revista o semanal portugues #10

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O A MELHOR INFORMAÇÃO DA ACTUALIDADE NACIONAL, MUNDIAL E DESPORTIVA 14 de Janeiro de 2012 - Nº 10 Revista em-linha das comunidades portuguesas MÁX -15ºC MIN -28ºC DOMINGO MÁX -4ºC MIN -20 ºC SEGUNDA FEIRA MÁX -1ºC MIN -3 ºC TERÇA FEIRA MÁX -6ºC MIN -16ºC QUARTA FEIRA MÁX -7ºC MIN -16ºC QUINTA FEIRA Semanal Português SEXTA FEIRA MÁX -9ºC MIN -13ºC TAP volta a ser premiada

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Foi lançada a (29 de Outubro a revista, O Semanal Português. Tem como tema em destaque: Noticias, Tecnologia, Vidas, Lazer, Desporto, Cinema, Viagem, Comunidades atraves do mundo, etc. Totalement gratuito. Venham descobrir o que é ser português fora de Portugal.

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  • OA melhor informAo dA ActuAlidAde nAcionAl, mundiAl e desportivA

    14 de Janeiro de 2012 - n 10

    revista em-linha dascomunidades portuguesas

    MX-15C

    MIN-28C

    DOMINGO

    MX-4C

    MIN-20 C

    SEGUNDAFEIRA

    MX-1C

    MIN-3 C

    TERAFEIRA

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    QUINTAFEIRASemanal

    Portugus

    SEXTAFEIRA

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    MIN-13C

    tAp voltaa ser premiada

  • 2O Semanal PortugusPublicidade

  • O Semanal Portugus

    3

    le journal hebdomadaire portugais

    diteurMarie MoreiradirectriceNatrcia RodriguesAdministrAteurMarie MoreirardActeur-en-chefAnthony NunesinfogrAphisteMario Ribeiro

    OSemanal Portugus

    Hebdomadaire tout les dimanchesFond le 29-10-2011Tl.: (514) 299-1593

    E-mail: [email protected]

    Tous droits rservs. Toute re-production totale ou partielle est strictement interdite sans notre autorisation crite. Les auteurs darticles, photos et illustrations prennent la responsabilit de leurs crits.

    editoriAl

    Palavras de boas-vindas

    collAborAteursJessica de S (E-U)Sofia Perptua (E-U)Avelino Teixeira (Toronto)

    correspondAntsAntnio Lobo AntunesJoel NetoJos Carlos de Vasconcelos

    fotogrApheJos Rodrigues

    O povo portugus tem sido con-frontado com medidas de auste-ridade que o empobrecem de dia para dia. Os que tm trabalho sentem os

    efeitos dos cortes de salrios e pen-ses, da reduo dos subsdios e dos aumentos de preos. Sabemos de no-tcias de pessoas desempregadas em

    situaes de dificuldade extrema. No meio das preocupaes reais,

    que causam sofrimento, aparece Eduardo Catroga, surgido das cinzas de um filme amador. A sua nomea-o como presidente do conselho geral da EDP foi mal recebida e h motivos naturais para isto aconte-

    cer. O Correio da Manh dava nota de que Catroga ir receber cerca de 45 mil euros por ms, alm da pen-so de reforma de 9.600 euros, que acumular com o novo ordenado. Quanto ao vencimento, ouo e leio a indignao, mas a verdade que ningum tem nada a ver com isso. Quanto reforma, a questo parece

    ser outra. Ser legal que pessoas no ativo possam abdicar do salrio em detrimento de uma reforma dourada j suficientemente difcil de en-tender. Ser legal acumular reformas douradas com vencimentos milio-nrios simplesmente imoral. No admira que a pacincia da maioria,

    obrigAdA, cAtrogA

    a quem se exige todos os sacrifcios, esteja por um fio.O parlamento tem trabalho pela

    frente: estabelecer um plafond para as reformas e criar leis que impeam a acumulao das mais elevadas com ordenados. Pois se at eu sei isto! Entretanto, Catroga resolveu exteriorizar o seu pensamento: 50%

    do que eu ganho vai para impostos. Quanto mais ganhar, maior a re-ceita do Estado com o pagamento dos meus impostos, e isso tem um efeito redistributivo para as polticas sociais. Mas que sorte tem o Pas. Alis, se no fosse o Catroga a traba-lhar no sei o que seria de ns.

  • 4O Semanal Portugusnotcias

    nomeAes nA edp

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    notcias

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    trAgdiA em cAsA

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    notcias

    Se tiveSSe anunciadoneSte eSpao agoraeStaria a ler o Seu anncio

    OSemanal Portugus

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    investigAes

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    crise econmicA

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    estAdos unidosestAdos unidos

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    Publicidade

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    O Semanal Portugusnotcias

    economiA

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    notcias

    economiA

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    O Semanal Portugustechno-flash

    informticA

    OSemanal Portugus

    novo ataque no facebookEm comunicado, a Kas-

    persky nforma que come-ou a circular um novo esquema de phishing, que tem por objetivo assumir o controlo de contas de Face-book e proceder ao desfal-que de contas bancrias.Como habitual no

    phishing, o ataque tem por objetivo o envio de um in-ternauta para um site forja-do, mas difere no ponto em que so recolhidos os da-dos pessoais que permitem

    assumir o controlo de uma conta do Facebook.Quando assumem o con-

    trolo de uma conta pessoal, os cibercriminosos pro-cedem alterao da foto de perfil da vtima pelo logtipo do Facebook. Em contrapartida, o nome do perfil passa a ser Facebook Security.Feitas estas alteraes, os

    cibercriminosos enviam uma mensagem a todos os contactos/amigos da vti-

    ma que se encontram no Facebook. Esta mensagem refere, em ingls, que o Facebook est prestes a en-cerrar a conta do utilizador e que a nica forma de evi-tar o encerramento dessa conta clicar no link que disponibilizado.O link apresentado

    como o caminho mais di-reto para restaurar a se-gurana da conta, mas na verdade apenas serve para direcionar o utilizador para

    um site muito parecido com o Facebook, que soli-cita as credenciais de aces-so a cada conta e os dados de um carto de crdito, alegadamente, por motivos de identificao do inter-nauta.Para evitar males maio-

    res, a Kaspersky aconselha os utilizadores a no forne-cerem nas redes sociais da-dos pessoais como o ende-reo de e-mail ou o nmero do carto de crdito.

    Pirate Bay larga tOrrents e Passa Para Magnet link

    De acordo com not-cia do The Next Web, a deciso de deixar de su-portar torrents j estaria tomada h muito tempo. No entanto, s agora que o Pirate Bay anun-ciou oficialmente que os contedos apresen-tados vo estar, por de-feito, em ficheiros Mag-net Link. Tecnologias como o DHT ou PEX tornaram os trackers BitTorrent irrelevantes, l-se no TorrentFreak. Dentro de um ms, os torrents devem desapa-recer completamente do site.

