revista apavt nº 38

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REVISTA APAVT · Nº38 · 2014 1

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Revista APAVT - A Revista dos Agentes de Viagens

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REVISTA APAVT · Nº38 · 2014 1

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Pedro Costa Ferreira,Presidente da Direcção da APAVT

Caros colegas,

APAVT NA BTLVoltámos a estar na BTL, naquele que foio maior stand privado da feira. Semdúvida algo com que no devemos alegrar.A distribuição é uma peça fundamental dacadeia de valor do turismo, uma presençamuito forte na feira do turismo portuguêsdeverá pois ser um facto normal.Contudo, não devemos esquecer que osagentes de viagens portuguesesconstruíram esta normalidade em apenastrês anos! - Af inal , data de 2011 aprimeira presença da APAVT na BTL,enquanto stand não institucional.A feira mantém problemas por resolver,talvez o maior de todos um programa dehosted buyers que tarda em afirmar-se ea credibilizar-se.Só haverá um caminho razoável, quesimplesmente nos deve ser exigido atodos - tentarmos, integrando todos enão excluindo ninguém, melhorar.Contem connosco!

ECTAA NOS AÇORESJá em maio, a ECTAA, confederaçãoeuropeia das associações das agênciasde viagens e operadores tur íst icos,voltou a reunir em Portugal.Depois do Porto, onde havia decorridouma reunião o ano passado, foi a vez dosAçores, através da c idade de PontaDelgada.Foi sem duvida mais uma boaoportunidade para os l íderes dadistribuição europeia tomarem contactocom este arquipélago, tão extraordinárioquanto ainda desconhecido.Para a APAVT, foi mais uma oportunidadede af irmação pol í t ica, nacional einternacional. No final, fizemos o nossodever junto dos Açores, dest inopreferido da ECTAA ao longo de 2014, evoltámos a afirmar a nossa política deinserção tão activa quanto possível noâmbito europeu.No mundo actual, raramente se intervémem qualquer processo importante sem seintervir à escala internacional. Cientesdisso, será com redobradoempenhamento, agora assumindo umadas vice-presidências da organização eintegrando o comité estratégico, queacompanharemos nos próximos tempos

vários dossiers importantes, à cabeçados quais, sem dúvida, o longo processopelo qual a IATA insiste em tentar agravarsucessivamente um desequilíbrio já hojeinsuportável, entre prazos de pagamentoe garantias exigidas.

VEM AÍ A DRV !!!Depois de um processo que durou trêsanos, em que tivemos oportunidade desonhar, de trabalhar num complexodossier e de disputar uma eleição, eis quetemos neste f inal de semestre, asaborosa novidade: A DRV reunirá o seucongresso nacional em Lisboa, emNovembro de 2015!Um longo trabalho nos separa destadata, trabalho a que teremos que nosdedicar para estarmos à altura dasresponsabilidades, que são muitas.Claro que, para a APAVT, ser a primeiraassociação de agências de viagens nomundo que lidera um processo destes,constitui uma alegria imensa e vem deencontro a uma postura que norteoutodo o nosso mandato, a decolaborarmos activamente no esforço dedesenvolvimento das exportações, tãoessencial à mudança de paradigmamacroeconómico português.Mas, festejada a decisão, festejar osucesso das nossas convicções revela-seum ópt imo meio de as fortalecer econsolidar, sabemos bem o que nos deveimportar, a partir de agora -- Consolidarum esforço conjunto de todo o ambienteturíst ico português, sem o qual nãoteríamos ganho este processo e, muitomais importante, sem o qual não teremosêxito na execução de tão gigantescatarefa.Agentes de Viagens, Tutela, Turismo dePortugal, Turismo de Lisboa, regiõesturísticas de todo o País, hoteleiros, esteé um processo de todos os stakeholdersdo turismo português.

É pois tempo de metermos mãos à obra.Todos juntos

Depois de um processoque durou três anos, emque tivemosoportunidade de sonhar,de trabalhar numcomplexo dossier e dedisputar uma eleição, eisque temos neste final desemestre, a saborosanovidade: A DRV reuniráo seu congresso nacionalem Lisboa, em Novembrode 2015!

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REVISTA APAVTDirector Editorial:Paulo [email protected]

Redacção:Guilherme Pereira da SilvaTel. 21 3142256 / Fax. 21 [email protected]

Colaborações:Sebastião Boavida,Silvério do Canto(Agência PressTur),Pedro Seabra

Fotografia:Rafael G. Antunes, Arquivos APAVT,Turismo dos Açores e arquivoTravelport, Anabela Mourato, FunchalDaily Photo

Edição Gráfica e Layout:Pedro António e Maria Duarte

Publicidade:Helena [email protected] 3142256

Impressão e Acabamento:MX3-Artes Gráficas, Lda.Rua Alto do Sintra - Sintra ComercialPark Armazem 16 Fracção Q2635-446 Rio de Mouro

Tiragem:3.000 exemplaresDistribuição: APAVT

Propriedade:APAVT-Associação Portuguesa dasAgências de Viagens e TurismoRua Duque de Palmela, 2-1º Dtº1250-098 LisboaTel. 21 3553010 / Fax. 21 [email protected]. no ICS como nº 122699

Presidente da Direcção:Pedro Costa Ferreira

Conselho Editorial:Pedro Costa Ferreira, João Welsh,

Rui Colmonero, Paulo Brehm

Nota do Editor: Os artigos deopinião são da responsabilidadeexclusiva dos seus autores.

Nº 38 - 2014 - WWW.APAVTNET.PT

CAPA

Jürgen Büchy (DRV):

"O alemão comum nãosabe muito acerca dePortugal"Apesar do crescimento que se verificou em 2013,Portugal tem uma quota de mercado na Alemanhaque não chega a 1%. Os alemães não conhecem o

País, que tem muito para lhes oferecer, e é essencial reforçar a promoçãojunto dos canais tradicionais, que dominam as vendas de viagens naqueleque é o segundo mais importante mercado para o nosso País. Em entrevistaà REVISTA APAVT, o presidente cessante da associação de agentes deviagens alemães, Jürgen Büchy, deixa algumas ideias e conselhos.

MENSAGEM DO PRESIDENTE

EDITORIAL

ESTATÍSTICA

NOTÍCIAS

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Pág.3

Pág. 28○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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Congresso da DRV em 2015realiza-se em PortugalQuase um milhar de agentes de viagens e operadores turísticos alemães vãoreunir-se em Portugal no próximo ano para o congresso anual da DRV-DeutscherReiseVerband, o principal fórum de profissionais da distribuição daquele queé um dos maiores mercados emissores de turistas para o nosso País. A decisão,tomada na passada semana, decorre da candidatura apresentada em Marçopela APAVT-Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág. 12

APAVT e TRAVELPORT:O maior stand privado da BTL 2014Com uma área total de 756 m2 e 53 empresas expositoras, o stand APAVT/TRAVELPORT constituiu o maior espaço privado da BTL 2014, tendo mais queduplicada a área ocupada no ano transato. Para memória futura, deixamos aquio registo fotográfico desta iniciativa.

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Açores acolheramlíderes da distribuição turística europeiaCerca de seis dezenas de líderes da distribuição turística europeia estiveram de4 a 7 de junho em Ponta Delgada, para a 109ª reunião bianual da ConfederaçãoEuropeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos(ECTAA), organização de cúpula deste setor na Europa.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág. 22

Os direitos dos passageiros de transporte aéreoO uso do avião como meio frequente de transporte, seja a título de lazer sejaa título profissional, tem aumentado nos últimos anos, tendo sido, aliás,reforçado com o aparecimento das companhias aéreas Low Cost. Veja aquiquais os direitos que assistem aos passageiros.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág. 32

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editorial ute Nachrichten! A aprovação da candidatura que aAPAVT apresentou à DRV para que Portugal, e

concretamente Lisboa, fosse o destino anfitrião do congressodos agentes de viagens alemães em 2015 é, de facto, umaexcelente notícia. Como explica o presidente na suamensagem inicial, foi um processo moroso, complexo, emconcorrência, e só mesmo com o empenho de todos os playersda indústria turística portuguesa se torna possível. Façamos,assim, votos de que este seja um processo que se torneexemplo para tantas outras oportunidades que por aí pululam.Nesta edição damos conta da notícia, que desenvolveremosna próxima, e publicamos uma breve entrevista, realizadaainda antes de se conhecer a decisão, ao presidente cessanteda Deutscher ReiseVerband, Jürgen Büchy, que foi o homemque liderou, pela parte germânica, todo este projeto. Büchyacaba de deixar a presidência da DRV, mas o seu sucessor,Norbert Fiebig, veio já a público transmitir que, de 18 a 22 denovembro do próximo ano, é em Lisboa que a indústria turísticaalemã se vai encontrar.Pese embora o enorme seu peso nas nossas exportações, omundo e o setor, porém, não se esgotam na Alemanha. Foineste contexto que teve lugar, em Ponta Delgada, a 109ªreunião bianual da Confederação Europeia das Associações deAgências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA), quereuniu cerca de 60 líderes da distribuição europeia. Tendo emconta, especialmente, que a maioria nunca tinha visitado estajoia da nossa coroa turística, foi uma ação, também ela lançadapela APAVT, e ao abrigo do projeto "Azores: ECTAA's PreferredDestination 2014", que serviu para promover na Europa estedestino. Para memória futura, ficam nestas páginas algumasdas fotos feitas durante o evento, tal como deixamos também

o registo fotográfico de um outro, mais nacional, mas quemanifestou de forma idêntica a capacidade e a pujança comque a nossa associação tem vivido e trabalhado nestestempos. Refiro-me à BTL, feira na qual, em conjunto com aTravelport, tivemos o maior stand privado e demos apossibilidade, a mais de meia centena de empresas, de aí sejuntarem a preços simbólicos.Depois, um breve apontamento sobre a conferência debalanço do TOURISMLink, o projeto de construção de umaplataforma que visa conectar as PME's turísticas da Europa ecuja fase piloto terminou com pleno sucesso. Também espaçopara os direitos dos passageiros de transporte aéreo, daautoria do consultor jurídico da APAVT, Rui Colmonero, umtema particularmente relevante quando esta forma de viajarestá crescentemente democratizada.O checkout desta edição incide sobre uma unidade hoteleirado nosso "Alentejo: Destino Preferido da APAVT", o CS Hoteldo Lago Montargil. Um tesouro de relaxe "escondido" numapaisagem privilegiada, à beira da albufeira da barragem quelhe dá o nome. Finalmente, a opinião do CEO da Viatecla,Pedro Seabra, no nosso habitual espaço da "Última Página".

Resta-me, assim, desejar como habitualmente, votos deBoas Leituras e Melhores Negócios.

G

Paulo Brehm

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Análise Estatística

BSP Portugal "tropeça" em maio com 1ª queda de voos internacionais em 14 mesesAs vendas de voos internacionais, que têmsido o suporte do crescimento das vendasBSP das agências de viagens portuguesas,com aumentos mensais consecutivos há 14meses, 'tropeçaram' em Maio e arrastaramuma queda do mercado, se bem que asvendas de voos domésticos tenham mantidocrescimento, ainda que ligeiro.Os dados do BSP (do inglês para Billing andSett lement Plan, s istema da IATA quecontabiliza as compras de voos regularespelas agências de viagens através dos GDS)a que o PressTUR teve acesso indicam queem Maio as vendas ascenderam a 81,5milhões de euros, -1,9% ou menos 1,58milhões que há um ano.Ainda assim, Maio deste ano foi o terceiromês com o maior montante mensal devendas desde inícios de 2011, depois de 83milhões em Maio do ano passado e de 82,2milhões em Julho.Relat ivamente ao passado recente, a"novidade" é que as vendas BSP caemexclusivamente pelo decréscimo das vendasde voos internacionais, que baixaram 2,3%ou 1,7 mi lhões, para 74,8 mi lhões,

"comendo" o aumento em 2,6% ou 166 mileuros das vendas de voos domésticos, para6,63 milhões.Desde o início da crise em Portugal que astendências se fixaram em aumentos dasvendas de voos internacionais e queda dosdomésticos.Desde inícios de 2012, as vendas de voosinternacionais registaram quedas homólogasmensais em quatro ocasiões, em Abril eSetembro desse ano, respetivamente em1,7% e em 5,9%, em Março de 2013, em1,5%, e, agora, em Maio, em 2,3%.Nos voos domésticos, foi o inverso, pois sótiveram crescimentos homólogos mensaisem Novembro eDezembro de 2013,respet ivamente em5,1% e em 3,2%, enos últimos três mesesdeste a no, com+10,4% em Março,+11,4% em Abril e,agora, +2,6% emMaio.Apesar dessa

evolução em Maio, os dados a que oPressTUR teve acesso mostram as vendasBSP das agências de viagens portuguesasestão nos cinco meses desde o início desteano com um aumento em 13,9 milhões deeuros relativamente ao período homólogode 2013 e que a maior 'fatia' veio das vendasde voos internacionais, com mais 12,8milhões. As agências de viagensportuguesas, de acordo com esses dados,somaram 367,2 milhões de euros vendas BSPde Janeiro a Maio, inclusive, em alta de3,9%, com +3,9% em voos internacionais,para 338 mi lhões, e +3,9% em voosdomésticos, para 29,2 milhões.

