revista imasters #15

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Nós fazemos a Internet no Brasil R$24,00 Agosto 2015 / Ano 04 / Edição 15 GAMES DO TELEJOGO À REALIDADE VIRTUAL ENTREVISTA RE-DESCENTRALIZAÇÃO DA WEB AI REDES NEURAIS ARTIFICIAIS NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS #CriatividadeTecnológica #pag16 #WebParaTodos #pag44 #InteligênciaArtificial #pag33 Por um mundo melhor #capa #pag20 COMUNIDADE E DESENVOLVIMENTO

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Comunidade e desenvolvimento por um mundo melhor! / Inteligência Artificial / Re-descentralização da Web / Games - do telejogo à realidade virtual

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GAMESDO TELEJOGO ÀREALIDADE VIRTUAL

ENTREVISTARE-DESCENTRALIZAÇÃO DA WEB

AIREDES NEURAIS ARTIFICIAIS NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS

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Page 2: Revista iMasters #15

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Page 3: Revista iMasters #15

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RINA NORONHA (MTB 2759-ES) Editora/Jornalista Responsável

FABIO LODY Direção de Arte / Diagramação

NATHÁLIA TOREZANI Revisão

COLABORADORES Adriana Sadowski de Souza, Alice Wakai, Anderson Casimiro, Bernard de Luna, Bruno Rodrigues, Deivid Marques, Eduardo Sena S. Rosa, Fábio Jose Parreira, Fabio Lody, Flávia Jobstraibizer, Gabriel Sousa Soares, João Paulo Vieira, Kemel Zaidan, Maik Basso, Marcos Fer-reira, Nicolás Roberts, Reinaldo Ferraz, Ricardo Azevedo, Rina Noronha, Sergio Mira, Sidnei Renato Silveira.

ESKENAZI INDÚSTRIA GRÁFICA Gráfica

GRUPO IMASTERS Organização

> 1000 exemplares

> ISSN 1981-0288

Rua Claudio Soares 72, conjunto 1302, Pinheiros - São Paulo/SP CEP: 05422-030 Telefone: (11) 3063-5941

www.imasters.com.br/revista [email protected] Twitter: @iMasters Facebook: /PortaliMasters

Os artigos assinados são de re-sponsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem previa autorização dos artistas ou do editor da revista.

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Editorial

Metade de 2015 já passou. Talvez você já tenha feito uma lista de “o que fiz até aqui” e “o que ainda falta fazer”. Aqui no iMasters, já tivemos quatro eventos grandes - PHP Experien-ce, DevCommerce e as Developer Week Vitória e Belo Horizonte. Também realizamos sete edições do 7Masters, publicamos quase de 2.400 conteúdos no Portal e tivemos mais de 45 mil novos posts no Fórum iMasters.

Fizemos muita coisa, e ainda tem bastante pela frente. Teremos outras quatro edições do 7Masters, dois Developer Week, além dos eventos Android Conference e InterCon. Mas certamente o que mais nos alegra nisso tudo é ter feito tanto pela comunidade. É o que nos motiva todos os dias.

Você participa de alguma comunidade? Como se sente contribuindo para mudar o mundo através de um grupo? Comunidade, desenvolvimento e a busca por um mundo melhor é o tema da nossa matéria de capa. Você vai perceber como o trabalho em comunidade consegue mudar a vida de alguém no Perfil que trazemos na seção Por Aí - conheça o Pedro Castro, mais conhecido como Pheliz, que desde 2003 participa do Fórum iMasters.

Transformar e melhorar também é assunto da nossa entrevista. Passados 25 anos da gênese da Web, Tim Berners-Lee conclama todos para mudarmos a direção e re-descen-tralizar a Web, para que ela mantenha seu caráter aberto e inclusivo. Conversamos com Vagner Diniz, Gerente do W3C: ele afirma que os próximos passos do desenvolvimento da Web têm relação maior com questões políticas e sociais, além das tecnológicas.

E você, onde vai ficar nisso tudo? Ainda temos alguns meses este ano para agir. Espero que as reflexões que trazemos, além de todo o conteúdo técnico, possam ajudá-lo a, no final deste ano, ter uma grande lista de “coisas que fiz em 2015”. E, quem sabe, planejar ideias geniais para os próximos anos.

Abraços e boa leitura!

Rina Noronha

[email protected] Chefe - iMasters

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Capa - Comunidade e desenvolvimento: Pensando um mundo melhor

Revolução dos GamesDo Telejogo à Realidade Virtual

Inteligência ArtificialRedes Neurais Artificiais no diagnóstico de doenças

EntrevistaRe-descentralizaçãoda web

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7 > Sumário

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A iMasters é uma revista de Tecnologia/Web aberta a novas ideias. Para colaborar envie o seu material por e-mail [email protected]

09 :: Entrevista > Cal Evans e Paul Jones

19 :: API > Os fundamentos da segurança de APIs

23 :: Capa > Pensando o desenvolvimento fora da caixa

29 :: Tecnologia do Futuro > E a bola da veze ... 4k!

33 :: Tendencias > Blockchain e apps distribuidas em uma Internet pós-cloud

37 :: Mobile Payment > Hora de ser disruptivo no desenvolvimento de soluçoes de pagamento

40 :: Por Ai > Fazendo a internet do Brasil pelo mundo

42 :: Por Ai > Perfil: quem faz a internet no Brasil?

44 :: Comunidade > Labhacker - a invasão hacker continua

48 :: Banco de Dados > Persistencia poliglota e NoSQL

52 :: Cyberlaw > Startups enxutas, porem sustentaveis

56 :: Desenvolvimento > Como eu precisei ver Testes

61 :: Sr. Conteúdo > Diferença entre Comunicação e Marketing no meio digital

65 :: Desenvolvimento Zen > Trabalhe (Z|B) em acompanhado

68 :: WordPress > O WordPress e seguro. Inseguro e voce

74 :: Código Livre > Informaçoes e dicas sobre projetos Open Source

76 :: Desenvolvimento > Seu site tão rapido quanto o Google usando ElasticSearch

79 :: iMasters Box

71 :: 7Masters

16 :: Por dentro do W3C > Um centro de estudos sobre tecnologias Web no Brasil

Sumário < 8

Page 9: Revista iMasters #15

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Re-descentralize!Por Rina Noronha, para Revista iMasters

Entrevista < 10

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11 > Entrevista

Após o aniversário de 25 anos da Web, seu criador, o britânico Tim Berners-Lee, volta a fazer um apelo para que as pessoas se en-volvam com o objetivo original: uma rede descentralizada, que permaneça aberta e in-clusiva.

Apesar de a tecnologia fundamental da Web ter se mantido praticamente a mesma até hoje, as formas como ela tem sido usada mu-daram, e muito. O sistema de gerenciamento de informação para uma comunidade especí-fica virou uma ferramenta de empoderamento que muitos consideram um direito básico da humanidade. Dessa forma, os próximos pas-sos do desenvolvimento da Web tem relação maior com questões políticas e sociais, além das tecnológicas.

Caso ela permaneça como pensava seu cria-dor, o potencial da Web será benéfico para todos. É o que acredita Vagner Diniz, Gerente do W3C Brasil, que trabalha fundamental-

mente para garantir uma Web de todos para todos. Nesta entrevista, conversei sobre a re--descentralização da Web, além do posicio-namento necessário para que a rede mante-nha sua gênese.

1. RiM- No livro Impérios da Comunicação, de Tim Wu, ele diz que praticamente todas as tecnologias inventadas que foram usadas para comunicação, em especial rádio e TV, começaram abertas, mas acabaram sendo apropriadas por grandes empresas e agentes econômicos e tornaram essas tecnologias fe-chadas ou exclusivas. No livro, ele levanta o questionamento que talvez aconteça o mes-mo com a Internet, e já é possível visualizar isso hoje, com redes sociais e serviços cada vez mais cercados e controlados por empre-sas como Facebook, Google, GitHub, entre outras gigantes. Isso quer dizer menos ge-ração de riqueza e menos oportunidades de escolha, tanto para pessoas comuns quanto para desenvolvedores, que ficam cada vez mais atados às escolhas tecnológicas dos grandes players. Como mudar essa história e fazer com que seja diferente com a Web?

Vagner Diniz: Re-descentralizar a Web é uma expressão utilizada por Tim Berners-Lee para enfrentar o que ele chama de balcani-zação da Web: “Eu quero que a Web seja aberta, funcione em nível global da melhor maneira possível e que não seja baseada em fronteiras nacionais” (http://ow.ly/OEkPa). Portanto, o risco de termos uma tecnologia como a Web fechada, cercada e controlada provém não somente de gigantes privados, mas também de governos que, por meio de vigilância permanente, censura e regulação autoritária, criam muros de suposta “prote-ção” aos seus cidadãos.

2. RiM: No ritmo de mudanças que vivemos, quem são os maiores responsáveis por levar a ideia da descentralização à frente?

“São os desenvolvedores que globalmente definem padrões abertos dentro do W3C e que podem provar, com a prática, que a plataforma aberta da Web provê ao usuá- rio uma experiência mais rica de navegação e de integração”Vagner Diniz, Gerente do W3C Brasil

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12 > Entrevista

Vagner Diniz: Berners-Lee entende que é papel de governos, startups e jornalistas puxar esse debate e mantê-lo vivo para pro-vocar mudanças em direção a uma “Open Web”. E no setor privado, a competição dará conta dessa dependência dos gigantes de tecnologia. Eu acrescentaria que governos têm papel dos mais relevantes na definição de políticas públicas que apontem para um governo aberto, porque as políticas têm im-pacto direto no mercado.

3. RiM: Qual o papel dos desenvolvedores nisso?

Vagner Diniz: Os desenvolvedores são aqueles que de fato fazem opções tecnológi-cas no desenvolvimento de ambientes Web. São a experiência e o conhecimento deles que definem a tecnologia que vai dar certo ou não. São os desenvolvedores que global-mente definem padrões abertos dentro do W3C e que podem provar, com a prática, que a plataforma aberta da Web provê ao usuá-rio uma experiência mais rica de navegação e de integração.

4. RiM: Em uma entrevista para a Wired (Nov/2013), Tim Berners-Lee falou sobre a necessidade de proteger pessoas como Edward Snowden, que vazam informações em situações extremas, e também da ne-cessidade de termos uma cultura de ha-ckers, que pensem na responsabilidade do que podem fazer, como vozes alternativas às informações governamentais. O que você pensa disso?

Vagner Diniz: As minhas respostas ante-riores citam exatamente essa entrevista, que sugere que a balcanização da Web também é uma resposta dos governos afetados pelos atos de vigilância permanentes denunciados por Snowden. O ponto mais preocupante é o fato de ações autoritárias e ilícitas, como a vigilância do governo americano sobre cida-

dãos e governos, provocarem reações tam-bém autoritárias que, comumente, restringem a liberdade de expressão. O primeiro princípio da carta de “Princípios para a Governança e Uso da Internet”, do Comitê Gestor da Inter-net no Brasil, afirma que “o uso da Internet deve guiar-se pelos princípios de liberdade de expressão, de privacidade do indivíduo e de respeito aos direitos humanos, reconhecen-do-os como fundamentais para a preserva-ção de uma sociedade justa e democrática”. (N.E: veja a carta de princípios do CGI em www.cgi.br/principios).

5. RiM: Descentralizar pressupõe que não existe hierarquia, ou que ela é baixa. Até que ponto isso é utópico? Como alcançar essas coisas sem uma autoridade central?

Vagner Diniz: A descentralização não pres-supõe a ausência de hierarquia. Ela é a redis-tribuição de funções e poderes (en.wikipedia.

org/wiki/Decentralization). No limite, em um sis-tema peer-to-peer, ela pode levar a uma inde-pendência do centro. A re-descentralização da Web trata de empoderar os nós da rede de tal forma que ela não dependa do centro e permita que os nós se comuniquem com ou-tros livremente. Exemplos para entender me-lhor a ideia de Internet descentralizada são o Serval Project, que propicia a criação de uma rede de celulares independente de provedo-res (http://ow.ly/OElMY), ou a tecnologia block chain, que viabiliza o Bitcoin como meio de pagamento descentralizado na Web.

6. RiM: Alguns governos discutem que limi-tar o acesso à Internet tem como motivação “proteger as informações estratégicas do País”. É o caso do Irã e da Coreia do Norte, por exemplo, com suas “intranets nacionais”. A preocupação do governo no controle de uso de dados pode ser uma medida centrali-zadora no ambiente da Web ou é necessária por conta da privacidade de dados?

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13 > Entrevista

Governos não precisam controlar o uso de dados de maneira generalizada. Como qual-quer outra organização, o uso de dados deve ser feito para a realização das ações que lhe são pertinentes, definidas constitucionalmen-te. Dados que são sigilosos, como a lei os define, devem ser controlados. O que passar disso vem do “maligno”.

7. RiM: Por que o Marco Civil é importante para alcançar uma Web descentralizada?

Tanto o Marco Civil como a Lei de Acesso à Informação e o anteprojeto da Lei de Proteção de Dados Pessoais são marcos regulatórios importantíssimos na garantia de princípios como liberdade de expressão, privacidade, neutralidade na rede, diversidade, governan-ça democrática, universalidade e inovação na rede [3]. A regulamentação do Marco Ci-vil, atualmente aberta para contribuições aos processos de sistematização da consulta pú-blica (http://ow.ly/OElR8), tem sido um grande debate entre grandes forças do mercado, go-verno e sociedade civil. Assim também será com a Lei de Proteção de Dados Pessoais, pois grandes questões econômicas estão em jogo, já que os dados que circulam na Web são ativos de enorme valor. É nessa discus-são que governo e sociedade devem mostrar se querem ou não a Web aberta como ela foi criada.

8. RiM: A web fez 25 anos em 2014. Quais as expectativas para ela daqui a 25 anos?

Daqui a 25 anos, terei 82 anos. Espero estar vivo para que eu mesmo, meu corpo huma-no, seja um nó desta rede. O Pew Reaearch Group levantou as expectativas sobre o futu-ro da Internet, e as apostas vão para o mais óbvio: um ambiente em rede totalmente glo-bal, invisível e imersivo; a proliferação de sen-sores, câmeras, software e banco de dados conectados (Internet das Coisas); mais tecno-logias portáteis, vestíveis e implantáveis que

proporcionarão a experiência de realidade au-mentada; maior intersecção do físico e social por meio de tagueamentos, mapeamentos e banco de dados. No entanto, para a Web, a maior expectativa é de que ela seja totalmen-te imperceptível - iremos utilizá-la naturalmen-te, sem pensar “vou entrar na Internet para ver isso”. Já estaremos nela, seremos ela.

Para saber mais:

O debate sobre a re-descentralização da Web,

também será abordado durante a Conferência

Web do W3C Brasil – Web.br 2015, que aconte-

cerá nos dias 22 e 23 de setembro, em São Paulo.

http://conferenciaweb.w3c.br

Re-decentralize

http://redecentralize.org

“Tim Berners-Lee: we need to re-decentralise

the web”, por Liat Clark, para Wired UK http://

ow.ly/OEkPa

“De volta para o passado (ou vamos deixar

a Web divertida de novo?)”, por Yasodara Cór-

dova, para iMasters

http://ow.ly/OEm3Q

“How the Web Needs to Change in the Next

25 Years”, por Victoria Turk, para Vice

http://ow.ly/OEm1D

Texto completo da proposta da Web de Tim

Berners-Lee’s

http://info.cern.ch/Proposal.html

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14 > Entrevista

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Do Telejogo à Realidade Virtual: a revolução dos gamesPor Fabio Lody, Diretor de Arte do iMasters

Criatividade Tecnológica tem tudo a ver com games. Mas você sabe como tudo começou? No artigo desta edição, quero falar um pou-co sobre a criação de games que marcaram a história.

Em 1951, foi criado o “Univac”, primeiro com-putador comercial da história, que abriu cami-nho para diversos órgãos de pesquisa e ins-tituições acadêmicas desenvolverem alguma coisa. Porém, devido ao alto custo, ao gran-de consumo de energia e à necessidade de se empregar uma equipe altamente treinada para manter e operar as máquinas, a tecnolo-gia da computação ficou limitada a empresas e organizações maiores. Com isso, a criação dos primeiros jogos eletrônicos foi limitada a testes e demonstrações de estratégias mili-tares. Muitos desses testes sequer possuem documentação, além de existirem diversas disputas judiciais de patente.

Mas o primeiro jogo criado foi o “Tennis for Two” (1958), do físico norte-americano William Higinbotham. Ele foi desenvolvido especialmente para entreter os convidados no dia da visita anual ao Laboratório Nacio-nal de Brookhaven. “Tennis for Two” era um simulador de tênis, exibido na tela de um osciloscópio. A bola era representada por um ponto piscante, e os jogadores controla-vam seu movimento por cima de uma linha vertical, que representava a rede. Apenas a bola e a quadra eram representadas numa vista lateral.

Na década de 1960, o Instituto de Tecno-

logia de Massachussetts (MIT) era um dos principais centros de pesquisa na área de computação no mundo. Lá eles dispunham de um computador com transistores (em vez de válvulas), o TX-0, o menor dos mainframes na época. Estudantes de Engenharia desen-volviam ferramentas de programação e jogos simples, como “Mouse in the Maze” (simulava um rato em um labirinto) e “Tic-Tac-Toe” (um jogo da velha). Após algum tempo, esse com-putador foi substituído por um PDP-1, um mi-nicomputador com monitor de resolução 512 x 512 e capacidade de plotar qualquer objeto na tela.

Ocupando 2KB de memória e finalizado em 1962, Spacewar foi um dos primeiros jogos de computador que teve distribuição nacio-nal (nos EUA), graças à fabricante do PDP-1 (DEC), que o incluiu como um programa de teste em cada computador comercializado. Isso serviu de inspiração para outros progra-madores desenvolverem seus próprios jogos, aumentando a quantidade deles no mercado.

