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REVISTA APAVT • JUNHO 2006 1
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REVISTA APAVT • JUNHO 20062
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REVISTA APAVT • ABRIL 2007 3
Caros Amigos,
Terminado que está o primeiro trimestre de 2007, novamente tenho o prazer de vir à vossa presença,
abordando alguns temas que me parecem importantes para a nossa actividade.
Em primeiro lugar, e depois de observar o comportamento do mercado nestes 3 primeiros meses,
vejo com satisfação que o mesmo está com tendência de crescimento, tanto a nível de vendas BSP,
como de vendas de lazer. Também o incoming se mostra optimista, com índices de ocupação
interessantes, pese embora o facto do RevPar não acompanhar proporcionalmente esses aumentos.
A operação Páscoa, teve o êxito esperado, tanto a nível de outgoing como de incoming, já que os
operadores esgotaram na prática os seus programas, sobretudo pacotes de longo curso,
aparecendo de novo o Brasil como o principal destino de eleição dos portugueses que compram
este tipo de programas. A nível interno, também as ocupações foram muito altas, com especial
destaque para o Algarve, que em alguns casos chegou muito perto dos 100%.
Contudo, e porque a experiência assim me ensina, não posso entrar em euforias antecipadas, até
porque, o que se passou no ano passado, exemplifica a volatilidade do nosso mercado. Há no
entanto o sentimento de que 2007 será provavelmente melhor do que 2006. Esperemos que assim
aconteça.
Posto isto, gostaria de me debruçar um pouco sobre o tema Aviação: praticamente todas as
companhias de voos regulares, informam que tem havido crescimento das suas vendas, vendas
essas efectuadas na sua quase totalidade através dos Agentes de Viagens. A conclusão mais que
evidente é a importância que os mesmos representam para as Companhias, apresentando-se como
os distribuidores do seu produto por excelência, bem como a importância que o transporte aéreo
continua a ter para os Agentes de Viagens. Mais uma vez fica aqui demonstrado que o binómio
Transporte Aéreo/Agente de Viagens é fundamental para o negócio do Turismo em Portugal.
E mais interessante se torna, quando constatamos que também as chamadas Companhias Low-Cost
anunciam aumentos de passageiros transportados de e para Portugal.
E é devido à sua importância, que o transporte aéreo tem que cada vez mais se reger por regras bem
claras, evitando criar qualquer espécie de desconfiança ao consumidor final: daí, o aplauso da
APAVT para as novas regras de transparência relativas à apresentação dos preços finais que foram
aprovadas, e que, certamente, ajudarão os Agentes de Viagens a um melhor esclarecimento junto
dos seus clientes. Temos que ter sempre em mente, que o foco principal da nossa actuação é o
consumidor.
Mudando de assunto, não posso deixar de referir que, após várias reuniões com o Presidente do TP,
foi anunciado pelo Governo ter sido aprovada a nova Lei das Agências de Viagens, após três anos
de espera. Em devido tempo a APAVT apresentou as suas propostas, que foram discutidas, e é com
expectativa que aguardamos a publicação do seu texto completo, esperando que o mesmo reflicta
aquilo que transmitimos, dando resposta aos justos anseios do sector.
Quero ainda, e porque se trata de um assunto que muita tinta têm feito correr, abordar a OTA.
Já no Congresso realizado em Maputo, a APAVT, através do discurso de seu Presidente Vítor Filipe,
marcou a sua posição, ao afirmar que não havia então argumentos bastantes que demonstrassem a
bondade da decisão da construção do novo aeroporto na OTA.
Afirmámos ainda que, se a decisão política já tinha sido tomada, tornando-a portanto irreversível,
havia que acompanhar a mesma de variadas medidas, que não prejudicassem o sector de Turismo
em geral, e o de Lisboa em particular.
O que se passa actualmente acaba por nos dar razão: a esgrima permanente de novos argumentos,
pró e contra a localização do novo aeroporto, acaba por ter efeitos nefastos na opinião pública,
causando natural desconfiança sobre as verdadeiras intenções e necessidade de tal construção.
E no meio de toda esta turbulência, mais uma vez não são ouvidos, como não foram desde início,
os empresários do sector, afinal aqueles que realmente têm mais interesse em que as coisas sejam
rápida e totalmente esclarecidas.
Mais uma vez a prática institucional não corresponde à teoria inúmeras vezes propalada " O Turismo
é um Desígnio Nacional "…
Um forte abraço,
João Passos,
Presidente da Direcção da
APAVT
“Foi anunciado pelo
Governo ter sido aprovada
a nova Lei das Agências de
Viagens, após três anos de
espera. Em devido tempo a
APAVT apresentou as suas
propostas, que foram
discutidas, e é com
expectativa que
aguardamos a publicação
do seu texto completo,
esperando que o mesmo
reflicta aquilo que
transmitimos. ”
Mensagem do Presidente
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REVISTA APAVT • ABRIL 20074
REVISTA APAVT
Director Editorial:
Paulo [email protected]
Redacção:
Catarina Delduque, Guilherme Perei-ra da SilvaTel. 21 3142256 / Fax. 21 [email protected]
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Diogo Vaz Guedes, Eduardo Oliveira,
Mónica Freilão, Pedro Moita, Ricardo
Gonçalves, Rui Martins
Fotografia:
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arquivos APAVT
Edição Gráfica e Layout:
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Publicidade:
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3.000 exemplaresDistribuição: APAVT
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APAVT-Associação Portuguesa dasAgências de Viagens e TurismoRua Duque de Palmela, 2-1º Dtº1250-098 LisboaTel. 21 3553010 / Fax. 21 [email protected]
Reg. no ICS como nº 122699
Presidente da Direcção:
João Passos
Director Imagem e Comunicação:
Frédéric Frère
Conselho Editorial:
João Passos, Frédéric Frère, João
Luís Moita, Filipe Machado Santos,
Rui Colmonero, Paulo Brehm
Nota do Editor: Os artigos de
opinião são da responsabilidade
exclusiva dos seus autores.
REVISTA APAVT Nº6 • II SÉRIE • ABRIL 2007
CAPA
“O Agente de Viagens éum aliado natural daTAP”O vice-presidente da TAP fala do acordo em vigor coma APAVT, do Portal que vai lançar este ano, daimportância da aposta nas rotas do Brasil, do negóciocom a PGA e o impacto das Low Costs, entre outrostemas. Pág. 18
Incoming:
Turismo receptivo
NOTICIÁRIO Pág. 5
A PALAVRA AO JORNALISTA
“Portugal é o país do Eusébio, do Figo, do
Mourinho e, mais recentemente, de Cristiano
Ronaldo... Porque não fazer o
aproveitamento destas figuras para o
Turismo, pergunta Mónica Freilão, jornalista
da Agência Financeira. Pág. 10
ANÁLISE APAVTFORM
“Do e-Marketing ao e-Business”
Os recentes desenvolvimentos no campo das
Tecnologias de Informação e Comunicação vieram
também revolucionar a actividade do Turismo,
gerando novos modelos de negócio. Pág. 27
ANÁLISE DELOITTE:
Hotelaria de Lisboa
continua a baixar
preços!
A hotelaria em Lisboa
continua a apresentar
indicadores inferiores aos de
Madrid e Barcelona e a capital portuguesa foi
a única entre as principais cidades ibéricas
que não registou uma evolução positiva dos
seus preços médios em 2006.
Pág.34
INDEX DE BROCHURAS Pág.38
CALENDÁRIO DE FEIRAS
E WORKSHOPS Pág.42
SERVIÇOS EXCLUSIVOS
As vantagens de ser membro da APAVT...
Pág. 44
ÚLTIMA PÁGINA
“Continuamos a falar muito e fazer pouco e o
grande desafio é o oposto: fazer mais e falar menos
apostando em qualida-de e mantendo uma visão
cada vez mais internacional” afirma Diogo Vaz
Guedes, Presidente da Somague, relativamente
ao Turismo Português.
APAVT relança Cartão de Associado
em crescimentoPortugal deverá registar este ano umcrescimento do seu turismo receptivo,aponta um relatório do Turismo de Portugal produzido para a Revista APAVT queapresenta uma breve análise dos diferentes mercados emissores.
Pág. 24
Descontos em hotéis, restaurantes, rent-a-car ecursos, assim como condições privilegiadas deacesso a produtos bancários, são alguns dosbenefícios e vantagens que o novo Cartão da APAVToferece aos seus utilizadores.
Pág. 28
Pág.50
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REVISTA APAVT • ABRIL 2007 5
Noticiário
editorialendo o principal parceiro de negócio das
agências de viagens portuguesas, e sem
dúvida um dos mais importantes players do
Turismo nacional, a TAP é naturalmente uma
empresa que suscita sempre o maior interesse por
parte de todos os profissionais do sector e do
público em geral. Não surpreende, assim, que na
primeira edição da Revista APAVT, em Maio de
2002, a também primeira entrevista tenha sido ao
vice-presidente da transportadora, Luiz da Gama
Mór. Na época as agências ainda eram
remuneradas através de comissões, a sua
substituição por um fee de emissão estava apenas
em ponderação e Luiz Mór afirmava não ser
coerente a agência de viagens dizer que ganhava
pouca comissão e no entanto repassa-la aos
clientes. Lembrava também que a TAP era uma
empresa que tinha prejuízos imensos e que tinha
pela frente um longo caminho de recuperação.
Cinco anos volvidos muito se fez, muito mudou,
muito se escreveu e Luiz Mór volta a ser o
entrevistado principal da nossa revista. A TAP
desenvolveu o conceito de hub em Lisboa,
aumentou a frota, o número de voos, o número de
passageiros, a rentabilidade aumentou e chegou
aos lucros. Pelo caminho as comissões
praticamente desapareceram, sacrificadas à
redução dos custos de distribuição e substituídas
pelo fee, num processo acordado com a APAVT em
simultâneo com a transformação dos agentes de
viagens em consultores. Na entrevista desta
edição os temas principais são outros: a "invasão
das Low Cost's" e o lançamento de tarifas
exclusivas na Internet. Em comum com a anterior,
o facto de os agentes de viagens portugueses
continuarem a ser o principal canal de distribuição
do produto TAP, com praticamente o mesmo peso
nas vendas, e também o de existir pela frente
mais uma série de desafios que, estou certo, a
APAVT e a TAP saberão em conjunto ultrapassar.