TAP soma mais 263,4 mil passageiros em LisboaAumento é 11 vezes maior que o da easyJetA TAP é, no final dos primeiros cinco mesesdeste ano, a companhia que já operava noperíodo homólogo de 2013 que mais contribuipara o crescimento do número de passageirosno Aeroporto de Lisboa, com mais 263,4 mil, umaumento 11 vezes maior do que a easyJet,segunda maior companhia na Portela.O início da operação da Ryanair em Lisboa, quesoma 284,6 mil passageiros, é a operação que"acrescenta" mais passageiros ao aeroporto dacapital portuguesa, mas depois o maiorcontributo é o da TAP, cujo aumento equivale a92,5% do total de tráfego da low cost.A TAP, de acordo com dados do Aeroporto deLisboa a que o PressTUR teve acesso, somou3,775 milhões de passageiros nos cinco mesesaté Maio, 5,2 vezes mais que a segunda maiorcompanhia, a easyJet, com 723,8 mil, e 13,2vezes mais que a nº 3, a Ryanair.Aliás, depois da companhia portuguesa, entre asque já operavam nos primeiros cinco meses de2013, as que tiveram maiores aumentos donúmero de passageiros são as low cost dosgrupos Air France - KLM, a Transavia.com(+39,5% ou mais quase 37 mil, para 130,4 mil), eIAG, a Vueling (+29,6% ou mais 32,7 mil, para143,2 mil), seguindo-se, então, a easyJet, com+3,4% ou mais 23,8 mil, para 723,8 mil.Entre as companhias "tradicionais", depois daTAP a que tem o maior aumento de passageirosé a Emirates, com mais 19,1 mil (+29,8%, para

83,3 mil), a Iberia, que está a recuperar dequedas de tráfego nos anos anteriores, commais cerca de 14,2 mil (+11,9%, para 133,8 mil),a Turkish Airlines, com mais cerca de oito mil(+19,5%, para 49,1 mil), e a Royal Air Maroc,com mais cerca de sete mil (+33,5%, para 28mil).Para o crescimento do Aeroporto tiveram aindaimpacto significativo, além do início dos voos daRyanair, também o desenvolvimento deoperações que no período homólogo de 2013tinham pouca relevância, o que lhes dáaumentos acima de 200% este ano, como sejama low cost Norwegian, com 19,7 mil passageiros,a US Airways, com 17,2 mil, a White, com 9,3 mil,e a Luxair, com 9,8 mil.Entre as companhias que tiveram quedas detráfego, a SATA Internacional é a que tem omaior decréscimo, em 14,2 mil (-10,1%, para126,3 mil), seguida da Swiss, com menos 12,1 mil(-18,5%, para 53,6 mil), da Aigle Azur, commenos 10,6 mil (-19,5%, para 44 mil), BritishAirways, com menos nove mil (-8,2%, para 101mil, Ukraine, com menos 3,8 mil (-58,5%, para2,7 mil), TACV, com menos 3,6 mil (-11,5%, para27,7 mil), e United Airlines, com menos 3,2 mil (-8,7%, para 34,1 mil).O Top10 das companhias no Aeroporto deLisboa nos primeiros cinco meses deste ano temcomo principal novidade a entrada da Ryanairpara nº 3 e as subidas das também low cost

Vueling e Transavia.com a 5ª e 6ª maiores,respetivamente.Depois da TAP, com 3,775 milhões depassageiros, vêm a easyJet, com 723,8 mil, aRyanair, com 284,6 mil, a Lufthansa, com 203,6mil, a Vueling, com 143,3 mil, a Transavia.com,com 130,4 mil, a Iberia, com 133,8 mil, a AirFrance, com 143,9 mil, a SATA Internacional,com 126,3 mil, e a British Airways, com 101 mil.A Emirates é a líder das companhias nãoeuropeias, com 83,3 mil, seguindo-se a TAAG,com 77,3 mil, a US Airways, com 17,2 mil, e aUnited, com 34,1 mil.No mês de Maio, a TAP liderou com 855,6 milpassageiros, +4,8% ou mais cerca de 39,2 milque há um ano, seguida da easyJet, com 164,6mil (+0,5% ou mais cerca de 820), Ryanair, com92,1 mil, Lufthansa, com 55 mil (-1,7% ou menoscerca de 950), Vueling, com 42,8 mil (+47,2% oumais 13,7 mil), Iberia, com 34,5 mil (+12,7% oumais 3,9 mil), Air France, com 22,7 mil (-1,5% oumenos cerca de 500), SATA Internacional, com31,4 mil (-7,7% ou menos cerca de 2,6 mil), eBritish Airways, com 22,4 mil (-2,4% ou menoscerca de 550).O Aeroporto de Lisboa teve em Maio 1,591milhões de passageiros, em alta de 12,1% ou171,7 mil, com os maiores contributos a virem da'entrada' da Ryanair, com 92,1 mil passageirosno mês, e dos aumentos da TAP, em 39,2 mil, eda Vueling, em 13,7 mil.

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Análise Estatística

Aeroporto de Lisboa cresce 11,6% até Maiocom mais 15,7% em voos de/para outros países da UEO Aeroporto de Lisboa somou 6,55 milhões depassageiros nos primeiros cinco meses desteano, em alta de 11,6% ou cerca de 681 mil, cujamaior fatia veio das ligações com outros paísesda União Europeia, que, com um aumento em15,7% ou cerca de 547 mil, para 4,03 milhões,voltaram a significar mais de 60% do total daPortela.Dados do Aeroporto de Lisboa a que oPressTUR teve acesso mostram que omovimento de passageiros de voosinternacionais tem um aumento de Janeiro aMaio em 12,3% ou cerca de 634 mil, para 5,789milhões, e o doméstico acentua a recuperação,tendo um aumento em 7,3% ou cerca de 51,5mil, para 757,4 mil.No que respeita ao crescimento do movimentode passageiros voos internacionais, o maiorimpulso é das ligações com outros países daUnião Europeia, e, seguidamente, dosintercontinentais, que têm um aumento em 7,6%ou cerca de 92 mil, para 1,299 milhões, enquantonas ligações com países europeus que nãointegram a UE há uma quebra ligeira, em 1,6%ou cerca de 7,4 mil, para 459,6 mil.O maior contributo para o aumento domovimento de passageiros de voosintercontinentais é das ligações com África, comum aumento em 7,5% ou cerca de 31,2 mil, para447,3 mil, e, depois, América do Norte, com+16,1% ou mais 22,2 mil, para 160,2 mil, América

do Sul (Brasil), com +16,1% ou mais 22,2 mil,para 160,2 mil, e Médio Oriente (Dubai), com+31% ou mais quase 20 mil, para 84,2 mil.No mês de Maio, em que o Aeroporto de Lisboateve um aumento do número de passageiros em12,1% ou quase 172 mil, para 1,591 milhões, oaumento em voos internacionais foi de 13,5%ou cerca de 168 mil, para 1,416 milhões, e emdomésticos o crescimento ficou em 2,2% oucerca de 3,7 mil, para 174,8 mil.Em internacionais sobressaíram as ligações comoutros países da União Europeia, com umaumento em 16,4% ou quase 144 mil, para 1,019milhões, enquanto nos voos de e para outrospaíses europeus não integrantes da UE oaumento foi de 1,8% ou cerca de dois mil, para113,8 mil.Em voos intercontinentais o Aeroporto deLisboa teve em Maio 283 mil embarques edesembarques, +8,5% ou mais cerca de 22 milque em Maio de 2013, com aumentos de 55,8%ou cerca de 7,4 mil nas ligações com o MédioOriente (Dubai), para 20,7 mil, 8,2% ou quasesete mil nas ligações com África, para 91,9 mil,+13,8% ou mais cerca de 5,4 mil nas ligaçõescom a América do Norte, para 44,9 mil, e +1,9%ou mais cerca de 2,2 mil nas ligações com aAmérica do Sul (Brasil), para 121,6 mil.França é, tanto em Maio como nos primeiroscinco meses deste ano, a primeira origem/destino de passageiros e com aumentos acima

de 20% nos dois períodos, de 22,7% em Maio,para 229,1 mil, e de 22,2% nos cinco meses, para868,9 mil.Depois vem o tráfego doméstico, que em Maiorepresentou 11% do total de passageiros e noscinco meses representa 11,6%, e seguem-seEspanha e Reino Unido.Os voos de e para Espanha, tiveram umaumento de passageiros em 6,2% ou perto dedez mil em Maio, mês em que Real Madrid eAtlético de Madrid disputaram em Lisboa a finalda Champions, para 169 mil, e nos cinco mesesdesde o início de 2013 somam 713,1 mil, +4%que no período homólogo de 2013.Em voos de para o Reino Unido, o aumentorelativo é o mais forte das principais origens/destinos, com +30,2% ou mais cerca de 32 milem Maio, para 152 mil, e +29,5% ou mais cercade 143,5 mil nos cinco meses, para 630,2 mil.A 5ª origem/destino em Maio foi a Alemanha,com 148,3 mil passageiros, +10,3% ou maiscerca de 13,8 mil que há um ano, mas nos cincomeses desde o início de 2013 é o Brasil, com 582mil, em alta de 2,9% ou 16,4 mil, à frente daAlemanha, com 571,4 mil (+11,4% ou mais cercade 58,5 mil).Em aumento em valor absoluto nos primeiroscinco meses deste ano, os dados a que oPressTUR teve acesso indicam que depois deFrança (mais 157,8 mil) e Reino Unido (mais143,5 mil) vem a Bélgica, com mais quase 79 mil

(+53,5%, para 226,5 mil),seguindo-se a Alemanha(mais 58,5 mil), osdomésticos (mais 51,5mil), Luxemburgo, commais 28,6 mil (+111,1%,para 54,3 mil), Espanha(mais 27,4 mil), EstadosUnidos, com mais 22 mil(+18,5%, para 141,4 mil),Emirados Árabes Unidos,com mais 19,1 mil(+29,8%, para 83,3 mil), eIrlanda, com mais 17,8 mil(+43,5%, para 58,6 mil).No mês de Maio, o maioraumento em valorabsoluto foi nas ligaçõescom França, em cerca de42,4 mil, seguindo-se oReino Unido, com maiscerca de 35,2 mil, Bélgica,com mais cerca de 25,5mil, Alemanha, com maiscerca de 13,8 mil, eEspanha, com mais cercae 9,8 mil.

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Análise Estatística

Preços dos quartos da hotelaria de Lisboa sobem sem "impressionar"A hotelaria de Lisboa teve em Abril aumentos a doisdígitos da RevPAR, indicador que pondera o preçomédio de quartos pela ocupação, mas sem atingiros níveis pré-crise 2007/2008, apesar de 'recordes'de ocupação, porque os preços das diáriasindicados pelo Observatório do Turismo de Lisboacontinuaram "historicamente" baixos.Os preços médios em Abril deste ano foram 125,24euros nos 5-estrelas, 65,61 euros nos 4-estrelas e57,5 euros nos 3-estrelas, que face ao mêshomólogo de 2013 têm aumentos, respetivamente,em 4,1% ou 4,9 euros, em 5,7% ou 3,5 euros e em11,8% ou 6,1 euros.Porém, em Abril de 2013 a hotelaria de 4 e 3-estrelasde Lisboa tinha atingido os menores preços médiosdas diárias desde 2007, respetivamente com 62,07euros e 51,45 euros, e nos 5-estrels, com 120,35euros apenas tinha ficado melhor que em 2010 e2011, em que tinha ficado na cada dos 118 euros.Assim, embora melhor que em 2013 os preçosmédios em Abril ainda ficaram abaixo do mêshomólogo de 2008 em 21,1% nos 5-estrelas, em16,9% nos 4-estrelas e em 2,3% nos 3-estrelas.

