jornal da oab jul/ago 2010

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Informativo da OAB - Subseção de Santa Maria - RS Ano XIII - Número 53 - Edição Julho/Agosto de 2010 Jornal A Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (PGE-RS) é instituição à qual compete, dentre outras atribuições, a representação judicial e a consultoria jurídica do Estado e de suas Autarquias, conforme o disposto no art.132 da Constituição Federal e 115 da Constituição Estadual. A atuação da PGE-RS no interior do Estado é realizada através de 19 Procuradorias Regionais, as quais estão vinculadas à Procuradoria do Interior, localizada em Porto Alegre. A 5ª Procuradoria Regional (5ª PR), com sede em Santa Maria, atende as Comarcas de Santa Maria, Agudo, Faxinal do Soturno, Restinga Seca, Lavras do Sul, Caçapava do Sul, São Sepé, Tupanciretã, Júlio de Castilhos, São Pedro do Sul, São Vicente do Sul, Jaguari, Santiago, São Francisco de Assis e Cacequi, totalizando 37 municípios atendidos. Atualmente, a 5ª PR é a maior Procuradoria Regional em número de processos, existindo, no momento, aproximadamente 29.000 processos ativos sob a responsabilidade dos dez procuradores do Estado lotados na regional, o que totaliza uma média de 2.900 processos por procurador. O volume excessivo de processos ativos é resultado do crescimento exponencial e excepcional no número de demandas, o qual, nos últimos dez anos, teve um acréscimo de quase 600%, sem que fosse possível o proporcional incremento no número de servidores e de procuradores. Essa progressão pode ser constatada através dos seguintes gráficos, apresentados pelo Gabinete da PGE-RS ao Conselho de Relações Institucionais e de Comunicação Social do Tribunal de Justiça em 2009: Especificamente quanto à Procuradoria Regional de Santa Maria, consoantes informações extraídas dos registros do sistema de controle de processos judiciais da PGE (CPJ) e do livro tombo de registro de entrada de ações novas, a 5ª PR recebia 200 ações novas/mês, em 2004, passando para mais de 1000 ações novas/mês, em junho de 2008. Além disso, há pouco tempo, a 5ª PR dispunha de velocidade de banda larga equivalente a 256 kbps, que era dividida em órgãos com mais de dez usuários, proporcionando uma velocidade individual entre 15 e 25 kbps. Os computadores disponíveis, eram em número insuficiente para todos os servidores e procuradores, utilizavam o Windows 95 e 98, e possuíam 128 Mb de RAM, o que dificultava ainda mais o desempenho das atividades. Outro sério problema enfrentado pela PGE-RS decorreu do insuficiente número de servidores na equipe de Peritos, o que ocasionou o acúmulo involuntário de processos em Porto Alegre, local para onde eram remetidos os autos para análise e confecção de cálculos. Em síntese, houve grave descompasso entre a estrutura e os recursos humanos existentes para o enfrentamento da crescente demanda, gerando a incapacidade de atendimento de todos os feitos e o acúmulo de processos em carga com a PGE-RS. Visando corrigir esses graves problemas, foram adotadas pela Administração da PGE, notadamente na gestão vigente, uma série de medidas. Houve a contratação de escritórios contábeis para a realização da análise dos cálculos apresentados em processos relativos a ações de massa. Foram criados novos cargos no Quadro de Pessoal de Apoio da PGE, realizando-se concurso regionalizado, que resultou na nomeação e lotação em Santa Maria de dos assessores contadores. Tais medidas diminuíram bastante o tempo de análise e confecção de cálculos pela PGE-RS, possibilitando a devolução mais célere dos autos A Procuradoria Geral do Estado aos cartórios judiciais. Nesse período, também ocorreu a nomeação de novos assessores jurídicos e agentes administrativos, além da contratação de estagiários, em números nunca vistos antes. Somente em nossa unidade de Santa Maria, houve o aporte de mais 10 assessores jurídicos, 25 estagiários, além de servidores administrativos e assessores contadores. Também houve o incremento do nº de procuradores. Ainda, foram adquiridos novos equipamentos de informática, bem como operacionalizado aumento da velocidade de banda larga. De ser referido que se encontra concluído e homologado o 12º Concurso Público de Provas e Títulos para Provimento de Cargos na Classe de Ingresso da Carreira de Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, com previsão de iminente lotação e exercício de mais procuradores na Procuradoria Regional de Santa Maria, para atendimento desta demanda tão excessiva e sempre crescente. Por fim, já se encontra em negociação a remodelação da unidade de Santa Maria, com a iminência de mudança para prédio mais adequado ao volume de trabalho e à necessidade desta Procuradoria, com melhores condições de atendimento ao público e aos Advogados. Portanto, se verifica que, houve diversas melhorias na estrutura da PGE-RS, em razão da atuação da Administração da Casa, cujos resultados práticos certamente já podem ser percebidos no meio jurídico, contudo, em razão do volume de processos continuar em constante crescimento, e a organização da estrutura da Administração Pública depender sempre de uma série de procedimentos legais inerentes ao trato com a verba pública, o acúmulo de demanda ainda é uma realidade na 5ª PR. A título de esclarecimento, atualmente os procuradores lotados na Regional de Santa Maria têm recebido em carga, semanalmente, uma média de cento e cinquenta processos, além de diversos expedientes administrativos, ofícios e memorandos. Isso significa que, somente no primeiro semestre deste ano, cada um dos procuradores recebeu em carga aproximadamente 3.600 processos. Dessa forma, conforme esclareceu o Dr. Luiz Alberto Corrêa de Borba, Procurador do Estado lotado na 5ª PR, em artigo publicado no site da Revista Espaço Vital em 10/03/2009: “a demora na devolução dos processos decorre, portanto, de uma soma de fatores cuja solução não está ao alcance dos procuradores que atuam na atividade fim e, por vezes - eis que dependem dos recursos públicos - nem dos procuradores que atuam no gerenciamento da instituição. Não é real a idéia de que os Procuradores do Estado comunguem do pensamento de que os feitos devam ser procrastinados, evitando-se os pagamentos devidos; muito pelo contrário!” Assim, o que se pretende seja esclarecido aos colegas que não conhecem a realidade estrutural da PGE-RS é que não há, e nunca houve, a intenção de reter autos visando retardar pagamentos ou quaisquer outros atos judiciais. A demora na devolução dos processos aos cartórios dá-se exclusivamente em razão da insuficiência da força de trabalho para atender à demanda crescente a que estão submetidos os procuradores do Estado. Nesse ponto, cabe enfatizar que a PGE-RS é uma instituição formada, acima de tudo, por advogados. Advogados públicos, cujos clientes, entes públicos que representa, são, em regra, demandados através de ações de massa e possuem recursos financeiros limitados. Resultam daí o excessivo volume de demandas e a deficiência estrutural, fatores que acarretaram o acúmulo de processos em carga. Por fim, importante reiterar o compromisso da PGE e dos procuradores somente com a legalidade, com a defesa do interesse público primário e não com interesses pontuais do eventual administrador.O que nos interessa é a orientação correta, para a atuação legal e constitucional da Administração Pública, para a legal e constitucional implementação das políticas públicas tão necessárias à sociedade gaúcha, bem como a defesa do interesse público efetivo, do patrimônio público, agindo sempre com a máxima lisura e probidade processual e administrativa, em defesa da sociedade, sem jamais pretender obstar ou protelar indevidamente o alcance ou fruição de qualquer direito legítimo do cidadão. Fonte: PGE de Santa Maria. Impresso Especial 9912161323 - DR/RS Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de Santa Maria DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Excesso de demandas assoberba Advocacia Pública Gaúcha Volume de processos da PGE de Santa Maria.

