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REVISTA APAVT JUNHO 2006 1

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  • REVISTA APAVT • JUNHO 2006 1

  • REVISTA APAVT • JUNHO 20062

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 3

    Caros Amigos,

    Terminado que está o primeiro trimestre de 2007, novamente tenho o prazer de vir à vossa presença,

    abordando alguns temas que me parecem importantes para a nossa actividade.

    Em primeiro lugar, e depois de observar o comportamento do mercado nestes 3 primeiros meses,

    vejo com satisfação que o mesmo está com tendência de crescimento, tanto a nível de vendas BSP,

    como de vendas de lazer. Também o incoming se mostra optimista, com índices de ocupação

    interessantes, pese embora o facto do RevPar não acompanhar proporcionalmente esses aumentos.

    A operação Páscoa, teve o êxito esperado, tanto a nível de outgoing como de incoming, já que os

    operadores esgotaram na prática os seus programas, sobretudo pacotes de longo curso,

    aparecendo de novo o Brasil como o principal destino de eleição dos portugueses que compram

    este tipo de programas. A nível interno, também as ocupações foram muito altas, com especial

    destaque para o Algarve, que em alguns casos chegou muito perto dos 100%.

    Contudo, e porque a experiência assim me ensina, não posso entrar em euforias antecipadas, até

    porque, o que se passou no ano passado, exemplifica a volatilidade do nosso mercado. Há no

    entanto o sentimento de que 2007 será provavelmente melhor do que 2006. Esperemos que assim

    aconteça.

    Posto isto, gostaria de me debruçar um pouco sobre o tema Aviação: praticamente todas as

    companhias de voos regulares, informam que tem havido crescimento das suas vendas, vendas

    essas efectuadas na sua quase totalidade através dos Agentes de Viagens. A conclusão mais que

    evidente é a importância que os mesmos representam para as Companhias, apresentando-se como

    os distribuidores do seu produto por excelência, bem como a importância que o transporte aéreo

    continua a ter para os Agentes de Viagens. Mais uma vez fica aqui demonstrado que o binómio

    Transporte Aéreo/Agente de Viagens é fundamental para o negócio do Turismo em Portugal.

    E mais interessante se torna, quando constatamos que também as chamadas Companhias Low-Cost

    anunciam aumentos de passageiros transportados de e para Portugal.

    E é devido à sua importância, que o transporte aéreo tem que cada vez mais se reger por regras bem

    claras, evitando criar qualquer espécie de desconfiança ao consumidor final: daí, o aplauso da

    APAVT para as novas regras de transparência relativas à apresentação dos preços finais que foram

    aprovadas, e que, certamente, ajudarão os Agentes de Viagens a um melhor esclarecimento junto

    dos seus clientes. Temos que ter sempre em mente, que o foco principal da nossa actuação é o

    consumidor.

    Mudando de assunto, não posso deixar de referir que, após várias reuniões com o Presidente do TP,

    foi anunciado pelo Governo ter sido aprovada a nova Lei das Agências de Viagens, após três anos

    de espera. Em devido tempo a APAVT apresentou as suas propostas, que foram discutidas, e é com

    expectativa que aguardamos a publicação do seu texto completo, esperando que o mesmo reflicta

    aquilo que transmitimos, dando resposta aos justos anseios do sector.

    Quero ainda, e porque se trata de um assunto que muita tinta têm feito correr, abordar a OTA.

    Já no Congresso realizado em Maputo, a APAVT, através do discurso de seu Presidente Vítor Filipe,

    marcou a sua posição, ao afirmar que não havia então argumentos bastantes que demonstrassem a

    bondade da decisão da construção do novo aeroporto na OTA.

    Afirmámos ainda que, se a decisão política já tinha sido tomada, tornando-a portanto irreversível,

    havia que acompanhar a mesma de variadas medidas, que não prejudicassem o sector de Turismo

    em geral, e o de Lisboa em particular.

    O que se passa actualmente acaba por nos dar razão: a esgrima permanente de novos argumentos,

    pró e contra a localização do novo aeroporto, acaba por ter efeitos nefastos na opinião pública,

    causando natural desconfiança sobre as verdadeiras intenções e necessidade de tal construção.

    E no meio de toda esta turbulência, mais uma vez não são ouvidos, como não foram desde início,

    os empresários do sector, afinal aqueles que realmente têm mais interesse em que as coisas sejam

    rápida e totalmente esclarecidas.

    Mais uma vez a prática institucional não corresponde à teoria inúmeras vezes propalada " O Turismo

    é um Desígnio Nacional "…

    Um forte abraço,

    João Passos,

    Presidente da Direcção da

    APAVT

    “Foi anunciado pelo

    Governo ter sido aprovada

    a nova Lei das Agências de

    Viagens, após três anos de

    espera. Em devido tempo a

    APAVT apresentou as suas

    propostas, que foram

    discutidas, e é com

    expectativa que

    aguardamos a publicação

    do seu texto completo,

    esperando que o mesmo

    reflicta aquilo que

    transmitimos. ”

    Mensagem do Presidente

  • REVISTA APAVT • ABRIL 20074

    REVISTA APAVT

    Director Editorial:

    Paulo [email protected]

    Redacção:

    Catarina Delduque, Guilherme Perei-ra da SilvaTel. 21 3142256 / Fax. 21 [email protected]

    Colaborações:

    Diogo Vaz Guedes, Eduardo Oliveira,

    Mónica Freilão, Pedro Moita, Ricardo

    Gonçalves, Rui Martins

    Fotografia:

    José Fonseca, Rafael G. Antunes,

    arquivos APAVT

    Edição Gráfica e Layout:

    Pedro António e Maria Duarte

    Publicidade:

    Jorge [email protected]

    Tel. 91 758 53 10

    Impressão e Acabamento:

    Soc.Tipográfica - Estrada Nacional10, Porto Alto

    Tiragem:

    3.000 exemplaresDistribuição: APAVT

    Propriedade:

    APAVT-Associação Portuguesa dasAgências de Viagens e TurismoRua Duque de Palmela, 2-1º Dtº1250-098 LisboaTel. 21 3553010 / Fax. 21 [email protected]

    Reg. no ICS como nº 122699

    Presidente da Direcção:

    João Passos

    Director Imagem e Comunicação:

    Frédéric Frère

    Conselho Editorial:

    João Passos, Frédéric Frère, João

    Luís Moita, Filipe Machado Santos,

    Rui Colmonero, Paulo Brehm

    Nota do Editor: Os artigos de

    opinião são da responsabilidade

    exclusiva dos seus autores.

    REVISTA APAVT Nº6 • II SÉRIE • ABRIL 2007

    CAPA

    “O Agente de Viagens éum aliado natural daTAP”O vice-presidente da TAP fala do acordo em vigor coma APAVT, do Portal que vai lançar este ano, daimportância da aposta nas rotas do Brasil, do negóciocom a PGA e o impacto das Low Costs, entre outrostemas. Pág. 18

    Incoming:

    Turismo receptivo

    NOTICIÁRIO Pág. 5

    A PALAVRA AO JORNALISTA

    “Portugal é o país do Eusébio, do Figo, do

    Mourinho e, mais recentemente, de Cristiano

    Ronaldo... Porque não fazer o

    aproveitamento destas figuras para o

    Turismo, pergunta Mónica Freilão, jornalista

    da Agência Financeira. Pág. 10

    ANÁLISE APAVTFORM

    “Do e-Marketing ao e-Business”

    Os recentes desenvolvimentos no campo das

    Tecnologias de Informação e Comunicação vieram

    também revolucionar a actividade do Turismo,

    gerando novos modelos de negócio. Pág. 27

    ANÁLISE DELOITTE:

    Hotelaria de Lisboa

    continua a baixar

    preços!

    A hotelaria em Lisboa

    continua a apresentar

    indicadores inferiores aos de

    Madrid e Barcelona e a capital portuguesa foi

    a única entre as principais cidades ibéricas

    que não registou uma evolução positiva dos

    seus preços médios em 2006.

    Pág.34

    INDEX DE BROCHURAS Pág.38

    CALENDÁRIO DE FEIRAS

    E WORKSHOPS Pág.42

    SERVIÇOS EXCLUSIVOS

    As vantagens de ser membro da APAVT...

    Pág. 44

    ÚLTIMA PÁGINA

    “Continuamos a falar muito e fazer pouco e o

    grande desafio é o oposto: fazer mais e falar menos

    apostando em qualida-de e mantendo uma visão

    cada vez mais internacional” afirma Diogo Vaz

    Guedes, Presidente da Somague, relativamente

    ao Turismo Português.

    APAVT relança Cartão de Associado

    em crescimentoPortugal deverá registar este ano umcrescimento do seu turismo receptivo,aponta um relatório do Turismo de Portugal produzido para a Revista APAVT queapresenta uma breve análise dos diferentes mercados emissores.

    Pág. 24

    Descontos em hotéis, restaurantes, rent-a-car ecursos, assim como condições privilegiadas deacesso a produtos bancários, são alguns dosbenefícios e vantagens que o novo Cartão da APAVToferece aos seus utilizadores.

    Pág. 28

    Pág.50

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 5

    Noticiário

    editorialendo o principal parceiro de negócio das

    agências de viagens portuguesas, e sem

    dúvida um dos mais importantes players do

    Turismo nacional, a TAP é naturalmente uma

    empresa que suscita sempre o maior interesse por

    parte de todos os profissionais do sector e do

    público em geral. Não surpreende, assim, que na

    primeira edição da Revista APAVT, em Maio de

    2002, a também primeira entrevista tenha sido ao

    vice-presidente da transportadora, Luiz da Gama

    Mór. Na época as agências ainda eram

    remuneradas através de comissões, a sua

    substituição por um fee de emissão estava apenas

    em ponderação e Luiz Mór afirmava não ser

    coerente a agência de viagens dizer que ganhava

    pouca comissão e no entanto repassa-la aos

    clientes. Lembrava também que a TAP era uma

    empresa que tinha prejuízos imensos e que tinha

    pela frente um longo caminho de recuperação.

    Cinco anos volvidos muito se fez, muito mudou,

    muito se escreveu e Luiz Mór volta a ser o

    entrevistado principal da nossa revista. A TAP

    desenvolveu o conceito de hub em Lisboa,

    aumentou a frota, o número de voos, o número de

    passageiros, a rentabilidade aumentou e chegou

    aos lucros. Pelo caminho as comissões

    praticamente desapareceram, sacrificadas à

    redução dos custos de distribuição e substituídas

    pelo fee, num processo acordado com a APAVT em

    simultâneo com a transformação dos agentes de

    viagens em consultores. Na entrevista desta

    edição os temas principais são outros: a "invasão

    das Low Cost's" e o lançamento de tarifas

    exclusivas na Internet. Em comum com a anterior,

    o facto de os agentes de viagens portugueses

    continuarem a ser o principal canal de distribuição

    do produto TAP, com praticamente o mesmo peso

    nas vendas, e também o de existir pela frente

    mais uma série de desafios que, estou certo, a

    APAVT e a TAP saberão em conjunto ultrapassar.

