aqualon edição 01 - jul / ago / set 2008

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Ano I Número 1 Julho-Agosto-Setembro/2008 Ano I Número 1 Julho-Agosto-Setembro/2008 Lagoa Santa-GO Aquários Peixes Plantas Aquáticas O Aquário Plantado MATÉRIA DE CAPA MATÉRIAS ESPECIAIS GALERIAS Tetra-Cego-das-Cavernas Distribuição Gratuita

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8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008

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Ano INúmero 1Julho-Agosto-Setembro/2008

Ano INúmero 1Julho-Agosto-Setembro/2008

Lagoa Santa-GO

AquáriosPeixes

Plantas Aquáticas

O Aquário Plantado

MATÉRIA DE CAPA

MATÉRIAS ESPECIAIS

GALERIAS

Tetra-Cego-das-Cavernas

DistribuiçãoGratuita

8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008

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Londrina e, como não poderiaser diferente, a cidade estará debraços abertos para receber osamigos no III Encontro de Aqua-ristas de Londrina e Região. Pa-lestras, apoio dos patrocinadorese a amizade prometem repetir osucesso dos encontros anterio-res, porém, com uma novida-de, o Concurso Paranaense deAquapaisagismo.Este concurso, promovido pela

Aqualon e direcionado aos aquapai-sagistas com residência no estadodo Paraná, terá o resultado divulgado durante oencontro. É mais um projeto que visa divulgar epromover o aquarismo nacional.E para que possamos divulgar todas asrealizações da Aqualon e importantesinformações sobre o aquarismo, foi quelançamos esta revista. Um projeto quefoi acolhido carinhosamente por nossospatrocinadores, parceiros nas ações dedesenvolvimento do nosso hobby, quetantas amizades faz surgir a cada dia.

Muito obrigado a todos!

Equipe Aqualon

A Aqualon, Aquarismo em Londrina, é uma associaçãoinformal originada no desejo de amantes do aquarismo,que se reuniram para promover e divulgar este fasci-nante hobby. Como a cidade de Londrina, situada noestado do Paraná, já tem seu nome nas páginas do aqua-paisagismo nacional e internacional, com os trabalhosdos aquapaisagistas Londrinenses, cou fácil para o

movimento alcançar nível nacional, recebendo apoio depessoas de diversas regiões do país.No início do ano de 2006, uma nova página começoua ser escrita no aquarismo. Em uma das visitas à es-tufa de plantas do Rony Suzuki e ponto de encontrodos aquaristas de Londrina e região,Americo Guazzelli descobriu que oproprietário mantinha o sonho derealizar um encontro de aquaristase, juntos, concluíram que isto pode-ria se tornar realidade. Para tanto,bastou estender os planos aos ami-gos Fábio Yoshida e Roberto Tinopara que tudo começasse a tomar orumo adequado. Com o apoio doslojistas da cidade e de empresas doramo, sempre alicerçada na amizadee no desejo de promover o hobby, aos poucos foi se con-solidando essa associação.O primeiro encontro foi realizado em julho de 2006com a participação de mais de 50 pessoas. O que erapara ser uma pequena reunião de amigos acabou sen-do a motivação necessária para que Londrina passassea sediar um encontro anual, onde aquaristas de váriasregiões do país se reúnem para discutir o hobby e forta-lecer os laços de amizade.Em 2007, mais amigos se juntaram ao grupo e o se-gundo encontro foi realizado no dia 21 de julho, com aparticipação de 150 aquaristas de inúmeras cidades denosso país. Palestras de alto nível contribuíram para osucesso do evento.Já consta no calendário do aquarismo brasileiro que omês de julho é a época em que o foco se direciona para

3Revista Aqualon

Palestrantes de altíssimo nível

 Ângela Teresa Silva e Souza (UEL) Lucienne Garcia Pretto Giordano (UEL)

 Foto Ocial do Encontro de 2007 

Galera atenta às palestras

Créditos fotográcos:Rodrigo Kroll

 Mesa dacobiça:

 produtos para osorteio.

