aqualon edição 01 - jul / ago / set 2008
TRANSCRIPT
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 1/20
Ano INúmero 1Julho-Agosto-Setembro/2008
Ano INúmero 1Julho-Agosto-Setembro/2008
Lagoa Santa-GO
AquáriosPeixes
Plantas Aquáticas
O Aquário Plantado
MATÉRIA DE CAPA
MATÉRIAS ESPECIAIS
GALERIAS
Tetra-Cego-das-Cavernas
DistribuiçãoGratuita
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 2/20
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 3/20
Londrina e, como não poderiaser diferente, a cidade estará debraços abertos para receber osamigos no III Encontro de Aqua-ristas de Londrina e Região. Pa-lestras, apoio dos patrocinadorese a amizade prometem repetir osucesso dos encontros anterio-res, porém, com uma novida-de, o Concurso Paranaense deAquapaisagismo.Este concurso, promovido pela
Aqualon e direcionado aos aquapai-sagistas com residência no estadodo Paraná, terá o resultado divulgado durante oencontro. É mais um projeto que visa divulgar epromover o aquarismo nacional.E para que possamos divulgar todas asrealizações da Aqualon e importantesinformações sobre o aquarismo, foi quelançamos esta revista. Um projeto quefoi acolhido carinhosamente por nossospatrocinadores, parceiros nas ações dedesenvolvimento do nosso hobby, quetantas amizades faz surgir a cada dia.
Muito obrigado a todos!
Equipe Aqualon
A Aqualon, Aquarismo em Londrina, é uma associaçãoinformal originada no desejo de amantes do aquarismo,que se reuniram para promover e divulgar este fasci-nante hobby. Como a cidade de Londrina, situada noestado do Paraná, já tem seu nome nas páginas do aqua-paisagismo nacional e internacional, com os trabalhosdos aquapaisagistas Londrinenses, cou fácil para o
movimento alcançar nível nacional, recebendo apoio depessoas de diversas regiões do país.No início do ano de 2006, uma nova página começoua ser escrita no aquarismo. Em uma das visitas à es-tufa de plantas do Rony Suzuki e ponto de encontrodos aquaristas de Londrina e região,Americo Guazzelli descobriu que oproprietário mantinha o sonho derealizar um encontro de aquaristase, juntos, concluíram que isto pode-ria se tornar realidade. Para tanto,bastou estender os planos aos ami-gos Fábio Yoshida e Roberto Tinopara que tudo começasse a tomar orumo adequado. Com o apoio doslojistas da cidade e de empresas doramo, sempre alicerçada na amizadee no desejo de promover o hobby, aos poucos foi se con-solidando essa associação.O primeiro encontro foi realizado em julho de 2006com a participação de mais de 50 pessoas. O que erapara ser uma pequena reunião de amigos acabou sen-do a motivação necessária para que Londrina passassea sediar um encontro anual, onde aquaristas de váriasregiões do país se reúnem para discutir o hobby e forta-lecer os laços de amizade.Em 2007, mais amigos se juntaram ao grupo e o se-gundo encontro foi realizado no dia 21 de julho, com aparticipação de 150 aquaristas de inúmeras cidades denosso país. Palestras de alto nível contribuíram para osucesso do evento.Já consta no calendário do aquarismo brasileiro que omês de julho é a época em que o foco se direciona para
3Revista Aqualon
Palestrantes de altíssimo nível
Ângela Teresa Silva e Souza (UEL) Lucienne Garcia Pretto Giordano (UEL)
Foto Ocial do Encontro de 2007
Galera atenta às palestras
Créditos fotográcos:Rodrigo Kroll
Mesa dacobiça:
produtos para osorteio.
