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1 ANMP em foco - Dezembro/2010

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1ANMP em foco - Dezembro/2010

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2 ANMP em foco - Dezembro/2010

Revista da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência SocialAno III – Edição Nº 16

Diretor Presidente:Luiz Carlos de Teive e ArgoloVice-presidente:Emanuel S. de MenezesDiretor Tesouraria:Marcus Vinícius NettoPrimeiro Secretário:Geilson GomesSegundo Secretário:Eduardo BolfariniConselho Fiscal:Alaor Ernest ScheinSamuel AbranquesCelso da SilveiraSuplentes doConselho Fiscal:Eliane FelixLuiz HumbertoAugusto Cavalcanti

Sede:Setor Hoteleiro Sul Qd. 6 Bloco ASls. 408/409Ed. Brasil 21 - Brasília (DF) CEP: 70.322-915

Tiragem: 8.000 exemplares.

Telefone: (61) 3321 1200Fax: (61) 3321 1206Endereço eletrônico: www.anmp.org.br

E-mails:[email protected]@anmp.org.br

Assessoria de Imprensa:[email protected]

Editora Responsável:Rose Ane Silveira(DRT 1965/DF)

Estagiária:Joana Silva Malec

Capa, projeto gráfico e diagramação:Assessoria de Imprensa da ANMPEduardo Gustavo [email protected]

Revisão: Denise Goulart

Imagens:Banco de Imagensda ANMP

Publicidade:Secretaria ANMPTel.: (61) 3321 1200

Reprodução: A reprodução de artigos desta revista poderá ser feita mediante autorização do editor. ANMP em Foco não se responsabiliza por opiniões emitidas em artigos assinados, sendo estes de responsabilidade de seus autores.

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3ANMP em foco - Dezembro/2010

Índice

28

Forta

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dos

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gado

s

Balanço 2009/2010: fortalecimento dos delegados

6Balanço 2009/2010:dois anos de muita lutaCa

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10ANMP, mon amour

Artig

o

15ANMP amplia seu trabalho parlamentarAs

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parla

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16ANMP aprova novo estatutoEs

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20Balanço 2009/2010: MEPM

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24 Balanço 2009/2010: MI 992M

I 992

27

Cons

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Balanço 2009/2010: consultoria jurídica atende mais de 700 associados

33ANMP aprofunda relações institucionais

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cion

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35Evolução administrativa: mais uma vitória da ANMPBa

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37

Bala

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Balanço 2009/2010: reuniões locais

40

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Análise da aplicabilidade dos testes visuais psicofísicos comomeio de prova em perícia médica

49

Bala

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Balanço jurídico

60

Dele

gado

s

Saiba quem são seus delegados

62

Artig

o

O que não nos mata, nos fortalece!

Com

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ação

Balanço 2009/2010: comunicação

38

42011: tempo de novos rumos para a períciaEm

foco 31

Conv

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osde

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dos

Balanço 2009/2010:convenção nacional dos delegados

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2011: tempo de novos rumos para a perícia

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Chegamos ao final de mais um ano. 2011 promete ser um grande ano para a ANMP. Justamente por trazer grandes mudanças, com um novo governo e um novo ministro à frente da Previdência Social este também deve ser o ano da reflexão e de uma guinada em nossa carreira. Precisamos decidir o que queremos e principalmente termos plena consciência do que somos e até onde podemos chegar.

Para 2011, o grande desafio da perícia médica previdenciária não será a realização de seu III Congresso Brasileiro, ou a eleição da nova Diretoria, mas sim definir os rumos da carreira. Os peritos devem saber quais lutas vão assumir e quais metas querem alcançar. Esta revista traz para todos os nossos associados um balanço dos últimos dois anos, de todo um trabalho desenvolvido, de muita luta e de grandes conquistas para a categoria.

Dentre as vitórias deste período, nós destacamos, e demonstramos isto nesta edição da ANMP em foco, duas importantes conquistas para a categoria: o MI (Mandado de Injunção 992) que permite a contagem de tempo especial para a aposentadoria da perícia médica previdenciária e o MEP (Movimento pela Excelência e Autonomia do Ato Médico), que nos garantiu a tranquilidade para lutarmos por condições dignas de trabalho.

2010 foi um ano árduo para a perícia médica, com o aumento das cobranças sobre nossa categoria, sem a devida contrapartida por parte do governo. Fizemos um excelente trabalho parlamentar e conseguimos aprovar emendas no Congresso que garantiram as 30 horas sem redução de salário para a categoria. Esta vitória foi barrada pelo veto imposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante quase três meses, estivemos em greve por condições dignas de trabalho e se, não obtivemos vitórias, mostramos nossa união e força. Preocupamos o governo, mostramos que somos unidos e que podemos lutar pelo que queremos. Já provamos que somos fortes, agora precisamos usar nossa união e força para definir nosso destino. É este debate que estamos propondo e, ao fazer esta revista de balanço, queremos demonstrar que muito já foi feito, mas muito mais ainda precisa ser construído.

Deixamos este debate sobre nosso futuro como tema de reflexão, desejando a todos um ótimo 2011 e convidando-os para aproveitar nossa revista. Boa leitura!

Diretoria da ANMP

Em foco

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BALANÇO 2009/2010:

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Em quase dois anos de atuação, a atual Diretoria da ANMP tanto manteve os avanços já conquistados nas gestões anteriores quanto acumulou várias vitórias com embasamento nas metas propostas, sempre promovendo a participação ativa dos associados na luta constante para a reestruturação e crescimento da Associação. Nos últimos anos, a ANMP, uma das entidades que obteve maiores avanços em sua consolidação, não poderia ser desmerecida ou ignorada. A Diretoria conseguiu fortalecer a perícia, dando continuidade e renovando os projetos para a categoria a partir de várias ferramentas, como o MEP (Movimento pela Excelência e Autonomia do Ato Médico Pericial), que desde o primeiro momento deixa claro que a função do médico perito deve ser ditada pela excelência profissional.

Renovação é a palavra-chave da performance da atual direção, sempre preservando as conquistas dos últimos sete anos, essa Diretoria inovou a partir das eleições de 2009. Uma das principais metas trabalhada diariamente é a participação ativa dos associados na luta corporativa. Nestes dois anos, foram feitas

dois anos de muita lutaenquetes, reuniões locais e a ampliação do atendimento direto ao associado.

Em função do crescimento exponencial da entidade, foram necessárias algumas alterações na sua estrutura e no estatuto. Mais uma vez, de acordo com as metas propostas, a Diretoria conseguiu a aprovação do novo estatuto da ANMP. O regulamento institucional avançou em várias questões, como, por exemplo, na criação de novos departamentos e em questões importantes a respeito das futuras eleições da ANMP. A contratação de empresas para modernizar e facilitar a administração também foi tema intensamente debatido e aprovado em assembleia geral, pelos delegados de ANMP.

A meta que incide na modernização administrativa também foi concluída. Sediada em um patrimônio próprio, com a estrutura física necessária para atender aos mais de cinco mil e duzentos peritos filiados. Hoje, a Associação conta com uma equipe de seis servidores contratados e uma equipe de prestadores de serviços da área de comunicação social, assessoria parlamentar e dos departamentos jurídico, contábil e auditorial, a ANMP dispõe também

Capa

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de duas prestadoras de serviços na área de informática, uma para manter a estrutura de rede e outra para construção e manutenção do site. Tudo isso com a intenção de garantir maior segurança para continuar lutando pelas melhorias das condições do exercício da carreira dos seus associados.

O fortalecimento dos delegados foi com certeza o escopo mais trabalhado. Uma das principais solidificações das metas feitas pela presente Diretoria foi facilitar, de uma forma frequente e adequada, a comunicação entre os associados e seus representantes, com a iniciativa de entregar os aparelhos celulares para os delegados, para uso junto aos associados de suas gerências e a diretoria. A relação se tornou ainda mais sólida com a criação de fórum permanente e exclusivo na área restrita do site, fazendo um elo entre todos os delegados e a direção da Associação. Durante todo o mandato, o trabalho foi focado para que os delegados se tornassem

representantes legítimos das bases e da ANMP perante toda a sociedade.

Atualmente, são realizadas reuniões locais e regionais com a presença dos delegados, Diretoria e representantes do departamento jurídico, com temas abordados como terceirização e reestruturação da carreia e o Movimento pela Excelência do Ato Médico, não deixando de falar sobre a realidade vivida em cada gerência regional. A grande inovação no sentido de aprofundar e fortalecer a relação Diretoria-Delegados foi a I Convenção Nacional dos Delegados da ANMP, onde, após dois dias, ao término das discussões, foi protocolizado um ofício ao então ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, contendo a síntese das discussões ocorridas durante a reunião.

Durante os dois anos de sua gestão, essa diretoria lutou contra a franca tentativa de desvalorização da categoria promovida em especial pelos dois últimos ministros

Nova sede da ANMP

Obra de construção da sede da ANMP

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da Previdência Social, José Pimentel e Carlos Eduardo Gabas. A recuperação da remuneração da carreira foi obstaculizada por esse governo, que aumentou as cobranças sobre a perícia, como implantação do ponto eletrônico e a cobrança do cumprimento da jornada diária de oito horas. Tudo isso apresentado de forma não negociada como “meta de governo”. Mais que lutar por uma remuneração digna, a diretoria passou os últimos anos tentando evitar o total desmantelamento da carreira. Outro ponto importante das metas da atual diretoria da ANMP é a luta contra a carreira desigual, a falta de uniformização e padronização das ações permitindo acordos locais e que cada uma de suas gerências viva uma realidade em separado - como o exemplo do dia a dia de um perito de Juazeiro do Norte (CE), que é completamente diferente de um perito da PSBI de Porto Alegre (RS), a atual Diretoria lutou para minimizar essas diferenças.

A busca de políticas que possam trazer benefícios aos associados foi outro ponto importante mencionado como uma das metas. Conseguimos, de acordo com as possibilidades financeiras da Associação, dar cobertura contra fortuitos processos

I Convenção Nacional

judiciais dos seus filiados. Desde a sua criação, a consultoria jurídica já conseguiu responder mais 700 consultas institucionais dos filiados à ANMP acerca da careira médica pericial. Hoje, temos mais de 10 ações que foram apresentadas em juízo, nesta gestão, com o objetivo de defender os interesses da categoria. Além de auxiliar em ações individuais de relevância para a categoria, a consultoria jurídica da ANMP também tem atuado de modo a responder aos mais diversos questionamentos de natureza jurídica dos seus associados por meio de consulta via site ou nas reuniões locais e regionais que a Diretoria promove.

Com vários instrumentos de comunicação, a ANMP dispõe de um contato direto do associado com a Diretoria, contando com um novo site, atualizado diariamente, com o fórum aberto a sugestões e reclamações dos peritos associados, criamos também um serviço de mala direta, para divulgação dos nossos avanços e o destaque na área de comunicação, a revista ANMP em foco, que na sua criação em fevereiro de 2007 contou com uma tiragem inicial de cinco mil exemplares, hoje tem oito mil revistas distribuídas. #

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ANMP, mon amourArtigo: Dr. Geilson Gomes de Oliveira

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“Por que alguém se aventura a deixar seu mundo perfeito para abraçar uma causa coletiva?”

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Por que alguém se aventura a deixar seu mundo perfeito para abraçar uma causa coletiva? Certamente, ser Diretor da ANMP não agrega patrimônio e nem dá projeção no meio médico ou previdenciário (acho que eu tinha mais espaço no INSS antes do que agora). Mas assim como não se sabe por que as paixões acontecem, não sei explicar por que viver o cotidiano desta entidade e todas as suas dificuldades me é tão importante quanto respirar. Quanto mais espinhoso o caminho, mais a gente se motiva a discutir e a projetar saídas. Afinal, o que é um homem sem seus desafios?

Para entender o porquê do título, um pouco de minha trajetória. Antes de me tornar perito, em 2005, já visitava a área externa do site da ANMP e vibrava com as notícias das conquistas e da luta de nossa associação, que se tornara referencial dentro do setor público médico. Via claramente nossa carreira como promissora, que tínhamos representantes engajados e uma categoria forte e unida.

O fórum foi o diferencial que tornou muita das vitórias possíveis através da velocidade da informação e da possibilidade de identificação mútua e empatia entre colegas distantes até milhares de quilômetros. No Congresso de 2007, todos queriam conhecer aos “ratos do fórum”. Não havia dúvidas de que a ANMP nos daria uma carreira improvável ou porque não dizer

inimaginável para quem portava um diploma médico, e então ficamos esperando sempre mais. O céu talvez nem fosse o limite.

O cotidiano, contudo, passava longe do céu. O trabalho no INSS, seja onde for, é desgastante e as conquistas da ANMP se tornavam cada vez menos impactantes diante dos problemas. De que vale perseguir uma carreira de Estado se mal sabemos se chegaremos vivos ao fim do expediente? Por que lutar para crescer dentro do INSS se somos odiados e ninguém nos valoriza? Começamos a pensar cada vez mais individualmente e menos coletivamente. O “salve-se quem puder” e o “é cada um por si” é um veneno para o associativismo.

No fórum, ganhavam eco a crítica e o pessimismo. Sedutora, a crítica segundo trabalhos, influencia seis vezes mais pessoas do que o elogio. Fiz coro às críticas, mais impulsionado por uma demanda pessoal do que propriamente um interesse coletivo ou político: tinha urgência nas remoções. E confesso: fazer críticas me dava mais popularidade do que quando eu sugeria. Eu tinha uma causa, um meio e um método e da minha cadeira parecia óbvio que a ANMP dormia enquanto o bonde passava.

Em 2007, resolvi passar do discurso à prática e assumi o GBENIN de Fortaleza, que não tinha chefia médica. Larguei consultório e minha vida profissional. Tudo aquilo que criticava

Dr. Geilson Gomes de OliveiraPerito Médico Previdenciário Especialização em ginecologia e obstetríciaEspecialização em medicina do trabalhoEx-chefe de GBENIN - GEX Fortaleza (CE) Diretor Primeiro Secretário da ANMP

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vaidades, não sei vender minha imagem, não almejo nada além de paz de espírito. Também não era minha intenção ser perito, chefe de SST e tantas outras coisas que já vivi, mas que me fora reservado. Chamado a colaborar, como das outras vezes, não me furtei. E sabia que não era bem paz de espírito o que iria encontrar. Principalmente depois do dia 28 de abril de 2009, quando o Valdir anunciou o SISREF.

A tarefa de representar uma categoria foi uma doação que me cobrou bem mais do que sossego. Interferiu em minha vida pessoal. Primeiro, não se é diretor só em horário comercial, mas a toda hora, inclusive fins de semana. E embora diretor, ainda tinha o trabalho no INSS, e haja terceiro turno! Sem falar na disputa política interna que nunca se acaba. Melhor a opinião contrária de quem se importa do que a insensibilidade muda de quem não participa.

O pior é quando o sucesso do seu trabalho depende de resultados que, por sua vez, dependem do INSS e do governo. O INSS é uma autarquia sem autonomia gerencial. Até bem pouco tempo, tinha os piores salários e uma das piores estruturas, mesmo tendo um dos maiores orçamentos do Executivo. Com enormes desafios e tutelado por CGU, TCU,

como perito da ponta tive que também engolir, dadas as dificuldades de se exercer um cargo que tem mais funções regimentais do que a de um gerente executivo. A crítica também tem essa faceta. Quanto menos conhecemos um processo, mais fácil se torna criticar. Porque o ideal e o perfeito só se podem atingir na cabeça das pessoas que não fazem.

Em 2008, fui convocado pela ANMP a participar de uma reunião em Fortaleza sobre a GDAPMP com o então Presidente Marco Antônio e este me coagiu a não participar por ser detentor de um DAS. Não aceitei a pressão e entreguei-lhe pessoalmente o cargo. O INSS me colocou na posição de inimigo apenas por estar desempenhando o trabalho por indicação da ANMP, como se tratar de assuntos pertinentes da carreira não fosse importante para a casa. Não faço esta distinção. Construir uma perícia médica melhor independe de ideologias, bandeiras ou posições, mas alguns reduzem tudo a um mero exercício de se escolher um lado.

A ANMP nunca me pediu para fazer esta escolha, assim como os colegas da atual DIRSAT, e assim continuei buscando contribuir para que nosso trabalho seja reconhecido.

Fazer parte da Diretoria nunca foi minha intenção. Não tenho viés político, não tenho

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MPF, AGU, sindicatos e o próprio governo, o INSS reserva pouca importância ao seu material humano, especialmente seus peritos.

Outra questão é que o governo não nos quer como carreira forte, para não nos opormos ao aparelhamento sindical vigente e para que não inflacionemos o mercado de trabalho médico. É difícil crescer quando tal não interessa ao Estado. Mesmo assim, o governo tem que reconhecer que poucas categorias trabalham com tanto empenho ético, com tanto zelo ao erário e com tanta qualidade, tendo uma enormidade de problemas, quanto a dos peritos médicos. E como somos eficientes: mesmo sendo 10% dos servidores da casa, atendemos 60% da demanda.

A verdadeira noção do quão difícil é lidar com uma categoria dividida e um governo populista veio com a greve. Críticas à parte, a greve devolveu por, alguns meses, a autoestima e a união da categoria, ao mesmo tempo que mexeu na até então inabalável força do governo que nos impôs o SISREF e vetou emenda aprovada no Congresso como se nada valêssemos. Apostaram na nossa desunião, na vitória na justiça e nos acordos locais e foram surpreendidos. Se no final nada nos deram, tampouco se pode dizer que não saíram arranhados e possivelmente somos mais respeitados hoje do que quando entramos nesta greve.

Apesar dos desafios, continuo acreditando em nossa carreira. A autonomia e a excelência são conquistas que nos darão frutos e reconhecimento. A especialidade de nossa jornada será reconhecida à medida que assumirmos atividades externas como parte importante e necessária de nosso trabalho. A remuneração já foi admitida pelo MPOG como inadequada, sendo uma reestruturação o próximo passo, que se ainda não nos colocará no patamar que merecemos, ao menos diminuirá a distância dele.

