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1 Novembro de 2015 |

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1Novembro de 2015 |

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2 3| Novembro de 2015 Novembro de 2015 |

Índice Expediente

Diretor Geral: Wallace [email protected]

Editor-chefe: Wallace Nunes Mtb 55.803/SP

Revisão Editorial: Laís Serrão

Diagramação: Jorge Maia

Fotografias: Shutterstock e Assessorias

Colaboradores: Mohammed Waleed, Érica Alcântara, Carla Ruas, Isaac Ramires, Mauro

Oliveira, Tatiana Basílio, Gislaine Mattos e Tamyres Barbosa

A tiragem da revista é auditada pela

Direitos ReservadosFica proibida a reprodução total ou parcial desta revista sem a devida autorização por escrito do

seu produtor geral.

Leia ABC é uma publicação mensal produzida pela Editora Sustentabilidade Editorial.

04 Mirante05 Editorial06 Política08 Educação09 Saúde10 Capa12 Marketing13 Esportes14 Turismo (Entre Panelas)

15 Gastronomia16 Moda17 Mundo Animal18 Em Forma

...Wallace Nunes

Colunistas

...Isaac Ramires

Érica Alcântara...

Mauro Oliveira e Tatiana Basílio...

...Tamyres Barbosa

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Mirante Editorial

Problema de caixa

Santo André vai encerrar 2015 com um défi-cit ainda maior do que o registrado no ano pas-sado. A previsão é da Secretaria de Orçamento e Planejamento Participativo da cidade, que chegou a essa conclusão ao comparar o ritmo de entrada de receitas com o que está previsto para ser arrecadado neste ano. O valor exato do déficit só poderá ser calculado quando o ano terminar. Mas o titular da pasta, Alberto Alves de Sousa, não tem dúvidas que o cenário financeiro da Pre-feitura piorou de um ano para o outro. “Nosso orçamento próprio está estimado em R$ 1,320 bi-lhão e já sabemos que isso não vai se confirmar.”, afirma Alberto Alves de Sousa. No ano passado, o déficit passou de R$ 100 milhões.

Morando recebe apoio do PHS para 2016

O Partido Humanista da Solidariedade (PHS) de São Bernardo realizou evento de posse da nova diretoria e apresentação de filiados. Os dirigentes da sigla também reafirmaram apoio à pré-candidatura do deputado estadual Orlan-do Morando (PSDB) à prefeitura nas eleições do próximo ano. O evento foi organizado pelo presi-dente municipal do PHS, Ademir Silvestre. Além de Orlando Morando, o evento foi prestigiado pelo vereador da Capital e presidente estadual do PHS, Laercio Benko. Cerca de 500 pessoas par-ticiparam do evento, segundo os organizadores. Aliado de longa data de Morando, Silvestre afir-mou estar otimista e disse que a sigla pretende fazer três vereadores em 2016.

Diminuição do número de Vereadores na Câmara de SBC

A proposta de redução no número de ca-deiras na Câmara de São Bernardo, protocolada pelo vereador da ala oposicionista Pery Cartola (SDD), não foi bem recebida por parte dos par-lamentares sãobernardenses. Na proposta, o soli-darista sugere a diminuição dos atuais 28 assen-

tos no Legislativo para apenas 21, como forma de enxugar os gastos públicos. Um dos principais críticos da matéria, o vereador Osvaldo Camargo (PPS) usou a tribuna para condenar a iniciativa de Pery. “Deve ser por falta de experiência políti-ca ou por ser ainda muito novo, mas esse mesmo vereador que pediu a redução no número de ca-deiras esteve comigo em Brasília há alguns anos, ao lado de outros vereadores da região, reivindi-cando o aumento de cadeiras”, afirmou.

Vicentinho quer ser candidato a prefeito em Diadema mas...

O PT em Diadema ainda quebra a cabeça para definir qual será o seu candidato ao Paço no próximo ano. Apesar de ainda acreditarem em um consenso os vereadores e pré-candidatos José Antônio e Manoel Eduardo Marinho, o Maninho divergem sobre a possibilidade de uma conversa junto ao partido neste momento para se evitar uma prévia. Ainda existe a divergência sobre o posicionamento do grupo que apoia a candidatu-ra do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT/SP).

As alianças de Paulo Pinheiro em SCS

O prefeito de São Caetano, Paulo Pinhei-ro (PMDB), já soma 15 partidos em torno de seu projeto de reeleição em 2016. Apesar de o número ser alcançado a quase um ano das elei-ções municipais, o peemedebista negou que já trabalhe para agregar forças a sua candidatura. O chefe do Executivo afirmou, após assembleia no Consórcio Intermunicipal do ABC, que a construção de seu arco de alianças será iniciada apenas no ano que vem. “Por enquanto é cedo. Isso se dará no ano que vem, no fim do primeiro trimestre. Graças a Deus, os partidos que estão comigo hoje são alinhados à gestão e o que a gente quer é harmonia”, disse. No pleito de 2012, Pinheiro contou com apenas quatro siglas na coligação São Caetano em Boas Mãos (PMDB, PTN, PPL e PCdoB).

Wallace Nunes

Donisete faz reforma para abrigar partidos aliados

Ao anunciar a posse de novos quatro secretários, o prefeito de Mauá, Donise-te Braga (PT), afirmou que o resultado mais positivo das alterações no primei-ro escalão foi o aumento da composição partidária, com o ingresso no governo de siglas que não estavam ao lado do petista durante a eleição de 2012. Donisete ci-tou o caso do PDT, que assumiu ontem (18) a Secretaria de trabalho e Renda, por meio do empresário Cláudio Doni-zeti Lourenço. “Quando fomos eleitos em 2012, nossa composição era reduzi-da partidariamente. O grande resultado (das trocas de secretários) é os partidos que não estavam conosco entenderem o que o governo está fazendo, reconhecem nosso esforço”, afirmou. Nas últimas elei-ções municipais, o PDT estava no palan-que da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB).

Ribeirão Pires extingue secretaria do turismo

O prefeito de Ribeirão Pires, Sau-lo Benevides (PMDB), extinguiu a Se-cretaria de Cultura e Turismo, que será descontinuada e terá suas atribuições integradas a outras pastas do governo. A medida visa reduzir gastos públicos ao excluir cargos e otimizar funções. A par-tir de novembro, o Departamento de Cul-tura integrará a Secretaria de Educação, Inclusão e Tecnologia. A nova atribuição da pasta manterá os programas de ensino especial, como as escolas municipais de Música, de Artes, e de Dança. Segundo o Paço, a expectativa é que, agora, esses programas recebam reforço pedagógico e sejam atrelados a iniciativas da rede mu-nicipal de ensino. Nenhum convênio será extinto.

