república federativa do brasil do congresso nacional

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República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XL - N9 054 CAPITAL FEDERAL SÁBADO, 25 DE MAIO DE 1985'1 CÂMARA DOS DEPUTADOS SÚMÁRIO 1- ATA DA 54' SESSÃO DA 3' SESSÃO LE- GISLATIVA DA 47' LEGISLAJURA EM 24 DE MAIO DE 1985. I- Abertura da Sessão II - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior IJI- Leitura do Expediente OFICIOS a) N' 54/85;"do Sr. Deputado Aluízío Campos, Presidente da Comissão de Coostituição e Justiça; b) NO 171/85, do Sr. Deputado Prisco Viana, Líder do Partido Democrático Social; e e) Nos 146 e 147/85, do Sr. Deputado Pimenta da Veiga, Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro. IV - Pequeno Expediente DEL BOSCO AMARAL - Questão de ordem sohre resposta da Mesa a reclainações de Deputados relativas a assuntos administrativos. PRESIDENTE - Resposta à questão de ordem do Deputado Del Bosco Amaral. LEONJDAS RACHID - Prazo de carência de dois anos para os empréstimos destinados à aqui- sição de máquinas e implementos agrícolas. MARCELO UNHARES - Estado de calamida- de do Município de Morada Nova, Estado do Ceará. Gumo MOESCH - Atuação do Ministro Almir Pazzianotto, do 'Trahalho. DEL BOSCO AMARAL - Preenchimento dos cargos do terceiro escalão da administração federal. ERNANI SATYRO - Homenagem à memória do ex-Deputado e ex-Senador Ruy Santos. AGNALDO TIMÓTEO - Consórcio de autom6- veis. Discriminação de profissionais da imprensa contra Deputados malufistas. LÚCIA VIVEIROS - Irregularidades nas ope- rações do Banco do Estado do Pará. Dia do Fotógra- fo. EVANDRO AYRES DE MOURA - Salário dos funcionários do Banco do Brasil. Projeto Nordeste. FRANCISCO AMARAL - Remuneração da magistratura. JOÃO FAUSTINO - Reivindicações trabalhis- tas. ASSIS CANUTO - Reajuste dos vencimentos dos servidores púhlicos civis. Concessão do 130 sa- lário. RUBEN FIGUEIRÓ - Punições para os respon- sáveis por crimes praticados contra a administração púhlica c contra a economia nacional. . PAULO GUERRA - Processo de escolha dos Governadores dos Territórios. JORGE CARONE - Conveniência de realização de plebiscito para decidir sohre a data eo número de votações para eleição do Presidente da Repúhlica. ANTONIO MORAIS - Falecimento de D. A1ha· nisa Sarazate. ' JONATHAS NUNES Jornada de trahalho dos economiários. DARCIuo AYRES - Ohrigatoriedade do voto. SAMIR ACHO A- Estacionamentos de veículos nas grandes cidades. CARLOS VINAGRE - Liberação de recursos para custeio e comercialização da horracha natural. RENATO CbRDEIRO - Revogação do limite de idade para ingresso no serviço púhlico. ARTENIR WERNER - Registro definitivo para os prepostos de Corretor de Seguros. DIONISIO HAGE - Greve de professores no Es- tado do Pará. ASSIS CANUTO - Comunicação, como Lider, sohre a formação do Secretariado do Estado de Ron- dônia. JOÃO FAUSTlNO como Líder, sohre visita do Presidente José Sarney ao Nordeste. V- Granlle Expediente JOÃO GILBERTO - Convocação de Assemhléia Nacional Constituinte. ISRAEL DIAS-NOVAES - Legalização do jogo do Bicho. TIDEI DE LIMA - Contradições da política eco- nômica da Nova Repúhlica. MÁRCIO BRAGA - (Retirado pelo'orador para revido.) Comparecimento do Ministro Francisco Dornelles à Câmara dos Deputados. Convocação de Assemhléia Nacional Constituinte. . RAIMUNDO LEITE - Convocação de As- semhléia Nacional Constituinte. VI - Designação da Ordem do Dia Vil - Encerramento Z- ATA DAS COMISSOES MESA (Relação dos memhros) 4- LIDERES E VICE-LIDERES DE PARTI· DOS (Relação dos memhros) 5- COMISSOES (Relação dos memhros das Comissões Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito) Ata-da 54' Sessão, em'. 24 de maio ·de 1985 Presidênçia do Sr. José Freja! ÀS /3:00 HORAS COMPARECEM OS SENHO- RES: Ulysses Guimarães Humherto Souto Carlos Wilson Haroldo Sanford Leur Lomanto Epitácio Cafeteira Jose Frejat José Ribamar Orestes Muniz Bete Mendes Celso Amaral

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República Federativa do Brasil

DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I

ANO XL - N9 054 CAPITAL FEDERAL SÁBADO, 25 DE MAIO DE 1985'1

CÂMARA DOS DEPUTADOSSÚMÁRIO

1 - ATA DA 54' SESSÃO DA 3' SESSÃO LE­GISLATIVA DA 47' LEGISLAJURA EM 24DE MAIO DE 1985.

I - Abertura da Sessão

II - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior

IJI- Leitura do Expediente

OFICIOS

a) N' 54/85;"do Sr. Deputado Aluízío Campos,Presidente da Comissão de Coostituição e Justiça;

b) NO 171/85, do Sr. Deputado Prisco Viana,Líder do Partido Democrático Social; e

e) Nos 146 e 147/85, do Sr. Deputado Pimenta daVeiga, Líder do Partido do Movimento DemocráticoBrasileiro.

IV - Pequeno Expediente

DEL BOSCO AMARAL - Questão de ordemsohre resposta da Mesa a reclainações de Deputadosrelativas a assuntos administrativos.

PRESIDENTE - Resposta à questão de ordemdo Deputado Del Bosco Amaral.

LEONJDAS RACHID - Prazo de carência dedois anos para os empréstimos destinados à aqui­sição de máquinas e implementos agrícolas.

MARCELO UNHARES - Estado de calamida­de do Município de Morada Nova, Estado do Ceará.

Gumo MOESCH - Atuação do Ministro AlmirPazzianotto, do 'Trahalho.

DEL BOSCO AMARAL - Preenchimento doscargos do terceiro escalão da administração federal.

ERNANI SATYRO - Homenagem à memóriado ex-Deputado e ex-Senador Ruy Santos.

AGNALDO TIMÓTEO - Consórcio de autom6­veis. Discriminação de profissionais da imprensacontra Deputados malufistas.

LÚCIA VIVEIROS - Irregularidades nas ope­rações do Banco do Estado do Pará. Dia do Fotógra­fo.

EVANDRO AYRES DE MOURA - Salário dosfuncionários do Banco do Brasil. Projeto Nordeste.

FRANCISCO AMARAL - Remuneração damagistratura.

JOÃO FAUSTINO - Reivindicações trabalhis­tas.

ASSIS CANUTO - Reajuste dos vencimentosdos servidores púhlicos civis. Concessão do 130 sa­lário.

RUBEN FIGUEIRÓ - Punições para os respon­sáveis por crimes praticados contra a administraçãopúhlica c contra a economia nacional. .

PAULO GUERRA - Processo de escolha dosGovernadores dos Territórios.

JORGE CARONE - Conveniência de realizaçãode plebiscito para decidir sohre a data e o número devotações para eleição do Presidente da Repúhlica.

ANTONIO MORAIS - Falecimento de D. A1ha·nisa Sarazate. '

JONATHAS NUNES ~ Jornada de trahalho doseconomiários.

DARCIuo AYRES - Ohrigatoriedade do voto.

SAMIR ACHO A - Estacionamentos de veículosnas grandes cidades.

CARLOS VINAGRE - Liberação de recursospara custeio e comercialização da horracha natural.

RENATO CbRDEIRO - Revogação do limitede idade para ingresso no serviço púhlico.

ARTENIR WERNER - Registro definitivo paraos prepostos de Corretor de Seguros.

DIONISIO HAGE - Greve de professores no Es­tado do Pará.

ASSIS CANUTO - Comunicação, como Lider,sohre a formação do Secretariado do Estado de Ron­dônia.

JOÃO FAUSTlNO ~Comunicação,como Líder,sohre visita do Presidente José Sarney ao Nordeste.

V - Granlle Expediente

JOÃO GILBERTO - Convocação de AssemhléiaNacional Constituinte.

ISRAEL DIAS-NOVAES - Legalização do jogodo Bicho.

TIDEI DE LIMA - Contradições da política eco­nômica da Nova Repúhlica.

MÁRCIO BRAGA - (Retirado pelo' orador pararevido.) Comparecimento do Ministro FranciscoDornelles à Câmara dos Deputados. Convocação deAssemhléia Nacional Constituinte. .

RAIMUNDO LEITE - Convocação de As­semhléia Nacional Constituinte.

VI - Designação da Ordem do Dia

Vil - Encerramento

Z- ATA DAS COMISSOES

~-MESA (Relação dos memhros)

4- LIDERES E VICE-LIDERES DE PARTI·DOS (Relação dos memhros)

5 - COMISSOES (Relação dos memhros dasComissões Permanentes, Especiais, Mistas ede Inquérito)

Ata-da 54' Sessão, em'. 24 de maio ·de 1985Presidênçia do Sr. José Freja!

ÀS /3:00 HORAS COMPARECEM OS SENHO­RES:

Ulysses GuimarãesHumherto Souto

Carlos WilsonHaroldo SanfordLeur LomantoEpitácio CafeteiraJose Frejat

José Ribamar ~1aéhado

Orestes Muniz

Bete Mendes

Celso Amaral

4990 Sábado 2S

Acre

Alércio Dias - PFL; Aluízio Bezerra - PMDB;Amncar de Queiroz - POS; Geraldo Fleming ­PMDB; José Mello - PMOB; Nosser Almeida - POS;Wildy Vianna - POSo

~

Arthur Virgt1io Neto - PMOB; Carlos Alberto deCarli - PMDB; José Fernandes - POS; Josué de Souza- PDS; Mârio Frota - PMDB; Randolfo Bittencourt- PMDB; Ubaldino Meirelles - PFL; Vivaldo Frota- PFL.

R.....

Auia Canuto - PDS; Francisco Erse - PFL; Fran­c:i8co SaJea - PDS; Leônidas Rachid - PDS; Olavo Pi­_ - PMDB; Orestes Muniz - PMDB; Rita Furtado-PFL.

Ademir Andrade - PMDB; Antônio Amaral - PDS;Benedicto Monteiro - PMDB; Brabo de Carvalho ­

'PMDB; Carlos Vinagre - PMDB; Coutinho Jorge ­PMDB; Dionísio Hage - PFL; Domingos Juvenil ­

'PMOB; Gerson Peres - PDS; Jorge Arbage - POS;L6cia Viveiros - PDS; Manoel Ribeiro - PDS; Osval­do Melo - PDS; Sebastiio Curió - PFL; Vicente Quei­roz - PMDB.

I

Bayma Júnior _. PDS; Cid Carvalho - PMDB; Edi­son Lobio - PDS; Enoc Vieira - PFL; Epitâcio Cafe­teira - PMDB; Eurico Ribeiro' - PDS; Jayme Santana

,- PFL; Joio AJberto de Souza - PFL; João Rebelo ­PDS; José Bumett - PDS; José Ribamar Machado -PDS; Magno Bacelar - PFL; Nagib Haickel - PDS;

,Sarney Filho - PFL; Vieira da Silva - POS; VictorI Trovio - PFL; Wagner Lago - PMDB.

Pt.f

Celso Barros - PFL; Ciro Nogueira - PMDB; Herâ­dito Fortes - PMDB; Jônatbas Nunes - PFL; JoséLuiz' Maia - PDS; LUdgero Raulino - PDS; Milton8nndio - PFL; Tapety Júnior - PFL; Wall Ferraz­

iPMDR.C.n

A6I:io de Borba - PDS; Antônio Morais - PMDR;Carlos VirPJio - POS; Chagas Vasconcelos - PMDR;C1audino Sales - PFL; ClAudio Pbilomeno - PDS;Evandro Ayres de Moura - PFL; flAvio MarcOio ­PDS; Furtado Leite - PFI.; Gomes da Silva - PDS;Haroldo Sanford - PDS; Leome Bel&n - PDS; LúcioAlclntara - PFL; Manoel Gonçalves - PDS; ManuelIV"l8Da - PMDB; Marcelo Unhares - PDS; MauroSampaio - POS; Moy. Pimentel - PMDB; OrlandolIIerra - PFL; Ouian Araripe - POS~Paes de Andra­.. - PMOB; S&rgio Pbilomeno - PDS.

.G....- .. N...

Agenor Maria - PMDB; Antônio' Câmara ­'MOR; Antônio Florêncio - PFL; Henrique EduardoAlves - PMOR; Jess6 Freire - PFL; João Faustino ­PFL; Vingt Rosado - PDS; Wanderley Mariz - PDS.........

Adauto Pereira - "DS; Aluízio Campos - PMOR;.Álvaro Gaudêncio -' PFL; Antônio Gomes - PDS;Carneiro Amaud - PMDB; Edme Tavares - PFL; Er­

,nani Satyro - PDS; Joacil Pereira - PDS; João Agripi­no - PMDB; José Maranhio - PMDR; Raymundo~sfora - PMDB; Tarcísio Buriti - PFL.

P-....coAntônio Farias - POS; Arnaldo Maciel - PMOB;

Carlos Wilson - PMDB; Cristina Tavares - PMDB; ,Egfdio Ferreira Lima - PMOR; Geraldo Melo - PFL;

:Gonzaga Vasconcelos - PFL; Inocêncio Oliveira ­PFL; Jarbas Vasconcelos - PMDB; João Carlos deCarli - PDS; José Carlos Vasconcelos - PMOB; JoséJorge - PFL; José Mendonça Bezerra - PFL; JoséMoura - PFL; Josias Leite - PDS; Mansueto de Lavor- PMDB; Maurflio Ferreira Lima- PMOB; Miguel

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Arraes - PMDB; Nilson Gibson - PFL; Oswaldo Coe­lho - PFL; Oswaldo Lima Filho - PMOB; Pedro Cor­rêa - PDS; Ricardo Fiuza - POS; Roberto Freire ­PMDB; Sêrgio Murilo - PMDB; Thales Ramalho ­PFL.

Alagou

Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Fernando Collor - POS; Geraldo Bulhões - POS; JoséThomaz Nonô - PFL; Manoel Affonso - PMDB; Nel­son Costa - POS; Renan Calheiros - PMOB.

Adroaldo Campos - POS; Augusto Franco - PDS;Celso Carvalho - PDS; Francisco Rollemberg - PDS;Gilton Garcia - PDS; Hélio Oantas - PFL; JacksonBarreto - PMDB; José Carlos Teixeira - PMDB.

BdIa

Afrísio Vieira Lima - POS; Angelo Magalhães - ,PDS; Ojalma Dessa - POS; Domingos Leonelli ­PMDB; Elquisson Soares - PMOB; Eraldo Tinoco ­POS; Felix Mendonça - PDS; Fernando Gomes ­PMDB; Fernando Magalhães - PDS; Fernando Santa­na - PMDB; França Teixeira - PFL; Francisco Benja­mim - PFL; Francisco Pinto - PMDB; GenebaldJCorreia - PMDB; Gorgônio Neto - PDS; HaroldoLima - PMDB; Hélio Correia - PDS; Horâcio Matos- POS; Jairo Azí - PDS; João Alves - PDS; JorgeMedauar - PMDB; Jorge Vianna - PMDB; José lou­renço - PFL; José Penedo - POS; Jutahy Júnior ­POS; Leur Lomanto - PDS; Marcelo Cordeiro ­PMOB; Mârio Lima - ,PMDB; Ney Ferreira - PDS;Prisco Viana - POS; Raymundo Urbano - PMOB;Raul Ferraz - PMDB; Rômulo Galvão - POS; RuyBacelar - PFL; Virgildãsio de Senna - PMDB; WilsonFalcão - PDS.

~Sute

Hélio Manhães - PMOB; José Carlos Fonseca ­PDS; Max Mauro - PMDB; Nyder Barbosa - PMDB;Pedro Ceolim - PDS; Stélio Dias - PFL; TbeodoricoFerraço - PFL; Wilson Haesc - PMDB.

... J....

Abdias Nascimento - POT; Agnaldo Timóteo ­PDT; Alair Ferreira - POS; AJoysio Teixeira ­PMDB; Álvaro Valle - PFL; Amaral Netto - POS;Arildo Teles -\ PDT; Bocayuva Cunha - PDT; CarlosPeçanha - PMOR; Celso Peçanha - PFL; Clemir Ra­mos - PDT; Darcílio Ayres - PDS; Daso Coimbra - ,PMOB; Délio dqs Santos - PDT; Denisar Ameiro ­PMDB; Eduardó .oaliJ - PDS; Figueiredo l'ill\o -

. POS; Francisco Studart - PFL; Gustavo Faria ­PMDB; Hamilton Xavier - PDS; Jacques O'Ornellas

, - PDT; JG de Araújo Jorge - PDT; Jiulio Caruso ..,..PDT; Jorge Cury - PMDB; Jorge Leite - PMDB; JoséColagroSsi - POT; José Eudes - PT; José Frejat ­PDT; Uzaro Carvalho - PFL; Léo Simões - PFL;Leônidas Sampaio - PMDB; Marcelo Medeiros ­PMDB; Márcio Braga - PMDB; Mârcio Macedo ­PMOB; Mârio Juruna - PDT; Osmar Leitão - POS;Roberto Jefferson - PFL; Rubem Medina - PFL; Sa­ramago Pinheiro - PDS; Sebastião Atalde - PDT; Se­bas...1iã2 Nery - PDT; Sér8!Q..J.oJnba -J'Q.J~ Si.1l1ªo

! Scssim - PFL; Waller Casanova - PFL; Wilmar Paüs ­. PDS-- - -

MIMa Gerü

Aécio Cunha - PFL; Aníbal Teixeira - PMOB; An­tônio Dias - PFL; Bonifácio de Andrada - POS; Car­los Eloy - PFL; Cássio Gonçalves - PMOB; CastejonBranco - PFL; Christóvam Chiaradia - PFL; DarioTavares - PMOB; Delson Searano - PDS; EmílioGallo - PFL; Emilio Haddad - PDS; Fued Dib ­PMOB; Homero Santos - PFL; Humberto Souto ­PFL; João Herculino - PMOB; Jorge Carone ­PMDB; Jorge Vargas - PMDB; José Carlos Fagundes- PFL; José Machado - PFL; José Maria Magalhães- PMOB; José Mendonça de Morais - PMDB; JoséUlisses - PMDB; Juarez Baptista - PMDB; JúniaMarise - PMOB; Luis Oulci - PT; Luiz Baccarim ­PMDB; Luiz Guedes - PMOB; Luiz Leal - PMDB;Manoel Costa Júnior - PMDB; Marcos Lima -

Maio de 1985

PMDB' Mário Assad - PFL; Mário de Oliveira ­PMDB: Maurício Campos - PFL; Melo Freire ­PMDB; Milton Reis - PMOB; Navarro Vieira Filho­PFL; Nylton Velloso - PFL; Osc~r Corrêa Júnior ­PFL' Oswaldo Murta- PMOB; Paulino Cícero de Vas­con~lIos - PFL; Pimenta da Veiga - PMOB; Raul Be­lém - PMOB; Raul Bernardo - POS; Ronaldo Cane­do - PFL; Ronan Tito - PMOB; Rondon Pacheco­POS; Rosemburgo Romano - PMDB; Sérgio Ferrara- PMDB; Vicente Guabiroba - PDS; Wilson Vaz -,PMDB.

SIoP..

Adail Vettorazzo - POS; Airton Sandoval- PMOB;Alberto Goldman - PMDB; Alcides Franciscato ­PFL; Armando Pinheiro - PDS; Aurélio Peres ­PMDB; Bete Mendes - PT; Cardoso Alves - PMOB;Celso Amaral - PTB; Cunha Bueno - PDS; DarcyPassos - PMDB; Del Bosco Amaral- PMDB; DjalmaBom - PT; Doreto Campanari - PMOB; EduardoMatarazzo Suplicy - PT; Farabulini Júnior - PTR; Fe­lipe Cheidde - PMDB; Ferreira Martins - PDS; Flâ- ,vio Bierrembach - PMDB; Francisco Amaral ­PMDB; Francisco Dias - PMOB; Freitas Nobre ­PMDB; Gastone Righi - PTB; Gióia Júnior - PDS;Herbert Levy - PFL; Horâcio Ortiz - PMDB; IrmaPassoni - PT; Israel Dias-Novaes - PMOB; Joio Ras­tos - PMDB; João Cunha - PMDB; Joio HerrmannNeto - PMDB; José Camargo - PFL; José Genolno ­PT; Maluly Neto - PFL; Márcio Santilli - PMOB;Marcondes Pereira - PMDB; MArio Hato - PMDB;Mendes Botelho - PTB; Mendonça Falcio - PTB;Moacir Franco - PTB; Natal Gale - PFL; Nelson doCarmo - PTB; Octacílio de Almeida - PMDB; Pache­co Chaves - PMDB; Paulo Maluf - PDS; Paulo Zar­zur - PMDB; Raimundo Leite - PMDB; Ralph Biasi- PMDB; Renato Cordeiro - PDS; Ricardo Ribeiro- PFL; Roberto Rollemberg - PMDB; Salles Leite - ,PDS; Salvador Julianelli - POS; Samir Achôa ­PMDB; Theodoro Mendes - PMDB; Tidei de Lima ­PMOB; Ulysses Guimaries - PMDB.

GiIII

Aldo Arantes - PMDB; Brasnio Caiado - POS;Fernando Cunha - PMDB; 'ienésio de Barros ­PMDR; Ibsen de Castro - PDS; Iram Saraiva ­PMDB; Irapuan Costa Júnior - PMDR; Iturival Nasci­mento - PMOB; Jaime Câmara - PDS; Joio Divino- PMOB; Joaquim Roriz - PMDB; Juarez Bemardes .- PMDB; Paulo Borges - PMDR; Siqueira Campos -PDS; Tobias AJves - PMDB; Wolney Siqueira - PFL.

MatoG.-

Bento Porto - PFL; Cristino Cortes - PDS; Dantede Oliveira - PMOB; Gilson de Barros - PMOB;Maçao Tadano - PDS; MArcio Lacerda - PMOR;Milton Figueiredo - PMOR; Valdon Varjão - POSo

Mato a- .. SIII

Albino Coimbra - PDS; Harry Amorim - PMDR;Levy Dias - PFL; Plínio Martins - PMDR; Ruben Fi­gueiró - PMDB; Saulo Queiroz - PFL; tJbaldo Bar&n

'-PDS.

ParaM

Alceni ~.uerra - PFL; Alencar Furtado - PMDR;Amadeu Gciara - PMOB; Anselmo Peraro - PMOB;Antônio Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PFL; Arol­do Molella - PMOB; Ary Kffuri - POS; Borges daSilveira - PMOB; Celso Sabóia - PMDR; Dilson Fan­chin - PMDB; Fabiano Braga Cortes - PFL; HélioOuque - PMOB; lrineu Brzesinski - PMOB; ItaloConti - PFL; José Carlos Martinez - POS; José Tava­res - PMDB; Léo Neves - POT; Luiz Antônio Fayet- PFL;' Maltos Leão - PMDB; Norton Macedo ­PFL; Oscar Alves - PFL; Oswaldo Trevisan - PMOB;Otávio Cesário - PDS; Paulo Marques - PMOB; Pe­dro Sampaio - PMOB; Reinhold Stephanes - PFL;Renato Bernardi - PMDB; Renato Johnsson - POS;Renato Loures Bueno - PMDB; Santinho Furtado ­PMDB: Santos Filho - PDS; Vai mor GiavarinaPM'DB; Walber Guimarães - PMOB.