A experiência adquirida nestes últimos 20 meses como diretor me faz ver a importância que tem a ANMP não só para nossa categoria, mas para o próprio INSS, seus servidores e toda a medicina pública. E cada um de nós tem a responsabilidade de continuar construindo esta entidade. Amanhã não serei mais diretor, mas estarei contribuindo com meus colegas que alcançarem esta missão, seja de que lado for. Minha relação com a ANMP e com esta carreira há muito transcende apenas uma questão associativa ou política, ela passou a ser a minha história e minha luta, um caso de amor que nem os espinhos deste período conseguiram desfazer. Vida longa e próspera à nossa ANMP. #

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ANMP amplia seu trabalho parlamentar

Com o crescimento associativo passando de dois mil para mais de cinco mil associados, emergiu a necessidade de uma assessoria parlamentar para cuidar dos interesses políticos da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos do INSS) junto ao governo. O desenvolvimento a Associação implica também o aumento estratégico e acompanhamento em todas as esferas do governo sobre as matérias de seus interesses.

Objetivando melhorar a interação entre a ANMP e os órgãos do governo, a Associação contratou a Macropolítica, uma empresa de assessoria política, que está cuidando dos relacionamentos institucionais e governamentais e dos projetos ligados à carreira dos médicos peritos, tanto no Ministério do Planejamento, como na Casa Civil da Presidência da República.

A assessoria parlamentar não só faz o acompanhamento de todas as leis, que tratam direta ou indiretamente aos assuntos ligados à ANMP que tramitam no Congresso, como também tem um olhar atento sobre os Ministérios que afetam a perícia, como Previdência Social, Planejamento, Orçamento e Gestão, Trabalho e a Casa Civil.

A Macropolítica auxilia a Associação no acompanhamento e monitoramento dos poderes Legislativo e Executivo Federal com agendamentos de reuniões e apoio na promoção de encontros entre a Diretoria da ANMP e o público de interesse no âmbito federal. A assessoria política também faz o acompanhamento do Diário Oficial da União em relação a todas as matérias de interesse dos servidores públicos em geral e da perícia previdenciária em particular, encaminhando todas as publicações oficiais sobre o INSS e a carreira do médico perito.

A assessoria parlamentar dá assistência na montagem de estratégias políticas para a categoria, que é fundamental para dar continuidade ao fortalecimento da carreira da perícia médica. Para 2011, um dos principais focos da assessoria parlamentar será o acompanhamento de perto de todos os projetos apresentados pelo deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) que visam mudar radicalmente a estrutura previdenciária e enfraquecer a carreira dos peritos previdenciários. #

Assessoria parlam

entar

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16 ANMP em foco - Dezembro/2010

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17ANMP em foco - Dezembro/2010

O novo estatuto, que foi reformulado através de várias sugestões e propostas via e-mail e fórum permanente, foi votado e aprovado durante a I Convenção Nacional dos Delegados da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social), em Brasília, nos dias um e dois de maio de 2010. A Associação foi fundada em 2004 e durante os anos entre sua fundação e a convenção, o estatuto demandou aprimoramento. Foi feita então, durante o encontro dos delegados, uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) com fim específico de modernizar o estatuto da Associação, para fazer com que ele atenda à realidade de mais de 5.200 filiados que hoje integram a ANMP.

Novo estatuto cria densidade eleitorale garante representatividade paratodos os peritos

Após 90 dias de debates e apresentações de propostas via fórum, as principais sugestões foram compiladas, e só então redigidas para que servissem de proposta inicial para a discussão do novo estatuto, que foi amplamente debatida e votada durante a AGE. Pontos importantes do estatuto foram revisados e modernizados. Para outros pontos polêmicos onde não houve acordo, foi mantido o texto vigente até então.

O ponto mais polêmico da proposta de mudança do estatuto se referia ao processo eleitoral dentro da ANMP. Foi preservado o sistema de representatividade por gerência, mas com ênfase na importância de cada associado individualmente. Somente os

Delegados debatem novo estatuto durante a I Convenção

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18 ANMP em foco - Dezembro/2010

delegados podem representar as Gerências nas AGEs ou AGOs (Assembleias Gerais Ordinárias), mas ele só pode representar sua GEX se tiver a maioria dos votos da Gerência, consubstanciado. O modelo de delegados com representatividade por gerência garante equanimidade a todos os peritos da ANMP, e não deixa de contemplar o modelo defendido por vários associados, de 1 perito = 1 voto.

Na verdade, o novo modelo de eleição está ainda mais democrático e garante a todos os peritos sua representatividade. Pelo atual modelo, a votação para escolha da nova Diretoria e Conselho Fiscal será aberta, por meio eletrônico, dez dias antes do pleito. Todos os peritos deverão votar no âmbito de suas gerências. Os delegados virão a Brasília sem saber o resultado da votação na sua GEX, o que o impedirá de mudar o voto de acordo com a sua vontade, como podia acontecer anteriormente. O delegado tomará conhecimento dos votos de sua GEX,

conferirá o resultado e o homologará. A GEX só terá voto na AGE ou AGO se alcançar o coeficiente eleitoral.

Somente a GEX onde 50% mais um dos sócios participaram da eleição terá seu voto computado. Na prática, foi criada a densidade eleitoral. Uma gerência com 90 associados, mas que só 15 votaram, não alcançou a densidade eleitoral para ter seu voto computado. A partir de agora, é fundamental a mobilização em cada GEX, para fazer com que cada perito vote. O resultado do novo modelo garante que a eleição ocorra em primeiro lugar, se a densidade eleitoral de 50% mais um dos peritos for alcançada. O objetivo foi impedir que uma minoria decida pela maioria os rumos da categoria.

Apesar de garantido o modelo de 1 perito = 1 voto, a representatividade do delegado foi preservada, bem como o equilíbrio entre as Gerências. São Paulo, o estado com maior número de filiados e de gerências,

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19ANMP em foco - Dezembro/2010

tem 23 votos, enquanto que estados com menos filiados e apenas uma Gerência, como Piauí e Alagoas, contam com somente um voto. Apesar desta diferença, todos os peritos estão representados e os seus votos, apresentados pelos seus delegados, têm peso e importância.

Em relação ao antigo estatuto, houve grandes avanços em questões como direitos sociais dos filiados, dos deveres dos associados, da representação judicial e do poder conferido à Assembleia Geral. O novo estatuto avança também na questão da

criação dos departamentos da ANMP, que já existem na prática, mas não eram previstos estatutariamente. A exemplo, as criações dos departamentos de Ética, Técnico-Científico, Comunicação e Delegados. O funcionamento e metodologia dos departamentos deverão ser definidos no Regimento Interno da ANMP.

Ficou definido ainda no novo estatuto que, a partir da eleição de 2011, a Diretoria Executiva terá mandato de dois anos, podendo haver apenas uma reeleição consecutiva ao cargo de qualquer um de seus membros, conjunta ou individualmente. #

Delegados votam novo estatuto durante a I Convenção

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MEP: a autonomia do ato médico não tem preço

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21ANMP em foco - Dezembro/2010

ponto”, afirma o juiz André dos Santos na decisão. “Pelo exposto, NÃO ACOLHO os embargos de declaração interpostos, mantendo a sentença nos seus exatos termos”, encerra a decisão

Iniciado em primeiro de outubro de 2009, o Movimento pela Excelência foi idealizado por peritos, colocado em prática sob o olhar da Diretoria da ANMP e surgiu da insatisfação da perícia médica diante das pressões sobre a categoria, as altas cobranças, a baixa remuneração e a falta de estrutura para um bom desempenho de suas funções. O seu objetivo principal é traçar novos rumos para a perícia. O movimento não tem o prazo para acabar, não é paredista e não se presta a barganhas. Ele consiste na incessante busca pelo fim da pressão e pelo total apoio aos serviços prestados pelo médico perito à sociedade.

O MEP resultou na maior vitória para a perícia médica previdência em particular e para a classe médica em geral. O juiz Gustavo do Santos, da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, concedeu a liminar pedida pela ANMP que declarou a legalidade do Movimento pela Excelência do Ato Médico Pericial. Em sua decisão, que sustenta o MPE até hoje, o juiz afirma que o INSS deveria ser a primeira autarquia a preservar a qualidade da perícia médica, inclusive para evitar possíveis fraudes contra o órgão ou os possíveis erros de avaliação por parte de seus servidores médicos.

O Movimento pela Excelência e Autonomia do Ato Médico Pericial já se consolidou como uma das mais vanguardistas e vitoriosas iniciativas da classe médica brasileira, em especial da categoria dos peritos médicos previdenciários. No seu primeiro ano de existência, foram proferidos vários pareceres de Conselhos Regionais de Medicina, um parecer do Conselho Federal de Medicina (Parecer 01/2010) e duas decisões judiciais que garantem a legalidade do Movimento e impedem qualquer retaliação por parte do governo.

Agora, depois de um ano de luta, em decisão proferida no dia 14 de dezembro de 2010, a Justiça Federal confirmou a legalidade do Movimento pela Excelência e autonomia do Ato Médico Pericial. Ao rejeitar todos os embargos de declaração interpostos pelo governo, o juiz Gustavo André Oliveira dos Santos, da 13ª Vara de Justiça Federal, manteve a decisão liminar e reiterou a legalidade do MEP.

Em sua decisão, o juiz rejeita os argumentos do INSS de que o MEP representa uma medida deliberada para baixar a média de atendimentos, tornando-se um “possível comportamento fraudulento dos servidores”. Segundo o juiz, esta prática, “de forma alguma, repito, encontra escudo na emanação do Poder Judiciário consubstanciada na sentença (inicial que garantiu a legalidade do MEP). Por tais razões, também não há que se falar em omissão ou contradição de

Conselho Federal de Medicina

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22 ANMP em foco - Dezembro/2010

Na tentativa de assegurar a plena atividade dos peritos nas agências do INSS e adequar a categoria aos preceitos do Movimento pela Excelência e Autonomia do Ato Médico Pericial, a ANMP divulgou uma série de protocolos que devem nortear o trabalho da perícia. Foram passadas orientações aos associados e delegados para que verifiquem as condições sanitárias, de segurança e de infraestrutura das APSs e em caso de serem constatadas irregularidades, que elas sejam notificadas aos órgãos responsáveis por meio de ofício solicitando uma visita de inspeção.

Vale lembrar que este acompanhamento deve ser mantido à risca sempre pela categoria. Para solicitar as vistorias, o delegado deve emitir ofício citando possíveis irregularidades e usando o CNPJ da ANMP no ofício junto a instituições como CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), Corpo de Bombeiros e Saúde Pública, com vistas a verificar se o local de trabalho dos peritos médicos atende aos requisitos de engenharia, saúde e segurança, para proporcionar uma satisfação social da prestação dos serviços públicos periciais.

Não há hoje no país uma única instituição de defesa dos interesses do cidadão, uma entidade de classe médica ou outras entidades representativas dos servidores públicos que não apóiem ou aplaudam a nossa iniciativa. Além de CFM e CRMs, o FONACATE (Fórum Nacional de Carreiras Típicas do Estado), entidade à qual é filiada a ANMP, penhorou o seu apoio ao Movimento pela Excelência do Ato Médico Pericial.

Para levar o Movimento de Excelência para mais perto de seus associados, a diretoria da ANMP tem promovido quase que semanalmente encontros locais. Já foram visitadas as GEX de Natal, Belo Horizonte, Florianópolis, Rio de Janeiro, Campinas, Salvador, Vitória, Campina Grande, Guarulhos e, por mais de uma vez, São Paulo capital, onde com certeza o Movimento tem maior adesão e justamente por isso maior resistência por parte do INSS.

Apesar da relutância, até mesmo o governo já reconhece a importância e relevância do MEP. Um exemplo disso é o novo SIBE (Sistema Integrado de Benefícios), que entrará em vigor em breve em substituição ao ultrapassado SABI. Os critérios de exigência para a produção de um laudo no novo sistema contemplam as reivindicações da categoria em relação à excelência na elaboração de um laudo médico pericial

Através do caminho mais longo e sofrido para qualquer brasileiro, a busca pelos direitos dos peritos na justiça tem sido a melhor opção da categoria. O departamento jurídico tem apoiado a ANMP nas questões judiciais, esclarecendo os efeitos das ações do INSS. O departamento jurídico foi crucial no encontro na GEX Salvador, onde o INSS tem contratado médicos terceirizados. A ANMP tem atuado de forma incisiva, protocolizando ofícios à presidência do INSS e ao Ministério Público Federal, denunciando a má gestão e a falta de objetividade na contratação de médicos terceirizados em todo o país. #

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Cronologia do MEP

DATA 01/10/2009 Início do Movimento pela Excelência do Ato Médico Pericial

1ª Reunião da CREMEX (Comissões Regionais do Movimento pela Excelência) Movimento pela Excelência ganha apoio da ANPR

03/09/2010 CFM reitera apoio à perícia médica previdenciária

06/10/2010 ANMP debate terceirização e falta de segurança com PGR

18/10/2009

Movimento pela Excelência ganha apoio da Associação dos Delegados da Polícia Federal

19/11/2009 Movimento pela Excelência ganha apoio do FONACATE

25/11/2009 Perícia faz Movimento por Excelência

04/12/2009 Justiça garante legalidade do Movimento pela Excelência

16/12/2009

Decisão do TRF em recurso do INSS garante Movimento pela Excelência

14/01/2010 CFM reconhece o direito da perícia à autonomia do ato médico

Durante todo o ano de 2010

Conselhos Regionais de Medicina do Acre, Rondônia, Goiás, Rio de Janeiro, Pará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo deram o seu apoio ao Movimento pela Autonomia e Excelência do Ato Médico Pericial

Dezembro de 2010 Justiça Federal reitera a legalidade do MEP

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MI 992: uma importante vitória judicial

Sempre seguindo o caminho vitorioso nas ações judiciais, a ANMP conseguiu em maio de 2009 uma importante conquista jurídica no STF (Superior Tribunal Federal) a favor da perícia médica previdenciária. A Ministra Ellen Gracie julgou procedente o pedido formulado pela Associação para computar o tempo de serviço, na qualidade de servidores públicos expostos a condições insalubres, como especial, à razão de 1,4 para homens e 1,2 para mulheres.

A decisão resultou no sentido em que os peritos médicos previdenciários, associados à ANMP, poderão se aposentar com 25 anos de serviço, regra geral da aposentadoria especial, e não mais com 35 ou 30 anos de contribuição para homens e mulheres, respectivamente.

Apesar da vitória já ter quase dois anos, o INSS não regulamentou a questão. A Previdência já reconhece que até 1995 a contagem de tempo especial será aplicada; para os demais peritos ainda não há concenso dentro da Casa para a aplicação do que

determina o MI 992. Devido às inúmeras dúvidas suscitadas pelos seus filiados, a ANMP solicitou uma nota jurídica atualizada em relação à matéria.

I – Da manifestação do INSS quanto aos requerimentos administrativos

A decisão proferida no Mandado de Injunção nº 992 determinou que fosse aplicado o art. 57 da Lei nº 8.213/91 para a concessão de aposentadoria especial dos peritos médicos previdenciários filiados à ANMP.

Como a aposentadoria especial para os peritos médicos é assunto inédito, fez-se necessária a regulamentação da forma de concessão da aposentadoria especial pela Administração Pública, mediante a Orientação Normativa SRH/MPOG nº 6, de 21 de junho de 2010, revogada pela Orientação Normativa SRH/MPOG nº 10, de 5 de novembro de 2010, e a Instrução Normativa SPPS nº 1, de 22 de julho de 2010.

Para forçar o INSS a se manifestar, é possível recorrer à via judicial. Nesse sentido,

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Ministra Ellen Gracie reconhece direito da perícia à aposentadoria especial

o escritório Torreão Braz Advogados está trabalhando na análise da melhor estratégia para o atendimento dos interesses dos peritos médicos.

Cumpre consignar que o ajuizamento de ação que pretenda a manifestação do INSS acerca dos requerimentos de aposentadoria especial e a declaração de inexigibilidade de Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, LTCAT, terá remota chance de êxito, porquanto a jurisprudência pátria determina que não cabe ao Poder Judiciário se imiscuir na seara da Administração Pública, exceto quanto ao exame de legalidade dos atos dessa.

Realmente, como a exigência de LTCAT ou de outro documento que comprove as condições especiais de trabalho foi determinada pela Administração Pública, na Instrução Normativa SPPS nº 1 e na Orientação Normativa SRH/MPOG nº 10, é baixa a probabilidade de o Poder Judiciário determinar a prescindibilidade desses documentos sem a comprovação de que tal obrigação é inexequível.

Logo, para a instrução de ação judicial com o fim de garantir a contagem especial

de tempo de serviço sem a apresentação dos documentos exigidos na Instrução Normativa SPPS nº 1, mostra-se oportuna a manifestação formal do INSS acerca da inexistência ou da impossibilidade de produção de LTCAT ou de documento análogo.

Ante tal necessidade de manifestação do INSS, é imperioso que os peritos médicos formulem requerimentos administrativos com pedido de apresentação de LTCAT ou de documento análogo e, sucessivamente, caso não sejam disponibilizados tais documentos, com o pedido de apresentação de certidão acerca da inexistência ou da impossibilidade de apresentação dos referidos documentos.

Com a manifestação do INSS acerca do deferimento ou indeferimento da contagem especial e da impossibilidade de produção de laudo que ateste condições de trabalho pretéritas, haverá provas suficientes da impossibilidade de cumprimento da exigência determinada no art. 7º da Instrução Normativa SPPS nº 1 e, consequentemente, maior chance de êxito em eventual ação judicial que tenha por fim afastar a exigência de LTCAT.