 Luca Galarraga (Aquabase) André Luiz Longarço (Aquabase)

4 - Lagoa Santa-GO

  Mauricio Xavier

 

8 - Galeria de Aquários

9 - O Aquário Plantado

Americo Guazzelli

10 - Galeria de Peixes

12 - Galeria de Plantas Aquáticas

14 - Astyanax cf. jordani

Americo Guazzelli& Rony Suzuki

18 - Fotograas

Alex Kawazaki

SUMÁRIO

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4 Revista Aqualon

Localizada a 360 Km de Goiânia - GO e a 890 Km deSão Paulo – SP, à margem do rio Aporé (antigo Rio do

Peixe), no estado de Goiás, a Lagoa Santa foi descober-ta entre 1880 e 1890, dando origem ao município como mesmo nome. Ela esconde abaixo da linha d’água umlindo visual e uma boa variedade de peixes e plantas. Osmaiores atrativos desta lagoa são a sua água de fonte hi-potermal a 31°C e, como o próprio nome já diz, a crençaem sua água ter um poder medicinal.

Como eu fui à lagoa com outra intenção, levei comigoequipamento para mergulho e fotograa.

Ao entrar na lagoa fui tomado por uma deliciosa sensa-ção térmica e, como qualquer aquarista, investiguei cada

canto dela e me surpreendi muito com a beleza da água ex-tremamente transparente, em alguns pontos a visibilidadechegava a 50 metros, com exceção dos locais onde haviaconcentração de turistas, que levantavam sujeira do fundo,ao nadar. As áreas de maior visibilidade são onde se con-centram os olhos d’água, que chegam a tomar uma grandeárea de aproximadamente 100 m². Neste local nasce juntocom a água uma grande quantidade de bolhas que dão aimpressão de um aquário. (fotos 1, 2 e 3).

Além da beleza da água e suas nascentes, as plantas aquáti-cas, beneciadas pela considerável e essencial quantidade de

14 ppm de CO2 de origem subterrânea, dão um toque espe-cial à lagoa. Elas estão por toda parte e em algumas tomam

conta da superfície, como podemos ver na foto 4. Este imen-so gramado verde, na verdade, é a superfície de uma parte dalagoa tomada por Alface d’água ( Pistia stratiotes).

Texto e Fotos:Maurício Xavier de Almeida

Sócio-diretor da empresa Aquamazon

 Foto 1

 Foto 2  Foto 3

 Foto 4

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esta interessante forma vegetal que tem a consistência degelatina em forma de bolas aglomeradas (14).A maior variedade de vidavisível se encontra naforma de fauna aquática(peixes). Como a lagoasofre uma visita densa econstante de turistas, ospeixes parecem estar muitofamiliarizados ao homem,sendo comum encontrar

cardumes nadando ao seulado e até é possível tocá-los, como podemos ver nas fotos 15 ( Prochilodus sp.), 16(Cyphocharax sp.) e 17 ( Metynnis sp.). Foto 5

 Foto 7 

 Foto 6  Foto 9

 Foto 10

 Foto 11

 Foto 12

 Foto 13

 Foto 17 

 Foto 15

 Foto 14

 Foto 16

 Foto 8

Onde não há sombra da  Pistia stratiotes pode-se obser-var, também, muitas outras plantas como a  Eichhorniaazurea (foto 5), que surpreendentemente quase sempreestava em sua forma submersa. Em pequenas quantida-des, a Eleocharis minima (foto 6).

As Cabombas impressionam por sua densa populaçãoque só não é a espécie em maior quantidade por causa da Pistia stratiotes que toma aproximadamente 50% da su-perfície da lagoa. Na foto 11, vista por cima, podemos ob-servar um ponto onde é praticamente impossível nadar e

forma um belíssimo visual porfora d’água. É muito comumencontrar em meio às grandesconcentrações de Cabombas aTraíra ( Hoplias malabaricus),peixe predador de hábito no-turno, com dentes muito aa-dos, agressivo e perigoso. Há

muitos relatos de pessoas quesofrem mordidas deste peixe,o que me deu um certo receiode me aproximar das grandesmoitas de Cabombas. Na va-zante da lagoa em direção aorio Aporé, onde havia umaforte correnteza formada pelos3.6 milhões de litros/hora quenascem na lagoa, encontra-se

Parecia primavera sob a água, embora inverno. A água semantém em 31°C nos 365 dias do ano e podemos notarmuitas plantas orindo, como a Cabomba aquatica (7 e8), que estavam expondo suas belas ores submersas. A Limnophila sp. (9 e 10), também expondo suas pequeni-nas ores. Nas partes mais rasas, próximo à margem dalagoa, encontram-se grandesconcentrações de  Ludwigia sp. com suas folhas e oresquase sempre emersas (12 e13).

