revista contexto #8

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Ano III • Nº 8 • R$ 5,00 Nov/Dez. 2012 revistacontexto.com A nova geração de empreendedores Nos últimos anos, o número de empresas no Vale do Aço duplicou. Conheça o perfil dos profissionais autonômos que estão mudando o mercado de trabalho e diversificando a economia regional. . Pavimentação da MG-760: caminho para o desenvolvimento . Entrevista com o ex-ministro Franklin Martins: “A imprensa se acha” . Turismo: as belas paisagens de Ibitipoca . Saúde: a terapia da hipnose Felipe Mazzoco, 26 anos, engenheiro industrial: em apenas três anos no mercado, sua empresa já foi responsável por quase 30 obras

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Revista COntexto numero 8

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Page 1: Revista COntexto #8

Ano III • Nº 8 • R$ 5,00Nov/Dez. 2012revistacontexto.com

A nova geração de empreendedores

Nos últimos anos, o número de empresas no Vale do Aço duplicou. Conheça o perfil dos profissionais autonômos que estão mudando o

mercado de trabalho e diversificando a economia regional.

. Pavimentação da MG-760: caminho para o desenvolvimento

. Entrevista com o ex-ministro Franklin Martins: “A imprensa se acha”

. Turismo: as belas paisagens de Ibitipoca

. Saúde: a terapia da hipnose

Felipe Mazzoco, 26 anos, engenheiro industrial:

em apenas três anos no mercado, sua empresa já foi responsável por quase

30 obras

Page 2: Revista COntexto #8

Nossa relação com o cliente já começa pelo nome. Consideramos você um parceiro de negócio e prezamos por isso. Aqui, você vai entender o que é um ello que realmente está conectado com seus objetivos e a conquista dos melhores resultados.

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Page 3: Revista COntexto #8

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EDIÇÃO Nº 8 NOV/DEZ. 2012

06 • NOTAS DA REDAÇÃO12 • ENTREVISTA

Franklin Martins, jornalista e ex-ministro do governo Lula, fala sobre a importância do marco regulatório

das Comunicações

16 • INFRAESTRUTURAEmpresários explicam como a pavimentação da MG

760 trará ganhos logísticos e permitirá que o Vale do Aço conquiste novos mercados

20 • PENSANDO BEM 22 • CAPA

Nos últimos anos, houve um boom de abertura de empresas no Vale do Aço.

Conheça alguns dos empreendedores que estão transformando o mercado de trabalho na região

28 • SAÚDEA terapia através da hipnose

32 • TURISMOIbitipoca, terra de belas paisagens

Revista Contexto é uma publicação da Ideia & Fato ComunicaçãoRua Padre Zanor, nº 9, sala 102 - Centro, Timóteo / MG

Edição: Márcio de Paula e Roberto SôlhaRedação: Bruno Granato, Charley Fernandes, Jakson Goulart, Mariana Penna, Roberto Sôlha e Rudson Vieira

Fotos: Grão FotografiaDiagramação: Priscila Ferreira / www.eladesign.com.br Impressão: Gráfica DamascenoComercial: Márcio de Paula • (31) 8759 8356 e Roberto Sôlha • 9629 5994

COMENTÁRIOS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: [email protected]

w w w.revistacontex to.com

FAZER PARTE DO SEU DIA A DIA. ESSA É A NOSSA ESCOLHA. APERAM. HÁ 68 ANOS, TODOS OS DIAS COM VOCÊ.

PRESENÇA

No campo, no trabalho, nas ruas ou na sua casa, a Aperam está sempre ao seu lado. Nossos produtos – os aços inoxidáveis, elétricos e ao carbono –, estão nos grandes projetos e nos detalhes dos objetos do seu dia a dia. Desde o começo, nossa escolha foi estar presente e influenciar a vida das pessoas e das comunidades. Hoje, completamos 68 anos de histórias e conquistas e não poderíamos deixar de compartilhar mais esse momento com você.

36 • GASTRONOMIA As confrarias que reúnem amigos

em torno da paixão pela gastronomia

38 • URBANIDADES40 • FOTOGRAFIA

O trabalho de Rodrigo Zeferino na exposição Natureza

e Transformação

42 • OPINIÃO44 • SOCIAL

Page 5: Revista COntexto #8

FAZER PARTE DO SEU DIA A DIA. ESSA É A NOSSA ESCOLHA. APERAM. HÁ 68 ANOS, TODOS OS DIAS COM VOCÊ.

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Recentemente, o Gasoduto do Vale do Aço – rede de gás natural com 331 quilometros de ex-tensão que liga São Brás do Suaçui a Belo Oriente, passando por 17 municípios mineiros, completou dois anos de operação. Cerca de 1,3 milhão de me-tros cúbicos de gás natural passam pela rede, dia-riamente, para abastecer as indústrias da região. “O gasoduto Vale do Aço foi o maior projeto executado pela Gasmig e a maior obra de gasoduto de distri-buição do país. A chegada do gás natural ao Vale do Aço garantiu competitividade às suas indústrias e deverá atrair novos empreendimentos para os mu-nicípios localizados ao longo do traçado da rede”, avalia o presidente da Gasmig, João Vilhena. Desde que entrou em operação em setembro de 2010, as principais indústrias e estabelecimentos da região já aderiram ao gás natural, energético mais compe-titivo e o menos poluente dos combustíveis fósseis.

Em dois anos, o mercado do Vale do Aço supe-rou, em termos de consumo de gás, o mercado da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Hoje, a região consome 43% da quantidade total distribuída pela Gasmig, contra 37% da RMBH.

O mercado do Vale do Aço tem fôlego para con-sumir muito mais. A Gasmig está negociando con-tratos adicionais com as indústrias da região para oferecer, já em 2013, mais 700 mil metros cúbicos de gás natural por dia. Projeções da companhia in-dicam que a demanda pode triplicar em 10 anos. Na ponta do gasoduto está a unidade industrial da Cenibra, onde a rede foi inaugurada, há dois anos, para permitir a substituição do óleo combustível pelo gás natural na operação dos fornos de cal e caldeiras para a produção de celulose, matéria pri-ma do papel. À época, a Cenibra investiu R$ 6 mi-lhões na adaptação de seus equipamentos, de olho em benefícios ambientais e em ganhos logísticos. “A substituição trouxe benefícios para a região, le-vando em consideração a redução das emissões atmosféricas e do tráfego de caminhões na BR 381”, argumenta o gerente de fabricação da Cenibra, Le-onardo Pimenta. No segmento automotivo, os im-pactos econômicos e ambientais provenientes da utilização do energético, em substituição à gasolina e ao etanol, são ainda mais perceptíveis, razão pela qual a oferta do Gás Natural Veicular (GNV) se tor-nou uma demanda recorrente por parte da popu-lação local. A estratégia da Gasmig de estabelecer corredores de GNV para a rota que leva ao Espírito Santo está próxima de ser alcançada, com a conclu-são das negociações com dois postos de combustí-veis, em Ipatinga e João Monlevade, que permitirão iniciar o fornecimento do GNV no começo de 2013.

GASODUTO DE IPATINGA A MACAÉAlém do gasoduto já existente, o Vale do Aço pode ga-

nhar novos investimentos da Gasmig em 2013. Os governos do Rio de Janeiro e de Minas Gerais planejam construir um gasoduto ligando as cidades de Macaé, no Norte Fluminen-se, a Ipatinga. A proposta de construção da linha, que de-verá ter 400 quilômetros, já foi encaminhada à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Ministério de Minas e Energia. Pela proposta, o gasoduto terá início no distrito de Cabiú-nas, em Macaé, onde existe um desenvolvido em parceria com a Gasmig e a CEG (do Rio de Janeiro). O projeto deve custar US$ 400 milhões (cerca de R$ 800 milhões).

GASODUTO VALE DO AÇO COMPLETA DOIS ANOS DE OPERAÇÃO

06 NOTAS DA REDAÇÃO

Região representa 43% do mercado da

Gasmig e já é o maior consumidor do Estado

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Flexibilidade, qualidade técnica e visão ampla de negócio fazem com que atendamos as ne-cessidades específicas dos clientes nos mais variados ramos e setores:

Page 7: Revista COntexto #8

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Page 8: Revista COntexto #8

A Aperam South America co-memora seus 68 anos valorizan-do sua história, mas com os olhos no futuro. Com a crise na zona do euro, a tímida retomada econômi-ca dos EUA e um mercado externo

cada vez mais atrofiado, é decres-cente a rentabilidade na indústria do aço. A solução seria o mercado interno, mas a alta carga tributária, a complexidade e dificuldade logís-tica prejudicam a competitividade,

principalmente por causa da inten-sa presença da produção chinesa no mercado nacional. Diante des-se panorama, a Aperam expande seu leque de atividades, apesar de o aço produzido na empresa estar

APERAM CHEGA AOS 68 ANOS E APOSTA NOS AÇOS DUPLEX PARA CONQUISTAR NOVOS MERCADOS

08 NOTAS DA REDAÇÃO

Foto

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r aqui seu natal vale mais!

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Empresa investe no desenvolvimen-to dos aços duplex, ideais para a exploração do pré-sal

Page 9: Revista COntexto #8

aqui seu natal vale mais!

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inserido na vida das pessoas através de produtos com inúmeras aplicabili-dades. Atenta às demandas dos seus clientes e investindo constantemente em pesquisa para apresentar produtos inovadores, a Aperam South America se mostra atenta aos movimentos da economia e tem aumentado seu ma-rket share no mercado dos aços du-plex. Os investimentos da empresa tra-duzem essa linha de atuação. Apenas em 2011, a companhia destinou R$ 23 milhões para seu Centro de Pesquisas, aplicados em contratos de tecnologia, equipamentos para os laboratórios e estudos conduzidos em parceria com plantas européias do Grupo Aperam.

Parte desses recursos impacta dire-tamente no desenvolvimento dos aços duplex, cujo mercado nacional está sendo desbravado pela empresa. Ide-ais para a exploração do pré-sal, eles se adéquam às especificações adotadas pela Petrobras, que exige pelo menos 55% de conteúdo brasileiro nos con-tratos da estatal. Resultado da união das melhores características dos aços

inoxidáveis, os aços duplex da Aperam combinam elevada resistência mecâni-ca, imunidade à corrosão sob tensão e boa soldabilidade, propriedades fun-damentais para exploração em águas profundas. O pré-sal motivou a produ-ção em larga escala dos aços duplex na Aperam South America, mas não é o único segmento que pode se benefi-ciar dos atributos desse produto. Além da indústria de óleo e gás, o duplex possui importante aplicação em toda a cadeia produtiva das indústrias de papel e celulose, química e alimentícia.

