reuniões jef 2011 2012

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4 Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo o digo: alegrai-vos! 5 Que a vossa bondade seja conhecida por todos. O Senhor está próximo. 6 Por nada vos deixeis inquietar; pelo contrário: em tudo, pela oração e pela prece, apresentai os vossos pedidos a Deus em acções de graças. 7 Então, a paz de Deus, que ultrapassa toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. (Fil 4, 4-7) JEF 2011/2012 Kit Grupos

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Page 1: Reuniões jef 2011 2012

4Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo o digo:

alegrai-vos! 5Que a vossa bondade seja conhecida por todos. O Senhor está próximo.

6Por nada vos deixeis inquietar; pelo contrário: em tudo, pela oração e pela prece, apresentai

os vossos pedidos a Deus em acções de graças. 7Então, a paz de Deus, que ultrapassa

toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo

Jesus. (Fil 4, 4-7)

JEF 2011/2012

Kit Grupos

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Grupos JEF 2011/2012

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REUNIÕES

Queridos jovens amigos! Hoje aconselho-vos a leitura de um livro extraordinário. É extraordinário pelo seu conteúdo mas também pelo modo em que se formou, que desejo explicar-vos brevemente, para que se possa compreender a sua particularidade. Youcat teve origem, por assim dizer, de outra obra que remonta aos anos 80. Por isso, exorto-vos: estudai o catecismo! Estes são os meus votos de coração. Este subsídio ao catecismo não vos adula; não oferece fáceis soluções; exige uma nova vida da vossa parte; apresenta-vos a mensagem do Evangelho como a «pérola de grande valor» (Mt 13, 45) pela qual é preciso dar tudo. Portanto, peço-vos: estudai o catecismo com paixão e perseverança! Sacrificai o vosso tempo por ele! Estudai-o no silêncio do vosso quarto, lede-o em dois, se sois amigos, formai grupos e redes de estudo, trocai ideias na internet. Permanecei de qualquer modo em diálogo sobre a vossa fé! (Bento XVI)

Oferta a cada grupo do Youcat. Exploração orientada do mesmo em dois anos.

Temas para o 1º Ano:

1. Porque podemos crer?

2. Creio em Deus Pai.

3. Creio em Jesus Cristo.

4. Creio no Espírito Santo.

5. Deus age em nós.

6. Sacramentos da iniciação.

7. Sacramentos da cura.

8. Sacramentos da comunhão.

Estrutura das reuniões

a) Ambientação – Atividades de acolhimento e abertura do tema através de uma das

frases propostas na barra lateral.

b) Palavra de Deus – Passagem bíblica que pode ser apresentada de várias formas.

c) Palavra da Igreja – Leitura e exploração de alguns pontos do Youcat.

d) Para reflexão pessoal e de grupo – Propostas de trabalho individual e de grupo.

e) Oração – Oração proposta que pode ser rezada de diferentes formas.

f) Compromisso – Proposta de compromisso para viver a Palavra até ao próximo encontro.

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1.Porque podemos crer?

Ambientação

“A fonte de alegria cristã é esta consciência de ser amado por Deus, de ser pessoalmente amado pelo nosso criador, (…) com amor apaixonado e fiel, um amor que é maior que a nossa infedilidade e os nossos pecados, um amor que perdoa.”

(Bento XVI, 01.06.2006) – Youcat, página 15

- Acolhimento. - Questão: O que nos faz estar alegres? - Leitura da frase do Youcat. - A partir da frase, definir o amor de Deus.

Palavra de Deus - Mc 17, 20

Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’, e ele há-de mudar-se; e nada vos será impossível.

- Leitura da Palavra de Deus, de pé. - Tempo de silêncio para escutar a Palavra no interior.

Palavra da Igreja

Youcat: 3, 9, 11, 17, 18, 19, 20 Leitura e exploração.

Reflexão pessoal e de grupo

- Como posso fazer crescer o grão de mostarda que o Senhor coloca em mim? - Quais os obstáculos maiores ao crescimento da minha fé?

Trabalho de grupo das questões e plenário.

Oração

(baseada em Youcat, 21)

A fé é puro dom de Deus, que nós obtemos se intensamente a pedirmos. Creio em Ti, Senhor, mas aumenta a minha fé. A fé é a força sobrenatural de que precisamos para alcançar a felicidade. Creio em Ti, Senhor, mas aumenta a minha fé. A fé requer a nossa vontade livre e lucidez, quando nos abandonamos ao convite de Deus. Creio em Ti, Senhor, mas aumenta a minha fé. A fé é absolutamente firme, porque Jesus o garante. Creio em Ti, Senhor, mas aumenta a minha fé. A fé é incompleta enquanto não se traduzir em obras. Creio em Ti, Senhor, mas aumenta a minha fé. A fé cresce na medida em que escutamos a Palavra de Deus e a pomos em prática. Creio em Ti, Senhor, mas aumenta a minha fé. A fé permite-nos já a expriência da felicidade eterna. Creio em Ti, Senhor, mas aumenta a minha fé.

Compromisso

Reforçar a oração pessoal. Ajudar nas várias atividades paroquais.

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2. Creio em Deus Pai

Ambientação

“Afastar-se de Ti, Deus, significa cair. Virar-se para Ti significa levantar-se. Permanecer em Ti significa ter apoio”

(Santo Agostinho) – Youcat, página 49

- Acolhimento. - Questão: Que nos cativa em Deus? - Leitura da frase do Youcat. - Apresentar situações em que nos afastamos de Deus e outras em que permanecemos Nele.

Palavra de Deus - Mc 12, 29-30

O Senhor nosso Deus é o único Senhor; 30amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças.

- Leitura da Palavra de Deus, de pé. - Tempo de silêncio para escutar a Palavra no interior.

Palavra da Igreja

Youcat: 30, 34, 35, 37, 44, 59, 67 Leitura e exploração.

Reflexão pessoal e de grupo

Desenhar em três partes a frase de S. Agostinho: a) Afastar-se de Ti, Deus, significa cair. b) Virar-se para Ti significa levantar-se. c) Permanecer em Ti significa ter apoio.

Trabalho de grupo e plenário.

Oração

(atribuída a S. Francisco de Assis)

Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa Paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver trevas, que eu leve a luz; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria! Senhor, fazei que eu procure mais: Consolar, que ser consolado; Compreender, que ser compreendido; Amar que ser amado! Pois é dando que se recebe, É perdoando que se é perdoado E é morrendo que se ressuscita para a vida eterna.

Compromisso

Rezar o Pai Nosso ao levantar, para entregar o novo dia a Deus, nosso Pai.

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3. Creio em Jesus Cristo

Ambientação

“Deus é tão grande que se pode tornar pequeno. Deus é tão poderoso que se pode fazer indefeso, aproximando-se de nós como uma criança indefesa, para que O possamos amar.”

(Bento XVI, 25.12.2005) – Youcat, página 53

- Acolhimento. - Quem é Jesus para mim? - Leitura da frase do Youcat. - Deus aproxima-se de nós por Jesus Cristo.

Palavra de Deus – Lc 4, 16-20 16Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. 17Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: 18«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, 19a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» 20Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.»

- Leitura da Palavra de Deus, de pé. - Tempo de silêncio para escutar a Palavra no interior.

Palavra da Igreja

Youcat: 71, 75, 85, 91, 92, 99, 105 Leitura e exploração.

Reflexão pessoal e de grupo

- Que provoca o Espírito de Deus em Jesus? - Como posso ser cristão (outro Cristo)?

Trabalho de grupo e plenário.

Oração

Ajuda-me, Senhor, a amar como Tu me amas e a compreender como Tu me compreendes. Ensina-me, Senhor, a aceitar os outros como Tu me aceitas, respeitando-os como Tu me respeitas e suportando-os com paciência, como Tu me suportas com paciência infinita. Ajuda-me, Senhor, a perdoar como Tu me perdoas e a fazer pelos outros todo o bem que fazes por mim. Senhor, Tu que me aceitas como eu sou, ajuda-me a ser o que Tu queres que eu seja, ser semelhante a Ti no amor. Transforma o meu coração para que seja bom, justo, manso, paciente, compreensivo, generoso, tolerante e cheio de misericórdia, para que através do meu amor humano, semelhante ao Teu, eu possa levar ao meu irmão a alegria, a paz, o consolo, a esperança, o perdão e a salvação do Teu amor Divino.

Compromisso

Ler um dos Evangelhos, para melhor conhecer Jesus Cristo.

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4. Creio no Espírito Santo

Ambientação

“Quem pede: «Vem, Espírito Santo!», tem de estar preparado para dizer: «Vem e incomoda-me onde tenho de ser incomodado!».”

(Wilhelm Stahlin) – Youcat, página 73

- Acolhimento. - Estou inspirado, hoje? - Leitura da frase do Youcat. - É a força do Espírito que nos torna audazes no crer e renovados no ser! - De que forma o Espírito me pode incomodar?

Palavra de Deus – Lc 1, 34-35 34Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?» 35O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus.

- Leitura da Palavra de Deus, de pé. - Tempo de silêncio para escutar a Palavra no interior.

Palavra da Igreja

Youcat: 113, 114, 115, 117, 118, 119, 120 Leitura e exploração.

Reflexão pessoal e de grupo

- Construir uma Banda Desenhada onde esteja expressa a ação do Espírito Santo nas pessoas.

Trabalho de grupo e plenário.

Oração

Vinde, Espírito Criador, visitai as almas dos Vossos; enchei de graça celestial os corações que criastes! Sois o Divino Consolador, o dom do Deus Altíssimo, fonte viva, o fogo, a caridade, a unção dos espirituais. Com os Vossos sete dons: sois o dedo da direita de Deus, Solene promessa do Pai Inspirando nossas palavras. Acendei a luz nos sentidos; insuflai o amor nos corações, amparai na constante virtude a nossa carne enfraquecida.

Compromisso

- Pedir os dons e a luz do Espírito Santo antes de tomar decisões e nas tarefas do dia-a-dia.

Afastai para longe o inimigo;

Trazei-nos prontamente a paz

Assim guiados por Vós

Evitaremos todo o mal.

Por Vós explicar-se-á o Pai

E conheceremos o Filho;

Dai-nos crer sempre em Vós

Espírito do Pai e do Filho.

Glória ao Pai, Senhor,

Ao Filho que ressuscitou

Assim como ao Consolador.

Por todos os séculos. Amen

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5. Deus age em nós

Ambientação

“Considero a língua dos símbolos a única língua estrangeira que cada um de nós deveria aprender.”