Novembro é azul, mas o vermelho dos problemas financeiros já é uma realidade

No mês em que se combate o câncer de próstata- já se

tornou preocupação comum entre os homens de meia idade-

muitos estão preocupados com a crise financeira que avança

desmedidamente nos últimos meses e tende a piorar.

No penúltimo mês de 2015, como anunciavam os econo-

mistas, este ano está sendo problemático. A falta de dinheiro

no bolso de muitos é latente. As causas economia parada que

não gera emprego que não faz girar a economia, pois não en-

canta ninguém e por aí vai.

Mas que fazer para se salvar deste infortúnio que, segundo

dados econômicos, ao que parece a crise vai perdurar por pelo

menos mais oito meses.

O Brasil vive um momento de “salve-se quem puder”

e criar é a melhor forma de tentar aplacar os problemas fi-

nanceiros. O comércio percebeu o movimento de queda nas

vendas e abaixou os preços. Os resultados da tal Black Friday,

apostam, pode ser um importante sinal de que as vendas de

Natal e Ano Novo devem ser boas. Se não forem...

O desemprego no ABC caminha a passos largos para uma

elevação que só fora vista na região quando da transição de

maquinários no final dos anos 90. De lá para cá, o medo era

supressão dos postos de trabalho pela tecnologia.

Sem emprego não há salários e, obviamente, sem salários

- caso não se tenha realizado uma poupança- não é possível

pagar as contas. Mas isso é uma questão que demanda outra

matéria de capa.

LEIA ABC

Recados a Redação: [email protected] | Comentários, sugestões, críticas ou dúvi-das entre em contato com o atendimento ao leitor: [email protected] | Requisição de exemplares anteriores: [email protected] | Anúncios: [email protected]

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Política

Wallace Nunes - [email protected]

O embate eleitoral municipal, para muitos as mais dispu-tadas eleições do País, obvia-mente ainda não começou,

mas há um ano antes do pleito as ar-ticulações, e conversas para o nasci-mento das candidaturas estão firmes e fortes e floresce a cada minuto. A pauta principal das discussões é como se aproveitar do momento frágil do partido que está no poder. Seja ele, em âmbito nacional ou municipal.

Nas sete cidades do ABC, por exemplo, a oposição ainda não está pronta para seu ressurgimento, haja vista que o período eleitoral está lon-ge, mas muitos partidos já mostram as suas “garras” com pré-candidatos dis-postos a fazer sangrar cada vez mais o partido governista.

A posição, no entanto, é saber o quanto isso é possível porque muitos governantes atuais ou têm bons índi-ces de avaliação ou pegaram as res-pectivas cidades em condições finan-ceiras caóticas.

Santo André e São Bernardo do Campo, dois importan-

tes municípios da região estão sob

administração do PT, que no plano nacional sofre com o desgaste de anos de man-

datos, vivem um relativo bom mo-

mento político. Luiz Marinho, man-datário de São Bernardo tem calçado seu governo na organização da cidade. Construção de hospitais, reurbaniza-ção de favelas, conclusão de um plano diretor e investimentos no que muitos chamam de que é seu maior trunfo, as obras contra enchentes estão em seu último mandato e pretende – claro – fazer um sucessor.

Para essa discussão dois são os concorrentes: Tarcísio Sécoli, atual secretário de Obras da cidade e fiel escudeiro de Luiz Marinho e o depu-tado estadual Luiz Fernando Teixeira. O primeiro é disparadamente o mais provável candidato ao governo da ci-dade no ano que vem. Concorrem com ele os opositores, Alex Manente, deputado federal pelo PPS e o deputa-do estadual pelo PSDB, Orlando Mo-rando. O tucano tem dito nos bastido-res que é candidato e que chegou a sua vez. Aos 40 anos e no seu quarto man-dato de deputado estadual, Morando se considera o principal candidato de oposição da região ao PT.

Mas quando perguntado se é can-didato a prefeito, o deputado despis-ta. “Ainda é muito cedo para falar de eleição, mas fico absolutamente feliz quando meu nome é lembrado pelos eleitores. Isso é sinal de que tenho fei-to uma boa gestão na Assembléia Le-gislativa”.

Ele vai além. “Sou o que mais bri-ga pelos direitos do morador da região na Casa das Leis paulista. Olha, por exemplo, o trecho Leste do Rodoanel. Se não tivesse insistido não haveria conclusão desta importante obra para a região do ABC”.

Quando perguntado se “os feitos da atual administração Marinho” po-deriam atrapalhar seu planos, o de-putado do PSDB diz claramente: “Em hipótese alguma! Os feitos do prefeito Marinho é o retrato de obras aban-donadas como o do Projeto Drenar, Museu do Trabalhador e de equipa-mentos públicos, como por exemplo, das praças. Além de um profundo sucateamento da rede municipal de ensino, a ponto até de tirar a merenda das crianças. A saúde pública ridicu-larizada quando ele a compara com a saúde privada. E, vou ainda mais lon-ge, creio que o prefeito precisa visitar o seu oftalmologista, pois a visão que ele está tendo da cidade e dos serviços públicos é bem diferente da que a po-pulação de São Bernardo está vendo”, disse o deputado Orlando Morando.

Alex Manente O outro possível pré-candidato na

maior cidade da região é Alex Manen-te. Em seu primeiro mandato como deputado federal, o herdeiro político

do pai, Otávio, abraçou os primeiros dois anos do governo Luiz Marinho que estava no começo de mandato. Mas logo deixou o apoio quando não teve suas “reivindicações” atendidas e partiu para oposição. Sua investida de opositor se resume a apenas criticar Luiz Marinho pelas obras que tem pa-ralisado São Bernardo do Campo.

Há outros candidatos de outras legendas, mas ainda não tiveram ex-pressão nem coragem para se declara-rem candidatos porque muitos destes estão no governo.