Num outro registo, uma análise feita pelo Turismo
de Portugal para a nossa revista dá conta que
Portugal deverá ver crescer, este ano, o número
de turistas estrangeiros, especificando mercado a
mercado qual a evolução prevista. Por outro lado,
a Deloitte alerta para o facto de a hotelaria de
Lisboa continuar a baixar preços. "Do e-Marketing
ao e-Business" é outro dos temas de análise na
revista, resultante do primeiro seminário
organizado pela APAVTForm e as principais
novidades da edição são a escolha de Búzios como
o local de realização do congresso deste ano, sob
o tema "Turismo: Tendências e Soluções" e o
relançamento do Cartão de Associado da APAVT,
que oferece aos seus utilizadores um conjunto de
vantagens e benefícios que valem bem a pena
conhecer, incluindo a oferta de assinatura da
Revista APAVT.
Boas leituras e melhores negócios.
s
Paulo Brehm
Alteração à Lei dasAgências de Viagens
O Governo emitiu, a dia 12 de Abril, um comunicado no qual
dava conta da aprovação, em Conselho de Ministros, de
alterações à Lei das Agências de Viagens.
A direcção da APAVT não tem conhecimento do texto final,
apenas dos princípios que parecem estar subjacentes ao
diploma, resumidamente referidos no comunicado.
O anunciado reforço da protecção do consumidor, em moldes
equilibrados, merecerá o apoio incondicional da APAVT. Do
mesmo modo a desburocratização de processos e a clareza
nas competências e relacionamento das act iv idades das
agências de viagens e de animação turística que são, desde
há muito, princípios que a APAVT defende e em relação aos
qua i s , nos contac tos que manteve com o Governo
re lat ivamente à a l teração da Le i , apresentou d iversas
propostas, merecerão o nosso apoio. Em todo o caso, e em
benefício do rigor intelectual, a APAVT reserva qualquer
comentário ou apreciação para quando tiver conhecimento do
texto integral do referido Decreto-Lei.
APAVT assina protocolocom Turijobs.pt
A APAVT assinou um protocolo de colaboração com a
Turijobs.pt, que visa criar condições para os associados
poderem aceder a este portal de emprego no turismo de
modo preferencial, para uma mais fácil e eficiente pesquisa
de profissionais, adequados às respectivas necessidades
de recrutamento.
No âmbito do protocolo a Turijobs.pt proporciona um
desconto de 10% para as actividades que as empresas
associadas venham a realizar junto de Turijobs.pt, como
se jam anúnc ios s imp les ou em des taque , pacotes
personalizados e exclusivos, entre outras iniciativas. A
Turijobs.pt coloca também à disposição dos associados da
APAVT a inserção gratuita de três anúncios simples, a
utilizar até 6 meses após a inscrição da empresa no portal
on-line de emprego, assim como a possibilidade de colocarem
os seus anúncios nos restantes portais internacionais de
modo a aumentar a eficácia do recrutamento. O texto
integral do protocolo pode ser consultado no website da
APAVT em www.apavtnet.pt.
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REVISTA APAVT • ABRIL 20076
Noticiário
Turismo de Portugal eAeroportos criam modelo para
promoção de novas rotasonstituir um modelo de parceria
públ ica/privada para o
desenvolvimento de novas “l igações
aéreas de interesse turíst ico” é o
objectivo de um protocolo assinado entre
o Turismo de Portugal e a ANA e ANAM,
empresas responsáveis pela gestão dos
aeroportos portugueses.
O protocolo, dotado de um orçamento de
17 milhões de euros, a atribuir pelo
período de cinco anos, constitui uma
“plataforma comum de meios para a
promoção e o marketing dos destinos
nacionais nos países, cidades e regiões
que passem a dispor de l igações
regulares para Portugal”, expl ica um
comunicado emitido em conjunto pelos
signatários, acrescentando que o
objectivo é melhorar as acessibilidades,
aumentar a corrente de fluxos turísticos,
captar novos segmentos da procura e
reforçar a imagem e notoriedade de Por-
tugal nos mercados de origem.
Os aeroportos contemplados no
C
documento são os de Lisboa, Porto, Faro,
Ponta Delgada, Funchal e Porto Santo e o
sistema é composto por contribuições
financeiras destinadas a campanhas de
promoção e marketing turístico a definir
com as companhias aéreas e/ou
operadores turíst icos que estejam
interessados em operar em novas
ligações aéreas directas e regulares.
“Para tal, está prevista a possibilidade de
adesão de outras entidades públicas e
privadas, nomeadamente hotéis,
agências de viagem receptivas e demais
empresas no sector turíst ico,
directamente ou através de entidades em
que se encontrem associadas e que
sejam relevantes no ajustamento das
iniciativas de promoção e marketing aos
interesses do destino”, refere o
comunicado. O protocolo prevê também a
atribuição de prémios às transportadoras
que ultrapassarem o volume de
passageiros/ano previsto no plano de
negócios acordado.
TAP apela àcolaboração dos
passageirosPara melhorar os níveis depontualidade, a TAP está a apelar àcolaboração dos seus passageiros parao cumprimento dos horários de check-in e apresentação na porta de embarque.“Recorde-se que o check-in é iniciadotrês ou duas horas antes da hora departida conforme se trate de voosintercontinentais ou para a Europa eoutros pontos de Portugal,respectivamente”, lembra a trans-portadora em comunicado,acrescentando que “independente-mente do destino, todos os passageirosdevem apresentar-se na porta deembarque impreterivelmente até 30minutos antes da hora de partida dovoo”.
EuroAtlantic querentrar na Bolsa de
LondresA EuroAtlantic pretende dispersar 45%do seu capital através da colocação deuma oferta de venda na Bolsa deLondres, no primeiro semestre de 2008,anunciou o presidente datransportadora, Tomaz Metello.Em 2006 os resultados líquidos dacompanhia, detida a 80% pela famíliaMetello e em 20% pelo Grupo Pestana,cresceram 75% para 10,5 milhões deeuros, tendo o seu volume de negócioscrescido 17% para 118,9 milhões deeuros.
Lisboa acolheCimeira Mundial
do TurismoDe 10 a 12 de Maio Lisboa vai ser palcoda Cimeira Mundial do Turismo, eventoque reúne no nosso País alguns dasmais importantes personalidadesinternacionais do sector. Sob o tema“Breaking Barriers – Managing Growth”,o debate dará especial enfoque àsalterações climáticas, ao crescimentoacelerado do Turismo e ao impactodesta indústria e do crescimento no meioenvolvente.
Movimento de passageiros noPorto de Lisboa cresce 60%ntre Janeiro e Março deste ano o
Porto de Lisboa registou um
movimento total de 19.516 passageiros
de cruzeiro, um crescimento de 60,4%
relativamente ao período homólogo de
2006. De acordo com as estatísticas do
Porto de Lisboa
relat ivamente ao
primeiro tr imestre
fizeram escala em
Lisboa 18 navios de
cruzeiro, mais quatro
que no mesmo período
do ano passado. O
número médio de
passageiros por
cruzeiro cresceu 25%
E
relativamente ao ano passado, embora a
maior variação se tenha verificado no único
navio que fez escala em Fevereiro, já que
este ano transportava 1.100 passageiros, o
que compara com apenas 326 no ano
passado.
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REVISTA APAVT • ABRIL 2007 7
Oásis Atlântico remodelahotéis da Ilha do Sal
abo Verde está presente na
actividade do Grupo Oásis Atlântico
desde 1990, altura em que a cadeia hoteleira
portuguesa adquiriu a Companhia de
Fomento – Santa Maria, no Sal, com o
objectivo de construir hotéis nesta ilha. De lá
para cá, o grupo acumulou na sua carteira
quatro unidades não apenas no Sal mas
também na Ilha de Santiago e na Ilha de São
Vicente. E ao longo do tempo tem vindo a
apostar em ampliações e melhoramentos dos
hotéis existentes, numa melhoria do serviço
prestado e numa política comercial muito
agressiva, captando novos operadores
turísticos e novos mercado a este destino,
segundo sublinhou recentemente Alexandre
Abade, administrador do Grupo Oásis
Atlântico, em conferência de imprensa.
É nesse sentido que se enquadra o actual
plano de remodelação dos dois hotéis de
quatro estrelas que detém no Sal, o
Belorizonte e o Novorizonte, cujo
C
A cadeia hoteleira portuguesa está a investir cerca de um milhão de euros no plano de
remodelação dos hotéis Belorizonte e Novorizonte. O grupo, que conta com outros dois
hotéis em Cabo Verde (Santiago e São Vicente), pretende continuar a apostar neste país,
com a construção de quatro novas unidades, num total de 50 milhões de euros de
investimento.
investimento ronda um milhão de euros. O
projecto, que decorre já desde meados do
ano passado, visa melhorar as unidades ao
nível das suas infra-estruturas e criar novos
espaços.
No Hotel Belorizonte, que conta com 173
bungalows standard e 60 superiores, as
obras arrancaram logo antes do Verão de
2006, com uma nova imagem dos bunga-
lows, que foram pintados e redecorados com
quadros, colchas e cortinas novas, no
sentido de lhes dar um ar mais tropical. Até
ao final de Maio deste ano, o grupo pretende
dotar o Bar Fun Board de uma esplanada
maior ao ar livre e de um interior renovado e
ampliado, com novo mobiliário. A sala de
jogos será um espaço novo integrado no bar
e contará com TV plasma e uma mesa de
snooker. O Restaurante Belorizonte também
será ampliado e redecorado, contando com
uma nova apresentação do buffet, um
espaço para um buffet infantil e uma área
climatizada. O Restaurante Salinas será
também ampliado e renovado até final de
Junho e as casas de banho dos bungalows
sofrerão uma remodelação completa.
Ainda nesta unidade, os mais pequenos
passarão a ter já a partir de Junho duas
piscinas infantis, uma dos 0 aos 3 anos e
outra dos 3 aos 8 anos, com uma área verde
e espreguiçadeiras. E ainda para as crianças
será criado um Kids Club.
