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REVISÃO DE PROCESSO CIVILPROFESSOR MAURÍCIO CUNHA

REVISÃO 26.02.2015

PRINCÍPIOS

Princípi- conceito (Fredie Didier Jr): Princípio é espécie normativa. Trata-sede norma que estabelece um fm a ser atinido. !e essa espécie normativavisa a um determinado "estado de coisas#$ e esse fm somente pode seralcan%ado com determinados comportamentos$ "esses comportamentospassam a constituir necessidades pr&ticas sem cu'os eeitos a proressivapromo%o do fm no se reali*a.

E!c"ci# $ir%&# (Fredie Didier Jr): + efc&cia direta de um princípio tradu*-sena atua%o sem intermedia%o ou interposi%o de um outro (sub)princípioou rera. ,esse plano$ os princípios eercem uma un%o interativa:permite-se arear elementos no previstos em subprincípios ou reras. +despeito da ausncia de previso normativa /pressa de umcomportamento necess&rio 0 obten%o do estado de coisas alme'ado$ oprincípio ir& aranti-lo.

E!c"ci# in$ir%&#  (Fredie Didier Jr): 1&$ porém normas que servem 0concreti*a%o dos princípios processuais. 2s meios para alcan%ar esse"estado de coisas#$ que o princípio busca promover$ podem ser típicos$determinados por subprincípios ou por reras 'urídicas$ que servem para

delimitar o eercício do poder e$ assim$ conter a arbitrariedade daautoridade 'urisdicional$ na constru%o da solu%o do caso que l3e orsubmetido. 4uando atuam com a intermedia%o de outras normas$ ala-seque os princípios tm efc&cia indireta. +s normas que servem como ponte$a intermediar a efc&cia do princípio$ podem ser outros princípios(subprincípios) ou reras.

LIVRO I' DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS' (Í(ULO )NICO' DASNORMAS FUNDAMEN(AIS E DA APLICA*ÃO DAS NORMAS

PROCESSUAIS. CAPÍ(ULO I' DAS NORMAS FUNDAMEN(AIS DOPROCESSO CIVIL.

Ar&.1+- O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretadoconforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos naConstituição da República Federativa do Brasil, observando-se asdisposições deste Códio!  , Fica clara a inten%o do leislador quanto 0necessidade de que o novo teto se'a ordenado$ disciplinado e interpretadoem total observ5ncia com o modelo constitucional. Todavia$ como ensina o

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Pro. 6&ssio !carpinella 7ueno$ trata-se de norma desnecess&ria em un%o$ 'ustamente$ da or%a normativa da 6onstitui%o.

Crí&ic#: tra* a alsa impresso de que as normas deste novo 6P6 sosufcientes para ordenar e disciplinar o Processo 6ivil$ o que no é verdade$

porque o contraste de qualquer lei com a 6F é tarea insuprimível noordenamento 'urídico da atualidade (controle de constitucionalidade).

Ar&.2+'  O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso o"cial, salvo as e#ceções previstas em lei!  , 6onsara%o epressado c3amado princípio dispositivo ou da inércia 'urisdicional. 2 dispositivomescla os atuais arts.8 e 898$ 6P6. !o ece%es os casos em que oordenamento determina a predomin5ncia do princípio inquisitivo (art.;<;$6P6 viente$ p.e.)

Ar&.-+'  $ão se e#cluirá da apreciação %urisdicional ameaça ou lesão a

direito! &!!!'

Ar&.+'  (s partes t)m o direito de obter em pra*o ra*oável a soluçãointeral do m+rito, includa a atividade satisfativa!  , 2s dispositivosrepetem$ praticamente$ o art.=>$ ???@ (princípio da inaastabilidade doeercício da 'urisdi%o) e A??@BBB (princípio da economia e efcinciaprocessuais)$ 6F. Bmportante destacar que a "atividade satisativa#evidencia que a atividade 'urisdicional no se esota com o recon3ecimento(declara%o) dos direitos$ mas também com a sua concreti*a%o.

Ar&.5+'   (uele ue de ualuer forma participa do processo deve

comportar-se de acordo com a boa-f+! , Princípio da probidade processual eda boa-é (a liti5ncia de m&-é é tratada no artio <C do ,6P6)

Ar&.6+' .odos os su%eitos do processo devem cooperar entre si para ue seobten/a, em tempo ra*oável, decisão de m+rito %usta e efetiva. , princípioda coopera%o.