Luca Galarraga (Aquabase) André Luiz Longarço (Aquabase)
4 - Lagoa Santa-GO
Mauricio Xavier
8 - Galeria de Aquários
9 - O Aquário Plantado
Americo Guazzelli
10 - Galeria de Peixes
12 - Galeria de Plantas Aquáticas
14 - Astyanax cf. jordani
Americo Guazzelli& Rony Suzuki
18 - Fotograas
Alex Kawazaki
SUMÁRIO
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 4/20
4 Revista Aqualon
Localizada a 360 Km de Goiânia - GO e a 890 Km deSão Paulo – SP, à margem do rio Aporé (antigo Rio do
Peixe), no estado de Goiás, a Lagoa Santa foi descober-ta entre 1880 e 1890, dando origem ao município como mesmo nome. Ela esconde abaixo da linha d’água umlindo visual e uma boa variedade de peixes e plantas. Osmaiores atrativos desta lagoa são a sua água de fonte hi-potermal a 31°C e, como o próprio nome já diz, a crençaem sua água ter um poder medicinal.
Como eu fui à lagoa com outra intenção, levei comigoequipamento para mergulho e fotograa.
Ao entrar na lagoa fui tomado por uma deliciosa sensa-ção térmica e, como qualquer aquarista, investiguei cada
canto dela e me surpreendi muito com a beleza da água ex-tremamente transparente, em alguns pontos a visibilidadechegava a 50 metros, com exceção dos locais onde haviaconcentração de turistas, que levantavam sujeira do fundo,ao nadar. As áreas de maior visibilidade são onde se con-centram os olhos d’água, que chegam a tomar uma grandeárea de aproximadamente 100 m². Neste local nasce juntocom a água uma grande quantidade de bolhas que dão aimpressão de um aquário. (fotos 1, 2 e 3).
Além da beleza da água e suas nascentes, as plantas aquáti-cas, beneciadas pela considerável e essencial quantidade de
14 ppm de CO2 de origem subterrânea, dão um toque espe-cial à lagoa. Elas estão por toda parte e em algumas tomam
conta da superfície, como podemos ver na foto 4. Este imen-so gramado verde, na verdade, é a superfície de uma parte dalagoa tomada por Alface d’água ( Pistia stratiotes).
Texto e Fotos:Maurício Xavier de Almeida
Sócio-diretor da empresa Aquamazon
Foto 1
Foto 2 Foto 3
Foto 4
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 5/20 5Revista Aqualon
esta interessante forma vegetal que tem a consistência degelatina em forma de bolas aglomeradas (14).A maior variedade de vidavisível se encontra naforma de fauna aquática(peixes). Como a lagoasofre uma visita densa econstante de turistas, ospeixes parecem estar muitofamiliarizados ao homem,sendo comum encontrar
cardumes nadando ao seulado e até é possível tocá-los, como podemos ver nas fotos 15 ( Prochilodus sp.), 16(Cyphocharax sp.) e 17 ( Metynnis sp.). Foto 5
Foto 7
Foto 6 Foto 9
Foto 10
Foto 11
Foto 12
Foto 13
Foto 17
Foto 15
Foto 14
Foto 16
Foto 8
Onde não há sombra da Pistia stratiotes pode-se obser-var, também, muitas outras plantas como a Eichhorniaazurea (foto 5), que surpreendentemente quase sempreestava em sua forma submersa. Em pequenas quantida-des, a Eleocharis minima (foto 6).
As Cabombas impressionam por sua densa populaçãoque só não é a espécie em maior quantidade por causa da Pistia stratiotes que toma aproximadamente 50% da su-perfície da lagoa. Na foto 11, vista por cima, podemos ob-servar um ponto onde é praticamente impossível nadar e
forma um belíssimo visual porfora d’água. É muito comumencontrar em meio às grandesconcentrações de Cabombas aTraíra ( Hoplias malabaricus),peixe predador de hábito no-turno, com dentes muito aa-dos, agressivo e perigoso. Há
muitos relatos de pessoas quesofrem mordidas deste peixe,o que me deu um certo receiode me aproximar das grandesmoitas de Cabombas. Na va-zante da lagoa em direção aorio Aporé, onde havia umaforte correnteza formada pelos3.6 milhões de litros/hora quenascem na lagoa, encontra-se
Parecia primavera sob a água, embora inverno. A água semantém em 31°C nos 365 dias do ano e podemos notarmuitas plantas orindo, como a Cabomba aquatica (7 e8), que estavam expondo suas belas ores submersas. A Limnophila sp. (9 e 10), também expondo suas pequeni-nas ores. Nas partes mais rasas, próximo à margem dalagoa, encontram-se grandesconcentrações de Ludwigia sp. com suas folhas e oresquase sempre emersas (12 e13).