Em 2009, quando a Empresa iniciou sua produção, todo o duplex utilizado no país era importado. De lá para cá, a fatia de mercado saltou para 10% em 2011 e deve chegar a pouco mais de 60% em 2012. “Esse crescimento va-loriza a cadeia produtiva nacional e comprova a qualidade dos produtos desenvolvidos pela Aperam”, ressalta o consultor de Marketing e Relações Ins-titucionais da Aperam South America, Marco Fuoco.

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Para comemorar o cinquentenário de início de operações da Usiminas, a companhia realizou no dia 26 de outu-bro, em Ipatinga, a solenidade “50 +”, que teve a presença de autoridades como o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, o presidente da Usiminas, Julián Eguren, o presidente do Conselho de Administração da Usi-minas, Paulo Penido, além dos acio-nistas, representados pelo chairman da Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation, Shoji Muneoka, e pelo presidente da Organização Techint, Paolo Rocca.

A cerimônia, que aconteceu no au-ditório do Centro de Desenvolvimento de Pessoal (CDP) da Usina de Ipatinga, teve também a participação dos co-laboradores da siderúrgica e contou com uma homenagem ao grupo de engenheiros conhecido como Samu-rais, que foram os primeiros a viajar ao Japão para um intercâmbio tecnológi-co na época da implantação da usina.

Segundo o presidente da Usiminas, Julián Eguren, a comemoração é um momento importante de reflexão do que já foi conquistado e, ao mesmo tem-po, é um convite a planejar o futuro da empresa. “A Usiminas nasceu como uma usina com capacidade para produzir 500 mil toneladas por ano. Hoje, é o maior complexo de aços planos da América La-tina, com capacidade para produzir 9,5 milhões de toneladas, além de desenvol-ver atividades de mineração e serviços. Precisamos extrair o que essa evolução nos proporcionou e, com espírito inova-dor, construir a Usiminas dos próximos 50 anos, sempre em sinergia com nossos acionistas, parceiros de negócio, colabo-radores e com a comunidade”, afirmou.

Nos últimos cinco anos, a Usiminas empreendeu um ciclo de investimentos de mais de R$ 11 bilhões, voltado para a modernização das unidades fabris e para o aumento da produção de produ-tos de alto valor agregado. “Temos um portfólio de produtos e serviços compa-

tível com o que há de mais moderno no mundo. Nosso desafio agora é colher os frutos destes investimentos. Isso signifi-ca estarmos mais integrados aos nossos clientes e conhecer suas realidades em detalhe para fazermos uma gestão mais eficiente. Isso significa também definir padrões e avaliação da produtividade de cada linha de produção, reduzir o capital de giro e atuar com um intenso progra-ma de controle de custos de produção”, afirma o presidente Julián.

Além dos desafios internos, o cená-rio econômico impõe uma nova reali-dade para o setor siderúrgico mundial. Segundo dados do World Steel Associa-tion, há no mundo um excesso de ca-pacidade de mais de 500 milhões de toneladas de aço. No Brasil, o consumo per capita de aço mantém-se no mesmo patamar desde a década de 80. E as im-portações diretas e indiretas já somam, no 1º semestre de 2012, o equivalente à capacidade de produção da Usina de Ipatinga em um ano.

USIMINAS COMEMORA 50 ANOS DE OLHO NA CONSTRUÇÃO DO FUTURO

10 NOTAS DA REDAÇÃO

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Para o presidente da empresa, o atu-al cenário econômico impõe novos desafios para a siderurgia

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12 ENTREVISTA •FRANKLIN MARTINS

“A IMPRENSA SE ACHA”

Empresários da imprensa, tremei! Franklin Martins vem aí! Como um per-sonagem de Cervantes, o ex-jornalista e apresentador da TV Globo e ex-ministro das Comunicações do governo Lula tem percorrido o Brasil para falar sobre um tema que, apesar de parecer distante para a maioria das pessoas, está muito mais próximo do que podemos pensar: o marco regulatório das Comunicações. Ministro de Lula entre 2007 e 2010, o jor-nalista Franklin Martins esteve em Co-ronel Fabriciano, recentemente, partici-pando de um Congresso de Jornalistas, onde fez uma palestra sobre o marco re-gulatório das comunicações e concedeu entrevista exclusiva à revista CONTEX-TO. A ideia da entrevista era para falar sobre o tema dessa verdadeira cruzada que Franklin Martins vem empenhando Brasil afora, mas sobraram críticas para a imprensa em geral. Ficaram também algumas lições para quem ainda acre-

dita num jornalismo imparcial. E não faltaram ironias, como quando o ex--ministro avalia a imprensa brasileira: “O jornalismo no Brasil é o mais inde-pendente hoje em dia. Independente dos fatos. Publica o que ele quer”.

O anteprojeto do marco regulató-rio das comunicações foi elaborado no final do governo Lula, na gestão de Franklin Martins no Ministério das Comunicações, e antes mesmo de ser apresentado à sociedade, já começou a ser bombardeado pelos empresários da mídia.

Sobram argumentos, de lado a lado. Mas o que está em jogo é mais do que a simples regulação de um setor que tem crescido e se misturado a outros, como a disputa entre as empresas de telefo-nia e as de radiodifusão pela produção e divulgação de conteúdos.

Entre os pontos centrais do marco regulatório defendido pelo ex-ministro,

estão a garantia do direito de resposta; a desconcentração do mercado; a pro-moção da cultura nacional e regional; a implantação de cotas nacionais em todas as plataformas; a valorização da produção independente; a separação entre distribuição e produção; e a uni-versalização da banda larga. Ou seja, isso diz respeito a todos nós.

Franklin Martins rebate qualquer insinuação de que o marco regulató-rio seja um atentado à liberdade de imprensa ou de expressão. “Isso é con-versa pra boi dormir”, descarta. A ideia, conforme Franklin Martins, é acabar com o verdadeiro “faroeste caboclo” que existe hoje na área da comuni-cação. “É um vale-tudo, um cipoal de gambiarras, cada um faz o que quer, com seus laranjas, e não existe órgão pra regular”, posiciona-se. Confira os principais trechos da entrevista conce-dida ao jornalista Jakson Goulart:

Franklin Martins, ex-Globo e ex-ministro de Lula, defende a regulação das Comunica-ções e diz que imprensa vive “drama existencial” e sofre com crise de credibilidade

Entrevista a Jakson Goulart

Para que serve a regulação dos meios de comu-nicação, e o que isso tem a ver com a vida das pessoas?

Os meios eletrônicos – tanto radiofusão quan-to a telefonia, usam o espectro eletromagné-tico, que é um bem público, escasso. Usam no sistema de concessão. Em todo lugar do mundo, e no Brasil também, a concessio-nária tem que cumprir uma série de obri-gações – a oferecer serviços, a cumprir prazos, a atender melhor –, no mundo inteiro tem regulação, nos EUA, na Eu-ropa, na América do Sul. Só no Brasil que se cria esse negócio de que a re-gulação é um atentado à liberdade de imprensa, mas em todo lugar tem isso...

Existe, então, uma tentativa de se confundir a opinião pública

nessa discussão? A que o se-nhor atribui essas resistên-cias?

Eles querem interditar o de-bate. A imprensa no Brasil – uma série de grupos –

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tem o hábito de não aceitar que se discuta nada da imprensa e o seu papel, como se a imprensa não pudesse ser discutida, como se estivesse acima de tudo. No fundo, uma parte desses grupos da imprensa quer comandar o Brasil sem voto. Comandar como fizeram por muitos anos, até o go-verno Lula, quando pararam de comandar. Eles estão de mal com o mundo, e querem interditar esse debate. Mas é indispensável fazer uma repactuação e uma re-gulação, porque estamos vivendo num processo de convergência de mídias, onde a diferença entre a radiodifusão e a telecomuni-cação é cada vez menor. Senão, a radiodifusão vai acabar sendo engolida pela telecomunicação. Os meios – as empresas –, co-bram “proteção” em relação às empresas de telecomunicação, mas não querem dar espaço para rádios comunitárias, por exem-plo. Não é incoerente?

Existem três hipóteses. Em primeiro lugar, não se faz nada e o mercado resolve. Se fizer isso, a radiocomu-nicação será engolida pela teleco-municação, que fatura 13 vezes mais. A segunda hipótese, que eu acho que é o que as grandes redes querem, é o que eu chamo de “ra-chuncho”: reunir os interessados e envolvidos em telecomunicação e radiodifusão com funcionários do Ministério das Comunicações, e fazer um acerto, um acordo entre quatro paredes. No passado, isso até que era possível, mas hoje, não, o Brasil é grande demais para aceitar isso, é um país muito mais democrático...

Como evitar, então, que essa de-cisão seja tomada entre quatro paredes?

É a terceira hipótese: é preciso fa-zer uma discussão no Congresso. A regulação terá que sair de uma lei específica, aprovada pelo Con-gresso Nacional, com a participa-ção da população.

E qual seria o papel do governo nesse processo?

De liderar. O governo tem que li-derar.

Por que o governo ainda não fez uma ação mais incisiva para aprovar a regulação?

Não sei, eu não estou mais no go-verno.

Desde sua época de ministro, o senhor mesmo sempre se em-penhou muito para viabilizar a regulação. Mas o que tem sido feito, de concreto?

Não posso responder essa ques-tão. Mas digo que, se o governo não liderar, não teremos uma pac-tuação, e muito menos uma dis-cussão aberta e transparente. Ou vamos para o mercado, ou para o “rachuncho”. Por isso o governo tem que liderar.

O Vale do Aço é a segunda Região Metropolitana de Minas e uma das regiões mais desenvolvidas. Temos três jornais diários, várias emissoras de TV e de rádio, o que é muito para qualquer região. Mas não existe uma polifonia, são sempre as mesmas fontes, as mesmas informações, os mes-mos patrocinadores. O que a so-ciedade pode fazer para romper esse tipo de manipulação, para que mais vozes possam ser ouvi-das no noticiário dos nossos jor-nais, rádios e TVs?