Em RevPAR, indicador mais utilizado paracomparações na hotelaria, a hotelaria de Lisboateve uma recuperação acentuada, atingido osmelhores níveis desde 2008.Os 5-estrelas, com 86,22 euros, tiveram +20,2% oumais 14,5 euros por quarto que no mês homólogode 2013, os 4-estrelas, com 54,72 euros, tiveram+18,7% ou mais 8,6 euros, e os 3-estrelas, com 47,4euros, tiveram +20,4% ou mais oito euros.Em relação ao melhor Abril dos últimos anos (2008nos 5 e 4-estrelas e 2007 nos 3-estrelas), no entanto,os 5-estrelas ainda ficaram 11,1% ou 10,8 eurosabaixo, os 4-estrelas ficaram a 8,6% ou 5,2 euros eos 3-estrelas, a 6,5% ou 3,3 euros.No conjunto do quadrimestre, as RevPAR tambémtiveram subidas significativas em relação aoperíodo homólogo de 2013, com +8,4% ou mais4,4 euros por quarto nos 5-estrelas, para 57,25euros, +10,1% ou mais 3,5 euros nos 4-estrelas,para 38,04 euros, e +12,4% ou mais 3,3 euros nos3-estrelas, para 30,01 euros, mas ficando ainda agrande distância do período homólogo de 2008.Face a esse ano, a RevPAR dos 5-estrelas ficou

19,7% ou 14 euros abaixo, nos 4-estrelas a queda éde 19,1% ou nove euros e nos 3-estrelas é de20,2% ou 7,6 euros.Neste período em causa estão principalmente ospreços médios das diárias, que foram de 115,9euros nos 5-estrelas, 59,89 euros nos 4-estrelas e47,52 euros nos 3-estrelas.Face ao primeiro quadrimestre de 2013 essespreços têm aumentos de 2,9% ou 3,3 euros nos 5-estrelas, 1,6% ou um euro nos 4-estrelas e 4,1% ou1,9 euros nos 3-estrelas, mas em relação ao 'ano deouro' do turismo em Portugal, de 2008, os preçosdos quartos ficaram abaixo em 18,1% ou 25,7euros nos 5-estrelas, em 17% ou 12,2 euros nos 4-estrelas e em 9,7% ou 52,6 euros nos 3-estrelas.Ainda assim, em RevPAR os 5-estrelas têm noprimeiro quadrimestre uma subida em 16,9% ou8,3 euros relativamente ao mínimo para esteperíodo, atingido em 2009, os 4-estrelas têm umaumento em 11,3% ou 3,9 euros face ao mínimoatingido em 2012 e os 3-estrelas têm +12,5% oumais 3,3 euros face ao mínimo atingido em 2011.

REVISTA APAVT · Nº38 · 2014 9

Análise Estatística

Os hotéis de topo de gama, de 4 e 5-estrelas, dacidade de Lisboa atingiram este ano as melhorestaxas de ocupação para um mês de Abril desdepelo menos 2007/2008, período pré-crise mundial,superando em cerca de quatro pontos o melhornível atingindo desde então, de acordo com osdados do Observatório do Turismo de Lisboa.Os "campeões" da ocupação no mês de Abril foramos hotéis 4-estrelas, que são a categoria com maisquartos na capital portuguesa, atingindo 83,4%,+3,9 pontos ou +4,9% que em Abril de 2007, queera até este ano o melhor nível para o quarto mêsdo ano.Os 5-estrelas, por sua vez, tiveram 68,85%,superando em quatro pontos ou 6,1% o nível de2007, que era o melhor desde então.Relativamente a Abril de 2013, os 4-estrelas tiveramuma subida da ocupação em 9,1 pontos ou 12,3%,mas essa subida reflete o facto de este ano Abril tersido o mês da Páscoa, que em 2013 foi em Março, oque aliás tinha levado a que no passado tivessemregistado uma queda da ocupação face ao mêshomólogo de 2012 em 1,3 pontos ou 1,7%.Situação idêntica passou-se com os 5-estrelas, que

Hotéis 4 e 5-estrelas de Lisboa "batem" em Abriltaxas de ocupação dos "idos" de 2007/2008

estiveram acima de Abril de 2013 em 9,2 pontos ou15,5%, mas há um ano tinham registado umaqueda em 2,3 pontos ou 3,8%.Porém, se bem que o efeito Páscoa contou a favorda subida da ocupação este ano, a verdade é quetambém houve uma tendência de sentido inverso,pelo aumento da capacidade hoteleira.De acordo com os dados do Observatório, a suaamostra em Abril deste ano inclui 16 unidades de 5-estrelas com um total de 3.617 quartos, mais umhotel e mais 599 quartos (+22,1% que há um ano).De 4-estrelas, a amostra inclui 46 hotéis com 7.027quartos, mais nove unidades e mais 930 quartosque em Abril de 2013.Por outro lado, na medida em que o Observatórioindica que a sua amostra em número de quartostem uma representatividade de 83,9% nos 5-estrelas e 80,6% nos 4-estrelas é possível estimarque a oferta de 5-estrelas se situa em cerca de 4,3 milquartos e nos 4-estrelas em cerca de 8,7 mil, comaumentos na ordem dos 8% relativamente a 2013.E se se comparar com 2008, pré-crise mundial, atéeste ano a oferta de quartos aumenta cerca de 50%na categoria 5-estrelas e na ordem de 38% em 4-

estrelas.Neste período o aumento mais moderado é dos 3-estrelas, em cerca de 11%, para aproximadamente3,1 mil, os quais também tiveram mais de 80% dosquartos ocupados em Abril, 82,42%, acima do mêshomólogo de 2013 em 5,9 pontos ou 7,7%, massem superarem o melhor nível desde 2007 paraesse mês, atingido precisamente nesse ano, com87,2%.Relativamente ao quadrimestre, primeiro períododo ano em que já não há distorções por efeitos decalendário, segundo os dados do Observatório os5-estrelas tiveram ocupados em média 49,39% doquartos, os 4-estrelas 63,52% e os 3-estrelas63,15%.As três categorias estiveram acima do primeiroquadrimestre do ano passado, com +2,5 pontosou +5,3% nos 5-estrelas, +4,9 pontos ou +8,4%nos 4-estrelas e +4,7 pontos ou +7,9% nos 3-estrelas, mas ainda sem superarem os níveis doperíodo pré-crise mundial.Assim, o melhor primeiro quadrimestre nos 5-estrelas mantém-se o de 2008, com 50,3%, e nos 4e 3-estrelas continua a ser o de 2007,respetivamente com 67,2% e 72,1%.

Turismo e transporte aéreo de passageiros fazem32% do aumento das exportações portuguesasQuase um terço do aumento das exportaçõesportugueses de bens e serviços no primeirotrimestre deste ano foi assegurado pelo turismoe pelo transporte aéreo de passageiros, apesarde terem sido os sectores mais afetados peloefeito Páscoa mais tarde este ano.Os dados da Balança Corrente publicados hojepelo Banco de Portugal mostram que turismo etransporte aéreo de passageiros aumentaram asexportações no trimestre em 155,4 milhões deeuros, o que equivale a 32% do aumento dasexportações portuguesas totais de bens eserviços (mais 486 milhões).O turismo, com mais 86,6 milhões que há umano, foi responsável por 17,8% do aumento e otransporte aéreo de passageiros, com mais 68,8milhões, foi responsável por 14,2%.Estes crescimentos, como mostram os dados dobanco central, foram acompanhados poraumentos também dos saldos positivos, de 607milhões de euros no caso do transporte aéreode passageiros, em alta de 13,6% ou 72,7milhões, e de 822,7 milhões no caso do turismo,com uma subida em 7,3% ou 55,8 milhões, o quesignifica que contribuíram para travarparcialmente a degradação do saldo da balançacomercial, que passou de um excedente de 140milhões no primeiro trimestre de 2013 para umdéfice de 306 milhões este ano, tendo umaquebra de 446 milhões.Sem turismo e sem transporte aéreo depassageiros, porém, a quebra atingiu 575milhões (+28,8%), subindo de -1.161 milhões

para -1.736 milhões.Aliás, de acordo com os dados do banco central,o saldo positivo da balança de Serviçosportuguesa só aumentou em 0,3% ou quatromilhões de euros no primeiro trimestre peloturismo e transporte aéreo de passageiros, cujoexcedente aumentou 129 milhões (+9,9%).O turismo e o transporte aéreo de passageiros,que representaram 53,7% das exportaçõesportuguesas de Serviços, mais 1,1 pontos que

no período homólogo de 2013, tiveram umacontribuição de 89,6% para o saldo positivodestas trocas comerciais com o estrangeiro, com1.430 milhões de euros em 1.595 milhões, mais7,85 pontos que há um ano.O saldo do turismo internacional representou51,6% do excedente da balança de Serviços,mais 3,4 pontos que há um ano, e o transporteaéreo de passageiros 38,1%, com um aumentode 4,5 pontos.

REVISTA APAVT · Nº38 · 201410

Análise Estatística

Portugal consegue 52º mês consecutivode aumento dos gastos de turistas estrangeirosA "falta" da Páscoa em Março traduziu-se numacentuado abrandamento do crescimento dasexportações portuguesas de turismo, mas aindaassim mantendo a tendência de crescimentoshomólogos mensais iniciada há 52meses, em Dezembro de 2009, deacordo com os dados publicadospelo Banco de Portugal.O banco central informou que emMarço, que em 2013 foi o mês do"pico" das viagens da Páscoa, maseste ano, pois foi em Abril, os gastosde turistas estrangeiros em Portugalascenderam a 569,4 milhões de euros,que é o maior montante de semprepara um terceiro mês do ano e émaior que Março de 2013 em 0,6% ou3,5 milhões de euros.Mas o efeito 'falta' da Páscoa nãodeixou de se fazer sentir, pois Marçodeste ano foi o mês em que as receitasturísticas portuguesas tiveram omenor aumento nos 52 mesesconsecutivos de crescimento desdeDezembro de 2009.Já no conjunto do primeiro trimestre,com 1.563,2 milhões de euros degastos de turistas estrangeiros,

Portugal tem um novo recorde para este períododo ano, acima dos primeiros três meses de 2013 em5,9% ou 86,6 milhões de euros. Relativamente a2011, em Páscoa foi em data semelhante à deste ano

...e portugueses até aumentaram mais gastos turísticos no estrangeiroTal como os gastos de turistas estrangeiros emPortugal, também os gastos dos portugueses emviagens e turismo no estrangeiro mantiveramcrescimento em Março, apesar da 'falta' da Páscoa,e até o fizeram em montante superior, o queacarretou uma descida do saldo da balança turísticaportuguesa em 0,9%, segundo os dadosdivulgados pelo Banco de Portugal.Tal como já tinha acontecido em Janeiro e emFevereiro, os gastos de turistas portuguesesalcançaram um novo recorde para o mês deMarço, com 275,6 milhões de euros, acima do mêshomólogo de 2013 em 2,2% ou seis milhões deeuros. Desta forma, como o aumento dos gastos deturistas estrangeiros em Portugal foi de 0,6% ou 3,5milhões, o saldo favorável a Portugal baixou 0,9%ou 2,5 milhões.Ainda assim, no conjunto do primeiro trimestre oexcedente da balança turística portuguesa tem umaumento em 7,3% ou 55,8 milhões de euros, para822,7 milhões, apesar de os gastos turísticos dosportugueses terem mantido crescimento.Neste período, enquanto os gastos de turistasestrangeiros em Portugal subiram 5,9% ou 86,6milhões, para 1.563,2 milhões, os gastos dos turistasportugueses em viagens e turismo no estrangeirosubiram 4,3% ou 30,7 milhões.Esta subida está em linha com o aumento que setem verificado nas vendas de voos internacionaisavaliadas pelo BSP, que de acordo com os dados a

que o PressTUR teve acesso subiram 5,5% nosprimeiros três meses deste ano.As fontes do PressTUR indicam que essa subida éresultado principalmente do incremento do

corporate (viagens profissionais e de negócios dasempresas) que, aliás, é o segmento com mais pesono BSP, sistema da IATA que contabiliza as reservasde voos pelas agências de viagens acreditadas.

(a 24 de Abril), as receitas turísticas portuguesastêm um aumento no trimestre em 21,9% ou 280,4milhões de euros, com o aumento em Março asituar-se em 15,8% ou 77,7 milhões de euros.

REVISTA APAVT · Nº38 · 2014 11

Análise Estatística

Maio "atrasa" recuperação de cruzeiros no Porto do FunchalO movimento de passageiros de cruzeirosno Porto do Funchal teve em Maio umaquebra de 37,3% ou 10.676, com a qual'atrasou' a recuperação da queda registadano período homólogo do ano passado, em22,9% ou 68,7 mil passageiros face ao anorecorde de 2012, de acordo com dados daAPRAM.Depois do primeiro quadrimestre o Portodo Funchal ter registado um aumento depassageiros de cruzeiro em 6,5% ou 13.137face ao período homólogo de 2013 e terficado abaixo do primeiro quadrimestre de2012 em 64.253 (-22,9%), com o recuo emMaio, no conjunto dos pr imeiros cincomeses deste ano, o aumento face aoperíodo homólogo de 2013 recuou para1,1% ou 2.461 e a queda em relação a 2012ampliou-se para 66.268 (-22%).No mês de Maio, de acordo com ainformação estatística da APRAM, o Portodo Funchal teve 11 escalas de navios decruze i ros, menos se is que no mêshomólogo de 2013, e 17.935 passageiros,em queda de 37,3% ou 10.676.No conjunto dos primeiros cinco meses, oPorto do Funchal tem 142 escalas, menosuma que há um ano, e 234.361 passageiros,

+1,1% ou mais 2.461 que nos primeiroscinco meses de 2013.O total de passageiros compreende 233.081em trânsito, +1,7% ou mais 3.958, e 1.281embarques e desembarques, em queda de53,9% ou 1.497.Um comunicado publicado pela APRAM,porém, embora confirmando o total de 142escalas e 234.361 passageiros, diz que "omovimento de passageiros de Janeiro aMaio no Porto do Funchal registou umacréscimo de 15%, comparativamente aoperíodo homólogo do ano anterior".O comunicado avança também que "osalemães continuam a ser os que mais visitama Madeira", referindo que foram 104.436nos primeiros cinco meses deste ano, e quese seguiram os britânicos, com 63.907, ositalianos, com 10.236, os norte-americanos,

com 8.591, e os franceses, com 7.118.O comunicado acrescenta que o navioEuropa foi o primeiro da 'época baixa'no Porto do Funchal e avança que até aofinal deste mês estão previstos mais trêsnavios."Em Julho, estão previstas duas escalas eem Agosto, seis", diz ainda o comunicadoque para os últimos quatro meses do anosão esperadas 145 escalas de navios decruzeiro, "sendo os meses de Novembro eDezembro os mais movimentados com 49 e50 escalas, respetivamente".O comunicado da APRAM assinala aindaque em Maio o Porto Santo recebeu umnavio de cruzeiros, "o único até agoraneste ano, que levou 211 passageirosàquela ilha".