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 6/20
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 7/20
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 8/20
“Paraíso Perdido”
Aquário montado por Rony Suzuki
Tamanho: 110cm x 30cm x 30cmIluminação: 4 lâmpadas compactas com 25W e 6400K
1 lâmpada uorescente tubular com 40W
e 6500KFiltragem: Filtro interno
Substrato: Camada fértil e areia com granulação de 2 a3 mm para isolamento
CO2: 10 horas por dia, 2 bolhas por segundo
Fauna: Mimagoniates microlepis e Otocinclus cf. afnis
Flora: Riccia uitans, Valisneria nana, Rotala sp.
“Ceylon” e Glossostigma elatinoides.
Data da Foto: 08 de maio de 2007.
Setup: Comentários:
Em geral o uso de pedras clarasnão é aconselhado pelo fato dechamarem muito a atenção para si, porém, nessa montagem conseguiuma maneira de encaixar essas pe-dras de forma harmoniosa e sem“desequilibrar” o layout. Essa foiuma das poucas vezes em que con-segui ser el ao pensamento inicialdo layout, não precisando fazer ne-nhuma alteração durante a fase dematuração.
8 Revista Aqualon
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 9/20
O aquário plantadoTexto: Americo Guazzelli
Há alguns anos que observamos que os aquá-
rios plantados estão atraindo a atenção dos aquaristas e
ocupando um grande espaço neste maravilhoso hobby.
Prova disto é a grande atenção que as empresas do ramo
estão dando para equipamentos e produtos destinados a
este tipo de montagem. Estão investindo pesado e colo-cando no mercado inúmeros itens, dentre eles, cilindros
e difusores de CO2, lâmpadas especiais e até mesmo
substratos que oferecem quase toda a alimentação que
uma planta necessita. E quem não admira uma bela pai-
sagem composta por plantas naturais? Até mesmo quem
não as tem como objetivo inicial, sempre acaba queren-
do colocar uma ou outra plantinha para dar um toque
nal na decoração.
Só que existem muito mais coisas por baixo
de um carpete de glossostigmas ou atrás de uma cortina
de rotalas. São os benefícios que elas podem trazer paraum aquário, quando em condições de desempenhar suas
funções essenciais. As plantas fazem parte, junto com
a ltragem biológica, do ciclo de puricação da água.
Elas retiram da água os
Nitratos gerados pelas se-
creções da fauna, compe-
tem com as algas pelos nu-
trientes e ainda absorvem
dióxido de carbono para
liberar oxigênio durante
o processo de fotossínte-se. Servem, ainda, como
demarcação de território,
esconderijo e abrigo para
os alevinos que as utilizam
como proteção, além de
diminuir o estresse provo-
cado aos peixes pelas nos-
sas intervenções durante a
manutenção e alimentação.
E o que precisamos oferecer às nossas amigas
para que possam crescer satisfatoriamente e mostrar toda
a exuberância que só a natureza pode oferecer? Alimen-
tação! Sim, evidentemente elas se alimentam. As plantas
retiram da água, através das raízes ou folhas, micro emacro nutrientes. Eles possibilitam a síntese de ami-
noácidos, proteínas, enzimas, coenzimas, clorola, etc.
Quando elas sentem carência de algum destes nutrien-
tes minerais, como Azoto, Ferro, cobre, começam a dar
sinais de que não estão bem, amarelando ou perdendo
suas folhas. Podemos disponibilizar para as plantas vá-
rios tipos de substratos, que, além de local para xação,
servem também para fertilização. Com certeza camos
em dúvida diante de tantas opções que temos disponí-
veis. Isto, sem falar no eciente e barato trio, húmus de
minhoca, laterita e areia de ltro de piscina. Vale lembrar que podemos complementar com os vários fertilizantes
líquidos encontrados nas lojas.