    A mudana permite uma poupana ao nvel da largura de banda e, segundo os respons-veis, os ficheiros Mag-net Link so mais dif-ceis de bloquear.

    Para os utilizadores, que tm clientes de Bit-torrent instalados, no deve haver muitas mu-danas, uma vez que es-tes programas suportam tambm Magnet Link.

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    techno-flash

    Warplanes: A histria dos avies de combateeste o tipo de conte-

    do especializado para que o iPad foi concebi-do. - 148 apps sobre o primeiro aplicativo-livro da gameloft, War in the Pacific. Decole com o se-gundo aplicativo-livro da gameloft, que permite explorar 43 dos avies de guerra mais importantes e inovadores da histria.Voc no vai apenas ler

    sobre o papel histrico de-

    sempenhado por cada uma destas incrveis aeronaves, mas poder interagir com elas atravs dos modelos em 3D que permitiro uma viso completa de todos os ngulos possveis. Exami-ne uma galeria de mais de 200 imagens em HD e os esquemas e diagramas de corte transversal que per-mitem ver de perto cada detalhe. Voc tambm po-der ver alguns destes avi-

    es em ao com uma vas-ta seleo de vdeos. Este aplicativo foi projetado no apenas para informar, mas para entreter, seja voc um especialista no assunto ou apenas um f de aeronaves de guerra.Este livro-aplicativo apre-

    senta: 43 avies de guerra his-

    tricos, como caas, bom-bardeiros, avies de reco-nhecimento e mais.

    Reprodues fiis em 3D de cada aeronave. Uma galeria de mais de

    200 fotografias. Informaes detalhadas:

    papel de combate de cada avio, sua importncia his-trica e curiosidades. Ilustraes tcnicas: es-

    quemas, traados e ilustra-es em cores. Uma tela de estatsticas

    que permite comparar os avies lado a lado.

    15 vdeos de aeronaves em ao: veja-as decolan-do, manobrando e dispa-rando suas armas. Diagramas interativos

    de corte transversal. Uma linha de tempo

    interativa que demonstra a evoluo das aeronaves de guerra.Categoria: LivrosVerso: 1.0.1tamanho: 438 MBidiomas: Portugus,

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    O Semanal Portugusnotcias

    christopherdoukas

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    notcias

    culturA

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    O Semanal Portugusnotcias

    polticA

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    notcias

    sociedAde

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    O Semanal Portugussade

    dossi sade:Ansiedade

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    sade

    dossi sAude:AnsiedadeTodos ns nos preocu-

    pamos de vez em quando, mas se tem transtorno de ansiedade generalizada, (DAG), os medos e preocu-paes so to constantes que interferem com as suas capacidades. Preocupar-se- excessivamente com coisas que so improv-veis, ou sentir-se- tenso e ansioso durante todo o dia, sem razo aparente. Este transtorno tambm afecta o corpo, provocando dores de cabea, dificuldades em dormir, exausto. A boa notcia que o transtorno de ansiedade generalizada curvel. Vrias coisas podem ajudar, incluindo estratgias de auto-ajuda e terapia.auto-ajuda para ansie-

    dade generalizadaSe sofre de ansiedade

    generalizada, existem v-rias coisas que pode fazer

    para se sentir melhor. Para alguns, as estratgias de auto-ajuda so suficientes

    para manter os sintomas de ansiedade controlados. Para outros, necessria terapia adicional. Mas em qualquer dos casos, as tc-nicas de auto-ajuda iro diminuir a intensidade dos sintomas.tcnicas de auto-ajuda

    para a ansiedade genera-lizadaLide com a sua preocupa-

    o e ansiedade de maneira mais produtiva. Isto poder envolver a mudana de al-guns pensamentos irracio-nais, aprender como adiar a preocupao, e aprender a aceitar a incerteza da vida. Faa as mudanas necessrias para reduzir a ansiedade, como eliminar a cafena da sua alimentao, fazer desporto, melhorar a dieta, e procurar a ajuda da famlia e amigos. Aprenda e pratique tcnicas de re-laxamento, como medita-

    o e respirao profunda. Conforme for aumentando a sua capacidade de relaxar,

    menos reactivo se ir tor-nar o seu sistema nervoso e menos vulnervel estar ansiedade e ao stress.Como parar de se preo-

    cupar?Auto-ajuda para aliviar a

    ansiedade

    Outra tcnica eficaz aprender a acalmar-se a si mesmo. Muitas das pes-soas com DAG no se sa-bem acalmar a si mesmas,

    embora seja uma tcnica simples e fcil de aprender, que poder fazer diferen-

    a nos seus sintomas. Os melhores mtodos para se acalmar incorporam um ou mais sentidos: viso, audi-o, olfacto, paladar e tac-

    to. Quando sentir sintomas de DAG, experimente as seguintes sugestes:Viso procure uma vista

    bonita. V a um museu de arte. Passeie por uma rua bonita. Olhe para fotogra-fias bonitas.audio oua msica

    relaxante. Aprecie os sons da natureza: pssaros a cantar, as ondas do mar a rebentar nas rochas, o ven-to a bater nas rvores.Olfacto acenda velas de

    cheiro. Cheire as flores de um jardim. Respire ar puro e fresco. Ponha o seu per-fume favorito.Paladar cozinhe uma

    refeio deliciosa. Coma calmamente a sua refeio favorita, saboreando cada pedao. Beba uma chvena de caf ou de ch.tacto acaricie o seu

    co ou gato. Tome um banho quente de espuma. Embrulhe-se num cobertor

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    O Semanal Portugus

    dossi sAude: Ansiedadefofinho.Lembre-se que a melhor

    maneira de sair de um es-tado de ansiedade acei-t-lo. No tente resistir, mantenha-se na realidade e aceite a ansiedade, o que far com que o ataque pas-se mais depressa. Aja como se no estivesse ansioso. Abrande, se necessrio. Respire fundo e compassa-damente. Repita os passos: aceite, vigie e interaja com a ansiedade.Quando procurar ajuda

    profissional?Se, mesmo tendo utilizado

    as tcnicas acima descritas, a sua ansiedade continua a interferir na sua vida profissional e emocional, altura de procurar ajuda profissional. Em primeiro lugar, importante que se assegure de que os seus sintomas so mesmo de DAG. Se durante grande parte da sua vida lidou com sentimentos de ansiedade e de medo, provvel que se trate de ansiedade genera-lizada. Contudo, se os seus sintomas so relativamente

    recentes, poder-se- tratar de um problema diferente. A ansiedade pode ser ge-rada por vrias condies e medicamentos. Experi-ncias traumticas podem gerar sintomas similares aos da DAG.Para que possa ter um

    diagnstico e tratamento correctos, dever contactar um mdico especialista. A ansiedade generalizada frequentemente acompa-nhada por outros proble-

    mas, como depresso, abu-so de substncias, e outras desordens de ansiedade. Para que o tratamento seja