Jogos modernos: Telejogo

O Telejogo era a versão brasileira do Tele Game (console da Atari para o jogo Pong), porém com alguns aprimoramentos que o deixaram mais divertido - ou menos ente-diante.

Era um videogame simples, consistia basi-camente de traços que subiam ou desciam para rebater um quadrado - o controle era fei-to através de um dial (como o sintonizador de

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rádio girando-o para a direita e para a esquer-da para movimentar a barra). No Brasil, ele foi comercializado em 1977 pela Philco/Ford.

Odyssey 100 - o Magnavox Odyssey foi o primeiro console de jogos com sucesso no mundo. Foi apresentado pela primeira vez em abril de 1972 e lançado em agosto do mesmo ano. Era um console digital, embora muitas vezes seja erroneamente definido como ana-lógico, devido à incompreensão de seu proje-to de hardware.

Projetado por Jay Miner e lançado em 1977 nos Estados Unidos, o Atari 2600 é conside-rado um símbolo cultural dos anos 80. Foi do Atari o jogo Space Invaders, da Taito, um gran-de sucesso de vendas que aumentou consi-deravelmente sua popularidade, dobrando as vendas para mais de 2 milhões de unidades nos anos 1980, só nos Estados Unidos. Atari 2600 e seus cartuchos foram o maior fator por trás do gigantesco lucro da Atari, de mais de 2 bilhões de dólares em 1980.

As vendas dobraram novamente pelos dois anos seguintes, com venda de quase 8 mi-lhões de unidades em 1982. Nesse período, a Atari expandiu a família 2600 com outros dois consoles compatíveis. O Atari 2700, uma versão sem fio do console, nunca foi lançado por causa de uma falha de design.

A companhia também construiu uma versão menor e arredondada da máquina, apeli-dada de Atari 2800, para vender no merca-do japonês no início de 1983, mas sofreu

com a competição do recém-lançado Ninten-do Famicom.

O Atari chegou ao Brasil em setembro de 1983, fabricado pela Polyvox e logo se tor-nou um fenômeno de vendas, principalmente entre os anos de 1984 a 1986. Seus jogos permanecem na memória de muitos que vi-veram a juventude nessa época. O primeiro lote enviado às lojas era composto de 30 mil unidades, com um preço sugerido entre 180 e 200 mil cruzeiros.

Consoles da terceira geração (8 bits)

A terceira geração de vídeo games teve início em 15 de julho de 1983, com o lançamen-to, no Japão, do Family Computer ou Fami-com, que mais tarde se tornaria o NES (Nin-tendo Etertainment System) e do SG-1000 da SEGA.

Essa geração foi um marco, principalmente no Japão e os Estados Unidos, com a tran-sição dos gráficos em blocos para uma rola-gem contínua de hardware (smooth scrolling) de pontos quadriculados e sprites. Um salto gigantesco na história dos jogos eletrônicos.

O console mais vendido foi o NES, seguido do Master System e do Atari 7800. Foi quando começaram a ser rotulados por seus “bits”. Isso se tornou uma moda nos próximos siste-mas, como o Mega Drive/Genesis e o Super Nintendo, ambos em sistemas de 16-bits.

16-32-64-128 bits

Da quarta à sexta geração de vídeo games tivemos uma evolução surpreendente. Os jo-gos ganharam gráficos elaborados e os con-soles receberam inúmeras melhorias.

Lançado em 1988 no Japão, o Sega Mega Drive foi o segundo videogame de 16-bits,

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Page 18: Revista iMasters #15

sendo durante esse ano de lançamento o mais famoso, pois era sequência de seu pre-decessor, o Sega Master System. Ele foi pos-teriormente lançado na América do Norte, em 1989, com o nome de Sega Genesis.

Um dos maiores títulos para o console foi o “Sonic the Hedgehot” que, devido ao suces-so, rapidamente virou o novo mascote da Sega. Os investimentos em campanhas de marketing da Sega também cresceram mui-to nessa época, com slogans como “Genesis does what Ninten doesn’t” (O Genesis faz o que o Nintendo não faz) e o famoso grito de “SEGA”, sem falar nas campanhas em torno do Sonic. Tudo isso pois, quando o Genesis entrou nos EUA, o NES dominava as vendas na região. Com isso, o Genesis ficou com grande parte das vendas até 1991, quando o SNES foi lançado.

Com o lançamento do SNES, a Sega inven-tou um novo termo para o mercado, o “Blast Processing”, que sugeria que o Genesis era capaz de rodar jogos com melhor velocida-de de exibição do que o SNES. Essa grande campanha da Sega foi muito favorável, o que tornou o console um dos mais vendidos nos EUA, atrás somente do console da Nintendo.

O Super Nintendo Entertainment System (SNES) foi o primeiro console da Nintendo na era dos 16-bits. Ele foi lançado inicialmente no Japão em 1990 com o título de Super Famicon, e em 1991, na América do Norte, ele foi remodelado e lançado com o nome de SNES. Apesar da grande concorrência com o Genesis, o Super NES se tornou um dos consoles mais bem sucedidos e conhecidos da quarta geração, conhecido e adorado por muitos até nos dias de hoje.

O jogo de maior sucesso do console foi o Super Mario World, que atingiu mais de 20 milhões de vendas, o que bateu em muito o mais vendido da Sega, que foi o Sonic, the

Hedgehot 2, que vendeu apenas 6 milhões de cartuchos.

Também conhecida como a era dos 32 bits, a quinta geração dos videogames teve início em 1993 e seguiu até o ano de 2002, quan-do o Nintendo 64 foi descontinuado. Se na geração passada vimos a guerra entre dois consoles específicos, na quinta geração se viu muito mais do que isso – não houve uma, mas várias guerras –, e elas não foram entre consoles, mas entre conceitos e tendências. A quinta geração foi dominada pelo Sega Sa-turn, Nintendo 64 e PlayStation.

Foi na sexta geração que o mercado recebeu o Sega Dreamcast1, o PlayStation 2, o Nin-tendo GameCube e o X-Box. Ela foi marcada pela entrada da gigante americana Microsoft no mercado dos videogames, bem como pelo fato de ser a última geração de aparelhos na qual a Sega ainda atuava na área de con-soles. Atualmente, a empresa japonesa atua apenas na área de jogos eletrônicos.

Em novembro de 2005 a Microsoft lançou o XBox 360, marcando o início da sétima gera-ção. Um ano depois, a Sony lançou o PlayS-tation 3, e a Nintendo, o Wii, que fez com que a empresa ampliasse consideravelmente sua participação no mercado.

O Wii foi lançado com a promessa de “revo-lucionar a forma de jogar”, com seus contro-les sensíveis ao movimento, mesmo tendo tecnologia gráfica considerada da geração passada. Já no lançamento do PlayStation 3, se prometia gráficos foto-realísticos e jo-gos cinematográficos com sua nova tecno-logia de mídia, embora seja o console mais caro desta geração e também equiparável ao Xbox 360 em termos gráficos. O Xbox 360 também prometia ótimos gráficos e uma experiência “online” inigualável, contudo sendo o único nesta geração que cobra por este serviço.

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Fabio Lody é Diretor de Arte do iMasters e colunista de Photoshop. Desenvolveu trabalhos para vários países, foi aluno de Alexandre Wollner e participou da equipe de criação de projetos como Lollapalooza Brasil, Centenário do Santos, Centenário Vinícius de Moraes, Futebol Run, Expo Money, Super Bike Series, Galinha Pintadinha, FIC, MMA Rocks entre outros. Conquistou o Best Mkt Design 2012 com a marca do centenário do Santos. É praticante de Krav Maga e está há 11 anos nessa vida maluca de subir/descer a serra todos os dias por morar em Santos. @fabiolody

Nesta época também foram lançados os consoles portáteis,, como o Nintendo DSi, que trazia duas maravilhosas camêras VGA de 0.3 megapixel e acesso à internet via wifi.

Oitava geração

Enfim, a oitava e mais atual geração de con-soles, foi iniciada com o lançamento do Wii U da Nintendo. Além dele, há o Playstation 4 e o Xbox One, ambos lançados em novembro de 2013. Juntos, os consoles da nova geração já ultrapassaram a barreira das 25 milhões de unidades vendidas no mundo todo.

Desde o Xbox 360, a proposta da Microsoft é oferecer tanto jogos quanto uma farta bi-blioteca de filmes, músicas, programas de te-levisão, seriados, documentários, esportes e aplicativos de entretenimento em geral.

Kinect - O Xbox One foi pensado e criado juntamente com o desenvolvimento de uma nova versão do Kinect, acessório que dis-pensa controles para jogar, interagir com elementos na tela e executar comandos por voz. Para o novo console, a experiência de uso é totalmente integrada ao dispositivo: já nos primeiros minutos, o Kinect reconhece sua fisionomia e atributos físicos para agilizar o processo de log-in na Xbox Live e, a partir daí, você pode acessar jogos, configurações gerais, iniciar aplicativos e visitar os produtos à venda na loja online do console sem maio-res dificuldades.

Oculos RIF – Foi desenvolvido pela Oculus VR, empresa comprada pelo Facebook em 2014. O potencial da tecnologia pode ser explorado por diversas áreas, mas são os games que mais chamam a atenção, e ele é um dos principais gadgets de realidade au-mentada. Surgiu como um projeto no site colaborativo Kickstarter, e tem sido apontado como uma grande inovação.

O primeiro kit tinha tela de LCD de 7 pole-gadas com resolução de 640×800 por olho. A nova geração do Development Kit (DK2), lançada em 2014, trouxe algumas melhorias, como o uso de um display de OLED de baixa persistência com o dobro da qualidade (são 960×1080 pixels por olho) e um acessório ex-tra para aprimorar o rastreamento de posição.

Os últimos detalhes do Oculus Rift foram anunciados por Mark Zuckerberg em seu perfil no Facebook. A grande novidade é uma espécie de joystick que virá na versão final do produto. O controle ficará preso ao pulso e vira com alavanca, botões e um gatilho. Além disso, os fones poderão se desencaixados para que o usuário utilize o que preferir. A ver-são final tem o lançamento previsto para os primeiros meses de 2016.

É meus amigos, em 30 anos os games evo-luiram demais. Embora eu seja saudosista, aguardo ansiosamente que os jogos ao me-nos cheguem no nível de interação do filme “Her” em que o personagem do jogo res-pondia e interagia a praticamente tudo de seu controlador e do cenário externo. É isso, espero que tenham gostado, até a próxima!

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Page 20: Revista iMasters #15

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Comunidade e desenvolvimento por um mundo melhorPor Alice Wakai, para Revista iMasters

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Uma pessoa que passa dias e noites em frente ao computador, sem falar com nin-guém. Se alguém tem essa visão dos profis-sionais de tecnologia e desenvolvimento, ou até mesmo de si mesmo (a), é porque nunca ouviu falar das comunidades que abrigam esses profissionais.

Apesar de não haver nenhuma informação exata de quando ou onde as comunidades começaram, elas surgiram da ideia de que a troca de conhecimento entre diversas pessoas pode ser uma ótima forma de aprender, ensinar e desenvolver coisas ba-canas - um ciclo positivo para construir um mundo melhor.

Tudo muito bonito, muito fascinante. Mas, apesar de ter me apaixonado pelo concei-to de comunidades desde o momento em que recebi o tema como pauta da revista iMasters, algumas perguntas precisavam ser respondidas, antes que qualquer conclusão fosse feita. O que faz com que uma comuni-dade dê certo? No final das contas, a cola-boratividade, sem objetivos financeiros ou de qualquer outra natureza, a não ser o simples fato de ajudar alguém, realmente funciona?

Para Anderson Casimiro, Community Mana-ger do iMasters, CTO da Agrosmart e Ativis-ta do PHPSP, as comunidades nascem para suprir uma necessidade comum de seus membros. “Desde os primórdios, existem demandas como distribuição de recursos, de comida, abrigo etc. No mercado de tec-nologia em específico, a necessidade nor-malmente existe principalmente por conta da qualificação precária”, explica Casimiro.

Nada mais natural, então, que solucionar o problema fomentando o conhecimento de profissionais mais experientes através des-ses grupos.

Foi assim que Pedro Castro, que trabalha com Photoshop desde 2002, encontrou o Fórum iMasters. “Eu estava começando com o Photoshop e procurava um bom site com tutoriais e dicas para aumentar meu conhe-cimento”, conta ele.

Hoje, Castro – mais conhecido online como Pheliz – é um dos administradores do Fórum iMasters. E ele conta que os principais “be-nefícios” de estar em uma comunidade, além de aprender e compartilhar conhecimento e fazer uma boa rede de amigos, é a possibili-dade de fazer tudo isso de forma aberta e, “o melhor, sem pagar nada”. “Quem não parti-cipa de nenhuma comunidade online deveria tentar participar de uma. Com certeza todos têm alguma área de interesse e existem di-versos fóruns que podem ser interessantes seja de assuntos profissionais, seja de as-suntos de seu hobby ou entretenimento”, aconselha Castro.

Humberto Zanetti, professor e mestre em Ciência da Computação e também cofun-dador da comunidade Fatecino (Clube de Arduino da Fatec de Jundiaí), explica que a principal motivação para se criar uma co-munidade é acreditar que o ambiente co-laborativo é a melhor maneira de aprender e se engajar em alguma tecnologia. “A troca de experiência dentro de um grupo é algo raro de se conseguir em outro ambiente”, diz Zanetti.

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Para Anderson Casimiro, Community Manager do iMasters, CTO da Agrosmart e Ativista do PHPSP, as comunidades nascem para suprir uma necessidade comum de seus membros

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Além de “abrir os olhos” de muitos iniciantes e pessoas que não têm determinado tipo de experiência, a troca de ideias com pessoas de interesses em comum acaba despertan-do um rico senso de ‘cocriação’. “Sem dúvi-da o ponto mais forte é o incentivo a criar e colaborar com projetos de outras pessoas, o que nos leva a ter novas ideias sobre nossos próprios projetos”, explica Zanetti.

Daí o que acontece é que muitas vezes a experiência de trocar conhecimento nas comunidades é tão marcante que se torna a principal motivação de seus membros. “A motivação vem do simples prazer em ajudar, em ver que de alguma forma, para aquela pessoa ou grupo, você pode fazer a diferença”, conta a desenvolvedora PHP Thamara Hessel.

Sem dúvida o ponto mais forte é o incentivo a criar e colaborar com projetos de outras pessoas, o que nos leva a ter novas ideias sobre nossos próprios projetos

Envolvida em comunidades desde 2009, quando começou a buscar referências e ar-tigos de forma aleatória na Web, Thamara viu seus esforços em comunidade realmente valerem a pena depois de publicar o trabalho DojoOnline. Foi quando ela conheceu Rafael Pimentão, um desenvolvedor de Belo Hori-zonte que estava começando e queria muito fazer um sistema para mudar sua realidade profissional. “O Rafael começou do zero e depois de nossas conversas conseguiu fazer seu primeiro sistema”, conta.

Para Thamara, o mais bacana da comuni-dade é a ligação que as pessoas criam, a preocupação com a “elevação do próximo, o querer que o outro saiba também para cres-cer junto”, acrescenta.

Outro “incentivo” que contribui para o su-cesso das comunidades é a inexistência de vínculo empregatício, regras ou normas pré-estabelecidas, como explica Cal Evans, um dos principais representantes da co-munidade PHP em todo o mundo. “Não existem regras. Na nossa comunidade, por exemplo, você já é um membro, desde que seja programador PHP. Não precisa ser da-queles ativos para te consideramos como parte do grupo”, disse Cal. Mas é claro que existe o mínimo de organização, para que o grupo não se torne um ‘caos total’. No caso da comunidade Nomads PHP, o trabalho é centrado principalmente nos User Groups. “Não somos coordenados por um centro, mas nós temos um grupo de organizadores que conversam uns com os outros de forma regular via e-mail”, diz Cal.

Um bom exemplo de que você pode fazer grandes coisas como voluntário, sem ne-cessariamente ter um vínculo com alguma empresa, é o caso do designer de interfa-ce, Vinicius Depizzol. Quando Vinicius entrou para a faculdade, acabou “botando a mão na massa” de verdade em um projeto desen-volvido dentro de uma comunidade.

“Fazia coisas como se eu estivesse empre-gado; desenvolvia telas de aplicativos, inter-face do usuário, fazia testes de usabilidade… Fui conhecendo gente fora do meu ‘circuito’ e acabei ganhando uma experiência que fez muita diferença”, conta Depizzol. Com o net-working adquirido nas comunidades, Depiz-zol acabou recebendo uma proposta irrecu-sável para trabalhar na startup Xamarim em São Francisco (CA), onde está há mais de três anos.

Uma comunidade também pode ser criada com o objetivo de disseminar a tecnolo-gia de uma determinada empresa - alguns exemplos são Google, Microsoft e os GDGs. “Empresas também ganham quando trazem

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o espírito de comunidade para dentro de casa. Times de desenvolvimento podem ser comunidades”, explica Casimiro.

Luis Leão é co-organizador do GDG (Goo-gle Developer Group). Para ele, as melhores experiências vividas no grupo são encontrar gente nova, com vontade de criar coisas di-ferentes com tecnologias disponíveis e ver alguns projetos saírem do papel, principal-mente com foco em impacto social. Esses fatores o animam a continuar no grupo. “A gente já tem uma comunidade grande, com pouco mais de 2 mil membros, e é muito bom ver pessoas que apenas participavam do grupo e que hoje palestram e são co-nhecidas por outras comunidades além do GDG”, conta Leão.

Os eventos também são outra forma de in-centivar os membros da comunidade a se engajarem, gerar networking qualificado e dar oportunidade para que eles possam rea-lizar palestras, demos, workshop, codelabs, entre outros. “Como profissional, isso gera algumas mudanças em como você enxerga o mercado. Ao mesmo tempo, você se sente mais responsável pelo que apresenta e como representa a comunidade”, afirma Leão, que participou da organização do DevFest, even-to que reuniu cerca de 600 participantes. “Ao mesmo tempo que é um desafio, é muito gratificante receber o feedback positivo de quem participou”, conta Leão.

