revista aqualon - edição 16

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  • 7/29/2019 Revista Aqualon - Edio 16

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    AnoVNmero16J

    an-Fev-Mar/2013DistribuioGratuita

    Visita Piscicultura Wada

    CPA 2012:

    Comentrios dos Juzes

    Recanto Pinho

    Revista feitapor e paraaquaristasamantes danatureza.

    Famlia: Callichthyidae

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    Dieta alem para peixes

    de todas as nacionalidades.

    Seus peixes podem ter uma alimentao de primeiro mundo. Divididas entre as linhas especial e premium, as raes oferecem alto valor nutricional para diferentes

    espcies. Alm da melhor nutrio, diferenciais tornaro o aquarismo cada vez mais interessante e prtico: grnulos que afundam a diferentes velocidades, eficincia na

    alimentao de todos os peixes e o exclusivo sistema click. Com ele, voc disponibiliza a quantidade exata de alimento a ser oferecida aos peixes. JBL. Alem por natureza.

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    Editorial

    4 - Recanto Pinho

    Americo Guazzelli

    9 - CPA 2012:Comentrios dos Juzes Andr Luiz Longaro,

    Erivaldo Casado,Luca Galarraga,

    Reinaldo Uherara

    Sumrio

    Abrimos este Editorial justi-cando o atraso desta edio.Respeitamos nossos leitores,

    mas, como todos sabem, oGrupo Aqualon composto porcolaboradores e outros proje-tos vo surgindo ao longo docaminho. Optamos por seguraresta edio para que ela osseeita com calma e tranqui-lidade. Mas continuamos coma mesma energia de antes, amesma vontade de divulgarnosso maravilhoso hobby!Nesta edio, trazemos maismatrias interessantssimas, como um passeio que nossaequipe ez em Mau da Serra PR. Local onde pudemos tercontato com a natureza, tirar um pouquinho do estresse dacidade e ainda poder transmitir o que sentimos e vivemos aosleitores da Revista Aqualon. Tambm temos o Ricardo Britzkealando sobre a amlia Callichthyidae, um artigo muito in-ormativo.Com a publicao da matria sobre a Piscicultura Wada,encerramos a sequncia de artigos sobre os produtores de

    3Revista Aqualon

    Suzano SP. Trazemos diversasotos de magncos peixes pro-duzidos l, mas, por mais que

    tentssemos, no conseguimostransmitir em palavras todo oprazer que sentimos ao visitaro local. Agradecemos s am-lias Tanabe, Takeyoshi e Wadapelo carinho com que nos rece-beram durante a visita e peloprossionalismo que permeiaseus trabalhos. Uma das coisasmais graticantes no aquar-ismo, alm da oportunidadede conhecer a natureza, azer

    amigos como eles.Por m, para animar os aquapaisagistas que iro participardo CPA 2013, trazemos os principais comentrios dos Juzessobre alguns trabalhos que participaram da edio de 2012.Dicas importantssimas para o aprimoramento de todos. In-elizmente no pudemos contemplar todos os projetos.Um grande abrao da Equipe Aqualon e desejamos umatima leitura a todos!

    13 - Galeria de PeixesChantal W. Kornin &

    Cinthia Emerich

    16 - Galeria de PlantasAquticas

    Rony Suzuki

    18 - Piscicultura Wada

    Americo Guazzelli

    23 - Famlia Callichthyidae

    Ricardo Britzke

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    4 Revista Aqualon

    RECANTO PINHOPor: Americo GuazzelliFotos: Equipe Aqualon

    Uma das vrias casas para locao

    Piscina e lago para pesca prximos aoschals e casas

    A Equipe Aqualon oi at o Recanto Pinho aps o convite do amigoElieser, requentador do local, para vericar qual a incidncia de plantasaquticas e peixes nas lagoas do local.

    Situada em Mau da Serra PR, uma tima opo de pousada paraaqueles que buscam tranquilidade e contato com a natureza, com vrioschals e casas para locao.

    Segundo o site da Estncia, www.recantopinhao.com.br , possui am-biente de campo com 21,65 alqueires, clima de serra em altitude 1050m, mata nativa, rios, cachoeira, trilhas, sede com 55.000 m de gramadose lagos entre araucrias e outras espcies, arbustos, fores e pssaros. Epudemos comprovar que realmente o ponto orte a auna e a fora.

    Uma de suas atraes est relacionada com o prprio nome, o pinhei-ro Araucria,Araucaria angustiolia, rvore smbolo do Estado do Paran.Conhecida tambm como Pinheiro-brasileiro ou Pinheiro-do-paran, in-

    fuenciou o nome da capital do Estado, Curitiba, uma vez que o nome deorigem indgena desta conera curi, portanto, Curitiba seria local demuito pinho. Podemos encontrar vrios exemplares desta maravilhosarvore que se destaca das demais pelo ormato mpar que possui. Suasemente muito nutritiva, sendo onte de alimento de muitos animais.Costuma-se dizer que a Gralha Azul a responsvel pela disseminaodesse pinheiro, enterrando suas sementes. considerada ameaada deextino, em perigo crtico.

    Indo ao ponto central do nosso objetivo, encontramos 4 lagoas na pro-

    Belssimas araucrias

    Satrapa icterophrys

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    A primeira das lagoas que surge dentro da mata virgem

    A maior das lagoas

    priedade de tamanhos diversos. Possuemgrande acmulo de resduos no substrato,guas claras, quase sem sinal de turbidez,poucas espcies de peixes e plantas, sendoestas ltimas envolvidas por algas e resdu-os vegetais, quase em sua totalidade.