(Erich Fromm) – Youcat, página 109

- Acolhimento. - Que sinais podemos encontrar à nossa volta? Que simbolizam? - Leitura da frase do Youcat. - Deus fala-nos também através de sinais.

Palavra de Deus – Ef 5,19-20 19Entre vós, cantai salmos, hinos e cânticos espirituais; cantai e louvai o Senhor com todo o vosso coração; 20sem cessar, dai graças por tudo a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

- Leitura da Palavra de Deus, de pé. - Tempo de silêncio para escutar a Palavra no interior.

Palavra da Igreja

Youcat: 167, 169, 172, 173, 181, 186, 187 Leitura e exploração.

Reflexão pessoal e de grupo

- Construir sinais (género dos de trânsito ou outros) que mostrem a necessidade da oração litúrgica e a importância do Domingo para a vida do cristão.

Trabalho de grupo e plenário. Falar com o Pároco e mostrar os sinais no final da eucaristia dominical.

Oração

Há palavras que confundem o caminho. Há pão que engana a nossa fome. Só a Palavra de Deus é sábia. Só o Pão da Vida é alimento. Serei luz, na Tua palavra, Senhor! Serei semente do Teu pão, Senhor! Há palavras que gritam e não penetram. Há pão vazio de sustento. Só a Palavra de Deus converte. Só o Pão da Vida fortalece. Serei luz, na Tua palavra, Senhor! Serei semente do Teu pão, Senhor! Há palavras frágeis na tormenta. Há pão corroído e sem sabor. Só a Palavra de Deus ilumina. Só o Pão da Vida edifica. Serei luz, na Tua palavra, Senhor! Serei semente do Teu pão, Senhor!

Compromisso

- Participar na Eucaristia dominical com entusiasmo e devoção.

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6. Sacramentos da Iniciação

Ambientação

“A nossa vida deve ser tecida à volta da Eucaristia. Dirigi os vossos olhos para Ele, que é a Luz! Aproximai bem os vossos corações do Seu divino coração! Pedi-lhe a graça de O conhecer, o amor para O amar, a coragem de O servir! Procurai-O ansiosamente.”

(Beata Madre Teresa) – Youcat, página 125

- Acolhimento. - Sabemos a data do nosso batismo? Que podemos dizer sobre esse dia? - Leitura da frase do Youcat. - Cono recordamos o dia da nossa Primeira Comunhão?

Palavra de Deus – 1Cor 12, 12-14 12Pois, como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, constituem um só corpo, assim também Cristo. 13De facto, num só Espírito, fomos todos baptizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito. 14O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos.

- Leitura da Palavra de Deus, de pé. - Tempo de silêncio para escutar a Palavra no interior.

Palavra da Igreja

Youcat: 194, 195, 200, 203, 205, 208, 217 Leitura e exploração.

Reflexão pessoal e de grupo

- Baseados no n.º 214 do Youcat, fazer um esquema sobre a estrutura da Eucaristia.

Trabalho de grupo e plenário.

Oração

Eu louvo-te, Espírito Santo! És a fonte de todos os meus motivos, és o segredo da minha alegria e o porquê da minha força. Amo-te com a totalidade do meu ser, Amo-te a ponto de querer viver todos os meus dias sob o Teu impulso, dominado pelos laços amorosos e libertadores da Tua ação. Amo-te, louvo-te e bebo em Ti o essencial da minha vida como o peregrino no deserto se atira de corpo inteiro para dentro de uma lagoa. Louvo-te e bendigo-te por tudo o que me fazes ser. Ilumina-me!

Compromisso

- Frequentar a catequese, consciente de que é um meio para melhor conhecer Jesus. - Visitar Jesus no Sacrário, adorá-lo e abandonar-se à Sua vontade. - Propor-me para o sacramento do Crisma (mediante as orientações da comunidade paroquial), abraçando assim a minha missão de apóstolo.

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7. Sacramentos da Cura

Ambientação

“Alguns santos chamaram-se “grandes criminosos”, porque contemplaram Deus, contamplaram-se a si mesmos –e viram a diferença.”

(Beata Madre Teresa) – Youcat, página 134

- Acolhimento. - Apresento-me aos colegas de grupo, como se fosse a primeira vez. - Leitura da frase do Youcat. - Qual a diferença entre mim e Deus?

Palavra de Deus – Mt 2, 16-17 16Mas os doutores da Lei do partido dos fariseus, vendo-o comer com pecadores e cobradores de impostos, disseram aos discípulos: «Porque é que Ele come com cobradores de impostos e pecadores?» 17Jesus ouviu isto e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»

- Leitura da Palavra de Deus, de pé. - Tempo de silêncio para escutar a Palavra no interior.

Palavra da Igreja

Youcat: 227, 229, 232, 239, 241, 243, 245 Leitura e exploração.

Reflexão pessoal e de grupo

- Fazer o exame de consciência que se econtra em anexo.

Trabalho de grupo e plenário. Falar com o Pároco para que os elementos do grpo possam celebrar o sacramento da Reconciliação.

Oração

Faz-me experimentar o Teu amor gratuito e sem condições, ajuda-me a crescer na certeza de que és Graça e de graça para todos, para mim… Liberta-me de todos os medos e de todas as lógicas que não me deixam ser feliz, que não me deixam escutar a Tua Palavra de verdade e me impedem o encontro com o Teu Jesus… Cura-me, também, Bom Deus, do vírus do farisaísmo, retira sempre das minhas mãos as pedras que só servem para ferir e condenar, e faz-me construtor de uma nova humanidade, aquela que se chama Reino de Deus e onde todos se comprometem com o perdão que constrói a fraternidade…

Compromisso

- Procurar celebrar o sacramento da Reconciliação. - Ter uma atitude constante de perdão para com os irmãos.

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8. Sacramentos da comunhão

Ambientação

“Uma gota de amor é mais que um oceano de inteligência.” (Blaise Pascal) – Youcat, página 148

- Acolhimento. - Enumerar gestos de amor para com os outros. - Leitura da frase do Youcat. - Como podemos colocar o amor em primeiro lugar?

Palavra de Deus – 1 Pe 2, 4-5 4Aproximando-vos dele, pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus, 5também vós - como pedras vivas - entrais na construção de um edifício espiritual, em função de um sacerdócio santo, cujo fim é oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.

- Leitura da Palavra de Deus, de pé. - Tempo de silêncio para escutar a Palavra no interior.

Palavra da Igreja

Youcat: 248, 249, 259, 261, 262, 265, 271 Leitura e exploração.

Reflexão pessoal e de grupo

- “Amar é dar-se” (Michel Quoist). Comenta a frase e à luz da Palavra de Deus e da Igreja, aplica-a à vida real. - Construir um grande cartaz com a frase: AMAR É DAR-SE!. Ilustrá-lo a gosto e colocá-lo na paróquia ou na sala de reuniões.

Trabalho de grupo e plenário.

Oração

Não ouves a música que ressoa pelos corredores do Universo? Há pessoas que se levantam que vêm de toda a parte, de bolsos vazios e esfarrapadas. A pobreza é a sua única riqueza. Tudo partilharam, nada guardaram para si. Deixaram tesouros, mas o seu rosto está radiante com um tesouro escondido. Há pessoas que se levantam. Vêm de toda a parte e pelos seus lábios perpassa-lhes o sorriso de Deus e da boca nascem-lhes palavras doces como o mel. Há pessoas que se levantam, vêm de toda a parte e das suas pegadas refloresce a justiça como o deserto após a chuva e das mãos cai-lhes a paz como a semente na terra. Trazem pedras para reconstruir a terra; dão o sangue para gritar que, em toda a parte os homens são irmãos. Há pessoas que se levantam. Vêm de toda a parte. Lá estão os sinais. Um grande baile se prepara na escadaria das estrelas. Lá estão os sinais. Há pessoas que se levantam e são tão numerosas, que ninguém as pode contar. Todas se reúnem e vêm. Seu olhar é límpido como o cristal ao sol. Diante de Ti, todos se detêm e dizem: “Tu, Senhor, és Aquele que o nosso coração ama!” Irei com eles, Senhor! Levantar-me-ei para os seguir e, dentro em pouco, no universo em festa, os homens dançarão ao ritmo de Deus.

Compromisso

- Procurar saber de uma situação de pobreza ou solidão na comunidade e, em grupo, visitar e ajudar a malhorar as condições de vida.

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TEMPOS DE ORAÇÃO

PROPOSTAS DE TEMPOS FORTES DE ORAÇÃO EM GRUPO:

A) Vem, Senhor Jesus! – Advento

B) Perdão, Senhor! – Quaresma

C) Cheia de graça – Oração mariana

D) Pão vido descido do Céu! – Adoração eucarística

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a) Vem Senhor Jesus! ACOLHER –Sl 51

3Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.

4Lava-me de toda a iniquidade; purifica-me dos meus delitos. 5Reconheço as minhas culpas e tenho sempre diante de mim os meus pecados.

6Contra ti pequei, só contra ti, fiz o mal diante dos teus olhos; por isso é justa a tua sentença e recto o teu julgamento. 9Purifica-me com o hissope e ficarei puro, lava-me e ficarei mais branco do que a neve.

10Faz-me ouvir palavras de gozo e alegria e exultem estes ossos que trituraste. 11Desvia o teu rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas culpas. 12Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito. 13Não me afastes da tua presença, nem me prives do teu santo espírito!

14Dá-me de novo a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito generoso.

ESCUTAR - Mt 3, 1-12 Naqueles dias, apareceu João Baptista a pregar no deserto da Judeia, dizendo: «Arrependei-vos, porque está perto o reino dos Céus». Foi dele que o profeta Isaías falou, ao dizer: «Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’». João tinha uma veste tecida com pêlos de camelo e uma cintura de cabedal à volta dos rins. O seu alimento eram gafanhotos e mel silvestre. Acorria a ele gente de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a região do Jordão; e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. Ao ver muitos fariseus e saduceus que vinham ao seu baptismo, disse-lhes: «Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Praticai acções que se conformem ao arrependimento que manifestais. Não penseis que basta dizer: ‘Abraão é o nosso pai’, porque eu vos digo: Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores. Por isso, toda a árvore que não dá fruto será cortada e lançada ao fogo. Eu baptizo-vos com água, para vos levar ao arrependimento. Mas Aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu, e não sou digno de levar as suas sandálias. Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo. Tem a pá na sua mão: há-de limpar a eira e recolher o trigo no celeiro. Mas a palha, queimá-la-á num fogo que não se apaga».