    bem sucedido, impor-tante que seja ajudado em todos os problemas. As opes de tratamento para transtorno de ansiedade generalizada incluem fre-quentemente prticas de auto-ajuda e terapia.Em casos mais graves,

    estes tratamentos so com-binados com medicao. A terapia o componente chave do tratamento, sendo que estudos nos demons-tram que a terapia, para a

    maioria das pessoas, to ou mais eficaz que a medi-cao. Um dos tipos de te-rapia utilizado para o trata-

    mento da DAG a terapia comportamental cognitiva, que examina as distores do paciente na sua madei-ra de ver o mundo e a si prprio. O seu terapeuta poder ajud-lo a identifi-car pensamentos negativos que contribuam para a an-siedade. A terapia compor-tamental cognitiva envolve cinco componentes:educaoA terapia comportamen-

    tal cognitiva envolve uma

    aprendizagem acerca da DAG. Tambm o ensina a distinguir entre preo-cupaes necessrias e

    desnecessrias. Um maior conhecimento da sua an-siedade ajud-lo- a aceitar e a responder mais eficaz-mente.MonitorizaoIr aprender a monitorizar

    a sua ansiedade, incluindo o que a provoca, as suas preocupaes e a gravi-dade e durao de cada episdio. Isto ajud-lo- a ter uma perspectiva da sua doena e do progresso feito com o tratamento.estratgias de controlo

    fsicoIr aprender a respirar

    profundamente e a relaxar os msculos.estratgias de controlo

    cognitivoIr aprender a avaliar re-

    alisticamente e a alterar os seus padres de pensamen-to que contribuem para o transtorno de ansiedade generalizada. Tambm ir aprender a testar a sua crena em si mesmo.estratgia comporta-

    mentaisEm vez de evitar situ-

    aes que lhe provocam

  • O Semanal Portugus

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    Ansiedademedo, esta terapia ajuda-o a control-las. Focando-se nos seus medos sem ten-tar escapar-lhe, diminuir a sua ansiedade. A gesto do tempo e a capacidade de resoluo de problemas tambm so tcnicas teis.A durao da terapia

    comportamental cognitiva difere de pessoa para pes-soa. Contudo, estas tera-pias tendem a ser de pouca durao, pois a maioria das tcnicas que ir aprender podero ser praticadas em casa e usadas dia-a-dia.Medicao para a ansie-

    dade generalizadaBuspironaEste medicamento para a

    ansiedade, conhecido pelo nome Buspar, geralmente considerado o mais seguro para o transtorno de ansie-dade generalizada. Ao con-trrio das benzodiazepinas, o busporine no sedativo, nem causa adio. Contu-do, no cura completamen-te a ansiedade.BenzodiazepinasEste medicamento para a

    ansiedade extremamente rpido (demora cerca de 30 minutos a fazer efeito). O alvio rpido um dos seus maiores benefcios, mas gera efeitos secundrios um pouco preocupantes. Depois de algumas sema-nas de utilizao, as ben-zodiapezinas provocam dependncia fsica e psico-lgica. Este medicamento geralmente recomendado apenas para casos graves.antidepressivosUm certo nmero de an-

    tidepressivos utilizado no tratamento da transtorno de ansiedade generalizada. Contudo, o alvio que estes medicamentos fornecem no imediato, e s h um efeito total aps seis sema-nas de medicao. Alguns medicamentos antidepres-sivos podem tambm acen-tuar problemas de sono e causar nuseas.

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    O Semanal Portugus

    Ingredientes:

    1 kg de lulas1 cebola2 dentes de alho1 folha de louro0,5 kg de tomate maduro1 tirinha de pimento verdeSalsa e sal q.b.6 colheres (sopa) de azeite700 g batatasPreparao:

    Coloque todos os ingredientes num tacho (excepto as lulas e as batatas), depois de picados. Deixe refogar du-rante algum tempo. Junte as lulas e deixe cozinhar.Quando estiverem cozidas junte as batatas aos cubos ou s rodelas.Deixe cozer as batatas e rectifique os temperos.

    receitAs

    Gastronomia

    lulas de caldeiradaIngreDIentes:1 kg de lulas1 cebola2 dentes de alho1 folha de louro0,5 kg de tomate maduro1 tirinha de pimento verdeSalsa e sal q.b.6 colheres (sopa) de azeite700 g batatas

    PreParaO:

    Coloque todos os ingredientes num tacho (excepto as lulas e as batatas), depois de picados. Deixe refogar durante algum tempo. Junte as lulas e deixe cozinhar.Quando estiverem cozidas junte as batatas aos cubos ou s rodelas.

    Deixe cozer as batatas e rectifique os temperos.

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    Gastronomia

    receitAs

    iogurte de framboesaIngreDIentes:Para 6 iogurtes:1 l de leite magro temperatura ambiente1 iogurte natural (um probitico, quanto menos aditivos melhor)2 colheres (sopa) de leite em p magro (opcional, serve apenas para o iogurte ficar mais firme)30 framboesas (eu uso congeladas)

    PreParaO:

    Receita para iogurteira com 6 copos de 175ml.

    Pus 5 framboesas em cada copinho. Misturei o iogurte com o leite e o leite em p e deitei nos copos.

    Ficam 10/12 horas na mquina. Depois de cerca de 4 horas no frigorfico, esto prontos a comer.

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    O Semanal Portugus

    lendAs de

    portugAl

    cultura

    lenda de santa Joana princesaA princesa D. Joana,

    filha do rei Afonso V, re-velou desde muito tenra idade uma grande voca-o religiosa.

    esta filha primognita, apesar de ser obrigada a viver na Corte pela sua posio, afastava-se o mais possvel de festas e convvios e passava grande parte do seu tem-po a rezar e a meditar.

    a princesa era, dizia-se, muito bela e teve muitos pretendentes, entre estes muitas cabeas coroadas, mas a todos recusou ale-gando a sua inteno de se tornar freira. Com a autorizao real, entrou D. Joana para Odivelas, mudando-se mais tar-de para o Convento de santa Clara de Coimbra, mas acabando por resol-ver professar no Conven-to de Jesus, em Aveiro.

    esta ltima deciso foi contestada tanto pelo rei como pelo povo, dado que o Convento de Jesus era muito pobre e, na opinio geral, indigno de uma princesa. Por outro lado, o povo discordava da vocao da prince-

    sa e no queriam que ela professasse. Perante tanta discrdia D. Joana decidiu no professar, mas declarou que usa-ria o vu de novia para sempre e insistiu em in-gressar no Convento de Jesus, vivendo na hu-mildade e na pobreza e aplicando as rendas que possua no socorro dos pobres. a sua caridade era to grande que de-pressa ficou conhecida como santa.

    Mas a bela princesa adoeceu de peste e mor-reu em grande sofrimen-to.

    Quando o seu enterro passou pelos jardins do convento deu-se um fac-to inslito: as flores que ela havia tratado em vida caiam sobre o seu caixo prestando-lhe uma lti-ma homenagem.

    aps este primeiro mi-lagre, muitos outros fo-ram atribudos a santa Joana Princesa, levando a que, duzentos anos de-pois, o Papa inocncio Xii concedesse a beati-ficao a esta infanta de Portugal.

