revista apavt nº 31 - julho 2012

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 31 1

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Revista APAVT - Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo. Edição 31, Julho 2012

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Sim, o mundo está difícil,mas os seus habitantescontinuam a viajar!Sim, o mercado estádifícil, mas as agênciasdeviagens continuam avender!Não tenho dúvidas emafirmar que assimcontinuará a ser.Viajar é, mais importantedo que umanecessidade física, umencontro com a alma.Depois, a capacidade deresiliência das agênciasde viagens já não é umasurpresa, ésimplesmente umaimagem de marca.

Pedro Costa Ferreira,Presidente da Direcção da APAVT

Caros colegas,CTP

As associações existem para defenderem interesses

legítimos das empresas que as suportam.

Nada mais lógico e, do ponto de vista de alguma

teoria económica, nada mais eficiente, embora

vivamos tempos em que resulta menos fácil

acreditarmos na eficiência do mercado livre.

Também não é menos verdade que diferentes

associações têm que gerir interesses que por vezes

se manifestam conflituosos.

No turismo não é diferente, mas o mais relevante é

que, se alguns interesses geram potencial conflito,

este facto não minimiza certamente a legitimidade

de todos eles.

É exactamente por isso que o espaço de intersecção

entre associações, no caso entre associações

ligadas ao universo do turismo, deve ser um

espaço de diálogo e nunca de litigância.

É assim que vemos o maior espaço de intersecção

entre as associações da área turística, a

Confederação do Turismo Português - Um amplo

espaço de diálogo entre associações, um grande

espaço de gestão de interesses comuns, que são

muito mais importantes que os putativos conflitos.

Sempre afirmámos, e sobretudo sempre

acreditámos, que o que nos une é mais forte do que

o que nos separa.

É por assim olharmos para a CTP, que estamos

simultaneamente felizes e confiantes, numa altura

em que é eleita uma equipa chefiada pelo Dr.

Francisco Calheiros.

Não lhe falta curriculum, não lhe falta estatuto, não

lhe falta inteligência, mas sobretudo não lhe falta

espírito associativo nem capacidade de diálogo.

Deve chegar…

Boa sorte, Francisco Calheiros!

TURISMO DE PORTUGAL

Diálogo.

Quem está na política associativa, sobretudo em

áreas próximas da liderança, tem que se

lembrar, antes de tudo o mais, que está em

nome de interesses dos associados.

Significa isto que, ou está preparado para

dialogar e construir, antes de tudo o mais, ou…

não está preparado para liderar!...

Recentemente, todos fomos abalados com a

perda (que se viria a revelar momentânea) do

estatuto especial do Turismo de Portugal, peça

absolutamente central (o organismo… e o

estatuto…) da estratégia turística do País.

Mas, face a um abalo comum, nem todos

reagimos do mesmo modo.

A APAVT esteve na primeira linha da decepção

face ao facto, e aqui esteve bem acompanhada.

Mas, confiante na força do diálogo, da

persistência e, sobretudo, da razão, ajudou a

construir.

Sempre em sede própria e com a noção de que

nem toda a movimentação associativa pode e/

ou deve ser mediática.

Pouco tempo depois, todos temos a alegria de

perceber que, afinal, o Turismo de Portugal

manteve o justo e, sobretudo, necessário

estatuto especial.

Parabéns a todos os que lutaram por este

desfecho, acima de todos a própria Secretária

de Estado do Turismo, Dra. Cecília Meireles -

muitas vezes a discrição apenas esconde a

perseverança !

Apenas um lamento, em todo este processo.

Tantas vozes levantadas (e bem!) contra a

perda de estatuto ; mas tão pouco regozijo com

a recuperação do mesmo.

Não era o estatuto que estava em causa?

APAVT

Decorrido o primeiro terço do ano, duas

realidades já esperadas (pelo menos por nós…)

confirmaram-se.

Sim, o mundo está difícil, mas os seus habitantes

continuam a viajar!

Sim, o mercado está difícil, mas as agências de

viagens continuam a vender!

Não tenho dúvidas em afirmar que assim

continuará a ser.

Viajar é, mais importante do que uma

necessidade física, um encontro com a alma.

Depois, a capacidade de resiliência das agências

de viagens já não é uma surpresa, é

simplesmente uma imagem de marca; uma força

que se revelará impossível de derrotar

enquanto se souber organizar e defender

causas comuns, sem nunca esquecer que

vivemos em concorrência.

Na APAVT, tentamos todos os dias, ser o

epicentro desta capacidade de união.

Precisamos da colaboração de todos - Seremos

sempre tanto mais fortes quanto mais juntos

estivermos.

A CTP, O Turismo de Portugal e a APAVT

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 314

REVISTA APAVTDirector Editorial:Paulo [email protected]

Redacção:Catarina Delduque, GuilhermePereira da SilvaTel. 21 3142256 / Fax. 21 [email protected]

Colaborações:Sebastião Boavida, Si lvério doCanto (Agência PressTur),Pedro Machado (Turismo Centro dePortugal)

Fotograf ia:Rafael G. Antunes, Homem Cardoso eVitor Machado, Arquivos APAVT

Edição Gráfica e Layout:Pedro António e Maria Duarte

Publicidade:Helena [email protected] 3142256

Impressão e Acabamento:MX3-Artes Gráficas, Lda.Rua Alto do Sintra - Sintra ComercialPark Armazem 16 Fracção Q2635-446 Rio de Mouro

Tiragem:3.000 exemplaresDistribuição: APAVT

Propriedade:APAVT-Associação Portuguesa dasAgências de Viagens e TurismoRua Duque de Palmela, 2-1º Dtº1250-098 LisboaTel. 21 3553010 / Fax. 21 [email protected]. no ICS como nº 122699

Presidente da Direcção:Pedro Costa Ferreira

Conselho Editorial:Pedro Costa Ferreira, João Welsh,

Filipe Machado Santos, Rui

Colmonero, Paulo Brehm

Nota do Editor: Os artigos deopinião são da responsabilidadeexclusiva dos seus autores.

Nº 31 - 2012 - WWW.APAVTNET.PT

CAPA

Francisco Calheiros (CTP):

"Uma confederação maisinterventiva e maiscomunicativa"Defende uma maior intervenção e comunicação paraa CTP, e em apenas dois meses já reuniu com oPresidente da República, Ministros e Secretários de

Estado, com os Parceiros Sociais, com a Troika e com os associados, num contextoeconómico que impõe ao sector redobrados desafios e "uma agenda imensa". Nasua primeira entrevista enquanto presidente da CTP, Francisco Calheiros dá aconhecer um pouco deste novo ciclo do órgão de cúpula do associativismoempresarial do Turismo.

APAVT estabelece acordo com congéneresde MacauA associação estabeleceu em Macau três acordos de cooperação com ascongéneres locais, destinados a fomentar o Turismo entre os dois territórios, nasequência da atribuição a Macau do título "Destino Favorito da APAVT".

MENSAGEM DO PRESIDENTE

EDITORIAL

ESTATÍSTICA

NOTÍCIAS

Acordo APAVT-TAP adia pagamento semanal do BSPUm acordo estabelecido entre a APAVT e a TAP logrou contrariar a intenção dascompanhias aéreas BSP para a passagem do pagamento das suas vendas demensal a semanal a partir de Julho do próximo ano, adiando a aplicação do novomodelo por dois anos e estabelecendo a sua redução progressiva ao longodeste período.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág.3

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Pág. 14○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág.6

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Pág. 20

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○Pág. 24

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág.5 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág.10

Vida Associativa:

38º congresso da APAVT reúne em CoimbraDe 6 a 9 de Dezembro, Coimbra vai ser o cenáriodo debate turístico português, com arealização da 38ª edição do congressonacional da APAVT, dedicado ao tema"Turismo: Potenciar Recursos, RomperBloqueios, Ganhar Mercado".

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Pág. 28

Opinião:

Pedro Machado (Turismo Centro de Portugal):“Reformar, é preciso!”

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○Pág. 34

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editorial APAVT assumiu, pela segunda vez na sua história, aliderança da Confederação do Turismo Português.

Trata-se do órgão de cúpula do associativismo empresarial dosector, de que a associação foi uma das principais fundadorase a que presidiu no primeiro mandato, sendo entãorepresentada por Atílio Forte. No início deste ano, conhecidaque era a decisão do segundo presidente, José Carlos PintoCoelho (AHP), de não se recandidatar, a APAVT lançou novacandidatura, desafiando Francisco Calheiros a liderar umalista que, reunindo o consenso do sector, conduzisse osdestinos da Confederação num novo mandato. Aceite odesafio, a lista, única, acabou por ser sufragada em Maio,pelo que o também presidente da Assembleia Geral da APAVTé o novo presidente da CTP. Motivo de sobra, assim, para quetivéssemos decidido atribuir a Francisco Calheiros honras decapa e a principal entrevista, na qual dá conta dos desafiosque a nova direção se propõe enfrentar. Além do mais, emapenas dois meses é notório que a Confederação ganhou umnovo fôlego e um protagonismo que há muito era reclamadopelo sector, o que reforçou a nossa opção editorial.Na APAVT, o cenário não é diferente. Os primeiros meses soba liderança de Pedro Costa Ferreira têm sido, efetivamente,marcados por uma intensa agenda. Desde logo, a questão daLei das Agências de Viagens, de que demos conta na últimaedição, e que tem constituído um processo extremamenteexigente e a que o novo presidente e a sua equipa têmdedicado vasto esforço. A fasquia é alta, mas tudo indica queo resultado de todo este longo e por vezes penoso trabalhoserá compensado. Aprovado em Conselho de Ministros, onovo diploma aguarda apenas a promulgação do Presidenteda República, o que deverá acontecer a muito breve trecho.