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II – Da legislação acerca da exigência de comprovação da condição especial de trabalho

Cumpre esclarecer que a redação do § 3º, artigo 57, da Lei nº 8.213/91 foi introduzida pela Lei nº 9.032/95. Antes dessa modificação, inexistia a exigência de comprovação da prestação do tempo especial, por meio de laudos técnicos, perícias, formulários ou outros documentos. Bastava apenas a comprovação de que o trabalhador exercia atividades relacionadas àquelas previstas em regulamento como ensejadoras da aposentadoria especial.

Até a publicação da Lei nº 9.032/95, o enquadramento do tempo especial para fins de aposentadoria se dava por presunção. Nessa época, bastava a comprovação de que o trabalhador efetivamente laborou em alguma das atividades relacionadas em regulamento para o reconhecimento do seu direito à aposentadoria especial, ou então bastava que comprovasse, por meio de perícia, que a despeito de a atividade não estar incluída no regulamento, ele fazia jus à aposentadoria especial em face da nocividade do labor exercido.

Por isso é que, até 28 de abril de 1995, a Instrução Normativa SPPS nº 1 não exige a prova das condições especiais de trabalho mas, tão somente, i) a ocupação de cargo público em que se exerça funções análogas às profissões presumidamente insalubres, ou ii) a demonstração de exposição aos agentes nocivos relacionados em regulamento – no caso de profissões não previstas nos anexos dos Decretos nº 53.831/64 e nº 83.080/79.

Em 5 de março de 1997, foi publicado o Decreto nº 2.172, que aprovou o novo Regulamento dos Benefícios da Previdência Social e estabeleceu, em seu Anexo IV, uma relação de agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade física que ensejariam a aposentadoria especial. Logo, a partir da referida data, foi determinada a necessidade de comprovação da efetiva exposição aos agentes insalubres.

Como se vê, a exigência de laudo para a comprovação da condição especial a partir de 1997 decorre de exigência legal. Em razão

disso, ao interpretar a situação de cada perito médico para a concessão de aposentadoria, na hipótese de ação judicial, o juiz deverá fazê-lo à luz dos diplomas legais descritos.

Entre 6 de março de 1997 e 6 e de maio de 1999, o enquadramento da atividade passou a ser regido pelo Anexo IV do Decreto nº 2.172. Esse período teve termo com a edição do atual Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.

Finalmente, a partir de maio de 1999, passou a valer o rol dos agentes nocivos relacionados no Anexo IV do Decreto nº 3.048/99.

A evolução legislativa descrita resultou em maior detalhamento dos requisitos para a configuração da condição especial de trabalho.

Por conseguinte, ainda que as condições de trabalho dos peritos médicos não tenham sofrido modificações desde 1995, o detalhamento trazido pelas mudanças na legislação sobre o assunto impede conceituações amplas e abrangentes e, consequentemente, dificulta o reconhecimento da contagem especial de tempo de serviço.

Por fim, repisa-se que foi disponibilizado um e-mail ([email protected]) para que os filiados possam encaminhar seus questionamentos e para que possam entrar em contato com o referido escritório, conforme o interesse de cada um em realizar uma consultoria jurídica sobre o tema.

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Consultoria jurídica atende mais de 700 associados

Um marco importante da AMNP, sob o comando da atual Diretoria, foi a criação da consultoria jurídica em junho de 2009. O serviço é oferecido de forma gratuita a todos os associados. Sempre atenta aos interesses dos médicos periciais, a Associação interveio por meio dessa consultoria, na representação processual de alguns filiados, nos casos em que as medidas judiciais de natureza individual têm repercussão sobre toda a categoria.

As inserções judiciais ocorreram especialmente nos casos em que os peritos médicos se viram agredidos ou tiveram seus direitos cerceados em consequência de conduta questionável da Administração Pública. Algumas das medidas judiciais propostas pela consultoria jurídica tiveram como ideia principal forçar o INSS a ver a realidade das condições precárias de

trabalho a que a categoria está submetida. Hoje, a consultoria jurídica da ANMP está empenhada em derrubar paradigmas que repercutem direta e indiretamente sobre a categoria dos peritos médicos, como exemplo, a atuação em ações por danos materiais e morais contra o INSS e a favor do associado que foi esfaqueado na agência em Santos (SP).

Desde a sua criação, a consultoria jurídica já conseguiu responder a mais de 700 consultas institucionais dos filiados à ANMP sobre a careira médica pericial. Além de auxiliar em ações individuais de relevância para a categoria, a consultoria jurídica da ANMP também tem atuado de modo a responder aos mais diversos questionamentos de natureza jurídica dos seus associados por meio de consulta via site ou e-mail. #

Consultoria jurídica

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Diretoria investe no fortalecimento dos delegados

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Com o objetivo de mobilizar, unir e informar a perícia médica previdenciária a ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) tem promovido anualmente encontros regionais, que reúnem os delegados das várias regiões do país, com os integrantes da Diretoria e do Departamento Jurídico da Associação. Os encontros abrem espaço para que os delegados falem sobre as necessidades e a realidade de suas Gerências.

O momento é utilizado para a troca de experiências, fazendo também uma avaliação da situação da perícia médica em geral. Em 2009, mais uma meta da atual Diretoria foi cumprida, com a entrega de aparelhos celulares aos delegados, para uso junto aos associados de suas gerências e à Diretoria. Outro avanço na comunicação entre os delegados foi a criação do fórum permanente e exclusivo na área restrita do site, se tornando um canal direto entre todos os delegados e menos exposto, já que toda a categoria sabe que a cúpula do

INSS acompanha atentamente o fórum da ANMP. Os canais exclusivos servem para preservar as informações que devem ser repassadas diretamente dos delegados para os associados.

Ainda objetivando aproximar a Diretoria dos peritos em cada GEX e ouvir os problemas da categoria, estão sendo realizadas reuniões locais, além das tradicionais Reuniões Regionais com os Delegados. Esta nova modalidade de encontro conta com a participação do departamento jurídico, que atua para dirimir as dúvidas dos peritos em relação às questões judiciais pertinentes à categoria. As reuniões têm como temas principais, além dos problemas apontados pelos colegas em cada gerência, a terceirização e reestruturação da carreira e o Movimento pela Excelência e Autonomia do Ato Médico.

Apesar da importância dos encontros regionais e locais, a Diretoria da ANMP aponta como a grande inovação desta

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gestão a realização, ainda em 2010, da I Convenção Nacional de Delegados. Durante dois dias, em regime de imersão em Brasília, 74 delegados debateram exaustivamente temas como jornada de trabalho, o SISREF, a campanha salarial, o Movimento pela Excelência e o planejamento estratégico da categoria. Também, nesse mesmo encontro, foi aprovado o novo estatuto. Como resultado da Convenção, foi protocolizado um ofício ao então ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, contendo a síntese das discussões ocorridas durante a reunião.

A Diretoria pretende sempre melhorar a comunicação e fortalecer os delegados. Somente com delegados legitimamente eleitos e atuantes a categoria estará bem representada. Os delegados são a força maior da perícia médica ao comporem as AGEs (Assembleias Gerais Extraordinárias) e AGOs (Assembleias Gerais Ordinárias).

Todo o poder decisório da ANMP está nas mãos dos delegados que aprovam, desde a prestação de contas da Associação até suas ações políticas mais importantes, como a decretação de movimentos paredistas.

São os delegados que, ao retransmitirem fielmente os anseios de suas bases, podem dar o retrato preciso da situação da perícia em cada uma das Gerências do país. Com esta atuação isenta, imparcial e objetiva, os delegados garantem, ao espelhar os anseios de suas Gerências, a injustamente reclamada representação por meio de um perito, um voto. Quando o delegado traz a correta votação de sua Gerência, cada perito individualmente expressou por meio do escrutínio realizado no âmbito da sua Gerência, a sua decisão para os rumos em nível nacional da categoria. #

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Convenção Nacional dos Delegados

Em mais um momento histórico e com a participação de representantes da perícia médica previdenciária de todo o Brasil, a ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) realizou entre os dias primeiro e dois de maio a sua I Convenção Nacional de Delegados. O evento, que é o segundo maior promovido pela Associação, ficando atrás apenas do Congresso Brasileiro de Perícia Médica Previdenciária, foi mais uma inovação desta Diretoria. Com participação de 74 delegados, a convenção teve como principal tema da sua pauta a renovação do estatuto da ANMP. Ao final de sua primeira edição, mais de 70% dos delegados presentes aprovaram o evento.

Enquanto os Congressos têm como objetivo aumentar a qualificação dos peritos e suprir a carência da formação profissional que não é dada pela Previdência, a Convenção tem como objetivo uma discussão interna com uma

reformulação político-administrativa da ANMP, cujo mote é o fortalecimento da carreira e da Associação. No encontro, foram realizadas uma AGO (Assembleia Geral Ordinária) e uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária).

Além de aprovar o estatuto, pontos importantes foram tratados no encontro, como jornada de trabalho, o SISREF, a campanha salarial, o Movimento pela Excelência, o planejamento estratégico e a decisão da forma de condução das negociações com o governo. O presidente, Luiz Carlos de Teive e Argolo, reafirmou a necessidade de união da categoria e lembrou a credibilidade e força da perícia médica previdenciária por meio da ANMP, como única representante legítima da categoria, tem junto ao governo e a sociedade.

Durante a Convenção, foi aprovado o primeiro reajuste da mensalidade da Associação em quatro anos. Desde 2006

Balanço convenção

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era cobrado de cada associado R$ 40,00. Na Convenção, este valor foi reajustado para R$ 60,00, valor este abaixo do solicitado pela Diretoria e que continua sendo o menor valor de mensalidade pago por associados de entidades do porte e da estrutura da ANMP.

Na Convenção, foram propostos pela ANMP novos projetos para a perícia, como o Projeto de Capacitação Profissional, a cabo da Dra. Maria Virgínia Eloy (delegada da ANMP em Vitória – ES), que apresentou os temas, considerados em uma primeira avaliação que devem ser o foco de trabalho da perícia, dentre eles: semiologia, legislação previdenciária, competência da perícia. O Projeto da Webconference apresentado pretende aproximar ainda mais a Associação de suas bases e o Projeto do III Congresso Brasileiro de Perícias Médicas Previdenciárias, que ocorrerá em 2011 no Rio de Janeiro.

Após a apresentação dos projetos e metas, a palavra foi dada aos delegados;

foram relatados os problemas enfrentados em suas Gerências, onde se pôde constatar que a realidade vivida pelos peritos em cada uma das 100 Gerências do INSS é diferente. Enquanto algumas informam viver em “o paraíso da Previdência”, como Araçatuda (SP) ou São José dos Campos (SP), outras enfrentam problemas para enfrentar a luta contra as fraudes, como a agência da GEX Duque de Caxias (RJ).

A violência recrudescente contra a perícia em todo o país, o congelamento da GDAPMP e o esvaziamento dos quadros na maioria das Gerências foram problemas também abordados. Após a convenção, a ANMP protocolizou documento junto ao Ministério da Previdência, direcionado ao Ministro Carlos Eduardo Gabas, contendo a síntese das discussões ocorridas durante Convenção. O documento apresentou as principais reivindicações da categoria. #

Delegados aprovam as contas da ANMP

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Com o intuito de fortalecer cada vez mais a ANMP, a presente Diretoria tem angariado respeitáveis apoios, de vários Sindicatos Médicos, Conselhos Regionais de Medicina, como também do CFM (Conselho Federal de Medicina), sempre apoiando a sustentação do Movimento pela Excelência do Ato Médico Pericial e no esclarecimento junto à sociedade sobre o papel da perícia. Esta manifestação pública de adesões as ideologias do MEP são de suma importância para ANMP, pois reiteram a força da única representante legal da categoria dos médicos peritos.

Em resposta ao documento de consulta sobre normas e procedimentos impostos pelo INSS à perícia medica, que foi encaminhado ao CFM pelo Diretor-Presidente da Associação, Dr. Luiz Carlos de Teive e Argolo, o Conselho confirma que o perito médico deve rejeitar pressões de qualquer natureza ou origem que procurem interferir em seu ofício. Ainda em

ANMP aprofunda relações institucionais

janeiro de 2010, o Conselho aprovou o Parecer 01/2010, que determina a legitimidade e o direito da perícia à autonomia do ato médico.

Já em março de 2010, o CFM promoveu o Encontro Regional de Medicina de 2010, que contou com a presença do presidente da ANMP e onde foi incluída na pauta o tema perícias médicas. Foram debatidas perícias judiciais, previdenciárias e as demais perícias por profissionais médicos em todo o país, sendo o maior destaque para a perícia previdenciária, única área de atuação pericial a ter carreira e lei próprias.

Os CRMs têm sido parceiros importantes na luta pelo reconhecimento do Movimento pela Excelência. Os Conselhos têm acatado as solicitações dos peritos médicos e têm promovido vistorias nas condições de trabalho da perícia previdenciária, como, por exemplo, as vistorias feitas pelos CRMs do Pará, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Acre

Relações institucionais

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nas agências da Previdência Social dos seus respectivos estados. Os auxílios prestados pelos CRMs tentam garantir a tranquilidade e legalidade que a perícia necessita para o exercício de suas funções.

No primeiro momento de instalação do MEP, ainda em outubro de 2009, a ANMP também procurou o apoio da FENAM (Federação Nacional do Médicos). Desde o início, a Diretoria da Federação deu seu apoio ao Movimento pela Excelência. A ANMP, apesar de contar com o apoio da FENAM também em outras questões, foi obrigada, devido a uma interferência indevida do governo, a impedir que a Federação assumisse o comando das negociações com a Previdência durante a greve da categoria, encerrada em setembro de 2010 por decisão judicial.

De modo inclusivo, o ministro da Previdência tentou deliberadamente utilizar a força e o prestígio da FENAM para desqualificar a representação da ANMP. A Diretoria da

FENAM, em sua reunião plenária, recebeu em São Paulo os representantes da ANMP, reconheceram a legitimidade da Associação para a representação da perícia, mantiveram seu apoio à causa pericial e se retiraram da mesa de negociação criada pelo governo, gesto no qual a perícia reconheceu a grandeza da FENAM.

Ainda em relação ao MEP, a ANMP angariou apoio junto à ADPF (Associação dos Delegados da Polícia Federal). O FONACATE (Fórum Nacional de Carreiras Típicas do Estado), entidade à qual é filiada a ANMP, também penhorou o seu apoio ao Movimento pela Excelência do Ato Médico Pericial. Foi publicada em seu site uma notícia explicando o que é o Movimento e prestando o apoio do Fórum à Associação. O Fórum tem acompanhado atentamente todos os movimentos da perícia e também deu seu apoio à legitimidade da pauta de reivindicações da categoria que deflagrou o movimento grevista. #

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Uma verdadeira revolução adminis-trativa. Assim pode ser classificado o trabalho desta Diretoria em relação à modernização administrativa da ANMP (Associação Nacional do Médicos Peritos do INSS). Ao ser fundada em 2004, a Associação estava sediada em uma acanhada sala alugada, de menos de 30 metros quadrados. Hoje, a ANMP localiza-se em um patrimônio próprio, com mais de 275 metros quadrados.

A sede está avaliada em mais de dois milhões de reais, sendo um bem que teve valorização muitas vezes superior a qualquer aplicação que pudesse ter sido feita com os recursos associativos, o que garante maior segurança para continuar lutando pelas melhorias das condições do exercício da carreira dos seus associados.

A ANMP passou seus primeiros anos funcionando com apenas dois funcionários para atender a uma média de dois mil associados. Hoje, a Associação conta com a estrutura física necessária para atender aos mais de cinco mil e duzentos peritos filiados. A ANMP tem, hoje, uma equipe de seis servidores contratados e uma equipe de prestadores de serviços da área de comunicação social, assessoria parlamentar e dos departamentos jurídico, contábil e auditorial, contando também com duas prestadoras de serviços na área de informática, uma para manter a estrutura de rede e outra para construção e manutenção do site.

A evolução administrativa possibilitou a criação de novos departamentos, aprovados no estatuto reformulado. Com

Balanço adm

inistrativo

Evolução administrativa: mais uma vitória da ANMP

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36 ANMP em foco - Dezembro/2010

vários instrumentos de comunicação, a ANMP dispõe de um contato direto do associado com a Diretoria, contando com um novo site, atualizado diariamente, com o fórum aberto a sugestões e reclamações dos peritos associados e tem um serviço de mala direta para divulgação dos nossos avanços e o destaque na área de comunicação, a revista ANMP em foco, que na sua criação, em fevereiro de 2007, contou com uma tiragem inicial de cinco mil exemplares, hoje tem oito mil revistas distribuídas.

Com o crescimento e a eminente necessidade de atuação no Congresso Nacional, a empresa Macropolítica faz assessoria na montagem estratégica de atuação e recomendação de ações em relação aos temas de interesse da ANMP.

Para maior transparência das movimentações da Associação e demons-

trando todos os meses o balancete das contas no site, com planilhas claras e de fácil entendimento, hoje há um maior controle, também, sobre os inadimplentes. Outro avanço importante na administração foi a contratação de uma empresa de gestão patrimonial para fazer o tombamento dos bens da ANMP. O sistema permite não só controlar o valor de cada móvel que tem na ANMP, como também onde ele está sendo utilizado. Dentro desse processo, para qualquer transferência dos móveis, é necessária a autorização do departamento financeiro com o aval da Diretoria.

A ANMP, junto com sua equipe de profissionais, está cada vez mais unida para lutar pelo que realmente importa à categoria, a meta continua sendo o reconhecimento de nossa importância como carreira típica de Estado. #

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Balanço reuniões locais

Mais uma experiência de sucesso da atual Diretoria da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos). As reuniões locais anseiam pelo fortalecimento e união da carreira dos peritos médicos. Até o momento, a Diretoria da Associação já participou de reuniões locais com peritos de Belém (PA), Vitória (ES), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Guarulhos (SP) e Campinas (SP). Os encontros promovidos nas Gerências, com o apoio e participação da Diretoria, contam também com a presença de representantes do Departamento Jurídico da Associação.