O simples fato de sociedade se sentir incomodada com essa falta de polifonia, com essa situação de todos falarem a mesma coisa, já é um sinal de que as coisas es-tão mudando. Até 30 anos atrás, isso não incomodava, porque, na verdade, a imprensa era homogê-nea, mas no mau sentido. Hoje as pessoas querem pluralidade, que-rem ouvir outras vozes. A partir do momento que o Vale do Aço per-ceber isso, é sinal de que vai surgir uma coisa diferente.

O senhor não acha que os sindi-catos e entidades ligadas às co-municações deveriam, também, participar mais desse debate?

Claro que sim. Os sindicatos, as en-tidades, os partidos... Essa discus-são interessa a todos. Essa questão está entrando agora na agenda, não porque o presidente Lula quis, mas é uma exigência da realidade, da democracia. Essa uniformização excessiva, a falta de pluralidade, in-comoda muito, por isso a socieda-de também está se mobilizando. Isso é sintoma de que as discus-sões estão maduras. Acredito, sin-ceramente, que nos próximos anos vamos resolver isso.

O senhor acha que essa resis-tência, essa reação, é a mesma enfrentada pela Comissão da Verdade?

Não, são coisas diferentes. Mas sempre tem reação. Toda pro-posta transformada gera reação, não necessariamente das mes-mas pessoas. Mas o que eu acho é que houve um tempo em que eles conseguiam interditar o de-bate, hoje eles não conseguem. A sociedade quer o debate, ele vai acontecer, só não podemos dizer como vai acontecer, quanto tem-po vai demorar. Mas a regulação vai sair, madura.

A solução que o senhor defende, então, como já disse, não é nada além e nada aquém do que prevê a Constituição?

Exatamente, mas temos que con-siderar que há coisas que vão além, porque não estavam previs-tas, como a convergência de mí-dias, mas os grandes princípios, os conceitos, estão na Constituição.

Como o senhor avalia o nível atu-al da imprensa brasileira?

Tecnicamente, nossa imprensa é muito boa, mas vive um drama existencial. Os principais jornais e algumas emissoras de TV pos-suem uma enorme capacidade técnica de fazer jornalismo, mas, no fundo, o que eles querem é controlar o Brasil. Uma coisa o Brasil já deixou claro: para coman-dar o país é preciso ter voto, não precisa fazer jornal, fazer revista, fazer televisão, isso é outra coisa.

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CONTATOS: 31. 3823 4023 Área das Indústrias, 400 • Bom Retiro - Ipatinga / MG

[email protected]

A Fábrica de Estruturas Metálicas e Caldeiraria (FAEMES), atua desde 1994 no mercado de Ipatinga e preza pela qualidade e excelência ao atender as demandas de cada projeto. Localizada numa área de 2500 metros quadrados, a FAEMES possui estrutura e capacidade técnica e operacional para atender seus clientes conforme os prazos estipulados, oferecendo recursos para execução de qualquer projeto que necessite de soluções em ferro e aço.

Clientes: USIMINAS, FSFX, INSTITUTO CULTURAL USIMINAS, CAMARGO CORREA, UNIGAL, IPÊ RECANTO CLUBE

14 ENTREVISTA

Estamos vivendo uma crise de cre-dibilidade?

Brutal, brutal. Vivemos uma crise bru-tal de credibilidade da imprensa por-que uma parte dela – volto a dizer, os “jornalões”, as grandes redes – está querendo ir além das suas chinelas e comandar o País, sem levar em conta que todo poder emana do voto.

Isso é golpismo da imprensa?

Não, isso é uma bobagem. Eu não acho que a imprensa tenha esse po-der todo. Imprensa não tem força nenhuma para dar golpe. Não exis-te aquele negócio do PIG – Partido da Imprensa Golpista. Eu até brinco, e digo que está mais para o PIOR – Partido da Imprensa de Oposição Ressentida. É só ressentimento pela mudança de rumos do país.

A regulação seria um caminho para melhorar essa situação? Que ou-tros instrumentos a população teria para se “defender” dessa imprensa que o senhor tanto critica?

O principal ambiente já está dado, que é a democracia.

Nesse cenário, ainda é possível acreditar em algum tipo de jorna-

lismo isento, independente, im-parcial?

Sim. O bom jornalismo busca a isen-ção. Não quer dizer que ele consiga ser isento, porque é muito difícil ser isento 24 horas por dia, 30 dias no mês, 365 dias no ano. Mas o bom jor-nalismo busca, sim, a isenção. E ao buscá-la, ele faz a busca da notícia com equilíbrio.Buscar a isenção é como buscar a fe-licidade. Nós não conseguimos ser felizes 365 dias no ano, no entanto, não renunciamos à busca da felici-dade; se renunciarmos, seremos in-felizes. O jornalismo que renuncia da isenção será parcial. Quem bus-ca a isenção talvez não consiga ser isento, mas essa busca receberá do leitor, do ouvinte, do telespectador, o reconhecimento de que você está buscando um equilíbrio, procuran-do entregar uma boa informação, e fazer um debate público qualificado, sem manipulações. Na época em que o senhor era mi-nistro, depois de deixar a bancada do Jornal da Globo, como era a re-lação com a grande imprensa – tipo Veja, Folha –, com as pressões e com os consensos e crises fabrica-dos pela imprensa? Como se dá esse embate nesse nível?

A maioria dos órgãos de imprensa era hostil ao governo, ao presidente Lula, aliás, um direito que eles têm. No entanto, o governo produzia no-tícias importantes, fatos positivos, e melhorava a vida das pessoas. Essa imprensa ficava o tempo todo di-zendo que o Brasil ia mal, que estava ladeira abaixo, enquanto nós estáva-mos procurando, o tempo todo, mos-trar que o país estava progredindo e se desenvolvendo. A população foi percebendo a diferença. Manchete de jornal pode ser muito bem feita, pode ser muito forte, mas não é mais forte que a experiência das pessoas. Se as pessoas sentem que a vida de-las está melhorando, mas o jornal diz que a vida dela está piorando, o que elas vão fazer? As pessoas vão deixar de acreditar no jornal, que é o que está acontecendo. As grandes redes de TV, as grandes revistas e os gran-des jornais fizeram campanha siste-mática contra o presidente Lula por oito anos, mas ele saiu do governo com 87% de aprovação popular. Essa é a força.

E quanto a essa história de que a imprensa é o quarto poder, isso procede?

Isso é balela. A imprensa se acha.

“Manchete de jornal pode ser muito bem feita, pode ser mui-to forte, mas não é mais forte

que a experiência das pessoas”

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CONTATOS: 31. 3823 4023 Área das Indústrias, 400 • Bom Retiro - Ipatinga / MG

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Page 16: Revista COntexto #8

16 INFRAESTRUTURA

PRESTES A SE TORNAR REALIDADE

A pavimentação da MG 760, sempre vista com des-confiança, agora parece que finalmente irá sair do papel. No dia 24 de outu-bro, foi assinado o contrato das obras entre a empresa vencedora da licitação e o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) de Mi-nas Gerais. Mas, por causa do período chuvoso que se estende de novembro a fe-vereiro, as obras só devem

Após décadas de falsas promessas, a pavimentação da MG-760 enfim parece que irá sair do papel. Saiba como a reestruturação da estrada permitirá abrir o caminho do desenvolvimento econômico do Vale do Aço rumo a Zona da Mata, uma das regiões mais prósperas de Minas

Por Bruno Granato

Em Cava Grande, o trecho onde termina o asfalto e se inicia o acesso

a MG-760; ao lado, o mapa com o percurso da rodovia

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ZONA DA MATA E VALE DO AÇO: POTENCIALIDADES

começar de fato no início de 2013. Com orçamento estimado em R$ 134 milhões, a pavimentação está previs-ta em dois lotes. O primeiro, com 64 km de extensão, inicia-se na BR-262, em Rio Casca, passa próximo a São José do Goiabal, às margens do Par-que Estadual do Rio Doce (PERD), e termina no distrito de Cava Grande, em Marliéria.

Ainda em Cava Grande começaria o segundo lote, estimado em 21 km e planejado para passar pelo bairro Licuri, em Timóteo, até o entronca-

mento da BR-381, nas proximidades do bairro Amaro Lanari, em Coronel Fabriciano. Criada para ligar Timóteo a São José do Goiabal, encurtando as distâncias entre o Vale do Aço e a Zona da Mata, a MG-760 iria beneficiar a economia das duas regiões. Entre-tanto, a rodovia encontra-se em pés-simas condições. A estrada teve sua terraplanagem iniciada na década de 1980 e, além de ligar as duas regiões e dar acesso ao PERD, o objetivo da via era escoar a produção de carvão das siderúrgicas do Vale do Aço. Por des-

caso do governo estadual, a via que possibilitaria o crescimento econô-mico para vários municípios acabou sendo motivo de falsas promessas eleitoreiras. Desde o primeiro manda-to de Nilton Cardoso, há 25 anos, uma sucessão de políticos se comprome-teu a “levar o asfalto” à MG-760. Esbu-racada e em péssimas condições para o tráfego de veículos, a pavimentação da estrada tornou-se uma lenda que, literalmente, só existe no papel: nos arquivos e mapas do governo estadu-al, ela consta como asfaltada.

Uma vez pavimentada, a MG-760 abriria caminho para novas perspectivas de desenvolvimento através da integra-ção entre o Vale do Aço e a Zona da Mata, duas regiões de rico potencial econômi-co. A MG-760, por meio do eixo Viçosa/Ponte Nova com o Vale do Aço, poderá receber o fluxo de todo trânsito da BR-262, se tornando a opção mais viável rumo à Zona da Mata. Este traçado será um atalho em direção a uma das econo-mias mais sólidas, dinâmicas e estrategi-camente localizadas do Estado. A Zona da Mata mineira representa 7,6% do PIB de Minas Gerais, mais que o dobro do Vale do Aço, correspondente a 3,56%. Na Zona da Mata, a agricultura, a pecuária e

a indústria possuem papel importante. No setor agrícola, destacam-se a agroin-dústria de produtos derivados do leite, a fruticultura, produtos hortigranjeiros, além da produção avícola, suinocultura e pecuária leiteira.