Neste número da revista destacamos outras realizaçõesdeste início de mandato, caso do acordo alcançado com aTAP, que evitou a passagem quase imediata do pagamentoao BSP a semanal, o que a generalidade dos agentes deviagens considera seria catastrófica. Este adiamento irápermitir uma adaptação gradual às novas condições queconstituem, inevitavelmente, uma alteração do próprioparadigma das relações da distribuição com os clientes,sobretudo na área do corporate. Também damos contanestas páginas dos planos relativos ao congresso desteano, o qual integra algumas novidades a nível doprograma e reforçará, certamente, a justa imagem deser o principal fórum do debate turístico em Portugal,como de resto o atestam inúmeras personalidades queestiveram presenets na sua apresentação oficial.Relatamos também os acordos estabelecidos, quer como Turismo de Macau, quer com associações congéneresdaquela região, visando o desenvolvimento dos fluxosturísticos nos dois sentidos. Finalmente, atribuímosespaço para as habituais estatísticas, abrimos com amensagem do presidente, e fechamos com a opinião dopresidente do Turismo Centro de Portugal, PedroMachado, que partilha com os nossos leitores algumasreflexões sobre a anunciada alteração do mapa dasregiões e dos organismos regionais de turismo, tema quetem vindo a gerar farta controvérsia. No todo, mais umaedição da nossa revista que, como temos vindo aafirmar, está sempre aberta às vossas críticas esugestões.

Boas leituras e melhores negócios

A

Paulo Brehm

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Análise Estatística

Vendas BSP das Agências PortuguesasEscapam "por um triz" de queda no 1º semestreO aumento em 14,09 milhões de euros dasvendas de voos internacionais nas agênciasde viagens IATA portuguesas permitiu aoBSP Portugal chegar ao fim do primeirosemestre deste ano com um aumento pelamargem mínima, apesar da forte quebra daprocura de voos domésticos, que teve umaredução de 13,8 milhões, segundo os dadosa que o PressTUR teve acesso.De acordo com esses dados, as vendas BSPdas agências de viagens, que são o maiormercado de comercial ização de voosregulares, totalizaram 409,7 milhões deeuros nos primeiros seis meses deste ano,ficando apenas 0,1% ou menos de 300 mileuros acima do período homólogo do anopassado.Este crescimento, embora mínimo, é,segundo fontes das agências de viagens aoPressTUR, "surpreendente", atendendo àsquebras que se verificam no consumoprivado pela aplicação das medidas deausteridade do Programa de Ajustamentoacordado com a Troika.Mas, por paradoxal que possa parecer, essacontrariedade está também a ser a força doBSP, de acordo com fontes da aviação,para as quais é por as empresasportuguesas estarem a ver o mercadodoméstico a encolher que mais se lançam naexpansão nos mercadosinternacionais, o que asobriga a viajar mais.Nos primeiros seis mesesdeste ano, 90,2% dasvendas BSP ou 369,58milhões de euros foramgerados em voosinternacionais, mais 4%que no períodohomólogo de 2011 e umaumento da sua fatia em3,4 pontos.E foi esta procura quaseflorescente de voosinternacionais quepermitiu que o BSP"aguentasse" a ainda maisforte retração da procurade voos domésticos, queacabou o semestre comum decréscimo de 25,6%ou 13,8 milhões, para40,16 milhões.As fontes do PressTURtêm salientado que osdados do BSP, sistemagerido pela IATA, atravésdo qual as agências deviagens pagam àscompanhias aéreas os

bi lhetes de voos regulares reservadosem GDS) não podem ser vistos como um' re t ra to f i e l ' do que é o mercado daaviação em Portugal.O s eu a r gumen to é que Po r t uga lacompanha a tendência a nível mundialde aumento das reservas d i re tas noswebsites das companhias, e não apenasdas low cost, que não são contabil izadasem BSP por serem vendas directas.Desta forma, dizem, o que acontece éque o BSP tem uma concorrência cadave z ma i s f o r t e da s v endas d i r e t a s ,e spe c i a lmen t e na s v i agens que s econsideram mais simples de reservar semrecurso a agentes de viagens, como osvoos domésticos.Mas , a c r e s cen t am , o que ma i s t emimpu l s i onado a s vendas d i r e t a s é aperceção que se instalou no mercado deque na internet é mais barato, o que écontestado pelas agências de viagens,que rejeitam que essa seja uma verdadeabsoluta.O facto é que essa perceção existe e temorigem na apologia feita às low cost, queforam as pioneiras da venda online, masque progressivamente se têm estado aconverter às vendas via GDS, ou seja,pelas agências de viagens, à exceção da

Ryanair, que se mantém fiel ao princípiode só aceitar reservas pelo seu website.Ao nível do BSP o que acontece é que hámais vendas que passaram a ficar fora dosistema, mesmo quando são feitas poragências de viagens, pois também as háque reservam por exemplo na Ryanair,c omo o demons t r a po r e xemp l o afrequência com que em redes sociais seencon t r am agen t e s de v i agens aquestionarem como fazer alterações nasreservas de voos dessa low cost.Mas não é esse o único impacto que oBSP está a sofrer. Como o mostram osdados dos Aeroportos, designadamentedo maior aeroporto português, Lisboa,nos primeiros cinco meses deste ano onúme ro de pa s sage i r o s em voosdomést icos teve uma queda de 7,3%,para 719,3 mil.Esta queda evidencia que é também omercado de voos domést icos que estáem con t ração , e des ignadamente damaior l inha, que é o Lisboa - Funchal,que até Maio tinha queda do número depassageiros em 9,5%, para 289,7 mil, a que sesomava queda de 7,9% no Lisboa - Porto,segunda maior linha doméstica, para 155,7mil, e 8,9% no Lisboa - Ponta Delgada,terceira maior linha, para 109,1 mil.

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Análise Estatística

Porto de Lisboa: Recorde de cruzeiros no primeiro semestreO Porto de Lisboa teve 230.683passageiros de cruzeiro no primeirosemestre, o que constitui um novo recordepara os primeiros seis meses do ano,segundo dados da APL - Administração doPorto de Lisboa, que indicam ter-seregistado um crescimento de 14%.O recorde baseou-se no aumento em 16%dos passageiros em trânsito, que regrageral apenas permanecem algumas horasem Lisboa, durante a visita do navio.Lisboa, segundo a APL, teve 211.829passageiros em trânsito nos primeiros seismeses deste ano, o que indica um aumentode 28,9 mil relativamente ao períodohomólogo de 2011.Este incremento, informou a autoridade

portuária, deve-se a um aumento de 20%das operações em trânsito, que foram 121,para o qual "terá contribuído o aumento donúmero de navios de cruzeiro a operar noMediterrâneo e nas ilhas atlânticas - 207 em2012 face a 198 em 2011 -, as duasprincipais áreas de influência do Porto deLisboa".As estatísticas da APL relativamente aoprimeiro semestre indicam que no conjuntodos primeiros seis meses deste ano o Portode Lisboa teve 147 escalas de navios decruzeiro, o que também é um recorde paraos primeiros seis meses e representa umaumento de 5% relativamente ao períodohomólogo de 2011.Além desse incremento, a APL destaca que

no primeiro semestre é ainda de assinalarque o Porto de Lisboa teve a estreia denove navios, entre os quais o novo MSCDivina, que realizou a sua primeira escalaprecisamente na capital portuguesa.O balanço de 2011 do European CruiseCouncil posicionou o Porto de Lisboa comoo líder em escalas no Norte da Europa, com502.644 passageiros, deixando para trásos portos de São Petersburgo ouEstocolmo. No ranking de portos queincluem os de embarque e desembarque,Lisboa cai para terceiro lugar no top dosportos do Norte da Europa, atrás deSouthampton e Copenhaga, comrespetivamente 1,44 milhões demovimentos de passageiros e 819 mil.

Porto do Funchal regista semestre recordeO Porto do Funchal terminou o primeirosemestre com crescimento do número depassageiros em 4,9%, para 303.615, e umnúmero recorde de 164 escalas, mais cincoque em 2011.Apesar do crescimento no semestre,desde Abril, já em época baixa destesegmento na região, que se estão averificar quebras que, no conjunto do 2ºtrimestre, representaram uma diminuiçãohomóloga de 13,6% ou 15.461passageiros.A maior ocorreu em Junho, mês em que, deacordo com dados da APRAM-

Administração dos Portos da RegiãoAutónoma da Madeira, fizeram escala emFunchal apenas dois navios, menos seis quehá um ano, o que teve como consequência apassagem de menos 9.104 passageiros, oumenos 75,3% que no período homólogo de2011.Nos dois meses precedentes, Abril e Maio,as quebras foram, respetivamente, de 5% e10,5%, ou seja, menos 2.346 e menos4.011 passageiros.Janeiro foi, em contrapartida, o mês demaior crescimento este ano, ao registarmais oito escalas e mais 16.479

passageiros, seguido de Fevereiro, quecom as mesmas 23 escalas do anopassado mas que levaram à Madeiramais 8.044 cruzeiristas, e Março, commais oito escalas que levaram a umaumento de 5.234 passageiros no portodo Funchal.No que diz respeito ao número depassageiros em turnaround, que são osque apresentam maior potencial para ahotelaria, os dados da APRAM mostramuma quebra, no semestre, de 23,8% facea igual período de 2011, para 8.999passageiros.

O Porto de Leixões mais do que duplicou onúmero de passageiros de cruzeiros paracerca de 29 mil durante o primeiro semestredo ano, face ao período homólogo de 2011.Durante os seis primeiros meses do ano oporto de Leixões teve um aumento em 54%em número de passageiros que tiverampossibilidade de conhecer a cidade do Porto,não só pelo maior número de escalas mastambém pela dimensão dos navios,diz uma informação do porto.De Janeiro a Junho de 2012atracaram mais seis navios do queem período homólogo de 2011, numtotal de 31, tendo a tonelagemduplicado para 1.250.000toneladas.O período ficou ainda marcado pelasescalas em estreia em Leixões dequatro navios, designadamente oQueen Victoria, da Cunard, doVentura, da P&O, do Marina daOceania Cruises e do navio deexpedições Kristina Katarina, daKristina Cruises.