Maio de 1985

Santa Catarina

Artenir Werner - PDS; Casildo Maldaner - PMDB;Dirceu Carneiro - PMDB; Epitácio Bitteneourt ­PDS; Ernesto de Marco - PMDB; Evaldo Amaral ­PFL; Fernando Bastos - PFL; João Paganella - PDS;Luiz Henrique - PMDB; Nelson Morro - PDS; Ncl­son Wedekin - PMDB; Pedro Colin - PFL; RenatoVianna - PMDB; Walmor de Luca - PMDB.

Rio Grande do Sul

Aldo Pinto - PDT; Amaury Müller - PDT; AugustoTrein - PDS; Balthazar de Bem e Canto - PDS; DarcyPozza - PDS; Emídio Perondi - PDS; Floriceno Pai­xão - PDT; Guido Moesch - PDS; Hermes Zaneti ­PMDB; Hugo Mardini - PDS; Ibsen Pinheiro ­PMDB; Irajá Rodrigues - PMDB; Irineu Colato ­PDS; João Gilberto - PMDB; Jorge Uequed ­PMDB; José Fogaça - PMDB; Júlio Costamilan ­PMDB; Lélio Souza - PMDB; Matheus Schmidt ­PDT; Nadyr Rossetti - PDT; Nelson Marchezan ­PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Fachin - PDS; Osval­do Nascimento - PDT; Paulo Mincarone - PMDB;Pedro Germaoo - PDS; Pratini de Morais - PDS;Rosa Flores - PMDB; Rubens Ardenghi - PDS; Sieg­fried Heuser - PMDB; Sinval Guazzelli - PMDB; Vic­tor Faccioni - PDS.

Amapi

Antônio Pontes - PFL; Clarck Platon - PDS; Geo­vani Borges - PFL; Paulo Guerra - PDS.

Roraima

Alcides Lima - PFL; João Batista Fagundes - PDS;Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PFL.

o SR. PRESIDENTE (José Frejat) - A lista depresença acusa o comparecimento de 137 Srs.Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão

anterior.

II - A SRA. BETE MENDES, Suplente deSeeretário, servindo como 2" Secretário, procede àleitura da ata da sessão anteeedente, a qual é, semobservações, assinada.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Passa-sc àleitura do expediente.

O SR. HAROLDO SANFORD, ]Q-Secretário,procede à leitura do seguinte

III - EXPEDIENTE

OFIcIOS

Do Sr. Presidente da Comissio de Constitulçio e J u....tiça, nos seguintes termos:Of. n" 54/85 Brasília, 23 de maio de 1985

Senhor Presidente:A Comissão de Constituição e Justiça, ao apreciar o

Projeto de Lei C,!mplementar n" 262/85 - do Sr.Francisco Amaral - aprovou requerimento do relator,Deputado Nilson Gibson, em que Sua Excelênciasolicita a transformação daquele projeto de leicomplementar em projeto de Ici ordinária.

Solicito, pois, a Vossa Excelência autorizar aprovidência requerida.

Cordialmente, Aluízio Campos, Presidente.

Do Sr. Líder do PDS, nos seguintes termos:Oficio n" 171/85 Brasília, 23 de maio de 1985

Senhor Presidente:Solicito a Vossa Excelência a fineza de d~terminar

providências para que sejam realizadas as seguintesalterações nas composições das Comissões Técuicas, asaber:

COMISSÃO DE ESPORTE E TURISMOTitularesExcluir: Deputado Wilson Falcão

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

COMISSÃO DE RELAÇOES EXTERIORESTitularesIncluir: Deputado Wilson Falcão

à oportunidade, renovo a Vossa Excelência os meusprotestos de consideração c apreço. - Prisco Viana.

Do Sr. Líder do PMDB, nos seguintes termos:Oficio n" 146/85 Brasília, 22 de maio de 1985.

Senhor Presidente:Tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência que o

Deputado Ernesto de Marco passa a integrar, naqualidade de membro efetivo, a Comissão de Economia,Indústria e Comércio e como suplente, a Comissão deRelações Exteriorcs, em vaga decorrente do afastamentodo Deputado Odilon Salmoria.

Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência meusprotestos de estima e consideração. - Pimenta da Veiga.

Dn Sr. Líder do PMDB nos seguintes termos:Oficio n" 147/85 Bra~í1ia. 22 dc maio de 1985.

Senhor Presidente:Tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência que o

Deputado Ernesto de Marco passa a integrar aComissão Especial do Código do Ar, como membroefetivo, em vaga decorrente do afastamento doDeputado Odilon Salmoria.

Aproveito a oportunidade para renovar a VossaExceléncia protestos de estima e consideração. ­Pimenta da Veiga.

o Sr. Del Bosco Amaral - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a palavraO nobre Deputado.

O SR. DEL BOSCO AMARAL (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o RegimentoInterno é muito claro ao afirmar que o Parlamentar, emrelação a assuntos administrativos da Casa, pode oficiarpor escrito, à Mesa sua reclamação. Não recebendoresposta em 48 horas, pode vir ao plenário e, de público,reiterá-Ia.

Digo a V. Ex' que nunca farei isso. ou, pelo menos,evitarei fazê-lo até quanfo for possívcl. Entrctanto, jáencaminhei este ano, duas reclamações sobre assuntosadministrativos em geral - não vou especificá-los agora- c gostaria que os Parlamentares deixassem, de umavez por todas, de usar esta tribuna, que é eminentementepolítica, para falar sobre assuntos administrativos, oque, no entanto, nos autoriza o Regimento.

Gostaria que a Presidência efetiva da Casa verificasseas reclamações existentes sobre sérios assuntosadministrativos, para que possa, então, dar uma respostaaos Srs. Parlamentares, evitando que esta tribuna setorne paleo de denúncias sobre o próprio funcionamentoadministrativo da Casa.

Gostaria de dizer ainda que uma das reclamaçõesfeitas por mim refere-se à rcspeitável Secretaria que V.Ex' dirige. E pediria a V. Ex', que assumiu outro dia ocargo e não podc, absolutamente, ser responsabilizadopor fatos ocorridos no passado, que procurasse saber emque escaninhos da Mesa, ou de outros setoresadministrativos, caíram as duas reelamações feitas poreste Parlamentar.

Era a reclamação que tinha a fazer, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - A Mesa acolhea solicitação de V. Ex' e tomará as providências nosentido de serem atendidas as suas reclamações e as dosdemais Srs. Deputados.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Está finda aleitura do expediente.

IV - Passa-se ao Pequeno ExpedienteTem a palavra o Sr. Leônidas Rachid

O SR. LEÓNIDAS RACHID (PDS - RO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, oGoverno Federal precisa olhar com mais simpatia paraos pequenos agricultores, principalmente no que serefere à aquisição de máquinas e implementos agrícolas,

Sábado 25 4991

tendo em vista sercm absolutamente indispensáveis paramelhor desempenho e ampliação das atividades dessefundamental setor da economia nacional.

Atualmente, Sr. Presidente, Srs. Deputados, osempréstimos destinados â aquisição dessesequipamentos, além de prazo limitado de amortização- o que coloca o pequeno agricultor praticamente emsituação de desespero por não possuir lastro financeiropara quitar seus compromissos - têm elevada taxa dejuros, além de correção monetária.

Esse problema dificulta extraordinariamente asatividades rurais no País c inviabiliza a suamodernização, dificultando também o aumento daprodutividade.

Com vistas a este assunto, que considero da maiorimportância para a agricultura brasileira, é queapresentei Projeto de Lei determinando que todos osempréstimos destinados à aquisição de máquinas eimplementos agrícolas tenham um prazo de carência dcdois anos, após o qual começarão a ser pagas asprestações destinadas à respectiva amortização.

Ao encerrar este pequeno pronunciamento, Sr.Presidente, Srs. Deputados, desejo lembrar que aprovidência por mim solicitada no Projeto de Lei emreferência virá em muito beneficiar o pequeno agricultor,porque permitirá um apreciável desafogo em suasituação financeira, ensejando1 em conseqüência, aampliação em suas atividades, com um melhorincremento em sua produção agrícola.

Se a saída é a agricultura, vamos motivá-la.Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. MARCELO UNHARES (PDS - CE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,recebi ontem, do Município de Morada Nova, no Estadodo Ceará, correspondência firmada pelo Sr. PrefeitoMunicipal, pelo vice-Prefeito, pelo Presidente daCâmara de Vereadores, e seu Vice, por todos osVercadores, pclo Chefe da EMATERCE, pclo Chefe daCONTAGRO, pelo responsável pelo Projeto Sertanejo,pelo Chefe da Fundação CHESF e por cerca de mais1.500 munícipes, pedindo minha intervenção junto aoPoder da República no sentido de tornar patente agravidade da situação do Município em virtude dasenchentes.

Diz o memorial que a agricultura está quasetotalmente destruída. A EMATER local atesta que cercade 85% das culturas de algodão, feijão, milho e mandiocaestão perdidos, que mais de 100 açudes de diferentesportes estão arrombados ou seriamente danificados,destruindo cercas, plantações, matando animais,derrubando residências, provocando enormes prejuízosno meio rural. As estradas vicinais e rodovias estãocompletamente destruídas, as populações rurais estãoisoladas, e o acesso a diferentes localidades doMunicípio é muito difIcil. O perímetro irrigado deMorada Nova, administrado pelo DNOCS, cstátotalmente alagado, bem como as regiões ribeirinhas aorio Panabuiu. As áreas são produtoras de alimentos porexcelência durante todo o ano. Segundo a Prefeituralocal - diz o memorial- existem no Município cercade 1.500 familias desabrigadas, famintas, acometidas dedoenças e desempregadas. O comércio, por falta decapital de giro, está semiparalisado. Em resumo, a fomee o·desespero imperam na zona rural e na zona urbana.

Em face a estes aspectos, venho solicitar ao Sr.Presidente da República que torne efetiva a promessapor ele feita à bancada do Ceará, quando, sem distinçãode cor partidária, comparecemos ao Palácio esolicitamos auxílio às vítimas das enchetes do meuEstado.

Pedem-me as autoridades do Município de MoradaNova que sejam enviadas sementes de algodão eherbácea de feijão para o replantio e prorrogados osempréstimos agrícolas vencidos, com anistia dos juros,agilização do PROAGRO, envio de alimentos,medicamentos e agasalhos para a população afetada;que seja feita imediata recuperação da malha viária doMunicípio e sejam liberados recursos para recuperaçãode açudes, cercas, plantios c residências, destruídas edanificadas pelas águas. Solicitam ainda a liberação doFundo de Garantia do Tempo de Serviço, PIS, PASEP;

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antecipação da restituição do Imposto de Renda; isençãode impostos, tais como, ICM. IPI. ITR, etc., c recursospara investimentos, custeio agropecuário, créditocomercial c pessoal e para as cooperativas do referidoMunicípio.

Acreditamos que o Sr. Presidente da República,homem do Nordeste, que conhece a situação do povosofrido daquela Região. saberá determinar a seusMinistros. às suas empresas de economia mista, aoBanco do Brasil que tomem conta do homemnordestino, minorando a agrura por ele vivida com oinverno e as cheias que enfrenta.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

o SR. GUmO MOESCH (PDS - .RS. Sem revisãodo orador.) Sr. Presidente, Srs. Deputados. desde oinício, acompanhamos com vivo interesse a atuação doSr. Ministro do Trabalho, Dr. Almir Pazzianolto.Pessoalmente, tenhas agradáveis recordações de seutrabalho como advogado sindical. No período em queocupei a Delegacia Regional do Trabalho do RioGrande do Sul, em problemas trabalhistas jádespontava, em São Paulo, a liderança do Sr. AlmirPazzianolto, homem deveras entendido na matéria,Iídimo líder da classe sindical, advogado identificadocom os ideais, com os problemas e com as batalhas queos trabalhadores realizavam, principalmente em SãoPaulo. para que os seus direitos lhes fossem assegurados.

Por isso, a sua nomeação despertou interesse, c os seusprimeiros atos corresponderam plenamente ao renome eà confiança que ele granjeara como advogado sindical.em suas lutas sem quartel. no fortalecimento da classetrabalhadora brasileira.

Contudo, Sr. Presidente, já em discurso anterior, fizobservações c, inclusive. trouxe a plenário os senões queme cabia fazer à atuação do Ministro do Trabalho.quando do rumoroso caso da jornada de trabalho aosdomingos e. agora, cabe-me também dizer que a atuaçãodo Sr. Almir Pazzianotto deixa muito a desejar.essencialmente na condução das conversações na grevedo ABC paulista.

O Ministro, como já disse, começou corretamente,muito promissoramente a sua atuação no Ministério doTrabalho. É um fato positivo que lemos de registrar.Mas. agora, parece-me que S. Ex' está-se esquecendo deque foi investido como Ministro do Trabalho e passou aconduzir-se como se houvesse retomado a sua antigacondição de advogado sindical. deixando, emconseqüência, de agir solidariamente com o Presidenteda República c o restante do Governo.

"É inadmissível que o Ministro do Trabalho sejadeixado a fazer sozinho o seu percurso em rota decolisão com o resto do Governo que integra.Principalmente porque as greves que neste momento seencadeiam no serviço público são mais do que simplesdesobediência à lei por motivo de reivindicaçãoeconômica. São guerrilhas de fustigamcnto do poderconstituido. para proveito de certos partidos e de certoslíderes que respiram mal no clima democrático.

Desde que se afastou da sua banca de advogadotrabalhista e chegou ao posto de Ministro, o Sr.Pazzianotlo deixou de ser o representante dos interessesde um determinado grupo. No Governo, a sua"clientela" é toda a sociedade, cujos interesses sãoafetados quando piqueteiros saltam por cima da lei. como agravante de fazé-lo usando táticas de coação eviolência" .

Com toda a simpatia com que encaramos a presençado Sr. Almir Pazzianotlo no Ministério do Trabalho. énecessário que se façam essas observações e objeções àsua atuação, para que S. Ex~ venha. como Ministro doTrabalho, a ser elemento integrante do Governo e nãodissidente, c dirija, principalmente fazendo uso dahabilidade que lhe é reconhecida, essas conversaçõeslevando em conta a sociedade no seu todo. S. Ex' nãodeve desperdiçar a sua grande vocação em favor dacausa sindical, como um Ministro que hoje estápraticamente senda dissidente dentro do Governo.

Ao concluir. Sr. Presidente. peço a V. Ex' quedetermine seja inserido nos Anais da Casa. na íntegra. oeditorial do Jornal do Brasil de ontem. dia 23. sob o

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

título "Rota de Colisão". no qual se fazem exatamentecomentários à atuação do Ministro Almir Pazzianotlo.

"ROTA DE COLISÃO

O Sr. Almir Pazzianotto começou de formacorreta c promissora a sua atuação à frente doMinistério para o qual foi escolhido pelo PresidenteTancredo Neves. Fazia falta, no Trabalho, alguémcom habilidade e disposição negociadora. Era umfato positivo a sua reconhecida facilidade detrânsito no conflituado meio sindical.

Mereceram, pois, aplausos gerais as suasprimeiras medidas liberalizadoras e conciliatórias.Entregar aos próprios sindicatos a condução de suaseleições e revogar as cassações permanentes dedezenas de líderes sindicais - herança do períodoautoritário - eram providências condizentes comas aspirações democráticas da nação e com oprojeto da Nova República.

Mas uma vez posto diante dos dilemas criadosem sua área de ação, esqueceu o Sr. Pazzianollo quefora investido Ministro de Estado. Passou aconduzir-se como se houvesse retomado a suaantiga condição de advogado sindical, deixando emconseqüéncia de agir solidariamente com oPresidente da República c o restante do Governo.

A dissidência do Sr. Pazzianolto se tornoumanifesta no momento em que o Governo, acuadopelas greves em setores dos serviços públicos,sentiu-se na necessidade de cumprir o dever deaplicar a lei. Não indiscriminadamente, atingindocategorias inteiras - como faziam os governosautoritários - mas, de modo seletivo, a fim deimpedir os prejuízos causados pela atuaçãopredatória de minorias radicais.

Na qualidade de Ministro do Trabalho. aobrigação do Sr. Pazzianollo era reconhecer oestado de greve nesses serviços. Até hoje, porém,recusa-se terminantemente a fazê-lo, sob fi

inconsistente alegação de que em breve uma nova leisobre a paralisação do trabalho subirá aoCongresso para substituir a atual.

Essa atitude agrava-se pelas conseqiiênciasprMicas que irá trazer ao Governo. Sem oreconhecimento do estado de greve, as medidasadotadas por outro Ministério. no caso o dasComunicações em relação ao movimento doscarteiros, perderão em consistência jurídica cpoderão amanhã suscitar contestações danosas aoEstado.

É inadmissívcl que o Ministro do Trabalho sejadeixado a fazer sozinho o seu percurso em rota decolisão com o resto do Governo que integra.Principalmente porque as greves que nestemomento se encadeiam no serviço público são maisdo que simples desobediência à lei por motivo dereivindicação econômica. Sào guerrilhas defustigamcnto do poder constituído, para provcito decertos partidos e de certos líderes que respiram malno clima democrático.

Desde que se afastou da sua banca de advogadotrabalhista e chegou ao posto de Ministro, o Sr.Pazzianotto deixou de ser o representante dosinteresses de um determinado grupo. No Governo.a sua "clientela" é toda a sociedade, cujos interessessão afetados quando piqueteiros saltam por cima dalei, com o agravante de fazê-lo usando táticas decoação e violência.

Opte o Sr. Pazzianolto pelo papel que pretendedesempenhar. E se demorar a fazer a escolha, cobre­lhe o Governo a sua definição".

O SR. DEL BOSCO AMARAL (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, es­tou lançando agora um alerta ao Sr. Presidente José Sar­nevo

Estão sendo preenchidos os cargos do chamado tercei­ro escalão da República, e nist.o estào as estatais. fi preci­so que o Governo investigue cada nome. indicado porparlamentares ou não. para saber qual a atividade queexercia antes de ingressar na estatal. E explico por quê: jáchegou ao nosso conhecimento que a pessoa indicada

Maio de 1985

para uma empresa estatal, que vai trabalhar justamenteno setor de projetos, há muitos anos é proprietário deuma firma que faz projetos justamente no âmbito dessaestatal. E há outros exemplos.

Não podemos mandar o drácula vigiar um banco desangue, não podemos permitir que os grandes grupos,multinacionais ou não. comecem a indicar. de forma cla­ra ou obscura, nomes para representá-los dentro das em­presas estatais. fundament.almente nos setores vilais, nossetores de operações ou nos setores de contratos.

É o alerta que lanço ao Sr. Presidente da República.Enviarei uma cópia deste pronunciamento a todos osSrs. Ministros. para que estes não se limitem a pedir de­c1arução de bens dos indicados, pois. hoje, os títulos aoportador, os CDBs, invalidam completamente qualquerdeclaração de bens.

O fato de um homem ter t.rabalhado em iniciativa pri-'vada, para mim. não significa que ele se tenha tornadouma pessoa desonesta. Mas é muita coincidência um ho­mem que trabalhou na iniciativa privada como fornece­dor. como contratante de uma estatal, de repente largara iniciativa privada, com alto salário, para ir trabalharnuma estatal por um salário aviltado. Algo precisa serobservado. c rigorosamente observado, porque, do con­trário, vamos ter a réplica do passado. quando determi­nado Ministro saiu do Ministério das Comunicações efoi trabalhar para uma multinacional da área das teleco­municações. Criticávamos isso, no passado, e precisa­mos vigiar. no presente, para que fatos dessa naturezanão se repitam.

Por isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados, encerrando,cada Deputado que souber algum caso de elemento dainiciativa privada que esteja indo para um cargo específi­co de sua atividade em uma estatal precisa exigir que oindicado diga as razões que o movem. O indicado, alémde apresentar sua declaração de bens, precisa dizer quaisos vínculos que mantém ainda com a antiga empresa aque serviu, empresa da qual, muitas vezes, é sócio titular.

Dessa forma. Sr. Presidente. aqui fica lançado O aler­ta. As denúncias, Se necessário. trá-las-ei. principalmenteporque sou um homem da Nova República. (pJ!lmas.)

O SR. ERNANI SATYRO (PDS - PB. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, alguns de nossos colegas játiveram oportunidade, em sessão anterior, de comunicarà Casa o falecimento do ilustre baiano Ruy Santos, jor­nalista. escritor, político, inclusive nesta Casa, membroda Mesa, tendo exercido, depois, o seu mandato no Se­nado Federal. Ruy Santos foi uma das figuras mais ex­pressivas do seu tempo. Alêm de Constituinte em 1946,foi um bom escritor, bom romancista, Como atestam assuas obras "Água Barrenta", uma espécie de saga do SãoFrancisco. c "Teixeira Moleque", um livro também deintrospecção. de análise psicológica. denlro do mclhormodelo no gênero.

Era, acima de tudo, um homem fiel ao seu partido - avelha, para mim e para muitos outros, a sempre ines­quecível UDN - amigo leal de Juracy Magalhães du­rante toda a sua vida.

Venho. por conseguinte, prestar o meu preito de sau­dade à memória de Ruy Santos. o eminente baiano hápouco desaparecido e que teve tão longa convivêncianest.a Casa, sempre simpático, sempre afável, apesar desua alma de lutador.

o SR. AGNALDO TIMÓTEO (PDT - RJ. Sem re­visão do orador.) - Sr. Presidenle, encaminhei. ontem,para apreciação dos Congressistas um projeto de lei damaior releváncia disciplinando as cobranças das pres­tações dos consórcios.

Foi necessário que um amigo comum, num bate,papoinformal, despertasse-me para a grande barbaridade quehoje representa o consórcio.

Imagine, Sr. Presidente, que, em julho. um automóvelPassat. TS cuslava Cr$ J56.000 e, hoje. uma prestação domesmo custa CrS 700.000. Então. Sr. Presidente, umconsorciado entre no jogo com um earnê de 48 pres­tações. Suponhamos que ele tenha a felicidade de ser sor­teado no quinto mês. A partir do momento em que elecompra o carro, todas as suas prestações são alteradascomo se pagasse sempre por um automóvel novo. Daquia qt'latro anos. ele estará pagando uma prestação equiva­1cnte à de um automóvel zero quilômetro, e possuirú umcarro com quatro anos de uso.

Maiode 1985

Estamos cncaminhando. cntão, a csta Casa do Con·gresso Nacional. proposta no sentido de que () consor­ciado só possa tcr as suas prcstaçõcs majoradas até O úl·timo dia do ano - 31 de dezembro - em que foi sortea·do. Daí para a frente, todas as suas prestações deverãoser exatamente iguais. Espero que os Srs. Congrcssistasnos ajudem, porque é um projeto da maior importânciapara a classe média - coitada da classe média.

Sr. Presidentc. quero ainda fazcr o rcgistro de um fatoprofundamente desagradável. Alguns profissionais daimprensa continuam dispensando àqueles que tiveram adignidade de manter o seu voto prometido a Paulo Ma·luf um tratamento profundamente injusto, cruel, e às ve·zes muito desonesto. Falam aqui que os malulistas cerca·ram ontcm o Sr. José Sarncy.