O Hotel Novorizonte, que oferece 130 bun-
galows, contou a partir deste ano com uma
nova imagem a nível da recepção,
Restaurante Santa Maria, Lobby Bar, Bar
Panorâmico e Bar da piscina. No final de 2007
a Oásis Atlântico criará uma zona de jogos,
com mini-golfe, ginásio e sala de jogos.
NOVOS PROJECTOS EM CABO VERDE
Num total de 50 milhões de euros, o
grupo português tem em carteira novos
investimentos neste país. Na Ilha do Sal
pretende avançar com o Salinas Sea, en-
tre o Belorizonte e o Morabeza, com 244
unidades; e ainda com o Salinas Sand,
com 352 unidades.
Na Ilha da Boavista nascerá um hotel em
Sal - Rei, na antiga fábrica de atum, em
frente à praia. E na Ilha de Santiago está
projectado o Prainha Suite Hotel, perto
do Hotel Oásis Atlântico Praiamar,
também com cerca de 100 habitações.
Oásis Novorizonte
Oásis Belorizonte
Noticiário
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REVISTA APAVT • ABRIL 20078
Noticiário
O DesígnioNacionalQuem já anda nisto há alguns anos,
de certo não se esquece do apelo dos
nossos sucessivos governantes: O
tur ismo tem que ser um desígnio
nacional! Voltei a lembrar-me disto
agora que me pediram para escrever
este texto. Mas, e depois? Nada me
ocorreu de novo. Já tudo fora escrito
e, para além disso, há que reconhecê-
lo, com coragem, o único desígnio
nacional que qualquer mortal, por
es tas bandas , reconhece (e com
gosto!), é mesmo o futebol.
Há mais algum desígnio nacional que
faça um português sair da praia, em
pleno dia de sol? Há mais a lgum
des ígn io nac iona l que leve os
portugueses a sair de casa em dia de
temporal? Há mais algum desígnio
nacional que una esta nação assim?
Há mais algum desígnio nacional que
levante tan to a conf iança dos
portugueses? Não! E seremos nós,
povo lus i tano , se res ass im tão
anormais? Esta é a melhor parte: não!
Quem já teve oportunidade de viajar
pelos vários continentes fora, sabe:
Portugal não é o país da temperatura
amena, das boas pra ias , da
hospitalidade ou dos bons campos de
golfe. Ou por outra, é mas não é por
isso que é reconhecido. Portugal é o
país do Eusébio, do Figo, do Mourinho
e, mais recentemente, de Cristiano
Ronaldo. É disto que nos falam os
nativos quando lhes dizemos de onde
vimos. Quer seja na Ásia, em África
ou na Europa (experiência própria).
Então porque não aproveitar mais?
Será tão descabido assim usar a nossa
Se lecção como um pó lo de
atractividade? O investimento não é,
com certeza, maior e o retorno, esse,
será com certeza. Já o fizemos no Euro
2004 e, quem está por dentro sabe,
não foi assim tão difícil. Haja visão!
Mónica
Freilão
Agência
Financeira
a palavra a ...
ntre Julho e Setembro os
operadores Club 1840, Iberojet,
Mundovip, Soltour e Travelplan vão
colocar no mercado um total de 62.647
lugares em 192 voos charter com destino
às Caraíbas e Nordeste Brasileiro, de
acordo com informação veiculada pela
agência PressTUR.
“As Caraíbas são a maior aposta, com um
total de 127 voos e 42.103 lugares
contratados por estes cinco operadores
E
Operadores com 62.600 lugaresem charter para as Caraíbas e
Brasil no Verão
APAVT integra lista para ATLA APAVT integra a lista de consenso candidata às eleições no Turismo deLisboa (ATL), agendadas para 3 de Maio. A l ista é encabeçada peloPresidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Carmona Rodrigues,e apresenta como Presidente Adjunto Mário Machado, Administrador daAgência de Viagens Top Atlântico, e como Presidente do Convention BureauAntónio Pereira, Director-Geral do Hotel Sheraton.Para a Assembleia Geral Geral candidata-se o Comendador Rui Horta,Administrador da Espírito Santo Viagens, S.A. e um dos principais mentoresda criação deste organismo, para Presidente e, ainda, AVIS Rent-a-car eMetropolitano de Lisboa. Para o Conselho Fiscal o candidato é RaulMartins, Administrador dos Hotéis Altis, como Presidente, e CompanhiaCarris e Administração do Porto de Lisboa. No conjunto, a lista é compostapor representantes de 22 entidades, sendo 10 de natureza ou capitaispúblicos e 12 associações e empresas privadas.
para Punta Cana, Cancun, Varadero e
Montego Bay”, enquanto que o Brasil será
destino de “65 voos com um total de
25.071 lugares, para Salvador, Porto
Seguro, Recife e Natal, em cuja
contratação part ic ipam Club 1840,
Iberojet, Mundovip e Travelplan”,
acrescenta a referida fonte. Os voos
serão operados em aparelhos A330 da
Orbest e da White, e A310, da White e da
SATA.
TAP e a TAM deverão estabelecer
até Julho um acordo de codeshare
“que se traduzirá no aumento
signif icat ivo das opções de voos
oferecidas aos passageiros, bem como na
interligação do Programa Fidelidade TAM
e Programa V ic tor ia da TAP”,
anunc ia ram as t ranspor tadoras em
comunicado.
O acordo, precedido por um memorando
de entendimento, visa aproveitar as
sinergias entre as respectivas Redes,
produtos e serviços nas rotas entre o
Brasil e Portugal. “O acordo permitirá a
comerc ia l i zação dos voos da TAP
A
TAP e TAM vão implementarcodeshare
real izados entre o Brasi l e Portugal
(Lisboa, Por to, Faro e Funcha l ) . Já
pa ra a TAP, a pa r c e r i a envo l v e r á
dest inos domést i cos operados pe la
TAM pa ra d i v e r s a s c ap i t a i s de
Estados e cidades, tais como Belém,
Manaus , S ão Lu i z , I l h éu s , Po r t o
Segu ro , Campo G rande , Cu i abá ,
A r a ca j u , V i t ó r i a , B e l o Ho r i z on t e ,
Curit iba, Goiânia, Florianópolis, João
Pessoa, Mace ió , Navegantes , Por to
A l eg r e e Fo z do I guaçu , en t r e
outras, além de cidades na América
do Sul (Buenos Aires, na Argentina, e
Santiago, no Chi le).
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REVISTA APAVT • ABRIL 2007 9
Noticiário
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REVISTA APAVT • ABRIL 200710
Noticiário
Rumo a Búzios
e pequena vila piscatória a um dos
mais badalados destinos turísticos
brasileiros, celebrizado pela visita de Brigitte
Bardot nos anos sessenta, Armação dos
Búzios cresceu para conquistar um estatuto
de celebridade tão justo quanto merecedor
da aposta dos agentes de viagens
portugueses.
Entre diversas candidaturas de outros
tantos pontos do globo, a escolha da
direcção da APAVT recaiu assim sobre este
destino, dando resposta afirmativa ao
empenho das autoridades locais, lideradas
pelo secretário de Turismo da Prefeitura de
Búzios, Armando Ehrenfreund, uma das
personalidades que no próximo dia 10 de
Maio vai participar na apresentação oficial do
tema e logotipo do XXXIII congresso nacional
da associação.
No mesmo evento são esperados a ministra
do Turismo do Brasil, Marta Suplicy, e a
presidente da Embratur, Jeanine Pires, numa
manifestação de inequívoco apoio ao
regresso dos profissionais de turismo
portugueses ao Brasil, país que constitui
actualmente o mais importante destino de
D
“Turismo: Tendências e Soluções” é o tema escolhido para o 32º Congresso Nacional da
APAVT, fórum que decorre este ano de 2 a 7 de Dezembro em Búzios, destino turístico
localizado no estado brasileiro do Rio de Janeiro. A aposta na qualidade dos debates e o
incentivo a realização de mais negócios são as características anunciadas para o mais
importante fórum do Turismo Português.
longo curso dos turistas nacionais. Nos
bastidores da candidatura buziana, longe
dos holofotes mas sem dar tréguas ao
esforço de colocação do destino no mapa do
turista português, está também Octávio
Martins, o luso empresário que escolheu
Búzios como destino do seu investimento
turístico e, mais significativamente, como
morada quase permanente.
Localizada a pouco mais de duas horas de
viagem, por estrada, do Rio de Janeiro, a
península de Búzios constitui por esta
circunstância um dos combinados mais
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REVISTA APAVT • ABRIL 2007 11
Noticiário
Revista APAVTpublica “Especial
Búzios”Búzios constitui o tema de um suplementoespecial que a Revista APAVT publicaeste mês, no qual aborda diversosaspectos da oferta do destino escolhidopara a realização do XXXIII CongressoNacional da APAVT.
adequados à Cidade Maravilhosa. Com uma
multiplicidade de praias, paisagens e
actividades que impedem a monotonia do
visitante, uma animação nocturna que
desafia os mais sedentários, povoada de
pequenas unidades hoteleiras de charme e
restaurantes de reconhecida qualidade,
Búzios soube assegurar também uma
resposta técnica adequada à realização do
congresso.
TENDÊNCIAS E SOLUÇÕES A DEBATE
O debate das tendências do Turismo nas
suas mais variadas vertentes, desde o
consumo ao modelo de negócio dos
diferentes players, e as soluções que se
podem configurar para fazer face aos novos
desafios, são as linhas mestras do conteúdo
científico do congresso deste ano.
Incoming, Operação Turística, Transporte
Aéreo e o conjunto das actividades que
constituem a oferta turística são sectores
que terão expressão neste fórum de debate
turístico, que uma vez mais aposta na
qualidade dos seus oradores convidados,
cujos nomes serão alvo de posterior
divulgação. Quanto ao modelo escolhido
para o congresso, a direcção liderada por
João Passos decidiu manter a linha de maior
informalismo implementada no ano passado,
embora recuperando o discurso inicial, “curto
mas efectivo” segundo o presidente da
APAVT.