As plantas necessitam, ainda, de luz ade-
quada para que, durante a
fotossíntese, possam trans-
formar o CO2 em açúca-
res e, assim, possibilitar
seu crescimento. Se não
podemos oferecer a luz
solar para isto, existe no
mercado uma innidadede lâmpadas especiais que
emitem ondas com com-
primento necessário para
essa nalidade. Até mes-
mo lâmpadas tubulares ou
compactas uorescentes,
que possuem um preço
muito acessível, podem
desempenhar essa tarefa. Basta que possuam, no míni-
mo, 6400K e em quantidade de Watts compatível com a
necessidade de cada planta. E se o CO2 não está presente
na água em quantidade suciente, temos também a tec-
nologia para solucionar esse problema. O kit de CO2 que
encontramos à venda pode ser composto por cilindro,
válvulas, sistema de controle digital, reatores e indica-
dores. Desta forma podemos assegurar um fornecimento
regular e constante. Porém, se a tecnologia estiver um
pouco fora de alcance, podemos apelar para a criativi-dade e montar um sistema de CO2 DIY, composto por
garrafadas com fermento e açúcar e difusores com pedra
porosa, madeira ou vela de ltro.
Mas, que plantas teremos em nosso aquá-
rio? Existem tantas que essa dúvida acaba persistindo
mais do que deveria. Basta dar uma boa pesquisada nas
exigências que cada uma apresenta, bem como a locali-
zação ideal no aquário, e escolher o conjunto que mais
agradar.
Se depois de tantas informações parecer que
nada mais pode ser acrescentado, ainda resta o compo-nente principal para o sucesso neste projeto: a dedicação.
Como um plantado não é criado pela natureza e sim pelo
homem, se estiver abandonado, desestabiliza. E aí os
desastres acontecem um após o outro. Chegam a desa-
nimar. Porém, com um pouco de atenção e intervenções
regulares, o sucesso ca muito próximo e poderemos
desfrutar daqueles momentos incomparáveis de obser-
vação diante do fruto de nossas mãos.
9Revista Aqualon
Foto: Fábio Yoshida
Foto: Americo Guazzelli
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 10/20
Hyphessobrycon amandae
Corydoras caudimaculatus
Amblydoras hancockii
Géry & Uj, 1987
Rössel, 1961
(Valenciennes, 1840)
Variedade “Gold”
Ficha da espécie:
Ficha da espécie:
Ficha da espécie:
Nome Popular: FoguinhoFamília: CharacidaeSinonímia: Hemigrammus amandaeOrigem: América do Sul; Bacia do RioAraguaia; Rio das mortes.
Tamanho: Aproximadamente 2,5 cmComportamento: Gostam de nadar na ca-mada intermediária do aquário.Sociabilidade: Cardume com mais que 5indivíduos, o ideal seria um cardume compelo menos 15 exemplares.Agressividade: Peixe extremamente calmoe tranqüilo.Manutenção: Aquário com muitas plantase espaço para que possam se movimentar
em cardume.Temperatura: 24 a 28 ºCpH: 6,4 a 7,0Alimentação: Come de tudo,desde rações industrializadas até ali-
mentação viva.Dimorfsmo sexual: O macho é menor emais esguio. A fêmea possui o corpo maisroliço.Método de reprodução: Ovíparos. Costu-mam desovar em plantas de folhas nas ou
raízes. Não cuidam da cria.Curiosidades: Existe uma variedade dou-rada, geralmente as duas são encontradas juntas nos grandes cardumes na natureza.
Nome Popular: Coridora CaudimaculataFamília: CallichthyidaeOrigem: América do Sul; Bacia do RioGuaporé.Tamanho: Aproximadamente 4 cm.
Comportamento: Gostam de nadar naparte inferior do aquário.Sociabilidade: Cardume com mais que5 indivíduos, o ideal seria um cardumecom pelo menos 10 exemplares.Agressividade: Peixe pacíco
Manutenção: Aquário com área frontalaberta, para que eles possam passeartranqüilamente.
Temperatura: 22 a 26 ºCpH: 6,2 a 8,0Alimentação: Come de tudo, desderações industrializadas até alimentaçãoviva.Dimorfsmo sexual: DesconhecidoMétodo de reprodução: Ovíparos. Suareprodução é difícil de ser obtida emcativeiro. A fêmea costuma carregar osovos entre as nadadeiras pélvicas.