MEDITAR Vem aí o Reino! Que implicações tem na nossa vida esta certeza? O Reino de Deus já está, o amor de Deus já nos habita. Deus não gosta de nos fazer esperar, mas precisa

que lhe abramos a porta do nosso íntimo. Como nos preparamos para a Sua chegada, para a Sua presença constante na nossa vida? Desejamos mesmo que Ele venha morar connosco? Precisamos que o Reino de Deus venha? Mesmo com os corações fechados à Sua graça e precisando tanto de um sincero arrependimento, é Ele quem vem ao nosso encontro, é Ele que espera por nós.

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Preparai o caminho do Senhor! É tempo de preparar a nossa terra, para que os espinhos, os pássaros, as pedras e o sol não destruam

as sementes que o Senhor coloca em nós neste Advento. Ele vem ao encontro de cada um de nós. Urge “preparar o caminho e endireitar as Suas veredas” para que “as acções que praticamos sejam conformes ao nosso arrependimento”. Que fazer neste deserto para que a flor do amor desabroche? Como gritar o arrependimento, porque o Senhor anseia por nós?

Trigo e/ou palha? “Aquele que vem é mais forte…baptiza no Espírito Santo e no fogo.” Fogo que queima a palha que

somos. Arrependermo-nos é deixar que Deus nos limpe e recolha o trigo que há em nós para o celeiro do Reino, queimando a palha que nos escraviza. Sejamos eucaristia, num mundo vazio de Deus, num presépio ocupado por outros “meninos” que não o Salvador.

REZAR

Como a terra espera a chuva Que a fecunda e a mantenha, Como a areia no deserto

fala ao vento que a acompanha, Como a corça corre e salta

até achar onde beber, Esperamos o Senhor

até Ele aparecer.

Vem, Senhor Jesus!

Como o guarda pela aurora

esperamos o Senhor, Como alguém espera atento

o seu amigo com ardor, Como a palma espera o vento

ao chegar o entardecer,

Esperamos o Senhor

até Ele aparecer.

Vem, Senhor Jesus!

Como a flor chama o sol

sempre que a alumia, Como a noite e as estrelas,

chamam sempre o novo dia, Como o dia chama a noite

como a noite o amanhecer, Esperamos o Senhor

até Ele aparecer.

Vem, Senhor Jesus!

PARTIR Purifica-me, Senhor! Acende em mim a chama da verdade Que aclara o caminho até Ti. Lava-me, Senhor! Constrói com o meu pouco Um presépio para morares. Transforma-me, Senhor! Converte o meu deserto Num jardim da Tua Palavra.

Santifica-me, Senhor! Incendeia o meu querer Com as tuas propostas. Molda-me, Senhor! Torna os meus gestos Numa obra do teu amor.

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b) Perdão, Senhor! Introdução: Irmãos e irmãs: vivemos este tempo de Quaresma, contemplando a Paixão de Cristo, que sempre nos move e nos comove, para a compaixão com o próximo. Esta compaixão manifesta-se, não como uma simples pena ou lamento, por quem sofre, mas sobretudo como amor capaz de sofrer com quem sofre. No final da nossa vida, seremos julgados por este amor em acto, pelas obras de misericórdia, que tivermos praticado ou não! Jesus olha para nós e diz-nos: «sempre que o fizeste a um dos meus irmãos a mim o fizestes», sempre que o deixastes de fazer a um dos meus irmãos a mim o deixaste de fazer»! (Mt.25,39-40). Vamos examinar, com verdade, a nossa consciência, escutando o evangelho, meditando nas sete obras de misericórdia corporais. Façamo-lo, como exercício concreto de avaliação do grau de compaixão, que há no nosso coração. Oremos: P-Ó Deus, Pai, rico em misericórdia e cheio de compaixão: concedei-nos a graça de ser movidos e fortalecidos pelo vosso amor, de modo que trazendo em nós, as marcas da paixão do vosso Filho, sejamos também testemunhas da sua compaixão junto dos que mais sofrem. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo! Todos: Àmen!

OBRAS DE MISERICÓRDIA CORPORAIS 1. Dar de comer a quem tem fome disse Jesus: «Felizes de vós os que agora tendes fome, porque sereis saciados… Ai de vós, os que agora tendes fartura, porque ireis passar fome!» (Lc 6,21.25). ORAÇÃO - Perdoai-me, Senhor, pelas vezes em que fui insensível à fome e às necessidades, materiais ou espirituais, dos meus irmãos mais pobres! -Enviai-me, Senhor, a todos quantos têm fome e sede de justiça, fome e sede de Ti e do verdadeiro sentido de vida! 2. Dar de beber a quem tem sede «Quem der de beber a um destes pequeninos, ainda que seja somente um copo de água fresca, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.» (Mt 10,42). ORAÇÃO -Perdoai-me, Senhor, pela minha incapacidade de viver em serviço desinteressado, atento e livre, para com todos aqueles que me possam procurar! -Fazei-me, Senhor, dar de beber a quem tem sede de amor, de paz e de esperança. 3. Vestir os nus «Observai com crescem os lírios: não fiam nem tecem… Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, quanto mais fará por vós, gente de pouca fé.» (Lc 12,27-28) ORAÇÃO -Perdoai-me, Senhor, pela falta de atenção àqueles que me rodeiam, para que possa atendê-los na sua nudez mais profunda, percebendo os apelos que emitem mesmo sem serem ouvidos; -Fazei-me, Senhor, despojar de tudo o que está a mais em mim e de tudo que me impede de viver no abandono à Providência em cada dia! Cântico 4. Dar pousada aos peregrinos «Zaqueu, desce depressa, porque eu hoje preciso de ficar em tua casa… Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria.» (Lc 19,5-6). ORAÇÃO -Perdoai-me, Senhor, pelas vezes em que fecho as portas do meu coração àqueles que colocais no meu caminho, como sinal da vossa presença! -Tornai-me, Senhor, atento aos sinais de indigência, entre aqueles que encontro pelo caminho!

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5. Visitar os doentes «Mulher, estás livre da tua doença. Jesus colocou as mãos sobre ela, e imediatamente, a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus.» (Lc 13,12-13) ORAÇÃO -Perdoai-me, Senhor, porque nem sempre o meu coração está disponível para vos acolher, deixando-me compadecer com as dores dos outros; -Senhor, vinde fortalecer a minha vontade para que eu seja capaz de passar das boas intenções para o compromisso, em favor dos que mais precisam de minha compaixão! 6. Visitar os presos «Quando te vimos doente ou na prisão, fomos visitar-te?... Sempre que fizeste isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizeste.» (Mt 25,39-40) ORAÇÃO -Perdoai-me, Senhor, por nem sempre compreender as limitações de quem sofre, pela sua má conduta pessoal, familiar ou social; -Tornai-me, Senhor, prisioneiro do vosso amor, com uma presença desprendida junto de quem mais precisa de vós, quando está preso a tantas cadeias… físicas, psicológicas e morais. 7. Dar sepultura aos mortos «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas, se morrer, dá muito fruto.» (Jo 12,24) ORAÇÃO -Senhor Jesus, perdoai-me, porque nem sempre aceito, de boa vontade, a morte dos meus amigos, e nem sempre me mostro capaz de consolar quem sofre no seu luto! -Manifestai, Senhor, todo o poder do amor, em cada um de nós, que acreditamos que vós sois o Senhor da vida eterna. Cântico

Ato Penitencial: P- Irmãos: Cristo sofreu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os Seus passos e entregou-Se voluntariamente à morte, para nos curar pela Suas chagas. Peçamos perdão a Deus, por nós e por todos os homens, reconhecendo que somos pecadores: Confissão: Confesso a Deus… P- Agora, como sinal de conversão, e antes de dizermos a oração, que o Senhor nos ensinou, proponha-se cada um de vós levar a cabo alguma obra de caridade, algum gesto de compaixão para com o próximo, quer repartindo os seus bens com os que passam necessidade, quer visitando os doentes, os abandonados e os que vivem em solidão, quer reparando alguma injustiça cometida na comunidade, quer fazendo alguma outra obra de misericórdia cristã. Pai-Nosso… P- Livrai-nos de todo o mal, Senhor nosso Deus e nosso Pai e pela bem-aventurada paixão do vosso Filho, ao Qual nos unimos pela penitência, fazei-nos participar com alegria, na ressurreição. Por N.S.J.C. vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Todos: Àmen! Ritos de Conclusão: Bênção e Despedida

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c) Cheia de Graça

"Cheia de graça"

Ó Maria, Virgem Imaculada! Aqui detemo-nos em oração, para rezar a Jesus por Maria. Saudamos-te e invocamos-te com as palavras do Anjo: "cheia de graça" (Lc 1, 28), o nome mais bonito, com o qual o próprio Deus te chamou desde a eternidade.

1. "Cheia de graça" és tu, Maria, repleta do amor divino desde o primeiro momento da tua existência, providencialmente predestinada para ser a Mãe do Redentor, e intimamente associada a Ele no mistério da salvação. Em ti brilha a dignidade de cada ser humano, que é sempre precioso aos olhos do Criador. Quem para ti dirige o olhar, ó Mãe Toda Santa, não perde a serenidade, por muito difíceis que sejam as provas da vida.

Todos - Mesmo se é triste a experiência do pecado, que deturpa a dignidade dos filhos de Deus, quem a ti recorre, Maria, redescobre a beleza da verdade e do amor, e reencontra o caminho que conduz à casa do Pai.

Tempo de silêncio Cântico

2. "Cheia de graça" és tu, Maria, que aceitando com o teu "sim" os projetos do Criador, nos abriste o caminho da salvação. Na tua escola, ensina-nos a pronunciar também nós o nosso "sim" à vontade do Senhor. Um "sim" que se une ao teu "sim" sem reservas e sem sombras.

Todos - Dá-nos a coragem de dizer "não" aos enganos do poder, do dinheiro, do prazer; aos lucros desonestos, à corrupção e à hipocrisia, ao egoísmo e à violência. Dá-nos a coragem de dizer "Sim" a Cristo, que destrói o poder do mal com a omnipotência do amor.

Tempo de silêncio Cântico 3. "Cheia de graça" és tu, Maria! O teu nome é para todas as gerações penhor de esperança certa. Sim! Porque Tu "és fonte viva de esperança" (Par., XXXIII, 12). A esta fonte, à nascente do teu Coração imaculado, voltamos mais uma vez peregrinos confiantes para aurir fé e conforto, alegria e amor, segurança e paz

Todos - Virgem "cheia de graça", mostra-te terna e solícita pela nossa comunidade, a ti confiada, e por este país, para que nele sejam lançadas as bases firmes para a civilização do amor. Mostra-te, Mãe, especialmente, a quantos têm mais necessidade: os indefesos, os marginalizados e os excluídos.