Santo André Em Santo André, o município

onde há mais pessoas de classe mé-dia da região, os embates políticos se configuram com um pouco mais de solidez e vencer o prefeito Carlos Gra-na (PT) não será tarefa fácil para ne-nhum postulante de oposição. Expli-ca-se. Primeiro, há que se considerar a atual situação econômica da cidade. Tanta é a falta de dinheiro que a pre-feitura estuda postergar para o próxi-mo ano obras e investimentos projeta-dos para serem executados ainda em 2015, devido à queda de arrecadação no primeiro semestre.

Ninguém do governo procurado pela reportagem de LEIA ABC diz explicitamente que há problemas de caixa, mas sabe-se que há. “Está tecni-camente falida e o Grana com astúcia de metalúrgico tem feito o que pode para colocar a Casa em ordem”, ex-plica uma fonte do governo que pede anonimato.

Sabendo parcialmente dos proble-mas, os postulantes opositores, o em-presário Raimundo Salles, o advogado Fabio Picarelli, o médico e ex-prefei-to Aidan Ravin querem sim tentar. E ainda tem novos personagens: José Bittencourt que anunciou sua saída do PSD em busca de partido que viabilize seu projeto de candidatura à Prefei-tura em 2016. As conversas em torno deste plano estariam avançadas, prin-cipalmente com o PR. Os vereadores Ailton Lima (SDD) e Luiz Zacarias

(PTB) já anunciaram pré-candidatu-ras ao Paço no ano que vem.

Salles, o primeiro a falar com a LEIA ABC diz que não quer ser can-didato anti-partido. “Quero ser can-didato porque entendo que minha proposta de governo é a melhor a ser apresentada para a população da cida-de”.

Segundo ele, há problemas, sabe-se, mas isso não é motivo para manter uma má administração. “O Grana não sabe administrar a casa dele, o que dirá a prefeitura”. Por isso, entendo que é preciso mudar.

Outro suposto postulante é o se-cretário de Obras e Mobilidade Urba-na, Paulinho Serra (PSD). Entretanto, ele rechaça os rumores de que esta-ria de saída do governo em nome de possível candidatura em 2016. “Vou continuar o trabalho que tenho fei-to à frente da Secretaria. A discussão política não está sendo feita neste momento. Estamos preocupados em viabilizar projetos iniciados dentro da Secretaria”, disse Paulinho Serra.

Procurado pela reportagem, o ex-prefeito Aidan Ravin não se pronun-ciou sobre seu futuro político.

Em São Caetano a campanha já começou

Na cidade agora mais charmosa do ABC, São Caetano do Sul vive dias de terror político apócrifo. Explica-se.

Articulação para aproveitar os ventos favoráveisHá praticamente um ano e meio antes do pleito municipal, a oposição busca articular-se melhor para tirar os atuais mandatários do poder.

Nos últimos dias de abril, cópias de documentos que apontam a esposa e o filho do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), como titula-res de conta com mais de US$ 1,7 mi-lhão no First United Bank – sediado em Oklahoma (EUA) - circulam por meio de contas anônimas no Face-book e Whatsapp. O extrato faria par-te do dossiê supostamente elaborado pelo ex-prefeito José Auricchio Júnior (PTB), para pressionar Pinheiro a ar-ticular a aprovação das contas de seu último ano na administração muni-cipal, consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). O caso está sendo apurado pela Polícia Civil da cidade.

Auricchio Júnior, um dos prin-cipais candidatos da oposição no ano que vem ainda não teve suas contas de sua gestão aprovadas e isso tem com-plicado sua vida política na cidade.

Mauá tem quatro pré-candidatos declarados

Em Mauá, ao menos quatro pré-candidatos já anunciados – Cincinato Braga/PDT, Vanessa Damo/PMDB, Diniz Lopes/PR e Átila Jacomussi/PCdoB. Quando procurados todos são enfáticos ao criticar o mandato do prefeito Donisete Bra-ga (PT). As pala-vras são prati-camente as m e s m a s . “Não faz nada para resolver a s i t u a ç ã o da cidade e perdido”. •

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Educação Saúde

“Pai compra aquele celular pra mim? Ma-nhê, vê se não erra, eu quero aquele que tira foto e já publica no face! Faz uma surpresa, me traz um presente desta vez.”

Sim, este é o tempo do consumo! E, não raro, nos deparamos cada vez mais com essa cena, crianças e jovens que já sabem o que querem, o que de certo modo é bom, mas não tem ideia do porque o querem. Saber o que se quer pode ser muito bom, o problema é que frequentemente esta nova geração sabe o que quer, antes mesmo de saber como, quando e porque querem, e mais ainda, a maioria não sabe se o merecem.

Estamos em crise? Possivelmente.Mas a crise da qual vivemos é mais moral

e ética que econômica. Nas escolas encontra-mos crianças e jovens que pouco ou nada veem os pais e quando os veem são como turistas de seu próprio lar, tem muitas fotos e presentes para oferecer, mas pouca, muito pouca experi-ência para compartilhar.

Presentes não substituem a educação. E educação vem de berço. Não se ensina na es-cola, vem de dentro, de pai e de mãe, ou do responsável que adota para si os princípios bá-sicos que se deve transmitir aos mais novos.

Tenha certeza de uma coisa: se você não puder dividir com seu filho o que você sabe, ou-tros dividirão. Mesmo que seja a televisão com seus anúncios de consumo, que nos dizem o que devemos ter e não fazem menção de como um indivíduo chega a ser.

- Professora, disse o garoto de 16 anos, quero te agradecer.

- Por qual motivo?- Eu parei de traficar na escola.- O que? Mas eu nem sabia que você fazia

isso. Confesso que estou surpresa.- Sabe, a minha mãe é médica, nem sei di-

reito do meu pai. Eles se separaram, brigaram feio, sabe, e agora ou não conversam comigo, ou me usam para falar mal um do outro. Eu fiquei cansado, comecei a fumar, eles nem li-garam. Então apelei.

Carla Ruas- especial para revista LEIA ABC

Novas pesquisas destacam que, sob vários aspectos, treinos intensos e curtos tra-zem mais vantagens do que

os moderados e longos. Isso vale para corrida, ciclismo, natação, muscula-ção... A tendência agora é aproveitar ao máximo cada minuto. A mudança de pensamento ocorreu quando os es-pecialistas perceberam que o corpo se acostuma às atividades vagarosas.