    Num outro registo, uma análise feita pelo Turismo

    de Portugal para a nossa revista dá conta que

    Portugal deverá ver crescer, este ano, o número

    de turistas estrangeiros, especificando mercado a

    mercado qual a evolução prevista. Por outro lado,

    a Deloitte alerta para o facto de a hotelaria de

    Lisboa continuar a baixar preços. "Do e-Marketing

    ao e-Business" é outro dos temas de análise na

    revista, resultante do primeiro seminário

    organizado pela APAVTForm e as principais

    novidades da edição são a escolha de Búzios como

    o local de realização do congresso deste ano, sob

    o tema "Turismo: Tendências e Soluções" e o

    relançamento do Cartão de Associado da APAVT,

    que oferece aos seus utilizadores um conjunto de

    vantagens e benefícios que valem bem a pena

    conhecer, incluindo a oferta de assinatura da

    Revista APAVT.

    Boas leituras e melhores negócios.

    s

    Paulo Brehm

    Alteração à Lei dasAgências de Viagens

    O Governo emitiu, a dia 12 de Abril, um comunicado no qual

    dava conta da aprovação, em Conselho de Ministros, de

    alterações à Lei das Agências de Viagens.

    A direcção da APAVT não tem conhecimento do texto final,

    apenas dos princípios que parecem estar subjacentes ao

    diploma, resumidamente referidos no comunicado.

    O anunciado reforço da protecção do consumidor, em moldes

    equilibrados, merecerá o apoio incondicional da APAVT. Do

    mesmo modo a desburocratização de processos e a clareza

    nas competências e relacionamento das act iv idades das

    agências de viagens e de animação turística que são, desde

    há muito, princípios que a APAVT defende e em relação aos

    qua i s , nos contac tos que manteve com o Governo

    re lat ivamente à a l teração da Le i , apresentou d iversas

    propostas, merecerão o nosso apoio. Em todo o caso, e em

    benefício do rigor intelectual, a APAVT reserva qualquer

    comentário ou apreciação para quando tiver conhecimento do

    texto integral do referido Decreto-Lei.

    APAVT assina protocolocom Turijobs.pt

    A APAVT assinou um protocolo de colaboração com a

    Turijobs.pt, que visa criar condições para os associados

    poderem aceder a este portal de emprego no turismo de

    modo preferencial, para uma mais fácil e eficiente pesquisa

    de profissionais, adequados às respectivas necessidades

    de recrutamento.

    No âmbito do protocolo a Turijobs.pt proporciona um

    desconto de 10% para as actividades que as empresas

    associadas venham a realizar junto de Turijobs.pt, como

    se jam anúnc ios s imp les ou em des taque , pacotes

    personalizados e exclusivos, entre outras iniciativas. A

    Turijobs.pt coloca também à disposição dos associados da

    APAVT a inserção gratuita de três anúncios simples, a

    utilizar até 6 meses após a inscrição da empresa no portal

    on-line de emprego, assim como a possibilidade de colocarem

    os seus anúncios nos restantes portais internacionais de

    modo a aumentar a eficácia do recrutamento. O texto

    integral do protocolo pode ser consultado no website da

    APAVT em www.apavtnet.pt.

  • REVISTA APAVT • ABRIL 20076

    Noticiário

    Turismo de Portugal eAeroportos criam modelo para

    promoção de novas rotasonstituir um modelo de parceria

    públ ica/privada para o

    desenvolvimento de novas “l igações

    aéreas de interesse turíst ico” é o

    objectivo de um protocolo assinado entre

    o Turismo de Portugal e a ANA e ANAM,

    empresas responsáveis pela gestão dos

    aeroportos portugueses.

    O protocolo, dotado de um orçamento de

    17 milhões de euros, a atribuir pelo

    período de cinco anos, constitui uma

    “plataforma comum de meios para a

    promoção e o marketing dos destinos

    nacionais nos países, cidades e regiões

    que passem a dispor de l igações

    regulares para Portugal”, expl ica um

    comunicado emitido em conjunto pelos

    signatários, acrescentando que o

    objectivo é melhorar as acessibilidades,

    aumentar a corrente de fluxos turísticos,

    captar novos segmentos da procura e

    reforçar a imagem e notoriedade de Por-

    tugal nos mercados de origem.

    Os aeroportos contemplados no

    C

    documento são os de Lisboa, Porto, Faro,

    Ponta Delgada, Funchal e Porto Santo e o

    sistema é composto por contribuições

    financeiras destinadas a campanhas de

    promoção e marketing turístico a definir

    com as companhias aéreas e/ou

    operadores turíst icos que estejam

    interessados em operar em novas

    ligações aéreas directas e regulares.

    “Para tal, está prevista a possibilidade de

    adesão de outras entidades públicas e

    privadas, nomeadamente hotéis,

    agências de viagem receptivas e demais

    empresas no sector turíst ico,

    directamente ou através de entidades em

    que se encontrem associadas e que

    sejam relevantes no ajustamento das

    iniciativas de promoção e marketing aos

    interesses do destino”, refere o

    comunicado. O protocolo prevê também a

    atribuição de prémios às transportadoras

    que ultrapassarem o volume de

    passageiros/ano previsto no plano de

    negócios acordado.

    TAP apela àcolaboração dos

    passageirosPara melhorar os níveis depontualidade, a TAP está a apelar àcolaboração dos seus passageiros parao cumprimento dos horários de check-in e apresentação na porta de embarque.“Recorde-se que o check-in é iniciadotrês ou duas horas antes da hora departida conforme se trate de voosintercontinentais ou para a Europa eoutros pontos de Portugal,respectivamente”, lembra a trans-portadora em comunicado,acrescentando que “independente-mente do destino, todos os passageirosdevem apresentar-se na porta deembarque impreterivelmente até 30minutos antes da hora de partida dovoo”.

    EuroAtlantic querentrar na Bolsa de

    LondresA EuroAtlantic pretende dispersar 45%do seu capital através da colocação deuma oferta de venda na Bolsa deLondres, no primeiro semestre de 2008,anunciou o presidente datransportadora, Tomaz Metello.Em 2006 os resultados líquidos dacompanhia, detida a 80% pela famíliaMetello e em 20% pelo Grupo Pestana,cresceram 75% para 10,5 milhões deeuros, tendo o seu volume de negócioscrescido 17% para 118,9 milhões deeuros.

    Lisboa acolheCimeira Mundial

    do TurismoDe 10 a 12 de Maio Lisboa vai ser palcoda Cimeira Mundial do Turismo, eventoque reúne no nosso País alguns dasmais importantes personalidadesinternacionais do sector. Sob o tema“Breaking Barriers – Managing Growth”,o debate dará especial enfoque àsalterações climáticas, ao crescimentoacelerado do Turismo e ao impactodesta indústria e do crescimento no meioenvolvente.

    Movimento de passageiros noPorto de Lisboa cresce 60%ntre Janeiro e Março deste ano o

    Porto de Lisboa registou um

    movimento total de 19.516 passageiros

    de cruzeiro, um crescimento de 60,4%

    relativamente ao período homólogo de

    2006. De acordo com as estatísticas do

    Porto de Lisboa

    relat ivamente ao

    primeiro tr imestre

    fizeram escala em

    Lisboa 18 navios de

    cruzeiro, mais quatro

    que no mesmo período

    do ano passado. O

    número médio de

    passageiros por

    cruzeiro cresceu 25%

    E

    relativamente ao ano passado, embora a

    maior variação se tenha verificado no único

    navio que fez escala em Fevereiro, já que

    este ano transportava 1.100 passageiros, o

    que compara com apenas 326 no ano

    passado.

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 7

    Oásis Atlântico remodelahotéis da Ilha do Sal

    abo Verde está presente na

    actividade do Grupo Oásis Atlântico

    desde 1990, altura em que a cadeia hoteleira

    portuguesa adquiriu a Companhia de

    Fomento – Santa Maria, no Sal, com o

    objectivo de construir hotéis nesta ilha. De lá

    para cá, o grupo acumulou na sua carteira

    quatro unidades não apenas no Sal mas

    também na Ilha de Santiago e na Ilha de São

    Vicente. E ao longo do tempo tem vindo a

    apostar em ampliações e melhoramentos dos

    hotéis existentes, numa melhoria do serviço

    prestado e numa política comercial muito

    agressiva, captando novos operadores

    turísticos e novos mercado a este destino,

    segundo sublinhou recentemente Alexandre

    Abade, administrador do Grupo Oásis

    Atlântico, em conferência de imprensa.

    É nesse sentido que se enquadra o actual

    plano de remodelação dos dois hotéis de

    quatro estrelas que detém no Sal, o

    Belorizonte e o Novorizonte, cujo

    C

    A cadeia hoteleira portuguesa está a investir cerca de um milhão de euros no plano de

    remodelação dos hotéis Belorizonte e Novorizonte. O grupo, que conta com outros dois

    hotéis em Cabo Verde (Santiago e São Vicente), pretende continuar a apostar neste país,

    com a construção de quatro novas unidades, num total de 50 milhões de euros de

    investimento.

    investimento ronda um milhão de euros. O

    projecto, que decorre já desde meados do

    ano passado, visa melhorar as unidades ao

    nível das suas infra-estruturas e criar novos

    espaços.

    No Hotel Belorizonte, que conta com 173

    bungalows standard e 60 superiores, as

    obras arrancaram logo antes do Verão de

    2006, com uma nova imagem dos bunga-

    lows, que foram pintados e redecorados com

    quadros, colchas e cortinas novas, no

    sentido de lhes dar um ar mais tropical. Até

    ao final de Maio deste ano, o grupo pretende

    dotar o Bar Fun Board de uma esplanada

    maior ao ar livre e de um interior renovado e

    ampliado, com novo mobiliário. A sala de

    jogos será um espaço novo integrado no bar

    e contará com TV plasma e uma mesa de

    snooker. O Restaurante Belorizonte também

    será ampliado e redecorado, contando com

    uma nova apresentação do buffet, um

    espaço para um buffet infantil e uma área

    climatizada. O Restaurante Salinas será

    também ampliado e renovado até final de

    Junho e as casas de banho dos bungalows

    sofrerão uma remodelação completa.