    A boa transparncia da gua nos permitiavisualizar os peixes que tentvamos iden-ticar atravs de chutes, principalmenteno caso de uma espcie que nos enganavapelas belas cores que acabavam refetindoconorme a posio da luz do sol, o Cichla-soma paranaense, popularmente conhecidocomo car. Dvida deseita apenas apsa captura de alguns exemplares para otosno prprio local. Este cicldeo neotropicalno tem muitas inormaes disponveis naInternet, mas suas cores so sua principalcaracterstica, em contraste com as marcas

    escuras que possui desde o pednculo cau-dal at os olhos. A segunda espcieencontrada no local oi um lambari,Astyanax paranae. No conseguimoslocalizar qualquer outra espcie de

    peixe. Ficou o re-gistro de uma ovade sapo, impressio-nante pela quanti-dade.

    Quanto fora,

    encontramos algu-mas ninias com suas olhas so-bre os lagos, porm, sem fores,o que lamentamos. Tambm en-contramos Musgo esagno, queespalhava por boa parte da la-goa. Outras plantas encontradasoram a Potanogeton sp., Mayacac. longipes, Eleocharis sp., Hete-

    Mayacas em uma das nascentes

    A equipe indo em direo s lagoas naturais

    BrunoeRonyfazendoasimagenssubmersas

    Cichlasoma paranaense

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    Esagno

    Ova de sapo

    Eleocharis sp. Potamogeton sp.

    A equipe observando a cachoeira

    ranthera zosteriolia, Utriculariagibba e Eriocaulaceae. Havia umlago mais prximo sede, inclu-sive com uma das casas quasesobre ele, propiciando um vistamuito bela da varanda. Esse lago ormado por uma nascente auns cinco metros dele, num pon-

    to mais alto, criando um pequenofuxo onde havia algumas plan-tas, como a Mayaca c. fuviatilise a Eleocharis sp. Como este lago

    deve ter sidoconstrudo para compor o paisagismo local, apenastilpias oram encontradas.

    Se na gua a auna e a fora no eram muito di-versi icadas,ora dela erao contrrio,

    a b u n d n c i ade vegetaocom forestanativa e mui-

    tas espcies de pssaros surgiama cada momento para nos conce-der um show de cores e cantos.

    A Cachoeira

    Alm de tudo o que j citamos, que so os atra-tivos do local, as trilhas em meio mata nativa sograndes atraes, mas consideramos como o pontoalto do passeio a cachoeira que est localizada noRecanto Pinho. Ela ca entre a rodovia e a sede dolocal, portanto, tivemos que voltar pelo caminhoque chegamos para poder encontrar o local de aces-so. Como est cercada por vegetao nativa e densa,nem havamos notado sua localizao quando pas-samos pelo local. Seguimos uma trilha com descida

    Astyanax paranae

    Eriocaulaceae

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    Equipe da mini expedio: Esquerda para a direita

    Elieser, Fabio, Bruno, Luiggi, Rony e Guazzelli

    Ribeiro acima da cachoeira A queda da gua vista por cima Riccia c. stenophilaA cachoeira com o paredo

    muito ngreme, requerendo cuidados para evitar acidentes, Aps essaparte que pode desestimular os menos dispostos, uma grande recom-pensa nos esperava. Uma pequena cachoeira rodeada por vegetaoechada com altura aproximada de 20 metros. Aps a queda, um peque-no lago margeado por pedras, que originava um pequeno riacho que seperdia por entre a vegetao.

    Atrs da queda dgua, um paredo se ormou, tornando-se abrigo

    para aves, inclusive servindo de local para reproduo, com endas eburacos ormados ao longo do tempo. Encontramos algumas plantas,como Riccia c. stenophilla, Hydrocotyle sp., uma Marchantia e Fissidenssp.

    Nenhuma espcie de peixe oi localizada no local, o que no nos de-cepcionou de orma alguma, apesar do nosso objetivo, pois omos re-compensados com a beleza de um local mpar, principalmente para nsque vivemos entre o trabalho e nossas casas, tendo como paisagem pr-

    dios e veculos.

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    CPA 2012: COMENTRIOS DOS JUIZESPor: Andr Luiz Longaro, Erivaldo Casado, Luca Galarraga e Reinaldo Uherara

    Juiz: Andr Luiz Longaro - Montagem campeEssa montagem oi a eleita desde a primeira olhada que dei entre todos os concorrentes. Gostei muito do

    primeiro impacto e da ora do layout, que convida nossos olhos a percorrer o delicado skyline desse aqurio.O estilo Ponta-Grossa est muito latente, principalmente na escolha das plantas e nas cores vivas do layout.

    A sade e o vigor das plantas esto invejveis e o posicionamento dos peixes est quase pereito. Particular-mente escolheria peixes com cores mais contrastantes ou que nadassem mais na supercie do aqurio, pois,desta orma, teriam um destaque maior.

    Entre os pontos a serem melhorados, destaco o reexo do lado direito. A ltima moita de Riccia poderia tersido eliminada. Ela interrompe o uxo do aqurio e quebra a harmonia e continuidade do reexo. Uma pena!!!

    As plantas verdes no plano central, entre as Rotalas rotundiolias, alm de no estarem na relao de plan-tas, so totalmente dispensveis.

    O hardscape poderia estar mais em evidncia, valorizando ainda mais o plano mdio e conerindo maisora ao layout.

    O carpete de HC poderia estar menos denso e com menos relevo, pois alm de con-undir os olhos, com o uso de uma pequena poro de areia cosmtica em algum lugarna parte rontal, evidenciaria ainda mais a noo de perspectiva e daria mais leveza

    no layout.Senti alta de ondulaes na supercie da gua, ato que daria muita personalidade otograa.

    Consideraes nais: Esse aquapaisagista tem alma jovem e evolui rapidamenteano aps ano. Acredito que seu poder de observao e a sntese da Natureza so a mola

    propulsora que o ajudam a cada nova montagem. Continue assim!Esse trabalho daqueles que representam dignamente nosso pas em qualquer con-

    curso que partic ipa. Parabns.