O recurso a um “key-note speaker” de
renome para o arranque dos trabalhos é
outro dado adquirido, assim como o formato
de debate aberto utilizado na primeira
sessão, que no entanto vai este ano dar aos
representantes dos partidos políticos um
enquadramento que permita maior
interacção dos e com os empresários.
NEGÓCIOS EM CIMA DA MESA
Uma das principais novidades do 32º
Congresso da APAVT é a realização de
workshops que visam “sentar à mesa”, em
momentos diferentes, representantes da
oferta brasileira com os responsáveis do
outgoing português e representantes da
oferta portuguesa com responsáveis do
outgoing brasileiro.
Segundo João Passos, “é uma forma de
reforçar o papel do congresso no
estabelecimento ou reforço de relações
comerciais entre Portugal e o país
anfitrião”. Para assegurar o sucesso da
iniciativas, a APAVT planeia solicitar a
colaboração da sua congénere brasileira
– ABAV – assim como de entidades oficiais
portuguesas representadas no Brasil,
caso do Turismo de Portugal. “Há muito
que o congresso da APAVT é palco de
negócios à margem dos trabalhos, esta é
afinal uma forma de reforçar essa mais
valia”, conclui Passos.
-
REVISTA APAVT • ABRIL 200712
Com vantagens acrescidas
APAVT relançaCartão de Associado
ma nova imagem reflecte
também um novo conceito. O
novo cartão da APAVT, relançado
este mês, não se limita a constituir
prova da condição de associado mas
integra também um conjunto de
benefícios e vantagens exclusivas
que constituem um valor-
acrescentado para os seus
subscritores.
QUEM PODE SUBSCREVER O
CARTÃO APAVT?
“As boas notícias não se esgotam no
desenvolvimento dos benefícios do
cartão, mas também pelo facto de
este poder ser usufruído por
qualquer funcionário das empresas
associadas (efectivos e al iados),
desde que autorizados pelos
respectivos administradores,
gerentes ou directores
responsáveis”, adianta o presidente
da direcção da APAVT, João Passos.
Anteriormente l imitado a sócios,
gerentes, administradores e
empregados com a categoria
profissional de 3º Técnico de Turismo
ou superior, a expansão da
possibi l idade de subscrição do
Cartão da APAVT a todos os
funcionários das agências de viagens
e outras empresas associadas
permite, segundo João Passos, “um
aumento exponencial dos
destinatários destas ofertas”. Para
o d i r igente assoc ia t i vo , es te
aumento do número de utilizadores
do cartão torna-o também mais
U
Descontos em hotéis, restaurantes, rent-a-car e
cursos, assim como condições privilegiadas de
acesso a produtos bancários, são alguns dos
benefícios e vantagens que o novo Cartão da APAVT
oferece aos seus utilizadores, cujo perfil foi agora
alargado a todos os funcionários das empresas
associadas.
at rac t i vo para as empresas e
instituições que queiram associar-
se na o fer ta de cond ições
vanta josas . “Ma is u t i l i zadores
conduzem a mais benef íc ios , e
mais benef íc ios, por sua vez, a
mais util izadores. Estou certo de
que es te novo conce i to va i
vingar”, defende.
O custo de subscrição do cartão
da APAVT, nominativo, pessoal e
in t ransmiss íve l , cu ja va l idade
decorre até 31 de Dezembro do
ano em que é emitido, é de dez
euros. Segundo o regulamento do
novo Cartão APAVT, no caso de os
detentores do cartão deixarem de
fazer parte da empresa através
da qual o subscreveram, deverá
este ser devolvido à associação.
BENEFÍCIOS PARA
UTILIZADORES E PARCEIROS
“O con junto de vantagens e
benef í c ios não va i parar de
aumentar”, vaticina o presidente
da APAVT, an imado pe los
resu l tados dos pr ime i ros
contactos com diversas empresas
e inst i tu ições nacionais. “Desde
que o projecto de relançamento
do cartão foi lançado, no in íc io
deste ano, conseguimos já um lote
muito significativo de ofertas (ver
caixa), que incluem descontos em
restaurantes, alojamento, rent-a-
car e outros produtos e serviços
que não tenho dúv idas são
vantagens a que nenhum
Vantagens do Cartão APAVT(à data de fecho da revista)
DESCONTOS EM ALOJAMENTO
· 15% a 25% nos Hotéis Héritage
· 5% sobre as best available rates nos
Hotéis Tivoli
· 35% no Hotel Altis Park
· 30% no Hotel Sheraton Porto
· 15% no Hotel Fátima
· 15% a 25% no Hotel Apartamentos
Oceanus
· 15% a 25% no Hotel Apartamentos
Olhos d’Água
· 15% nos Hotéis Turim
· 20% no Hotel Mundial
· 15% a 25% no Hotel Apartamentos
Oceanus
· 35% no Hotel Amoaras Resort (Brasil)
· 40% no Hotel Meira
DESCONTOS EM ANIMAÇÃO
· 20% em jantar e espectáculo no Casino
Estoril – Salão Preto e Prata
DESCONTOS EM RESTAURAÇÃO
· 10% no restaurante buffet no hotel
Lisboa Plaza
· 10% no restaurante Estoril Mandarim
(Casino Estoril)
· 15% no restaurante Porto Novo
(H.Sheraton Porto)
· 10% no restaurante-bar Varanda da
União
· 8% no restaurante Tertúlia do Tejo
· 8% no restaurante Alentejo nas Docas
· 15% no restaurane Jardim Mundial
(H.Mundial)
· 15% no restaurante Varanda de Lisboa
(H.Mundial)
· 20% no restaurante Meira (H.Meira)
DESCONTOS EM RENT-A-CAR
· 20% no aluguer de viaturas – AVIS rent-
a-car
DESCONTOS EM FORMAÇÃO E ESCOLAS
· Redução (variável) nos preços dos
cursos da APAVTForm
· 10% em cursos do INP – Instituto Novas
Profissões
· 15% nas propinas e pós-graduações no
ISLA
· 15% a 25% em cursos da ADVP -
Visa associativa
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REVISTA APAVT • ABRIL 2007 13
associado f icará alheio”, acrescenta.
Os contactos com potenciais parceiros
do Car tão APAVT sucedem-se e ,
segundo fonte dos serv i ços da
associação “vamos com toda a certeza
poder apresentar novos benefícios a
um r i tmo muito e levado, sobretudo
nestas pr ime i ras semanas”. Em
negociação, de acordo com a citada
fonte , es tão acordos que não se
limitam a empresas turísticas mas que
abrangem out ros sec tores de
act iv idade que vêm no car tão uma
forma vá l ida e e f i caz de se
Se é funcionário de uma empresaassociada e pretende subscrever o novoCartão APAVT, pode fazer o download doformulário de adesão em www.apavtnet.ptou solicitá-lo no secretariado.Para empresas e instituições, sepretender constituir-se parceiro daAPAVT oferecendo benefícios aosutilizadores do cartão, pode contactar osecretariado da associação através dotel. 21 3552010 ou do [email protected] .
promoverem junto de uma importante
aud iênc ia cu ja d imensão potenc ia l
a t inge u l t rapassa 20 .000
profissionais. Além de constarem
na comunicação que a APAVT
assegura com os utilizadores
at ravés de c i r cu la res ,
news le t te rs ou da
rev i s ta , es tá
igua lmente prev i s ta ,
futuramente, a produção
de um guia de benefícios que
será d i s t r ibu ído juntamente
com cada novo cartão.
Vida associativa
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REVISTA APAVT • ABRIL 200714
Incoming
Portugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doPortugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doPortugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doPortugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doPortugal deverá registar este ano um aumento no turismo receptivo, aponta um relatório doTTTTTurismo de Portugal produzido para a Revista APurismo de Portugal produzido para a Revista APurismo de Portugal produzido para a Revista APurismo de Portugal produzido para a Revista APurismo de Portugal produzido para a Revista APAAAAAVTVTVTVTVT. O turista individual e os canais online são. O turista individual e os canais online são. O turista individual e os canais online são. O turista individual e os canais online são. O turista individual e os canais online sãoas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosas linhas mestras da promoção externa, refere também o documento, que conclui em muitos dosmercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.mercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.mercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.mercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.mercados ser a Internet e as Low Cost que se destacam nas novas tendências de consumo.Mercado a mercado, a análise do TMercado a mercado, a análise do TMercado a mercado, a análise do TMercado a mercado, a análise do TMercado a mercado, a análise do Turismo de Portugal.urismo de Portugal.urismo de Portugal.urismo de Portugal.urismo de Portugal.
REINO UNIDO
Situação económica favorável, com
aumento da capacidade financeira das
famílias. O PIB estima-se atinja 2,7%. A
taxa de desemprego está estabilizada em
torno dos 4,7%. As operações dos
grandes "players" do mercado mantêm-se
estáveis. A evolução do mercado está
muito dependente da capacidade para
influenciar o consumidor final e para o
posicionamento da oferta nacional em
novos contextos de mercado - canais
online e pacote dinâmico com Low Cost.
NOVAS OPERAÇÕES
Apesar de se ter registado, no ano
passado, uma quebra global de um milhão
de passageiros no mercado britânico de
pacotes turísticos, prevê-se para este
Segundo relatório do Turismo de Portugal
2007: Turismo receptivo emcrescimento
ano a manutenção da grande operação
ou mesmo uma "ligeira subida". Holiday
Options, Personal Touch Hol idays e
Portreck são operadores com nova
programação para Portugal.
CONCORRÊNCIA
Turquia, Egipto, Tunísia e Marrocos com
esforço de captação do mercado de
pacotes britânico. Brasi l , México e
-
REVISTA APAVT • ABRIL 2007 15
Incoming
Caraíbas tentam captar operações char-
ter principalmente para a época de
Inverno. Aproveitando as condições
cambiais Dólar/Libra, os Estados Unidos,
em particular Nova Iorque e Florida são
concorrentes a ter em especial atenção.
Cabo Verde está a suscitar um interesse
crescente no mercado e, segundo a
análise do TP, "dois vectores dominam a
dinâmica concorrencial: oferta excede a
procura; concorrência é global e já não
regional".