    Ainda nesta unidade, os mais pequenos

    passarão a ter já a partir de Junho duas

    piscinas infantis, uma dos 0 aos 3 anos e

    outra dos 3 aos 8 anos, com uma área verde

    e espreguiçadeiras. E ainda para as crianças

    será criado um Kids Club.

    O Hotel Novorizonte, que oferece 130 bun-

    galows, contou a partir deste ano com uma

    nova imagem a nível da recepção,

    Restaurante Santa Maria, Lobby Bar, Bar

    Panorâmico e Bar da piscina. No final de 2007

    a Oásis Atlântico criará uma zona de jogos,

    com mini-golfe, ginásio e sala de jogos.

    NOVOS PROJECTOS EM CABO VERDE

    Num total de 50 milhões de euros, o

    grupo português tem em carteira novos

    investimentos neste país. Na Ilha do Sal

    pretende avançar com o Salinas Sea, en-

    tre o Belorizonte e o Morabeza, com 244

    unidades; e ainda com o Salinas Sand,

    com 352 unidades.

    Na Ilha da Boavista nascerá um hotel em

    Sal - Rei, na antiga fábrica de atum, em

    frente à praia. E na Ilha de Santiago está

    projectado o Prainha Suite Hotel, perto

    do Hotel Oásis Atlântico Praiamar,

    também com cerca de 100 habitações.

    Oásis Novorizonte

    Oásis Belorizonte

    Noticiário

  • REVISTA APAVT • ABRIL 20078

    Noticiário

    O DesígnioNacionalQuem já anda nisto há alguns anos,

    de certo não se esquece do apelo dos

    nossos sucessivos governantes: O

    tur ismo tem que ser um desígnio

    nacional! Voltei a lembrar-me disto

    agora que me pediram para escrever

    este texto. Mas, e depois? Nada me

    ocorreu de novo. Já tudo fora escrito

    e, para além disso, há que reconhecê-

    lo, com coragem, o único desígnio

    nacional que qualquer mortal, por

    es tas bandas , reconhece (e com

    gosto!), é mesmo o futebol.

    Há mais algum desígnio nacional que

    faça um português sair da praia, em

    pleno dia de sol? Há mais a lgum

    des ígn io nac iona l que leve os

    portugueses a sair de casa em dia de

    temporal? Há mais algum desígnio

    nacional que una esta nação assim?

    Há mais algum desígnio nacional que

    levante tan to a conf iança dos

    portugueses? Não! E seremos nós,

    povo lus i tano , se res ass im tão

    anormais? Esta é a melhor parte: não!

    Quem já teve oportunidade de viajar

    pelos vários continentes fora, sabe:

    Portugal não é o país da temperatura

    amena, das boas pra ias , da

    hospitalidade ou dos bons campos de

    golfe. Ou por outra, é mas não é por

    isso que é reconhecido. Portugal é o

    país do Eusébio, do Figo, do Mourinho

    e, mais recentemente, de Cristiano

    Ronaldo. É disto que nos falam os

    nativos quando lhes dizemos de onde

    vimos. Quer seja na Ásia, em África

    ou na Europa (experiência própria).

    Então porque não aproveitar mais?

    Será tão descabido assim usar a nossa

    Se lecção como um pó lo de

    atractividade? O investimento não é,

    com certeza, maior e o retorno, esse,

    será com certeza. Já o fizemos no Euro

    2004 e, quem está por dentro sabe,

    não foi assim tão difícil. Haja visão!

    Mónica

    Freilão

    Agência

    Financeira

    a palavra a ...

    ntre Julho e Setembro os

    operadores Club 1840, Iberojet,

    Mundovip, Soltour e Travelplan vão

    colocar no mercado um total de 62.647

    lugares em 192 voos charter com destino

    às Caraíbas e Nordeste Brasileiro, de

    acordo com informação veiculada pela

    agência PressTUR.

    “As Caraíbas são a maior aposta, com um

    total de 127 voos e 42.103 lugares

    contratados por estes cinco operadores

    E

    Operadores com 62.600 lugaresem charter para as Caraíbas e

    Brasil no Verão

    APAVT integra lista para ATLA APAVT integra a lista de consenso candidata às eleições no Turismo deLisboa (ATL), agendadas para 3 de Maio. A l ista é encabeçada peloPresidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Carmona Rodrigues,e apresenta como Presidente Adjunto Mário Machado, Administrador daAgência de Viagens Top Atlântico, e como Presidente do Convention BureauAntónio Pereira, Director-Geral do Hotel Sheraton.Para a Assembleia Geral Geral candidata-se o Comendador Rui Horta,Administrador da Espírito Santo Viagens, S.A. e um dos principais mentoresda criação deste organismo, para Presidente e, ainda, AVIS Rent-a-car eMetropolitano de Lisboa. Para o Conselho Fiscal o candidato é RaulMartins, Administrador dos Hotéis Altis, como Presidente, e CompanhiaCarris e Administração do Porto de Lisboa. No conjunto, a lista é compostapor representantes de 22 entidades, sendo 10 de natureza ou capitaispúblicos e 12 associações e empresas privadas.

    para Punta Cana, Cancun, Varadero e

    Montego Bay”, enquanto que o Brasil será

    destino de “65 voos com um total de

    25.071 lugares, para Salvador, Porto

    Seguro, Recife e Natal, em cuja

    contratação part ic ipam Club 1840,

    Iberojet, Mundovip e Travelplan”,

    acrescenta a referida fonte. Os voos

    serão operados em aparelhos A330 da

    Orbest e da White, e A310, da White e da

    SATA.

    TAP e a TAM deverão estabelecer

    até Julho um acordo de codeshare

    “que se traduzirá no aumento

    signif icat ivo das opções de voos

    oferecidas aos passageiros, bem como na

    interligação do Programa Fidelidade TAM

    e Programa V ic tor ia da TAP”,

    anunc ia ram as t ranspor tadoras em

    comunicado.

    O acordo, precedido por um memorando

    de entendimento, visa aproveitar as

    sinergias entre as respectivas Redes,

    produtos e serviços nas rotas entre o

    Brasil e Portugal. “O acordo permitirá a

    comerc ia l i zação dos voos da TAP

    A

    TAP e TAM vão implementarcodeshare

    real izados entre o Brasi l e Portugal

    (Lisboa, Por to, Faro e Funcha l ) . Já

    pa ra a TAP, a pa r c e r i a envo l v e r á

    dest inos domést i cos operados pe la

    TAM pa ra d i v e r s a s c ap i t a i s de

    Estados e cidades, tais como Belém,

    Manaus , S ão Lu i z , I l h éu s , Po r t o

    Segu ro , Campo G rande , Cu i abá ,

    A r a ca j u , V i t ó r i a , B e l o Ho r i z on t e ,

    Curit iba, Goiânia, Florianópolis, João

    Pessoa, Mace ió , Navegantes , Por to

    A l eg r e e Fo z do I guaçu , en t r e

    outras, além de cidades na América

    do Sul (Buenos Aires, na Argentina, e

    Santiago, no Chi le).

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 9

    Noticiário

  • REVISTA APAVT • ABRIL 200710

    Noticiário

    Rumo a Búzios

    e pequena vila piscatória a um dos

    mais badalados destinos turísticos

    brasileiros, celebrizado pela visita de Brigitte

    Bardot nos anos sessenta, Armação dos

    Búzios cresceu para conquistar um estatuto

    de celebridade tão justo quanto merecedor

    da aposta dos agentes de viagens

    portugueses.

    Entre diversas candidaturas de outros

    tantos pontos do globo, a escolha da

    direcção da APAVT recaiu assim sobre este

    destino, dando resposta afirmativa ao

    empenho das autoridades locais, lideradas

    pelo secretário de Turismo da Prefeitura de

    Búzios, Armando Ehrenfreund, uma das

    personalidades que no próximo dia 10 de

    Maio vai participar na apresentação oficial do

    tema e logotipo do XXXIII congresso nacional

    da associação.

    No mesmo evento são esperados a ministra

    do Turismo do Brasil, Marta Suplicy, e a

    presidente da Embratur, Jeanine Pires, numa

    manifestação de inequívoco apoio ao

    regresso dos profissionais de turismo

    portugueses ao Brasil, país que constitui

    actualmente o mais importante destino de

    D

    “Turismo: Tendências e Soluções” é o tema escolhido para o 32º Congresso Nacional da

    APAVT, fórum que decorre este ano de 2 a 7 de Dezembro em Búzios, destino turístico

    localizado no estado brasileiro do Rio de Janeiro. A aposta na qualidade dos debates e o

    incentivo a realização de mais negócios são as características anunciadas para o mais

    importante fórum do Turismo Português.

    longo curso dos turistas nacionais. Nos

    bastidores da candidatura buziana, longe

    dos holofotes mas sem dar tréguas ao

    esforço de colocação do destino no mapa do

    turista português, está também Octávio

    Martins, o luso empresário que escolheu

    Búzios como destino do seu investimento

    turístico e, mais significativamente, como

    morada quase permanente.

    Localizada a pouco mais de duas horas de

    viagem, por estrada, do Rio de Janeiro, a

    península de Búzios constitui por esta

    circunstância um dos combinados mais

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 11

    Noticiário

    Revista APAVTpublica “Especial

    Búzios”Búzios constitui o tema de um suplementoespecial que a Revista APAVT publicaeste mês, no qual aborda diversosaspectos da oferta do destino escolhidopara a realização do XXXIII CongressoNacional da APAVT.

    adequados à Cidade Maravilhosa. Com uma

    multiplicidade de praias, paisagens e

    actividades que impedem a monotonia do

    visitante, uma animação nocturna que

    desafia os mais sedentários, povoada de

    pequenas unidades hoteleiras de charme e

    restaurantes de reconhecida qualidade,

    Búzios soube assegurar também uma

    resposta técnica adequada à realização do

    congresso.

    TENDÊNCIAS E SOLUÇÕES A DEBATE

    O debate das tendências do Turismo nas

    suas mais variadas vertentes, desde o

    consumo ao modelo de negócio dos

    diferentes players, e as soluções que se

    podem configurar para fazer face aos novos

    desafios, são as linhas mestras do conteúdo

    científico do congresso deste ano.

    Incoming, Operação Turística, Transporte

    Aéreo e o conjunto das actividades que

    constituem a oferta turística são sectores

    que terão expressão neste fórum de debate

    turístico, que uma vez mais aposta na

    qualidade dos seus oradores convidados,

    cujos nomes serão alvo de posterior

    divulgação. Quanto ao modelo escolhido

    para o congresso, a direcção liderada por

    João Passos decidiu manter a linha de maior

    informalismo implementada no ano passado,

    embora recuperando o discurso inicial, “curto

    mas efectivo” segundo o presidente da

    APAVT.

