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Revista da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social Ano IV - Janeiro/Fevereiro de 2011 - Número 17 Governo e ANMP reabrem o diálogo Dois fóruns inovam no 3º Congresso Eleições 2011 Conheça as chapas Fortalecimento do INSS é prioridade de Hauschild

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Page 1: Revista ANMP 17

Revista da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência SocialAno IV - Janeiro/Fevereiro de 2011 - Número 17

Governo e ANMP reabrem o diálogo

Dois fóruns inovam no 3º Congresso

Eleições 2011 Conheça as chapas

Fortalecimento do INSS é prioridade de Hauschild

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Revista da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência SocialAno IV – Número 17

Diretor Presidente:Luiz Carlos de Teive e Argolo

Vice-presidente:Emanuel S. de Menezes

Diretor Tesouraria:Marcus Vinícius Netto

Primeiro Secretário:Geilson Gomes

Segundo Secretário:Eduardo Bolfarini

Conselho Fiscal:Alaor Ernest ScheinSamuel AbranquesCelso da Silveira

Suplentes doConselho Fiscal:Eliane FelixLuiz HumbertoAugusto Cavalcanti

Sede:Setor Hoteleiro Sul Qd. 6Bloco A - Sls. 408/409Ed. Brasil 21 - Brasília (DF)CEP: 70.322-915

Tiragem: 8.000 exemplares.

Telefone: (61) 3321 1200Fax: (61) 3321 1206Endereço eletrônico:www.anmp.org.br

E-mails:[email protected]@anmp.org.br

Assessoria de Imprensa:[email protected]

Editora Responsável:Rose Ane Silveira(DRT 1965/DF)

Estagiária:Joana Silva Malec

Capa e projeto gráfico: Assessoria de Imprensa da ANMP

Diagramação:2a2 Design

Revisão: Denise Goulart

Imagens:Banco de Imagens da ANMPStock.xchngWikimediaAgência BrasilBanco de imagens da 2a2 Design

Publicidade:Secretaria ANMPTel: (61) 3321 1200

Reprodução: A reprodução de artigos desta revista poderá ser feita mediante autorização do editor. ANMP em foco não se responsabiliza por opiniões emitidas em artigos assinados, sendo estes de responsabilidade de seus autores.

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3ANMP em foco - Fevereiro/2011

Momento decisivo para a perícia

Luiz Carlos de Teive e ArgoloPresidente da ANMP

Esta é com certeza uma das edições mais ri-cas da nossa Revista ANMP em foco e três te-mas fundamentais para a categoria estão sendo tratados: a retomada do diálogo da Associação com o governo, a realização do 3º Congresso Brasileiro de Perícia Médica Previdenciária e as eleições da ANMP 2011.

Desde o início do ano, a Diretoria da ANMP manteve inúmeros encontros informais e uma audiência formal com o novo ministro da Previ-dência Social, Garibaldi Alves, e dois encontros formais com o novo presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild. Esta Diretoria esteve em en-contros específicos com os diretores da DIRAT, Filomena Bastos, de RH, José Nunes Filho, e com o procurador do INSS, Alessandro Stefanutto. Já solicitamos audiência com o Dr. Duvanier Paiva, Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que de-verá ocorrer após o carnaval, quando esta revista já deverá estar nas mãos de nossos associados.

Todos os integrantes da cúpula do INSS já citados confirmaram participação no nosso 3º Congresso, que acontecerá entre os dias 26 e 29 de abril, no Rio de Janeiro. Além deles, contaremos com autoridades como parlamen-tares e o próprio Duvanier Paiva, que vai dis-cutir questões como carreira de Estado, paga-mento por meio de gratificação ou subsídio e o futuro da perícia médica previdenciária den-tro do serviço público federal.

O 3º Congresso será o maior evento promo-vido pela nossa categoria, tendo dois fóruns na-cionais, um internacional, mas principalmente o debate político-institucional sobre a carreira será o grande destaque deste evento, destinado a mais de mil peritos médicos previdenciários. Neste ano, inovamos tirando todo o caráter po-lítico do Congresso, com a realização das elei-ções no mês de março, antes do evento.

Em relação às eleições, quero destacar que pela primeira vez na história de nossa Associa-ção temos três chapas disputando o pleito. Nes-ta edição, dando o mesmo espaço a cada uma das chapas, como determina o nosso Estatuto, estamos divulgando a composição de cada uma e suas propostas.

Como dirigente desta Associação há oito anos, e seu presidente há quatro anos, espero ver à frente da ANMP no próximo biênio profis-sionais sérios, realmente comprometidos com o associativismo e com o trabalho de união. Es-pero que tenhamos uma eleição tranquila, sem recursos judiciais, com a maior participação dos peritos de nossa história. Que o caminho da ANMP seja união e tranquilidade para lutar pe-los interesses da categoria.

Ao apresentar esta edição, deixo aqui os temas de nossa revista, como o diálogo com o governo, o que queremos para o futuro de nos-sa carreira e o sucesso do nosso 3º Congresso, para a reflexão de todos e faço um convite para uma boa leitura!

Colegas

Em foco

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4 ANMP em foco - Fevereiro/2011

78Belizário I – Papagaio de penacho

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37Perícia médica previdenciária e transformações demográficas no Brasil

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50 ANMP e EAGU celebram acordo de cooperação para capacitação profissionalC

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53Eleições 2011 – pela primeira vez, três chapas disputam o comando da ANMPEl

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55Eleições ANMP 2011. Conheça as chapas que disputam a diretoria da ANMPEl

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67Balanço departamento jurídico

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76Saiba quem são seus delegados

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Índice

35Epilepsia: uma análise do impacto laboralAr

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34 Índice de agressões reportadas à ANMP cai em 2010Ag

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33 Perícia reafirma rejeição à terceirização do INSS

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23 Governo e ANMP reatam diálogo

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20Fortalecimento do INSS é prioridade de Mauro HauschildPe

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7Dois fóruns inovam no 3º Congresso

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53º Congresso: perícia discute futuro da categoria

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Page 5: Revista ANMP 17

5ANMP em foco - Fevereiro/2011

O 3º Congresso de Perícia Médica Previdenciá-ria, que acontecerá entre os dias 26 e 29 de abril de 2011, no Rio de Janeiro, será de grande relevância para os médicos peritos previdenciários. O evento abrirá discussões de suma importância, não só téc-nica como também política para a categoria, pois debaterá grandes temas, como por exemplo: qual é o melhor modelo de carreira para os peritos médi-cos da Previdência Social? Até onde vai o papel da perícia, ele se esgota no ato pericial? Qual a me-lhor forma que a perícia médica pode trabalhar o marketing associativo?

Um dos dilemas hoje enfrentados para cate-goria gira em torno da discussão sobre o melhor regime de trabalho. De um lado, a opção da Car-reira Típica de Estado, que são aquelas que exer-cem atribuições relacionadas à expressão do Poder Estatal, não possuindo, portanto, correspondência no setor privado. Integram o núcleo estratégico do

Estado, requerendo, por isso, maior capacitação e responsabilidade e estão previstas no artigo 247 da Constituição Federal e no artigo 4º, inciso III, da Lei nº 11.079, de 2004. Sendo uma carreira forte, de Estado, a perícia deve receber vencimentos que contemplem sua importância.

Do outro lado, a manutenção da perícia médica como uma carreira simples do serviço público fe-deral, tratando-se da classe médica, o que permi-te o acúmulo de mais de um vínculo empregatício, mas, em contraposição, gera a baixa remuneração da categoria. A carreira típica exige exclusividade e um médico do SUS, que não é considerado carreira típica, tem salário inicial de R$ 2 mil, mas pode ter outras fontes públicas ou privadas de renda.

A forma de remuneração da carreira, se por gratificação ou por subsídio, também será tema de debate. A opção de remuneração por subsídio, que está prevista na Constituição Federal (parágrafo 4º

3º Congresso: perícia discute futuro da carreira

3º Congresso

Reunião da Comissão Científica, em Brasília.

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do art. 39), tem sido muito debatida dentro da cate-goria, mas seus pontos favoráveis e contrários não têm sido devidamente pesados, e o Congresso será a oportunidade para que a perícia analise todos os prós e contras de cada modelo.

Um ponto que vale ser ressaltado, na proposta por subsídio, é a segurança jurídica contra aumen-tos diferenciados entre ativos, aposentados e pen-sionistas, pois, após a implantação do subsídio, não há tratamento diferenciado, sendo assim, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação, ou outra espécie remuneratória que não esteja prevista e es-pecificada em lei.

O Congresso terá ampla discussão sobre o futu-ro da carreira médica pericial previdenciária, o pa-lestrante Antonio Augusto de Queiroz (DIAP) faz a apresentação das diferenças entre o subsídio e a re-muneração por vencimentos. Em sua apresentação, ele pondera sobre o subsídio, partindo do princípio da sua não subdivisão, já a remuneração é subdivi-dida em vencimento e vantagens pecuniárias.

Ainda no evento, será aberto espaço para dis-cussões sobre os desafios do exame médico peri-cial, simulações e técnicas semióticas ligadas à pe-rícia. No 1º Fórum Nacional de Assistência Técnica à Procuradoria Federal Especializada, haverá pa-lestras sobre qual o Papel da Procuradoria Fede-ral e da Perícia Médica Previdenciária na deman-da judicial em benefícios por incapacidade com a participação de Alessandro Antonio Stefanutto discorrendo sobre a atuação da PFE (Procuradoria Federal Especializada).

Na tentativa de delinear qual a importância da careira na esfera governamental, ainda no dia 29 de abril, o 3 º Congresso terá participação de representantes do governo, com a presença do palestrante Luiz Alberto dos Santos (Casa Civil), que vai discorrer sobre como o governo enxerga o trabalho da Perícia Médica Previdenciária. Já a Co-ordenadora Geral de Administração de RH – INSS--DF, Mônica Arcoverde Moraes, terá participação relevante na apresentação de medidas, por parte do INSS, sobre política de saúde do servidor médi-co perito previdenciário.

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7ANMP em foco - Fevereiro/2011

O 3º Congresso Brasileiro de Perícia Médica Previdenciária será o maior já realizado pela cate-goria. Serão sete cursos, 31 mesas em cinco salas concomitantes, além de dois eventos incidentais: o 1º Fórum Nacional de Assistência Técnica à Procu-radoria Federal Especializada e o 1º Fórum Interna-cional de Perícia Previdenciária. As grades de cur-sos, além de focar as demandas mais frequentes, contará com um curso de Metodologia Científica com o intuito de ensinar e estimular a produção científica dentro da casa.

A abertura será com o pesquisador do IPEA, a priori, Paulo Tafner, que proferirá a palestra magna “Gestão de Benefícios por Incapacidade pelo INSS” para uma mesa composta por autoridades do go-verno. O IPEA é a base científica para várias toma-das de decisões governamentais.

O primeiro dia priorizará o conteúdo técnico, com destaque para a presença do Dr. Milton Hel-fenstein e sua visão bem embasada sobre DORT. Haverá uma mesa-redonda sobre condições de

trabalho enfocando também assédio moral e vio-lência, com a presença de renomados profissionais no assunto. Várias mesas sobre temas controver-sos na decisão pericial, como simulação e a rela-ção com o DETRAN. Tudo sempre com o enfoque dirigido para a atividade pericial. Inovando, haverá um colóquio interativo sobre dorsolombalgia com respostas rápidas, onde o palestrante responderá a perguntas selecionadas previamente enviadas pelos participantes, com possibilidade de partici-pação dos presentes.

O 2º dia terá também temas técnicos, mas priorizará as discussões políticas da carreira, com destaque para a presença de outras entidades as-sociativas mostrando suas experiências e como se tornaram bem-sucedidas. Haverá uma discussão sobre a carreira com a presença de atores de cons-trução de estruturas de carreira dentro e fora do governo. Haverá uma mesa-redonda com a vi-são sobre incapacidade discutida por membros do Judiciário, do MPF e de médicos externos.

Dois fóruns inovam no 3º CongressoGeilson Gomes de OliveiraPresidente da Comissão Científica do 3º Congresso 3º C

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8 ANMP em foco - Fevereiro/2011

Sem falar que contaremos com a exposição de um cine clube com debate em seguida facilita-do por um psicanalista.

O 1º Fórum Nacional de Assistência Técnica à Procuradoria Federal Especializada será o maior evento do tipo realizado pela categoria e vem ao encontro do momento político advindo da “epi-demia” de benefícios questionados nas esferas ju-diciais e toda repercussão disto na casa. O fórum visa ao alinhamento de ideias e exposição de expe-riências, com a presença de renomados juízes e de membros proeminentes da AGU.

Para finalizar o Congresso, haverá o nosso pri-meiro evento internacional, 1º Fórum Internacio-nal de Perícia Previdenciária, onde contaremos a

princípio com a presença do Dr. Thomas Golden, da Universidade de Cornell, USA, de dois repre-sentantes da OISS (Organização Ibero-americana de Seguridade Social) e de um representante da EUMASS (União Europeia de Médicos do Seguro Social), além de expositores nacionais com expe-riência sobre o tema que farão a exposição com o intuito de conhecer métodos de trabalho realiza-dos em outros países. Este fórum despertou gran-de interesse dentro da casa, inclusive do próprio presidente Mauro Hauschild.

Temos a certeza de que a categoria terá um Congresso que marcará a sua história e que aponta-rá tendências técnicas e desdobramentos políticos como nunca antes vistos.

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Programação do Congresso

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Obs.: Programação prévia, sujeita a alterações.

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17ANMP em foco - Fevereiro/2011

Eliane Araujo e Silva Felix Médica pela UFMS, Especializa-ção em pediatria – AMB-SBP, Es-pecialização em Medicina do Tra-balho – AMB – ANAMT MBA em Gestão em Cooperativas Médicas – FGV Pós-graduação em Perícias Médicas – São Camilo Pós-gradu-

ação em Auditoria Médica – em andamento – FGV Pós-graduação em Perícias Médicas Previdenciárias – em andamento - Pitágoras Perito Médico da Pre-vidência Social onde atua como Assistente Técnico da Procuradoria Especializada Médica do Ministério da Fazenda – Delegada da ANMP na GEX CG/MS Di-retora Científica da Associação Sul-mato-grossense de Medicina do Trabalho – Membro das Câmaras Técnicas de Medicina do Trabalho e Perícias Médi-cas do CRM/MS.

Alfredo Jorge Cherem GEX Florianópolis – SC GEX Flo-rianópolis – SC - Médico Fisiatra - Médico do Trabalho - Perito Médico do INSS - Representan-te Técnico da Reabilitação Pro-fissional da DIRSAT na SR III - Professor de Pós-Graduação

em Medicina do Trabalho e Engenharia de Segu-rança do Trabalho - Doutor em Ergonomia.

Maria Helena Abreu Teixeira Graduada em Medicina pela Uni-versidade Federal Fluminense/UFF em 1984 - Especialização em Medicina de Adolescentes/Hebiatria pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ - Mestra em Saúde Pública (MPH)

pela University of Michigan - School of Public He-alth, MI, USA – em 2001 – Mestrado em Saúde Pú-blica e Saúde Ambiental reconhecido pela USP em 2005 - Pós-graduanda em Gestão Previdenciária pela Universidade Gama Filho-EAD, Pesquisadora Assistente e Coordenadora de Programa de Pesqui-sa em Detroit, do Departamento de Psiquiatria da University of Michigan; Pesquisadora Assistente da School of Public Health - University of Michigan, MI, USA - Staff-junior do Departamento de Medicina de Adolescentes da UERJ - Diretora do Posto de Saúde Dr. Mário Victor de Assis Pacheco da SMS do Rio de

Janeiro - Diretora do Posto de Saúde Dr. Ruy da Costa Leite da SMS do Rio de Janeiro - Assistente do Depar-tamento de Saúde Pública da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro - Assessora do Secretário de Saúde Pública do Município do Rio de Janeiro - Especialista em Regulação de Saúde Suplementar da Agência Nacional de Saúde Suplementar/ANS no pe-ríodo de 2002 a 2006 - Perita Médica Previdenciária da GEx Centro do Rio de Janeiro - Delegada ANMP na GEx Centro RJ - gestão 2009 / 2011.

Keti Stylianos Patsis Médica do trabalho - Conselheira do CRMPR - Coordena a Câmara Técnica de Medicina do Trabalho e a Câmara Técnica de Perícias e Auditoria - GEx Curitiba - lotada atualmente no SST - Diretora e presidente da Associação Parana-

ense de Medicina do Trabalho - Diretora de Ética e Defesa Profissional da Associação Nacional de Me-dicina do Trabalho.

Karina Braido Santurbano GEX de São João da Boa Vista –SP - Graduada pela Faculdade de Medicina de Marília - Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Londri-na - Pós-graduação Lato Sensu em Perícia Médica. Miguel Abud Marcelino Perito Médico da SST/Gex Petró-polis/RJ - Prof. Assistente de Saú-de Coletiva (FMP/FASE) - Mestre em Saúde Pública e Meio Ambien-te (ENSP/FIOCRUZ) - Especialista em Infectologia (SBI) e Medicina do Trabalho (Fund. Carlos Chagas/

UNIRIO) - Integrante do grupo de trabalho sobre o novo modelo do BPC e Diretrizes de Clínica Médica.

Comissão Científica

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Adriana Maria Hilu de Barros Moreira Curso superior de medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro no período de 1991 a 1997, Pós-graduação Lato sensu Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO - 1998-

2000 em Ginecologia e Obstetrícia - Pós-graduação Latu sensu: Instituto Fernandez Figueira – FIOCRUZ – 2000-2002 em Medicina Fetal - Perito Médico Pre-videnciário do INSS – SST/GEXRIO/Norte. Controle operacional de perícias médicas da Agência da Pre-vidência Social – Padre Miguel, período: 2006-2008 - Assistente técnica da Procuradoria Federal Especia-lizada INSS RJ, período junho de 2009 até a presente data. Chefe do Núcleo de Assessoramento Técnico Pericial - PFE/INSS 2ª Região, período junho de 2010 até a presente data.

Judite Maria da Silva Costa Formada em Medicina pela Uni-versidade Federal do Ceará - Re-sidência em pediatria geral pelo Hospital Infantil Albert Sabin Re-sidência em Neonatologia pela maternidade Escola Assis Chate-aubriant - Especialização em Me-

dicina do Trabalho pela Universidade Estácio de Sá - Perito Médico Gex – Fortaleza desde 2005 - Dele-gada da ANMP Gex For desde 2007 - Médica da UTI neonatal do Hospital Geral de Fortaleza.

Márcia Janise Graduação em Medicina na Universidade Gama Filho - RJ. Pós-graduação em Ginecologia - CESANTA - Sta Casa de Misericór-dia do Rio de Janeiro - Serviço do Prf Alkindar Soares. Pós Graduação em Medicina do Trabalho - Univer-

sidade Gama Filho. Chefe do Serviço de Ginecologia - Chefe de Unidade (UMAMP) da Prefeitura do Rio de Janeiro. Médica do Trabalho e Coordenadora de Pro-grama de Saúde do Trabalhador - SESI RJ. Aprovada no Concurso para Supervisor Médico Pericial - INSS 1998 GEx RJ Centro. Atualmente Coordenadora de Gerenciamento de Atividades Médico-Periciais - CGAMP, da DIRSAT.

Maria Virginia de Medeiros Eloy Sousa Perita Médica do INSS desde 1984 e aposentada desde setembro de 2010, vinculada à Gerência Execu-tiva Vitória e delegada da ANMP, tendo desempenhado, durante o

período de atividade no INSS, funções de execução e gestão. Ocupou o cargo de chefe de GBENIN na Gerência Executiva Vitória e ocupou por 2 vezes o cargo de Chefe da Divisão de Perícias Médicas junto à Diretoria de Benefícios do INSS em Brasília - Médi-ca, com especialização em Cardiologia, Medicina do Trabalho e Ergonomia Aplicada ao Trabalho - Exer-ceu a função de Agente da Inspeção do Trabalho (Médica do Trabalho) junto ao Ministério do Traba-lho e Emprego, na Delegacia Regional do Trabalho em Maceió, por admissão em concurso público.

Alexandre Coimbra GEX – Taubaté (SP)Médico Ortopedista (USP) - Mé-dico do Trabalho (Fundacentro) - Mestre em Engenharia Mecânica (UNESP) - Coordenador Geral de Perícias Médicas – DIRSAT - Brasí-lia/DF - Membro da Comissão de

Convênio Previdenciário Brasil-Alemanha.

Eduardo José Maia Bolfarini Perito Médico Previdenciário formado pela Faculdade de Me-dicina de Marília - Especializa-ção em Oftalmologia pela Facul-dade de Medicina de Marília e Unifesp - Pós-graduado em Me-dicina do Tráfego pelo Instituto Oscar Freire da USP - Ex-delega-

do da ANMP na Gex. Marília e Diretor da ANMP.

Geilson Gomes de Oliveira Graduado em Medicina pela Fa-culdade de Medicina da Universi-dade Federal do Ceará - Residên-cia em Obstetrícia e Ginecologia pelo Hospital Geral de Fortaleza. Pós-graduação em Medicina do Trabalho pela Universidade Es-tácio de Sá - Ex-chefia de SST da

Gerência de Fortaleza - Membro do GT permanen-te de normatização que revisa o Manual de Perí-cias Médicas - Tema livre premiado durante o 1° Congresso de Perícia Médica Previdenciária - Dire-tor 1° Secretário da ANMP.

Marcus Vinicius Netto Perito Médico Previdenciário, for-mado pela Universidade do Rio Grande do Sul (URGS) - Especiali-zação em Pneumologia - Pós-gra-duado em Medicina do Trabalho - Ex-delegado da ANMP na Gex. Novo Hamburgo.

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19ANMP em foco - Fevereiro/2011

Filomena Maria Bastos Gomes Formada em Medicina com pós- graduação em Pediatria e Me-dicina do Trabalho e MBA em Administração e sistemas de In-formações - No momento: Direto-ra de Saúde do Trabalhador - Foi Coordenadora Geral de Benefício

por Incapacidade e CG de Perícia Médica a partir de out/2007.

Germana Veloso Machado Guer-ra de Morais Médica pela Universidade de Per-nambuco - Residência médica em Clínica Médica - Pós-graduação em Endocrinologia; Pós-gradua-ção em auditoria em saúde - Pós--graduação em Medicina do Tra-

balho (em andamento) - Graduanda do curso de direito pela Faculdade de Alagoas - Coordenadora dos médicos peritos que atuam como assistentes técnicos na 6ª Vara Especial Cível/AL - Atual chefe do SST/Maceió/AL - Perita trabalhista do TRT 19ª Região.

Ena Albuquerque Perita Médica Previdenciária da Gerência Recife - Pós-graduada em Administração Hospitalar e Perícias Médicas - Especialista em Medicina do Trabalho - Faz parte de dois grupos de trabalho: NTEP e Aposentadoria Especial.

Alejandro Luquetti Formado pela Universidad de la República, Montevideo, Uruguai, em 1970 - Mestre em Medicina Tropical. Especialista em Proto-zoologia. Especialista em Aler-gia e Imunologia Clinica (ASBAI). Consultor na área de doença de

Chagas na OPAS e OMS - Professor Adjunto (IV) do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Uni-versidade Federal de Goias - editor da revista de Patologia Tropical (periódico trimestral) - Chefe do Ambulatório de doença de Chagas, Hospital das Clí-nicas da UFG. Vice-Presidente da Sociedade Brasi-leira de Parasitologia - Membro do Conselho Fiscal da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical Pes-quisa Pubmed: 78 artigos indexados. 21 capítulos de livro - Perito Médico Previdenciário desde 1975, aposentado em 2010 - Ex-membro da Comissão Fis-cal da ANMP, 2002-2009.

Antônio Carlos Estima Marasciulo Formado pela Universidad de la República, Montevideo, Médico, Universidade Federal do Rio Gran-de (RS), 1983 - Residência em Me-dicina Geral Comunitária. Unida-de Sanitária Murialdo, RS (1983) e Faculdade de Medicina de Petró-

polis, RJ (1984) - Mestre em Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ, 1991 - Visi-ting Research Fellow, London School of Economics, 2002-2003 - Doutor em Ciências, Departamento de Medicina Preventiva, FMUSP, 2004 - Médico Epide-miologista, Hospital Universitario/UFSC, 1994 - Su-pervisor Médico Pericial, INSS, 1998 - Professor do Curso de Mestrado Profissionalizante em Saúde e Gestão do Trabalho, UNIVALI, 2006.