ESPANHA
O crescimento do PIB deverá abrandar
este ano, mas mantendo-se ainda assim
na ordem dos 2,8%. Por outro lado, o
"crescimento das viagens outbound e das
condições de acessibilidade a Portugal"
reforçam o elevado potencial deste
mercado. O aumento das frequências de
voos low cost entre Madrid e Barcelona e
os aeroportos nacionais de Faro, Porto e
Lisboa são razões para a evolução do
tráfego de turistas. Destaca-se a
existência de uma maior procura de
produtos sofist icados por parte do
consumidor (golfe, natureza, turismo
enológico, saúde e bem-estar), bem
como de destinos mais longínquos
(Oriente, Américas). Veri f ica-se um
crescente peso dos canais online.
NOVAS OPERAÇÕES
"Para 2007 prevê-se o início da operação
da Nobel Tours, especial istas em
individuais e pequenos grupos de alto
poder aquisitivo".
CONCORRÊNCIA
A dinâmica do mercado interno espanhol
é um dos principais factores de
concorrência. Por outro lado, também a
melhoria das acessibilidades aéreas para
cidades da Europa Central constitui um
factor concorrencial, designadamente no
segmento dos city/short breaks.
ALEMANHA
Abrandamento ou estagnação no
crescimento do PIB, mas "dinamismo do
mercado online, o reforço e peso das low-
costs no tráfego turístico" e as acções
desenvolvidas com os
operadores, levam o TP a
antecipar "um l igeiro
crescimento na procura de
Portugal". Apesar do aumento
de operações low cost e
número de hóspedes verifica-
se diminuição da estada
média. A anál ise do TP
destaca também que, "na
operação tradicional, o
crescimento de Portugal é
condicionado pela pouca
oferta de all inclusive".
NOVAS OPERAÇÕES
Estabilização das ligações para Faro e
Lisboa. "Assiste-se, por outro lado, ao
constante aparecimento e desapareci-
mento de operadores onl ine", e "a
probabi l idade de aparecerem novos
operadores (não online) a programarem
Portugal é diminuta pois Portugal já está
na maior parte dos Operadores e existem
muito poucos que não programem Portu-
gal". Crescimento através da evolução da
operação tradicional, na medida que é
previsível que a TUI aumente a sua
operação para o nosso País, pelo
operador Dertour ter alargado a sua
programação para Portugal e por ter sido
concedido um apoio à Ol imar para
aumentar a distr ibuição dos seus
catálogos de Portugal na Alemanha.
CONCORRÊNCIA
All-Inclusive constitui o maior foco de
concorrência, na medida em que está
a c r e s ce r j un t o do s egmen to da s
famí l ias a lemãs. "E neste segmento
ex i s t em pa í s e s mu i t o bem
pos i c i onados : Tu rqu i a , Espanha,
Eg ip to e Tun ís ia" , a le r ta o TP.
Alterações às tendências de consumo,
concre tamente o aumento da
impor tânc ia das low cos t , que
potenciam o crescimento do tráfego
"Se l fness" e "Go lden Age" , o
desenvolvimento do dynamic packag-
ing (pacotes dinâmicos) e de "novos
canais de distr ibuição com reduzida
in termed iação, ex . In ternet" . O
aumento constante do segmento de
cruzeiros é também uma das alterações
nos hábitos de consumo dos alemães.
FRANÇA
"Mercado maduro mas com capacidade de
crescimento em 2007", resume a análise do
TP. O cenário conjuntural em França é
positivo, prevendo-se um crescimento do
PIB em 2007 na casa dos 2%. De sublinhar o
aumento significativo do peso do canal
Internet, reflectindo a crescente tendência
da organização individual das viagens.
NOVAS OPERAÇÕES
Não se perspectivam novidades. A
análise destaca o reforço de operação
para o Algarve da Top of Travel, com
brochura integralmente dedicada à Ma-
deira. A EuroPauli reforça também, a
partir de Abril, a sua operação para a
Madeira. A Mundicolor, que havia
praticamente abandonado a
programação de Portugal, retoma este
ano a edição de uma brochura Espanha e
Portugal. Também a FRAM, que havia
diminuído de forma drástica a
programação de Portugal, retoma este
ano, oferecendo prioritariamente uma
programação completa para a Madeira.
DECRÉSCIMO DE OPERAÇÃO
A Rev'Vacances, após dois anos
consecutivos de programação, com
pouco sucesso, decidiu deixar de propor
Madeira e Lisboa. A Atlântica Tours -
pequeno TO regional, abandona
programação de Portugal. A Lusitânia
Voyages - Pequeno TO que fazia parte do
Universo do grupo ES Viagens, foi
adquirido pela rede Jean carthier Voy-
ages, e deixou de produzir brochura de
Portugal. Provavelmente irá aos poucos
ser integrado na marca Jean Carthier e
abandonará o seu carácter étnico.
-
REVISTA APAVT • ABRIL 200716
Incoming
tentar contrariar as substanciais perdas
registadas em 2006 através de uma
campanha forte de reposicionamento
(imagem degradada de destino barato -
"all inclusive" e a perder qualidade).
ESTADOS UNIDOS DA
AMÉRICA
Evolução do PIB na ordem dos 3,3%.
Percepção de Portugal como destino
seguro representa um "elevado
potencial" para o mercado dos Estados
Unidos, adianta o relatório, que também
refere estar a possibi l idade de
crescimento das viagens para Portugal
dependente do aumento da capacidade
de transporte aéreo regular. A
circunstância de a TAP estar integrada na
Star Alliance representa uma mais valia
para o desenvolvimento do mercado.
NOVAS OPERAÇÕES
"Não há alterações signif icat ivas"
relativamente às operações tradicionais,
afirma a análise da delegação americana
do TP, sublinhando ao mesmo tempo que
a "operação online domina o mercado".
BRASIL
Clima de estabi l idade económica e
desemprego estável, com estimativas de
crescimento do PIB na casa dos 3,5%. A
liderança da TAP no tráfego aéreo de
ligação à Europa, assim como a abertura
da rota de Brasília contribuem também
para as expectativas de aumento do
número de turistas brasileiros em Portu-
gal. Em contraponto, o TP alerta para a
previsão de desvalorização do Real este
ano, que "pode afectar o mercado,
sobretudo para a Europa". A variação
cambial face ao dólar, por seu lado,
favorece o crescimento dos fluxos para
os EUA.
NOVAS OPERAÇÕES
A anál ise da delegação do TP faz
referência a um reforço sustentado das
operações para Portugal, salientando
que existem cerca de 75 operadores,
"embora com peso reduzido no total de
fluxos turísticos". Exceptuando a TAP, o
aumento das operações está porém
CONCORRÊNCIA
Marrocos, Tunísia e o Norte de África em
geral mantêm-se como o primeiro destino
de programação e venda dos TO's
franceses, por af inidades culturais,
estabi l idade, proximidade e forte
promoção. Espanha - primeiro destino
dos franceses em absoluto, cada vez
mais organização directa das viagens e
menos programação TO's (tal como Por-
tugal, al iás), forte investimento em
promoção dirigida ao publico.
Croácia - Forte aumento nos últ imos
anos, factor preço. De um modo geral, os
destinos Low Cost, e de fácil aquisição de
serviços via Internet, verão
tendencialmente as suas vendas
aumentarem. Se forem objecto de
noticias positivas, estiverem na moda em
termos de glamour e de eventos, e
beneficiarem de boas ligações aéreas,
serão privilegiados pelos franceses.
DESTINOS EM BAIXA
Médio Oriente em geral - com destaque
para a perda do Egipto, apesar de
investimentos massivos em comunicação,
devido ao factor insegurança, e questões
relacionadas com acidentes aéreos.
Turquia - mesmos aspectos que para o
Médio Oriente, a que acresce alguma má
imagem por razões políticas. Apesar de
forte investimento em promoção, e
programação importante por parte de
TO's étnicos.
Longo Curso em geral (com excepção das
províncias francesas do Ultramar) - fac-
tor preço, sobretudo.
ITÁLIA
Crescimento estimado do PIB em 1,4%.
Desemprego estável. "Prevê-se um nítido
reforço da actividade dos principais
operadores pa r a Po r t uga l , n a
sequência do que tem sucedido em
2006" , des taca o TP, que t ambém
realça o aumento das operações low
cost entre os dois países. "Acentua-
se a preferência pela Internet como
ponto de compra de viagens", afirma
o r e l a t ó r i o , r e f e r i ndo t ambém um
aumento de férias mais frequentes de
curta duração em consequência das low
cost.
NOVAS OPERAÇÕES
Epcot, Jet Log, Nota Azzurra Sail & Fly,
Skipper Viaggi, Turistar Viaggi e Turismo,
Vacanza Portogal lo, Ventura Travel,
Viaggi tra i Paralleli, 1492'S Travels &
Services são os novos operadores com
programação para Portugal apontados
pelo relatório da delegação do TP em
Itál ia. A par de nova programação, é
t ambém e s t imado o r e f o r ço da
operação t rad ic iona l . A perspect iva
da abertura de uma nova rota entre
Milão e Faro e novos voos da Air Ber-
l in para L isboa (seis por semana) e
Faro ( t rês por semana) a par t i r de
Be rgamo , com esca l a em Ma io r ca ,
c on s t i t u em mo t i v o s ad i c i ona i s d a
expec t a t i v a de um aumen to de
tráfego a partir de Itália.
HOLANDA
Crescimento do PIB na casa dos 3%, o
que deverá ter, segundo o TP, um
"impacto signif icativo no mercado de
viagens". Aumento dos períodos de férias
anuais (que deverá contribuir para a
redução da sazonalidade do mercado) e o
reforço da operação para Portugal são as
principais razões apontadas para a
evolução do tráfego do mercado
holandês no ano passado. "O dinamismo
do mercado poderia suportar uma
operação low-cost Amsterdão-Lisboa e/
ou Porto", conclui o TP.