Cruzeiros em Lisboa estão "na vazante" com quebra de passageiros a atingir 34,3%O Porto de Lisboa, que há duas semanascelebrou a receção em simultâneo das três'ra inhas' da Cunard, teve um primeiroquadrimestre do ano de baixa acentuadado movimento de cruzeiros, com quebrasde todas as principais nacionalidades de"cruzeir istas" à exceção de ital ianos eportugueses que levaram a que registasse oinício de ano mais fraco desde 2010, deacordo com os dados da APL.Desde o início do ano até ao final de Abril,o Porto de Lisboa teve 67 escalas e 89.751passageiros, menos 25 escalas (-27,2%) emenos 46.810 passageiros (-34,3%) que em2013, que tinha sido o seu melhor primeiroquadr imestre (92 esca las e 136.561passageiros), designadamente pelo mês deAbril, em que tivera 54 escalas e 73.975passageiros.Este ano, com 41 esca las e 52.642passageiro, Abril foi um mês com quebrasde 24,1% em escalas (menos 13) e 28,8%em passageiros (menos 21.333).Para a quebra em Abr i l concorreramsimul taneamente decrésc imos depassageiros em trânsito, com -26,7% oumenos 17.181, e em turnaround, com -43,6% ou menos 4.152.Por nac ional idades, os dados da APLmostram que a quebra deve-se aosdecréscimos de residentes no Reino Unido,

com -57,2% ou menos 19.151, para 14.301,nos Estados Unidos, com -63,6% ou menos9.061, para 5.156, e na Holanda, com -88,9% ou menos 1.142, para 142.A compensar parcialmente estas quebrasestiveram principalmente os residentes emItália, que foram a primeira nacionalidadedo mês, com 14.374, +68% ou mais 5.820

que no mês homólogo de 2013.Em alta estiveram também os residentesna A l emanha , c om +26 ,3% ou ma i s2 . 290 , p a r a 10 . 993 , n o B r a s i l , c om+632 , 3% ou ma i s 6 07, p a ra 703 ,Portugal, com +96,9% ou mais 471, para957, e Espanha, com +249,7% ou mais392, para 549.

REVISTA APAVT · Nº38 · 201412

Notícias

Quase um milhar de agentes de viagens e operadores turísticos alemães vão reunir-se em Portugal nopróximo ano para o congresso anual da DRV-Deutscher ReiseVerband, o principal fórum de profissionaisda distribuição daquele que é um dos maiores mercados emissores de turistas para o nosso País. Adecisão, tomada na passada semana, decorre da candidatura apresentada em Março pela APAVT-Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.

Candidatura da APAVT venceu!

Congresso da DRV em 2015realiza-se em Portugal

Agendado para novembro de 2015, estecongresso vai-se realizar em Lisboa, emboraestejam também previstas ações e visitas aoutras regiões do País, o que proporcionaráa estes profissionais um melhorconhecimento da nossa oferta turística e,assim, potenciar as vendas do destinoPortugal na Alemanha."Votámos unanimemente realizar ocongresso da DRV 2015 em Lisboa,Portugal!" afirmou o presidente cessante daassociação alemã de agências de viagens,Jürgen Büchy, em mensagem dirigida aopresidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira,na qual dá os parabéns "por colocarem umtremendo esforço numa candidatura muitoimpressionante. Muito obrigado pelo convitee pela proposta muito atrativa que reuniram.

Estou certo que os nossos membros vão teruma excelente experiência e uma impressãomuito convincente do profissionalismo ehospitalidade portuguesas".Por seu lado, o recém-eleito presidente daDRV, Norbert Fiebig, acrescenta que esta éuma vitória "não só de Lisboa, mas tambémde toda a indústria do turismo em Portugal,que conta com o apoio do Secretário deEstado do Turismo e do Governo, que têmdefendido a realização de eventos-chave daindústria, com altíssimo nível decompromisso".Para Pedro Costa Ferreira, estacandidatura, que é a primeira da história daDRV que é oriunda de uma associaçãocongénere, resulta de um esforço conjuntoda indústria turística portuguesa que

"responde ao desafio de cooperação quehavíamos lançado no nosso congresso deCoimbra e claramente demonstra que juntossomos mais fortes".Os agentes de viagens portuguesescongregados na APAVT, a Associação deTurismo de Lisboa (ATL), o Turismo dePortugal, ip, a TAP Portugal, a associaçãoFeel Portugal, os hotéis Sana, Dom Pedro,Pestana, Tivoli, Corinthia, Heritage, VilaGalé, CS e Mundial, bem como as AgênciasRegionais de Promoção Turística dos Açores,Madeira, Centro e Algarve, e ainda aCâmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, são os principais parceiros destacandidatura."Todas estas entidades participam nestainiciativa, que será uma oportunidade únicade promoção de Portugal junto do mercadoalemão, que é um dos que mais recorre aosagentes de viagens para a marcação dassuas férias e deslocações. Sem este esforçoconjunto, de todos nós, agentes turísticos,incluindo a secretaria de Estado de Turismo,simplesmente não seria possível levar a caboum evento tão exigente quanto este",sublinha Costa Ferreira.No próximo ano, terão decorrido 28 anosdesde que a única reunião da DRV emPortugal se realizou.

UM PROCESSO EXIGENTEA primeira abordagem à congénere alemãcom vista à candidatura agora aprovadaremonta a finais de 2012. Desde então,decorreram diversos contatos e reuniõesque permitiram consensualizar as condiçõesmínimas exigidas a Portugal para acolher

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Notícias

este congresso e, posteriormente, deu-seinício ao processo de reunir, no nossoPaís, os apoios necessários para que acandidatura ganhasse a sua forma final.Já este ano decorreu uma vis i ta deinspeção prévia, que integrou o entãopresidente da DRV, Jürgen Büchy, bemcomo a responsável pela organização doscongressos da associação alemã, AndreaFröbel, que avaliaram positivamente aoferta da capital e alguns dos hotéis elocais que estavam na lista preliminar daproposta da APAVT.Na ocasião, Jürgen Büchy foi também oorador convidado de um almoço promovidopela Associação Portuguesa das Agências deViagens e Turismo e que reuniu associados econvidados de diversas entidades públicas eprivadas, durante o qual o dirigente alemãoabordou diversas questões relacionadascom a venda do destino Portugal naAlemanha.Foi neste almoço que o presidente da APAVTrevelou publicamente, pela primeira vez, acandidatura que a associação estava apreparar e que, submetida em Junho àdireção da DRV, viria a alcançar plenosucesso.

PRIMEIRAS AÇÕES JÁ ESTE ANOO congresso da DRV 2015 começa a serpromovido já este ano. De facto, está jáprevisto que um grupo de cerca de vintejornalistas alemães visite o nosso País noâmbito desta iniciativa, para a primeirareportagem sobre o destino anfitrião em2015.Em novembro, no congresso dos agentes deviagens alemães em Abu Dhabi, Lisboa irátambém apresentar-se como a cidadeanfitriã do próximo ano, através de umadelegação da APAVT e do Turismo de Lisboa.

MERCADO ALEMÃOSegundo a agência de notícias PressTur,dados publicados pelo jornal especializadoalemão "FVW" indicam que 2013 foi o 4º anoconsecutivo de aumento das vendas dasagências de viagens alemãs, ainda queapenas em 0,5%, mas "mantendo a suaposição de canal de vendas dominante empacotes turísticos", com 12,9 mil milhões deeuros, em alta de 2,5%.O "FVW" avançou ainda que as vendas dasnove maiores redes atingiram no anopassado 13,3 mil milhões de euros, em altade 1,8%, referindo que as maiores são a

DER Touristik, que tem 2.058 balcões, com4,3 mil milhões (+1,2%), seguindo-se a TUI,que com 1.315 balcões realizou 3,2 milmilhões (+3%).Em Portugal, a Alemanha é o segundomaior emissor internacional para ahotelaria, tendo sido a origem de 13,9%das dormidas de estrangeiros em 2013,com 4,092 milhões, e 16,1% no primeiroquadrimestre deste ano, com 1,61milhões, +7,2% ou mais 78,8 mil que nosprimeiros quatro meses de 2013.Em receitas turísticas (gastos de turistasestrangeiros contabilizados pelo Banco dePortugal), a Alemanha é tradicionalmente o4º emissor, tendo atingido em 2013 orecorde anual de 961,4 milhões de euros,+10,3% ou mais 89,8 milhões que em 2012.Nos primeiros quatro meses deste ano, osgastos de turistas alemães em Portugalelevam-se a 248,3 milhões de euros, tendoum aumento em 6,7% ou 15,6 milhões.De acordo com os dados da OMT, aAlemanha manteve-se em 2013 o terceiropaís cujos residentes mais despendem emturismo no estrangeiro, com 64,7 mil milhõesde euros em 2013, +2,3% que no ano de2012.

REVISTA APAVT · Nº38 · 201414

Notícias

Projecto do TOURISMlinkdebatido em BruxelasDiversos líderes da indústria turística europeia reuniram-se este mês, emBruxelas, para discutir os desafios do desenvolvimento do Turismo Europeu ea forma como o TOURISMLink poderá constituir uma resposta.

O TOURISMlink é uma plataforma pan-europeia especialmente vocacionadapara que as PME's do setor, desdeAgências de Viagens e OperadoresTuríst icos a Hotéis e Restaurantes,possam conectar-se e part i lharinformação. Apoiado pela ComissãoEuropeia, este projecto, que foiapresentado pela pr imeira vez emPortugal no congresso da APAVT nosAçores e posteriormente em reuniõescom associados, completou a fase pilotoe entrará agora no mercado.A conferência de revisão organizada emBruxelas no final de junho saldou-se porum sucesso, tendo nela part ic ipadodiversos líderes da indústria do turismoeuropeia, o que possibilitou um debateenriquecedor sobre o seu futuro.O objetivo da conferência, na qual aAPAVT esteve representada, foi o derever o projeto piloto do TOURISMLink,ident i f icar os pr incipais desaf ios daindústria de turismo europeia e discutir deque forma esta in ic iat iva poderácontribuir para possíveis soluções. Foramapresentadas várias sugestões sobre aforma como a plataforma será gerida efinanciada a partir de agora.Entre os oradores convidados para estaconferência contavam-se representantesda Comissão Europeia, da Amadeus,Amadeus, Microsoft, Tool isse,Tr ipAdvisor e Deutsche Bahn. PedroSeabra, CEO da portuguesa Viatecla, foium dos oradores presentes. Também osprincipais parceiros do projeto, a ECTAAe a HOTREC, est iveram fortementerepresentadas. Eduardo Santander, daEuropean Travel Commission (ETC), eMáximo Buch Torralva, o ministrovalenciano da Economia, indústr ia,emprego e Turismo, tomaram igualmente

parte nas discussões.Os profissionais de turismo referiram quea indústr ia está per igosamentefragmentada e que esta circunstância, apar de uma crescente monopolização dosetor das viagens, é um tema que tem deser endereçado com urgência. Nestecontexto, todos os oradoresconcordaram que a plataformaTOURISMlink poderá const i tuir umasolução, cr iando standards para asempresas de ICT (Information andCommunicat ion Technology) quedesenvolvem soluções para o Turismo epermitindo desenvolver a presença dasPME's no mercado digital."A interoperabilidade reduz o custo da'digita l ização' , aumenta acompetitividade e abre novos mercados",afirmou na ocasião o Professor RodolfoBaggio, da Universidade de Bocconi. Porseu lado, o Secretário-Geral da ECTAA,Michel de Blust, disse que "a indústria eos dest inos concordaram ambos naimportância de uma l inguagemtecnológica comum para se ultrapassar afragmentação do mercado".