Como fazer um mundo melhor a partir das comunidades?

A dica é: encontre um grupo local e se envol-va. Seja voluntário para ajudar. Fale, escute, patrocine, seja um anfitrião. “O que quer que você possa fazer, faça. As pessoas doaram o tempo delas para que você pudesse ter linguagens de programação, como o PHP, agora é a sua vez de retribuir isso ajudando outras pessoas”, diz Cal Evans.

Para Thamara, a expectativa é de que a comunidade do futuro seja valorizada por empresas e governos que apoiem o cresci-mento profissional. “Aliás, é exatamente isto que as comunidades de desenvolvimento querem: “um mundo melhor”. Assim como na medicina, na engenharia ou mesmo ma-temática, os desenvolvedores de uma forma geral amam compartilhar descobertas do seu dia a dia, e talvez isso tenha vindo dos primórdios da computação popular, quando todos apenas queriam ver algo novo e me-lhorar o que já existia, apenas por ajudar”, finaliza Thamara.

Aliás, é exatamente isto que as comunidades de desenvolvimen-to querem: “um mundo melhor”

Já para Zanetti, a comunicação será a gran-de problemática a ser superada. Para ele, por mais organizada que seja a comunida-de, ainda é preciso fazer com que pessoas com interesses ou dúvidas em comum se comuniquem e troquem experiências. “É a questão da Inteligência Coletiva. Conse-guir integrar pessoas com conhecimentos e habilidades diversificadas e uni-las em um propósito comum será um grande desafio”, disse Humberto.

Realizar mais eventos que envolvam as co-munidades e promover conteúdos para cada nível de aprendizado é um dos objetivos a serem seguidos por Leão. “Vejo que seria importante diversificar mais as atividades, inclusive com conteúdo não muito técnico, para daí darmos condições de surgirem pro-jetos dentro da comunidade, com a pegada de aprendizado e até mesmo voltados para impacto social”, finaliza Leão.

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Fazendo a internet do Brasil pelo mundo Que os brasileiros tem feito muita coisa, a gente sabe. Mas quem esta fazendo o que e onde, nem sempre fica bem claro.

A ideia aqui e que voce apareça, com a sua equipe, sua turma, seus amigos, mostrando um trabalho, a participação num hackaton, palestra etc. Tudo o que signifique “fazer a internet do Brasil” para voce, cabe aqui! Quer participar? Envie uma foto e descrição para [email protected]

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Brasileiros levam prêmios no Real Sense Intel Challenge

Três brasileiros mostraram que estão muito bem colocados nos rankings de programa-ção mundial. Alexandre Ribeiro da Silva, Mau-ro Pichiliani (colunista do iMasters!) e Keila Matsumara ficaram nos primeiros lugares de suas categorias no Real Sense Intel Challenge 2014. Alexandre ficou com o 1º lugar na cate-goria Games, com o SEED (http://ow.ly/OsLFU, um game intuitivo em que o jogador precisa guiar uma semente na sua jornada para reflo-restar uma terra devastada.

Os gestos para as ações do jogo foram cria-dos a partir de uma pesquisa que o desen-volvedor realizou entre os participantes da Campus Party. Fusion 4D (http://ow.ly/OsLEg), de Keila Matsumura, ficou em 2º lugar na ca-tegoria Interação Natural. Fusion 4D é uma interface de usuário que permite a interação com objetos 3D com o uso de mãos e co-mandos de voz.

O sistema é baseado em dispositivos de bai-xo custo e não requer nenhum tipo de display especial para as imagens 3D. Mauro Pichilia-ni, que é um dos colunistas mais antigos do iMasters, levou o segundo prêmio na catego-ria Inovação Aberta, com o projeto HTMA - Hand Tremor Measurement Application (veja o vídeo http://ow.ly/OsLBS), que tem o objetivo de fornecer dados precisos sobre o tremor da mão, dedos e pulso, de forma a ajudar no acompanhamento de diagnóstico e trata-mentos do Mal de Parkinson, e ainda fornecer

dados para futuros produtos voltados para os pacientes. Você pode conferir detalhes do Real Sense, incluindo os vídeos de outros projetos participantes, em http://ow.ly/OsLBm

UX Weekend

Nos dias 23 e 24 de maio aconteceu, em Florianópolis, a 30º edição do UX Weekend, curso sobre UX Design, que acontece em di-versas cidades do Brasil, sempre aos finais de semana. Cerca de 30 pessoas vivenciaram na prática a aplicação de técnicas como Testes de Usabilidade e criação de Personas, além de discutir temas como Design Centrado no Usuário e Design Thinking. O UX Weekend está com novas turmas abertas em São Pau-lo e Porto Alegre, e as inscrições podem ser feitas através do site www.uxweekend.com.br

Ux Weekend terá novas turmas em SP e POA

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Intel Software Day no Nordeste

A Intel Software do Brasil realizou, nos dias 12 e 13 de junho, o Intel Software Day 2015, que reuniu mais de 900 participantes entre desenvolvedores independentes, empresas e área acadêmica. Nesta edição, o evento mudou de ares e foi realizado em Salvador, sendo recepcionado pelo Senai – Cimatec Bahia. Durante o evento foram realizadas cinco trilhas de palestras com foco em An-droid, RealSense.Windows, IoT, HPC e star-tups com profissionais de alto nível, além de apresentações de demos e muito networking entre os participantes. Para mais informações sobre o trabalho da Intel Software, acesse: software.intel.com/pt-br

Guia de Front--end O caminho das pedras

O que é necessário estudar para se tornar um bom desenvolve-dor front-end?

O que ler? Que fóruns acompanhar? Como participar da comunidade? Será que você está no caminho certo? Se você é desenvol-vedor front-end, quer entrar na área ou busca se tornar um grande profissional, essas dú-vidas já devem ter passado por sua cabeça. Neste livro, Diego Eis nos guia sobre o mun-do de desenvolvimento Web através de uma análise franca e objetiva de diversas tecno-logias adotadas, necessidades do mercado e postura profissional. Com um foco pouco técnico, o material traz orientações para que o iniciante tenha ideia de quais tecnologias e técnicas você precisa estudar para se tor-nar um bom dev front-end. Publicado pela Casa do Código, o livro está disponível em versões impressa e digital. http://ow.ly/Ocwh7

Edit-a-thon das Minas RJ

Aconteceu em junho, na sede da CI&T em Botafogo, o Edit-a-thon das Minas do Rio de Janeiro. A ideia era promover a Wikipédia para editoras mulheres - que têm apenas 15% de participação na comunidade - e aumentar o conteúdo disponível sobre mulheres notá-veis, entre elas algumas ligadas a tecnologia e computação, como Ada Lovelace. Além da Ada, outras 12 páginas foram criadas ou me-lhoradas pelos voluntários: Meridel Le Sueur, Jennifer Niederst Robbins, Stormy Peters, Audre Lorde, Fernanda Bianchini, Margaret Hamilton, Anna Anthropy, Mary Seacole, Ro-sana Munhoz Silva, Elisa Frota Pessoa, Elza Furtado Gomide e Maria José von Paumgart-ten Deane. O Edit-a-thon teve transmissão ao vivo por hangout, e o vídeo está disponível em http://ow.ly/OEc9Y

Samsung Developer Day

Voltado para desenvolvedores de plataformas móveis, especialmente Android e Tizen, o Sa-msung Developer Day reuniu cerca de 300 participantes, no MASP (SP), que aproveita-ram as 9 horas de conteúdo. Em sua 2ª edi-ção no Brasil e 4ª na América Latina, o foco do evento foi na inovação, com destaque para as apresentações de realidade virtual, wearables e Internet das Coisas.

DevCommerce Conference 2015

No dia 20 de junho, São Paulo recebeu a pri-meira edição do DevCommerce Conference, um congresso técnico, focado no desenvolvi-mento de TI. 800 profissionais puderam ouvir e aprender com os líderes de desenvolvimen-to do setor, em palestras com conteúdo ex-tremamente dinâmico e avançado. O pales-trante Nicolas Coniglio, IT Project Manager do Mercado Livre, enxerga muitas oportunidades nos HUBs. “Poucos fazem uso de todos os

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channels. Além disso, para muitos varejistas é uma necessidade e as integrações in house são caras e lentas”, explica Coniglio.

Já para Fernando Zanatta, IT and Product Director do Netshoes, a escalabilidade no e--commerce depende da arquitetura da apli-cação e do reability do software. “Requisição não vai chegar nos servidores, por isso é im-portante segregar conteúdo. Não tem produ-to nem escalabilidade sem monitoramento. Não deixe para depois o que você pode fazer agora”, define Zanatta.

Quem também subiu no palco do DevCom-merce foi Igor Costa – PMC, que é da Fun-dação Apache e definiu o que é e a importân-cia do Manifesto Reativo. “É um movimento de desenvolvedores que pode ser aplicado para inovação de tecnologias e também do

e-commerce”. Costa concluí que são quatro os pilares que podem ajudar as lojas virtuais a terem melhores desempenhos, principal-mente durante datas que geram muito mais tráfego que o normal, como a Black Friday. São eles: Responsivo, Resiliente, Elástico e Orientado a mensagens.

Este ano, o iMasters já realizou o PHP Ex-perience, também em São Paulo, e duas edições do DevWeek, em Vitória e em Belo Horizonte. Em agosto acontecerá o Android DevCon (androiddevcon.imasters.com.br). O DeveloperWeek terá edições ainda no Rio de Janeiro, em setembro, e em Porto Alegre, em novembro (developerweek.imasters.com.br). E, em 24 outubro, acontece o tradicional Inter-Con, evento de tecnologia e criatividade do iMasters (intercon.imasters.com.br).

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Por ai < 29

Quem faz a Internet no Brasil? A cada edição, dentro da coluna “Por aí”, va-mos mostrar quem são as pessoas que parti-cipam do Fórum iMasters e ajudam a fazer a Internet no Brasil.

Hoje você conhece o Pedro Castro, mais conhecido como PC ou Pheliz. Membro do Fórum iMasters desde 2003, ele participa ati-vamente da comunidade de Photoshop e é admin do Fórum. Nesta minientrevista, você conhece um pouco mais sobre ele e sua par-ticipação.

RiM: Por que você resolveu participar de uma comunidade, como o Fórum iMasters?

Pheliz: Quando eu estava começando com Photoshop, procurei de um bom site com tutoriais e dicas pra aumentar meu conheci-mento e acabei encontrando o site e o Fórum iMasters. Gostei e fiquei!

RiM: Como tem sido essa experiência ao lon-go dos anos?

Pheliz: O Fórum é incrível para aprender e compartilhar conhecimento. Além de fazer uma rede boa de amigos, podemos aprender e ensinar muita coisa. E o melhor: sem pagar nada.

RiM: O que de mais interessante/importante existe em uma comunidade?

Pheliz: A troca de informações, dicas/ensi-namentos e amizades. É o que movimenta o Fórum e faz valer ainda mais a pena participar.

RiM: Que tipos de benefícios você obteve com a participação no Fórum?

Pheliz: Aprendizado específico em algumas

áreas que gostava de participar, e principal-mente boas amizades. Sem contar que pude conhecer ao vivo pessoas com as quais só tinha contato online, como o Fabio Lody e o Tiago Baeta. Além disso, visitei a sede do iMasters e participei do InterCon. Tudo isso não tem preço.

RiM: Hoje você é um admin do Fórum. Que conselho você daria para quem está come-çando na área de Internet, e ainda não parti-cipa de nenhuma comunidade?

Pheliz: Quem não participa de nenhuma co-munidade online deveria tentar ser parte de alguma. Com certeza todos têm alguma área de interesse, e existem diversos fóruns sobre vários assuntos por aí, seja tema profissional, hobby, entretenimento etc. Basta a pessoa procurar e participar, que com certeza apren-derá muito mais sobre os assuntos que gosta e poderá passar adiante seus ensinamentos, além de fazer boas amizades.

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“Cloud” e uma buzzword que vem causando frisson ja ha algum tempo. Complica muito o fato de o termo ser muito amplo: “Voce trabalha com Cloud” esta virando equiva-lente a “Conserta aqui minha impresso-ra, voce não trabalha com informatica? ”. Neste artigo, pretendo descrever os desa-fios para escrever uma aplicação que seja “cloudable” (desculpem, certas coisas não

traduzem bem). Mas, primeiro, vamos en-tender o quero dizer por cloudable.Uma das frases que mais ouço nas minhas visitas a clientes e: “Eu ja uso Cloud! Tenho aqui o virtualizador XPTO que resolveu essa questão”. Como anteriormente citei sobre a amplitude do termo “Cloud”, não e que a frase anterior esteja incorreta: ela simples-mente e limitante.

Cloud < 30

O que eu acho mais interessante sobre essa figura e que ela deixa claro que não existe um modelo de adoção correto. O que existe e o modelo que mais se aplica ao problema de negócio que estamos tentando resolver!

Por exemplo, vamos usar IaaS (ou Infraestrutura como Serviço) como um ponto de par-tida: a grande sacada de IaaS e que voce pode migrar praticamente qualquer aplicação existente sem impacto nela, uma vez que e possivel reproduzir fielmente um ambiente

Desenvolvendo aplicações nativas para CloudPor Eduardo Sena S. Rosa, especialista de TI da IBM e Advisor Tecnico de Bluemix para clientes da America Latina

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“tradicional” (clusters de servidores de aplicação, de banco de dados etc.) nesse mundo. É um modelo de adoção que per-mite, com baixo investimento, adicionar flexibilidade e escalabilidade à uma aplica-ção existente.

Mudando o foco para PaaS (Plataforma como Serviço), vemos que nesse modelo o cliente não tem controle sobre a infraestru-tura; ele tem gerencia apenas do código de sua aplicação e seus dados. Portanto, não e possivel se apoiar em funcionalidades de infraestrutura (como cluster de servidor de aplicação) para que a aplicação tenha sua operação basica garantida e, alem disso, o principio basico de escalabilidade desse modelo e o horizontal.

O problema e que a grande maioria das aplicaçoes não foi escrita pensando em escalabilidade horizontal. Historicamente, endereçamos problemas de performance de sistemas na força bruta, adicionando processadores e memória para aumentar a capacidade de processamento.

Ha algum tempo, o termo “Micro Serviços” vem sendo utilizado. Conforme disse Mar-tin Fowler em seu artigo a respeito do tema (http://ow.ly/OszOp), embora não haja uma definição formal sobre ele, ha um senso co-mum sobre caracteristicas e praticas que cercam esse estilo arquitetural, como: es-pecialização em capacidades de negócio, deployment automatizado e independencia de linguagens de programação/tecnologia, entre outros.

Ora, no mundo de micro-serviços, não exis-te o conceito de escalabilidade vertical: um serviço deve ser capaz de ser replicado (es-calado) horizontalmente quantas vezes for necessario, ate que a carga recebida seja atendida com o nivel de serviço esperado (em geral, medido em termos de tempo de

resposta), e e nesse jogo que PaaS cai como uma luva!

Idealmente, uma aplicação cloudable deve ser construida como um conjunto de micro--serviços, com escalabilidade, ciclo de vida e metricas de performance independentes, e um grande guia para criar esse tipo de aplicação e seguir os preceitos 12Factor (12factor.net).

Utilizando como exemplo uma aplicação instalada no Bluemix: ao se associar um serviço a ela, automaticamente e injetado no environment dessa aplicação uma va-riavel chamada VCAP_SERVICES, que nada mais e do que um objeto JSON que contem todos os dados de acesso ao serviço (URL, usuario, senha etc.).

Ja existem alguns projetos, como o spring--cloud (cloud.spring.io) que permitem que o parse dessa variável seja feito de forma transparente e o serviço disponibilizado para a aplicação atraves de injeção de de-pendencias, sendo apenas necessario o uso de anotaçoes para acessar o serviço.

O código-fonte de uma aplicação que exem-plifica esses principios pode ser baixado da minha conta no Bluemix DevOps Services (http://ow.ly/OszQj); la voce encontrara um “Readme” que explica como testa--la no Bluemix, para validar os principios aqui demonstrados. Bom divertimento e ate a próxima!

Cloud < 31

Eduardo Sena S. Rosa possui 17 anos de ex-

periência em TI. Já atuou como programador,

analista, arquiteto, administrador de infraestru-

tura e gerente de projeto. Nos últimos 8 anos,

tem se dedicado à integração, conectividade e

Cloud. Você pode encontrá-lo no Twitter

@edsena | [email protected]

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Ha menos de uma decada, o conceito de open platform não existia. O primeiro gran-de movimento nesse sentido foi feito pelo Facebook, em 2007: seus usuarios passa-ram a compartilhar resultados de jogos on-line, calendario de aniversarios e a utilizar o login e a senha da rede social para tambem acessar outros sites. Por volta de 2010, o conceito de open platform chegou aos sis-temas de pagamento online e gerou uma verdadeira revolução. As ferramentas para processar pagamentos, que antes eram de-terminadas pelo provedor, passaram a ficar expostas, como em uma vitrine, podendo ser utilizadas conforme a necessidade de cada negócio. Com a open plataform, e a plataforma que se adapta ao desenvolve-dor, e não o contrario.

No caso de MercadoPago, vale destacar alguns aspectos. A plataforma aberta esta baseada em APIs REST, uma tecnologia standard da indústria de internet que, alem de simplificar o processo de integração, permite criar soluçoes na web e no mobi-le utilizando as mesmas ferramentas. Esse conceito open tambem desburocratiza os processos. Não e necessario “pedir autori-zação” para usar as APIs, basta acessa-las

API < 32

Novas APIs para open platform de sistemas de pagamentoPor Nicolás Roberts, Gerente de Integraçoes do MercadoPago

e depois submeter o projeto a uma rápida homologação da plataforma. Isso assegura a qualidade da integração e garante a se-gurança do processo para todos os envol-vidos. Desenvolvedores de diversos paises podem utilizar as APIs, que são preparadas para atender às exigencias especificas de cada legislação.