E acredite: desde que haja aval médico, ficar esbaforido é bom in-clusive para quem já padece com de-terminadas doenças. Em 2012, estu-diosos franceses, canadenses e suíços revelaram uma melhora na recupera-ção de sujeitos com problemas cardía-cos que realizaram atividades pra lá de animadas, intercaladas com períodos de descanso. E, no ano passado, ame-ricanos descobriram que as mulheres com câncer de ovário já adeptas dos treinos vigorosos antes do diagnóstico tinham um risco de morrer 26% me-nor. Há também evidências do efei-to da atividade física em tumores de mama.

Quem possui artrite também sai-ria ganhando. Um trabalho da Uni-versidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia inscreveu 18 mulheres com a condição em aulas de spinning, conhecidas pela pegada forte. Após dez semanas, elas estavam com menos inflamação e dor nas juntas.

Que tal incluir o exercício mais intenso na sua rotina? Abaixo, demos

- Mas como foi que você começou a traficar?- Eu vivia sozinho sabe..., toca o telefone,

ele olha para seu celular de última geração e desliga.

- Continua, estou te ouvindo.- Eu vivia sozinho, sabe, daí comecei a fu-

mar um baseado e depois foi só cheirar. No meio da tarde eu saía pra buscar o remédio, a boca funciona 24h, sabe. Daí o “parça” viu que eu tinha pinta, que falava bem e que tinha jeito pra venda.

- Sua mãe sabe?- Se sabe fingi que não.- Mas como você parou?- Foi essa aula da senhora, essa ética que a

senhora fala. Eu comecei a escrever e a senho-ra passou a ler tudo que eu escrevo. Essas coi-sas mexeram com a minha cabeça, eu comecei a ficar com medo da boca e agora não vendo mais nada na escola, só fumo um baseado por que aí ninguém é de ferro.

Toca o sinal. Passa criança, passa mole-que. Ele me abraça meio sem jeito e sai.

Tudo isso aconteceu em 2006, tudo isso no pátio de uma escola pública estadual de São Paulo. Naquele ano, ele era um entre os 600 alunos que eu tinha na minha lista de aulas de filosofia. Ele marcou a minha vida como pro-fessora. Me lembro do pátio, do verde musgo que subiam as paredes do recreio. Ele queria escrever porque não tinha para lhe escutar.

De todas as homenagens que recebi, esta foi uma das mais preciosas. Era um menino a menos no tráfico, e outros tantos que ele con-venceria a usar também.

Hoje percebo que há pais e mães deses-perados com a crise, alguns até compreendo por estarem desempregados. Comparam seus filhos com os filhos dos filhos dos outros, estão preocupados com o que eles têm, aparelhos celulares mais poderosos, a última geração de videogames. Mal sabem estes que há crianças e adolescentes que trocariam tudo isso por um gesto de afeto, por uma lição de vida. •

três dicas para você saber se atingiu o ponto certo. Mas, primeiro, converse com um médico especializado e com educadores físicos para ver se está pronto.

Quanto fazer: os treinos costu-mam durar de 20 a 40 minutos, o que inclui na conta o tempo reservado para os períodos de descanso. Aliás, esforços extenuantes demandam al-guns dias de recuperação. Por isso, em geral não são repetidos mais do que três vezes durante a semana.

Como pegar pesado: não tem se-gredo. Dá pra acrescentar peso à mus-culação, apertar o passo da corrida, inclinar a esteira, mudar a marcha da

bicicleta... Agora: nos treinamentos intervalados, o foco é elevar a cadên-cia nos períodos de aceleração.

Como saber se atingiu o ritmo adequado: um sinal de que você está no caminho certo é sentir a respira-ção bem ofegante. Procure alcançar ao menos 30 ciclos respiratórios por minuto – o equivalente a uma entra-da e saída de ar a cada dois segundos. Já a frequência cardíaca precisa atin-gir 80% da capacidade máxima, o que pode ser calculado com a seguinte fórmula: 220 menos sua idade vezes 0,8. Frequencímetros facilitam muito a vida nesse sentido. •

Dossiê dos exercícios intensos

Educação nos tempos de crise

Se antes o conselho era não chegar perto dos próprios limites ao se exercitar, agora a ciência preconiza colocá-los a teste. Será que apertar o passo é o caminho mais curto rumo à saúde?

Érica AlcântaraEspecial para LEIA ABC

Docente formada em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto-UFOP, atuou sete anos como jornalista na região metropolitana de São Paulo. Atualmente está se especializando em jornalismo literário e trabalha na comunicação do Instituto VOCÊ.

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Capa

Wallace Nunes - [email protected]

A ideia que havia caído nas graças da população, ani-mado as dezenas de po-líticos locais e também o

governador do Estado, não vai mais acontecer. Não neste momento, mas não há data prevista para começar. A reportagem de LEIA ABC, que acom-panha este projeto desde 2013, se refe-re ao monotrilho, ou como muitos di-zem o Metrô de superfície, que ligará o ABC à Capital.

Com obras previstas para ter iní-cio em 2016, a Linha Bronze seria uma boa saída para desafogar o intenso e crescente tráfego do ABC, melhorar a questão do transporte rápido de mas-sas na região e ainda mostrar um novo mapa de reurbanização das sete cida-des. Pelo projeto, com 13 estações, co-meçando na Djalma Dutra (região do Paço Municipal de São Bernardo), em São Bernardo do Campo, passando por São Caetano, Santo André até a Esta-ção Tamanduateí, (Linha 2 verde me-trô e Linha 10 Turquesa da CPTM). A infraestrutura abrange ainda um pátio de manutenção e manobras.

“ Investimentos são da ordem de R$ 3,01 bilhões, sendo 55% de aportes públi-cos (Governo federal, estado e prefeitu-ras) e 45% aplicados pelo setor privado”, afirmara na época o então secretário de-Planejamento e Desenvolvimento Re-gional do Estado, Julio Semeghini.

Entretanto, dois anos depois que o governo do estado assinou o contrato para construir a Linha Bronze, a ex-pectativa que despertou o interesse da

população ,e também dos políticos, se tornou frustação.

Explica-se. Moradores do ABC, os mais beneficiados viram-se diante de um projeto que finalmente poderia dar mais tranquilidade nas viagens, eco-nomia de dinheiro, e o meio ambiente agradeceriam imensamente caso tudo desse certo. E de fato tudo caminhava para tal. Até os políticos -da situação e da oposição- caminharam, por debaixo dos panos, de mãos dadas.