(Papa Bento XVI, 8 de Dezembro de 2006 - adaptado) Tempo de silêncio Cântico

Maria do SIM Lc 1 LEITOR 1 38Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» LEITOR 2 Maria propõe-nos uma vida em que Deus seja o ponto de referência à volta do qual construímos tudo. Isso implica uma experiência de encontro, de relação, de diálogo, de proximidade, de comunhão com Deus…

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Nessa experiência, crescemos na fé e na confiança; e, quando discernimos o projeto que Deus nos quer confiar, é preciso ter a coragem de dizer “sim” e de concretizá-lo sem medo. A Maria do “sim” a Deus, interpela-me… • Vivo com Deus uma relação tão próxima que confio totalmente n’Ele? • Estou tão em comunhão com Deus que percebo os seus planos para o mundo e consigo detetar e entender

os “sinais” com que Ele me interpela? • Aceito com total disponibilidade os projetos de Deus para mim, mesmo quando Ele me pede algo que parece

pôr em causa os meus projetos muito pessoais? Tempo de silêncio Cântico

Maria do SERVIÇO Lc 1 LEITOR 1 45Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.» LEITOR 2 Foi o coração disponível e aberto de Maria que tornou possível a presença de Jesus no mundo. Agora, é preciso que, através da nossa disponibilidade, da nossa atenção aos outros, da nossa partilha, do nosso amor, Jesus continue a nascer na vida dos nossos irmãos e a oferecer-lhes uma proposta de vida e de salvação. Só assim, Jesus virá ao encontro dos homens e aquecerá o mundo com o seu amor. A Maria do serviço aos irmãos, interpela-me… • Sou capaz de sair do meu espaço protegido para ir ao encontro das necessidades dos irmãos, ou vivo na

indiferença aos problemas dos outros? • Sei ser solidário e partilhar com os outros a minha vida, a minha alegria, a minha esperança? • Procuro amar sem distinção, sem fronteiras e sem medida? Tempo de silêncio Cântico

"Ó Mãe, dá-nos a Paz!"

Rainha da Paz, roga por nós! Na festa da tua Imaculada Conceição volto a venerar-te, ó Maria. Venho prestar-te a homenagem da minha devoção sincera. Rainha da Paz, roga por nós! O nosso olhar volta-se para Ti com emoção mais forte, recorremos a Ti com confiança cada vez maior nestes tempos assinalados por não poucas incertezas e temores pela sorte do presente e do futuro do nosso Planeta. A Ti, primícia da humanidade redimida por Cristo finalmente libertada da escravidão do mal e do pecado elevamos juntos uma súplica premente e confiante: escuta o grito de dor das vítimas das guerras e de tantas formas de violência que ensanguentam a Terra.

Dissipa as trevas da tristeza e da solidão do ódio e da vingança. Abre a mente e o coração de todos à confiança e ao perdão! Rainha da paz, roga por nós! Mãe de misericórdia e de esperança, obtém para os homens e as mulheres o dom precioso da paz: paz nos corações e nas famílias, nas comunidades e entre os povos; paz sobretudo para as nações onde em cada dia se continua a combater e a morrer. Faz com que cada ser humano, de todas as raças e culturas, encontre e acolha Jesus, vindo sobre a Terra no mistério do Natal, para nos dar a "sua" paz. Maria, Rainha da Paz, dá-nos Cristo, verdadeira paz do mundo! João Paulo II (Adaptada)

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d) Pão vivo, descido do Céu!

ADORAÇÃO

Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos, peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não

esperam e não Vos amam.

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo

Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos

ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo

Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

PERDÃO, SENHOR!

Do fundo do abismo clamo a ti, Senhor! 2Senhor, ouve a minha prece! Estejam teus ouvidos atentos à voz da minha súplica! 3Se tiveres em conta os nossos pecados, Senhor, quem poderá resistir? 4Mas em ti encontramos o perdão; por isso te fazes respeitar. 5Eu espero no Senhor! Sim, espero! A minha alma confia na sua palavra. 6A minha alma volta-se para o Senhor, mais do que a sentinela para a aurora. Mais do que a sentinela espera pela aurora, 7Israel espera pelo Senhor; porque nele há misericórdia e com Ele é abundante a redenção. 8Ele há-de livrar Israel de todos os seus pecados. (Sl 130)

REFLEXÃO Na véspera de morrer, Jesus realizou um gesto para exprimir o sentido da sua vida e da sua morte.

Durante uma refeição festiva, toma pão e benze-o dizendo as seguintes palavras: «Isto é o meu corpo, entregue por vós.» Depois, no fim da refeição, benze um cálice de vinho dizendo: «Isto é o meu sangue, derramado por vós.» Os discípulos tomaram e consumiram o que Jesus lhes deu. Este gesto de Jesus torna presente, com uma densidade extraordinária, o centro escaldante da nossa fé. Na Bíblia, partilhar o pão com

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alguém é expressão de uma partilha de vida. Os convidados sentados à volta da mesma mesa formam uma família virtual, reconhecendo-se como irmãos e irmãs. Mas aqui, o que cria a unidade entre os convivas é o próprio Jesus. Não só convida para a sua mesa e preside à refeição, mas dá-se como alimento que comunica a todos uma mesma Vida. «A minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue uma verdadeira bebida. Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu nele.» (João 6,55-56).

PALAVRA DE DEUS

51Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.» 52Então, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?!» 53Disse-lhes Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia, 55porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida. 56Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. 57Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim. 58Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.» (Jo 6)

GRAÇAS, SENHOR! Graças, Senhor, Pela vida que germina em cada ser, como reflexo do teu infinito amor. Graças, Senhor, Pelo pão que dá a vida E vida em abundância. Graças, Senhor, Pela fome que sentimos Da tua presença, da tua paz. Graças, Senhor, Pela tua morada segura, Que nos dá amparo e confiança. Graças, Senhor, Pelo teu convite constante A esta refeição de amor. Graças, Senhor, Pela força da ressurreição Que nos anima e consola. Graças, Senhor, Pela graça do Espírito Que nos conduz a ti. Graças, Senhor, Por todo o mistério Que nos envolve E nos estimula a amar como tu.

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ANEXOS

SUBSÍDIOS PARA OS GRUPOS PODEREM UTILIZAR QUANDO

ACHAREM OPORTUNO:

A) Alegrai-vos!

B) Revisões… com Deus

C) Exame de consciência

D) Discursos e homilias do Papa Bento XVI nas JMJ

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ALEGRAI-VOS

Queridos irmãos e irmãs!

«Gaudete in Domino semper – Alegrai-vos sempre no Senhor (Fil. 4, 4). Com estas palavras de São Paulo abre-se a Santa Missa do III domingo do Advento, que por isso se chama «gaudete». O Apóstolo exorta os cristãos a alegrarem-se porque a vinda do Senhor, isto é, seu retorno glorioso, é seguro e não tardará. A Igreja faz próprio este convite, enquanto prepara-se para celebrar o Natal, e seu olhar dirige-se cada vez mais para Belém. Com efeito, aguardamos com esperança certa a segunda vinda de Cristo porque conhecemos a primeira. O mistério de Belém revela-nos o Deus-conosco, o Deus próximo de nós, não simplesmente em sentido espacial e temporal; Ele está próximo de nós porque «desposou», por assim dizer, nossa humanidade; tomou sobre si nossa condição, elegendo ser em tudo como nós, menos no pecado, para fazer que nos convertamos como Ele.

Alguns se perguntam: mas ainda hoje é possível esta alegria? A resposta é dada, com suas vidas, por homens e mulheres de toda idade e condição social, felizes de consagrar sua existência aos demais! Acaso não foi a beata Madre Teresa de Calcutá, em nosso tempo, um testemunho inesquecível da verdadeira alegria evangélica? Vivia diariamente em contato com a miséria, a degradação humana, a morte. Sua alma conheceu a provação da noite escura da fé; no entanto, deu a todos a sorriso de Deus. lemos em um escrito seu: «Esperamos com impaciência o paraíso, onde está Deus, mas temos em nosso poder estar no paraíso já desde aqui e a partir deste momento.

Ser feliz com Deus significa: amar como Ele, ajudar como Ele, dar como Ele, servir como Ele» (La gioia di darsi agli altri, Ed. Paoline, 1987, p. 143). Sim, a alegria entra no coração de quem se coloca a serviço dos pequenos e dos pobres. Em quem ama assim, Deus faz morada, e a alma está na alegria. Se no entanto faz-se da felicidade um ídolo, erra-se de caminho, e é verdadeiramente difícil encontrar a alegria da que fala Jesus. É esta, lamentavelmente, a proposta das culturas que situam a felicidade individual no lugar de Deus, mentalidades que têm seu efeito emblemático na busca do prazer a todo custo, na difusão do consumo de drogas como fuga, como refúgio em paraísos artificiais, que se revelam depois completamente ilusórios.

Queridos irmãos e irmãs: também no Natal pode-se equivocar de caminho, trocar a verdadeira festa pela que não abre o coração à alegria de Cristo. Que a Virgem Maria ajude todos os cristãos, e os homens que buscam a Deus, a chegar a Belém para encontrar o Menino que nasceu por nós, pela salvação e a felicidade de todos os homens.

Bento XVI

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REVISÕES… COM DEUS

É costume fazer revisões para as Fichas de Avaliação, para as provas, para os exames…

No caminho com Deus também precisamos fazer revisões… não para passarmos no teste,

mas para avançarmos com mais qualidade e determinação na vida espiritual.

Façamos então algumas revisões:

1. Enumerar 3 aspetos positivos e 3 negativos vivência pessoal neste momento.

2. Ler Jo 15, 1-17 1«Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor. 2Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado. 4Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. 5Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. 6Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem. 7Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá. 8Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.» 9«Assim como o Pai me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu, que tenho guardado os mandamentos do meu Pai, também permaneço no seu amor. 11Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa. 12É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. 13Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos. 14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhes-tes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça; e assim, tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo concederá. 17É isto o que vos mando: que vos ameis uns aos outros.»

3. Deter-se durante algum tempo nas frases propostas… ou outras da passagem

lida:

…sem mim, nada podeis fazer. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor.