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A Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (PGE-RS) é instituição à qual compete, dentre outras atribuições, a representação judicial e a consultoria

jurídica do Estado e de suas Autarquias, conforme o disposto no art.132 da Constituição Federal e 115 da Constituição Estadual.

A atuação da PGE-RS no interior do Estado é realizada através de 19 Procuradorias Regionais, as quais estão vinculadas à Procuradoria do Interior, localizada em Porto Alegre.

A 5ª Procuradoria Regional (5ª PR), com sede em Santa Maria, atende as Comarcas de Santa Maria, Agudo, Faxinal do Soturno, Restinga Seca, Lavras do Sul, Caçapava do Sul, São Sepé, Tupanciretã, Júlio de Castilhos, São Pedro do Sul, São Vicente do Sul, Jaguari, Santiago, São Francisco de Assis e Cacequi, totalizando 37 municípios atendidos.

Atualmente, a 5ª PR é a maior Procuradoria Regional em número de processos, existindo, no momento, aproximadamente 29.000 processos ativos sob a responsabilidade dos dez procuradores do Estado lotados na regional, o que totaliza uma média de 2.900 processos por procurador.

O volume excessivo de processos ativos é resultado do crescimento exponencial e excepcional no número de demandas, o qual, nos últimos dez anos, teve um acréscimo de quase 600%, sem que fosse possível o proporcional incremento no número de servidores e de procuradores. Essa progressão pode ser constatada através dos seguintes gráficos, apresentados pelo Gabinete da PGE-RS ao Conselho de Relações Institucionais e de Comunicação Social do Tribunal de Justiça em 2009:

Especificamente quanto à Procuradoria Regional de Santa Maria, consoantes informações extraídas dos registros do sistema de controle de processos judiciais da PGE (CPJ) e do livro tombo de registro de entrada de ações novas, a 5ª PR recebia 200 ações novas/mês, em 2004, passando para mais de 1000 ações novas/mês, em junho de 2008.

Além disso, há pouco tempo, a 5ª PR dispunha de velocidade de banda larga equivalente a 256 kbps, que era dividida em órgãos com mais de dez usuários, proporcionando uma velocidade individual entre 15 e 25 kbps. Os computadores disponíveis, eram em número insuficiente para todos os servidores e procuradores, utilizavam o Windows 95 e 98, e possuíam 128 Mb de RAM, o que dificultava ainda mais o desempenho das atividades.

Outro sério problema enfrentado pela PGE-RS decorreu do insuficiente número de servidores na equipe de Peritos, o que ocasionou o acúmulo involuntário de processos em Porto Alegre, local para onde eram remetidos os autos para análise e confecção de cálculos.

Em síntese, houve grave descompasso entre a estrutura e os recursos humanos existentes para o enfrentamento da crescente demanda, gerando a incapacidade de atendimento de todos os feitos e o acúmulo de processos em carga com a PGE-RS.

Visando corrigir esses graves problemas, foram adotadas pela Administração da PGE, notadamente na gestão vigente, uma série de medidas.

Houve a contratação de escritórios contábeis para a realização da análise dos cálculos apresentados em processos relativos a ações de massa. Foram criados novos cargos no Quadro de Pessoal de Apoio da PGE, realizando-se concurso regionalizado, que resultou na nomeação e lotação em Santa Maria de dos assessores

contadores. Tais medidas diminuíram bastante o tempo de análise e confecção de cálculos pela PGE-RS, possibilitando a devolução mais célere dos autos

A Procuradoria Geral do Estado aos cartórios judiciais.Nesse período, também ocorreu a nomeação de novos assessores jurídicos e

agentes administrativos, além da contratação de estagiários, em números nunca vistos antes. Somente em nossa unidade de Santa Maria, houve o aporte de mais 10 assessores jurídicos, 25 estagiários, além de servidores administrativos e assessores contadores. Também houve o incremento do nº de procuradores. Ainda, foram adquiridos novos equipamentos de informática, bem como operacionalizado aumento da velocidade de banda larga.

De ser referido que se encontra concluído e homologado o 12º Concurso Público de Provas e Títulos para Provimento de Cargos na Classe de Ingresso da Carreira de Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, com previsão de iminente lotação e exercício de mais procuradores na Procuradoria Regional de Santa Maria, para atendimento desta demanda tão excessiva e sempre crescente.

Por fim, já se encontra em negociação a remodelação da unidade de Santa Maria, com a iminência de mudança para prédio mais adequado ao volume de trabalho e à necessidade desta Procuradoria, com melhores condições de atendimento ao público e aos Advogados.