Estava tudo pronto. Em 2009, Luiz Marinho, o prefeito da maior cidade do ABC, estava entusiasmado e pediu ao seu secretariado da área apresentasse um projeto funcional do monotrilho. Ele chegou a estimular o conselho de desenvolvimento da Re-gião Metropolitana para retomar a discussão sobre a mobilidade urbana com foco no transporte público.

Agora, sete anos depois, pergun-tas ficam no ar: Quando vai começar? Onde está o dinheiro investido? Para a primeira pergunta a resposta é: O pra-zo - março de 2015 - foi anunciado pelo governador em novembro do ano pas-sado, durante inauguração da estação Fradique Coutinho da linha 4-Amarela do Metrô. Antes do evento, o governo sustentava a promessa de que as obras começariam até o final de 2014.

Agora, não há novo prazo. “Atual-mente, o Consórcio Vem ABC [ven-cedor da licitação] desenvolve os pro-jetos básicos, levantamento cadastral dos imóveis para desapropriações e também trabalha na obtenção das li-cenças para o início das obras que está previsto para o segundo semestre de

2015”, explica a empresa, em nota.As outras duas linhas que estão

em construção deram problemas. A Linha 15-Ouro, na Zona Sul, vai atra-sar três anos, e quando ficar pronta terá dez km a menos que o previsto. Os trechos até o estádio do Morum-bi e até a estação Jabaquara estão fora do novo prazo. Na Zona Leste, das 18 estações da Linha Prata prometidas, só duas foram entregues no prazo. E o governo só garante dez estações para 2017. Estão de fora as paradas entre São Mateus e a Cidade Tiradentes e a ligação até a Ipiranga.

Lembra-se que durante o cami-nho da empreitada no ABC, o proces-so de licitação da linha chegou a ser suspenso no ano passado por deter-minação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que viu indícios de conluio na concorrência. O Metrô precisou re-fazer o edital para que a licitação tives-se continuidade.

Enquanto isso, especialistas ques-tionam se mais um monotrilho na Grande São Paulo é a solução ou mais um problema. São 15 km de trilhos que devem custar R$ 4 bilhões. Para Luís Vicente Figueiredo de Melo, pro-fessor de engenharia do Mackenzie, como o ABC não tem metrô e a popu-lação pode crescer na região, a Linha Bronze deveria ser um metrô subter-râneo, e não monotrilho.

O imbróglio tende a se perpetuar já que o governo do estado espera pelo dinheiro do governo federal para ini-ciar a construção e uma saída para o já preocupante trânsito do ABC. •

Vai demorar e não se sabe quanto tempoObras do monotrilho que ligará o ABC à capital, outrora a menina dos olhos dos todos os políticos da região, não terá início em 2017 por falta de verbas e projeto de crescimento do transporte a partir do Metrô leve gera dúvidas

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Marketing Esportes

Muitas empresas sofrem dificuldades de comunicação – e poucas sabem disso – por não terem trabalhado a sua marca como um todo durante sua existência. É comum ver pon-tos de contato de uma empresa dialogando de maneira diferente em diversos lugares, seja na aplicação visual do logotipo, seja no modo de falar ao telefone, nas comunicações por e-mail e etc. É realmente difícil conseguir enxergar a marca como o todo de um negócio.

Com os avanços mercadológicos, a dispu-ta entre empresas por espaço se acirra, como consequência do surgimento de mais e mais negócios, em um processo crescente. Por ano, no Brasil, nascem mais de um milhão de novos negócios, embalados pela voracidade empre-endedora de startups, franquias e microem-preendimentos.

Com isso, as empresas precisam encon-trar novas velhas maneiras de manter um des-taque em seu meio de atuação. As máximas de sempre, hoje, são mais do mesmo. Virou obrigação ter um atendimento excelente, para venda de produtos e serviços de qualidade, a preços competitivos. Mas, como se destacar? Trabalhando a marca.

A marca é o todo. Não é simplesmente o logotipo, a identidade visual, o site ou a equipe comercial. A marca de uma empresa é, de fato, o todo que ela representa perante seu mercado de atuação, frente o seu público. E isso é mui-to sério. Grandes marcas, como Apple, Google e Nike souberam trabalhar bem seus valores ao longo do tempo. Tanto que é difícil imaginar essas empresas no âmbito de uma estrutura física. Mas é fácil imaginá-las através de pers-pectivas de marca, ou seja, do que elas repre-sentam.

Honda e Toyota, por exemplo, no Brasil, em pleno cenário crítico 2015, registram cres-cimento nas suas vendas em relação aos úl-timos anos, na contramão do setor automobi-

Redação LEIA ABC – redaçã[email protected]

Estádio do Inamar, em Diade-ma, Primeiro de Maio, em São Bernardo, Bruno José Daniel, do Santo André e o Anacleto

Campanella - onde joga o São Caeta-no - precisam estar em boas condições para que os laudos exigidos pela Fede-ração Paulista sejam renovados.

Dos quatro, o que menos pre-ocupa é o Primeiro de Maio de São Bernardo. “Os ajustes são feitos nos vestiários, salas de doping, lavanderia e coletiva de imprensa. As obras estão dentro do cronograma e passando pela fase bruta de confecção de todas as salas, para depois chegar à fase de acabamento”, explicou o secretário de Esportes e Lazer de São Bernardo, José Alexandre Devesa.

Para o ano que vem, a novidade do Primeiro de Maio é a criação de um setor de luxo. Serão 500 cadeiras ao estilo luxo. Em reforma desde agos-to, o Primeiro de Maio vai ser vistoria-

lístico. Mágica? Não. Valor. Elas conseguiram, ao longo do tempo, agregar tanto valor para suas marcas que se tornaram preferência do setor, concentrando taxas positivas de venda em um momento de recessão. Sim, o produto é bom, o atendimento é excelente e os preços são competitivos. Porém, essa somatória, mais os valores direcionados para suas marcas, de confiança, credibilidade, durabilidade, valori-zação e diferenciação são decisivos na escolha do consumidor. Esses valores podem ser nota-dos em estratégias de comunicação.

Trabalhar uma marca não é fácil, pois não é tangível. A maior parte das pessoas pensa que marca é o visual, o logotipo. Estão erradas. Logotipo é apenas uma parte do todo, comple-mentado por nome, slogan, identidade visual, cores e símbolos gráficos. Esses elementos são todos visuais, mais fáceis de serem no-tados. Porém, não significam nada para um trabalho de longo prazo se não forem susten-tados.