A plataforma aberta conta com uma cre-dencial pública no front-end, que da ao desenvolvedor acesso a APIs de itens des-critivos - por exemplo, para criptografar os dados do cartão de credito e identificar o banco e a bandeira a partir do BIN (Bank Identification Number) - os primeiros seis digitos do cartão. Tambem e possivel auto-matizar a oferta de parcelamento da com-pra de acordo com o que e permitido por cada cartão. Por meio de outra credencial, de acesso restrito, o desenvolvedor acessa as APIs para o back-end, as quais permitem criar, cancelar e devolver um pagamento to-tal ou parcial e fazer a busca por pagamen-tos ja feitos ou recebidos.

No processo de integração das APIs, e pos-sivel utilizar credenciais de teste, diferen-tes das credenciais produtivas, para, em um

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ambiente Sandbox, testar todo o funcio-namento da integração de maneira segura e rapida. Uma vez definidas as credenciais produtivas, elas poderão ser renovadas pelo proprietario do e-commerce caso ele opte, por qualquer motivo, pela mudança de desenvolvedor. As credenciais antigas perderão a validade.

Outro ponto que garante a segurança do lojista e que, se ele preferir não compar-tilhar suas credenciais com o desenvolve-dor, e possivel autorizar uma aplicação com acessos restritos. Por exemplo, com base no framework OAuth 2.0, e possivel defi-nir que o desenvolvedor podera processar pagamentos, mas não podera fazer outras operaçoes. Desse modo, o lojista garante sua liberdade, segurança e autonomia.

A possibilidade de criação de novas APIs e outra vantagem de uma open platform, que se mantem, dessa forma, em cons-tante evolução. Atualmente, uma nova geração de APIs para sistemas de paga-mento permite o armazenamento criptogra-fado de referencias do comprador, a criação de checkout com um ou mais cartoes de credito e ate a criação de fluxos para pa-gamento em um click. Isso significa que o cliente não precisa mais preencher os da-dos do cartão toda vez que fizer uma com-pra. Basta incluir o código de segurança do cartão de credito.

A API voltada para plataformas de paga-mento permite que o lojista opte apenas por um scoring binario ou tambem manual. Apesar de esse último ser bastante impor-

Nicolás Roberts é graduado em Engenharia de

Software pela Universidad Nacional del Centro

de La Provincia de Buenos Aires e é mestre em

Maketing, pela mesma universidade. Ingressou

no MercadoLivre na Argentina, em 2007, onde

atuou como Líder de Projeto e Gerente de De-

senvolvimento. Foi transferido para o Brasil,

em 2013, para assumir como Gerente de De-

senvolvimento do MercadoPago, plataforma

de pagamento online do grupo MercadoLivre.

Nicolás também atuou em outras empresas de

tecnologia como a NEC Argentina e Sistemas

Bejerman S.A.

[email protected]

www.mercadopago.com.br/developers/

tante - geralmente, boa parte dos paga-mentos retidos pela analise binaria e libe-rada mediante analise manual -, ha lojistas que preferem não submeter seus pagamen-tos a esse processo.

Alem da segurança do vendedor, essa mes-ma API cuida da segurança do comprador, evitando fraudes. Um processo de compra e cancelado se o sistema identificar que os dados de um cartão estão sendo utiliza-dos em uma compra que foge ao perfil do seu usuario.E para garantir que novas integraçoes open platform sejam um processo simples e ra-pido, as APIs são disponibilizadas em SDKs (Software Development Kits) para diferen-tes linguagens client side, como Java Script (web), para Mobile com Android e iOS, e para integração server side: PHP, Python Ruby, Java, .NET, Node.js e ASP.

Para garantir que novas integrações open platform se-jam um processo simples e rápido, as APIs são dispo-nibilizadas em SDKs para diferentes linguagens client side, para Mobile e para integração server side

API < 33

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Se voce desenvolve aplicativos, sites ou mesmo sistemas, sabe o quanto não e nada divertido criar, validar e salvar formularios. No entanto, eles são fundamentais e preci-sam funcionar corretamente para que o flu-xo da navegação atinja seu objetivo. E se o usuario estiver sem o mouse, ou utilizando algum leitor de tela? Sera que essa valida-ção realmente funciona?

O trabalho do desenvolvedor web nada mais e do que criar interfaces navegaveis, funcionais e principalmente usaveis. E como se aplica esse conceito aos formula-rios? Utilizando WAI-ARIA e jQuery Valida-te, podemos criar formularios acessiveis, ou melhor, incriveis.

O que é WAI-ARIA ?Define uma forma de tornar o conteúdo e aplicativos web mais acessiveis a pessoas com deficiencias. Ele contribui especial-mente com conteúdo dinâmico e interface de controles de usuario avançadas desen-volvidos com Ajax, HTML, JavaScript e tec-nologias relacionadas. Resumidamente, ele serve para estender o significado das inte-raçoes da sua aplicação.

O que é jQuery Validate?É um plugin jquery utilizado para criar va-lidaçoes front-end em formularios. A gran-de vantagem esta na facilidade em imple-menta-lo e personaliza-lo, de acordo com seu projeto.

O que é acessibilidade Web?Significa que pessoas portadoras de neces-sidades especiais sejam capazes de usar a Web, mais concretamente, significa uma Web projetada de modo que essas pessoas possam perceber, entender, navegar e in-teragir de uma maneira efetiva com ela, bem como criar e contribuir com conteúdos (W3C).

Sobre leitores de telaÉ um programa que interage com o sistema operacional do computador, captura toda e qualquer informação apresentada na forma de texto e a transforma em uma resposta falada utilizando um sintetizador de voz.

Hoje existem excelentes leitores de tela que podem atender às mais diversas ne-cessidades dos deficientes visuais, alguns são pagos e outros gratuitos. Os mais uti-lizados são:

• NVDA (Windows) - gratuito• JAWS (Windows) - pago• Voice Over (Mac) - gratuito• DosVox (Windows) - gratuito• Virtual Vision (Windows) - pago

Iniciando o formulário

Após escrever todo seu HTML, criar seu estilo via CSS e implementar via JavaScript toda a sua regra aos campos de formulario, vamos personalizar o plugin para deixa-lo

Acessibilidade com jQuery ValidatePor Deivid Marques, desenvolvedor front-end com foco em membro do Grupo de Trabalho de Acessibilidade do W3C Brasil

Front < 35

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acessivel. Existem alguns metodos do plu-gin - neste exemplo usaremos errorPlace-ment, highlight e unhighlight.

Front < 36

$(‘form’).validate({ errorClass: ‘help-block’, errorElement: ‘p’, errorPlacement: function(error, element) { element.parents(‘.form-group’).append(error); var msg = $(element).next(‘.help-block’).text(); $(element).attr(‘aria-label’, msg ); }, highlight: function(element, errorClass){ $(element) .attr(‘aria-invalid’, true) .parents(‘.form-group’) .addClass(‘has-error’); }, unhighlight: function(element, errorClass){ $(element).removeAttr(‘aria-invalid’) .removeAttr(‘aria-label’) .parents(‘.form-group’).removeClass(‘has-error’); } });

errorPlacement: É adicionado no elemen-to (campo de input), no valor do atributo aria-label, a mesma mensagem de erro. As-sim, quando o leitor da um foco no campo, ele le a informação para o usuario.

highlight: É adicionado no elemento (cam-po de input) o atributo aria-invalid=”true”, informando ao leitor que ha erro no campo.

unhighlight: São removidos os atributos aria-invalid e aria-label, ja que na função unhightlight, acontece quando não existe mais erro nos campos.

Veja um exemplo online de um formulario com JQuery Validate http://ow.ly/OsGSp

Finalizando o formulário

Quando o usuario preenche todos os cam-pos obrigatórios e não ha mais a necessi-dade de exibição da validação, chegamos à última fase do formulario, que e a de exibir uma mensagem de feedback, ou seja, do que aconteceu depois da ação desse usua-rio. Um exemplo facil sera uma mensagem escrita: Formulario enviado com sucesso!

No entanto, essa mensagem precisa rece-ber o foco na hora da exibição. Assim, tanto o usuario vidente quanto aquele que utiliza o leitor de tela consegue receber claramen-te a mensagem final.

Page 37: Revista iMasters #15

Dica final: utilize a role=”alert” conforme no exemplo, assim o leitor entendera que e um elemento de alerta.

<div role=”alert” class=”alert alert-success”>

Cadastro feito com sucesso! Verifique seu e-mail.

</div>

Conclusão

Criar formularios e um pouco chato, mas deve ser pensado e desenvolvido de uma forma simples, pra que ele tenha um fluxo de facil entendimento e compreensão por parte do usuario. As mensagens de erro precisam ser bem descritivas, com visual de destaque e acessivel aos leitores de tela. Dessa forma, todos ganham: quem vende, quem compra, quem cadastra, quem recla-ma, ou mesmo aqueles que querem apenas fazer um elogio, critica ou sugestão.

Façam testes usando somente o teclado, e apenas depois com os leitores de tela.

O grande lance de trabalhar com web e que

Front < 37

Deivid Marques é uma pessoa que acabou

transformando seu hobby em profissão. É de-

senvolvedor front-end há 6 anos com foco em

usabilidade e atualmente trabalha na Locaweb.

É um dos organizadores do Front in Sampa e da

Conferência CSS Brasil, além de fazer parte do

Grupo de Trabalho de Acessibilidade do W3C

Brasil.

[email protected]

podemos melhorar diretamente a vida das pessoas, sendo quando elas compram pro-dutos, viagens, roupas, objetos etc. E pra tudo isso precisamos de um formulario.

Façam sites acessiveis, consequentemente formularios acessiveis. Esse pensamento deve fazer parte de todas as areas: Vendas, Gerencia, UX, Designer, Front-end, Back--end, Redatores, Social Midia e QA.

Acessibilidade não é caridade, e sim uma questão de consciência. Se a Web é con-teúdo, então que esse conteúdo chegue a todos!

Page 38: Revista iMasters #15

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Page 39: Revista iMasters #15

A abordagem do DevOps envolve o con-junto de praticas que tem como foco o de-senvolvimento de software que enfatiza a comunicação, a colaboração e a integração entre as equipes de desenvolvimento e as operaçoes de uma empresa. O principal objetivo na implementação do DevOps e reduzir o tempo no lançamento de novas versoes e funcionalidades, alem de agilizar o desenvolvimento e aumentar a estabili-dade de aplicaçoes.

Essa entrega continua ja e amplamente utilizada por grandes empresas da Inter-net como Amazon, Netflix, Google e Flickr, alem de algumas brasileiras como Sieve e Pagar.me. Claro que nem todos os de-ploys são novas funcionalidades ou atuali-zaçoes de segurança - muitas vezes esses deploys resolvem algum problema de confi-guração, implementam alguma sugestão do cliente etc.

Em um primeiro momento, do ponto de vis-ta de segurança, isso dificulta o trabalho de fazer a auditoria do código e outras rotinas de segurança antes de ser colocado em produção. Mas como podemos integrar a se-gurança nesse processo? Como e possivel automatizar as verificaçoes para garantir o minimo de segurança?

A implementação do DevOps e uma grande oportunidade para a equipe de segurança instituir as melhores praticas na infraestru-tura e no desenvolvimento seguro desde o inicio do projeto e não apenas no final, como e feito hoje por muitas empresas. Quando pensamos dessa forma, e nos preocupamos em automatizar e integrar segurança no

Segurança < 39

SecOps - Segurança em DevOpsPor Marcos Ferreira, analista de segurança na Site Blindado

processo, estamos falando de SecOps, que tambem conhecido como SecDevOps.

O principal objetivo na implemen-tação do DevOps é reduzir o tempo no lançamento de novas versões e funcionalidades, além de agilizar o desenvolvimento e aumentar a es-tabilidade de aplicações

O primeiro passo para conseguir realizar essa integração da segurança no ciclo de desenvolvimento e no apoio das equi-pes operacionais e incluir a area de segu-rança desde o inicio do projeto, ou seja, no planejamento.

Como começar

1) Planeje a segurança: pesquise a tecnolo-gia e as soluçoes que serão utilizadas tanto no desenvolvimento como na implementa-ção e levante os aspectos de segurança de cada item.

Em tecnologia, fique atento às melhores praticas de segurança para implementação dos servidores e serviços que serão utiliza-dos. Ja na parte de desenvolvimento, faça o mapa das areas mais criticas do código - um código back-end que não possui interação com o usuario não possui a mesma critici-dade de uma area onde e possivel trocar a senha.

Alem disso, pesquise as melhores praticas no desenvolvimento seguro dessa lingua-gem e verifique se existe algum framework de segurança.

Page 40: Revista iMasters #15

2) Traga os desenvolvedores para próximo de segurança: isso vai muito alem de apon-tar as falhas que devem ser corrigidas ou dar uma passada no departamento; e ofe-recer treinamentos constantes sobre os problemas de segurança que acontecem em todos os lugares.

Uma ótima referencia para isso e o projeto OWASP, que enumera as principais vulne-rabilidades em aplicaçoes web. Alem dis-so, compartilhar exemplos, ferramentas e casos reais ajuda a visualizar e a entender o problema.

3) Disponibilize ferramentas: a utilização de frameworks e ferramentas de seguran-ça para analise de códigos auxilia os desen-volvedores a prevenir diversos problemas de segurança ja no código-fonte, e pode fazer parte dos testes automatizados do clico de DevOps.

Alguns exemplos de frameworks são OWASP Python Security, HTML Purifier, Spring Security, Apache Shiro. Entre as fer-ramentas que analisam o código podemos citar Visual Code Grepper (C/C++, C#, VB, PHP, Java e PL/SQL), Brakeman (Rails), Fin-dBugs (Java), Flawfinder (C/C++).

4) Faça verificaçoes constantes: mesmo adotando as praticas anteriores, as vulne-rabilidades irão aparecer, mas pode ser em quantidades bem menores. A cada seis me-ses, e indicado realizar um teste de invasão que ira verificar manualmente as vulnera-bilidades existentes em sua aplicação e in-fraestrutura. A utilização de uma empresa que faça um code review mais abrangente tambem e recomendada nesta fase.

Se a sua aplicação utiliza a estrutura da Amazon, voce precisa conhecer o conjun-to de ferramentas chamado Simian Army, que foi disponibilizado pela Netflix. Den-

tro desse pacote, o Chaos Monkey derru-ba um servidor de produção para simular uma falha real, o Conformity Monkey procu-ra por instâncias que não estão utilizando as melhores praticas e o Security Mon-key monitora e analisa vulnerabilidades e falhas de configuração. Aconselho voce visitar o blog da Netflix para conhecer todas as ferramentas e suas funcionalida-des: http://ow.ly/Osv5Q

Conclusão

Colocar segurança junto com DevOps ira reduzir drasticamente o risco de vulnera-bilidades, e a segurança se tornara parte integrante desse processo continuo. Mas para que isso aconteça com sucesso, a area de segurança deve ser colaborativa e todo processo deve ser iniciado aos poucos e, preferencialmente, com os pontos mais cri-ticos e depois ir se estendendo para todo o restante.

Marcos Ferreira atua há 13 anos na área de Segu-

rança da Informação, com ampla experiência com

análise de vulnerabilidades, testes de invasão e

auditoria. Foi responsável por trazer ao Brasil a pri-

meira certificação CVE. Atuou durante quatro anos

(2004-2007) no quadro de profissionais seleciona-

dos pelo SANS Institute para descrever anualmen-

te as próximas tendências de ataques na Internet

e as vulnerabilidades mais críticas. Essa lista é

utilizada como base para empresas privadas e ór-

gãos americanos como Department of Homeland

Security (DHS) e Computer Emergency Response

Team (CERT).

[email protected] www.siteblindado.com.br

Segurança < 40

Page 41: Revista iMasters #15
Page 42: Revista iMasters #15

Salve pessoal!

Nos últimos tempos, temos tido um grande em

enfoque em situações de discriminação. Aprovei-

tando isso, quero falar aqui sobre como isso nos

afeta no dia a dia – em resumo, qualquer precon-

ceito te afasta de realizar seus objetivos e vou

tentar mostrar o porquê.

Neste artigo, vou expressar outra visão sobre al-

guns tipos de preconceito e fanatismos e como

lidar com eles - para isso, faz-se necessário ter a

mente aberta para ver pelos olhos de outro.

Caso não fique confortável com a opinião alheia,

fique livre para ler outro artigo, mas reforço o

convite para que leia até o final.

O gênero é um dos grandes pontos de discrimi-

nação em TI. É muito comum encontrar times

multiculturais e multiétnicos nos mais variados

projetos, mas se há algum colega homossexual

ou uma mulher na equipe, o preconceito deixa de

ser velado e se torna bastante claro. De questões

culturais, como sotaques, até a raça ou a cor de

uma pessoa viram motivos de “piadinhas” em en-

contros grandes ou pequenos. Aqui faço um mea

culpa: já ri e fiz esse tipo de “piada” no passado

e me arrependo muito disso.

Claro que isso não acontece apenas em TI. Ou

será que você não conhece ninguém que pensa

que todo cabelereiro ou enfermeiro é, obrigatoria-

mente, homossexual? Ou que seu gênero e cor

definem e limitam o que você pode ou não fazer?

Até mesmo o domínio ou não de um idioma pare-

ce ser, hoje, motivo de discriminação e piada. O

foco tende a ser, infelizmente, em ridicularizar um

erro ou mesmo uma característica da fala da pes-

soa, ao tentar conversar em outro idioma. Sim,

sabemos que conhecer outro idioma faz mui-

ta diferença no mercado de trabalho, sem falar

nas possibilidades de enriquecimento cultural - e

isso vale para o inglês, o espanhol, o mandarim

e qualquer outro idioma. Somos tão arrogantes

que acreditamos que sabemos mais e melhor

que todos.