    O recurso a um “key-note speaker” de

    renome para o arranque dos trabalhos é

    outro dado adquirido, assim como o formato

    de debate aberto utilizado na primeira

    sessão, que no entanto vai este ano dar aos

    representantes dos partidos políticos um

    enquadramento que permita maior

    interacção dos e com os empresários.

    NEGÓCIOS EM CIMA DA MESA

    Uma das principais novidades do 32º

    Congresso da APAVT é a realização de

    workshops que visam “sentar à mesa”, em

    momentos diferentes, representantes da

    oferta brasileira com os responsáveis do

    outgoing português e representantes da

    oferta portuguesa com responsáveis do

    outgoing brasileiro.

    Segundo João Passos, “é uma forma de

    reforçar o papel do congresso no

    estabelecimento ou reforço de relações

    comerciais entre Portugal e o país

    anfitrião”. Para assegurar o sucesso da

    iniciativas, a APAVT planeia solicitar a

    colaboração da sua congénere brasileira

    – ABAV – assim como de entidades oficiais

    portuguesas representadas no Brasil,

    caso do Turismo de Portugal. “Há muito

    que o congresso da APAVT é palco de

    negócios à margem dos trabalhos, esta é

    afinal uma forma de reforçar essa mais

    valia”, conclui Passos.

  • REVISTA APAVT • ABRIL 200712

    Com vantagens acrescidas

    APAVT relançaCartão de Associado

    ma nova imagem reflecte

    também um novo conceito. O

    novo cartão da APAVT, relançado

    este mês, não se limita a constituir

    prova da condição de associado mas

    integra também um conjunto de

    benefícios e vantagens exclusivas

    que constituem um valor-

    acrescentado para os seus

    subscritores.

    QUEM PODE SUBSCREVER O

    CARTÃO APAVT?

    “As boas notícias não se esgotam no

    desenvolvimento dos benefícios do

    cartão, mas também pelo facto de

    este poder ser usufruído por

    qualquer funcionário das empresas

    associadas (efectivos e al iados),

    desde que autorizados pelos

    respectivos administradores,

    gerentes ou directores

    responsáveis”, adianta o presidente

    da direcção da APAVT, João Passos.

    Anteriormente l imitado a sócios,

    gerentes, administradores e

    empregados com a categoria

    profissional de 3º Técnico de Turismo

    ou superior, a expansão da

    possibi l idade de subscrição do

    Cartão da APAVT a todos os

    funcionários das agências de viagens

    e outras empresas associadas

    permite, segundo João Passos, “um

    aumento exponencial dos

    destinatários destas ofertas”. Para

    o d i r igente assoc ia t i vo , es te

    aumento do número de utilizadores

    do cartão torna-o também mais

    U

    Descontos em hotéis, restaurantes, rent-a-car e

    cursos, assim como condições privilegiadas de

    acesso a produtos bancários, são alguns dos

    benefícios e vantagens que o novo Cartão da APAVT

    oferece aos seus utilizadores, cujo perfil foi agora

    alargado a todos os funcionários das empresas

    associadas.

    at rac t i vo para as empresas e

    instituições que queiram associar-

    se na o fer ta de cond ições

    vanta josas . “Ma is u t i l i zadores

    conduzem a mais benef íc ios , e

    mais benef íc ios, por sua vez, a

    mais util izadores. Estou certo de

    que es te novo conce i to va i

    vingar”, defende.

    O custo de subscrição do cartão

    da APAVT, nominativo, pessoal e

    in t ransmiss íve l , cu ja va l idade

    decorre até 31 de Dezembro do

    ano em que é emitido, é de dez

    euros. Segundo o regulamento do

    novo Cartão APAVT, no caso de os

    detentores do cartão deixarem de

    fazer parte da empresa através

    da qual o subscreveram, deverá

    este ser devolvido à associação.

    BENEFÍCIOS PARA

    UTILIZADORES E PARCEIROS

    “O con junto de vantagens e

    benef í c ios não va i parar de

    aumentar”, vaticina o presidente

    da APAVT, an imado pe los

    resu l tados dos pr ime i ros

    contactos com diversas empresas

    e inst i tu ições nacionais. “Desde

    que o projecto de relançamento

    do cartão foi lançado, no in íc io

    deste ano, conseguimos já um lote

    muito significativo de ofertas (ver

    caixa), que incluem descontos em

    restaurantes, alojamento, rent-a-

    car e outros produtos e serviços

    que não tenho dúv idas são

    vantagens a que nenhum

    Vantagens do Cartão APAVT(à data de fecho da revista)

    DESCONTOS EM ALOJAMENTO

    · 15% a 25% nos Hotéis Héritage

    · 5% sobre as best available rates nos

    Hotéis Tivoli

    · 35% no Hotel Altis Park

    · 30% no Hotel Sheraton Porto

    · 15% no Hotel Fátima

    · 15% a 25% no Hotel Apartamentos

    Oceanus

    · 15% a 25% no Hotel Apartamentos

    Olhos d’Água

    · 15% nos Hotéis Turim

    · 20% no Hotel Mundial

    · 15% a 25% no Hotel Apartamentos

    Oceanus

    · 35% no Hotel Amoaras Resort (Brasil)

    · 40% no Hotel Meira

    DESCONTOS EM ANIMAÇÃO

    · 20% em jantar e espectáculo no Casino

    Estoril – Salão Preto e Prata

    DESCONTOS EM RESTAURAÇÃO

    · 10% no restaurante buffet no hotel

    Lisboa Plaza

    · 10% no restaurante Estoril Mandarim

    (Casino Estoril)

    · 15% no restaurante Porto Novo

    (H.Sheraton Porto)

    · 10% no restaurante-bar Varanda da

    União

    · 8% no restaurante Tertúlia do Tejo

    · 8% no restaurante Alentejo nas Docas

    · 15% no restaurane Jardim Mundial

    (H.Mundial)

    · 15% no restaurante Varanda de Lisboa

    (H.Mundial)

    · 20% no restaurante Meira (H.Meira)

    DESCONTOS EM RENT-A-CAR

    · 20% no aluguer de viaturas – AVIS rent-

    a-car

    DESCONTOS EM FORMAÇÃO E ESCOLAS

    · Redução (variável) nos preços dos

    cursos da APAVTForm

    · 10% em cursos do INP – Instituto Novas

    Profissões

    · 15% nas propinas e pós-graduações no

    ISLA

    · 15% a 25% em cursos da ADVP -

    Visa associativa

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 13

    associado f icará alheio”, acrescenta.

    Os contactos com potenciais parceiros

    do Car tão APAVT sucedem-se e ,

    segundo fonte dos serv i ços da

    associação “vamos com toda a certeza

    poder apresentar novos benefícios a

    um r i tmo muito e levado, sobretudo

    nestas pr ime i ras semanas”. Em

    negociação, de acordo com a citada

    fonte , es tão acordos que não se

    limitam a empresas turísticas mas que

    abrangem out ros sec tores de

    act iv idade que vêm no car tão uma

    forma vá l ida e e f i caz de se

    Se é funcionário de uma empresaassociada e pretende subscrever o novoCartão APAVT, pode fazer o download doformulário de adesão em www.apavtnet.ptou solicitá-lo no secretariado.Para empresas e instituições, sepretender constituir-se parceiro daAPAVT oferecendo benefícios aosutilizadores do cartão, pode contactar osecretariado da associação através dotel. 21 3552010 ou do [email protected] .

    promoverem junto de uma importante

    aud iênc ia cu ja d imensão potenc ia l

    a t inge u l t rapassa 20 .000

    profissionais. Além de constarem

    na comunicação que a APAVT

    assegura com os utilizadores

    at ravés de c i r cu la res ,

    news le t te rs ou da

    rev i s ta , es tá

    igua lmente prev i s ta ,

    futuramente, a produção

    de um guia de benefícios que

    será d i s t r ibu ído juntamente

    com cada novo cartão.

    Vida associativa

  • REVISTA APAVT • ABRIL 200714

    Incoming

    Portugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doPortugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doPortugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doPortugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doPortugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doTTTTTurismo de Portugal produzido para a Revista APurismo de Portugal produzido para a Revista APurismo de Portugal produzido para a Revista APurismo de Portugal produzido para a Revista APurismo de Portugal produzido para a Revista APAAAAAVTVTVTVTVT. O turista individual e os canais online são. O turista individual e os canais online são. O turista individual e os canais online são. O turista individual e os canais online são. O turista individual e os canais online sãoas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosmercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.mercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.mercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.mercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.mercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.Mercado a mercado, a análise do TMercado a mercado, a análise do TMercado a mercado, a análise do TMercado a mercado, a análise do TMercado a mercado, a análise do Turismo de Portugal.urismo de Portugal.urismo de Portugal.urismo de Portugal.urismo de Portugal.

    REINO UNIDO

    Situação económica favorável, com

    aumento da capacidade financeira das

    famílias. O PIB estima-se atinja 2,7%. A

    taxa de desemprego está estabilizada em

    torno dos 4,7%. As operações dos

    grandes "players" do mercado mantêm-se

    estáveis. A evolução do mercado está

    muito dependente da capacidade para

    influenciar o consumidor final e para o

    posicionamento da oferta nacional em

    novos contextos de mercado - canais

    online e pacote dinâmico com Low Cost.

    NOVAS OPERAÇÕES

    Apesar de se ter registado, no ano

    passado, uma quebra global de um milhão

    de passageiros no mercado britânico de

    pacotes turísticos, prevê-se para este

    Segundo relatório do Turismo de Portugal

    2007: Turismo receptivo emcrescimento

    ano a manutenção da grande operação

    ou mesmo uma "ligeira subida". Holiday

    Options, Personal Touch Hol idays e

    Portreck são operadores com nova

    programação para Portugal.

    CONCORRÊNCIA

    Turquia, Egipto, Tunísia e Marrocos com

    esforço de captação do mercado de

    pacotes britânico. Brasi l , México e

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 15

    Incoming

    Caraíbas tentam captar operações char-

    ter principalmente para a época de

    Inverno. Aproveitando as condições

    cambiais Dólar/Libra, os Estados Unidos,

    em particular Nova Iorque e Florida são

    concorrentes a ter em especial atenção.

    Cabo Verde está a suscitar um interesse

    crescente no mercado e, segundo a

    análise do TP, "dois vectores dominam a

    dinâmica concorrencial: oferta excede a

    procura; concorrência é global e já não

    regional".