As reuniões locais são extremamente produtivas e buscam a união na base da perícia. Sempre com discussões de todos os assuntos relevantes para a categoria como: jornada de trabalho, autonomia do ato médico pericial e negociações com o governo, os associados têm a oportunidade de narrar à Diretoria a realidade vivida por eles nas agências de atendimento do INSS. Esse tipo de ocorrência é uma evolução na administração da associação.

As reuniões locais abrem diálogo direto entre peritos e a Diretoria, e um exemplo disto foi a reunião com os peritos baianos, onde o principal assunto foi a contratação por parte do INSS de médicos terceirizados,

Perícia unida por um futuro melhor

lotando-os onde comprovadamente não há necessidade e transferindo os médicos do quadro à revelia, para agências mais distantes, com agenda fraca, como forma de retaliação contra a categoria. Vale lembrar que alguns acordos locais são válidos, quando fechados dentro da legalidade e pelo bem coletivo. A Diretoria rejeita os acordos “espúrios” que visam benesses pessoais e prejudicam a categoria como um todo.

A ANMP convida a todos para participarem mais ativamente das reuniões locais, já que em muitas Gerências, como em Guarulhos, de sessenta e um sócios da ANMP, somente oito compareceram à reunião com a Diretoria. A ausência prejudica o intercâmbio de informação e a luta pela melhoria das condições de trabalho específica para cada Gerência.

A ANMP está trabalhando sem parar pela carreira dos médicos peritos. Os diretores estão à disposição para visitar todas as Gerências que tomarem a iniciativa de organizar os encontros. Essa é mais uma forma de organizar o fortalecimento da carreira dos médicos previdenciários. A Diretoria conclama a todos para que trabalhem com a ANMP na busca de um futuro melhor com dignidade para os peritos. #

Reunião local em Salvador (BA)

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Mais atentos e atuantes do que em qualquer outro momento da história da ANMP, os seus associados exigiram e tiveram um aumento quantitativo e qualitativo no seu Departamento de Comunicação. Nunca antes foram publicados tantos comunicados, tantas matérias, divulgando passo a passo todas as ações da Diretoria e da Associação como um todo. Foram quase 200 comunicados, entre área interna, externa e mailings distribuídos aos associados nos últimos dois anos, o que dá uma média de dois comunicados semanais.

Além de investir na comunicação direta com os associados por meio de comunicados e mailings, a Associação procurou também melhorar o site, mudando de empresa prestadora de serviços, aprimorando a ferramenta e tentando atender, da melhor forma possível, às sugestões e solicitações da categoria.

Crescimento da comunicação aproxima a perícia

Bal

anço

com

unic

ação

Um exemplo disto foi o avanço promovido no fórum. Muitos associados queriam ver as postagens por ordem de publicação, outros queriam ver as postagem pelo seu “Ibope”, isto é, ter acesso primeiro às mensagens mais lidas e com maior número de respostas. Outros associados preferiam ver em primeiro lugar as mensagens por assunto ou por autor.

Em uma ferramenta só foi permitido a cada um dos peritos que determine o formato do “seu” fórum, isto é, cada um pode determinar agora como será a leitura do fórum de acordo com sua preferência. Outro fator importante foi o fim do uso dos “ups” para mascarar a popularidade de um post. Agora, todos os associados sabem exatamente quantas pessoas leram uma mensagem e quantas responderam à mesma.

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Ainda com o objetivo de melhorar a comunicação entre a ANMP e seus associados, várias vezes foi solicitado a todos que atualizassem seus dados cadastrais junto à Associação. Neste sentido, foram disparados mailings, malas diretas, avisos no site, com o objetivo sempre de garantir que as informações, principalmente os comunicados e a revista ANMP em foco cheguem às mãos dos filiados da ANMP.

Ao falar da revista, não podemos deixar de ressaltar seu crescimento quantitativo e qualitativo. Ao ser criada, em 2007, a ANMP em foco saiu em sua primeira edição com uma tiragem de cinco mil exemplares, com menos de 50 páginas, em papel de gramatura inferior, sendo uma revista grampeada, não canelada. Atualmente, são oito mil exemplares, em papel de gramatura superior, com uma média de mais de 50 páginas por

revista, que tem como foco a informação de fatos realmente relevantes para a categoria e principalmente artigos científicos.

A ANMP em foco é um espaço aberto a todos os associados para escreverem, publicarem matérias de interesse científico e técnico da perícia médica previdenciária. Mais uma vez, esta Diretoria convida a todos os seus associados a contribuírem com material para esta revista que chega às mãos de todos os peritos, sejam eles associados ou não da ANMP.

O Departamento de Comunicação da ANMP cresceu. De uma única assessoria de imprensa contratada por meio de prestação de serviços, a Associação passou a contar com os serviços de uma revisora profissional para a revista, um diagramador, uma estagiária em jornalismo e a proposta é desenvolver novos projetos junto aos filiados. #

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Análise da aplicabilidade dos testes visuais psicofísicos comomeio de prova em perícia médica

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Este artigo foi adaptado de parte do trabalho de conclusão do curso de Pós-Graduação Latu-Sensu em Perícia Médica “TESTES DE VISÃO e PERÍCIA MÉDICA - análise dos testes visuais psicofísicos como meio de prova em perícia médica” – 2010 – Universidade Gama Filho / Fundação Unimed.Autor: ADRIANO R. TOLEDO, titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia,Perito Médico no MPS/INSS e pós-graduado em perícia médica. Contato: [email protected]

Subjetividade nos testes visuaisNão é incomum na perícia nos vermos

diante de um relatório oftalmológico apresentando medidas de acuidade visual e outras de natureza completamente subjetiva. Porém, é comum não ser dada a atenção devida para o potencial viés na informação e produção pericial daqueles dados.

O termo teste visual é aplicável a um procedimento médico onde a participação do examinado, que responde às demandas do especialista durante o teste através de palavras ou sinais, é essencial e decisiva para o resultado pesquisado ou anotado: a função mental interage diretamente com o estímulo para a formulação de uma resposta e, portanto, a psique interfere na aferição de tais testes, conforme Seth e outros, citado por Airton, Schor e Carvalho (2008).

Em oftalmologia, “os métodos de exame objetivos estudam o olho como componente do corpo e os subjetivos como órgão sensorial, cujas funções se examinam com a colaboração do paciente” (Leydhecker e Sampaolesi, pág. 21, 1981). Daí o fato de que o examinador depende da colaboração verbal ou sinalizada

do examinado para obter o resultado do fenômeno pesquisado, e então registrá-lo.

Os exames objetivos não são denominados de testes, e não necessitam da resposta do examinado – apenas de pequena colaboração, que se restringe, geralmente, no estudo do sistema visual, a permanecer com o olho aberto, piscar pouco e/ou com a cabeça imóvel. Os testes psicofísicos não podem ser substituídos pelos objetivos, e quando isto é tentado, eles apenas estimam valores que pertencem a parâmetros sensoriais que não podem ser quantificados (Zinkernagel e Mojon, 2009, pág. 756).

Leydhecker e Sampaolesi (1981) citam como exames subjetivos a acuidade visual, o campo visual, o sentido das cores e o exame da adaptação luminosa.

Walsh (1998), com foco em um exame pericial especializado, menciona o teste da refração com uso de ciclopégicos, o teste com verde-vermelho, o teste optocinético e o teste do espelho. Há ainda outros testes subjetivos cujo uso está muito pouco associado à rotina da perícia médica. As características destes testes são apresentadas na dissertação, não

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aqui. Este artigo objetiva trazer à discussão a validade do uso de testes visuais como meio de prova na perícia médica, abordando conceitos na área do direito (pois trataremos da matéria prova pericial) e aspectos da psicofísica (a natureza intrínseca) dos testes visuais.

Quais os fundamentos prováveis na sua história clínica? Para fins explicativos, separamos a perícia da segurada Maria da Silva, de raça caucasiana, 45 anos, realizada em um instituto de seguridade, em agosto de 2008. Sobressaía sua queixa de baixa visual tanto de longe quanto de perto, iniciada há quatro anos. Esta redução visual lhe impediria de ver o necessário no trabalho. Levantamos que trabalha há 10 anos em uma granja de aves, sendo responsável pela seleção de ovos que vão para incubação. Da descrição do ambiente de trabalho, esclarece que a câmara

de seleção de ovos utiliza muitas lâmpadas fluorescentes tipo ‘luz do dia’. A seleção do produto deve ser a mais precisa possível. O ambiente, portanto, receberia muita luz. Nega que utilize óculos de policarbonato ou outro com filtro para bloquear raios ultravioleta da lâmpada citada. Maria relatou que usava óculos de grau e deixou de usá-los. O relatório de seu médico oftalmologista assistente era de 2006, e apontava uma acuidade visual corrigida de 20/30 em ambos os olhos e J2 (para perto), com lentes multifocais. Além da descrição já referida quanto à AV, não apresentou laudo posterior com novos dados. No exame físico, a ectoscopia da face revelava melasmas acastanhados na região zigomática e adjacências. Não havia alterações nos movimentos dos músculos extrínsecos oculares. O exame desarmado do segmento externo ocular, incluindo pupilas,

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não distinguiu alterações. O exame da acuidade visual, biomicroscopia anterior, tonometria e fundoscopia não foram realizados, pois nas salas de perícia do instituto da segurada não existem equipamentos para sua execução.

Dentre as hipóteses diagnósticas, temos a presbiopia não corrigida – uma condição reversível com adequada prescrição; e uma irreversível, a lesão macular pela superexposição à luz ultravioleta – que embora esperada em faixa etária superior poderia ter sido precipitada pelo ambiente de trabalho.

Tanto na primeira quanto na segunda hipótese, a deficiência de meios tanto para exames quanto de subsídios em laudos médicos adequados prejudicam uma conclusão satisfatória. Estamos diante de alegações de uma segurada com situação social fragilizada, meios de atendimento médico e de saúde prejudicados, diante do qual o perito médico deve se decidir e emitir um parecer ou conclusão idônea.

Queixas de fundo não-orgânico e prova pericial no cenário da perícia médica, à subjetividade de algumas queixas e também exiguidade de meios propedêuticos disponíveis, adicionam-se situações que podem configurar sintomas sem maior correspondência clínica ou laboratorial de modo que possam ser documentados. Isto

pode vir a constituir o que é chamado de déficit não-orgânico ou perda funcional.

Perda visual denominada de funcional inclui tanto a simulação quanto a queixa de natureza histérica. Ambas têm a mesma abordagem diagnóstica, e o que muda são as razões psicológicas subjacentes do indivíduo (Walsh, 1998, pág. 591). Tanto uma como outra fazem, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – DSM-IV, citado por Mosci (2010), dos Transtornos Somatoformes.

No grupo da simulação está o transtorno factício, ambos considerados como conscientes. A histeria, no grupo dos inconscientes, juntamente com a somatização, transtorno doloroso e hipocondria, foi equiparada à reação de conversão – Mosci (2010). Contudo, o uso do termo histeria não é pacífico nem substituído calmamente por um único outro. Em nossa breve consideração neste tópico, nos deteremos apenas à histeria e à simulação. Esta última detém maior interesse na área da perícia médica pelo seu poder de massificação diante de certas condições legais favoráveis, conforme comenta França (2004) ao discorrer sobre infortunística. Esta massificação de conduta poderia, pela sua não identificação no sistema previdenciário envolvido, segundo Loeser e Sullivan (1997), “levar à bancarrota [as finanças de] países que não reconheçam

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esta insana [desgovernança] e que não elaborem um sistema de saúde e previdenciário mais eficiente.”

A preocupação de Loeser e Sullivan está presente também em Gräf (1999) ao comentar sobre os achados dos testes visuais psicofísicos, objeto maior de interesse de nossa pesquisa, ao dizer que “o acatamento não ponderado dos achados subjetivos promovem diagnósticos e condução terapêutica inadequados de defeitos cuja natureza é simulada ou histérica”.

Indivíduos diagnosticados como histéricos apresentam resultados de testes visuais eventualmente sugestivos (OHKUBO, 1989, pág. 61). Histeria, na definição de Ferreira (2004), é uma “neurose que se caracteriza pela presença de sinais diversos (paralisias, distúrbios visuais etc.), e que podem ser reproduzidos por sugestão ou por autossugestão”. O termo histeria, contudo, deveria ser evitado: “é melhor não usar o termo histeria na linguagem médica, em virtude de seus vários significados, muitas vezes estigmatizantes” (OLIVEIRA, 2005, pág. 911).

Na décima versão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) da Organização Mundial de Saúde – OMS, os autores enquadram a histeria no grupo F da CID, mais especificamente “F44”, como

“transtornos dissociativos”, sendo comum a este grupo o fato de que “Os sintomas traduzem frequentemente a ideia que o sujeito se faz de uma doença física. O exame médico e os exames complementares não permitem colocar em evidência um transtorno físico (em particular neurológico) conhecido. Por outro lado, dispõe-se de argumentos para pensar que a perda de uma função é, neste transtorno, a expressão de um conflito ou de uma necessidade psíquica” (PESQCID, 2008).

Embora tenhamos utilizado o termo transtorno, Abdalla-Filho (2004, pág. 282) adverte que “não existe consenso sobre o conceito de transtorno, já que este é objeto de consideração não somente do ponto de vista científico ou médico, como também do ponto de vista social, político e jurídico.” O mesmo autor afirma ainda que “Apesar de esse termo não ser exato, ele é usado em todo o CID-10 [...]”.

Ohkubo (1989), Gräf (1999), Gräf e Roesen (2002), Zinkernagel e Mojon (2009), entre outros, têm preferido o termo “psicogênico”, apesar de mais genérico e impreciso, talvez para evitar o estigma vinculado à histeria. Assim, os distúrbios visuais associados com baixa visão de natureza funcional, para diversos autores, compreenderiam estes

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distúrbios psicogênicos e a simulação.Agagston (1944), um capitão médico do

exército dos Estados Unidos da América, já estudava os exageros alegados de baixa visão na sua comunidade militar, estimando-a – de modo pouco fundamentado, esclarece – entre 0,5 a 3 por cento das consultas. Esta sensibilidade para a percepção da simulação não é comum a todos os médicos assistentes. Segundo Duque (2004), “Na clínica, o médico, pelo costume de estabelecer a indispensável relação de confiança, não se preocupa tanto com a possibilidade de estar sendo ludibriado pelo paciente que, inclusive, pode tentar enganar a si mesmo”. Segundo Oliveira (2000), “o paciente que sonega ou acrescenta dados para obter uma licença médica é claramente um simulador”. O professor Genival Veloso (FRANÇA, 2004, pág. 197) comenta sobre o surgimento de um fato que estimulou um “boom” de atitudes neste sentido:

“Com o advento da instituição das leis de acidente do trabalho, concedendo certos benefícios, surgem oportunidades em que, para auferir vantagens, alguns indivíduos alegam perturbações inexistentes, exageram as que existem ou omitem aquelas de que são verdadeiramente portadores, conhecendo-se como simulação, metassimulação e dissimulação, respectivamente”.

Enquanto que na simulação o examinado

cria fatos inexistentes, na metassimulação ele os incrementa. Afirma França (2004) que, na dissimulação, a negação dos fatos ou sua atenuação é o objetivo perseguido pelo periciando.

O caminho para o perito lidar com o simulador é próprio de seu ofício. Recomenda o professor (FRANÇA, pág. 169, 2004): “Para se ter bom êxito diante de um simulador, faz-se mister, em primeiro lugar, proceder a um exame clínico cuidadoso e demorado, valorizando-se os sintomas coerentes, as manifestações falsas, as incoerências intrínsecas, os artifícios engenhosos, a falta de cooperação ao exame, os antecedentes antissociais do examinado e a sintomatologia absurda. Levar em conta o mutismo obstinado, a confusão mental maciça e as atitudes extravagantes”.

Na perícia do sistema visual, o conhecimento pormenorizado do que está sendo avaliado é, portanto, essencial. Os desafios maiores são encontrados quando há uma lesão orgânica subjacente com aspecto tal que confunde a avaliação imperita ou negligente:

“Assim como nos demais ramos da medicina, em Oftalmologia, o paciente de maior dificuldade de avaliação é aquele com uma desordem orgânica e abundantes queixas não correlacionadas a ela” (WALSH, 1998, pág. 591). Segundo Walsh (1998), a queixa associada à perda de visão central é comum: se relacionada à simulação para obter um ganho

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emocional antes que financeiro, provavelmente será bilateral – a perda visual bilateral daria ao seu portador dependência completa e inclusive condições de se aposentar, pois sua cooperação no trabalho estaria certamente comprometida. Na perda visual funcional monocular, o indivíduo está comumente envolvido em um litígio envolvendo uma condição segurada.

Na perda visual de fundo orgânico, alguns achados clínicos devem existir, de modo a fundamentar a queixa de baixa da visão, como, por exemplo, catarata e alterações no fundo de olho – principalmente mácula, além de atrofia óptica avançada (idem ibidem, 591).