É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. (Jo15)

4. Meditar a Palavra com ajuda desta breve reflexão:

Consciente de que sem Deus nada sou, nada posso fazer… preciso permanecer nele, não me afastar da sua graça, não perder o contacto com a essência do amor,

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não deixar de beber da fonte da felicidade, permitir que em mim corra a seiva da verdade… Que fazer para estar nele, para permanecer nele? 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor. Guardando os seus mandamentos mantenho vivo este laço de amor, que me vincula a Cristo Mestre. E, permanecendo no seu amor, estou nele, e tudo poderei ser e fazer. Mas como guardar os seus mandamentos? 12É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. (Jo15) Obedeço ao seu pedido quando amo como ele me ama e nos ama. Esta é a palavra-passe para permanecer ligado à videira: AMAR. Em suma, para permanecer nele, preciso amar, guardando assim os seus mandamentos. Pelo amor, mantenho vivo o canal que me une a Ele. E, estando nele, permanecendo no seu amor, tudo poderei ser e fazer, porque será o amor a minha bandeira.

5. Responder com o coração:

a. Que sentimentos desperta na minha vida atual esta passagem? b. Que quer Deus dizer-me com estas afirmações? c. Que trazem elas de novo para a minha vida? d. Que estou disposto(a) a mudar?

6. Fazer silêncio para escutar a força do Espírito…

7. Completar, em forma de poema, a proposta lançada, tentado construir no final

um propósito/ compromisso, mediante a Palavra rezada.

Sem ti, Senhor

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Discursos e homilias do Papa Bento XVI nas JMJ

CERIMÓNIA DE BOAS-VINDAS

DISCURSO DO PAPA BENTO XVI

Aeroporto Internacional de Madrid Barajas Quinta-feira, 18 de Agosto de 2011

Venho aqui para me encontrar com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou à procura da verdade que dê sentido genuíno à sua existência. Chego como Sucessor de Pedro para confirmar todos na fé, vivendo alguns dias de intensa actividade pastoral para anunciar que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Para animar o compromisso de construir o Reino de Deus no mundo, no meio de nós. Para exortar os jovens a encontrarem-se pessoalmente com Cristo Amigo e assim, radicados na sua Pessoa, converterem-se em seus fiéis seguidores e valorosas testemunhas. Esta multidão de jovens que veio a Madrid… porque e para que vieram? Embora a resposta deva ser dada por eles próprios, pode-se entretanto pensar que desejam escutar a Palavra de Deus, como lhes foi proposto no lema para esta Jornada Mundial da Juventude, de tal maneira que, arraigados e edificados em Cristo, manifestem a firmeza da sua fé. Muitos deles talvez tenham ouvido a voz de Deus apenas como um leve sussurro, que os impeliu a procurá-Lo mais diligentemente e a partilhar com outros a experiência da força que tem na suas vidas. Esta descoberta do Deus vivo revigora os jovens e abre os seus olhos para os desafios do mundo onde vivem, com as suas possibilidades e limitações. Vêem a superficialidade, o consumismo e o hedonismo imperantes, tanta banalidade na vivência da sexualidade, tanto egoísmo, tanta corrupção. E sabem que, sem Deus, seria difícil afrontar estes desafios e ser verdadeiramente felizes, colocando para isso todo o entusiasmo na consecução duma vida autêntica. Mas, com Ele a seu lado, terão luz para caminhar e razões para esperar, não se detendo nem mesmo diante dos ideais mais altos, que hão-de motivar os seus generosos compromissos para a construção de uma sociedade onde se respeite a dignidade humana e uma efectiva fraternidade. Aqui, nesta Jornada, têm uma ocasião privilegiada para colocar em comum as suas aspirações, trocar reciprocamente a riqueza das suas culturas e experiências, animar-se mutuamente num caminho de fé e de vida, no qual alguns se julgam sozinhos ou ignorados nos seus ambientes quotidianos. Mas não! Não estão sozinhos. Muitos da sua idade partilham os mesmos propósitos deles e, confiando inteiramente em Cristo, sabem que têm realmente um futuro à sua frente e não temem os compromissos decisivos que preenchem toda a vida. Por isso me dá imensa alegria poder escutá-los, rezarmos juntos e celebrar a Eucaristia com eles. A Jornada Mundial da Juventude traz-nos uma mensagem de esperança, como uma brisa de ar puro e juvenil, com aromas renovadores que nos enchem de confiança face ao amanhã da Igreja e do mundo. Não faltam, certamente, dificuldades. Subsistem tensões e confrontos em aberto em muitos lugares do mundo, inclusive com derramamento de sangue. A justiça e o sublime valor da pessoa humana facilmente se curvam a interesses egoístas, materiais e ideológicos. Não sempre se respeita, como é devido, o meio ambiente e a natureza, que Deus criou com tanto amor. Além disso, muitos jovens olham com preocupação para o futuro diante da dificuldade de encontrar um trabalho digno, ou por terem perdido o emprego, ou por ser este muito precário. Há outros que precisam de prevenção para não cair na rede das drogas, ou de uma ajuda eficaz, caso desgraçadamente já tenham caído nela. Há muitos que, por causa da sua fé em Cristo, são vítimas de discriminação, que gera o desprezo e a perseguição, aberta ou dissimulada, que sofrem em determinadas regiões e países. Molestam-lhes querendo afastá-los d’Ele, privando-os dos sinais da sua presença na vida pública e silenciando mesmo o seu santo Nome. Mas, eu volto a dizer aos jovens, com todas as forças do meu coração: Que nada e ninguém vos tire a paz; não vos envergonheis do Senhor. Ele fez questão de fazer-se igual a nós e experimentar as nossas angústias para levá-las a Deus, e assim nos salvou. Neste contexto, é urgente ajudar os jovens discípulos de Jesus a permanecerem firmes na fé e a assumirem a maravilhosa aventura de anunciá-la e testemunhá-la abertamente com a sua própria vida. Um testemunho corajoso e cheio de amor pelo homem irmão, ao mesmo tempo decidido e prudente, sem ocultar a própria

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identidade cristã, num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções e exigindo ao mesmo tempo o devido respeito pelas próprias. Majestade, ao renovar-lhes o meu agradecimento pelas deferentes boas-vindas que me proporcionaram, desejo exprimir também o meu apreço e proximidade a todos os povos de Espanha, bem como a minha admiração por um País tão rico de história e cultura, pela vitalidade da sua fé, que frutificou em tantos santos e santas de todas as épocas, em numerosos homens e mulheres que, deixando a sua terra, levaram o Evangelho a todos os cantos do mundo, e em pessoas rectas, solidárias e bondosas por todo o seu território. Trata-se de um grande tesouro, que vale a pena, sem dúvida, cuidar com atitude construtiva, para o bem comum de hoje e para oferecer um horizonte luminoso ao porvir das novas gerações. Embora actualmente haja motivos de preocupação, maior é a solicitude dos espanhóis pela sua superação com esse dinamismo que os caracteriza e para o qual contribuem imenso as suas profundas raízes cristãs, muito fecundas ao longo dos séculos. Daqui saúdo com grande cordialidade todos os queridos amigos espanhóis e madrilenos, e quantos vieram de outras terras. Durante estes dias estarei junto de vós, mas tendo também muito presente todos os jovens do mundo, particularmente os que atravessam provações de diversa índole. Ao confiar este encontro à Santíssima Virgem Maria e à intercessão dos Santos protectores desta Jornada, peço a Deus que abençoe e proteja sempre os filhos da Espanha. Muito obrigado.

ENCONTRO COM JOVENS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DISCURSO DO PAPA BENTO XVI

Basílica do Mosteiro de São Lourenço do Escorial Sexta-feira, 19 de Agosto de 2011

Encontrar-me aqui no vosso meio faz-me recordar os meus primeiros passos como professor na Universidade de Bonn. Quando ainda se sentiam as feridas da guerra e eram muitas as carências materiais, a tudo supria o encanto de uma actividade apaixonante, o trato com colegas das diversas disciplinas e o desejo de dar resposta às inquietações últimas e fundamentais dos alunos. Esta universitas, que então vivi, de professores e estudantes que procuram, juntos, a verdade em todos os saberes ou – como diria Afonso X, o Sábio – esse «ajuntamento de mestres e escolares com vontade e capacidade para aprender os saberes» (Sete Partidas, partida II, título XXXI), clarifica o sentido e mesmo a definição da Universidade. No lema da presente Jornada Mundial da Juventude - «Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» (cf. Col 2, 7) -, podeis também encontrar luz para compreender melhor o vosso ser e ocupação. Neste sentido, como escrevi aos jovens na Mensagem preparatória para estes dias, os termos «enraizados, edificados e firmes» falam de alicerces seguros para a vida (cf. n. 2). Mas onde poderão os jovens encontrar estes pontos de referência numa sociedade vacilante e instável? Às vezes pensa-se que a missão dum professor universitário seja hoje, exclusivamente, a de formar profissionais competentes e eficientes que satisfaçam as exigências laborais de cada período concreto. Diz-se também que a única coisa que se deve privilegiar, na presente conjuntura, é a capacitação meramente técnica. Sem dúvida, prospera na actualidade esta visão utilitarista da educação mesmo universitária, difundida especialmente a partir de âmbitos extra-universitários. Contudo vós que vivestes como eu a Universidade e que a viveis agora como docentes, sentis certamente o anseio de algo mais elevado que corresponda a todas as dimensões que constituem o homem. Como se sabe, quando a mera utilidade e o pragmatismo imediato se erigem como critério principal, os danos podem ser dramáticos: desde os abusos duma ciência que não reconhece limites para além de si mesma, até ao totalitarismo político que se reanima facilmente quando é eliminada toda a referência superior ao mero cálculo de poder. Ao invés, a genuína ideia de universidade é que nos preserva precisamente desta visão reducionista e distorcida do humano. Com efeito, a universidade foi, e deve continuar sendo, a casa onde se busca a verdade própria da pessoa humana. Por isso, não é uma casualidade que tenha sido precisamente a Igreja quem promoveu a instituição universitária; é que a fé cristã nos fala de Cristo como o Logos por Quem tudo foi feito (cf. Jo 1, 3) e do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. Esta boa nova divisa uma racionalidade em toda a criação e