Nome Popular: Reco RecoFamília: DoradidaeSinonímia: Amblydoras hancocki, Amblydo-ras hancockii, Doras hancockiiOrigem: América do SulTamanho: Aproximadamente 15cmComportamento: Peixe de hábitos noturnos.Nadam na parte inferior do aquário.
Sociabilidade: Pacícos, ideais para aquários
comunitários. Deve-se tomar cuidado apenascom o tamanho dos demais peixes, não colo-cando espécies que caibam em sua boca, casocontrário, poderão virar comida.Manutenção: Aquário com grande espaçosombreado para que possam se refugiar, tron-cos e rochas formando grutas são uma boaopção.Temperatura: 24 a 28 ºCpH: 6,0 a 7,2Alimentação: Come de tudo, desde rações in-dustrializadas até alimentação viva.Dimorfsmo sexual: A barriga da fêmea ébranca ou bege claro, no macho a parte inferioré cheia de pintas marrons.Método de reprodução: Ovíparos. Não há re-latos de reprodução em cativeiro. Na naturezaeles constroem ninhos de bolhas entre as plan-tas próximas à superfície e, após a desova, omacho cuida do ninho.
10 Revista Aqualon
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 11/20
Poecilocharax weizmaniGéry, 1965
Fêmea
Ficha da espécie:
Nome Popular: Tetra BrilhanteFamília: CrenuchidaeOrigem: América do Sul; Rio Negro.Tamanho: Aproximadamente 3 cmComportamento: Espécie muito tímida,
passando a maior parte do tempo escondi-da entre as plantas. Nadam na parte inferiordo aquário.Sociabilidade: Cardume com mais que 5indivíduos , o ideal seria um cardume compelo menos 10 exemplares.Agressividade: Peixe extremamente cal-mo e tranqüilo.Manutenção: Aquário com muitas plantaspara que possam se esconder.Temperatura: 24 a 28 ºCpH: 5,2 a 6,5
Alimentação: Come de tudo, desde raçõesindustrializadas até alimentação viva.Dimorfsmo sexual: Os machos são maiscoloridos e possuem as nadadeiras anal edorsal mais desenvolvidas.
Método de reprodução: Ovíparos. A re-produção é difícil de ser conseguida emcativeiro. A desova é feita em uma toca,que pode ser feita de pedras, troncos ouaté mesmo canos de pvc, e o macho cui-da dos lhotes até que comecem a nadarlivremente.
11Revista Aqualon
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 12/20
Limnophila aquatica Ammannia gracilis(Roxburgh) Alston, 1929 Guillemin & Perrottet, 1833
Folhasemersas
Inorescência
Folhas emersas
Flor
Ficha técnica:
Família: ScrophulariaceaeOrigem: ÁsiaHábito: Palustre emergenteTamanho: 30 a 50 cm de alturaTemperatura: 20 a 30 ºCIluminação: Moderada a intensapH: 5 a 8Manutenção: MédiaCrescimento: RápidoPropagação: A reprodução é fei-ta através de corte e replantio doramo.
Local de plantio: Área do fundodo aquário.
A Limnophila aquatica , se plantada em grupos, forma um conjunto extraordinário. Asmudas devem ser plantadas na área posterior do aquário, mas também podem ser inse-ridas na zona intermediária, desde que o aquário seja de porte grande e receba podascom mais freqüência. Mantenha-a sempre bem podada, não deixando que alcance asuperfície da água, caso isso ocorra, ela logo irá mudar as suas folhas para o estadoemerso, cando totalmente diferente.
A Ammannia gracilis ca melhor se plantada em grupo na parte intermediária do aquá -rio, contrastando com outras plantas de coloração esverdeada. Por ser uma planta alta,não é muito indicada para aquários de pequeno porte. É muito exigente quanto ao gáscarbônico, luz e nutrientes. O enegrecimento e a queda das folhas geralmente se deveà insuciência da iluminação ou CO2. Quando bem adaptada ao aquário cresce rapida-mente, chegando a formar moitas fantásticas.