Sr. Presidente, educação não é privilégio do PMDBnem da Frente Liberal de ninguém, é de todos os cida·dãos. Se alguns Parlamentares que votaram em PauloMaluf foram cumprimentar o Presidente da República- não o Prcsidentc do PMDB ou da Frentc Libcral ouda "arrumação democrática" - é porque foram todosigualmente convidados pelo Presidente desta Casa.

É neccssário lembrar a esses profissionais da imprcnsaque aqueles que discriminavam Sarney, como o PDT, aoapresentar declaração de voto repudiando sua indicaçãoa Vicc-Prcsidcntc, estão hojc, todos cles, grudados emJosé Sarney.

Seria bom lembrar a essa gente que, todos aqueles queem praça pública tinham até vergonha de dizer o nomede José Sarney - só falando em Tancredo - estão ago­ra grudados em José Sarney. Que nos respeitem, portan­to, pois votamos no candidato em que acreditávamos,por considerá-lo mais competente, mais inteligente, maisjovem e um grande administrador.

É necessário cntcndcr quc O Deputado dcve ter pcrso­nalidade e não fazer parte desse bando de sem·vergonhasque ficam em cima do muro e só se posiciona quando aquestão é grave. É uma situação profundamente desa­gradável, e lamentamos que alguns profissionais da imoprensa estejam agindo de maneira tão serviçal ou sejamtão puxa-sacos, não sabemos sc por interesse ou paraatender a determinações de seus patrões.

É uma vcrgonha o fato de nos tratarem com tal discri­minação. Já é tempo de nos respeitarem. Se votamos emMaluf é porque acreditávamos que ele seria um grandeadministrador dcstc País. E, hojc, aquclcs quc discrimi­navam e repudiavam o Presidente José Sarney estão aígrudados nele.

A SRA. LÚCIA VIVEIROS (PDS - PA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,leio, para transcrição nos Anais da Casa, artigo publica­do na Revista dos Bancários do Pará:

o ROMBO DE 12 BI NO BANPARÃ

"Em espaços acanhados a imprensa noticiou umdesfalque de 12 bilhões de cruzeiros, ocorrido noBanpará (Banco do Estado do Pará S.A), praticadosob a forma de "adiantamentos" a um assessor go­vernamental e a empresas de construções civis e ro­doviárias. (Essc Banco tinha como .Diretor o atualministro Fundiário.)

A conta "adiantamentos", em um setor bancárioou mesmo comercial, serve para lançamentos de va­lores a quem tem créditos a receber, obrigatórios aprcstação de contas. Não pode ser empregada paraadiantamentos de "empréstimos" ou valores quesão desviados para aplicaçõcs no open ou a prazo fi­xo, favorecendo a terceiros, numa fraude camufla­da.

A mesma imprensa, já cm cspaços avantajados,divulgou que os beneficiários dos bilhões de cruzei­ros, após receberem juros e correções monetárias elucros em seus negócios, devolvcrão os valores des­cobertos. Sonegou as identidades dos privilegiados,e se as devoluções foram acrescidas de seus reflexos,os juros e correções, auferidos em outros bancos, ouno próprio banco, ou na iniciativa "privada".

Sc O autor for Pedro ou Paulo e se os lucros fo­ram ganhos em venda de estivas de "pinho" ou dc"landiroba" o certo é que o Banco Central deve umesclarecimento público aos proprietários do dinhei­ro público, pelo menos considerando-se que essebanco centralizador de política serve como crivo

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

para a nomeação desse ou daquele diretor de bancoestadual, não se conhecendo suas providênciasquando falhas s"o cometidas, mesmo que corrigidascontabilmentc.

O que não se pode é admitir que funcionários,pressionados por hilhetinhos governamentais, sejampunidos como autores dcsse bilionário adiantamcn­to que, empregado corretamente, renderia para obanco um mínimo de ou tIros 12 bilhôes no tempoem que esteve nas mãos de inl1uentes.

Sc não houver um esclarccimento público, houvepública e indisfarçável corrupção apadrinhada peloBaoco Central. E se a grande imprensa sofre pressãopelas matérias pagas de informações de enganosasinauguraçõezinhas, rendosas a governantes e fami­liares destes, o Banco Central não ncccssita depublicidade para abafar comprometimentos."

Sr. Presidente, é inacreditável, 25 milhões de dólares jáforam autorizados para cobrir O rombo do Banco do Es­tado do Parâ.

Já tive oportunidade de ler desta tribuna pronuncia­mento do Deputado Estadual Eloy Santos, da Bancadado Partido Democrático Social, na Assembléia Legislati­va do Estado do Pará, no qual denuncia irrcgularidadesno Banco do Estado do Pará, da ordem de mais de dezbilhões de cruzeiros.

Ese fato foi levado ao conhecimento de todo o Brasil,através da imprensa brasileira, e exatamente, Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, o jornal A Província do Pará, emsua primeira coluna, noticiou a liberação da primeiraparcela dc 25 milhões de dólares com o L10yds Bank. Anossa estranheza, Sr. Presidente, é pelo fato de que ne­nhum empréstimo no exterior poderá ser concluído semaval do Governo brasilciro, quc é feito através do BancoCentral.

Ora, Sr. Presidente, sc a imprensa do Pará, graças aoregime democrático em que vivemos, denunciou as irre­gularidades do Banco do Estado do Pará, por essa razãojá deveriam ter sido tomadas as providências cabíveis, afim de que não se repita o caso recente do SULBRASI·LEIRO e HARITASUL, socorridos com o dinheiro dopovo por esta Casa.

Justificada a minha apreensão, como representante doPará, vai daqui o meu alerta ao Banco Central, para queapure as denúncias publicamcntc conhecidas sobre orombo do Banco do Estado do Pará.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, comemora-se mun­dialmente, a 19 de agosto, o Dia do Fotógrafo, data emque foi registrado o invento da fotografia por Dagnerre eJosef Niépece, em Paris. Esse evento é cultuado no Brasilpela Associação Profissional dos Fotógrafos, quc pro­move encontros estaduais visando difundir essa arte.

A Associação Prolissional dos Fotógrafos do Estadodo Pará, fundada pelo Sr. José Barros Amarantes, comfins culturais e artísticos, tendo realizado nestes anos di­versas promoções no Estado e em outros centros cultu­rais do País, além de encontros e exposições fotográficas,mostrando a arte paraense, vem de ser injustamente ali­jada pela FUNART (órgão que difunde e promove aarte brasileira) do Encontro Regional da Amazônia, aser realizado em Belém por ocasião da Semana do Fotó­grafo.

Por todas essas razões, julgamos que a FUNART,sendo o órgão dos artistas fotográficos, não poderá dei­xar de integrar o Presidente da Associação do Pará, Sr.José Mineiro dos Santos, incansável em promover os co­legas e a associação de classe no Estado do Pará.

Era o que tínhamos a dizer.

O SR. EVANDRO AYRES DE MOURA (PFL ­CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. De­putados, meu pronunciamento é um apelo à Presidênciae à nova dirctoria do Banco do Brasil, para que reparemas injustiças e os desacertos cometidos pela Secretariacontroladora das estatais, que achatou o salário dos fun­cionários do Banco do BrasiL Os antigos servidores ti­nham apenas 30% de reajuste semestral, causando umverdadciro nivelamento. Milhares deles se aposentaram.Desorganizaram o quadro.

Há funcionários de primeira, segunda e terceira cate­gorias, há funcionários com direito a qüinqüênios e quenão recebem, outros que têm direito a abono e a prê­mios. Há mais de trinta anos, o funcionário que não ti-

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nha nenhuma falta durante o ano tinha acrescidos. nassuas férias. cinco dias. Hoje não tem mais esse beneficio.Os antigos têm seu direito adquirido, mas não os funcio­nários de primeira c segunda catcgorias.

Gratificações - instituídas em 1922 por José MariaWit-hacker - foram supressas ou violentamente retira­das, c proibidas inclusive as promoções.

Há esperança naquele banco de que o novo Presiden­te, funcionário de carreira, Ilomem afeito justamente aessa luta, reorganize o banco para que ele possa recupe­rar o prestígio que detinha entre os estabelecimentos decrédito n3cionais.

Quero. ao final, fazer uma denlmcia grave. O ProjetoNordeste está sendo iniciado, e estou informado de que oBID está exigindo que as concorrências para as obras se­jam fcitas a nivel internacional. o que signilica o esmaga­mento das empresas nacionais, que perderão as concor­rências, fazendo com que os dólares que deveriam virpara o Brasil fiqucm lá fora, com cmpresas cstrangeirasexecutando as ohras no Nordeste.

Chamo a atenção das autoridades da República para ofato seguinte: não aceitem uma capitulação dessa nature­za. As empresas brasileiras estão sem serviços, semobras, e não sc pode permitir que as estatais entreguemas obras do Nordeste a empresas internacionais.

O SR, FRANCISCO AMARAL (PMDB - SP. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidcnte, Srs. Depu­tados, a Magistratura não vive, apenas, dos clássicospredicamentos que lhe podem garantir a estabilidade eaté mesmo a isenção dos julgados, mas não substitui a.necessidade de vencimentos à altura, como sucede nospaíses civilizados, principalmente na Inglaterra e nos Es­tados Unidos, onde os scus vencimentos são os mais al­tos do País.

Hoje, os jovens bacharéis que ingressam na Magistra­tura, ccdo se arrependcm da escolha, ao descobrircm queuma banca de advocacia de porte médio, ou uma asses­soria no Executivo ou no Legislativo, oferecem venci­mentos bem mclhores, que possibilitem a permanentcatuação literária, a realização de cursos de extensão uni­versitária, a atualização com os progressos da doutrina,a lcgislação em vigor e as decisõcs da jurisprudência.

Hoje, na maioria dos Estados, os vencimentos mais averba de representação de um Juiz de Primeira Entráncianão chcgam a dois milhõcs de cruzeiros mensais, en­quanto qualquer técnico do Executivo, com DAS, recebemais de três milhões e quinhentos mil cruzeiros mensais.

Alega-se que o juiz pode acumular função doccnteuniversitária, melhorando os próprios ganhos. Mas,num Estado com mais de uma centena de comarcas, nemcinco por ccnto dclas dispõcm dc Faculdadcs Supcriores,a não ser nas Capitais, o que impede o juiz de deslocar-separa dar aulas, mesmo que consiga agrupá-las duas vezespor semana, sem largo dispêndio e prejuízo para a suamissão judicante.

Tudo isso decorre de um fato: é o Poder Executivo,nos Estados, quem disciplina a paga salarial da magistra­tura e raramente procede no sentido de fazer-lhe justiça.

Donde se conclui que a solução do problema terá queter origem numa decisão superior, ou seja, de uma As­sembléia Nacional Constituinte, colocada acima da au­tonomia estadual, quc disciplinasse o pagamento dosjuí­zes em função da paga integral - inclusive verba de re­presentação - dos Secretários de Estado, estabelecendo­se um pcssoal, os vencimentos desscs equiparados aosdos Desembargadores.

Sabe-se que o Executivo sempre encontra meios eoportunidades para atualizar os seus vencimentos. Pelosistcma quc propomos, toda vez que o fizesse, estaria,implicitamente, beneficiando a magistratura.

A reforma do Poder Judiciário deve começar, impera·tivamente, pela melhoria dos vencimentos da magistra­tura, que valem tanto quanto os seus clássicos prediea­mentos. E ela só será possível com a convocação de umaAssembléia Nacional Constituinte, que se impõe com aurgéneia que o povo reclama.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidcnte.

O SR. JOÁQ FAUSTINO (PFL - RN. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, es­tamos assistindo em todos os recantos do País a umaavalancha de reivindicações trabalhistas, concentradassobretudo nos centros urbanos, onde os trabalhadores.

mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J) Maio de 1'985~~~~ ~ -=.::.:..;.....=..:"':"--1~·994 Sabado 15

mais organizados c mais conscicntcs do papei de sua·força, lutam por medidas justas que assegurem con­dições de trabalho mais humanas.

Todos esses movimentos caracterizam muito bem,nesta fase democrática em que vivemos, o clima de liber­dade reclamado há tantos anos pclos ássalariados e derespeito às instituições e aos direitos do cidadão brasilei­ro.

Num país onde as desigualdades sociais são acentua­dlfs e gritantes, movimentos como os que ocorrem nomomento tendem a crescer e a se expandir atingindo ou­tros setorcs da vida nacional.

A concentração da riqueza nacional nas mãos de pou­cos, provocando o empobrecimento cada vcz mais acen­tuado da grande maioria do povo, é sem dúvida o moti­vo maior da inquietação e até do desespero de muitos.

Como conviver com um quadro social onde 5% da po-:puiação detem 90% das riquezas e da renda nacionais?

Como cstabelecer um quadro de equilíbrio numa so­ciedade onde os beus essenciais se destinam a poucos emuitos vivem em condições subumanas, submetidos aum estágio de pobrcza absoluta?

Se a hora é de reflexão, a hora é também de decisõesque procurem corrigir e atcnuar o grave e prcocupantequadro social brasileiro.

Os centros urbanos acordaram, os trabalhadores, es­tão saindo das suas fábricas em busca das ruas parã o en­contro com a própria sociedade brasileira, pedindo-lhejustiça e participação nos bens nacionais. O Brasil conse­gniu ouvi-los, e os poucos vão conquistando, com sa­criffcio, resistência e lutas, os instrumentos que assegu­rem melhores dias no trabalho e na familia.

Sabemos, entretanto, que as grandes mazelas sociais seencontram no meio rural. Lá o ser humano está submeti­do à condição de miséria e de abandono, sem educação,sem saúde, sem trabalho, sem terra, sem leis sociais que oampare, sem instrumcntos de luta.

Se a capacidade de mobilização do trabalhador rural é·limitada e ao seu lado inexistem as mesmas condiçõesconstruídas pelos trabalhadores urbanos, é preciso que:lis poderes constituídos se dirijam ao encontro dos brasi­leiros do campo pa~a assegurar-lhes direito~-'lue_cer.!!!:

men~integrarão as grandes bandeiras reivindicativas.Aposentadoriapor-tem-po de~'erviço~:iál{\rios jústos,

direito a férias, repouso semanal, jornada de trabalhocompatível com a sua condição humana, assistência pre­videnciária são medidas inadiáveis que precisam urgen-­temcntc scr implantadas para atenuar a dura rcalidade:social do campo.

Se o atual momento exige equilíbrio e firmeza, exigetambém justiça e ação para que de imediato possamoscomeçar a corrigir distorções graves e de que são vítimas'milhões de brasileiros.

O SR. ASSIS CANUTO (PDS. RO. - Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, osfuncionários públicos vém passando por uma situação.esdrúxula e desesperadora. Desde o início do GovernoiFigueiredo, os seus vencimentos vém sendo reajustados,Isistematicamente, a taxas inferiores às da inflação, do

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INPC, dos reajustes do salário mínimo, ou qualquer ou­tro indicador cconômico que sc qucira tomar. Como rc­!sultado disso, os funcionários públicos civis da União es­Itavam rccebendo, em juJho de 1984, rendimcntos que rc­presentavam apenas 37% de seu poder de compra de.

1

1979. Isto significa, Sr. Presidente, que para repor o po­dcr de compra dcsta sofrida classe, ao nívcl desfrutado

I no início de 1979, teria sido necessário um aumento de200% para todos os níveis de vencimentos desses funcio­Inários.· '

.'E a dIScriminação e -ainjustiça não param aí. Os fun-'cionários públicos, Srs. Deputados, não têm, como os·demais empregados, dircito ao Fundo de Garantia doTempo de Serviço. E, somando-se a isso, não percebem o13. salário, conquist'ajusta e legitima de todos os demais.trabalhadores do País.

Neste sentido, a Câmara Municipal de Santos, no Es­Itado de São Paulo, vem-se solidarizar com a marginali­zada classe, aprovando requerimento do ilustre verea­dor, Dr. Gilberto Tayfour, no sentido de que a Nova Re­pública não herde da Velha esta odiosa discriminação,concedendo 'O 139 salário ao funcionalismo público fede·

Ira~ão dispondo os servidores públícos do legítimo po-.deL~ pressão propiciado pelo direito de greve, vê-se a

classe impotcntc -para torçar o saneamento dc· tão fla­grante injustiça social. O Estado vem, inclusive, agindocom dois pesos e dua& medidas em relação ao problema:aos funcionários das estatais, a esses, são concedidos to·dos os direitos, inclusive o 139 salário; aos funcionáriosestatutários não sc dá o direito de rcajustc semcstral dos~vencimentos, o direito do Fundo de Garantia do Tempode Serviço, o direito ao 139 salário e o direito de greve.Para uns, tudo... Para outros, nada.

A Nova República, Sr. Presidente, insere com nítidaênfase em seus programas a preocupação com os proble-·mas sociais do País. No entanto, o Sr. Ministro do Pia·nejamento já veio de público afirmar que não dispõe oGoverno Fcdcral de recursos financeiros para atender aocompromisso do \39 salário dos funcionários públicos.Ora, Srs. Deputados, se todos os empregadorcs do Paíspagam o \39 salário aos seus empregados, por que ele, o·Estado, o patrão maior, haverá de fugir ao compromissojá assumido por todas as forças cconômicas da Nação?

Daí o nosso apelo, para qne, finalmente, o GovernoFederal, representando, agora, novos ideais e novas pos-'turas éticas em relação aos cidadãos, se sensibilize com omagno problema e inicie o seu ciclo prnticando ajustiçasocial.

Era o que tínhamos a dizer.

o SR. RUBEN FIGUEIRÓ (PMDB - MS. Pronun­cia o scguintc discurso.) - Sr. Presidcntc, Srs. Deputa­dos, temos acompanhado com interesse o desenvolvi­mento das apurações que envolvem pessoas e cntidadesdo círculo da comunidade econômica e monetária do

. País. Refiro-me aos chamados.. "crime do colarinhobranco", por demais praticados no País, no decorrer doúltimo Goyerno da República, que envelheceu.

Nenhum daqueles crimes foi devidamente apuradoainda. Ninguém sabe, ao certo, o nível de comprometi­mento das autoridades do então Govcrno, com mcncio­nados crimes, onde se contam os escándalos da Coroa­Brastel, do BRASILlNVEST, do Sulbrasileiro e de tan­tos outros os quais s6 mencioná-los é vergonhoso paratodos os homens de bem e de respeito neste nosso País.

Mas me parece, Sr. Presidente, que aludidos crimesnão se constituem num privilégio dos brasileiros.

Li, na edição de 16 de fevereiro de 1985, do jornal EIPaís, editado na Espanha, uma reportagem sobrll. "Ia in­vcstigación de los escándalos financieros". Tratava amatêria do desvio de recursos, como evasão de rendas,da Espanha para os bancos suíços. Importâncias altíssi­mas cstavam envolvidas e figuras pressumidamente im­portantes eram acusadas dos delitos.

Um diplomata estava prcso por causa do escândalo~·

Igualmente um industrial. De outras pessoas se exigiramfianças que os advogados consideraram altíssimas. E oprocesso estava tClldo o seu prosseguimento.

Nos casos brasileiros, ao que se sabe, ninguém estápreso e talvez jamais haja prisões por tais delitos. Não se

I tem conhecimento da cobrança de fianças. Antes, os acuo

I,sados são prestigiados por todos os meios no convívio da, sociedade. E nenhuma providência se toma, de formamais séria e acelerada, para que todos os casos sejam de­vidamente elucidados.

Antes, verdadeira nuvem de fumaça se espalha porsobre os problemas. E mesmo o caso do Sulbrasileiroveio ao Congresso, para que nós acobertássemos uma si·tuação irregular, dando roupagem nova a uma insti-'tuição quc se cncontra mutilada após a ação nefasta demãos criminosas que a destruiram.

Certo está que· se protejam os servidores destes estabe-I lecimentos de crédito destruídos e sufocados pelo crimedc alguns gananciosos. Mas o crime em si, este deve serpunido, não importando quem sejam os culpados e sedevam ou não estar presos como delinqílentes.

As observações que faço, Sr. Presidente, precisam serconsideradas por todas as autoridades responsáveis nestePaís. Se há crime, a lei deve punir os culpados ejamais oTesouro Nacional deve ser o caminbo da solução deproblanas produzidos pela sanha criminosa dos que sesentem plenamente acobertados e-impuuiveis.

Por curiosidade, quero mencionar um caso interessan­te. Um juiz criminal no Distrito Federal condenou umréu, Antônio Dario Aguiar, à pena de quinze anos de re­clusão e mais a multa de Cr$ 5.000, porque este, portan­do uma chave de fenda, subtraiu de terceira pC!l8oa a imo .portância de quinhentos cruzeiros apenas. O condenado

'cncontra-sc recolhido à Penitenciária da Papuda, en­quanto a Apelação Criminal n9 5.846 arrasta-se pela bu­rocracia da Justiça no Distrito Federal. Era advogado doréu a DefCllsoria Pública...

Se uma chave de fenda é arma para um crime que me­rece pena tão elevada, não sei, Sr. Presidente, que penamerece quem pode manipular poderosas chaves de cofresfortes dos bancos que são levados à quebra ante a deso­nesti<lade de seus administradores. t uma questão que

· suscito e dcixo à reflexão dos Srs. parlamentares.E mais: devemos meditar que a impunidade somente

estimula o delito. Em países civilizados, diplomatas e in­dustriais são presos e condCllados por escândalos finan­ceiros. Parcce que nós ainda não chegamos a este estágiode civilização e de progresso.

Era o que tinha a dizer.

O SR. PAULO GUERRA (PDS - AP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, asquestõcs rclativas aos Territórios Federais têm sido, in­discutivelmente, objeto da luta de todos os reprcscntan­

, tes daquelas unidades da Federação, independentementeda sigla partidária.

É notória, Sr. Presidente, a importância geopolltica, aimportância de segurança nacional das fronteiras doPaís, hoje, assinaladas pela figura institueionalizada doTerritório federal. Conquanto assinaladas, portanto,pelo aspecto institucional, desgraçadamente, após 42anos de existência, estes Territórios não conseguiram, Sr.Presidente, despertar maior se,r.sibilidade em termos derespostas dos Governos que têm passado.

Temos, no momcnto, problemas seríssimos da perma­nência de um Governador no Território do Amapá, cujaadministração se tem caractcrizado exatamente pelo des­mando, pelo abuso dn dinheiro público, pela corrupçãoe pcla perscguição, que amesquinham aqueles que nãotêm a culpa, porque não o escolheram livremente dentrodo processo democrático para seu governante.