Ar&./+.  0 asseurada 1s partes paridade de tratamento em relação aoe#erccio de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos2nus, aos deveres e 1 aplicação de sanções processuais, competindo ao %ui* 

 *elar pelo efetivo contraditório! , Princípio da isonomia e do contraditrio$aperei%oamento$ e muito atual a previso do art.E8=$ B$ 6P6. 6ontraditriono sentido de participa%o e coopera%o eetivas e aptas a contribuir com oproerimento das decises e satisa%o do direito tal qual recon3ecido.

Ar&.+'  (o aplicar o ordenamento %urdico, o %ui* atenderá aos "ns sociais e1s e#i)ncias do bem comum, resuardando e promovendo a dinidade da

 pessoa /umana e observando a proporcionalidade, a ra*oabilidade, alealidade, a publicidade e a e"ci)ncia! 

Ar&.+' $ão se proferirá decisão contra uma das partes sem ue ela se%a

 previamente ouvida!

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Parágrafo único! O disposto no caput não se aplica3

4- 5 tutela provisória de ur)ncia644- 5s /ipóteses de tutela de evid)ncia previstas no art!788, incisos 44

e 4446444- 5 decisão prevista no art!9:8!

,Princípio do contraditrio e da ampla deesa. +s ece%es$ compreensíveis$residem nas 3ipteses de tutelas 'urisdicionais que$ por sua prprianature*a$ poderiam ser rustradas pelo tempo necess&rio aoestabelecimento do prévio contraditrio. 2corre$ em tais casos$ to-somente$ o posteramento do contraditrio.Ar&.10' O %ui* não pode decidir, em rau alum de %urisdição, com base emfundamento a respeito do ual não se ten/a dado 1s partes oportunidadede se manifestar, ainda ue se trate de mat+ria sobre a ual deve decidir deofcio! ,/vitar o proerimento de decises-surpresa$ ou se'a$ proeridas pelomaistrado sem que ten3a permitido$ 0s partes$ a oportunidade de

inuenciar sua deciso. 6ontraditrio puroGAr&.11' .odos os %ulamentos dos órãos do ;oder <udiciário serão públicos,e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade!  , Princípio dapublicidade e princípio da motiva%o. (art.;H$ B?$ 6F)

D%i$ prc%33 4%#4 (Fredie Didier Jr): 6omo se v$ o devido processoleal é um direito undamental de conteIdo compleo. ,esse sentido$ tantose pode reerir ao direito undamental ao processo devido$ como um direitoundamental dotado de um conteIdo compleo$ como também é possívelreerir-se a cada uma das eincias anin3adas nesse conteIdo compleo

como constituindo um direito undamental. + vantaem em se identifcarcada uma dessas eincias e denomin&-las individualmente é a de acilitara sua operacionali*a%o pelo intérprete$ isto é$ auili&-lo na solu%o dequestes relacionadas com a concreti*a%o de tais valores.D%i$ prc%33 4%#4  (arcus @inicius Kios Lon%alves): 2 devidoprocesso leal ormal ( procedural due process) di* respeito 0 tutelaprocessual. Bsto é$ ao processo$ 0s arantias que ele deve respeitar e aoreramento leal que deve obedecer. J& o devido processo leal substancial(substantive due process) constitui autolimita%o ao poder estatal$ que nopode editar normas que oendam a ra*oabilidade e arontem as bases doreime democr&tico. Para ns$ interessa$ sobretudo o aspecto ormal$ quedi* respeito ao arcabou%o processual.D%i$ prc%33 4%#4 r7#4: !eu conteIdo é composto pelas arantiasprocessuai do direito ao contraditrio$ ao 'ui* natural$ a um processo comdura%o ra*o&vel etc... (é a dimenso mais con3ecida do devido processoleal). Também c3amado de "procedural due process#$ é diriido aoprocesso em si$ obriando-se o 'ui* no caso concreto a observar os princípioprocessuais na condu%o do instrumento estatal oerecido aos

 'urisdicionados para a tutela de seus direitos materiais.D%i$ prc%33 4%#4 3893&#nci#4: Desenvolvido nos /M+$ consiste noato de que o processo devido no é apenas aquele em que se observam

eincias ormais: devido é o processo que era decises 'urídicassubstancialmente devidas. Também c3amado de elabora%o e interpreta%o

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das normas 'urídicas$ evitando-se a atividade leislativa abusiva e irra*o&vele ditando uma interpreta%o ra*o&vel quando da aplica%o das normas

 'urídicas. Funciona sempre como controle das arbitrariedades do PoderPIblico.