    Juiz: Erivaldo Casado - Montagem campeCertamente esse um dos aqurios mais bonitos que participou do CPA. O cardume

    de neons e o contraste entre as moitas ajudou muito a se destacar no concurso. J o hardscaping deixou a

    desejar, as pedras passaram praticamente despercebidas, com pedras maiores e melhor posicionadas, esseaqurio teria alcanado uma pontuao ainda melhor.

    Juiz: Luca Galarraga - Montagem campeEste um daqueles aqurios que enchem os olhos de qualquer pessoa. A colorao das plantas est vibrante e

    ao mesmo tempo harmoniosa. Algumas crticas para que o prximo trabalho seja ainda melhor:- O hardscape oi engolido pelas belas plantas. As rochas deveriam ter um peso maior neste layout.- Algumas plantas isoladas esto deslocadas no layout, a meu ver so desnecessrias.- Uma oto com a superci e agitada valorizaria ainda mais esta obra.

    Meus parabns pelo belo trabalho, no cil obter tal resultado num aqurio dessas propores, vejo que hou-ve muito trabalho e dedicao!

    9Revista Aqualon

    CAMPEO: Gary Jos Chagas - Ponta GrossaMedidas do aqurio: 120 x 50 x 43 cm

    Devido s solicitaes dos prprios juzes e tambm de muitos aquapaisagistas que participaram e que curtiram as montagens do CPA 2012, a Revista

    Aqualon orgulhosamente abre espao para os comentrios dos juzes sobre algumas montagens. Esses comentrios/crticas so todos construtivos,

    sendo de fundamental importncia para quem realmente pretende participar de concursos de aquapaisagismo, pois sob o olhar crtico e apurado dos

    juzes experientes que podemos crescer, detectando falhas que acabam passando despercebidas, evitando esse mesmo erro numa prxima edio.

    Espero que apreciem os comentrios a seguir!

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    VICE - CAMPEO: Fabiane Guido - Ponta GrossaMedidas do aqurio: 60 x 35 x 25

    3 LUGAR: Evandro Romero - LondrinaMedidas do aqurio: 60 x 30 x 30 cm

    5 LUGAR: Fabian Kussakawa - Foz do IguauMedidas do aqurio: 35 x 24 x 28 cm

    Juiz: Luca Galarraga - Montagem vice-campeEste um aqurio que agrada com muita acilidade, pela bela combinao de plantas e cores, uma obra alegre.

    Como j sei a identidade da autora, posso armar sem medo de oender, que ntido o toque eminino em suaobra. Duas crticas eitas ao aqurio campeo posso repeti-las neste caso: O hardscape deveria ser mais orte e a

    supercie deveria estar agitada no momento da oto. Neste caso, no gostei da textura das pedras junto ao vidrorontal, talvez um cascalho mais no combinaria melhor com a leveza do layout. Um pequeno detalhe a apontarem relao aos peixes (muito bem escolhidos por sinal!): se o cardume nadasse na direo oposta, reoraria o uxo

    natural da obra. Meus parabns!

    Juiz: Erivaldo Casado - Montagem 3 LugarEssa uma montagem muito promissora, o uso da limnophila entre o carpete e as moitas mais altas um

    ponto orte deste aqurio. O trabalho de poda vai ser muito importante para que as pedras no desapaream nomeio das plantas. As moitas esto muito denidas, isso d um aspecto articial, se as plantas se misturarem um

    pouco, a montagem vai car mais natural.Senti alta de uma presena mais orte dos peixes, com certeza um cardume coeso teria ajudado muito no im-

    pacto visual da otograa.

    Juiz: Reinaldo Issa Uherara - Montagem 3 LugarGosto do tamanho do aqurio e da composio da ora, no geral...

    Sempre temos algumas crticas, ento, acho que para o prximo trabalho, estes pontos sero bem corrigidos:- Na ora, o que oge da composio geral o uso das Pogostemon heleri, que esto denunciando o tamanho

    do aqurio, por serem grandes demais, para este aqurio... minha sugesto seria o uso de outras plantas menoresno lugar... talvez Staurogyne repens...

    - O contorno das Hemianthus callitrichoides est demasiado articial... parece realmente desenhado... bonito,mas pouco natural... minha sugesto seria dar um pouquinho mais de tempo (talvez uma ou duas semanas) paraa oto, da prxima vez..

    - Uma pequena rocha do lado direito valorizaria bastante o trabalho no reexo do vidro direito, dando umasensao de amplitude ainda maior no aqurio...

    - A mescla dos carpetes oi relativamente tmida... alguns pontos vermelhos (H. tenellum blood) e dierentesormatos de olhas (Glossostigma elatinoides ou Marsilea hirsuta) poderiam ter sido utilizadas...

    No geral, acho um trabalho bem resolvido... talvez apenas a auna poderia ser mais impactante, e em maiorquantidade, para realmente ganhar ora...

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    6 LUGAR: Jean Ricardo Olinik - Ponta GrossaMedidas do aqurio: 50 x 30 x 25 cm

    7 LUGAR: Americo A onso Trannin Guazzelli - LondrinaMedidas do aqurio: 80 x 40 x 4 0 cm

    Juiz: Andr Luiz Longaro - Montagem 5 LugarEsse trabalho impressiona pela quantidade de detalhes em to pouco espao. A sutileza das texturas e o posi-

    cionamento das cores esto pereitos. Entretanto, esse mesmo espao reduzido atrapalha o contexto geral da mon-tagem, pois parece que ela est apertada num display pequeno demais. As propores entre a largura e a alturano esto harmoniosas e a relao 3:2 cou bvia. A importantssima zona de interseco das moitas poderia ter

    sido trabalhada de uma orma melhor. Talvez, se a montagem tivesse sido executada num display de no mnimo 60cm, o resultado poderia ter sido ainda melhor.

    O uso da areia cosmtica na poro rontal est timo, mas mais uma vez devido ao tamanho reduzido do dis-play, cou tmida demais.