TOURISMLINK AVALIADODe uma forma geral, a perceção doTOURISMlink por todos quantospart ic iparam no projecto pi loto foipositiva."Porque é que eu gosto doTOURISMLink?" questionou-se MassimoBaldinato, membro do gabinete do vice-presidente da Comissão Europeia AntonioTajani, respondendo de seguida "Porquese trata de inovação, trata-se dedigitalização, e destina-se às pequenas emédias empresas turísticas, a espinhadorsal da nossa indústria".Para os que estiveram envolvidos na fase

de testes do projecto referiram que oTOURISMlink não é simplesmente outraplataforma de reservas. "Não se trata defazer uma segunda booking.com", disseFrançois-Xavier Peers, o coordenador doprojeto, acrescentando que "este modeloé uma federação de plataformas dedistr ibuição". O 'hub' e modelo delinguagem significa que diversos e novossoftwares poderão ser faci lmenteincorporados sem que as empresastenham de fazer mudanças radicais oucaras.No que diz respeito ao futuro doTOurismlink, foram levantadas questõesrelativas ao modelo financeiro que sejamais adequado ao projecto, de que formaé que o TOURISMLink poderá conectar-secom as cerca de dois milhões de empresasna Europa, e quem deverá l iderar oprojeto no futuro. Foram apresentadasdiversas soluções para o sucesso dofuture desta plataforma, incluindo acont inuação do apoio da ComissãoEuropeia no sent ido de atrair maisprivados e criar um modelo pago para oTOURISMlink."A partir de hoje entramos na segundafase do TOURISMlink", afirmou KentNyström, presidente da HOTREC, duranteo seu discurso. "Tencionamos expandir aplataforma para outros países, torná-laverdadeiramente europeia, e acima detudo sustentável. É uma fase desafiante,mas vamos colocar todos os nossosesforços para fazer desta nova fase umrenovado sucesso".A conferência terminou com a assinaturade um memorando de entendimento entreo consórcio TOURISMlink e as autoridadesque vão agora trabalhar juntas paragarantir o seu future desenvolvimento,manutenção e promoção.

REVISTA APAVT · Nº38 · 2014 15

REVISTA APAVT · Nº38 · 201416

Destinos

Portugal e Espanha debatem estratégias comunsA APAVT e a Confederação Espanhola das Agências de Viagens (CEAV), presidida por Rafael Gallego Nadal, reuniram em Madrid para debateros desafios comuns aos dois países no âmbito do desenvolvimento do setor e do turismo de uma forma geral, que lhes permitam delinear umaestratégia ibérica junto de parceiros de negócio e nos foros internacionais. Esta reunião consubstanciou também o desejo de estreitamentodas relações entre as duas organizações, estando já a ser agendada uma próxima, em Lisboa.

APAVT reúne Capítulo AéreoO Capítulo Aéreo da APAVT, liderado conjuntamente por PedroCosta Ferreira e pela vice-presidente Maria de Lurdes Diniz, reuniucom o objetivo de discutirem a aplicação das novas normativas deboas práticas no relacionamento com a TAP. À volta da mesaestiveram os representantes da larga maioria da produçãonacional para a companhia aérea portuguesa.

Delegação da Turquia recebidana APAVTO vice-Governador de Istambul, a Secretária-Geral do Governo deIstambul, a Diretora-Adjunta do Ministério da Cultura e Turismo e aResponsável das Relações Externas da TURSAB - AssociaçãoTurca das Agências de Viagens, visitaram a APAVT para promoverum melhor conhecimento e cooperação entre os dois destinos.

Amadeus lançaMobile Messenger em PortugalO GDS Amadeus anunciou o lançamento nomercado português da solução "AmadeusMobile Messenger", uma solução única quepermite comunicar automaticamente e aqualquer momento com os viajantesafetados por crises e disrupções na suaviagem.O "Amadeus Mobile Messenger" é umasolução stand-alone e web based quepermite aos agentes de viagens e TMC'sreceber alertas de disrupções, localizar osseus viajantes afetados num mapa e agirproactivamente ao comunicar via SMS,Mobile App ou email com o viajante.Adicionalmente, a solução permite delegar

noutros agentes as ações necessárias comvista ao acompanhamento do viajante.Com uma interface gráfica de utilizadorsofisticada e rica, esta solução, que estátambém apta para os sistemas iOS eAndroid, suporta e automatiza os processosde comunicação das agências de viagens eempresas com os viajantes deslocados.Inicialmente criada para a AMEX pela CharterSolutions, para assistência proactiva eeficiente ao viajante em caso de disrupçãona viagem, inclui um módulo de risco da RiskLine para criação de alertas personalizáveis.A demo da solução pode consultar-se emhttp://bit.ly/1jnly13

Tap já voa para seisdos 11 novosdestinosA TAP começa, a 1 de Julho, a voar entreLisboa e quatro novos destinos na Europa:Belgrado, Nantes, Oviedo e SãoPetersburgo. Além destes, a companhiainiciou também operações para a Colômbia eo Panamá, que se juntam a Manaus e Belém,cidades brasileiras para onde a companhiacomeçou a voar no início de Junho.No total dos 11 novos destinos que a TAPanunciou para este verão, a TAP já voaassim para oito e vai ainda inaugurar no iníciode julho a operação para Gotemburgo (2 deJulho), Hannover (3 de Julho) e Talin (4 deJulho).

REVISTA APAVT · Nº38 · 2014 17

Explorar os templos de MacauA grande maioria dos turistas emMacau procuram apenas visitar oTemplo de A-Má, e se calhar maisum ou dois que encontram no seucircuito. No entanto, existem maisde 40 templos em Macau, muitosdos quais de grande antiguidade einteresse. Para facilitar a suaexploração, o Turismo de Macaupublicou um mapa com umlevantamento dos mesmos e umabreve introdução a cada um deles.Pode entender-se como ponto departida para uma excursãoetnográfica de estudo do ideáriobudista e taoista e dos costumesassociados locais.Alguns destes costumes sãorepresentativos da Grande China,enquanto outros são tipicamentelocais, tal como a Festividade doDragão Embriagado que foiinscrito como património cultural imaterial emMacau e na República Popular da China, porser tão especial. A tradição está ligada aoTemplo de Sam Kai Vui Kun que se situa pertoda antiga zona do Bazar Chinês, próximo doactual Mercado de São Domingos. Celebra-se no 8º dia do 4º mês do calendário lunarchinês, que costuma ter lugar em Abril ouMaio de cada ano. Não é para coraçõesfracos, porque os participantes devem ficar

embriagados à medida em que o dragãoavança, tendo de ser substituídos por novoselementos prontos a ingerir vinho de arrozaté não poderem mais…Cada templo conta a sua história - dotempo em que foi erguido e do porquê dasua localização, das divindades às quais édedicado e dos seus poderes, das festasassociadas e da ocorrência de eventosimportantes no seu perímetro. O templo

de Kun Iam, por exemplo, dedicado àDeusa da Misericórdia, é um dos maisantigos e ricos templos em Macau,datando um dos seus pavilhões do séculoXIII. Nele podemos encontrar uma rararepresentação de Marco Pólo entre asfiguras dos 18 sábios magníficos. Possuijardins extensos com fontes e terraços,num dos quais se encontra a mesa depedra original onde foi assinado o primeiro

tratado comercial sino-americano, em1844, pelo vice-rei de Cantão, KiJing, e pelo ministro norte-americanoCaleb Cushing.Mas provavelmente o maisinteressante para o turista ocidentalé observar a vida diária num templo, oir e vir das pessoas, a sua devoção,as consultas aos adivinhos e a queimade dinheiro de papel para os espíritosdos entes queridos defuntos. E quemse sentir esfomeado depois de visitartantos templos e de ter inalado umaboa dose de incenso, pode sempreapanhar um táxi ao Templo do Budadas Quatro Faces no Mosteiro Pou TaiUn, na ilha da Taipa, e gozar umaexcelente refeição no seurestaurante de comida vegetariana.Depois já será mais fácil explorar ostemplos da Taipa e da Coloane!

Destinos

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APAVT E TRAVELPORT:

O maior standprivado da BTL 2014Com uma área total de 756 m2 e 53 empresas expositoras, o standAPAVT/TRAVELPORT constituiu o maior espaço privado da BTL 2014,tendo mais que duplicada a área ocupada no ano transato. Paramemória futura, deixamos aqui o registo fotográfico desta iniciativa.

ais do que duplicámos o espaçodesde 2011 três vezes. Em 2012,

a primeira ideia era um stand de 70 m2, enesse mesmo ano acabou por ter 144 m2, ouseja, antes de nascer já tinha duplicado. Noano passado, tivemos cerca de 350m2,voltámos a duplicar. E hoje são 756 m2",afirmou o presidente da associação, PedroCosta Ferreira, tendo acrescentado que"Ainda mais importante, não só voltámos aduplicar, como duplicámos sobre uma área jábastante superior. Claro que estamosbastante felizes, é uma aposta muito grandenossa, dos nossos parceiros e, sobretudo,dos nossos associados, que percebem oretorno deste nosso esforço e neleparticipam, também com isso dando origem amais retorno."Por sua vez, António Loureiro, regionalcountry manager da Travelport, disse que"para ter este espaço há que ter outrasentidades envolvidas além dos agentes deviagens, designadamente os seus parceiros.Estes são investimentos caros e o que todospretendemos é encontrar o equilíbrio entreos custos e as receitas, pois não temosqualquer interesse em ganhar dinheiro,apenas ajudar e investir onde achamos quedevemos, que é junto dos nossos parceiros,neste caso, os agentes de viagem".Além da presença dos expositores, quer daárea do recetivo, quer do outgoing, o standfoi dinamizado com um conjunto deiniciativas, desde "happy hours" atéapresentações de programação, aassinatura de protocolos e animação.

“M

Associativismo

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Associativismo

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Reunião Bianual da ECTAA em Ponta Delgada

Açores acolheram líderesda distribuição turísticaeuropeia

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Cerca de seis dezenas de líderesda distribuição turística europeiaestiveram de 4 a 7 de junho emPonta Delgada, para a 109ªreunião bianual da ConfederaçãoEuropeia das Associações deAgências de Viagens eOperadores Turísticos (ECTAA),organização de cúpula destesetor na Europa.

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A escolha dos Açores para a realizaçãodesta reunião adveio do facto de a Regiãoser este ano o "Destino Preferido daECTAA", uma iniciativa política da APAVTque se consubstancia num projeto depromoção internacional celebrado entreesta confederação e a Secretaria Regionaldo Turismo e Transportes dos Açores."Esta reunião da ECTAA foi um doseventos mais significativos do projeto'Azores: ECTAA's Preferred Destination',ao juntar os representantes dos mercadosemissores europeus em terras açorianas.Tratou-se, afinal, de mais uma açãoconjunta da APAVT com o GovernoRegional Açoriano, com a ATA e com aSATA, depois de, no ano passado, termosaqui realizado um congresso nacional daAPAVT" afirma o presidente da APAVT,

Pedro Costa Ferreira, acrescentando que"é preciso acentuar que tem sido umprivilégio trabalhar com os representantesdo turismo açoriano, com os quaispartilhamos a paixão por esta pequenamaravilha que é o arquipélago dos Açores.Sem uma enorme paixão não é possívellevar este tipo de eventos a bom porto!".A reunião decorreu no hotel MarinaAtlântico, com uma agenda intensa detrabalhos que incluiu as eleições doscorpos sociais para o mandato 2014-2016,das quais resultou a eleição de LarsThykier (Dinamarca) como presidente, emsubstituição de Boris Zgomba (Croácia), eonde Pedro Costa Ferreira foi tambémeleito para uma das vice-presidências (vercaixa), a admissão da GEBTA comomembro aliado e a aprovação de contas e

orçamento, além de uma apresentação daresponsável pelos assuntos internacionaisda Comunidade Europeia, Crist inaCalabro, sobre a política de vistos daEuropa, um debate sobre a diretiva dosPacotes Turísticos, IATA e NDC, entreoutros.

À DESCOBERTA DE SÃO MIGUEL…E NÃO SÓOs participantes foram brindados noprimeiro dia com uma excursão em SãoMiguel, na qual tiveram a oportunidade deconhecer a beleza da ilha e das suaspaisagens, designadamente a Lagoa doFogo, as plantações de chá e o Parque dasFurnas. Para a maioria destes dirigentesda distribuição turística foi a primeira vezque visitaram os Açores, tendo alguns

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deles prolongado a estadia para conheceroutras ilhas.Os jantares dos dois primeiros dias, umacortesia do Turismo dos Açores,decorreram no Teatro Micaelense e norestaurante das Portas do Mar, tendo oprimeiro como anfitr ião o SecretárioRegional do Turismo e Transportes dosAçores, Vitor Fraga. O jantar dedespedida foi oferecido pela TravelportPortugal, no Solar da Graça, tendocontado com a presença do diretor geraldesta empresa, António Loureiro.A ECTAA agrupa 32 associações deagentes de viagens e operadoresturísticos em 30 países, incluindo 26estados membro da União Europeia, doisestados-candidatos a estados-membro edois países da EEA/EFTA. Constitui a voz

do setor na União Europeia, tanto no quediz respeito aos agentes de viagens delazer como de negócios, bem como para osorganizadores de pacotes turísticos.