Portanto, se verifica que, houve diversas melhorias na estrutura da PGE-RS, em razão da atuação da Administração da Casa, cujos resultados práticos certamente já podem ser percebidos no meio jurídico, contudo, em razão do volume de processos continuar em constante crescimento, e a organização da estrutura da Administração Pública depender sempre de uma série de procedimentos legais inerentes ao trato com a verba pública, o acúmulo de demanda ainda é uma realidade na 5ª PR. A título de esclarecimento, atualmente os procuradores lotados na Regional de Santa Maria têm recebido em carga, semanalmente, uma média de cento e cinquenta processos, além de diversos expedientes administrativos, ofícios e memorandos. Isso significa que, somente no primeiro semestre deste ano, cada um dos procuradores recebeu em carga aproximadamente 3.600 processos.

Dessa forma, conforme esclareceu o Dr. Luiz Alberto Corrêa de Borba, Procurador do Estado lotado na 5ª PR, em artigo publicado no site da Revista Espaço Vital em 10/03/2009: “a demora na devolução dos processos decorre, portanto, de uma soma de fatores cuja solução não está ao alcance dos procuradores que atuam na atividade fim e, por vezes - eis que dependem dos recursos públicos - nem dos procuradores que atuam no gerenciamento da instituição. Não é real a idéia de que os Procuradores do Estado comunguem do pensamento de que os feitos devam ser procrastinados, evitando-se os pagamentos devidos; muito pelo contrário!”

Assim, o que se pretende seja esclarecido aos colegas que não conhecem a realidade estrutural da PGE-RS é que não há, e nunca houve, a intenção de reter autos visando retardar pagamentos ou quaisquer outros atos judiciais. A demora na devolução dos processos aos cartórios dá-se exclusivamente em razão da insuficiência da força de trabalho para atender à demanda crescente a que estão submetidos os procuradores do Estado.

Nesse ponto, cabe enfatizar que a PGE-RS é uma instituição formada, acima de tudo, por advogados. Advogados públicos, cujos clientes, entes públicos que representa, são, em regra, demandados através de ações de massa e possuem recursos financeiros limitados. Resultam daí o excessivo volume de demandas e a deficiência estrutural, fatores que acarretaram o acúmulo de processos em carga.

Por fim, importante reiterar o compromisso da PGE e dos procuradores somente com a legalidade, com a defesa do interesse público primário e não com interesses pontuais do eventual administrador.O que nos interessa é a orientação correta, para a atuação legal e constitucional da Administração Pública, para a legal e constitucional implementação das políticas públicas tão necessárias à sociedade gaúcha, bem como a defesa do interesse público efetivo, do patrimônio público, agindo sempre com a máxima lisura e probidade processual e administrativa, em defesa da sociedade, sem jamais pretender obstar ou protelar indevidamente o alcance ou fruição de qualquer direito legítimo do cidadão.

Fonte: PGE de Santa Maria.

Impresso Especial

9912161323 - DR/RSOrdem dos Advogados do Brasil

Subseção de Santa Maria

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CORREIOS

Excesso de demandas assoberba Advocacia Pública Gaúcha

Volume de processos da PGE de Santa Maria.

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Editorial Carteiras OABHonorários advocatícios

Com a resolução número 07 de 2009, que recentemente entrou em vigor, temos uma nova tabela de honorários advocatícios, com a atualização e com novidades, pois alteram parâmetros e valores, e tratam de áreas do direito ambiental, trânsito e dos Juizados Especiais.Devemos estar atentos a mencionada tabela, em relação aos

p r o c e d i m e n t o s j u d i c i a i s e e x t r a j u d i c i a i s , m a s a c i m a d e t u d o , devemos chamar atenção a um problema que merece ser tratado de forma objetiva e clara; destacamos o aviltamento do valor cobrado à título de honorários advocatícios.

O recebimento de honorários é um direito assegurado a todo advogado militante, no exercício da imprescindível atividade profissional, como sujeito integrante à administração da Justiça, garantida pelo estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, que essencialmente tem natureza alimentar, e também respaldada pelas normas processuais e constitucionais.

E poderíamos evidenciar a fixação dos honorários como sucumbência, aonde em inúmeras decisões monocráticas e dos próprios arestos proferidos pelos Tribunais, vem constantemente limitando o quantum fixado ou arbitrado como verba de sucumbência, conduzindo ao descrédito e a própria desvalorização da Advocacia, decisões que devem ser atacadas, com conduta e instrumento processual adequado, que são através de um trabalho qualificado e da interposição do recurso adequado.

Portanto, não podemos nos curvar a fixação modesta e desproporcional, pois os honorários deverão satisfazer o trabalho realizado, considerando o grau de zelo do profissional, o lugar de prestação do serviço, a natureza e importância da causa, a complexidade do trabalho, o tempo de duração despendido pelo causídico, conforme exarada expressamente no código processual civil, e o nosso próprio estatuto, e que devem ser sopesados de forma transparente na ocasião da fixação dos honorários advocatícios.

A classe dos advogados vem se posicionando no sentido que se arbitrem de forma equitativa pelos julgadores, os honorários condizentes com o trabalho profícuo realizado, através do profissional habilitado, valores que não se caracterizam pela modicidade, e a luta se expressa, por meio da informação, da discussão e até mesmo pela reforma legislativa.

Mas o que vem preocupando também, são os valores irrisórios, módicos e aviltantes cobrados por alguns profissionais na realização e desenvolvimento do trabalho contratado, que não espelham a valorização e dignidade da profissão, colocando em dúvida até mesmo a concretização e conclusão do trabalho incumbido, pois o valor sequer cobre as despesas necessárias para cumprimento dos preceitos legais e fiscais da atividade profissional.

A tabela é o marco referencial na quantificação dos nobres honorários advocatícios, que poderão ser ajustados e moldados em certas circunstâncias, considerando as peculiaridades de cada causa, a complexidade da questão objeto da demanda, o próprio proveito e a capacidade econômica do cliente, mas também, pode ser compatibilizados de acordo com a reputação e o renome do profissional que irá desenvolver a tarefa, pois é permitida expressamente inclusive, a contratação de valores superiores aos constantes da tabela.