Portugal é o 6º destinoeuropeu mais visitado porpassageiros de cruzeirosPortugal foi visitado por 3,8% do total depassageiros europeus de cruzeiros, o queo coloca em 6º lugar no ranking de destinoseuropeus da European Cruise Council.O número de passageiros europeus quepassaram pelos portos portugueses somou1,069 milhões. A indústria dos cruzeiroscontribuiu ainda para a criação de 8.110empregos em Portugal, colocando no Top10 de países onde o sector tem maisimpacto na criação de emprego. Donúmero total de empregos 40% estãoligados às companhias de cruzeiros, tendoainda impacto em empregos ligados atripulação, reparações, comércio ehotelaria. O top 10, onde Portugal se incluino sexto lugar, reúne 84% das visitas depassageiros de cruzeiros no ano passado,sendo os primeiros quatro países noMediterrâneo, designadamente Itália,Espanha, Grécia e França, que totalizaramdois terços das visitas dos passageiroseuropeus.

Passageiros de cruzeiros duplicam em Leixões noprimeiro semestre

O crescimento do movimento decruzeiros no primeiro semestre de 2012já superou os objetivos inicialmentedefinidos para a construção do novoterminal de cruzeiros de Leixões,"ref let indo o esforço que a APDLdedicou à af irmação do Porto deLeixões como porto de cruzeiros",finaliza a nota.

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 318

Análise Estatística

Turistas de fora da União Europeia são os que mais aumentam gastos em PortugalO aumento em 148,9 milhões de euros dasreceitas turísticas portuguesas nosprimeiros cinco meses deste ano deve-semaioritariamente ao aumento da parte devisitantes de fora dos países da UniãoEuropeia, com um aumento de quase 132milhões, e, entre estes, especialmente aosturistas dos Estados Unidos, que se cotacomo o segundo emissor que mais cresce,depois de França.Dados do Banco de Portugal recolhidospelo PressTUR indicam que os franceses semantêm nos primeiros cinco meses osturistas com maior aumento da despesa emPortugal em valor absoluto, com mais 38,6milhões de euros (+9,8%, para 431,4milhões), e imediatamente a seguir vêm osturistas procedentes dos Estados Unidos,com mais 23,7 milhões, tendo o maioraumento percentual (+19,8%, para143,48 milhões) entre os nove para osquais é possível calcular variações.Depois, por aumentos em valor absoluto,vêm a Alemanha, com mais 15 milhões(+5,5%, para 289,4 milhões), o Brasil,com mais 7,3 milhões (+5,2%, para 147,9milhões), e a Holanda, com mais 2,6milhões (+2,4%, para 110,27 milhões).Os emissores que mais estão a penalizar aevolução das receitas turísticas

portuguesas são precisamente dois dosprincipais, o Reino Unido, tradicionalmente onº 1, e Espanha, nº 3.A maior queda é mesmo a da despesa emPortugal de turistas britânicos, em 33,7milhões de euros (-7,2%, para 436,47milhões), seguida do decréscimo dosespanhóis, que atinge 15,5 milhões (-4,3%,para 346,37 milhões).Estas quedas associadas aos crescimentos,entre outros, de Estados Unidos e Brasil(contando apenas com os mercadosrelat ivamente aos quais os dadosdisponíveis no Banco de Portugalpermitem calcular variações), é o que fazcom que nos primeiros cinco meses desteano os gastos de turistas de países daUnião Europeia representem nas receitasturísticas portuguesas menos 3,5 pontosque há um ano, baixando para 72,3%,que vão para os emissores de paísesterceiros, que passam de 24,2% em 2011para 27,7% este ano.Os dados disponíveis do Banco dePortugal indicam que o Reino Unido semantém, ainda assim, o primeiro emissor emreceitas turísticas, com 16% do total(436,47 milhões), menos 2,2 pontos que háum ano, à frente de França, com 15,8%(431,4 milhões), que reforça 0,6 pontos, e

Espanha, com 12,7% (346,37 milhões),em baixa de 1,3 pontos.A seguir vem a Alemanha, com 10,6%(289,4 milhões), sensivelmente como háum ano (-0,03 pontos), e logo a seguir ostrês principais mercados emissores de forada Europa, Angola, com 6,9% (187,3milhões), Brasil, com 5,4% (147,9milhões), e Estados Unidos, com 5,2%(143,48 milhões), embora os dadosdisponíveis no Banco de Portugal nãoindiquem valores da despesa dosangolanos por meses.Entre os mercados com dados recolhidospelo PressTUR contam-se, a seguir, aHolanda, com 4% (110,27 milhões deeuros), Suíça, com 2,4% (65,3 milhões),Itália, com 1,9% (52,8 milhões), Irlanda,com 1,9% (50,7 milhões), Canadá, com1,7% (46,1 milhões), Suécia, com 1,3%(34,7 milhões), Noruega, com 1,1% (30,3milhões), Dinamarca, com 1% (28milhões), Finlândia, com 0,9% (25,6milhões), e Federação Russa, com 0,6%(16,8 milhões).Entre estes mercados apenas é possívelverificar que Suíça e Itália estão abaixodos primeiros cinco meses do anopassado, respetivamente em 0,6% ou 0,4milhões e em 6,4% ou 3,6 milhões.

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 31 9

Análise Estatística

Portugal soma 1.520,7 milhões de euros de receitalíquida de turismo internacional nos primeiroscinco meses deste ano, em alta de 11,8% ou 160,4milhões relativamente ao período homólogo de2011, por aumento da despesa no País de turistasestrangeiros em 5,8% ou 148,9 milhões, edecréscimo dos gastos dos portugueses emviagens e turismo no estrangeiro em 0,9% ou11,56 milhões, segundo os dados divulgados peloBanco de Portugal.A informação indica que até Maio, a despesa emPortugal de turistas estrangeiros elevou-se a2.733,7 milhões de euros, enquanto a despesados portugueses em viagens e turismo noestrangeiro ficou em 1.520,7 milhões.Em Maio, último mês deste período, segundo osdados divulgados, o crescimento da despesa emPortugal de turistas estrangeiros desacelerouligeiramente em relação à média dos primeiroscinco meses, ficando em 5,4%, a que

Turismo internacional em Portugal gera +11,8% de receita líquidacorresponde um aumento de 35,76 milhões deeuros, para 700,3 milhões, que é ainda assim o maiorvalor mensal neste período.Simultaneamente, a despesa dos portugueses emviagens e turismo no estrangeiro, que tinha baixadoem Março (-2,7%) e em Abril (-6,9%), em Maiovoltou a subir, ficando acima do mês homólogo de2011 em 2% ou cinco milhões de euros, para 263,6milhões, sensivelmente em linha com o que tinhasido em Março (260,1 milhões) e em Abril (261,7milhões).Desta forma, em Maio o crescimento do excedenteentre exportações e importações de turismodesacelerou fortemente em relação ao primeiroquadrimestre, no qual teve um crescimento médiode 13,6%, ficando neste último mês em 7,6% ou30,7 milhões de euros, para 436,7 milhões.Os dados do Banco de Portugal permitem ainda verque em média anual, o crescimento do saldo dabalança de turismo internacional continua com um

aumento a dois dígitos, em 10,7% (nos 12 mesesde Junho de 2011 a Maio de 2012 em relação aos12 meses de Junho de 2010 a Maio de 2011),apenas menos 0,2 pontos do que estava acrescer nos 12 meses antes de Maio (12 meses deMaio de 2011 a Abril de 2012).Esse crescimento do saldo em 10,7% deve-se aum aumento de 6,3% das exportações deturismo (gastos em Portugal de turistasestrangeiros) em média anual e, também, a umdecréscimo médio das importações (gastos dosportugueses em viagens e turismo noestrangeiro) em 0,8%.Os primeiros cinco meses do ano, porém, temum peso relativo na ordem dos 32% no totalanual de exportações de turismo e é a partir deJunho que se definirá o balanço, já que é nosquatro meses do Verão, de Junho a Setembro,que nos últimos dois anos acontece 45% do totaldo ano de despesa de turistas estrangeiros emPortugal.

A redução do défice da Balança Corrente, que éuma das "bandeiras" deste Governo em matériade equilíbrio das contas externas, deve-se em8,7% aos sectores do turismo e transporte aéreode passageiros, que aumentaram o seu saldopositivo entre exportações e importações em 320milhões de euros, nos cinco meses de Janeiro aMaio, de acordo com os dados divulgados peloBanco de Portugal.O saldo entre a despesa em Portugal de turistasestrangeiros e os gastos dos portugueses emviagens e turismo no estrangeiro atinge 1.520,7milhões de euros nos primeiros cinco meses desteano, em alta de 11,8% ou 160,45 milhões deeuros, o que corresponde a uma contribuição de4,36% para a redução do défice da BalançaCorrente, que baixou de 5.791 milhões para 2.110milhões de euros.A contribuição do transporte aéreo depassageiros, por sua vez, situa-se em 4,33%, aoaumentar em 159,2 milhões de euros (+20,8%) osaldo positivo entre vendas no estrangeiro depassagens aéreas e compras destes serviços aempresas estrangeiras, para 924 milhões.

Redução do défice corrente deve-se em 8,7% a exportações de turismoe passagens aéreas

Os dados do Banco de Portugal mostram ainda quea redução do défice da Balança Corrente se temfeito essencialmente pela evolução das trocasexternas de bens, que reduziram o défice crónicoem 45,7%, para 3.642 milhões, mas que o sector dosserviços também teve uma contribuição assinalável,ao ter um aumento do saldo positivo em 17,5%,para 2.735 milhões.Para esta evolução contam principalmente oturismo e o transporte aéreo de passageiros, queem conjunto representaram 54,8% do total deexportações de Serviços, mais 3,8 pontos que nosprimeiros cinco meses de 2011, e 89,4% do saldopositivo que geraram, neste caso com umdecréscimo de 1,9 pontos em relação ao anopassado.Esta evolução vem do decréscimo do peso doexcedente de turismo internacional no saldo dosServiços, que baixou 2,85 pontos, para 55,6%,sendo apenas parcialmente compensado por umpeso maior da contribuição do transporte aéreo depassageiros, que subiu 0,92 pontos, para 33,8%.De acordo com os dados do Banco de Portugal,com 2.733,7 milhões de exportações nos primeiros

cinco meses deste ano, o turismo representou10,5% do total das vendas de bens e serviços aoexterior, sensivelmente como há um ano (-0,08pontos), e as vendas ao estrangeiro depassagens aéreas, no montante de 1.130,6milhões, representaram 4,34%, mais 0,3 pontosque no período homólogo de 2011.