    Quanto aos troncos escolhidos, apesar de individualmente serem de boa qualidade e visualmente bonitos, emconjunto no alam a mesma lngua. O ltimo tronco ao undo totalmente desnecessrio, pois acaba com a noode perspectiva e proporo do layout.

    Acredito tambm que o trabalho do reexo em ambos os troncos laterais poderia ter sido mais apurado.O cardume deveria ter cores mais contrastantes ou estar posicionado prximo da supercie, para que no se

    conundissem tanto com as plantas.A qualidade da produo otogrca est excelente e possibilita a anlise detalhada da montagem como um

    todo.Consideraes nais: clara a inuncia nessa montagem do premiadssimo Destiny, do aquapaisagista de

    Hong Kong, Clif Hui, entretanto, inelizmente o tamanho reduzido do display e suas propores dicultaram o tra-balho e oram determinantes para que esta bela montagem no atingisse todo o seu potencial.

    Juiz: Erivaldo Casado - Montagem 6 LugarAs plantas, peixes e o tipo das rochas oram muito bem escolhidos. Se as pedras ossem colocadas mais para o

    centro da montagem, poderia gerar um aspecto melhor, alm disso, acredito que altou um pouco de tempo paraas plantas se desenvolverem.

    Ainda assim um iwagume com aspecto incomum e muito agradvel.

    Juiz: Andr Luiz Longaro - Montagem 7 LugarNesta montagem notria a preocupao em externar uma atmosera natural. Num primeiro contato ela

    agrada pela simplicidade, delicadeza de cores e texturas apresentadas. Entretanto, quando observada com maisproundidade, percebe-se alguns problemas acilmente contornados, mas que inelizmente custaram alguns pon-tos valiosos.

    O ponto orte da montagem est no plano central e no correto uso dos troncos e musgos. Neste caso eles alam amesma linguagem e esto harmoniosamente posicionados. As rochas que deveriam dar base e suporte aos troncosesto tmidas e poderiam ter mais ora. Este um exemplo tpico de montagens que possuem belo material dehardscape, mas que so escondidos pelo excesso ou mau uso da vegetao.

    Particularmente, as plantas oram o ator que mais contriburam para o desgaste visual da montagem, querseja pelo posicionamento, pela escolha ou pelo seu tamanho.

    As Hydrocotyles poderiam ter sido mais bem trabalhadas, pois na tentativa de oerecer um ar natural, acaba-ram por conundir o observador e caram muito grandes, ora de escala.

    O carpete rontal de HC est claramente debilitado e demonstrando carncias nutricionais e de iluminao.Neste caso, o uso de areia cosmtica em alguma parte do plano rontal ajudaria a dar mais perspectiva neste planoe certamente valorizaria o plano central.

    As Bolbits esto desorientadas e com olhas muito grandes, o que ressalta ainda mais a impresso de conuso.Por serem plantas de crescimento muito lento, devem ser usadas com cuidado e constantemente podadas paramanterem suas olhas sempre pequenas e bem orientadas.

    As plantas de caule da poro posterior esto bem, porm poderiam estar mais bem adensadas.O ponto alto deste layout cou por conta do trabalho com musgos, muito natural e agradvel, exceto o Flame

    Moss que poderia ter sido excludo. O vazio Amano oi negativamente aetado por ele, que interrompeu a sen-sao de perspectiva e penetrao por entre as duas massas vegetativas. Essas mesmas massas por serem muitosemelhantes, deixaram o vazio Amano bem ao centro, o que tornou a montagem mais obvia e menos atrativa.O visual caria mais interessante e agradvel se o ponto ocal (vazio Amano) estivesse mais deslocado e as massasvegetativas seguissem uma relao mais prxima do 3:2.

    Os neons oram bem escolhidos, mas todos os peixes deveriam estar orientados para o mesmo sentido. O sentidooposto dos Nannostomus cria uma sensao de anulao de oras.

    Consideraes nais: Acredito que este layout com um pouco mais de tempo, ertilizao e trabalho de podascar bem mais coeso e exuberante. Particularmente gosto muito deste estilo e acho que esta montagem possuiatributos sucientes para estar entre os melhores aqurios do Brasil.

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    Revista Aqualon12

    10 LUGAR: Luidi Raael de Souza Doim - Ponta GrossaMedidas do aqurio: 120 x 70 x 80 cm

    12 LUGAR: Carlos Eduardo Pires Gonalves - MaringMedidas do aqurio: 55 x 30 x 30 cm

    Juiz: Luca Galarraga - Montagem 10 LugarEste um aqurio que demonstra o talento de seu autor para combinar plantas de orma harmoniosa e natu-

    ral, entretanto o layout apresenta alguns pontos que poderiam ser melhorados. O conjunto como um todo muitosimtrico, duas massas de volume muito parecido, quase um layout espelhado. O tronco direita chama muito aateno com sua sombra excessiva, talvez rotacionando-o para baixo, junto ao substrato, teramos um aqurio

    mais leve. Quanto aos peixes, acho que eles competem com a ora j multicolorida, talvez um cardume com poucacolorao e com nado mais alto combinasse melhor neste layout.A parte rontal est muito natural, representando claramente o leito de um rio.Parabns pela dedicao!

    Juiz: Reinaldo Issa Uherara - Montagem 12 LugarO plano mdio est bastante tmido, aqum do possvel, para um aqurio deste tamanho...- As 2 rochas principais (esquerda e direita) me parecem simtricas demais, com a mesma altura e semelhan-

    tes... a da esquerda ainda chama ateno demais para si, talvez pela alta de ranhuras e/ou relevo... o que aparece apenas uma mancha clara, chapada... se osse o caso de utilizar mesmo esta pea, ela deveria estar um pouco maisdisarada, com o uso de musgos e ans...