O advogado na sua atuação laboral, presta serviços ao cliente, através do mandato, com responsabilidade civil, que têm direitos e obrigações, sem contar a privilegiada natureza alimentar, e por consequência, o valor dos honorários deverão ser condizentes, proporcionais e equitativos, pois os mesmos valorizam e espelham a qualidade do trabalho que será desempenhado pelo profissional.

Preocupa a classe dos nobres patronos sim, os valores irreais, irrisórios e que podem ser chamados até mesmo de “taxinha” cobradas por alguns colegas, que não se valorizam, e são estipuladas para acompanhar audiência, assistência de instrumentos cartorários, e que acabam por atingir a todos, pela desvalorização profissional, e de que não somos merecedores pelo trabalho que realizamos.

Portanto, vamos nos valorizar colegas, realizando trabalhos qualificados e exigindo honorários condizentes com a atividade da advocacia, vislumbrando que nossa

atividade é imprescindível ao equilíbrio das relações sociais. José Fernando Lutz Coelho.

Presidente OAB/SM.

OAB tem novo endereço em São Pedro do Sul

São Pedro do Sul inaugurou no último dia 05 de julho, a nova sede do Fórum na cidade.

Com o novo prédio, a sala da OAB mudou-se para uma sala no Fórum, onde dispõe de nova estrutura, para melhor atender aos advogados de São Pedro do Sul e região.

O Fórum fica na Rua Ernesto Wagner, 233. Bairro Centro.

Expediente

Diretoria Executiva

Conselho Subseccional

Assessoria de Imprensa e Comunicação:

E-mail

Colaborações: Contato Comercial:Fotos: Capa: Impressão:Tiragem:

Distribuição gratuita e dirigida. *Opiniões manifestadas em artigos são de responsabilidade de seus autores.

Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Rio Grande do Sul - Subseção de Santa Maria Rua Serafim Valandro, 1236 - Centro. CEP 97015-630. Fone/fax: (55) 3026 0201

www.oabsma.org.br Email:[email protected]

Presidente: Dr. José Fernando Lutz CoelhoVice-presidente: Dr. Péricles Lamartine Palma da CostaSecretária-geral: Dra. Noemy Cezar Bastos Aramburú Secretária-geral adjunta: Dra. Dirce Marques da Rocha TrevisanTesoureiro: Dr. Alessandro Oliveira Ramos

Dr. Aroldo Fagundes da Silva Dra. Claudete Magda Calderan CaldasDr. Eduardo de Assis Brasil Rocha Dra. Fátima Beatriz Werner Ferreira Dr. Guilherme Crivellaro Becker Dr. Luciano José Tonel de Medeiros Dr. Marcelo Carlos Zampieri Dr. Márcio de Souza Bernardes Dra. Sandra Mendonça DirkDr. Tiago Fernández Robinson

Priscila Saucedo. : [email protected]

Adriana Pozzobon, Adrieli Guidolin Rossi, Cintia Keplin Adriana Pozzobon, Cintia Keplin, Priscila Saucedo

Adriana Pozzobon, Priscila SaucedoPriscila Saucedo

Gráfica Pallotti 2.500 exemplares

Entre a primeira quinzena de maio e a segunda quinzena de junho, foram entregues pela OAB - Subseção de Santa Maria, 24 carteiras. Desse número, 11 carteiras são profissionais e 13 de estagiários.

16/04/2010

O Vice-presidente da AOB/SM, Dr. Péricles L. P. da Costa e n t r e g o u a s c a r t e i r a s profissionais da OAB para: Ana Laura Omizzolo , Natá l ia Possamai Del Fabro, Dr. Péricles da Costa, Bianca Sacchis Ferrigolo, Luiza Scopel Hoffmann.

16/04/2010

O Dr. Péricles da Costa entregou as carteiras de estagiários para: Jolinara da Cunha Possebon, Marcelo Viana Dutra, Giovani Paim Fracari, Diego Ilha Annes.

07/05/2010

A C o n s e l h e i r a - g e r a l d a Subseção de Santa Maria, Dra. Noemy Bastos Aramburú entregou as carteiras da OAB para: Bárbara Magoga Bosak, Natália Basso Guterres, José João Pillar Sobroza.

14/05/2010

Luiz Gonzaga Pereira Trindade, Elias Garay Licker, Dr. Péricles L.P. da Costa, Jucelma de Cássia Tolotti Mainardi, Edmar Fernandes Mendonça.

28/05/2010

Receberam as carteiras da OAB: Aline Antunes Gomes (estagiária), Dr. José Fernando Lutz Coelho, Thiago Nöthen de Medeiros, Cássio Lorenzoni Sauthier (estagiário), Patrícia de Castro Cruz (estagiária).

10/06/2010

Marcele Disconzi Durgante (carteira de estagiária),

S u z a n a Medianeira Cassol, Bruna Hundertmarch (carteira de estagiária).

Dr. José Fernando Lu tz C o e l h o ,

XXIV Ciclo de Estudos Jurídicos: “A Arte da Advocacia Contemporânea”

Dias 09, 10 e 11 de agosto de 2010. Local: ULBRA/SM

Realização:

28/06/2010

O Dr. Coelho entregou as carteiras profissionais da OAB para: Raquel Magali Pretto dos Santos, Raphael Urbanetto Peres e Marcio Saldanha Barbo.

José Fernando Lutz 28/06/2010

O Dr. a carteira de estagiário da OAB para Frederico Santana de Oliveira.

José Fernando Lutz Coelho entregou

Foto: Niura Azevedo

Page 3: Jornal da OAB Jul/Ago 2010

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NotíciasEspaço de responsabilidade da Comissão da Mulher Advogada.

Comissão da Mulher Advogada

Agenda OAB - Subseção de Santa Maria

Abril

30/04/2010 - Ocorreu uma audiência pública no Salão de Atos do Conjunto III – Campus II da Unifra, que debateu os problemas do uso do Crack em Santa Maria.

O evento foi ministrado pelo Dep. Fabiano Pereira. A OAB/SM foi representada por sua Secretária-geral, Dra. Noemy Bastos Aramburú.

