianças, jovens e adultos em vários tipos de programas, com destaque para os cursos profissio-nalizantes. a partir daí a equipe do Ins-tituto começou a participar das reuniões realizadas semanalmente na Paróquia são José do Jaguaré com moradores, comerciantes e representantes de enti-dades locais para discutir questões rela-cionadas ao meio ambiente, a princípio motivadas pelo tema da Campanha da Fraternidade deste ano (“meio ambiente e a vida no planeta”).

“entramos com a proposta de estrutu-rar a discussão”, diz Claudia. a iniciativa ganhou um nome, “Cidade limpa, cida-de cidadã”, e em junho realizou-se um seminário para definir eixos de ação, de acordo com as demandas da comunida-de. noventa pessoas participaram, dan-do origem a projetos como o da Incuba-dora ambiental Jovem em ação (IaJa), que será conduzido pela Loga dentro da benfeitora Jaguaré, além de ações como o mutirão realizado em novembro em al-gumas das principais ruas da região, para sensibilizar os comerciantes sobre a im-portância de dar a destinação correta aos resíduos gerados em seu negócio.

“o Instituto solví chegou como um articulador das iniciativas, e a partir de

atividades como o seminário e uma visita ao aterro de Caieiras começamos a ver a importância de atitudes que nem sempre valorizamos, como separar o material re-ciclável, por exemplo”, diz o comerciante marco aurélio Pereira matos, que está há 30 anos no bairro e é vice-presidente da benfeitora Jaguaré, além de membro do rotary Club local. “Foi a primeira vez que reunimos pessoas de diferentes perfis

para discutir questões ligadas ao bairro, e acredito que esta iniciativa é algo para se perpetuar”. a opinião é compartilha-da pelo presidente da benfeitora Jaguaré, enio marchesotti. “antes tínhamos um espaço entre a benfeitora e a comuni-dade, que foi preenchido por esse movi-mento, que certamente trará novas par-cerias positivas, ajudando a melhorar a vida na região”.

Marco Aurélio Pereira Matos, da Benfeitora Jaguaré: “pela primeira vez reunimos pessoas de diferentes perfis para discutir questões relacionadas ao bairro”

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REVISTA SOLVÍ | setembro/dezembro 201120

LUGares

Uma capitalBelo Horizonte cresce sem parar, e um dos seus desafios é adequar-se aos novos tempos no que diz respeito à limpeza urbana e gestão de resíduos sólidos

“Jovenzinha” entre as cidades mineiras, com seus 114 anos, belo Horizonte nas-ceu planejada para ser uma cidade-jardim para poucos milhares de habitantes. Hoje, no entanto, concentra 2,4 milhões de mo-radores, configurando-se como a mais importante cidade de minas Gerais em termos políticos, econômicos e culturais.

apesar de já operar, há vários anos, em outras cidades mineiras como betim, sete Lagoas e divinopolis, entre outras, a via-solo ainda não tinha operações na capital do estado, embora perseguisse esse obje-tivo há bastante tempo.

este objetivo finalmente se realizou há um ano. Por meio de uma equipe de apro-ximadamente 700 colaboradores, a em-presa realiza a limpeza manual e mecani-zada de 20 mil bocas de lobo e a varrição manual e mecanizada de cerca de 27 mil quilômetros de vias ao mês, nas regiões

Centro-sul, oeste e barreiro, distância que equivale a uma viagem de ida e volta até o distante Uzbequistão.

“estar aqui é uma vitrine enorme para o nosso trabalho, e a expectativa é que no médio prazo possamos ampliar o escopo de atuação na cidade, além de contribuir para uma mudança no modelo de presta-ção de serviços, evoluindo para o concei-to de “Cidade Limpa”, ou seja, remunerar para manter limpo, e não para varrer”; comenta o gerente comercial da viasolo, alan Pierre de espíndula vieira.

na opinião do supervisor da unidade, Glauco Carvalho nunes, a própria Política nacional de resíduos sólidos deverá indu-zir a esta evolução nos serviços prestados em belo Horizonte, ao determinar a realiza-ção de ações educativas e o aproveitamen-to econômico dos resíduos antes de dispô-los em aterros sanitários como rejeitos.

Região metropolitana de Belo Horizonte vista a partir do bairro Belvedere

Concessão em Alfenas

belo Horizonte iniciou essas mudanças em 2009, com a disposição de seus resíduos públicos em um aterro privado por meio de PPP (parceria público-privada), mas ainda há muito que avançar em outros pontos como a coleta seletiva, que atinge apenas cerca de 30 bairros da cidade e representa menos de 1% de todo o resíduo produzido.

de acordo com o estudo “Gestão da limpeza urbana – um investimento para o futuro das cidades”, realizado pela PwC (PricewaterhouseCoopers) e publicado em 2010, a capital mineira é a que menos investe em limpeza urbana no brasil, com r$ 68,04 per capita ao ano. se depender da viasolo, esta realidade deverá mudar. “esperamos continuar essa parceria, para termos a possibilidade de, no médio pra-zo, implantar projetos capazes de levar a limpeza urbana a um outro patamar em belo Horizonte”, diz o diretor executivo da viasolo, marcos savoi.