    - O carpete peca em monotonia, parecendo um grande campo de gole... mesclar o carpete seria realmenteinteressante, criando dierentes texturas, cores e ormatos de olhas (H. tenellum blood, Glossostigma elatinoidese/ou Marsilea hirsuta eram boas opes)

    - O uso de musgos poderia ser um pouco mais esparso... na oto, vemos apenas uma grande mancha escura,que deve estar escondendo rochas e detalhes que poderiam ser mais interessantes do que o musgo em si.

    - Ainda em relao ao plano mdio, as Staurogyne esto ainda muito pequenas... no h ormao de moitas,de modo que passam praticamente despercebidas na otograa... um tempo a mais seria interessante para ver oquanto este aqurio poderia mudar, apenas com este detalhe...

    - Para quebrar a monotonia do aqurio, criar moitas dierentes em cada lado do aqurio seria bastante interes-sante.... azer uma das moitas car mais alta (atravs de podas) tambm seria bastante recomendvel para esteaqurio. Para acentuar este eeito, talvez uma moita vermelha ajudasse muito...

    Um aqurio bastante saudvel, mas ainda com alguns erros que podem ser bem melhorados.

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    Peixes

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    Nannostomus unifasciatusSteindachner, 1876

    Por: Cinthia Emerich

    Nome Popular: Peixe-Lpis deuma aixa

    Famlia: LebiasinidaeOrigem: Bacia Amaznica

    no Brasil, Bolvia, Colmbia,Venezuela e Guiana

    Tamanho: Aproximadamente 4a 6 cm

    Comportamento: Cardumeiro,

    nada prximo supercie.Agressividade: Pacco com osdemais

    Manuteno: Cardumes, emaqurios acima de 50 litros.

    Temperatura: 25 a 28 CpH: 5.5 a 7.0Alimentao: Micropredador de invertebrados,

    complementar semanalmente a rao comalimentos vivos.

    Dimorfsmo sexual: O macho mais colorido,apresenta a nadadeira anal ligeiramente maior

    e o ventre retilneo. A mea tem cores umpouco mais plidas e possui o ventre rolio,principalmente em poca de desova.

    Reproduo: Ovparo, a mea libera os ovos nasplantas e o macho nada em volta, ertilizando-os.Os ovos eclodem entre 24 e 48 horas. Aps algunsdias, os alevinos j consumiram o contedo dosaco vitelino e comeam a se alimentar de raesespeccas para alevinos de ovparos e alimentosvivos. Os pais no cuidam dos lhotes e podem,inclusive, encar-los como alimento.

    Outras inormaes: Uma bela aquisio para

    aqurios plantados e temticos. Muitas plantas,gua quente, escura e cida ormam um conjuntoideal para o aqurio.

    Hemigrammus ocelliferSteindachner, 1882

    Por: Chantal Wagner Kornin

    Nome popular: Olho de Fogo, Lambari AzulFamlia: CharacidaeOrigem: Amrica do Sul: rios da Guiana, Suriname,

    Guiana Francesa, Bacia amaznica do Brasil e PeruTamanho: 4,4 cmComportamento: Tranquilos e ativos, so

    adequados para um aqurio comunitrio.Devem ser mantidos em cardumes (no mnimo6 indivduos) para que se sintam bem e exibamo melhor do seu comportamento e beleza. Nomanter com peixes grandes ou agressivos.

    Agressividade: PaccoTemperatura: 22 26 CpH: 5.5 - 7.0Alimentao: Onvoro / Aceita bem qualquer

    tipo de rao. Alimentos vivos como enquitrias,artmias e daphnia devem ser oerecidos sempre,para manter a sade e incentivar a reproduo.

    Dimorfsmo Sexual: Pouco perceptvel. Fmeaspodem ser um pouco maiores e mais encorpadas,com o ventre volumoso em poca de reproduo,e machos podem ser um pouco mais esguios ecoloridos.

    Reproduo: Relativamente cil. Monte umaqurio separado especialmente para a desova,com gua cida e mole. Deixe pouco iluminado

    para simular seu habitat natural, que so igarapse rios, gua escura ajuda nessa simulao. Coloqueplantas de olhas nas, como musgo, para sero local de desova. De outro modo, possvelcolocar uma rede ou at bolas de gude no undodo aqurio para que os ovos caiam em um localque os adultos no possam alcanar. Podem serreproduzidos em cardumes ou casal. Os adultosdevem ser retirados do aqurio assim que se notara desova. Os ovos eclodem entre 24 e 36 horas. Em3 a 4 dias os alevinos comeam a nadar e podemser alimentados com inusrios, at que possamaceitar alimentos maiores como microvermese nuplios de artmia. Os ovos e alevinos sootossensveis, mantenha-os protegidos de luzorte.

    Confgurao do aqurio: Um aqurio plantado excelente, mas o bitopo ideal o tpico igarapamaznico. Para simular tal habitat, o substratodeve ser areia na. H poucas plantas submersase algumas plantas futuantes, como ninias. Oundo deve estar recoberto de olhas secas, emdecorrncia disso a gua escura, o que pode sersimulado naturalmente ou com suplementos.Troncos e galhos tambm so uma adio bemvinda e tornam o aqurio visualmente atrativo.

    Revista Aqualon 13

    Foto:CinthiaEmerich

    Foto:CinthiaEmerich

    Foto:ChantalWagnerKornin

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    Planta cil e rpida no crescimento, ideal parainiciantes. A H. polysperma Ceylon possui olhasmais compridas que a variao normal e adquireuma tonalidade acastanhada muito bonitaque, quando plantada em grupo, gera um eeitoantstico, se plantadas na parte intermediria

    do aqurio.