REVISÃO 0-.0-.2015

PRINCÍPIOS NO DIREI(O PROCESSUAL CIVIL

Princípi $ cn&r#$i&:ri  (Fredie Didier Jr): +plica-se o princípio docontraditrio$ derivado que é do devido processo leal$ nos 5mbitos

 'urisdicional$ administrativo e neocial (no obstante a literalidade do tetoconstitucional). + 6onstitui%o Federal prev o contraditrio no inciso A@ doart.=>: "aos litiantes$ em eral so asseurados o contraditrio e ampladeesa$ com os meios e recursos a ela inerentes.# 2 princípio docontraditrio é reeo do princípio democr&tico na estrutura%o do

processo. Democracia é participa%o$ e a participa%o no processo opera-sepela eetiva%o da arantia do contraditrio. 2 princípio do contraditriodeve ser visto como eincia para o eercício democr&tico de um poder.Princípi $ cn&r#$i&:ri  (1umberto T3eodoro Jr): 2 principalconsect&rio do tratamento iualit&rio das partes se reali*a através docontraditrio$ que consiste na necessidade de ouvir a pessoa perante a qualser& proerida a deciso$ arantindo-l3e o pleno direito de deesa e depronunciamento durante todo o curso do processo. ,o 3& priviléios$ dequalquer sorte.Cn&r#$i&:ri r7#4  (Fredie Didier Jr): + arantia de participa%o é a

dimenso ormal do princípio do contraditrio. Trata-se da arantia de serouvido$ de participar do processo$ de ser comunicado$ poder alar noprocesso. /sse é o conteIdo mínimo do princípio do contraditrio econcreti*a a viso tradicional a respeito do tema.Cn&r#$i&:ri 3893&#nci#4 (Fredie Didier Jr): Trata-se do poder inuncia.,o adianta permitir que as partes simplesmente participem do processo.+penas isso no é o sufciente para que se eetive o princípio docontraditrio. N necess&rio que se permita que ela se'a ouvida$ é claro$ masem condi%es de poder inuenciar a deciso do maistrado.Princípi $# #7p4# $%%3#  (6&ssio !carpinella 7ueno): (...) a arantiaampla de todo e qualquer acusado em sentido amplo (que é nomenclaturamais empreada para o processo penal) e qualquer réu (nomenclatura maisutili*ada para o processo civil) ter condi%es eetivas$ isto é$ concretas de seresponder 0s imputa%es que l3e so diriidas antes que seus eeitosdecorrentes possam ser sentidos. +luém que se'a acusado de violar ou$quando menos$ de amea%ar violar normas 'urídicas tem o direito de sedeender amplamente. ,este sentido e considerando a ressalva que di* comrela%o ao contraditrio no sentido de participa%o$ de coopera%o$ decolabora%o$ a ampla deesa desempen3a$ na 6F$ o papel quetradicionalmente era reservado para o contraditrio$ quase que conundido$desta orma$ com a ampla deesa.

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  Princípi $ $%i$ prc%33 4%#4; $# #7p4# $%%3# % $cn&r#$i&:ri:+DB,B!TK+TB@2. P/,+ D/ 6/,!MK+ +PAB6+D+ + +LB!TK+D2 ,2 72J2 D/

 JMAL+/,T2 D/ K/PK/!/,T+O2. PKB,6QPB2 D+ +PA+ D/F/!+ / D262,TK+DBTRKB2. ,2 K/!P/BT+D2!. ,/6/!!SKB2 PKN@B2 PK26/DB/,T2

+DB,B!TK+TB@2. PK/@B!2 /?B!T/,T/ ,2 K/LB/,T2 B,T/K,2 D2 TKB7M,+A + 4M2. E. Para a aplica%o de pena disciplinar$ é imprescindível oprévio procedimento administrativo$ por meio do qual se'am obedecidos osprincípios do devido processo leal$ da ampla deesa e do contraditrio. 8. +apresenta%o de meras inorma%es acerca dos atos narrados naKepresenta%o no pode ser considerada como apta a confurar o devidorespeito aos princípios do devido processo leal$ da ampla deesa e docontraditrio$ uma ve* que$ para tanto$ imprescindível teria sido possibilitar$no mínimo$ a utili*a%o de todos os meios de prova permitidos em direito. H.2 processo de sindic5ncia$ desde que utili*ado como meio Inico para a