Ficha técnica:
Família: LythraceaeOrigem: ÁfricaHábito: Palustre emergenteTamanho: 25 a 40 cm de alturaTemperatura: 20 a 28 ºCIluminação: IntensapH: 5 a 7Manutenção: MédiaCrescimento: Médio a rápidoPropagação: A sua multiplicação éfácil de ser obtida, basta cortar umramo e enterrar uma parte no subs-trato do aquário que esta logo come-çará a enraizar.Local de plantio: Parte intermediá-ria a fundo do aquário.
12 Revista Aqualon
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 13/20
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 14/20
Artigo: Americo Guazzelli & Rony SuzukiFotos: Rony Suzuki
Mais conhecido como tetra cego das cavernas, este cara-cídeo é originário do México, sendo um dos mais fasci-nantes espécimes de peixes de água doce. O fato de nãoenxergar é uma particularidade que o torna cativante e,ao mesmo tempo, desprezado por muitos, como se fosseuma “aberração da natureza”.
Mas quem o tem em seu aquário acaba se apaixonandopor eles, deslando entre plantas, peixes e demais obje-tos com uma habilidade digna de qualquer outro peixeque enxerga. Traz como vantagens o seu comportamen-to dócil e grande apetite. Dão um toque especial ao aquá-
rio com sua movimentação constante por todos os cantospossíveis. Vivem bem em grupo mas não nadam juntos,como peixes de cardume.
São fáceis de se reproduzir e o desenvolvimento dosalevinos é tranqüilo e rápido. Depositam seus ovos emqualquer parte do aquário e a retirada dos alevinos re-cém nascidos nos dá um grande resultado, visto que oslhotes são vorazes na alimentação e isso inuencia no
crescimento, que é notado no dia a dia. Há algum tem-po ganhei do Rony Suzuki 5 alevinos recém nascidos,
pois o mesmo mantém em sua estufa alguns espécimesadultos que se reproduziram. Até então eu não havia meinteressado por esta espécie e nem sabia que os alevinosque estava levando possuíam olhos. Sim, eles possuemolhos que vão sendo cobertos por uma membrana, à me-dida que se desenvolvem, até carem totalmente cegos.
Tentei alguma fotos para mostrar a todos esse detalhee não fui totalmente feliz pela minha capacidade comofotógrafo. Em contrapartida, o sucesso com os alevinos
foi grande. Hoje tenho todos os cinco, já adultos, nadandopor um dos meus aquários.Eis que agora o Rony Suzuki apresenta-nos as maravi-lhosas fotos que conseguiu para registrar todo o processopelo qual passam durante o desenvolvimento dos alevinosaté a fase adulta. Isto motivou este artigo queservirá para raticar o grande aquarista que o
Rony é e, quem sabe, derrubar os preconceitosque possam existir contra este lindo peixe.
Segue o trabalho magnífco de Rony Suzuki
com suas belas fotos!
O Tetra-cego-das-cavernas (Astyanax cf. jor-dani) é uma das espécies de peixe que eu maisgosto, devido à peculiaridade de não possuirolhos. Os tenho reproduzido desde 1993, maisou menos, só para não ter que comprar no-vamente... (risos). Ano passado quase perditodos os meus ceguinhos, cando com apenas
três exemplares, duas fêmeas e um macho. Semquerer tirar cria deles, ainda, eles resolveram desovar emum aquário “pelado” onde só estavam eles, quando repa-rei já tinha se passado algumas horas da desova e não ha-via muitos ovos no chão, recolhi uma boa parte e resolvidocumentar toda a evolução desse fantástico e magníco
peixe!
Data da foto: 08 de Agosto de 2007No segundo dia, a larva ainda possui o sacovitelino, bem menor, mas ainda presente.Nesta fase as larvas já se locomovem nofundo com mais freqüência. Ainda não apre-sentam olhos.
Data da foto: 06 de Agosto de 2007Ovos com poucas horas da postura, nesta fase já é pos-sível ver a larva se desenvolvendo dentro do ovo.
Data da foto: 07 de Agosto de 2007Aqui a larva recém nascida, nota-se o saco vitelino bemdesenvolvido.