Assim, complementando, embasando e enraizando toda proposta visual, outro elemen-to – a plataforma de marca – dá sustentação ao todo. Ela direciona e posiciona o momento atual de como a marca deve e deverá se com-portar. Nessa linha, ela coleciona parâmetros de valores intangíveis, como propósito, posi-cionamento, identidade central, visão, olhar de futuro, diferenciais e todo tipo de informação e dado que fundamenta sua existência.

É a partir da plataforma de marca que é possível dizer quem a empresa é, ou seja, sua descoberta, o que ela faz, para quem ven-de, como vende, como se comunica, como se valoriza, e como se comporta visualmente, consequentemente, gerando confiança e soli-dez para o desenvolvimento do negócio, suas ações de comunicação e sua existência interna e externa. •

do pela Federação e será classificado como indisponível por um período, justamente pelas obras. Mas, com o término dos trabalhos, ganhará apro-vação.

São CaetanoOutra praça esportiva importante

e inacabada está em São Caetano. O Anacleto Campanella vai ter um novo prédio no setor oposto às cadeiras nu-meradas, com vestiários, auditório e sala de imprensa. Mas não há prazo para o término. O presidente Nairo Ferreira de Souza afirmou que os clu-bes participantes da Série A-2, que é o caso do Azulão, têm até 30 de novem-bro para renovar os laudos. “Para que não exista problemas, o São Caetano tem apenas, nas palavras do dirigente, a obrigação de colocar numeração nas arquibancadas”.

Obras no Bruno Daniel em anda-mento

Entre os principais campos da Re-gião, aquele que recebeu mais trans-formações foi o Bruno José Daniel,

afinal a administração levantou uma nova arquibancada na antiga marqui-se. Nos últimos dias, torcedores fize-ram reclamações de que a reforma es-tava em ritmo lento. “Acreditamos na palavra da Prefeitura, que garante o estádio pronto e apto para ser utiliza-do na A-2. O campo está em perfeito estado, o gramado ótimo. A arquiban-cada está sendo construída e deve ser entregue normalmente antes do início do campeonato (A-2)”, opinou o pre-sidente do Santo André, Jairo Livólis.

Água Santa otimistaTerminada a perícia no estádio

do Inamar, que apontará no futuro as causas para queda de parte da arqui-bancada, cabe à Defesa Civil liberar a retomada das obras. Até o fechamento desta edição a prefeitura de Diadema não deu um prazo.

“A Prefeitura está fazendo uma avaliação sobre as ações a serem ado-tadas para assegurar que a continui-dade da obra não cause nenhum risco aos trabalhadores ou moradores do

entorno. Mediante isso, não há definição para retorno da obra”, diz nota oficial da assesso-ria de imprensa.

Em contato com a reportagem, o presi-dente do Água Santa, Paulo Sirqueira, está mais otimista e afirma que há grande chance de os operários volta-rem ao trabalho ainda no mês de novembro. •

Sem estádio para a prática do futebol

O que está por trás de uma marca?

Equipes do ABCD que disputarão a divisão A-1 do Paulistão em 2016 precisam realizar obras em seus estádios

Isaac Ramires Especial para LEIA ABC

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Turismo (Entre Panelas) Gastronomia

Por Tatiana Basílio

No começo do ano quando estávamos pla-nejando nossa viagem à Italia com a super ajuda do casal de amigos Sal e Carina (grazie ancora!), além das indicações de lugares, vi-nhos, pratos e passeios eles nos deram uma dica de ouro sobre assistência médica: o INSS tem convênio com alguns países o que nos dá direito a atendimento na rede pública destes locais sem custos!

É uma coisa simples mais que pouquíssi-mas pessoas sabem (nós mesmos não sabía-mos): cidadãos brasileiros que pagam INSS, e seus filhos, tem direito a atendimento médico na rede pública de saúde em países que man-tém acordos bilaterais com a nossa terrinha.

Atualmente o Brasil tem acordo vigente com Cabo Verde, Itália e Portugal.

Ótimo, não! A coisa é simples mas não é automática. Para fazer valer esse convênio, é necessário obter o Certificado de Direito a As-sistência Médica (CDAM) em agências especí-ficas do INSS, (consulte os endereços aqui). Lá é só apresentar documentos como passagem de ida e volta, CPF, passaporte, carteira de tra-balho (para celetistas) e etc e depois retirar o documento que em geral fica pronto rapidinho. Confira a lista exata dos documentos e infor-mações detalhadas no link aqui.

O certificado CDAM tem validade de até um ano e pode ser solicitado quantas vezes for ne-cessário.

Travel accidentAí você pode perguntar, vale a pena? Bom,

quando fomos para a Italia fizemos o CDAM. Felizmente não precisamos usar então não te-mos como dar uma opinião sobre o processo e atendimento médico, mas nossos amigos, Sal e Carina, utilizaram e disseram que é fácil e de boa qualidade.

Mas falando de valores, vale sim a pena. Para nossa viagem a Italia a cotação do Segu-ro viagem, na época, ficou em torno de R$500 para o casal. Fizemos o CDAM e como no co-meço do ano o euro estava R$ 3,50 economi-zamos uns 140 euros (ai que saudades desta cotação…). Agora vou para Lisboa e de novo

Redação LEIA ABC – redaçã[email protected]

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recen-temente um alerta em rela-ção aos alimentos embuti-

dos. Segundo uma pesquisa feita pela Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (Iarc), embasada por mais de 800 artigos, o consumo dessas substâncias aumenta em 18% o risco de câncer. Nesse cenário, o bacon ar-tesanal surge como opção.

A nutricionista Alice Bayer Mon-teiro explica que o bacon artesanal é aquele feito em casa, a partir da car-ne de porco. “A diferença para o co-mercializado é que ele é mais natural, pois possui menos aditivos químicos e conservantes”, aponta. Dessa for-ma, para quem não abre mão do in-grediente, representa uma alternativa mais saudável.

Em relação aos prós e contras do bacon artesanal, Alice conta com algumas recomendações. “O bacon comum tem conservantes, estabili-zantes, antioxidantes, espessantes, corantes e realçadores de sabor. O ar-tesanal é melhor justamente por não

fiz um CDAM. Minha irmã mora em Lisboa e já usou o sistema público algumas vezes, ela conta que o atendimento é ótimo. Os postos são organizados e rápidos e os médicos bas-tante atenciosos. Então porque não economi-zar esta graninha?