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Noticiário

Costa Ferreira naDirecção da ECTAA

presidente da APAVT, PedroCosta Ferreira, passa a integrar a

Direção da ECTAA, a confederaçãoeuropeia das associações de Agências deViagens e operadores tur íst icos, emrepresentação da associaçãoportuguesa. A assembleia eleitoral, a queassistiu Costa Ferreira, realizou-se emCracóvia, no encontro bianual da ECTAAdo passado dia 31 de Maio.

O

Tito Silva nomeadodelegado no Norte

ito Soares da Silva, sócio-gerente daAgência de Viagens Caravela, foi

nomeado Delegado da APAVT na regiãoNorte do País. A nomeação de Tito Silvaocorre na sequência do anterior delegado,Carlos Laranjeira, ter sido cooptado para adireção nos termos estatutários.Naqualidade de Delegado, além das suasfunções associativas, Tito Silva passa arepresentar a associação em todos asestruturas oficiais de Turismo do Porto eNorte de Portugal.

T

João Welsh integraObservatório do Turismo

da Madeiraoão We l sh , v i ce -p res iden te daAPAVT, integra em representação

da associação o Conselho Consult ivodo projeto "Observatório do Turismo"da Universidade da Madeira.O projeto tem por objetivo a análise dofenómeno tu r í s t i co reg iona l ,e fe tuando l evan tamentos deinformação e estudos de d i ferentesordens, numa perspetiva científ ica eglobal do sector.

J

APAVT ESCLARECEASSOCIADOS SOBRE NOVA

LEI

Na sequência da aprovação, em

Conselho de Ministros, da nova Lei das

Agências de Viagens, a Associação

promoveu um conjunto de reuniões

destinadas a prestar esclarecimentos

sobre o novo diploma. Porto, Coimbra,

Faro e Lisboa foram os primeiros locais

destas reuniões, estando também

previstas deslocações aos Açores

(Horta e Ponta Delgada) e à Madeira

(Funchal).

EQUADOR APRESENTA-SE AOCAPÍTULO DE OPERADORES

Na sequência do acordo alcançado com

a Secretaria de Estado do Turismo para a

revisão da Lei das Agências de Viagens,

a direcção da associação está a

promover reuniões com os associados

para esclarecimentos sobre o diploma

que entrou em circuito legislativo.

Depois de Faro, Lisboa e Porto, onde se

reuniram dezenas de agentes

associados, os Açores (Angra do

heroísmo e Ponta Delgada) e a Madeira

(Funchal) são os próximos destinos

destas reuniões, agendadas para

Março, em data, horário e local a

anunciar brevemente.

PORTAGENS NAS EX-SCUT'S:A RESPOSTA DAS RENT-A-CARPara evitar as preocupações dos

clientes com as portagens, designada-

mente as das ex-SCUT's, Avis,

Europcar e Guerin equiparam as suas

viaturas com dispositivos identificadores

de Via Verde. Estes serviços, a que a Avis

chama "e-Toll", a Europcar "Portagem

Electrónica", e a Guerin "Toll Service"

têm um custo de 1,5 euros por dia até um

máximo de 15 euros por aluguer (mais

IVA). O valor das porta-gens é posterior-

mente debitado ao cliente, após a

devolução da viatura. Entre-tanto, a

empresa Estradas de Portugal lançou um

site, em www.portugaltolls.com, através

do qual presta esclarecimentos sobre a

forma de pagamento das portagens.

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Notícias

Air Europareforça

ligações aSalvador da

Bahia partir de 4 de Novembro, a AirEuropa aumenta de três para

quatro as l igações semanais comSalvador da Bahia, com o reforço de umvoo aos domingos. O horário será omesmo que os demais, com saída deMadrid às 15h25 e a chegada a Salvadoràs 20h40, de onde regressa às 22h50para aterrar em Barajas às 11h40.Os aparelhos utilizados nesta rota sãoAirbus 330-200.

A

Tap ligaLisboa a

Bucareste partir de 30 de Junho a TAP iniciavoos d i re tos en t re L i sboa e

Bucareste, com três voos por semana.As partidas de Lisboa realizam-se àsterças, quintas e sábados às 23h10,com chegada a Bucareste às 05h10. Nosent ido Bucareste - L isboa, os voossão às quartas, sextas e Domingos,par tem às 06h00 e têm chegada àPorte la às 08h25. Esta é a terceiranova rota europeia da TAP para esteVerão, depois de ter iniciado operaçõespara Berlim e Turim. Passa assim a voarpara um to ta l de 51 des t inos naEuropa, em 22 países.

A

Emiratesinicia voo

Dubai-Lisboa

companhia aérea Emirates, a única doMédio Oriente a operar em Portugal,

inicia a 9 de Julho um voo diário e direto entreo Dubai e Lisboa.Os voos realizam-se em aparelho Boeing777-200ER, disponibilizando três classes(Primeira, Executiva e Económica), compartida daquele emirado árabe às 9h15 echegada a Lisboa às 14h45, e regresso dacapital portuguesa às 17h55 e chegada aoDubai às 4h35 da manhã seguinte. Atravésdo Dubai, a Emirates possibilita ligações amais de 120 destinos em todo o mundo.

A

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Vida Associativa

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3114

Defende uma maior intervenção ecomunicação para a CTP, e emapenas dois meses já reuniu como Presidente da República,Ministros e Secretários deEstado, com os ParceirosSociais, com a Troika e com osassociados, num contextoeconómico que impõe ao sectorredobrados desafios e "umaagenda imensa". Na sua primeiraentrevista enquanto presidenteda CTP, Francisco Calheiros dá aconhecer um pouco deste novociclo do órgão de cúpula doassociativismo empresarial doTurismo.

Francisco Calheiros (CTP):"Uma Confederação maisinterventiva e mais comunicativa"Entrevista: Paulo Brehm

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Entrevista

pesar de ainda não terempassado sequer dois meses

sobre a sua tomada de posse, têmsido múltiplas as intervençõespúblicas da CTP. Esta nova postura éuma das marcas deste mandato?Não sei se é "marca" do mandato, mas é umdos pontos deste mandato, e era um dospontos da minha candidatura. É também umaquestão de estilo pessoal que, quem meconhece, reconhece. Queria e quero umaConfederação mais interventiva e maiscomunicativa, tanto internamente comoexternamente, e é isso que temos vindo afazer. E devo dizer que nem tudo chega apúblico, nem pode chegar, pois há sempreuma parte substancial do trabalho que estádebaixo da linha de água, que só é visívelpelos resultados. Não defendo oprotagonismo de ocasião, inconsequente epor vezes até contraproducente, mas a CTPestará sempre na linha da frente pelascausas que defende, e naturalmente virá apúblico quando entender ser essa a melhorsolução, ou a última solução. Esta é,naturalmente, uma estratégia que passapelo constante diálogo com os nossosassociados.

Crise, greves… tem sido um início demandato conturbado…Sabia ao que vinha e o que me esperava,quando aceitei este desafio, e o mesmoposso dizer de toda a direção. Ninguémesperava um mar de tranquilidade edispusemo-nos todos a trabalhar, muitoconscientes de que vão ser tempos muitodifíceis.

Embora greves sejam sempreimprevisíveis…São imprevisíveis mas infelizmente umrisco permanente, sobretudo em épocasde crise. O que lamentamos é a falta deconsciência das pessoas para os impactosdestas greves e foi nesse sentido que nosmanifestámos, tanto publicamente comonos inúmeros contatos que fomos fazendocom Governo e parceiros. São greves quecriam uma imagem muito negativa do País,numa altura em que todos deveríamosestar a trabalhar para o crescimentoeconómico e não para o destruir. E mesmotendo sido desconvocadas, já deixarammarcas, porque houve muitos

cancelamentos que não se conseguiramrecuperar.

Também já reuniu com a Troika. O quelhes transmitiu?Fundamentalmente transmitimos anecessidade de reforçar a promoção, quedeve ser encarada como investimentoprioritário face a todos estesconstrangimentos que o País vive, ael iminação de custos de contexto, anecessidade de criação de medidas dediscriminação positiva no que diz respeitoà f iscal idade no Turismo, medidasdestinadas a promover a nossacompetitividade e o crescimento dasreceitas. A redução do IVA, na restauração,ou no golfe, acabam por ter um efeito decrescimento das próprias receitas fiscais,portanto em linha com os objetivos daprópria Troika e do Governo.

Acredita que vão adotar a receita? O tempo o dirá, fomos ouvidos e nãopodemos nunca deixar de defender aquiloem que acreditamos, mesmo com toda aconsciência do desafio, até político, que aadoção destas medidas implica. A razão estádo nosso lado.

Reuniu também com a ConcertaçãoSocial, quais as maiorespreocupações aí?Obviamente o desemprego, que nospreocupa a todos, patrões e sindicatos,embora possamos ter pontos de vistadiferentes sobre a forma de o resolver. Pelonosso lado, entendemos, e foi isso mesmoque também aí tive oportunidade detransmitir, que é pela adoção de medidas depromoção da economia, como sejam adiminuição da carga fiscal sobre o Turismo, aisenção da TSU e também uma maioradequação da legislação laboral à

sazonalidade desta atividade, queconseguiremos criar condições para acriação de emprego. Se algumas destasmatérias dependem exclusivamente doGoverno, outras há que têm de reunir oconsenso dos Parceiros Sociais e a nossaintervenção é precisamente no sentido degerar esses consensos. Como disse, temostodos que lutar para a saúde e o crescimentodas nossas empresas, para com issoassegurar a saúde e o crescimento daEconomia e do País. E há que ter também emconta que o desemprego afeta não só quemo vive, como também todos os que, nesteambiente, mesmo estando empregados, sesentem mais inseguros, com reflexos até nasua capacidade de trabalho.