14 Revista Aqualon
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 15/20
Data da foto: 09 de Agosto de 2007
No terceiro dia de vida as larvas já começam a se mo-vimentar bem, quase conseguindo car em posiçãohorizontal, mas, como ainda não possuem a bexiganatatória bem formada, não agüentam muito tempo eacabam caindo ao chão, ou cam “grudadas” nos vi-dros laterais. Notem o tamanho da larva em compa-ração à cabeça de um palito de fósforo. Nesta fase osolhos já estão bem visíveis.
Data da foto: 10 de Agosto de 2007
No quarto dia eles já começam a nadar livremente peloaquário, isso graças à presença da bexiga natatória,que já começa a se formar, como é possível notar nafoto acima. Nesta fase é onde se começa a alimenta-ção com náuplios de artêmia. Na foto é possível ver oponto alaranjado na barriga do alevino, esse ponto é aprimeira artêmia que ele come na vida.
Data da foto: 20 de Agosto de 200714º dia de vida. Mais uma comparação de tamanhofeita com a cabeça de um palito de fósforo. Notem abarriga cheia de artêmia.
Data da foto: 15 de Setembro de 200740º dia de vida. Outra comparação com o palito defósforo.
Data da foto: 21 de Setembro de 200746º dia de vida. Comendo enquitréias.
Data da foto: 05 de Setembro de 2007Nesta fase o lhote já começa a tomar a forma de umadulto, a pele começa a engrossar aos poucos a bexi-ga natatória começa a deixar de ser visível. Os olhos,como não acompanham o crescimento do peixe, aospoucos vão sumindo no interior da cabeça.
Data da foto: 24 de Agosto de 200718º dia. Com este tamanho já é possível alternar a ali-mentação com microvermes ou ração em pó. Mas, nomeu caso, permaneci dando apenas a artêmia por nãopossuir os microvermes e também porque muitos ale-vinos ainda estavam bem pequenos.
Revista Aqualon 15
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 16/20
Data da foto: 16 de Outubro de 200771º dia de vida. Nesta foto nota-se que o olho pratica-mente sumiu no interior da cabeça. A partir desse pon-to uma membrana começa a se formar para proteger oburaco onde ca o olho.
Data da foto: 11 de Novembro de 2007Aqui o exemplar já totalmente sem os olhos, queforam encobertos por uma membrana protetora.
01-08-200709-08-2007
12-08-2007
24-08-2007
29-08-2007
05-09-2007
21-09-200716-10-2007
11-11-2007
Vale dizer que o crescimento é muito va-riável conforme a oferta de alimentos queé dado a eles. Quanto mais comida, mais
rápido o crescimento será, podendo dobraro tamanho no mesmo período de tempo.
De todas as espécies de peixes que já criei adiferença de tamanho no crescimento e o índicede canibalismo entre os lhotes do Tetra-cego-das-cavernas é o maior que eu já presenciei. Talvez pelofato que escassez de alimento em seu habitat naturalfaça com que eles se tornem mais vorazes. É a luta pelasobrevivência...
16 Revista Aqualon
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 17/20
EXPEDIENTE:F fi
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 18/20
EXPEDIENTE:
Revista Aqualon é uma publicação da Aqualon - Aquaris-mo em Londrina. Com distribuição gratuita, visa divulgaro aquarismo em todos os seus segmentos, desde os aquáriospropriamente ditos até os aspectos ecológicos que o hobbyabrange.
Editor: Rony SuzukiCoordenação: Americo Guazzelli
Rony Suzuki Projeto gráco e diagramação: Evandro Romero
Rony Suzuki Periodicidade: TrimestralTiragem: 2000 exemplares Revisão: Americo Guazzelli Fotograa: Rony SuzukiColaboraram nessa edição: Alex Kawazaki, AmericoGuazzelli, Mauricio Xavier de Almeida e Rony Suzuki.
Para anunciar na revista: [email protected](43) 3026 3273 - Rony Suzuki Colaborações e sugestões: Somente através do e-mail:
As matérias aqui publicadas são de inteira responsabilida-de dos autores, não reetindo necessariamente a opinião da
Revista Aqualon. Não publicamos artigos pagos, apenas oscedidos gratuitamente para desenvolver o aquarismo.
Permite-se a reprodução parcial ou total dos artigos e outrosmateriais divulgados na revista desde que seja solicitada suautilização e mencionada a fonte.