    Plantas Aquticas

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    Hygrophila polyspermaCeylon

    Saururus cernuusLinn, 1753

    Famlia: AcanthaceaeOrigem: siaHbito: Aqutica emergenteTamanho: 20 a 40 cm de alturaTemperatura: 18 a 30 CIluminao: Moderada a intensapH: 5 a 8Manuteno: Fcil

    Crescimento: RpidoPropagao: Sua reproduo se d atravs do corte e replantio do ramo.Plantio: rea intermediria e posterior do aqurio. Recomenda-se plant-laem molhos com 3 ramos e espaamento de 3 cm entre eles.

    Famlia: SaururaceaeOrigem: Amrica do NorteHbito: Aqutica emergenteTamanho: 6 a 10 cm de alturaTemperatura: 15 a 25 CIluminao: IntensapH: 6 a 8Manuteno: MdioCrescimento: LentoPropagao: Se reproduz atravsde ramicaes do rizoma.Plantio: Planta para rea intermediria do aqurio. Recomenda-se plant-laem ramos individuais com espaamento de 4 cm.

    Planta muito bonita e muito utilizada pelos europeus, sendo uma das preeridas paracompor o chamado Dutch Street, em aqurios holandeses. Nas montagens ao estiloNature, ideal para compor a rea intermediria do aqurio, fcando melhor se colocadaao lado de troncos, gerando um belssimo contraste entre a colorao marrom do troncoe as olhas verdes da planta. Quando se compra essa planta, geralmente est em estadoemerso e com olhas grandes, o ideal seria cortar todas as olhas maiores e deixar

    somente as menores do ponteiro, dessa orma ela se adapta mais rapidamente ao estadosubmerso.

    Inforescncia

    Folhas emersas

    Folhas emersas

    Por: Rony Suzuki

    Flor

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    (Produtos, peixes e manuteno)

    Banho & Tosa - HotelS.O.S. ANIMAL

    o supermercado para seus animais

    Pet Shop

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    PISCICULTURA WADAPor: Americo Guazzelli Fotos: Equipe Aqualon

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    Continuando nossa visita pelo paraso dos aquaristas, em Suza-no SP, aps conhecermos de perto a estufa de plantas Takeyoshie as famosas carpas da famlia Tanabe, chegamos PisciculturaWada.

    Fundada pelo engenheiro mecnico Luiz Wada esua esposa Cludia, esta empresa familiar respon-svel pela produo de muitas espcies de peixes,at mesmo as que so consideradas muito difceis dereproduzir em aqurios. Tudo graas experincia ededicao de toda a famlia.

    Luiz Wada comeou no aquarismo ainda quandojovem, tempo em que visitava criadores da regiopara adquirir peixes, o que acabou despertando o in-teresse em tambm produzir estes animais, portanto,

    podemos concluir que o sucesso dessa empresa tam-bm se deve paixo que j existia pelo aquarismo.Como eles prprios se denem, produtores com pai-xo de aquaristas.

    Ao chegar propriedade, fomos recebidos peloLuiz e a Cludia, grandes amigos da Aqualon, acom-panhados pelos mascotes j conhecidos por todosns, seus ces da raa Akita. Belos e imponentes ani- Lago com Ninias

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    mais que nos zeram companhia por todo o tempo. Prximo en-trada, j pudemos desfrutar do contato com a natureza. Um lindolago com ninfias em meio a um bosque com muitas rvores.

    Acompanhados por todos os amigos que foram at l para par-ticipar da visita, assim como nas outras empresas, passamos umatarde muito prazerosa, momento em que todos discutiam assun-tos relacionados ao aquarismo. Tudo isso em meio ao delicioso al-moo que nos foi ofertado. No houve como ir embora sem pediruma receitinha secreta da Cludia.

    Visitamos as estufas para admirar os peixes ali existentes coma impresso de que todo o tempo do mundo no seria suciente

    para isso, pela vontade de sempre car mais tempo diante dosaqurios. Encontramos belas espcies de peixes que seriam es-trelas nos mais belos aqurios que se pode imaginar, tudo frutoda competncia de criadores comprometidos. So vria estufasespalhadas pela propriedade, cuja diculdade maior de manuten-o se d no inverno, onde se torna mais difcil manter o aqueci-mento desses locais. preciso muito trabalho nesta poca parano perder o que j se conseguiu fazer ao longo de anos.

    Atendendo apenas na modalidade atacado, onde os clientesvo at o local para escolher e retirar seus peixes, comercializamaproximadamente 50 espcies, todas de produo prpria. Os

    Belssima forao de orqudeaO bosque logo atrs da lagoaOs amigos em torno do lago na hora do

    almoo

    Bandeira albino vuUma das novas estuas de criao Estua de tetras

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    peixes so criados atravs do sistemasuperintensivo de produo em estufas,num total de 300 m, equipadas comalguns tanques de alvenaria e principal-mente com aqurios, 800 deles. A guautilizada de fonte prpria com pH de5,2 e dureza super baixa. A prefernciada famlia por Guppy e Disco, mas os

    destaques da criao so os tetras, sen-do 30 variedades destes para apenas 12de discos.

    A reproduo de todas essas espciesocorre de forma natural, sem utilizaoda induo hormonal. Uma das maioresdiculdades est na obteno de matri-zes. Algumas vezes precisam recorrer aespcies selvagens, tornando o trabalhode seleo de matrizes muito demorado,

    chegando a 8 anos, no caso dos discos.Produzem os alimentos vivos utili-

    zados para alimentar a criao, como aDaphnia e Blood worms, mantidos emtanques de alvenaria e alimentados comtoplancton e zooplancton.

    Tanques para produo de alimentos vivosEstua de peixes diversos

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    Estua de Acar Disco

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    Esquerda para direita: Evandro, Guazzelli, Luiz, Rony, Claudia e Fabio

    Todas as fases so executadas na empresa, reproduo, engorda e venda. Hojepossuem uma variedade com destaque especial na reproduo, o tetra cardinal,conhecido como neon.