    ESPANHA

    O crescimento do PIB deverá abrandar

    este ano, mas mantendo-se ainda assim

    na ordem dos 2,8%. Por outro lado, o

    "crescimento das viagens outbound e das

    condições de acessibilidade a Portugal"

    reforçam o elevado potencial deste

    mercado. O aumento das frequências de

    voos low cost entre Madrid e Barcelona e

    os aeroportos nacionais de Faro, Porto e

    Lisboa são razões para a evolução do

    tráfego de turistas. Destaca-se a

    existência de uma maior procura de

    produtos sofist icados por parte do

    consumidor (golfe, natureza, turismo

    enológico, saúde e bem-estar), bem

    como de destinos mais longínquos

    (Oriente, Américas). Veri f ica-se um

    crescente peso dos canais online.

    NOVAS OPERAÇÕES

    "Para 2007 prevê-se o início da operação

    da Nobel Tours, especial istas em

    individuais e pequenos grupos de alto

    poder aquisitivo".

    CONCORRÊNCIA

    A dinâmica do mercado interno espanhol

    é um dos principais factores de

    concorrência. Por outro lado, também a

    melhoria das acessibilidades aéreas para

    cidades da Europa Central constitui um

    factor concorrencial, designadamente no

    segmento dos city/short breaks.

    ALEMANHA

    Abrandamento ou estagnação no

    crescimento do PIB, mas "dinamismo do

    mercado online, o reforço e peso das low-

    costs no tráfego turístico" e as acções

    desenvolvidas com os

    operadores, levam o TP a

    antecipar "um l igeiro

    crescimento na procura de

    Portugal". Apesar do aumento

    de operações low cost e

    número de hóspedes verifica-

    se diminuição da estada

    média. A anál ise do TP

    destaca também que, "na

    operação tradicional, o

    crescimento de Portugal é

    condicionado pela pouca

    oferta de all inclusive".

    NOVAS OPERAÇÕES

    Estabilização das ligações para Faro e

    Lisboa. "Assiste-se, por outro lado, ao

    constante aparecimento e desapareci-

    mento de operadores onl ine", e "a

    probabi l idade de aparecerem novos

    operadores (não online) a programarem

    Portugal é diminuta pois Portugal já está

    na maior parte dos Operadores e existem

    muito poucos que não programem Portu-

    gal". Crescimento através da evolução da

    operação tradicional, na medida que é

    previsível que a TUI aumente a sua

    operação para o nosso País, pelo

    operador Dertour ter alargado a sua

    programação para Portugal e por ter sido

    concedido um apoio à Ol imar para

    aumentar a distr ibuição dos seus

    catálogos de Portugal na Alemanha.

    CONCORRÊNCIA

    All-Inclusive constitui o maior foco de

    concorrência, na medida em que está

    a c r e s ce r j un t o do s egmen to da s

    famí l ias a lemãs. "E neste segmento

    ex i s t em pa í s e s mu i t o bem

    pos i c i onados : Tu rqu i a , Espanha,

    Eg ip to e Tun ís ia" , a le r ta o TP.

    Alterações às tendências de consumo,

    concre tamente o aumento da

    impor tânc ia das low cos t , que

    potenciam o crescimento do tráfego

    "Se l fness" e "Go lden Age" , o

    desenvolvimento do dynamic packag-

    ing (pacotes dinâmicos) e de "novos

    canais de distr ibuição com reduzida

    in termed iação, ex . In ternet" . O

    aumento constante do segmento de

    cruzeiros é também uma das alterações

    nos hábitos de consumo dos alemães.

    FRANÇA

    "Mercado maduro mas com capacidade de

    crescimento em 2007", resume a análise do

    TP. O cenário conjuntural em França é

    positivo, prevendo-se um crescimento do

    PIB em 2007 na casa dos 2%. De sublinhar o

    aumento significativo do peso do canal

    Internet, reflectindo a crescente tendência

    da organização individual das viagens.

    NOVAS OPERAÇÕES

    Não se perspectivam novidades. A

    análise destaca o reforço de operação

    para o Algarve da Top of Travel, com

    brochura integralmente dedicada à Ma-

    deira. A EuroPauli reforça também, a

    partir de Abril, a sua operação para a

    Madeira. A Mundicolor, que havia

    praticamente abandonado a

    programação de Portugal, retoma este

    ano a edição de uma brochura Espanha e

    Portugal. Também a FRAM, que havia

    diminuído de forma drástica a

    programação de Portugal, retoma este

    ano, oferecendo prioritariamente uma

    programação completa para a Madeira.

    DECRÉSCIMO DE OPERAÇÃO

    A Rev'Vacances, após dois anos

    consecutivos de programação, com

    pouco sucesso, decidiu deixar de propor

    Madeira e Lisboa. A Atlântica Tours -

    pequeno TO regional, abandona

    programação de Portugal. A Lusitânia

    Voyages - Pequeno TO que fazia parte do

    Universo do grupo ES Viagens, foi

    adquirido pela rede Jean carthier Voy-

    ages, e deixou de produzir brochura de

    Portugal. Provavelmente irá aos poucos

    ser integrado na marca Jean Carthier e

    abandonará o seu carácter étnico.

  • REVISTA APAVT • ABRIL 200716

    Incoming

    tentar contrariar as substanciais perdas

    registadas em 2006 através de uma

    campanha forte de reposicionamento

    (imagem degradada de destino barato -

    "all inclusive" e a perder qualidade).

    ESTADOS UNIDOS DA

    AMÉRICA

    Evolução do PIB na ordem dos 3,3%.

    Percepção de Portugal como destino

    seguro representa um "elevado

    potencial" para o mercado dos Estados

    Unidos, adianta o relatório, que também

    refere estar a possibi l idade de

    crescimento das viagens para Portugal

    dependente do aumento da capacidade

    de transporte aéreo regular. A

    circunstância de a TAP estar integrada na

    Star Alliance representa uma mais valia

    para o desenvolvimento do mercado.

    NOVAS OPERAÇÕES

    "Não há alterações signif icat ivas"

    relativamente às operações tradicionais,

    afirma a análise da delegação americana

    do TP, sublinhando ao mesmo tempo que

    a "operação online domina o mercado".

    BRASIL

    Clima de estabi l idade económica e

    desemprego estável, com estimativas de

    crescimento do PIB na casa dos 3,5%. A

    liderança da TAP no tráfego aéreo de

    ligação à Europa, assim como a abertura

    da rota de Brasília contribuem também

    para as expectativas de aumento do

    número de turistas brasileiros em Portu-

    gal. Em contraponto, o TP alerta para a

    previsão de desvalorização do Real este

    ano, que "pode afectar o mercado,

    sobretudo para a Europa". A variação

    cambial face ao dólar, por seu lado,

    favorece o crescimento dos fluxos para

    os EUA.

    NOVAS OPERAÇÕES

    A anál ise da delegação do TP faz

    referência a um reforço sustentado das

    operações para Portugal, salientando

    que existem cerca de 75 operadores,

    "embora com peso reduzido no total de

    fluxos turísticos". Exceptuando a TAP, o

    aumento das operações está porém

    CONCORRÊNCIA

    Marrocos, Tunísia e o Norte de África em

    geral mantêm-se como o primeiro destino

    de programação e venda dos TO's

    franceses, por af inidades culturais,

    estabi l idade, proximidade e forte

    promoção. Espanha - primeiro destino

    dos franceses em absoluto, cada vez

    mais organização directa das viagens e

    menos programação TO's (tal como Por-

    tugal, al iás), forte investimento em

    promoção dirigida ao publico.

    Croácia - Forte aumento nos últ imos

    anos, factor preço. De um modo geral, os

    destinos Low Cost, e de fácil aquisição de

    serviços via Internet, verão

    tendencialmente as suas vendas

    aumentarem. Se forem objecto de

    noticias positivas, estiverem na moda em

    termos de glamour e de eventos, e

    beneficiarem de boas ligações aéreas,

    serão privilegiados pelos franceses.

    DESTINOS EM BAIXA

    Médio Oriente em geral - com destaque

    para a perda do Egipto, apesar de

    investimentos massivos em comunicação,

    devido ao factor insegurança, e questões

    relacionadas com acidentes aéreos.

    Turquia - mesmos aspectos que para o

    Médio Oriente, a que acresce alguma má

    imagem por razões políticas. Apesar de

    forte investimento em promoção, e

    programação importante por parte de

    TO's étnicos.

    Longo Curso em geral (com excepção das

    províncias francesas do Ultramar) - fac-

    tor preço, sobretudo.

    ITÁLIA

    Crescimento estimado do PIB em 1,4%.

    Desemprego estável. "Prevê-se um nítido

    reforço da actividade dos principais

    operadores pa r a Po r t uga l , n a

    sequência do que tem sucedido em

    2006" , des taca o TP, que t ambém

    realça o aumento das operações low

    cost entre os dois países. "Acentua-

    se a preferência pela Internet como

    ponto de compra de viagens", afirma

    o r e l a t ó r i o , r e f e r i ndo t ambém um

    aumento de férias mais frequentes de

    curta duração em consequência das low

    cost.

    NOVAS OPERAÇÕES

    Epcot, Jet Log, Nota Azzurra Sail & Fly,

    Skipper Viaggi, Turistar Viaggi e Turismo,

    Vacanza Portogal lo, Ventura Travel,

    Viaggi tra i Paralleli, 1492'S Travels &

    Services são os novos operadores com

    programação para Portugal apontados

    pelo relatório da delegação do TP em

    Itál ia. A par de nova programação, é

    t ambém e s t imado o r e f o r ço da

    operação t rad ic iona l . A perspect iva

    da abertura de uma nova rota entre

    Milão e Faro e novos voos da Air Ber-

    l in para L isboa (seis por semana) e

    Faro ( t rês por semana) a par t i r de

    Be rgamo , com esca l a em Ma io r ca ,

    c on s t i t u em mo t i v o s ad i c i ona i s d a

    expec t a t i v a de um aumen to de

    tráfego a partir de Itália.

    HOLANDA

    Crescimento do PIB na casa dos 3%, o

    que deverá ter, segundo o TP, um

    "impacto signif icativo no mercado de

    viagens". Aumento dos períodos de férias

    anuais (que deverá contribuir para a

    redução da sazonalidade do mercado) e o

    reforço da operação para Portugal são as

    principais razões apontadas para a

    evolução do tráfego do mercado

    holandês no ano passado. "O dinamismo

    do mercado poderia suportar uma

    operação low-cost Amsterdão-Lisboa e/

    ou Porto", conclui o TP.

    NOVAS OPERAÇÕES

    Retoma de programação para Portugal da

    Olympia, operador que havia deixado de

    vender Portugal em 2001, e operador

    Corendom (especial ista da Turquia)

    programa pela 1ª vez Portugal. A OAD

    estima atingir este ano 30.000

    passageiros para Portugal e a Sunweb os

    17.000 passageirosA TUI alarga a

    programação dos Açores iniciada em Maio

    de 2006. O TP refere ser previsível a

    "continuação do crescimento dos "direct

    sellers" (Jiba / Sunweb, Fox Vakanties,

    Bizz Travel, etc.) e das reservas online

    nos grandes operadores".