VASCO CORDEIRO RECEBEDELEGAÇÃO DA ECTAAO presidente cessante da ECTAA, BorisZgomba, o presidente da APAVT, PedroCosta Ferreira, o Secretário-Geral daECTAA, Michel De Blust e a delegada regionalda APAVT nos Açores, Catarina Cymbron,foram recebidos em audiência pelopresidente do Governo Regional dos Açores,Vasco Cordeiro, com quem tiveram aoportunidade de trocar impressões sobre apromoção externa da região e agradecer oapoio prestado a esta reunião.

Pedro Costa Ferreiraeleito vice-

presidente da ECTAANo decorrer desta reunião, o presidente daAPAVT, Pedro Costa Ferreira, foi eleito vice-presidente da ECTAA."Creio que esta vice-presidência é afinal oreconhecimento do trabalho que a APAVTtem vindo a desenvolver no seio da ECTAA, atodos os níveis e nos mais diversos capítulos,constituindo exatamente por essa razão,uma responsabilidade e uma exigênciaacrescidas", afirma Pedro Costa Ferreira,acrescentando que "sendo certo que ésempre agradável e estimulante ter estaconsideração por parte dos meus colegaseuropeus, não podia de facto não aceitarmais este compromisso, até porque, paraalém do próprio Presidente da ECTAA,naturalmente, os primeiros países que meendereçaram apoio expresso, Alemanha,Reino Unido e Espanha, representamimportantes mercados emissores paraPortugal".

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Apesar do crescimento que severificou em 2013, Portugal temuma quota de mercado naAlemanha que não chega a 1%.Os alemães não conhecem oPaís, que tem muito para lhesoferecer, e é essencial reforçar apromoção junto dos canaistradicionais, que dominam asvendas de viagens naquele que éo segundo mais importantemercado para o nosso País. Ementrevista à REVISTA APAVT, opresidente cessante daassociação de agentes deviagens alemães, Jürgen Büchy,deixa algumas ideias econselhos.

Jürgen Büchy (DRV):"O alemão comum não sabe muitoacerca de Portugal"Entrevista: Paulo Brehm

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Entrevista

uais são, na sua opinião, asprincipais tendências dos

consumidores alemães no que dizrespeito à compra de viagens?85% de todos os pacotes turísticos, quecontabilizam mais de 40% de todas asviagens de férias, são compradas através deagências de viagens tradicionais. Os clientesque pretendem adquirir produtos simplescomo voos, quartos de hotel ou bilhetes decomboio, utilizam canais online maisfrequentemente. De uma forma geral, asvendas online estão a crescer a um ritmomais elevado que as vendas através doscanais tradicionais, mas especificamentepara os pacotes turísticos, os agentes deviagens tradicionais permanecerãodominantes nos próximos anos.

Que destinos estão os alemães acomprar?A Alemanha permanece o destino nº1, comcerca de 30% de todas as viagens de férias,seguido de Espanha, com 12%, Itália, com8% e Turquia, com 7%. As viagens paradestinos de longo curso, no total, atingem os7% de todas as viagens e esta é uma médiaque está a crescer de ano para ano.

No que diz respeito a destinos, hávariações significativas?As tendências, de uma forma geral, têm-semantido estáveis nos últimos anos e não há,por isso, variações significativas. Apenas ascatástrofes naturais, a turbulência social eas crises políticas mais graves levam adisrupções nas preferências dos clientes. AGrécia, por exemplo, sofreu enormes perdaslogo depois da crise económica, mas está arecuperar rapidamente. O mesmo sucedeucom a Tunísia depois da revolução, mas anormalidade está a regressar. Só o Egipto,como um importante destino, especialmenteno Inverno, continua a sofrer de umacontínua instabilidade da situação política.Além dos destinos de longo curso que járeferi, as Ilhas Canárias, a Turquia, aCroácia e os destinos em recuperação daGrécia e Tunísia têm vindo a demonstrartaxas de crescimento significativas nomercado turístico alemão.

As viagens são mais curtas, oulongas?A estadia média no ano passado manteve-se

estável, mas tem vindo continuamente adiminuir ao longo dos últimos anos. De 10,9dias em 2006 para 10,3 dias em 2012 e 2013.

Quais as principais motivações eprodutos que mais vendem?Sol e praia é ainda a motivação dominantepara os turistas alemães. Mas os turistas queprocuram a natureza e os entusiastas dosdesportos têm vindo a crescer ano após anohá já algum tempo. Este segmento estáhabitualmente disponível para consumir maisdurante as suas férias e é por isso muitoatrativo para os estrategas de marketingdos destinos.

Os All Inclusive são importantes?Desempenham um papel muito importante noturismo, em destinos como a Turquia, aRepública Dominicana e outros. Há umsegmento de mercado que pede um controlocompleto, à partida, das suas despesas nasférias e encontram nos All Inclusive asolução. Qualquer destino que pretendaatrair este segmento de mercado específicotem de encontrar soluções para estasnecessidades.Quão familiarizados estão os turistasalemães com Portugal?Atualmente, Portugal não está muito bemposicionado na lista de destinos potenciaisdos viajantes alemães. O alemão comum nãosabe muito acerca do País e da vastavariedade de oferta turística disponível.

Apesar dessa falta de familiaridade,as estatísticas mostram um aumentono número de turistas alemães…Como explica isso?Depois de anos de números em declínio,vimos de facto alguma recuperação no anopassado. Mas os números são ainda muitopequenos e não chegam sequer a 1% do

mercado turístico alemão. Não tenho umaexplicação específica para estedesenvolvimento positivo, mas diria quedesenvolvimentos negativos noutrosdestinos poderão ter aqui desempenhadoum papel.

Quais são, na sua opinião, osprincipais atrativos de Portugal paraos turistas alemães?Além do Sol e da praia, que não é umavantagem competitiva específica, o vossoPaís tem para oferecer uma enormevariedade de condições naturais e culturais,combinadas com uma longa tradição deserviços turísticos. É necessário trazer estesfactos ao conhecimento dos potenciaisclientes.

O Algarve e a Madeira são, contudo,os mais populares entre turistasalemães…Estas duas regiões têm, efetivamente, amaior marca junto do público alemão, mascomo disse anteriormente, perderam muitoda sua antiga presença nas mentes dosclientes e dos vendedores. Lisboa, e numgrau mais baixo, o Porto, enquanto destinosturísticos, desempenham também um papel,mas o resto do País e a sua oferta turística écompletamente desconhecida.

Que recomendaria às autoridadesturísticas portuguesas no que dizrespeito à promoção e ao marketingturístico no mercado alemão?As minhas recomendações, que sãoassentes nos conselhos dos membros daDRV que promovem ativamente Portugal eque são muito familiarizados com o destino,seriam, antes de mais, reforçar os esforçosde marketing, por forma a serem visíveisentre os inúmeros concorrentes que lutampelo mercado alemão.Portugal deveria ser promovido como umamarca única, com uma variedade única nasua oferta turística. Todos os esforços demarketing no mercado alemão deveriam serintegrados numa única estratégia global,para terem o máximo de impacto. Asatividades individuais de órgãos regionaisindependentes não podem produzir umaquota de voz significativa e por isso têmpouco, ou nenhum mesmo, efeito noMercado.

Q"Especificamente para os

pacotes turísticos, os agentes

de viagens tradicionais

permanecerão dominantes nos

próximos anos."

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Entrevista

As atividades de marketing deveriam incluiros vendedores, designadamente os agentesde viagens e operadores turísticos, e não seconcentrar nos canais de venda online.Como referi, o mercado alemão é aindadominado pelas agências de Viagenstradicionais, e os clientes contam com oconhecimento e experiência dasrecomendações dos profissionais para a suatomada de decisão.

Como é que crê que 2014 irá evoluir,em termos de número de turistasalemães?Apesar de ser ainda muito cedo para falar, osatuais sinais dos nossos operadores sãoencorajadores. As reservas para o Verãomostram um crescimento de 7-9% de umaforma geral, e Portugal está a este nível.Assim, estou muito otimista.

O facto de não termos muito AllInclusive não afecta?Como disse antes, há um segmento de

mercado em crescimento para este produto.Se querem atingi-lo, terão de criar ideias decomo oferecer um control de orçamentopara este tipo de cliente. Num dos meusencontros em Lisboa, alguém discutia apossibilidade de criar uma espécie de sistemade vouchers para que os turistas pudessemir comer a restaurantes próximos do hotelem vez de ficarem nos ghettos all inclusive.Se conseguissem fazer algo assim, poderiaser uma solução perfeita.

E no que diz respeito às ligaçõesaéreas, designadamente no que dizrespeito

à aposta em low costs?Os operadores turíst icos investemhabitualmente em destinos, oferecemcompromissos de longo prazo, e esperamparcerias de confiança e compromissosmútuos no destino. As companhias debaixo custo tendem a olhar apenas para odinheiro rápido, e desaparecem quando ossubsídios acabam. O desenvolvimento deum destino a longo prazo precisa del igações aéreas de conf iança. Paraaumentar o número de voos e distribuir orisco em diversos "shoulders", deveriaser estabelecida uma cooperação efetivaentre operadores turísticos, companhiasaéreas, hotéis e outros fornecedores deserviços, com o apoio das autoridadesnacionais e regionais de turismo. A largamaior ia dos tur istas alemães aindaprefere os dest inos à volta doMediterrâneo. É aí que reside o "pão commanteiga" dos operadores turísticos, e éaí que eles estão disponíveis para relaçõesduráveis.

"O alemão comum não sabe

muito acerca do País e da vasta

variedade de oferta turística

disponível."

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Qual é a representatividade da DRV?Os membros da DRV geram mais de 85% dovolume de negócios das agências de viagense operadores turísticos alemães.

E quem é que participa noscongressos da DRV?Os congressos da DRV unem a comunidadede turismo alemã e reúnem pessoas detoda a nossa indústria. Quadrossuperiores de operadores turísticos degrande e media dimensão reunem-se comrepresentantes de redes de agências deviagens, franchisados, agrupamentos eagências individuais. Fornecedores deserviços como os GDS's e osdesenvolvedores de tecnologia também vêmaos congressos para se reunir com clientesexistentes e potenciais, companhias aéreas,redes hoteleiras e empresas de rent-a-carencontram-se com os seus parceiros. Etodos eles entram em contato com osrepresentantes da indústria de turismo dopaís anfitrião e constroem novos contatospara negócios futuros.

A APAVT, como sabe, está a tentarpersuadir a DRV a organizar o seucongresso em Lisboa. Na sua opinião,que importância teria este congressopara a estratégia dedesenvolvimento no mercado alemãopara o nosso País?Alguns dos nossos anteriores anfitriõesestariam melhor posicionados do que eu pararesponder a esta questão. Os congressos daDRV trazem uma luz sobre o país anfitrião egeram grande interesse e atenção por partede toda a indústria do turismo e nos media dotrade, bem como na imprensa dirigida aoconsumidor. A organização de um congressoda DRV enquadra-se bem numa estratégiaglobal destinada a melhorar a posição dePortugal no mercado alemão. Tanto quantosei, os nossos países anfitriõeshabitualmente beneficiam de um impactovisível nos seus negócios nos anos seguintesao congresso.

Alguma outra mensagem para osnossos Associados?Apenas que desejo, a todos os nossoscolegas portugueses e parceiros da APAVT,um ano turístico cheio de sucesso. Esperovê-los num futuro próximo.

"Sol e praia é ainda a motivação

dominante para os turistas

alemães. Mas os turistas que

procuram a natureza e os

entusiastas dos desportos têm

vindo a crescer ano após ano

há já algum tempo."

Entrevista

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Gabinete Jurídico

Os direitos dos passageirosdos transportes aéreosO uso do avião como meio frequente de transporte, seja a título delazer seja a título profissional, tem aumentado nos últimos anos,tendo sido, aliás, reforçado com o aparecimento das companhiasaéreas Low Cost. Veja aqui quais os direitos que assistem aospassageiros.

O crescente recurso à aviação como meio detransporte levou à necessidade de clarificare reforçar a legislação em vigor a nível deDireitos dos passageiros de TransporteAéreo tendo, por isso, sido criado oREGULAMENTO (CE) N.º 261/2004 DOPARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHOde 11 de Fevereiro de 2004 que veioestabelecer regras comuns para aindemnização e a assistência aospassageiros dos transportes aéreos em casode recusa de embarque e de cancelamentoou atraso considerável dos voos, revogandoo até então em vigor Regulamento n.º 295/91 de 4 de Fevereiro de 1991 que, deixou depreencher as necessidade do cidadãoutilizador do avião como meio de transporte.O Regulamento Comunitário n.º 261/2004do Parlamento Europeu e do Conselho de 11de Fevereiro é vulgarmente denominadocomo "Denied Board CompensationRegulation" pois veio de forma clara definir eestabelecer quais os direitos que assistem aum passageiro em caso de:(i) Cancelamento de um voo;(ii) Recusa de Embarque(Overbooking) contra a sua vontade;(iii) Atraso de voo.