Componentes da Prova Pericial Em uma alegação de dano visual sofrido,

não basta, portanto, meramente alegar o fato: alegar e não provar ou nada alegar querem dizer a mesma coisa (GONÇALVES, 2007, pág. 238). E “o ônus da prova incube a quem alega o fato e não a quem o contesta, sendo que os fatos notórios independem de prova” (GONÇALVES, 2007, pág. 239). O que, contudo, pode ser chamado de prova? A definição geral do termo está próxima do seu emprego jurídico: “prova é meio empregado para demonstrar a existência do ato ou negócio jurídico” (GONÇALVES, 2007, pág. 238). O que pode, portanto, no meio judicial

brasileiro, ser usado como prova? Aponta o Código Civil Brasileiro que “Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou defesa” (BRASIL, 1973). Além da legalidade, quais características seriam necessárias no elemento candidato a meio probatório? Esclarece o estudioso da matéria que a prova: deve ser admissível (não proibida por lei e aplicável ao caso em exame), pertinente (adequada à demonstração dos fatos em questão) e concludente (esclarecedora dos fatos controvertidos) (GONÇALVES, 2007, pág. 238). Os testes visuais psicofísicos, devido à sua natureza subjetiva, não atenderão facilmente a todas estas condições, conforme veremos adiante. No caso clínico introduzido, um relatório do médico oftalmologista assistente de Maria da Silva atenderia de imediato ao caráter de admissibilidade, pois a lei o admite para fins periciais. Mas e quanto à sua pertinência e concludência? Segundo Campos (2005, pág. 2), “pertinente é a prova adequada à demonstração do fato ou ato”. No caso exemplificado, onde a baixa da visão é a alegação principal, cabe ao perito analisar se o relatório do especialista descreve alterações anatômicas dos anexos oculares, do segmento anterior ou posterior

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do olho que explicam e justificam a redução da visão. O relatório apresenta a acuidade visual corrigida e não corrigida para longe e perto e, ainda, cita alterações do órgão da visão? – isto é, a potencial estrutura-alvo da lesão foi o foco da investigação diagnóstica ou do relatório médico (WALSH, 1998, pág. 591)? Seria tecnicamente impertinente, por exemplo, fundamentar a baixa da visão de Maria da Silva em uma elevação da pressão ocular ao invés de fazê-lo em achados de meios ópticos opacos, de uma lesão na retina, vias ópticas ou do encéfalo occipital. Portanto, o domínio da área técnica se impõe para a constituição da pertinência da prova, e a imperícia do profissional pode se revelar mais facilmente nesta oportunidade do que na característica da admissibilidade. Ainda segundo Campos (2005), “Concludente é a prova hábil a demonstrar com precisão o ato ou fato. Não é concludente a prova que o faz de modo vago, impossibilitando um juízo seguro”. De acordo com Houaiss (2008), concludência é sinônimo de “categórico, cabal, decisivo, definitivo”, e é atendida quando as controvérsias técnicas sobre o tema são de pouca monta.

No caso de Maria da Silva, havendo questionamento do perito sobre a capacidade de esclarecimento da investigação diagnóstica conduzida pelo médico assistente, é a concludência que ele coloca em xeque. O médico assistente poderia, neste caso, afirmar, com base em testes visuais (subjetivos), que a baixa da visão é devido a uma lesão retiniana (na fóvea, por exemplo). Mas se os exames

objetivos não suportarem esta afirmativa (pois se destinam a atestar alterações morfológicas, como já dito), a concludência da prova carecerá do devido embasamento técnico, e as alegações formuladas podem ser imputadas como não provadas. É a característica da prova para a plena demonstração da expertise do perito e dos assistentes técnicos das partes.

Concludência da Prova e Medicina Baseada em Evidência.

Na atualidade, com o advento da Medicina Baseada em Evidências – MBE, a concludência de uma questão técnica da prova pericial está menos sujeita à opinião isolada de um especialista do que às evidências de melhor grau científico. Segundo Guyatt e Rennie (2006), embora as observações não sistemáticas de um médico constituam uma fonte de evidências, elas são limitadas pelos pequenos tamanhos das amostras que o universo daquele observador representa. Assim, por mais frutífera que seja a carreira do profissional, sua experiência direta com seus pacientes constituirá, no âmbito mais amplo da investigação científica, sempre uma amostragem pequena.

Segundo estes mesmos autores, devido às limitações das análises racionais fisiológicas, a MBE propõe uma hierarquia do nível ou grau de evidências, que varia se a finalidade proposta é uma pesquisa sobre diagnóstico, tratamento ou prognóstico. A finalidade de tal hierarquia é fornecer estratégias que evitem ou atenuem os resultados falsos. Acrescentam

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que “inúmeros fatores podem levar a equívocos na interpretação de ensaios clínicos abertos ou terapias convencionais. Entre eles estão o histórico, os efeitos placebo, a expectativa dos pacientes e dos próprios agentes de saúde e o desejo do paciente de agradar” (Guyatt, 2006, pág. 41). O estudo da MBE é uma área específica do conhecimento médico, e sua exposição mais detalhada foge ao escopo deste trabalho. Os exames visuais subjetivos estão sujeitos, por esta mesma natureza que lhe é intrínseca, especialmente, à infração da qualidade de “concludente”, qualidade à qual o perito, repetimos, deve estar atento.

CONCLUSÃOCada teste visual psicofísico tem

particularidades que devem ser compreendidas e aplicadas na análise do procedimento realizado, etapa que já integrará o exame pericial. Estas particularidades não puderam ser apresentadas neste espaço, mas seu adequado conhecimento minimizará seu viés subjetivo. O perito também deve buscar na prova apresentada os requisitos de admissibilidade, pertinência e concludência. Cabe ao expert identificar nas queixas funcionais ou de fundo orgânico, ao correlacioná-las com os demais elementos da perícia, as características da prova que lhe reforçam ou lhe retiram pertinência – como é o caso das simulações. A fundamentação na medicina baseada em evidência agrega valor probatório ao subsidiar sua concludência. Observados estes requisitos, o parecer pericial poderá alcançar pleno êxito na demonstração dos elementos probatórios pretendidos e incorporados em seu laudo. #

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GUYATT, Gordon e RENNIE, Drummond. Diretrizes para utilização de literatura médica: fundamentos para prática clínica da Medicina Baseada em Evidências. Porto Alegre, Artmed, 2006. p. 39-43.

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Balanço departamento jurídicoRELATÓRIO DE AÇÕES

Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social – ANMP

Acompanhamento ProcessualAtualização: 20 de dezembro de 2010

1. EMENTA: Extensão integral da GDAMP aos aposentados e pensionistasNÚMERO: 2004.34.00.018315-5Nova Numeração: 0018275-75.2004.4.01.3400LOCAL: 2ª Turma - TRF 1ª Região

A ação foi proposta em junho de 2004, com a finalidade de garantir aos aposentados e pensionistas o direito à percepção da Gratificação de Desempenho de Atividade Médico-Pericial – GDAMP no patamar máximo.

Em junho de 2006, o juiz de 1ª instância responsável pelo processo proferiu sentença favorável à ANMP, mas limitou seus efeitos aos filiados residentes no DF. Por esse motivo, ainda em junho, a ANMP interpôs recurso (apelação) para estender os efeitos da sentença a todos os aposentados e pensionistas, independentemente de seu local de residência.

O INSS, por sua vez, também interpôs recurso (apelação) para modificar a sentença da 1ª instância. Assim, solicitou que nenhum dos filiados aposentados e pensionistas, até os residentes no DF, recebam a GDAMP em seu patamar máximo.

Atualmente, aguarda-se o julgamento dos recursos na 2ª instância.

2. EMENTA: Correto pagamento do Adicional por Tempo de Serviço e cobrança dos valores atrasadosNÚMERO: 2004.34.00.024682-4Nova Numeração: 0024618-87.2004.4.01.3400LOCAL: 1ª Turma – TRF 1ª Região

Esta ação foi proposta em agosto de 2004 com a finalidade de condenar o INSS e a União a pagarem o valor integral dos adicionais por tempo de serviço dos filiados à ANMP que, à época, optaram por exercer a chamada jornada estendida. Essa opção significava dobrar a jornada de trabalho de 20 (vinte) horas semanais para 40 (horas) semanais.

Acontece que, mesmo dobrando a jornada de trabalho, os servidores continuavam a receber apenas o valor dos adicionais por tempo de serviço equivalentes a uma jornada de 20 (vinte) horas, tendo um desconto de 50% (cinquenta por cento) no contracheque sobre o valor dos adicionais.

Em 1ª instância, foi proferida sentença que julgou procedente o pedido da ANMP. Isso motivou a União e o INSS a interporem recursos (apelação), que visavam reformar a decisão para que os servidores não recebessem o valor integral dos adicionais por tempo de serviço.

O INSS ainda interpôs outro recurso (embargos de declaração) para que o juiz expressasse claramente que o pagamento dos valores atrasados dos adicionais fosse feito

Balanço jurídico

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observando-se a prescrição quinquenal, conforme dita a lei. O juiz acolheu o recurso e determinou que a prescrição quinquenal fosse observada.

Isso significa que, caso a justiça reconheça este direito, serão pagos os adicionais atrasados apenas dos últimos cinco anos (por isso quinquenal), contados a partir da data de propositura desta ação.

Atualmente, aguarda-se a decisão em 2ª instância.

3. EMENTA: Retroação dos efeitos financeiros do exercício da opção pela nova carreira de perícia médica ao dia 1º de fevereiroNÚMERO: 2004.34.00.025516-9Nova Numeração: 25452-90.2004.4.01.3400LOCAL: 13ª Vara Federal – Justiça Federal

A ação foi proposta em agosto de 2004, para que o INSS fosse condenado ao pagamento dos valores atrasados decorrentes da adoção equivocada da data de início da vigência dos vencimentos da Carreira de Perícia-Médica, o qual foi contabilizado a partir do dia 18 de fevereiro de 2004 e não do dia 1º do referido mês.

O juízo de 1ª instância proferiu sentença que julgou improcedente o pedido da Associação. A ANMP, então, interpôs recurso (apelação) que atualmente aguarda apreciação.

4. EMENTA: Adicional de insalubridade. Percepção no seu percentual máximoNÚMERO: 2004.34.00.028464-6Nova Numeração: 28395-80.2004.4.01.3400LOCAL: TRF 1ª Região

A presente ação foi proposta em setembro de 2004 para que o INSS e a União fossem condenados ao pagamento do adicional de insalubridade no percentual de 20% sobre o vencimento do cargo efetivo a todos os filiados à ANMP, além da diferença entre o valor pago e o valor devido desde setembro de 1999.

Em 1ª instância foi proferida sentença que julgou improcedente o pedido da ANMP. Isso levou a Associação a interpor recurso (apelação) para reformar a decisão e garantir o correto

pagamento do adicional de insalubridade. Atualmente, aguarda-se julgamento

pela 2ª instância.

5. EMENTA: Percepção do auxílio-alimentação nos termos do numerário auferido pelos servidores do Supremo Tribunal FederalNÚMERO: 2004.34.00.030944-1Nova Numeração: 30862-32.2004.4.01.3400LOCAL: 2ª Vara Federal – Justiça Federal

A presente ação foi proposta em outubro de 2004 com o objetivo de garantir a equiparação do valor do auxílio-alimentação dos filiados ao dos funcionários do STF, para os filiados residentes em Brasília, e dos respectivos Tribunais Regionais Eleitorais, para os demais filiados residentes em outras unidades federativas.

O juiz de 1ª instância proferiu sentença que considerou improcedente o pedido formulado pela ANMP. Isso levou a Associação a interpôr recurso que, atualmente, aguarda julgamento pela 2ª instância.

6. EMENTA: Averbação de tempo de serviço celetista em condições insalubresNÚMERO: 2004.34.00.043582-0Nova Numeração: 34491-14.2004.4.01.3400LOCAL: 15ª Vara Federal – Justiça Federal

A presente ação foi ajuizada com o objetivo de condenar o INSS e a União a averbar o tempo de serviço exercido antes da publicação da Lei nº 8.112/90, sob condições insalubres ou perigosas, como atividade especial. A averbação deve ser feita na proporção especificada no Decreto 3.048/99, sendo que um ano de serviço em atividade especial corresponde a 1,4 ano de serviço em atividade comum para os homens e a 1,2 ano de serviço em atividade comum para as mulheres, conforme a proporção entre as aposentadorias normais e especiais.

Em maio de 2007, a ANMP apresentou a justiça o Memorando-Circular nº 15 do INSS, que reconhece o direito à averbação. A ANMP, então, tendo em vista o esgotamento do objeto da ação, solicitou a extinção do presente

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processo com resolução do mérito, o que implica reconhecimento definitivo do direito e de seus reflexos patrimoniais, como abono de permanência e ATS.

Diferentemente do pedido da ANMP, a decisão proferida em 1ª instância extinguiu o processo sem julgamento de mérito. Por esse motivo, a Associação apresentou recurso (embargos de declaração) para que a decisão fosse reformada, ou seja, para que se julgasse o mérito da ação. Infelizmente, o recurso foi negado.

Cabe frisar que é de suma importância a extinção do processo com resolução de mérito porque, mesmo com o reconhecimento pleno do objeto da ação pelo INSS, não estão explícitos no Memorando nº 15 todos os direitos que os servidores possuem, os quais são claramente solicitados pela ANMP na ação. A resolução do mérito obrigaria o INSS a cumprir todos os pedidos formulados, não só aqueles explicitamente descritos no Memorando.

Para tanto, a Associação interpôs outro recurso (apelação), que aguarda julgamento pela 2ª instância.

7. EMENTA: Lei nº 10.876/04. Isonomia entre médicos peritos e médicos credenciadosNÚMERO: 2005.34.00.012267-2Nova Numeração: 0012246-72.2005.4.01.3400LOCAL: 2ª Turma – TRF 1ª Região

Esta ação foi ajuizada em maio de 2005 para que os médicos peritos concursados fossem indenizados pela diferença mensal entre a remuneração percebida por eles e a dos médicos credenciados.

O juiz de 1ª instância proferiu sentença que decidiu pela improcedência do pedido. Em vista disso, a ANMP interpôs recurso (apelação) para que a sentença seja reformada e o pedido inicial seja julgado procedente.

Atualmente, o recurso aguarda julgamento pela 2ª instância.

8. EMENTA: Enquadramento dos Supervisores Médicos-Periciais em classe

incompatível com as atribuições do cargo. Necessidade de reposicionamento na carreiraNÚMERO: 2005.34.00.017531-2Nova Numeração: 0017499-41.2005.4.01.3400LOCAL: 1ª Turma - TRF 1ª Região

A ação foi ajuizada em junho de 2005 com vistas a que fossem reposicionados na Classe Especial “S” os Supervisores Médicos Periciais que optaram por integrar a Carreira de Perícia Médica.

Em junho de 2008, foi proferida, em 1ª instância, sentença de improcedência do pedido, o que ensejou a interposição de recurso (apelação) pela ANMP, para que os Supervisores Médicos Periciais sejam reposicionados na Classe Especial “S”.

Atualmente, aguarda-se julgamento pela 2ª instância.

9. EMENTA: Contribuição Previdenciária de aposentados e pensionistas. Lesão aos princípios da legalidade e da noventenaNÚMERO: 2006.34.00.011147-8Nova Numeração: 11025-20.2006.4.01.3400LOCAL: 21ª Vara – Justiça Federal

A ação foi proposta em abril de 2006 para que fosse suspensa a cobrança da contribuição previdenciária dos aposentados e pensionistas filiados até que sobrevenha Lei ordinária constitucional que defina a base de cálculo desse tributo.

Em 1ª instância foi proferida sentença que julgou improcedente o pedido da ANMP, o que ensejou a interposição de recurso (apelação) que, atualmente, aguarda apreciação.

10. EMENTA: Contagem de tempo de serviço realizado em período anterior à Lei nº 8.112/90. Averbação. Tempo concomitanteNÚMERO: 2006.34.00.033471-0Nova Numeração: 32574-86.2006.4.01.3400LOCAL: 2ª Turma – TRF 1ª Região

O mandado de segurança foi impetrado em novembro de 2006, contra ato do Diretor de Benefícios do INSS, objetivando a averbação ao Regime Geral de Previdência Social do tempo

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de serviço prestado pelos beneficiários na qualidade de autônomos no período anterior à publicação da Lei 8.112/90.

Em janeiro de 2007, a liminar requerida pela ANMP foi deferida, e posteriormente, foi proferida sentença, em 1ª instância, que julgou improcedente o pedido da ANMP, revogando a liminar anteriormente concedida.

Tendo em vista essa situação, a ANMP opôs recurso (embargos de declaração) contra essa decisão que julgou improcedente o pedido da ANMP. Infelizmente, o recurso foi rejeitado e isto levou a interposição de outro recurso (apelação) pela ANMP, para que sentença de 1ª instância seja reformada e para que a averbação ao RGPS seja garantida.

Atualmente, aguarda-se o julgamento deste recurso na 2ª instância.

11. EMENTA: Incidência de contribuição previdenciária sobre o terço de fériasNÚMERO: 2006.34.00.036645-2Nova Numeração: 0035634-67.2006.4.01.3400LOCAL: 7ª Turma – TRF 1ª Região

A ação foi proposta em dezembro de 2006 com os objetivos de impedir o INSS de cobrar contribuição social sobre a parcela do terço constitucional de férias e de condená-lo a devolver os valores descontados das remunerações dos filiados à ANMP nos últimos 5 anos, acrescidos de juros e correção monetária.

Em novembro de 2007, foi publicada sentença de 1ª instância que julgou improcedente o pedido inicial. Por esse motivo, a ANMP interpôs recurso (apelação) para que a sentença de 1ª instância seja reformada e o pedido inicial seja julgado procedente.

Atualmente, aguarda-se o julgamento do recurso em 2ª instância.

12. EMENTA: Reparação por danos morais e materiais. Operação “Com Dor”NÚMERO: 001/1.07.0022873-3LOCAL: 15ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de porto Alegre/RS.

Esta ação foi ajuizada em 2007 pelo médico Boris Nadvorny contra a ANMP. Por meio dela, o médico pleiteia danos morais e materiais em virtude da publicação, no site da associação, das ações da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.

Houve sentença em 1ª instância que julgou improcedente o pedido do autor, o que o levou a apresentar recurso (apelação) para reformar a sentença e garantir que seu pedido inicial seja julgado procedente.

A sentença proferida pela 2ª instância reformou a sentença de 1º grau e julgou parcialmente procedente o pedido do autor. Apesar de não terem sido reconhecidos os danos patrimoniais, a sentença condenou a ANMP ao pagamento de indenização por danos morais ao Dr. Boris Nadvorny.