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20 ANMP em foco - Fevereiro/2011

O novo presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild, tem vasta experiência na área previ-denciária e já demonstrou afinidade com a perícia médica previdenciária e preocupação com os pro-blemas que hoje atingem a categoria, como baixa remuneração, esvaziamento dos quadros e excesso na carga de trabalho.

Hauschild atuou junto à Procuradoria Fede-ral Especializada do INSS em Lajeado (RS), e ain-da como procurador regional junto ao INSS em Porto Alegre e no Distrito Federal. Ele participou também do Projeto de Modernização da Previ-dência Social, em Brasília.

Gaúcho de Bom Retiro do Sul, é especialista em Direito Constitucional pelo Instituto Brasilien-se de Direito Público (IDP), bacharel em Direito pelo Centro Universitário Ritter dos Reis e licen-ciado em Matemática pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Na área de gestão, o novo presidente do INSS é certificado no programa de pós-graduação APG--AMANA-KEY, voltado para a formação de gestores

e executivos. Tem ainda cursos em segurança da informação no Gabinete de Segurança Institucio-nal da Presidência da República e no Comando da Marinha do Brasil.

Na área acadêmica, Mauro Hauschild exer-ceu o magistério, ministrando aulas de Mate-mática; foi diretor da Escola da Advocacia-Geral da União (AGU) e também fez parte do corpo editorial da Revista da AGU. O novo presiden-te do INSS estava cedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde era chefe de gabinete do ministro Dias Toffoli.

O novo presidente do INSS, que tomou posse dia 19 de janeiro de 2011, em seu discurso de pos-se, afirmou ter como um dos lemas de mandato o combate intensivo da corrupção e dos desvios éti-cos e de conduta, destacando ainda que vai con-centrar esforços no aprimoramento do atendimen-to ao cidadão e na inclusão de novos contribuintes no sistema. Em entrevista exclusiva à Revista ANMP em foco, Hauschild fala sobre suas prioridades e propostas para a nossa carreira.

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Fortalecimento do INSS é prioridade de Mauro Hauschild

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21ANMP em foco - Fevereiro/2011

ANMP em Foco: Como ex-procurador do INSS, como o senhor encara o desafio de presidir a instituição?Mauro Hauschild: Inicialmente, é importante ressal-tar que continuo sendo procurador com atuação jun-to ao INSS, embora afastado das atribuições. Quanto ao desafio de presidir a instituição, penso que se trata de uma missão de todos. Isso pois, além de garantir o bom atendimento aos nossos segurados, combater as fraudes e ampliar o número de pessoas com co-bertura previdenciária, conforme vem defendendo o Ministro Garibaldi Alves, penso que a maior tarefa é assegurar o envolvimento e o compromisso de todos os servidores na construção de uma instituição reco-nhecida pela sua importância social e econômica.

ANMP em Foco: Qual sua avaliação do INSS na última década? O que pode ser aprimorado em sua opinião?Mauro Hauschild: A minha avaliação sobre a última década do INSS é muito positiva. A atuação do gover-no do Presidente Lula trouxe uma série de mudanças na Previdência Social e que serão continuadas pela Presidente Dilma. Como vem sendo difundido pelo Ministro Garibaldi Alves, hoje não vemos mais filas e garantimos o agendamento ao segurado por meio do 135 e da internet, os sistemas são mais modernos e seguros, informamos por carta ao segurado que tem direito a aposentadoria por idade urbana, estamos ampliando a rede de atendimento com 720 novas unidades, conquistamos melhorias salariais para os servidores, enfrentamos a questão das fraudes com inúmeras operações que resultaram em prisões de

fraudadores e demissões de servidores envolvidos, temos instalações melhores e seguras, inclusive para a área médica. Por outro lado, apesar dos avanços con-quistados pelas administrações anteriores da Previ-dência, precisamos aprimorar ainda mais nossos siste-mas de cadastro de informações, nossos instrumentos de controle e monitoramento para evitar as fraudes. Precisamos, também, proporcionar a valorização pro-fissional dos servidores, ampliar o rol de pessoas com cobertura previdenciária, promover ações que visem à qualidade da saúde do trabalhador, investir em no-vas tecnologias. Atuando sempre com o objetivo de melhorar nossos serviços de reconhecimento de direi-tos do trabalhador e de sua família.

ANMP em Foco: O senhor assume o INSS em um mo-mento que vem a público o rombo gerado pelo pa-gamento indevido de aposentadorias por invalidez. A instituição não promove revisão desses benefícios desde 1992, apesar de uma exigência legal. Qual será sua abordagem em relação a este problema?Mauro Hauschild: Sempre aprendi que os problemas precisam ser enfrentados. Nesse caso, por orientação do Ministro Garibaldi Alves, já solicitamos um estudo à Diretoria de Saúde do Trabalhador sobre o assunto e pretendemos, ainda no primeiro semestre, iniciar ações que visem mitigar essa situação. Para tanto, precisaremos encontrar forças, apesar de nossas limi-tações, para envolver médicos, servidores das carrei-ras de seguro social e procuradores para uma grande ação visando à normalização do quadro apresentado.

O ex-presidente do INSS, Valdir Moysés Simão, dá posse ao novo presidente do instituto, Mauro Luciano Hauschild.

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ANMP em Foco: Atualmente, a ANMP promove o Congresso Brasileiro de Perícias Médicas Previden-ciárias, única ferramenta de capacitação da catego-ria. Em sua gestão, haverá prioridade para a capaci-tação profissional dos servidores do INSS?Mauro Hauschild: Como professor licenciado em Matemática e como ex-diretor da EAGU, tenho a convicção de que ações de capacitação são funda-mentais para qualquer sociedade ou instituição. Já estamos estudando, inclusive, uma proposta para a criação de uma Escola de Governo da Previdência Social. No caso do INSS, entendo que a capacitação precisa ser fortalecida, seja no treinamento em sis-temas, na formação profissional ou, ainda, com pro-gramas de graduação e pós-graduação em áreas téc-nicas de interesse ou relacionadas com as atividades finalísticas da instituição. Naturalmente, precisamos de recursos e identificação de quadros para viabilizar parte significativa dessas propostas.

ANMP em Foco: Como o senhor vê o papel da perí-cia médica dentro da Previdência Social?Mauro Hauschild: Assim como qualquer outra área técnica (carreiras do seguro social, procuradoria, as-sistentes sociais, entre outros), entendo que a perícia médica exerce um papel fundamental para a Previ-dência e para os trabalhadores. Não obstante, penso ser oportuno que se promova uma discussão acerca do modelo atual de perícias médicas. Acredito que, aproveitando-se do momento simbólico em que o

INSS se prepara para comemorar 21 anos, a classe médica, a sociedade, os trabalhadores e a instituição poderiam propor um grande fórum internacional para discutir sobre a viabilidade de uma nova proposta ou um novo modelo para a perícia médica.

ANMP em Foco: De que forma o senhor pretende valorizar a carreira dos peritos previdenciários, que tantos e importantes resultados trouxeram para a previdência?Mauro Hauschild: Seguindo orientação do Ministro Garibaldi Alves, penso que é preciso investir na ca-pacitação profissional, na melhoria das condições de trabalho e na oferta de requisitos de segurança para o pleno exercício da profissão. Reconheço, in-clusive, que existem outros inúmeros pleitos rele-vantes para a categoria dos médicos peritos, muitos dos quais ainda estamos estudando, que, embora possam contar com nossa atenção, dependem de análises jurídicas ou de tomadas de decisões políti-cas de outras instâncias de governo.

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Governo e ANMP reabrem o diálogoNa luta pela reestruturação salarial da carreira

dos médicos peritos da Previdência Social, a Dire-toria da ANMP esteve, nos meses de janeiro e fe-vereiro de 2011, em reuniões com o Presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild, e com o Ministro da Previdência Social, o Senador Garibaldi Alves Filho. Ambos os líderes governamentais mostraram co-nhecimento da realidade vivida pela perícia médi-ca previdenciária e mostraram pré-disposição para negociar recomposição salarial, reestruturação da carreira, a ampliação dos quadros por meio de con-curso público e também o fim da terceirização.

Sobre o debate quanto ao modelo da carreira da perícia médica previdenciária, Mauro Hauschild se mostrou extremamente favorável, apoiando in-clusive o Fórum Internacional de Benefício por In-capacidade, a ser realizado durante o 3º Congresso Brasileiro de Perícia Médica Previdenciária. Haus-child demonstrou interesse não só em participar da abertura do Congresso, mas principalmente deste Fórum, que ele considera fundamental.

Ainda durante a reunião, Hauschild afirmou ter priorizado a recomposição dos quadros peri-ciais. O presidente do INSS quer convocar 514 pe-ritos para ocuparem as vagas hoje abertas e disse já estar trabalhando pela aprovação do PL (Proje-to de Lei) 5.914, que abre 500 novas vagas para a perícia previdenciária e que tramita no Senado Federal, com votação prevista, até o fechamen-to desta edição da ANMP em foco, para depois do carnaval, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O relator da matéria é o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que já deu parecer favorável à abertura das novas vagas.

A ANMP conseguiu garantir a participação dos peritos recém-empossados, advindos do concurso de 2010, no 3º Congresso. Desde o final da greve da categoria, em setembro do ano passado, a Di-retoria da Associação deu prosseguimento ao seu planejamento de retomar o diálogo e a reabertura das portas do INSS, obtendo sucesso nesta emprei-tada desde a posse do novo presidente e do novo ministro da Previdência.

Já a primeira audiência com o Senador Gari-baldi Alves serviu como abertura de um canal de comunicação entre a perícia médica e o Minis-tério da Previdência. O ministro Garibaldi Alves afirmou que é “do interesse do governo, é uma necessidade” a solução das pendências hoje exis-tentes quanto à perícia previdenciária. A Diretoria da ANMP apresentou ao ministro cópias de três contracheques (um de perito nomeado em 2010, outro de um perito nomeado em 2005 e o tercei-ro de um perito em último nível da carreira) para comprovar que é equivocada a informação divul-gada pelo então presidente Lula, no dia 30 de de-zembro de 2010, de que o salário da categoria gira em torno de R$ 14 mil.

Com os encontros, a Diretoria da ANMP reafir-ma que os canais de diálogo com o INSS estão am-plamente abertos e que é fundamental, neste mo-mento, a valorização da categoria, inclusive com a recomposição salarial e o aprofundamento das re-lações com o governo. Para ampliar o conhecimen-to do novo ministro da Previdência e do presidente do INSS sobre a perícia médica, foi encaminhado um dossiê sobre a carreira e as pendências hoje existentes. A seguir, a íntegra do documento.

Diálogo

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tarde, um médico credenciado tinha nove perícias para o mesmo período.

Em Curitiba, onde 23 médicos foram creden-ciados, somente três continuam a prestar serviços para o INSS. Mesmo assim, devido à falta de infra-estrutura e espaço nas agências, eles são obrigados a atender aos segurados em horários após o expe-diente normal, o que prejudica o seu trabalho e o agendamento de consultas.

Na APS/BI de São Paulo Centro, a maior agên-cia de Previdência do país, foram contratados cin-co credenciados, dos quais somente três estavam atendendo no início do ano. Não havia agenda para estes profissionais, que se limitavam a atender o ex-cedente do agendamento que o quadro normal não conseguir cumprir. Para os peritos do quadro, em São Paulo, o agendamento máximo continua sendo de 18 perícias por dia, enquanto que para os três peritos credenciados, o agendamento é de 24 perí-cias por dia, uma a cada 20 minutos, o que o próprio Conselho Federal de Medicina condena como sendo uma prática que prejudica o segurado, já que o ato médico não pode sofrer limitação temporal.

Diante deste quadro, que se repete em todo o país, a ANMP protocolizou ofício à direção do INSS solicitando a imediata revogação do credencia-mento e mais uma vez apelou para que o instituto promova a chamada de mais 250 peritos aprovados no último concurso, realizado no ano passado, que podem, a princípio, minimizar os problemas de de-manda da perícia. A ANMP salienta que a defasa-gem calculada para os quadros periciais é de mais de 1.500 profissionais e que, neste momento, há um projeto de lei, o PL 5.914, em tramitação no Senado Federal, que prevê a abertura de mais 500 cargos para a carreira.

A Diretoria da ANMP reiterou ao INSS que sus-penda imediatamente a contratação dos médicos credenciados que fazem temporariamente a perícia previdenciária. A Associação já havia alertado, no ano passado, dos problemas gerados pela má ges-tão de pessoal dentro do INSS e da necessidade de realização de concurso público e não do retorno da terceirização. Estes problemas agora se refletem di-retamente na má utilização da mão de obra tercei-rizada e foram apontados para o novo presidente da casa, Dr. Mauro Luciano Hauschild.

Um grave exemplo da má gestão ocorreu na GEX Salvador, Bahia. Em um primeiro momento, foram contratados peritos terceirizados para aten-dimento na APS/BI (Agência de Previdência Social para Benefícios por Incapacidade) e os peritos do quadro, isto é, funcionários de carreira, concursa-dos da Previdência Social foram deslocados para APSs mais distantes, com baixa ou até mesmo ne-nhuma demanda pericial. Por decisão judicial, os três peritos que sofreram estas transferências ar-bitrárias foram reconduzidos à sua lotação inicial.

Em mais um flagrante ato de má gestão, a agen-da de atendimento dos credenciados na APS/BI es-tava sendo sobrecarregada, enquanto os peritos do quadro estão tendo suas agendas esvaziadas. Vale ressaltar que o perito médico concursado recebe um vencimento fixo, com salário e gratificação de-terminados em lei, enquanto os terceirizados ga-nham por produtividade.

Na prática, a cada vez que uma perícia é trans-ferida de um médico do quadro para um terceiri-zado, isto representa aumento dos gastos públicos. No dia quatro de janeiro, enquanto um médico pe-rito concursado, da APS/BI de Salvador, tinha ape-nas quatro perícias agendadas para o período da

Perícia reafirma rejeição à terceirização do INSS

Terceirização

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Desde 2008, o número de agressões a médicos peritos do INSS vem reduzindo acentuadamente. No ano de 2010, somente 13 agressões foram re-portadas à ANMP (Associação Nacional dos Médi-cos Peritos do INSS), sendo que, dessa quantidade, seis foram relatadas diretamente à Associação e sete retiradas de relatos no fórum por meio de pes-quisa quantitativa.

De acordo com os dados levantados pela ANMP sobre os casos registrados, 102 em 2008 e 72 agressões em 2009, a ocorrência que mais cha-mou atenção foram as ameaças pelo canal 135 da Previdência Social.

Uma das últimas agressões do ano de 2010, reportada à ANMP em 28 de dezembro, foi talvez a mais grave ocorrida. O delegado da ANMP, Dr. Marco Olímpio Marra, lotado em Diamantina / MG, relatou que ao abrir a porta do consultório onde atendia no momento do ataque, em Curvelo tam-bém em Minas Gerais, foi agredido, com socos no pescoço, chutes e ponta-pés, arranhões no braço por uma segurada que já havia passado pela pe-rícia. O motivo alegado pela segurada foi que sua aposentadoria foi indeferida pelo perito. Uma das testemunhas da agressão afirmou, em seu depoi-mento na delegacia, que a periciada havia afirmado na sala de espera que se não fosse aposentada des-ta vez “iria aprontar um escarcéu”.

Para agir contra as agressões sofridas pelos médicos peritos, a ANMP faz recomendações que visam garantir a segurança dos peritos, como sus-pender o atendimento em conjunto com os de-mais colegas após as violências e assim que possí-vel fazer relato do fato em documento, colhendo em uma cópia termo de recebimento pelo chefe da APS (descrevendo o fato, nome do agressor e das testemunhas).

Todos os peritos devem se encaminhar à auto-ridade policial e registrar o boletim de ocorrência, de preferência a polícia federal – se não houver na cidade, procurar a polícia civil –, inclusive, depen-dendo do caso, solicitar para o dia seguinte apoio policial para APS e, em casos mais graves de amea-ças, solicitar escolta policial.

Há necessidade ainda de informar ao chefe do SST e comissão ética local que não há condições de continuar o atendimento, sempre em conjunto com os demais colegas. Comunicar o fato ao de-legado da ANMP, bem como à associação, pelos e-mails: [email protected] e [email protected], e comparecer para registrar o ponto sempre registrando o fato em livro de ocorrência. É importante ligar para o número 135 e comunicar o caso, anotando o número do protocolo sempre na intenção de se resguardar contra eventuais processos administrativos.

Índice de agressões reportadas à ANMP cai em 2010

Agr

essã

o

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Epilepsia: uma análise do impacto laboral

Vera Cristina TerraNeurologista do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – USP

Cursa na Câmara o Projeto de Lei do Senado 7.797/10, de autoria do Senador Paulo Paim, que propõe mudanças para a lei de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença para contribuintes com diagnóstico de Epilepsia ou Lúpus Eritematoso Sis-têmico. De acordo com a nova proposta, beneficiá-rios portadores de uma dessas doenças não preci-sariam mais cumprir o período de carência mínimo de 12 meses de contribuição para solicitação desses benefícios. De acordo com a lei vigente (8.213/91), para que o beneficiário tenha direito ao recebimen-to do auxílio-doença, o trabalhador tem que ter contribuído para a Previdência Social por um perío-do mínimo de 12 meses, além de provar que a do-ença ou lesão que o levou à incapacidade definitiva ou temporária não seja pré-existente à filiação ao Regime Geral de Previdência Social, salvo a situação de agravamento da mesma. Considerando-se a lei vigente e a nova proposta, duas questões impor-tantes merecem discussão: a primeira, no que se refere ao projeto em si, ou seja, à não exigência de carência. A segunda quanto à questão da doença pré-existente. No entanto, só é válida a discussão da carência de 12 meses após contextualização do termo doença pré-existente.

Levando-se em conta que a Epilepsia é uma doença cuja epidemiologia demonstra um pico de incidência ainda na infância, podemos considerar que uma parcela expressiva dos pacientes com Epi-lepsia dará entrada no mercado de trabalho já com o diagnóstico firmado, sendo então classificados no grupo de pessoas com doença pré-existente. Desta forma, esta população ficará à mercê da interpre-tação do perito sobre a existência ou não de agra-vamento da doença prévia, o que é muito difícil de

ser constatado em doenças com caráter flutuante, cujos sinais e sintomas geralmente não ocorrem na presença do perito. Assim, um paciente com Epilepsia deverá ter um aumento da frequência de crises epilépticas em qual proporção para ser con-siderado como vítima de agravamento da doença pré-existente? É justo o perito solicitar exames que comprovem esse agravamento, considerando-se que a Epilepsia é uma doença cujo diagnóstico é es-sencialmente feito pela anamnese do paciente e do acompanhante que presencia os sintomas?

De acordo com a proposta do Senador, o Lúpus e a Epilepsia são males potencialmente incapaci-tantes e devem ser considerados como motivo para aposentadoria por invalidez, quando observadas disfunções social e laboral significativas. Particu-larmente, considerando-se a Epilepsia, a disfunção social existe para a maioria dos pacientes por conta do grande estigma e mistificação ainda presentes em nosso país e em vários outros e não necessa-riamente por sua incapacidade para o trabalho. Assim, pessoas como nós, mas que apresentam cri-ses epilépticas, são frequentemente rejeitadas no ambiente social escolar, matrimonial e do mercado de trabalho, levando geralmente a uma formação e capacitação profissional inferior à presente nos outros membros da família de origem. Somando-se ao estigma social, muitos pacientes com epilepsia, particularmente o grupo com crises epilépticas fre-quentes, fazem uso de altas doses de medicações antiepilépticas, com efeitos colaterais como sono-lência e dificuldade de concentração, o que pode gerar menor produtividade no trabalho e na escola, comprometendo a capacidade laboral. Desta for-ma, o simples diagnóstico da Epilepsia pode levar a

Artigo

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disfunção social e laboral mesmo em um paciente com crises epilépticas raras, dependendo da função que o mesmo exerce no momento do diagnóstico ou da admissão em uma determinada função.

Diz a Lei 8.213/91: a Previdência Social visa as-segurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção quando da ausência de trabalho remunerado, por motivo de incapacidade, desem-prego involuntário, tempo de serviço, entre outros. Quando constatado que o trabalhador que recebe auxílio-doença não poderá retornar para sua ativi-dade habitual, deverá participar do programa de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, prescrito e custeado pela Previdência So-cial. Assim, compreende-se que é dever da Previdên-cia Social garantir, acima de tudo, que seu segurado encontre-se ativo e, para tal, é essencial que haja uma desmistificação das doenças, particularmente a Epilepsia, garantindo a aceitação deste trabalhador no mercado de trabalho, ocupando funções adequa-das às suas restrições físicas, psicológicas e causadas pela própria doença e/ou tratamento.

Esclarecido este ponto, devemos então consi-derar a queda da exigência da carência: qualquer trabalhador que apresente uma doença crônica tem o risco de piora do seu estado durante o curso da doença. Esta piora pode não estar relacionada à função que o trabalhador exerce, mas tanto na Epilepsia como no Lúpus, o stress, a privação de sono e a sobrecarga de funções podem agir como fatores desencadeantes para agravamento da situ-ação prévia, não sendo justo que o beneficiário não esteja coberto pela Previdência Social por não ter contribuição mínima de 12 meses. Isto equivaleria à carência dos planos de saúde que tanto se ques-

Vera Cristina Terra - NeurologistaGraduação em Medicina - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, FMRP- USP, Ribeirão Preto, Brasil.Especialização - Residência médica em Neurofisiologia Clínica - Área de atuação em Eletrencefalografia; Neurologia.Mestrado em Neurologia - Avaliação clínico-patológica na epilepsia do lobo temporal: papel da reorganização sináptica e de calcificações cisticercóticas intraparenquimatosas na gênese das crises.Doutorado em Neurologia - Epilepsia de difícil controle na infância: aspectos clínicos, eletrográficos e seguimento pós-cirúrgico.Pós-Doutorado - Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, São Paulo, Brasil, Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

tiona. Ainda, se um indivíduo que se encontra no mercado de trabalho, fazendo corretamente suas contribuições mensais, tem o diagnóstico de Epilep-sia ou Lúpus após seis meses de contribuição, não seria adequado que a Previdência Social deixasse este trabalhador desassistido nesta fase inicial da doença em que a peregrinação por médicos e exa-mes de investigação para confirmação diagnóstica é maior, impossibilitando o mesmo de executar suas funções no trabalho de forma adequada.

Assim, é claro que a queda da exigência da ca-rência para usufruir do auxílio-doença e da apo-sentadoria por invalidez irá beneficiar um grande número de contribuintes com Epilepsia ou Lúpus recém-diagnosticados ou que têm sua situação clí-nica agravada. Como qualquer doença crônica e de evolução incerta, o diagnóstico de uma destas do-enças tem um grande impacto na vida do paciente e de seus familiares, sendo dever do Estado garantir assistência adequada, não só no atendimento mé-dico e no tratamento, como também na subsistên-cia destes pacientes em seus períodos mais críticos. No entanto, a discussão sobre o tema não pode ser encerrada nesta nova lei. Em uma época em que tanto se fala de inclusão social, este contingente de pessoas merece uma discussão mais ampla na so-ciedade para que o auxílio-doença e a aposentado-ria por invalidez não se tornem mais uma ferramen-ta de exclusão social. É louvável a preocupação do Senador e seu reconhecimento da gravidade des-tas doenças, mas cabe a todos nós trabalhar de forma a pôr em prática programas que permitam a inclusão profissional de pessoas em idade ativa no mercado de trabalho, com remuneração justa e tratamento igualitário.

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Este artigo pretende contribuir para o debate sobre o ofício do perito médico previdenciário no Brasil em meio às atuais mudanças na composição de nossa população. Sabemos que o perito médico previdenciário é peça fundamental para a identifi-cação e para a verificação da incapacidade laboral decorrentes de traumas ou doenças de indivíduos, sejam estas de caráter permanente ou transitório. A concessão ou manutenção de licenças remunera-das, em virtude de doença ou acidente que produ-zem incapacidade ou invalidez, está condicionada à realização da inspeção médico-pericial. Nesse sen-tido, tanto a simples concessão de benefícios plei-teados como a não cessão dos mesmos afeta dire-tamente a balança de receitas e despesas de nossa Previdência Social, que tem sido um tema bastante presente na agenda pública brasileira. Em decor-rência disso, compete a esses profissionais desem-penhar com o maior grau de atenção e eficiência a tarefa com a qual estão comprometidos.