Que outros desafios marcam aagenda da CTP?No imediato, todos estes que já referiocupam boa parte da nossa agenda, assimcomo a questão das taxas sobre as ex-Scut's ou as taxas municipais, que maisnão são que custos que apenas penalizamo nosso sector, que afastam turistas, quenos tornam menos atrativos e menoscompetit ivos. Mas também estamosfocados em questões como areorganização das regiões ou aprivatização da TAP e da ANA, entremuitas outras. É uma agenda imensa.

Pode concretizar alguns?Precisamos urgentemente de informaçãoestatística de rigor, porque essa é aprimeira ferramenta para reconhecer aoTurismo o seu peso e também para agestão do sector. Impõe-se que Portugaltenha uma conta satél ite do turismoatualizada, é incompreensível que esseprojeto tenha parado no tempo e contoque este Governo se mostre mais sensívelpara a implementar. E há também quesensibilizar as empresas e as associaçõesa participar neste esforço deconhecimento. Mas há muitos mais, algunsdos quais de que pouco se fala mas sãoigualmente importantes, como a questãoda certificação energética e da qualidadedo ar ou dos direitos de autor e conexos,as taxas municipais urbanas e agora aapetência também para uma taxa turísticapara f inanciar a recuperação dopatrimónio, só para dar alguns exemplos.

A "Até à data ainda nada nos foi

comunicado, nem fomos

convocados ou ouvidos sobre

essa matéria (privatizações da

TAP e ANA)"

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3116

Entrevista

O apoio ao investimento é tambémuma prioridade?Acima de tudo, entendo fundamental acriação de condições para que a banca possadisponibilizar recursos para o financiamentodas empresas, sobretudo as exportadoras,com particular atenção às PME's, que é umdos grandes desafios com que o sector sedebate. Mas o apoio ao investimento passatambém pela criação das melhores condiçõespara o acesso das empresas do sector àslinhas de financiamento, por exemplo noâmbito do QREN.

Qual a posição da CTP relativamente àprivatização da TAP?Assegurar que o caderno de encargos sejaeficaz na manutenção do hub de Lisboa e namanutenção da TAP como companhia debandeira, de preferência mantendo algumaparte do capital em mãos nacionais.Queremos, naturalmente, que o acionistafaça um bom negócio, mas sabendo que umbom negócio vai além de um bom preço, queassenta sobretudo no conhecimento que aTAP é fundamental para a estratégia dedesenvolvimento do nosso Turismo, que éuma empresa que tem um impacto enormeem centenas, em milhares de empresas e emdezenas ou centenas de milhares deempregos e que qualquer erro que sejatomado agora pode ter repercussõesirrecuperáveis no futuro. Convém nãoesquecer que se trata "só" da maior empresaexportadora nacional.

Preocupa-o a possibilidade dedeslocalização do hub?Claro que sim. Sendo verdade que o peso daTAP nas ligações da Europa ao Brasil e àÁfrica de língua portuguesa é seguramente omaior atrativo para qualquer concorrente à

privatização, e que o hub de Lisboa temnessa distribuição de tráfego um papelpreponderante, não é menos verdade que opeso de Portugal, quer como mercado oucomo destino, é efetivamente pequeno e adeslocalização do hub, para a empresa e osseus novos acionistas, não deverá afetargrandemente a sua operação. Afeta, issosim, e muito, o Turismo em Portugal, colocaem causa todo o esforço que tem vindo a serdesenvolvido para que Portugal seja não sóuma porta de entrada e saída como um localde estadia destes viajantes, afeta a imagemdo País, afeta e coloca em causa o negóciodos aeroportos e o próprio valor da ANA, étoda a economia do turismo que sofre.

Têm sido ouvidos nesta matéria?Temos anunciado ao Governo a nossadisponibilidade total e o nosso maiorinteresse em acompanharmos este dossiere, segundo cremos, o caderno de encargosdeverá estar pronto até ao final do correntemês, mas até à data ainda nada nos foicomunicado, nem fomos convocados ououvidos sobre essa matéria.

E sobre a reorganização das regiões?Parece-me evidente que a redução do

número de regiões é essencial, no sentido daracionalização de custos e de maior eficáciana utilização de recursos. Mas, tãoimportante quanto isto é assegurarcondições para que os privados tenham umcrescente papel na definição das estratégiase na própria gestão desses recursos. A novaLei terá, necessariamente, de refletir acapacidade que é reconhecida aos privados,que são quem efetivamente anda noterreno, quem melhor conhece os mercados,para definir as melhores soluções; E tem queassegurar a agilidade dos organismosresponsáveis pela promoção,designadamente as ARPT's, cabendonaturalmente ao Turismo de Portugal umpapel importante na coordenação desteesforço. Não podemos protelar mais areorganização das regiões, a revisão da Lei,porque precisamos, mais que nunca, quepromover eficazmente Portugal nosmercados emissores de turismo.

Crê que está para breve esta Lei?Isso só o Governo poderá responder, masacredito que a tutela tem consciência daurgência destas reformas e já em diversasocasiões manifestámos as nossaspreocupações e as nossas ideias sobre esta

"Não defendo o protagonismo

de ocasião, inconsequente e

por vezes até

contraproducente, mas a CTP

estará sempre na linha da

frente pelas causas que

defende"

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Entrevista

matéria. Há que avançar mais depressa, aEconomia não se compadece de atrasos.

Que apreciação faz deste Governo edesta tutela?Diria que, acima de tudo, tem que ser maisrápido. Nesta questão (da reorganizaçãodas regiões), mas também em todas asquestões que, como já disse, são entravesao crescimento das empresas e daEconomia. Compreendo as limitações quetenham pelo facto de sermos um Paísintervencionado, mas impõem-se medidaspara o crescimento e a geração de emprego,que são as únicas que permitem cumprir asmetas. Como disse na minha tomada deposse, o discurso oficial é-nos sempreelogioso e de reconhecimento do nossopapel na Economia, o Turismo é semprereconhecido como prioridade, mas logodepois somos confrontados com medidasque contradizem as palavras. Mais valeentão nada nos dizer. Em muitos temas asintenções são as melhores mas tudo está ademorar demasiado tempo.

Antevê-se uma CTP maisdeterminada na sua intervençãojunto do Governo?A CTP é uma entidade independente e esteestatuto permite-nos aplaudir e contestar asmedidas adotadas pela tutela consoante asmesmas sejam, no nosso entendimento,benéficas ou prejudiciais ao sector. A nossamissão é a defesa dos interesses do sectore, como parceiros socais, a defesa dodesenvolvimento económico e social do país.Não seremos nunca bandeira dacontestação pela contestação, mas tambémnão deixaremos de manifestar a nossa firmeoposição se tal se afigurar necessário. Etemo-lo feito, nos locais próprios.

Falando do movimento associativo,são conhecidas as dificuldades quemuitas associações estão a passar.Teme que isso possa dificultar a ação?Tenho pena, acima de tudo, que osportugueses não tenham espiritoassociativo. As dificuldades decorrem daspróprias dificuldades das empresas, mas háque encarar o associativismo como uminvestimento e não um custo. Em todo ocaso, muitas, como a própria APAVT o fez,estão no caminho da reestruturação, e

outras possivelmente terão de o fazer parase adaptarem a estes tempos. É inevitável.Mas, acima de tudo, creio que temos, todos,de ter a capacidade de demonstrar àsempresas a mais-valia que representa oassociativismo, as vantagens de estarmoscada vez mais unidos para melhorenfrentarmos os desafios do presente e dofuturo. Se formos bem-sucedidos, omovimento associativo sai reforçado e, comele, as próprias empresas. Diria também quecomo muitas das próprias empresas estão afazer, ao juntar-se, procurar sinergias,fundir, para melhor enfrentarem o futuro,talvez valesse a pena ponderar aplicar omesmo princípio nas associações, porexemplo na partilha de serviços.

E as contas da CTP?São necessariamente objeto de contínuaanálise e racionalizaremos o que for possívelracionalizar, sendo certo que um dosobjetivos desta direção é o de tentar trazerpara a CTP um número crescente deassociados, além de procurarmos outrasformas de financiamento.

Antecipa alguma mudança naestrutura organizativa daConfederação?A atual estrutura e modelo de gestão têm

func ionado . Poderão a inda ex i s t i rpequenos a jus tes , mas para jáestamos a trabalhar com uma equipafo r temente ded i cada e mot i vada ,l iderada com muito saber pela Dra.Adília Lisboa, que me merece todo oreconhec imento . Mas é tambémverdade que precisaremos de reforçaresta equipa, para fazer face a todas astarefas e solicitações.

Vai manter as comissõesespecializadas?Está já decidido, pela nova direção,mantê-las e dinamizá-las tanto quantoposs í ve l , des ignadamente sobrePromoção , Fo rmação , Re laçõesLabora i s e Segurança Soc ia l eTransporte e Aeroportos. Como sabe,l i de re i a comissão da p romoçãoduran te o ú l t imo mandato . Dessaexperiência retiro que, desde que hajaempenho de todos quantos ne laspar t i c i pam, as comissões sãoexce len tes ins t rumentos pa ra oencontro de soluções para o sector.São comissões especializadas, que têma vantagem de poder envolver maisgente de fo ra da Con federação ,coordenados por um membro dadireção.

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Delta do Rio das Pérolas é prioridade

APAVT estabelece acordocom congéneres deMacauA associação, representada pelo seu presidente, Pedro Costa Ferreira,assinou em Macau três acordos de cooperação com as congénereslocais, destinados a fomentar o Turismo entre os dois territórios,uma iniciativa integrada na visita do Ministro de Estado e dosNegócios Estrangeiros à China.