“Excelente mesmo é compartilhar o porquê de suas decisões e enten-der as decisões de outras pessoas, sem intentar ser o dono da verdade”

Se você foi ao PHP Experience, vai se lembrar de

Paul Jones na abertura da sua palestra, fazendo

piada ao dizer que quem fala muitas línguas é po-

liglota, quem domina duas é bilíngue e quem fala

apenas uma é... norte-americano. É algo para

se pensar, não acha? Achamos os americanos

arrogantes por não falarem outros idiomas, mas

somos os primeiros a atirar pedras em qualquer

erro de alguém que está aprendendo!

Também podemos falar dos “fanboys”, que pré-

-julgam outros que não gostam da mesma mar-

ca/linguagem de programação/qualquer outra

preferencia que eles. Usuários de Apple que se

sentem superiores, ou Linuxeiros que acreditam

ter “o poder do kernel” em suas mãos. Há ain-

da alguns que defendem como solução única

Gangues da Nova WebPor Anderson Casimiro, CTO da Agrosmart e ativista do PHPSP

Desenvolvimento Zen < 42

Page 43: Revista iMasters #15

Anderson Casimiro é CTO da Agrosmart e ativis-

ta do PHPSP. Apaixonado por Tecnologia desde

sempre, tendo atuado como desenvolvedor, ins-

trutor, evangelista e líder de times de desenvolvi-

mento, além de palestrante nos principais even-

tos de tecnologia do país.

@duodraco | [email protected]

e irrevogável que seu ambiente é melhor que o

do outro simplesmente porque é “enterprise” ou

porque é a ultima moda. Entenda, não quero fa-

zer uma generalização, mas com certeza você já

“socializou” com pessoas que pensam assim.

Aqui valem alguns cuidados, inclusive de inter-

pretação: não é ruim defender uma opinião ou

gosto; o problema é não ter a mente aberta para

aprender fora de sua zona de conforto. Excelente

mesmo é compartilhar o porquê de suas deci-

sões e entender as decisões de outras pessoas,

sem intentar ser o dono da verdade - o que nos

leva ao próximo ponto.

“Diferenças não existem para segregar - elas exis-tem para que mutuamen-te o conhecimento, seja técnico ou cultural, se ex-panda a mais partes”

Há pessoas experientes e reconhecidas dentro

de suas áreas de domínio. Mas há uma linha tê-

nue entre saber muito e compartilhar, e propagar

a “verdade absoluta”, pelo menos do ponto de

vista de quem ouve esses dois tipos de profissio-

nal. Posso cair na minha própria armadilha aqui,

mas a verdade é que não há verdade absoluta.

Se alguém te diz que, genericamente, testes uni-

tários são o caminho, a luz e a vida, tome cuida-

do. Não há problema algum no teste de unidade,

o problema às vezes é pensar só nele. Todo tipo

de teste tem um propósito e um custo.

O mesmo acontece com decisões arquiteturais.

De infraestrutura. De pessoas. Cada situação em

um projeto, desde uma contratação a uma deci-

são de estratégia de cache, deve ser considera-

da única: experiências anteriores podem servir de

base para a discussão, assim como a evolução

da própria tecnologia em si, que provavelmente

terá muitos elementos novos com relação ao

tempo no qual “a experiência” foi formada. Ah,

não só “gurus” com cinco anos de mercado têm

experiência para opinar. Possivelmente o “estagi-

ário” pode ter passado por uma situação comple-

tamente inédita comparada ao restante do time

que pode ser justamente o fundamento de uma

nova solução. O meu ponto aqui é que todo co-

nhecimento é válido, vindo de um noviço ou de

um sacerdote.

Pode parecer um discurso político, mas o obje-

tivo está em outra frente. Pessoas, credos, opi-

niões… diferenças sempre existiram, e sempre

existirão (eu espero!). Quando seu foco está em

manter errada uma opinião diferente da sua, você

perde uma oportunidade única de aprender algo

fora do seu leque de habilidades. Se você trata

como inferior uma pessoa com qualquer atributo

diferente de você, estará dispensando a possi-

bilidade de aprender com ela - mesmo sabendo

que o sangue dela é tão vermelho quanto o seu.

Diferenças não existem para segregar - elas exis-

tem para que mutuamente o conhecimento, seja

técnico ou cultural, se expanda a mais partes.

Quanto maior a quantidade de experiência com a

qual você tiver contato, melhor será o seu leque

de opções para tomar uma decisão. Conheci-

mento, esse sim, deve ser um objetivo acima de

qualquer diferença.

Até a próxima!

Page 44: Revista iMasters #15

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Page 45: Revista iMasters #15

Desde o surgimento do cloud computing, boa parte das empresas de TI (ou que possuem um departamento de TI) decidiu terceirizar seu setor de infraestrutura (ser-vidores, telefonia, redes) com o objetivo de reduzirem custos, ficarem mais inde-pendentes de tecnologias fisicas e, como estamos falando de um setor que depende de disponibilidade (eletrica, Internet etc.), estarem sempre online.

Contudo, ha empresas que, devido ao seu nicho de mercado, ou ate mesmo por cultu-ra de segurança, optam por trabalhar com uma infraestrutura interna própria, a fim de terem maior controle sobre seus sistemas, dados e rede. Obviamente que, com uma in-fraestrutura própria, deve-se estar prepa-rado para disponibilizar rede e serviços de alta qualidade, uma vez que não se utiliza a Internet para trafegar nenhum tipo de dado interno, ou seja, são necessarios profissio-nais extremamente especializados, espaço próprio adaptado e equipamentos de ponta.

Um dos desafios para um administrador de infraestrutura esta nessa disponibilização de serviços de alta qualidade. Imaginemos um cenario de uma empresa de serviço web que possui varios setores de desenvolvi-mento, e cada setor e responsavel por um subsistema que faz parte do sistema web da empresa, trabalhando com um tipo de

linguagem/tecnologia diferente. Nesse ce-nario, o setor de infraestrutura e responsa-vel por disponibilizar serviços para esses subsistemas, tais como gerencia e controle das tecnologias utilizadas por cada setor, gerencia e manutenção de bancos de dados diferentes, gerencia e controle de serviços de hospedagem, gerencia de controles de versionamento, envio e recebimento de mensagens internas e externas (e-mails, SMS etc.), entre outros.

Alem disso, o setor de infraestrutura e responsavel pela integração entre a em-presa e os serviços externos, controles de backup de bancos de dados, regularização de servidores de resolução de nome (DNS), controle de chegada e saida de Internet (Firewall), controle de roteadores internos e roteador de borda, alta disponibilidade, segurança computacional e de rede, entre muitos outros.

É nesse ponto que aparece a necessidade de se criar uma camada interna de oferta de serviços de infraestrutura para o setor de desenvolvimento. Essa camada deve abstrair toda a complexidade de implemen-tação e configuração dos serviços propria-mente ditos, ja que o desenvolvedor, no âmbito de sua produtividade e prazo de entrega, não deve estudar, implementar e configurar serviços como enviar um e-mail.

Centralizando e facilitandoa utilização de serviços de infraestrutura internaPor Sergio Mira, cientista da computação e administrador de redes e sis-temas da Gerencianet.

Infra < 45

Page 46: Revista iMasters #15

Nada mais apropriado para isso do que uma API RESTful de serviços de infraestrutura, nos quais a Amazon e lider no mercado, entre outras empresas especializadas que surgiram ao longo dos anos.

Para que uma empresa tenha sua infraes-trutura e seus serviços acessiveis por uma API, algumas mudanças são visiveis logo no planejamento. Muitas vezes, algumas demandas de infraestrutura são feitas com alguns shell scripts rapidos ou ate ma-nualmente. Por isso, a primeira mudança e tornar possivel, via código, toda imple-mentação e configuração de servidores, ou seja, automatizar o serviço no próprio setor de infraestrutura.

Um dos desafios para um administrador de in-fraestrutura está nessa disponibilização de ser-viços de alta qualidade

Alem disso, e preciso que o fluxo operacio-nal de toda a empresa sofra algumas alte-raçoes, de forma que o setor de infraestru-tura participe dos momentos em que seja importante o controle de algum serviço. Por exemplo, numa situação em que um funcio-nario e admitido na empresa, ele devera ter acesso à rede intranet. Isso e controlado de alguma forma pelo setor de infraestrutura, porem, para a automatização dessa deman-da, o setor deve ser notificado da admissão desse funcionario e, então, realizar as ope-raçoes de entrada dele.

Outro ponto que atormenta muito sysad-min e quando os sistemas rodando em va-rios servidores diferentes precisam enviar e-mails. Por exemplo, um cliente fez cadas-tro no sistema da empresa e precisa receber

uma mensagem no seu endereço eletrônico para confirmar o cadastro. Por meio da API de infraestrutura, o desenvolvedor só pre-cisa escrever um metodo que consome um webservice, sem preocupaçoes. A escolha do metodo de saida da mensagem e da in-fraestrutura, que pode tambem configurar outras diretivas no envio de mensagens.

Com uma API realizando a integração, tor-nam-se mais praticas a gerencia de creden-ciais e as permissoes, alem de centralizar as opçoes de serviços somente em um local. É absolutamente necessario em uma em-presa de pequeno, medio ou grande por-te, que possui uma infraestrutura própria, centralizar os serviços oferecidos por sua infraestrutura, de forma a organizar seu crescimento. Essa topologia ainda preve redundância geografica, o que e a meni-na dos olhos para sistemas que requerem alta disponibilidade.

Sergio Mira é graduado em Ciência da Com-

putação pela Universidade Federal de Lavras

(UFLA), onde trabalhou nas áreas de Redes de

Computadores e realizou pesquisas na área de

Engenharia de Software. Trabalha na Geren-

cianet desde 2012, onde atua na área de ad-

ministração de redes e sistemas e, atualmente,

é membro do CSIRT interno. Possui experiência

em desenvolvimento web, servidores Linux, re-

des de computadores, segurança computacio-

nal, virtualização e base de dados

@sergioext4 | [email protected]

Infra < 46

Page 47: Revista iMasters #15

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/sebrae @sebrae

Page 48: Revista iMasters #15

Tempos insegurosPor Flávia Jobstraibizer, Analista de Sistemas, Editora-chefe

das Revistas Linux Magazine e Admin Magazine

rança, o Knox, que foi criado para oferecer uma camada adicional de proteção para seus clientes. No entanto, têm surgido notícias revelando que a linha Galaxy pode não ser tão segura como muitos pensam. A questão foi levantada por Ryan Welton, da empresa NowSecure, durante o evento Blackheat, que notou uma grande vulnerabilidade na TouchWiz.

Uma delas é a falha de segu-rança que expõe arquivos, fotos e documentos pesso-ais de usuários de smartpho-nes conectados à Internet, de forma que podem ser co-piados e até mesmo apaga-dos dos dispositivos. A falha foi encontrada em um apli-cativo de backup de arqui-vos na nuvem

O problema está relacionado ao teclado Swif-tKey que vem pré-instalado nos principais dispositivos da empresa, que, em vez de usar um canal seguro com criptografia ativada, é feita via texto simples. Como resultado, Wel-ton destacou que atualizações maliciosas podem ser enviadas para o seu smartphone utilizando esse método. Além disso, o código malicioso pode permanecer no dispositivo, o que, por sua vez, poderia ser usado para

A Internet e a tecnologia em geral estão pas-sando por momentos tensos. A cada dia tri-plicam as vulnerabilidades encontradas em aplicativos que estavam sendo utilizados há anos, assim como novas falhas em aplicativos recém-lançados são rapidamente exploradas e acabam prejudicando diversos negócios e empresas em geral.

Mas não são apenas as empresas as preju-dicadas com as brechas e as falhas de segu-rança. Pesquisadores da Kaspersky apontam várias ameaças presentes nos dispositivos domésticos que utilizamos todos os dias. Uma delas é a falha de segurança que expõe arquivos, fotos e documentos pessoais de usuários de smartphones conectados à Inter-net, de forma que podem ser copiados e até mesmo apagados dos dispositivos. A falha foi encontrada em um aplicativo de backup de arquivos na nuvem.

David Jacoby, analista da Kaspersky, aprovei-tou e conduziu um levantamento em disposi-tivos encontrados dentro de sua própria casa. Ele examinou dois modelos de NAS de dife-rentes marcas, uma Smart TV e um roteador doméstico. Como resultado de sua pesquisa, conseguiu descobrir 14 vulnerabilidades nos dispositivos NAS, uma vulnerabilidade na Smart TV e várias funções de acesso remoto escondidas no roteador.

Já em outra série de falhas descobertas, os dispositivos da Samsung estão na berlinda. A empresa vem trabalhando arduamente no desenvolvimento de sua plataforma de segu-

Tecnologia do Futuro < 48

Page 49: Revista iMasters #15

Tecnologia do Futuro < 49

atacar o smartphone hospedeiro ou mesmo roubar os dados do dono do aparelho (o que inclui o acesso a fotos, vídeos e arquivos ar-mazenados no gadget).

Já as lojas virtuais são os alvos mais famo-sos dos hackers. Em busca de números de cartão de crédito, falhas em scripts e acesso desprotegido aos cadastros de clien-tes, hackers tentam de mil e uma formas conseguir informações muito valiosas de ser-vidores desprotegidos.

Como resultado, Welton des-tacou que atualizações ma-liciosas podem ser enviadas para o seu smartphone uti-lizando esse método. Além disso, o código malicioso pode permanecer no dispo-sitivo, o que, por sua vez, po-deria ser usado para atacar o smartphone hospedeiro ou mesmo roubar os dados do dono do aparelho (o que inclui o acesso a fotos, víde-os e arquivos armazenados no gadget)

Caixas eletrônicos com “chupa-cabras” clo-nando nossos cartões, acesso remoto inde-vido à câmera do seu notebook, invasões e deface em websites e até mesmo adulte-ração de dispositivos médicos como marca--passo e aplicadores automáticos de insulina estão entre as preocupações tecnológicas da vida moderna.

Quem nunca teve nenhum único problema

Flávia Jobstraibizer é editora-chefe das Revistas Linux Magazine e Admin Ma-gazine, analista de sistemas, autora de livros de informática e defensora da liber-dade digital. Mãe de dois meninos lindos, solteira convicta e workaholic assumida, mantém vários projetos em paralelo nas áreas de TI e terceiro setor. Toca violonce-lo, odeia cigarro e adora estudar, apren-der, conversar com gente inteligente e tomar Piña Colada de vez em quando. http://flaviajobs.com.br | @flaviajobs

de segurança nestes tempos, que atire a pri-meira pedra, mas o futuro da tecnologia está ameaçado pela falta de segurança. Se não pudermos garantir o uso de nossos disposi-tivos sem ter uma surpresa desagradável, a evolução da tecnologia, já tão demorada em nosso País, irá invariavelmente andar a pas-sos ainda mais lentos.

Vamos esperar para ver!

Page 50: Revista iMasters #15

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Page 51: Revista iMasters #15

Para (a) sua informaçãoPor Bruno Rodrigues, Consultor de Informação e Comunicação Digital

De nada adianta insistirmos na necessida-de de um entendimento definitivo sobre a importância do conteúdo em sites, portais e redes se não paramos nem um minuto sequer para entender o que, de fato, é a informação – logo ela, a alma do conteúdo.

Pode parecer óbvio que o que move o con-teúdo é a informação que se deseja trans-mitir, mas passamos rápido demais por as-pectos responsáveis pelo sucesso (ou pelo fracasso) do trabalho que executamos. Pre-cisamos refletir, sempre.

Há alguns pontos que não podem passar despercebidos:

A informação não é algo etéreo

Conteúdo não deve ser visto como um flu-xo ‘descontrolado’ de informação para quem abrimos a ‘porteira’ e ficamos torcendo para que se espalhe conforme o planejado. Infor-mação bem construída pode e deve ser ras-treada, mensurada, mantida e conservada. Ou seja, um conteúdo é algo extremamente palpável e não ‘invisível’; digital é apenas seu meio e formato. Há tempos o mercado criou ferramentas capazes de avaliá-lo.

A informação é uma mass-inha de modelar

O que você quis transmitir com uma infor-

mação pode - e provavelmente irá – sofrer uma ‘mutação’ assim que virar a esquina. Acontece desde o início da web, mas virou regra com a ascensão das redes sociais: o usuário assume que o conteúdo é dele e lhe dá outro formato. Funde o conteúdo com outras informações, insere-o em textos, imagens, posts e vídeos e, assim, o que aparentava ser intocável assume formatos e faces diferentes.

A verdadeira ‘cuidadoria de conteúdo’ (uma parente mais realista da tal ‘curadoria’) age a partir deste ponto: quando o que era 100% seu passa a ser de todos, e por esse motivo deve-se acompanhar sua trajetória no meio online.

A informação é um bem

Conteúdo não pode ser produzido em es-cala industrial. A criação de uma informa-ção é um trabalho delicado; seu conteúdo deve ser visto como um produto elaborado em pequena escala, feito para um público definido (por mais amplo que ele seja).

Esse esforço em colocar em ‘slow motion’ a produção de um conteúdo reforça a nossa necessidade de atenção, acentua a urgên-cia em darmos valor ao que, no final das contas, é responsável pela imagem das marcas no meio digital.

Tipos de informação

Entendidos esses aspectos, que por vezes

Sr. Conteúdo < 51

Page 52: Revista iMasters #15

Sr. Conteúdo < 52

sabemos que existem, mas aos quais não damos a devida importância, é hora de de-cidir com que tipo de informação vamos lidar, e qual função vamos aplicar a cada uma delas.