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“Paraíso Perdido”

 Aquário montado por Rony Suzuki

Tamanho: 110cm x 30cm x 30cmIluminação: 4 lâmpadas compactas com 25W e 6400K

1 lâmpada uorescente tubular com 40W

e 6500KFiltragem: Filtro interno

Substrato: Camada fértil e areia com granulação de 2 a3 mm para isolamento

CO2: 10 horas por dia, 2 bolhas por segundo

Fauna: Mimagoniates microlepis e Otocinclus cf. afnis

Flora: Riccia uitans, Valisneria nana, Rotala sp.

“Ceylon” e Glossostigma elatinoides.

Data da Foto: 08 de maio de 2007.

Setup: Comentários:

Em geral o uso de pedras clarasnão é aconselhado pelo fato dechamarem muito a atenção para si, porém, nessa montagem conseguiuma maneira de encaixar essas pe-dras de forma harmoniosa e sem“desequilibrar” o layout. Essa foiuma das poucas vezes em que con-segui ser el ao pensamento inicialdo layout, não precisando fazer ne-nhuma alteração durante a fase dematuração.

8 Revista Aqualon

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O aquário plantadoTexto: Americo Guazzelli

Há alguns anos que observamos que os aquá-

rios plantados estão atraindo a atenção dos aquaristas e

ocupando um grande espaço neste maravilhoso hobby.

Prova disto é a grande atenção que as empresas do ramo

estão dando para equipamentos e produtos destinados a

este tipo de montagem. Estão investindo pesado e colo-cando no mercado inúmeros itens, dentre eles, cilindros

e difusores de CO2, lâmpadas especiais e até mesmo

substratos que oferecem quase toda a alimentação que

uma planta necessita. E quem não admira uma bela pai-

sagem composta por plantas naturais? Até mesmo quem

não as tem como objetivo inicial, sempre acaba queren-

do colocar uma ou outra plantinha para dar um toque

nal na decoração.

Só que existem muito mais coisas por baixo

de um carpete de glossostigmas ou atrás de uma cortina

de rotalas. São os benefícios que elas podem trazer paraum aquário, quando em condições de desempenhar suas

funções essenciais. As plantas fazem parte, junto com

a ltragem biológica, do ciclo de puricação da água.

Elas retiram da água os

 Nitratos gerados pelas se-

creções da fauna, compe-

tem com as algas pelos nu-

trientes e ainda absorvem

dióxido de carbono para

liberar oxigênio durante

o processo de fotossínte-se. Servem, ainda, como

demarcação de território,

esconderijo e abrigo para

os alevinos que as utilizam

como proteção, além de

diminuir o estresse provo-

cado aos peixes pelas nos-

sas intervenções durante a

manutenção e alimentação.

E o que precisamos oferecer às nossas amigas

 para que possam crescer satisfatoriamente e mostrar toda

a exuberância que só a natureza pode oferecer? Alimen-

tação! Sim, evidentemente elas se alimentam. As plantas

retiram da água, através das raízes ou folhas, micro emacro nutrientes. Eles possibilitam a síntese de ami-

noácidos, proteínas, enzimas, coenzimas, clorola, etc.

Quando elas sentem carência de algum destes nutrien-

tes minerais, como Azoto, Ferro, cobre, começam a dar 

sinais de que não estão bem, amarelando ou perdendo

suas folhas. Podemos disponibilizar para as plantas vá-

rios tipos de substratos, que, além de local para xação,

servem também para fertilização. Com certeza camos

em dúvida diante de tantas opções que temos disponí-

veis. Isto, sem falar no eciente e barato trio, húmus de

minhoca, laterita e areia de ltro de piscina. Vale lembrar que podemos complementar com os vários fertilizantes

líquidos encontrados nas lojas.