Vida Associativa

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 31 21

assinatura dos acordos, com aAssociação Turística de Macau, a

Associação das Agências de Turismo deMacau e a Associação das Agências deViagens de Macau, foi testemunhada peloMinistro Paulo Portas e pelo Secretário paraos Assuntos Sociais e Cultura de Macau,Cheong U, estando também presente aSecretária de Estado do Turismo CecíliaMeireles."Queremos dar um eficaz contributo para odesenvolvimento do turismo chinês emPortugal", afirma o presidente da APAVT apropósito desta iniciativa, adiantando que "aassociação elegeu o Delta do Rio das Pérolascomo prioridade nas iniciativas de captaçãode turistas da China, dado tratar-se de umadas regiões com maior desenvolvimentoeconómico e por considerar que, face àdimensão do mercado chinês e à escassez derecursos de Portugal, é mais eficaz aconcentração de esforços".Na intervenção que fez aquando daassinatura do protocolo, Costa Ferreiradestacou o papel da Lusofonia no âmbito doTurismo. "Pretendemos que Macau seja aporta de entrada do mercado lusófono naÁsia; do mesmo modo, ambicionamos quePortugal seja a porta de entrada dessemercado na Europa", disse o dirigente daAPAVT, acrescentando que "para talcontribuirão as relações que a APAVT temvindo a desenvolver com as suas

A congéneres dos Países de Língua OficialPortuguesa, com particular e justificadodestaque para o Brasil, com quem ainda esteano estabelecemos um importante acordo decooperação.

APOSTA NO DELTA DO RIO DAS PÉROLASA dimensão do mercado chinês, que é oterceiro maior mercado do mundo em termosde gastos turísticos no estrangeiro, e pertode ultrapassar os Estados Unidos da Américano segundo lugar, é simultaneamente um dosseus principais atrativos e o maior desafio aoesforço de captação.A grande maioria dos viajantes chineses(cerca de 69 milhões em 2011), ficam-sepelos países da região, com os quais têmmaiores afinidades culturais e para onde é,

naturalmente, mais económico viajar. AEuropa, embora atrativa, é percecionadacomo um destino caro, sendo apenas aopção de menos de 5% do total deviajantes. Ao nosso País, segundo o Turismode Portugal, chegaram em 2011 cerca de50.000 turistas chineses, mais 66% que noano anterior e o Banco de Portugal, por seulado, indica que as receitas geradas porestes turistas atingiram 12 milhões, mais84,2% do que em 2010. Números poucoexpressivos no conjunto do incomingnacional, mas com um crescimento notórioSendo praticamente inviável a promoçãoturística de Portugal no todo chinês, por umaquestão de escala e de recursos, a APAVTentende, porém, que é exequível dar início aum conjunto de iniciativas mais centradas na

Entrevista

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3122

Vida Associativa

região Sul, concretamente no Delta doRio das Pérolas, região que beneficiade um dos mais e levados n íve is dedesenvolvimento económico do giganteasiático."A prov ínc ia de Guangdong tem 83milhões de habitantes e é a que tem omais elevado PIB de todo o país e o 3ºmaior PIB per capita da China", referePedro Costa Ferreira, acrescentandoque "o De l ta do R io das Pé ro lasabrange as mais importantes cidadesdesta região, além de Macau e Hong-Kong, pelo que representa um mercadocom um elevadíssimo potencial e maisfác i l de a t ing i r, espec ia lmente sesoubermos uti l izar Macau como umaplataforma privilegiada para os nossosesforços de promoção".Com este objetivo em mente, a APAVTestá a estudar um projeto que visa,precisamente, reunir as necessár iassinergias para o desenvolvimento deações nesta área, avança o presidenteda direção.

PORQUÊ MACAU?

Conforme afirmou o presidente da

a s s o c i a ç ã o a q u a n d o d a

apresentação do acordo, embora

" e s t a n d o a A PAV T n a p r i m e i r a

l i n h a d o c o m b a t e p e l o

d e s e n v o l v i m e n t o d a s

e x p o r t a ç õ e s , s a b e m o s q u e o s

p o r t u g u e s e s n ã o d e i x a r a m d e

v ia jar para fora do País , mesmo

nesta conjuntura mais l imitat iva".

Q u a l i d a d e , i n t e r e s s e e

a t ra t i v idade, fo ram a lgumas das

c a r a c t e r í s t i c a s r e a l ç a d a s p o r

Pe d r o C o s t a Fe r r e i r a

relat ivamente a Macau, enquanto

des t i no tu r í s t i co , t endo também

subl inhado que "quase 500 anos

de uma h i s tó r i a pa r t i l hada são ,

inegavelmente, motivo de especial

a t ração para os por tugueses" . O

re lac ionamento ent re a APAVT e

M a c a u , o n d e a a s s o c i a ç ã o j á

r e a l i z o u q u a t r o c o n g r e s s o s

(1982 , 1990 , 1996 e 2008) e "o

trabalho e o esforço que tem sido

desenvolv ido pelos operadores e

agentes de v iagens por tugueses,

em con junto com as autor idades

t u r í s t i c a s d e M a c a u " , f o r a m

o u t r o s a r g u m e n t o s p a r a e s t e

acordo inédito.

"Macau, por tudo o que dissemos,

m e r e c e e f e t i v a m e n t e a n o s s a

r e c o m e n d a ç ã o " , c o n c l u i u o

p r e s i d e n t e d a A PAV T, fa ze n d o

con tudo no ta r que "o t u r i smo é

fei to de reciprocidades, pelo que

esta relação não se esgota aqui".

Mais que uma simples iniciat iva de

m a r k e t i n g , e s t e f o i a p e n a s u m

novo passo no aprofundamento de

uma relação que se quer bi lateral

e bidirecional. E foi precisamente

n e s s e s e n t i d o q u e t e v e a g o r a

l u g a r a a s s i n a t u r a d o s a c o r d o s

com as congéneres macaenses ,

abrangendo tanto o outgoing como

o incoming.

MACAU - DESTINO PREFERIDO DA APAVTMacau é, desde o passado dia 21 de Maio eaté ao final do corrente ano, o "DestinoPreferido da APAVT". A iniciativa,decorrente de um acordo estabelecido com oTurismo de Macau, constitui suporte para umconjunto de ações a levar a cabo duranteeste período, designadamente nos domíniosda promoção turística de Macau e daformação.Ao abrigo deste acordo, assinado entrePedro Costa Ferreira e o coordenador doTurismo de Macau em Lisboa, RodolfoFaustino, a associação passa a incluir areferência "Destino Preferido" ou, na suaversão em língua inglesa, "PreferredDestination", em todo o estacionário e emtodo o material informativo da associação,distribuído em Portugal einternacionalmente, o mesmo se aplicandoao site e aos eventos promovidos pelaAPAVT, incluindo o congresso. Por seu lado,também o Turismo de Macau ficou livre deutilizar este endosso nos seus própriossuportes de comunicação.

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Acordo APAVT-TAP adiapagamento semanal do BSPUm acordo estabelecido entre a APAVT e a TAP logrou contrariar a intenção das companhias aéreas BSPpara a passagem do pagamento das suas vendas de mensal a semanal a partir de Julho do próximo ano,adiando a aplicação do novo modelo por dois anos e estabelecendo a sua redução progressiva ao longodeste período.

té Junho do próximo ano mantêm-se,assim, inalteradas as condições em

vigor, ou seja o pagamento mensal. A partirde Julho de 2013, e até Junho de 2015, oprazo passa a quinzenal, passando em Julhode 2015 a ser semanal.Em face destas alterações, o prazo médio depagamento do BSP, que hoje é de 30 dias(média entre os 45 dias relativos às vendasdo primeiro dia do período mensal anterior eos 15 dias relativos às vendas do último diadesse mesmo período), passa a ser, entre 1de Julho de 2013 e 30 de Junho de 2015, de22,5 dias (média entre os 30 dias para asvendas do primeiro dia da quinzena a que sereferem e os 15 dias nas vendas efetuadasno último dia). A partir de 1 Julho de 2015, oprazo médio será de 18,5 dias (entre os 22dias para as vendas do primeiro dia doperíodo semanal a que se referem e os 15dias relativos às vendas realizadas no últimodia do mesmo período).A par de reuniões com a TAP, a associaçãopromoveu um alargado debate interno,numa Assembleia Geral Extraordinária quese prolongou por duas sessões, a 29 de Maioe 5 de Junho, da qual resultou um mandato àdireção para assinar o acordo com atransportadora nacional, nos moldesreferidos.Este foi já validado em sede de APJC-AgencyProgramme Joint Council, fórum que reúnecompanhias aéreas e agências de viagens anível local, aguardando agora a suaaprovação final na próxima Paconf-Passenger Agency Conference, reunião daIATA onde se tomam as resoluções relativasàs relações entre os seus membros e asagências de viagens, que terá lugar emOutubro.

A Não se antecipa, porém, qualquer alteraçãoao consenso alcançado em Portugal. "Foi um processo extraordinariamentecomplexo, mas conseguimos chegar a bomporto e evitar o que seria verdadeiramentecatastrófico para o sector (a passagem asemanal já em Janeiro de 2013), pois asagências não teriam tempo para se adaptara este novo modelo", afirma o presidente daAPAVT, Pedro Costa Ferreira, convicto deque o sector saberá adaptar-se ao novomodelo."Reduzir prazos de pagamento é sempremais fácil que reduzir prazos de recebimento,e é esse o grande desafio para os nossosassociados, particularmente num contexto

económico como o que vivemos. Este foiobviamente um dos argumentos nestasdiscussões, foi por isso mesmo que insistimosna necessidade de um período alargadopara implementar esta mudança deparadigma. E foi isto mesmo queconseguimos", acrescenta Costa Ferreira,para quem o peso que as agências deviagens têm na distribuição do produtoaéreo foi fulcral no resultado obtido. "Ascompanhias perceberam que seriamigualmente afetadas se, ao fazer finca-péna decisão de passar já a semanal,conduzissem as agências a situaçõescomplicadas, em alguns casos até aopróprio fecho", conclui.