    OSemanal Portugus

  • O Semanal Portugus

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    culturahistriA de

    portugAlo relevo peninsular

    A Pennsula Ibrica mui-to montanhosa. O territrio tem grandes cordilheiras que, por vezes, chegam at ao mar. A regio central ocupada por um grande planalto - a Meseta - dividi-da pela Cordilheira Central em Meseta do Norte e Me-seta do Sul. A Meseta est rodeada por cadeias monta-

    nhosas que formam como que uma muralha que a se-para do mar e torna difcil a comunicao com o resto do territrio. Esta muralha montanhosa comea a no-roeste com os Montes de Lon, seguindo-se a norte os montes cantbricos, que separam a Meseta do mar (o seu ponto mais alto so

    os Picos da Europa). A nor-deste, a cordilheira Ibrica separa a Meseta da plancie do Ebro. Trata-se de um grande arco de montanhas, o mais comprido e largo da pennsula. A serra Mo-rena corta a Meseta pelo sul, sendo a mais baixa das cadeias montanhosas que a rodeiam. A partir daqui,

    abre-se a plancie do Gua-dalquivir. A parte exterior da pennsula ocupada por diversas cadeias mon-tanhosas, sendo as mais importantes a cordilheira dos Pirenus (que une a pe-nnsula Europa) e a cor-dilheira Btica (onde se en-contra o ponto mais alto da Pennsula, o Mulhacn, na

    serra Nevada, com 3.478 m de altitude).A circundar a Meseta Ib-

    rica e o seu rebordo monta-nhoso, comeam a aparecer as terras baixas - as plan-cies. Na Pennsula Ibrica h trs grandes plancies, junto aos rios Ebro, Gua-dalquivir, e Tejo e Sado.

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    O Semanal Portugus

    destino: tulum, mxico

    viaGem

    As 25 melhores prAiAs de o mundo

    Tulum ou Tuluum um stio arqueolgico cor-respondente a uma antiga cidade muralhada maia. Situa-se ao longo da cos-ta do Mar das Carabas, no sudeste do Mxico, no estado de Quintana Roo, numa regio conhecida como Riviera Maya.A fundao desta cidade

    parece remontar ao ano 564 de acordo com algu-mas inscries encontra-das. A cidade de Cob, cujo apogeu ocorreu cerca

    de 650, utilizava Tulum como porto de pesca e tal-vez como porto comercial, para as trocas efectuadas com as cidades da regio. Os artefactos de slex, ce-rmica do Iucato, de jade e obsidiana da Guatemala e em cobre provenientes do planalto central mexicano, demonstram a importncia destas trocas. Apesar de al-guns vestgios que remon-tam ao perodo clssico maia, a grande maioria de-les do perodo ps-clssi-

    co tardio, i.e. cerca 1200. Frescos encontrados em al-guns dos edifcios sugerem uma influncia mixteca.Tulum permanecia ha-

    bitada chegada dos con-quistadores espanhis, mas foi abandonada durante o sculo XVI.Esta cidade era designada

    pelos maias pelo nome de Zam, que significa cidade da aurora. Tulum tambm uma palavra maia para bar-reira ou parede, o que se entende facilmente pois a

    cidade encontra-se rodeada de espessa muralha protec-tora.O primeiro a identificar a

    cidade foi Juan Daz, que em 1518 fazia parte da expedio de Juan de Gri-jalva. A sua descrio de Tulum a de uma cidade rica e magnfica, imagem de Sevilha na Espanha. No entanto, o primeiro estudo detalhado do stio deveu-se aos famosos explorado-res John Lloyd Stephens e Frederick Catherwood, que

    publicaram em 1843 o li-vro Incidents of Travel in Yucatan.Actualmente, milhares

    de turistas visitam as ru-nas de Tulum diariamente, sobretudo em excurses organizadas. Tulum o terceiro stio arqueolgico do Mxico mais visita-do atrs de Teotihuacan e Chichn Itz e frente de Monte Albn.

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    destino: tulum, mxico

    viaGem

    As 25 melhores prAiAs de o mundo

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    O Semanal Portuguscomunidades

    legAlizAo

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    comunidades

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    neWArk

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    trenton

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    tAp lder em fricA e AmricA do sul

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    tAp lder em fricA e AmricA do sul

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    crnicA | muito bons somos ns

    oPinio

    Joel neto

    o meu prprio ratatuiPor alguma razo que des-

    conheo, mas a que gosto de chamar absurda, os che-fs transformaram-se nas supremas estrelas pop do nosso tempo e este chef em particular, Jos Avillez de sua graa, complica-me desde o incio com os

    nervos. jovem, bonito, aparece nas revistas, apara a barba com uma preciso com que no posso sequer sonhar e, ainda por cima, tem dupla consoante no sobrenome. Basicamente, est mesmo morte para uma pequena exibio de desdm classista e desones-tidade intelectual, misso a que um cronista rural que se preze, quando posto pe-rante o mais moderninho dos moderninhos, no deve furtar-se nunca. E o facto

    de eu vir das compras na-talcias, afogueado pela subida da Rua Garrett com sacos de plstico s costas e louco ainda por voltar ao balco da FNAC e dizer umas verdades rapariga que me embrulhou mal um livro aps quarenta minutos numa fila, s vem apimen-tar o cocktail.

    Para mais, entro e sou logo posto no meu lugar: Tinha marcado para as 13.00, no era? E disseram-lhe que tem de libertar a mesa at s 13:45? tudo o que quero ouvir. Fao cara de mau, ergo o nariz e vou sentar-me, cheio de fel. Ao lado, trs balzaquianas de-masiado bem vestidas para a ocasio, e sem qualquer intimidade entre si, trocam sorrisos e presentes de Na-tal (mximo de dez euros, proibido ultrapassar), num

    esforo para fazer amigas na empresa. volta fala-se alto, com um sotaque muito afectado e, quando eu per-gunto se h vinho a copo e o empregado musculoso me diz que sim, mas que tenho de escolher entre 25 refe-rncias (25 referncias, meu Deus, pode-se ser mais armadinho do que isso?), j

    estou a afiar a faca, todo eu em Anton Ego (esse mes-mo: o crtico do Ratatui). Decididamente, ou me ser-vem a comida mais caseira do mundo, evocativa da que a minha me e a minha av e as mulheres da minha fam-lia at h pelo menos cinco geraes serviam aos seus mancebos, ou isto no vai acabar bem. Quando bebo o primeiro gole do vinho da casa, JA, um Sirah de 2007 feito a meias entre o prprio chef e Jos Bento dos San-

    tos, sou acometido da pri-meira hesitao. Os fgados de aves salteados com uvas e Porto, que escolho para entrada, ainda me trazem de volta a esperana: comi e babei por mais, mas sempre pude dizer a mim prprio que a verso do Caf do Chiado, meia dzia de por-tas acima, melhor, com os

    fgados cortadinhos e o foie gras demarcando territrio.