As plantas necessitam, ainda, de luz ade-

quada para que, durante a

fotossíntese, possam trans-

formar o CO2 em açúca-

res e, assim, possibilitar 

seu crescimento. Se não

  podemos oferecer a luz

solar para isto, existe no

mercado uma innidadede lâmpadas especiais que

emitem ondas com com-

  primento necessário para

essa nalidade. Até mes-

mo lâmpadas tubulares ou

compactas uorescentes,

que possuem um preço

muito acessível, podem

desempenhar essa tarefa. Basta que possuam, no míni-

mo, 6400K e em quantidade de Watts compatível com a

necessidade de cada planta. E se o CO2 não está presente

na água em quantidade suciente, temos também a tec-

nologia para solucionar esse problema. O kit de CO2 que

encontramos à venda pode ser composto por cilindro,

válvulas, sistema de controle digital, reatores e indica-

dores. Desta forma podemos assegurar um fornecimento

regular e constante. Porém, se a tecnologia estiver um

 pouco fora de alcance, podemos apelar para a criativi-dade e montar um sistema de CO2 DIY, composto por 

garrafadas com fermento e açúcar e difusores com pedra

 porosa, madeira ou vela de ltro.

Mas, que plantas teremos em nosso aquá-

rio? Existem tantas que essa dúvida acaba persistindo

mais do que deveria. Basta dar uma boa pesquisada nas

exigências que cada uma apresenta, bem como a locali-

zação ideal no aquário, e escolher o conjunto que mais

agradar.

Se depois de tantas informações parecer que

nada mais pode ser acrescentado, ainda resta o compo-nente principal para o sucesso neste projeto: a dedicação.

Como um plantado não é criado pela natureza e sim pelo

homem, se estiver abandonado, desestabiliza. E aí os

desastres acontecem um após o outro. Chegam a desa-

nimar. Porém, com um pouco de atenção e intervenções

regulares, o sucesso ca muito próximo e poderemos

desfrutar daqueles momentos incomparáveis de obser-

vação diante do fruto de nossas mãos.

9Revista Aqualon

 Foto: Fábio Yoshida

 Foto: Americo Guazzelli

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 Hyphessobrycon amandae

Corydoras caudimaculatus

 Amblydoras hancockii

Géry & Uj, 1987

Rössel, 1961

(Valenciennes, 1840)

Variedade “Gold”

Ficha da espécie:

Ficha da espécie:

Ficha da espécie:

Nome Popular: FoguinhoFamília: CharacidaeSinonímia: Hemigrammus amandaeOrigem: América do Sul; Bacia do RioAraguaia; Rio das mortes.

Tamanho: Aproximadamente 2,5 cmComportamento: Gostam de nadar na ca-mada intermediária do aquário.Sociabilidade: Cardume com mais que 5indivíduos, o ideal seria um cardume compelo menos 15 exemplares.Agressividade: Peixe extremamente calmoe tranqüilo.Manutenção: Aquário com muitas plantase espaço para que possam se movimentar

em cardume.Temperatura: 24 a 28 ºCpH: 6,4 a 7,0Alimentação: Come de tudo,desde rações industrializadas até ali-

mentação viva.Dimorfsmo sexual: O macho é menor emais esguio. A fêmea possui o corpo maisroliço.Método de reprodução: Ovíparos. Costu-mam desovar em plantas de folhas nas ou

raízes. Não cuidam da cria.Curiosidades: Existe uma variedade dou-rada, geralmente as duas são encontradas juntas nos grandes cardumes na natureza.

Nome Popular: Coridora CaudimaculataFamília: CallichthyidaeOrigem: América do Sul; Bacia do RioGuaporé.Tamanho: Aproximadamente 4 cm.

Comportamento: Gostam de nadar naparte inferior do aquário.Sociabilidade: Cardume com mais que5 indivíduos, o ideal seria um cardumecom pelo menos 10 exemplares.Agressividade: Peixe pacíco

Manutenção: Aquário com área frontalaberta, para que eles possam passeartranqüilamente.