Maio

04/05/2010 - Aconteceu na Câmara de Vereadores, Sessão Solene de entrega dos Títulos de Benemerência e Título de Vereador Emérito à personalidades de Santa Maria. O Vice-presidente da OAB/SM, Dr. Péricles L. P. da Costa compôs a mesa ao lado de autoridades da cidade.

Os homenageados foram: Sr. João Gilberto Lucas Coelho - Cidadão Santa-mariense; Sra. Ruth Pereiron - Cidadã Benemérita; Sra. Eny Trindade Soares - Honra ao Mérito; Sr. Ony Lacerda da Silva - Vereador Emérito.

08/05/2010 - Colaboradores das 105 subseções da OAB/RS receberam treinamento para orientar advogados em relação ao uso do Processo Eletrônico do TRF4.

Representando Santa Maria esteve Cintia Keplin de Souza, colaboradora da OAB/SM há oito anos.

14/05/2010 - A convite do Sr. Tenente-Coronel José Eduardo Ruppenthal, o Presidente da OAB/SM, Dr. José Fernando Lutz Coelho participou do almoço de confraternização anual entre a Base Aérea e a Alta Comunidade Jurídica de Santa Maria.

20,21 e 22/05/2010 - Aconteceu o Simpósio Nacional de Direito Tributário em homenagem à Ministra Eliana Calmon, no Itambé Palace Hotel. O Dr. José Fernando Lutz Coelho participou do Simpósio, representando a OAB/SM.

24/05/2010 - A FAPAS iniciou sua semana acadêmica na segunda-feira, 24. A solenidade de abertura realizada no Auditório Vicente Pallotti, contou com a presença do Tesoureiro da OAB, Dr. Alessandro de Oliveira Ramos, que foi representando a entidade.

Junho

29/06/2010 - A Comissão Mista de Gestão realizou reunião na manhã do dia 29. O presidente da OAB/SM, Dr. José Fernando Lutz Coelho participou da reunião, junto com a representante da OAB na Comissão Mista, Dra. Sandra Dirk.

A missão de administrar a subseção

Prezados colegas:

Quando alguma pessoa faz parte de um projeto, se doando em nome da advocacia, deve ter a exata noção da missão a qual se submete.

Sinto-me demais honrado por ter tido a oportunidade de ter presidido esta subseção, principalmente porque pude aprender muito com o convívio dos colegas, compartilhando nossas angustias, receios, ilusões e conquistas, mantendo a máxima de que “todo advogado é cacique”, não existindo índios nessa tribo.

O poder é revelador aqueles que não estão preparados para ele. Nesse aspecto, sempre me preocupei em ter bem claro ninguém é presidente da OAB. Isso é apenas o que você faz. A compreensão do ser é muito mais ampla e elevada do que qualquer vaidade.

Manifesto isso em agradecimento, já que o apoio recebido por vários colegas me levou a crer que o esforço em prol da classe surtiu algum efeito. Agradeço de coração aos colegas, principalmente aos que se mantiveram na diretoria, já que sem eles nada seria realizado.

Gostaria de poder dizer que fiz (participei de) uma gestão perfeita. Mas a realidade esta longe disso.

Nada foi fácil. Imaginem, colegas, o que significa assumir uma OAB sem sede própria (a atual já estava comprometida para a construtora) em virtude de um impagável contrato de construção de sede nova, que comprometeu financeiramente toda a gestão passada.

Agradecimentos ao Presidente Lamachia, que ao assumir uma bronca que não era sua, enviou, por vários meses, a quantia de 6 e 8 mil reais para auxiliar a construção da sede.

Contudo, mesmo que nos 36 meses de gestão essa ajuda viesse (e somente se recebeu a partir do segundo), e que fosse no valor máximo mensal, teríamos ai um total de 36 x 8 = 288 mil reais. Infelizmente, isso não representaria nem mesmo 20% do total da obra.

Pois foi o custo de construção da nova sede, em contrato assinado pela gestão que me antecedeu, pelo hoje vice-presidente seccional, Dr. Jorge Maciel, que chegava a mais de um milhão e duzentos mil reais em valores históricos que penalizou a instituição.

As parcelas desse contrato sempre foram impagáveis, e agradecemos a compreensão da empresa BK, que pode compreender que o desafio assumido pela subseção era absolutamente impossível de se cumprir.

Assim, renegociamos o contrato prevendo pagamentos mensais (e a maior parte dos pagamentos na gestão passada se deram com verba subseccional). Ato sequente infeliz, a crise americana trouxe aumento do preço dos materiais, o que resultou em novo reajuste. Assim, foi combinado de se terminar o segundo andar para que se possa entregar a atual sede para a construtora e mudar a sede da subseção, esperando que as gestões que se sucedessem após, pudessem ir terminando o prédio em pactos novos de construção.

Contudo, como ficar se isentando de atos realizados por outros gestores se trata de irresponsabilidade institucional, e que temos que pensar na OAB daqui a 10, 15 anos, e não somente no sucesso da gestão de hoje, reunimos a diretoria e ouvimos vários ex-presidentes para decidir se abandonaríamos o projeto ou se seguiríamos adiante. A voz uníssona foi no sentido de se continuar a construção da sede.

Pensando no futuro, e pensando nas consequências jurídicas de inadimplir um contrato, resolvemos encarar o desafio. Desafio de sofrer um desgaste relativo a decisões as quais nunca participamos.

Nesse momento, pensamos nos mesmos colegas que reencontraríamos no Fórum, num dia comum, daqui a 10 ou 15 anos. No que eles achariam dessa decisão tomada há mais de década. E gosto da idéia de poder olhar nos olhos dos colegas e afirmar que decidimos abrir mão do presente em nome do futuro. De qualquer modo, as melhores co isas da OAB fo ram rea l i zadas com c r ia t i v idade , sem d inhe i ro .

Transparência. Clareza. Todos os atos da gestão passada estão disponíveis aos colegas (e sempre estiveram) para que os mesmos possam criticar e opinar. Fico feliz de ver que o atual vice-presidente, Péricles da Costa (o grande Neco), se integrou ao grupo que vinha trabalhando pela OAB até então e manifestar suas ideias com total destemor. Afinal, advogado sem opinião não é advogado. E se o mesmo não questionasse a Seccional para que a mesma explicasse o motivo da interrupção da ajuda para a obra, realmente a atual gestão estaria em situação diferenciada em relação à gestão passada.