Sr. Presidente, Srs. Congressistas, aprofunda-se esteproblema na proporção em que, até hoje, se arrasta aquestão de definição quanto ao novo Governador para oTerritório. Se já nos pesa como ónus, que deve ser resga-

· tado pela Nova República, o fato de que teremos aindaum Governador nomeado, maior é o gravame, quando aperplexidade gera quase que desespero dos povos do

IAmapá e de Roraima, pois o Governo, até hoje, está anos .dever anúncio da nomeação dos novos Governado-

· res.Por isso, Sr. Presidente, quero nesta hora concIamar o

Governo, conclamar o Presidente José Sarney, os Presi· .dentes dos Partidos políticos que detêm a faculdade dediscutir e encaminhar a solução destes problemas, a quesc sensibilizem e entendam que conceitualmente os Terri­tórios, já até no sentido pejorativo encarados como fun-

I do de quintal do Ministério do Interior, têm um grau depaciência e têm um grau de capacidade para suportar.esse tratamento amesquinhado, e um grau para suportar·este descaso que tem caracterizado o Governo Federal'em razão desses Territórios. Portanto, nesta intervenção,quero pedir ao Sr. Presidente da República que agilize,este processo, que não penalize ainda mais as nossas co­munidades, que têm, se não pelo patriotismo, pelo impe-.:rativo e pela contingéncia de suportar a Nova ou li Velha I

República, lá no setentrião da Pátria, sem perder as espe- .ranças de que sua luta não será ingl6ria e de que teremos,no futuro, Governadores eleitos, ou pelo menos Gover­nadores nomeados, mas que levam muito mais a sério acausa e a coisa pública.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

o SR. JORGE CARONE (PMDB - MG. Pronuncia·o seguinte discurso.) - Sr. Pres'idente, Srs. Deputados,aproveito o ensejo para ler o seguinte:

O Congresso Nacional decreta:Art. I. Fica o Poder Executivo autorizado a convo­

car plebiscito, destinado a consultar o povo sobre a datae o número de votações para eleíção do Presidente daRepública.

Art. 29 No plebiscito, de que trata o art. 19 destaLei, ao povo serão apresentadas as duas seguintes ques­tões:

I') A eleição direta para Presidente da RepÍlblica de­verâ ser realizada em 15 de novembro de 1986, de 1988ou de 199O?

Maio de 1985

2.) Para eleger o Presidente da República deve haveruma ou duas votaçães?

Art. 39 No prazo de 30 (trinta) dias, a contar dapublicação do decreto de convocação do plebiscito, O

Tribunal Superior Eleitoral providenciará a realização,em 15 de novembro de 1985, simultaneamente com aseleições previstas na Emenda Constitucional n9 25, da'ronsulta plebiscitária de que trata o art. 19.

Art. 49 Terão direito a votar no plebiscito os eleito­res inscritos até a data fixada pelo Tribunal SuperiorEleitoral.

Art. 69 Rào serão computáveis os votos em branco eos nulos.

Art. 79 As despesas decorrentes da realização doplebiscito correrão à conta das dotações da Justiça Elei­toral e por outras consideradas necessárias pelo PoderExecutivo.

Art. 89 Esta Lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Justiflcaçio

Em 11 dejunhode 1984, o então Senador José Sarney,em meio a tumultuada reunião do Diret6rio Nacional,na qual foi eomunicado que não tinha apoio do Presi­dente da República a idéia de promover uma consultaprévia aos correligionários a respeito de candidatos, re·nunciou à presidência do Partido Democrático Social(PDS).

A idêia da consulta prévia tinha sido articulada e esti­mulada pêlo Presidente do Partido do Governo.

A renúncia deflagrou a Aliança Democrática; suasconseqüências são bem conhecidas pela classe politica.

O Presidente Tancredo Ncvcs, em memorável entre­vista, declarou que a eleição indireta de 15 de janeiro de1985 tinha sido a última na história do País e que o Colé­gio Eleitoral seria abolido.

Quanto ao seu mandato presidencial, ele o confiava aopovo.

A Emenda Constitucional n9 25 consagrou a eleição,por sufrágio universal, em voto direto e secreto, em doisturnos, do Presidente da República, mas silenciou ares·pcito do mandato.

O olijetiv-o desta proposição é autorizar o Excelenlíssi­mo Senhor Presidente José Sarney a convocar um plebis­cito, a fim de que o povo brasileiro se manifeste sobre es­

, sas duas questões.Cremos ser a forma democrática mais consentânea

com a Nova República proclamada por Tancredo Ne­ves.

Conforme noticiário da imprensa, na reunião de 21maio, no Conselho Político, o Presidente Sarney consi­derm,!, "uma boa fórmula" indagar ao eleitorado brasilei­ro se concorda que os Senadores eleitos em 1982 passempor um referendo para poderem participar dos trabalhosda Assembléia Constituinte.

Deixamos ao alto critério dos ilustres colegas do Con­gresso Nacional a decisão de incluir esse quesito nestaproposição, mediante emenda.

Diante das respostas do povo, o Congresso Nacionaladotará as decisões cabíveis.

Sala das Sessões, 23 de maio de 1985. - Jorge Carone.

O SR. ANlúNIO MORAIS - (PMDB - CE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, quero somente

,apresentar o meu pesar pessoal pelo falecimento, ocorri·do dia 20 deste mês, de D. Albanisa Sarazate, viúva do

'ex-Governador Paulo Sarazate, uma das mulheres demaior libra e de maior valentia cívica que aquele Estadojá conheceu em toda a sua hist6ria.

Com o desaparecimento de D. Albanisa, o Ceará per­de uma grande cearense. As suas empresas sentirão a sua I

, falta, m"" a sua l11~lYlória há de servir como exemplo de ,, grandeza e de trabalhe para o povo do Ceará e, sobretu-, do, será motivo d!J hl:'Ora para a mulher cearense.

oSR. iONArfÚ; § NUNES (PFI.;'- PI. Pronuncia oseglJinte, d!!<cu...t~G) - 5~'~ l'residente e Srs. Deputados,

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

jornada de seis horas de trabalho não ê paternalismo,mas cuidado com a saúde. Com este alerta se exprimiu oSr. José Gabrielense, Presidente da Federação Nacionaldos Economiários. Na verdade, a causa por que se batemos Economiários é muito justa e legítima, pois que se am­para no principio da isonomia constitucional, na eqüida­de e nos princípios gerais de direito.

Uma vez mais, Srs. Congressistas, ocupo esta tribunapopular para tratar desse assunto. Desejo registrar a ce­lebração do Dia Nacional de Luta pela jornada de seishoras em todo o País, ponto culminante de uma campa­nha que já dura mais de treze anos.

No último dia dezessete, formulei veemente apelo aosLíderes da Aliança Democrática, Deputado Pimenta daVeiga e José Lourenço, no sentido de que obtivessem dos:líderes das demais agremiaçães partidárias o indispensá­vel apoio para que o Projeto de Lei n9 4.1 1l-A/84, que:equipara a jornada de trabalho dos economiários à dosbancários, entre na Ordem do Dia e ehegue ao final deslia tramitação.

A Juta dos economiários, Sr. Presidente, como afirmeino início, ê mais do que justa, e sua reivindicação haveráde merecer a aprovação dos membros do Congresso Na­eional. Alias, quero acreditar que a sensibilidade políticado novo Presidente da Caixa Econômica Federal, Sena­dor Marcos Freire, bem poderia resolver administrativa­mente esse impasse. Eis por que reitero, eom ênfase, a re­clamação da classe economiária do Brasil, seguro de que,muito brevemente, a vit6ria haverá de lhes sorrir.

O SR. DARClLIO AYRES (PDS - RJ. Pronuneia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, ovoto obrigatório, com imposição de penalidades aos quese ausentam do processo de votação, descaracteriza oprincipio democrático da eleiçào e sugere a prática devícios de nulidade do voto em detrimento da promoçãodo espírito de civilidade.

O voto obrigat6rio precisa desaparecer de nossa legis·lação. Deve o eleitor comparecer voluntariamente às ur­nas, por um dever de consciência ou movido de interessepela mensagem dos partidos, dos candidatos, das ideolo­gias que integram o cenário da disputa eleitoral. Jamais aobrigatoriedade deve ser o elemento constrangedor a queo cidadão se abale de seu lar até ao local público de vo­tação.

Estamos chegando ao estágio que todos dizem ser deretomada do processo democrático. Então, se assim é, aslideranças partidárias dominantes deveriam estar inte­ressadas no exame deste assunto, visando à plenitude dademocracia pela permissão à liberdade ao eleitor de vo­tar ou de não votar no dia das eleições, sem penalidadesque se constituem em instrumentos de coerção.

Neste sentido já tentamos legislar. Mas não obtivemoséxito na iniciativa, c a matéria não mereceu a acolhidaque deveria. Mas os tempos eram outros. A democracianão era plena ainda. Tinha-se pela frente a realização deeleições que marcarillm os rumos do País. E a muitos in­teressava a obrigação do voto, mesmo Cama 'uma de­monstração cabal da inexistên ica da democracia.

Agora, os que se arvoram democratas estão no Poder.Seria o momento de se afirmarem e se provarem comotais, legislando no sentido de ovoto ser livre até mesmoquanto à vontade de votar. Nada de obrigatoriedade,nem de coerçào, nem de punição a quem se sente melhornão comparecendo às urna.s.

Penso que aquela liberdade obrigaria a que todos ospartidos, e todos os candidatos, tivessem a necessidadede pregarem mensagens que realmente despertassem ointeresse do povo. Os programas partidários haveriamcomo símbolo de compromissos não meramente for·mais. Os homens e mulheres que se lançassem candida­tos, o fariam com mais responsabilidade. E o povo vota­ria livre e consciente, sem ser obrigado, mas sob o impac­to de pregações convincentes, de programas que atentas­sem para os reclamos populares.

É chegado o momento de se desatrelar o voto de umI sistema legal que obriga o eleitor a votar. E quando in­troduções modifieat6rias se fazem na legislação eleitoral,é oportuno liberar-se o votante d"" ameaças da lei e dapunição pela abstenção consciente.

Era o que tinha a dizer.

-O SR. SAMIR ACHÔA (PMDB - SP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, namedidá em que aumenta o tráfego de veiculas nascida-

Sábado 25 4995

des, provindos de outros centros urbanos, torna-se maisnecessária a criação de estabelecimentos para atender aoseu estacionamento, seja as garagens verticais das gran­des metr6poles, seja os situados ao nível da rua, cada vezem maior núnlero.

Como se trata de empresas particulares, cuja fiscali­zação, pela prestação de serviços, incumbe às PrefeiturasMunicipais, não cabendo ao DETRAN vigiar os veícu·los guardados em garagens, mas apenas aqueles em trân­sito, resta concluir que a necessária fiscalização dospreços e condições de segurança de tais estacionamentosprivados ficam a critério do Municipio, podendo ser re­gulamentada a matéria pela Câmara de Vereadores.

Essa regulamentação poderia estabelecer que ospreços a serem cobrados dos ,usuários desses estaciona­mentos teriam sua fixação mediante regulamento muni­cipal, c1""sificados os veículos em várias categorias (pe­quenos, médios e grandes), em se tratando de autom6­vcis, da mesma categoria os utilitários, independente­mente do seu porte.

Estatuídos os períodos de du"" a seis horas, de 12 a 24e mensais para o estacionamento, as tax"" por um dianão poderão exceder a quatro por cento do valor do sa­lário mínimo vigente; os períodos de doze horas não pa­garão mais de dois e meio por cento desse valor; o de seishoras não poderão exceder a 1,25% do salário mínimo; operíodo de duas horas não será superior a meio por cen­to do salário mínimo, enquanto os contratos mensais Ii­cam com o valor liberado.

Os estabelecimentos afixarão em local visível a tabelade valores e, descumpridas as recomendações anteriores,pagarão multa correspondente a cem ORTN, além dasprevistas na legislaçâo penal.

O preço de estacionamento dos utilitários, caminhõese ônibus não poderá exceder ao cobrado pelos automó­vcis.

Ao indicar os principais elementos que devem ser fixa­dos numa legislação' reguladora dos estacionamentosprivados d,e autom6veis, fazemos um apelo às Prefeitu­ras, principalmente da Capital paulista, no sentido de serencaminhada mensagem do Executivo à Câmara Muni­cipal, atcndcndo aos reclamos de milhares de usuários,vitimas da mais descarada extorsão, com enriquecimentoinjusto de meia dúzia de exploradores de terrenos aber­tos nos principais centros urbanos.

Fique, 1".10 menos, esclarecido que esse problema é daexclusiva competência dos Municípios, cabendo ao povopressionar o Prefeito e os Vereadores para que se acabecom a exploração desses estacionamentos, principalmen­te na Capital paulista.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente,

O SR. CARLOS VINAGRE (PMDB - PA. Pronun­cia o seguinte discurso,) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, faz um mês que desta tribuna fizemos uma análisecrítica da difícil situação que atravessam os produtoresseringalistas e seringueiros, no Pará, e nos demais Esta­dos da Amazônia, com a falta de recursos para custeioda safra e comercialização da borracha natural, nesteperíodo mais crítico de acesso aos seringais, nativos oude cultivo. E, nesse mesmo pronunciamento, procura­mos sensibilizar o Ministro Roberto Gusmão e O Supe­rintendente da SUDHEVEA para o grave problema,que, inclusive, influi decisivamente na produção dessamatéria-prima.

Hoje, trazemos a esta Casa a informação de que fomosatendidos em nossa reivindicação em favor de milharesde produtores, seringalistas e seringueiros não s6 do Pa­rá, mas de toda a Região Amazônica, porque o Minis­tério da Indústria e Comércio vem de conseguir, junto ao

,Conseiho Monetário Nacional, autorização para libe­ração dos recursos necessários ao custeio da safra e co­mercialização da borracha natural, num lance que repu­tamos de muita competência do Ministro Roberto Gus­mão, s!'Cundado pela iniciativa e espírito público doatual Superintendente da SUDHEVEA, Dr. AntônioMacedo.

Por outro lado, estamos sendo informados tambêmque esses reeursos chegarão até os produtores atravésdos bancos dos Estados do Pará, Amazonas, Rondônia eAcre, em mais uma boa decisão governamental paraprestigiar as instituições financeiras estaduais, que, a

,exemplo do nosso Estado, o Pará, vem apresentando re-sultados animadores e.~ s.~a polític§:..fin~n2~ir.~., de;: ~x~

4996 Sábado 25!

pansão, capitalização e assistência aos programas sociais, e econômicos da região.

Este é, indiscutivelmente, o momento mais propício deconcedermos total prioridade à melhoria de condições devida para os segmentos mais sofridos da população,pois, como todos sabem, é fruto das aspirações, organi­zações e luta pela justiça social aos homens do campo. Êpreciso, entretanto, que haja transformações das estrutu­ras econômicas em benefício real da promoção social.

Para isto, reafirmamos a imperiosa necessidade de so­mar idéias, corações c desejo de vencer c de realizar numpacto social que possa servir de sustentáculo à liberdadecom segurança, do desenvolvimento com justiça social,da afirmação do País como potência emergente, atravésde soluções genuinamente brasileiras.

Ao finalizarmos, queremos deixar aqui, em nome dosprodutores seringalistas c seringueiros do Pará, o teste­munho da nossa gratidão e apreço ao Ministro RobertoGusmão, da Indústria e do Comércio, e por extensão aoSuperintendente da borracha, Dr. Antônio Macedo.

Era o que tinha a dizer.

o SR. RENATO CORDEIRO (PDS - SP. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, o Decreto-lei n' 6.334, de 1976, limita aos cinqüenta

, anos a idade para prestação de concurso de ingresso no, serviço público. A exceção aberta a esse mandamento se

configura, naquela mesma legislação, no art. 2', que li-mita aos vin te e cinco anos de idade a inscrição para o in­

, gresso nas categorias funcionais do Grupo Polícia Fede­. ral, quando se trata de categoria funcional de nível mé­

dio, elevando-se para trinta e cinco anos, quando se tratede ingresso nas demais categorias funcionais.

Ficam, no entanto, liberados dessa exigência os fun­cionários já integrantes de cargos no Grupo Polícia Fe­deral.

Na situação atual do País, não se justifica essa limi­tação, principalmente tendo-se em vista as altas qualifi­cações exigidas para cargos ti:cnicos e jurídicos, quandoos bons assessores e procuradores quase sempre ultra­passam aquele limite de idade. Não pode o País prescin­dir da aj uda desses profissionais, da mais elevada probi­dade e competência.

Registre-se a injuridicidade dessa exigência, quando aConstituição sô impõe limites para a aposentadoria com­pulsória, proibindo, por outro lado, que se estabeleçamdiferenças de direito por causa de condições personalíssi­mas.

Ninguém ignora que hoje, na faixa entre os trinta ecinco e os cinqüenta anos, estipulada por aquele Decre­to, há milhões de desempregados no País, possuindo fi­lhos na faixa etária até os dezenove anos, em plena si­tuação de dependência econômica, o que produz um to­tal desequilíbrio na estrutura familiar, aumentando, emconseq üéncia, as dificuldades de sobrevivência e as ne­cessidades desses chefes de família.

O povo aguarda, esperançoso, que a Nova República,atendendo aos compromissos que apresentou nos comí­cios, realize uma reforma total das instituições e que, nareforma do Estatuto do Funcionalismo Civil da União,sejam expungidos da sistemática em vigor dispositivos de

, tal modo injustos.Não se trata, pura e simplesmente, de revogar a Lei n9

6.334, de 1976, mas de eliminar, também, aquelas outraslimitadoras do acesso às funções públicas por limite deidade. Até mesmo a aposentadoria compulsória, prevista

, 'na Constituição, deve ser eliminada, pois temos visto, noExecutivo e no Legislativo, homens que demonstramplena capacidade de trabalho intelectual, além de umalarga experiência, que orienta os mais j avens na tarefa deconduzir a política e a administração do País. Não sãopoucos os que, deixando os tribunais pela compulsória,continuam prestando, ao Direito, os mais relevantes ser­viços.

O povo espera que a Nova República elimine essasdiscriminações.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

o SR, ARTENIR WERNER (PDS - SC. Pronunciao 'seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aNova República já tem dado mostras de buscar modifi­cações t~ndentes a democratizar o dia-a-dia dos cida·dãos, fiel aos compromissos de campanha que a popu­lação espera ver cumpridos. Entretanto, são de tal forma

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

diversos os campos em que se faz necessário alterar pro­cedimentos, normas, regulamentos e leis, que nos vemosna necessidade de alertar as autoridades constituídaspara certos aspectos que, de outra forma, poderiam Pl\s­sar despercebidos.

Assim ocorre com a legislação securitária, campo emque a Superintendência de Seguros Privados há longotempo vem legislando através de resoluções que, não ra­ro, privilegiam os interesses de grandes empresas de cor­retagem e agenciamento, relegando a segundo plano legí­timo interesse público.

Segundo o item 9 da Circular n' 2, de 13 de julho de1967, os prepostos de corretor de seguros, após dois ano~de excrcício, poderiam req uerer seu título de habilitaçãoprofissional de corretor em ramos elementares; em 1979,a mesma SUSEP, que havia baixado a circular acimamencionada, editou duas Resoluções, a de n' 05/79 e ade n' 10/79, revogando a norma anterior e possibilitan­do a interpretação de estar agindo em nome de poucasgrandes corretoras de seguros. Daí em diante, impediu­se aos prepostos o registro definitivo, com o que ficaramatrelados às grandes empresas, subordinados a seus inte­resses nem sempre direcionados ao atendimento do bemcom um e expostos a toda sorte de exploração por partede maus empregadores.

A situação, como é claro, não atende a ninguém, exce­to a essas poucas grandes empresas; por outro lado, a ha­bilitação definitiva dos prepostos apôs dois anos deexercício possibilitará que trabalhem diretamente juntoàs companhias seguradoras,.melhorando seu ganho poreliminar a intermediação e não acarretando eventuaisproblemas trabalhistas, visto que agirão na qualidade deautônomos.

Dentro dessa ótica, a população em geral, interessadafinal da atividade securitária e alvo-base do setor, serágrandemente beneficiada, com a agilização dos serviços e

, o maior interesse demonstrado pelos corretores.Temos, Sr. Presidente, a íntima segurança de que a rei­

vindicação de grande número de prep ostos é justa e per­tinente, motivo por que encarecemos ao Ministro da Fa­zenda empenho no sentido de que o Conselho Nacionalde Seguros Privados adote a alteração pretendida, com oque serão sanadas deficiências hoje verificadas no ramo~curitário. __

O SR. DIONISIO HAGE (PFL - PA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,educação, no Brasil de hoje, é questão fundamental, queprecisa ser equacionada com a maior urgência pela NovaRepública. E a melhor forma de se iniciar essa árdua ta­refa será procedendo-se a uma revisão ampla e profundana rem uneração dos professores, desde os mais bem pa­gos até os mais mal remunerados, chegando a uma análi·se detalhada dos vergonhosos vencimentos que milharesde professores primários recebem, especialmente os dointerior do País e das regiões mais afastadas e maispobres.

A escola, por intermédio dos professores, tem obri­. gação de dar ao aluno determinado elenco de conheci­

mentos e de desenvolver suas capacidades e aptidões.Os professores, por sua vez, para estarem à altura des­

sa incumbência, devem ter qualificações que incluam osenso de dever e de responsabilidade, e merecem ser tra­tados conforme os padrões da dignidade humana.

Todavia, não é isso o que está ocorrendo no Pará,onde aproximadamente 24.000 professores, apoiados pe­los demais servidores da rede escolar, declararam-se emgreve, paralisando toda a máquina educacional do Esta­do.

O movimento reivindicatório se prende aos reajustessalariais e outros benefícios que o Governador JaderBarbalho alega não ter condições de atender.

Contudo, as solicitações que os professores e demaisprofissionais do ensino do Pará estão fazendo no mo­mento são justas e pertinentes, pois visam apenas à ob­tenção de condições mínimas de sobrevivência e de umtrabalho digno.

Existiam no Pará, atê recentemente, perto de 15.000 .professores que percebiam quantias irrisórias, sendo queo vencimento de boa parte deles não passava de 1/3 dosalário mínimo.

Entretanto, apesar dos reajustes já concedidos peloEstado, os níveis salariais dos professores paraenses ain­d;I..!!ã9_ésatisfatório. Por isso, essa greve de agora visa à

Maio de 1985

obtenção de piso salarial de 3 salários mínimos, 20% degratificação, )39 salário, reajuste com base no INPC in­tegrai e eleições diretas parádiretores das escolas, entreoutras reivindicações.

Estou certo de que o Secretário Coutinho Jorge,recém-empossado na Pasta da Educação do Pará, é ho­mem sensivel, conhecedor dos problemas do magistério,e saberá levar essa questão a bom termo. Apelo, pois,para seu bom senso de homem público, democrata e pa­triota, no sentido de que envide todos os esforços no sen­tido de atender o professorado paraçnse, que não estápedindo mais do que justiça.

O Governador Jader Barbalho afirma sua disposiçãode examinar o caso em profundidade e, para tanto, jáconstituiu uma comissão para atuar nesse impasse,abrindo-lhe as portas da Secretaria da Fazenda e afere­cendo todo tipo de informaçães e assessoramento neces­sários ao estudo das possibilidades d~ atendimento daspretensões dos grevistas.

Essa comissão tem prazo até 6 de junho para se pro­nunciar, mas o povo paraense espera ver esse caso resol­vido o quanto antes, uma vez que a suspensão das aulaseslá prejudicando o aproveitamento escolar de milharesde alunos em lodo o Estado.

Estou solidário com os professores do Pará e de todo oBrasil, e espero em breve vê-los atendidos e bem remune­rados, pois essa é uma das premissas indispensáveis paraa melhoria do sistema de ensino brasileiro.

O Sr. Assls Canutu - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, c/ líder do PDS.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a palavrao nobre Deputado.

O SR. ASSIS CANUTO (PDS - RO. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, as notíciasque recebemos do Estado de Rondônia com relação àcomposição do novo Governo da Aliança Democráticanão são as melhores. Na formação do secretariado,chegou-se quase às vias de fato na disputa para a no­meaçào pelo Sr. Governador dos indicados pela ala dis­sidente do PMDB ou pela Frente Liberal daquele Esta­do. Isto tem trazido grande desalento para a populaçãode Rondônia, que esperava que, com a mudança do Go­vernador, as coisas ficassem melhores naquele Estado.No entanto, apenas sete dias após a posse do novo Go­vernador, as lideran",s, as comunidades, os empresários,a sociedade como um todo já manifestam suas preocu­pações com relação ao improvável sucesso do Governoque ali se estabeleceu.