    Mas, no momento em que provo o hamburguer com cebola caramelizada, um belssimo bife picado de carne barros, com umas to generosas 300 g que quase no consigo com-lo at ao fim (e logo eu!), baixo as ltimas defesas. E, to depressa saboreio a mi-nha Avel3 (l-se Avel Ao Cubo), com gelado de ave-l, espuma de avel e avel ralada, para que apesar de tudo ainda arranjo um can-tinho um trabalho duro, mas algum tem de faz-lo , estou pronto a juntar-me ao coro dos que, de Norte a Sul do Pas e at l fora, incluindo Nova Iorque, vo endeusando Jos Avillez.Bem vistas as coisas, 36

    por um simples almoo de quarta-feira pode ser uma pechincha. Como que o

    chef aparar aquela barbi-nha, afinal?

    RESTAURANTE CANTINHO DO AVILLEZRua dos Duques de Bragana, n 7, 1200-162 LisboaTel: 211992369

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    oPinio

    crnicA | opinio

    OSemanal Portugus

    antnio lobo antunes

    domingo com verdiVo fechando coisas

    por aqui. O minimerca-do, por exemplo. lojas. O maluco usa barbas, farrapos. Continua feliz. Mais do que o senhor que andou na guerra em fri-ca e, de vez em quando, d pontaps nos caixotes, terrvel de ordens milita-res

    Domingo o dia mais difcil da semana: ruas sem ningum, persianas descidas, quase nenhum automvel, em que stio andaro as pessoas? Horas lentas, pesadas, esta casa ao mesmo tempo igual e dife-rente, a dizer-me qualquer coisa que no entendo. O que ser? Uma espcie de sol na varanda, at mesa, um brilhozito na jarra. O maluco do costume no dana no passeio a gritar

    - Sou feliz a estrangei-ra sem abrigo no passeia nos semforos o saco de plstico, a estender a mo para carros indiferentes. Parece que s eu no bair-ro. De certeza que s eu no bairro. Amanh a agncia de viagens aberta de novo, a farmcia, o restaurante que perdeu quase todos os clientes, com o dono por-ta, vencido. Tem mais ru-

    gas dos lados da boca, dos lados dos olhos. Para alm do restaurante uma merce-aria, um stio onde fazem tatuagens, uma sucursal de banco. At h pouco havia duas, uma delas fechou. Vo fechando coisas por aqui. O minimercado, por exemplo. Lojas. O maluco usa barbas, farrapos. Con-tinua feliz. Mais do que o senhor que andou na guer-ra em frica e, de vez em quando, d pontaps nos caixotes, terrvel de ordens militares. Mete uns copos ao bucho e voltam-lhe os tiros.

    - Quatro mortos em cin-co minutos, seus cabres afiana ele - Quatro mortos em cinco minutos e a gente calados. O sujeito do esta-belecimento de telemveis encolhe os ombros, uma velhota assusta-se em puli-tos de galinha, passa de lar-go, aflita. Tirando a velhota ningum liga ao guerreiro. O senhor que andou na guerra em frica faz con-tinncias, amansa, some-se numa esquina. Daqui a nada regressa, mais feroz ainda. H um outro que me mostra anlises- Que tal o meu fgado?tiradas de um envelope

    usado- O mdico mandou-me

    ir l daqui a trs meses e a mo treme-lhe enquanto vejo, de esguelha, os pa-pis. Explica

    - Eu o fgado e a minha esposa os nervos apontan-do uma criatura de expres-so sofrida que j no sabe o que dormir - H mais de sei l quanto tempo que no descanso esclarece a esposa numa vozita murcha - H mais de sei l quanto tempo, senhor doutor lem-brada de que fui doutor. - Nem o ch de tlia me vale, palavra de honra.

    Tlia, lucialima, camomi-la, j bebeu a ervanria in-teira. O filho polcia, a filha e o genro desempregados, trs netos. E inicia, com a vozita murcha, uma di-gresso longussima acerca da misria do subsdio de desemprego. No final da digresso levanta o queixo at mim

    - E quando o subsdio acabar? enquanto o mari-do concorda, a guardar o fgado no envelope. - No entendo estes exames conta-me ele, antigamente era com cruzes, percebia-se. - Mais de trs cruzes e encomendava-se o caixo. - Hoje, domingo, devem trancar-se no seu primeiro andar, com o peso do fga-

    do e dos nervos s costas e um bulezito de menta entre eles, fitando-se: - E se cha-mssemos a ambulncia? com a filha e o genro de-sempregado, de lpis em riste, cata de anncios, nem que seja de limpe-zas - Os dois com estudos, senhor doutor, j viu? no jornal. Comem o qu? E a misria escondida: ele de gravata, ela de cabelo pin-tado. A esposa dos nervos orgulhosa

    - Asseadssimos e no s asseadssimos, pinocas, a infelicidade no para mostrar. Na cave do prdio em que habitam um velhote magrinho que tocava clari-nete na banda da Guarda (clarinete ou flauta) e elo-gia Verdi

    - Um grande compositorpela boca quase sem mo-

    blia. Sobra um dente espe-tado que garante

    - S de pensar em Verdi arrepio-me todo

    com um hlito a vinho que me faz tremer os joe-lhos. A mulher dele apanha um estalo de vez em quan-do, sem motivo, ou antes, conforme ele me elucida

    - Por causa das coisasminscula, sofrida. En-

    gomava para fora, abafa-va uma tosse complicada na palma, no refilava. H semanas o artista deu com o clarinete ou a flauta no toutio da criatura e o ins-trumento entupiu-se, facto que no lhe perdoa

    - Enquanto no me deu cabo da msica no des-cansou dado que, de vez em quando, ainda soprava uns compassos. Pede-me a opinio, exibindo o tubo - Acha que se eu lhe bater ao contrrio isto se compe?

    No tenho a certeza da resposta mas pode ser mas pode ser que sim: um Ver-di para a esquerda entorta, um Verdi para a direita cor-rige.

    - capaz opino eu, e ela a proteger-se com o brao. Domingo: ruas sem nin-gum, persianas descidas, uma espcie de sol na va-randa, at mesa, um bri-lhozito na jarra. O maluco do costume

    - Sou feliz ausente, o se-nhor da guerra em frica sem fazer continncias. Deixo de escrever, aguo o ouvido: uma pancada para a direita primeiro e, a seguir, o grande Verdi a arrepiar-me todo.

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    crnicA

    Mrio soares

    oPinio

    A europa derivaPara vencer a crise, o

    principal, na Ue, con-trolar os mercados, im-pondo-lhes regras ticas, obedecendo aos estados e no ao contrrio.