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contempla o homem como uma criatura que compartilha e pode chegar a reconhecer esta racionalidade. Deste modo, a universidade encarna um ideal que não deve ser desvirtuado por ideologias fechadas ao diálogo racional, nem por servilismos a um lógica utilitarista de simples mercado, que olha para o homem como mero consumidor. Aqui está a vossa importante e vital missão. Sois vós que tendes a honra e a responsabilidade de transmitir este ideal universitário: um ideal que recebestes dos vossos mais velhos, muitos deles humildes seguidores do Evangelho e que, como tais, se converteram em gigantes do espírito. Devemos sentir-nos seus continuadores, numa história muito diferente da deles mas cujas questões essenciais do ser humano continuam a exigir a nossa atenção convidando-nos a ir mais longe. Sentimo-nos unidos com eles, nesta cadeia de homens e mulheres que se devotaram a propor e valorizar a fé perante a inteligência dos homens. E, para o fazer, não basta ensiná-lo, é preciso vivê-lo, encarná-lo, à semelhança do Logos que também encarnou para colocar a sua morada entre nós. Neste sentido, os jovens precisam de mestres autênticos: pessoas abertas à verdade total nos diversos ramos do saber, capazes de escutar e viver dentro de si mesmos este diálogo interdisciplinar; pessoas convencidas sobretudo da capacidade humana de avançar a caminho da verdade. A juventude é tempo privilegiado para a busca e o encontro com a verdade. Como já disse Platão: «Busca a verdade enquanto és jovem, porque, se o não fizeres, depois escapar-te-á das mãos» (Parménides, 135d). Esta sublime aspiração é o que de mais valioso podeis transmitir, pessoal e vitalmente, aos vossos estudantes, e não simplesmente umas técnicas instrumentais e anónimas nem uns dados frios e utilizáveis apenas funcionalmente. Por isso, encarecidamente vos exorto a não perderdes jamais tal sensibilidade e encanto pela verdade, a não esquecerdes que o ensino não é uma simples transmissão de conteúdos, mas uma formação de jovens a quem deveis compreender e amar, em quem deveis suscitar aquela sede de verdade que possuem no mais fundo de si mesmos e aquele anseio de superação. Sede para eles estímulo e fortaleza. Para isso, é preciso ter em conta, em primeiro lugar, que o caminho para a verdade completa empenha o ser humano na sua integralidade: é um caminho da inteligência e do amor, da razão e da fé. Não podemos avançar no conhecimento de algo, se não nos mover o amor; nem tampouco amar uma coisa em que não vemos racionalidade; porque «não aparece a inteligência e depois o amor: há o amor rico de inteligência e a inteligência cheia de amor» (Caritas in veritate, 30). Se estão unidos a verdade e o bem, estão-no igualmente o conhecimento e o amor. Desta unidade deriva a coerência de vida e pensamento, a exemplaridade que se exige de todo o bom educador. Em segundo lugar, havemos de considerar que a verdade em si mesma está para além do nosso alcance. Podemos procurá-la e aproximar-nos dela, mas não possuí-la totalmente; antes, é ela que nos possui a nós e estimula. Na actividade intelectual e docente, a humildade é também uma virtude indispensável, pois protege da vaidade que fecha o acesso à verdade. Não devemos atrair os estudantes para nós mesmos, mas encaminhá-los para essa verdade que todos procuramos. Nisto vos ajudará o Senhor, que vos propõe ser simples e eficazes como o sal, ou como a lâmpada que dá luz sem fazer ruído (cf. Mt 5, 13). Tudo isto nos convida a voltar incessantemente o olhar para Cristo, em cujo rosto resplandece a Verdade que nos ilumina; mas que é também o Caminho que leva à plenitude sem fim, fazendo-Se caminhante connosco e sustentando-nos com o seu amor. Radicados n’Ele, sereis bons guias dos nossos jovens. Com esta esperança, coloco-vos sob o amparo da Virgem Maria, Trono da Sabedoria, para que Ele vos faça colaboradores do seu Filho com uma vida repleta de sentido para vós mesmos, e fecunda de frutos, tanto de conhecimento como de fé, para vossos alunos. Muito obrigado.

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SANTA MISSA COM OS SEMINARISTAS HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

Catedral de Santa Maria la Real de la Almudena di Madrid Sábado, 20 de Agosto de 2011

Sinto uma profunda alegria ao celebrar a Santa Missa para todos vós, que aspirais a ser sacerdotes de Cristo para o serviço da Igreja e dos homens, e agradeço as amáveis palavras de saudação com que me acolhestes. Hoje esta Catedral de Santa Maria a Real da Almudena lembra um imenso cenáculo onde o Senhor desejou ardentemente celebrar a Sua Pascoa com todos vós que um dia desejais presidir em seu nome os mistérios da salvação. Vendo-vos, comprovo de novo como Cristo continua chamando jovens discípulos para fazer deles seus apóstolos, permanecendo assim viva a missão da Igreja e a oferta do evangelho ao mundo. Como seminaristas, estais a caminho para uma meta santa: ser continuadores da missão que Cristo recebeu do Pai. Chamados por Ele, seguistes a sua voz; e, atraídos pelo seu olhar amoroso, avançais para o ministério sagrado. Ponde os vossos olhos n’Ele, que, pela sua encarnação, é o revelador supremo de Deus ao mundo e, pela sua ressurreição, é a fiel realização da sua promessa. Dai-Lhe graças por este sinal de predilecção que reserva para cada um de vós. A primeira leitura que escutámos mostra-nos Cristo como o novo e definitivo sacerdote, que fez uma oferta total da sua existência. A antífona do salmo aplica-se perfeitamente a Ele, quando, ao entrar no mundo, Se dirigiu a seu Pai dizendo: «Eis-me aqui para fazer a tua vontade» (cf. Sal 39, 8-9). Procurava agradar-Lhe em tudo: ao falar e ao agir, percorrendo os caminhos ou acolhendo os pecadores. A sua vida foi um serviço, e a sua dedicação abnegada uma intercessão perene, colocando-Se em nome de todos diante do Pai com Primogénito de muitos irmãos. O autor da Carta aos Hebreus afirma que, através desta entrega, nos tornou perfeitos para sempre, a nós que estávamos chamados a participar da sua filiação (cf. Heb 10, 14). A Eucaristia, de cuja instituição nos fala o evangelho proclamado (cf. Lc 22, 14-20), é a expressão real dessa entrega incondicional de Jesus por todos, incluindo aqueles que O entregavam: entrega do seu corpo e sangue para a vida dos homens e para a remissão dos pecados. O sangue, sinal da vida, foi-nos dado por Deus como aliança, a fim de podermos inserir a força da sua vida onde reina a morte por causa do nosso pecado, e assim destruí-lo. O corpo rasgado e o sangue derramado de Cristo, isto é, a sua liberdade sacrificada, converteram-se, através dos sinais eucarísticos, na nova fonte da liberdade redimida dos homens. N’Ele temos a promessa duma redenção definitiva e a esperança segura dos bens futuros. Por Cristo, sabemos que não estamos caminhando para o abismo, para o silêncio do nada ou da morte, mas seguindo para a terra prometida, para Ele que é nossa meta e também nosso princípio. Queridos amigos, vos preparais para ser apóstolos com Cristo e como Cristo, para ser companheiros de viagem e servidores dos homens. Como haveis de viver estes anos de preparação? Em primeiro lugar, devem ser anos de silêncio interior, de oração permanente, de estudo constante e de progressiva inserção nas actividades e estruturas pastorais da Igreja. Igreja, que é comunidade e instituição, família e missão, criação de Cristo pelo seu Espírito Santo e simultaneamente resultado de quanto a configuramos com a nossa santidade e com os nossos pecados. Assim o quis Deus, que não se incomoda de tomar pobres e pecadores para fazer deles seus amigos e instrumentos para redenção do género humano. A santidade da Igreja é, antes de mais nada, a santidade objectiva da própria pessoa de Cristo, do seu evangelho e dos seus sacramentos, a santidade daquela força do alto que a anima e impele. Nós devemos ser santos para não gerar uma contradição entre o sinal que somos e a realidade que queremos significar. Meditai bem este mistério da Igreja, vivendo os anos da vossa formação com profunda alegria, em atitude de docilidade, de lucidez e de radical fidelidade evangélica, bem como numa amorosa relação com o tempo e as pessoas no meio de quem viveis. É que ninguém escolhe o contexto nem os destinatários da sua missão. Cada época tem os seus problemas, mas Deus dá em cada tempo a graça oportuna para os assumir e superar com amor e realismo. Por isso, em toda e qualquer circunstância em que se encontre e por mais dura que esta seja, o sacerdote tem de frutificar em toda a espécie de boas obras, conservando sempre vivas no seu íntimo aquelas palavras do dia da sua Ordenação com que se lhe exortava a configurar a sua vida com o mistério da cruz do Senhor. Configurar-se com Cristo comporta, queridos seminaristas, identificar-se sempre mais com Aquele que por nós Se fez servo, sacerdote e vítima. Na realidade, configurar-se com Ele é a tarefa em que o sacerdote há-de

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gastar toda a sua vida. Já sabemos que nos ultrapassa e não a conseguiremos cumprir plenamente, mas, como diz São Paulo, corremos para a meta esperando alcançá-la (cf. Flp 3, 12-14). Mas Cristo, Sumo Sacerdote, é igualmente o Bom Pastor, que cuida das suas ovelhas até ao ponto de dar a vida por elas (cf. Jo 10, 11). Para imitar nisto também o Senhor, o vosso corações tem de ir amadurecendo no Seminário, colocando-se totalmente à disposição do Mestre. Dom do Espírito Santo, esta disponibilidade é que inspira a decisão de viver o celibato pelo Reino dos céus, o desprendimento dos bens da terra, a austeridade de vida e a obediência sincera e sem dissimulação. Pedi-Lhe, pois, que vos conceda imitá-Lo na sua caridade até ao fim para com todos, sem excluir os afastados e pecadores, de tal forma que, com a vossa ajuda, se convertam e voltem ao bom caminho. Pedi-Lhe que vos ensine a aproximar-vos dos enfermos e dos pobres, com simplicidade e generosidade. Afrontai este desafio sem complexos nem mediocridade, mas antes como uma forma estupenda de realizar a vida humana na gratuidade e no serviço, sendo testemunhas de Deus feito homem, mensageiros da dignidade altíssima da pessoa humana e, consequentemente, seus defensores incondicionais. Apoiados no seu amor, não vos deixeis amedrontar por um ambiente onde se pretende excluir Deus e no qual os principais critérios por que se rege a existência são, frequentemente, o poder, o ter ou o prazer. Pode acontecer que vos desprezem, como se costuma fazer com quem aponta metas mais altas ou desmascara os ídolos diante dos quais muito se prostram hoje. Será então que uma vida profundamente radicada em Cristo se revele realmente como uma novidade, atraindo com vigor a quantos verdadeiramente procuram Deus, a verdade e a justiça. Animados pelos vossos formadores, abri a vossa alma à luz do Senhor para ver se este caminho, que requer coragem e autenticidade, é o vosso, avançando para o sacerdócio só se estiverdes firmemente persuadidos de que Deus vos chama para ser seus ministros e plenamente decididos a exercê-lo obedecendo às disposições da Igreja. Com esta confiança, aprendei d’Aquele que Se definiu a Si mesmo como manso e humilde de coração, despojando-vos para isso de todo o desejo mundano, de modo que não busqueis o vosso próprio interesse, mas edifiqueis, com a vossa conduta, aos vossos irmãos, como fez o santo padroeiro do clero secular espanhol São João de Ávila. Animados pelo seu exemplo, olhai sobretudo para a Virgem Maria, Mãe dos sacerdotes. Ela saberá forjar a vossa alma segundo o modelo de Cristo, seu divino Filho, e vos ensinará incessantemente a guardar os bens que Ele adquiriu no Calvário para a salvação do mundo. Amen.