apura%o e aplica%o de penalidades disciplinares$ deve$ obriatoriamente$observar os princípios da ampla deesa$ do contraditrio e do devidoprocesso leal. . Kecurso ordin&rio em mandado de seuran%a con3ecido eprovido. (K/6MK!2 / ! ,>8=.CHC-! 8CCUVC8CU<9-<. K/A. B, A+MKBT+@+W$ J. C9.C;.8CEE$ T=$ !TJ)

Princípi $# p894ici$#$%  (Fredie Didier Jr): Processo devido é processopIblico (...) Trata-se de direito undamental que tem$ basicamente$ duasun%es: a) proteer as partes contra 'uí*os arbitr&rios e secretos (e$ nessesentido$ é conteIdo do devido processo leal$ como instrumento a avor da

imparcialidade e independncia do ro 'urisdicional)X b) permitir ocontrole da opinio pIblica sobre os servi%os da 'usti%a$ principalmentesobre o eercício da atividade 'urisdicional. /ssas duas un%es revelam quea publicidade processual tem duas dimenses: s) interna: publicidade paraas partes. 7em ampla$ em ra*o do direito undamental ao processo devidoXb) eterna: publicidade para os terceiros$ que pode ser restrinida emaluns casos.

Princípi $# $8r#<= r#>"%4 $ prc%33  (Fredie Didier Jr): + /6=VC$ que reormou constitucionalmente o Poder Judici&rio$ incluiu o incisoA??@BBB no art.=> da 6FV<<: " a todos$ no 5mbito 'udicial e administrativo$ so

asseurados a ra*o&vel dura%o do processo e os meios que arantam aceleridade de sua tramita%o.# + mesma emenda constitucional acrescentoua alínea "e# ao inciso BB do artio ;H da 6FV<<$ estabelecendo que "no ser&promovido o 'ui* que$ in'ustifcadamente$ retiver autos em seu poder alémdo pra*o leal$ no podendo devolvClos ao cartrio sem o devido despac3oou deciso.# Processo devido é$ pois$ processo com dura%o ra*o&vel.

D8r#<= r#>"%4 % c%4%ri$#$% (Fredie Didier Jr): ,o eiste um princípioda celeridade. 2 processo no tem de ser r&pidoV célere: o processo devedemorar o tempo necess&rio e adequado 0 solu%o do caso submetido ao

ro 'urisdiconal. 7em pensadas as coisas$ conquistou-se$ ao lono da3istria$ um direito 0 demora na solu%o dos conitos. + partir do momento

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em que se recon3ece a eistncia de um direito undamental ao devidoprocesso$ est&-se recon3ecendo$ implicitamente$ o direito de que a solu%odo caso deve cumprir$ necessariamente$ uma série de atos obriatrios$ quecompem o conteIdo mínimo desse direito. + eincia do contraditrio$ odireito 0 produ%o de provas e aos recursos certamente atravancam a

celeridade$ mas so arantias que no podem ser desconsideradas ouminimi*adas. N preciso a*er o alerta$ para evitar discursos autorit&rios$ quepream a celeridade como valor$ 2s processos da inquisi%o poderiam serr&pidos. ,o parece$ porém$ que se sinta saudade deles.

Princípi $# i8#4$#$%  (!idnei +mendoeira Jr): J&$ com rela%o aoprincípio da iualdade$ o que sempre imperou era que "as partes e osprocuradores devem merecer tratamento iualit&rio$ para que ten3am asmesmas oportunidades de a*er valer em 'uí*o as suas ra*es.# ,o entanto$todos sabemos que nem sempre as partes so iuais e que no basta que a

lei trate a todos da mesma orma para asseurar uma iualdadeX dessemodo estaríamos diante de uma iualdade meramente ormal. N precisomais$ que as partes$ atin'a o equilíbrio. ,ote-se$ ento$ que se o princípio daiualdade corresponde a tratar desiualmente os desiuais$ para que issoocorra no basta o 'ui* ormalmente oerecer oportunidades iuais dedeesa e participa%o para as partesX deve ele ir além e diretamenteparticipar$ por eemplo$ da col3eita da prova$ determinando a sua produ%oe# o=cio$ ainda que este'a diante de direito disponíveis.