    A Unio Europeia (UE) est completamente deso-rientada e, com os merca-

    dos em crise de confiana, a descer e a subir, no tem qualquer estratgia para o futuro. Os que aparente-mente mandam - a chan-celer Merkel e o senhor Sarkozy - levaram uma colossal bofetada simb-lica do primeiro-ministro Papandreou, quando este se props consultar o Povo grego. Ficaram completa-mente desorientados, como alis os mercados, os polti-cos europeus e os prprios

    protagonistas mundiais do G20, que se reuniram dois dias depois.

    Como foi isso possvel? Porque uma simples ideia poltica, lanada oportuna-mente por um poltico, em desespero de causa, des-controlou os mercados e consequentemente os pol-ticos que a eles obedecem.

    Donde se conclui que, para vencer a crise, o princi-pal, na Unio Europeia, controlar os mercados, impondo-lhes regras ticas estritas, de modo a obede-cerem aos estados ditos so-beranos e no ao contrrio, como tem vindo a suceder nos ltimos anos, para nos-sa desgraa.

    Ora isso que os polti-cos - e os dirigentes euro-peus - quase todos conser-

    vadores e muito ligados alta finana, teimam em no querer perceber. Mas a crise europeia e global, pela fora das circunstn-cias, vai faz-los entender, porque o neoliberalismo, como ideologia, falhou em absoluto, como h duas dcadas entrou em colap-so a ideologia comunista e o seu universo. A Europa

    do euro sem um Governo financeiro e econmico e depois poltico e um Banco Central capaz de fabricar euros, como os america-nos dlares, no vencer a crise.

    Tem-se tornado, assim, absolutamente evidente que a UE, se no definir uma estratgia para man-ter os mercados, sob regras estritas - acabando com os parasos fiscais, as empre-

    sas de rating e a chamada economia virtual - entrar rapidamente em decadn-cia. O fracasso total e hu-milhante da ltima reunio do G20, em Cannes, que Sarkozy pensava ser, para ele prprio, um grande sucesso poltico, foi, pelo contrrio, a demonstrao disso mesmo. Ora enquan-to os estados aceitarem es-

    tar dependentes dos merca-dos e da especulao, tudo correr mal, como se viu. Por isso urgente que se mude de paradigma e que se substituam as prprias instituies europeias, no sentido federal de modo a terem fora prpria.

    No creio que Grcia v sucumbir, apesar da crise financeira, econmica, e agora poltica, em que est mergulhada. um Povo

    sbio, com uma histria nica, inventor da Demo-cracia, que merece a soli-dariedade europeia, dado que os bancos especula-tivos alemes e europeus so to ou mais respons-veis do que o Povo grego, pelo desastre financeiro em que se encontra. Mas agora a UE tem outra bomba de grande potncia prestes a explodir: a Itlia, terceira economia da zona euro e oitava mundial. um caso muito mais srio!

    Senhores responsveis polticos europeus, aten-o, se a Unio no muda o modelo de desenvolvi-mento, acabando com a tirania dos mercados, es-tes vo continuar com as suas especulaes e, atrs da Itlia, viro a Espanha, a Blgica, a Eslovquia e, seguramente, a Frana... Nem com esta ameaa - e o desprezo dos responsveis do G20 - abrem os olhos?

    Portugal est a viver mo-mentos difceis. A chance-ler Merkel disse que os pa-ses vtimas dos mercados vo - cito - levar dez anos para se recompor. V-se que no pensa no sofri-mento alheio nem isso lhe interessa. Os povos, tarde ou cedo, quando oprimi-dos, revoltam-se e acontece que frequentemente fazem milagres. o que a hist-ria nos ensina, como foi o caso com a Alemanha de Leste e a sua unidade com o Ocidente. Se o momento chegar, como espero, as troikas, necessariamente, tornar-se-o muito mais flexveis... Se no, com a economia paralisada e o desemprego a subir, para que serviriam os sacrifcios que nos impem?

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    crnicA | opinio

    Fernando santos

    oPinio

    gaspar, para l do excelMaior recesso. Mais de-

    semprego. Necessidade de

    imposio de novo pacote de austeridade. Reportado a uma estimativa para 2012 e 2013 e mais negro do que o projectado quer pela troika quer pelo Governo, o qua-dro est plasmado no Bole-tim Econmico de Inverno do Banco de Portugal.Espanta, atendendo aos

    efeitos previsveis das ac-tuais polticas restritivas impostas ao pas?No obstante a inexistn-

    cia de alternativas ao me-morando de entendimento assinado pelos partidos do arco da governao com a troika, os sinais de alarme tm um condo: reforam o debate sobre o actual ci-clo vicioso: aperto de cin-to, retraco da economia,

    reaperto de cinto...Neste soar das campai-

    nhas de alarme, o som mais estridente aponta, natural-

    mente, para uma preocupa-o generalizada: o acentu-ar, ou no, da austeridade. E assiste-se ao ginasticar do discurso de vrios pro-tagonistas, ou no tivesse o Banco de Portugal a sua credibilidade reforada desde a chegada do actual governador, Carlos Costa.No possvel fugir a um

    foco: todos os holofotes centram-se em Pedro Pas-sos Coelho e Vtor Gaspar. Dando-se o caso de esta-rem errados todos quantos julgam ser a postura e o discurso poltico maneja-dos s pelo primeiro-mi-nistro, atribuindo um perfil exclusivamente tecnocrata ao ministro das Finanas.A verbalizao da neces-

    sidade de uma outra dosa-

    gem de austeridade para-digmtica.Estando em cima da

    mesa uma projeco agra-

    vada de 4,5% para 5,4% de dfice em 2012, como consequncia da absoro pelo Estado dos fundos de penses da Banca (salva-dores das contas de 2011), Pedro Passos Coelho, nas suas mais recentes entre-vistas, uma e outra vez, no descartou o cenrio de imposio de novas deci-ses draconianas. Ter dito o bvio. J Vtor Gaspar, por muitos considerado nas suas primeiras apari-es pblicas como mero exercitador de nmeros e de folhas Excel todo um caso surpreendente de do-mnio do discurso, gerindo as palavras uma a uma, de forma pausada.O relatrio do Banco de

    Portugal implicaria a con-sonncia de Vtor Gaspar, para mais aps ter sido divulgado um documento

    interno do Ministrio das Finanas no qual se admi-tia a necessidade de novos cortes para se atingir os 4,5% de dfice neste ano? Pareceria ser lgico o as-sentimento do ministro. Mas no. Na Assembleia da Repblica, ontem, V-tor Gaspar foi desarmante. Endossou, por um lado, para o Banco de Portugal eventuais esclarecimentos sobre as projeces divul-gadas (humor supremo...) e, por outro, referenciou o tal documento como mero instrumento de trabalho que teve uma evoluo prpria. A que ponto? Simples, nas suas palavras: a venda de concesses de jogo e de patrimnio e a re-

    duo dos juros da dvida por via de abatimentos gra-as aos fundos de penses da Banca compensaro os

    desvios. Destas concluses parece resultar a ideia de que o Banco de Portugal foi incapaz de fazer as con-tas--estimativas de Vtor Gaspar. de poltico!O tempo ser, natural-

    mente, o melhor conselhei-ro. Para j, o ministro das Finanas tenta introduzir no ambiente o optimismo em falta esmagadora maioria dos portugueses. E ter sempre condies argumentativas para anun-ciar, talvez mais cedo do que tarde, a inevitabilidade j absorvida na mente de todos: austeridade em cima da austeridade. O atraso na adopo de reformas estru-turais ser sempre um bom aliado de Vtor Gaspar...