    CONCORRÊNCIA

    Para o Verão de 2007, Espanha e Grécia

    deverão continuar a crescer. A Turquia irá

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 17

  • REVISTA APAVT • ABRIL 200718

    condicionado ao facto de as "companhias

    europeias não terem capacidade para

    reforço das rotas actuais", um cenário

    agravado pelo colapso da Varig. O

    tráfego de turistas para Portugal é

    sobretudo originado nas viagens

    individuais, estimando-se que o peso dos

    pacotes se situe nos 10% do tráfego to-

    tal.

    CONCORRÊNCIA

    O principal concorrente dos destinos

    europeus são os Estados Unidos da

    América, que tem reforçado a sua

    presença promocional no mercado

    brasileiro desde o segundo semestre de

    2006.

    IRLANDA

    Crescimento do PIB estimado acima dos

    5%, mais dois pontos percentuais que no

    ano passado. Segundo o TP, a Irlanda

    possui um "elevado potencial de mercado

    resultante do crescimento das viagens",

    destacando também o "potencial de

    crescimento no segmento das viagens

    individuais".

    NOVAS OPERAÇÕES

    Além de não se preverem novas

    operações tradicionais para Portugal, o

    relatório do TP afirma exist ir uma

    "tendência para o decréscimo da

    programação dos operadores,

    compensada pelo aumento das viagens

    individuais".

    CONCORRÊNCIA

    Os destinos concorrentes de Portugal

    mantêm-se sem alterações, a saber:

    Espanha (45% da quota de mercado ),

    Croácia, Malta, Chipre, Turquia, Grécia,

    Tunísia e Egipto. O TP refere que "a

    estrutura dos canais de distr ibuição

    sofreu alterações profundas que

    anularam a distinção clássica operador/

    agente, em que o primeiro elaborava o

    pacote e o segundo o comercializava" e

    também que se renovou a "apetência por

    destinos fora do vulgar (China, Dubai,

    México, etc).

    BÉLGICA

    Crescimento do PIB estimado em 2,4% e

    desemprego estável. De acordo com o TP,

    há que notar que "durante o Verão 2006,

    Portugal, com um aumento de 12%, bem

    como outros destinos da bacia

    mediterrânea beneficiaram fortemente

    da quebra registada para a Turquia, um

    dos principais destinos turísticos dos

    belgas em 'férias de avião' em 2005, a

    seguir à Espanha". A retoma de reservas

    para a Turquia este ano pode constituir

    um travão ao crescimento do turismo

    belga para o nosso País.

    NOVAS OPERAÇÕES

    Operação em 2007 deverá seguir ao

    mesmo ritmo do ano precedente, o TP

    salienta que a Adaggio Tours programará

    os Açores no seu website e que a Focus

    Reizen lançou um programa/brochura

    exclusivamente dedicado aos 'Açores'.

    "Durante o Verão 2007 os membros da

    ABTO (Ass. Belga T.O's) registaram para

    destinos 'sol e praia' da bacia

    mediterrânea um aumento nas vendas de

    'férias de carro', sobretudo para Itália,

    Espanha, Portugal e Sul de França. A

    Alemanha, como destino próximo

    apresentou igualmente bons resultados.

    O aumento de reservas e vendas via

    Internet, sobretudo para destinos

    seguros e próximos, assim como a

    procura crescente de packages "all inclu-

    sive" e dos city breaks, são as mais

    notórias tendências do mercado belga.

    CONCORRÊNCIA

    O ressurgimento dos destinos do Oriente,

    em particular Tailândia e a concorrência

    acentuada nos destinos de 'Longo curso',

    sobretudo para África (aumentou 24%) e

    Ásia (aumentou 26%) são os principais

    factores de concorrência assinalados no

    relatório do TP.

    SUÉCIA

    "Depois de um crescimento estimado do

    PIB de 3,5 em 2006, a previsão para 2007

    aponta para uma redução da taxa de

    crescimento de para 2,4" aponta o

    relatório do TP. O desemprego e a

    inf lação afiguram-se, por seu lado,

    estáveis.

    A recuperação dos destinos asiáticos, em

    particular da Tai lândia, a par da

    "excessiva concentração da operação de

    pacotes (3 operadores controlam 70% do

    mercado neste segmento) e de destinos

    (Açores e Madeira)" estão na base da

    quebra sentida em 2006, prevendo-se

    uma ligeira recuperação este ano.

    NOVAS OPERAÇÕES

    Enquanto alguns operadores apontam

    para o aumento da operação -

    Fritidsresor 10% e Apollo 80% (embora

    com base crescimento pequena) - o

    cancelamento da operação My Travel

    para a Madeira tem um impacto negativo,

    na medida em que representa cerca de

    15.000 pax para o con junto dos

    mercados da escandinávia.

    Apesar deste cenário, o surgimento de

    cerca de uma dezena de novas

    operações "deverá compensar perdas

    e assegurar crescimento do número de

    tur i s tas" , ao mesmo tempo que o

    aumento da estadia média (de 7 para 9

    dias) deverá garantir crescimento das

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 19

    rece i tas ac ima do c resc imento de

    tur i s tas . "A evo lução g loba l do

    mercado es tá dependente do

    comportamento do turista individual nos

    canais on-line, mais imprevisível e mais

    sensível a situações conjunturais",

    remata o TP.

    CONCORRÊNCIA

    Destaque para o ressurgimento dos

    destinos do Oriente, em particular a

    Tailândia.

    DINAMARCA

    Abrandamento no crescimento económico

    (crescimento estimado de 2,3%) e

    estabilidade do desemprego. A previsão

    global aponta para uma estabilidade no

    mercado, com possibi l idade de

    crescimento de f luxos especial izados

    (Golf) e destinos Sol e Mar (Madeira e Al-

    garve).

    A análise refere a suspensão do voo da

    Sterling para Lisboa e o aumento para o

    Algarve, assim como o reforço de

    capacidade da TAP para Copenhaga. Em

    todo o caso, afirma o TP, "a capacidade

    aérea regular deve reduzir-se

    globalmente, ajustando a oferta à

    procura".

    NOVAS OPERAÇÕES

    "Operação estável não se prevendo

    alterações profundas no mercado para

    Portugal", conclui o relatório, destacando

    que a MyTravel (Dinamarca) vai

    novamente programar o Algarve com

    voos charter semanais, a Krone Golf

    Tours e Green2green vão operar mais

    dois voos charter semanais para golfistas

    e a Star Tour perspectiva charter

    semanais para o Porto Santo (Outubro

    2007).

    CONCORRÊNCIA

    "O elevado poder de compra dos

    dinamarqueses estimula o consumo de

    destinos de oferta topo de gama e

    destinos longínquos", adianta o TP, que

    afirma também que continuam a ser

    evitados destinos de inf luência

    muçulmana (efeito da crise dos car-

    toons).

    "Acentua-se a preferência pela Internet

    como ponto de compra de viagens",

    remata o relatório.

    SUÍÇA

    Boas perspectivas de crescimento

    baseadas na consolidação das operações

    e no reforço das l igações aéreas.

    Abrandamento do PIB, que deverá

    situar-se na ordem dos 1,7%. O aumento

    da operação e da capacidade de

    transporte aéreo foram as principais

    causas do aumento de tráfego que se

    verificou no ano passado. As ligações

    aumentaram com o lançamento dos 3ºs

    voos diários a part ir de Zurique e

    Genebra para Lisboa (TAP) e duas novas

    operações da Easy Jet para Lisboa a

    partir de Genebra e Basileia. O número

    actual de voos diários entre Portugal e a

    Suíça é de 11 voos, enquanto que 2004

    eram apenas sete.

    NOVAS OPERAÇÕES

    TUI Suisse e Kuoni apresentam novas

    brochuras só para Portugal. Do lado da

    Suíça francesa a Univair Voyages (Golf e

    Wellness) e Eagle Tours (Lisboa + Al-

    garve) são novidades, enquanto que da

    parte alemã também se registam novos

    operadores a programar Portugal, como

    é o caso da ITS Coop Travel, Globus

    Reisen, Al ltours, Aldi e Tchibo. O TP

    refere que os principais OT's reforçaram

    a programação de Portugal para este ano,

    com destaque para o lançamento das novas

    brochuras exclusivas para Portugal por

    parte da Kuoni e da TUI Suisse.

    "No seguimento da fusão entre os dois

    principais grupos turísticos helvéticos

    (Hotelplan e Travelhouse), os

    respectivos especialistas de Portugal nos

    dois grupos (Sierramar - ex-Falcon Travel

    - e Esco Reisen ), articulam actualmente

    entre si, a estratégia comercial e

    promocional do destino Portugal a

    desenvolver em 2007.

    CONCORRÊNCIA

    Aumento importante do destino Croácia que

    tem investido fortemente em campanhas

    promocionais no mercado suíço e ainda

    aumentos menos significativos em

    concorrentes tradicionais, casos da Grécia,

    Turquia, Tunísia e Espanha .

    Incoming

    aplicações para agências de viagens

    15 anos focados na sua

    eficiênciasimplesmente

    ambroziopara comunicar, e não só...

    dizwaypara comparar, e não só...

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  • REVISTA APAVT • ABRIL 200720

    Incoming

    Este ano sente-se ainda "a consolidação de

    destinos concorrentes no longo curso, os

    quais, apesar de sofrer de uma maior

    volatilidade, têm vindo a adoptar preços

    bastante competitivos, estando novamente

    a ser procurados, com destaque para a

    Tailândia, Maldivas, Flórida e Brasil".

    A importância crescente do canal Internet,

    aliado à utilização de vôos Low Cost, são

    exemplos de alteração dos hábitos de

    consumo na Suíça, refere o TP.

    CANADÁ

    Manutenção de crescimento do PIB acima

    dos 3%. O TP antecipa um aumento

    moderado do número de turistas,

    "condicionado por transporte aéreo e

    variações cambiais".

    NOVAS OPERAÇÕES

    Não se registando novos operadores a

    trabalhar Portugal, o relatório recorda

    que os principais continuam a ser a JM

    Vacations, HL Holidays, Eurosun e Signa-

    ture de Toronto e a Star de Vancouver.

    O operador M imosa do Quebec

    encerrou as portas no início do ano,

    acrescenta. "Para o Inverno de 2007,

    es tá prev i s ta a manutenção das

    capacidades registadas na época de

    Inverno de 2006", remata.

    CONCORRÊNCIA

    Manutenção das tendências actuais.