Aviação

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AS RAZÕES PARA A ALTERAÇÃOA discussão em torno da redução dos prazosde pagamento por parte das companhiasaéreas tem vários anos, mas a degradaçãoda economia e das condições de acesso aocrédito levaram as transportadoras, nosúltimos dois anos, a intensificar as pressõese, finalmente, a decidir no início este ano queiriam impor às agências o pagamentosemanal.As companhias alegavam, para estadecisão, um aumento no risco de default, ouseja, do incumprimento de pagamento porparte das agências, em face da sua maiorfragilidade num ambiente económico maisdifícil. Um argumento que a APAVT desdelogo rejeitou, fundamentando esta suaapreciação no facto de os defaults, emPortugal, não ultrapassarem os 0,016% docrédito, ou seja, um risco mínimo. "Seexcluirmos o caso Marsans, que foiefetivamente um caso de polícia, inédito ealtamente improvável de duplicação, o riscode default não sofreu alterações quejustifiquem qualquer alteração dos prazos",

defende o presidente da APAVT.Outra das razões alegadas pelastransportadoras é a crescente dificuldadeem obter financiamento a que são forçados arecorrer para as suas operações. Ao diminuiros prazos de pagamento, diminuem tambémas necessidades de recorrer a estesfinanciamentos, o que se entende seja,efetivamente, a principal justificação paratoda a pressão junto dos agentes deviagens.Finalmente, escudavam-se na redução deprazos que estava já em vigor em muitosdos mercados onde concorrem,colocando-os em desvantagemcompetitiva. Apesar de Espanha e França,dois dos mercados que têm sidoapontados como referências à atuação daTAP, manterem por enquanto o pagamentomensal, em muitos outros, casos daBélgica, Dinamarca, Holanda, Suécia,Polónia, Grécia os prazos já foramreduzidos.Determinados à redução, bastaria areal ização de quatro reuniões

consecutivas do APJC sem acordo com asagências de viagens para que a decisãofosse imposta unilateralmente."Em face desta decisão, restavam-nosduas opções, que foram inclusivedebatidas em Assembleia Geral. A vialegal, de resultados imprevisíveis, ou a vianegocial. Optámos por esta última, porquea TAP e, posteriormente, as restantestransportadoras, mostraram aberturapara chegar a um entendimentoconnosco", explica o presidente daAPAVT. Se considerarmos que, para asagências de viagens, uma redução doprazo de pagamento implica, quaseforçosamente, uma redução dos prazosde concessão de crédito aos seus clientes,este acordo contribui também para aliviara pressão das suas tesourarias e asnecessidades de crédito que hoje são,mais que nunca, muito difíceis de obter.Acresce que, devido à deterioração dosbalanços e à dificuldade de obtenção degarantias, já se verificavam, num númerocrescente de casos, agências que

Aviação

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estavam em regime de pagamentosemanal, na sequência de acordosbilaterais com as companhias aéreas.

UM DESAFIO DE CURTO PRAZOO encurtamento do prazo de pagamento aoBSP significa, na prática, a necessidade dealteração do paradigma das relações entreagências de viagens e os seus clientes, aquem a concessão de crédito tem constituídoum forte argumento de vendas.O impacto, contudo, não atinge todo osector de igual forma. Desde logo, porque sócerca de 1/3 das agências de viagens emPortugal são IATA e, como tal, diretamenteatingidas por esta alteração. As restantes,na sua maioria de pequena dimensão,emitem os bilhetes para os seus clientesatravés de terceiros, sobretudoconsolidadores, a quem em regra já tinhamde pagar praticamente a pronto.De entre as agências IATA, o impactodependerá do mix entre vendas lazer evendas corporate, dado que só nestasexiste, em regra, uma concessão de créditoassociada.De facto, esta mudança terá o seu maiorimpacto nas agências especializadas nosegmento empresarial.

Para os TMC's (Travel ManagementCompanies), porém, resta um ano paraadaptar o mercado ao novo modelo, ou seja,para sensibilizar os clientes para a diminuiçãodo prazo de concessão de crédito pelasagências, ou adotar modelos alternativos,caso da utilização de cartões de crédito parapagamento às agências."Em Espanha, por exemplo, o recurso aoscartões de crédito por parte das empresasno pagamento às agências já atingemvalores expressivos, na ordem dos 80-90%,substancialmente mais elevados que emPortugal, onde calculamos não ultrapasse os10-15%", explica Costa Ferreira.O esforço de sensibilização junto dosclientes, contudo, terá de ser feito emconjunto para surtir efeito. "Se todas asagências adotarem a mesma atitudeexigente nos prazos de pagamento dos seusclientes, todo o mercado sai a beneficiar", dizCosta Ferreira, acrescentando que aspróprias companhias aéreas estãoempenhadas a, juntamente com asagências, transmitir ao mercado estamudança de paradigma.

O EXEMPLO DO ESTADONeste processo, a atuação do Estado é de

Aviação

crucial importância, uma vez que épossivelmente o maior cliente corporate dasagências de viagens. O sector, neste caso,defronta-se com duas dificuldades.Por um lado, o próprio Estado, no concursopúblico que lançou para o fornecimento deviagens, obriga à concessão de crédito emprazo superior àquele que a própria TAP, daqual é ainda o único acionista, acordou comas agências.Por outro lado, o crónico atraso do Estado nopagamento destes fornecimentos, queultrapassa largamente o prazo médio de 120dias.Também aqui terá o sector, juntamente comas companhias aéreas, de fazer um esforçode grande sensibilização do Governo e doEstado para o cumprimento dos prazos queagora foram acordados, sob pena de ser arentabilidade, ou mesmo a própriasobrevivência das agências fornecedoras, aser posta em causa."Não posso deixar de sublinhar o empenhoque a TAP colocou na concretização desteacordo, o que me parece prova de que oconsenso e a serenidade produzem sempremelhores resultados que o confronto e aradicalização de posições", conclui opresidente da APAVT.

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De 6 a 9 de Dezembro

38º Congresso da APAVTreúne em Coimbra

De 6 a 9 de Dezembro, Coimbravai ser o cenário do debateturístico português, com arealização da 38ª edição docongresso nacional da APAVT,dedicado ao tema "Turismo:Potenciar Recursos, RomperBloqueios, Ganhar Mercado".

Turismo precisa de respostas, juntosvamos encontrar respostas", afirma

o presidente da APAVT, Pedro CostaFerreira, desafiando todo o sector a juntar-se em Coimbra para mais uma edição docongresso nacional da associação, que aolongo dos anos adquiriu o estatuto deprincipal fórum de debate turístico emPortugal."Vamos debater estratégias e políticas,produto e mercados, a palavra de ordem éencontrar soluções concretas ao desafio docrescimento", acrescenta o presidente daassociação, explicando que "teremosoradores de reconhecido mérito, maspretendemos também, e mais que nunca,dar voz aos congressistas, sejam agentes deviagens, hoteleiros, gestores darestauração, de companhias aéreas,cruzeiros ou de rent-a-car, pois todos temoscompetências e responsabilidades que nãopodemos descartar".Políticos, governantes e a administraçãopública estão também aa ser convidados amarcar presença em Coimbra, não só paramanifestarem as suas opiniões como

“O também, e sobretudo, para conhecer, deviva voz, o que pensam os empresários egestores do Turismo nacional."Turismo: Estratégias e Políticas", "Criaçãode Valor", "Portugal: Produtos e Mercados","Desafio do Crescimento" e "ReorganizaçãoTurística" são os temas das sessões detrabalho constantes da agenda de trabalho,que terá início na tarde de quinta-feira, 6 deDezembro, e se prolongará até sábado.A par de temas transversais a todo o sector,o 38º congresso da APAVT, e primeiro sob aliderança da direção de Pedro CostaFerreira, dedicará espaço próprio ao papeldos agentes de viagens na sociedade e naeconomia, pretendendo-se reafirmar umaclasse que tem vindo a ganhar renovadofôlego um pouco por todo o mundo, emparticular nos mercados considerados maissofisticados.Por outro lado, o congresso vai tambémintegrar na sua agenda, pela primeira vez,reuniões de alguns dos capítulos sectoriaisda APAVT, designadamente o de Incoming,Distribuição, MI, Cruzeiros, TransporteAéreo e Tecnologia e Internet, que

ocorrerão em simultâneo. "A ideia éaproveitar a presença de associados de todoo País e das mais variadas atividades paraum debate, interno, sobre os desafioscomuns e apresentação de propostas deação", esclarece Costa Ferreira.

TURISMO DO CENTRO VOLTA ACONQUISTAR CONGRESSO"Queremos reafirmar a nossa predisposiçãopara a realização de grandes Congressos,debatermos o presente e o futuro do nossosetor e aliá-lo a um momento impar da nossahistória, o da consagração da Cidade deCoimbra a Património Mundial", afirma opresidente do Turismo Centro de Portugal,Pedro Machado, a propósito da decisão daAPAVT relativamente ao local de realizaçãodo seu 38º congresso nacional.Esta é a primeira vez que a associaçãorealiza um congresso na cidade dosestudantes, e o segundo ano em que oTurismo Centro de Portugal assegura o seuacolhimento, tendo manifestado essaintenção ainda havia terminado o congressodo ano passado, em Viseu.

Vida Associativa

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"A realização do XXXVII Congresso daAPAVT, em Viseu, em Dezembro de 2011,tornou possível o reconhecimento do destinoCentro de Portugal nas suas múltiplasvariáveis e condições para acolher essegrande Fórum. Foi uma boa jornada, que nosmereceu a confiança da APAVT e cujasparticipações e conclusões enriqueceram oTurismo Nacional", acrescenta PedroMachado, uma opinião partilhada por PedroCosta Ferreira, para quem a escolha deCoimbra constitui também "umamanifestação de confiança no TurismoCentro de Portugal, porque o trabalhorealizado o ano passado foi por todos oscongressistas considerado excecional".Independentemente do local, a APAVThavia já decidido realizar o congresso emterritório nacional. "É uma decisão que,em primeiro lugar, simplesmente cumpre oscompromissos desta direção da APAVT, deintegração no esforço dedesenvolvimento das exportaçõesportuguesas e de apoio ao turismointerno", expl ica o presidente daassociação.