A Revista Aqualon, poderá ser baixada gratuitamente emarquivo PDF pela internet através dos sites:http://www.aquaonline.com.br/index.php/Outros/http://www.aquahobby.com/revista/aqualon1.1.pdfwww.aquamazon.com.br Menu: Outros -> Downloadshttp://www.xylema.net/http://www.forumaquario.com.br/revistaaqualon/
A partir do mestre Takashi
Amano o aquarismo tem
parceria obrigatória com a
fotograa.
As maravilhas que vislum-bramos diariamente em nos-
sos aquários são frágeis e
momentâneas e é através da
fotograa que conseguimos
eternizar estes extraordiná-
rios espetáculos miniaturi-
zados da mãe Natureza.
Enveredar pela fotograa deaquários é explorar o mun-do da macrofotograa, pro-
curando registrar detalhes,
que na maioria do tempo
nem notamos dentro destes
pequenos ecossistemas que
chamamos de aquários.
Nas três fotos selecionadas
encontramos exemplos dabeleza oculta nos diminutos
detalhes da vida ocorrendo
diante de nossos olhos.
Texto e fotos:
Alex Kawazaki
Foto 1. A surpresa de encon-trar uma pupila qua-drada no olho de um
pitú ( Macrobrachium sp). Esta foto obteve a11ª colocação no NikonSmall World de 2006
(www.nikonsmallworld.com)
Foto 2.
Uma fascinante inver-são de papéis, onde a presa vira predador. Artemias capturadas pelas armadilhas deAldrovanda vesicu-losa, uma fascinante, pequenina, delicada eimpiedosa planta car-
nívora aquática.
Foto 3. A poesia da vida se re- petindo nos embriõesde Medaka ( Oryziaslatipes ), crescendodentro do cacho deovos aderidos num
ramo de musgo.
Fotografias
8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008
http://slidepdf.com/reader/full/aqualon-edicao-01-jul-ago-set-2008 19/20
Seja um aquarista consciente:* Não solte peixes, plantas ou qualquer outro ani-mal aquático nos rios ou lagos. A soltura desses
animais pode causar impactos ambientais muitosérios, prejudicando fauna e ora nativa!
* Não superalimente os seus peixes, pois o ex-cesso de alimento pode poluir a água do seuaquário.
* Não compre rações vendidas em saquinhosplásticos transparentes. A luz retira todas as vi-
taminas e proteínas da ração. Estas também nãopossuem prazo de validade. Procure comprar ra-ções de boa qualidade que você notará a diferen-ça na saúde de seus animais.
* Não Superpovoe o aquário, pois o excesso depeixes debilitará todo o sistema de ltragem do
aquário, podendo levar seus peixes à morte.
* Não compre peixes que estejam em aquários
que tenham peixes doentes ou mortos. Eles po-dem transmitir doenças para todos os peixes quevocê já possui em seu aquário.
* Não compre peixes por impulso. Pesquise antesa respeito da espécie. Muitas podem ser incom-patíveis com o seu aquário, seja por agressivida-de, parâmetros da água ou tamanho do aquário.
* Não coloque juntas espécies de peixes de pHdiferentes. Certamente uma delas será prejudica-
da, podendo adquirir doenças e contaminar todoo restante.
* Não inicie o hobby se não estiver disposto a dis-pensar os cuidados básicos que os peixes exigem.Com pouco tempo de dedicação obterá sucesso eisto se transformará em lazer.
* Seja observador. É preciso conhecer o comporta-
mento dos habitantes de seu aquário para se ante-cipar aos problemas que possam surgir.
* Lembre-se: Peixes são seres vivos e não merca-dorias que podem ser descartadas a qualquer mo-mento. Preserve a vida!
* Finalizando, PESQUISE! Atualmente podemosusar a internet como uma forte aliada para alcan-çar um aquarismo saudável e consciente. Temos
vários sites/fóruns que pregam a prática corretado aquarismo. Citaremos apenas alguns dos maisconáveis, em ordem alfabética:
www.aquahobby.comwww.aquaonline.com.brwww.forumaquario.com.br
Foto: Erivaldo Casado