Mudanças demográficas importantes vêm acontecendo não apenas no Brasil, mas em várias sociedades. Isso significa dizer que o aumento po-pulacional em idade ativa tende a ampliar o núme-ro de perícias a serem feitas e, consequentemente, requerem uma maior vigilância para os diagnósti-cos e os pareceres finais. São para essas questões que voltaremos a nossa atenção nesse artigo.

Este trabalho foi dividido em cinco seções, além dessa introdução. A primeira seção será dedicada a apresentar um breve relato sobre seguridade social e a origem dos sistemas previdenciários. A segunda abordará algumas cracterísticas do sistema previ-denciário brasileiro. A terceira seção apresenta, de forma resumida, o relevante papel da atividade de perícia previdenciária. Em seguida, na terceira seção, apresentaremos dados sobre as mudanças demográficas ocorridas recentemente no Brasil, chamando atenção para o impacto causado por es-

Perícia médica previdenciária e transformações demográficas no Brasil 1

Paulo Tafner

Economista, pesquisador do Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada e professor da

Universidade Cândido Mendes. Atualmente

é Subsecretário Geral de Fazenda do Estado

do Rio de Janeiro.

1Agradecemos a colaboração de Carlos Mega, estagiário da Subsecretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro.

Carolina Botelho

Assessora da Subsecretaria Geral de

Fazenda do Estado do Rio de Janeiro,

doutoranda em Ciência Política pelo IESP e

professora de Sociologia. Participou como

assistente de pesquisa do Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada.

Artigo

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sas transformações na atividade laboral do perito médico previdenciário. Finalmente, a quinta seção conclui o artigo.

1. Seguridade social e a origem dos sistemas previdenciários

A seguridade social brasileira acompanha as políticas do “welfare state”, cujo palco original foi a Europa Ocidental. Da mesma forma com que se apresentou lá, o nosso sistema de seguri-dade reúne um complexo conjunto de políticas e ações com a finalidade de amparar o indivíduo e/ou sua família diante dos riscos sociais (doença, invalidez, morte, idade, desemprego e incapaci-dade econômica em geral). As ações e políticas restritas à seguridade social compõem uma rede ou um sistema de proteção social do qual os in-divíduos podem dispor em casos de eventualida-des que ocorram durante suas vidas. Se olharmos mais atentamente caso a caso, verificaremos que as peculiaridades de cada país produzem alguns arranjos distintos na aplicabilidade dessa política, evidenciando que o desenho da seguridade social é sempre limitado pelas características da socie-dade que o implementa.

Utilizamos o termo “welfare state” porque, de fato, trata-se de um conjunto de ações integradas que compõem uma rede ou sistema de proteção social. Nesse sentido, os indivíduos ficam protegi-dos de intercorrências e as sociedades, orientadas por suas elites dirigentes, afastam os problemas das externalidades negativas.

Em um estudo clássico sobre a emergência de arranjos coletivos e políticas sociais de bem-estar

nacionais na Europa e nos Estados Unidos, Abram De Swaan (1998) analisa a participação das elites nesse processo. Segundo ele, as elites teriam sido afetadas por fatores que acabaram contribuindo para a busca de soluções em um plano coletivo. Nesse sentido, políticas de bem-estar social só fo-ram implementadas quando dois importantes fato-res se fizeram presentes: quando a elite passou a compreender que o problema da pobreza era, de fato, um problema para ela própria; e quando não conseguia mais controlar, em esferas locais, os efei-tos externos negativos dessa situação social2. Os infortúnios do acidente de trabalho, da invalidez, da morte prematura e também da perda de capaci-dade de trabalho decorrente da velhice passaram a ser muito onerosos para as famílias e foram gradu-almente incorporados pelo Estado.

Podemos dizer que os sistemas previdenciários implementados a partir da Segunda Guerra inspi-ram-se no modelo da Alemanha bismarckiana, que se baseou na forma securitária, isto é, dependente de contribuições compulsórias dos futuros benefi-ciários. Estes últimos seriam os que perdessem sua capacidade laboral em decorrência dos mais diver-sos fatores, entre os quais, a velhice e a doença.

2. Previdência Social no BrasilA origem da previdência no Brasil remonta à

década de 1920, com as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), criadas em 1923. Na década de 1930, as CAPs foram transformadas em Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs). Esse modelo previdenciário, organizado em torno da lógica da incorporação e tutela de categorias profissionais

2“The external effects of poverty and its potential benefits collectively affected the established in society. And they created a dilemma familiar from the welfare economics: any join effort on the part of the rich to control the ‘externalities’ or to exploit the opportunities the poor offered, might also benefit those among the established ranks who had not contributed to it. Thus, as indirect consequences of poverty increasingly affected those established in society, they also intensified interdependence among the rich themselves. To the established in society, the problem of poverty represents a problem of collective action” (DE SWAAN, 1998, p. 3).

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reconhecidas pelo Estado, consolidou-se na Consti-tuição de 1934 e constituiu o processo de atribuição de direitos que Santos (1987, p. 68-70) denominou “cidadania regulada”. Esse padrão vigorou, sem grandes mudanças estruturais, até a promulgação da Constituição de 1988, que fundou um novo modelo de organização do sistema previdenciário, agora par-te do sistema universalista da seguridade social.

A Seguridade Social é formada por três compo-nentes básicos, quais sejam:

• Previdência social – programa de pagamen-tos feitos ao indivíduo como compensação da perda de capacidade laborativa, desemprego involuntário, reclusão ou morte daqueles de quem dependia economicamente. A perda da capacidade laborativa está relacionada à incapacidade, à idade avançada, ao tempo de serviço e à maternidade. As pessoas que re-cebem esse benefício são os “segurados”, que contribuem com parte da sua renda para o se-guro social (salário contribuição). A existência de um salário de contribuição, com alguma re-lação entre o valor dos benefícios a receber, caracteriza um vínculo contributivo.

• Assistência social – programa de pagamentos em dinheiro, distribuição de bens in natura e prestação de serviços, distribuídos segundo o critério de necessidade, sem vínculo contribu-tivo. Esse programa tem por objetivo prover o atendimento das necessidades básicas do indivíduo através da proteção à família, à ma-ternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência.

• Saúde – conjunto de políticas e ações de na-tureza médica, sanitária e nutricional com o objetivo de prevenir e curar os problemas do bem-estar físico e mental, primeiramente do indivíduo e secundariamente de seus fami-liares, além de reduzir o risco de doença e de outros agravos. Entendido de forma mais ampla, pode compreender ações voltadas para a saúde pública.

A ação profissional do perito previdenciário está mais diretamente relacionada à primeira componente, mas seu papel, ainda que de forma indireta, determina o desempenho do sistema, posto que determina parte expressiva do volume de gastos do sistema.

3. Perícia médica previdenciáriaA carreira de perito médico previdenciário foi

criada a partir da lei nº 10.876, de 02 de junho de 2004. É uma atividade médico-pericial exercida se-gundo o controle legal de uma autoridade central, o INSS, e tem como finalidade atender aos segura-dos do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Segundo Nakano, Rodrigues Filho e Santos (2007), “(...) perícia médica, em sentido amplo, é ato priva-tivo do médico, podendo ser exercida pelo médico civil ou militar, desde que investido em função que lhe assegure a competência legal e administrativa para tal”. Para Argolo e Carvalho Lima (2007), “a atividade pericial é um ramo da Medicina que se distingue dos demais em razão de não se destinar diretamente aos cuidados com a saúde humana”.

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Entretanto, a especialidade de perito médico previdenciário ainda não faz parte da estrutura cur-ricular a ser cursada nas faculdades de Medicina. Para ser um médico perito da Previdência, é neces-sário prestar concurso e se submeter a treinamento específico, possuir conhecimento da legislação pre-videnciária e da legislação trabalhista. Embora seja necessário ter como requisito a formação médica, o profissional dessa carreira não deve atuar como um médico comum, porque não precisa diagnosticar doenças nem oferecer tratamento ao segurado. A sua função é atender aos segurados e identificar os critérios de elegibilidade para a concessão ou não de benefícios previdenciários, acidentários e assis-tenciais. Nesse sentido, dentro de suas atribuições, os peritos médicos previdenciários deverão ser ca-pazes de executar as seguintes funções:

I – emissão de parecer conclusivo quanto à ca-pacidade laboral para fins previdenciários;

II – inspeção de ambientes de trabalho para fins previdenciários;

III – caracterização da invalidez para benefícios previdenciários, acidentários e assistenciais;

IV – execução das demais atividades definidas em regulamento.

O perito médico deve ter certeza de possíveis ocorrências em relação aos segurados para a emis-são de pareceres, tais como:

– doença ou lesão e a morte (definição da causa mortis);– doença ou sequela de acidentes e a incapaci-dade ou invalidez física e/ou mental;– o tipo de acidente e da lesão;– doença ou acidente relacionado ao exercício da atividade laboral;– doença ou acidente e sequela temporária ou permanente;– desempenho de atividade e riscos para si e para terceiros.

O perito deve estar preparado para saber que a simples presença de alguma doença não dá acesso a benefícios. Para que esse direito seja usufruído, o pro-fissional deve estar atento e identificar se o segurado possui alguma das condições citadas acima, estando o mesmo impossibilitado de exercer a sua atividade pro-fissional, seja em caráter permanente ou temporário.

Nesse sentido, o critério de seleção para a con-cessão de benefícios, instituído pelo inciso III do ar-tigo 2º, deve atender aos seguintes casos:

• Auxílio-Doença• Reabilitação Profissional• Aposentadoria por Invalidez

• Reconhecimento de Nexo Técnico• Auxílio-Acidente• Benefício de Prestação Continuada• Pensão por Morte• Majoração de 25% sobre Aposentadorias por

Invalidez• Isenção de Imposto de Renda• Enquadramento de Exposições para Aposen-

tadoria Especial

Os peritos médicos previdenciários, além das responsabilidades e das habilidades relati-vas à profissão, devem se portar da forma mais técnica e impessoal possível. Nos últimos anos, alguns profissionais têm reivindicado diversas melhorias às autoridades a que estão submeti-dos, devido ao crescimento da procura por par-te de segurados para a avaliação de problemas, e também por ameaças, coação moral e até ca-sos de violência que vêm ocorrendo durante o exercício da profissão.

O perito deve atuar de forma a mediar esses conflitos, utilizando as ferramentas que possui para que a análise técnica não fique comprome-tida ou sujeita a dúvidas, pois um parecer emitido de forma errada é um dano para o indivíduo e para toda a sociedade.

A seguir, faremos uma breve exposição das transformações demográficas ocorridas no Brasil e o impacto das mesmas na Previdência Social e na atividade dos peritos médicos previdenciários.

4. Mudanças demográficas e peritos médicos previdenciários no Brasil

Nos próximos 40 anos, a América do Sul será o continente com maior aumento da idade mediana, tanto em termos absolutos, quanto em termos rela-tivos. A idade mediana do continente passará de 28 para 42,1 anos. Até a metade desse século (40 anos a partir desse momento), a população sul-america-na não mais será jovem, entendendo-se por jovem aquele indivíduo com até 30 anos de idade. E na América Latina, o Brasil é o país que mais envelhe-cerá, o que torna maior a preocupação em relação à quantidade de peritos previdenciários em relação ao volume da população. Podemos ver essa trans-formação nos gráficos 1a, 1b e 1c, a seguir.

Vários fatores contribuem para a elevação da esperança de vida ao nascer e do envelhecimento da população no Brasil. São exemplos disso a com-binação da mortalidade (infantil e entre idosos) com a redução na taxa de fecundidade. Em 1980, a esperança de vida ao nascer para homens era de 58 anos e para mulheres, 66. Em 2000, vinte anos depois, esses números eram 67 anos para homens e 74 anos para mulheres. Aos 60 anos, no mesmo

Page 41: Revista ANMP 17

41ANMP em foco - Fevereiro/2011

Gráfico 1a.

A mudança demográfica brasileira

Demografia no Brasil

6,6

População segundo grupos etários - 1980

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 8890

e +

0 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 a 90 e +

58,9

34,9

17,6

6,6 0,6

Gráfico 1b.

A mudança demográfica brasileira

Demografia no Brasil

População segundo grupos etários - 2010

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 8890

e +

0 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 e +

65,8

64,4

43,7

16,6 2,7

Gráfico 1a.

A mudança demográfica brasileira

Demografia no Brasil

6,6

População segundo grupos etários - 1980

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 8890

e +

0 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 a 90 e +

58,9

34,9

17,6

6,6 0,6

Gráfico 1b.

A mudança demográfica brasileira

Demografia no Brasil

População segundo grupos etários - 2010

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 8890

e +

0 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 e +

65,8

64,4

43,7

16,6 2,7

Gráfico 1c.

A mudança demográfica brasileira

Demografia no Brasil

População segundo grupos etários - 2030

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 8890

e +

0 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 a 90 e +

50,3

64,7 61,0

34,6

6,0

Fonte: Tafner (2010).

Vários fatores contribuem para a elevação da esperança de vida ao nascer e do envelhecimento da população no Brasil. São exemplos disso, a combinação da mortalidade (infantil e entre idosos) com a redução na taxa de fecundidade. Em 1980, a esperança de vida ao nascer para homens era 58 anos e para mulheres 66. Em 2000, vinte anos depois, esses números eram 67 anos para homens e 74 anos para mulheres. Aos 60 anos, no mesmo período, houve elevação de mais de 3 anos para homens e de aproximadamente 5 anos para as mulheres. A tabela 1 revela esses dados. Tabela 1. Esperança de vida ao nascer por sexo, segundo as Grandes Regiões.

Brasil Masculino Feminino Total 1980 59,6 66 62,71991 62,6 69,8 66,12000 64,8 72,6 68,62001 65 72,83 68,92002 67,3 74,9 712003 67,6 75,2 71,32004 67,9 75,5 71,72005 68,14 75,77 71,882006 68,7 76,2 72,42007 68,98 76,52 72,652008 69,28 76,81 72,95

Fonte: DATAPREV.

A mudança demográfica brasileira

Gráfico 1a

Gráfico 1b

Gráfico 1c

Fonte: Tafner 2010

Page 42: Revista ANMP 17

42 ANMP em foco - Fevereiro/2011

período, houve elevação de mais de 3 anos para ho-mens e de aproximadamente 5 anos para as mulhe-res. A tabela 1 revela esses dados.

Na contramão dessas estatísticas, como po-demos observar na tabela 2, para o ano de 2009, o total de peritos médicos previdenciários era 4.743. Vemos que houve uma queda de 7,6% em relação ao ano anterior, ao contrário do que ocorreu entre 2005 e 2008, quando houve au-mento de 45% no número desses profissionais. O processo seletivo pelo INSS, em 2010, para a

contratação através de concurso de novos profis-sionais, foi uma resposta para cobrir o déficit de peritos previdenciários no Brasil.

As autoridades públicas devem estar atentas para as mudanças na composição etária de nossa sociedade e criar os ajustes necessários para dar conta dessa questão. A seguir, nos dedicaremos a mostrar alguns dados sobre o aumento da popula-ção e o impacto dos mesmos em relação aos gastos de nossa previdência, assim no aumento de bene-fícios previdenciários, acidentários e assistenciais.

Brasil Masculino Feminino Total

1980 59,6 66 62,7

1991 62,6 69,8 66,1

2000 64,8 72,6 68,6

2001 65 72,83 68,9

2002 67,3 74,9 71

2003 67,6 75,2 71,3

2004 67,9 75,5 71,7

2005 68,14 75,77 71,88

2006 68,7 76,2 72,4

2007 68,98 76,52 72,65

2008 69,28 76,81 72,95Fonte: DATAPREV.

Ano Médico Perito Previdenciário

Total de servidores do

INSS

2005 3.532 41.968

2006 4.866 43.623

2007 5.090 39.398

2008 5.138 39.545

2009 4.743 38.576

Fonte: DATAPREV.

Tabela 1. Esperança de vida ao nascer por sexo, segundo as grandes regiões

Tabela 2. Quantidade de médicos peritos previdenciários e total de servidores do INSS – Brasil

Page 43: Revista ANMP 17

43ANMP em foco - Fevereiro/2011

Entre 1980 e 2010, a população brasileira cres-ceu a uma taxa média anual de 1,64%. No mesmo período, a população idosa (60 anos e mais) cres-ceu a uma taxa média de 3,34% ao ano, ou seja, duas vezes mais rapidamente do que a população total. Nos próximos 20 anos, a população brasilei-ra crescerá a uma taxa de 0,57% ao ano, enquanto para os idosos o crescimento da população ocor-rerá a uma velocidade 7 vezes maior, ou seja, a uma taxa de 3,78% ao ano. Como resultado, a po-pulação idosa, que em 1980 representava 6,07% da população total, em 2030, representará quase 20% - ou seja, quase a 20 de cada 100 brasileiros terão 60 anos ou mais. Nesse mesmo período, o

grupo de crianças e jovens que atualmente re-presenta um quarto de toda a população, cairá dos atuais 25,1 milhões para 18,7 milhões. E eles serão apenas 17% do total da população. Estes dados são mostrados na tabela 3.

Essa mudança demográfica terá efeitos ex-pressivos sobre as condições de vida para a socie-dade como um todo, sob a forma de: a) aumento acentuado das idades média e mediana da popu-lação, com impactos não desprezíveis sobre ser-viços de saúde e, consequentemente, nos gastos com saúde pública; b) aumento progressivo das taxas de sobrevivência condicionadas em idades

DécadaHomens Mulheres População Total

Total0 a 14 15 a 59 60 ou

+ 0 a 14 15 a 59 60 ou + 0 a 14 15 a 59 60 ou

+

198022,88538,85

32,61555,37

3,4055,78

22,45537,64

33,41056,00

3,7936,36

45,34038,24

66,02555,69

7,1986,07

118,563

200025,83030,62

52,21161,90

6,3107,48

25,17328,96

54,15062,29

7,6068,75

51,00329,78

106,36262,10

13,9158,12

171,280

202021,10420,86

67,73366,93

12,35612,21

20,46719,32

69,51765,61

15,96615,07

41,57120,07

137,25066,26

28,32213,67

207,143

203018,68017,73

69,06065,56

17,60616,71

18,08116,28

70,11663,13

22,86720,59

36,76116,99

139,17664,31

40,47318,70

216,410

Fonte: Projeção de População (Revisão 2008), IBGE.

Tabela 3: População (106 e %) por década, segundo grupos etários e sexo - Brasil: 1980-2030

Page 44: Revista ANMP 17

44 ANMP em foco - Fevereiro/2011

mais avançadas, que elevam a despesa da seguri-dade social, assim como um aumento da procura de segurados por benefícios previdenciários, aci-dentários e assistenciais; c) redução do número de crianças e jovens e também do grupo etário até 24 anos (idade universitária), o que significa menos pressão quantitativa sobre o sistema educacio-nal, ainda que em termos qualitativos, haja muito a melhorar. A tabela 4 resume esta informação. Logo a seguir, o gráfico 2 informa a evolução da taxa de envelhecimento por situação de domicílio nos últimos anos.

Tomada uma série entre 1990 e 2009, observa-se que o volume de concessão de novos benefícios tem crescido a uma taxa média anual bastante ele-vada. A tabela 5 apresenta, para anos selecionados, a quantidade de benefícios concedidos3 pelo INSS. É de se destacar que o crescimento médio anual da concessão de benefícios totais do INSS entre 1990 e 2009 foi de 6,71% ao ano, no período. E a con-

cessão de benefícios estritamente beneficiários, no mesmo período, foi de 6,50% ao ano, sendo que a concessão de aposentadorias cresceu a um ritmo anual de 5,61%. É evidente que esse ritmo de cres-cimento deveu-se, fundamentalmente, às regras pouco restritivas do sistema previdenciário, pois a população idosa, no mesmo período, passou de 9,897 milhões de indivíduos, em 1990, para 18,616 milhões, em 2008, o que equivale a uma taxa de crescimento médio anual de apenas 3,38%, pouco mais da metade do ritmo de concessão de benefí-cios previdenciários e 40% inferior ao ritmo de con-cessão de aposentadorias.

Diante deste cenário demográfico, a segurida-de social (e também a saúde) demandarão recur-sos crescentes, exigindo um tipo de política social flexível o suficiente para atender ao aumento da demanda e garantir qualidade nos serviços, mas também as políticas públicas especialmente ligadas à atividade laboral dos peritos médicos previdenci-

Dé-cada

Idade mediana

Esperança de vida ao

nascer

Razão de depen-dência

demográfica /a

Inverso da razão

de depen-dência

demográfica

População infanto-

juvenil /b

(%) População

infanto-juvenil

População em idade escolar /c

(%) População em idade escolar

1980 20,30 63,4 10,90 9,17 45.339.850 38,24 70.363.097 59,35

1990 22,50 67,2 11,66 8,58 51.789.936 35,33 80.418.237 54,86

2000 25,30 71,0 13,08 7,64 51.002.937 29,78 84.821.134 49,52

2010 29,00 73,5 15,48 6,46 49.439.452 25,58 83.083.466 42,99

2020 33,60 75,9 20,64 4,85 41.571.334 20,07 75.427.382 36,41

2030 37,90 77,7 29,08 3,44 36.761.006 16,99 65.474.084 30,25

a: Razão entre a população de 60 anos ou mais e a população de 15 a 59 anos.b: Conjunto de indivíduos de 0 a 14 anos.c: Conjunto de indivíduos de 0 a 24 anos.

Fonte: Projeção de População (Revisão 2008), IBGE.

Tabela 4: Algumas informações estatísticas sobre o desempenho demográfico – Brasil: 1980-2030

3É frequente em estudos previdenciários a utilização de estatísticas de benefícios emitidos. Entretanto, essa estatística está mais associada a aspectos da dinâmica demográfica e é, por essa razão, aqui apresentada.

Page 45: Revista ANMP 17

45ANMP em foco - Fevereiro/2011

Essa mudança demográfica terá efeitos expressivos sobre as condições de vida para a sociedade como um todo, sob a forma de: a) aumento acentuado das idades média e mediana da população, com impactos não desprezíveis sobre serviços de saúde e, consequentemente, nos gastos com saúde pública; b) aumento progressivo das taxas de sobrevivência condicionadas em idades mais avançadas, que elevam a despesa da seguridade social, assim como um aumento da procura de segurados por benefícios previdenciários, acidentários e assistenciais; c) redução do número de crianças e jovens e também do grupo etário até 24 anos (idade universitária), o que signfica menos pressão quantitativa sobre o sistema educacional, ainda que em termos qualitativos, haja muito a melhorar. A tabela 4 resume esta informação. Logo a seguir, o gráfico 2 informa a evolução da taxa de envelhecimento por situação de domicílio nos últimos anos. Tabela 4: Algumas informações estatísticas sobre o desempenho demográfico – Brasil: 1980-2030

Década Idade Mediana

Esperança de vida ao

nascer

Razão de dependência Demográfica

/a

Inverso da razão de

dependência demográfica

População infanto-

juvenil /b

(%) População infanto-juvenil

População em idade escolar /c

(%) População em idade escolar

1980 20,30 63,4 10,90 9,17 45.339.850 38,24 70.363.097 59,35 1990 22,50 67,2 11,66 8,58 51.789.936 35,33 80.418.237 54,86 2000 25,30 71,0 13,08 7,64 51.002.937 29,78 84.821.134 49,52 2010 29,00 73,5 15,48 6,46 49.439.452 25,58 83.083.466 42,99 2020 33,60 75,9 20,64 4,85 41.571.334 20,07 75.427.382 36,41 2030 37,90 77,7 29,08 3,44 36.761.006 16,99 65.474.084 30,25

a: Razão entre a população de 60 anos ou mais e a população de 15 a 59 anos. b: Conjunto de indivíduos de 0 a 14 anos. c: Conjunto de indivíduos de 0 a 24 anos. Fonte: Projeção de População (Revisão 2008), IBGE.

Fonte: Dataprev.