13. EMENTA: GDAMP. Falha no sistema operacional do INSS. Irregular avaliação do desempenho institucionalNÚMERO: 2007.34.00.043308-7Nova Numeração: 43027-09.2007.4.01.3400LOCAL: 4ª Vara – Justiça Federal

A ação foi ajuizada em dezembro de 2007 com o objetivo de condenar o INSS a pagar aos filiados da ANMP a parcela institucional da Gratificação de Desempenho de Atividade Médico-Pericial – GDAMP de modo integral.

A percepção do pagamento integral dessa gratificação deve ocorrer até que o INSS corrija a falha no sistema operacional que impossibilita a aferição do real tempo médio entre a data de marcação da perícia inicial e a data de realização do exame, parâmetro que serve de base para a avaliação de desempenho institucional.

Busca-se também nesta ação que o INSS publique as causas que fundamentam os resultados obtidos nas avaliações de desempenho institucional, que orientam o cálculo do valor da gratificação a ser recebida pelos médicos peritos.

Em fevereiro de 2008, foi proferida decisão que deferiu parcialmente a tutela antecipada requerida pela ANMP, apenas para determinar ao INSS que, no prazo de dez dias, publicasse as causas que fundamentaram os resultados

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obtidos nas avaliações de desempenho institucional, divulgadas através da Portaria nº 22 INSS/DIRBEN, de 24/10/2007, de forma motivada e individualizada em relação à cada Unidade de Avaliação.

O INSS apresentou dados ininteligíveis e, em virtude disso, a ANMP apresentou petição requerendo a apresentação de dados compreensíveis para justificar as avaliações de desempenho institucional.

O juízo de 1º grau julgou procedente somente parte do pedido da Associação. A sentença apenas determinou que o INSS publicasse as causas que fundamentam os resultados obtidos nas avaliações de desempenho institucional, de forma motivada e individualizada, em relação a cada Unidade de Avaliação. No entanto, julgou improcedente o pedido de pagamento integral da GDAMP. Por isso, a ANMP interpôs recurso (apelação) que atualmente aguarda apreciação.

15. EMENTA: Adicional de Insalubridade para cedidos ao Conselho de Recursos da Previdência SocialNÚMERO: 2008.34.00.007241-1Nova Numeração: 7196-60.2008.4.01.3400LOCAL: TRF 1ª Região

Este mandado de segurança foi impetrado em março de 2008, contra ato do Diretor de Recursos Humanos do INSS, objetivando a garantia do pagamento do adicional por exercício de atividade insalubre aos médicos peritos cedidos ao Conselho de Recursos da Previdência Social.

Em momento posterior, verificou-se que a autoridade impetrada procedeu o corte do adicional de insalubridade para os membros do Conselho de Recursos da Previdência Social e que ela pretendia a devolução dos valores da gratificação já percebidos pelos beneficiários. Por isso, a ANMP requereu, em março de 2008, provimento de natureza cautelar no processo. Pretendia-se impedir por meio dele que os beneficiários fossem compelidos a devolver valores já pagos a título de adicional de insalubridade, o que foi garantido em abril de 2008.

Em março de 2009, o juiz de 1ª instância proferiu sentença que obrigava o INSS a obstar os descontos na remuneração dos servidores dos valores já percebidos por estes.

Insatisfeito, o INSS interpôs recurso (apelação), que atualmente aguarda julgamento pela 2ª instância.

16. EMENTA: Aposentadoria. Proporcionalização de gratificações não vinculadas ao vencimento básicoNÚMERO: 2008.34.00.008011-0Nova Numeração: 7965-68.2008.4.01.3400LOCAL: 2ª Vara – Justiça Federal

Em março de 2008, foi impetrado Mandado de Segurança para impedir que a Gratificação de Desempenho de Atividade Médico-Pericial – GDAMP e a Gratificação Específica a Perícia Médica – GEPM, não calculadas com base no vencimento básico do servidor, sejam proporcionalizadas e acarretem decréscimo remuneratório para os aposentados e pensionistas que não percebem proventos integrais.

Inicialmente, foi proferida decisão liminar que impedia a redução das gratificações dos proventos dos servidores que as recebiam integralmente. Em março de 2009, foi proferida sentença de 1ª instância, que acolheu o pedido da Associação, o que levou a União a apresentar recurso (apelação) para que a sentença seja reformada.

Atualmente, aguarda-se julgamento do recurso do INSS pela 2ª instância.

17. EMENTA: Direito de greve dos Médicos Peritos da Previdência SocialNÚMERO: MC 14770, NÚMERO ÚNICO: 0214152-05-2008.3.00.0000 MS 13860, NÚMERO ÚNICO: 0215889-43-2008.3.00.0000LOCAL: Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça

No dia 16 de setembro de 2008, o INSS propôs medida cautelar, com pedido de concessão de liminar, objetivando suspender o movimento grevista dos médicos peritos. No

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dia 17 de setembro, o Ministro Arnaldo Esteves Lima concedeu liminar ao INSS para suspender a greve dos médicos peritos, fixando multa diária em caso de descumprimento da decisão.

A ANMP, então, apresentou recurso (agravo regimental) contra o teor desta decisão liminar. Atualmente, aguarda-se julgamento do recurso e da ação pelo STJ.

Em contrapartida, no dia 18 de setembro deste mesmo ano, a ANMP impetrou mandado de segurança ao STJ, com pedido de liminar, para declarar a legalidade da greve e para impedir que sejam aplicadas quaisquer medidas punitivas contra os servidores grevistas. A liminar foi indeferida. Em virtude disso, a ANMP interpôs recurso (agravo regimental) buscando reformar essa decisão. Atualmente, também aguarda-se julgamento da ação e do recurso pelo STJ.

18. EMENTA: Impossibilidade de devolução de parcelas percebidas de boa-fé. Descontos indevidosNÚMERO: 2008.34.00.033212-0Nova Numeração: 33043-64.2008.4.01.3400LOCAL: 1ª Turma – TRF 1ª Região

Em outubro de 2008, foi impetrado esse mandado de segurança com pedido de liminar, contra ato do Diretor de Recursos Humanos do INSS, para impedir o INSS de realizar o desconto em folha a que alude o Memorando-Circular nº 38/2008, garantindo aos filiados à ANMP que os valores supostamente pagos a maior não sejam descontados de suas remunerações a partir do mês de outubro.

Em abril de 2009, o juiz de 1ª instância julgou improcedente o pedido formulado pela ANMP, que recorreu da decisão apresentando recurso (apelação), atualmente, aguarda julgamento deste recurso pela 2ª instância.

19. EMENTA: Parcelas percebidas de boa-fé a título de ATS. Descontos indevidosNÚMERO: 2008.34.00.033907-9 Nova Numeração: 33737-33.2008.4.01.3400LOCAL: TRF 1ª Região

Em outubro de 2008, foi impetrado esse mandado de segurança, contra ato do Diretor

de Recursos Humanos do INSS, para impedir que os valores recebidos a título de ATS, supostamente pagos a mais, sejam descontados da remuneração dos servidores.

A liminar requerida pela ANMP foi deferida para impedir que os descontos fossem realizados a partir do mês de outubro.

Diante dos insistentes descumprimentos por parte do INSS, a ANMP comunicou ao juízo a continuidade dos descontos e atualmente aguarda pronunciamento sobre esta questão.

Em janeiro de 2009, foi editada sentença definitiva, pela 1ª instância, ordenando a suspensão das cobranças por parte do INSS. A juíza, entretanto, não se pronunciou sobre as parcelas já descontadas.

Diante disso, a ANMP interpôs recurso (apelação) para que a justiça se pronuncie sobre todo o teor da questão. Atualmente, aguarda-se apreciação deste recurso pela 2ª instância.

20. EMENTA: Evitar devolução ao erário de parcelas recebidas de boa-fé e revogação de aposentadorias concedidas Memorando-Circular nº 75 INSS/DIRBENNÚMERO: 2008.01.00.067819-8, referente ao Mandado de Segurança nº 2006.34.00.033471-0Nova Numeração: 0066024-64.2008.4.01.0000LOCAL: 2ª Turma - TRF 1ª Região

Em dezembro de 2008, foi proposta essa ação cautelar para obstaculizar as determinações do Memorando-Circular nº 75 INSS/DIRBEN, que busca revisar as aposentadorias concedidas a partir da liminar revogada do MS nº 2006.34.00.033471-0.

A referida liminar foi concedida, garantindo a averbação das contribuições realizadas pelos filiados à ANMP, na qualidade de autônomos. Porém, assim que a liminar foi revogada, foi editado o Memorando-Circular nº 75 para revisar as aposentadorias já concedidas e determinar a reposição ao erário dos valores recebidos.

Por isso, foi proposta a referida ação cautelar para impedir a efetivação das determinações

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do INSS, enquanto não é julgada a apelação do MS 2006.34.00.033471-0.

O pedido de liminar foi deferido para impedir a devolução das parcelas recebidas de boa-fé e a revisão dos benefícios dos peritos médicos até que seja definitivamente julgado o Mandado de Segurança e proferida setença.

23. EMENTA: Contagem diferenciada do tempo de serviço após a vigência da Lei 8.112/90. Servidores que percebem adicional de insalubridadeNÚMERO: MI 992LOCAL: Supremo Tribunal Federal

No dia 13 de fevereiro de 2009, a ANMP impetrou mandado de injunção em face ao Presidente da República Federativa do Brasil para definição de uma norma específica a ser temporariamente aplicada ao caso dos Médicos e Peritos da Previdência Social. Pediu, ainda, que seja aplicada contagem diferenciada aos substituídos pela Administração Pública.

Em 25 de maio de 2009, a Ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie julgou procedente o pedido formulado pela Associação para computar o tempo de serviço, na qualidade de servidores públicos expostos a condições insalubres, como especial, à razão de 1,4 para homens e 1,2 para mulheres. A decisão teve o seguinte dispositivo:

“Ante todo o exposto, com base nos precedentes citados e na autorização especificamente concedida, pelo Plenário desta Casa, para a apreciação monocrática dos casos idênticos àquele veiculado no Mandado de Injunção 795 (Informativo STF 542), concedo a ordem pleiteada para, declarando a mora legislativa na regulamentação do art. 40, § 4º, da Carta Magna, determinar a aplicação, pela autoridade administrativa competente, dos termos do art. 57 da Lei 8.213/91, para fins de averiguação do atendimento de todos os requisitos necessários à concessão de aposentadoria especial em favor dos servidores públicos representados pela associação impetrante.

Em junho de 2010, o INSS conjuntamente com o MPOG editaram a Orientação Normativa

nº 06, para regulamentar a concessão da aposentadoria especial aos servidores públicos federais amparados por mandados de injunção, cumprindo a decisão prolatada pela Ministra Ellen Gracie. 24. EMENTA: Entrega da CRER aos segurados via Correios. Responsabilidade objetiva do INSSNÚMERO: 2009.34.00.007860-8Nova Numeração: 7785-18.2009.4.01.3400LOCAL: 3ª Vara - Justiça Federal

Em março de 2009, a ANMP propôs ação objetivando a entrega da CRER aos segurados por via remota, com vistas a evitar a continuidade das agressões sofridas pelos peritos médicos nas APS. Buscou-se mostrar a responsabilidade objetiva do INSS decorrente de omissão da entidade autárquica ao forçar a entrega da CRER no interior das agências, algo que acabaria por tornar inviável a adequada conduta durante as perícias.

O pedido de antecipação de tutela foi indeferido e, atualmente, aguarda-se sentença pela 1ª instância.

25. EMENTA: Possibilidade de redução da jornada de 8 horas para 6 horas diárias sem intervalo para refeiçõesNÚMERO: 2009.34.00.009235-9Nova Numeração: 9159-69.2009.4.01.3400LOCAL: 22ª Vara - Justiça Federal

No dia 25 de março de 2009, a ANMP propôs tal ação, com pedido de tutela antecipada, para que seja possibilitado o cumprimento da jornada de trabalho ininterrupta de seis horas diárias e trinta semanais, nas agências abertas das 7:00 às 19:00 horas nos dias úteis.

Foi proferida decisão indeferindo a tutela antecipada.

No dia 29 de abril de 2010, foi prolatada sentença, julgando improcedente o pedido da Associação.

Deste modo, a ANMP interpôs recurso (apelação) para que a sentença seja reformada e, consequentemente, sejam garantidos os pedidos pleiteados inicialmente.

Atualmente, aguarda-se o julgamento do recurso pela 2ª instância.

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26. EMENTA: Eduardo Henrique Rodrigues de Almeida x ANMP. Afastamento de diretor. Comissão de sindicância. Danos morais e materiaisNÚMERO: 2010.01.1.033865-2 LOCAL: 11ª Vara da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília.

O Sr. Eduardo Henrique Rodrigues de Almeida, então vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, propôs ação de reparação de danos morais e materiais decorrentes da suspensão de suas prerrogativas enquanto vice-presidente da Associação, após trabalho realizado por Comissão de Sindicância.

O autor pediu antecipação dos efeitos da tutela sem audiência da Ré, mas esta foi indeferida pelo juiz de direito.

Após ser citada, a ANMP opôs exceção de incompetência, uma vez que o foro de Belo Horizonte não é competente para julgar a ação, já que a sede da Ré (no caso, a ANMP) localiza-se em Brasília e todos os fatos alegados ocorreram nesta capital. O pedido feito pela ANMP foi aceito e ação foi transferida para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

A juíza, então, determinou, em sua decisão, que fosse feita uma audiência de conciliação, instrução e julgamento no mês de novembro. A audiência foi realizada e foi determinada a oitiva de testemunhas em diversos estados da Federação que serão realizadas por meio de cartas precatórias. Quando cumpridas as cartas, as partes apresentarão alegações finais.

27. EMENTA: Marília Gava e outros x ANMP. Suspensão do processo eleitoral da ANMPNÚMERO: 2009.01.1.056634-6LOCAL: 14ª Vara da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília.

No dia 29 de abril de 2009, os autores propuseram ação cautelar, com pedido de antecipação de tutela, visando à suspensão do processo eleitoral da ANMP, ocorrido em abril deste mesmo ano.

A antecipação de tutela foi indeferida pelo juízo de primeiro grau, fato que levou os autores a interporem recurso (agravo de instrumento)

ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios que, no exame recursal, confirmou o entendimento assentado pelo juízo de origem, negando provimento ao pedido de suspensão do feito e reafirmando a conformidade das eleições com as disposições estatutárias.

Atualmente, aguarda-se decisão em 1ª instância.

28. EMENTA: Acumulação de cargos públicos. Inconstitucionalidade do Parecer AGU GQ 145/98NÚMERO: 2009.34.00.023629-0Nova Numeração: 23475-87.2009.4.01.3400LOCAL: 4ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva, com pedido de antecipação de tutela, que visa à declaração de inaplicabilidade do Parecer AGU GQ 145/98, que limita a acumulação de cargos públicos a uma carga horária máxima semanal de 60 horas, aos peritos médicos previdenciários.

No dia 10 de novembro de 2009, o pedido de tutela antecipada foi deferido, garantindo que os filiados da ANMP possam acumular dois cargos públicos. Insatisfeito, o INSS interpôs recurso (agravo de instrumento) para reformar esta decisão que deferiu a antecipação de tutela.

Atualmente, aguarda-se decisão definitiva e o julgamento do recurso interposto pelo INSS.

29. EMENTA: Não incidência de imposto de renda sobre abono de permanênciaNÚMERO: 2009.34.00.023631-4Nova Numeração: 23477-57.2009.4.01.3400LOCAL: 7ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva que visa à não-incidência de imposto de renda sobre o montante recebido a título de abono de permanência.

Ao proferir sentença, o juízo de 1º grau julgou improcedente o pedido da Associação, o que ensejou a interporsição de recurso (apelação) que atualmente aguarda apreciação.

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30. EMENTA: Integralização de aposentadoria proporcionalNÚMERO: 2009.34.00.023633-1Nova Numeração: 23479-27.2009.4.01.3400LOCAL: 7ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva, com pedido de antecipação de tutela, que visa à integralização dos proventos de servidores inativos que tenham se aposentado proporcionalmente e, ainda assim, continuam contribuindo para a Previdência Social. Por meio desta ação, objetiva-se reajustar anualmente o montante recebido.

O juízo de 1ª instância proferiu sentença, julgando improcedente o pedido, razão pela qual a ANMP interpôs recurso (apelação) para reformar a sentença e garantir o direito pleiteado inicialmente. Atualmente, aguarda-se julgamento do recurso pela 2ª instância.

31. EMENTA: Incorporação GDAPMP. Inconstitucionalidade. Ofensa aos direitos à paridade e à integralidadeNÚMERO: 2009.34.00.031733-0Nova Numeração: 31156-11.2009.4.01.3400LOCAL: 13ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva, com pedido de antecipação de tutela, que visa garantir aos aposentados e pensionistas filiados à ANMP a percepção da GDAPMP – Gratificação de Desempenho de Atividade de Perito Médico Previdenciário, de acordo com a média das sessenta últimas pontuações obtidas pelo servidor que deu causa à aposentadoria ou pensão.

No dia 14 de outubro, o pedido de antecipação de tutela foi indeferido pelo juiz de primeiro grau. Atualmente, aguarda-se sentença definitiva pela 1ª instância.

32. EMENTA: Mandado de Segurança preventivo. Ilegais retaliações do INSS em virtude da realização de perícias médicas conforme determinações dos Conselhos de Medicina e de atos normativos da Procuradoria do INSSNÚMERO: 2009.34.00.033449-1

Nova Numeração: 32852-82.2009.4.01.3400LOCAL: 13ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de Mandado de Segurança preventivo, com pedido de liminar, visando impedir qualquer tipo de retaliação por parte do INSS aos Peritos Médicos Previdenciários, em decorrência do Movimento por Excelência do Ato Médico Pericial. Em decisão prolatada em dezembro, o pedido de antecipação de tutela foi deferido.