Contudo, resolvido o problema, dou as boas-vindas ao amigo, eis que a tarefa é árdua mesmo, e faço os mais puros e sinceros votos de sucesso.

Deste modo, saudosista da rotina que tinha, pela honra de representar vocês, colegas, e na certeza de que o grupo OAB PRESENTE se manterá sempre aberto a todos os advogados, explico que as dificuldades financeiras hoje enfrentadas não são novas. São meros obstáculos a serem transpostos em nome de nossa advocacia santa-mariense. Dias melhores virão.

Ricardo Jobim. Ex-presidente OAB/SM - Gestão 2007/2009.

O direito à vida e a questão do aborto

Recentemente fui abordada por uma aluna sobre o tema aborto, como eu me posicionava a respeito do assunto. Neste momento tentei separar a Noemy filha de um oficial do Exército da ala conservadora, com formação cristã, e a advogada atuante na defesa dos assuntos ligados às mulheres, sejam advogadas ou não.Assim, utilizando o meu lema profissional -

Advogado luta pelo Direito, porém quando encontrares o Direito em conflito com a justiça, luta pela justiça, fui categórica, sou contra o aborto.

No segundo momento fui perquirida, por quê? Respondi, esta resposta deve ser separada em tópicos: primeiro, no Brasil é crime, pouco se avançou neste tema, pois segundo a legislação penal brasileira, que data de 1940, o aborto é admitido em dois casos, quando a vida da mãe está em perigo e quando há caso de estupro.

Mas se houver estupro deixa de ser crime, neste momento devolvi à aluna a pergunta. Porque no caso de aborto não é crime? A aluna me respondeu da maneira mais ingênua possível: se houver uma justificativa (estupro) se pode matar alguém!

O segundo tópico porque me posiciono contra é o fato psicológico da mulher que aborta. Como é sabido as mulheres que passam por um aborto devem ter um acompanhamento psicológico, pois surgem transtornos que aparecem muito rapidamente.

Em uma pesquisa foi comprovado que, as alterações surgem após 8 semanas do aborto: 44 % se queixam de transtornos nervosos, 36 % padecem alterações do sono, 31 % arrependiam-se pela decisão e 11 % tomavam remédios psicotrópicos prescritos por seus médicos – fonte Ashton, They Psychosocial Outcome of Induced Abortion , British Journal of Ob&Gyn., 87 (1980), pp. 1115-1122.Muitas mulheres apresentam estresse pós-traumático, após o aborto; as características são: angústia, medo, impotência, desequilíbrio e se intensificam ainda mais se o trauma leva consigo lesão física e violação sexual – fonte Catherine Barnard, The Long-Term Psychological Effects of A bortion, Portsmouth, N.H.: Institute for Pregnancy Loss, 1990.

Logo, mesmo no caso em que o aborto seja consequência de abuso sexual e seja amparado por lei, não se elimina na mulher a possibilidade de trauma: por quê? É o que se denomina sentimento de culpa, que não é facilmente evitável nestes casos – fonte Francke, The Ambivalence of Abortion. New York: Random House, 1978, pp. 84-95.

Assim, na defesa da mulher seja ela gestante, seja ela embrião, o aborto deve ser analisado, pensado e aplicado a justiça, mesmo que ela conflitua com o Direito – por isso luto pelo Direito, o Direito à VIDA.

Noemy Bastos AramburúPresidente da Comissão da Mulher Advogada.

A OAB/SM juntamente com a Associação Santo Ivo, a comunidade do Parque Dom Antônio Reis e a Paróquia da Medianeira, organizaram duas importantes atividades em homenagem a Santo Ivo, padroeiro dos Operadores do Direito. Abaixo registro do encontro dos Cursos de Direito, no dia 25 de maio: Fapas, Fadisma, Ulbra, Fames e Unifra.

30/05/2010 - Missa festiva, em homenagem a Santo Ivo, celebrada pelo Bispo Dom Hélio Hubert e pelo Padre Eugenio Pozzobon.

Na manhã do dia 30 de maio, o Prof. Paulo Renato dos Santos Ferrony, Coordenador do Núcleo de Prática Jurídica da UNIFRA, foi escolhido o novo presidente da Associação Santo Ivo, durante assembléia ordinária.

Palestra Comissão Mista de Gestão: O Direito e a Moral

No dia 18 de maio de 2010, a Comissão Mista de Gestão realizou uma palestra aos Operadores de Direito, com o tema O Direito e a Moral.

A palestra ministrada pelo Prof. Jarbas Lima ocupou todos os lugares do Salão do Júri, do Foro da Comarca de Santa Maria.

A frente da organização do evento estiveram a Dra. Sandra Dirk, representante da OAB na Comissão Mista e a Dra. Noemy Aramburú, Secretária-geral da OAB e representante da apoiadora FAPAS.

Almoço realizado alusivo ao encontro anual entre a BASM e a

Comunidade Jurídica de Santa Maria

Aconteceu no dia 14 de maio na Base Aérea de Santa Maria (BASM), o almoço anual de confraternização entre a Organização Militar (OM) e a comunidade jurídica de Santa Maria.

O evento visou estreitar os laços da representante da Força Aérea na região central do Rio Grande do Sul, com as diversas instituições que operam o direito no Estado, dentre elas a OAB, representada no evento por seu presidente, Dr. José Fernando Lutz Coelho.

Após seu discurso de boas-vindas, o Comandante da BASM, Coronel José Eduardo Ruppenthal apresentou um vídeo institucional sobre a Unidade por ele comandada.

O evento foi também, a despedida do serviço ativo da Força Aérea, do oficial jurídico da BASM, Tenente M. Senna, que após longos anos dedicados à Aeronáutica passará para a reserva, de onde poderá se dedicar, após ingresso

nos quadros da OAB, a advocacia privada.

Fotos: K

aren Focking

Dra. Noemy Aramburú, Prof. JarbasLima, Dra. Sandra Dirk.