Temperatura: 22 a 26 ºCpH: 6,2 a 8,0Alimentação: Come de tudo, desderações industrializadas até alimentaçãoviva.Dimorfsmo sexual: DesconhecidoMétodo de reprodução: Ovíparos. Suareprodução é difícil de ser obtida emcativeiro. A fêmea costuma carregar osovos entre as nadadeiras pélvicas.

Nome Popular: Reco RecoFamília: DoradidaeSinonímia:  Amblydoras hancocki, Amblydo-ras hancockii, Doras hancockiiOrigem: América do SulTamanho: Aproximadamente 15cmComportamento: Peixe de hábitos noturnos.Nadam na parte inferior do aquário.

Sociabilidade: Pacícos, ideais para aquários

comunitários. Deve-se tomar cuidado apenascom o tamanho dos demais peixes, não colo-cando espécies que caibam em sua boca, casocontrário, poderão virar comida.Manutenção: Aquário com grande espaçosombreado para que possam se refugiar, tron-cos e rochas formando grutas são uma boaopção.Temperatura: 24 a 28 ºCpH: 6,0 a 7,2Alimentação: Come de tudo, desde rações in-dustrializadas até alimentação viva.Dimorfsmo sexual: A barriga da fêmea ébranca ou bege claro, no macho a parte inferioré cheia de pintas marrons.Método de reprodução: Ovíparos. Não há re-latos de reprodução em cativeiro. Na naturezaeles constroem ninhos de bolhas entre as plan-tas próximas à superfície e, após a desova, omacho cuida do ninho.

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Poecilocharax weizmaniGéry, 1965

Fêmea

Ficha da espécie:

Nome Popular: Tetra BrilhanteFamília: CrenuchidaeOrigem: América do Sul; Rio Negro.Tamanho: Aproximadamente 3 cmComportamento: Espécie muito tímida,

passando a maior parte do tempo escondi-da entre as plantas. Nadam na parte inferiordo aquário.Sociabilidade: Cardume com mais que 5indivíduos , o ideal seria um cardume compelo menos 10 exemplares.Agressividade: Peixe extremamente cal-mo e tranqüilo.Manutenção: Aquário com muitas plantaspara que possam se esconder.Temperatura: 24 a 28 ºCpH: 5,2 a 6,5

Alimentação: Come de tudo, desde raçõesindustrializadas até alimentação viva.Dimorfsmo sexual: Os machos são maiscoloridos e possuem as nadadeiras anal edorsal mais desenvolvidas.

Método de reprodução: Ovíparos. A re-produção é difícil de ser conseguida emcativeiro. A desova é feita em uma toca,que pode ser feita de pedras, troncos ouaté mesmo canos de pvc, e o macho cui-da dos lhotes até que comecem a nadarlivremente.

11Revista Aqualon

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 Limnophila aquatica Ammannia gracilis(Roxburgh) Alston, 1929 Guillemin & Perrottet, 1833

Folhasemersas

Inorescência

Folhas emersas

Flor

Ficha técnica:

Família: ScrophulariaceaeOrigem: ÁsiaHábito: Palustre emergenteTamanho: 30 a 50 cm de alturaTemperatura: 20 a 30 ºCIluminação: Moderada a intensapH: 5 a 8Manutenção: MédiaCrescimento: RápidoPropagação: A reprodução é fei-ta através de corte e replantio doramo.

Local de plantio: Área do fundodo aquário.

A Limnophila aquatica , se plantada em grupos, forma um conjunto extraordinário. Asmudas devem ser plantadas na área posterior do aquário, mas também podem ser inse-ridas na zona intermediária, desde que o aquário seja de porte grande e receba podascom mais freqüência. Mantenha-a sempre bem podada, não deixando que alcance asuperfície da água, caso isso ocorra, ela logo irá mudar as suas folhas para o estadoemerso, cando totalmente diferente.

A Ammannia gracilis ca melhor se plantada em grupo na parte intermediária do aquá -rio, contrastando com outras plantas de coloração esverdeada. Por ser uma planta alta,não é muito indicada para aquários de pequeno porte. É muito exigente quanto ao gáscarbônico, luz e nutrientes. O enegrecimento e a queda das folhas geralmente se deveà insuciência da iluminação ou CO2. Quando bem adaptada ao aquário cresce rapida-mente, chegando a formar moitas fantásticas.