Dissemos, no Grande Expediente da última quarta­feira, que, em nome do PDS de Rondônia e da Liderançado PDS, estaríamos dando um voto de confiança aonovo Governador Ângelo Angelin. Estamos dispostos aratificar esse voto de confiança, mas estamos pessimistase até certo ponto decepcionados com as notícias que noschegam de lã. A Nova República, que não tem dadograndes exemplos a nível de Federação, repete os peque­nos exemplos a nível do Estado de Rondônia. O povodaquele Estado não merece esse tratamento. f! neces­sário que as Lideranças do PFL, das duas áreas dissiden­tes do PMDB em Rondônia, mostrem menos agressãona disputa pelos cargos e pensem mais na solução dosproblemas do nosso povo. Não podemos assistir à reta­liações ao esquartejamento do Governo, na concessão decargos do primeiro e segundo escalões naquéle Estado.

Nosso povo está sofrendo na carne, dia a dia, a faltade assistência e de apoio por parte do Governo. Oproblema de comercialização agrícola se arrasta desde acolheita ao transporte e armazenamento da produção.

A questão da saúde é muito grave: a malária continuadizimando vidas e mais vidas. Enquanto isso, o Gover­no, no Palácio Getúlio Vargas, está preocupado apenascom a formação de sua equipe. Sei que o tempo de que S.Ex' dispõc para compor o Governo é curto. Mas, pelamostra que já deu, é de se esperar que tenhamos umagrande decepção pela frente.

O Sr, Joio Faustino - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação. Como Líder do PFL,

O SR, PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a palavrao nobre Deputado.

Maio de 1985

o SR. JOÃO FAUSTINO (PFL - RN. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Presi­dente José Sarney hoje estará no Nordeste para dar pos­se ao novo Superintendente da SUDENE, por sinal umdos mais competentes técnicos e um dos homens maisdignos da Nova República. Pretende também, S. Ex'anunciar medidas que atenuem a grave situação depobreza e miséria a que estão submetidos 35 milhões debrasileiros. Espcra-se que o Presidente, na ocasião,anuncie a liberação de recursos para a reconstrução doNordeste, semidestruído pelas recentes enchentes.Espera-se também a assinatura dos primeiros contratosdo Projeto Nordeste, já anunciado pelo Presidente JoséSarney como medida redentora para aquela região.

O Partido da Frente Liberal vê a presença do Presi­dente Sarney no Nordeste com muita espectativa e estáconvicto de que S. Ex! realmentc se voltará para aquelaregião, de que ê filho, à qual devotará todo seu esforço eatenção.

V - O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Passa-seao Grande Expediente.

Tem a palavra o Sr. João Gilberto.

O SR. JOÃO GILBERTO (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, emju­lho do ano passado, através do que se chamava articu­lação das forças progressistas, reunimo-nos com o entãocandidato Dr. Tancredo de Almeida Neves para discutirsobre a Assembléia Nacional Constituinte. Esse contatoprimeiro que, inclusive, me pareceu diffcil, resultou emuma solicitação de S. Ex! para que algumas idéias fossemcolocadas no papel e a ele encaminhadas.

Na oportunidade, atendi ao convite participativo, e S.Ex! me respondeu com um telegrama, em que me agra­decia a contribuição ao debate sobre a renovação consti­tucional, inclusive evitando o uso do termo AssembléiaNacional Constituinte.

Logo depois, em agosto, no memorável momento his­tórico da formação da Aliança Democrática, a Consti­tuinte j á surgia livre e soberana, com base e alicerce detodo o acordo politico que levaria a essa solução para atransição brasileira que hoje estamos vivendo.

Volto a falar sobre"a Constituinte, hoje. Trata-se deum quadro complentamente diverso, no qual os ganhospolfticos foram acumulados, tendo adiante não a pers­pectiva de uma bandeira desfraldada, mas a perspectivahistórica de uma meta atingida, portanto, é necessárioenfrentar a questão com termos muito reais, que, de umlado, tornem possível a sua concretização e, de outro,não deixem que ela perca a Slla essência.

O que é Poder Constituinte originário de uma nação?É a vontade política dessa nação de constituir-se em Es­tado soberano; a vontade política de estruturar o seu Es­tado soberano desta ou daquela forma, com estas oucom aquelas características, com tais e quais instítuições.Portanto, o Poder Constituinte de uma nação está naraíz da construção do seu modelo de Estado, das suasinstituições, do seu aparecimento e da sua face no con·certo das outras nações soberanas.

O Poder Constituinte de uma Nação é o retorno aoseu ponto de origem, ao seu ato de independêncía; é o re­pensar e reconstituir.

Devemos ter a consciência de que buscar o PoderConstituinte originário da Nação, necessidade funda­mental de hoje, prioridade e anseio dos brasileiros, é algodecisivo, fundamental e de conseqüências cabais para ofuturo do País. É voltar ao tempo do ato que transfor­mou o Brasil em estado independente e perguntar aosbrasileiros que tipo de Estado querem organizar, comodesejam expressar-se no concerto dos países soberanos,como desejam organizar-se internamente, que insti­tuições querem construir? Por isso este ato deve ter aprofundidade necessária, que garanta a sua legItimidadee a responsabilidade histórica que não o desvie dos seusrumos.

Na verdade. viveremos uma convocação do PoderConstituinte originário da Nação em situação atípica.Nunca, na história brasileira, tivemos a oportunidade deconvocar este Poder Constituinte originário, com o Con­gresso aberto e o Legislativo funcionando normalmente,como acontecerá agora.

Em 1822, a Constituinte que se instalou a seguir nãoconseguiu gerar a sua Constituição porque foi desfeitapor quem a convocou. Não havia dlívidas sobre o poder

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

convocador da Constituinte: era o podcr do Imperadorque, com sua espada, tinha feito a Independência doBrasil. Na Proclamação da República, os homens queromperam com o Império, tiveram a Icgitimidade, aforça e o poder de convocar a Constituinte.

Em 193~ o chefe da Revolução de 193&, acossado pe­los anseios constítucionalistas que se manifestavam noPaís, teve a legitimidade, a força e o poder de convocar aConstituinte.

Em 1946, primeiro, o próprio Chefe do Estado Novo,mais uma vez acossado pelos anseios democratizantes daNação teve a força e o poder de convocar a Constituinte,e, depois, aqueles que o depuseram. No entanto, hojenão temos a ruptura de um sistema constitucional, nãotemos a ruptura brusca. Pelo contrário, temos até a nor­malização do sistema constitucional velho. Embora, nopapel, se assegurasse o funcionamento dos três Poderesconstituídos - Executivo, Legislativo e Judiciário ­através de inúmeras distorções, foi-se anulando esse fun·cionamento.

Hoje, os Poderes funcionam novamente com grandedose de normalidade. Talvez não seja ainda o ideal, mascomo grande dose de normalidade. Vejam que não te­mos um proclamador da Indcpendência ou da Repúbli­ca, que não temos um chefe revolucionário, que não te­mos uma força que depôs outra força. Temos uma tran­sição que se faz dentro das regras dojogo constitucional,tanto que foi jogada até dentro do espúrio, ilegítimo ehoje sepultado Colégio Eleitoral.

É por ísso que, antes mesmo dc ocorrer esta situaçãoem julho do ano passado, eu j á me perguntava - e aTancredo Neves sobre isso - como me pergunto hoje,quando me encontro no bojo dos fatos: o que se passa?Quem tem legitimidade? Quem tem o poder, nas suas úl­timas conseqüências, para convocar o Poder Constituin­te originário da população brasileira?

Em julho do ano passado, recomendava eu ao candi­dato a Presidente, o próprio povo e sugeria a S. Ex! nãoconvocasse por ato seu ou por ato congressual a As­sembléia Nacional Constituinte, mas, por ato seu ou porato do Congresso, convocasse um plebiscito .nacional,que, paralelo à eleição, atribuisse aos eleitos o PoderConstituinte originário que só a Nação détém, que só acidadania detém, que apenas o eleitor detém.

Reconheço que essa fórmula encontra resistências prá­ticas. Inclusive tenho estado ausente do debate teóricoque mais se trava na Nação neste momento sobre o Po­der Constituinte, mas não perco a preocupação de en­contrar quem tem poder, força e legitimidade para con­vocar o Poder Constituinte originário desta Nação.

Assusta-me hoje ver propostas de uma convocaçãoconstituinte unilateral pelo Congresso Nacional. Duran­te os anos de arbítrio e de impacto entre a força legislati­va e o poder domínante, uma proposta de convocação deConstituinte aqui, dentro deste Parlamento, era uma es­pécie de bandeira de luta. Hoje, quando a qualidade dojogo político cresceu, a vida nacional se oxigenou pela li­berdade, a sociedade cívil se expressa, a convocação daAssembléia Constituinte meramente pelo Congresso éum gesto tímido e acanhado que as forças civis da Naçãonão entenderão, ainda mais quando se fala em convocara Constituinte via congressual, ou até mesmo com a par·ticipação do Executivo, o que, de certa maneira, já seriaum ponto um pouco maís forte.

Fala-se em convocar a Constituinte com base naConstituição velha. Ora, a Assembléia Nacional Consti­tuinte é a negação de todo o ordenamento jurídieo cons­titucional que aí está. E querem inseri-la na Constituiçãovelha, como se existisse, por exemplo, um art. 200 naConstituição, que determinasse que um certo dia fosseconvocado o Poder Constituínte da Nação.

Não. O ato da convocação da vontade constituinte na­cional é tão soberano que paira acima da Constituiçãoque temos, não pode estar dentro dela. É tão soberanoque ultrapassa os limites da regra constitucional vigente.Por isso, em geral, é um ato revolucionário, um decretoda nova ordem vigente.

Todos perguntarão: mas como compatibilizar esse atoacima da Constituição com um País que faz a sua tran·sição dentro da Constituição vigente, que tem trés Pode­res constituldos, atrelados à Constituição?

Sem dúvida, este é um grande desafio, o maior dos de­safios. Mas a forma da convocação da Constituinte - e(alaremos sobre isto logo adiante - é decisiva para sua

Sábado 25 4997

legitimidade, suas prioridades, seu enraizamento e suarepresentatividade. Não podemos conceber uma convo­cação fraca e limitada da Constituinte, o que iria redun­dar numa Constituinte não representativa.

Li as propostas de emendas à Constituição que convo­cam Constituinte. Uma delas diz até que a Constituintenão pode resolver sobre a Replíblica e sobre a Fede­ração. É tão limitada quanto este Congresso. Certamen­te, ninguém vai querer abolir a República ou a Fede­ração, ou, pelo menos, se alguém pretender aboli-las, amaioria não vai querer isso. Onde poderão expressar-seos monarquistas deste País, a não ser num momentoconstituinte' da Nação? Ê nesse momento que os republi­canos vão ganhar dos monarquistas. Fora dísso, só aluta armada.

U também que se prevê uma Constituinte cuja vo­tação será feita obrigatoriamente em dois turnos, pormaioria absoluta de votos. E me pergunto: podemos nósdispor amiúde sobre a Constituinte? Será que ela não vaídecidir a votação capítulo a capítulo, ou artigo a artigo,e depois fazer uma votação geral? Podemos nós impor auma Constituinte nem eleita regras tão duras, rígídas erestritas? Será a Constituinte que resolverá o seu cami­nho. Sabe-se lá ela se divida em Comissões, que organí­zam capítulos e depois votam no plenário? Quem sabeela não vai resolver voltar artigo por artigo? Convenha­mos, é preciso estabelecer esse limite agora.

Não. As convocações da Constituinte são muito restri­tivas. Não percebem realmente o que é tocar, liberar oPoder Constituinte originário de um povo, desafiá-lo areconstituir seu Estado soberano e voltar ao momentoda Independência Nacional. Mas não fujo ao desafio deuma fórmula que compatibilize o momento de normali­dade que vivemos com o gesto de rompimento com a or­dem vigente, que é a convocação de uma Constituinte.

Felizmente não temos generais Hderando quarteladasvitoriosas. Felizmente não possuímos llderes que tenhamliderado uma revolução vitoriosa. Temos alJenas umatransição aceita por todos - amparada em regras deuma Constituição velha que queremos mudar - que seestá dando com o respeito e o apreço de toda a comuni­dade nacionai, de todas as forças da sociedade brasileira,civis e militares.

Para mim a Constituinte deve ser convocada pelos Po·deres que existem, que hoje, felizmente, são poderes delei e de fato. Quais são hoje os Poderes de fato destePaís? Felizmente são, repito, o Executivo, o Legislativo eo Judiciário. Quero uma Constituinte convocada pelostrês Poderes, que hoje são os de lei e de fato e que, feliz­mentc, neste momento, no País, estão no lugar de umeventual líder revolucionário vitorioso ou de um genera(quc tivesse derrubado um governo. Não houve isso.

De fato, há trés Poderes no País. Não os chamarei dePoderes Constituídos - porque, de certa maneíra ísso osatrela à ordem anterior. Mas os chamarei de Poderes defato.

O Executivo, o Legislatívo e o Judiciário, govérnam oPaís. Então, os três Poderes, num ato acima da Consti­tuição vigente - porque ela é negada no momento emque se convoca uma Constituinte, daí se dizer que a'Constituição vigente não mais representa o País, nãomais representa a vontade nacional - convocariam aAssembléia Nacional Constituinte.

Alguém haverá de perguntar: Como fazer isso? Manei­ras existem muitas. É claro que isso exige um entendi·mento mínimo entre os três Poderes da Replíblica. ti na­tural que esse seja um gesto de rompimento com a ordemvigent.e, em nome de um desejo nacional, de uma vonta·de que está expressa na maioria absoluta da cidadaniabrasileira. O Presidente da República, a meu ver, dev~tomar a iniciativa. E tem duas alternativas ao fazê·lo.Deve gcstionar junto aos Poderes Legislativo e Jildi­ciário sobre a necessidade da convocaçào da Constituin­te. Devc colocar no papel, numa mensagem ao Congres­so Nacional c ao Supremo Tribunal Federal, seu desejode ver convocada uma Assembléia Nacional Constituin­te. Tanto S. Ex' pode manifestar a SUB vontade, como su-

4998 Sábado 25 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1985L' -1

gerir um ato convocatório, que deveria ser preliminar­mente acertado entre as principais força~ políticas e asprincipais comunidades jurídicas do País.

Feito isso, o Congresso Nacional, com o quorum de2/3 dos seus membros, votará esse ato convocatório daConstituinte, que não é uma emenda à Constituição queaí está, que não pode ser e não será um pedaço da Cons­tituição velha, mas um ato constitucional do Congresso,um ato de convocação da Constituintc, com o quorum dc2/3, mas independcntc da Constituição velha, que sequer dcixar de lado, que se quer substituir. Esse ato,aprovado pelo Congresso, iria - no meu entender - aoSupremo Tribunal Federal para ratificação. E, a seguir,no melhor dos momentos históricos deste País, o Presi­dente da República, o Presidente do Congresso e o Presi­dente do Supremo Tribunal Federal assinariam a convo­cação da Constituinte, inegavelmente representativa detodas as forças reais da Nação, verdadeira e acima dequalquer outro ordenamento. Com isso, teríamos umaConstituinte com a convocação mais forte possível,teríamos liberado realmente o Poder Constituinte origi­nário da população. Não estaríamos fazendo uma revi­são constitucional; não estaríamos fazendo uma reformada Constituição; não estaríamos fazendo um CongressoConstituinte; estaríamos convocando o poder constituin­te originário dos brasileiros para dizer.lhe, com todas asletras: a Nação é chamda a rceonstruir o seu Estado so­berano. Isto significa a volta aos dias da Independência,dizer novamente que tipos de Estados, que tipos de insti·tuiçõcs se deseja para o País que se está organizando. Eaí não fujo do enfrentamento de Uma segunda discussão.Certamente, é a primeira vez que temos, repito, umaConstituinte convocada com o Congresso aberto, o que,portanto, não encontra parámetro na História do Brasil.Os constituintes foram sempre convocados quando hou­ve rompimento da ordem jurídica anterior, quando nãohavia adredemente Congrcsso funcionando. Seria absur­do - e muitos têm falado sobre isto - desejamos que aConstituinte anulasse completamente a via legislativanorJ!lal. Seria absurdo reunirmos, num detcrminadoponto, os representantes da Nação para fazer uma novaConstituição, com o Prcsidente da República tendo quelegislar através de dccreto-lei, para atcnder ao dia-a-diado País. porque não haveria um Congresso normal paralegislar.

Reportamo-nos aos incidentes havidos entre o Presi­dente Dutra e a sua Constituintc. Dutra legislava pordecreto-lei, enquanto a Con.tituinte fazia a nova Consti­tuição do País. O Brasil vinha do Estado Novo e não ti­nha Congresso. E, enquanto a Constituinte não concluiusua nova Constituição, o Presidente da República teveplenos poderes para governar através de decreto-lei.

Não é esta a nossa situação. Estamos diante de umquadro sem paralelo na H istória: temos de conviver como momento constituinte, que signifiea construir o abso­lutamente novo, e manter o sistema constitucional ante­rior, vigente, com o Congresso funcionando normalmen­te até o momento de a Constituinte estar pronta.

Duas alternativas existem: uma defendida enfatica­mente nos últimos meses pela Ordem dos Advogados doBrasil; e a outra eontida na proposta original da FrenteDemocrática. Desejo tecer considerações sobre ambas.Ou a Constituinte é paralela a um Congresso normal, ouse confundirá com o Congresso normal; isto é, acumula- I

rá ela própria as funções do Legislativo ordinário. AConstituinte legislando paralelamente ao Congresso nor·mal é o que defendem certas forças da sociedade civil, in- ,clusive, o Conselho Federal da Ordem dos Advogadosdo Brasil. Desejam essas forças que seja elaborada umaConstituinte paralela ao Congresso normal, que estejareunida para fazer uma Constituição nova, enquanto ooutro corpo legislativo - o Congresso de hoje, o novoCongresso de 1986 - elabora, administra a parte legisla­tiva ordinária do País.

Grandes méritos tem esta proposta. Sem dúvida, aConstituinte seria desatrelada de certos vícios, de certascargas que nós, legislativos normais, temos acumuladodurante esses anos. Sem dúvida, os constituintes não se­riam constituintes em causa própria, na hora de legislar

fundamentalmente sobre as características do CongressoNacional. Sem dúvida, a Constituinte estaria desatreladaaté do envolvimento das pessoas em relação ao Legislati­vo normal. Essa proposta, porém, tcm um grave proble­ma: o de trazer em seu bojo o grave risco da crise institu­cional permanente entre Constiuinte e Congresso.

Há outra proposta, a da Constituinte coincidente como Congresso. Dentro de si, terá ela o Congresso. Ela faráa Constituição e as leis normais ordinárias de que o Paísprecisa Essa proposta traz a vantagem de diminuir osproblemas maiores de várias eleições, o risco de crise ins­titucional entre dois Poderes paralelos. Mas há grandessenões. Um deles é que o Congresso, dentro da regraconstitucional vigente, será eleito com duas Casas, e aConstituinte tem tal soberania que poderia instituir, parao futuro do Brasil, um Congresso unicameral. Comocompatibilizar isto? A Constituinte já sofreria certa res­trição, porque ela própria seria o mesmo que um Con­gresso bicameral.

Outro problema seria o comprometimento dos Consti­tuintes com o futuro Congresso. Elesjáestariam de certamaneira, legislando em causa própria. Tais riscos exis­tem. Algumas formas poderiam ser pensadas, como a daConstituinte coincidente com o Congresso, mas maisampla do que este. Uma parte sua seria o Congresso,com eleição unicameral para a Constituinte, que depoisse divide em duas Casas, se o resultado da tarefa consti­tuinte indicar que O futuro Congresso será unicameral.

Existem desafios, existem nós a serem desatados, e te- .mos de discutir muito sobre isso. Mas, para não fugir aodebate e para que os colegas possam dar a sua contri­buição, interrompo aqui a minha análise e concedo oaparte ao nobre Deputado Jorge Carone.

O Sr. Jorge Carone - Nobre Deputado João Gilber­to, é com grande prazer que aparteio V. Ex' Em julho de1984, o então Senador José Sarney, em meio a uma tu­multuada reunião do Diretório Nacional do PDS, naqual foi com unicado que não contava com o apoio doPresidente da República a sua idéia de promover eonsul­ta prévia aos correligionários a respeito dos candidatosdo seu partido, rcnunciou à Presidência do Partido De­mocrático Social. Agora, o Prcsidente José Sarney, COn­forme noticiário do dia 21 de maio, disse no ConselhoPolítico que seria uma boa fórmula discutir, por ocasiãoda votação da Emenda Constitucional n" 25, que prevêeleições para Prefeitos, se os Senadores eleitos em 1982poderiam também fazer parte da Constituinte. O legíti­mo interessado na Constituinte é o povo, e não oPMDB, O PDS, ou qualquer outro partido. Tcm-se queouvir do povo se ele quer um mandato para 1986, 1988ou 1990 e sc deseja realmente uma votação em dois tur­nos, pois esses dois turnos foram inventados pelo Con­gresso, e ninguém quer saber se o povo está ou não deacordo. Esta é a minha proposta.

O SR. JOÃO GILBERTO - Nobre Deputado Jorge,Carone, é-me sempre grato acolher o aparte de V. Ex', járegistrado nesta Casa e que muito cnriquece o meu dis­curso.

Tem o aparte o nobrc Deputado Celso Barros.

O Sr, Celso Barros- Nobre Deputado João Gilberto,lamento não dispõr de tempo para debater essa questão,sobretudo no que concerne à independência do PoderJudiciário c à convocação de uma Constituinte. Não hádúvida de que a idéia de V. Ex' é original, é sui genem. AHistória do Brasil, a História Ocidental, ao que eu saiba,jamais se orientou no sentido de que o Poder Judiciárioparticipasse direta ou indiretamente da eonvoeação deuma Constituinte. Em que pese à autoridade de V. Ex' eao trabalho imenso que tem desenvolvido no sentido deestudar os problemas constitucionais, no momento que­ro dizer·lhe que normalmente não é possível essa partici­pação do Judiciário, porque ele não é um poder político,e a convocação de uma Assembléia Nacional Constituin­te se cinge a correntes políticas nacionais inteiramenteestranhas ao Judiciário, que é um Poder julgador. La­mento, repito, não poder desenvolver essa questão.Aliás, comunicou-me a Secretaria da Casa que hoje esta­va inscrito para falar. Jriajustamentc suscitar esse tema,a fim de mostrar a V. Ex' que é impossível e até inconsti­tucional que o Poder Judiciário possa...

O SR. JOÃO Gn~BERTO- Não existe na legislaçãoinconstitucionalidade em convocar Constituinte.

O Sr. Celso Barros - Nobre Deputado, só não existeinconstitucionalidade depois que ela. é organizada. Mas,enquanto ela não for organizada, vigem as normas daConstituição atual. Depois que for convocada e se tornarconstitucional, ela se sobrepõe...

O SR. JOÃO GILBERTO - Está acima da Consti­tuição vigente ou é mera reforma da Constituição.