Os tipos de informação mais utilizados em marketing de conteúdo são também os mais usuais entre os consumidos pelos pú-blicos no meio online: a notícia e ainformação institucional.

A notícia tem relação profunda com a ori-gem do meio digital. As primeiras iniciativas de informação na Internet, assim que a web ousou sair dos recônditos acadêmicos, fo-ram justamente aquelas que pretendiam di-vidir com os internautas o material noticioso produzido pelos grandes veículos, seja de forma oficial ou amadora.

Ao trabalhar com material noticioso, é im-portante ter noção clara do tipo de informa-ção com que estamos lidando, e observar suas peculiaridades.

Notícia

A notícia movimenta a web

Não à toa o jornalismo impresso passa por uma crise terrível. A função noticiosa foi ‘tragada’ pelo meio digital de uma forma imprevisível – apostava-se em um equilíbrio ‘pacífico’ até alguns anos atrás – e os mais diversos ambientes, dos blogs às redes sociais, apropriaram-se da missão da Imprensa, várias vezes

com sucesso. A ‘credibilidade sacrossanta’ dos meios impressos começa a esvair-se à medida que o meio digital amadurece, e o que antes era visto como regra, ou seja, desconfiar da notícia que surge dos recôn-ditos obscuros da Internet, começa a ser encarado com menos desconfiança.

A notícia é objetiva ao extremo

Pode parecer estranho apontar a objeti-vidade de uma noticia – sua razão de ser – como um problema ou defeito, mas no trabalho de marketing de conteúdo o mate-rial noticioso é visto como hermético e pra-ticamente incapaz de ser usado como um recurso para trabalho de marca.

Os tipos de informação mais utilizados em marketing de conteúdo são também os mais usuais entre os con-sumidos pelos públicos no meio online: a notícia e a informação institucional

A notícia se basta, é recurso de divulgação, uma ferramenta ‘ponto a ponto’ que se esgota. Como informação, a notícia existe com o propósito de atender estritamente às necessidades do leitor – qualquer intenção

que ela tenha de ser trabalhada como um recurso de apoio à imagem e/ou marca morre na praia. A notícia é como um carro que vem de fábrica sem nenhum opcional: ele anda,

Page 53: Revista iMasters #15

mas não surpreende em absolutamente mais nada.

A notícia perde o valor rapida-mente

O material noticioso é o tipo de informação que não pode ser retrabalhado. A notícia retrata o momento: é veiculada, depois mi-xada a outras informações, mas sua ‘alma’ não é eterna. O fato jornalístico condena o conteúdo à morte, a validade da notícia es-facela a informação.

Por isso, como bem, o horizonte de valor do conteúdo noticioso para uma marca não vai muito além do imediato: ele cumpre sua função imediata de emissão da informação, mas perde o peso em um piscar de olhos. O universo do conteúdo não vive sem a no-tícia, mas já foi provado que não podemos contar em sobreviver apenas com a notícia.

Conteúdo institucional

Da mesma forma, o conteúdo institucional tem vantagens e alguns riscos:

O conteúdo institucional é emocional - se tratado desta forma

As redes se esbaldam com o conteúdo li-gado a marcas, fazem com ele a festa que anos a fio não conseguimos com sites e portais. Nos recônditos da ‘informação es-truturada’, aquela em que a informação é ‘consultada’ via menus ou ferramentas de busca, a informação com o maior potencial de persuasão se viu sitiada, e logo extra-polou para achar sua morada definitiva nos posts das redes. Não há emoção que so-breviva a ambientes de consulta, e o conte-údo institucional conquistou o mundo - e os usuários - quando abraçou de vez a subje-tividade de Facebook, Twitter e Instagram.

Bruno Rodrigues é Consultor de Informação

e Comunicação Digital, autor dos livros ‘Web-

writing’ (2000, 2006 e nova edição em 2014) e

de ‘Padrões Brasil e-Gov: Cartilha de Redação

Web (2010), padrão brasileiro de redação on-

line’. Também é instrutor de Webwriting e Ar-

quitetura da Informação no Brasil e no exterior.

bruno-rodrigues.blog.br | @brunorodrigues

‘Ficar bem na fita’ é, antes de tudo, emo-cionar - e é disso que toda marca precisa.

O conteúdo institucional é vi-giado

Hoje você cobra de uma marca nas redes, não nos sites. A sua interatividade com produtos acontece em um meio em que a conversa é a pedra de toque, não a ‘con-sulta’. Assim, somos eternamente vigiados nas mídias sociais. Somos ‘embaixadores das marcas’, mas não percebemos que, na verdade, exercemos a função de ‘mantene-dores’ da integridade do bem mais precioso que há nesses ambientes: a informação que nós mesmos publicamos.

O valor que uma notícia esgota em um pis-car de olhos fica como tesouro e maldição em nossos posts em redes, como um lem-brete de permanência e promessa. É mui-to risco e muita oportunidade, ao mesmo tempo.

Informação tem rosto e temperamento, já deu para perceber, não é? Pronto para en-carar? ;-)

Sr. Conteúdo < 53

Page 54: Revista iMasters #15
Page 55: Revista iMasters #15

O que voce deve considerar para escalar uma aplicação sem ter a segurança do am-biente web comprometida?

Com todas as mudanças que surgiram junto à tecnologia do cloud computing, contamos tambem com certa dose de in-certezas, especialmente relacionadas à segurança das aplicaçoes. Um dos princi-pais desafios em escalar e migrar para a nuvem e manter os padroes de segurança estabelecidos em ambientes de hospeda-gem tradicionais. Por isso, listamos aqui alguns itens de indispensaveis que voce deve considerar antes de adotar um pro-vedor de cloud.

Backup e restauração

Alem do backup, e importante testar suas restauraçoes pelo menos uma vez por ano, examinando e garantindo a integra-lidade e a integridade dos dados. Algumas questoes importantes para esse item são: quais os dados que o seu provedor guar-da e qual a periodicidade com que esses backups são feitos? Como voce pode soli-citar um backup? Durante quanto tempo os dados serão mantidos e onde eles estarão armazenados? Que tecnicas são utilizadas para restaurar dados? Existem testes de integridade de dados nas restauraçoes? As respostas a essas perguntas são bons guias para avaliar o comprometimento do provedor nessa area.

Testes de vulnerabilidade

Provedores serios devem estar atentos às vulnerabilidades divulgadas e rapida-mente buscar e aplicar atualizaçoes de segurança, evitando riscos nas aplicaçoes hospedadas. Alem disso, devem realizar testes de vulnerabilidade periodicamente para desvendar falhas antes mesmo de elas serem divulgadas. Por outro lado, o desenvolvedor da aplicação tambem deve se atentar para possiveis vulnerabilida-des em sua aplicação, executando atua-lizaçoes periódicas e estando atento aos riscos de segurança mais criticos em apli-caçoes web com base no TOP 10 da OWASP (Projeto de Segurança de Aplicaçoes Web Aberto).

Gerenciamento de patches para servidores

Depois das vulnerabilidades, a segunda maior fonte de brechas de segurança são os softwares sem correçoes. Voce deve questionar se seu provedor faz testes de patches de segurança critica e os aplica o mais rapido possivel - de preferencia no prazo de uma semana da disponibilidade no caso de correçoes simples, e ainda mais rapido durante alguma campanha agressi-va antimalware. Descubra se o provedor executa o gerenciamento e verifica o sta-tus de patches com regularidade.

Cloud < 55

Migrando para a nuvem com segurançaPor Gabriel Sousa Soares, Analista de Operaçoes de Hosting e mantenedor de ambientes Cloud na KingHost

Page 56: Revista iMasters #15

Encriptação

É importante encriptar dados sensiveis das suas aplicaçoes, especialmente os hospedados na Nuvem. Quais tipos de algoritmos de criptografia são usados e como eles são aplicados? Os dados são criptografados em repouso e em trânsito? Que tamanho de chave e usado nas suas aplicaçoes? Com que frequencia as chaves são renovadas e substituidas? Quem tem acesso às chaves? Essas são perguntas que voce precisa esclarecer antes de en-tregar seus dados ao provedor. Geralmen-te chaves simetricas são consideradas for-tes se tiverem ao menos 256 bits.

Detecção de intrusão

É importante saber quais os metodos uti-lizados para detectar possiveis tentativas de intrusão. Ambientes que envolvem en-tregas de serviços criticos precisam contar com gerenciamento de logs ativo para que se possa identificar possiveis eventos de segurança relevantes.

Respostas a incidentes

Provedores de Cloud devem ter uma equi-pe responsavel pela resposta a incidentes devidamente treinada, que respondera rapidamente a eventos criticos. Se um evento de segurança e observado, quanto tempo demora para que a equipe respon-da? Em quanto tempo voce sera notificado depois de um comprometimento de dados?

Isolamento de domínio

Tradicionalmente, ambientes de tecnolo-gia da informação eram divididos em inter-nos, externos e DMZ. Infelizmente, o Cloud não se encaixa nessas categorias. Sendo assim, pergunte ao provedor como e feito o isolamento de dominios. Esse e um item

necessario de segurança para que haja certeza de que apenas usuarios e disposi-tivos permitidos tenham acesso à leitura e à manipulação do conteúdo hospedado.

Um dos principais desafios em escalar e migrar para a nu-vem é manter os padrões de segurança estabelecidos em ambientes de hospedagem tradicionais Elucidamos aqui alguns pontos relaciona-dos à segurança, imprescindiveis quan-do estamos alocando nossos serviços na nuvem. Esses itens devem ser ana-lisados de forma minuciosa, para que possamos ter segurança ao escolher o provedor para o nosso projeto. Ao avaliar soluçoes Cloud Computing, não devemos economizar tempo!

Gabriel Sousa Soares é Analista de Operações

de Hosting e mantenedor de ambientes Cloud

na KingHost Hospedagem de Sites.

[email protected]

http://kinghost.com.br

Cloud < 56

Page 57: Revista iMasters #15

LOGIN COM

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Page 58: Revista iMasters #15

Uma breve história do áudio na WebPor Reinaldo Ferraz, Especialista em Desenvolvimento Web do W3C Brasil

(ou áudio em .MID) e lançou o software Ma-cromedia Flash, que possibilitava criar expe-riências multimídia limitadas apenas ao seu bom senso. Pirotecnias como o EYE4U rei-navam nessa época, com músicas de fundo e sons de cliques em botões.

Ainda no HTML4, tratávamos arquivos de áu-dio de forma precária, pois além dos arqui-vos .SWF, reinavam plug-ins de Real Player, Quicktime e muitos outros. Esses plug-ins já faziam uso do elemento <object> para repro-duzir seus arquivos multimídia (vale lembrar que o elemento <embed>, muito utilizado nessa época, não fazia parte do padrão W3C e só veio entrar depois na especificação do HTML5). Isso se mostrou um caso de uso im-portante, já que sem esses plug-ins não seria possível o YouTube ser criado em 2005, por exemplo. O problema era a necessidade de um plug-in no navegador para acessar esse conteúdo.

“A Web deixou de ser aquele amontoado de links há muito tempo. O áudio na Web cresceu, mas acho que ele e ainda é um adolescente”

Finalmente dentro do HTML5, o áudio na Web começou a ser tratado como realmente deveria: com respeito pelos grandes players da Web.

Foi em 2007 que começaram a surgir as pri-

Não que eu seja uma pessoa saudosista (afi-nal, apesar do romantismo da codificação do HTML puro, o desenvolvimento era muito limi-tado), mas gosto de analisar e lembrar como a tecnologia evoluiu para chegar onde ela está e quais os possíveis caminhos ela deve seguir. No artigo desta edição, quero falar um pouco sobre como o áudio na Web evoluiu nos últimos anos.

Antes de começar, vale um alerta: não vou falar de download de arquivos de áudio, e sim de execução de áudio nativo nas pagi-nas Web.

Para isso, é preciso voltar aos primórdios da Web. Por volta de 1995, a Web era um amon-toado de GIFs animados, tabelas, textos sem formatação e backgrounds em gradiente fei-tos de imagens (lembre-se de que não existia CSS nessa época e todos os backgrounds eram declarados dentro do HTML). Foi nes-sa época que surgiu um elemento que só funcionava nas primeiras versões do Internet Explorer, chamado <bgsound>. Ele permitia algo inimaginável até então: adicionar som a uma página web.

O <bgsound> permitia que se inserisse um arquivo .MID para tocar toda vez que o usu-ário entrasse na sua página. Atributos como loop e volume tinham tudo para transformar a vida do usuário em um inferno.

Em 1996, a Macromedia percebeu o quanto a Web podia ser muito mais do que hiperlinks

58 > Por dentro do W3C

Page 59: Revista iMasters #15

59 > Por dentro do W3C

meiras referências a um elemento nativo para reproduzir exclusivamente áudio na Web. Em 2008, o elemento <audio> apareceu den-tro da primeira versão da documentação do HTML5.

A chegada do elemento <audio> teve um impacto muito maior do que o <bgsound> por um simples motivo: o novo elemento foi criado dentro de um consórcio internacional, em parceria com os demais players do mer-cado. Opera, Mozilla, Microsoft, Google, Ap-ple e muitas outras empresas participaram da construção do padrão que deveria ser intero-perável entre os navegadores, e não funcio-nar apenas em um browser. Apesar da bata-lha entre os codecs, com o elemento <audio> foi possível oferecer ao usuário outras fontes e formatos, caso o navegador não desse su-porte a um determinado codec. A tag <au-dio> foi muito importante para o HTML5, mas esse elemento sozinho não é poderoso o suficiente para modernas aplicações de áu-dio. Para aplicações como jogos na Web ou aplicações interativas mais elaboradas, era necessário ir além.

Por volta de 1995, a Web era um amontoado de GIFs animados, tabelas, textos sem formatação e backgrounds em gradiente fei-tos de imagens (lembre-se de que não existia CSS nessa época e to-dos os backgrounds eram declara-dos dentro do HTML)

A necessidade de aplicações mais complexas foi a principal motivação para o desenvolvi-mento da Web Audio API. Essa especificação descreve uma API JavaScript de alto nível para processar e sintetizar áudio em aplica-ções web. E o mais legal de tudo isso foi que a API foi criada baseada em casos de uso já existentes, ou seja, foi construída com a ajuda

de quem já tratava o áudio na Web de forma profissional. Uma navegada na documenta-ção (que em junho de 2015 tinha seu status em Working Draft http://www.w3.org/TR/we-

baudio/) mostra o quanto as possibilidades de uso são grandes: desde efeitos e mixagens até a integração com MediaStream usando getUserMedia(). Uma busca no caniuse.com por “Web Audio API” mostra que a API já é amplamente suportada pelos principais bro-wsers do mercado.

A Web deixou de ser aquele amontoado de links há muito tempo. O áudio na Web cres-ceu, mas acho que ele e ainda é um ado-lescente. Vamos ver (na verdade ouvir) essa evolução cada vez mais depressa com a Web embarcada em mais dispositivos e cada vez mais presente em nossa vida. Lembrar-nos do passado nos dá informação para planejar o futuro melhor.

Reinaldo Ferraz é especialista em desenvolvi-

mento web do W3C Brasil. Formado em De-

senho e Computação Gráfica e pós graduado

em Design de Hipermídia pela Universidade

Anhembi Morumbi, em São Paulo. Trabalha há

mais de 12 anos com desenvolvimento web.

Coordenador do Prêmio Nacional de Acessi-

bilidade na Web e do Grupo de Trabalho em

Acessibilidade na Web e representante do

W3C Brasil em plenárias técnicas do W3C.

@reinaldoferraz

Page 60: Revista iMasters #15

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Page 61: Revista iMasters #15

Uso de softwares abertos: uma vitória no judiciário brasileiro

A Internet e seus programas são códigos e, desde sua origem, existiram inúmeras mudanças tecnológicas, muitos códigos reescritos e aprimorados, e uma infinidade de licenças foram criadas (proprietárias e livres), normas, regulamentações, além de incentivos tributários e sociais. Enfim, mui-tas coisas mudaram, exceto as interminá-veis discussões sobre qual o melhor códi-go, qual a melhor solução, qual a melhor distribuição, e por aí vai. Discussões quase sempre originadas pela vaidade de desen-volvedores de códigos ou ainda frutos de ideologias e diretrizes corporativistas.

Sendo assim, desde muito tempo, encon-tramos dilemas como software proprietário x software proprietário (Adobe Illustrator x Corel Draw), software livre x software livre (openSUSE Linux x Ubuntu) e, logicamente, software proprietário x software livre (Linux x Windows).

Muitas vezes, o impasse envolve não ape-nas questões filosóficas, mas principalmen-te questões técnicas, como qual software possui a melhor integração ou qual código é o mais enxuto, estável e seguro. Ques-tões cujas respectivas respostas acabam por direcionar investimentos tanto no setor público quanto no setor privado.

O problema é que muitos desenvolvedores, empresários, investidores, startups e até o próprio governo acabam se esquecendo de um detalhe importantíssimo durante a fase da escolha de qual código ou solução é a

melhor para cada necessidade. Detalhe que inclusive pode ser o responsável pelo su-cesso ou fracasso de qualquer projeto, e é aqui que começamos a falar dos códigos da Lei.

Foi pensando nos usos e costumes, na responsabilidade social e nos princípios de nossa Constituição Federal que, no dia 9 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente, favorecendo o sof-tware livre, uma Ação de Inconstituciona-lidade que questionava a validade da Lei 11.871/2002 quanto da preferência de uso de plataformas livres e abertas na Adminis-tração Pública (http://ow.ly/OsEEs).

O questionamento principal, apontado pelo partido Democratas (DEM), alegava que a Assembleia Legislativa não poderia interferir nas regras de licitações, pois essa função é do Poder Executivo.