Ah, uma coisa importante, é preciso fazer um certificado para cada país. No caso da Italia recebemos um certificado apenas para o perí-odo da viagem, para Portugal meu CDAM veio com validade de um ano!

Você pode preferir fazer um seguro assis-tência que oferece além da assistência saúde vários outros benefícios como concierge, as-sistência odontológica, seguro de bagagem, seguro de acidentes pessoais e etc. Mas de qualquer forma é válido e importante saber que temos direito a este convênio, afinal é uma possibilidade de retorno sobre um pouco da tributação pesada que pagamos, né.

Mas lembre-se, se for para outros lugares além dos países do acordo é necessário veri-ficar a legislação e fazer o seguro solicitado. Para os demais países da Europa, por exemplo é exigido o seguro Schengen (se precisar fazer o seguro Schengen, a dica é que alguns car-tões de crédito oferecem o seguro normalmen-te sem custo para quem compra a passagem internacional com o cartão, verifique condições e benefícios na Central de Atendimento do seu cartão/banco).

Fica então a dica, e logo volto com os cau-sos de Portugal.

Alguns links sobre o assunto:http://www.lavainana.com.br/#!saude-na-

viagem/c10xxhttp://www.viajenaviagem.com/2013/01/via-

gem-a-europa-como-fazer-o-convenio-do-insshttp://www.aquelapassagem.com.br/se-

guro-ou-assistencia-de-saude-de-viagem-ne-cessarios-atencao-as-suas-regras/

Informações oficiais:http://sna.saude.gov.br/cdam/http://www.previdencia.gov.br/a-previden-

cia/assuntos-internacionais/assuntos-inter-nacionais-acordos-internacionais-portugues/

http://datasus.saude.gov.br/images/Car-ta_do_Cidadão_FINAL.pdf. •

conter tantos aditivos”, esclarece.Mas isso não significa que o bacon

artesanal possa ser consumido sem moderação. “A receita feita em casa, além da carne, possui açúcar e sal de cura: nitrito ou nitrato de sódio. Esses ingredientes também têm potencial cancerígeno”, adverte. Por isso, o im-portante é moderar na quantidade.

Os embutidos se tornam preju-diciais à saúde somente quando são consumidos diariamente. “O princi-pal é não comer com frequência. Se a ingestão for eventual, não vai trazer riscos”, destaca. O problema, segundo Alice, é que as pessoas estão comendo embutidos diariamente, em mais de uma refeição. Nesse caso, é preciso ter cuidado.

Em relação ao alerta da OMS, a nutricionista também faz alguns es-clarecimentos. “A Iarc descobriu que o consumo de 50 g de embutidos au-menta 18% o risco de câncer colorre-tal. Os alimentos aos quais eles se refe-rem são especialmente os preparados com carnes: salsicha, presunto, lingui-ça, carne enlatada e carne seca”, diz.

Porém, na realidade, Alice lem-bra que embutidos são todos aqueles

elaborados a partir de proteína trans-formada por fermentação, defumo ou qualquer técnica para realçar sabor e melhorar a conservação. “O potencial cancerígeno desses produtos está jus-tamente nos aditivos químicos usados com esses propósitos”, enfatiza.

A nutricionista acredita que o alerta seja uma boa oportunidade para as pessoas repensarem a alimentação. “Não deve ser motivo de pavor, mas é uma boa chance para lembrarmos que quanto mais natural o cardápio, me-lhor”, conclui.

Dicas para substituir o baconSe você deseja adotar uma alimen-

tação mais saudável e excluir o bacon da dieta, é possível seguir algumas dicas. “Para comer com pães, minha sugestão é substituir o ingrediente por queijos quark e cottage, mel ou geleias light”, explica Alice.

De acordo com ela, o ovo cozido e o frango desfiado já são opções mui-to mais saudáveis do que os embuti-dos. Mas não é necessário eliminar o bacon para sempre. Basta fazer trocas inteligentes eventualmente. •

Bacon artesanal é mais saudável que o industrializado

Economizando na viagem Mauro Oliveira (Engenheiro de profissão e culinarista) e Tatiana Basílio (publicitária e enóloga) são edi-tores do site Entre Panelas & Taças (http://entrepane-lasetacas.com.br/) confira.

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Mundo AnimalModa

Gislaine Mattos – especial para LEIA ABC

O pet não deve ficar solto du-rante o trajeto, o que também inclui não colocar o focinho na janela para pegar vento,

hábito que alguns cães adoram. Quem ainda não se habituou às regras, deve saber que deixá-los soltos no veículo não implica somente multas e pontos na carteira de habilitação, mas um perigo para o bem-estar e saúde dos peludos.

Quando os animais ficam soltos, além de tirar a atenção do motorista, eles podem se machucar em freadas bruscas e, caso as janelas do carro es-tejam abertas, pular com o veículo em movimento. Sem contar que o hábito de ficar com o focinho na janela pode provocar otite, inflamação do ouvido, devido ao vento.

Para manter o pet em segurança no carro, o tutor tem como opção as caixas de transporte, as cadeirinhas e o cinto de segurança que são vendidos nos pet shops. Em relação às caixas, é importante que sejam arejadas, que permitam que o animal possa rodar em torno do seu próprio eixo para fi-car confortável e não estejam soltas no interior de veículo. O ideal é que as caixas sejam presas ao cinto do carro ou fiquem no chão para que não se

Redação LEIA ABC – redaçã[email protected]

Femininos, leves e perfeitos para varias ocasiões, os vestidos para o verão 2016 vêm com novidades. As tendências para

a próxima estação são práticas e não pedem combinações muito elaboradas. Para arrasar, basta investir em acessó-rios, sapatos e uma make poderosa.

Segundo a personal stylist Ga-brieli Vargas, os vestidos de malha e estampa listrada são a grande aposta para o verão, acompanhados pelos modelos com recortes na costela e o comprimento midi, que vêm apare-cendo há algum tempo. “Essas são as três principais tendências que vimos que vão bombar na estação”, aponta.

desloquem durante os trajetos.Se forem adaptados desde filhotes

às caixas, eles se acostumam. Se o ani-mal for mais velho, o tutor deve fazer a adaptação com paciência, oferecendo petiscos para que o cão ou o gato não associe a caixa a algo negativo.