Princípi $# %!ci?nci#  (Fredie Didier Jr): 2 processo$ para ser devido$ 3&de ser efciente. 2 princípio da efcincia$ aplicado ao processo$ é um dos

corol&rios da cl&usula eral do devido processo leal. Kealmente$ é diícilconceber como devido um processo inefciente (...) /le resulta$ ainda$ daincidncia do art.HU$ caput$ da 6FV<<. /sse dispositivo também se dirie aoPoder Judici&rio- como indica$ ali&s$ a literalidade do enunciado$ que ala em"qualquer dos Poderes#. +ssim$ o princípio do processo efciente é resultadode uma combina%o de dois dispositivos da 6F: art.=>$ AB@$ e art.HU$ caput .

Princípi $# %%&ii$#$%  (Fredie Didier Jr): Da cl&usula eral do devidoprocesso lea- podem ser etraídos todos os princípios que reem o direitoprocessual$ conorme visto. Dela também se etrai o princípio da

eetividade: os direitos devem ser$ além de recon3ecidos$ eetivados.Processo devido é processo eetivo. 2 princípio da eetividade arante odireito undamental 0 tutela eecutiva$ que consiste "na eincia de umsistema completo de tutela eecutiva$ no qual eistam meios eecutivoscapa*es de proporcionar pronta e interal satisa%o a qualquer direitomerecedor de tutela eecutiva.

Princípi $# cp%r#<= (Fredie Didier Jr): 2s princípio do devido processoleal$ da boa-é processual e do contraditrio$ 'untos$ servem de base para osurimento de um outro princípio do processo: o princípio da coopera%o. 2princípio da coopera%o defne o modo como o processo civil deveestruturar-se no direito brasileiro. /sse modelo caracteri*a-se peloredimensionamento do princípio do contraditrio$ com a incluso do ro

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 'urisdicional no rol dos su'eitos do di&loo processual$ e no mais comomero espectador do duelo das partes. 2 contraditrio volta a ser valori*adocomo instrumento indispens&vel ao aprimoramento da deciso 'udicial$ eno apenas como uma rera ormal que deveria ser observada para que adeciso osse v&lida. + condu%o do processo deia de ser determinada pela

vontade das partes (marca do processo liberal dispositivo). Também no sepode afrmar que 3& uma condu%o inquisitorial do processo pelo ro

 'urisdicional$ em posi%o assimétrica em rela%o 0s partes. 7usca-se umacondu%o cooperativa do processo$ sem destaques a alum dos su'eitosprocessuais.

Princípi $# cp%r#<= (6assio !carpinella 7ueno): + doutrina brasileiramais recente$ ortemente inuenciada pela estraneira$ '& come%a a alarem "princípio da coopera%o#$ uma específca aceta- qui%& uma(necess&ria) "atuali*a%o#- do princípio do contraditrio$ entendendo tal

princípio como um necess&rio e constante di&loo entre o 'ui* e as partes$preocupados$ todos$ com o proerimento de uma mel3or deciso para a lide.,este sentido$ o princípio da coopera%o pode ser entendido como oprincípio do contraditrio$ inserido no ambiente dos direitos undamentais$que 3ipertrofa a tradicional concep%o dos princípios 'urídicos como merasarantias dos particulares contra eventuais abusos do /stado na suaatua%o concreta. / por isto mesmo é que ele convida a uma renovadareeo do prprio princípio do contraditrio.

  Princípi3 $ $%i$ prc%33 4%#4; 9#'@; %%&ii$#$%;cn&r#$i&:ri; cp%r#<= % cn!#n<#

"(...) H. 2 processo civil moderno vem recon3ecendo- dentro da cl&usulaeral do devido processo leal- diversos outros princípios que o reem-como a boa-é processual$ eetividade$ o contraditrio$ coopera%o e aconfan%a$ normativos que devem alcan%ar no s as partes$ mas também aatua%o dp maistrado$ que dever& a*er parte do di&loo processual. (...)#YK/!P E88;;C=V!$ K/A. B,. AMB! F/ABP/ !+A22$ T$ J. C=.C<.8CE.

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