Em fundamentação de seu voto, o Ministro Ayres Britto argumentou da seguinte forma:

“A lei em causa não predetermina o ven-cedor da licitação nem retira da autoridade pública o poder de ponderação das cir-cunstâncias do caso concreto. Veja que o art. 3º do diploma legislativo permite:

“a contratação e utilização de programas de computador com restriçoes proprie-tarias ou cujas licenças não estejam de acordo com esta lei: I - quando o software analisado atender a contento o objetivo

Por Carlos Alberto Ribeiro e Márcio Cots, advogados do COTS Advogados

61 > Cyberlaw

Page 62: Revista iMasters #15

62 > Cyberlaw

licitado ou contratado, com reconhecidas vantagens sobre os demais softwares con-correntes, caracterizando um melhor inves-timento; II – quando a utilização de progra-ma livre e/ou código fonte aberto causar incompatibilidade operacional com outros programas utilizados pela administração direta, indireta, autarquica e fundacional do Estado, ou órgãos autônomos e empre-sas sob o controle do mesmo”.

Outro questionamento, também apontado como inconstitucional pelo DEM, trata dos princípios da economia e da eficiência, que também foi apontado como manifestação improcedente no voto do Ministro Ayres Britto:

“…existe, sim, um atributo do software “li-vre” que justifica a preferência estabelecida em lei: a aquisição do conhecimento. Quan-do a Administração Pública visa a adquirir um programa de computador, a proposta mais vantajosa será, quase sempre, aquela que lhe permita não somente usar o softwa-re, como também conhecer e dominar sua tecnologia. Isto tanto para viabilizar futuras adaptações e aperfeiçoamentos quanto para avaliar a real segurança das informa-çoes públicas. Tendo em vista essas es-pecíficas necessidades do Poder Público, pode-se afirmar, então, que o software “li-vre” e, a principio, mais vantajoso, deven-

do, portanto, ter preferencia em relação ao software “proprietario”.

“... o software “livre”, assim como o “pro-prietário”, constitui-se num produto “acaba-do”, profissional. Ao adquirir um programa de computador “aberto”, a Administração Pública não está a contratar um produto experimental, menos ainda um serviço a cargo de amadores ou curiosos do ramo. Pelo que as mesmas garantias que se exi-gem das grandes empresas detentoras dos direitos autorais de softwares “proprie-tarios” são requeridas para o correto fun-cionamento e manutenção dos softwares “livres”. Já quanto aos custos de migração de sistemas e de treinamento de usuários, eles também existem para a implantação e a atualização de softwares “proprietários”. E se tais custos são, eventualmente, maio-res para operacionalizar softwares “livres”, isto se deve exatamente ao fato de que muitos órgãos e entidades da Administra-ção Pública terminaram refens dos progra-mas “fechados”.

Muitas vezes, o impasse envolve não ape-nas questões filosóficas, mas principalmente questões técnicas, como qual software possui a melhor integração ou qual código é o mais enxu-to, estável e seguro. Questões cujas respectivas respostas acabam por direcionar investimentos tanto no setor público quanto no setor privado

Page 63: Revista iMasters #15

Ainda em favor do software livre, o Ministro Luiz Fux fundamenta em seu voto:

“É licito e legitimo que o Poder Público opte por adquirir licenças de software livre. Seria plenamente válido que a Administra-ção Pública optasse por contratar apenas licenças amplas, que permitissem ao Poder Público obter acesso ao código-fonte dos programas de computador adquiridos”.

Em outras palavras, ao optar por um softwa-re livre, a Administração Pública, seguindo os princípios já definidos pela GNU (General Public License), tem como garantias:

(I) liberdade de execução – pode executar o programa para qualquer propósito;

(II) liberdade de conhecimento – pode estu-dar o funcionamento do programa e adap-ta-lo livremente às suas necessidades; e

(III) liberdade de compartilhamento – uma única cópia do programa pode ser utiliza-da por todos os funcionarios de um mesmo órgão público ou por qualquer outro ente, seja ele pessoa fisica ou juridica, sem cus-tos adicionais.

O questionamento principal, apon-tado pelo partido Democratas (DEM), alegava que a Assembleia Legislativa não poderia interfe-rir nas regras de licitações, pois essa função é do Poder Executivo Tendo então o STF chegado à seguinte de-cisão:

“… por unanimidade de votos, em julgar improcedente o pedido formulado pelo par-tido DEM na ação de Inconstitucionalidade

Carlos Alberto Ribeiro é Paralegal no COTS Ad-vogados, escritório especializado em Direito Di-gital, Tecnologia da Informação e E-commerce. Especialista em Direito da Tecnologia da Infor-mação pela FGV. Profissional especializado em plataforma Linux e padrões abertos desde 1998, possui experiência nacional e internacional, cursos e certificações MCSE, Novell Certified Linux Administrator, Novell Certified Linux Pro-fessional, CCNA Cisco, Novell OES Bootcamp, Novell Identity Manager, IBM Data Center Tech-nical Specialist, IBM – SystemZ e ACS Cisco. Também é palestrante em eventos nacionais e internacionais nas áreas de direito e tecnologia.

Márcio Cots é sócio do COTS Advogados. Pro-fessor universitário de Direito Aplicado à Econo-mia Digital nos MBAs da FIAP e como Profes-sor Convidado e Especialista em Direito Digital nos MBAs da FIA/USP. Mestre em Direito pela FADISP, especialista em Cyberlaw pela Harvard Law School (EUA), com extensão universitária em Direito da Tecnologia da Informação, pela FGV-EPGE. Membro do Harvard Faculty Club, da Diretoria Jurídica da ABComm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico e da Comis-são de Direito Eletrônico e de Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP. Autor de diversos ar-tigos sobre o tema Direito Digital e coautor do livro Marco Civil Regulatório da Internet – Editora Atlas – 2014.

quanto da adoção e incentivo do uso de softwares livres”.

Resumindo, seja código proprietário, seja código livre, Gimp ou Photosohop, Linux ou Windows, a palavra final é a que vale, e a palavra final invariavelmente é baseada nos códigos comentados na palavra da Lei. Sendo assim, uso de softwares abertos – vitória no judiciário brasileiro!

63 > Cyberlaw

Page 64: Revista iMasters #15
Page 65: Revista iMasters #15

O mercado criativo (ou, como eu chamo: desenvolvimento, design, marketing e em-preendedorismo) esta crescendo e aque-cendo cada vez mais, mas onde vamos pa-rar? Ou melhor, onde você vai parar? Ainda, voce vai parar? Um dos maiores medos de analistas e não conseguirem se manterem atualizados com o passar do tempo e da idade, sem falar no trauma que carregamos dos anos 90, quan-do os funcionarios mais experientes eram comumente trocados por jovens programa-dores. Esse medo levou - e leva - profissio-nais incriveis a trocarem sua atuação por cargos de gestão, liderança tecnica e ate mesmo cargos administrativos.

Ja faz mais de dois anos que tenho feito essa pergunta em eventos para centenas de pessoas, e sempre vejo muita gente na defensiva, talvez porque nunca tenham pa-rado para pensar sobre esse assunto antes.

Veja bem, não estou dizendo que voce não pode ou que não deva se aposentar como desenvolvedor/engenheiro/analista/pro-gramador ou ate mesmo como DBA/QA/infra ou designer/ux/diretor de arte/scrum manager/product owner. Meu questiona-mento e bem mais simples, voce ja pensou nisso? Para se tomar uma decisão eficiente e planejar o seu futuro, e preciso primeiro entender o contexto, e por isso contarei um pouco da minha história na web.

1996 - Comecei a aprender web, conhecen-do programas como bloco de notas (HTML), HotDog, Homesite (sendo integrado anos depois ao dreamweaver) e Front-page.

1998 - Primeira vez que criei um site pro-fissional, sendo remunerado por isso (R$ 100,00).

2000 - Mudança significativa das interfa-ces web pela entrada do Fireworks e Fu-tureSplash (que virou, depois, o Flash) em meados de 1998, e entrada do Macromedia Flash no fim de 1999 no Brasil.

2001 - Comecei a fazer grandes projetos no Brasil com apenas 16 anos. Isso me levou a pensar se “webdesign” era uma nova area ou uma onda passageira, pois os editores foram ficando mais inteligen-tes e acreditava-se que sua automatização anularia o ser racional por tras de tudo. Por causa disso, optei por cursar Comunicação Social: Publicidade, para ganhar estrate-gia e convencimento para lidar com essas maquinas automatizadoras que acabariam com os empregos de desenvolvedores e designers.

Eu acreditava piamente que os webdesigners seriam substituidos por maquinas!

Confesso que errei o motivo, mas acer-

O que você quer ser quando crescer?Por Bernard de Luna, Lider de Produto do iMasters

Carreira < 65

Page 66: Revista iMasters #15

tei no caminho que segui. Ter estudado estrategia da publicidade me abriu a mente para criar projetos cada vez mais criativos, explorando diferentes midias, tecnologias e interaçoes. O mais importante e que isso abriu as minhas possibilidades de carrei-ra, pois me preparou para assumir cargos maiores e ajudar na tomada de decisoes em outras empresas.

Por outro lado, minha paixão pela web foi aumentando cada vez mais, principalmente com a chegada de Acessibilidade, Microfor-mats, Tableless, Performance, CSS (eu amo CSS, voces sabem, ne?), Animaçoes, Orga-nização, Componentização e a Comunidade.

Cursei minha faculdade em publicidade dos 17 aos 22 anos. Nesse ponto, ja sabia que as areas de desenvolvimento e design cres-ceriam cada vez mais, porem ja tinha a cer-teza de que era muito pouco pra mim. Assim sendo, fui tentar fazer um mestrado e tive uma das maiores decepçoes de choque de geração que ja vi.Bernard, voce entende que aqui voce não vai aprender a mexer em nenhuma ferra-menta de design?

Quando liderava o time de produto do portal do Jornal do Brasil (e tive um dos melhores chefes do mundo, Sandro Pessanha), come-cei a me envolver bastante com acessibili-dade e acreditava que podia somar muito a pesquisa e criação de novas praticas, meto-dologias e produtos para essa area. Assim, fui tentar um mestrado na area de Design.

Nesse momento da minha vida, eu ja dava aula de webdesign em uma faculdade. Quando fui conversar com o orientador da linha de pesquisa que pretendia cursar, per-cebi pela primeira vez que eu fazia parte de uma nova geração, uma geração com pou-cos nomes na frente, como Diego Eis, Pedro Rogerio, Maujor, Tiago Baeta, Henrique Fer-

reira, entre alguns outros. E que a inercia seria um dos maiores desafios, pois como eu geraria inovação se a academia não re-conhecia a minha area?

Criei um projeto academico superbacana, fui ate elogiado pelo orientador, ate que ele começou repetidamente indagar o motivo de eu querer fazer mestrado, visto que não me ensinaria a mexer em nenhum softwa-re de webdesign. Foi tão chocante ter que citar tres vezes que ja tinha conhecimento nessa area, que ja dava aula sobre isso, que queria era aumentar o legado na area de acessibilidade, tornando-me um pesquisa-dor do assunto.

Dentre as poucas vagas liberadas, ate con-segui passar em todas as etapas, mas me-nos de “0,5” me colocou duas vagas abaixo dos inscritos. Primeira frustração da minha vida, primeira grande lição da minha vida.Sempre soube que quanto mais expectati-va, maior a chance de frustração. Ate hoje, levo essa lição comigo, mas uma frase do Papa João XXIII representa melhor o que aconteceu comigo:

“Consulte não a seus medos mas a suas es-peranças e sonhos. Pense não sobre suas frustraçoes, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não com o que voce tentou e falhou, mas com aquilo que ainda e possivel a voce fazer.”

Hoje as coisas mudaram, sete anos após esse momento, e impossivel voce pensar em Design sem considerar o digital, ergo-nomia, usabilidade, experiencia e “desejabi-lidade”. Mais do que tudo, hoje temos novas geraçoes, temos idolos e fãs, temos um pa-pel a zelar e muita gente a inspirar. Atraves de palestras divertidas, cursos criativos, papos descontraidos e projetos e labs open souce, muita gente acredita e se inspira, e outros acreditam que e apenas diversão,

Carreira < 66

Page 67: Revista iMasters #15

mas como diz o italiano Michelangelo, “se as pessoas ao menos soubessem o quão duro trabalho para ser mestre no que faço, não lhes pareceria tão maravilhoso”.

Alem de ter me enganado sobre o fim da carreira do webdesigner, houve o nasci-mento de outras especializaçoes, o que ajuda a contribuir com o crescimento do mercado de desenvolvimento, mas tambem a dificultar a pergunta origem deste artigo: o que voce vai ser quando crescer?O mercado brasileiro não ajuda os profissio-nais a seguirem carreira.

Essa foi uma das respostas que recebi quando levantei essa discussão em um evento do iMasters. Essa frase me lembrou quando visitei os escritórios da Mozilla e da Google em San Francisco, onde voce identi-ficava muitos programadores seniores com carreira de mais de 20, 30 anos de progra-mação, algo que e mais dificil de observar aqui no Brasil.

Não estou certo se o problema e a falta de incentivo do nosso governo com a profis-são, falta de cultura dentro das empresas, para valorizar a carreira dos profissionais criativos que nelas estão, ou ate mesmo na mentalidade do próprio profissional. Hoje, uma nova geração de designers, de-senvolvedores e novos empreendedores esta chegando, muito mais criativa (Mil-lennials 66%, Geração X 34%), muito mais aberta a mudanças (Millennials 72%, Ge-ração X 28%). Voce esta preparado para atuar com ela, seja liderando esses novos talentos, seja trabalhando em sintonia com eles, aprendendo na mesma velocidade que eles?

Seja qual for sua decisão, eu apoio irrestri-tamente.

Escolha o seu caminho, estude seus próxi-

mos passos e se prepare para o futuro. As coisas podem mudar, ou melhor, as coisas vão mudar. Nessa longa jornada que esta por vir, voce tomara rotas erradas, e muitas vezes percebera que elas te levarão para destinos incriveis. Devido à sua pouca ou muita idade, raça, genero, orientação se-xual, religião, roupa, barba, corte de cabelo, situação econômica e ate mesmo sotaque, as pessoas vão te julgar, mas nunca deixe que isso atrapalhe sua jornada. Se voce for forte, correto, integro, sempre aparecera um novo caminho para ti, ande com passos firmes de quem marcha como protagonis-ta da sua própria vida. E não se esqueça de que fracassos ocorrerão, mas como diz Michael Jordan: “Eu perdi mais de 9.000 cestas em minha carreira. Eu perdi quase 300 jogos. Em 26 ocasioes, me foi confiada a jogada final e eu perdi. Eu falhei e falhei repetidamente mais de uma vez na minha vida, e foi justamente por isso que venci”.

Dentro da sua perspectiva profissional e analise do mercado em que voce atua, re-pito meu questionamento: onde vamos pa-rar? Ou melhor, onde voce vai parar? Ainda, voce vai parar?

Bernard De Luna já foi líder de produto no Jornal

do Brasil e na Petrobras, Diretor criativo da Melt

DSP, Coordenador de Produto da Estante Vir-

tual e Head de Produto no Videolog. Atualmente

é Líder de Produto do iMasters e Co-founder do

Freteiros.com. Especializado em Front-end, De-

sign funcional e inovação, possui pós-gradução

em Marketing Digital. Já deu mentoria na Lean

Startup Machine, Startup Weekend, Next, Pa-

paya Ventures, Desafio Brasil, Ideation, 21212,

Aceleratech e Startup NAVE,e já participou de

mais de 85 eventos pelo Brasil, além do evento

internacional do W3C, Startup Camp LATAM,

HTML5DevConf, iMasters InterCon, BRAPPS,

entre outros.

@bernarddeluna | [email protected]

Carreira < 67

Page 68: Revista iMasters #15

Não importa o tamanho.

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Page 69: Revista iMasters #15

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Cylon.js

Independentemente de ser um desenvolve-dor com inclinações hipsters ou mais ligado às últimas tendências do mundo da progra-mação, NodeJS talvez seja a “sua praia”. Nesse caso, o Cylon.js está aqui para te au-xiliar na tarefa. Trata-se de uma plataforma semelhante ao Artoo, porém com suporte para mais dispositivos e a vantagem de utili-zar JavaScript, uma linguagem fácil e que já nasceu embarcada, mas que vem ampliando seus horizontes para além dos navegadores nos últimos anos.http://cylonjs.com

Gobot

Não gosta de JavaScript e Ruby? Com os mini-pcs passando a adotar processadores ARM de múltiplos núcleos, escolher Go pode

ser uma ótima opção para seu próximo expe-rimento robótico, uma vez que a linguagem concebida pelo Google possui excelente re-putação justamente por facilitar a criação de programas que executam de forma eficiente em paralelo. http://gobot.io

Pingo

O Pingo (que significa “pin, go!”), de autoria do brasileiro Luciano Ramalho, atua como um “wrapper” para diversas plataformas de mini-pcs (como Arduino, Raspberry, Bea-glebone, UDOO, Intel Galileo, entre outras), expondo uma única API em Python de for-ma a simplificar e unificar a maneira de pro-gramar para esses dispositivos. Assim, o projeto pretende se tornar uma plataforma universal para IoT, diminuindo a barreira de entrada de quem pretende dar os primeiros passos ou apenas focar em seus projetos. http://www.pingo.io

69 > Código Livre

Kemel Zaidan é um pseudo-programador, metido

a jornalista, com alma de artista e evangelista

na Locaweb.

[email protected] | @kemelzaidan

Por Kemel Zaidan, evangelista Locaweb em tempo integral e de software livre nas horas vagas

Informações e dicas sobre projetos Open Source

Nesta edição, resolvi fazer algo um pouco diferente e trazer uma seleção de softwares livres para despertar o “maker” que existe dentro de você: robótica, IoT, drones... Há opções para todos os gostos e linguagens.