O Sr. Celso Barros - A convocação se subordina apreceito constitucional. A instalação da Constituinte eseu funcionamento é que se sobrepõem à Constituição.Em que pese à sua autoridade, V. Ex' está redondamenteenganado, está viabilizando aquilo que é impossível. Adimpossihilia nemo tenetur, não se pode fazer o impossívelconstitucionalmcnte. Discutirei isso em outra oportuni­dade, porque. ao chegar aqui, meu nome não se encon­trava inserito, conforme o comunicado que me foi feito.Reservo-me, no entanto, para discutir em outra oportu­nidade com V. Ex', com quem só terei a aprender, poisacredito que suas idéias estão naturalmente embasadasem alguma razão para chegar a esse ponto.

O SR. JOÃO GILBERTO - V. Ex' lembra que nãohá precedentes de convocação de Constituinte através daunificação do Poder Judiciário e dos outros Poderes.Não temos precedentes de convocação de Constituintecom o Congresso aberto. Estamos vivendo um fato sobreo qual devemos trabalhar e que é atípico. Ou convoca­mos o Poder Constituinte originário da Nação ou estare­mos apenas convocando uma reforma da Constituição.Se levarmos em conta a Constituição atual para convo­car Constituinte, nós a cstaremos limitando dramática­mente, e isto não desejo. Sr. Presidente, quero o PoderConstituinte originário do povo. Felizmente, como nãohá um general vitorioso, como não há um líder revoluci­nário vitorioso, quero que os Poderes que existem defato no País, acima da atual Constituição, convoquem aCon<tituinte. (Pahnas.)

O SR. ISRAEL DIA8-NOVAES (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,existem assuntos na Nova República aparentemente desomenos, que, em face justamente dessa aparência, têmpassado sob descuido dos Poderes responsáveis, mor­mente deste Poder.

Uma dessas questões é, seguramente, a da legalizaçãodo jogo no Brasil. Quem quer que se dedique ao doloro­so esporte de vasculhar os nossos Anais, as nossas atas~

sobretudo os nossos arquivos, deparar.se-á com um nú­mero extraordinário de proposituras neste ,sentido. Háum anseio parcial, mas virulento, nesta Casa, pela rea­bertura do jogo, com isso revogando-se a memória doMarechal Eurico Gaspar Dutra.

Esta memória é a minha preocupação neste momento.Dutra foi tudo neste Pais, e por muitos anos. Até hojenão foi feito sobre Dutra o necessário julgamento his­tórico, talvez por não termos ganho, ainda, a necessária I

perspectiva.Agora, por exemplo, no dia 18 de maio último - e

isto não faz uma semana - tivemos o transcurso do cen­tenário de nascimento do Presidente Dutra. Perguntoaos presentes, que, nesta manhã, são tão n'umerosos nes­te Plenário, se a algum deles ocorreu esta efeméride, que,por ter sido descuidada, deixa de ser efeméride, porquesimplesmente não foi festejada, não foi comemorada,não foi sequer lembrada. O Governo da Nova Repúblieadeveria ter presente que, por ser nova, não deve revogara velha assim, sem mais aquela. Mas a velha a que me re­firo não é essa recentíssima, porque essa não era Re­pública. Essa não pertencia a gênero nenhum de regimeconhecido, era um regime especialíssimo, singular, nãoera nem República nem monarquia, mas um misto deRepública, caudilhismo e monarquia.

O Presidente Dutra passou csquecido, completou inu­tilmente cem anos de idade. E eu me pergunto, e sobretu­do me perguntei a mim, que fui, felizmente, contemporâ­neo de Dutra - os moços parlamentares não o foram,não tivcram essa satisfação - por quc esse esquecimen·to, aparentemente deliberado? Nada se faz neste País, navida pública, que não seja deliberado. Ninguém esque­ceu por esqueeimcnto. Todas as pessoas esqueceram por­que quiseram esquecer.

Maio de 1985f

Agora se pergunta: Dutra merecia ser comemorado? Ameu ver, merecia, e ainda está em tempo de fazê-lo,

,Sr.Presidente. De meu lado, com a minha modéstia rústi­ca, no Plenário, vou requerer uma sessão especial da

, Casa para que os partidos possam recordar não apenasos aspectos positivos, mas os evidentes aspectos negati­vos da conduta do ex-Presidente Dutra, da sua vidapública, pois, como já dizia o meu querido DeputadoMilton Reis, a perfeição não é desta vida pública. Have­remos, então, de recordar alguns ángulos da sua vida,que a nós, paulistas, por exemplo, ferem e desgostam.

Dutra era um legalista, mas um legalista à outrance,quer dizer, um legalista incondicional. Tinha como únicolivro de sua leitura, pois não se tratava de um erudito, aConstituição, uma Constituição minúscula que cabia nobolso do colete que usava. Essa Constituição, a qual de­nominava, "o livrinho", ele a consultava diuturnamente.Sabia-a de cor. Dessa forma, a cada proposta que lhechegava ao Palácio ou à sua casa ele respondia como emestribilho,;, "Vamos consultar o livrinho". E consultava.Às vezes, nem o abria, porque o tinha na cabeça.

Dutra teve uma vida movimentada. Foi o único Presi­dente nascido em Cuiabá. Não foi o único mato­grossense, pois houve um segundo, de que vamos tratar aseguir, que desempenhou apenas um", "gasparino" demandato: o Sr. Jânio Quadros. Dutra, diversamente, de­sempenhou totalmente o seu mandato. E tinha esta pri­meira singularidade: foi o primeiro mato-grossense deCuiabá a assumir a Presidência da República.

Formou-se em Porto Alegre, fez lá o curso militar,onde foi colega de Getúlio Vargas. Getúlio foi expulsoda Escola Militar de Porto Alegre. Não consta isso dassuas biografias, mas consta das mem6rias de Dutra nãopublicadas.

Depois, fez uma carreira alongada, até que, tenente­coronel, combateu todas as revoluções do Brasi): a Culu­

, na Prestes o teve no seu encalço; perseguiu-a ao longo de, toda a sua jornada. A Revolução de 1924; a Revoluçãode 1922, a Revolução de 1930. Na Revolução de 1930,Dutra foi situacionista. Ficou contra os revolucionáriosde outubro. Defendeu a luta armada para sustentar o re­gime vigente, quejá tinha conseguido colocar no poder opaulista Jl1lio Prestes de Albuquerque, pois permaneceuna defesa da legalidade dele. Em seguida à Revoluçãotriunfante, Getúlio, com a sagacidade que ninguém lhepode negar, resolveu promover Dutra. Em vez de afastá­lo da tropa, promoveu-o a coronel- de modo que a Re­volução sobrevinda a 9 de julho de 1932 encontrou-o noposto de coronel e, pior, invasor de São Paulo.

Então, Dutra foi um dos esmagadores da nossa Revo­lução, mas nem por isso temos por ele menor apreço,porque conhecíamos o seu espirito legalista. Havia novosistema vigente e ele o defendeu. Em 1935, foi dos ho­mens que se prestaram a enfrentar, em Copacabana, osRevoltosos do Forte, chefiados por Agildo Barata. Em

, 1937, era Ministro da Guerra. Getúlio consultou-o sobrea necessidade de um golpe ehamadQ. "golpe" elaramente."Precisamos dar o golpe, porque a democracia não cons­trói", dizia Getúlio. E convenceu Dutra de que o que sepregava era uma cxacerbação da ordem em detrimento

I dos próprios sentimentos jurídicos do País. Dutraconvenceu-se e se transformou no condestável do EstadoNovo. Combatcu os integralistas, em maio de 1938, comaquela mesma energia._

Era um militar completo, integral, perfeito. Quando,afinal, vitoriosa a causa democrática na guerra, Dutrafoi dos primeiros a aconselhar Getl1lio a reformar o regi­meestadonovista e a reinstalar a democracia, porque erauma conquista recente de toda a Humanidade. Conse­loiu em parte. Com o correr dos dias, convenceu-se Ge­t61io de que s6 tinha um candidato à sua sucessão, sehouvesse, porque naqueles dias eclodiu o chamado Mo­vimento Queremista. Dutra resistiu a ele.

Conseguiu que o poder fosse'entregue, por um ano, aoJudiciário, na figura'do Sr. José Linhares, e a seguir foieleito sobre um príncipe brasileiro dos nossos dias, o Bri­gadeiro Eduardo Gomes. Ninguém poderia admitir que,

I depois de um Estado Novo tão oprobrioso, o herói de22, das areias de Copacabana, o grande capitão dos telé­grafos brasileiros pelo sertão, aquele homem que era ummito pudesse ser derrotado por um cidadão da inexpres­sividade de Eurico Gaspar Dutra. Mas J:touve uma cartade Getúlio que decidiu. Getúlio pedia ao povo brasileiroque visse em Dutra a sua pr6pria image~. Tivemos, en-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

tão, uma vitória esmagadora de Dutra sobre o ínclitoBrigadeiro Eduardo Gomes.

Ninguém esperava nada de Dutra, Srs. Deputados.Quem era Dutra? Um t...upler, um homem sem qualquerformação política. Pois se ninguém esperava, todos expe­rimentaram um revés na sua previsão. Uma das primei­ras medidas do Presidente Gaspar Dutra - e isto é quequero relembrar nesta manhã, sobretudo - referia-se àprática do jogo, extraordinariamente disseminado noBrasil. Dutra horrorizava-se com o espetáculo do jogo.O jogo avassalava o Rio de Janeiro. O jogo tomava SãoPaulo. Não havia esquina central de São Paulo que nãohouvesse sido transformada num chalé, num centro debatota, primoroso e movimentado. Dutra tinha aquilona sua consciência. Os cassinos fervilhavam no Rio deJaneiro. Em São Paulo, não havia bairro remoto que nãocontasse com seu cassioo., Cassinos freqUentemente, oumelhor, unanimemente sustentados pelo que havia depior na sociedade. E o jogo do bicho era uma instituiçãoconsagrada. O povo desviava sua economia melhor emfavor da batota, dessa pequena prática miserável, queera tida como instituição nacional.

Ainda há poucos dias ouvi, numa entrevista, uma in­formação do Miuistro da Justiça, o nosso querido Fer­nando Lyra, de que o jogo é uma paixão do brasileiro.Isso precisa ser examinado em outra oportunidade, tal asua profundidade psicológica. Mas Dutra, empossado...

O Sr. MiTton Reis - Ele não estaria se referindo ao fu­tebol?

O SR. ISRAEL DIA8-NOVAES - O futebol era umaprática sadia, aparentemente, e que não era tão danosa.Se me permite, sei onde V. Ex' quer chegar, e já lhe dareiO aparte.

o Sr. Márcio Braga - Nobre Deputado Israel Dias­N ovaes, gostaria de lhe dar um aparte e uma.informação.

O SR. ISRAEL DIA8-NOVAES - Oportunamente,dentro de 2 minutos, se V. Ex' me permite. V. Ex' sabeque, na verdade, é um prazer muito grande contar com asua participação histórica na nossa manifestação.

Mas Dutra, empossado, teve conceitos muitointeressantes sobre o jogo.

Ele, homem de poucas palavras e também de reduzidaescrita, falando por ocasião do 90<' aniversário - Dutraviveu demais, sobreviveu a si mesmo,extraordinariamente - disse: "Um dos primeiros atosdo meu Governo foi mandar fechar o jogo, acabando,assim, com aquela prática que, pela sua extensão eperniciosa repercussão na vida de centenas, de milharesde famílias modestas, era um verdadeiro flagelonacional, desviando poupanças e frutos do trabalho que'

;deveriam ser aplicados na educação, na saóde e atémesmo na alimentação. Creio que até hoje o povo me é'grato por ter tomado essa medida de profilaxia social."

Bem, a revista Veja, em 1972, tamhém por ocasião do90<' aniversário de Dutra, perguntou-lhe: "Marechal,desde que os jogos de azar foram proibidos em seuGoverno, tem-se falado regularmente em sua reabertura.O Senhor admite essa revisão?"

Dutra respondeu com absoluta decisão e firmeza:"Não, eu fechei o jogo porque achei necessário. E, sefosse preciso, feeharia outra vez."

Sr. Presidente, convém recordar que, empossado em1946, em março daquele mesmo ano, como um dos seusprimeiros atos Dutra fez inscrever, no Código dasContravenções Penais, o art. 58, que fechava o jogo no,PaIs. A paisagem nacional mudou.

Aí, muitos de nós, jovens universitários, naquele'Itempo - como o Deputado Celso Barros, eu, oDeputado Francisco Rollemherg - pudemos observar apossibilidade de o jogo instruir a paisagem ditatorial. ~iclaro que o jogo é uma divergência quanto ao espírito'cívico das pessoas, o jogo é uma alienação, e alienaçãopor excelência. Então, as pessoas dirigem-se ao jogo e,com isso, esquecem·se do mais; elas deixam de lutar peloque é sério, na esperança de serem favorecidas com afortuna ou, no caso, pelo azar. Há dias" um ilustríssimoDeputado disse-me: "Bem, mas o jogo não faz mal para~a saúde." Disse·lhe, respeitosamente: "Não faz'mal Dara

Sábado 25 4999

a saúde de V. Ex', mas faz mal, indiretamente, para a'saúde do povo, sobretudo da pobreza."

O Deputado Márcio Braga, naturalmente, vai dizer:"Mas, se não jogar aqui, vai jogar em Punta dei Este.,Este vai jogar em Miami, vai jogar onde quer que seja."Se jogar, está muito bem que assim o faça, podendojogar. Mas o pobre diabo, o cidadão subalimentado, o'cidadão semi-empregado, que desvia o dinheiro do leitoou da alimentação para o chalé da esquina, está nãoapenas prejudicando seriamente a sua moral de chefe defamilia, mas comprometendo a saóde de todos os seus.'Só que não vejo ângulo que possa significar uma,bondade no jogo. Tudo no jogo é maldade.

Alguém dizia - sei o que vai dizer o nobre Deputado'Márcio Braga, já que estou tentando interpretá-lo a,aDtla letre - que, com o jogo, podemos fazer uma porção,de coisas úteis, como, por exemplo, sustentar a LBA, que,está caindo aos pedaços, ou socorrer o INPS, devastadopela corrupção. Ruy Barbosa, um pouquinho mais velho'do que todos nós, já dizia: "O que me surpreende é essa,tentativa de alimentar a virtude com o vício." Esteconceito é muito interessante. Mas agora não se tratl!',mais da virtude, porque renasceu e refloriu nesseS'últimos dias o apego à recuperação do jogo. Os Srs.'Secretários de Segurança dos Estados reuniram-se, há,dias, em Brasilia e, já temerosos das conseqUências, nãoderam a esse encontro o nome de congresso, nem desimpósio, nem de seminário, mas de Mutirão NacionalContra a Violência. Que beleza!

Dado esse nome, puderam eles tratar da violência sobtodos os ângulos. Mas, no meio do tema da violência,enfiaram a questã o do jogo, como sempreclandestinamente, no meio dessa conversa.

Presente à última sessão desse mutirão, o Sr. Ministroda Justiça, nosso tão simpático companheiro Fernando'Lyra, achou que, quem sabe, se havia atinado com a:pedra filosofaI. E um-dos Secretários de Segurança, tidocomo acomodado, construtivo, sugeriu o seguinte:"Nesse mutirão, podemos, perfeitamente, reabrir OI

jogo." Aliás, disseram eles: "Não vamos reabrir coisanenhuma, porque o jogo já está reaberto, e em todo o'Brasil."

Quer dizer, é uma contravcnção aceita pelo poderconstituIdo, mas não aceita permanentemente, porqueela tem, ali, pausas: quando, freqUentemente, a Policiaresolve reprimir o jogo, achaca os jogadores e, depoisretoma à sua indolência costumeira. Então, disserameles: "Vamos reconhecer uma realidade: exterminamos acorrupção da Policia, que reside, sobretudo, na práticajdessa contravenção. O policial, para não reprimir a'contravenção, recebe do contraventor, e nós, agora,recebemos legalmente." Lyra tentou-se a si próprio.Sendo uma lira entoou-se a si próprio e achou a idéiamagnífica. Mas propôs - e isso está atribuído a ele, oque ainda vou pesquisar para verificar a procedência dainformação - que, com a legalização do jogo, sereaparelhassem as polícias estaduais. Então, não é maiso vIcio que está a sustentar a virtude; o vicio está asustentar a ordem póblica, a decência da vida geral do;País. Como as polícias estão desaparelhadas por falta derecursos - o Governo anterior deixou, em São Paulo,1500 Volkswagens sem pneus e as armas scm balas - "os policiais eram tratados desprezivelmente pelos'marginais, porque elcs os sabiam destituídos daipossibilidade de agressão ou de defesa. Como existe essecaos calamitoso no meio policial brasileiro, ocorreu aos!Srs. Secretários aderir aos contraventores e receber delesa espórtula necessária para reaparelhar '0 poder,repressor. Transforma-se, assim, a contravenção numalfonte de renda oficial.

O Ministro Fernando Lyra, depois do seu primeiroimpulso - os jesuitas já advertiam e vou recordar a,Fernando Lyra na primeira oportunidade, "que é Inecessário desconfiarmos dos nossos primeirosimpulsos, porque são sempre bons" - disse: "Souentusiasta da tese." Depois, caindo em' si, porque, I

segundo Machado de Assis, isso d6i menos do que cair I

do 49 andar, Fernando Lyra observou: "Não, vou pensarmelhor, porque a questão é muito complexa.

'Numa terceira entrevista, publicada em São Paulo, ele;diz: "Quem s~be s~ poderemos fazer um acerto, por~ue.

5000 Sábado 25

na verdade, não estou encontrando um caminho paraesta solução". Qual a dificuldade maior, DeputadoMárcio Braga, V. Ex' que é do Rio de Janeiro, umapaisagem tão enodoada pela prática da jogatina, onde odelito ferve como em nenhum outro país, por força dosubterrâneo do jogo - que lá não é mais subterrâneo, éuma prática criminosa ligada aos crimes piores, aoscrimes de sangue? V. Ex' acompanha isso tudo, ondeesbarra a dificuldade governamental para essalegalização com os bicheiros, porque o Governo nãodeseja fazer uma República Nova de jogo do bicho? Eleestá agora perplexo, ante a fórmula a ser introduzida.Todos os Secretários estão de acordo em que seestabeleça a legalidade do jogo do bicho, mas como?Então, o "como" é que prejudica esses planosmirabolantes. Os bicheiros já opinaram no seguintesentido: "Bem, não vamos entrcgar nosso negócio àCaixa Econômica". Porque o plano do Governo eratransformar as agências da Caixa em chalés de bicho.Então, o Governo, com esse plano, esbarrou de logocom a resistência dos bicheiros. Eles disseram: "Temosdireito adquirido. Somos contraventores antigos. Seexiste contraventor antigo, somos nós.

O Sr. Márcio Braga - Se me permitir um apartenobre Deputado, o discurso de V. Ex' ficará maisbrilhante ainda.

o SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - V Ex' fique de péporque melhora a minha paisagem humana no plenárioe, em seguida, darei o aparte a V. Ex' com muito gosto.Vejam bem a dificuldade em que se encontra o Governo:a Caixa já abriu uma bocarra extraordinária parareceber as "fezinhas", - porque as Caixas vivem hoje dapoupança, de depósitos. Em geral, 97% das suas reservassão constituídas em depósitos de poupança. Ninguémmais vai depositar dinheiro na Caixa para render juros,porque. numa inflação como a nossa, isso é ridículo.Então, vivem de poupança e desejam outra fonte derenda, que seria o abocanhamento da contravenção.Agora, dizem os bicheiros: "Queremos entendimentoalto com o Governo. Queremos negociações com oGoverno. Não admitimos o nome de bicheiros, porque'bicheiro é quem faz jogatina nas ruas, somos banqueiros.Nós, banqueiros. exigimos um entendimento alto com oGoverno". Pretendem ser legalizados e continuarexplorando o jogo, sem caráter de contravenção.Querem reservar para si 50% dos lucros; os outros 50% oGoverno que distribua como bem lhe aprouver, pelaPolícia, pela LBA, para quem quiser. Agora, criam-secasos outros, diferentes. Na verdade, como se distinguirum banqueiro autêntico e fiscalizar os seus rendimentos,e como legalizar os cambistas, que são os pobres diabos?Agora já vêm dizer os banqueiros de São Paulo: "Essaquestão é social. Temos 30 mil cambistas nas ruas, e, sefecharem o jogo, se passarem para a Caixa Econômica,quem vai alimentar as criancinhas dos cambistas? É umnovo caso Sulbrasileiro. Sempre que há um escândalo napraça apelam para as criancinhas: quem vai alimentar ascriancinhas do Sulbrasileiro, ou dos cambistas? Aí Vem aameaça: "Se. por acaso - dizem os líderes dosbanqueiros, agora cariocas - o Governo realizar umaintervenção ilegal no nosso negócio, vamos competircom o Governo. A Caixa Econômica faz o jogo legítimo,com os funcionários públicos, cambistas letra "F", econtinuamos na nossa modesta contravenção".

Teremos um espetáculo curioso: duas práticasexatamente iguais, sendo que uma não é mais lcontravenção, porque o Governo disse que não o é. Aoutra continuará sendo contravenção, pois compete com;o Governo. Teremos a Caixa Econômica correndo atrás Ido bicheiro na rua, e o bicheiro fazendo seu jogo, commaior proveito do que o da Caixa. Existe um problema"pois, na Caixa. é preciso pagar Imposto de Renda, entrar Ina fila, respeitar o funcionário que está no guichê. Obicheiro está na esquina. Se, por acaso, houver alegalização e a Caixa explorar 50%, o Governo quersaber quem irá preferir o bicheiro de rua, sem nenhumaisegurança. quando a Caixa está perfeitamente garantida.

. Sabemos que a característica do jogo é a honradez,absoluta. O bicheiro que deixa de cobrir uma aposta

- IDIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

deixa de ser bicheiro, porque, no mínimo ninguém mais'o procurará, e, no máximo, será assassinado.

Tem o aparte o Deputado Márcio Braga. Tenhocerteza de que S. Ex' trará uma contribuição inestimável,porque não é expert em jogo de bicho, mas em jogo defutebol.

O Sr. Márcio Braga - Deputado Israel Dias-Novaes,meu aparte é apenas para esclarecer V. Ex' e dizer que'suas preocupações são também as minhas, exatamente asmesmas.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - V. Ex' não sabecomo isso me deixa orgulhoso. (Risos.)

O Sr. Márcio Braga - Ao tentar interpretar meupcnsamento, pensava V. Ex' qeu aqui viesse defender ojogo do bicho ou de azar. Absolutamente, não é este omeu comportamento, nem o meu pensamento. Aindamuito recentemente, há menos de um mês - e é esta ainformação que quero dar a V. Ex' reuniu-se a Comissão Ide Esporte e Turismo. Naquela assentada, tramitaram'no referido órgão dois projetos, dentre os inúmeros que'tramitam nesta Casa, legalizando ou oficializando - , oque é inteiramente diferente - o jogo. do bicho erevogando o ar!. 58 da Lei de Contravenções Penais, que Itransforma o jogo de azar em jogo proibido. Ambostiveram pareceres favoráveis de ilustres companheirosnossos da Comissão, da qual fazem parte os Deputados, 'aqui presentes, Milton Reis, Roberto Rollemberg e I

Heráclito Fortes. Nossa preocupação é que aquelespareceres pudessem vir a ser aprovados...

O Sr. Mílton Reis - Pareceres de outras Comissões.

O Sr. Márcio Braga - ... De outras Comissões e danossa, que iriam a julgamento, à votação naquelemomento. Não chegaram a ser aprovados porque pedivista de ambos os projetos e, em sessão subseqüente...