Dr. Edison Domingues, Dra. Sandra Dirk, Prof. Jarbas Lima, Juíza Márcia D. Wrasse, Juiz Paulo Afonso R. Caetano, Dr. Jorge Costi Knoll e Dra. Noemy Aramburú.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Base Aérea de Santa Maria - BASM

Com a Palavra, o Colega

No dia 05 de maio, na sede da OAB/SM, os Coordenadores dos Cursos de Direito reuniram-se, para tratar da organização do XXIV Ciclo de Estudos Jurídicos.

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Page 4: Jornal da OAB Jul/Ago 2010

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OAB em PautaSeguindo a sequência das edições anteriores do Jornal

convidamos o Tesoureiro da OAB/SM, Dr. Alessandro de Oliveira Ramos, para responder algumas questões a respeito da administração

financeira da Subseção.

Esta é a tua segunda gestão como Tesoureiro da OAB. O que te motivou a continuar administrando o financeiro da Subseção? A possibilidade de dar continuidade ao trabalho em grupo, pelo benefício da coletividade na cidade em Santa Maria/RS, mas logicamente sem esquecer da qualidade dos que se mantiveram na diretoria e daqueles que vieram

a agregar.O que tu consideras prioridade na administração da nova gestão?As pretensões sãos inúmeras, entretanto algumas distantes ainda nesta

gestão, mas podemos destacar a continuidade da obra, a melhoria na qualidade e quantidade de serviços estendidos a classe de advogados, um retorno a sociedade dos profissionais que não participam da mínima ética e mancham a classe.

Foi exposta na última edição do jornal da OAB, que a situação financeira da subseção está muito abaixo do ideal. Qual a real razão para essa situação?

A situação financeira da OAB, diga-se subseção de Santa Maria/RS, não é diversa da estadual e muito menos de outras comarcas, pois é cediço que não é autossuficiente, sobrevivendo quase exclusivamente de seu repasse mensal.

Bom, deste repasse atualmente, existe a preocupação em continuação da obra, troca de computadores do ambiente disponibilizado na sede do Foro aos advogados, aquisição de mobília e equipamentos para sala da OAB em São Pedro do Sul e principalmente quitação de demandas, que infelizmente se direcionaram a subseção. Portanto, a situação de fato é delicada, mas por uma conjuntura de fatores que eclodiu simultaneamente por quem não consegue praticamente fazer reserva de caixa.

Como é feito o repasse financeiro da OAB/RS para a subseção? O repasse é feito mensalmente pela Seccional gaúcha aos cofres da

Subsecção de Santa Maria e conforme narrado anteriormente, destinado a manutenção da estrutura de Santa Maria/RS.

Quais os teus projetos para reverter a situação financeira da OAB/SM?

Atualmente embora tenha a função de tesoureiro, as decisões são tomadas em conjunto, ou seja, parte de um grupo a melhor atuação até na redução de despesas até ordinárias. O maior exemplo pode ser identificado na tentativa de redução do quadro de funcionários (hoje composto por aproximadamente 13), no caso do xerox existente junto ao JEC de Santa Maria/RS, o que perdurou apenas meio expediente, já que as conseqüências rapidamente chegaram a diretoria no descontentamento.

Os advogados têm solicitado novos computadores para sala da OAB do Foro e outras melhorias que exigem recursos financeiros. Há um planejamento para atender essas solicitações?

As melhorias têm sido atendidas de acordo com a disponibilidade em caixa e de forma que a OAB/Santa Maria não possa ser considerada inadimplente com qualquer órgão ou prestador de serviços. Entretanto, a exemplo há menos de 30 (trinta) dias, já existiu a substituição de computador junto a Sala do Foro,

que não será o único.

O que tens a dizer aos colegas?Que toda a classe de advogados entenda que a OAB Santa Maria é

composta de profissionais, que sem fins lucrativos, dispõe de seu tempo em detrimento de sua vida profissional e familiar para decisões que beneficiem a todos e principalmente onerando com idênticos valores de anuidades dos demais.

Perfil

Pais: Fernando Corrêa Ramos e Maria de Lourdes Pinto de Oliveira

Naturalidade: Santa Maria

Escola(s) que frequentou: Colégio Centenário

Formou-se quando e onde: Em 12/2000 junto a UNICRUZ

Exerceu e exerce a profissão como: Profissional Autônomo

Estado Civil: Casado

Um esporte: Futebol

Time: Internacional de Porto Alegre

Um livro que sempre recomenda: Não tenho nenhum em especial, pois julgo que a melhor leitura é aquela feita espontaneamente

Uma bebida: Cerveja

Culinária: Qualquer especialidade, desde que bem feita

Uma música: Dias Melhores / Jota Quest

Lazer: Descansar a mente

Lugar: Campo e praia nas mesmas proporções

O que te deixa feliz: Fazer feliz o que de alguma forma depende de mim

O que não precisava existir: Inveja e egoísmo

Uma palavra: Superação

O mundo seria melhor se... Se antes de julgar olhasse para próprio caminho trilhado

Um sonho: Estou alcançando

Filosofia de vida: Respeito para a harmonia de qualquer relação.

Nova Tabela de Honorários da OAB/RS

Através da Resolução nº 07/2009 o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção do Rio Grande do Sul, atendeu premente demanda dos profissionais gaúchos, atualizando a Tabela de Honorários, que não era submetida à análise desde o ano de 2001.

Conforme as palavras do Presidente Seccional, Dr. Cláudio Lamachia, a necessidade de readequação dos parâmetros da Tabela de Honorários mínimos, deu-se em função “dela dependemos para fazer valer nosso sagrado direito de remuneração, pelos serviços profissionais que prestamos. Bem aplicada, compreendida e respeitada pelo Poder Judiciário e por todos os que militam nos Foros e Tribunais, e fazem parte do processo de prestação jurisdicional, significa a garantia da retribuição da nossa árdua atividade.”

O poderoso instrumento redunda não só em atualização de caráter financeiro em favor da classe, mas real valoração profissional pela consolidação da verba de caráter alimentar devida ao Advogado.