em novembro a viasolo conquistou um novo contrato de tratamento de resíduos e limpeza urbana, no município de alfenas (aproximadamente 90 mil habitantes). este será o primeiro contrato em regime de concessão da empresa, com vigência de 20 anos, renováveis por mais 10 anos. a PPP prevê os serviços de disposição final de resíduos sólidos em aterro, limpeza urbana e serviços correlatos. também foram renovados os contratos vigentes nas cidades de betim, onde a viasolo terá exclusividade na destinação final dos resíduos domiciliares, além da possibilidade de recebimento de resíduos de municípios vizinhos, e em sabará, onde a empresa conseguiu aumentar o portfólio de atuação no município em relação ao contrato anterior. além destas cidades, a viasolo mantém contratos também nas cidades de Caeté, sete Lagoas, divinópolis, Lavras e montes Claros.

em expansão

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Curiosidadesbelo Horizonte foi uma das primeiras cidades planejadas do país, escolhida em 1893 para substituir a então capital ouro Preto, que em função da sua topografia não tinha condições físicas para expandir-se. o plano original era que belo Horizonte alcançasse 100 mil habitantes apenas quando completasse 100 anos. o projeto urbanístico original não acompanhou o crescimento desordenado da cidade, que em duas décadas, de 1950 a 1970, viu sua população saltar de 352.000 para 1,2 milhão de habitantes.

mesmo assim, a capital mineira já foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da onU, como a metrópole com melhor qualidade de vida na américa Latina e a 45ª entre as 100 melhores cidades do mundo. em 2009 a cidade também foi apontada pela revista América Economia como uma das 10 melhores para fazer negócios na américa Latina.

além de abrigar toda uma geração de escritores como Carlos drummond de andrade, Ciro dos anjos, Pedro nava, alberto Campos, emílio moura, João alphonsus, milton Campos e belmiro braga, belo Horizonte também foi cenário para a iniciação política de nomes como os dos presidentes Juscelino Kubitschek (prefeito de belo Horizonte entre 1940 e 1945) e dilma rousseff, nascida na cidade em 1947.

bElo horizontE

escopo de serviços: varrição manual e mecanizada e limpeza de bocas de lobo

Número de colaboradores: 700

Áreas atendidas: regiões Centro-sul, oeste e barreiro

Km de ruas varridas por mês: 27 mil

Bocas de lobo limpas por mês: 20 mil

belo horizonte

Page 22: Revista Solví – 15

22 REVISTA SOLVÍ | setembro/dezembro 201122 REVISTA SOLVÍ | setembro/dezembro 2011

soLvÍ em números

850 mil pessoas foram

incluídas no sistema desde 2000,

a um investimento de R$ 700

milhões em valores atualizados.

97,5% é a cobertura do

serviço de água na cidade hoje.

1,7 milhão é o número de habitantes

atendidos pela Águas do Amazonas em

Manaus, na primeira e maior concessão privada

em saneamento do país.

1.500 quilômetros de redes

de abastecimento de água foram

construídos em Manaus desde 2000.

55 mil ligações de água foram

efetuadas somente em 2010, incluindo

as realizadas pelo Plano de Expansão

do abastecimento de água.

detalhe das calhas dos filtros da estação de tratamento da ada (Águas do amazonas), na Ponta do Ismael

21,6% é a cobertura do serviço de

esgoto, cinco vezes mais que há 10 anos.

(Fontes: relatório Sociambiental Solví 2010 e Águas do Amazonas)

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e decidiu colocar a questão ambiental dentre suas prioridades.

Podemos ter qualquer uma destas tec-nologias no brasil. o ponto é que ainda nos debatemos, aqui, com questões ante-riores como as da consciência da popula-ção, da educação ambiental e da vontade política. Lembro que na cidade de são Paulo, há 40 anos, existiam duas usinas de compostagem e três incineradores, um dos quais era o primeiro no mundo com tecnologia alemã martin. Hoje não temos nenhuma dessas instalações em funcionamento, outras que estavam pre-vistas não foram implementadas e pra-ticamente todo o lixo da cidade vai para aterros, sem que se invista em educação

oPInIão

Tadayuki Yoshimura é acionista da Solví, conselheiro de empresas do Grupo e também presidente da ABLP, Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública

durante praticamente toda a minha vida profissional eu tive a oportunidade de pesquisar e conhecer diferentes tec-nologias para o tratamento de resíduos, com o objetivo de estudar a possibilidade de trazê-las para o brasil e agregá-las ao nosso portfólio de negócios. Conheci pro-cessos e equipamentos incríveis em paí-ses como estados Unidos, Japão, França, alemanha, Itália e espanha.

de fato, não faltam tecnologias para o tratamento e valorização de resíduos. da incineração à geração de energia, passan-do pela reciclagem, o menu é tão extenso quanto permite a capacidade de pesquisa e investimento de países que levam essa questão muito a sério, como o Japão, por exemplo, que está pelo menos 20 anos à frente do brasil nesse aspecto. ou mesmo cidades como barcelona, na espanha, que conseguiu se reinventar urbanisticamente

mais quetecnologia

ambiental da população, em redução ou reaproveitamento.