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VIGÍLIA DE ORAÇÃO COM OS JOVENS HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

Aeroporto Cuatro Vientos de Madrid Sábado, 20 de Agosto de 2011

Queridos amigos! Saúdo-vos a todos, e de modo particular aos jovens que me formularam as perguntas, agradecendo-lhes a sinceridade com que expuseram as suas inquietações, que exprimem de certo modo o anseio de todos vós por alcançar algo de grande na vida, algo que vos dê plenitude e felicidade. Mas, como pode um jovem ser fiel à fé cristã e continuar a aspirar a grandes ideais na sociedade actual? No evangelho que escutámos, Jesus dá-nos uma resposta a esta importante questão: «Assim como o Pai Me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor» (Jo 15, 9). Sim, queridos amigos, Deus ama-nos. Esta é a grande verdade da nossa vida e que dá sentido a tudo o mais. Não somos fruto do acaso nem da irracionalidade, mas, na origem da nossa existência, há um projecto de amor de Deus. Assim permanecer no seu amor significa viver radicados na fé, porque esta não é a simples aceitação dumas verdades abstractas, mas uma relação íntima com Cristo que nos leva a abrir o nosso coração a este mistério de amor e a viver como pessoas que se sabem amadas por Deus. Se permanecerdes no amor de Cristo, radicados na fé, encontrareis, mesmo no meio de contrariedades e sofrimentos, a fonte do júbilo e a alegria. A fé não se opõe aos vossos ideais mais altos; pelo contrário, exalta-os e aperfeiçoa-os. Queridos jovens, não vos conformeis com nada menos do que a Verdade e o Amor, não vos conformeis com nada menos do que Cristo. Precisamente agora, quando a cultura relativista dominante renuncia e menospreza a busca da verdade, que é a aspiração mais alta do espírito humano, devemos propor, com coragem e humildade, o valor universal de Cristo como Salvador de todos os homens e fonte de esperança para a nossa vida. Ele, que tomou sobre si as nossas aflições, conhece bem o mistério do sofrimento humano e mostra a sua presença amorosa em todos aqueles que sofrem. Estes, por sua vez, unidos à paixão de Cristo, participam intimamente da Sua obra de redenção. Além disso, a nossa atenção desinteressada pelos doentes e aos desamparados, sempre será um testemunho humilde e silencioso do rosto compassivo de Deus. Queridos amigos, que nenhuma dificuldade vos paralise: Não tenhais medo do mundo, nem do futuro, nem da vossa fraqueza. O Senhor concedeu-vos viver neste momento da história, repleto de grandes possibilidades e oportunidades, para que, graças à vossa fé, continue a ressoar o nome de Cristo em toda a terra. Nesta vigília de oração, convido-vos a pedir a Deus que vos ajude a descobrir a vossa vocação na sociedade e na Igreja e a perseverar nela com alegria e fidelidade. Vale acolher dentro de nós o chamado de Cristo e seguir com coragem e generosidade o caminho que Ele nos proponha. A muitos, o Senhor chama ao matrimónio, no qual um homem e uma mulher, formando uma só carne (cf. Gn 3, 24), se realizam numa profunda vida de comunhão. É um horizonte de vida ao mesmo tempo luminoso e exigente; um projecto de amor verdadeiro, que se renova e consolida cada dia, partilhando alegrias e dificuldades, e que se caracteriza por uma entrega da totalidade da pessoa. Por isso, reconhecer a beleza e bondade do matrimónio significa estar conscientes de que o âmbito adequado à grandeza e dignidade do amor matrimonial só pode ser um âmbito de fidelidade e indissolubilidade e também de abertura ao dom divino da vida. A outros, diversamente, Cristo chama-os a segui-Lo mais de perto no sacerdócio ou na vida consagrada. Como é belo saber que Jesus vem à tua procura, fixa o seu olhar em ti e, com a sua voz inconfundível, diz também a ti: «Segue-Me» (cf. Mc 2, 14). Queridos jovens, para descobrir e seguir fielmente a forma de vida a que o Senhor chama cada um de vós, é indispensável permanecer no seu amor como amigos. E, como se mantém a amizade se não com o trato frequente, o diálogo, o estar juntos e o partilhar anseios ou penas? Dizia Santa Teresa de Ávila que a oração não é outra coisa senão «tratar de amizade – estando muitas vezes tratando a sós – com Quem sabemos que nos ama» (Livro da Vida, 8). Convido-vos, pois, a ficardes agora em adoração a Cristo, realmente presente na Eucaristia; a dialogar com Ele, a expor na sua presença as vossas questões e a escutá-Lo. Queridos amigos, rezo por vos com toda a

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minha alma; suplico-vos que rezeis também por mim. Peçamos-Lhe, ao Senhor, nesta noite que, atraídos pela beleza do seu amor, vivamos sempre fielmente como seus discípulos. Amen. Saudação em francês Queridos jovens francófonos, sede orgulhosos por ter recebido o dom da fé. Será ela a iluminar o vosso caminho em cada instante. Apoiai-vos igualmente sobre a fé dos vossos familiares, sobre a fé da Igreja! Pela fé, estamos fundados em Cristo; encontrai-vos com outros para a aprofundar, participai na Eucaristia, mistério por excelência da fé. Só Cristo pode dar resposta às aspirações que trazeis dentro de vós. Deixai-vos agarrar por Deus, para que a vossa presença na Igreja lhe dê um novo vigor! Saudação em inglês Queridos jovens, nestes momentos de silêncio diante do Santíssimo Sacramento, elevemos as nossas mentes e os nossos corações até Jesus Cristo, o Senhor das nossas vidas e do futuro. Que ele derrame sobre nós o Seu Espírito e sobre toda a Igreja para que sejamos um sinal luminoso de liberdade, reconciliação e paz para o mundo inteiro. Saudação em alemão Queridos jovens cristãos de língua alemã, no profundo do nosso coração desejamos aquilo que é grande e belo na vida! Não deixeis que os vossos desejos e anelos caiam no esquecimento, mas tornai-os firmes em Jesus Cristo. Ele mesmo é o fundamento que sustenta e o ponto de referência seguro para uma vida plena. Saudação em italiano Dirijo-me agora aos jovens de língua italiana. Queridos amigos, esta Vigília ficará como uma experiência inesquecível da vossa vida. Guardai a chama que Deus acendeu em vossos corações nesta noite: fazei com que não se apague, alimentai-a cada dia, partilhai-a com os vossos coetâneos que vivem na escuridão e procuram uma luz para o seu caminho. Obrigado! Até amanhã de manhã! Saudação em português Meus queridos amigos, convido cada um e cada uma de vós a estabelecer um diálogo pessoal com Cristo, expondo-Lhe as próprias dúvidas e sobretudo escutando-O. O Senhor está aqui e chama-te! Jovens amigos, vale a pena ouvir dentro de nós a Palavra de Jesus e caminhar seguindo os seus passos. Pedi ao Senhor que vos ajude a descobrir a vossa vocação na vida e na Igreja, e a perseverar nela com alegria e fidelidade, sabendo que Ele nunca vos abandona nem atraiçoa! Ele está connosco até ao fim do mundo Saudação em polaco Queridos jovens amigos vindos da Polónia! Esta nossa vigília de oração está permeada pela presença de Cristo. Seguros do seu amor e com a chama da vossa fé, aproximai-vos d’Ele. Encher-vos-á da sua vida. Edificai a vossa vida sobre Cristo e o seu evangelho. De coração, vos abençoo. * * * Queridos jovens! Antes de ir embora, quero desejar-vos a todos uma boa noite. Que possais descansar bem. Obrigado pelo sacrifício que estais fazendo e, não duvido, que estais oferecendo generosamente ao Senhor. Vemo-nos amanhã, se Deus quiser, na celebração eucarística. Espero-vos a todos vós. Muito Obrigado!