NOVAS OPERAÇÕES
Retoma de programação para Portugal da
Olympia, operador que havia deixado de
vender Portugal em 2001, e operador
Corendom (especial ista da Turquia)
programa pela 1ª vez Portugal. A OAD
estima atingir este ano 30.000
passageiros para Portugal e a Sunweb os
17.000 passageirosA TUI alarga a
programação dos Açores iniciada em Maio
de 2006. O TP refere ser previsível a
"continuação do crescimento dos "direct
sellers" (Jiba / Sunweb, Fox Vakanties,
Bizz Travel, etc.) e das reservas online
nos grandes operadores".
CONCORRÊNCIA
Para o Verão de 2007, Espanha e Grécia
deverão continuar a crescer. A Turquia irá
-
REVISTA APAVT • ABRIL 2007 17
-
REVISTA APAVT • ABRIL 200718
condicionado ao facto de as "companhias
europeias não terem capacidade para
reforço das rotas actuais", um cenário
agravado pelo colapso da Varig. O
tráfego de turistas para Portugal é
sobretudo originado nas viagens
individuais, estimando-se que o peso dos
pacotes se situe nos 10% do tráfego to-
tal.
CONCORRÊNCIA
O principal concorrente dos destinos
europeus são os Estados Unidos da
América, que tem reforçado a sua
presença promocional no mercado
brasileiro desde o segundo semestre de
2006.
IRLANDA
Crescimento do PIB estimado acima dos
5%, mais dois pontos percentuais que no
ano passado. Segundo o TP, a Irlanda
possui um "elevado potencial de mercado
resultante do crescimento das viagens",
destacando também o "potencial de
crescimento no segmento das viagens
individuais".
NOVAS OPERAÇÕES
Além de não se preverem novas
operações tradicionais para Portugal, o
relatório do TP afirma exist ir uma
"tendência para o decréscimo da
programação dos operadores,
compensada pelo aumento das viagens
individuais".
CONCORRÊNCIA
Os destinos concorrentes de Portugal
mantêm-se sem alterações, a saber:
Espanha (45% da quota de mercado ),
Croácia, Malta, Chipre, Turquia, Grécia,
Tunísia e Egipto. O TP refere que "a
estrutura dos canais de distr ibuição
sofreu alterações profundas que
anularam a distinção clássica operador/
agente, em que o primeiro elaborava o
pacote e o segundo o comercializava" e
também que se renovou a "apetência por
destinos fora do vulgar (China, Dubai,
México, etc).
BÉLGICA
Crescimento do PIB estimado em 2,4% e
desemprego estável. De acordo com o TP,
há que notar que "durante o Verão 2006,
Portugal, com um aumento de 12%, bem
como outros destinos da bacia
mediterrânea beneficiaram fortemente
da quebra registada para a Turquia, um
dos principais destinos turísticos dos
belgas em 'férias de avião' em 2005, a
seguir à Espanha". A retoma de reservas
para a Turquia este ano pode constituir
um travão ao crescimento do turismo
belga para o nosso País.
NOVAS OPERAÇÕES
Operação em 2007 deverá seguir ao
mesmo ritmo do ano precedente, o TP
salienta que a Adaggio Tours programará
os Açores no seu website e que a Focus
Reizen lançou um programa/brochura
exclusivamente dedicado aos 'Açores'.
"Durante o Verão 2007 os membros da
ABTO (Ass. Belga T.O's) registaram para
destinos 'sol e praia' da bacia
mediterrânea um aumento nas vendas de
'férias de carro', sobretudo para Itália,
Espanha, Portugal e Sul de França. A
Alemanha, como destino próximo
apresentou igualmente bons resultados.
O aumento de reservas e vendas via
Internet, sobretudo para destinos
seguros e próximos, assim como a
procura crescente de packages "all inclu-
sive" e dos city breaks, são as mais
notórias tendências do mercado belga.
CONCORRÊNCIA
O ressurgimento dos destinos do Oriente,
em particular Tailândia e a concorrência
acentuada nos destinos de 'Longo curso',
sobretudo para África (aumentou 24%) e
Ásia (aumentou 26%) são os principais
factores de concorrência assinalados no
relatório do TP.
SUÉCIA
"Depois de um crescimento estimado do
PIB de 3,5 em 2006, a previsão para 2007
aponta para uma redução da taxa de
crescimento de para 2,4" aponta o
relatório do TP. O desemprego e a
inf lação afiguram-se, por seu lado,
estáveis.
A recuperação dos destinos asiáticos, em
particular da Tai lândia, a par da
"excessiva concentração da operação de
pacotes (3 operadores controlam 70% do
mercado neste segmento) e de destinos
(Açores e Madeira)" estão na base da
quebra sentida em 2006, prevendo-se
uma ligeira recuperação este ano.
NOVAS OPERAÇÕES
Enquanto alguns operadores apontam
para o aumento da operação -
Fritidsresor 10% e Apollo 80% (embora
com base crescimento pequena) - o
cancelamento da operação My Travel
para a Madeira tem um impacto negativo,
na medida em que representa cerca de
15.000 pax para o con junto dos
mercados da escandinávia.
Apesar deste cenário, o surgimento de
cerca de uma dezena de novas
operações "deverá compensar perdas
e assegurar crescimento do número de
tur i s tas" , ao mesmo tempo que o
aumento da estadia média (de 7 para 9
dias) deverá garantir crescimento das
-
REVISTA APAVT • ABRIL 2007 19
rece i tas ac ima do c resc imento de
tur i s tas . "A evo lução g loba l do
mercado es tá dependente do
comportamento do turista individual nos
canais on-line, mais imprevisível e mais
sensível a situações conjunturais",
remata o TP.
CONCORRÊNCIA
Destaque para o ressurgimento dos
destinos do Oriente, em particular a
Tailândia.
DINAMARCA
Abrandamento no crescimento económico
(crescimento estimado de 2,3%) e
estabilidade do desemprego. A previsão
global aponta para uma estabilidade no
mercado, com possibi l idade de
crescimento de f luxos especial izados
(Golf) e destinos Sol e Mar (Madeira e Al-
garve).
A análise refere a suspensão do voo da
Sterling para Lisboa e o aumento para o
Algarve, assim como o reforço de
capacidade da TAP para Copenhaga. Em
todo o caso, afirma o TP, "a capacidade
aérea regular deve reduzir-se
globalmente, ajustando a oferta à
procura".
NOVAS OPERAÇÕES
"Operação estável não se prevendo
alterações profundas no mercado para
Portugal", conclui o relatório, destacando
que a MyTravel (Dinamarca) vai
novamente programar o Algarve com
voos charter semanais, a Krone Golf
Tours e Green2green vão operar mais
dois voos charter semanais para golfistas
e a Star Tour perspectiva charter
semanais para o Porto Santo (Outubro
2007).
CONCORRÊNCIA
"O elevado poder de compra dos
dinamarqueses estimula o consumo de
destinos de oferta topo de gama e
destinos longínquos", adianta o TP, que
afirma também que continuam a ser
evitados destinos de inf luência
muçulmana (efeito da crise dos car-
toons).
"Acentua-se a preferência pela Internet
como ponto de compra de viagens",
remata o relatório.
SUÍÇA
Boas perspectivas de crescimento
baseadas na consolidação das operações
e no reforço das l igações aéreas.
Abrandamento do PIB, que deverá
situar-se na ordem dos 1,7%. O aumento
da operação e da capacidade de
transporte aéreo foram as principais
causas do aumento de tráfego que se
verificou no ano passado. As ligações
aumentaram com o lançamento dos 3ºs
voos diários a part ir de Zurique e
Genebra para Lisboa (TAP) e duas novas
operações da Easy Jet para Lisboa a
partir de Genebra e Basileia. O número
actual de voos diários entre Portugal e a
Suíça é de 11 voos, enquanto que 2004
eram apenas sete.
NOVAS OPERAÇÕES
TUI Suisse e Kuoni apresentam novas
brochuras só para Portugal. Do lado da
Suíça francesa a Univair Voyages (Golf e
Wellness) e Eagle Tours (Lisboa + Al-
garve) são novidades, enquanto que da
parte alemã também se registam novos
operadores a programar Portugal, como
é o caso da ITS Coop Travel, Globus
Reisen, Al ltours, Aldi e Tchibo. O TP
refere que os principais OT's reforçaram
a programação de Portugal para este ano,
com destaque para o lançamento das novas
brochuras exclusivas para Portugal por
parte da Kuoni e da TUI Suisse.
"No seguimento da fusão entre os dois
principais grupos turísticos helvéticos
(Hotelplan e Travelhouse), os
respectivos especialistas de Portugal nos
dois grupos (Sierramar - ex-Falcon Travel
- e Esco Reisen ), articulam actualmente
entre si, a estratégia comercial e
promocional do destino Portugal a
desenvolver em 2007.
CONCORRÊNCIA
Aumento importante do destino Croácia que
tem investido fortemente em campanhas
promocionais no mercado suíço e ainda
aumentos menos significativos em
concorrentes tradicionais, casos da Grécia,
Turquia, Tunísia e Espanha .
Incoming
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REVISTA APAVT • ABRIL 200720
Incoming
Este ano sente-se ainda "a consolidação de
destinos concorrentes no longo curso, os
quais, apesar de sofrer de uma maior
volatilidade, têm vindo a adoptar preços
bastante competitivos, estando novamente
a ser procurados, com destaque para a
Tailândia, Maldivas, Flórida e Brasil".
A importância crescente do canal Internet,
aliado à utilização de vôos Low Cost, são
exemplos de alteração dos hábitos de
consumo na Suíça, refere o TP.
CANADÁ
Manutenção de crescimento do PIB acima
dos 3%. O TP antecipa um aumento
moderado do número de turistas,
"condicionado por transporte aéreo e
variações cambiais".
NOVAS OPERAÇÕES
Não se registando novos operadores a
trabalhar Portugal, o relatório recorda
que os principais continuam a ser a JM
Vacations, HL Holidays, Eurosun e Signa-
ture de Toronto e a Star de Vancouver.
O operador M imosa do Quebec
encerrou as portas no início do ano,
acrescenta. "Para o Inverno de 2007,
es tá prev i s ta a manutenção das
capacidades registadas na época de
Inverno de 2006", remata.