    A Piscicultura Wada acredita que a criao em cativeiro sem dvida o principalinstrumento para a preservao dos peixes ornamentais, visto que hoje na Amaz-nia, por exemplo, os piabeiros esto indo cada vez mais longe em busca dos peixes.Hoje o Brasil importa o Tetra Foguinho (Hyphessobrycon amandae) criado na sia,porque quase no se encontra na natureza para a coleta.

    Foram grandes visitas a grandes amigos produtores de peixes e plantas paracompletar nossos aqurios. Sem dvida, o paraso dos aquaristas! A Aqualon agra-dece ao Roberto Takeyoshi, ao Leonardo e Haruki Tanabe e ao Luiz e Cludia Wada,assim como a todos que fazem parte destas famlias que fazem um grande trabalhocom amor e dedicao. Foi um prazer para todos poder conhecer as empresas edesfrutar da companhia de todos eles, assim como dos amigos que l estiverampara nos acompanhar.

    FAMLIA CALLICHTHYIDAE

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    FAMLIA CALLICHTHYIDAEPor: Ricardo Britzke, Bilogo, Mestre em Zoologia.

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    A amlia Callichthyidae encontrada em toda a Amrica Neotropical e conhecida comopeixes-gatos blindados, devido presena de duas sries longitudinais de placas em cadalado do corpo, que lhes conerem uma armadura ssea. Possuem grande variao de tama-nho, onde, por exemplo, algumas espcies de Corydoras alcanam cerca de 20 milmetros e a

    espcie Hoplosternum littorale cresce at aproximadamente 160 milmetros de comprimentopadro. O gnero Corydoras um dos mais diversos e mais conhecidos por aquaristas de todoo mundo.

    A maioria das espcies da amlia Callichthyidae so bentnicas e comem principalmenteinvertebrados aquticos como microcrustceos e inse-tos, inclusive detritos vegetais. Essa amlia possui maisde 160 espcies agrupadas em oito gneros.

    Os representantes dessa amlia habitam uma varie-dade de habitats dierentes, desde pequenos riachos deguas rpidas e oxigenadas, at rios de grande porte,incluindo tambm poas e locais pantanosos, onde ooxignio pode ser praticamente ausente. Para sobre-viver nesses habitats, usam o intestino como um rgorespiratrio acessrio, onde o ar coletado na supercieda gua e engolido, e eventualmente expelido atravsdo nus.

    Ao contrrio dos peixes-gatos das amlias Loricarii-dae e Trichomycteridae que praticam a respirao areasomente em caso de hipxia, a amlia Callichthyidae

    respira o ar continuamente sob todas as condies da gua. Entretanto, o ar engolido temum papel mais importante na manuteno do contrapeso hidrosttico do que na respirao,contribuindo com aproximadamente 75% do ar necessrio para a utuabilidade.

    Os hbitos reprodutivos da amlia so muito variados e interessantes. Os gnerosAspido-

    ras, Corydoras eScleromystax, como a maioria dos siluriormes, colocam seus ovos em rochas,olhas ou outras supercies. Megalechis, Lepthoplosternum, Hoplosternum e Dianema pos-suem um comportamento interessante, construindo ninhos de utuao base de espumae restos vegetais.

    A amlia Callichthyidae apresenta muitas caractersticasderivadas, sendo as mais interessantes o canal sensorial dalinha lateral reduzido com 1 a 6 placas; canal sensorial do pr--oprculo no conectado ao ramo pr-opercular; ossos inraorbitais expandidos como placas; segundo inra orbital comuma expanso laminar interna, dando orma parede pos-terior da rbita; pr-maxilar sem dentes; dentrio com umprocesso mediano para a insero do msculo inter mandibu-lares; abertura lateral da bexiga de gs parcialmente echadopor uma expanso oca (para uma lista completa de sinapo-morfas e caracteres, veja Brito, 2003; Reis, 1993, 1997). Estaamlia reconhecidamente monofltica, sustentada por di-versas caractersticas derivadas, apresentando duas subam-lias, Callichthyinae Hoedeman, 1952 e Corydoradinae Hoede-man, 1952, cada uma suportada por diversas sinapomorfas.

    Scleromystax barbatus

    N d C d i i i i

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    No caso do gnero Corydoras, existem vrias espcies que so simp-tricas e mimticas, ou seja, vivem no mesmo ambiente e evoluram paraterem em comum os mesmos padres de colorao para benecio mtuo.Por exemplo, existem espcies que possuem uma toxina em seu acleopeitoral, o que normalmente augenta os predadores. Outras espcies quepossuem a mesma colorao, mas no possuem essa toxina, passam ilesaspelos predadores. Embora mimticas, elas ocupam nichos dierentes de-vido a caractersticas

    morolgicas comoocinho curto, ocinholongo e ocinho inter-medirio. Os exem-plares de ocinholongo exploram maisao undo do substrato(areia, por exemplo),enquanto as de narizcurto exploram ape-nas superfcialmente

    o substrato.

    Distribuio geogrfcaEsta amlia endmica da Amrica Neotropical, sendo encontrada em

    diversas drenagens como Paran-Paraguai, So Francisco, Amazonas, Ori-noco, Maracaibo, Magdalena e bacias costeiras atlnticas do Brasil, Guia-nas e Suriname. Apresentam uma grande diversidade, principalmente nadrenagem Amaznica.

    Reerncias

    Alexandrou, M. A.; Oliveira, C.; Maillard, M.; Mcgill, R. A. R.;Newton, J.;Creer, S.; Taylor, M. I. Competition and phylogeny determine communitys-tructure in Mllerian co-mimics. Nature 469, 84-88, 2011.

    Britto, M. R. 2003. Phylogeny o the subamily Corydoradinae Hoede-man, 1952 (Siluriormes: Callichthyidae), with a defnition o its genera.Proceedings o the Academy o Natural Sciences o Philadelphia 153: 119-154.

    Burgess, W.E. 1987. Corydoras and related catfshes - a completeintroduction.T.F.H. Publications, Neptune City, 128p.