Na indústria, a força está no setor de confecções (têxtil, malhas, meias, ves-tuário, calçados, bolsas e cintos) e nos setores metalúrgico, de construção civil e moveleiro. A região é cortada por im-portantes rodovias federais, tais como BR-040, BR-116, BR-262, BR-267 e BR-482. Diferentemente da Zona da Mata, a eco-nomia do Vale do Aço gira em torno do setor industrial, com destaque para o si-derúrgico, metal-mecânico e produção de celulose. Com capacidade produtiva de milhões de toneladas, a Usiminas, Aperam e Cenibra encontram no escoa-mento da produção um dos maiores en-traves para serem mais competitivas.

A localização estratégica do Vale do

Aço, que deveria facilitar o transporte de produtos não só para a Zona da Mata, mas para todo o Brasil, não é aproveitada em sua totalidade pela má condição das estradas que passam pela região. Se há algo que pesa nos custos de produção e impede as empresas do Vale do Aço de serem ainda mais competitivas, são os problemas enfrentados na hora de esco-ar a produção, sempre pela BR 381. Para Luciano Araújo, presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), a pavimentação da MG-760 seria uma via de escape estraté-gica. “O Vale do Aço possui todas as con-dições para tornar-se o principal vetor de desenvolvimento no Leste Mineiro. Temos fonte de energia acessível com o gasoduto, mão de obra qualificada com o Senai, mas o que nos falta são estradas para escoar nossa produção. A MG-760 vai ajudar a sanar essa situação”, reforça Luciano.

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TURISMO ECOLÓGICO

Outro setor que poderia ganhar força com a pavimentação da estrada é o turismo eco-lógico em Marliéria. Com o investimento, o PERD estaria mais acessível para receber turis-tas interessados em conhecer uma das maio-res remanescentes de Mata Atlântica de Minas Gerais - e desconhecida pela maioria da popu-lação da Região Metropolitana do Vale do Aço.

Os 36.970 hectares da unidade de conser-vação abrigam, entre outros recursos naturais, o maior complexo lacustre nacional, com 40 lagoas, 468 espécies animais e outras 1.129 vegetais, algumas ameaçadas de extinção. Embora aberto ao público, a visitação no local é baixa, prejudicada pela estrada esburacada que dá acesso ao parque.

ZONA DA MATA, UMA REGIÃO EM FRANCOCRESCIMENTO

A Zona da Mata possui uma localização privilegiada: faz fronteira com as mesorregiões mineiras do Sul/Sudeste, com o Vale do Rio Doce e com a Região Metropolitana de Belo Hori-zonte, além de estar na divisa com os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Logisticamente a região é estratégica, sendo cortada pela BR- 040 e pela ferrovia da MRS Logística, contando ainda com suporte de um porto seco e um aeroporto regio-nal que opera cargas e faz pequenos vôos comerciais. A região possui cerca de 2,2 milhões de habitantes distribuídos em 142 municípios, com destaque para Juiz de Fora, Ubá, Ponte Nova, Manhuaçu, Viçosa e Muriaé.

Juiz de Fora continua sendo a que mais atrai indústrias e negócios. Atualmente, a cidade se encontra em um fluxo de de-senvolvimento no setor industrial, com investimentos recentes de empresas como Mercedes, Codeme, Brafer, Açotel, Votoran-tim e Arcelor Mittal. Embora a indústria esteja concentrada em Juiz de Fora, outros pólos importantes vêm se desenvolvendo. É o que mostra a confecção de roupas em São João Nepomu-ceno e Muriaé, o circuito do queijo em Rio Pomba, a avicultura, suinocultura e a indústria de suco de frutas em Visconde do Rio Branco. Vale destacar também a produção de móveis em Ubá e em sete municípios vizinhos que formam um dos principais pólos moveleiros do país, formado por 450 empresas que em-pregam 45 mil funcionários.

18 INFRAESTRUTURA

JUIZ DE FORA: Pólo industrial, cultural e universitário UBÁ: É o terceiro Pólo moveleiro do país e o maior de MinasMURIAÉ: Comercio, prestação de serviços e indústria.MANHUAÇÚ: Pólo de Agricultura (Produtor de café)VIÇOSA: Pólo Universitário (Universidade Federal de Viçosa, tida como dos mais importantes centros de estudos agronômicos da América Latina).CATAGUASES: Pólo cultural e Pólo da Industrial de tecidos. PONTE NOVA: Suinocultura

ZONA DA MATA

VALE DO AÇO

IPATINGA: Indústria Siderúrgica e Metal-mecânicaCORONEL FABRICIANO: Comércio e Prestação de Serviço TIMÓTEO: Indústria Siderúrgica (Aço Inoxidável) BELO ORIENTE: Indústria de CeluloseMARLIÉRIA: Turismo Rural e Ecológico

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EMPRESÁRIOS DESTACAM GANHOS LOGÍSTICOS Enquanto a obra não sai do

discurso, empresários do Vale do Aço argumentam que as péssimas condições da MG-760 inviabilizam a busca de novos mercados e o fortalecimento dos já existentes. Enfrentando mercados cada vez mais compe-titivos, as empresas buscam re-duzir os custos ao máximo para manterem o caixa equilibrado. A pavimentação da MG-760 iria de encontro a esse objetivo. Além de reduzir o trajeto em 40 km, a estrada é mais plana, per-mitindo um traçado rodoviário mais agradável, ágil e seguro.

Para Jorge Damasceno Jú-nior, da Gráfica Damasceno, lo-calizada em Coronel Fabriciano, a condição precária da MG- 760 é o principal empecilho para a prospecção de novos clientes na Zona da Mata. No caso da indústria de embalagens, a atu-ação comercial não permite ul-trapassar a distância de um raio de 300 quilômetros devido ao custo de transporte versus valor agregado. “Com a pavimentação da MG-760, estaríamos aptos a aproximar melhor nossas em-presas de algumas cidades da região da Zona da Mata, o que aumentaria a possibilidade de novos negócios. O setor da in-dústria gráfica não é diferente dos demais: cada vez mais te-mos que reduzir o tempo para realizar grandes trabalhos e atender as necessidades do cliente. Se gastarmos menos tempo na logística, teremos mais condições de competir”, destaca o empresário.

Por sua vez, Roner Cimam Mesquita já sente no bolso o quão prejudicial é o descaso com a MG-760. Proprietário de quatro lojas de móveis e ele-trodomésticos em Timóteo e Coronel Fabriciano, Roner en-frenta elevados gastos com logística para comprar seus produtos em Ubá, Rodeiro e Visconde Rio Branco, cidades que integram um dos maiores pólos moveleiros do país. Atu-almente, os valores com frete correspondem a 6% do valor fi-nal dos produtos vendidos por Roner. Se a MG-760 fosse asfal-tada, estes custos reduziriam pela metade, indo para 3%. “A pavimentação da estrada seria um marco para o setor move-leiro do Vale do Aço. Hoje, so-mos grandes consumidores da Zona da Mata. Para se ter uma idéia, 60% dos meus produtos são dessa região. Com a redu-ção dos custos, os consumido-res teriam móveis mais baratos, maior variedade e mais novida-des”, enfatiza Roner.

Para Alexandre Torquetti Junior, diretor da Emalto Indús-tria Mecânica, a pavimentação da via impactaria naturalmente em melhores preços. Com pre-tensões de conquistar o merca-do na Zona da Mata, a empresa vê principalmente em Juiz de Fora um grande potencial. “Na maioria dos casos em que dei-xamos de fazer negócios com algum cliente dessa região, fo-ram justamente as diferenças de preços que pesaram na ba-lança”, explica Torquetti.

A pavimentação da MG-760 facilitaria a prospecção de novos mercados também por parte das empresas da Zona da Mata. Para Francisco Campolina, presidente da FIEMG da Zona da Mata, a pa-vimentação da MG-760 seria ex-tremamente estratégica. “Do Vale do Aço, compraríamos o aço e o inox a um preço mais em conta,

e esse produtos poderiam incre-mentar vários setores da nossa economia, como a construção civil e a indústria metal mecâni-ca . Por outro lado, estaria sendo aberto um mercado consumidor com grande potencial para nossa tradicional indústria de bens de consumo, como móveis e carne suína”, destaca Campolina.

VIA DE MÃO DUPLA

Junior Damasceno argumenta que

a pavimentação permitira melhor competitividade

“A estrada facilitaria a logística e reduziria custos”,

ressalta Alexandre Torquetti Jr.

Francisco Campolinha, da FIEMG Zona da Mata: “a integração entre as duas regiões significa a prospecção de novos clientes”

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Quanto mais a sociedade se tornar letrada, culta, mais chance teremos de contribuir para um diálogo que ajude na eficácia dos direitos humanos. Além da formação de valores, devemos partir do pressuposto de que a contribuição da educação é fundamental para refletir sobre os horrores contra a humanida-de na gestão dos Estados Totalitaristas (Nazista e Fascista), ou até mesmo nas ditaduras do Brasil e da America Latina. Nesse sentido, o Conselho Nacional de Educação, na resolução nº1, de 30 de maio de 2012, deu um grande passo exi-gindo que todas as escolas da educação básica e do ensino superior considerem a educação em direitos humanos como tema transversal.

A resolução explicita que os direitos humanos deverão ser considerados nos projetos pedagógicos, nos regimentos escolares, nos planos de desenvolvi-mento institucionais, nos programas pedagógicos das instituições de ensi-no superior e nos materiais didáticos e pedagógicos. O reconhecimento de que a Declaração Universal dos Direi-tos Humanos de 1948 estabeleceu um

novo paradigma ético mostra o quanto se evoluiu em defesa da dignidade, eixo norteador do documento das Nações Unidas. O tema dos direitos humanos, como parte de material didático a ser estudado nas escolas, ajuda a manter na ordem do dia a discussão sobre as de-sigualdades sociais e econômicas, o pri-vilégio das elites políticas e a arbitrarie-dade de autoridades ligadas ao sistema jurídico. As discussões, que foram alvo de perseguição de muita gente ligada às escolas, às igrejas, aos sindicatos e à política, agora se tornam lei que deve ser implementada nos educandários e academias brasileiras.