O Sr. Milton Reis - V. Ex' esclareça, por favor, quetambém tenho parecer contrário.

O Sr. Márcio Braga - O parecer favorável era doDeputado incumbido de relatar o projeto. Não foi feita avotação, no plenário da Comissão, em razão de eu terpedido vista de ambos os projetos. O primeiro projetorevoga o art. 50 e determina que o jogo de azar sejameramente legalizado, nas regiões Norte c Nordeste doPaís. Com referência ao jogo do bicho, transforma-se emlegal, sem oficializá-lo, em todo o território nacional.Quero advertir V. Ex' e chamar a sua atenção para o fatode que existem inúmeros outros projetos tramitandonesta Casa.

O SR. ISRAEL DlAS.NOVAES - Isto é verdade.

O Sr. Márcio Braga - V. Ex~ já disse, e eu tiveoportunidade de repetir, que o parecer de méritoincumbe. especificamente. à Comissão de Esporte cTurismo, porque vincula o jogo de azar aodesenvolvimento, à publicitação do mercado turísticobrasileiro, coisa com que o Deputado Márcio Braga, talqual V. Ex'. não concorda.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES - Muito bem.

O Sr. Márcio Braga - Em razão disso, DeputadoIsrael Dias-Novaes, para que V. Ex' se tranqüilize,propusemos à Comissão a rcalização de um amplodebate, um seminário, um ciclo de debates, - seja qualfor o nome - aqui no Congresso Nacional, mais.precisamente na Comissão de Esporte e Turismo, nosegundo semestre, sobre estcs assuntos, a fim de que aOAB. a Igreja, os economistas, o Poder Público, os Srs.Deputados pudessem manifestar-se, e da ComissãoTécnica Permanente saísse um posicionamento querepresentasse, realmente, sem maiores paixões, sempartidarismos. sem ideologiamos, um parecer comprofundidade. Era esta a informaçao que descjava passara V. Ex', para tranqüilizá-lo.

O SR. ISRAEL DlAS-NOVAES - V. Ex' não t,abecome. me tranqüiliza rca]~lentc.

Maio de 1985

Mas quero dizer, Sr. Presidente; que o jogo do bichonão é o objetivo em si dos chamados rebocadores. Atrás·do jogo do bicho é claro que vêm os cassinos, que há·muito estão escondidos atrás do jogo do bicho, e de:forma tão perigosa que, durante a recentíssimacampanha eleitoral, o jornalista Jânio de Freitas, homem:de excelente reputação no Brasil, jornalista acreditado, !

publicou na Folha de S. Paulo, na sua coluna habitual, .um artigo no qual denunciava um fato'extraodinariamente grave e que, no entanto, não teveesclarecimento e muito menos contestação. Dizia Jániode Freitas que jogadores, banqueiros e donos de cassinosde Maiami haviam acertado com um candidato àPresidência uma ajuda de financiamento à campanhamediante o compromisso de reabertura do jogo, se elefosse eleito. Isso não foi contestado, Sr. Presidente.

A minha tese, cntão, é a de que, se forem reinstaladosos jogos no Brasil, dificilmente virão a sê-lo por gruposbrasileiros e, quase seguramente. o serão por gruposestrangeiros - por que não dar o nome inteiro? PelaMáfia. que controla os cassinos no mundo inteiro.

E nós sabemos que onde se instala o cassino instala-se.o crime. Então teremos - e já temos pelo mundo afora- grupos preparados para invadir o Brasil, o últimofilão restante em matéria de possibilidade de jogoexistente no hemisfério sul. De sorte que existe este:propósito. Todos sabemos que há os pioneiros, osbandeirantes do jogo no Brasil. Ainda nesta semanavimos uma revista de grande circulação descrever, não só i

com textos excelentes como em fotos irrespondíveis, avigência plena do jogo no Amazonas. A capital doEstado, Manaus, conta com cassinos abertos. Umcassino gigantesco funciona, há muitos anos, sob asordens de um cidadão que, além de proprietário,acumula a função de irmão do Governador. Chama-seTomê Mestrinho. salvo engano. Agora, ouvido pelarevista que fotografou seu valhacouto, sua chimbica, asede da sua jogatina, ele diz: "Pois é, tenho·a há muitotempo c nunca ninguém me incomodou. Bastou ficarirmão do Governador para que a Polícia se incomodassecomigo". De sorte que ele se queixa do contrário,queixa-se agora de ser visad~ por ser irmão doGovernador. Quando seu irmão não era Governador,ninguém se incomodava com seus cassinos.

São eles os precursores, os pioneiros, os bandeirantesda batota e temo que alguns argumentos calvos, sem pénem cabeça, prevaleçam no julgamento de homens debem, como acontece ser todos os homens desta Casa.

Assim, ao argumentar de que é melhor jogar e gastaraqui do que gastar c jogar lá fora, eu repito aquela minhavelha tese: quem puder jogar e gastar lá fora, que vá; o Ique não se pode é estender ao pobre diabo, ao

.subempregado, ao faminto, ao brasileiro famélico essailusão e essa miséria, para adiar a sua revolta e a suareivindicação, porque, se ele penetra num chalé ou numcassino, ele o faz na esperança vã, legalizada, de obter alio que não obtém no trabalho que lhe falta.

O Deputado Márcio' Braga me parece autor de umamagnífica proposta de um simpósio em que se debataampla e livremente, em que se apontem as vantagens,por exemplo, as vantagens turísticas. totalmenteinexistentes. O ex-Presidente da EMBRATUR eracontrário ao jogo, porque, no exercicio do cargo, ele'verificara que o jogo não traz turismo nenhum, que ospaíses que exploram o jogo, que têm os seus cassinos,não têm aumentado o fluxo de turistas. Então. não háargumento nenhum. O que há é a ganância, a gula, ocerco da batota em torno da miséria do nosso País.(Palmas.)

O SR. TIDEI DE LIMA (PMDB - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Brasilviveu. ao longo de muitos anos, uma história querealmente merece registro. Vai passando do regime'autoritário. que durante tantos anos estendeu suas Igarras de norte a sul do País, para um regime idemocrático. de forma pacífica. tranqüila .•Evidentemente, papel importante nesse quadro lorlo tem I

tido o PMDB. o PMDB das praças públicas. daresistênci3. democrática, da luta pela redemocratização•.que. a05 poucos, foi chegando ao poder nos Governos

Maio de 1985I -

estaduais, nas Prefeituras e, agora, há cerca de doismeses, chegou à Presidência da República. E lá chegouatravé:s da chamada Aliança Democrática, feita comdissidentes do PDS, que' acabaram evoluindo etransformando-se no Partido da Frente Liberal. Mas oPMDB ainda é: maioria na Aliança Democrática econseguiu, também por aquiescência e porentendimentos, fazer com que prevaleçam, ou fazer comque fossem colocados nas cartas, nos compromissos enas falas da Aliança Democrática as suas teses no campopolítico, no campo social e no campo econômico. E oPMDB tem visto que, de uma forma ou de outra, nocampo político as suas teses, as suas pregações têm tidoeco junto ao Governo.

Caminhamos, através da Nova República,rapidamente, no campo político. Acabamos com oColégio Eleitoral, com as eleições indiretas paraPrefeitos das Capitais; progredimos na composição dospartidos políticos, avançamos no campo institucional do'voto e aprovamos o voto ao analfabeto. Está aí a,Constituinte para ser, através de projeto, votada noCongresso Nacional e convocada dessa forma. Então, no'campo político, a Nova República avançou.

No campo social, Sr. Presidente, esperamos assoluções do campo econômico, e neste os problemas seavolumam e a Nova República ainda não chegou aí. Há'cerca de uma quinzena, desta mesma tribuna, vimos o'Ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, fazer aexposição do que será a política econômica do Governoe, conseqüentemente, da Nova República. Não vimosdiferenças profundas entre a filosofia deste Governo eaquela pregada anteriormente por Mário Henrique'Simonsen, ou até: mesmo por Delfim Netto, políticas quco PMDB, ao longo de todos esses anos, tanto nas praçaspúblicas quanto nesta tribuna, criticou com veemência,ganhando aos poucos, credibilidade, respeitabilidade,simpatia e a preferência do eleitorado nacional.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, sem alterações napolítica econômica, a Nova República jamais será nova.Será, isto sim, um arremedo da Velha República. Não hásoluções sociais que não dependam da poUticaeconômica, e não existe estabilidade na politica se nãohouver alteração na economia. li. mera ilusuo achar queO voto direto para a Presidência da República, aconvocação da Constituinte e a eleição dos Prefeitos dasCapitais, tão-somente, solucionarão os problemas,nacionais.

É preciso que haja profunda alteração na política'econômica, porque esta foi a tese pregada pelo PMDB,ao longo dos últimos anos. O que vimos aqui, no dia 8 de

Imaio, foi uma repetição, ipsis Iitterls, do que expunham,os Ministros econômicos, da Velha República.

Preocupa-nos ainda mais o fato de na semana passadao Ministro João Sayad, do Planejamento, terapresentado o PND, o Plano Nacional deDesenvolvimento da Nova República, todo ele voltado Ipara aspectos sociais. Eu me pergunto: prevalecerá o :PND, com as preocupações sociais apresentadas pelo ,Ministro João Sayad, ou a politica econômica aquipregada pelo Ministro Dornelles, totalmente voltadapara o monetarismo? Não nos podemos enganar: aeconomia nacional está embasada, acima de tudo, nadívida externa astronômica de 105 bilhões de dôlares, eNação alguma consegue sobreviver, econômica, social epoliticamente com as propostas a serem negociadaspelos Ministros da área econômica do Governo.Nenhum pais consegue pagar 12 bilhões de dôlarcs, entrejuros e serviços da dívida. Não ê o caso de se negociarum ou meio ponto a menos no preço dos juros. Umanação que não pode pagar 12, não poderá pagar 11, 10ou 9 bilhões de dôlares. A negociação da dívida externaé, antes de mais nada, uma negociação politica. tudo oque se conquistou neste País nos últimos tcmposdependeu exclusivamente do que se tenha negociadopara a dívida externa.

Temos ainda a visão clara do quanto cstão sendohumilhados o Sr. Lemgruber e o Ministro Dornelles,quando vão a Nova Iorque e recebem a proposta de queo forum para soluções dos possiveis impasses seja odaquela cidade e de que o Governo brasileiro não façaisso ou aquilo. Tudo isto são cenas do mesmo filme a que

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

assistimos na Velha República. ~ preciso que a NovaRepública veja a economia não sô pelo aspecto políticoda soberania nacional, mas pelo aspecto social do querepresenta a má negociação da dívida externa para osdesempregados, para os flagelados do Nordeste ou doSul do País, para os miseráveis das periferias das grandescapitais.

A Nação não pode, de jeito algum - e este Congressomuito menos, porque comprometido nas praçaspúblicas, durante a campanha para as eleições de 1982­abrir mão de que a negociação da dívida externa, ocalcanhar de Aquiles, a pedra de toque das reformaseconômicas porque pode passar o País, seja feita econduzida com a participação do Congresso.

O Sr. Roberto Rollemberg - V. Ex' me concede umaparte?

O SR. TIDEI DE LIMA - Eu o concederei deimediato; concluirei apenas este pensamento.

Tenho sido, Sr. Presidente, ao longo dos últimostempos, um trabalhador fiel das teses que entendo ser asmelhores para o País e que, por sinal. são aquelas que omeu partido tem defendido. Não tenho projetos políticos

, de sair do PMDB. Acredito que o meu partido ainda tem, muitos serviços a prestar à Nação. E se hoje venho a eS,tatribuna, como já o fiz há alguns dias, questionar apolítica econômica do Governo. que é apoiado,respaldado pelo meu partido, não o faço procurandojustificativas para sair do PMDB e passar a [.Iertencer aoutra legenda. Não, não é isso! Permanecerei - comosempre estive no MDB - no PMDB e serei uma voz, sefor o caso, discordante das Lideranças do meu partido edo Governo, porque entendo, Sr. Presidente, que acimada fidelidade aos Líderes e ao Governo, está a fidelidadeao compromisso que assumimos, nas praças públicas,com o povo brasileiro.

Concedo o aparte ao nobre Deputado RobertoRollemberg.

O Sr. Roberto Rollemberg - Se V. Ex' me tivesseconcedido o aparte no momento em queo pedi, teria eudito que V. Ex' é um batalhador fiel às causas populares.O meu aparte tem exatamente o objetivo de, em primeirolugar, testemunhar a sua coerência, a sua linha popular,peemedebista, democrática. Este é um testemunho quefaço questão de dar, em virtude de acompanhar há muitotempo não apenas a sua vida pública, mas també:m a suavida particular, de homem do esporte, antes ligado àpopulação da sua' região. Então, quando se fala neste"batalhador fiel", efetivamente não é: uma declaraçãosua, é uma declaração nossa, felizmente, porque oPMDB se sustenta graças a esses homens fié:is ao seuprograma. No momento em que se forma a AliançaDemocrática e o homem de oposição se torna parte doGoverno, os atrativos são enormes para que ele fiquegovernista, a não ser que suas convicções sejaminabaláveis, como as de V. Ex' Mas o meu aparte é paraconcordar totalmente com a linha brilhantementedefendida por V. Ex' e para acrescentar, modestamente,um diagnóstico nesta análise. Quando nós vemos, porexemplo, um Waldir Pires, na Presidência, um MarcoMaciel, na Educação, ao assumirem seus Ministérios,examinarem a realidade nacional e começarem atrabalhar para modificar, para transformar a VelhaRepública em Nova República, entende-se, mas quandoJoão Sayad, Francisco Dornelles assumem osrespectivos postos na Nova República, não têm aquelasmesmas razões de constatar a realidade para agir; jáeram conhecedores do quadro econômico nacional.através da Secretaria de Planejamento do Estado de SãoPaulo e da atuação da Receita Federal, conscientes doque ocorria em relação à dívida externa e aos acordos

, com o FMI. Não se justifica, a esta altura, o argumentode que estejam examinando a situação nacional einternacional para tomarem certas medidas.Discutíamos. anteriormente, em praça pública, nçsle

'Congresso e dentro do Partido, o que significa a dMãacxterna para a receita e para a recessão da eGOnomianacional. Estes homens, competentes pessoalmente,eram conhecedores do problema. Então, "stou de acordocom V. Ex' quando diz q'!e a.continuidade da polltica

Sábado 25 5001

anterior e'a ausência-de sinais da Nova Reptlblica nestaárea são infundadas, por duas razões: em primeiro lugar,as teses foram amplamente debatidas e estes homens,pela sua experiência, devem saber se estão ou nãoadotando as teses da Nova República, ou se estãotraindo compromissos populares, ou então nãoconheciam nenhum problema, o que absolutamente nãoacreditamos. Infelizmente, tenho a impressão de queestão se curvando às exigências anteriores, nãomodificando aquilo que todos esperávamos fossemudado.

O SR, TInEI DE LIMA - Agradeço a V. Ex' oaparte, Deputado Roberto Rollemberg. Sensibiliza-meas expressões da primeira parte da sua intervenção eincorporo ao meu pronunciamento este seu aparte poisV. Ex' no seu final, sintetizou, tão brilhantemente, Sr.Presidente, o espírito e o anseio não do partido político,o PMDB, mas de toda a sociedade, que caso contrário,não teria apoiado como o fez, o nosso partido nasúltimas eleições de 1982.

Sr. Presidente, gostaria de avançar um pouco maispara depois conceder o aparte aos nobres Líderes doPDS e do PMDB. Preocupam-nos não apenas a dívidaexterna, mas também as atitudes do Governo no setoreconômico, como o socorro que comedeu aos bancos,medidas essas que nos deixam, até certo ponto,estupefatos. n claro que agora são elas tomadas deforma diferente da que se fazia na Velha República, masno final, no frigir dos ovos, são as mesmas. O Governosocorreu com milhões de dô]ares os bancos no exteriorsem consultar o Congresso Nacional. E o fez aqui,internamente, agora também sem a opinião doCongresso Nacional.

Sabe-se. Sr. Presidente, oficiosamente, que a injeçãode recursos feita pelo Banco Central nos bancos'particulares é: de trilhões de cruzeiros. Não se sabe aocerto em q[ue condições. Sei que, quando vou a qualquerbanco. este me cobra uma taxa de 25% ou de até 30%acima da correção monetária. O banco me exigeavalistas e ainda reciprocidade, quando ainda não mevende seus seguros.

E qual o relacionamento do Governo com essesbancos, a enfiar neles as nossas poupanças, o resultadodos impostos que pagamos? Ninguêm sabe. Mas o que é:isso, perto do que representa a dívida externa? Deixo decomentar esse aspecto da questão, que é o problemamesmo da sobrevivência da democracia. E o PMDB nãopode abrir mão disso, Sr. Presidente. Os democratasdesta Casa não podem se omitir a respeito. Esta Naçãonão pode continuar com a mesma política econômicaque vinha sendo adotada ao longo desses 20 anos,porque o resultado aí está: miséria, desigualdade social euma dívida externa de 105 bilhões de dólares. E não sepode negociar com os banqueiros estrangeiros como sefaz com o capelão ou com o coroinha de uma igreja.Esses financistas são nada mais nada menos do queverdadeiras piranhas ensandecidas, em busca dos juros edo lucro. Não há de se pensar que, ao se negociar comum homem desses se esteja encontrando nele um patriotabrasileiro, que queira condoidamente ajudar o País.Não. Na verdade, o banqueiro está tranqüilamente,dentro do que entende ser o correto, puxando a brasapara a sua sardinha.

Concedo o aparte ao nobre Deputado Cunha Bueno.

O Sr. Cunha Bueno - Nobre Deputado Tidei deLima, vejo que a frustração de V. Ex' hoje, em sendo dopartido que dá sustentação política ao Governo, não émenor do que a minha frustração ontem, quando onosso partido o fazia. A política econêmica continuasendo misteriosa, ontem para nós, hoje para V. Er." Oproblema não ê só a dívida externa, que V. Er.' vemabordando com brilhantismo dessa tribuna.

O problema maior que vejo. além da externa, é adívida interna, causada por companhias estatais criadasao longo dos anos. Nelas não se t~m lucro nem prejuízo,mas se tem o chamado déficit. E para cobri·lo 11á oTesouro Nacional, que tem a possihilidade de recorrerao exterior para buscar os dólares necessários à garaTrdada continuidade de empresas múltiplas, cie [email protected] que se confrõntal1l diret'amc~te com a

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Constituição do País, fazendo as empresas de economiamista, concorrência descarada à iniciativa privadanacional. Por isso, ontem ocupávamos esta mesmatribuna para perguntar, até quando vai a políticaeconômica, adotada desde a Velha República, e a que oGoverno de V. Ex' dá continuidade. Nós. quecombatemos ontem os milagres da economia, somosobrigados, hojc, lamentavelmente, a combatcr tambémas mágicas da Nova República. Tem V. Ex' a minhasolidariedade, independente de partido político, porqueo nosso objetivo é o mesmo, a nossa intenção ésemelhante. a nossa finalidade é igual. Mas vejo comtristeza que, apcsar de ter mudado o Governo. de tertrocado o regime, continuam os tecnocratas instaladosno seio do Poder, a fazer aquilo que bem entendem, semdar satisfação - não a deram ontcm a mim c não dãohoje a V. Ex' Junto o seu protesto ao meu protesto, jábastante antigo. nobre Deputado, como o é também o deV. Ex'

O SR. TIDEI DE LIMA - Deputado Cunha Bueno,apenas gostaria, com a sua permissão, de retificar o quedisse V. Ex' no início de sua intervenção. Não me sintofrustrado. Não tenho frustração nenhuma pelo que aíestá. Apenas entendo que devemos ajustar as coisasfazendo com quc cssc espírito que dominou ioda aNação, tão bem instrumentalizado por Tancredo Neves,chegue também ao setor econômico. Creio que estamoslevantando o problema a tempo, e, evidcntcmente, onosso Governo, os Ministros e a nossa .Bancada farãocom quc se altere essa política cconômica.

Concedo o aparte ao nobre Deputado ValmorGiavarina, Lider do PMDB.

O Sr. Valmor Giavarlna - Nobre Deputado Tidei de. Lima, não o aparteio na condição de Lider do PMDB,

mas na de Deputado que o admira e concordaplcnamcnte com o quc diz V. Ex' Lembro-me dc umapágina de Machado de Assis, já aqui hoje citado peloDcputado Israel Dias- N ovacs. Pcrmito-me repetir aquisua dúvida: "quem mudou fui eu ou foi o Natal"? E eume pergunto também: mudei cu ou mudou o meupartido? E chego à conclusão de que quem mudou,realmente, ou está mudando, nobre Deputado, é·o meupartido. Recordo-me do primeiro discurso que fizquando cheguei a esta Casa, que intitulei "Dívidaeterna", ao invés de "Dívida externa". Veja V. Ex' quehoje, como ontem, a balança de pagamentos estáequilibrada. Temos um superávít de 12 ou 13 bilhões dedólares, mas, por outro lado, temos que pagar 12 ou 13bilhões de dólares somente de juros e serviço dessa

. dívida externa. O Brasil, essa imensa Nação, ontem,como hoje, continua sendo colônia dos exploradoresexternos. Aqui se produz café, soja, milho etc., e tudo oque se produz é transformado em dólares para opagamento de juros e serviço da divida externa.Recordo, então, duas figuras, a primeira, falecida hámais tempo, o saudoso Teotônio Vilela; a segunda, oPresidente Tancredo Neves. O nosso saudoso Presidente,em entrevista concedida nesta Casa a toda a imprensa,disse: "dívida se paga com dinheiro e não com a fome dopovo". E o que estamos vendo, nobre Deputado, é quese continua hoje, como ontem, pagando a dívida externacom a fome do povo. Concluo parabenizando V. Ex' edizendo que não mudei eu, mas o Natal. Continuo comaquele mesmo pensamento de que agora, como antes, énecessário que se pense na possibilidade e até nanecessidade da moratória da nossa dívida externa, paraque este País possa sobreviver. E que não se pague adívida externa com a fome do tão sofrido povobrasileiro.

O SR. TIDEI DE LIMA - .Agradeço ao nobreDeputado o aparte.

Ouço o nobre Deputado João Bastos.

O Sr. João Bastos - Deputado Tidei de Lima,inicialmente parabenizo V. Ex' pela feliz manifestaçãoque faz nesta manhã, na tribuna da Câmara dosDeputados: Mas gostaria apenas de aduzir algumasobservações. O Presidente Tancredo Neves afirmou, altoe bom som. que esta Nova República seria transparente.Hoje constatamos, infelizmente, que há Ministêrios ..

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

transparentes e outros opacos. Os transparentes sãoaqueles comandados por políticos. Hoje já foram aquicitados, em termós elogiosos, dois Ministériostransparentes: o da Previdência Social, comandadobrilhantemente pelo Ministro Waldir Pires, e o daEducação. gerido brilhantemente pelo Ministro MarcoMaciel. Estes, os Ministérios transparentes. Mas há osopacos, que não são comandados por políticos, mas portecnocratas. E citou-se, como exemplos destes, osMinistérios da Fazenda e do Planejamento. Nossoslefusivos c entusiásticos aplausos às Pastas comandadaspelos políticos._. _. _ ._ ..

Nossas condoléncias, nossas manifestações negativasem relação aos Ministérios opacos, comandados pelostecnocratas e que são hoje, de maneira justa, alvo dascríticas acendradas do brilhante companheiro Tidei de .Lima.