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    Corydoras nattereri

    Aspidoras pauciradiatus

    Dianema longibarbis

    Brochis splendens

    Holplosternum littorale

    Exemplares de Corydoras sp. de focinho longoexplorando mais ao fundo do substrato

    Corydoras melini

    B W E 1989 A tl h t d i tf h A li i

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    Aspidoras maculosus

    Outras espcies da famlia callichthyidae

    Burgess, W.E. 1989. An atlas o reshwater and marine catfshes. A preliminary sur-vey o the Siluriormes. T.F.H. Publications, Neptune City, 784p.

    Pinna, M.C.C. 1992. A new subamily o Trichomycteridae (Teleostei, Siluriormes),lower Loricarioid relationships, and a discussion on the impact o additional taxa orphylogenetic analysis. Zoological Journal o the Linnean S ociety, 106:

    Reis, R.E. 1997. Revision o the Neotropical catfsh genus Hoplosternum(Ostariophysi,Siluriormes, Callichthyidae), with the description o two new genera. Ichthyol. Explor.Freshwaters, 7(4):299-326

    Corydoras eques

    Corydoras seussi Corydoras aeneus

    Corydoras melanistius Corydoras arcuatus

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    A Revista Aqualon poder ser baixada gratuita-mente em arquivo PDF pela internet atravs do sitewww.aqualon.com.br ou atravs dos nossos parcei-ros que nos ajudam a divulgar o aquarismo.

    www.aquafloripa.comwww.aquaflux.com.brwww.aquahobby.comwww.aquamazon.com.brwww.aquaonline.com.brwww.bettabrasil.com.brwww.forumaquario.com.brwww.hobbyland.bio.br/forumwww.natureaqua.com.brwww.sekaiscaping.comwww.vitoriareef.com.br/forum/index.phphttp://xylema.blogspot.com/

    Caso queira receber os exemplares impressos nacomodidade de sua casa, basta se tornar um colabo-rador desta revista.O valor anual ser de R$ 25,00, o que dar direito a4 edies da revista.Caso haja interesse, entre em contato atravs do e-

    -mail: [email protected]

    EXPEDIENTE

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    No solte peixes, plantas ou qualquer outroanimal aqutico nos rios ou lagos. A solturadesses animais pode causar impactos am-bientais muito srios, prejudicando auna efora nativa!

    No superalimente os seus peixes, pois oexcesso de alimento pode poluir a gua doseu aqurio.

    No compre raes vendidas em saquinhos

    plsticos transparentes. A luz retira todas asvitaminas e protenas da rao. Estas tam-bm no possuem prazo de validade. Procu-re comprar raes de boa qualidade que vocnotar a dierena na sade de seus animais.

    No Superpovoe o aqurio, pois o excessode peixes debilitar todo o sistema de ltra-gem do aqurio, podendo levar seus peixes morte.

    No compre peixes que estejam em aqu-rios que tenham peixes doentes ou mortos.Eles podem transmitir doenas para todosos peixes que voc j possui em seu aqurio.

    No compre peixes por impulso. Pesquiseantes a respeito da espcie. Muitas podemser incompatveis com o seu aqurio, seja poragressividade, parmetros da gua ou tama-nho do aqurio.

    No coloque juntas espcies de peixes de pHdierentes. Certamente uma delas ser preju-dicada, podendo adquirir doenas e conta-minar todo o restante.

    No inicie o hobby se no estiver disposto adispensar os cuidados bsicos que os peixesexigem. Com pouco tempo de dedicao ob-ter sucesso e isto se transormar em lazer.

    Seja observador. preciso conhecer ocomportamento dos habitantes de seuaqurio para se antecipar aos problemas

    que possam surgir.

    Lembre-se: Peixes so seres vivos e nomercadorias que podem ser descartadas aqualquer momento. Preserve a vida!

    Finalizando, PESQUISE! Atualmente po-demos usar a internet como uma ortealiada para alcanar um aquarismo sau-dvel e consciente. Temos vrios sites/runs que pregam a prtica correta doaquarismo. Citaremos apenas alguns dosmais conveis, em ordem alabtica:

    www.aquafux.com.brwww.aquahobby.comwww.aquaonline.com.brwww.orumaquario.com.br

    Seja um aquarista consciente

    EXPEDIENTE

    Revista Aqualon uma publicao da Aqualon - Aqua-rismo em Londrina. Com distribuio gratuita, visa di-vulgar o aquarismo em todos os seus segmentos, desdeos aqurios propriamente ditos at os aspectos ecolgi-cos que o hobby abrange.

    Editor: Rony Suzuki

    Coordenao:Americo Guazzelli e Rony SuzukiProjeto grco e diagramao: Evandro Romero eRony SuzukiPeriodicidade: TrimestralTiragem:2500 exemplaresReviso: Americo GuazzelliFotograa:Americo Guazzelli, Chantal Wagner Kornin,Cinthia Emerich, Ricardo Britzke, Rony Suzuki.Colaboraram nessa edio: Americo Guazzelli, AndrLuiz Longaro, Chantal Wagner Kornin, Cinthia Emerich,Cludia e Luiz Wada, Erivaldo Casado, Luca Galarraga,Reinaldo Uherara, Ricardo Britzke, Rony Suzuki.

    Para anunciar na revista: [email protected](43) 3026 3273 - Rony Suzuki

    Colaboraes e sugestes: somente atravs do E-mail:[email protected]

    As matrias aqui publicadas so de inteira responsabili-dade dos autores, no refetindo necessariamente a opi-

    nio da Revista Aqualon. No publicamos artigos pagos,apenas os cedidos gratuitamente para desenvolver oaquarismo. Permite-se a reproduo parcial ou total dosartigos e outros materiais divulgados na revista desdeque seja solicitada sua utilizao e mencionada a onte.

    Foto: Rony Suzuki

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