Tomada uma série entre 1990 e 2009, observa-se que o volume de concessão de novos benefícios tem crescido a uma taxa média anual bastante elevada. A tabela 5

Fonte: Dataprev

Page 46: Revista ANMP 17

46 ANMP em foco - Fevereiro/2011

GRUPOS DE ESPÉCIES

1990 1994 1998 2002 2006 2009Variação %

(2009/1990)

Taxa de crescimento médio anual

TOTAL 1.390.693 2.081.153 2.346.817 3.867.564 4.238.816 4.473.905 221,70 6,71

BENEFÍCIOS DO RGPS

1.305.541 2.006.673 2.074.254 3.582.821 3.932.623 4.108.220 214,68 6,58

PREVIDENCIÁRIOS 1.207.692 1.830.801 1.898.325 3.378.764 3.773.809 3.754.851 210,91 6,50

Aposentadorias 401.128 894.954 834.270 763.411 819.593 1.071.040 167,01 5,61

Tempo de Contribuição

63.165 222.369 297.857 159.961 185.093 271.298 329,51 8,43

Idade 229.391 555.607 391.636 428.896 462.647 602.721 162,75 5,51

Invalidez 108.572 116.978 144.777 174.554 171.853 178.211 64,14 2,79

Pensão por morte 220.992 317.573 283.290 325.594 334.801 380.039 71,97 3,06

Auxílios 549.224 576.951 635.210 1.294.728 2.202.709 1.733.877 215,70 6,60

Outros 36.348 41.323 145.555 995.031 416.706 569.895 1.467,89 16,52

ACIDENTÁRIOS 97.849 175.872 175.929 204.057 158.814 353.369 261,14 7,39

Aposentadoria por Invalidez

4.613 4.370 6.737 9.687 5.854 8.940 93,80 3,74

Outros 93.236 171.502 169.192 194.370 152.960 344.429 269,42 7,53

BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS

85.152 74.480 272.563 284.743 306.127 362.574 325,80 8,38

LOAS e RMV 85.143 70.725 132.359 139.939 173.719 362.090 325,27 8,37

Outros 9 3.755 140.204 144.804 132.408 484 n.a n.a

ENCARGOS PREV. UNIÃO 66 3.111 n.a n.a

Fonte: AEPS – Suplemento Histórico, 2008 e BEPS (todos os meses de 2009).

Tabela 5: Evolução da Quantidade de Benefícios Concedidos - INSS: 1990-2008 (anos selecionados)

Page 47: Revista ANMP 17

47ANMP em foco - Fevereiro/2011

Fonte: DATAPREV/CAT/SUB.

Obs.: A Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT deverá ser feita pela empresa, ou na falta desta, pelo próprio

acidentado, seus dependentes ou pela entidade sindical competente, pelo médico assistente ou por qualquer

autoridade pública.

Fonte:DATAPREV/CAT/SUB.

Fonte:DATAPREV/CAT/SUB.

Fonte: DATAPREV/CAT/SUB.

Obs.: A Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT deverá ser feita pela empresa, ou na falta desta, pelo próprio

acidentado, seus dependentes ou pela entidade sindical competente, pelo médico assistente ou por qualquer

autoridade pública.

Fonte:DATAPREV/CAT/SUB.

Fonte:DATAPREV/CAT/SUB.

Fonte: DATAPREV/CAT/SUB.

Obs.: A Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT deverá ser feita pela empresa, ou na falta desta, pelo próprio

acidentado, seus dependentes ou pela entidade sindical competente, pelo médico assistente ou por qualquer

autoridade pública.

Fonte:DATAPREV/CAT/SUB.

Fonte:DATAPREV/CAT/SUB.

Fonte: Dataprev/CAT/SUB

Fonte: Dataprev/CAT/SUB

Fonte: Dataprev/CAT/SUB

Obs.: A Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT deverá ser feita pela empresa, ou na falta desta, pelo próprio acidentado, seus dependentes ou pela entidade sindical competente, pelo médico assistente ou por qualquer autoridade pública.

Quando nos atemos especialmente à questão de acidentes de trabalho, podemos ver os resultados nos gráficos 3, 4 e 5, a seguir:

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ários deverão contar com ajustes institucionais. A seguir, as tabelas 6 e 7 simulam de maneira resu-mida alguns resultados sobre quantidade de bene-fícios emitidos e evolução do gasto previdenciário para períodos de cinco anos a partir de 2010.

Parece evidente que o sistema previdenciário brasileiro apresentou elevado crescimento, seja em termos de número de contribuintes, seja em núme-ro de beneficiários. Também a cobertura previden-ciária – uma medida da proteção social do sistema previdenciário – elevou-se quase 5 pontos percen-tuais nos últimos vinte e quatro anos e, em termos absolutos, cresceu 57% no mesmo período4. Entre

1984 e 2009, a cobertura previdenciária total ele-vou-se de 69,7% para apenas 74,3%.

É interessante notar que nesse processo de expansão da cobertura previdenciária, em termos médios, a expansão da cobertura foi de aproxima-damente 5 pontos percentuais, mas enquanto a co-bertura média da população atingiu 74,3%, para o segmento idoso (indivíduos com 60 anos ou mais), esta se elevou para 93,7%, e para o grupo de 65 anos ou mais aumenta de 93% para 95,8%. Esse re-sultado indica uma cobertura quase universal para esses segmentos etários.

AnosPopulação de

60 anos ou mais (106)

Total de benefícios

Benefícios / População

Gasto com Previdência

Social (R$ 2010 106)

Taxa média de crescimento

anual do gasto

2010 19,282 23,706 1,23 212.886

2015 23,23 28,56 1,23 269.560 4,83

2020 28,322 34,82 1,23 345.405 5,08

2025 34,476 42,387 1,23 420.461 4,01

2030 40,473 49,759 1,23 493.596 3,26

Fonte: Tafner e Giambiagi, 2010.

AnoPopulação de

60 anos ou mais (106)

Total de benefícios emitidos – Dezembro de cada ano (106)

Aposentadoria Pensão Assistência a idosos

Total de benefícios

2010 19,282 15,445 6,804 1,457 23,706

2015 23,230 18,607 8,198 1,756 28,560

2020 28,322 22,685 9,994 2,141 34,820

2025 34,476 27,615 12,166 2,606 42,387

2030 40,473 32,418 14,282 3,059 49,759

Fonte: Tafner e Giambiagi, 2010.

Tabela 7: Simulação da evolução do gasto previdenciário – Brasil 2010-2030

Tabela 6: População de 60 ou mais e quantidade de benefícios emitidos por tipo – Brasil: 2008-2030

4A medida de cobertura previdenciária aqui apresentada leva em consideração o total da população e não a população economicamente ativa (PEA), como usualmente feito. Isso se deve à maneira como é calculada a cobertura previdenciária. Essa é feita por unidade familiar, estendendo-se a cobertura a dependentes legais de um membro coberto pela previdência. Oliveira (1993), a partir de estudo de Mesa-Largo (1989), apresenta dados de cobertura para a América Latina, como tem sido usual, considerada apenas a PEA.

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5. ConclusãoComo então assegurar a qualidade dos serviços

públicos para o bom atendimento da população? Se, como dito antes, temos uma diminuição do nú-mero de peritos médicos previdenciários, conco-mitante a um crescimento significativo no número de cobertura previdenciária, devemos nos orientar para uma reformulação institucional que corrija as distorções que vêm crescendo.

Assim, como pode ser observado em muitas sociedades, o Brasil vem atravessando mudanças expressivas no que diz respeito à sua estrutura demográfica. Alguns fatores explicam essas trans-formações, como, por exemplo, a queda na mor-talidade infantil, a queda na taxa de fecundidade, o aumento da duração média da vida. Podemos afirmar que são mudanças extremamente positi-vas, pois refletem o desenvolvimento no campo da medicina e também o sucesso de determinadas políticas públicas que vêm gerando impactos posi-tivos na melhoria da qualidade de vida da popula-ção. Ainda que haja desigualdade entre as diversas

regiões brasileiras, é possível observar essas me-lhorias em todas elas.

Por outro lado, os aumentos da população em idade ativa e da expectativa de vida dos indivíduos requerem constantemente mudanças significativas nas políticas públicas e em arranjos institucionais já concebidos. O caso da Previdência Social é apenas mais uma das inúmeras instituições que devem ser reavaliadas em inúmeros aspectos. Essa mudança demográfica, assim como o crescimento de benefí-cios e pensões, motivados por invalidez, acidentes de trabalho, entre outros, produzem um cenário bastante complexo que merece a atenção das au-toridades públicas envolvidas e o empenho dos pe-ritos médicos previdenciários. São esses últimos as peças fundamentais nesse processo de readequa-ção das políticas de concessão desses benefícios, pois são eles que sofrem diretamente as pressões das crescentes exigências da mudança demográfi-ca e, nesse sentido, as suas experiências devem ser consideradas para indicar alguma das soluções.

Referências Bibliográficas:ALMEIDA, Eduardo Henrique. A Perícia Médica no Contexto Atual, in Perícia Médica. Conselho Fede-ral de Medicina. Goiânia, 2007.ARGOLO, Luiz Carlos de Teive e, Bruno Gil de Carvalho Lima. Perícia Médica Previdenciária. Conselho Federal de Medicina. Goiânia, 2007.FILHO, Aerolino Lustosa. História da Perícia Médica em Goiás, in Perícia Médica. Conselho Federal de Medicina. Goiânia, 2007.GIAMBIAMGI, Fabio e Paulo Tafner. Demografia: a ameaça invisível – O dilema previdenciário que o Brasil se recusa a encarar. São Paulo: Campus/Elsevier, 2010.NAKANO, Simone Moraes Stefani, Salomão Rodrigues Filho e Iliam Santos. Perícia Médica. Conselho Federal de Medicina. Goiânia, 2007.TAFNER, Paulo. Public expenditure Review for Health. Education and Social Security in the Context of Population Aging in Brazil. Banco Mundial, 2010.CHEDID, Tereza. O perfil do perito médico. Conselho Federal de Medicina. Goiânia, 2007.

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50 ANMP em foco - Fevereiro/2011

ANMP e EAGU celebrarão acordo de cooperação para capacitação profissional

A Escola da Advocacia-Geral da União Ministro Victor Nunes Leal, órgão subordinado ao Advogado-Geral da União, criada a partir da transformação do Centro de Estudos Victor Nunes Leal, pelo Ato Regi-mental nº 02, de 15 de agosto de 2005, constitui-se em um centro de captação, produção e dissemina-ção do conhecimento. Além de promover a atuali-zação e o aperfeiçoamento técnico-profissional dos servidores e membros das carreiras jurídicas, a esco-la também fomenta estudos para o desenvolvimen-to, adequação e implementação de novas práticas, técnicas ou ferramentas de trabalho que possibili-tem a melhoria no desempenho do corpo funcional no aprimoramento das atividades institucionais no âmbito da Advocacia-Geral da União.

O ato regimental de constituição da Escola da AGU elencou inúmeros objetivos, dos quais mere-cem destaque a promoção da atualização e o aper-feiçoamento técnico-profissional, a elevação do conhecimento dos servidores e dos membros das carreiras jurídicas da Advocacia-Geral da União, o fomento a estudos e pesquisas direcionados ao

desenvolvimento de novos métodos e técnicas de trabalho relativas à advocacia pública e à formação de identidade própria da instituição, a valorização e capacitação dos servidores e membros da ins-tituição para exercerem suas atribuições em con-sonância com os ideais do Estado, como forma de busca permanente do cumprimento de sua missão, a viabilização da efetividade dos princípios que norteiam a atuação da advocacia pública, a cons-tituição de um centro de referência na geração de ideias compatíveis com o modelo de advocacia pú-blica tendente a minorar os conflitos entre admi-nistrados e administração e a realização de cursos, seminários, simpósios ou congêneres, ciclo de estu-dos, palestras e conferências, além de editar revista jurídica e promover encontros periódicos voltados ao estudo e ao debate de teses ou matérias especí-ficas de interesse da Advocacia-Geral da União.

A Escola da AGU, no ano de 2010, realizou ou participou da realização de 525 (quinhentos e vinte e cinco) eventos, totalizando 8.057 (oito mil e cin-quenta e sete) pessoas capacitadas, com uma carga

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51ANMP em foco - Fevereiro/2011

horária total de 75.342 (setenta e cinco mil, trezen-tos e quarenta e duas) horas, cuja organização e gestão couberam à unidade sede em Brasília e às representações estaduais.

Estrutura e descentralizaçãoConcentram-se em Brasília a maior parte das ati-

vidades e da estrutura da Escola da AGU, mas desde o ano de 2007 tem-se aprofundado a descentrali-zação das atividades nas unidades situadas nas ca-pitais, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. Assim também em unidades situadas em Goiânia, Natal, Belo Horizonte, Salva-dor, Espírito Santo e outras. Nas unidades de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Goiânia e Belo Horizonte há a oferta regular de cursos de pós-graduação, em nível de Especialização, com universidades associadas.

Revista da AGUA Revista da AGU é um periódico com duas

formas de apresentação, uma virtual mensal e ou-tra trimestral impressa, com 400 páginas. A revista apresenta abordagens multidisciplinares e atuais de questões relevantes à realidade da Advocacia Públi-ca Federal. Publica predominantemente artigos dos membros das carreiras da Advocacia-Geral da União, estando aberta à publicação de artigos de outros operadores do Direito. São admitidos também tex-tos sobre gestão e administração de órgãos jurídicos.

O propósito da revista é servir como meio de divulgação para todas as carreiras da AGU e para os demais operadores do Direito, de suas teses, te-

mas, opiniões e inquietações, tanto teóricas quanto práticas, com espaço para publicação de pareceres e comentários à jurisprudência.

Mantém-se aberta à publicação de textos técni-cos na área de saúde e previdência social, podendo receber contribuições de instituições conveniadas e de profissionais.

A Revista da AGU possui a reconhecida quali-ficação da CAPES, no extrato indicativo C, do selo Qualis, que é uma marca do sucesso e excelência alcançado pela revista.

Ao longo dos últimos anos, foram distribuídos entre as unidades da AGU, instituições de ensino, bibliotecas do Ministério Público, dos poderes Exe-cutivo, Legislativo e Judiciário, além de parceiros cadastrados em sua rede de troca, cerca de 8.000 exemplares de cada edição trimestral da revista.

No ano de 2010, a Escola da AGU deu início a sé-rie “Publicações da Escola da AGU”, voltada à divul-gação de temas relevantes para a instituição e que, muitas vezes, possui um grau de especificidade e tratamento quase que exclusivo da Advocacia Pú-blica; dentre elas, podemos destacar as seguintes publicações: Lei nº 8.213/91 anotada PFE/INSS e Temas de Direito e Saúde.

Convênios e parceriasVisando aproveitar os conhecimentos já acumu-

lados e a troca de experiências com outras Escolas de Governo, Centros de Educação Corporativa, Uni-versidades, Organismos Internacionais, entre ou-tras, a Escola da AGU focou parte de suas ações na

Reunião na EAGU.

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52 ANMP em foco - Fevereiro/2011

formulação e assinatura de convênios e parcerias, a exemplo: Caixa Econômica Federal – CEF, Tribu-nal de Contas da União, Banco Central do Brasil, Universidade de Brasília, Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Neste momento, está em apreciação na AGU o Termo de Cooperação entre a Escola da AGU – Ministro Victor Nunes Leal e a Associação Nacional dos Médicos Peritos, com vistas à recepção dos associados nas atividades da Escola e o desenvol-vimento de iniciativas conjuntas, sempre no inte-resse do aperfeiçoamento voltado à melhoria do atendimento e do serviço público.

Capacitação em Matéria de SaúdeA Escola da AGU, em parceria com o Ministé-

rio da Saúde, realizou a primeira Semana da Saúde objetivando sensibilizar os membros e servidores da AGU a adotarem comportamentos compatíveis com a prevenção de doenças e manutenção da saú-de e qualidade de vida.

Durante a semana, foram feitas aferições de pressão arterial, dosagens de glicemia e colesterol, exame de tonometria ocular, aferição de índice de massa corporal, além de palestras, informação nu-tricional e distribuição de material informativo em saúde e qualidade de vida.

Além disso, dois cursos foram realizados em parceria com o referido Ministério, nos anos de

2009 e 2010, voltados à discussão técnico-jurídi-ca da área de atuação daquela pasta. Nessas duas oportunidades, advogados públicos, técnicos do Ministério da Saúde, além de convidados da Ma-gistratura e Ministério Público puderam discutir questões polêmicas ligadas ao Direito Sanitário, bem como buscar soluções que reduzam a judi-cialização do tema.

Há ainda campo para atuação conjunta com instituições associadas, voltadas a temas técnicos, como as perícias médicas e outros. Neste ano de 2011, será oferecido curso de Medicina Baseada em Evidências, voltada ao público jurídico e médi-co, com vistas a qualificar a defesa administrativa e judicial da União nas demandas envolvendo os tra-tamentos reclamados pelos interessados.

Capacitação em Matéria de Previdência SocialA Escola da AGU também tem desenvolvido

iniciativas específicas na área de Previdência So-cial, seja sobre o regime geral, regimes próprios e também sobre a previdência complementar.

Além da publicação de uma revista em par-ceria com a Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, diversos cursos e eventos de capa-citação ligados a esta matéria foram desenvolvi-dos, ao longo dos últimos anos, em parceria com aquela instituição.

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53ANMP em foco - Fevereiro/2011

Eleições 2011 – Pela primeira vez, três chapas disputam o comando da ANMP Eleições

Teve início, no dia 31 de janeiro de 2011, o pro-cesso eleitoral da ANMP. A data de início do processo foi determinada pelo Estatuto da Associação, em seu Capítulo XI, Artigo 25, parágrafo segundo: “- O pro-cesso eleitoral iniciar-se-á 90 (noventa) dias antes do término do mandato da Diretoria através da abertu-ra de inscrições”. O mandato da Diretoria é de dois anos e terá início no dia primeiro de maio de 2011.

O término das inscrições das chapas ocorreu às 23h59 do dia 14 de fevereiro, ainda em cumprimen-to ao Estatuto, que nos mesmos capítulo e artigo, no parágrafo terceiro, afirma: “- As chapas deverão ser inscritas através de requerimento endereçado via carta registrada à sede da ANMP e mensagem de correio eletrônico, ambas contendo os nomes dos integrantes, Gerências Executivas e cargos cor-respondentes, indicação do membro participante da Comissão Eleitoral, postada (carta) e enviada (mensagem eletrônica) até 15 (quinze) dias depois do início do processo eleitoral. Ambos os meios de correspondência são imprescindíveis para a homo-logação da candidatura”.

O número de cada chapa no pleito foi deter-minado pela ordem de inscrição das mesmas. Ao todo, inscreveram-se três chapas: Chapa 1 – União; Chapa 2 – Renovação e Participação e Chapa 3 – Perícia Forte. No dia 15 de feverei-ro, foi constituída a Comissão Eleitoral, que é a responsável pela condução do processo eleti-vo, tanto da Diretoria, como do Conselho Fiscal da ANMP. A constituição da Comissão Eleitoral é regida tanto pelo Estatuto como pelo Regi-mento da ANMP. O Estatuto, em seu Capítulo XI, Artigo 25, no parágrafo quarto, determina: “– Depois de constituída, a comissão eleito-ral terá prazo máximo de 30 (trinta) dias para

iniciar o período de votação e convocar AGO (Assembleia Geral Ordinária) para no máximo cinco dias após o fim deste período”.

Já o Regimento Interno da ANMP, em seu Capí-tulo X, Artigo 26, parágrafo primeiro, afirma: “– A diretoria executiva indicará, por maioria simples de seus diretores, um de seus membros ou do Conse-lho Fiscal para presidir a junta eleitoral composta por um representante de cada chapa inscrita”. Ainda de acordo com o Regimento, no parágrafo segundo, fica estabelecido que: “As deliberações da junta eleitoral serão tomadas por maioria simples de seus mem-bros, cabendo voto de minerva ao Presidente”.

No dia 17 de março, terá início o prazo para a vo-tação de todos os associados da ANMP, conforme reza o Estatuto, em seu Capítulo XI, no caput do “Artigo 26 - A votação se dará por meio eletrônico, no site da ANMP, por um período de 10 (dez) dias, quando os fi-liados das URs (Unidades Representas, corresponden-tes à respectiva Gerência Executiva em que estiver lotado o filiado) que tenham Delegado empossado há pelo menos 1 (um) mês poderão acessar área especí-fica da internet e registrar seu voto”.

O prazo para as eleições termina, portanto, no dia 26 de março e, a partir deste dia, a Comissão Elei-toral tem o prazo de até cinco dias para convocar a AGO (Assembleia Geral Ordinária) conforme prevê o Estatuto, no Capítulo XI, Artigo 26, parágrafo primei-ro: “– A comissão eleitoral convocará AGO específica para a eleição, com a presença dos Delegados, a ser realizada em no máximo cinco dias após o término do período de votação, quando será apresentado o resultado da votação”. Além desta matéria, com mesmo espaço e tratamento para todas as chapas, a ANMP informa que já foi providenciado banner na área interna do site para todas as chapas.

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54 ANMP em foco - Fevereiro/2011

1. Quando ocorrerão as eleições na ANMP?Resposta: O processo eleitoral da ANMP já foi aber-to no dia 31 de janeiro de 2011.

2. Quando e onde ocorrerão as votações?Resposta: De acordo com o Estatuto, o prazo limite para o início das votações é o 17 de março de 2011, a partir da zero hora, e o prazo de encerramento, de 10 dias, ocorrerá às 23h59 do dia 26 de março de 2011. Estes prazos serão estabelecidos pela Junta/Comissão Eleitoral. A votação se dará por meio ele-trônico, no site da ANMP.

3. Só o Delegado pode votar? Resposta: NÃO! Delegados e associados têm direito a voto. INCLUSIVE APOSENTADOS, que são filiados com os mesmos direitos dos ativos.

4. Os novos associados poderão votar?Resposta: SIM! O perito médico previdenciário que se filiar até o meio-dia do dia 15 de março de 2011 terá direito a voto.

5. Até quando os associados podem regularizar suas obrigações sociais junto à ANMP?Resposta: Estarão aptos a votar todos os associa-dos que fizerem a quitação ou parcelamento de seus débitos com a ANMP (estando as parcelas em dia), até o dia 15 de março de 2011.

6. Como será registrado o voto?Resposta: O voto será registrado individualmente, eletronicamente, no site da ANMP. Todos os peritos votarão no âmbito de suas Gerências Executivas. Isto significa que seu voto será computado na GEX que estiver constando no seu cadastro da ANMP.

7. Como posso corrigir meu cadastro e atualizar minha lotação?Resposta: A alteração na lotação do perito é feita exclusivamente pela ANMP. Para atualizar este dado cadastral, o perito deve entrar em contato com a Associação, pelos telefones (61) 3321.1200 ou (61) 3044.8600. Um e-mail pode ser enviado também ao endereço eletrônico: [email protected].

8. Após aberto o prazo de votação, como faço para votar?Resposta: Basta ir ao site da ANMP, pelo endereço eletrônico: www.anmp.org.br, acessar o link: Elei-ções ANMP 2011, usar seu login e senha utilizados normalmente para acesso à área restrita do site e registrar seu voto.

9. O que estarei elegendo com o meu voto?Resposta: São duas as votações no pleito da ANMP 2011. Na primeira, você estará elegendo a Diretoria Executiva da Associação e, na segunda, votará para eleger o Conselho Fiscal. Serão duas votações distin-tas, mas que ocorrerão simultaneamente, a exemplo de uma eleição normal, quando votamos para depu-tados, senadores, governadores etc.

10. Posso votar em chapas diferentes para Direto-ria e Conselho Fiscal?Resposta: Sim. Na verdade, as chapas são todas inde-pendentes, estão ligadas por afinidade “política” ape-nas. É possível, por exemplo, votar na chapa 1 para Diretoria e na chapa 2 para Conselho Fiscal, ou na 2 (Diretoria) e 3 (Conselho Fiscal), e assim por adiante.

11. Quantas vezes poderei votar?Resposta: Seu voto será registrado somente uma vez para a Diretoria e uma vez para o Conselho Fiscal. Após registrado, o voto não poderá ser alte-rado. Mesmo que haja tentativa de votar mais de uma vez, ela não será aceita pelo sistema. São duas votações distintas, como já foi dito, uma para a Di-retoria, outra para o Conselho Fiscal, mas será ne-cessário acessar a área de votação apenas uma vez.

12. Quando saberei o resultado das eleições?Resposta: De acordo com o Estatuto, o resultado das eleições somente será divulgado no dia da AGO que, em sendo confirmadas as datas de votação (pergun-ta dois) pela Junta/Comissão Eleitoral, ocorrerá no dia 31 de março, isto é, 5 (cinco) dias após as eleições.

13. E se apenas 1 (um) perito votar na minha GEX? Como fica?Resposta: De acordo com o Estatuto, o voto da Gerência só será válido se metade mais 1 (um) dos peritos da Gerência tiverem votado. Isso garante a representatividade da Gerência.