    Valorização do dólar canadiano

    re l a t i v amen t e ao dó l a r ame r i c ano

    tornou a F lor ida e os dest inos das

    Ca r a í b a s r e l a t i v amen t e ma i s

    compet i t ivos do que a Europa. Este

    ano está prevista uma valorização do

    Eu ro r e l a t i v amen t e a ambos o s

    dó l a r e s e uma de s va l o r i z a ção do

    dólar canadiano face ao americano.

    E l e vada s t a xa s de pene t r a ção da

    In t e r ne t . "Um e s tudo da Expedia-

    Ipsos-Reid para o mercado canadiano

    indica que em 2006, 45% dos canadianos

    efectuou reservas ou compras de

    viagens na Internet comparando com

    38% em 2005".

    ÁUSTRIA

    Abrandamento do crescimento económico

    mas "mantendo-se ainda na ordem dos

    2,1% (PIB)". As previsões do TP para

    este ano apontam para a "possibilidade

    de aumento de tráfego em resultado

    do re forço da operação" . No ano

    passado, o mercado aust r íaco para

    Portugal cresceu cerca de 36,7% em

    termos de hóspedes na hote la r ia ,

    evo lução que resu l tou , segundo o

    relatório, "do reforço da operação e

    aumento da capacidade de transporte

    aéreo (Low Cost)", bem como da

    vitalidade da economia austríaca.

    TRANSPORTE AÉREO

    Em termos de transporte aéreo, a low

    cost NIKI manterá os seus voos diários,

    via Palma (numa parceira com Air Berlin),

    para Lisboa e Porto, a partir de Viena,

    acrescidos de várias partidas de outros

    aeroportos na Áustria como Salzburgo e

    Linz. Planeando um aumento da

    capacidade para Palma, espera-se obter

    um aumento de tráfego também para Por-

    tugal com esta companhia aérea.

    De uma forma geral, o relatório afirma

    que o transporte aéreo sofrerá este ano

    de "um considerável aumento para a Ma-

    deira. Em contrapartida, e mencionando

    reflexões económicas e restrições na

    capacidade a nível de rotas, o grupo Aus-

    trian Airlines, deixará de servir Lisboa em

    voos non-stop".

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 21

    NOVAS OPERAÇÕES

    Em termos de operadores, "os mais

    significativos reforçam a sua capacidade

    para Portugal, incluindo Regiões

    Autónomas, entre eles Blaguss Touristik,

    Jahn Reisen, Neckermann Österreich

    (Thomas Cook), Rhomberg, Ruefa

    Reisen, TUI Austria".

    Alpinschule Innsbruck (ASI) introduzirá

    uma oferta para o Norte de Portugal. O

    Blaguss Tourist ik introduz um novo

    programa para os Açores, a partir de

    Viena, com voos charter non-stop.

    ITS Billa Reisen (grupo REWE) voará para

    também na Primavera 07. TO Stoll Reisen,

    levará a cabo, pela 3ª vez, uma operação

    charter para Portugal continental entre

    Abri l e Maio e, possivelmente, uma

    operação para a Madeira, no Outono.

    CONCORRÊNCIA

    "Pese o mau ano registado para a Turquia

    (partindo de valores elevados) os TO's

    esperam que o público consumidor venha

    a retomar a confiança que depositava no

    destino", refere o relatório. Em termos de

    novas tendências, A Internet é cada vez

    mais utilizada, não chegando, contudo,

    na Áustria aos 3%. Para os austríacos

    existem importantes cr itér ios para

    compra de pacotes turíst icos nas

    agências de viagens: comodidade,

    segurança, garantia e o preço. A internet

    ganha, por certo, significado como fonte

    de informação.

    Viaja-se mais vezes mas por mais curtos

    períodos. Regista-se um trend para voos

    baratos e alojamento luxuoso (caro). O

    intermédio desmorona-se. Existem os

    cl ientes de "massas" e aqueles com

    necessidades de viagens individuais.

    Prevê-se que as agências aumentem

    significativamente a sua cadeia de filiais

    para, através da mesma, estarem mais

    perto do cliente. A curto prazo conta-se

    Incoming

    Portugal (Faro) a partir do Verão 2007 e

    Jahn Reisen (grupo REWE) terá novos

    voos para Faro.

    Prima Reisen com a introdução dum

    programa para a Madeira no seu catálogo

    "Isola". Na Primavera de 2007 terão lugar

    3 operações charter dir igidas ao

    segmento 50+: - TO Eurotours (grupo

    Oesterreichisches Verkehrsbuero) com

    uma operação de relevo para a Madeira,

    na Primavera 07, após realização duma

    operação Área de Lisboa na Primavera

    2006. TO Moser Reisen com operações

    para destino Lisboa e Fátima, e Madeira,

  • REVISTA APAVT • ABRIL 200722

    com um aumento de 3,2% dos "outlets",

    dos actuais 2.500 para 2.600 em 2008.

    POLÓNIA

    O crescimento do PIB deverá rondar os

    3,8%. No ano passado o turismo deste

    mercado emergente cresceu cerca de

    56% em número de hóspedes na

    hotelaria portuguesa, uma evolução que

    o TP atribui ao "crescimento económico e

    aumento efectivo do poder de compra"

    na Polónia. O relatório considera existir

    um "elevado potencial do mercado

    resultante do crescimento das viagens

    outbound" e a possibi l idade de

    crescimento das viagens para Portugal

    está dependente do aumento da

    capacidade de transporte aéreo regular e

    charter, "a preços competit ivos",

    acrescentando que a capacidade

    disponível apresenta elevada taxa de

    ocupação.

    NOVAS OPERAÇÕES

    A Varsavolo tem nova oferta para Portu-

    gal Continental e Madeira (Segmento

    MICE), a Tui Polska, nova oferta para

    golfistas - Portugal Continental, a Air

    Tour Cracow e a Alco Tours Kafarski para

    Madeira e Açores (Segmento MICE).

    O operador Lido também apresenta nova

    oferta para Portugal Continental -

    programação de "sol e praia", assim

    como a Mega Travel. A Alfa Star tem

    nova oferta para Portugal Continental

    (Operador de grupos) . Numa

    apreciação global, o relatório afirma

    que existe na Polónia uma "tendência

    clara para o crescimento e sofisticação

    da oferta dos operadores para Portu-

    gal , com o progressivo alargamento

    dos produtos".

    CONCORRÊNCIA

    Mercado em crescimento exponencial,

    atraído primariamente por destinos

    desenvolvidos na proximidade

    (Alemanha, Áustr ia) e pelos países

    vizinhos (Hungria). Aumento e

    sofisticação das viagens.

    REPÚBLICA CHECA

    Economia com projecções de crescimento

    do PIB na ordem dos 4,5%. Aumento

    efectivo do poder de compra conduz

    a um aumento do número de viagens

    Incoming

    outbound, pelo que o relatório do TP

    considera este mais um mercado com

    "elevado potencia l" . O aumento das

    f r equênc i a s da TAP pa ra P raga

    t ambém é apon t ado como f a c t o r

    re levante .

    NOVAS OPERAÇÕES

    Este ano registam-se novas operações

    dos OT's Voma de Trebic, Fede de Praga e

    Spark, afirma o relatório, acrescentando

    exist ir uma clara tendência para o

    "crescimento e sofisticação da oferta dos

    operadores para Portugal".

    CONCORRÊNCIA

    Mercado muito concentrado nos destinos

    próximos e mais baratos: Croácia,

    Eslováquia, Itál ia, Grécia, Áustr ia,

    Alemanha, Espanha, França, Egipto e

    Tunísia.

    Em t e rmos de t endênc i a s , o

    documento produz ido pe lo inst i tuto

    Turismo de Portugal refere uma maior

    " s o f i s t i c a ção da p r o cu r a " e o

    su rg imen to de " novo s s egmen to s

    potenciais consumidores de produtos

    de ma i o r v a l o r (Go l f e So l e Ma r

    upscale p.ex.)".

  • REVISTA APAVT • ABRIL 200724

    Entrevista

    Considera que o acordo com aAPAVT em vigor representa ummodelo vencedor e fala dolançamento de um Portal ondea colocação de tarifasexclusivas depende de umeventual acordo com o Galileo.Em entrevista à Revista APAVT,o vice-presidente da TAP, LuizMór, explica também aimportância da aposta nas rotasdo Brasil, do negócio com aPGA e o impacto das Low Costs.

    Luiz Mór:

    "O Agente de Viagens é umaliado natural da TAP"Entrevista: Paulo Brehm · Fotos: Rafael G. Antunes

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 25

    Entrevista

    Como interpreta o crescimento das

    vendas TAP pelos AV's portu-

    gueses?

    É a confirmação do acerto da política que

    a APAVT e a TAP seguiram nos últimos

    anos. Estamos a viver a concretização de

    uma ameaça que está no horizonte há

    muito tempo - a da invasão das Low

    Cost´s em Portugal - e no entanto o BSP

    do ano passado e dos primeiros meses

    deste ano confirma um crescimento do

    mercado da aviação tradicional, da venda

    através das Agências de Viagens (AV's),

    e da TAP, que cresce inclusive mais que o

    mercado, aumentando o seu share.

    E ainda há espaço para crescer

    mais em Portugal?

    A TAP tem crescido mais com as vendas

    fora de Portugal e o índice de crescimento

    da TAP é maior do que a capacidade do

    mercado português. Temos um share

    muito grande, a possibi l idade de

    crescermos depende sobretudo da

    economia portuguesa.

    Que análise faz da forma como

    cresceram as vendas pelos AV's?

    Crescem, mas crescem menos em flight

    coupons que em receita. O crescimento é

    maior no intercontinental, mais nas

    tarifas mais elevadas que nas baixas. E a

    TAP tem oferecido ao mercado tarifas

    cada vez mais baixas como forma de

    competir com as Low Cost's no intra-

    europeu. Isso não chega a ter um

    impacto muito grande na tarifa média mas

    o mix de receita mudou. O crescimento da

    receita das AV's em Portugal também se

    deve por isso à actuação da TAP ao

    colocar no mercado mais oferta de inter-

    continental.

    Estão então boas as relações com

    os AV's?

    As relações sempre foram excelentes. O

    desafio é adequar ou al inhar os

    interesses, ver o que é bom para um e

    para outro. O novo modelo funcionou

    muito bem até agora.

    É previsível que venha a ser

    alterado?

    Só iremos mexer nele, tanto nós como as

    AV's teremos interesse em mexer nele, na

    medida em que o mercado exija que

    façamos uma evolução. Não vejo nada

    num horizonte imediato que obrigue a

    mexer.

    O que poderá provocar essa

    necessidade?