Enquanto as caixas mantêm o ani-mal isolado, as cadeirinhas e os cintos de segurança apropriados permitem ao pet aproveitar o passeio, como po-dem ter a altura regulada, é possível mantê-los mais altos para que possam observar pela janela.

Enjoo e vômitosOs cães não estão livres da nau-

patia, enjoo que costuma acometer os navegantes, provocado pelo mo-vimento. O tutor deve precaver-se e conversar com veterinário responsável antes de seguir viagem. O movimento e os solavancos repercutem nos canais internos do ouvido dos animais, área responsável pelo equilíbrio, causando esse tipo de sintoma.

Os filhotes são mais suscetíveis ao problema porque não estão acostuma-dos com movimentações e transporte e seus dispositivos de controle de náuseas ainda estão imaturos, sendo estimulados à medida que o organis-mo requer. Caso essas viagens sejam inevitáveis, é possível usar medicações específicas para os animais, nunca se

Assim como na primavera, a inspiração nos anos 1970 ainda está com tudo. Vale escolher es-tampas camel e outras que reme-tam à época. “Elas são garantia de um look de sucesso”. Os anos 1990, marcados pelas bandanas e pelo estilo grunge, traz refe-rências que inspiram modinhas como a do gótico suave. “Jeans e estampas de bandana aparecem bastante”, indica Gabrieli.

Vestidos em linha A e com pegada sessentinha são um bom investimento. “Ele é um modelo clássico, que vai do trabalho ao happy hour”, afirma a stylist. Os vestidos listrados também são uma dica. Os mais vistos são as opções coladinhas e no comprimento midi. Anitta, porém, apostou em uma ver-são cheia de brilho, no estilo “regatão”.

A blogueira Thássia Naves arrasou com o dress acinturado e com estam-pa anos 1970. Para arrematar o look, a gata escolheu camisetão off-white e sandália marrom de salto alto.

Uma boa pedida para o festerê do fim de semana são os modelos com re-cortes. Eles são modernos e sensuais, sem apelar para a vulgaridade. , por exemplo, investiu em um pretinho básico com tiras e as costelas desco-bertas. Colado e com decote leve, o vestido é sexy na medida certa.

De acordo com Gabrieli, os vesti-

deve recorrer aos medicamentos para humanos, já que o organismo dos pets é diferente.

Além da causa fisiológica, animais mais velhos também são vítimas do problema. Isso ocorre porque, como já tiveram crises de enjoo no passado, costumam associar o passeio a mais um momento de estresse e de ansie-dade, o que causa vômitos e náusea. Essa situação perturbadora vira um ciclo vicioso que só será interrompido com a dedicação do tutor, que deverá acostumar o animal a passeios mais curtos no carro no início, com para-das para o animal caminhar e fazer as necessidades.

Também é importante não ali-mentar o animal em horário próximo ao passeio porque se estiver com o es-tômago cheio facilita os vômitos. Em casos mais graves, também pode se recorrer à medicação, na dúvida, o tu-tor deve pedir ao veterinário que pres-creva algo para atenuar esse tipo de sintoma, sempre lembrando de nunca utilizar as mesmas drogas usadas em humanos. Toda medicação deve ser ministrada ao pet sob orientação de um médico veterinário responsável. •

dos para eventos noturnos dependem do dress code da ocasião. Vale esco-lher um vestidinho fluído de seda, quase no estilo camisola. “Ele é sem-pre certeiro e está súper em alta”, des-taca. Quem quiser também pode abu-sar do coladinho com recortes, desde que não seja extravagante.

In e out Gabrieli afirma que a moda anda

democrática e existem coleções para todos os gostos: “É difícil dizer que algo está ‘in’ ou ‘out’. Depende muito do estilo da pessoa”. Para ela, no en-tanto, asfranjas já saíram de moda e devem dar vez para outras tendências. “Já enjoamos um pouco delas, não é mesmo?”, brinca. •

Cães em passeios de carro

Escolha vestidos para o verão 2016 e arrase no look do dia

Membros da família, cães também são convidados aos passeios de carro, mas o que poucos sabem é que existem regras para transportá-los adequadamente

Confira modelos de vestidos para o verão que estão com tudo e confira dicas de uma stylist para arrasar

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Em Forma

Importante campo de investigação e atu-ação, a Nutrição se desenvolve cada vez mais e, além de promover maior qualidade de vida, possibilita a prevenção de doenças

Há sessenta anos está regulamentada a profissão nutricionista no Brasil. Desde então os conhecimentos dessa ciência tem se apri-morado. Muitos encaram a ida ao nutricionista como uma forma de encontrar a solução para perda ou ganho de peso, porém não é só isso que pode ser encontrado nesse profissional. Há vários campos de atuação do nutricionis-ta, como na área hospitalar, escolas, cozinhas. Consultórios, clubes, academias, laboratório, área acadêmica, entre outros.

Hoje em dia tem se falado muito na impor-tância da alimentação e da boa nutrição.

A alimentação adequada aumenta a pers-pectiva de se viver mais com uma melhor qua-lidade de vida. A nutrição pode ser usada como prevenção ou cura, sendo importante em vá-rias etapas da vida, do nascimento até o enve-lhecimento ou em diversas situações fisiológi-cas, da carência ao excesso.

Antigamente o maior desafio da nutrição eram as carências energéticas e nutricionais,

hoje já temos uma inversão nesse quadro ten-do o excesso como algo a ser combatido e com esse excesso energético ingerido temos o sur-gimento de doenças crônicas não transmissí-veis (dcnt) em evidência. Podemos citar diabe-tes, obesidade e hipertensão como exemplo.

Os avanços na nutrição transformam a rotina do ato de comer em uma poderosa fer-ramenta para melhorar a qualidade de vida, analisando os nutrientes e como eles podem beneficiar o funcionamento do organismo de cada indivíduo. Além disso uma alimentação balanceada pode diminuir o stress, melhorar o humor, o aspecto dos cabelos e da pele, o sistema imunológico, estabelecendo equilíbrio do organismo.

Para obter esses benefícios faz-se neces-sário o acompanhamento de um profissional nutricionista para que seja desenvolvida uma educação alimentar específica para cada pes-soa. Nenhum alimento sozinho possui todos os nutrientes necessários para a manutenção da boa saúde, por isso é sempre bom o auxílio de um nutricionista, que poderá oferecer uma dieta individualizada, rica e variada. •

Os desafios da nutriçãoTamyres Barbosa Especial para LEIA ABC

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