Para tirar as possíveis dúvidas dos nossos associados em relação ao processo eleitoral da ANMP, a Diretoria da Associação elaborou um FAQ (perguntas frequentemente reali-zadas) com as questões mais comuns e suas respostas. Caso ainda reste alguma dúvida sobre o nosso processo eleitoral, encaminhe suas perguntas para a ANMP, pelo e-mail: [email protected] ou [email protected]. Conforme novas questões forem surgindo, elas serão respondidas individualmente e as respostas, incluídas neste FAQ.

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55ANMP em foco - Fevereiro/2011

Eleições ANMP 2011

A Chapa UNIÃO é fruto de um sonho de alguns peritos de resgatar em nossa Associação um mo-mento perdido em nosso passado, quando éramos unidos e tínhamos somente os interesses coleti-vos em mente. Esse grupo de peritos se juntou em nome, como diz a própria chapa, da UNIÃO.

Buscamos deixar de lado velhas rixas e peque-nas diferenças, cada um de nós cedendo um pouco, oferecendo muito, tentando sempre um “meio ter-mo” que fizesse com que nossas diferenças fossem motivos de SOMATÓRIO e nunca de divisionismo. Queremos mostrar a toda a categoria que PODE-MOS, SIM, unir-nos, que PODEMOS, SIM, abrir mão de projetos pessoais em nome do todo. Que QUE-REMOS, SIM, ultrapassar juntos nossos obstácu-los, que devem estar do lado de fora da ANMP, não dentro de seus próprios muros.

Pensamos uma chapa com pessoas amadureci-das, sensatas, com postura firme e sempre equili-brada. Pessoas dispostas à luta, mas também sabe-doras dos benefícios da paz e do consenso. Pessoas que um dia já estiveram em oposição política, mas que sabem a hora necessária de se unir forças.

Por isso, procuramos representantes de dife-rentes segmentos que de pronto acolheram a ideia de UNIÃO e cada um se propôs a fazer sua parte em nome deste ideal, fundamental neste nosso momento associativo.

Emanuel de Menezes e Virgínia Eloy, que foram opositores na eleição anterior, agora decidem tra-balhar juntos, em busca de harmonia, crescimento e necessária renovação. Juntam-se a eles a conheci-da sabedoria e serenidade de Geilson Gomes e nes-te processo de montagem da chapa, o provável can-didato a cabeça de chapa, Emanuel, decide “abrir mão” desta posição, justamente em nome da ne-cessária renovação, em favor de Geilson, que passa a ser o candidato a Presidente da chapa União, ten-do Virgínia Eloy como sua Vice. Emanuel concorre como Diretor Tesoureiro. Junta-se também a eles

Keti Patsis, de Curitiba, que soma com sua imensa experiência associativa e sua vivência no CRM do Pa-raná, onde é atuante conselheira, reconhecida por seus pares como mulher corajosa, sensata e justa, que com estes atributos representará especialmen-te os colegas do Sul do Brasil. E fechando a chapa com chave de ouro, trazemos Miguel Tabacow, da Gerência São Paulo Centro, um colega que sempre mostrou posturas amadurecidas, independentes e de extremo bom senso, e que soube se manter firme e lutador em todos os momentos difíceis que nossa categoria atravessou no último ano. Um verdadeiro pilar para seus colegas.

Desse modo, mantemos membros da atual Diretoria, para que não se perca a experiência adquirida nestes dois anos e para que não seja necessário um trabalho “do zero”, mas ao mesmo tempo mesclamos colegas ativos e aposentados e também novas lideranças, renovando a maior parte da Diretoria.

Eleições

Conheça as chapas que disputam a diretoria da ANMP. Apresentação por ordem de inscrição.

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56 ANMP em foco - Fevereiro/2011

A PRIMEIRA ação de nossa Diretoria, se elei-ta, será a criação de 5 DEPARTAMENTOS REGIO-NAIS, relativos a cada uma das 5 superinten-dências do INSS. Cada departamento terá um Coordenador e assim teremos ainda mais pro-ximidade com as bases, mais capilaridade de in-formações e de ações.

Portanto, é assim que a chapa UNIÃO vai trabalhar: UNIDA. UNINDO.

Não há mais espaço para atitudes radicais e im-pensadas, não precisamos mais; de heróis nem de “salvadores da pátria”. Precisamos aprender a somar e que esta soma resulte em força e que esta força nos leve a conquistas valiosas para a categoria.

Nossa principal meta será, sem dúvida, a re-composição salarial. Mas a ANMP tem várias ques-tões e nenhuma delas poderá ser negligenciada. A seguir, apresentamos, em linhas gerais, nossas pro-postas de ação para 2011/2013.

1) Promover a UNIÃO da categoria, por entendermos que as divisões internas só beneficiam nossos interlocutores e nunca a nós mesmos, uma vez que todos sabem como é fácil vencer forças desunidas.

2) Priorizar a luta por uma estrutura remuneratória condizente com a com-plexidade de nosso cargo e condições de trabalho que nos garantam segurança para exercermos com isenção e dignidade a atividade de ordenadores de des-pesas na avaliação do benefício por incapacidade, responsável por 60% (sessenta por cento) da pressão de requerimento.

2.1- Dentro dessa política, trabalharemos com total transparência para conquistar aquilo que nos é de direito, sem falsas promessas, sem desvalorizar o que já foi con-quistado, porém apontando as distorções hoje existentes no que se refere à remune-ração e às regras aplicadas ao pagamento da gratificação, para ativos e inativos.

2.2- Abrir ampla e democrática discussão sobre a forma de remuneração mais apropriada às peculiaridades da nossa atividade,no que se refere a subsídio e carga ho-rária, com o objetivo de unificar e diminuir as divisões hoje existentes entre os peritos médicos, constituindo-se em barreira negativa para as negociações salariais.

3) Defender o Movimento pela Excelência e Autonomia do Ato Médico Pericial a

todo custo, valorizando-o sempre como uma das maiores conquistas da categoria e ratificando que a autonomia médico pericial jamais poderá ser tida como “moeda de troca” para outras eventuais conquistas.

4) Abrir discussão específica para as necessidades dos colegas já aposentados ou

para aqueles em final de carreira, dando prioridade à regulamentação e aplicação das regras referentes à concessão de aposentadoria especial, realizando um trabalho árduo de sensibilização aos órgãos competentes, como também em relação às regras de apli-cação da gratificação gerando perdas salariais importantes para a categoria de inativos.

Estaremos atentos a repercussão de todas as negociações salariais para a classe de aposentados.

5) Conduzir as negociações utilizando todas as formas legais e éticas, na busca de

uma remuneração condizente com a complexidade e importância que nossa atividade tem, tanto no contexto social quanto no econômico.

6) Conduzir as negociações pautados na elegância, serenidade e maturidade, bus-

cando abertura constante de diálogo para bem representar os peritos médicos previden-ciários, além de resgatar a paz associativa por meio do diálogo permanente e irrestrito.

7) Garantir a independência da ANMP em relação a outras entidades de ex-

pressão política e objetivos diversos dos nossos, sem nos furtarmos a cooperar ou dialogar com estas entidades.

Propostas para o Biênio 2011-2013

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57ANMP em foco - Fevereiro/2011

O resgate da UNIÃO será um dos nossos grandes propósitos de trabalho, além do resgate da credibilidade.

Uma categoria dividida por pequenos ou grandes motivos dificilmente alcançará seus objetivos, por menores que eles sejam.

Vamos dizer não às desavenças, dizer não aos ataques e abrir a mente para a experiência já vivida e a energia dos que estão chegando com novas ideias e energia renovada.

Com essas propostas de trabalho, agregadas a muitas que certamente virão da categoria, pedimos o voto de confiança de vocês para implementá-las durante o biênio 2011/2013.

8) Abrir canais de diálogo com todas as categorias que fazem interface com o

nosso trabalho, por meio de realizações de eventos que incluam a participação desses setores, para discutir com clareza nossas atribuições, visando a diminuição de conflitos e divisão de responsabilidades.

9) Criar departamentos regionais, de acordo com as Superintendências do INSS,

a fim de aproximar a ANMP dos associados ativos e inativos, com participação dessa representação em reuniões de diretoria ordinárias ou extraordinárias, trazendo as propostas e os anseios regionais.

10) Estudar a possibilidade de descentralização da assistência jurídica. 11) Criar o Departamento de Ação Sindical, embrião da ANMP Sindical, com o in-

tuito de focar apenas nas questões de melhoria salarial, permitindo que a Diretoria possa atuar nas várias atividades estatutárias, respeitando o cronograma de traba-lhos, para não se restringir apenas às “demandas da vez”.

12) Lutar pela verdadeira autonomia da DIRSAT, apoiando as ações por ela pro-postas e - assim - garantindo o exercício da autonomia pelo ocupante do cargo, sem interferência de outras Diretorias ou entidades, visando devolver essa Diretoria ao propósito que deu origem à sua criação.

13) Fomentar a pesquisa e o estudo para respaldar decisões médico-periciais mais

uniformes, enfatizando a educação médica continuada, na plataforma Educação A Dis-tância, com seu conteúdo fazendo parte das atribuições médicas e contando como tempo efetivamente trabalhado, em parceria com a DIRSAT responsável pela GESTÃO.

14) Patrocinar estudo sobre as condições de trabalho e as causas de adoecimen-

to e de afastamentos dos peritos, com o objetivo de identificar a existência de pro-cessos de trabalho adoecedores e reivindicar sua correção por meio de argumentos técnicos precisos e convincentes.

15) Estudar formas de reingresso daqueles que se desfiliaram da ANMP por diver-

sas causas, no sentido de ampliar o amparo da categoria e com isso garantir a força da nossa representatividade.

16) Promover discussão sobre adequações do Estatuto Social, sempre que neces-

sário, sobre justos critérios democráticos.

Conclusão:

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Componentes da Chapa 1 - União

Diretor-Presidente – Geilson Gomes de Oliveira GEX Fortaleza – CE: Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, Residência em Obstetrícia e Gineco-logia pelo Hospital Geral de Fortaleza, Pós-Graduação em Medicina do Trabalho pela Universidade Estácio de Sá. Ex-chefia de SST da Gerência de Fortaleza, Membro do GT permanente de normatização que revisa o Manual de Perícias Médicas.

Diretora Vice-Presidente – MariaVirginia de Medeiros Eloy Sousa GEX Vitória – ES: Perita Médica do INSS desde 1984 e aposentada desde se-tembro de 2010, vinculada à Gerência Executiva Vitória e delegada da ANMP, tendo desempenhado, durante o período de atividade no INSS, funções de execução e gestão. Ocupou o cargo de chefe de GBENIN na Gerência Exe-cutiva Vitória e ocupou por 2 vezes o cargo de Chefe da Divisão de Perícias Médicas junto à Diretoria de Benefícios do INSS em Brasília. Médica, com especialização em Cardiologia, Medicina do Trabalho e Ergonomia Aplicada ao Trabalho. Exerceu a função de Agente da Inspeção do Trabalho (Médica do Trabalho) junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, na Delegacia Regional do Trabalho em Maceió, por admissão em concurso público.

Diretor-Tesoureiro – Emanuel Santiago de Menezes GEX Centro-Rio – RJ: Vice-presidente da ANMP; Médico formado pela UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1990; Residência em Pedia-tria pelo Hospital Municipal Jesus, Especialista em Pediatria pela AMB/SBP; Perito Médico Previdenciário; Médico Perito Examinador do Trânsito; Pós--graduado em Medicina do Trabalho pela UNIG; Pós-graduado em Acupuntu-ra; Ex-delegado da Gex. Rio de Janeiro Centro.

Diretor Primeiro-Secretário – Miguel Adolfo Tabacow GEX Centro-São Paulo – SP: Formado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina em 1977. Residência Médica em Pediatria pela Escola Paulista de Medicina. Mestrado em Pediatria, MBA em Economia e Gestão em Saúde pela CPES-UNIFESP em 2005. Especialista em Pediatria pela AMB e SBP; Pe-diatria com habilitação em Neonatologia pela AMB , CFM e SBP; Pediatria com certificação em Terapia Intensiva Pediátrica pela AMB, CFM e AMIB; Nu-trição Parenteral e Enteral pela SBNPE, AMB e CFM.

Diretora Segunda-Secretária – Keti Patsis GEX Curitiba – PR: Médica do trabalho; Conselheira do CRMPR; Coordena-dora da Câmara Técnica de Medicina do Trabalho e da Câmara Técnica de Perícias e Auditoria; lotada atualmente no SST. Diretora e presidente da Associação Paranaense de Medicina do Trabalho. Diretora de Ética e Defesa Profissional da Associação Nacional de Medicina do Trabalho.

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Chapa 2 - Chapa Renovação e Participação (ReP)

A chapa “RENOVAÇÃO e PARTICIPAÇÃO”, alinha-da aos anseios da categoria – Peritos Médicos Previ-denciários –, torna público este manifesto, com suas propostas de intenções para o mandato da ANMP biênio 2011 a 2013, de maneira que, publicado, fica registrado como seu compromisso com a categoria.

Entendemos que se faz necessário o resgate da nossa dignidade e valorização profissional com um justo e necessário realinhamento remuneratório e a solução da dicotomia reinante entre a ANMP e go-verno, a implantação de vigoroso estímulo à partici-pação da categoria, nas diretrizes a serem estabele-cidas em um amplo leque de atitudes democráticas na sua essência.

Empreenderemos ações para sair do isola-mento corporativista buscando parcerias estra-tégicas necessárias que, somadas a um qualifica-do grupo de peritos, formarão uma grande frente que projetará e devolverá à categoria sua iden-tidade de direito, possibilitando um crescimento consistente e permanente.

Trabalharemos para devolver à categoria sua au-toestima, fomentaremos a tranquilidade e a harmonia necessárias à nossa união, pautada pelo diálogo adul-to e construtivo. Pretendemos descentralizar para nos aproximar das bases, departamentalizar áreas de rele-vância para facilitar o dia a dia da perícia.

Promoveremos a revisão participativa do Es-tatuto Social com as alterações desejáveis à luz do direito, dos princípios éticos e da igualdade para todos e estimularemos, com a participação de todos, a elaboração de um programa de re-formas administrativas para que exponha com realismo, transparência e acessibilidade factível o dia a dia da Associação.

A sustentabilidade de nosso projeto, em sínte-se, far-se-á apoiado basicamente em três pilares:

Valorização Profissional – reconhecimento social e administrativo, credibilidade, digni-dade, alinhamento remuneratório. Qualidade – especialização, treinamentos, capacitação, condições de trabalho (físi-cas e emocionais). Independência – reivindicaremos uma ge-rência médica autônoma, com conhecimen-to técnico, administrativo e ético indepen-dente, trabalharemos pela nossa autonomia definitiva com ações que viabilizem nossa mi-gração para a Perícia Médica Geral da União.

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1. Transformando enfrentamento em parceria A política de enfrentamento que permeou as últimas ações da Associação e de grupos localizados de peritos é uma das causas do enfraquecimento e isolamento da categoria. Substituiremos a política do enfrentamento pela política da parceria, da assertividade e do foco em negociações de interesses para ambas as partes – Perícia Médica e Governo. O enfrentamento não será a regra, será a exceção.

2. Da centralização para o fortalecimento das representações locais As representações regionais estão confusas e enfraquecidas. Ofereceremos aos represen-tantes estrutura e treinamento necessários para que resolvam suas pendências regionais. Cada representação será uma célula da ANMP. Reservaremos à representação nacional a responsabilidade de coordenar, treinar e assessorar as representações regionais. No con-junto, buscaremos o fortalecimento da Perícia Médica nacionalmente.

3. Do isolamento da carreira à formação de alianças estratégicas Enfrentamentos a falta de compreensão e desrespeito mútuo existente entre nossa re-presentação e os interlocutores externos. Entendemos que precisamos ouvi-los sem resistir à criação de um ambiente de paz para que também sejamos ouvidos. O fortaleci-mento da imagem da Perícia Médica será uma consequência que começará de alianças seladas pelo diálogo.

4. Da imagem destruída à sua reconstrução a. A percepção de ineficiência da Perícia Médica pelos interlocutores e por setores da sociedade tem contribuído para o enfraquecimento da carreira. Devemos buscar e iden-tificar as causas, colocá-las em discussão e realinhar o entendimento de nossa missão em todas as esferas, da midiática à judicial. A eficiência coletiva do nosso trabalho abrirá espaço à boa imagem da carreira. b. Perícia Médica reafirmada como agente de proteção ao trabalhador é estratégico. A sustentabilidade da Previdência Social está fundamentalmente ligada a nós, somos um dos guardiões do patrimônio do trabalhador. Ações de marketing são necessárias ao resgate da percepção positiva da categoria, convergindo à imagem de defensores do interesse social.

5. Da discórdia, da desunião ao fortalecimento coletivo de uma categoria unida e respeitosa Trabalharemos permanentemente na busca da participação, do respeito mútuo e de uma visão de futuro compartilhado entre nossos pares.

6. Respeitando a diversidade e os seus valores A falta de percepção e de respeito a valores foi uma das causas importantes para a dis-córdia entre nós – Peritos Médicos. O conflito na fixação da jornada de trabalho rígida de 40 horas semanais frustrou, desmotivou e interferiu significativamente na qualida-de de vida da categoria. A participação de peritos em atividades médico-periciais é de grande importância no fortalecimento da carreira, mas deve ser optativa e conquistada com motivação e remuneração digna. No equilíbrio entre jornada de trabalho e remu-neração encontraremos o perito feliz, satisfeito e certamente buscando seu maior com-prometimento com a função. 7. Transformando manipulação em transparência Trabalharemos com discussões claras e objetivas sob visão compartilhada, trocando a ma-nipulação pela transparência.

Propostas de Mudanças

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8. Da gestão a. Profissionalização da gestão com foco em planejamento estratégico e efetivi-dade de resultados. b. Auditoria técnica-contábil independente. c. Planejamento orçamentário para médio e longo prazo. d. Descentralização da assistência jurídica de interesses coletivos e assessoria individual que envolva o conflito do perito com a instituição e os periciados. e. Investir em ações para melhorar as condições de saúde do perito ativo e aposentado, propondo programas preventivos, buscando uma rede de proteção – também em parce-ria com o instituto – que assegure sua tranquilidade e que o traga ao nosso convívio. f. Inovar em plataformas inteligentes de mídia para o fórum e outras interfaces de comu-nicação com o associado. g. Promover grupos de interesses específicos – Reabilitação, Especial, Assistência Técnica à PFE (Laudos Judiciais) e às Juntas de Recursos (JRPS/CRPS) etc. h. Desenvolver estudos para o aperfeiçoamento das atividades médico-periciais, de be-nefícios previdenciários, assistenciais, os relativos aos servidores federais previdenciários, de reabilitação profissional e serviço social e para promover a orientação à sociedade. i. Promover atividades de departamentos a serem criados com necessidades apontadas pelos associados, tais como: cultural, patrimonial etc. j. Constituir núcleos científicos itinerantes, presenciais ou através de videoconfe-rência aproveitando-se da estrutura da instituição, compostos por peritos e cola-boradores externos.

9. Das ações junto à Previdência a. Empreender estudos para discussão conjunta da gestão da “fila do atendimento peri-cial” sem comprometer a autonomia do ato médico. b. Regulamentar ações que levem a perícia médica a outras ações previstas fora do am-biente exclusivamente pericial. c. Fomentar a criação de cargos dentro da hierarquia da Previdência para que toda atividade médico-pericial seja gerida por peritos, embrião da Perícia Médica Geral da União-PMGU. d. Promover cursos de especialização à distancia para a atualização do Perito Médico e de informação aos iniciantes na carreira, não os aceitando como finalidade de ascensão para os peritos pré-aposentadoria. e. Resgatar o fórum interno, específico para os SSTs do Brasil, como ferramenta de infor-mação e esclarecimento da legislação, discussão de matérias técnicas, troca de experiên-cias e promoção de uma rede que una o Brasil sob condutas hegemônicas.

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Diretor Tesoureiro: José Flávio Viana Guimarães Médico graduado na Faculdade de Medicina da UFMG, 1988. Médico do Traba-lho pela Fundação São Camilo, 1997. Pós-graduado em Geriatria e Gerontologia pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, 2002. Planejamento Estra-tégico pela Universidade Gama Filho, Brasília, 2010. Atualmente é especializando no curso de Gestão Pública em Saúde, da Universidade Aberta do Brasil, PNAP--FAGEN da Universidade Federal de Uberlândia. Perito Médico Previdenciário na GEX Uberlândia desde 2005, atuando na perícia de ponta e na equipe técnica de reabilitação profissional. Delegado da GEX Uberlândia no período de 2008 a 2010. Experiência na área pericial e de auditoria de serviços médicos.

Diretora Primeira Secretária: Ivana de Barros Lima Formada na Escola de Ciências Médicas de Alagoas. Residência Médica em Endocrinologia Pediátrica. Pós-graduação em Medicina do Trabalho. Perita Médica Lotada na GEX Maceió-AL. Delegada da ANMP/ GEX-Aju de 2007 a 2009 e suplente de 2005 a 2006.

Diretora Segunda Secretária: Daniela Toss Medica formada pela Universidade de Caxias do Sul, 1997. Residência em Pneumologia no Pavilhão Pereira Filho, Porto Alegre, 2000. Residência em Terapia Intensiva no Hospital Municipal São José, Joinville, 2003. Perita Mé-dica Previdenciária desde 2005. Gerência Blumenau / SC. Linha de frente até janeiro de 2011. Apoio à gestão SST em 2011.

Composição da Diretoria Executiva:Diretor Presidente: Alceu Rodrigues Perito Médico Previdenciário concursado desde 2006. Atuou no atendimento da perícia médica de ponta da APS de Santo André – SP por 3 anos, Chefe da SST da GEX - Santo André no período de 2010, exoneração a pedido. Foi suplente de delegado da ANMP 2009. Médico formado pela Faculdade de Me-dicina de Botucatu (UNESP). Atuação na área de auditoria médica por 15 anos. Especialização em Medicina do Tráfego pela USP com Título de Especialista pela ABRAMET/AMB. Especialização em Homeopatia pela Associação Paulista de Homeopatia, com Título de Especialista pela AMHB / AMB. Atualmente faz curso de graduação em Medicina do Trabalho e Perícia Médica.

Diretor Vice-Presidente: Marcos Antonio de Moura Oliveira Formado pela Universidade Federal de Sergipe, Perito Médico desde 2006 atuando no atendimento pericial da APS de Aracaju – SE. Cardiologista com título de habilitação em ecocardiografia, e pós-graduado em perícias médi-cas e em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas.

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Peritos da Previdência não suportam mais per-der, não suportam mais a falta de diálogo produtivo com a sociedade e com o governo e querem mudar.Apresentamos ideias e pessoas dispostas a lutar por elas. Precisamos unificar a classe e retomar a luta com estratégia, articulação e conversa, muita conversa. Com a categoria e com a sociedade. Não se concebe uma associação que não aceita o voto individual de seus sócios, que prefere a via judicial ao diálogo, que se indispõe com todos.

Trazemos uma mensagem de otimismo e espe-rança. Contamos com seu apoio.

COMPROMISSOS: - Retomada do diálogo com as entidades da sociedade civil e com o governo. - Retomada das articulações políticas. - Recontratação de assessor político. - Alteração do estatuto para 1 perito = 1 voto. - Alteração do estatuto para que a ANMP tenha 5 diretorias regionais (com subdivisão em São Paulo e Nordeste). - Luta pelo fortalecimento da carreira através do fim da gratificação de produtividade. - Luta pela remuneração por subsídios. - Luta pela redução de jornada de trabalho. - Representação efetiva junto ao CFM, AMB, FONACATE, ABML, SBPM/ABML.- Desenvolvimento de estudos periciais. - Apoio a encontros de cunho científico, téc-nico e de políticas de classe - Discussão da Perícia Médica da União.

- Reformulação completa da revista ANMP em foco. - Troca da assistência jurídica, com possibili-dade de escritório com parcerias nos estados para assessorar peritos a baixo custo em sua cidade ou região. META URGENTE: adequar a remuneração nos valores e na forma. 1- Elaborar um documento com a evolução da remuneração da carreira e das outras da elite do Executivo (ver em nosso blog es-tudo do colega José de Oliveira Costa Filho sobre este tema http://anmp2011.blogspot.com/2010/12/seu-dinheiro.html). 2- Outro com as atribuições médico-legais e seus impactos. 3- Um último, elaborado por jurista de reno-me, sobre a conveniência da remuneração por subsídios. 4- Um ou mais seminários para debater os documentos com presenças ilustres. 5- Eventos regionais para debater com os peritos, poder judiciário, medicina legal, cen-trais sindicais. Dar força, consistência e visibi-lidade à tese 1 perito = 1 voto.