Ficha técnica:

Família: LythraceaeOrigem: ÁfricaHábito: Palustre emergenteTamanho: 25 a 40 cm de alturaTemperatura: 20 a 28 ºCIluminação: IntensapH: 5 a 7Manutenção: MédiaCrescimento: Médio a rápidoPropagação: A sua multiplicação éfácil de ser obtida, basta cortar umramo e enterrar uma parte no subs-trato do aquário que esta logo come-çará a enraizar.Local de plantio: Parte intermediá-ria a fundo do aquário.

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Artigo: Americo Guazzelli & Rony SuzukiFotos: Rony Suzuki

Mais conhecido como tetra cego das cavernas, este cara-cídeo é originário do México, sendo um dos mais fasci-nantes espécimes de peixes de água doce. O fato de nãoenxergar é uma particularidade que o torna cativante e,ao mesmo tempo, desprezado por muitos, como se fosseuma “aberração da natureza”.

Mas quem o tem em seu aquário acaba se apaixonandopor eles, deslando entre plantas, peixes e demais obje-tos com uma habilidade digna de qualquer outro peixeque enxerga. Traz como vantagens o seu comportamen-to dócil e grande apetite. Dão um toque especial ao aquá-

rio com sua movimentação constante por todos os cantospossíveis. Vivem bem em grupo mas não nadam juntos,como peixes de cardume.

São fáceis de se reproduzir e o desenvolvimento dosalevinos é tranqüilo e rápido. Depositam seus ovos emqualquer parte do aquário e a retirada dos alevinos re-cém nascidos nos dá um grande resultado, visto que oslhotes são vorazes na alimentação e isso inuencia no

crescimento, que é notado no dia a dia. Há algum tem-po ganhei do Rony Suzuki 5 alevinos recém nascidos,

pois o mesmo mantém em sua estufa alguns espécimesadultos que se reproduziram. Até então eu não havia meinteressado por esta espécie e nem sabia que os alevinosque estava levando possuíam olhos. Sim, eles possuemolhos que vão sendo cobertos por uma membrana, à me-dida que se desenvolvem, até carem totalmente cegos.

Tentei alguma fotos para mostrar a todos esse detalhee não fui totalmente feliz pela minha capacidade comofotógrafo. Em contrapartida, o sucesso com os alevinos

foi grande. Hoje tenho todos os cinco, já adultos, nadandopor um dos meus aquários.Eis que agora o Rony Suzuki apresenta-nos as maravi-lhosas fotos que conseguiu para registrar todo o processopelo qual passam durante o desenvolvimento dos alevinosaté a fase adulta. Isto motivou este artigo queservirá para raticar o grande aquarista que o

Rony é e, quem sabe, derrubar os preconceitosque possam existir contra este lindo peixe.

Segue o trabalho magnífco de Rony Suzuki

com suas belas fotos!

O Tetra-cego-das-cavernas (Astyanax cf. jor-dani) é uma das espécies de peixe que eu maisgosto, devido à peculiaridade de não possuirolhos. Os tenho reproduzido desde 1993, maisou menos, só para não ter que comprar no-vamente... (risos). Ano passado quase perditodos os meus ceguinhos, cando com apenas

três exemplares, duas fêmeas e um macho. Semquerer tirar cria deles, ainda, eles resolveram desovar emum aquário “pelado” onde só estavam eles, quando repa-rei já tinha se passado algumas horas da desova e não ha-via muitos ovos no chão, recolhi uma boa parte e resolvidocumentar toda a evolução desse fantástico e magníco

peixe!

Data da foto: 08 de Agosto de 2007No segundo dia, a larva ainda possui o sacovitelino, bem menor, mas ainda presente.Nesta fase as larvas já se locomovem nofundo com mais freqüência. Ainda não apre-sentam olhos.

Data da foto: 06 de Agosto de 2007Ovos com poucas horas da postura, nesta fase já é pos-sível ver a larva se desenvolvendo dentro do ovo.

Data da foto: 07 de Agosto de 2007Aqui a larva recém nascida, nota-se o saco vitelino bemdesenvolvido.