Em setembro de 2010, foi proferida sentença, que acolheu parcialmente o pedido da Associação, impedindo que os Peritos Médicos Previdenciários que cumprem integralmente sua jornada de trabalho sofram quaisquer tipos de retaliação, em razão da adesão ao movimento pela autonomia do ato médico-pericial, e ressaltando que o agendamento de perícias médicas é competência do INSS e da própria Administração.

Diante disso, tanto o INSS quanto a ANMP apresentaram recursos (embargos de declaração). O INSS interpôs seu recurso para que a decisão seja reformada e para que o Movimento pela Excelência seja declarado um movimento grevista. Já a Associação interpôs o recurso para que o juiz cite expressamente que não pode haver quantitativo mínimo fixado de perícias.

Ao analisar os recursos, o juízo de 1º grau julgou ambos improcedentes. Assim, findo o recesso judiciário, a ANMP irá apresentar outro recurso (apelação) que será julgado pela 2ª instância.

33. EMENTA: Carreira de Perito Médico Previdenciário. Equivocado enquadramento. Progressão funcionalNÚMERO:2009.34.00.040158-1Nova Numeração: 39815-09.2009.4.01.3400LOCAL: 7ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva, ajuizada no dia 4 de dezembro de 2009, com o duplo objetivo de garantir o posicionamento na Carreira de Perito Médico Previdenciário, prevista na Lei nº 11.907/09, em nível equivalente ao que ocupava na carreira antiga, procedendo-se a essa equivalência a partir

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do último nível da carreira e, também, determinar a ascensão funcional de quem se encontra no último padrão da Classe “D”, independentemente da existência dos cursos de especialização. O pedido também pleiteava antecipação dos efeitos da tutela para os aposentados e pensionistas.

Em decisão de 1ª instância, em dezembro de 2009, o pedido de antecipação de tutela foi indeferido. Atualmente, aguarda-se decisão definitiva pela 1ª instância.

34. EMENTA:Suspensão da obrigatoriedade do registro de frequência por meio do ponto eletrônicoNÚMERO: 2009.34.00.040157-8Nova Numeração: 61372-52.2009.4.01.3400LOCAL: 4ª Vara – Justiça Federal

No dia 4 de dezembro de 2009, foi proposta ação ordinária coletiva, com fins a suspender a obrigatoriedade do registro do ponto por meio eletrônico. No dia 16 de dezembro de 2009, o juízo indeferiu o pedido de antecipação de tutela. Atualmente, aguarda-se sentença definitiva pela 1ª instância.

35. EMENTA: Contratação temporária de médicos terceirizadosNÚMERO: 2009.61.00.026369-6LOCAL: 19ª Vara Cível Federal de São Paulo

Em dezembro de 2009, o Ministério Público Federal propôs Ação Civil Pública, com pedido de antecipação de tutela, para obrigar o INSS e a União a contratarem temporariamente médicos para a realização de perícias. O pedido de antecipação de tutela foi deferido, determinando a contratação emergencial de médicos terceirizados. Em face da decisão, a ANMP interpôs recurso (agravo de instrumento), com efeito suspensivo, o qual foi julgado procedente.

Posteriormente, o Ministério Público Federal formulou novo pedido de contratação temporária de médicos credenciados e a realização de perícias em 15 (quinze) dias,

pedido este igualmente deferido pelo juízo de 1ª Instância. Para reformar tal decisão, a ANMP interpôs novo recurso (agravo de instrumento), que, todavia, foi julgado improcedente.

No seguimento da ação civil pública, o Ministério Público relatou à justiça que os Peritos Médicos, incentivados pela ANMP, estavam protocolizando denúncias nos Conselhos Regionais de Medicina contra os médicos terceirizados e, por isso, solicitou que fosse imposta multa à Associação. O juízo, então, acolheu o pedido e determinou que para cada denúncia realizada, fosse interposta multa no valor de R$ 1.000 (mil) reais.

A Associação, então, apresentou recurso (agravo de instrumento) contra essa decisão, o qual teve a tutela antecipada deferida no dia 17 de dezembro.

Atualmente, aguarda-se o prosseguimento da ação civil pública.

36. EMENTA: Direito de greve dos médicos peritos da Previdência Social. Reestruturação da carreiraNÚMERO: MS 15339 e PET 7985LOCAL: Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça

No dia 22 de junho de 2010, foi impetrado Mandado de Segurança Coletivo nº 15.339, no Superior Tribunal de Justiça, para que fosse reconhecida a legalidade da greve dos Peritos Médicos Previdenciários, bem como para impedir que as autoridades impetradas lançassem mão de medidas punitivas em desfavor dos servidores grevistas.

O INSS, a seu turno, uma vez deflagrado movimento paredista, ajuizou ação de dissídio de greve (PET 7.985), a fim de obter a “declaração incidental da ilegalidade e abusividade da greve” instaurada pelos filiados à ANMP, com a cominação de multa diária em caso de início de movimento.

No dia 24 de junho, o Ministro Humberto Martins, relator de ambos os processos, reconheceu que a paralisação das atividades dos Peritos Médicos Previdenciários não constitui

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59ANMP em foco - Dezembro/2010

medida ilegal e abusiva e, consequentemente, deferiu o pedido de liminar formulado pela ANMP, para que a Administração Pública fosse impedida de lançar mão de quaisquer medidas punitivas em desfavor dos servidores.

Na ocasião, determinou também a manutenção de 50% dos servidores em atividade durante o movimento grevista, em cada Agência da Previdência Social, a fim de manter a continuidade de serviços essenciais à coletividade.

Tal entendimento foi reafirmado pela decisão do Ministro Hamilton Carvalhido, que, no exercício da Presidência do Superior Tribunal de Justiça, determinou, no dia 14 de julho de 2010, que as autoridades coautoras se abstivessem do corte do ponto e conseguinte desconto na folha de pagamento dos Peritos Médicos grevistas, até decisão ulterior do Ministro Relator.

No dia 13 de setembro, o Ministro Relator prolatou nova decisão, revogando a liminar concedida, considerando – em juízo liminar – a greve ilegal e abusiva e determinando o retorno imediato dos Médicos Peritos do INSS ao serviço, sob pena de multa diária à Associação no valor de R$ 50.000 (cinquenta mil reais), a contar da publicação da decisão.

Posteriormente, em sessão realizada no dia 29 de setembro, o mandado de segurança impetrado pela ANMP foi julgado extinto sem julgamento do mérito, pelo fato de o Ministro Relator ter entendido que faltariam documentos essenciais para apreciar a ação mandamental.

Dessa forma, as questões concernentes à legalidade e a eventuais descontos, ainda obstados, serão objeto do julgamento do dissídio de greve proposto pelo INSS, que tramita no STJ sob o nº 7.985.

37. EMENTA: Interpelação judicial contra Ministro de Estado da Previdência SocialNÚMERO:40260-90.2010.4.01.3400 LOCAL: 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal

No dia 18 de setembro de 2010, a ANMP ajuizou Interpelação Judicial em desfavor do Ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, solicitando esclarecimentos acerca de declaração dada à imprensa, a respeito da greve deflagrada pelos Peritos Médicos Previdenciários.

O juiz de 1ª instância declarou em sua sentença que a Justiça Federal não é competente para julgar esta ação e remeteu o processo para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Atualmente, aguarda-se apreciação pelo TJDF.

38. EMENTA: Pagamento anti-isonômico da gratificação de desempenho GDAPMP aos Peritos Médicos PrevidenciáriosNÚMERO: 56583-73.2010.4.01.3400 LOCAL: 16ª Vara - Justiça Federal/DF

Atualmente, devido à falta de regulamentação da gratificação, os servidores ativos têm recebido a GDAPMP com base na avaliação realizada quando existente a GDAMP. Os servidores recém-nomeados, por sua vez, recebem o patamar de oitenta pontos, uniformemente.

Para sanar essa situação de desigualdade, a ANMP ajuizou ação coletiva com o objetivo de que a GDAPMP fosse paga em cem pontos para todos os servidores ou, ao menos, que o patamar de oitenta pontos fosse garantido a todos.

O pedido de liminar foi indeferido. Depois de publicada a decisão, o juízo ordenará a citação do INSS para apresentar contestação.

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60 ANMP em foco - Dezembro/2010

Del

egad

os A

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PSaiba quem são os delegados da ANMP em todo o paísRegião I - São Paulo

Unidade representada: OsascoDelegado: João Anrimar GarciaSuplente: Hugo Ludovico Martins

Unidade representada: PiracicabaDelegado: Fabio Armando Souza FriasSuplente: Vorney de Camargo P. Busato

Unidade representada: Presidente PrudenteDelegado: Pedro Aparecido CorreiaSuplente: José de Oliveira Costa Filho

Unidade representada: Ribeirão PretoDelegado: Renato Pacheco ArenaSuplente: Sergino Mirandola Dias

Unidade representada: Santo AndréDelegada: Graciella Silva da ConceiçãoSuplente: Guilherme Bueno da Silva

Unidade representada: SantosDelegado: Márcio Aurélio SoaresSuplente: Valério Arini Pereira

Unidade representada: São Bernardo do CampoDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: São João da Boa VistaDelegada: Karina Braido SanturbanoSuplente: Davi Mereu Moreno

Unidade representada: São José do Rio Preto Delegada: Maria José ModelliSuplente: Raquel Esperafico

Unidade representada: São José dos CamposDelegada: Margaret Inácia G. QueirogaSuplente: Júlio Luiz Monastério Viruez

Unidade representada: São Paulo - CentroDelegado: Ricardo AbdouSuplente: Miguel Adolfo Tabacow

Unidade representada: São Paulo - NorteDelegado: Altair Rodrigues CavencoSuplente: Vera Regina Pandolfo

Unidade representada: São Paulo - OesteDelegada: Marisa Corrêa da SilvaSuplente: Arnaldo Villela Biacnin

Unidade representada: São Paulo - LesteDelegado: Rafael Cavalheiro MarafonSuplente: Vago

Unidade representada: São Paulo - SulDelegado: Yuri José Silva NascimentoSuplente: Rene Almoualem de Souza

Unidade representada: SorocabaDelegado: Cássio Roberto SalaSuplente: André Augusto Costa Vianna

Unidade representada: TaubatéDelegado: Augusto José Cavalcanti FilhoSuplente: Renata Portella Tarcitano

Unidade representada: AraçatubaDelegada: Adriana Lopes CavalcantiSuplente: Angélica Cristina Rei

Unidade representada: AraraquaraDelegado: Luis Henrique B. FalcãoSuplente: Sidney Antonio Mazzi

Unidade representada: BauruDelegado: André Fernando Teixeira CoelhoSuplente: Maria Eugênia Cunha

Unidade representada: CampinasDelegado: Ângela Bonilha Ribeiro Turrer Suplente: Gabriel Arcanjo Rodrigues de Almeida

Unidade representada: Guarulhos Delegado: Newton Pinto Araújo NetoSuplente: Oswaldo Luiz Mangolin

Unidade representada: JundiaíDelegada: Regina TreymannSuplente: Gisele Kátia Câmara

Unidade representada: Marília Delegado: Eliandro José Gutierris Suplente: Ricardo Gomes Beretta

Região II - Sudeste

Unidade representada: Governador ValadaresDelegado: Altair Paes RochaSuplente: Alcides Melo Gomes

Unidade representada: Juiz de ForaDelegado: Oswaldino Welerson SottSuplente: Antônio Bartolomeu Dias Jr.

Unidade representada: Montes ClarosDelegado: Genival VieiraSuplente: Júlio Cesar Silveira

Unidade representada: NiteróiDelegado: Giuliano Felipe dos Santos Caruso Suplente: Paulo Augusto Alves

Unidade representada: Ouro PretoDelegado: Carlos Alberto de Matos JeunonSuplente: Caio Mario Trivelato Seabra

Unidade representada: PetrópolisDelegado: Julio Luiz Pires KoelerSuplente: Carlos Alberto Loyolla Resende

Unidade representada: Poços de CaldasDelegado: Fábio Amorelli VieiraSuplente: Cláudio dos Anjos Bueno

Unidade representada: Rio de Janeiro - Centro Delegada: Maria Helena Abreu TeixeiraSuplente: Daisy Emília dos Santos Queiroz

Unidade representada: Rio de Janeiro - NorteDelegado: Carlos Roberto LopesSuplente: Juliana Garbayo dos Santos

Unidade representada: Teófilo OtoniDelegado: Arnaldo Pereira da SilvaSuplente: Dayane Borges Viana

Unidade representada: UberabaDelegado: Mercedes de Miranda LeiteSuplente: Vago

Unidade representada: UberlândiaDelegado: Alessandro Elias Ferreira MartinsSuplente: Maria Cristina Marques Passos

Unidade representada: VarginhaDelegado: Luiz Humberto de MagalhãesSuplente: Maria Lúcia Á. de Azevedo Bahr

Unidade representada: VitóriaDelegada: Maria Virgínia de MedeirosSuplente: Tarcízio Moreira Neves

Unidade representada: Volta RedondaDelegado: Carlos Daniel MoutinhoSuplente: Bruno de Paula Menezes

Unidade representada: BarbacenaDelegado: Eduardo Augusto FortesSuplente: Sandra Mara Cancela

Unidade representada: Belo HorizonteDelegado: Leonard Joseph TavesSuplente: Vago

Unidade representada: CamposDelegado: Reginaldo RizzoSuplente: Cláudio Rodrigues Teixeira

Unidade representada: ContagemDelegado: Fábio Lício BarretoSuplente: Ismael Gomes de Oliveira Sobrinho

Unidade representada: DiamantinaDelegado: Marco Olímpio MarraSuplente: Marcelo Santos Miranda

Unidade representada: DivinópolisDelegado: Daniele Patrícia C. RitaSuplente: Vago

Unidade representada: Duque de CaxiasDelegado: Salvador Bernardo Moreno MartinSuplente: Vago

Unidade representada: BlumenauDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: CanoasDelegada: Clarissa Coelho BassinSuplente: Omar Mamud Sales

Unidade representada: CascavelDelegado: Emerson Malta VilanovaSuplente: Sylvio Roberto Gomes Soares

Unidade representada: Caxias do SulDelegado: Edson Luiz AguzzoliSuplente: Cristiane da Silveira Souto

Unidade representada: ChapecóDelegada: Denise Furquim de PaulaSuplente: Henrique Dias Fabrício

Unidade representada: CriciúmaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: CuritibaDelegada: Raquel Fernandes ScheffelSuplente: Fábio Fontes Faria

Unidade representada: FlorianópolisDelegada: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: Ijuí Delegado: James Ricarchenevsky Suplente: João Carlos Lisboa

Unidade representada: JoinvilleDelegado: Cláudio Luíz Bley do NascimentoSuplente: Ricardo Vieira Ferreira

Unidade representada: LondrinaDelegado: Luiz Fernando Ninho GimenezSuplente: Christiano Augusto Sambatti Pieralisi

Unidade representada: MaringáDelegada: Antônio Carlos LugliSuplente: Vago

Unidade representada: Novo HamburgoDelegado: José Alexandre SfairSuplente: Luis Carlos Rogério Freire

Unidade representada: Passo FundoDelegado: Luciana de Oliveira RennerSuplente: Vago

Unidade representada: PelotasDelegado: Maria Laudecena VasconcelosSuplente: Luís Mário Corrêa Coutinho

Unidade representada: Ponta GrossaDelegada: Cláudia Fernando FernandesSuplente: Nassib Haddad

Unidade representada: Porto AlegreDelegado: Francisco Carlos LucianiSuplente: Vago

Unidade representada: Santa MariaDelegado: Mário Eleu Mazzini SilvaSuplente: Elena Maia Forgiarini Balem

Unidade representada: UruguaianaDelegado: Gustavo Schuler DiruleguiSuplente: Vago

Região III - Sul

Unidade representada: AracajuDelegado: José Ricardo Silva RosaSuplente: Andréa Gama da Silva Figueiredo

Unidade representada: BarreirasDelegado: Rita Rosângela de Jesus ReisSuplente: Luiz Augusto Cordeiro de Andrade

Unidade representada: Campina GrandeDelegado: Flawber Antônio CruzSuplente: Jeferson Antônio Lima de Brito

Unidade representada: Caruaru Delegada: Maria Liliana Lins AragãoSuplente: Karllus Andhre Leite Santos

Unidade representada: Feira de SantanaDelegado: Ronel da Silva FranciscoSuplente: Vago

Unidade representada: FortalezaDelegada: Judite Maria VasconcelosSuplente: Francisco Xavier de Araújo

Unidade representada: GaranhunsDelegado: Ricardo Ventura dos SantosSuplente: Robson de Arruda Rito

Unidade representada: ImperatrizDelegado: Reginaldo Nascimento BatistaSuplente: Edson Francisco dos Santos

Unidade representada: ItabunaDelegado: Maristela de Araujo CarvalhoSuplente: Ruy Oliveira de Sousa

Unidade representada: João PessoaDelegada: Almir Nóbrega da Silva FilhoSuplente: Mário de Almeida P. Coutinho

Unidade representada: Juazeiro Delegado: André Luiz Barbosa RochaSuplente: Maria Irene Nunes da Silva

Unidade representada: Juazeiro do NorteDelegada: Sionara Melo F. de CarvalhoSuplente: Vago

Unidade representada: MaceióDelegado: José Edivilson Castro Suplente: Oliveiro Torres Pianco

Unidade representada: MossoróDelegado: Pedro Anísio Soares NetoSuplente: Liliane Martins Negreiros de Miranda

Unidade representada: NatalDelegado: Heltron Israel Saraiva Xavier da SilvaSuplente: Patrícia Araújo Freire

Unidade representada: PetrolinaDelegado: Edinaldo de Barros TorresSuplente: Vago

Unidade representada: RecifeDelegada: Ena Maria Albuquerque da PazSuplente: Ruth Eleuterio Serpa