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    O Semanal Portugusinformao em destaque

    AmAndA seYfriednacionalidade: norte-americanadata de nascimento: 3 de dezembro de 1985Profisso: Atriz

    as 100 mulheresmais bonitas de 2011

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    Publicidade

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    O Semanal Portugus

    crnicAmulher sensuAl

    vidas activas

    10 maneiras de tornar um homem viciado em siainda no encontrou o

    homem da sua vida? Mas vai encontr-lo. Prome-temos. Por isso reunimos um guia completo para estar preparada quando

    o vir.

    1 - Controle as emoes negativas

    2 - Procure a pessoa cer-ta - Por muitas dicas que leia sobre a importncia de um lindo sorriso e uma voz agradvel, nada adiantar

    se ele no a perceber, se no a vir (h tanta gente que olha para ns e no nos v...), se no for a pessoa certa para si. Fe-lizmente que h toneladas

    de pessoas certas para ns, mesmo que sejamos ni-cas, por isso no desanime. Uma coisa tambm certa: sem qumica, a fsica nun-ca ser grande coisa, por isso confie na sua intuio. Outra coisa: h homens in-capazes de se entregarem, por vrias razes. Saiba

    reconhec-los e andar para a frente, se encalhar com um destes.

    3 - seja gira - A aparn-cia conta, sim. Pronto. Que

    que se h de fazer, os ho-mens so mesmo criaturas visuais. Se est espera de algum que a ame pela sua beleza interior, difcil consegui-lo sem uma aju-dinha do lado de fora. Por isso, d-lhe qualquer coisa com que sonhar: um lindo decote, um lindo sorriso,

    uma voz que lhe apetece ouvir mais vezes. Seja ale-gre, ria-se e faa-o rir. To bsico quanto isto.

    4 - seja honesta - No

    mude por causa dele: se lhe disser que adora fute-bol mas a ltima vez que ps os ps no estdio tinha 3 anos e passou o tempo a dormir ao colo do pai, o que acontece que ele se vai apaixonar pela pessoa que voc no , e a longo prazo a relao fica difcil

    de manter. Pense bem se vai querer acompanh-lo ao Estdio da Luz... toda a sua vida! Pelo contrrio: torne-se especial de alguma maneira, mostre que no

    igual s outras. E no ! S tem de descobrir como. P.S.: Convm que no seja igual s outras de alguma maneira agradvel.

    5 - Perceba-o - Se pen-sa que basta ser gira e ter um lindo sorriso, um ainda mais lindo decote e umas

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    10 maneiras de tornar um homem viciado em sipernas que se vejam, en-gana-se. Isso at pode ser o princpio, mas no basta. Toda as mulheres j pensa-ram: ai mas por que que estou sozinha, logo eu que

    sou to gira e to esperta e at tenho um mestrado em biofsica aplicada. Pro-blema: uma relao no feita de duas pessoas iso-ladamente, mas de duas pessoas em contacto. Um homem atrado por uma mulher e quer estar com ela no por causa da suas

    muitas qualidades, mas por aquilo que ela lhe faz sen-tir quando est com ele, explica o psiclogo ingls Christian Carter. Isto no quer dizer que um homem

    quer estar com uma mulher porque lhe interessa estar numa relao, ou porque acha que ela uma pessoa cheia de qualidades, ou que lgico que goste dela.

    6 - seja comunicativa - Ento mas tenho de ser eu a fazer tudo? Pois tem: se-

    gundo Carter, a capacidade de criar relaes abertas e comunicativas no o forte da esmagadora maioria dos homens. Ora ento, como faz-lo sentir? O primei-ro mandamento para criar uma relao duradoura com um homem aceitar o seguinte: os homens no fazem sentido, hehehehe. Ainda bem que um psic-logo quem o diz...

    7 - Crie atrao - mais complicado do que ser s aquela mida gira com quem se tomava um copo. Os homens reagem a coi-sas como tenso, emoo e suspense. crucial apren-der a prolongar a emoo e a atrao dos primeiros tempos, para que eles sin-tam que esse desejo faz intrinsecamente parte da relao, e no acontece s nos primeiros tempos, afirma Carter. Soluo: as suas emoes, o seu poder de comunicar e acima de tudo a sua capacidade de o perceber emocionalmente so as suas armas mais for-tes. Use-as bem. O que no fazer: Tentar convencer um homem a fazer qual-quer coisa ou a tornar-se qualquer coisa a manei-ra mais segura de passar o sero sozinha a ver reposi-es da Oprah. Pois.

    8 - Descubra o centro emocional dele - Mude de direo: em vez de estar preocupada consigo, preo-cupe-se com ele, interesse-se pela vida dele e pelo que ele faz. iosto difcil de fa-zer porque muitas mulhe-res esto carentes de afeto e ateno, situao em que se rotna difcil dar aquilo que no temos.

    9 - lembre-se: tudo mais simples do que pen-sa. - Ns que podemos

    no estar interessadas em perceber... Como um ho-mem no o melhor comu-nicador do mundo, muitas vezes as mulheres fazem todo o trabalho sozinhas, passam a cassete da re-lao para a frente e para trs, discutem a coisa com as amigas, tentam perceber aquilo que para elas no faz sentido. Lembrem-se: para os homens, tudo muito mais simples. Querem al-gum que os compreenda e fale a mesma lngua, e no necessariamente algum que use minissaia (embora ajude, como vimos). Lem-bre-se do prncipe Carlos que preferiu a mais velha e menos glamourosa Camila Lady Di.

    10 - Divirtam-se juntos - Jeffrey Berstein, autor do

    livro Why cant he read my mind, sugere algu-mas medidas prticas: no o sufoque. D-lhe tempo

    para ter saudades suas. Ex-perimentem coisas novas juntos. Tenham medo jun-tos (tambm no preciso atirarem-se os dois de bun-gee-jumping, mas nunca subestime o poder da adre-nalina), pronuncie o nome dele frequentemente (no porque ele pode esquecer-se mas porque sexy).

    Concluso: Os homens so muitas vezes mais sensveis a um sorriso do que a uma palavra. Pen-se que gira e especial. seja confiante mas no arrogante, misteriosa mas no fria, sedutora mas no vulgar. Parece difcil, mas no : basica-mente, seja a mulher com quem voc, se fosse ho-mem, gostaria de ter um caso. Os homens no so

    iguais a ns? Pois no: mas tambm no so to diferentes quanto isso...