Quanto mais o assunto for discutido, mais teremos avanço na mentalidade da sociedade. Embora as democracias modernas sejam uma realidade no mundo contemporâneo, não é possível compreender o progresso econômico, social e cultural sem a participação e a liberdade de expressão. Mas também não se pode admitir no ideal democrá-tico a corrupção que tem dominado a esfera pública em nosso país. Ao discu-tir direitos humanos, também abrimos

as portas para o debate sobre a relação ética que perpassa todos os meandros da sociedade. A educação tem uma im-portância singular na divulgação dos princípios da Declaração dos Direitos Humanos, sobretudo o respeito à dig-nidade humana e às diferenças. A tole-rância com as diferenças culturais foi o sustentáculo de uma sociedade ideali-zada nos séculos XVII e XVIII que se fez presente na Declaração dos Direitos Hu-manos de 1789, retomando-se os ideais da Revolução Francesa nos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

O reconhecimento da dignidade humana está em quase todos os tra-tados internacionais e se faz presente também na Constituição Federal Brasi-leira e no Programa Nacional de Direi-tos Humanos. Enfim, quando falamos desse tema, devemos compreender que a dignidade é valor para todos os povos sem qualquer distinção de etnia, cor da pele, condição de saúde física e mental, nacionalidade, sexo, faixa etá-ria, classe social, profissão, opinião po-lítica, religião, julgamento moral e nível de instrução.

Pensando bemSérgio Pedro Duarte

Historiador, sociólogo e mestre em [email protected]

DIREITOS HUMANOS NAS ESCOLAS: OBRIGATORIEDADE EM 2012

20 ARTIGO

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22 CAPA

PERFIL EMPREENDEDOR

Geralmente, os empreendedores são vistos como pessoas que nascem com o tino para os negócios, ou que herdaram esse talento de algum fami-liar. O surgimento cada vez maior de empreendedores no Brasil, no entanto, demonstra que a decisão de se tornar um profissional autônomo também é influenciada por outros motivos. Embora a história familiar ainda seja decisiva em vários casos, as pessoas também viram empresários por causa de oportunidades. Sobretudo, o em-preendedorismo vem deixando de ser associado a algo que é nato, mas que pode ser ensinado. Os meios para es-timular a visão empreendedora são muitos.

Além de instituições e agências como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), dedicadas a orientar quem já é ou quem deseja empreender, nos cur-sos superiores o tema é estudado em disciplinas específicas. No curso de Administração, por exemplo, matérias como Empreendedorismo e Gestão de Marketing ensinam a identificar mer-

cados, lidar com finanças e como se inteirar de outros aspectos essenciais para gerir negócios através de uma formação gerencial. Segundo Marle-ne Schettino, professora da disciplina de Empreendedorismo e Gestão de Marketing na Unipac Vale do Aço, é preciso entender que o empreendedor pode ser identificado em pessoas com diferentes perfis. “Há 15 anos, quando eu comecei a lecionar para o curso de Administração, os alunos geralmente almejavam obter formação para traba-lhar nos negócios da família ou então estudar para concurso público e seguir carreira no funcionalismo. Esse perfil mudou bastante: hoje, é comum que o estudante entre na faculdade com a visão de ser dono do próprio negócio”, diz Marlene Schettino, contando que a faixa etária dos alunos também é ou-tra, formada por uma parcela cada vez mais jovem.

“Aquele aluno que trabalha para pagar o curso ainda existe, e geralmen-te são pessoas acima dos 30 anos. Mas o curso de Administração passou a ser ocupado por estudantes da chamada

Geração Z, que possuem um perfil di-ferente por ter nascido após o adven-to da internet. Em resumo, o empre-endedorismo hoje é visto como algo importante não só para quem deseja ser autônomo ou empresário. Nas em-presas, os profissionais com esse perfil passaram a ser valorizados por esta-rem aptos a atuar com uma visão em-preendedora. Esse tipo de profissional, o intraempreendedor, se destaca pela atuação dinâmica, característica de quem decide empreender”, salienta.

No Vale do Aço, o empreende-dorismo cresce em ritmo acelerado, demonstrando que a região também segue uma tendência nacional. Das 7.941 empresas ativas em Ipatinga, 5.108 foram abertas de janeiro de 2009 a julho deste ano (veja box ao lado). Em Timóteo e Fabriciano, aconteceu o mesmo: das empresas ativas, a maio-ria foi aberta nos últimos quatro anos. Para Fabrício Cesar Fernandes, gerente regional do Sebrae, o surgimento ex-pressivo de empresas nos últimos anos pode ser explicada pelo atual cenário macroeconômico. Na sua avaliação,

Cada vez mais jovens, empresários apostam na oportunidade do negócio próprio e contribuem para diversificar a economia

por Roberto Sôlha

Page 23: Revista COntexto #8

o empreendedorismo no Vale do Aço acabou sendo estimulado em pelos impactos da crise mundial na atividade industrial da região. “As grandes empre-sas siderúrgicas enfrentam a crise do aço, mas esse panorama acaba abrin-do perspectivas em outros segmentos. O setor metalmecânico, por exemplo, vem buscando mercado em outras regi-ões, atendendo outras cadeias produti-vas, como a do pré-sal”, pontua Fabrício Fernandes, citando que a crise também estimulou a revitalização dos negócios relacionados à cultura e ao turismo na região, que se desenvolveram mais nos últimos anos com a abertura de mais espaços culturais, bares e restaurantes.

O gerente regional do Sebrae explica também que os novos empreendedores buscam cada vez mais orientações antes de abrir o negócio próprio, evitando que a decisão de ser autônomo seja um “tiro no escuro”. “Os empreendedores surgem basicamente por necessidade ou por oportunidade. No caso da necessidade, a motivação surge quando a pessoa não possui melhores opções de trabalho.

Por sua vez, o empreendedorismo por oportunidade está relacionado àqueles que optam por iniciar um novo negócio, mesmo quando possuem alternativas de emprego. Quando se decide empre-ender nessas circustâncias, geralmente há uma avaliação mais detalhada dos riscos e a elaboração de um plano de ne-gócios para que o empreendimento seja bem sucedido”, diz Fabrício, explicando que, para cada empreendedor por ne-cessidade, há dois por oportunidade.

Essa proporção ilustra que hoje os empreendedores estão cada vez mais precavidos, buscando se capacitar para que seus negócios tenham vida longa. Prova disso é que as empresas fechadas desde janeiro de 2009 até ju-lho de 2012 é inversamente proporcio-nal à quantidade de empresas abertas durante esse mesmo período. Segun-do dados da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF), 408 empresas de Ipatinga encerraram suas atividades nesse período, um mon-tante bem inferior as 5.108 empresas abertas na mesma época.

A nova geração de empreende-dores ouvida pela CONTEXTO tam-bém possui, em comum, a caracte-rística de ter aberto suas empresas logo no início de suas carreiras. To-dos encararam esse desafio antes de chegar aos 30 anos, e alguns deram início aos seus empreendimentos ainda na faculdade. Os personagens dessa matéria demonstram que, com o estudo e a preparação corretos, é possível que seu primeiro emprego seja o de administrar sua primeira empresa. Independente da decisão de ser dono do próprio negócio, as melhores chances do mercado es-tão mais reservadas aos profissionais com perfil empreendedor.

Seja qual for o trabalho, a disposi-ção para desenvolver novos projetos e transformar ideias em resultados sem-pre serão diferenciais importantes no mundo dos negócios. Afinal, o cresci-mento das empresas é estimulado gra-ças aos profissionais que se dedicam ao trabalho como se aquele fosse seu próprio negócio.

CONQUISTAS DE NOVOS MERCADOS

A chance de conquistar novos mercados foi decisiva para que o engenheiro industrial Felipe Mazzoco investis-se no empreendedorismo logo no início de carreira. Aos 21 anos, abriu uma empresa de gerenciamento de projetos. Ao prestar serviço para a indústria regional, Felipe percebeu o dinamismo do mercado. “Eu também trabalhava fichado numa empresa e percebi que poderia conquistar mais se tivesse autonomia e não ficasse restrito à uma área especí-fica”, conta.

Dois anos depois, as boas perspectivas da construção civil o levaram a investir na abertura de uma construtora.

Hoje, aos 26, Felipe já supervisionou 26 obras na região, de igrejas a hospitais e escolas. Atualmente, sua construtora finaliza as obras do Hospital São Camilo (antigo Siderúrgi-ca), em Coronel Fabriciano. O aumento do faturamento da empresa em apenas três anos demonstra que Felipe soube investir no momento certo. “No primeiro ano, faturamos R$ 200 mil e no ano seguinte, R$ 1,5 milhões. Em 2012, a em-presa já faturou R$ 6 milhões, então toda a luta e o sacri-fício que envolve ter a própria empresa vale a pena. Mas é importante que o empreendedor saiba que o seu chefe é o cliente”, conclui.

NÚMERO DE EMPRESAS DOS MUNICÍPIOS CORONEL FABRICIANO, IPATINGA E TIMÓTEO

NÚMERO DE EMPRESAS

Ativas em jul. 2012

Abertas de jan. 2009 a jul. 2012

Encerraram as atividades de jan. 2009 a ju.l 2012

3.205

2.235

109

7.941

5.108

408

2.314

1.475

59

CEL. FABRICIANO IPATINGA TIMÓTEO

Fonte: DECA/DCC/MG/SEF - arquivo julho 2012 /// Elaboração: DGI/DIEF/SAIF/SEF

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CONFIANÇA PARA VENCER A PRÁTICA

Há quase um ano, o casal Rayane Vendelino, 23, e Igor Lima Gomes, 24, administra uma loja especializada em bolsas e artigos femininos. Formados em Administração, eles dizem que a graduação foi fundamental para tomar a decisão de abrir o empre-endimento no início da carreira. Apesar de ambos terem traba-lhado previamente no comércio, o desafio de chefiar o próprio estabelecimento vem sido venci-do graças à formação superior. “Além disso, é preciso acreditar bastante no potencial do negó-cio para superar a luta constante que é trabalhar no comércio. Essa confiança é fundamental para enfrentar a parte prática”, dizem.

SEM ABRIR MÃO DA AUTONOMIA

Os sócios Maxmiliano Gonçalves e Lo-rena Quintão iniciaram o curso de arquite-tura com o anseio de abrir uma empresa. Há mais de dois anos, eles passaram a traba-lhar em conjunto e hoje possuem escritório em Timóteo. Mesmo dividindo-se entre os estudos e outros empregos, Max e Lorena já atenderam 15 clientes através de projetos que atendem da construção civil à indústria. “Nunca pensei em seguir carreira nas indús-trias da região. Meu pai trabalhou durantes anos na siderurgia, mas eu sempre pensei em ter minha empresa por causa da flexibili-dade”, diz Max.