Obs.: Em nosso blog há o mapeamento das decisões por GEX quanto à mudança estatu-tária para 1 perito/1 voto (http://anmp2011.blogspot.com/p/compromissos.html).

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Ideias: Perícia Médica da União:

Tema diretamente ligado ao aprimoramento democrático do país e negligenciado so-lenemente pela ANMP. Segundo se propõe, os peritos médicos serão servidores públicos federais independentes dos órgãos aos quais prestam serviço, respondendo diretamente ao órgão exclusivamente dedicado a gerir e capacitar os peritos que prestariam serviço ao Executivo e ao Judiciário. Os peritos trabalharão para o Ministério da Previdência So-cial, Ministério da Assistência Social, Ministério do Planejamento, Ministério da Fazenda, Justiça Federal e outros que demandem perícias médicas para suas prestações públicas. O modelo é o mesmo que faz dos procuradores autárquicos procuradores federais da Advocacia-Geral da União e dos auditores da previdência auditores da Receita Federal. A proposta fortalece a carreira, suas decisões, sua isenção e trará economia de recursos evitando múltiplas perícias para o mesmo caso, além de agilizar o Poder Judiciário. A Perí-cia Médica da União poderá ser um órgão diretamente vinculado ao Ministério da Justiça, Ministério do Planejamento ou a outro órgão independente a ser criado.

Um modelo de representação associativa:Um perito, um voto. A categoria não precisa mais da tutela de delegados; pode se

manifestar diretamente. Há um clamor por participação solenemente negligenciado pela ANMP. Os delegados são líderes escolhidos pelos peritos e continuarão a ter seus papéis de lideranças, sendo representantes independentes da ANMP, o canal de comunicação da entidade com as gerências executivas do INSS; não há porque mudar isso, já que é uma escolha democrática. Entretanto, no fluxo inverso (de representação das bases perante a ANMP) não há mais necessidade de intermediação, uma vez que a ANMP está madura e presente em todos os cantos do país.

Valorização salarial:Uma carreira que já demonstrou seu valor social e econômico, que é periculosa, insa-

lubre e penosa, que requer profissionais altamente qualificados e de formação mais longa que as demais, não pode ser menor remunerada apenas por ser carreira médica. O Estado brasileiro conta com carreiras no Executivo que se valorizaram em 2008, mas a ANMP perdeu o bonde da história e se manteve lutando por bandeiras ultrapassadas, como a re-gulamentação de gratificação (GDAMP). Perícia médica previdenciária julga direitos cons-titucionais e ordena despesas, sendo carreira de Estado típica. Se assim considerada, é a pior remunerada de todas!

Remuneração por subsídios:Todas as carreiras valorizadas e importantes, como a magistratura, são remuneradas

sob a forma de subsídios e não por vencimento mais gratificações. Apenas as carreiras assim remuneradas têm independência em relação às ingerências externas no desempe-nho de suas responsabilidades legais. Receber gratificaçãos submete o servidor a ter que agradar sua chefia, deixando de ser servidor público no sentido constitucional do termo. Quem julga direitos não pode estar sujeito a gratificações. 2008 foi o ano em que mais de uma dezena de carreiras passaram a ser subsidiadas, mas a ANMP não lutou para inclusão da perícia médica na pauta.

Carga horária:A jornada que melhor concilie as peculiaridades da medicina com as necessidades

do Estado em se tratando de carreiras típicas e valorizadas deve ser buscada através do debate e do voto direto. Para que o perito trabalhe com essa jornada, é indispensável que haja reestruturação e aumento salariais. O perito hoje recebe metade do que se paga às demais carreiras típicas, quando não menos do que isso, para a mesma carga horária de 40 horas. Ademais, é das poucas carreiras que tem a frequência rigidamente controlada, o que é uma discriminação condenável. Há peritos que defendem jornadas, como 20, 30 e 40 horas semanais, sendo necessário amplo debate da ANMP sobre os interesses públi-cos, da carreira e da maioria dos peritos.

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65ANMP em foco - Fevereiro/2011

Integração com entidades:A ANMP nasceu e cresceu da articulação política com outras entidades médicas e não

médicas da sociedade civil. Nas 2 últimas gestões, cometeu o grave erro de se bastar, re-chaçando todos que a ela se aproximavam. Viu-se isolada e apoiada apenas por um depar-tamento jurídico e pelo Conselho Federal de Medicina, ao qual, por fim, procurou recorrer para buscar amparo. A ANMP negligenciou apoios históricos, como a Frente Parlamentar da Saúde, o Ministério Público Federal, a Associação Médica Brasileira, a FENAM, deputa-dos médicos e conselheiros que se apresentaram como parceiros. Recusou-se a conversar com os trabalhadores através da CUT, com quem nunca se reuniu, abandonou o Fórum Nacional de Carreiras Típicas de Estado para só conversar com o INSS. Sobretudo, se afas-tou da categoria, que instrumentalizou apenas como fonte de recursos e de apoio para si. É inadiável a retomada dos contatos com humildade e disposição para diálogo. É indispen-sável que novos nomes se apresentem como interlocutores e os que se desgastaram em embates estéreis, ridiculamente pessoais, dos últimos 2 anos, deixem lugar para outros reiniciarem das cinzas.

ANMP sindical:Regularização da ANMP como entidade sindical junto ao MTE e afiliação

posterior à FENAM.

Descentralização:Uma entidade do porte da ANMP não pode mais continuar centrada em cinco pesso-

as, muito menos em uma. É certo que o foco de nossas ações deve continuar sendo Bra-sília, mas, mesmo lá, as atribuições representativas devem passar a ser compartilhadas entre os integrantes da diretoria, bem como delegados e conselheiros. Nas gerências, o papel dos delegados deve ser valorizado e a eles deve ser dado apoio financeiro e admi-nistrativo. É importante que a ANMP tenha departamentos científico, jurídico, conselho político, de imprensa, de relacionamento institucional, que designe representantes junto a cada uma das entidades médicas e junto ao fórum nacional das carreiras típicas. Cada departamento deve ter um responsável diferente. Não se pode depender inteiramente de uma única pessoa, que, quando eficiente, traz bons resultados, mas que, se ineficien-te, afunda a entidade e a categoria. Mais pessoas participando pode até retardar certas decisões, mas tornará a entidade mais estável diante de ataques e fracassos como os recentes. Podemos ter 5 diretores além dos presidente e vice. Estes 5 diretores serão presidentes regionais da ANMP nas 5 regiões administrativas do INSS para tratar de ques-tões regionais com autonomia. Pensamos que regiões como São Paulo e Nordeste devem contar com dois diretores regionais: pela representatividade e extensão das regiões. Um diretor se ocuparia de agregar os peritos metropolitanos e outro das regiões menores, ditas “do interior”. Afinal, devemos nos preocupar em formar vasta rede de comunicação que atinja todos os sócios: dos mais próximos aos mais distantes.

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Secretário - MorayaPerito médico no Rio de Janeiro, RJ.Ingressou no INSS em 2006.

Quem somos

Presidente - Luciana CoiroPerita médica em Porto Alegre, RS. É cirurgiã geral ginecologista/obstetra, mestra em saúde coletiva e epidemologia e médica legista.Ingressou no INSS em 2006.

Secretário - Fábio AmorelliPerito médico em Itajubá, MG. É ortopedista e acadêmico em Direito.Ingressou no INSS em 2005.

Vice-Presidente - Francisco CardosoPerito médico em São Paulo, SP. Nascido e formado no Rio de Janeiro.Ingressou no INSS em 2006.

Tesoureiro - Heltron XavierPerito médico em Natal, RN. É anestesiologista, jornalista e pianista clássico.Ingressou no INSS em 2005.

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Balanço departamento jurídicoRELATÓRIO DE AÇÕES

Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social – ANMP

Acompanhamento ProcessualAtualização: 9 de fevereiro de 2010.

Esta ação foi proposta em agosto de 2004 com a finalidade de condenar o INSS e a União a pa-garem o valor integral dos adicionais por tempo de serviço dos filiados à ANMP que, à época, op-taram por exercer a chamada jornada estendida. Essa opção significava dobrar a jornada de traba-lho de 20 (vinte) horas semanais, para 40 (qua-renta) horas semanais.

Acontece que, mesmo dobrando a jornada de trabalho, os servidores continuavam a receber apenas o valor dos adicionais por tempo de servi-ço equivalentes a uma jornada de 20 (vinte) horas, tendo um desconto de 50% (cinquenta por cento) no contracheque sobre o valor dos adicionais.

Em 1ª instância, foi proferida sentença que julgou procedente o pedido da ANMP. Isso moti-vou a União e o INSS a interporem recursos (ape-lação), que visavam reformar a decisão para que os servidores não recebessem o valor integral dos adicionais por tempo de serviço.

O INSS ainda interpôs outro recurso (embar-gos de declaração) para que o juiz expressasse claramente que o pagamento dos valores atra-sados dos adicionais fosse feito observando-se a prescrição quinquenal, conforme dita a lei. O juiz acolheu o recurso e determinou que a prescrição quinquenal fosse observada.

1. EMENTA: Extensão integral da GDAMP aos aposentados e pensionistasNÚMERO: 2004.34.00.018315-5Nova Numeração: 0018275-75.2004.4.01.3400LOCAL: 2ª Turma - TRF 1ª Região

A Ação foi proposta em junho de 2004, com a finalidade de garantir aos aposentados e pensionis-tas o direito à percepção da Gratificação de Desem-penho de Atividade Médico-Pericial – GDAMP no patamar máximo.

Em junho de 2006, o juiz de 1ª instância res-ponsável pelo processo proferiu sentença favo-rável à ANMP, mas limitou seus efeitos aos filia-dos residentes no DF. Por esse motivo, ainda em junho, a ANMP interpôs recurso (apelação) para estender os efeitos da sentença a todos os apo-sentados e pensionistas, independentemente de seu local de residência.

O INSS, por sua vez, também interpôs recurso (apelação) para modificar a sentença da 1ª instân-cia. Assim, solicitou que nenhum dos filiados apo-sentados e pensionistas, até os residentes no DF, recebam a GDAMP em seu patamar máximo.

Atualmente, aguarda-se o julgamento dos recur-sos na 2ª instância.

2. EMENTA: Correto pagamento do Adicional por Tempo de Serviço e cobrança dos valores atrasadosNÚMERO: 2004.34.00.024682-4Nova Numeração: 0024618-87.2004.4.01.3400LOCAL: 1ª Turma – TRF 1ª Região

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Balanço Jurídico

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68 ANMP em foco - Fevereiro/2011

3. EMENTA: Retroação dos efeitos financeiros do exercício da opção pela nova Carreira de Perícia Médica ao dia 1º de fevereiro.NÚMERO: 2004.34.00.025516-9Nova Numeração: 25452-90.2004.4.01.3400LOCAL: 13ª Vara Federal – Justiça Federal

A ação foi proposta em agosto de 2004, para que o INSS fosse condenado ao pagamento dos valores atrasados decorrentes da adoção equivocada da data de início da vigência dos vencimentos da car-reira de Perícia-Médica, o qual foi contabilizado a partir do dia 18 de fevereiro de 2004 e não do dia 1º do referido mês.

O juízo de 1ª instância proferiu sentença que julgou improcedente o pedido da Associação. A ANMP, então, interpôs recurso (apelação) que atu-almente aguarda apreciação.

4. EMENTA: Adicional de insalubridadePercepção no seu percentual máximoNÚMERO: 2004.34.00.028464-6Nova Numeração: 28395-80.2004.4.01.3400LOCAL: TRF 1ª Região

A presente ação foi proposta em setembro de 2004 para que o INSS e a União fossem condena-dos ao pagamento do adicional de insalubridade no percentual de 20% sobre o vencimento do car-go efetivo a todos os filiados à ANMP, além da di-ferença entre o valor pago e o valor devido desde setembro de 1999.

Em 1ª instância foi proferida sentença que jul-gou improcedente o pedido da ANMP. Isso levou a Associação a interpor recurso (apelação) para refor-mar a decisão e garantir o correto pagamento do adicional de insalubridade.

Atualmente, aguarda-se julgamento pela 2ª instância.

5. EMENTA: Percepção do auxílio-alimentação nos termos do numerário auferido pelos servidores do Supremo Tribunal FederalNÚMERO: 2004.34.00.030944-1Nova Numeração: 30862-32.2004.4.01.3400LOCAL: 2ª Vara Federal – Justiça Federal

A presente ação foi proposta em outubro de 2004 com o objetivo de garantir a equiparação do valor do auxílio-alimentação dos filiados ao dos funcionários do STF, para os filiados residentes em Brasília, e dos respectivos Tribunais Regionais Elei-torais, para os demais filiados residentes em outras unidades federativas.

O juiz de 1ª instância proferiu sentença que considerou improcedente o pedido formulado

pela ANMP. Isso levou a Associação a interpôr re-curso que, atualmente, aguarda julgamento pela 2ª instância.

6.EMENTA: Averbação de tempo de serviço celetista em condições insalubresNÚMERO: 2004.34.00.043582-0Nova Numeração: 34491-14.2004.4.01.3400LOCAL: 15ª Vara Federal – Justiça Federal

A presente ação foi ajuizada com o objetivo de condenar o INSS e a União a averbar o tempo de serviço exercido antes da publicação da Lei nº 8.112/90, sob condições insalubres ou perigo-sas, como atividade especial. A averbação deve ser feita na proporção especificada no Decreto 3.048/99, sendo que um ano de serviço em ati-vidade especial corresponde a 1,4 ano de serviço em atividade comum para os homens e a 1,2 ano de serviço em atividade comum para as mulhe-res, conforme a proporção entre as aposentado-rias normais e especiais.

Em maio de 2007, a ANMP apresentou à justiça o Memorando-Circular nº 15 do INSS, que reconhe-ce o direito à averbação. A ANMP, então, tendo em vista o esgotamento do objeto da ação, solicitou a extinção do presente processo com resolução do mérito, o que implica reconhecimento definitivo do direito e de seus reflexos patrimoniais, como abono de permanência e ATS.

Diferentemente do pedido da ANMP, a decisão proferida em 1ª instância extinguiu o processo sem julgamento de mérito. Por esse motivo, a associa-ção apresentou recurso (embargos de declaração) para que a decisão fosse reformada, ou seja, para que se julgasse o mérito da ação. Infelizmente, o recurso foi negado.

Cabe frisar que é de suma importância a extin-ção do processo com resolução de mérito porque, mesmo com o reconhecimento pleno do objeto da ação pelo INSS, não estão explícitos no Memorando nº 15 todos os direitos que os servidores possuem, os quais são claramente solicitados pela ANMP na ação. A resolução do mérito obrigaria o INSS a cum-prir todos os pedidos formulados, não só aqueles explicitamente descritos no Memorando.

Para tanto, a associação interpôs outro re-curso (apelação), que aguarda julgamento pela 2ª instância.

7. EMENTA: Lei nº 10.876/04. Isonomia entre médicos peritos e médicos credenciadosNÚMERO: 2005.34.00.012267-2Nova Numeração: 0012246-72.2005.4.01.3400LOCAL: 2ª Turma – TRF 1ª Região

Esta ação foi ajuizada em maio de 2005 para que os médicos peritos concursados fossem inde-

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nizados pela diferença mensal entre a remuneração percebida por eles e a dos médicos credenciados.

O juiz de 1ª instância proferiu sentença que de-cidiu pela improcedência do pedido. Em vista dis-so, a ANMP interpôs recurso (apelação) para que a sentença seja reformada e o pedido inicial seja julgado procedente.

Atualmente, o recurso aguarda julgamento pela 2ª instância.

8. EMENTA: Enquadramento dos Supervisores Médicos-Periciais em classe incompatível com as atribuições do cargo. Necessidade de reposicionamento na carreiraNÚMERO: 2005.34.00.017531-2Nova Numeração: 0017499-41.2005.4.01.3400LOCAL: 1ª Turma - TRF 1ª Região

A ação foi ajuizada em junho de 2005 com vistas a que fossem reposicionados na Classe Especial “S” os Supervisores Médicos Periciais que optaram por integrar a Carreira de Perícia Médica.

Em junho de 2008, foi proferida, em 1ª instân-cia, sentença de improcedência do pedido, o que ensejou a interposição de recurso (apelação) pela ANMP, para que os Supervisores Médicos Periciais sejam reposicionados na Classe Especial “S”.

Atualmente, aguarda-se julgamento pela 2ª instância.

9. EMENTA: Contribuição Previdenciária de aposentados e pensionistas. Lesão aos princípios da legalidade e da noventenaNÚMERO: 2006.34.00.011147-8Nova Numeração: 11025-20.2006.4.01.3400LOCAL: 21ª Vara – Justiça Federal

A ação foi proposta em abril de 2006 para que fosse suspensa a cobrança da contribuição previ-denciária dos aposentados e pensionistas filiados até que sobrevenha lei ordinária constitucional que defina a base de cálculo desse tributo.

Em 1ª instância foi proferida sentença que jul-gou improcedente o pedido da ANMP, o que ense-jou a interposição de recurso (apelação) que, atual-mente, aguarda apreciação.

10. EMENTA: Contagem de tempo de serviço realizado em período anterior à Lei nº 8.112/90 Averbação. Tempo concomitanteNÚMERO: 2006.34.00.033471-0Nova Numeração: 32574-86.2006.4.01.3400LOCAL: 2ª Turma – TRF 1ª Região

O mandado de segurança foi impetrado em no-vembro de 2006, contra ato do Diretor de Benefícios do INSS, objetivando a averbação ao Regime Geral de Previdência Social do tempo de serviço prestado pelos beneficiários na qualidade de autônomos no período anterior à publicação da Lei 8.112/90.

Em janeiro de 2007, a liminar requerida pela ANMP foi deferida e, posteriormente, foi proferida sentença, em 1ª instância, que julgou improceden-te o pedido da ANMP, revogando a liminar anterior-mente concedida.

Tendo em vista essa situação, a ANMP opôs re-curso (embargos de declaração) contra essa deci-são, que julgou improcedente o pedido da ANMP. Infelizmente, o recurso foi rejeitado e isto levou a in-terposição de outro recurso (apelação) pela ANMP, para que sentença de 1ª instância seja reformada e para que a averbação ao RGPS seja garantida.

Atualmente, aguarda-se o julgamento deste re-curso na 2ª instância.

11. EMENTA: Incidência de contribuição previdenciária sobre o terço de fériasNÚMERO: 2006.34.00.036645-2Nova Numeração: 0035634-67.2006.4.01.3400LOCAL: 7ª Turma – TRF 1ª Região

A ação foi proposta em dezembro de 2006 com os objetivos de impedir o INSS de cobrar contri-buição social sobre a parcela do terço constitucio-nal de férias e de condená-lo a devolver os valo-res descontados das remunerações dos filiados à ANMP nos últimos 5 anos, acrescidos de juros e correção monetária.

Em novembro de 2007, foi publicada sentença de 1ª instância que julgou improcedente o pedido inicial. Por esse motivo, a ANMP interpôs recurso (apelação) para que a sentença de 1ª instância seja reformada e o pedido inicial seja julgado procedente.

Atualmente,aguarda-se o julgamento do recurso em 2ª instância.

12. EMENTA: GDAMP. Falha no sistema operacional do INSS. Irregular avaliação do desempenho institucionalNÚMERO: 2007.34.00.043308-7Nova Numeração: 43027-09.2007.4.01.3400LOCAL: 4ª Vara – Justiça Federal

A ação foi ajuizada em dezembro de 2007 com o objetivo de condenar o INSS a pagar aos filiados da ANMP a parcela institucional da Gratificação de De-sempenho de Atividade Médico-Pericial – GDAMP de modo integral.

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A percepção do pagamento integral dessa grati-ficação deve ocorrer até que o INSS corrija a falha no sistema operacional que impossibilita a aferição do real tempo médio entre a data de marcação da perícia inicial e a data de realização do exame, pa-râmetro que serve de base para a avaliação de de-sempenho institucional.

Busca-se também, nesta ação, que o INSS publi-que as causas que fundamentam os resultados ob-tidos nas avaliações de desempenho institucional, que orientam o cálculo do valor da gratificação a ser recebida pelos médicos peritos.

Em fevereiro de 2008, foi proferida decisão que deferiu parcialmente a tutela antecipada requerida pela ANMP, apenas para determinar ao INSS que, no prazo de dez dias, publicasse as causas que fun-damentaram os resultados obtidos nas avaliações de desempenho institucional, divulgadas através da Portaria nº 22 INSS/DIRBEN, de 24/10/2007, de for-ma motivada e individualizada em relação a cada Unidade de Avaliação.

O INSS apresentou dados ininteligíveis e, em virtude disso, a ANMP apresentou petição requerendo a apresentação de dados compre-ensíveis para justificar as avaliações de desem-penho institucional.

O juízo de 1º grau julgou procedente somente parte do pedido da Associação. A sentença apenas determinou que o INSS publicasse as causas que fundamentam os resultados obtidos nas avalia-ções de desempenho institucional, de forma moti-vada e individualizada, em relação a cada Unidade de Avaliação. No entanto, julgou improcedente o pedido de pagamento integral da GDAMP. Por isso, a ANMP interpôs recurso (apelação) que atu-almente aguarda apreciação.

13. EMENTA: Adicional de Insalubridade para cedidos ao Conselho de Recursos da Previdência SocialNÚMERO: 2008.34.00.007241-1Nova Numeração: 7196-60.2008.4.01.3400LOCAL: TRF 1ª Região

Este mandado de segurança foi impetrado em março de 2008, contra ato do Diretor de Recursos Humanos do INSS, objetivando a garantia do paga-mento do adicional por exercício de atividade insa-lubre aos médicos peritos cedidos ao Conselho de Recursos da Previdência Social.

Em momento posterior, verificou-se que a au-toridade impetrada procedeu o corte do adicional de insalubridade para os membros do Conselho de Recursos da Previdência Social e que ela pretendia a devolução dos valores da gratificação já percebi-dos pelos beneficiários. Por isso, a ANMP requereu, em março de 2008, provimento de natureza caute-lar no processo. Pretendia-se impedir por meio dele que os beneficiários fossem compelidos a devolver

valores já pagos a título de adicional de insalubrida-de, o que foi garantido em abril de 2008.

Em março de 2009, o juiz de 1ª instância profe-riu sentença que obrigava o INSS a obstar os des-contos na remuneração dos servidores dos valores já percebidos por estes.

Insatisfeito, o INSS interpôs recurso (apelação), que atualmente aguarda julgamento pela 2ª instância.

14. EMENTA: Aposentadoria. Proporcionalização de gratificações não vinculadas ao vencimento básicoNÚMERO: 2008.34.00.008011-0Nova Numeração: 7965-68.2008.4.01.3400LOCAL: 2ª Vara – Justiça Federal

Em março de 2008, foi impetrado Mandado de Segurança para impedir que a Gratificação de De-sempenho de Atividade Médico-Pericial – GDAMP e a Gratificação Específica a Perícia Médica – GEPM, não calculadas com base no vencimento básico do servidor, sejam proporcionalizadas e acarretem de-créscimo remuneratório para os aposentados e pen-sionistas que não percebem proventos integrais.

Inicialmente, foi proferida decisão liminar que impedia a redução das gratificações dos proventos dos servidores que as recebiam integralmente. Em março de 2009, foi proferida sentença de 1ª instân-cia, que acolheu o pedido da Associação, o que le-vou a União a apresentar recurso (apelação) para que a sentença seja reformada

Atualmente, aguarda-se julgamento do recurso do INSS pela 2ª instância.

15. EMENTA: Direito de greve dos Médicos Peritos da Previdência Social NÚMERO: MC 14770, NÚMERO ÚNICO: 0214152-05-2008.3.00.0000 MS 13860, NÚMERO ÚNICO: 0215889-43-2008.3.00.0000LOCAL: Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça

No dia 16 de setembro de 2008, o INSS propôs medida cautelar, com pedido de concessão de li-minar, objetivando suspender o movimento gre-vista dos médicos peritos. No dia 17 de setembro, o Ministro Arnaldo Esteves Lima concedeu liminar ao INSS para suspender a greve dos médicos peri-tos, fixando multa diária em caso de descumpri-mento da decisão.

A ANMP, então, apresentou recurso (agravo regimental) contra o teor desta decisão liminar. Atualmente, aguarda-se julgamento do recurso e da ação pelo STJ.