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    automveis

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    automveis

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    O Semanal Portuguslazer

    cinmA - em sAlA

    my Week With marilynA minha semana com marilynnos muitos filmes que j

    vi, nunca encontrei uma presena to incandes-cente e genuna capaz de por si s justificar o vi-sionamento de um filme como Marilyn Monroe. ningum poder substi-tu-la, ou interpret-la, sem sentirmos uma ponta de frustrao. Michelle Williams, no

    sendo Marilyn, nem nun-ca podendo ser, tem no entanto aqui uma tenta-tiva corajosa e que paga dividendos at ao mais cptico dos crticos que

    possa ter descartado a sua escolha para este preciso papel inicialmen-te. eis uma performance altamente estudada, sim, mas ao mesmo tempo autntica (ao abrir um portal directo para o mundo interno da loira mais famosa do cinema e ao canalizar as suas in-seguranas na perfeio), e repleta de carisma, que vale todo um filme esse sim imemorvel e igual a tantos outros. O realizador simon

    Curtis vem da televiso e

    do mundo dos telefilmes e mini-sries, e infelizmen-te, no o disfara muito bem, embora saiba ao menos olear o filme de modo a minimizar tem-pos mortos (o filme tem uns muito bem medidos e nada aborrecidos 99 mi-nutos a durao ideal para um filme com estas bases). Mas ser difcil olhar para a produo de grande qualidade super-visionada pelos irmos Weinstein e at para ou-tras performances (no-meadamente de kenneth

    Branagh, Julia Ormond, da veteranssima Judi Dench aqui a picar o ponto, e do jovem eddie redmayne) quando em todos os momentos que entra, Williams rouba-nos toda a ateno, tal e qual como Marilyn fazia. O filme tem assim a sorte de ter uma das actrizes do momento naquele que ser certamente um dos seus grandes momentos da carreira, cuja pre-miao com o galardo mximo da academia de Hollywood ser o de-

    senvolvimento mais na-tural, num ano tambm ele composto em grande parte por performances memorveis em filmes que deixaram muito a desejar. abram alas: a grande actriz finalmente se tornou numa grande estrela. O Melhor: Michelle

    Williams, para que no haja dvidas. O Pior: O filme nunca

    se soltar das amarras do biopic quase em for-mato telefilme.

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    lazer

    cinmA - dvdvelozes e furiosos 5Esqueam as araras azuis,

    buldogues amigveis e povo alegre. A imagem ca-lorosa e meiga da Cidade Maravilhosa que Rio pintou nos cinemas foi atropelada, metralhada e espancada por Vin Diesel e companhia em Velozes & furiosos: ope-rao Rio. Contudo, pra quem consegue superar os sotaques ridculos, biqu-nis de vov e, claro, total desmoralizao da imagem carioca, um filme de ao bem aceitvel. Alm dos habituais carros pimpados, coisas explodindo e mo-oilas seminuas, o quinto volume da franquia ainda nos presenteia, enfim, com um quebra-pau pico entre

    os dois carecas mais vascu-larizados do cinema.No filme, o ex-policial

    Brian OConner (Paul Walker) se junta a Mia Toretto (Jornada Brewter) para ajudar o ex-presidirio Dom Toretto (Vin Diesel) a escapar de um nibus de priso. Onde eles poderiam curtir a clandestinidade e

    fazer seus negcios ilegais sem muito incmodo? Rio de Janeiro, claro. Com a descoberta da gravidez de Mia, eles decidem elaborar um ltimo plano para rou-bar a bolada do megacrimi-noso Reyes (Joaquim de Al-meida), e seguir com vidas normais (com identida-des falsas e dinheiro rouba-do, mas quem se importa?). Eles tm problemas, contu-do, quando descobrem que cerca de 99% da polcia ca-rioca tem conchavo com o vilo. E ainda sofrem com o agente Luke Hobbs (The Rock) em sua cola.No como se estivsse-

    mos esperando uma viso lcida e bem embasada do

    Rio de Janeiro. Embora desta vez no exista ne-nhum grande esquema de trfico de rgos envolvido (Turistas, lembram?), h um certo, ahn, exagero dos problemas cariocas. Um bom exemplo a cena em que Vin Diesel, de braos abertos, comenta que isso o Brasil e toda a popula-

    o armada at os dentes, sempre decide se virar contra o FBI. Fora isso, o velho esquema cidade sem lei, na qual todo policial corrupto, toda mulher anda por a de biquni (ou seriam anguas?) e as favelas so as organizaes habitacio-nais vigentes. Nada disso, contudo, incomoda tanto quanto os sotaques medo-nhos e obviamente estran-geiros. V l que a gente aceita muita porcaria sobre a cidade em nome da arte e da pancada, mas no dava pra achar atores brasilei-ros?Alm de absolutamente

    previsvel, esta generaliza-o abstravel num filme

    que obviamente no prima pela histria, e sim pelo visual. E que visual. As ce-nas de ao so verdadeiras obras de arte, as tomadas so estonteantes, e o Rio parece mais lindo que nun-ca (grande parte foi filmada em Porto Rico, mas abafa o caso). As cenas inicial e fi-nal j valem o filme. O ra-

    cha com carros de polcia pelas ruas cariocas tambm irreprensvel embora fi-que aquela curiosidade para saber onde eles encontram ruas vazias por aqui.Dwayne The Rock Jo-

    hnson, a cerejinha que falta-va ao bolo de testosterona, arrebenta no papel de Luke Hobbs, o tpico agente do FBI disparador de frases de efeito. Uma bela escolha de personagem, afinal, quem melhor que o Rock para segurar o Viesel? A ideia deles brigando mano a mano causa certo assober-bamento seria o princpio de uma hecatombe nuclear? -, mas no que os bomba-des tm mais qumica que

    Tom Hanks e Meg Ryan? O personagem de Hobbs, ali-s, praticamente inutiliza os adorveis olhinhos verdes de Brian, que retorna bobi-nho, bobinho.Falando em bobinho, o ro-

    mance entre Brian e Jordana outro papo que simples-mente no cola dessa vez. Se a ideia nos solidarizar

    com o drama dos dois que, coitados, PRECISAM roubar milhes de dlares para sustentar uma criana -, ela falha. Sem contar que Jordana, amiga, est na hora de abrir essa boquinha e co-mer um pretzel. A interao entre Elena (a nica policial no-corrupta do Rio, apa-rentemente) e Hobbs, em-bora forada, pelo menos um pouco mais caliente.Tiradinha sarcstica aqui,

    cofre desgovernado acol, Velozes & furiosos entrega o que promete: ao. Os furos com a populao carioca devem passar des-pecerbidos l fora, e a gente pelo menos saiu bonito na foto. Em termos de filme

    de ao, o nico pecado mesmo o tempo. Com 130 minutos de durao, o filme cansa os olhos e a pa-cincia at dos maiores fs do gnero. Furiosos eles at esto, mas podiam ser bem mais velozes.

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    tAA de portugAl

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  • Orevista em-linha das

    comunidades portuguesasSemanal Portugus