Antes de abrir a empresa, ele e Lorena trabalharam numa grande construtora, per-mitindo que acumulassem a experiência ne-cessária para empreender. “Apesar de pouco tempo de empresa, já percebemos que não iremos abrir mão dessa autonomia. Pode-remos até continuar a prestar serviço em outros lugares, mas sem deixar de ter nosso próprio escritório”, argumentam.

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AD DJAFER

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VISÃOREALISTA

Desde criança, a psicóloga Fabrízia de Araujo Soares se acostumou com a rotina dos pais, donos de um escritório de conta-bilidade. Vendo o esforço que era a admi-nistração de um negócio próprio, Fabrízia sempre teve uma visão menos romântica da vida de empreendedor. “Era comum os meus pais levarem trabalho para casa e até mes-mo dormirem no escritório. Por vivenciar o lado mais realista de ter a própria empresa, soube desde cedo que nem sempre um em-preendedor faz aquilo que gosta. Se ele se concentrar apenas no que gosta de fazer, o negócio não dá certo”, diz.

Há cinco anos, Fabrízia possui uma empresa de Recursos Humanos, área na qual é especializada. A decisão de investir neste segmento se deu logo após formar--se, quando mudou de Belo Horizonte para Ipatinga, onde o marido estava empregado. “Percebi que havia uma lacuna na região e resolvi abrir uma empresa de consultoria e assessoria em RH”, conta. Sua firma presta serviço para empresas de diversos segmen-tos da região.

MAIS CHANCES DE SUCESSO

Aos 29 anos, o engenheiro civil Herlon de Oliveira não poderia estar mais satisfeito com sua situação profissional. Aberta em fe-vereiro, sua empresa soube aproveitar o bom momento da construção civil e já executou projetos para quase 40 clientes. “O retorno foi acima do esperado. Em seis meses de ativida-des, a empresa já havia rendido o que eu leva-ria dois anos trabalhando como empregado”, diz. Com a experiência de ter trabalhado oito anos como técnico em edificações, Herlon sentiu segurança para montar seu escritório de engenharia assim que formasse.

Especializado em cálculo estrutural, uma das áreas mais complexas da engenharia, ele e sua equipe elaboram projetos para clientes do Vale do Aço e de Itabira. “Decidi ser empre-endedor porque sabia que esse era o cami-nho para alcançar as minhas ambições pro-fissionais. Apesar dos riscos serem maiores, as chances de sucesso também são maiores”, observa o engenheiro.

26 CAPA

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FOCO NA CRIATIVIDADE

Quando Neilor Mateus Condé e Herique Assis (d) abriram a Café com Design, ambos tinham pouco mais de 20 anos. Apesar da pouca idade, resolveram empreender “na raça”, apostando no talento dos sócios para competir no mercado de design gráfico regional. Oito anos depois, a empresa ampliou suas atividades e hoje atua também com comunicação e publicidade. Com um portfólio composto por trabalhos para mais de 200 clientes, Herique e Neilor não se imaginam trabalhando como funcionários de outras empresas.

“Como nosso trabalho foi bem aceito, seguimos em frente, mas com uma concepção muito clara de ir con-quistando o mercado aos poucos, com o mesmo nível de dedicação e empenho para todos os trabalhos”, con-tam os sócios. Para eles, evitar dar um “passo maior que a perna” também foi importante para preservar a empresa e resguardar um bem precioso para uma agência de design. “Buscamos ter essa conduta ‘pé no chão’ para evitar situações que atrapalhassem nosso foco. Isso foi importante para cultivarmos nossa criatividade”, dizem Herique e Neilor.

Page 28: Revista COntexto #8

28 SAÚDE

Quando falamos em hipnose, a imagem que nos vem à mente é dos sho-ws de mágica em que pessoas da plateia são convidadas a se submeter aos “poderes” do hipnotizador. Vê-se de tudo: indivíduos comendo cebola achan-do que é uma maçã ou reproduzindo gestos e sons de animais. No entanto, a hipnose não é fruto dessa magia retratada em programas sensacionalistas. Quem nunca se pegou falando com alguém que parece não prestar atenção no que você está dizendo? Isso se explica pelo fato de a entonação da sua voz conduzir o outro ao transe.

por Mariana Penna

DO SOBRENATURAL À CIÊNCIAA hipnose sempre foi retratada como algo místico e sobrenatural, mas você sabia que ela é utilizada no tratamento de doenças?

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Quase todo mundo já experimentou alguma for-ma de hipnose. Pense em alguma vez em que você estava tão concentrado vendo um filme que nem se deu conta quando alguém entrou na sala. Ou quan-do lemos um livro e paramos de perceber o nosso arredor, inclusive não notando barulhos. Esses são exemplos de estados de transe. Todos nós passamos alguns minutos por dia em transe sem saber como, sendo os exemplos infinitos.

“As técnicas de hipnose podem ser usadas por qualquer pessoa, mas ela não é mágica. Ela é natu-ral. É um fenômeno que acontece com todo mundo”, explica o psicólogo Leonardo Morelli. Atuando em Ipatinga desde 1994, Morelli é mestre pelo Centro Eriksoniano do México e se formou em Psicoterapia pela Fundação Milton H. Erikson, em Phoenix (USA), que leva o nome do fundador da Sociedade Ame-ricana de Hipnose Clínica. Milton Erickson (1901-1980) criou várias técnicas modernas de indução conversacional para facilitar o estado da hipnose. A hipnose ericksoniana também é conhecida por hipnose moderna, pelo uso coloquial das palavras. Em uma conversa tradicional ou enquanto se con-ta uma história, a pessoa é levada a um estado al-terado de consciência, facilitando o entendimento, o processamento e a interação inconsciente. Muitas das doenças que se apresentam em nosso cotidiano são resultados de causas mentais ou emocionais. O descontentamento psicológico pode gerar diversos sintomas físicos como, por exemplo, dores ou fobias.

Nestes casos, a hipnose é utilizada como uma das ferramentas do tratamento. Morelli ressalta que os casos mais comuns buscam o combate ao tabagismo, o emagrecimento, a cura de fobias, de-pressão, a ansiedade e as doenças psicossomáticas. Existem profissionais que aplicam as técnicas de hipnose também na medicina, por exemplo, no con-trole da dor, para tratamento de queimaduras, e na pediatria, enurese noturna (crianças que fazem xixi na cama), pesadelos, timidez e inadaptação a meios sociais. Ao contrário do que se conhece a respeito da hipnose, Morelli explica que o método não consiste apenas em dizer ao paciente “você não vai mais ter medo de andar de avião”. O medo é um símbolo do problema e todo sintoma é apenas o ponto de parti-da para o tratamento.

“Que tem medo de andar de avião ou elevador normalmente são pessoas controladoras. Ao se sub-meter a estas atividades, elas não estão no controle da situação. E é aí que entra a aplicação da hipnose”, explica. Segundo o profissional, quando submetida à hipnose, descobre-se que esta pessoa, por exem-plo, teve um pai sem controle nas finanças, o que gerou nela uma insegurança e consequentemente a fobia. “Na verdade, em toda hipnose o paciente está sempre no controle. Não há nada a temer, por-que é um processo completamente seguro quando é usado profissionalmente. O trabalho hipnótico é facilitador na ativação de lembranças e na identifi-cação de hábitos indesejáveis, uma vez que durante o transe a percepção do paciente se encontra mais aguçada”, ressalta o profissional.

O psicólogo Leonardo Morelli explica que a hipnoterapia

é aplicada para males diver-sos: de doenças psicossomá-

ticas ao tabagismo

Page 30: Revista COntexto #8

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Sendo a hipnose uma ferramenta de condução do individuo até uma lembrança ou sensação, em alguns casos, pode ocorrer a situação inversa. Leonardo Morelli conta que certa manhã foi pro-curado por uma de suas pacientes que se quei-xava de uma “sensação estranha, um aperto no peito”. “Neste caso, o pa-ciente está tão focado na dor que é necessário tirá--lo do estado de transe, pois ele pode ser capaz de receber uma boa notícia e não se alegrar com ela. É preciso identificar a lem-brança que acompanha esta sensação e conduzir a paciente de volta, fazen-do com que ele entenda o que está sentindo e traba-lhe dentro de si esta sen-sação, transformando-a em algo positivo ou iden-tificando as maneiras de trabalhar este sentimen-to”, conclui.

CURIOSIDADESSOBRE A HIPNOSE:

1. Os primeiros relatos do uso da Hipnose para tratamento e cura datam do Egito Antigo;

2. Pesquisadores afirmam que ficamos cerca de 10 a 15 minutos por hora em estado de transe diariamente;

3. Caso ocorra um incêndio onde o paciente esteja em transe hipnótico, ele pode ser o primeiro a sentir o cheiro da fumaça, devido à

sua percepção estar mais aguçada; 4. Durante o transe hipnótico, o paciente

não fica inconsciente;5. A hipnose pode ser utilizada no

tratamento odontológico;6. A hipnose pode ser utilizada na reeducação de hábitos como,

o tabagismo e a compulsão alimentar;7. Nem todo paciente precisa de hipnose durante

o tratamento terapêutico;8. O hipnotizado não adormece durante a sessão.

Este fato é comprovado pelo padrão do eletroencefalograma durante a hipnose ser diferente

do padrão durante o sono;9. O paciente não revelará informações que

gostaria de manter em segredo.10. Um dos precursores da hipnose no Brasil é o

Professor Malomar Lund (1917-2009). Em 1978, juntamente com João Francisco Neves e Nara França Chagas, criou o Instituto de

Estudos Psicoterapêuticos (IEPSI), em Belo Horizonte, que hoje se chama Escola

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Page 31: Revista COntexto #8

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Page 32: Revista COntexto #8

32 TURISMO

Terra de belas paisagens

Eu e minha mãe, dona Lilica, decidimos fazer mais uma de nossas viagens para matar saudades, pois moro distante e nos vemos pouco. Optamos pelo Parque Estadual do Ibitipoca, no município de Lima Duarte, a 450 km de Ipatinga. Colocamos os mochilões no carro e pé na estrada. Levamos uma barraca caso não conseguíssemos vaga em alguma pousada ou hotel. Sabe aquela viagenzinha para relaxar, que se torna uma aventura inesquecível? Ibitipoca foi assim.