Em contrapartida, no dia 18 de setembro deste mesmo ano, a ANMP impetrou mandado de segu-rança ao STJ, com pedido de liminar, para declarar a

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legalidade da greve e para impedir que sejam apli-cadas quaisquer medidas punitivas contra os servi-dores grevistas. A liminar foi indeferida. Em virtude disso, a ANMP interpôs recurso (agravo regimental) buscando reformar essa decisão.

Atualmente, também se aguarda julgamento da ação e do recurso pelo STJ.

16. EMENTA: Impossibilidade de devolução de parcelas percebidas de boa-fé. Descontos indevidosNÚMERO: 2008.34.00.033212-0Nova Numeração: 33043-64.2008.4.01.3400LOCAL: 1ª Turma – TRF 1ª Região

Em outubro de 2008, foi impetrado esse man-dado de segurança com pedido de liminar, contra ato do Diretor de Recursos Humanos do INSS, para impedir o INSS de realizar o desconto em folha a que alude o Memorando-Circular nº 38/2008, ga-rantindo aos filiados à ANMP que os valores supos-tamente pagos a maior não sejam descontados de suas remunerações a partir do mês de outubro.

Em abril de 2009, o juiz de 1ª instância julgou im-procedente o pedido formulado pela ANMP, que re-correu da decisão apresentando recurso (apelação).

Atualmente, aguarda julgamento deste recurso pela 2ª instância.

17. EMENTA: Parcelas percebidas de boa-fé a título de ATS. Descontos indevidosNÚMERO: 2008.34.00.033907-9 Nova Numeração: 33737-33.2008.4.01.3400LOCAL: TRF 1ª Região

Em outubro de 2008, foi impetrado esse manda-do de segurança, contra ato do Diretor de Recursos Humanos do INSS, para impedir que os valores re-cebidos a título de ATS, supostamente pagos a mais, sejam descontados da remuneração dos servidores.

A liminar requerida pela ANMP foi deferida para impedir que os descontos fossem realizados a partir do mês de outubro.

Diante dos insistentes descumprimentos por parte do INSS, a ANMP comunicou ao juízo a conti-nuidade dos descontos e atualmente aguarda pro-nunciamento sobre esta questão.

Em janeiro de 2009, foi editada sentença defini-tiva, pela 1ª instância, ordenando a suspensão das cobranças por parte do INSS. A juíza, entretanto, não se pronunciou sobre as parcelas já descontadas.

Diante disso, a ANMP interpôs recurso (apela-ção) para que a justiça se pronuncie sobre todo o teor da questão. Atualmente, aguarda-se aprecia-ção deste recurso pela 2ª instância.

18. EMENTA: Evitar devolução ao erário de parcelas recebidas de boa-fé e revogação de aposentadorias concedidas. Memorando-Circular nº 75 INSS/DIRBENNÚMERO: 2008.01.00.067819-8, referente ao Mandado de Segurança nº 2006.34.00.033471-0Nova Numeração: 0066024-64.2008.4.01.0000LOCAL: 2ª Turma - TRF 1ª Região

Em dezembro de 2008, foi proposta essa ação cautelar para obstaculizar as determinações do Memorando-Circular nº 75 INSS/DIRBEN, que bus-ca revisar as aposentadorias concedidas a partir da liminar revogada do MS nº 2006.34.00.033471-0.

A referida liminar foi concedida, garantindo a averbação das contribuições realizadas pelos filia-dos à ANMP, na qualidade de autônomos. Porém, assim que a liminar foi revogada, foi editado o Me-morando-Circular nº 75 para revisar as aposenta-dorias já concedidas e determinar a reposição ao erário dos valores recebidos.

Por isso, foi proposta a referida ação cautelar para impedir a efetivação das determinações do INSS, enquanto não é julgada a apelação do MS 2006.34.00.033471-0.

O pedido de liminar foi deferido para impedir a devolução das parcelas recebidas de boa-fé e a revi-são dos benefícios dos peritos médicos até que seja definitivamente julgado o mandado de segurança e proferida setença.

19. EMENTA: Contagem diferenciada do tempo de serviço após a vigência da Lei 8.112/90Servidores que percebem adicional de insalubridade NÚMERO: MI 992LOCAL: Supremo Tribunal Federal

No dia 13 de fevereiro de 2009, a ANMP impe-trou mandado de injunção em face ao Presidente da República Federativa do Brasil para definição de uma norma específica a ser temporariamente aplicada ao caso dos Médicos e Peritos da Previdência Social. Pe-diu, ainda, que seja aplicada contagem diferenciada aos substituídos pela Administração Pública.

Em 25 de maio de 2009, a Ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, julgou procedente o pedido formulado pela Associação para computar o tempo de serviço, na qualidade de servidores públi-cos expostos a condições insalubres, como especial, à razão de 1,4 para homens e 1,2 para mulheres. A decisão teve o seguinte dispositivo:

“Ante todo o exposto, com base nos precedentes citados e na autorização especificamente conce-dida, pelo Plenário desta Casa, para a apreciação monocrática dos casos idênticos àquele veiculado no Mandado de Injunção 795 (Informativo STF 542), concedo a ordem pleiteada para, declarando a mora legislativa na regulamentação do art. 40,

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§ 4º, da Carta Magna, determinar a aplicação, pela autoridade administrativa competente, dos termos do art. 57 da Lei 8.213/91, para fins de averiguação do atendimento de todos os requisitos necessários à concessão de aposentadoria especial em favor dos servidores públicos representados pela asso-ciação impetrante.”

Em junho de 2010, o INSS conjuntamente com o MPOG editaram a Orientação Normativa nº 06, para regulamentar a concessão da aposentadoria especial aos servidores públicos federais ampara-dos por mandados de injunção, cumprindo a deci-são prolatada pela Ministra Ellen Gracie.

20. EMENTA: Entrega da CRER aos segurados via Correios. Responsabilidade objetiva do INSSNÚMERO: 2009.34.00.007860-8Nova Numeração: 7785-18.2009.4.01.3400LOCAL: 3ª Vara - Justiça Federal

Em março de 2009, a ANMP propôs ação ob-jetivando a entrega da CRER aos segurados por via remota, com vistas a evitar a continuidade das agressões sofridas pelos peritos médicos nas APS. Buscou-se mostrar a responsabilidade objetiva do INSS decorrente de omissão da entidade autárquica ao forçar a entrega da CRER no interior das agên-cias, algo que acabaria por tornar inviável a adequa-da conduta durante as perícias.

Em 2009, o pedido de antecipação de tutela foi indeferido e, agora, em janeiro de 2011, o juízo de 1º grau julgou improcedente, em sentença, o pedi-do da ANMP. A Associação, então, interpôs recurso (apelação), que aguarda resposta do INSS para po-der ser apreciado pela 2ª instância.

21. EMENTA: Possibilidade de redução da jornada de 8 horas para 6 horas diárias sem intervalo para refeiçõesNÚMERO: 2009.34.00.009235-9Nova Numeração: 9159-69.2009.4.01.3400LOCAL: 22ª Vara - Justiça Federal

No dia 25 de março de 2009, a ANMP propôs tal ação, com pedido de tutela antecipada, para que seja possibilitado o cumprimento da jornada de tra-balho ininterrupta de seis horas diárias e trinta se-manais, nas agências abertas das 7:00 às 19:00 ho-ras nos dias úteis. Foi proferida decisão indeferindo a tutela antecipada.

No dia 29 de abril de 2010, foi prolatada senten-ça, julgando improcedente o pedido da Associação.

Deste modo, a ANMP interpôs recurso (apela-ção) para que a sentença seja reformada e, conse-quentemente, sejam garantidos os pedidos pleitea-dos inicialmente.

Atualmente, aguarda-se o julgamento do recur-so pela 2ª instância.

22. EMENTA: Eduardo Henrique Rodrigues de Almeida x ANMP. Afastamento de diretor. Comissão de sindicância. Danos morais e materiaisNÚMERO: 2010.01.1.033865-2 LOCAL: 11ª Vara da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília.

O Sr. Eduardo Henrique Rodrigues de Almeida, então vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, propôs ação de reparação de danos morais e materiais decor-rentes da suspensão de suas prerrogativas enquan-to vice-presidente da Associação, após trabalho re-alizado por Comissão de Sindicância.

O autor pediu antecipação dos efeitos da tutela sem audiência da Ré, mas esta foi indeferida pelo Juiz de Direito.

Após ser citada, a ANMP opôs exceção de in-competência, uma vez que o foro de Belo Horizonte não é competente para julgar a ação, já que a sede da Ré (no caso, a ANMP) localiza-se em Brasília e todos os fatos alegados ocorreram nesta capital. O pedido feito pela ANMP foi aceito e ação foi trans-ferida para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

A Juíza, então, determinou, em sua decisão, que fosse feita uma audiência de conciliação, instrução e julgamento no mês de novembro. A audiência foi realizada e foi determinada a oitiva de testemunhas em diversos estados da Federação, que serão reali-zadas por meio de cartas precatórias.

Foi realizada em Brasília a audiência de conciliação, instrução e julgamento. No momento, aguarda-se o cumprimento das cartas precatórias restantes.

23. EMENTA: Marília Gava e outros x ANMP. Suspensão do processo eleitoral da ANMPNÚMERO: 2009.01.1.056634-6LOCAL: 14ª Vara da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília

No dia 29 de abril de 2009, os autores propuse-ram ação cautelar, com pedido de antecipação de tutela, visando à suspensão do processo eleitoral da ANMP, ocorrido em abril deste mesmo ano.

A antecipação de tutela foi indeferida pelo juízo de primeiro grau, fato que levou os autores a inter-porem recurso (agravo de instrumento) ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios que, no exame recursal, confirmou o entendimento assenta-do pelo juízo de origem, negando provimento ao pe-dido de suspensão do feito e reafirmando a confor-midade das eleições com as disposições estatutárias.

Atualmente, aguarda-se decisão em 1ª instância.

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24. EMENTA: Acumulação de cargos públicos. Inconstitucionalidade do Parecer AGU GQ 145/98 NÚMERO: 2009.34.00.023629-0Nova Numeração: 23475-87.2009.4.01.3400LOCAL: 4ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva, com pedido de ante-cipação de tutela, que visa à declaração de inapli-cabilidade do Parecer AGU GQ 145/98, que limita a acumulação de cargos públicos a uma carga horária máxima semanal de 60 horas, aos peritos médicos previdenciários.

No dia 10 de novembro de 2009, o pedido de tutela antecipada foi deferido, garantindo que os filiados da ANMP possam acumular dois cargos pú-blicos. Insatisfeito, o INSS interpôs recurso (agravo de instrumento) para reformar esta decisão que de-feriu a antecipação de tutela.

Atualmente, aguarda-se decisão definitiva e o julgamento do recurso interposto pelo INSS.

25. EMENTA: Não incidência de imposto de renda sobre abono de permanênciaNÚMERO: 2009.34.00.023631-4Nova Numeração: 23477-57.2009.4.01.3400LOCAL: 7ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva que visa à não-incidên-cia de imposto de renda sobre o montante recebido a título de abono de permanência.

Ao proferir sentença, o juízo de 1º grau julgou improcedente o pedido da Associação, o que ense-jou a interporsição de recurso (apelação) que atual-mente aguarda apreciação.

26. EMENTA: Integralização de aposentadoria proporcionalNÚMERO: 2009.34.00.023633-1Nova Numeração: 23479-27.2009.4.01.3400LOCAL: 7ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva, com pedido de an-tecipação de tutela, que visa à integralização dos proventos de servidores inativos que tenham se aposentado proporcionalmente e, ainda assim, continuam contribuindo para a Previdência Social. Por meio desta ação, objetiva-se reajustar anual-mente o montante recebido.

O juízo de 1ª instância proferiu sentença, julgando improcedente o pedido, razão pela qual a ANMP in-terpôs recurso (apelação) para reformar a sentença e garantir o direito pleiteado inicialmente. Atualmente, aguarda-se julgamento do recurso pela 2ª instância.

27. EMENTA: Incorporação GDAPMP. Inconstitucionalidade. Ofensa aos direitos à paridade e à integralidadeNÚMERO: 2009.34.00.031733-0Nova Numeração: 31156-11.2009.4.01.3400LOCAL: 13ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva, com pedido de ante-cipação de tutela, que visa garantir aos aposen-tados e pensionistas filiados à ANMP a percep-ção da GDAPMP – Gratificação de Desempenho de Atividade de Perito Médico Previdenciário, de acordo com a média das sessenta últimas pontu-ações obtidas pelo servidor que deu causa à apo-sentadoria ou pensão.

No dia 14 de outubro, o pedido de antecipa-ção de tutela foi indeferido pelo juiz de primeiro grau. Atualmente, aguarda-se sentença definitiva pela 1ª instância.

28. EMENTA: Mandado de Segurança preventivo. Ilegais retaliações do INSS em virtude da realização de perícias médicas conforme determinações dos Conselhos de Medicina e de atos normativos da Procuradoria do INSSNÚMERO: 2009.34.00.033449-1Nova Numeração: 32852-82.2009.4.01.3400LOCAL: 13ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de Mandado de Segurança preventivo, com pedido de liminar, visando impedir qualquer tipo de retaliação por parte do INSS aos Peritos Médicos Previdenciários, em decorrência do Movi-mento por Excelência do Ato Médico Pericial. Em decisão prolatada em dezembro, o pedido de ante-cipação de tutela foi deferido.

Em setembro de 2010, foi proferida sentença, que acolheu parcialmente o pedido da Associação, impedindo que os Peritos Médicos Previdenciários que cumprem integralmente sua jornada de traba-lho sofram quaisquer tipos de retaliação, em razão da adesão ao movimento pela autonomia do ato médico-pericial, e ressaltando que o agendamen-to de perícias médicas é competência do INSS e da própria Administração.

Diante disso, tanto o INSS quanto a ANMP apre-sentaram recursos (embargos de declaração). O INSS interpôs seu recurso para que a decisão seja reformada e para que o Movimento pela Excelência seja declarado um movimento grevista.

Ao analisar os recursos, o juízo de 1º grau jul-gou ambos improcedentes e manteve a sentença nos seus termos.

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29. EMENTA: Carreira de Perito Médico Previdenciário. Equivocado enquadramento. Progressão funcionalNÚMERO:2009.34.00.040158-1Nova Numeração: 39815-09.2009.4.01.3400LOCAL: 7ª Vara – Justiça Federal

Trata-se de ação coletiva, ajuizada no dia 04 de dezembro de 2009, com o duplo objetivo de garan-tir o posicionamento na Carreira de Perito Médico Previdenciário, prevista na Lei nº 11.907/09, em nível equivalente ao que ocupava na carreira anti-ga, procedendo-se a essa equivalência a partir do último nível da carreira e, também, determinar a ascensão funcional de quem se encontra no últi-mo padrão da Classe “D”, independentemente da existência dos cursos de especialização. O pedido também pleiteava antecipação dos efeitos da tutela para os aposentados e pensionistas.

Em decisão de 1ª instância, em dezembro de 2009, o pedido de antecipação de tutela foi inde-ferido. Atualmente, aguarda-se decisão definitiva pela 1ª instância.

30. EMENTA: Suspensão da obrigatoriedade do registro de frequência por meio do ponto eletrônicoNÚMERO: 2009.34.00.040157-8Nova Numeração: 61372-52.2009.4.01.3400LOCAL: 4ª Vara – Justiça Federal

No dia 04 de dezembro de 2009, foi proposta ação ordinária coletiva, com fins a suspender a obrigato-riedade do registro do ponto por meio eletrônico.

No dia 16 de dezembro de 2009, o juízo indefe-riu o pedido de antecipação de tutela. Atualmente, aguarda-se sentença definitiva pela 1ª instância.

31. EMENTA: Contratação temporária de médicos terceirizadosNÚMERO: 2009.61.00.026369-6LOCAL: 19ª Vara Cível Federal de São Paulo

Em dezembro de 2009, o Ministério Público Federal propôs Ação Civil Pública, com pedido de antecipação de tutela, para obrigar o INSS e a União a contratarem temporariamente médicos para a realização de perícias. O pedido de ante-cipação de tutela foi deferido, determinando a contratação emergencial de médicos terceiriza-dos. Em face da decisão, a ANMP interpôs recur-so (agravo de instrumento), com efeito suspensi-vo, o qual foi julgado procedente.

Posteriormente, o Ministério Público Federal formulou novo pedido de contratação temporária de médicos credenciados e a realização de perícias em 15 (quinze) dias, pedido este igualmente deferi-do pelo juízo de 1ª instância. Para reformar tal deci-são, a ANMP interpôs novo recurso (agravo de ins-trumento), que, todavia, foi julgado improcedente.

No seguimento da ação civil pública, o Ministé-rio Publico relatou à justiça que os Peritos Médicos, incentivados pela ANMP, estavam protocolizando denúncias nos Conselhos Regionais de Medicina contra os médicos terceirizados e, por isso, solicitou que fosse imposta multa à Associação. O juízo, en-tão, acolheu o pedido e determinou que para cada denúncia realizada, fosse interposta multa no valor de R$ 1.000 (mil) reais.

A Associação, então, apresentou recurso (agravo de instrumento) contra essa decisão, o qual teve a tutela antecipada deferida no dia 17 de dezembro.

Atualmente, aguarda-se o prosseguimento da ação civil pública.

32. EMENTA: Direito de greve dos médicos peritos da Previdência Social. Reestruturação da CarreiraNÚMERO: MS 15339 e PET 7985LOCAL: Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça

No dia 22 de junho de 2010, foi impetrado Man-dado de Segurança Coletivo nº 15.339, no Superior Tribunal de Justiça, para que fosse reconhecida a legalidade da greve dos Peritos Médicos Previden-ciários, bem como para impedir que as autoridades impetradas lançassem mão de medidas punitivas em desfavor dos servidores grevistas.

O INSS, a seu turno, uma vez deflagrado movi-mento paredista, ajuizou ação de dissídio de greve (PET 7985), a fim de obter a “declaração incidental da ilegalidade e abusividade da greve” instaurada pelos filiados à ANMP, com a cominação de multa diária em caso de início de movimento.

No dia 24 de junho, o Ministro Humberto Mar-tins, relator de ambos os processos, reconheceu que a paralisação das atividades dos Peritos Médicos Previdenciários não constitui medida ilegal e abusi-va e, consequentemente, deferiu o pedido de limi-nar formulado pela ANMP, para que a Administração Pública fosse impedida de lançar mão de quaisquer medidas punitivas em desfavor dos servidores.

Na ocasião, determinou também a manutenção de 50% dos servidores em atividade durante o mo-vimento grevista, em cada Agência da Previdência Social, a fim de manter a continuidade de serviços essenciais à coletividade.

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Page 75: Revista ANMP 17

75ANMP em foco - Fevereiro/2011

Tal entendimento foi reafirmado pela decisão do Ministro Hamilton Carvalhido, que, no exercí-cio da Presidência do Superior Tribunal de Justiça, determinou, no dia 14 de julho de 2010, que as autoridades coatoras se abstivessem do corte do ponto e conseguinte desconto na folha de paga-mento dos Peritos Médicos grevistas, até decisão ulterior do Ministro Relator.

No dia 13 de setembro, o Ministro Relator pro-latou nova decisão, revogando a liminar concedida, considerando – em juízo liminar – a greve ilegal e abusiva e determinando o retorno imediato dos mé-dicos peritos do INSS ao serviço, sob pena de multa diária à Associação no valor de R$ 50.000 (cinquenta mil reais), a contar da publicação da decisão.

Posteriormente, em sessão realizada no dia 29 de setembro, o mandado de segurança impetrado pela ANMP foi julgado extinto sem julgamento do mérito, pelo fato de o Ministro Relator ter entendi-do que faltariam documentos essenciais para apre-ciar a ação mandamental.

Dessa forma, as questões concernentes à legali-dade e a eventuais descontos, ainda obstados, se-

rão objeto do julgamento do dissídio de greve pro-posto pelo INSS, que tramita no STJ sob o nº 7985.

33. EMENTA: Pagamento anti-isonômico da gratificação de desempenho GDAPMP aos Peritos Médicos PrevidenciáriosNÚMERO: 56583-73.2010.4.01.3400 LOCAL: 16ª Vara - Justiça Federal/DF

Atualmente, devido à falta de regulamentação da gratificação, os servidores ativos têm recebido a GDAPMP com base na avaliação realizada quan-do existente a GDAMP. Os servidores recém-nome-ados, por sua vez, recebem o patamar de oitenta pontos, uniformemente.

Para sanar essa situação de desigualdade, a ANMP ajuizou ação coletiva com o objetivo de que a GDAPMP fosse paga em cem pontos para todos os servidores ou, ao menos, que o patamar de oitenta pontos fosse garantido a todos.

O pedido de liminar foi indeferido. Depois de pu-blicada a decisão, o Juízo ordenará a citação do INSS para apresentar contestação.

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76 ANMP em foco - Fevereiro/2011

Saiba quem são os delegados da ANMP em todo o paísRegião I - São Paulo

Unidade representada: OsascoDelegado: João Anrimar GarciaSuplente: Hugo Ludovico Martins

Unidade representada: PiracicabaDelegado: Fabio Armando Souza FriasSuplente: Vorney de Camargo P. Busato

Unidade Representada – Presidente PrudenteDelegado: Pedro Aparecido CorreiaSuplente: José de Oliveira Costa Filho

Unidade representada: Ribeirão PretoDelegado: Renato Pacheco ArenaSuplente: Sergino Mirandola Dias

Unidade Representada – Santo AndréDelegado: Graciella Silva da ConceiçãoSuplente: Guilherme Bueno Da Silveira

Unidade representada: SantosDelegado: Márcio Aurélio SoaresSuplente: Valério Arini Pereira

Unidade representada: São Bernardo do CampoDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade Representada – São João da Boa vistaDelegado: Karina Braido SanturbanoSuplente: David Mereu Moreno

Unidade Representada – São José do Rio PretoDelegado: Maria Jose ModelliSuplente: Raquel Sperafico

Unidade representada: São José dos CamposDelegada: Margaret Inácia G. QueirogaSuplente: Júlio Luiz Monastério Viruez

Unidade representada: São Paulo - CentroDelegado: Ricardo AbdouSuplente: Miguel Adolfo Tabacow

Unidade Representada – São Paulo NorteDelegado: Altair Rodrigues CavencoSuplente: Vera Regina Pandolfo Ribeiro Felício

Unidade Representada – São Paulo LesteDelegado: Rafael Cavalheiro MarafonSuplente: Vago

Unidade Representada – São Paulo Sul Delegado: Marisa Correa Da SilvaSuplente: Arnaldo Villela Boacnin

Unidade representada: SorocabaDelegado: Cássio Roberto SalaSuplente: André Augusto Costa Vianna

Unidade representada: TaubatéDelegado: Augusto José Cavalcanti FilhoSuplente: Renata Portella Tarcitano

Unidade representada: AraçatubaDelegada: Adriana Lopes CavalcantiSuplente: Angélica Cristina Rei

Unidade representada: AraraquaraDelegado: Luis Henrique B. FalcãoSuplente: Sidney Antonio Mazzi

Unidade representada: BauruDelegado: André Fernando Teixeira CoelhoSuplente: Maria Eugênia Cunha

Unidade Representada – CampinasDelegada: Angela Bonilha Ribeiro TurrerSuplente: Gabriel Arcanjo Rodrigues De Almeida

Unidade Representada – GuarulhosDelegado: Oswaldo Luiz MangolimSuplente: Vago

Unidade representada: JundiaíDelegada: Regina TreymannSuplente: Gisele Kátia Câmara

Unidade representada: Marília Delegado: Eliandro José Gutierris Suplente: Ricardo Gomes Beretta

Unidade representada: Governador ValadaresDelegado: Altair Paes RochaSuplente: Alcides Melo Gomes

Unidade representada: Juiz de ForaDelegado: Oswaldino Welerson SottSuplente: Antônio Bartolomeu Dias Jr.