14 Revista Aqualon

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Data da foto: 09 de Agosto de 2007

No terceiro dia de vida as larvas já começam a se mo-vimentar bem, quase conseguindo car em posiçãohorizontal, mas, como ainda não possuem a bexiganatatória bem formada, não agüentam muito tempo eacabam caindo ao chão, ou cam “grudadas” nos vi-dros laterais. Notem o tamanho da larva em compa-ração à cabeça de um palito de fósforo. Nesta fase osolhos já estão bem visíveis.

Data da foto: 10 de Agosto de 2007

No quarto dia eles já começam a nadar livremente peloaquário, isso graças à presença da bexiga natatória,que já começa a se formar, como é possível notar nafoto acima. Nesta fase é onde se começa a alimenta-ção com náuplios de artêmia. Na foto é possível ver oponto alaranjado na barriga do alevino, esse ponto é aprimeira artêmia que ele come na vida.

Data da foto: 20 de Agosto de 200714º dia de vida. Mais uma comparação de tamanhofeita com a cabeça de um palito de fósforo. Notem abarriga cheia de artêmia.

Data da foto: 15 de Setembro de 200740º dia de vida. Outra comparação com o palito defósforo.

Data da foto: 21 de Setembro de 200746º dia de vida. Comendo enquitréias.

Data da foto: 05 de Setembro de 2007Nesta fase o lhote já começa a tomar a forma de umadulto, a pele começa a engrossar aos poucos a bexi-ga natatória começa a deixar de ser visível. Os olhos,como não acompanham o crescimento do peixe, aospoucos vão sumindo no interior da cabeça.

Data da foto: 24 de Agosto de 200718º dia. Com este tamanho já é possível alternar a ali-mentação com microvermes ou ração em pó. Mas, nomeu caso, permaneci dando apenas a artêmia por nãopossuir os microvermes e também porque muitos ale-vinos ainda estavam bem pequenos.

Revista Aqualon 15

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Data da foto: 16 de Outubro de 200771º dia de vida. Nesta foto nota-se que o olho pratica-mente sumiu no interior da cabeça. A partir desse pon-to uma membrana começa a se formar para proteger oburaco onde ca o olho.

Data da foto: 11 de Novembro de 2007Aqui o exemplar já totalmente sem os olhos, queforam encobertos por uma membrana protetora.

01-08-200709-08-2007

12-08-2007

24-08-2007

29-08-2007

05-09-2007

21-09-200716-10-2007

11-11-2007

Vale dizer que o crescimento é muito va-riável conforme a oferta de alimentos queé dado a eles. Quanto mais comida, mais

rápido o crescimento será, podendo dobraro tamanho no mesmo período de tempo.

De todas as espécies de peixes que já criei adiferença de tamanho no crescimento e o índicede canibalismo entre os lhotes do Tetra-cego-das-cavernas é o maior que eu já presenciei. Talvez pelofato que escassez de alimento em seu habitat naturalfaça com que eles se tornem mais vorazes. É a luta pelasobrevivência...

16 Revista Aqualon

8/8/2019 Aqualon Edição 01 - Jul / Ago / Set 2008

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EXPEDIENTE:F fi

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EXPEDIENTE:

Revista Aqualon é uma publicação da Aqualon - Aquaris-mo em Londrina. Com distribuição gratuita, visa divulgaro aquarismo em todos os seus segmentos, desde os aquáriospropriamente ditos até os aspectos ecológicos que o hobbyabrange.

 Editor: Rony SuzukiCoordenação: Americo Guazzelli

Rony Suzuki Projeto gráco e diagramação: Evandro Romero

Rony Suzuki Periodicidade: TrimestralTiragem: 2000 exemplares Revisão: Americo Guazzelli Fotograa: Rony SuzukiColaboraram nessa edição: Alex Kawazaki, AmericoGuazzelli, Mauricio Xavier de Almeida e Rony Suzuki.

 Para anunciar na revista: [email protected](43) 3026 3273 - Rony Suzuki Colaborações e sugestões: Somente através do e-mail:

[email protected]

As matérias aqui publicadas são de inteira responsabilida-de dos autores, não reetindo necessariamente a opinião da

Revista Aqualon. Não publicamos artigos pagos, apenas oscedidos gratuitamente para desenvolver o aquarismo.