CONCORRÊNCIA
Manutenção das tendências actuais.
Valorização do dólar canadiano
re l a t i v amen t e ao dó l a r ame r i c ano
tornou a F lor ida e os dest inos das
Ca r a í b a s r e l a t i v amen t e ma i s
compet i t ivos do que a Europa. Este
ano está prevista uma valorização do
Eu ro r e l a t i v amen t e a ambos o s
dó l a r e s e uma de s va l o r i z a ção do
dólar canadiano face ao americano.
E l e vada s t a xa s de pene t r a ção da
In t e r ne t . "Um e s tudo da Expedia-
Ipsos-Reid para o mercado canadiano
indica que em 2006, 45% dos canadianos
efectuou reservas ou compras de
viagens na Internet comparando com
38% em 2005".
ÁUSTRIA
Abrandamento do crescimento económico
mas "mantendo-se ainda na ordem dos
2,1% (PIB)". As previsões do TP para
este ano apontam para a "possibilidade
de aumento de tráfego em resultado
do re forço da operação" . No ano
passado, o mercado aust r íaco para
Portugal cresceu cerca de 36,7% em
termos de hóspedes na hote la r ia ,
evo lução que resu l tou , segundo o
relatório, "do reforço da operação e
aumento da capacidade de transporte
aéreo (Low Cost)", bem como da
vitalidade da economia austríaca.
TRANSPORTE AÉREO
Em termos de transporte aéreo, a low
cost NIKI manterá os seus voos diários,
via Palma (numa parceira com Air Berlin),
para Lisboa e Porto, a partir de Viena,
acrescidos de várias partidas de outros
aeroportos na Áustria como Salzburgo e
Linz. Planeando um aumento da
capacidade para Palma, espera-se obter
um aumento de tráfego também para Por-
tugal com esta companhia aérea.
De uma forma geral, o relatório afirma
que o transporte aéreo sofrerá este ano
de "um considerável aumento para a Ma-
deira. Em contrapartida, e mencionando
reflexões económicas e restrições na
capacidade a nível de rotas, o grupo Aus-
trian Airlines, deixará de servir Lisboa em
voos non-stop".
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REVISTA APAVT • ABRIL 2007 21
NOVAS OPERAÇÕES
Em termos de operadores, "os mais
significativos reforçam a sua capacidade
para Portugal, incluindo Regiões
Autónomas, entre eles Blaguss Touristik,
Jahn Reisen, Neckermann Österreich
(Thomas Cook), Rhomberg, Ruefa
Reisen, TUI Austria".
Alpinschule Innsbruck (ASI) introduzirá
uma oferta para o Norte de Portugal. O
Blaguss Tourist ik introduz um novo
programa para os Açores, a partir de
Viena, com voos charter non-stop.
ITS Billa Reisen (grupo REWE) voará para
também na Primavera 07. TO Stoll Reisen,
levará a cabo, pela 3ª vez, uma operação
charter para Portugal continental entre
Abri l e Maio e, possivelmente, uma
operação para a Madeira, no Outono.
CONCORRÊNCIA
"Pese o mau ano registado para a Turquia
(partindo de valores elevados) os TO's
esperam que o público consumidor venha
a retomar a confiança que depositava no
destino", refere o relatório. Em termos de
novas tendências, A Internet é cada vez
mais utilizada, não chegando, contudo,
na Áustria aos 3%. Para os austríacos
existem importantes cr itér ios para
compra de pacotes turíst icos nas
agências de viagens: comodidade,
segurança, garantia e o preço. A internet
ganha, por certo, significado como fonte
de informação.
Viaja-se mais vezes mas por mais curtos
períodos. Regista-se um trend para voos
baratos e alojamento luxuoso (caro). O
intermédio desmorona-se. Existem os
cl ientes de "massas" e aqueles com
necessidades de viagens individuais.
Prevê-se que as agências aumentem
significativamente a sua cadeia de filiais
para, através da mesma, estarem mais
perto do cliente. A curto prazo conta-se
Incoming
Portugal (Faro) a partir do Verão 2007 e
Jahn Reisen (grupo REWE) terá novos
voos para Faro.
Prima Reisen com a introdução dum
programa para a Madeira no seu catálogo
"Isola". Na Primavera de 2007 terão lugar
3 operações charter dir igidas ao
segmento 50+: - TO Eurotours (grupo
Oesterreichisches Verkehrsbuero) com
uma operação de relevo para a Madeira,
na Primavera 07, após realização duma
operação Área de Lisboa na Primavera
2006. TO Moser Reisen com operações
para destino Lisboa e Fátima, e Madeira,
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REVISTA APAVT • ABRIL 200722
com um aumento de 3,2% dos "outlets",
dos actuais 2.500 para 2.600 em 2008.
POLÓNIA
O crescimento do PIB deverá rondar os
3,8%. No ano passado o turismo deste
mercado emergente cresceu cerca de
56% em número de hóspedes na
hotelaria portuguesa, uma evolução que
o TP atribui ao "crescimento económico e
aumento efectivo do poder de compra"
na Polónia. O relatório considera existir
um "elevado potencial do mercado
resultante do crescimento das viagens
outbound" e a possibi l idade de
crescimento das viagens para Portugal
está dependente do aumento da
capacidade de transporte aéreo regular e
charter, "a preços competit ivos",
acrescentando que a capacidade
disponível apresenta elevada taxa de
ocupação.
NOVAS OPERAÇÕES
A Varsavolo tem nova oferta para Portu-
gal Continental e Madeira (Segmento
MICE), a Tui Polska, nova oferta para
golfistas - Portugal Continental, a Air
Tour Cracow e a Alco Tours Kafarski para
Madeira e Açores (Segmento MICE).
O operador Lido também apresenta nova
oferta para Portugal Continental -
programação de "sol e praia", assim
como a Mega Travel. A Alfa Star tem
nova oferta para Portugal Continental
(Operador de grupos) . Numa
apreciação global, o relatório afirma
que existe na Polónia uma "tendência
clara para o crescimento e sofisticação
da oferta dos operadores para Portu-
gal , com o progressivo alargamento
dos produtos".
CONCORRÊNCIA
Mercado em crescimento exponencial,
atraído primariamente por destinos
desenvolvidos na proximidade
(Alemanha, Áustr ia) e pelos países
vizinhos (Hungria). Aumento e
sofisticação das viagens.
REPÚBLICA CHECA
Economia com projecções de crescimento
do PIB na ordem dos 4,5%. Aumento
efectivo do poder de compra conduz
a um aumento do número de viagens
Incoming
outbound, pelo que o relatório do TP
considera este mais um mercado com
"elevado potencia l" . O aumento das
f r equênc i a s da TAP pa ra P raga
t ambém é apon t ado como f a c t o r
re levante .
NOVAS OPERAÇÕES
Este ano registam-se novas operações
dos OT's Voma de Trebic, Fede de Praga e
Spark, afirma o relatório, acrescentando
exist ir uma clara tendência para o
"crescimento e sofisticação da oferta dos
operadores para Portugal".
CONCORRÊNCIA
Mercado muito concentrado nos destinos
próximos e mais baratos: Croácia,
Eslováquia, Itál ia, Grécia, Áustr ia,
Alemanha, Espanha, França, Egipto e
Tunísia.
Em t e rmos de t endênc i a s , o
documento produz ido pe lo inst i tuto
Turismo de Portugal refere uma maior
" s o f i s t i c a ção da p r o cu r a " e o
su rg imen to de " novo s s egmen to s
potenciais consumidores de produtos
de ma i o r v a l o r (Go l f e So l e Ma r
upscale p.ex.)".
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REVISTA APAVT • ABRIL 200724
Entrevista
Considera que o acordo com aAPAVT em vigor representa ummodelo vencedor e fala dolançamento de um Portal ondea colocação de tarifasexclusivas depende de umeventual acordo com o Galileo.Em entrevista à Revista APAVT,o vice-presidente da TAP, LuizMór, explica também aimportância da aposta nas rotasdo Brasil, do negócio com aPGA e o impacto das Low Costs.
Luiz Mór:
"O Agente de Viagens é umaliado natural da TAP"Entrevista: Paulo Brehm · Fotos: Rafael G. Antunes
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REVISTA APAVT • ABRIL 2007 25
Entrevista
Como interpreta o crescimento das
vendas TAP pelos AV's portu-
gueses?
É a confirmação do acerto da política que
a APAVT e a TAP seguiram nos últimos
anos. Estamos a viver a concretização de
uma ameaça que está no horizonte há
muito tempo - a da invasão das Low
Cost´s em Portugal - e no entanto o BSP
do ano passado e dos primeiros meses
deste ano confirma um crescimento do
mercado da aviação tradicional, da venda
através das Agências de Viagens (AV's),
e da TAP, que cresce inclusive mais que o
mercado, aumentando o seu share.
E ainda há espaço para crescer
mais em Portugal?
A TAP tem crescido mais com as vendas
fora de Portugal e o índice de crescimento
da TAP é maior do que a capacidade do
mercado português. Temos um share
muito grande, a possibi l idade de
crescermos depende sobretudo da
economia portuguesa.
Que análise faz da forma como
cresceram as vendas pelos AV's?
Crescem, mas crescem menos em flight
coupons que em receita. O crescimento é
maior no intercontinental, mais nas
tarifas mais elevadas que nas baixas. E a
TAP tem oferecido ao mercado tarifas
cada vez mais baixas como forma de
competir com as Low Cost's no intra-
europeu. Isso não chega a ter um
impacto muito grande na tarifa média mas
o mix de receita mudou. O crescimento da
receita das AV's em Portugal também se
deve por isso à actuação da TAP ao
colocar no mercado mais oferta de inter-
continental.
Estão então boas as relações com
os AV's?
As relações sempre foram excelentes. O
desafio é adequar ou al inhar os
interesses, ver o que é bom para um e
para outro. O novo modelo funcionou
muito bem até agora.
É previsível que venha a ser
alterado?
Só iremos mexer nele, tanto nós como as
AV's teremos interesse em mexer nele, na
medida em que o mercado exija que
façamos uma evolução. Não vejo nada
num horizonte imediato que obrigue a
mexer.