Page 70: Revista iMasters #15

As Redes Neurais Artificiais (RNAs) são um paradigma de processamento de informa-ção inspirado no sistema neural biológico, o cerebro humano. As RNAs são sistemas massivamente paralelos e distribuidos, formados por unidades de processamento simples, que calculam determinadas fun-çoes, normalmente não lineares. Essas uni-dades são distribuidas em camadas, sendo interligadas por conexoes, as quais se as-sociam a pesos, que armazenam o conheci-mento representado na rede, servindo para ponderar as entradas recebidas por unida-de constituinte (Haykin, 2001).

A capacidade de aprender por meio de exemplos e de generalizar a informação aprendida e, sem dúvida, o principal atra-tivo da solução de problemas por meio de RNAs. As RNAs são aptas a resolver proble-mas de cunho geral, tais como aproximação, classificação, categorização e predição, en-tre outros (Braga et. al., 2000) (Lorenzi; Silveira, 2011). Nesse contexto, uma das aplicaçoes das RNAs e apoiar o diagnósti-co de doenças, classificando os pacientes como portadores ou não de uma determi-nada enfermidade.

O trabalho aqui apresentado aplicou, como estudo de caso, o diagnóstico de diabetes,

doença cuja incidencia tem aumentado ra-pidamente em nivel mundial. Recentemen-te, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu que a doença e epidemica. As estatisticas apontam que o número de ca-sos, em todo o mundo, atualmente chega a 246 milhoes. Ate 2025, esse número deve chegar a 350 milhoes, de acordo com a Fe-deração Internacional de Diabetes (IDF). No Brasil, segundo dados do Ministerio da Saúde, estima-se que existam aproxi-madamente 11 milhoes de portadores de diabetes, sendo que 7,5 milhoes ja sabem que tem a doença (Oliveira; Vencio, 2014). Embora a detecção de diabetes esteja me-lhorando, o tempo para diagnostica-lo pode ser superior a 10 anos, a contar do inicio da doença ate a concretização do diagnóstico.

Visando a auxiliar os profissionais da area de saúde, podem ser utilizados sistemas computacionais com a finalidade de apoiar o diagnóstico. Tais sistemas processam in-formaçoes, com mais detalhe e em menor tempo, quando comparados com aos seres humanos, proporcionando uma melhora na qualidade dos serviços medicos, alem de contribuir para a difusão de conhecimentos especializados (Kayaer; Yıldırım, 2003)

Nesse sentido, desenvolvemos um protó-

Utilizando Redes Neurais Artificiais no diagnóstico de doenças como diabetes

Inteligencia Artificial < 70

Artigo apresentado originalmente no EATI – Encontro Anual de Tecnologia da Informação (http://eati.info/eati/2014/, CAFW/UFSM, 2014), sob o titulo “Sistema Inteligente para Apoio ao Diagnóstico de Diabetes Empregando Redes Neurais”

Page 71: Revista iMasters #15

tipo de sistema inteligente, empregando Redes Neurais multicamadas, para apoiar o diagnóstico de diabetes: o Sistema Neural para Apoio ao Diagnóstico de Diabe-tes (SND)..

Para treinar e testar a aplicação da RNA no SND foi utilizada a base de dados da Universidade da Califórnia (UCI, 2014), de-nominada Pima Indians Diabetes (PID). As informaçoes para compor essa base foram coletadas na comunidade indigena Pima, que vive perto de Phoenix, Arizona, Esta-dos Unidos. Todas as pessoas cujos dados foram coletados são mulheres, com idade igual ou superior a 21 anos.

Diversas pesquisas foram realizadas nes-

sa comunidade, pois ela e conhecida por apresentar a maior taxa de incidencia de diabetes do mundo. Entre os adultos, 50% são diabeticos, alem de apresentarem uma alta prevalencia de obesidade (Baier e Han-son, 2004).

O Sistema Neural para Apoio ao Diagnós-tico de Diabetes (SND) implementado tem como pilar computacional a RNA feedfor-ward, com múltiplas camadas, cujo treina-mento e supervisionado utilizando o algo-ritmo de treinamento back-propagation. Para desenvolver o sistema, foi utilizada a linguagem de programação Java, juntamen-te com o Sistema Gerenciador de Banco de Dados SQL Server. A figura 1 apresenta a arquitetura de alto nivel do SND.

SND: Sistema Neural para Auxílio ao Diagnóstico de Diabetes

A validação do SND foi realizada com o sub-conjunto definido para a etapa de teste, sendo que essas informaçoes, embora per-tencentes ao PID, eram ate então desco-nhecidas pelo sistema. O total de pacientes usados para compor o teste foi 230 – des-tes, 70% são classificados como normais e 30%, diabeticos.

A arquitetura da RNA utilizada possui uma camada de entrada, com oito neurônios, e uma de saida, com dois neurônios. O nú-mero de neurônios na camada de entrada e igual à quantidade de informaçoes utiliza-das para classificar cada paciente, ou seja, oito. Os neurônios da camada oculta (ou camada escondida) foram obtidos de for-ma empirica. Ja os da camada saida foram

Inteligencia Artificial < 71

Page 72: Revista iMasters #15

fixados de acordo com as possiveis classi-ficaçoes para cada paciente (diabetico ou normal), ou seja, dois.

O sistema proposto realizou 2.262 itera-çoes para chegar aos resultados, obtendo uma taxa de acerto de 81,31%, o que resul-tou em 187 acertos e 43 erros (18,69%). Esse resultado torna o sistema muito pro-missor, principalmente se comparado aos resultados obtidos pelos trabalhos apre-sentados em Polat (Polat et. al., 2008) e Kayaer e Yildirim (2003).

Referências

BAIER, L. J.; HANSON, R. L. Genetic studies of the etiology of type 2 diabetes in Pima In-dians. Diabetes, 53, 1181–1186, 2004.

BRAGA, A. P.; CARVALHO, A. C. P. L. F.; LUDERMIR, T. B. Redes Neurais Artificiais: teoria e aplica-çoes. Rio de Janeiro: Livros Tecnicos e Cientifi-cos, 2000.

HAYKIN, Simon. Redes Neurais: principios e pratica. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

KAYAER, K.; YILDIRIM T. Medical diagnosis on Pima Indian diabetes using general regression neural networks. In: Proceedings of the Inter-national Conference on Artificial Neural Net-works and Neural Information Processing (ICANN/ICONIP) (pp. 181–184), 2003.

LORENZI, F.; SILVEIRA, S. R. Desenvolvimen-to de Sistemas de Informação Inteligentes. Porto Alegre: UniRitter, 2011.

OLIVEIRA, J. E. P.; VENCIO, S. Diretrizes da Socie-dade Brasileira de Diabetes. São Paulo: AC Far-maceutica, 2014.

POLAT, K.; GUNES, S.; ASLAN, A. A cascade lear-ning system for classification of diabetes disea-se: Generalized discriminant analysis and least square support vector machine. Expert Sys-tems with Applications, Volume 34, Issue 1, January 2008, Pages 482-487.

UCI. University of California, Machi-

Inteligencia Artificial < 72

ne Learning and Intelligent System, School of Information and Computer Scien-ce, 2010. Acessado em: 17/08/2014

https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/Pima+Indians+Diabetes

Artigo apresentado originalmente no EATIEncontro Anual de Tecnologia da Informa-ção (http://eati.info/eati/2014/, CAFW/UFSM, 2014), sob o titulo “Sistema Inteligente para Apoio ao Diagnóstico de Diabetes Em-pregando Redes Neurais”

Maik Basso, Graduando em Sistemas de Infor-

mação (UFSM – Universidade Federal de Santa

Maria/Campus de Frederico Westphalen-RS),

[email protected]

João Paulo Vieira, Graduando em Sistemas

de Informação ( UFSM – Universidade Fe-

deral de Santa Maria/Campus de Frederico

Westphalen-RS), [email protected]

Fábio José Parreira, Doutor em Engenharia Elé-

trica (UFU – Universidade Federal de Uberlân-

dia), Professor Associado do Departamento de

Tecnologia da Informação (UFSM – Universidade

Federal de Santa Maria/Campus de Frederico

Westphalen-RS), [email protected]

Sidnei Renato Silveira, Doutor em Ciência da

Computação (UFRGS – Universidade Federal do

Rio Grande do Sul), Professor Adjunto do De-

partamento de Tecnologia da Informação (UFSM

– Universidade Federal de Santa Maria/Campus

de Frederico Westphalen-RS),

[email protected]

Adriana Sadowski de Souza, Especialista em

Tecnologias Aplicadas a Sistemas de Informa-

ção com Métodos Ágeis (UniRitter – Centro Uni-

versitário Ritter dos Reis),

[email protected]

Page 73: Revista iMasters #15

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Page 74: Revista iMasters #15

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Utilizando o DBMaestro, é possível se conectar à rede de gerenciamento de lançamento das últimas ver-sões dos bancos de dados, para automatizar a atu-alização de produtos. A equipe de desenvolvimento do DBMaestro consegue integração com IBM, Mi-crosoft, CA e outros e oferece um banco de dados para compilação e depuração automatizada. Utilize o DBmaestro Open API Platform, escolha a solução de gerenciamento que oferece melhor controle em tem-po real, suas ferramentas de desenvolvimento prefe-ridas e selecione a automatização de suas soluções. http://ow.ly/LpTQb

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Otto é uma biblioteca que permite desacoplar diferen-tes partes do seu código sem que eles deixem de se comunicar. Esse desacoplamento é alcançado a par-tir do uso de produtores e consumidores dos eventos que você irá criar para sua aplicação. Ou seja, você irá lançar eventos personalizados em uma parte da sua aplicação e uma outra parte irá reagir a esse evento sem que haja uma ligação direta no código entre elas. http://ow.ly/LpTR5

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iMasters Box < 74

Prott para iOS é uma ferramenta de prototipagem rá-pida e que engloba ainda uma completa área de de-senvolvimento colaborativo, voltado para a criação de aplicativos móveis. Os protótipos podem ser criados e exportados para dispositivos iOS e Android e todas as resoluções de tela são totalmente suportadas, além dos tamanhos de exibição que são facilmente perso-nalizáveis. O Prott é uma ferramenta com preços razo-áveis, e você pode escolher entre várias tipos de paco-tes, dependendo do tamanho da sua equipe.http://ow.ly/LpTUi

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Marvel é uma plataforma de prototipagem e desen-volvimento de aplicativos móveis sem necessidade de experiência com programação. Construído para desig-ners, empresários, startups, agências, estudantes, não importando o nível de habilidade técnica ou desenho que você tem, o usuário será capaz de criar protótipos de aplicativos em minutos. Os protótipos criados no Marvel são visíveis em navegadores web, o que signifi-ca que funcionam em desktop, iOS, Android e muitos outros dispositivos. É possível ainda compartilhar por e-mail, SMS ou até mesmo incorporar o seu protótipo em blogs e websites. O Marvel oferece uma maneira fácil e rápida de criar protótipos interativos, e é gratuito. http://ow.ly/LpTSz

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Page 75: Revista iMasters #15
Page 76: Revista iMasters #15

76 > 7Masters

Ruby

Abrindo o 7Masters Ruby, Ulisses Almeida, falou sopbre o que não .gitignorar na sua app Rails. Ulisses é desenvolvedor de software na @plataformatec e trabalha com metodologias Ágeis e Ruby on Rails no dia-a-dia. Assista ao vídeo: http://ow.ly/PI2eF

Thiago Scalone é palestrante do Guru-SP e Ruby + Rails no Mundo Real, além de de-senvolvedor de C embarcado. Neste 7Mas-ters falou sobre “Internet Of Things & Ruby”: http://ow.ly/PI2N4

Programação Funcional e princípios funcio-nais no Ruby foi o tema da talk de Ricardo Almeida, que atualmente trabalha com Ruby na GetNinjas. Ricardo palestrou em eventos como TDC e Dev in Sampa, além de pales-tras e workshops sobre Ruby em Fatecs. http://ow.ly/PI3hS

Hanneli Tavante é uma desenvolvedora fis-surada por programar em C pra relaxar e co-mitar código útil (ou não) em projetos Open Source aleatórios que encontra vasculhando Githubs alheios. “Ruby performance distilled”

foi o tema da sua talk neste 7Masters Ruby. http://ow.ly/PI3Me

“Medindo performance do seu código Ruby” foi o título da talk apresentada por Rafael França no 7Masters Ruby. Ele é Desenvolve-dor de Aplicações em uma variedade de ne-gócios, com interesse principal em aplicativos web e agile. É membro do Core Team do Rails desde 2012, ano em que começou a contri-buir com o framework. http://ow.ly/PI4Mz

Co-fundador da Codeminer 42, empresa de desenvolvimento de software principal-mente para startups, Fábio Akita também é o criador e organizador do Rubyconf Bra-sil. Nesta edição do 7Masters Ruby, ele fa-lou sobre “WTF Oriented Programming”. http://ow.ly/PI5nu

Usabilidade

Neste 7Masters de Usabilidade, Robson Santos mostrou indicadores para avaliar a usabilidade. Doutor e Mestre em Design, possui diversos artigos publicados no Brasil e no exterior, com larga experiência na área de usabilidade e experiência do usuário, ten-

Page 77: Revista iMasters #15

O 7Masters e o nosso Encontro de Especialistas. Todos os meses reunimos 7 mestres que apresentam palestras curtas sobre assuntos inovadores e diferentes, para uma plateia de profissionais.

Os temas de cada encontro são definidos pelo iMasters e uma equipe de curadoria, liderada em 2015 por Edu Agni. Se quiser dar alguma sugestão, escreva para [email protected].

Confira aqui como foi a edição do 7Masters OOD. Acompanhe o calendario e assista a todos os videos em setemasters.imasters.com.br

7Masters < 77

do participado de projetos de abrangência global. É mentor na Interaction Design Foun-dation e líder local na Interaction Design Asso-ciation. http://ow.ly/PI6cc

Diana Fournier é UX Designer e Product Owner no UOL e Diretora do UXPA São Pau-lo. Tem foco em mobile e projetos com me-todologias ágeis. No 7Masters Usabilidade, falou sobre usabilidade como estratégia de fidelização em players de streaming de músi-cas online. http://ow.ly/PI6sx

“Testes de usabilidade: você está fazendo isso errado” foi o tema da talk de Carolina Leslie. Cientista molecular de formação, Ca-rolina é sócia da Saiba+, consultoria em UX. Em 2015 lançou o Tagarela, um aplicativo de pesquisa de mercado via celular. Assista ao vídeo: http://ow.ly/PI6Tv

Especialista em Design Estratégico e diretor da Welab Design e Inovação, Érico Fileno falou sobre Design-driven Innovation em sua talk. Desde 2007 Érico leciona em cursos de design e há mais de 10 anos presta consulto-ria através da abordagem do Service Design Thinking. http://ow.ly/PI7lR

“A importância de discordar” foi a talk de Emerson Niide. Consultor independente e especialista em UX, começou a programar aos 13, mas desistiu dessa vida para tra-balhar como web designer. Ao ler “Desig-ning Web Usability” descobriu que UX unia suas duas paixões – comunicação e tecno-logia – aos seus talentos – navegar na web e beber café. http://ow.ly/PI7GU

Eurípedes Magalhães deu 5 motivos para a publicidade desistir de UX em sua talk. Consultor em UX Design, Design Thinking, Educação, Digital Design e Graphic Design, Eurípedes trabalha em publicidade desde 1995 e dá aulas desde 2003. Também criou o Reset-Lab, consultoria especializada em UX e educação. http://ow.ly/PI8ip

A gerente de Experiência do Usuário da Lo-caweb falou sobre o papel do texto na usabi-lidade neste 7Masters. Patricia de Cia tem mais de dez anos de experiência na área e trabalha junto a times de desenvolvimento ágil desde 2008. É adepta da metodologia Lean. Assista: http://ow.ly/PI8Py

Page 78: Revista iMasters #15

78 > 7Masters

JQuery

Em sua talk no 7Masters jQuery, Felquis Gi-menes falou sobre eventos em jQuery, a sua “linguagem de programação favorita”. Ele é Desenvolvedor Front-end, focado em aplicati-vos híbridos para iOS e Android. Mobile/Web Developer na Fluid 27. http://ow.ly/PRBNE

Bruno Rocha é Desenvolvedor NodeJS no Walmart, apaixonado por boas práti-cas e design patterns. Em sua talk, falou sobre boas práticas em JavaScriptQuery. http://ow.ly/PRBSp

Pare de usar jQuery - ou não, foi o tema apre-sentado por Maujor, um dinossauro apaixona-do por Padrões Web. Mauricio Samy Silva, o Maujor, é um dos introdutores das CSS no Brasil. http://ow.ly/PRC3E

Leon Kulikowski é desenvolvedor mobile, front-end e Solutions Consultant da Adobe. Nesta edição do 7Masters ele levou o jQuqery para além do código e falou sobre inovação, replicação de conhecimento e zona de con-forto. http://ow.ly/PRCap

Criar formulários acessíveis com o jQuery Va-lidate foi o tema de Deivid Marques. Ele é Desenvolvedor front-end na Locaweb; orga-nizador da Conferência CSS Brasil e do Front In Sampa. http://ow.ly/PRCfk

E se você não usasse jQuery? Esta foi a per-gunta proposta por Victor Cavalcante. Ele é desenvolvedor web, sócio da Lambda3 e adora front-end. É um Microsoft MVP de ASP.NET MVC, ciclista e jogador de Munchkin. http://ow.ly/PRCic

Programador e Designer, Thiago Lagden desenvolve trabalhos em diferentes formatos audiovisuais e mídias digitais. É um full-stack developer com mais de 10 anos de experi-ência no desenvolvimento web e atualmente trabalha como CDO (Chief Development Offi-cer) na TEx Tecnologia. Neste 7Masters, falou sobre $.CALLBACKS. http://ow.ly/PRCn7

Quer indicar um tema ou um mestrepara as próximas edições? Envie um email [email protected]

Page 79: Revista iMasters #15

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Page 80: Revista iMasters #15