Sem nenhum planejamento, nem ao menos uma pesquisa na internet, acertamos em cheio a melhor época do ano para visitar Ibitipoca. Viajamos em

maio, quando ainda é outono, fora do período chu-voso, e o lugar não fica abarrotado de turistas. Além disso, a vegetação fica exuberante durante esse período. Achar pousada não foi problema e nossa barraca acabou no porta-malas do carro. A Vila de Conceição do Ibitipoca, que fica a apenas 3 km do Parque, está bem estruturada para o turismo, com hotéis, pousadas, casas para aluguel, restaurantes, bares, lojinhas e tudo mais. Depois de almoçarmos na Vila, rumamos para o Parque. Nos recomenda-ram contratar um guia, mas um mapa simplificado foi suficiente para percorrermos as trilhas com se-gurança, pois são muito bem sinalizadas.

Simples e inesquecível: assim é Conceição do Ibitipoca, porta de entrada para uma das mais encantadoras reservas naturais do país

por Charley Fernandes

Foto

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Page 33: Revista COntexto #8

AVENTURAIniciamos nosso passeio sem grandes expectati-

vas, mas as paisagens do Ibitipoca deixariam encan-tado o mais apático dos mortais. A primeira visão que tivemos, ainda no centro de apoio ao turista, nos deixou mudos por algum tempo, boquiabertos ao avistar um vale com um gigantesco paredão vertical, cuja exuberância era acentuada pelos intensos raios do meio dia. Imaginamos fazer uma caminhada curta e passar uma tarde de piquenique em algum lugar agradável. Mas Ibitipoca nos hipnotizou de tal ma-neira que passamos o resto do dia caminhando pelas trilhas, tomando banhos em lagos e cachoeiras e nos alimentando das belas paisagens e do lanche que ha-víamos levado nas mochilas.

Nossa pequena viagem havia se transformado em uma aventura. Caminhamos 15 km em trilhas íngre-mes e acidentadas, que nos levaram às cachoeiras do Macaco e da Pedra Quadrada, cujo acesso se dá pelo leito de um rio calmo, que corre sobre um lajeado e desemboca num despenhadeiro de tirar o fôlego, onde a água se esvai em fumaça numa grande que-da. Também passamos pelo Lago das Miragens, que, acredito, recebeu esse nome por ficar na base de um paredão e refleti-lo em perspectiva, criando a mira-gem de um profundo abismo. Chegamos até o Miran-te do Gavião, onde a vista é deslumbrante. Passamos pela Ducha e pelo Lago Negro, de beleza sombria, que parece nos levar ao cenário de algum conto de magia. Descansamos na Prainha, de areias brancas e águas calmas, que nos fez esquecer do cansaço e do horário de funcionamento do Parque. Tivemos que correr para conseguirmos sair, já à noitinha, antes da portaria fechar.

Os arco-íris se formam na base

da Cachoeirinha, onde a água esfu-

maça após uma grande queda

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Page 34: Revista COntexto #8

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De volta à Vila, conhecemos a vida noturna local. Andamos por alguns res-taurantes e bares muito aconchegantes. Um boteco bem estranho nos chamou a atenção, o Bar do Zé do Arame, com tira--gostos nas vitrines do balcão, tradicio-nais cachaças com raízes e outras esqui-sitas, curtidas com cobras e escorpiões. Não provamos, é claro. Fomos dormir cedo, pois havíamos decidido que no dia seguinte iríamos ao ponto mais belo e extremo do Parque do Ibitipoca: a Ja-nela do Céu. Planejamos trilhar os 8 km até a Janela do Céu e retornar para a Vila.

Mas novamente Ibitipoca nos envol-veu de tal maneira que ficamos durante todo o dia pelas trilhas do Parque. Além da beleza da paisagem natural, a diversi-dade das flores e perfumes nos entorpe-cia e marcava cada pedaço da nossa ca-minhada com os mais variados aromas. Antes de atingir a Janela do Céu, passa-mos pelo Monjolinho, uma gruta cuja única forma de entrar é mergulhar por uma pequena passagem submersa em um lago. Conhecemos ainda a Cacho-eirinha, muito alta, que leva esse nome pelo pequeno volume de água que for-ma alguns arco-íris em sua queda. Na volta da Janela do Céu, passamos pelo ponto mais elevado do Parque, a Lom-bada, também conhecida como Pico do Ibitipoca, com 1.784 metros de altitude.

Exaustos e felizes, fomos embora no dia seguinte com as experiências mági-cas vividas em Ibitipoca e que iremos compartilhar pelo resto da vida.

A Janela do Céu é o ponto mais extremo, ao norte do Parque do Ibitipoca

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Page 35: Revista COntexto #8

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Page 36: Revista COntexto #8

36 GASTRONOMIA

A alternância de significados e de referências encanta. O vale não apenas é do aço, mas de laços construídos ao redor de uma mesa, à beira de um fo-gão, sobre uma premissa: comungar. Comungar da vida e suas possibilida-des; deleitar-se em sabores, palavras, risadas e olhares. Talheres e mentes afiadas pontuam espaços da região com encontros especiais. São as con-frarias gastronômicas, que há alguns meses têm ganhado força, expandindo cardápios e degustadores. Desde ami-

gos que se reúnem eventualmente em residências, até grupos organizados com local e cardápio determinado, as confrarias se estabelecem como espa-ços de reflexão, descontração e espon-taneidade.

O espaço Na Vila, em Timóteo, há anos é ponto de encontro de grupos que se reúnem para aprender a prepa-rar e degustar especiarias da culinária mundial, bem como para colocar em dia a conversa às vezes suprimida pelo cotidiano. Sob a tutela do chef Álvaro

Couri, formado em gastronomia, duas confrarias de mulheres se encontram uma vez por mês. Álvaro, que também colabora em uma confraria formada por homens, ressalta que “estamos vi-vendo uma explosão de novos conhe-cimentos e sabores e, durante esses encontros, a definição do cardápio e dinâmica dos alimentos gira em torno da gastronomia contemporânea”.

Os encontros envolvem entre 10 a 15 pessoas por grupo e tem, como item recorrente ao cardápio, massas e

Espontaneidade à mesaConfrarias gastronômicas transformam ideias em

sabores e consolidam amizades no Vale do Açopor Rudson Vieira

As integrantes da confraria Dolma

Rosa e o chef Àlvaro: sabores e

descobertas

Page 37: Revista COntexto #8

Espontaneidade à mesafrutos do mar. De acordo com Álvaro, cada grupo tem suas qualidades e as maneiras de percep-ções. “Os homens ficam mais à vontade, querem saber mais sobre o essencial. As mulheres têm uma visão minuciosa e desejam conhecer os mínimos detalhes, as técnicas aplicadas, e têm mais disposição para aprender e compartilhar os ensinamentos junto às suas companheiras de confraria. Afinal, as mulheres sempre procuram maneiras de surpreender seus maridos e namo-rados na cozinha”, afirma. Entre a preparação e a degustação, o chef diz que o mais marcante é a “descoberta dos participantes sobre técnicas e até mesmo produtos que sempre passaram despercebidos em supermercados e hortifrutis, e que agora enriquecem seus olhos e permitem novos paladares”.

Criada em 2001, por um grupo de amigos, a Confraria do Jiló reúne formadores de opinião para degustar cerveja gelada, cachaça de boa origem e tira-gosto de isca de fígado acebola-do com jiló.

O atual ponto de en-contro do grupo é o Bar Galpão, no bairro Bethâ-nia, às noites de quarta--feira. Segundo o jorna-lista Nivaldo Resende, integrante do grupo, nos encontros semanais da confraria, é proibido gastar tempo com as-suntos de trabalho, po-lítica, esporte e religião.

“O único compromis-so da Confraria do Jiló é com a diversão e o bom humor, bate papo de alto nível, cerveja sempre gelada, cacha-

ça de qualidade e tira--gostos à base de jiló”. O cardápio é feito com variações do fruto do jiloeiro: farofa de jiló, jiló recheado com ba-con, vinagrete de jiló, jiló marinado, empana-do e frito, refogado com carne bovina moída ou picadinho de carne de porco, e até doce de jiló.

Em uma região com praticamente meio mi-lhão de habitantes, o Vale do Aço revela a cada dia peculiarida-des dignas de centros culturais. Com as con-frarias gastronômicas, instigam o indivíduo a encontrar o sabor e a textura não apenas na superfície de alimentos ou condimentos, mas no detalhe da experiên-cia de vida.

COMPROMISSO COM A Diversão

Simpatia, beleza e maturi-dade pontuam o frescor dos encontros da confraria Dólmã Rosa, iniciada há três meses por um grupo de mulheres. Em busca de algo que identificava o grupo, as mulheres se inspira-ram na vestimenta do chef para nomear e nortear o grupo. Atu-almente, nove mulheres parti-cipam da iniciativa que garante aprendizado, entrosamento e muitas risadas. O cardápio do encontro foi salada Auttorino ao pesto de abacate e molho de vinho; salmão ao molho contemporâneo e arroz de amêndoas e champignon. A so-bremesa foi um delicado e ape-titoso alfajor. Atenção, bom hu-

mor, simetria de gestos e cortes são fatores perceptíveis duran-te o encontro. As perguntas das confreiras encontram respostas sob o cuidadoso olhar do chef Álvaro. Entre umas e outras, Mathilde Werner, integrante do grupo, revela que com os encontros é possível descobrir que a gastronomia não é algo difícil. “Percebemos a simplici-dade de encontrar harmonia entre os sabores”, afirma.

Para Derlaine Santuzzi, uma das integrantes da Dólmã, “o desafio de aprender coisas novas e trocar experiências é o que nos motiva. A cada en-contro, evoluímos um pouco”, conta.

Page 38: Revista COntexto #8

Ficamos sempre tão preocupa-dos com o desenvolvimento das cidades que esquecemos de pres-tar atenção às origens das ocupa-ções urbanas onde vivemos. As culturas que originaram boa parte das nossas cidades estão nos mes-mo lugares por onde passeamos cotidianamente.

Arqueologia urbana não se re-sume a fazer escavações em plena cidade. É uma área de interesse onde o passado e o presente estão muito próximos e que também não se restringe a sítios arqueológicos, mas envolve ruas, edificações, canteiros, etc. Descobrir a evolução de um povo não se resume a uma exposição ordenada de alguns fatos ao longo de uma linha his-tórica, mas também passa pela perspectiva da evolução daquela comunidade sincronizada com o seu próprio espaço, que vai sendo construído e reconstruído.