O que poderá provocar essa
necessidade?
O novo modelo foi implementado e é um
modelo vencedor. Mas poderemos ter
necessidade de ver novos modelos,
porque nunca podemos garantir nada no
futuro. A Europa inteira está com
comissão zero ou 1%, que é o nosso
caso, e o modelo de remuneração das
AV's está definido e foi feita a transição
de uma forma tranquila para as AV's, com
estas a manter a margem ou até, em
muitos casos, a melhorar.
Qual e a percentagem de vendas
através dos AV's em Portugal?
Em Portugal mantém-se em torno de 80 a
85%. É um canal muito importante.
Estavam preparados para esta
concorrência das Low Cost's?
Sabíamos do impacto e estávamos
preparados para ele. A velocidade do
crescimento da oferta em Portugal é que
realmente é algo que nos impressiona. E
o que vem aí pela frente ainda mostra
que irá crescer mais.
Isso vai levar a que adoptem uma
política tarifaria mais agressiva?
Já temos uma política mais agressiva.
Existem tarifas extremamente agressivas
hoje e essa continuará a ser a tendência
para o futuro.
E essas tarifas são acessíveis aos
AV's?
Todas. Esse é um dos detalhes da nossa
política, que é diferente em Portugal do
que no resto da Europa. Pretendemos
reduzir ainda mais custos para poder
aumentar o número de tarifas reduzidas,
exclusivamente através do canal
Internet mas que estarão disponíveis aos
AV's.
Através de um Portal que tem sido
sucessivamente adiado. Porquê?
Por uma questão de desenvolvimento
técnico. Temos algumas dificuldades com
a IATA para um recurso que precisá-
vamos mas já esta resolvido e por isso o
Portal deve acontecer ainda este ano.
Até ao final do ano deve sair.
Com ou sem acordo com o Galileo?
Cheguei a pensar que íamos chegar a um
acordo mas o Gal i leo tem adiado
sucessivamente essa decisão e portanto
já estou inseguro se vai ou não
acontecer. Ou temos uma acordo com o
Gali leo que reduza os custos de
distribuição, ou então devemos lançar no
portal tarifas mais baixas para combater
as Low Cost's. Essas tarifas precisam
estar à disposição dos AV's também
através do GDS, mas isso encarece o
produto todo e acaba não sobrando
tarifa nenhuma. Na verdade, toda a
receita vai ser absorvida na distribuição.
Precisamos reduzir esse custo (do GDS)
para poder manter a nossa política de
disponibilizar tarifas iguais em todos os
canais. Esse é o esforço que estamos a
fazer.
Esta é uma questão específica de
Portugal?
Fazer o que outras empresas fazem, ou
mesmo o que a TAP já faz noutros
mercados em que disponibiliza tarifas
exclusivas pela Internet, é fácil. Isso já
fazemos em diversos mercados
Estamos a viver a concretização
de uma ameaça que está no
horizonte há muito tempo - a da
invasão das Low Cost´s em
Portugal
Não vejo nada num horizonte
imediato que obrigue a mexer
(no modelo acordado com a
APAVT).
-
REVISTA APAVT • ABRIL 200726
Entrevista
europeus, por exemplo em Inglaterra
onde temos tarifas exclusivas directo ao
consumidor na Internet. De toda a nossa
venda em Inglaterra 20% é feito já pela
Internet. É um mercado diferente em que
temos um comportamento diferente.
Qual a percentagem de vendas pela
Internet em Portugal?
Devemos vender pela Internet alguma
coisa como 5%.
Havendo acordo com o Galileo o
Portal avança?
O portal avança independentemente
disso. A negociação com o Galileo pode
definir se vamos ter ou não tarifas
exclusivas lá. De qualquer maneira o por-
tal avança porque se chegarmos a acordo
com o Gali leo e não tivermos tarifas
exclusivas no portal, ou seja todas as
tarifas estarão disponíveis no GDS,
mesmo assim iremos usar o portal para
algumas coisas como por exemplo os
AD's, algumas tarifas especiais de
operadores, alguns grupos, coisas mais
especif icas. É preciso ter esse
instrumento como uma forma de
incentivar o GDS.
Para quando prevê a conclusão das
negociações?
Espero seja rápido. Ou este ano vamos
lançar tarifas exclusivas pela Internet. É
uma inevitabilidade, eu tenho de ter isso
para ter condições de competir com as
Low Cost's.
Como têm evoluído as vendas
através da Internet em Portugal?
Já foi bem menos que 5%. Há alguns
anos era menos de 1%. A penetração das
Low Cost's, basicamente da Ryanair e da
easyJet, que são as maiores e que
vendem exclusivamente pela Internet,
educam e empurram o consumidor para a
Internet. O consumidor, uma vez que
esteja na Internet para procurar tarifas
low cost, acaba por entrar nos outros
portais disponíveis, de agências de
viagens ou companhias aéreas até para
comparar. Porque A Internet tem uma
grande vantagem que e comparabilidade
e uma grande desvantagem que e a
comoditização. Transforma tudo numa
simples questão de preço. Ao empurrar o
consumidor para a Internet, aumenta a
procura pelo nosso site que é o que
aconteceu em Inglaterra. Não chegamos
a 20% nas vendas pela Internet em
Inglaterra por termos feito um grande
investimento.
Estar onde estão os clientes...
A tendência de uma parte do mercado ir
para a Internet para tarifas simples,
ponto a ponto, no intra-europeu, é muito
grande e deve continuar. O que
queremos é a maior fatia de participação
de vendas nesse canal. Daqueles que
estão lá. Não estamos a fazer promoção
off-line para empurrar o passageiro para
o online, porque não tenho nenhuma
vantagem nisso. No mundo off-line em
Portugal tenho uma vantagem
competitiva imensa que é a nossa relação
com os agentes de viagens. Portanto eu
prefiro que o passageiro permaneça no
-
REVISTA APAVT • ABRIL 2007 27
Entrevista
mundo off-line porque o AV é um aliado
natural da TAP. No mundo onl ine a
competição é muito mais acirrada. Mas
tenho de estar lá, e tenho de estar lá de
uma forma muito eficiente.
Essa agressividade na Internet não
baixa a tarifa média?
A tarifa média da TAP cresceu em 2006, e
cresceu apesar de disponibilizarmos mais
tarifas baixas do que antes. Porque
crescemos muito no intercontinental, com
novos aviões e novos voos. Porque
existe uma maior maturidade da nossa
entrada na Star Alliance que se deu em
2005. em 2006 começa a aparecer de
uma forma muito forte a venda dos
nossos parceiros todos pelos voos da
TAP. E essa venda tem sido feito em
tarifas melhores, em tarifas mais premium
e muita classe executiva. E depois o
fenómeno do Brasil. A venda no Brasil
cresceu 78% em 2006 e tem uma tarifa
média maior porque temos lá um melhor
aproveitamento de classe executiva.
O crescimento da receita passa por
aí...
Precisamos de uma executiva cada vez
melhor, cada vez mais tarifas premium,
precisamos no interior europeu de voos e
passageiros de ligação para permitir que
no resto do avião possamos introduzir
tarifas mais baixas e competir com as Low
Cost's. É por isso que preciso crescer no
intercontinental, onde temos hoje um
load factor muito elevado. Para crescer
mais no tráfego intra-europeu preciso
também vender mais no intercontinental.
Que peso têm os passageiros de
ligação para o Brasil?
Já têm um peso importante e tende a
crescer porque nos posicionamos no
Brasil como uma empresa para a Europa e
não só para Portugal. E esse mercado é
muito maior. O mercado de passageiros
brasileiros para a Europa, que cresceu
28% este ano, é um mercado de cerca de
mil milhões de dólares por ano. O
mercado para Portugal é uma pequena
parte disso. Então é atrás desse mercado
de mil milhões que é vendido todo o ano
no Brasil que nós estamos.
Qual o share que têm no Brasil?
Tínhamos 15% em 2005 e no ano passado
21% do mercado brasileiro para a Europa
já estava na mão da TAP. E tende a
crescer porque já este ano aumentámos
a oferta.
Qual o peso desses passageiros no
total de vendas?
14% da receita da TAP é gerada no
Brasil. Como 33% da receita da TAP é
gerada em Portugal, podemos dizer que a
receita gerada no Brasi l está se
aproximando da metade da receita
gerada em Portugal.
A maioria dos passageiros é de
ligação?
Hoje mais da metade é um passageiro que
vai além de Portugal. Só que cada vez
mais esse passageiro fica em Portugal, na
ida ou na volta. Para a TAP é importante,
para Portugal é importante que ele fique,
portanto incentivamos que ele fique,
oferecendo diárias de hotel, facilitando.
Vou continuar com parcerias com a
hotelaria de Portugal, não só Lisboa como
no Porto.
Há quem afirme estar a criar-se
uma dependência excessiva do
Brasil...
O Brasil tem um mercado que nunca parou
de crescer e estamos a viver um momento
de grande expansão do tráfego entre o
Brasil e a Europa. Estamos no Brasil
porque existe esse mercado de
passageiros brasileiros que viajam para a
Europa, que vale alguma coisa como mil
milhões de dólares por ano. O mercado da
Europa para o Brasil também existe e é
importante, embora seja mais complexo
porque temos de competir em cada um
desses países. É um mercado que era
naturalmente para o sudeste, de busi-
ness. Desenvolvemos um novo mercado
que é o do nordeste e estamo-nos a
preparar para desenvolver o centro
“Ou temos uma acordo com o
Galileo que reduza os custos de
distribuição, ou então devemos
lançar tarifas mais baixas (na
Internet) para combater as Low
Cost's.”
“A Low Cost está a substituir
fortemente o charter.”
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REVISTA APAVT • ABRIL 200728
Entrevista
Existe uma tendência
inexorável no sentido do
desempacotamento.
oeste e o norte brasileiro no futuro. Não
adianta pegar no mapa mundo e dizer
'vamos para aqui para não f icar
dependendo do Brasil'. Porque estamos
sempre a depender e somos sempre
ameaçados em qualquer lugar que
estejamos, inclusive no transporte entre
Lisboa e o Funchal. Quer