a Política nacional de resíduos só-lidos, aprovada no ano passado, traz a possibilidade de mudar essa história. até o ano que vem todos os municípios brasi-leiros deverão ter o seu plano de gestão de resíduos, e em 2014 nenhum municí-pio deverá depositar seus resíduos em lixões. espera-se que os mais de quatro mil lixões existentes hoje no brasil logo façam parte do passado, com a liberação de verbas federais para a instalação de aterros regionais e a adoção de soluções integradas. então poderemos dar o próxi-mo passo, que é a implementação de no-vas tecnologias para tratamento, destina-ção e valorização energética de resíduos.

Quanto às novas tecnologias, nunca deixamos de pesquisá-las, e quando for a hora de dar o passo adiante na ques-tão dos resíduos públicos e privados, transformando-os para que voltem à cadeia produtiva, nós da solví certa-mente estaremos prontos para oferecer as melhores soluções.

Page 24: Revista Solví – 15

em FoCovista do novo Centro administrativo do estado de minas Gerais, em belo Horizonte

Foto: marcello vitorino/Fullpress

A Solví é uma Holding controladora de empresas de reconhecida competência que atuam nos segmentos de resíduos, saneamento, valorização energética e engenharia, presentes em todas as regiões do Brasil e no Peru. A Solví baseia suas ações no desenvolvimento sustentável e trabalha para manter um compromisso primordial: oferecer soluções para a vida, com serviços integrados, diferenciados e inovadores, capazes de contribuir para a preservação dos recursos essenciais e para o bem-estar das comunidades onde atua.

Instituto SolvíRua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (55 11) 3124-3500e-mail: [email protected]

Centro de Serviços CompartilhadosAv. Maria Coelho Aguiar, 215Bloco B, 8º andar05804-900 - São Paulo - SPPABX: (55 11) 3748-1200e-mail: comunicacao. [email protected]

essencis Soluções Ambientais S.A.Alameda Vicente Pinzon, 173 - 7º AndarVila Olímpia - 04547-130 - São Paulo - SPFone: (55 11) 3848-4500 - Fax: (55 11) 3848-4551e-mail: [email protected]

GrI Gerenciamento de resíduos IndustriaisRua Presidente Costa Pinto, 33Mooca - 03108-030 - São Paulo - SPFone: (55 11) 2065-3500 - Fax: (55 11) 2065-3741e-mail: [email protected]

Koleta Ambiental S.A.Av. Pastor Martin Luther King Júnior, 8.745Colégio – 21530-012 – Rio de Janeiro - RJTel.: (55 21) 3278-9300 – Fax: (55 21) 3278-9331e-mail: [email protected]

Vega engenharia Ambiental S.A.Rua Clodomiro Amazonas, 24904537-010 - Itaim Bibi - São Paulo - SPFone: (55 11) 3491-5133 - Fax: (55 11) 3491-5134e-mail: [email protected]

24 REVISTA SOLVÍ | maIo/aGosto 2011

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en obJetIvo

Solví es un holding controlador de empresas de reconocida competencia que actúan en los segmentos de residuos, saneamiento básico, valorización energética e ingeniería, presentes en todas las regiones de Brasil y en Perú. Solví basa sus acciones en el desarrollo sustentable y trabaja para mantener un compromiso primordial: ofrecer soluciones para la vida, con servicios integrados, diferenciados e innovadores, capaces de contribuir para la preservación de los recursos esenciales y para el bienestar de las comunidades donde actúa.

vista del nuevo Centro administrativo del estado de minas Gerais, en belo Horizonte

Foto: marcello vitorino/Fullpress

GPOAv. Tancredo Neves, 1.632 - Sala 2.011Ed. Salvador Trade Center - Torre Norte41820-020 – Salvador (BA)Tel.: (55 71) 3114-5300 – Fax: (55 71) 3113-2008e-mail: [email protected]

Vega PeruAv. República de Panamá, 3.535 – Of. 1603San Isidro – Lima 27 – PeruTel.: (51-1) 616-9191 – Fax: (51-1) 616-9195e-mail: [email protected]

Solví SaneamentoRua Bela Cintra, 967 – 10º andar01415-000 – ConsolaçãoSão Paulo (SP) Tel.: (55 11) 3124-3500e-mail: [email protected]

Solví Valorização energéticaRua Bela Cintra, 967 - 10º andar01415-000 - São Paulo - SPPABX: (55 11) 3124-3500e-mail: [email protected]

Rua Bela Cintra, 967 - 10º andarCEP: 01415-000 - São Paulo - SPPABX:a (55 11) 3124-3500 - e-mail: [email protected]

Águas do Amazonas S.A.Rua do Bombeamento, 01 - Compensa69029-160 - Manaus - AMFone: (55 92) 3627-5515 - Fax: (55 92) 3627-5520e-mail: [email protected]

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