    O novo modelo foi implementado e é um

    modelo vencedor. Mas poderemos ter

    necessidade de ver novos modelos,

    porque nunca podemos garantir nada no

    futuro. A Europa inteira está com

    comissão zero ou 1%, que é o nosso

    caso, e o modelo de remuneração das

    AV's está definido e foi feita a transição

    de uma forma tranquila para as AV's, com

    estas a manter a margem ou até, em

    muitos casos, a melhorar.

    Qual e a percentagem de vendas

    através dos AV's em Portugal?

    Em Portugal mantém-se em torno de 80 a

    85%. É um canal muito importante.

    Estavam preparados para esta

    concorrência das Low Cost's?

    Sabíamos do impacto e estávamos

    preparados para ele. A velocidade do

    crescimento da oferta em Portugal é que

    realmente é algo que nos impressiona. E

    o que vem aí pela frente ainda mostra

    que irá crescer mais.

    Isso vai levar a que adoptem uma

    política tarifaria mais agressiva?

    Já temos uma política mais agressiva.

    Existem tarifas extremamente agressivas

    hoje e essa continuará a ser a tendência

    para o futuro.

    E essas tarifas são acessíveis aos

    AV's?

    Todas. Esse é um dos detalhes da nossa

    política, que é diferente em Portugal do

    que no resto da Europa. Pretendemos

    reduzir ainda mais custos para poder

    aumentar o número de tarifas reduzidas,

    exclusivamente através do canal

    Internet mas que estarão disponíveis aos

    AV's.

    Através de um Portal que tem sido

    sucessivamente adiado. Porquê?

    Por uma questão de desenvolvimento

    técnico. Temos algumas dificuldades com

    a IATA para um recurso que precisá-

    vamos mas já esta resolvido e por isso o

    Portal deve acontecer ainda este ano.

    Até ao final do ano deve sair.

    Com ou sem acordo com o Galileo?

    Cheguei a pensar que íamos chegar a um

    acordo mas o Gal i leo tem adiado

    sucessivamente essa decisão e portanto

    já estou inseguro se vai ou não

    acontecer. Ou temos uma acordo com o

    Gali leo que reduza os custos de

    distribuição, ou então devemos lançar no

    portal tarifas mais baixas para combater

    as Low Cost's. Essas tarifas precisam

    estar à disposição dos AV's também

    através do GDS, mas isso encarece o

    produto todo e acaba não sobrando

    tarifa nenhuma. Na verdade, toda a

    receita vai ser absorvida na distribuição.

    Precisamos reduzir esse custo (do GDS)

    para poder manter a nossa política de

    disponibilizar tarifas iguais em todos os

    canais. Esse é o esforço que estamos a

    fazer.

    Esta é uma questão específica de

    Portugal?

    Fazer o que outras empresas fazem, ou

    mesmo o que a TAP já faz noutros

    mercados em que disponibiliza tarifas

    exclusivas pela Internet, é fácil. Isso já

    fazemos em diversos mercados

    Estamos a viver a concretização

    de uma ameaça que está no

    horizonte há muito tempo - a da

    invasão das Low Cost´s em

    Portugal

    Não vejo nada num horizonte

    imediato que obrigue a mexer

    (no modelo acordado com a

    APAVT).

  • REVISTA APAVT • ABRIL 200726

    Entrevista

    europeus, por exemplo em Inglaterra

    onde temos tarifas exclusivas directo ao

    consumidor na Internet. De toda a nossa

    venda em Inglaterra 20% é feito já pela

    Internet. É um mercado diferente em que

    temos um comportamento diferente.

    Qual a percentagem de vendas pela

    Internet em Portugal?

    Devemos vender pela Internet alguma

    coisa como 5%.

    Havendo acordo com o Galileo o

    Portal avança?

    O portal avança independentemente

    disso. A negociação com o Galileo pode

    definir se vamos ter ou não tarifas

    exclusivas lá. De qualquer maneira o por-

    tal avança porque se chegarmos a acordo

    com o Gali leo e não tivermos tarifas

    exclusivas no portal, ou seja todas as

    tarifas estarão disponíveis no GDS,

    mesmo assim iremos usar o portal para

    algumas coisas como por exemplo os

    AD's, algumas tarifas especiais de

    operadores, alguns grupos, coisas mais

    especif icas. É preciso ter esse

    instrumento como uma forma de

    incentivar o GDS.

    Para quando prevê a conclusão das

    negociações?

    Espero seja rápido. Ou este ano vamos

    lançar tarifas exclusivas pela Internet. É

    uma inevitabilidade, eu tenho de ter isso

    para ter condições de competir com as

    Low Cost's.

    Como têm evoluído as vendas

    através da Internet em Portugal?

    Já foi bem menos que 5%. Há alguns

    anos era menos de 1%. A penetração das

    Low Cost's, basicamente da Ryanair e da

    easyJet, que são as maiores e que

    vendem exclusivamente pela Internet,

    educam e empurram o consumidor para a

    Internet. O consumidor, uma vez que

    esteja na Internet para procurar tarifas

    low cost, acaba por entrar nos outros

    portais disponíveis, de agências de

    viagens ou companhias aéreas até para

    comparar. Porque A Internet tem uma

    grande vantagem que e comparabilidade

    e uma grande desvantagem que e a

    comoditização. Transforma tudo numa

    simples questão de preço. Ao empurrar o

    consumidor para a Internet, aumenta a

    procura pelo nosso site que é o que

    aconteceu em Inglaterra. Não chegamos

    a 20% nas vendas pela Internet em

    Inglaterra por termos feito um grande

    investimento.

    Estar onde estão os clientes...

    A tendência de uma parte do mercado ir

    para a Internet para tarifas simples,

    ponto a ponto, no intra-europeu, é muito

    grande e deve continuar. O que

    queremos é a maior fatia de participação

    de vendas nesse canal. Daqueles que

    estão lá. Não estamos a fazer promoção

    off-line para empurrar o passageiro para

    o online, porque não tenho nenhuma

    vantagem nisso. No mundo off-line em

    Portugal tenho uma vantagem

    competitiva imensa que é a nossa relação

    com os agentes de viagens. Portanto eu

    prefiro que o passageiro permaneça no

  • REVISTA APAVT • ABRIL 2007 27

    Entrevista

    mundo off-line porque o AV é um aliado

    natural da TAP. No mundo onl ine a

    competição é muito mais acirrada. Mas

    tenho de estar lá, e tenho de estar lá de

    uma forma muito eficiente.

    Essa agressividade na Internet não

    baixa a tarifa média?

    A tarifa média da TAP cresceu em 2006, e

    cresceu apesar de disponibilizarmos mais

    tarifas baixas do que antes. Porque

    crescemos muito no intercontinental, com

    novos aviões e novos voos. Porque

    existe uma maior maturidade da nossa

    entrada na Star Alliance que se deu em

    2005. em 2006 começa a aparecer de

    uma forma muito forte a venda dos

    nossos parceiros todos pelos voos da

    TAP. E essa venda tem sido feito em

    tarifas melhores, em tarifas mais premium

    e muita classe executiva. E depois o

    fenómeno do Brasil. A venda no Brasil

    cresceu 78% em 2006 e tem uma tarifa

    média maior porque temos lá um melhor

    aproveitamento de classe executiva.

    O crescimento da receita passa por

    aí...

    Precisamos de uma executiva cada vez

    melhor, cada vez mais tarifas premium,

    precisamos no interior europeu de voos e

    passageiros de ligação para permitir que

    no resto do avião possamos introduzir

    tarifas mais baixas e competir com as Low

    Cost's. É por isso que preciso crescer no

    intercontinental, onde temos hoje um

    load factor muito elevado. Para crescer

    mais no tráfego intra-europeu preciso

    também vender mais no intercontinental.

    Que peso têm os passageiros de

    ligação para o Brasil?

    Já têm um peso importante e tende a

    crescer porque nos posicionamos no

    Brasil como uma empresa para a Europa e

    não só para Portugal. E esse mercado é

    muito maior. O mercado de passageiros

    brasileiros para a Europa, que cresceu

    28% este ano, é um mercado de cerca de

    mil milhões de dólares por ano. O

    mercado para Portugal é uma pequena

    parte disso. Então é atrás desse mercado

    de mil milhões que é vendido todo o ano

    no Brasil que nós estamos.

    Qual o share que têm no Brasil?

    Tínhamos 15% em 2005 e no ano passado

    21% do mercado brasileiro para a Europa

    já estava na mão da TAP. E tende a

    crescer porque já este ano aumentámos

    a oferta.

    Qual o peso desses passageiros no

    total de vendas?

    14% da receita da TAP é gerada no

    Brasil. Como 33% da receita da TAP é

    gerada em Portugal, podemos dizer que a

    receita gerada no Brasi l está se

    aproximando da metade da receita

    gerada em Portugal.

    A maioria dos passageiros é de

    ligação?

    Hoje mais da metade é um passageiro que

    vai além de Portugal. Só que cada vez

    mais esse passageiro fica em Portugal, na

    ida ou na volta. Para a TAP é importante,

    para Portugal é importante que ele fique,

    portanto incentivamos que ele fique,

    oferecendo diárias de hotel, facilitando.

    Vou continuar com parcerias com a

    hotelaria de Portugal, não só Lisboa como

    no Porto.

    Há quem afirme estar a criar-se

    uma dependência excessiva do

    Brasil...

    O Brasil tem um mercado que nunca parou

    de crescer e estamos a viver um momento

    de grande expansão do tráfego entre o

    Brasil e a Europa. Estamos no Brasil

    porque existe esse mercado de

    passageiros brasileiros que viajam para a

    Europa, que vale alguma coisa como mil

    milhões de dólares por ano. O mercado da

    Europa para o Brasil também existe e é

    importante, embora seja mais complexo

    porque temos de competir em cada um

    desses países. É um mercado que era

    naturalmente para o sudeste, de busi-

    ness. Desenvolvemos um novo mercado

    que é o do nordeste e estamo-nos a

    preparar para desenvolver o centro

    “Ou temos uma acordo com o

    Galileo que reduza os custos de

    distribuição, ou então devemos

    lançar tarifas mais baixas (na

    Internet) para combater as Low

    Cost's.”

    “A Low Cost está a substituir

    fortemente o charter.”

  • REVISTA APAVT • ABRIL 200728

    Entrevista

    Existe uma tendência

    inexorável no sentido do

    desempacotamento.

    oeste e o norte brasileiro no futuro. Não

    adianta pegar no mapa mundo e dizer

    'vamos para aqui para não f icar

    dependendo do Brasil'. Porque estamos

    sempre a depender e somos sempre

    ameaçados em qualquer lugar que

    estejamos, inclusive no transporte entre

    Lisboa e o Funchal. Quer