Assim, fora designada Comissão de elaboração da novel Tabela, já vigente, composta pelos Conselheiros Seccionais, Drs. José Carlos de Souza, Nelson Robert Schönardie e Rosângela Maria H. dos Santos, pela Portaria nº 38, incumbia de efetuar pesquisa junto a todos os segmentos da Advocacia do Estado.

Embasada na versão anterior e, sugestões encaminhadas de todos os recantos do estado e Advogados gaúchos residentes em outras unidades da federação, a confecção da Tabela contemplou procedimentos que outrora se quer eram listados no rol revogado, a exemplo da separação e divórcio extrajudicial, atuação em juizados especiais, matéria ambiental e readequação de procedimentos da área penal, dentre outros.

Especial atenção merece a estipulação de monta a propósito da hora técnica e outro para a hora intelectual, inovação que já vigia em outras seccionais.

A complexidade do tema e a diversidade de fatores a serem sopesados, tornou a tarefa difícil, exigindo até mesmo uma reformulação do anteprojeto apresentado ao Conselho Pleno e designação pelo mesmo de audiência pública, realizada em 20 de julho de 2009.

Apesar de sua aprovação e vigência, a Tabela de Honorários não consiste em um processo encerrado, mas passível de alterações futuras eventualmente necessárias, pois conforme disposto na Resolução 07/2009, a mesma será revista e terá valores atualizados anualmente, evitando a contundente defasagem sofrida pela inércia dos tempos idos.

Saiba mais:A Resolução nº 07/2009 dispõe sobre a remuneração mínima das

atividades dos advogados e apresenta a Tabela de Honorários Advocatícios no Estado do RS, visando a manutenção da dignidade da profissão.

Considera-se que a remuneração do serviço do advogado deve ser compatível com a relevância, o vulto e a complexidade da questão, o tempo necessário para o desenvolvimento do trabalho, o valor da causa, o proveito e a capacidade econômica do cliente, a reputação, capacidade e renome profissional, além dos parâmetros mínimos estabelecidos pela OAB/RS.

A tabela leva em conta como fonte de referência os percentuais médios e os valores mínimos de honorários praticados pela classe, para que o advogado possa estimar o valor de seus honorários de acordo com a natureza e a complexidade dos serviços profissionais prestados.

Fontes: Diretoria OAB/SM e Revista OAB/RS, edição 04.Tabela de Honorários atualizada disponível no site: www.oabsma.org.br

Da (jurássica) cultura da sentença

Chamado a dialogar neste canal de comunicação entre Advogados e a comunidade jurídica, pela recente assunção de mais um encargo profissional – a Direção do Foro nesta Boca do Monte -, vejo-me instado a versar a jurisdição nesta pós-modernidade em que nos inserimos, as relações entre os atores do drama judiciário e o sistema de distribuição de justiça.

Após mais de dois lustros de exercício jurisdicional, resto cada dia mais convicto da falência do tradicional sistema de distribuição de justiça. Os tempos da cultura da sentença são arcaicos. A quadra histórica aponta à cultura do acordo e do tratamento transdisciplinar aos conflitos que batem à porta do Foro (e os processos de família são a maior comprovação de que o encerramento de um processo, pela via da sentença, não implica, necessariamente, o fim do conflito – tantas as ações que uma única família pode ensejar, mesmo após a prolação de uma formal decisão terminativa).

É evidente que o inchamento do Judiciário clama pela pronta concretização do processo coletivo (que não retirará mercado dos Advogados, assim vejo, já que as liquidações e execuções sempre serão individuais), bem como por órgãos reguladores eficientes e eficazes (a experiência além-mares demonstra que o bom funcionamento desses órgãos afasta a judicialização de incontáveis contendas de massa).

Isso, entretanto, passa ao largo de nosso alcance.A participação que nos toca, penso, atrai inicialmente o prévio contato com

a outra parte, 'prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios', (Código de Ética e Disciplina da OAB, Art. 2º, parágrafo único, VI). Inúmeras são as partes que noticiam, em audiências conciliatórias, não terem sido procuradas, previamente ao ajuizamento de ações, ou pela parte contrária ou por seu Advogado. Outras tantas questionam o porquê do ajuizamento, afirmando que bastaria o contato do Procurador para que concretizassem um acordo (o que se crê, pela facilidade com que tantas conciliações são concretizadas, demonstrando a suficiência de um terceiro – que não necessariamente o magistrado – para reabertura do canal de comunicação entre os ora litigantes).

A cultura do ajuizamento direto de ações, sem o esgotamento da via dialogal prévia, é cultura que precisamos resgatar – memorando que a conciliação e a busca de meios alternativos de solução judicial dos conflitos, através de mediadores, se fez plasmar no anteprojeto de Código de Processo Civil, via Comissão liderada pelo Ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça.

Outra medida que não demanda mais que mudança de cultura é a da conciliação a todo tempo. Frustrada a prévia audiência conciliatória, agendada por boa parte de nossos Juízo (igualmente contemplada no anteprojeto do CPC), insta siga sendo por todos operadores buscada a via conciliatória. A experiência mostra que novo contato com esse fim, passadas semanas ou meses de inexitosa conciliação, pode render frutos dantes não alcançados. O tempo é por vezes facilitador do acordo.

Por fim, a desformalização possível do – instrumento que é – processo, das relações entre os operadores, marcadas pelo tom da colaboração e do diálogo (nos autos e fora deles) acham-se ao alcance de todos e cada um de nós.

Clamam os Jurisdicionados por resoluções outras que a formal sentença.A sentença é norte oitocentista.Os tempos líquidos por que passamos atraem encaminhamentos

criativos, colaborativos e solidários.A busca de soluções à falência do sistema de distribuição de justiça é

missão de todos nós.Dr. Rafael Cunha

Diretor do Foro de Santa Maria.

Advogado: nós queremos a sua opinião, a respeito desta edição e sobre a pauta do próximo Jornal da OAB/SM.

Fale conosco! Envie sua sugestão e/ou crítica para: E-mails: [email protected]; [email protected]

Telefone: (55) 3026 0201. Horário de atendimento: 8h30min às 12h - 13h30min às 18h.