E aplicar-se-á em qualquer voo partir dequalquer aeroporto da UE ou com destino aum aeroporto da UE com uma companhiaaérea de um país da UE ou da Islândia, daNoruega ou da Suíça.O Regulamento n.º 261/2004 Do ParlamentoEuropeu e do Conselho de 11 de Fevereirode 2004 não afecta os direitos conferidosaos passageiros no âmbito da Directiva queregula a venda de pacotes turísticos,aplicando-se assim, também, à venda deviagens organizadas. Refira-se apenas que,

no caso de pacotes turísticos o presenteregulamento não se aplica nos casos em quea viagem é cancelada por outros motivos quenão sejam o cancelamento do voo.Assim, antes de mais, importa definir osconceitos relevantes para entendermos aaplicabilidade do Regulamento em causa:

"Cancelamento de um voo": a nãorealização de um voo que anteriormenteestava programado e em que, pelo menos,um lugar foi reservado;"Recusa de Embarque (Overbooking)contra a sua vontade": entende-se arecusa, por parte da transportadora aérea,de transporte de passageiros num voo parao qual tenham uma reserva confirmada e quese tenham apresentado para registo e naporta de embarque até à hora indicada pelatransportadora aérea, pelo operadorturístico ou pelo agente de viagens (casonão tenha sido indicada hora até 45 minutosantes da hora de partida programada).Excluem-se as situações em que atransportadora aérea ou o agente destatenham motivos razoáveis para recusar oembarque dos passageiros, nomeadamenterazões de saúde, de segurança ou a falta danecessária documentação de viagem;"Atraso de voo": entende-se um voo cujapartida em relação à hora de partidaprogramada se efectua com um atraso de:(i) duas horas ou mais, para voos até1500 km;ii) três horas ou mais, para voosintracomunitários iguais ousuperiores a 1500 km ou para outrosvoos entre 1500 e 3000 km;iii) quatro horas ou mais, para todosos restantes voosDefinidas as situações

relevantes e que devem ser doconhecimento dos utilizadores do transporteaéreo, importa agora concretizar quais osseus direitos em cada situação concreta.

CANCELAMENTO DE VOOEm caso de cancelamento de um voo, ospassageiros em causa têm direito a:1. Receber da transportadora aéreaoperadora a assistência devida e que variaconsoante o tempo de espera pelo vooalternativo e traduz-se na disponibilizaçãode bebidas, refeições e serviços decomunicação (chamadas telefónicasgratuitas, por exemplo), bem como, senecessário, a alojamento e transporte entrealojamento e aeroporto;

2. A reembolso do bilhete oureencaminhamento e que se traduz :i) No reembolso, no prazo de sete dias, dopreço total de compra do bilhete, para aparte ou partes da viagem não efectuadas,e para a parte ou partes da viagem jáefectuadas se o voo já não se justificar emrelação ao plano inicial de viagem,cumulativamente, nos casos em que sejustifique, ou disponibilização de um voo deregresso para o primeiro ponto de partida.Este direito quando referido aplica-setambém aos voos incluídos num pacoteturístico, salvo quanto ao direito a reembolsose este decorrer da aplicação do regimejurídico das viagens turísticas.ii) Reencaminhamento, em condições detransporte equivalentes, para o seu destinofinal, na primeira oportunidade;iii) No reencaminhamento, em condições detransporte equivalentes, para o seu destinofinal numa data posterior, da conveniência

Por: Rui Colmonero

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Gabinete Jurídico

do passageiro, sujeito à disponibilidade delugares (a transportadora aérea devesuportar o custo da transferência dopassageiro de um aeroporto alternativo parao aeroporto para o qual a reserva tinha sidofeita, ou para outro destino próximoacordado com o passageiro).

3.Receber da transportadora aéreaoperadora indemnização nos termos queadiante descreveremos, salvo se:i) tiverem sido informados do cancelamentopelo menos duas semanas antes da horaprogramada de partida, ouii) tiverem sido informados do cancelamentoentre duas semanas e sete dias antes dahora programada de partida e se lhes tiversido oferecido reencaminhamento que lhespermitisse partir até duas horas antes dahora programada de partida e chegar aodestino final até quatro horas depois da horaprogramada de chegada, ouiii) tiverem sido informados do cancelamentomenos de sete dias antes da horaprogramada de partida e se lhes tiver sidooferecido reencaminhamento que lhespermitisse partir até uma hora antes da horaprogramada de partida e chegar ao destinofinal até duas horas depois da horaprogramada de chegada.

Salientamos que o direito à indemnizaçãonão existe na situações em que atransportadora aérea conseguir provar queo mesmo se ficou a circunstânciasextraordinárias que não poderiam ter sidoevitadas mesmo que tivessem sido tomadastodas as medidas razoáveis, mas, mesmoassim, a transportadora aérea deve:i) reembolsar o bilhete (na totalidade ou só aparte correspondente ao trajecto nãoefectuado) ouii) assegurar o transporte alternativo para oseu destino final o mais brevementepossível, ouiii) fazer uma nova marcação (em função doslugares disponíveis)Mesmo no caso de circunstânciasexcepcionais, sempre que necessário, acompanhia aérea tem a obrigação de prestarassistência (refeições, alojamento,chamadas em termos adequados ao tempode espera) aos passageiros enquantoesperam por um transporte alternativo.É ainda obrigação da Companhia Aérea

informar os passageiros sobre eventuaistransportes alternativos em caso decancelamento.

RECUSA DE EMBARQUEQuando tiver motivos razoáveis paraprever que vai recusar o embarque numvoo, uma transportadora aéreaoperadora deve, em primeiro lugar, apelara voluntários que aceitem ceder as suasreservas a troco de benefícios, emcondições a acordar entre o passageiroem causa e a transportadora aéreaoperadora.Nestas situações os passageiros queaceitem ceder o seu lugar terão direito aoreembolso ou reencaminhamento nosexactos termos previstos para situaçõesde cancelamento e recusa de embarquecontra sua vontade.Se o número de voluntários forinsuficiente para permitir que os restantespassageiros com reservas possamembarcar, a transportadora aéreaoperadora pode então recusar oembarque a passageiros contra suavontade.Se for recusado o embarque a passageiroscontra sua vontade, a transportadoraaérea operadora deve indemnizá-losimediatamente, prestar-lhes a Assistênciae ainda proceder ao reembolso oureencaminhamento ambos nos exactostermos previstos para situações decancelamento.Conforme referido, em caso decancelamento de voo ou recusa deembarque contra vontade, os passageirostêm direito a uma indemnização que variaconsoante a distância do voo e quepoderá ir de € 250,00 a € 600,00 porpassageiro, nos seguinte termos:i) € 250,00 para todos os voos até 1500quilómetros;ii) € 400,00 euros para todos os voosintracomunitários com mais de 1500quilómetros e para todos os outros voosentre 1500 e 3500 quilómetros;ii i) € 600,00 para todos os voos nãoabrangidos pelas alíneas i) ou ii).Na determinação da distância aconsiderar, deve tomar-se como base oúltimo destino a que o passageiro chegarácom atraso em relação à hora programadadevido à recusa de embarque ou ao

cancelamento.Quando for oferecido aos passageirosreencaminhamento para o seu destinofinal num voo alternativo, cuja hora dechegada não exceda a hora programadade chegada do voo originalmentereservado:i) Em duas horas, no caso de quaisquervoos até 1500 quilómetros; ouii) Em três horas, no caso de quaisquervoos intracomunitários com mais de 1500quilómetros e no de quaisquer outros voosentre 1500 e 3500 quilómetros; ouiii) Em quatro horas, no caso de quaisquervoos não abrangidos pelas alíneas i) ou ii),a transportadora aérea operadora podereduzir a indemnização fixada ou seja osvalores acima referidos em 50 %.

ATRASO DE VOO:Quando tiver motivos razoáveis paraprever que em relação à sua horaprogramada de partida um voo se vaiatrasar:a) Duas horas ou mais, no caso dequaisquer voos até 1500 quilómetros; oub) Três horas ou mais, no caso dequaisquer voos intracomunitários commais de 1500 quilómetros e no dequaisquer outros voos entre 1500 e 3500quilómetros; ouc) Quatro horas ou mais, no caso dequaisquer voos não abrangidos pelasalíneas a) ou b),a transportadora aérea operadora deveoferecer aos passageiros:i) Refeições e bebidas adequadas aotempo de espera e duas chamadastelefónicas, email, etc;i i) quando a hora de partidarazoavelmente prevista for, pelo menos, odia após a hora de partida previamenteanunciada, deverá ainda serdisponibilizado alojamento e transporte;iii) quando o atraso for de, pelo menos,cinco horas, o direito ao reembolso, noprazo de sete dias, do preço total decompra do bilhete, para a parte ou partesda viagem não efectuadas, e para a parteou partes da viagem já efectuadas se ovoo já não se justificar em relação aoplano inicial de viagem, cumulativamente,nos casos em que se justifique, ou um voode regresso para o primeiro ponto departida.

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Parceiros

Travelport Merchandising Platformcelebra um ano de existênciaO lançamento da plataforma de distribuição da Travelportrevolucionou a relação entre as companhias aéreas, as agências deviagens e os seus clientes. António Loureiro, diretor regional daTravelport Portugal e Espanha, faz um balanço dos primeiros 12 mesesde implementação.

A Travelport está a celebrar um ano deexistência da Merchandising Platform.

A solução foi criada com o intuito de permitiràs companhias aéreas a distribuiçãodiferenciada e personalizada dos seusconteúdos, sejam eles tarifas ou serviçosauxiliares, junto dos agentes de viagens,que podem, por sua vez, comparar a ofertadas diferentes companhias num únicoworkflow e apresentar um leque alargado dealternativas aos seus clientes. A plataformade merchandising da Travelport resulta daaposta e investimento permanente damultinacional em tecnologia de ponta quepermita aos seus parceiros incrementarem oseu negócio, maximizando o retorno deinvestimento e garantindo valoracrescentado face à concorrência.António Loureiro, diretor regional daTravelport Portugal e Espanha, revela-sebastante satisfeito com os resultadosobtidos no primeiro ano de implementação daplataforma de merchandising. "Quandolançámos esta solução tínhamos comoobjetivo proporcionar tecnologia inovadorapara a indústria de viagens querevolucionasse a distribuição no setor,permitindo que as companhias aéreaspudessem apresentar os seus produtos nosítio certo, no momento exato e da formaque consideram mais conveniente", refere oresponsável da multinacional de turismo queem Portugal, através do Galileo, colaboracom a grande maioria das agências deviagens.A Travelport Merchandising oferece trêssoluções distintas, mas complementares -Travelport Aggregated Shopping, TravelportAncillary Services e Rich Content andBranding . "Com a plataforma demerchandising da Travelport, as companhiasaéreas vão poder distribuir todos os seus

S serviços e produtos de forma consistente,personalizando a sua oferta mediante osseus objetivos de negócio. Do lado dosagentes, há a garantia de aumento dasreceitas e de produtividade, além de umamaior eficácia e qualidade no serviçoprestado ao cliente final", acrescenta.

RESERVAS REGISTAM CRESCIMENTOMENSAL DE 60 POR CENTOAs reservas efetuadas através daTravelport Aggregated Shopping - soluçãoque permite aos agentes de viagenscomparar, no mesmo ecrã, os resultados dascompanhias tradicionais que se conectamatravés das normas ATPCO com osresultados das companhias low cost ououtras que preferem ligar-se à Travelport viaAPI - têm registado um crescimento mensalna ordem dos 60 por cento. "Estes valoresvão certamente ser incrementados esteano, à medida que vamos contando comcada vez mais companhias no nossoportefólio. Esta tecnologia é única na medidaem que permite comparar as tarifas numúnico display, aumentando a rapidez deresposta e evitando perdas de tempo e deinformação", revela António Loureiro."A prova evidente das vantagens destaferramenta é o facto da Ryanair, a maiorcompanhia aérea da Europa, ter voltado 10anos depois aos canais de distribuiçãoexclusivamente através da Travelport.Também a Air Asia, maior companhia low costda Ásia, beneficia desta ferramenta",acrescenta o responsável da Travelport.Jet2.com, transavia.com, Tigerair e Easyjet- que em janeiro, através da solução, viu assuas reservas crescerem 600 por cento,comparativamente ao mesmo mês em 2013 -são outras das companhias que já fazem usodo Travelport Aggregated Shopping.