Permite-se a reprodução parcial ou total dos artigos e outrosmateriais divulgados na revista desde que seja solicitada suautilização e mencionada a fonte.

A Revista Aqualon, poderá ser baixada gratuitamente emarquivo PDF pela internet através dos sites:http://www.aquaonline.com.br/index.php/Outros/http://www.aquahobby.com/revista/aqualon1.1.pdfwww.aquamazon.com.br Menu: Outros -> Downloadshttp://www.xylema.net/http://www.forumaquario.com.br/revistaaqualon/

A partir do mestre Takashi

Amano o aquarismo tem

parceria obrigatória com a

fotograa.

As maravilhas que vislum-bramos diariamente em nos-

sos aquários são frágeis e

momentâneas e é através da

fotograa que conseguimos

eternizar estes extraordiná-

rios espetáculos miniaturi-

zados da mãe Natureza.

Enveredar pela fotograa deaquários é explorar o mun-do da macrofotograa, pro-

curando registrar detalhes,

que na maioria do tempo

nem notamos dentro destes

pequenos ecossistemas que

chamamos de aquários.

Nas três fotos selecionadas

encontramos exemplos dabeleza oculta nos diminutos

detalhes da vida ocorrendo

diante de nossos olhos.

Texto e fotos:

 Alex Kawazaki

 Foto 1.  A surpresa de encon-trar uma pupila qua-drada no olho de um

  pitú ( Macrobrachium sp). Esta foto obteve a11ª colocação no NikonSmall World de 2006

(www.nikonsmallworld.com)

 Foto 2.

Uma fascinante inver-são de papéis, onde a  presa vira predador.  Artemias capturadas  pelas armadilhas deAldrovanda vesicu-losa, uma fascinante, pequenina, delicada eimpiedosa planta car-

nívora aquática.

 Foto 3. A poesia da vida se re-  petindo nos embriõesde Medaka ( Oryziaslatipes  ), crescendodentro do cacho deovos aderidos num

ramo de musgo.

Fotografias

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Seja um aquarista consciente:* Não solte peixes, plantas ou qualquer outro ani-mal aquático nos rios ou lagos. A soltura desses

animais pode causar impactos ambientais muitosérios, prejudicando fauna e ora nativa!

* Não superalimente os seus peixes, pois o ex-cesso de alimento pode poluir a água do seuaquário.

* Não compre rações vendidas em saquinhosplásticos transparentes. A luz retira todas as vi-

taminas e proteínas da ração. Estas também nãopossuem prazo de validade. Procure comprar ra-ções de boa qualidade que você notará a diferen-ça na saúde de seus animais.

* Não Superpovoe o aquário, pois o excesso depeixes debilitará todo o sistema de ltragem do

aquário, podendo levar seus peixes à morte.

* Não compre peixes que estejam em aquários

que tenham peixes doentes ou mortos. Eles po-dem transmitir doenças para todos os peixes quevocê já possui em seu aquário.

* Não compre peixes por impulso. Pesquise antesa respeito da espécie. Muitas podem ser incom-patíveis com o seu aquário, seja por agressivida-de, parâmetros da água ou tamanho do aquário.

* Não coloque juntas espécies de peixes de pHdiferentes. Certamente uma delas será prejudica-

da, podendo adquirir doenças e contaminar todoo restante.

* Não inicie o hobby se não estiver disposto a dis-pensar os cuidados básicos que os peixes exigem.Com pouco tempo de dedicação obterá sucesso eisto se transformará em lazer.

* Seja observador. É preciso conhecer o comporta-

mento dos habitantes de seu aquário para se ante-cipar aos problemas que possam surgir.

* Lembre-se: Peixes são seres vivos e não merca-dorias que podem ser descartadas a qualquer mo-mento. Preserve a vida!

* Finalizando, PESQUISE! Atualmente podemosusar a internet como uma forte aliada para alcan-çar um aquarismo saudável e consciente. Temos

vários sites/fóruns que pregam a prática corretado aquarismo. Citaremos apenas alguns dos maisconáveis, em ordem alfabética:

www.aquahobby.comwww.aquaonline.com.brwww.forumaquario.com.br

 Foto: Erivaldo Casado

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