Não é somente sob o chão que pisamos que encontramos os ves-tígios da nossa evolução. Numa re-gião de desenvolvimento urbano recente como o Vale do Aço, mui-tos vestígios de nossa cultura es-tão nas cidades em volta, inclusive em lugares já abandonados dentro de um raio de cerca de 250 km. Os

índios andavam e viam muito mais que um cidadão anda e percebe hoje em dia nessas nossas cida-des tão confusas. Municípios mais antigos, como Mesquita, guardam tesouros. Com sua praça principal sem uma igreja matriz prepon-derante, Mesquita apresenta um casario muito interessante, típico de pouso de tropeiros. Bom Jesus do Bagre tem uma bela aléia de palmeiras imperiais direcionando

para a igreja. Um belo passeio de final de semana é atravessar de balsa o Rio Doce entre Cachoeira Escura (distrito de Perpétuo So-corro em Belo Oriente) e São Lou-renço (distrito de Bugre) onde se descobre um núcleo urbano da vi-rada do século XIX, que já foi sede de um dos quartéis das Divisões Militares do Rio Doce, o Quartel da Cachoeira Escura. Os núcleos urba-nos de Jaguaraçu, Marliéria e An-tônio Dias possuem arruamentos e casarios muito interessantes para

entender as primeiras ocupações urbanas da região.

O entorno do Vale do Aço tam-bém conta com alguns sítios ar-queológicos muito interessantes, ocupações não permanentes da pré-história mineira, datados de 5 mil a 7 mil anos a.C.. Um exem-plo é o de Pedra Pintada, situado próximo à bela e tranquila Vila Colonial de Cocais (distrito de Ba-rão de Cocais), que além das fan-

tásticas pinturas rupestres, apresenta uma das vistas mais bacanas de toda a re-gião. Esta localidade é um bom exemplo da adapta-ção indígena aos trópicos, que passou a ser ocupada a partir do século XVI por Botocudos. Em termos de ruínas urbanas, vale tentar

visitar a antiga estação ferrovi-ária de Pedra Mole, às margens do Rio Piracicaba, entrando na mata pelo Bairro Cariru próximo ao morro do Castelo. Quase em ruínas, a Igrejinha São Vicente de Paulo, no povoado do Ipanemi-nha (zona rural de Ipatinga) tam-bém é outro ponto a ser visitado. Tombada pelo Patrimônio Muni-cipal, ela foi fundada em 1954, mas obviamente a ocupação do sítio urbano no Ipaneminha é bem anterior a essa data.

UrbanidadesRogério Braga de Assunção

Arquiteto e [email protected]

ARQUEOLOGIAS URBANAS NOS ARREDORES DO VALE DO AÇO

38 ARTIGO

CURSOS�OOFRRADOS:RFCN�LO�OS:�R������������������������R�������������R���������������LICFNCIARURAS:����������������������������������������������������D�������-��������������L����������������I�������L����������������F��������������������AC�ARFLADOS:�A��������������C��������C��������

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Page 39: Revista COntexto #8

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Início das turmas em Fevereiro de 2013

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Page 40: Revista COntexto #8

As fotos que ilustram essas páginas, de autoria do fotógrafo ipatinguense Rodrigo Zeferino, integram o projeto Natureza e Transformação. Organizado para comemorar os 50 anos da Usiminas, o projeto consiste em uma exposição e um livro de arte. O conceito do trabalho, desenvolvido pelo conceituado de-signer Gringo Cardia, propõe uma reflexão sobre as ações e as transformações do homem no planeta. Sua ideia foi fazer uma exposição multimídia baseada em ensaios fotográficos, divindo o conceito em cinco partes: Terra in Natura; Transformação; A arte imita a natureza; Utopia, e O Olho do Mundo. Quatro fotógrafos brasileiros e um japonês foram responsáveis pelos ensaios, todos com estrutura de superprodução, realizados em Ipatinga, na mina de Itatiaiu-çu, no Rio e no Japão. A exposição Natureza e Transformação atualmente está em cartaz no Centro Cultural Usiminas.

NATUREZA e transformação

40 FOTOGRAFIA

Page 41: Revista COntexto #8
Page 42: Revista COntexto #8

42 OPINIÃO

POR UMA MEMÓRIA CULTURAL BRASILEIRA

O Brasil é um país relativamente jovem. E, infelizmente, um país que ainda não aprendeu o valor de sua cultura. Isso acontece, talvez, porque ao povo falta uma relação mais es-treita com sua própria história. Tente perguntar às pessoas que fatos envolvem o nome da sua cidade, porque a rua onde mora tem esse nome, quem foram os habitantes mais antigos, e por aí afora. Na maioria das vezes não se terá uma resposta e, quando isso é posto em discussão, inevitavel-mente, a culpa cai no ensino, na escola e no professor, que não educaram adequadamente. Mas ainda que não se tenha aprendido na escola, muitas coisas devem ser descobertas no meio em que o indivíduo vive, conversando com as pes-soas, com a família que, por sua vez, nem sempre sabe ou conversa em casa sobre o que já aconteceu no país. Parece ser o momento do atual. As informações são apenas sobre as finanças, sobre a política e a consequente corrupção, sobre futebol, sobre novelas.

Neste ano, por exemplo, comemora-se o centenário de dois grandes artistas nacionais, Jorge Amado e Luiz Gonza-ga. Como um modo de lembrá-los, a televisão aberta exibiu uma adaptação de uma das obras do primeiro e mostrou alguns programas sobre a escolha do personagem que fará um filme sobre a vida do segundo. Fora isso, qual a impor-tância de ambos no cenário nacional? Será que as pessoas têm o que dizer sobre essas duas figuras centenárias?

Há que se dizer que as escolas, nesse sentido, têm cum-prido o seu papel, desenvolvendo projetos que detalham a vida desses artistas, lendo suas obras e tentando mostrar a riqueza do trabalho destes nordestinos. Mas não se trata aqui, de uma discussão sobre o ensino, nem sobre a História, mas de memória cultural. Em alguns países, lembrar (e sa-ber) de alguém que foi importante para a nação é motivo de orgulho do povo e não saber sobre isso seria uma vergonha. Como deveria ser para o Brasil.

É uma pena quando se fala sobre compositores como Pi-xinguinha, Adoniran Barbosa, Cartola e outros mais, e não se tem, principalmente dos jovens, qualquer reação de conhe-cimento. Também é muito ruim quando Graciliano Ramos, Euclides da Cunha e Gilberto Freyre são citados e as pessoas nem sempre sabem de quem se tratam. Os exemplos aqui são musicais e literários para servirem de contraponto com Luiz Gonzaga e Jorge Amado, mas também se aplicam a tan-tas outras áreas, como a arquitetura, a fotografia e a arte em geral. Para isso, basta iniciar uma conversa sobre as pinturas dos artistas modernistas. Não será surpresa se houver um si-lêncio total. E isso foi ainda há pouco, no século XX.

Não se deseja, entretanto, que as pessoas não estejam in-formadas sobre o que acontece no país. O que está em pauta é a necessidade de se manter viva a relação do presente com

* Doutoranda em Estudos Linguísticos e mestre em Estudos Literários pela UFMG. É coordenadora do curso de Letras do Unileste MG.

por Valdete Nunes*

o passado para compreender suas implicações no futuro: saber o que fez Luiz Gonzaga, como ele influenciou a mú-sica atual; o que escreveu Jorge Amado, como ele mudou o modo de se pensar a literatura brasileira.

O que se espera é que não haja no país apenas uma imediatez cultural, uma memória deficiente, que se lem-bre apenas “do momento”. Pode até parecer nostalgia, mas a verdade outra: é preciso aprender a conhecer (para lem-brar) os valores culturais deste país, sua arte e sua riqueza. É preciso ter o que dizer, porque, afinal, um povo sem me-mória o que tem para contar?

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Page 44: Revista COntexto #8

44 SOCIAL

Os empresários de Coronel Fabriciano foram homenageados novamente no baile da Associação Comercial e Industrial (Acicel), e Câmara de Dirigentes Lo-jistas (CDL) do município. Realizado no Clube Casa de Campo, o baile premiou o reitor do Unileste, Genésio Zeferino da Silva Filho, como empresário do ano, e a sócia-proprietária da Diferencial Engenharia, Maria Angélica Rodrigues Nunes, como empresária destaque.

Concedido anualmente a empresários e empresas que se destacam no mu-nicípio, o prêmio é uma forma de reconhecimento e valorização daqueles que promovem o crescimento econômico e contribuem para o desenvolvimento da cidade. O evento também marcou os 55 anos de atuação das duas entidades.

V BAILE da ACICEL/CDL

Ivna, Vânia, Maria Angélica, Flávia, Lalá e Márcia

Lacir, Vânia, Miriam e Túlio

Ismá e Camila Junior Damasceno, presidente da ACICEL, ladeado pelo empresário do ano Genésio Zeferino e pela empresária destaque, Maria Angélica

Rosângela Mendes e Erly

Márcio Pena e Daniela

Fernanda, Lidiane e Graiany Flávia e Lucimar

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XVI BAILE da ACIATI/CDL

Os empresários homenageados: Nívio, José Benedito, Luciano, Maria Angélica, José Dermo e Genésio

Luciana e Keisson Drumond Renato e FabianaNassarala Abílio Neto e Geovane

O presidente da AciatiCDL Hiller Félix ladeado por José Benedito, empresário do ano e

Nívio Lage, empresário destaque

Jeferson e Janine. Léia e RosélioJuliana e Márcio Liliane e Ricardo Leão

Antônio Carlos Torquetti e Graziella Cleide e WalmirCélio Azevedo Júnior e Kátia. Janice a Alexandre

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A Aciati/CDL promoveu o mais tradicional baile direcionado à classe empresarial da região. O evento aconteceu no Acesita Esporte Clube e homenageou os empre-

sários do ano e destaque de Timóteo, Ipatinga e Coronel Fabriciano, respectiva-mente: Nívio Procópio Lage (empresário destaque) e José Benedito (empresário

do ano), Luciano Araujo (empresário do ano) e José Dermo (destaque), Genésio Zeferino (empresário do ano) e Maria An-gélica (destaque).

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