Unidade representada: Montes ClarosDelegado: Genival VieiraSuplente: Júlio Cesar Silveira

Unidade representada: NiteróiDelegado: Giuliano Felipe dos Santos Caruso Suplente: Paulo Augusto Alves

Unidade representada: Ouro PretoDelegado: Carlos Alberto de Matos JeunonSuplente: Caio Mario Trivelato Seabra

Unidade representada: PetrópolisDelegado: Julio Luiz Pires KoelerSuplente: Carlos Alberto Loyolla Resende

Unidade representada: Poços de CaldasDelegado: Fábio Amorelli VieiraSuplente: Cláudio dos Anjos Bueno

Unidade Representada – Rio de Janeiro Centro Delegado: Maria Helena Abreu TeixeiraSuplente: Daisy Emilia Dos Santos Queiroz

Unidade representada: Rio de Janeiro - NorteDelegado: Carlos Roberto LopesSuplente: Juliana Garbayo dos Santos

Unidade Representada – Teófilo OtoniDelegado: Arnaldo Pereira Da SilvaSuplente: Dayane Borges Viana

Unidade representada: UberabaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade Representada – UberlândiaDelegado: Alessandro Elias Ferreira MartinsSuplente: Maria Cristina Marques Passos

Unidade representada: VarginhaDelegado: Luiz Humberto de MagalhãesSuplente: Maria Lúcia Á. de Azevedo Bahr

Unidade representada: VitóriaDelegada: Maria Virgínia de MedeirosSuplente: Tarcízio Moreira Neves

Unidade Representada – Volta RedondaDelegado: Bruno De Paula Menezes Drumond FortesSuplente: Vago

Unidade representada: BarbacenaDelegado: Eduardo Augusto FortesSuplente: Sandra Mara Cancela

Unidade representada: Belo HorizonteDelegado: Leonard Joseph TavesSuplente: Vago

Unidade representada: CamposDelegado: Reginaldo RizzoSuplente: Cláudio Rodrigues Teixeira

Unidade Representada – ContagemDelegado: Fabio Licio BarretoSuplente: Ismael Gomes De Oliveira Sobrinho

Unidade Representada – DiamantinaDelegado: Marco Olimpio MarraSuplente: Marcelo Santos Miranda

Unidade Representada – DivinópolisDelegado: Danielle Patricia Castanheira RitaSuplente: Vago

Unidade Representada – Duque de CaxiasDelegado: Salvador Bernardo Moreno MartinSuplente: Vago

Região II - Sudeste

Unidade Representada – BlumenauDelegado: Marcone Pereira AmorimSuplente: Paulo Manoel Vieira

Unidade representada: CanoasDelegada: Clarissa Coelho BassinSuplente: Omar Mamud Sales

Unidade representada: CascavelDelegado: Emerson Malta VilanovaSuplente: Sylvio Roberto Gomes Soares

Unidade representada: Caxias do SulDelegado: Edson Luiz AguzzoliSuplente: Cristiane da Silveira Souto

Unidade representada: ChapecóDelegada: Denise Furquim de PaulaSuplente: Henrique Dias Fabrício

Unidade representada: CriciúmaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: CuritibaDelegada: Raquel Fernandes ScheffelSuplente: Fábio Fontes Faria

Unidade Representada – FlorianópolisDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade Representada – IjuiDelegado: James RicachenevskySuplente: Joao Carlos Lisboa

Unidade representada: JoinvilleDelegado: Cláudio Luiz BleySuplente: Ricardo Vieira Ferreira

Unidade Representada – LondrinaDelegado: Luiz Fernando Ninho GimenezSuplente: Christiano Augusto Sambatti Pieralisi

Unidade representada: MaringáDelegado: Antônio Carlos LugliSuplente: Vago

Unidade representada: Novo HamburgoDelegado: José Alexandre SfaieSuplente: Luis Carlos Rogério Freire

Unidade Representada - Passo FundoDelegado: Luciana De Oliveira RennerSuplente: Vago

Unidade representada: PelotasDelegada: Maria Laudecena VasconcelosSuplente: Luís Mário Corrêa Coutinho

Unidade Representada - Ponta GrossaDelegado: Claudia Fernanda Fernandes CandidoSuplente: Nassib Haddad

Unidade representada: Porto AlegreDelegado: Francisco Carlos LucianiSuplente: Vago

Unidade Representada - Santa MariaDelegado: Mario Eleu Mazzine SilvaSuplente: Elena Maria Forgiarini Balem

Unidade Representada - Uruguaiana Delegado: Gustavo Schuler De IruleguiSuplente: Vago

Região III - Sul

Unidade Representada - AracajúDelegado: Jose Ricardo Silva RosaSuplente: Andrea Gama Da Silva Figueiredo

Unidade Representada - BarreirasDelegado: Luiz Augusto Cordeiro De AndradeSuplente: Vago

Unidade Representada - Campina GrandeDelegado: Flawber Antonio CruzSuplente: Vago

Unidade representada: Caruaru Delegada: Maria Liliana Lins AragãoSuplente: Karllus Andhre Leite Santos

Unidade representada: Feira de SantanaDelegado: Ronel da Silva FranciscoSuplente: Vago

Unidade representada: FortalezaDelegada: Judite Maria VasconcelosSuplente: Francisco Xavier de Araújo

Unidade representada: GaranhunsDelegado: Ricardo Ventura dos SantosSuplente: Robson de Arruda Rito

Unidade Representada - ImperatrizDelegado: Reginaldo Nascimento BatistaSuplente: Edson Francisco Dos Santos

Unidade representada: ItabunaDelegada: Maristela de Araujo CarvalhoSuplente: Ruy Oliveira de Sousa

Unidade Representada - João PessoaDelegado: Almir Nobrega Da Silva FilhoSuplente: Mario De Almeida Pereira Coutinho

Unidade representada: Juazeiro Delegado: André Luiz Barbosa RochaSuplente: Maria Irene Nunes da Silva

Unidade Representada - Juazeiro do NorteDelegado: Sionara Melo de CarvalhoSuplente: Vago

Unidade representada: MaceióDelegado: José Edivilson Castro Suplente: Oliveiro Torres Pianco

Unidade representada: MossoróDelegado: Pedro Anísio Soares NetoSuplente: Liliane Martins Negreiros de Miranda

Unidade representada: NatalDelegado: Heltron Israel Saraiva XavierSuplente: Patrícia Araújo Freire

Unidade representada: PetrolinaDelegado: Edinaldo de Barros TorresSuplente: Vago

Unidade representada: RecifeDelegada: Ena Maria Albuquerque da PazSuplente: Ruth Eleuterio Serpa

Unidade Representada - SalvadorDelegado: Renato Dantas Cruz JuniorSuplente: Vago

Unidade representada: Santo Antônio de JesusDelegado: Joaldo dos Santos FerreiraSuplente: Ailton Aparecido da Cunha

Unidade Representada - São LuísDelegado: Olímpia Maria De Oliveira FigueiredoSuplente: Francisco Lucio Carneiro Lima

Unidade Representada - SobralDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade Representada - TeresinaDelegado: Joeline Maria Cleto CerqueiraSuplente: Vago

Unidade representada: Vitória da ConquistaDelegado: Laerte Marques de SenaSuplente: Artur Emílio de Carvalho Franca

Região IV - Nordeste

Unidade representada: AnápolisDelegado: Paulo Roberto TaveiraSuplente: Airton França Diniz Junior

Unidade representada: BelémDelegada: Cláudia Beatriz AlbuquerqueSuplente: Simone Guilhon Zoghbi

Unidade representada: Boa VistaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: Campo GrandeDelegada: Eliane Araújo e Silva FelixSuplente: Lúcio Mário da Cruz Bulhões

Unidade representada: CuiabáDelegada: Sarah de Freitas Novaes Suplente: Sebastião Fernandez

Unidade representada: Distrito FederalDelegado: Josierton Cruz BezerraSuplente: Alexandre Teixeira Gripp

Unidade representada: DouradosDelegado: Ricardo Andrade HespanholSuplente: Takeshi Matsubara

Unidade Representada - GoiâniaDelegado: Ricardo Augusto Barbosa MedeirosSuplente: Marcelo Vinicius De Andrade

Unidade Representada – MacapáDelegado: Maracy Laurindo Dantas Dos Santos AndradeSuplente: Jose Elias Madureira Batista

Unidade Representada – ManausDelegado: Cleber Naief MoreiraSuplente: Edson Mauro Silva Oliveira

Unidade representada: PalmasDelegado: Jorge Manuel MendesSuplente: Juarez Carlos de Carvalho

Unidade Representada – Porto VelhoDelegado: Anderson Siciliano ColafranceschiSuplente: William Chagas Sergio

Unidade Representada – Rio BrancoDelegado: Rodrigo Prado SantiagoSuplente: Guilherme Augusto Pulici

Região V - Centro-Oeste, Norte

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Page 77: Revista ANMP 17

77ANMP em foco - Fevereiro/2011

Saiba quem são os delegados da ANMP em todo o paísRegião I - São Paulo

Unidade representada: OsascoDelegado: João Anrimar GarciaSuplente: Hugo Ludovico Martins

Unidade representada: PiracicabaDelegado: Fabio Armando Souza FriasSuplente: Vorney de Camargo P. Busato

Unidade Representada – Presidente PrudenteDelegado: Pedro Aparecido CorreiaSuplente: José de Oliveira Costa Filho

Unidade representada: Ribeirão PretoDelegado: Renato Pacheco ArenaSuplente: Sergino Mirandola Dias

Unidade Representada – Santo AndréDelegado: Graciella Silva da ConceiçãoSuplente: Guilherme Bueno Da Silveira

Unidade representada: SantosDelegado: Márcio Aurélio SoaresSuplente: Valério Arini Pereira

Unidade representada: São Bernardo do CampoDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade Representada – São João da Boa vistaDelegado: Karina Braido SanturbanoSuplente: David Mereu Moreno

Unidade Representada – São José do Rio PretoDelegado: Maria Jose ModelliSuplente: Raquel Sperafico

Unidade representada: São José dos CamposDelegada: Margaret Inácia G. QueirogaSuplente: Júlio Luiz Monastério Viruez

Unidade representada: São Paulo - CentroDelegado: Ricardo AbdouSuplente: Miguel Adolfo Tabacow

Unidade Representada – São Paulo NorteDelegado: Altair Rodrigues CavencoSuplente: Vera Regina Pandolfo Ribeiro Felício

Unidade Representada – São Paulo LesteDelegado: Rafael Cavalheiro MarafonSuplente: Vago

Unidade Representada – São Paulo Sul Delegado: Marisa Correa Da SilvaSuplente: Arnaldo Villela Boacnin

Unidade representada: SorocabaDelegado: Cássio Roberto SalaSuplente: André Augusto Costa Vianna

Unidade representada: TaubatéDelegado: Augusto José Cavalcanti FilhoSuplente: Renata Portella Tarcitano

Unidade representada: AraçatubaDelegada: Adriana Lopes CavalcantiSuplente: Angélica Cristina Rei

Unidade representada: AraraquaraDelegado: Luis Henrique B. FalcãoSuplente: Sidney Antonio Mazzi

Unidade representada: BauruDelegado: André Fernando Teixeira CoelhoSuplente: Maria Eugênia Cunha

Unidade Representada – CampinasDelegada: Angela Bonilha Ribeiro TurrerSuplente: Gabriel Arcanjo Rodrigues De Almeida

Unidade Representada – GuarulhosDelegado: Oswaldo Luiz MangolimSuplente: Vago

Unidade representada: JundiaíDelegada: Regina TreymannSuplente: Gisele Kátia Câmara

Unidade representada: Marília Delegado: Eliandro José Gutierris Suplente: Ricardo Gomes Beretta

Unidade representada: Governador ValadaresDelegado: Altair Paes RochaSuplente: Alcides Melo Gomes

Unidade representada: Juiz de ForaDelegado: Oswaldino Welerson SottSuplente: Antônio Bartolomeu Dias Jr.

Unidade representada: Montes ClarosDelegado: Genival VieiraSuplente: Júlio Cesar Silveira

Unidade representada: NiteróiDelegado: Giuliano Felipe dos Santos Caruso Suplente: Paulo Augusto Alves

Unidade representada: Ouro PretoDelegado: Carlos Alberto de Matos JeunonSuplente: Caio Mario Trivelato Seabra

Unidade representada: PetrópolisDelegado: Julio Luiz Pires KoelerSuplente: Carlos Alberto Loyolla Resende

Unidade representada: Poços de CaldasDelegado: Fábio Amorelli VieiraSuplente: Cláudio dos Anjos Bueno

Unidade Representada – Rio de Janeiro Centro Delegado: Maria Helena Abreu TeixeiraSuplente: Daisy Emilia Dos Santos Queiroz

Unidade representada: Rio de Janeiro - NorteDelegado: Carlos Roberto LopesSuplente: Juliana Garbayo dos Santos

Unidade Representada – Teófilo OtoniDelegado: Arnaldo Pereira Da SilvaSuplente: Dayane Borges Viana

Unidade representada: UberabaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade Representada – UberlândiaDelegado: Alessandro Elias Ferreira MartinsSuplente: Maria Cristina Marques Passos

Unidade representada: VarginhaDelegado: Luiz Humberto de MagalhãesSuplente: Maria Lúcia Á. de Azevedo Bahr

Unidade representada: VitóriaDelegada: Maria Virgínia de MedeirosSuplente: Tarcízio Moreira Neves

Unidade Representada – Volta RedondaDelegado: Bruno De Paula Menezes Drumond FortesSuplente: Vago

Unidade representada: BarbacenaDelegado: Eduardo Augusto FortesSuplente: Sandra Mara Cancela

Unidade representada: Belo HorizonteDelegado: Leonard Joseph TavesSuplente: Vago

Unidade representada: CamposDelegado: Reginaldo RizzoSuplente: Cláudio Rodrigues Teixeira

Unidade Representada – ContagemDelegado: Fabio Licio BarretoSuplente: Ismael Gomes De Oliveira Sobrinho

Unidade Representada – DiamantinaDelegado: Marco Olimpio MarraSuplente: Marcelo Santos Miranda

Unidade Representada – DivinópolisDelegado: Danielle Patricia Castanheira RitaSuplente: Vago

Unidade Representada – Duque de CaxiasDelegado: Salvador Bernardo Moreno MartinSuplente: Vago

Região II - Sudeste

Unidade Representada – BlumenauDelegado: Marcone Pereira AmorimSuplente: Paulo Manoel Vieira

Unidade representada: CanoasDelegada: Clarissa Coelho BassinSuplente: Omar Mamud Sales

Unidade representada: CascavelDelegado: Emerson Malta VilanovaSuplente: Sylvio Roberto Gomes Soares

Unidade representada: Caxias do SulDelegado: Edson Luiz AguzzoliSuplente: Cristiane da Silveira Souto

Unidade representada: ChapecóDelegada: Denise Furquim de PaulaSuplente: Henrique Dias Fabrício

Unidade representada: CriciúmaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: CuritibaDelegada: Raquel Fernandes ScheffelSuplente: Fábio Fontes Faria

Unidade Representada – FlorianópolisDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade Representada – IjuiDelegado: James RicachenevskySuplente: Joao Carlos Lisboa

Unidade representada: JoinvilleDelegado: Cláudio Luiz BleySuplente: Ricardo Vieira Ferreira

Unidade Representada – LondrinaDelegado: Luiz Fernando Ninho GimenezSuplente: Christiano Augusto Sambatti Pieralisi

Unidade representada: MaringáDelegado: Antônio Carlos LugliSuplente: Vago

Unidade representada: Novo HamburgoDelegado: José Alexandre SfaieSuplente: Luis Carlos Rogério Freire

Unidade Representada - Passo FundoDelegado: Luciana De Oliveira RennerSuplente: Vago

Unidade representada: PelotasDelegada: Maria Laudecena VasconcelosSuplente: Luís Mário Corrêa Coutinho

Unidade Representada - Ponta GrossaDelegado: Claudia Fernanda Fernandes CandidoSuplente: Nassib Haddad

Unidade representada: Porto AlegreDelegado: Francisco Carlos LucianiSuplente: Vago

Unidade Representada - Santa MariaDelegado: Mario Eleu Mazzine SilvaSuplente: Elena Maria Forgiarini Balem

Unidade Representada - Uruguaiana Delegado: Gustavo Schuler De IruleguiSuplente: Vago

Região III - Sul

Unidade Representada - AracajúDelegado: Jose Ricardo Silva RosaSuplente: Andrea Gama Da Silva Figueiredo

Unidade Representada - BarreirasDelegado: Luiz Augusto Cordeiro De AndradeSuplente: Vago

Unidade Representada - Campina GrandeDelegado: Flawber Antonio CruzSuplente: Vago

Unidade representada: Caruaru Delegada: Maria Liliana Lins AragãoSuplente: Karllus Andhre Leite Santos

Unidade representada: Feira de SantanaDelegado: Ronel da Silva FranciscoSuplente: Vago

Unidade representada: FortalezaDelegada: Judite Maria VasconcelosSuplente: Francisco Xavier de Araújo

Unidade representada: GaranhunsDelegado: Ricardo Ventura dos SantosSuplente: Robson de Arruda Rito

Unidade Representada - ImperatrizDelegado: Reginaldo Nascimento BatistaSuplente: Edson Francisco Dos Santos

Unidade representada: ItabunaDelegada: Maristela de Araujo CarvalhoSuplente: Ruy Oliveira de Sousa

Unidade Representada - João PessoaDelegado: Almir Nobrega Da Silva FilhoSuplente: Mario De Almeida Pereira Coutinho

Unidade representada: Juazeiro Delegado: André Luiz Barbosa RochaSuplente: Maria Irene Nunes da Silva

Unidade Representada - Juazeiro do NorteDelegado: Sionara Melo de CarvalhoSuplente: Vago

Unidade representada: MaceióDelegado: José Edivilson Castro Suplente: Oliveiro Torres Pianco

Unidade representada: MossoróDelegado: Pedro Anísio Soares NetoSuplente: Liliane Martins Negreiros de Miranda

Unidade representada: NatalDelegado: Heltron Israel Saraiva XavierSuplente: Patrícia Araújo Freire

Unidade representada: PetrolinaDelegado: Edinaldo de Barros TorresSuplente: Vago

Unidade representada: RecifeDelegada: Ena Maria Albuquerque da PazSuplente: Ruth Eleuterio Serpa

Unidade Representada - SalvadorDelegado: Renato Dantas Cruz JuniorSuplente: Vago

Unidade representada: Santo Antônio de JesusDelegado: Joaldo dos Santos FerreiraSuplente: Ailton Aparecido da Cunha

Unidade Representada - São LuísDelegado: Olímpia Maria De Oliveira FigueiredoSuplente: Francisco Lucio Carneiro Lima

Unidade Representada - SobralDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade Representada - TeresinaDelegado: Joeline Maria Cleto CerqueiraSuplente: Vago

Unidade representada: Vitória da ConquistaDelegado: Laerte Marques de SenaSuplente: Artur Emílio de Carvalho Franca

Região IV - Nordeste

Unidade representada: AnápolisDelegado: Paulo Roberto TaveiraSuplente: Airton França Diniz Junior

Unidade representada: BelémDelegada: Cláudia Beatriz AlbuquerqueSuplente: Simone Guilhon Zoghbi

Unidade representada: Boa VistaDelegado: VagoSuplente: Vago

Unidade representada: Campo GrandeDelegada: Eliane Araújo e Silva FelixSuplente: Lúcio Mário da Cruz Bulhões

Unidade representada: CuiabáDelegada: Sarah de Freitas Novaes Suplente: Sebastião Fernandez

Unidade representada: Distrito FederalDelegado: Josierton Cruz BezerraSuplente: Alexandre Teixeira Gripp

Unidade representada: DouradosDelegado: Ricardo Andrade HespanholSuplente: Takeshi Matsubara

Unidade Representada - GoiâniaDelegado: Ricardo Augusto Barbosa MedeirosSuplente: Marcelo Vinicius De Andrade

Unidade Representada – MacapáDelegado: Maracy Laurindo Dantas Dos Santos AndradeSuplente: Jose Elias Madureira Batista

Unidade Representada – ManausDelegado: Cleber Naief MoreiraSuplente: Edson Mauro Silva Oliveira

Unidade representada: PalmasDelegado: Jorge Manuel MendesSuplente: Juarez Carlos de Carvalho

Unidade Representada – Porto VelhoDelegado: Anderson Siciliano ColafranceschiSuplente: William Chagas Sergio

Unidade Representada – Rio BrancoDelegado: Rodrigo Prado SantiagoSuplente: Guilherme Augusto Pulici

Região V - Centro-Oeste, Norte

Page 78: Revista ANMP 17

78 ANMP em foco - Fevereiro/2011

Belizário I Papagaio de Penacho

Belizário era um dos irmãos mais novos de meu pai. Matuto bom, por natureza, contador de causos, onde chegava era uma festa. Mas, um alerta: suas histórias, por mais improváveis, eram sempre verda-des absolutas. Duvidar, era comprar briga, na certa.

Por influência da chusma de sobrinhos, todos o chamavam de Tio Bilo, ou, simplesmente, Tibilo. Apresentações à parte, eis a história:

Vai Belizário por uma vereda, na região do Ru-bim de Pedras, onde morava, pitando seu cigarrinho e mascando um talo de capim, quase madornando, quando foi despertado pelo barulho dos papagaios. Toda aquela algazarra só podia ter um significado: as aves estavam chocando. Não podia perder a oportunidade: há pouco começara a namorar Elvi-ra e um presente, àquela altura, seria uma média e tanto. Ainda mais, que a moça um dia lhe confes-sara que o seu grande desejo era ter um papagaio de estimação. Não pensou duas vezes: abraçado ao tronco da velha tatarena galgou, a duras penas, os mais de 20 metros que o levariam a um oco no tron-co, onde os bichos tinham se aninhado. Trançando as pernas de um lado, apoiando uma mão num nó

do tronco, equilibrou-se o suficiente para enfiar a mão pelo oco da árvore, até atingir o ninho. De lá, trouxe a prenda: um papagaiozinho recém-nascido. Desceu com cuidado, para, já no chão, examinar o bruguelo. Dera sorte: a mancha vermelha na croa da cabeça não dava margem a dúvidas; era um fi-lhote de papagaio-de-penacho, uma das varieda-des maiores, mais bonitas e que aprendem a falar mais depressa. Antevendo o bafo quente de Elvira no seu cangote, arrepiou. Já ia saindo, pés e peito lanhados da aspereza da casca da tatarena, quando veio o estalo: papagaio, geralmente, tem dois filho-tes. Deveria haver mais um. E se levasse um outro filhote para Olerina, a irmã mais moça de Elvira, por certo cairia nas boas graças do velho Osébio, proje-to de sogro. Encarou o desafio; acomodou numas palhas a avezinha, e de novo ganhou o velho tronco da tatarena. A meio caminho do ninho, lavado de suor, cansado, atacado por mutucas e formigas, parou para tomar fôlego e olhar para baixo. Foi então que, espantado, viu o buguelo de papa-gaio, todo saliente, apoiado nos pezinhos e sa-cudindo a cabeça: “Carece de subir não, Tibilo, que eu sou filho único!”

Arnaldo Pereira da SilvaAlmenara – MG

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Page 79: Revista ANMP 17

Revista da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência SocialAno IV – Número 17

Diretor Presidente:Luiz Carlos de Teive e Argolo

Vice-presidente:Emanuel S. de Menezes

Diretor Tesouraria:Marcus Vinícius Netto

Primeiro Secretário:Geilson Gomes

Segundo Secretário:Eduardo Bolfarini

Conselho Fiscal:Alaor Ernest ScheinSamuel AbranquesCelso da Silveira

Suplentes doConselho Fiscal:Eliane FelixLuiz HumbertoAugusto Cavalcanti

Sede:Setor Hoteleiro Sul Qd. 6Bloco A - Sls. 408/409Ed. Brasil 21 - Brasília (DF)CEP: 70.322-915

Tiragem: 8.000 exemplares.

Telefone: (61) 3321 1200Fax: (61) 3321 1206Endereço eletrônico:www.anmp.org.br

E-mails:[email protected]@anmp.org.br

Assessoria de Imprensa:[email protected]

Editora Responsável:Rose Ane Silveira(DRT 1965/DF)

Estagiária:Joana Silva Malec

Capa e projeto gráfico: Assessoria de Imprensa da ANMP

Diagramação:2a2 Design

Revisão: Denise Goulart

Imagens:Banco de Imagens da ANMPStock.xchngWikimediaAgência BrasilBanco de imagens da 2a2 Design

Publicidade:Secretaria ANMPTel: (61) 3321 1200

Reprodução: A reprodução de artigos desta revista poderá ser feita mediante autorização do editor. ANMP em foco não se responsabiliza por opiniões emitidas em artigos assinados, sendo estes de responsabilidade de seus autores.

Page 80: Revista ANMP 17

Revista da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência SocialAno IV - Janeiro/Fevereiro de 2011 - Número 17

Governo e ANMP reabrem o diálogo

Dois fóruns inovam no 3º Congresso

Eleições 2011 Conheça as chapas

Fortalecimento do INSS é prioridade de Hauschild