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SANTA MISSA PARA A XXVI JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

Base Aérea de Quatro Ventos, Madrid Domingo, 21 de Agosto de 2011

Queridos jovens: Com a celebração da Eucaristia, chegamos ao momento culminante desta Jornada Mundial da Juventude. Ao ver-vos aqui, vindos em grande número de todas as partes, o meu coração enche-se de alegria, pensando no afecto especial com que Jesus vos olha. Sim, o Senhor vos quer bem e vos chama seus amigos (cf. Jo 15, 15). Ele vem ter convosco e deseja acompanhar-vos no vosso caminho, para vos abrir as portas duma vida plena e tornar-vos participantes da sua relação íntima com o Pai. Pela nossa parte, conscientes da grandeza do seu amor, desejamos corresponder, com toda a generosidade, a esta manifestação de predilecção com o propósito de partilhar também com os demais a alegria que recebemos. Na actualidade, são certamente muitos os que se sentem atraídos pela figura de Cristo e desejam conhecê-Lo melhor. Pressentem que Ele é a resposta a muitas das suas inquietações pessoais. Mas quem é Ele realmente? Como é possível que alguém que viveu na terra há tantos anos tenha algo a ver comigo hoje? No evangelho que ouvimos (cf. Mt 16, 13-20), vemos representadas, de certo modo, duas formas diferentes de conhecer Cristo. O primeiro consistiria num conhecimento externo, caracterizado pela opinião corrente. À pergunta de Jesus: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?», os discípulos respondem: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas». Isto é, considera-se Cristo como mais um personagem religioso junto aos que já são conhecidos. Depois, dirigindo-se pessoalmente aos discípulos, Jesus pergunta-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro responde formulando a primeira confissão de fé: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». A fé vai mais longe que os simples dados empíricos ou históricos, e é capaz de apreender o mistério da pessoa de Cristo na sua profundidade. A fé, porém, não é fruto do esforço do homem, da sua razão, mas é um dom de Deus: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu». Tem a sua origem na iniciativa de Deus, que nos desvenda a sua intimidade e nos convida a participar da sua própria vida divina. A fé não se limita a proporcionar alguma informação sobre a identidade de Cristo, mas supõe uma relação pessoal com Ele, a adesão de toda a pessoa, com a sua inteligência, vontade e sentimentos, à manifestação que Deus faz de Si mesmo. Deste modo, a pergunta de Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?», no fundo está impelindo os discípulos a tomarem uma decisão pessoal em relação a Ele. Fé e seguimento de Cristo estão intimamente relacionados. E, dado que supõe seguir o Mestre, a fé tem que se consolidar e crescer, tornar-se mais profunda e madura, à medida que se intensifica e fortalece a relação com Jesus, a intimidade com Ele. Também Pedro e os outros apóstolos tiveram que avançar por este caminho, até que o encontro com o Senhor ressuscitado lhes abriu os olhos para uma fé plena. Queridos jovens, Cristo hoje também se dirige a vós com a mesma pergunta que fez aos apóstolos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Respondei-Lhe com generosidade e coragem, como corresponde a um coração jovem como o vosso. Dizei-Lhe: Jesus, eu sei que Tu és o Filho de Deus que deste a tua vida por mim. Quero seguir-Te fielmente e deixar-me guiar pela tua palavra. Tu conheces-me e amas-me. Eu confio em Ti e coloco nas tuas mãos a minha vida inteira. Quero que sejas a força que me sustente, a alegria que nuca me abandone. Na sua reposta à confissão de Pedro, Jesus fala da sua Igreja: «Também Eu te digo: Tu é Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja». Que significa isto? Jesus constrói a Igreja sobre a rocha da fé de Pedro, que confessa a divindade de Cristo. Sim, a Igreja não é uma simples instituição humana, como outra qualquer, mas está intimamente unida a Deus. O próprio Cristo Se refere a ela como a «sua» Igreja. Não se pode separar Cristo da Igreja, tal como não se pode separar a cabeça do corpo (cf. 1 Cor 12, 12). A Igreja não vive de si mesma, mas do Senhor. Ele está presente no meio dela e dá-lhe vida, alimento e fortaleza. Queridos jovens, permiti que, como Sucessor de Pedro, vos convide a fortalecer esta fé que nos tem sido transmitida desde os apóstolos, a colocar Cristo, Filho de Deus, no centro da vossa vida. Mas permiti também que vos recorde que seguir Jesus na fé é caminhar com Ele na comunhão da Igreja. Não se pode, sozinho, seguir Jesus. Quem cede à tentação de seguir «por conta sua» ou de viver a fé segundo a mentalidade

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individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de nunca encontrar Jesus Cristo, ou de acabar seguindo uma imagem falsa d’Ele. Ter fé é apoiar-se na fé dos teus irmãos, e fazer com que a tua fé sirva também de apoio para a fé de outros. Peço-vos, queridos amigos, que ameis a Igreja, que vos gerou na fé, que vos ajudou a conhecer melhor Cristo, que vos fez descobrir a beleza do Seu amor. Para o crescimento da vossa amizade com Cristo é fundamental reconhecer a importância da vossa feliz inserção nas paróquias, comunidades e movimentos, bem como a participação na Eucaristia de cada domingo, a recepção frequente do sacramento do perdão e o cultivo da oração e a meditação da Palavra de Deus. E, desta amizade com Jesus, nascerá também o impulso que leva a dar testemunho da fé nos mais diversos ambientes, incluindo nos lugares onde prevalece a rejeição ou a indiferença. É impossível encontrar Cristo, e não O dar a conhecer aos outros. Por isso, não guardeis Cristo para vós mesmos. Comunicai aos outros a alegria da vossa fé. O mundo necessita do testemunho da vossa fé; necessita, sem dúvida, de Deus. Penso que a vossa presença aqui, jovens vindos dos cinco continentes, é uma prova maravilhosa da fecundidade do mandato de Cristo à Igreja: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15). Incumbe sobre vós também a tarefa extraordinária de ser discípulos e missionários de Cristo noutras terras e países onde há multidões de jovens que aspiram a coisas maiores e, vislumbrando em seus corações a possibilidade de valores mais autênticos, não se deixam seduzir pelas falsas promessas dum estilo de vida sem Deus. Queridos jovens, rezo por vós com todo o afecto do meu coração. Encomendo-vos à Virgem Maria, para que Ela sempre vos acompanhe com a sua intercessão materna e vos ensine e fidelidade à Palavra de Deus. Peço-vos também que rezeis pelo Papa, para que, como Sucessor de Pedro, possa continuar confirmando na fé os seus irmãos. Que todos na Igreja, pastores e fiéis, nos aproximemos de dia para dia sempre mais do Senhor, para crescermos em santidade de vida e darmos assim um testemunho eficaz de que Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho de Deus, o Salvador de todos os homens e a fonte viva da sua esperança. Amen.

ANGELUS Base Aérea de Quatro Ventos, Madrid

Domingo, 21 de Agosto de 2011 Queridos amigos! Agora ides regressar aos vossos lugares de residência habitual. Os vossos amigos vão querer saber o que é que mudou em vós depois de vos terdes encontrado nesta nobre cidade com o Papa e centenas de milhares de jovens do mundo inteiro: Que ireis dizer-lhes? Convido-vos a dar um testemunho destemido de vida cristã diante dos outros. Assim sereis fermento de novos cristãos e fareis com que a Igreja se levante robusta no coração de muitos. Nestes dias, quanto pensei naqueles jovens que aguardam o vosso regresso! Transmiti-lhes a minha estima, particularmente aos mais desfavorecidos, e também às vossas famílias e às comunidades de vida cristã a que pertenceis. Não posso deixar de vos confessar que estou verdadeiramente impressionado com o número de Bispos e sacerdotes presentes nesta Jornada. Agradeço-lhes a todos do fundo da alma, animando-lhes, ao mesmo tempo, a continuar cultivando a pastoral juvenil com entusiasmo e dedicação. Agora confio todos os jovens do mundo – e de modo especial vós, queridos amigos – à amorosa intercessão da Santíssima Virgem Maria, Estrela da nova Evangelização e Mãe dos jovens, e saudamo-La com as mesmas palavras que Lhe dirigiu o Anjo do Senhor.

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Post-Angelus Compraz-me agora anunciar que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro. Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira.Queridos amigos, antes de nos despedirmos e no momento em que os jovens de Espanha entregam aos do Brasil a cruz das Jornadas Mundiais da juventude, como Sucessor de Pedro confio a todos os presentes esta insigne incumbência: Levai o conhecimento e o amor de Cristo ao mundo inteiro. Ele quer que sejais os seus apóstolos no século XXI e os mensageiros da sua alegria. Não O desiludais! Muito obrigado! Saudação em francês Queridos jovens de língua francesa, hoje Cristo pede-vos para permanecerdes radicados n’Ele e, com a sua ajuda, edificar a vossa vida sobre a rocha que é Ele mesmo. Ele vos envia para serdes testemunhas corajosas e sem complexos, autênticas e credíveis! Não tenhais medo de ser católicos e dar sempre testemunho disso mesmo ao vosso redor com simplicidade e sinceridade. Que a Igreja encontre em vós e na vossa juventude os missionários radiosos da Boa Nova! Saudação em inglês Saúdo todos os jovens de língua inglesa presentes hoje aqui. Como agora ides voltar para casa, levai convosco a boa nova do amor de Cristo, que experimentamos nestes dias inesquecíveis. Fixai os vossos olhos n’Ele, aprofundai o vosso conhecimento do Evangelho e produzi abundantes. Deus vos abençoe até nos encontrarmos de novo! Saudação em alemão Meus queridos amigos, a fé não é uma teoria. Crer significa entrar numa relação pessoal com Jesus e viver a amizade com Ele em comunhão com os demais, na comunidade da Igreja. Confiai a Cristo a vossa vida e ajudai os vossos amigos a alcançar a fonte da vida, Deus. Que o Senhor vos torne testemunhas alegres do seu amor. Saudação em italiano Queridos jovens de língua italiana! Saúdo-vos todos vós. A Eucaristia que celebrámos é Cristo ressuscitado presente e vivo no meio de nós: graças a Ele, a vossa vida está enraizada e alicerçada em Deus, está firme na fé. Com esta certeza, regressai de Madrid e anunciai a todos o que vistes e ouvistes. Respondei com alegria ao chamamento do Senhor, segui-O pela estrada que vos indicará e permanecei sempre unidos a Ele: produzireis muito fruto! Saudação em português Queridos jovens e amigos de língua portuguesa, encontrastes Jesus Cristo! Sentir-vos-eis em contra-corrente no meio duma sociedade onde impera a cultura relativista que renuncia a buscar e a possuir a verdade. Mas foi para este momento da história, cheio de grandes desafios e oportunidades, que o Senhor vos mandou: para que, graças à vossa fé, continue a ressoar a Boa Nova de Cristo por toda a terra. Espero poder encontrar-vos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, Brasil. Até lá, rezemos uns pelos outros, dando testemunho da alegria que brota de viver enraizados e edificados em Cristo. Até breve, queridos jovens! Que Deus vos abençoe! Saudação em polaco Queridos jovens polacos, fortes na fé, radicados em Cristo! Os dons recebidos de Deus nestes dias produzam em vós frutos abundantes. Sede as suas testemunhas. Levai aos outros a mensagem do Evangelho. Com a vossa oração e com o exemplo da vida ajudai a Europa a encontrar de novo as suas raízes cristãs.

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CÂNTICOS

Neste espaço colocamos os cânticos que irão ser utilizados nos encontros da JEF e poderão ser trabalhados também nas reuniões de grupo.

1. Hino da JEF

2. Firme na fé

3. Renasce em mim

4. Aumenta a minha fé

5. Carta escrita de Deus para ti

6. Desperta! Alguém chama por ti

7. Dias depois

8. Faz-te ao largo

9. Guiados pelo Espírito

10. Viemos adorar-te, Senhor!

11. Com S. Paulo corremos para a meta

12. Creio em Ti

13. Cânticos de Taize

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