SERVIÇOS AUXILIARESDE MAIS DE 23 COMPANHIASAo longo do último ano, a Travelport tem vindoa reforçar os seus acordos com inúmerascompanhias - quer tradicionais quer low cost -,assumindo a disponibilização dos serviçosauxiliares através da plataforma TravelportAncillary Services. Deste modo, os agentesTravelport podem vender serviços auxiliares ouopções extra, como passes para as zonaslounge, lugares e malas, de uma forma rápida enatural no seu próprio workflow semnecessitarem de efetuar a reserva através do siteda companhia aérea. "Atualmente, a Travelportvende mais de 50 serviços auxiliares, de 23transportadoras aéreas, em 178 países. AirCanada, KLM, Air France, Air Berlin, Alitalia sãoapenas algumas das marcas que adotaram estatecnologia", refere António Loureiro.

A APOSTA NA PERSONALIZAÇÃODOS CONTEÚDOSJá a solução Rich Content and Branding permiteàs companhias aéreas controlar, de uma formamais eficaz, como os seus voos e serviçosauxiliares são visualmente apresentados edescritos junto das agências de viagens. Oprincipal objetivo desta tecnologia, que aindase encontra em fase de teste, e deverá serlançada de forma global no final de 2014, é o deoferecer uma experiência mais personalizadaque torne a compra de produtos e serviçosna plataforma da Travelport mais próxima daexperiência oferecida pelos sites dascompanhias. "Estamos certos de que estaferramenta vai incrementar o nível deserviço dos agentes de viagens eproporcionar escolhas mais informadas,enquanto que as transportadoras podempersonalizar a sua oferta e reforçar a suamarca junto dos agentes", conclui oresponsável da Travelport.

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Parceiros

entre empresas e a falta deidentificadores únicos para serviçoscomo os hotéis, provoca grandeentropia no desenvolvimento eagilização de plataformas tecnológicaspara esta indústria. O KEYforTravelrespeita, desde o primeiro momento,as directivas da OTA (Open TravelAlliance), garantindo que o formatodas suas mensagens é baseado nessapropostas de standard, e maisrecentemente, passou a fazer partedo grupo do TourismLink, umainiciativa da Comunidade Europeia quepretende normalizar e sensibilizar asempresas para a necessidade do usode standard's - assunto ao qual aViaTecla e sua equipa sempre foramsensíveis e têm trabalho significativo ede relevância desenvolvido nessasáreas.Com uma mudança de paradigma, oFrontOffice do KEYforTravel temmostrado grande agilidade comoferramenta de gestão para osconsultores de viagens. Quebrandocom a abordagem tradicional dagestão de linhas de serviço e dotradicional ERP, o FrontOffice dá opoder ao agente de gerir cada serviço/reserva com ligação ao fornecedor deuma forma intuitiva e simples,garantindo assim que as energias sãofocadas no cliente e não em

operações "burocráticas". Com umavisão das suas tarefas, através deacções sobre cada serviço comobooking, emissão, cancelamento,alteração e todo o histórico dos váriosprocessos, a empresa pode prestarclaramente um melhor serviço ao seucliente.O KEYforTravel beneficiou de umavisão de futuro e de uma arquiteturaúnica que permite responder adesafios de qualquer dimensão, com acapacidade de gerir negócio demúltiplas empresas, múltiplas marcas emúltiplos interfaces, conseguindoescalar e responder a grandes gruposde turismo e viagens, assim como auma pequena agência. Permite assimque se consiga gerir múltiplos negóciosnuma única instalação deKEYforTravel, em que cada canal devenda tenha a sua regras, templatesde comunicação e produto tendosempre uma visão agregada donegócio.A versatilidade que o KEYforTravel trazaos seus clientes é única e permite aorganizações ágeis e com grandeambição de futuro, agilizar as suasestratégias e operações, podendoconcentrar contratação e produto demúltiplos fornecedores, distribuiroperação por balcões e CallCenters,distribuir em canais electrónicos comoWebSites de e-commerce ouaplicações móveis bem como qualqueroutro canal que queira distribuirproduto e concretizar a venda.Garante ainda que cada um dos canaistem as suas regras, como mark-up'sdistintos, taxas de serviço, comissõesou outras definições.A mobilidade nos serviços passou a serpalavra de ordem; o KEYforTravel nãotem estado indiferente a isso,contando actualmente com umaoferta out-of-the-box de uma apppara iOSX (Apple), Android eWindowsPhone 8. Para além doshabituais motores de pesquisa dosvários tipos de produto, esta ofertagarante ainda colocar as viagens nobolso do Traveller, ou seja, com umaárea designada "as minhas viagens"que dá suporte ao viajante, tanto on-

line como off-line, com todo o detalheda viagem, documentação e mapas.Com esta última oferta, a plataformaKEYforTravel complementou oportfolio de interfaces de vendaactualmente disponíveis nas áreas deB2C, B2B e Corporate.O KEYfortravel responde às várias vertentesdo negócio de turismo, como o Corporate, aTourOperação e/ou venda a terceiros, e ooutgoing e incoming, tendo layers dedefinição de negócio e regras que ajudam nagestão de cada um destes tipos de negócio.Estes layers permitem por exemplo aoconsultor de turismo, quando em operaçãono Frontoffice com o seu cliente corporate,utilizar os motores de negócio no contexto docliente, com as suas políticas de negócio,algum produto específico para ele,garantindo que todas a regras acordadassão efetivas no processo do booking.Actualmente o KEYforTravel está presentenos grandes players do turismo nacional,bem como em alguns clientes de referênciano Brasil e em negociações em outrasgeografias. A ida para o Brasil da plataformaobrigou, desde 2010, a um grandeinvestimento de tropicalização e no alargardos módulos da plataforma. De salientar osmódulos para o negócio de "Educacional/Cursos" e para o Rail (e.g. Rail Europe), quepermitem ao maior player de "StudentTravel" no Brasil, agilizar o seu negócio comdistribuição nas suas 68 lojas (franquias)bem como o negócio B2B para outrasagências no mercado brasileiro, agilizandotambém o seu CallCenter e canal B2C.A ViaTecla, empresa que desenvolve ecomercializa o KEYforTravel, actualmenteestá a construir uma rede de parceiros emvárias geografias com o objectivo de fazercrescer a sua rede de clientes e parceiros.Para acelerar o processo de venda econquistar novos tipos de clientes, aplataforma vai ainda passar a dispor de umaoferta mais vertical e a preços maiscompetitivos ajustada a cada tipo denegócio. Mantendo a oferta Enterprise, oKEYforTravel passará a ter disponível 4pacotes para uma oferta focada em:Operação; B2C; B2B e Corporate,permitindo assim a PME's investirem numaplataforma que até há algum tempo atrásera apenas para players de grandedimensão.

KEYforTravel -plataformacompleta paraa venda deviagens eturismo

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Um 5-estrelas no Alentejo

CS Hotel do Lago - MontargilLocalizado sobre a albufeira de Montargil, numa das zonas de paisagem privilegiada do Alentejo, o Hoteldo Lago Montargil, arvorando a bandeira CS Hotels, Golfs and Resorts, é uma unidade de 5-estrelas idealpara um fim-de-semana, ou uma estadia mais prolongada, em que o relaxe seja imperativo.

Se o amb ien te é t ranqu i l o , e aenvo lven te a conv ida r ao s imp lesusufruto do descanso e da paisagem,há que dizer que também os hóspedesmais ativos não deixam de encontraraqu i uma boa respos ta aos seusdesejos de ação. Casais , famí l ias egrupos têm muito que fazer. Se não

forem sufic ientes as quatro piscinasex te r io res , uma das qua i s pa racrianças, a piscina interior aquecida(convém leva r touca) , o SPA comjacuzzi , sauna e banho turco, entreoutros "mimos", ou a sala de ginástica,nas prox imidades do hote l ex is temvariadíssimas opções, que podem ser

reservadas a partir da receção, comosejam, o clube náutico do próprio hotelcom uma piscina sobre o lago, ou porexemplo, os passe ios de barco, detodo-o-terreno, ou de bicicleta.Para os mais pequenos, o CS Hotel doLago Montargil dispõe de um Kids-Club,com vár ios jogos , conso las e

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atividades que os mantêm ocupados, esob vigilância, ou um serviço de baby-s i t t i ng , que convém rese rva r comantecedência, para dar alguma folgaaos mais graúdos. Para estes, umasa la com snooker, dardos e out rosjogos de mesa (xadrez , damas oucartas) completam a oferta.O ed i f í c i o é moderno , bemenquadrado, e os seus 105 quartos,incluindo seis suites, são espaçosos,aconchegantes e (muito) confortáveis,dispondo de tudo o que se espera deum hotel desta categoria. Todos têmvaranda, que é mais um espaço dere laxe, e as v is tas var iam entre osjardins e piscinas ou o lago. Todas asunidades de alojamento, bem como noresto do hotel, o acesso à internet éfácil, e gratuito.

Em matéria de gastronomia, dois bares(além do bar do clube náutico), umsnack-bar junto de uma das piscinas, eum ou dois restaurantes, com buffetou menu à la carte, são as alternativasdisponíveis. Em todos estes espaços ere fe i ções , i nc lu indo o pequeno-almoço, o leque de opções é variado etão bem apresentado como servido. Emtodo o caso, convém referir que forado ho te l t ambém não fa l t amposs ib i l i dades de se te r umaverdadeira experiência da gastronomiaa len te jana , com des taque para orestaurante "Ret i ro do Mocho" , emForos do Mocho. Imperdível para quemaprecie umas boas migas de espargos,en t recos to , sopa de cação , ou umgaspacho ( fo ra da ementa) , en t reoutras delícias, tudo a bom preço.

Turismo de NegóciosPara uns dias de trabalho em ambientede puro lazer, o hotel dispõe de umcent ro de congressos com do i sauditór ios com capacidade para 220pessoas cada e também três salas dereun iões , pa ra reun iões a té 30pessoas . Acaba por ser, ass im, umespaço ideal para incentivos, já quepossibi l ita a organização de diversasa t i v idades co rpora t i vas , a l ém dasreuniões de trabalho.

Reservashttp://www.cshote lsandresorts .com/index.php/pt/hoteis-e-apartamentos/alentejo/hotel-do-lago-montargil

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O dia-a-dia de uma Agência de Viagens ede qualquer player na indústr ia doTurismo na venda e distr ibuição deproduto Turístico e Viagens não é fácil eenfrenta todos os dias novos desafios.Com a global ização e a Internet asagências têm vindo a sofrer grandepressão, competindo com grandesplayers globais e com os própriosfornecedores de produto, como ascompanhias aéreas, hotéis e outrosserviços que passaram a distr ibuirdiretamente. Só existe uma forma decont inuar a viver neste mercadoaltamente competitivo: é dar serviço,servir bem os clientes, dar-lhes o queprocuram e necessitam e inovar emcontínuo na relação com o "traveller".O KEYforTravel surgiu para ajudar asempresas de viagens e turismo a prestaro melhor serviço possível aos seusclientes, se focarem no serviço e naresolução do problema do cliente e a nãodesperdiçar esforço em operações menosprodutivas e que não criam valor aonegócio. A plataforma KEYforTravelpermite gerir todo o ciclo de negócio navenda de Viagens. Desde a definição eagregação de produto de vár iosparceiros com o foco em apresentar amelhor tarifa com disponibil idade emfunção das regras de negócio passandopela promoção, venda, execução dobooking, pagamento, emissão dadocumentação, facturação e controlo degestão, a plataforma tem múlt ip lassoluções e módulos que agi l izam onegócio e a sua rentabilidade.

Pedro SeabraCEO da Viatecla

KEYforTravel - plataformacompleta para a venda deviagens e turismo

Focada na operação e na facilidade deexecução das tarefas do dia-a-dia, aplataforma KEYforTravel tem vindo a serdesenvolvida de uma forma modular paradar resposta em cada etapa do processode negócio. Muito centrada na agregaçãode produto com motores próprios deHotelaria, Aviação, Pacotes de Férias,Tour Operação, Seguros, Serviçosespeciais, etc, e com a interoperabilidade(ligação de sistemas tecnológicos) commúltiplos parceiros, como os 3 maioresGDS (Travelport; Amadeus e Sabre), maisde 25 centrais de Hotelar iaInternacionais, Rent-a-Car's, seguros,fornecedores de serviços especiais egateway's de pagamentos, a plataformapermite, através de motores únicos eactuais, apresentar as melhores soluçõespara os seus cl ientes, baseadas nasregras de negócio e estratégia comercialque cada empresa.Nos 14 anos que a ViaTecla desenvolve oKEYforTravel, tem vindo a fortalecer oportfolio de parceiros/fornecedores comque se integra, mas também a exportarproduto para outras plataformas/siatemas através de conectores XML quea plataforma disponibiliza em cada um dosmotores verticais de produto. O tema dainteroperabi l idade e agregação deproduto é assunto bastante complexo ede grande investimento, pois a falta destandards no formato das mensagens

KEYforTravel - participa na iniciativa do TourismLink, disponibilizae integra produto para toda a Europa.

Artigo continua na página 35

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