Unidade representada: SalvadorDelegada: Marcos Charelli Meyer Suplente: Renato Dantas Cruz

Unidade representada: Santo Antônio de JesusDelegado: Joaldo dos Santos FerreiraSuplente: Ailton Aparecido da Cunha

Unidade representada: SobralDelegado: José Carlos Figueiredo MartinsSuplente: Vago

Unidade representada: Vitória da ConquistaDelegado: Laerte Marques de SenaSuplente: Artur Emílio de Carvalho Franca

Unidade representada: São LuísDelegada: Olímpia Marta de O. FigueiredoSuplente: Francisco Lúcio Carneiro Lima

Unidade representada: TeresinaDelegada: Silvana Sales BarbosaSuplente: Joeline Maria Cleto Serqueira

Região IV - Nordeste

Unidade representada: AnápolisDelegado: Paulo Roberto TaveiraSuplente: Airton França Diniz Junior

Unidade representada: BelémDelegada: Cláudia Beatriz AlbuquerqueSuplente: Simone Guilhon Zoghbi

Unidade representada: Boa VistaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: Campo GrandeDelegada: Eliane Araújo e Silva FelixSuplente: Lúcio Mário da Cruz Bulhões

Unidade representada: CuiabáDelegado: Sarah de Freitas Novaes Suplente: Sebastião Fernandez

Unidade representada: Distrito FederalDelegado: Josierton Cruz BezerraSuplente: Alexandre Teixeira Gripp

Unidade representada: DouradosDelegado: Ricardo Andrade HespanholSuplente: Takeshi Matsubara

Unidade representada: GoiâniaDelegado: Ricardo Augusto Barbosa MedeirosSuplente: Marcelo Vinícius de Andrade

Unidade representada: MacapáDelegado: Maracy Laurindo Dantas dos SantosSuplente: José Elias Madureira Batista

Unidade representada: ManausDelegado: Cléber Naief MoreiraSuplente: Edson Mauro Silva Oliveira

Unidade representada: PalmasDelegado: Jorge Manuel MendesSuplente: Juarez Carlos de Carvalho

Unidade representada: Porto VelhoDelegado: Aderson Siciliano ColafranceschiSuplente: Vago

Unidade representada: Rio BrancoDelegado: Rodrigo Prado SantiagoSuplente: Guilherme Augusto Pulici

Região V - Centro-Oeste, Norte

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61ANMP em foco - Dezembro/2010

Saiba quem são os delegados da ANMP em todo o paísRegião I - São Paulo

Unidade representada: OsascoDelegado: João Anrimar GarciaSuplente: Hugo Ludovico Martins

Unidade representada: PiracicabaDelegado: Fabio Armando Souza FriasSuplente: Vorney de Camargo P. Busato

Unidade representada: Presidente PrudenteDelegado: Pedro Aparecido CorreiaSuplente: José de Oliveira Costa Filho

Unidade representada: Ribeirão PretoDelegado: Renato Pacheco ArenaSuplente: Sergino Mirandola Dias

Unidade representada: Santo AndréDelegada: Graciella Silva da ConceiçãoSuplente: Guilherme Bueno da Silva

Unidade representada: SantosDelegado: Márcio Aurélio SoaresSuplente: Valério Arini Pereira

Unidade representada: São Bernardo do CampoDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: São João da Boa VistaDelegada: Karina Braido SanturbanoSuplente: Davi Mereu Moreno

Unidade representada: São José do Rio Preto Delegada: Maria José ModelliSuplente: Raquel Esperafico

Unidade representada: São José dos CamposDelegada: Margaret Inácia G. QueirogaSuplente: Júlio Luiz Monastério Viruez

Unidade representada: São Paulo - CentroDelegado: Ricardo AbdouSuplente: Miguel Adolfo Tabacow

Unidade representada: São Paulo - NorteDelegado: Altair Rodrigues CavencoSuplente: Vera Regina Pandolfo

Unidade representada: São Paulo - OesteDelegada: Marisa Corrêa da SilvaSuplente: Arnaldo Villela Biacnin

Unidade representada: São Paulo - LesteDelegado: Rafael Cavalheiro MarafonSuplente: Vago

Unidade representada: São Paulo - SulDelegado: Yuri José Silva NascimentoSuplente: Rene Almoualem de Souza

Unidade representada: SorocabaDelegado: Cássio Roberto SalaSuplente: André Augusto Costa Vianna

Unidade representada: TaubatéDelegado: Augusto José Cavalcanti FilhoSuplente: Renata Portella Tarcitano

Unidade representada: AraçatubaDelegada: Adriana Lopes CavalcantiSuplente: Angélica Cristina Rei

Unidade representada: AraraquaraDelegado: Luis Henrique B. FalcãoSuplente: Sidney Antonio Mazzi

Unidade representada: BauruDelegado: André Fernando Teixeira CoelhoSuplente: Maria Eugênia Cunha

Unidade representada: CampinasDelegado: Ângela Bonilha Ribeiro Turrer Suplente: Gabriel Arcanjo Rodrigues de Almeida

Unidade representada: Guarulhos Delegado: Newton Pinto Araújo NetoSuplente: Oswaldo Luiz Mangolin

Unidade representada: JundiaíDelegada: Regina TreymannSuplente: Gisele Kátia Câmara

Unidade representada: Marília Delegado: Eliandro José Gutierris Suplente: Ricardo Gomes Beretta

Região II - Sudeste

Unidade representada: Governador ValadaresDelegado: Altair Paes RochaSuplente: Alcides Melo Gomes

Unidade representada: Juiz de ForaDelegado: Oswaldino Welerson SottSuplente: Antônio Bartolomeu Dias Jr.

Unidade representada: Montes ClarosDelegado: Genival VieiraSuplente: Júlio Cesar Silveira

Unidade representada: NiteróiDelegado: Giuliano Felipe dos Santos Caruso Suplente: Paulo Augusto Alves

Unidade representada: Ouro PretoDelegado: Carlos Alberto de Matos JeunonSuplente: Caio Mario Trivelato Seabra

Unidade representada: PetrópolisDelegado: Julio Luiz Pires KoelerSuplente: Carlos Alberto Loyolla Resende

Unidade representada: Poços de CaldasDelegado: Fábio Amorelli VieiraSuplente: Cláudio dos Anjos Bueno

Unidade representada: Rio de Janeiro - Centro Delegada: Maria Helena Abreu TeixeiraSuplente: Daisy Emília dos Santos Queiroz

Unidade representada: Rio de Janeiro - NorteDelegado: Carlos Roberto LopesSuplente: Juliana Garbayo dos Santos

Unidade representada: Teófilo OtoniDelegado: Arnaldo Pereira da SilvaSuplente: Dayane Borges Viana

Unidade representada: UberabaDelegado: Mercedes de Miranda LeiteSuplente: Vago

Unidade representada: UberlândiaDelegado: Alessandro Elias Ferreira MartinsSuplente: Maria Cristina Marques Passos

Unidade representada: VarginhaDelegado: Luiz Humberto de MagalhãesSuplente: Maria Lúcia Á. de Azevedo Bahr

Unidade representada: VitóriaDelegada: Maria Virgínia de MedeirosSuplente: Tarcízio Moreira Neves

Unidade representada: Volta RedondaDelegado: Carlos Daniel MoutinhoSuplente: Bruno de Paula Menezes

Unidade representada: BarbacenaDelegado: Eduardo Augusto FortesSuplente: Sandra Mara Cancela

Unidade representada: Belo HorizonteDelegado: Leonard Joseph TavesSuplente: Vago

Unidade representada: CamposDelegado: Reginaldo RizzoSuplente: Cláudio Rodrigues Teixeira

Unidade representada: ContagemDelegado: Fábio Lício BarretoSuplente: Ismael Gomes de Oliveira Sobrinho

Unidade representada: DiamantinaDelegado: Marco Olímpio MarraSuplente: Marcelo Santos Miranda

Unidade representada: DivinópolisDelegado: Daniele Patrícia C. RitaSuplente: Vago

Unidade representada: Duque de CaxiasDelegado: Salvador Bernardo Moreno MartinSuplente: Vago

Unidade representada: BlumenauDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: CanoasDelegada: Clarissa Coelho BassinSuplente: Omar Mamud Sales

Unidade representada: CascavelDelegado: Emerson Malta VilanovaSuplente: Sylvio Roberto Gomes Soares

Unidade representada: Caxias do SulDelegado: Edson Luiz AguzzoliSuplente: Cristiane da Silveira Souto

Unidade representada: ChapecóDelegada: Denise Furquim de PaulaSuplente: Henrique Dias Fabrício

Unidade representada: CriciúmaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: CuritibaDelegada: Raquel Fernandes ScheffelSuplente: Fábio Fontes Faria

Unidade representada: FlorianópolisDelegada: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: Ijuí Delegado: James Ricarchenevsky Suplente: João Carlos Lisboa

Unidade representada: JoinvilleDelegado: Cláudio Luíz Bley do NascimentoSuplente: Ricardo Vieira Ferreira

Unidade representada: LondrinaDelegado: Luiz Fernando Ninho GimenezSuplente: Christiano Augusto Sambatti Pieralisi

Unidade representada: MaringáDelegada: Antônio Carlos LugliSuplente: Vago

Unidade representada: Novo HamburgoDelegado: José Alexandre SfairSuplente: Luis Carlos Rogério Freire

Unidade representada: Passo FundoDelegado: Luciana de Oliveira RennerSuplente: Vago

Unidade representada: PelotasDelegado: Maria Laudecena VasconcelosSuplente: Luís Mário Corrêa Coutinho

Unidade representada: Ponta GrossaDelegada: Cláudia Fernando FernandesSuplente: Nassib Haddad

Unidade representada: Porto AlegreDelegado: Francisco Carlos LucianiSuplente: Vago

Unidade representada: Santa MariaDelegado: Mário Eleu Mazzini SilvaSuplente: Elena Maia Forgiarini Balem

Unidade representada: UruguaianaDelegado: Gustavo Schuler DiruleguiSuplente: Vago

Região III - Sul

Unidade representada: AracajuDelegado: José Ricardo Silva RosaSuplente: Andréa Gama da Silva Figueiredo

Unidade representada: BarreirasDelegado: Rita Rosângela de Jesus ReisSuplente: Luiz Augusto Cordeiro de Andrade

Unidade representada: Campina GrandeDelegado: Flawber Antônio CruzSuplente: Jeferson Antônio Lima de Brito

Unidade representada: Caruaru Delegada: Maria Liliana Lins AragãoSuplente: Karllus Andhre Leite Santos

Unidade representada: Feira de SantanaDelegado: Ronel da Silva FranciscoSuplente: Vago

Unidade representada: FortalezaDelegada: Judite Maria VasconcelosSuplente: Francisco Xavier de Araújo

Unidade representada: GaranhunsDelegado: Ricardo Ventura dos SantosSuplente: Robson de Arruda Rito

Unidade representada: ImperatrizDelegado: Reginaldo Nascimento BatistaSuplente: Edson Francisco dos Santos

Unidade representada: ItabunaDelegado: Maristela de Araujo CarvalhoSuplente: Ruy Oliveira de Sousa

Unidade representada: João PessoaDelegada: Almir Nóbrega da Silva FilhoSuplente: Mário de Almeida P. Coutinho

Unidade representada: Juazeiro Delegado: André Luiz Barbosa RochaSuplente: Maria Irene Nunes da Silva

Unidade representada: Juazeiro do NorteDelegada: Sionara Melo F. de CarvalhoSuplente: Vago

Unidade representada: MaceióDelegado: José Edivilson Castro Suplente: Oliveiro Torres Pianco

Unidade representada: MossoróDelegado: Pedro Anísio Soares NetoSuplente: Liliane Martins Negreiros de Miranda

Unidade representada: NatalDelegado: Heltron Israel Saraiva Xavier da SilvaSuplente: Patrícia Araújo Freire

Unidade representada: PetrolinaDelegado: Edinaldo de Barros TorresSuplente: Vago

Unidade representada: RecifeDelegada: Ena Maria Albuquerque da PazSuplente: Ruth Eleuterio Serpa

Unidade representada: SalvadorDelegada: Marcos Charelli Meyer Suplente: Renato Dantas Cruz

Unidade representada: Santo Antônio de JesusDelegado: Joaldo dos Santos FerreiraSuplente: Ailton Aparecido da Cunha

Unidade representada: SobralDelegado: José Carlos Figueiredo MartinsSuplente: Vago

Unidade representada: Vitória da ConquistaDelegado: Laerte Marques de SenaSuplente: Artur Emílio de Carvalho Franca

Unidade representada: São LuísDelegada: Olímpia Marta de O. FigueiredoSuplente: Francisco Lúcio Carneiro Lima

Unidade representada: TeresinaDelegada: Silvana Sales BarbosaSuplente: Joeline Maria Cleto Serqueira

Região IV - Nordeste

Unidade representada: AnápolisDelegado: Paulo Roberto TaveiraSuplente: Airton França Diniz Junior

Unidade representada: BelémDelegada: Cláudia Beatriz AlbuquerqueSuplente: Simone Guilhon Zoghbi

Unidade representada: Boa VistaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: Campo GrandeDelegada: Eliane Araújo e Silva FelixSuplente: Lúcio Mário da Cruz Bulhões

Unidade representada: CuiabáDelegado: Sarah de Freitas Novaes Suplente: Sebastião Fernandez

Unidade representada: Distrito FederalDelegado: Josierton Cruz BezerraSuplente: Alexandre Teixeira Gripp

Unidade representada: DouradosDelegado: Ricardo Andrade HespanholSuplente: Takeshi Matsubara

Unidade representada: GoiâniaDelegado: Ricardo Augusto Barbosa MedeirosSuplente: Marcelo Vinícius de Andrade

Unidade representada: MacapáDelegado: Maracy Laurindo Dantas dos SantosSuplente: José Elias Madureira Batista

Unidade representada: ManausDelegado: Cléber Naief MoreiraSuplente: Edson Mauro Silva Oliveira

Unidade representada: PalmasDelegado: Jorge Manuel MendesSuplente: Juarez Carlos de Carvalho

Unidade representada: Porto VelhoDelegado: Aderson Siciliano ColafranceschiSuplente: Vago

Unidade representada: Rio BrancoDelegado: Rodrigo Prado SantiagoSuplente: Guilherme Augusto Pulici

Região V - Centro-Oeste, Norte

Page 62: Revista ANMP 16

62 ANMP em foco - Dezembro/2010

Diz o ditado: “o que não nos mata, nos fortalece”. Durante dez anos da minha vida, me dediquei arduamente para o nascimento e depois o fortalecimento de nossa carreira. Contudo, tenho que dizer que, apesar das adversidades, somente nos últimos dois anos entendi o significado do ditado acima. Estes dois anos foram duros, difíceis e muitas vezes tive vontade de desistir, mas como desistir não é uma coisa à qual eu me permita, não é um verbo que faça parte do meu vocabulário, eu resisti, vivi e me fortaleci, assim como a ANMP. Nossa Associação está mais forte e viva do que nunca. Meus caminhos como diretor da ANMP terminam agora, em abril de 2011. Como já foi dito nas reuniões locais e regionais promovidas pela Diretoria no final deste ano, não sou candidato a nada. Isto não significa, no entanto, me afastar desta Associação e desta carreira que amo de coração. Com a renovação constante dos quadros médico-periciais surgiu uma nova carreira e como já disse várias vezes, eu sou um perito antigo, agora é a vez dos novos peritos assumirem o comando e decidirem o futuro da carreira. Não saio levando mágoas, ao contrário. Estou nutrido de muito orgulho de tudo o que todos nós, associados, construímos. Em relação à minha pessoa, foram anos de trabalho árduo, de abandono de minha vida pessoal e principalmente de abandono do convívio com a minha família, que me é tão cara, para me dedicar à construção desta carreira. Poderia dizer que tudo valeu a pena, mas não seria verdade. Os ataques à minha pessoa nunca valeram a pena. Espero sinceramente que, seja quem for a assumir o comando da ANMP, não enfrente a oposição feroz e cega que esta Diretoria enfrentou antes e depois de sua eleição. Ao falar sobre

O que não nos mata, nos fortalece!esta oposição, não vou agora me privar de lamentar o comportamento de muitos colegas que falsearam com a verdade, distorceram os fatos, fecharam os ouvidos aos argumentos; que não souberam respeitar decisões democraticamente adotadas e recorreram à justiça para impor suas opiniões na tentativa insana de destruir a Associação. Tudo isso, como forma de destruir a minha pessoa.

Espero que a próxima Diretoria não enfrente o “fogo amigo”, os constantes “tiros no pé” e, principalmente, a incansável luta de egos que se tornou nosso convívio associativo nos últimos dois anos. Tenho prazer em dizer para aqueles que queriam me destruir ou no mínimo me fazer desistir da presidência da ANMP, que só fizeram me fortalecer com esta postura. Saibam que a grande maioria calada que não participa do clima bélico instaurado no fórum não é

cega e nem surda. Esta maioria percebe que a Diretoria sempre agiu às claras, enquanto os interesses pessoais constantemente permearam cada ataque, cada ação contra a minha pessoa, contra esta Diretoria e contra a própria ANMP. Tenham certeza que as próximas eleições trarão renovação para a nossa Associação, não só com minha despedida como Diretor: quero deixar claro que jamais me furtarei a ajudar esta carreira e em momento algum trilharei no caminho da oposição cega. Saibam também que esta renovação vai atingir em especial àqueles que veem no associativismo uma maneira de auto-promoção, de garantir benesses pessoais. Como diz outro velho ditado: “A caravana passa”. Para os ferozes opositores da ANMP, ela está passando agora.

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Luiz Carlos de Teive e ArgoloPresidente da ANMP

Page 63: Revista ANMP 16

63ANMP em foco - Dezembro/2010www.anmp.org.br

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64 ANMP em foco - Dezembro/2010