VILA GALÉ COIMBRA É HOTEL-SEDEO hotel Vila Galé Coimbra vai ser o hotel-sededo 38º congresso da APAVT, sendo o palcoda maioria das sessões de trabalho e dealguns dos eventos sociais.Localizado no centro histórico de Coimbra,com vista para o Mondego e de fácil acesso,esta unidade do grupo liderado por JorgeRebelo de Almeida, inaugurada em Abril de2010, dispõe de 229 quartos e uma área deconvenções com quase 1.000 metrosquadrados e uma capacidade para 600pessoas. Além do Vila Galé, os congressistaspoderão também optar por outros hotéisassociados ao evento, casos do Tivoli ou doD. Inês, de uma lista que será em brevedisponibilizada. A cerimónia oficial deabertura do congresso, bem como a primeirasessão de trabalhos, terão lugar no auditórioda Reitoria da Universidade de Coimbra.

INSCRIÇÕES A 190 EUROS, INCLUINDOALOJAMENTO E TRANSPORTEA APAVT fixou em 190 euros o valor maisbaixo das inscrições, incluindo transporterodoviário de Faro, Lisboa e Porto, (estando

a ser negociadas tarifas especiais notransporte aéreo para associados dos Açorese Madeira) três noites de alojamento emregime de APA em unidade de 3-estrelas, trêsjantares oficiais e o acesso a toda a agendade trabalhos e social do evento. Na prática,são 190 euros em regime de Meia-Pensão,com a possibilidade, ainda em aberto, decomplementar esta oferta com um ou maisalmoços. Nas unidades de 4-estrelas,incluindo o hotel-sede, o valor da inscriçãoserá de 200 euros. Aos acompanhantes,partilhando o quarto, será apenas cobradoum acréscimo total de 50 euros no caso dasunidades de 4-estrelas e de 40 euros no casodos 3-estrelas, sendo-lhes proporcionado umprograma de excursões a anunciaroportunamente. A 115 euros por pessoa, nocaso de dois a partilhar quarto, creio não sóconseguirmos facilitar a participação de todosno mais importante momento da vidaassociativa e mesmo do Turismo nacional,como também uma excelente oportunidadepara revisitar uma cidade que é,inegavelmente, uma das joias da nossaoferta", afirma Pedro Costa Ferreira.

Vida Associativa

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QUEM É QUEM1 - Pedro Machado (TCP), Pedro Costa Ferreira

(APAVT) e João Paulo Barbosa de Melo (CMC)

2 - Francisco Teixeira (Melair)

3 - Helder Amaral (CDS-PP) e Fernando Nunes

(Grupo Visabeira)

4 - Cristina Siza Vieira (AHP), Com. Mário

Pereira Gonçalves (AHRESP) e Francisco

Calheiros (CTP)

5 - Gonçalo Rebelo de Almeida (Vila Galé), Luiz

Mór (TAP) e João Welsh (Top Atlântico Madeira)

6 - Pedro Machado (TCP) e Adília Lisboa (CTP)

7 - Melchior Moreira (TPNP) e Isabel Ferreira de

Castro (TPNP)

8 - Paco Ayuso (RENA) e Carlos Brighton

(Lufthansa)

9 - Carlos Luis (TopCar), Pedro Costa Ferreira

(APAVT) e Vitor Filipe (TQ Travel) O atual e ex-

presidentes da APAVT

10 - Júlia Ramalho de Almeida (AIP), Artur

Sousa (ATR) e Maria João Paulino (FIL-BTL)

11 - Os Embaixadores do Panamá, Perú,

Equador, Pedro Costa Ferreira, Secretário

Geral do IPDAL, Embaixadores da Tunísia e

Colômbia

12 - Duarte Correia (TUI), Paula Alves (Travel

Tailors) e Fatima Alves (APAVT)

13 -Rodolfo Faustino (Turismo de Macau) e

Pedro Costa Ferreira (APAVT)

Jorge Loureiro (TCP)

14 - João Matias (Geostar), Artur Sousa (ATR) e

Maria de Lurdes Dinis (Go4Travel)

15 - Miguel Cymbron (TAçores), Paulo Almeida

(Iberojet) e Gonçalo Rebelo de Almeida (Vila

Galé)

16 - Miguel Cymbron (TAçores), Gonçalo Rebelo

de Almeida (Vila Galé)

17 - Eugénio André (André Tours) e Alexandre

de Almeida (Hotéis Alexandre de Almeida)

18 - Jorge Loureiro (TCP)

19 - Francisco Sá Nogueira (PortugalRES),

Ricardo Figueiredo (APAVT), Eduardo Pinto

Lopes (Ego Travel) e João Trigo (Lufthansa)

José Arimateia (Visabeira Turismo) e Hortense

Martins

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REVISTA APAVT · EDIÇÃO Nº 3134

Reformar é preciso! Turismo confronta-se, hoje, do lado da

procura, com um contexto em

acentuada mudança, traduzida numa profunda

alteração da estrutura demográfica, na

emergência de novas motivações e atitudes, a

par da sofisticação e alteração de padrões de

comportamento do consumidor turístico e, do

lado da oferta, confrontado com a emergência

de novos concorrentes, com movimentos de

consolidação empresarial e novos modelos de

negócio.

Estamos, por isso, perante uma mudança de

paradigma acentuada pelo papel determinante

das novas tecnologias, de uma sociedade do

conhecimento, de um mundo global e de

novos contextos tecnológicos, que influenciam

a Comunicacao, os Mercados, a Distribuição e o

Preço.

E essa mudança de paradigma obriga

necessariamente a reformas, a que os

organismos regionais de turismo não podem

nem devem ficar imunes.

Agregar territórios de forma a dar coerência a

uma estratégia de promoção e valorização dos

nossos produtos e marcas Turisticas, que

acrescente atractividade e competitividade aos

destinos regionais e a Portugal, acabando com

"fenómenos" de fractura, espartilhos e

descontinuidade que o PENT definiu.

Rentabilizar recursos técnicos e financeiros,

definindo estratégias convergentes,

articulando a promoção interna com a

promoção externa com o consequente

envolvimento participativo do sector privado,

ajustando e maximizando o modelo de

financiamento.

Diminuir o peso das estruturas com a

consequente libertação das transferências

financeiras para a promoção e apoio aos

empresários do sector, garantindo um melhor e

mais eficaz serviço aos turistas.

Temos por isso, agora, uma nova oportunidade

de potenciar essas capacidades. Para isso, do

nosso ponto de vista, o sucesso desta nova

reforma terá que responder a duas questões

essenciais: para quê esta reforma, qual a sua

validade? Porquê esta reforma, qual a sua

oportunidade?

A resposta à segunda questão parece-nos

obvia pelos argumentos já aduzidos. Os meios

financeiros são escassos, os fluxos turísticos têm

vindo a alterar-se, os modelos de negócio têm

O

novos contornos, os turistas adquiriram novos

hábitos de consumo, as organizações regionais

estão confrontadas com novos paradigmas e

como tal, têm que se adaptar a esta nova

realidade.

Quanto à primeira questão, para quê esta

reforma? Ela assume duas variáveis:

a primeira, porque o DL 67/2008 de 10 de Abril

ficou àquem da expectativa que tinha sido

criada para as novas Entidades Regionais, que

se viram incapacitadas nos meios financeiros e

nas competências de cumprirem um papel mais

decisivo no modelo de desenvolvimento dos

destinos regionais, nomeadamente:

- um modelo territorial incapaz de gerar

consenso e estratégias comuns quer para a

promoção interna quer externa;

- um modelo de financiamento concentrado no

numero de camas e dormidas sem "contabilizar"

proporcionalmente o território;

- um modelo de promoção externa

"divorciado" da promoção interna e gerador

de fortes discrepâncias nos meios financeiros e

nos recursos disponíveis;

a segunda, porque precisamos de atribuir

novas competências aos organismos regionais

por forma a alargarem o seu raio de acção

constituindo-se como verdadeiros agentes de

dinamização do sector turístico regional,

reforçando a competitividade local inter pares

e, por essa via, aumentando e a coesão

nacional.

Esta nova proposta de lei deve dar resposta às

Última Página

Pedro MachadoPresidente do Turismo Centro dePortugal

seguintes interrogações:

- que modelo de financiamento? mantém a

opção de valorização dos fluxos e o território

ou apenas os fluxos turísticos?

- Como vamos abordar o "peso" dos recursos

humanos nas actuais estruturas, criando

instrumentos para possibilitar o alivio dessa

"carga", mas sem prejudicar os trabalhadores?

- Que missão vamos querer para as novas

Entidades? Manter a posição de "subserviência"

do estado ou, verdadeiros parceiros para a

contratualização mantendo a sua autonomia e

dando espaço para a sua criatividade?

- qual o modelo de governação, mantemos o

principio da eleição, garantia da equidistância

dos "poderes instalados" e da legitimidade dos

eleitos, integrando sectores publico local e

privado com uma estrutura "leve" com três

elementos, à semelhança do TPip ou vamos

criar mais Orgãos dirigentes?

No momento em que nos foi apresentada, e

pela leitura feita, a actual Proposta de Lei de

Alteração do Regime Jurídico das Áreas

Regionais de Turismo e das Entidades Regionais

de Turismo, merece a nossa concordância o

modelo de território ao considerar as cinco

áreas regionais, consagrando uma estratégia

comum para a promoção regional e corrigindo

"essa aberração criada pelo PENT"; de igual

modo a alienação por parte da SET dos 10%

que estavam sob a sua jurisdição e transpostos

para um modelo de financiamento que dá mais

peso ao território e ao numero dos municípios,

introduzindo maior clareza na atribuição das

verbas do OE.

Deve, do nosso ponto de vista, ser maturada a

proposta encontrada para os Orgãos quer

quanto ao numero a criar, à sua composição e

funcionamento, bem como às competências

propostas. De igual modo, nos contratos

programa a estabelecer com o TPip, que

genericamente concordamos quanto à

metodologia, salvaguardar questões de ordem

legal quanto à capacidade do financiamento

das Comunidades Intermunicipais assegurando

assim a contrapartida financeira desejada.

A par de um conjunto mais vasto de

considerações técnicas sobre o articulado deste

anteprojeto, merece-nos nota positiva como

documento de trabalho, capaz de mobilizar o

turismo regional e, por essa via, o turismo

nacional.

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