O SR. TIDEI DE LIMA - Agradeço a V. Ex' oaparte.

Encerro, Sr. Presidente, dizendo que encaminheiontem à consideração desta Casa pedido de convocaçãodo Ministro João Sayad, que, ao apresentar o PND,trouxe proposta que se confronta com aquela defendida.aqui pelo Ministro Dornelles - e isto, evidentemente, épreciso que se esclareça à opinião pública: a proposta doMinistro Dornelles está bem mais próxima daquela doPMDB. ~ necessário que esta Casa debata o assunto. Epara tanto espero ver em breve aprovado este pedido.Espero, assim, que o Sr. Ministro João Sayad venhaaqui, exponha e debata conosco a sua proposta,esclarecendo a política a ser adotada pelo Governo.

Paralelamente, encaminhei ao Presidente do PMDB,Dr. Ulysses Guimarães, proposta de convocação doseconomistas que assessoraram o PMDB ao longo detodos esses anos e que foram responsáveis pelaspropostas do nosso partido em todas as manifestações deesperança e de mudança. ~ importante que esseseconomistas e parlamentares debatam a políticaeconômica tendo em vista as propostas que O partidoapresentou à Nação. ~ impossível que, ao longo dessesanos todos, tenham apregoado uma coisa com a qual.todos concordamos e, depois, ao acionar o poder, oPMDB não faça aquilo que pregou durante todo essetempo.

Sr. Presidente, existem muitas propostas para arenegociação da dívida externa que não oneramsocialmente a Nação brasileira e não quebram suasoberania. Certamente, são aquelas em que se faz aamarração do pagamento de juros e serviço da divida aprazos mais longos. r; necessário que se pague trintacents ou meio dólar, nas exportações por dólaremprestado.

Sr. Presidente, agradeço aos meus colegas os apartes eos incorporo ao meu pronunciamento. Encerro este meupronunciamento esperançoso de que o PMDB e a NovaRepúblíca não se percam pelos corredores do.Planalto,nem na disputa pelos cargos que esta República possaoferecer. Espero que os princípios que nos trouxeram aesta situação prevaleçam sobre os cargos e as benessesque o Poder possa nos dar. Muito obrigado. (Palmas.)

Durante o di.•curso do Sr. Tidei de Lima o Sr. JoslFrejat. 4' Secretário deixa a cadeira da presidência.que é ocupada pelo Sr. José Ribamar Machado.·Suplente de Secretário

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tem a palavra o Sr. Márcio Braga. (Pausa.)

Não está presenteO SR. MÁRCIO BRAGA PRONUNCIA'

DISCURSO QUE. ENTREGUE À REVISÃO DOORADOR. SERA PUBLICADOPOSTERIORMENTE.

O SR. RAIMUNDO LEITE (PMDB - SP.Pronuncia o seguinte discurso.) - S~. Presidente, Srs.Deputados, a recente manifestação do ilustre Presidenteda Câmara dos Deputados e do nosso Partido doMovimento Democrático Brasileiro, Deputado UlyssesGuimarães, que a cada dia que passa vê agigantar-semais e mais sua I'ersona,!!dade_n~_ ?enário Jlolítico

Maio de 198~

brasileiro, garantindo-lhe a poslçao de' autênticocondestável da Nova República, sua recentemanifestação pública. de que "não se pode esvaziar afutura Assembléia Nacional Constituinte, que

·representará a vontade do povo e será soberana", emface do pacto político proposto pelo Presidente JoséSarney, vem demonstrar mais uma vez a importância

· que tem, no contexto polltico novo que se criou, arealização daquela Assembléia o mais depressa possível.

A colocação de Ulysses Guimarães de que "todopacto social é político e todo pacto político é social", Sr.

, Presidente, afirmando também que a nova Constituiçãoque aí vem, como todas as outras, é um pacto social, deumais uma vez O sentido de sua sensibilidade política,tanto que o Presidente José Sarney, demonstrando

I novamente a unidade de pensamento e de ação queinforma a Aliança Democrática, delegou ao nossoeminente Presidente do PMDB a tarefa de coordenar aviabilização desse tão sonhado Pacto.

r; chegado, pois, o momento de esta Casa assumir oseu posicionamento com relação à suprema aspiração,da qual comungamos todos nós, de implantarmos umaDemocracia estável nesta Nação. A todos nós dumpre losagrado dever de reconstruir a Nação. E é unicamente'através de uma Assembléia Nacional Constituinte quedaremos ao povo o direito de se autogovernar, comsoberania.

Os grandes problemas nacionais, desde agora,;precisam e devem ser trazido~ à superficie e discutidoscom total abrangência por todas as camadas sociais aquirepresentadas. Urge, portanto que se instale com a

. máxima brevidade a Assembléia Nacional Constituinte.Aqueles que irão elaborar a nova Lei Básica, embora

seja ela uma obra técnica, devem ter em conta oprincipio da participação do maior número poss(vel desegmentos de nossa sociedade civil.

Entendemos que somente através de uma AssembléiaNacional Constituinte poderemos ter uma Constituiçãoeminentemente, brasileira, isto é, o resultado da pr6pria

. experiência do povo brasileiro, dentro de nossa realidadehistórica e social. Devemos dar um "basta" às cópias,que até então foram a tônica das Cartas Básicasanteriores, onde imitamos conceitos e principiasalienígenas, que nada tinham nem têm a ver com a nossarealidade.

: A Assembléia Nacional Constituinte impedirá que nanova ConstituiQão se façam improvisações para soluçõesde nossa problemática. Que a Assembléia NacionalConstituinte paire acima dos interesses políticos epartidários, mas busque o essencial, isto é, que hajacompreensão integral das aspirações do povo brasileiro,e também que haja um~ compre.ensão total dOIproblemas nacionais, o que extinguirá a unilateralidadecom que esses aspectos eram visualizados pelos governos

•anteriores.-- r; necessário que se dêem ao ·povo voz e vez. ~ precisoque se desmassifique o povo, pois sabemos que entremassa e povo grande diferença existe: o povo pensa,enquanto a massa se apaixona; o povo tem característicaprópria, a massa ~ disforme; o povo vê e seposiciona, amassa é cega e se deixa conduzir.

Essa condiQão de povo, depois de vinte e um anos detirania e agora duramente reconquistada, atrav~s demanifestações inequívocas durante toda a campanhapelas eleições diretas e posteriormente com a eleição doDr. Tancredo Neves, ainda que por um ColégioEleitoral, só foi conseguida pela adesão e retaguarda queesse povo emprestou a n6s, políticos; portanto, elaprecisa ser definitivamente implantada.

Entre tantas aspirações populares que figurarão nasdiscussões a serem travadas em uma AssembléiaNacional Constituinte, posso colocar algumas:

a) redução do mandato presidencial de seis paraquatro anos;

ll) revisão imediata dos "acordos" feitos com odespótico FMI;

c) realização da Reforma Tributária, com maior1distribuição de renda aos Estados e Municipios;

li) formulação de uma pnlítica agrícola, orientada"lara o fDltalecimento do médio e pequeno produt.Qrural:

Maio de 1985

e) participação dos trabalhadores nos órgãos daPrevidência;

f) restituição plena dos poderes do Legislativo; c11) exercício da Justiça em todos os níveis, sem

protecionismos; enfim, a Justiça exercida com liberdadee magnitude.

Eis aí, Srs. Parlamentares, uma pequena gama, queconseguimos pinçar de um universo; de aspiraçõespopulares, que somente com a breve instalação daAssembléia Nacional Constituinte poderão serrealizadas. É nosso dever, como brasileiros eParlamentares, cujo mandato não nos pertence, mas simao povo que nó-lo delegou, que lutemos pela instalaçãoda Assemblêia Nacional Constituinte com a maiorurgência possivel, afim de que seja ouvida novamente avoz do povo, que certamente é a voz da Nação. E que elaecoe clara, límpida, consciente, responsável e segura, portodo o céu' da Nação brasileira, pelo bem da Pátria.

Somente através da Assembléia Nacional Constituinteê que teremos uma visão democrática e pluralista dosanseios da população. E todos nós sabemos, Srs.Parlamentares, que o embasamento de uma nação, quese pretende grande, não permite que medidas a seremaplicadas, com o intuito de conduzir os destinos de todoum povo, tenham um direcionamento único de cimapara baixo, mas sim que seja elaborad~.umaConstituição que constitua o fulcro, o somatono detodos os direcionamentos, mas sobretudo de baixo paracima, isto é, nascendo do coração do próprio povo.

Sei - e todos nós sabemos - que nossaresponsabilidade é muito grande. Não podemos falsearnesta tarela, seduzidos por ideais menores, por vaidadeou outros sentimentos espúrios, ou mesmo por teimosiaou até por falta de memória. Temos de lutar bravamentepara que, na Assembléia Nacional Constituinte que seaproxima, seja ouvida a voz do povo. Mais ainda: paraque na própria consecução do anteprojeto da nova CartaMagna o povo tenha voz altissonante e clara, c ela sejaouvida e seguida. Se não garantirmos agora esse direitoao povo, ficaremos marcados, nesta etapa histórica, comestigma de fogo, como traidores da Na~ão. E "edesejarmos, depois disso, pleitear junto ao povo o seuimprescindível apoio para regressarmos a esteParlamento, estejamos certos de que a memória do povonos negará uma nova responsabilidade.

Mais do que nunca, o povo nos observa em nossaatividade parlamentar. E o povo nos cobrará a coerênciaque de nós espera, a sensatez que deseja. ver. em nós, .aprobidade e a lealdade para com os seus Idems, os qUaisprometemos defender e assumir em seu nome. Urge,portanto, que cada Parlamentar se transforme emguerreiro implacável e ferrenho, cujo objetivo maior eúnico seja pugnar, até às últimas conseqüências, pelainstalação urgente de uma Assembléia NacionalConstituinte livre, soberana c realmentc reprcsentativa,que seja o foro único e legítimo da liberdade e dademocracia.

o Sr. Jorge Larooe - Permite-me V. Ex' um aparte?

O SR. RAIMUNDO LEITE - Com prazer, nobreDeputado Jorge Carone.

O Sr. Jorge Carone - Nobre Deputado RaimundoLeite, V. Ex' tem prestado bons serviços a esta.Casa, e,no dia de hoje traz ao conhecimento do Plenário assuntomuito sério, como é, realmente, a Constituinte. V. Ex'está de parabéns. É dos Deputados mais assíduos nestaCasa, procurando prestar ser,viço ao Estado que tão bemrepresenta, que é São Paulo. .

O SR. RAIMUNDO LEITE - Muito obrigado,Deputado Jorge Carone. Seu aparte vem enriquecerainda mais meu modesto pronunciamento. Agradeço,ainda, as referências que fez à nossa pessoa.

Não nos é permitido depor as armas desta guerrasenão depois de realizada a tarefa máxima dessaAssembléia, que será uma Carta Magna nova erealmente democrática.

O que se vai debater nessa Assembléia N~cional

Constituinte não nos deve preocupar. Devemos, Sim, terc!l!:teza de que, _pela cabeça e pela boca do p~vo

DIÁRIO DO CONGRESSO N ACIONAL (Seção I)

brasileiro, bom e responsável, sofrido, masinquebrantável, dessa fonte cristalina, só poderemosreceber lições e exemplos que muito dignificarão otrabalho que for feito. Dessa fonte sÓ poderemos ouviras doces vozes da liberdade, da responsabilidade, daordem e do progresso, pois a Assembléia NacionalConstituinte não será mais do que o eco dos anseioslegítimos de cento e trinta milhões de brasileiros.

O Sr. Valmor Giavarlna - Permite-me, nobreDeputado Raimundo Leite. Como todos nesta Casa,ouço com muita atenção o pronunciamento de V. Ex',que é oportuno, pois nada é mais oportuno, nomomento, do que debatermos a forma de convocação etudo quanto diga respeito à Assembléia NacionalConstituinte, que me parece ser o objetivo maior daAliança Democrática - portanto, também do PMDB,que esteve recentemente nas praças públicas, pre~a~d? anecessidade de o povo fazer a nova ConstltUlçao.Entretanto, quero pinçar, nobre Deputado RaimundoLeite, se me permitir, uma colocação feita por V. Ex' hápoucos minutos, traçando a diferença entre massa epovo. Temos de parar para meditar sobre isto: quando opovo for conduzir a esta Casa os novos ~ar!amenta~es

constituintes, ou simplesmente os Constltumtes, nao­Parlamentares, é necessário que o faça da maneira comovem agindo e que não nos percamos nos escaninhos darazão ao ponto de confundirmos povo com massa. Estaserá capaz de enviar a esta Casa Constituintes daextrema direita, em sua maioria, ou da extremaesquerda, também na sua maioria, dependendo dosórgãos de divulgação que irão manipular essa massa.Mas, parece-me, o Brasil amadureceu bastante. Co,?odisse o Ministro Affonso Camargo Netto, em uma nOIteo Brasil amadureceu cinqüenta anos, talvez. Acho quenão há mais esse perigo de a massa conduzir alguém ouum colegiado a esta Casa para fazer uma Constituição.Sou muito mais povo, porque nele creio, no povo voubuscar os elementos de que necessito para, em seu nome,legislar. Agora, mais do que nunca, temos de conversarcom o povo e não com a massa, evitar a massificaçãodesse povo e - como V. Ex' muito bem coloca ­discutir, debater com ele. Devemos expor-nos e entregarnossa alma. nosso pensamento e nossas convicções paraque cada brasileiro saiba perfeitamente quem estarámandando a esta Casa, porque no momento em queconfundirmos povo com massa, ai correremos o grandeperigo da massificação de uma Assembléia NacionalConstituinte. Tomo a palavra, neste momento, numaparte que generosamente V. Ex' me concede, para,nobre Deputado Raimundo Leite, mais uma vez,parabenizá-lo pelo oportuno e brilhantepronunciamento e pelo alerta que faz a fim de quepossamos, n6s, que somos homens do povo, distinguirexatamente, c1araménte, nitidamente, como pensa opovo e como pensa a massa. Queremos, aqui ne~ta <;:asa,como constituinte, se viermos a ser condUZIdos,representar o pensamento do povo, e não a paixão dasmassas. Obrigado,. Deputado.

O SR. RAIMUNDO LEITE - Eu é que agradeço,nobre Lider Vahnor Giavarina, o aparte que veioenriquecer em muito o nosso pronunciamento e mostrarque as nossas convicções democráticas se identificamplenamente.

Com satisfação, concedo o aparte ao nobre DeputadoRoberto Rollemberg, grande companheiro da bancadapaulista do PMDB.

O Sr. Roberto Rollemberg - Nobre DeputadoRaimundo Leite, pedi o aparte em seguida ao DeputadoValmor Giavarina, em primeiro lugar, para ter a honrade cumprimentá-lo publicamente, mais uma vez. Adedicação, o prestigio, o relacionamento simpátic_o,político e humano de V. Ex' com a bancada de SaoPaulo, tem destacado o seu trabalho e o seu valor nestaCasa. Realmente, a atuação de V. Ex' é brilhante. ODeputado Valmor Giavarina destacou, muito bem, oaspecto analisado da eonsciência do. po~o e .damanifestação das massas. Esta análIse e mUltoimportante, principalmente quando nos preocupamoscom a Constituinte, seus princípios, sua proposta, a

Sábado 25 5003

iniciativa e todos os aspectos legais e políticos. Minhapreocupação está mais no processo eleitoral da escolhados constituintes. Tenho debatido a proposta comcompanheiros; uns a aceitam, outros a consideramabsurda. Est1lmos num período de discussão daConstituinte e da renovação total dos processos pelosquais o povo atingirá, de forma mais objetiva, oCongresso Nacional- a Câmara e o Senado. Parece-meque haveria necessidade de um processo de destaquemaior para eleição dos Deputados Federais e dosSenadores, que serão os Constituintes a elaborar a novaConstituição. V. Ex' é homem experimentado na vidapública, sempre eleito pelo povo, tanto no setorlegislativo quanto no administrativo. Afinal, V. Ex', coma experiência que possui, sabe que, quando.a eleição doDeputado Federal fica condicionada a eleiçõesmunicipais e de governador - não tirando o valor dosDeputados que aqui estão, e o povo não estando aindagrandemente politizado para eleger o Deputado Federal,juntamente com Vereadores, Prefeitos, Governadores,Deputados Estaduais e Senadores - o conceito que setem e o tratamento que se dá, a esta escolha, não éaltamente político. Nós, do interior, sabemos que, àsvezes, numa eleição condicionada aos cargosmajoritários, a preferência popular legitimamente estámais ligada ao Prefeito, ao Vereador, homens maisligados à massa. Posso dizer isto porque fui Vereador ePrefeito na minha região, e o Deputado Federal sempre équase o último a ser escolhido. Em algumas regiões, oDeputado Federal aparece, às vezes, como trem pagadorresponsável pelo financiamento de campanhas. Esteshomens se elegem assim. Não é o caso de V. Ex'Tampouco me incluo entre eles. Mas, realmente, noescalonamento político da escolha do povo entre seuscandidatos, o Deputado Federal não é, para ele, povo,no momento em que elege os Vereadores, Prefeitos eGovernadores, o mais importante. Mas para a eleição daAssembléia Nacional Constituinte, o Deputado Federalé o homem mais importante, é quem vai ser eleito pelopovo para votar a Nova Constituição. Há necessidade dcque o processo político eleitoral destaque o DeputadoFederal, nesta oportunidade, como o homem que vaivotar a nova Constituição. Portanto, não pode, a meuver, estar submetido a um condicionamento que leve opovo junto com eleição majoritária. Em 1986, com aeleição dos Governadores, sabemos que osGovernadores mais fortes nos seus Estaos farão asbancadas maiores. Está aí uma contradição flagrante: jáo Poder Executivo, eleição majoritária, condicionando aeleição dos constituintes. Por isso, continuo insistindo,embora, às vezes, a digam absurda, na tese de que osDeputados e Senadores Constituintes devem ser eleitosantes dos majoritários, de forma que o povo pergnnte:"Por que eleição de Deputado e Senadorseparadamente?" - Porque são os homens que vãovotar a nova Constituição e ditar as regras novas para aCasa. Nesta proposta, estamos colocando, exatamente,dentro do seu ponto de vista: o povo precisa semanifestar sobre a Constituinte e sobre a eleição dosConstituintes. Esta é a regra fundamental da validade danova Constiuinte: que o povo discuta eminentemente'quem são os homens que votarão a nova Constituinte, enão os homens cuja eleição favorecer determinadocandidato ao Governador. Sabemos, V. Ex' e eu, queexistem em muitos Estados, inclusive o nosso, SãoPaulo, os Deputados de preferência do Governador, etemos, naturalmente, de eleger os Deputados 'depreferência do povo.

O SR. RAIMUNDO LEITE - Sentimos ísso nacarne.

O Sr. Roberto Rollemberg - Sentimos, e por issonarro esse fato a V. Ex', com toda a liberdade. O povo.deve eleger seus constituintes graças à posição de quedesfrutam perante esse povo e à reciprocidade do povopara com o candidato. Quero escapar, na eleição dosConstituintes, ao condicionamento à atuação políticados candídatos majoritários.

O SR. RAIMUNDO LEITE - Muito obrigado,nobre. Deputado Roberto Rollemberg, pelo oportuno,

i brilhante e inteligente aparte, e, ainda, bastante generosopara com este. seu colega.

Finalizo, Sr. Presidente:A Assembléia Nacional Constituinte terá o condão de

resgatar o orgulho, a fé, o amor, a honradez, o trabalho ea responsabilidade desse grande povo querepresentamos, com sagrada honra.

Era o que tinha para dizer. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) .:...Nada mais havcndo a tratar, vou lcvantar a sessão.

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:Aere

Ruy Uno - PMDB.

Rondônia

Múcio Athayde - PMDB.

Bahia

Antônio Osório - PDS; Etelvir Dantas - PDS;:Manoel Novaes - PDS.

Esplrlto Santo

Myrthes Bevilacqua - PMDB.

Rio de Janeiro

Fernando Carvalho - PTB.

Minas Gerais

Gerardo Renault - PDS; Israel Pinheiro - PFL;Jairo Magalhães - PFL.

São Paulo

Airton Soares - PT; Diogo No,~ura - PDS;Estevam Galvão - PDS.

Mato Gro~ do Sul

Sérgio Cruz - PMDB.

Santa Catarina

Ivo Vanderlinde - PMDB; Paulo Melro - PFL.

VI - LevaJlta-se a Sessão às 12 horas e 25 minutos

.ATAS DAS COMISSOES,

COMISSÃO DE C!ENCIA E TECNOWGIA

Dlstribulçlo

O Senhor Deputado Adail Vettorazzo, Presidente daComissão de Ciência e Tecnologia, fez a seguinte distri·buição em 6 de maio de 1985:

Ao Senhor Deputado Irineu ColatoProjeto de Lei n' 4.590 de 1984, do Sr. José Carlos Tei·

xeira, qUI;). "modifica a redação do art. 34 do Decreto n9

24.114, de 12 de abril de 1934, qUe, "aprova o Regula­mento da Defesa Sanitária Vegetal".

Brasília, 6 de maio de 1985. - Luiz de Oliveira Pinto,Secretário.

COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO E JUSTIÇA

7' Reunlio Ordinária da Turma "A", reulzadano dia 15 de malo de 1985

Às dez horas do dia quinze de maio de mil novecentos'e oitenta e cinco, na SaJa n. I do Anexo n da Câmarados Deputados, sob a Pr~sidência do Senhor DeputadoJoaeil Pereira, Vice-Presidente, presentes os SenhoresDeputados Aluízio Campos, Presidente, ArnaldoMaciel, Brabo de Carvalho, Jorge Carone, José Tavares,PUnia Martins, Raimundo Leite, Theodoro Mendes,Armando Pinheiro, Gorgônio Neto, Osvaldo Melo,Otávio Cesário, Rondon Pacheco, Celso Barros, MárioAssad, Nilson Gibson, José Genoino, Amadeu Geara,Francisco Amaral, José Mendonça de Morais e SarneyFilho, reuniu-se a Comissão de Constituição e Justiça. AAta da reunião o~dinária df!~aoi~.ú!timo foi 3l,'rllvada

IJ!ÁRIO ~OCONGRESSONACIONAL(Seçã() I)

por unanimidade. Ordem do Dia: 1) Projeto de Lei "nQ

4.997/85 - do Sr. Manoel Gonçalves - que "dispõesobre a' instalação de cinto de segurança nos veículosautomotores e disciplina o seu uso". Relator: DeputadoJorge Carone. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 2) Projetode Lei n. 5.038/85 - do Sr. Marcondes Pereira - que"altera a Lei n. 4.368, de 23 de julho de 1964, paraconsiderar feriado bancário o dia 28 de agosto". Relator:Deputado Jorge Carone. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 3) Projeto de Lei Complementar n. 251/85 - doSr. Raul Bernardo - que "altera o art. Ii c o item n doart. 15 da Lei Complementar nQ 11, de 25 de maio de ,1971, para assegurar aos dependentes do trabalhadorrural direito à pensão, independentemente do períodoem que tenha ocorrido o falecimento deste". Relator:Deputado Jorge Carone. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 4) Projeto de Lei Complementar n' 176/84 - doSr. Wagner Lago - que "cria a Região Metropolitanade São Luís, no Estado do Maranhão". Relator:Deputado Sarney Filho. Parecer preliminar, solicitandoanexação a este do Projeto de Lei Complementar nQ

209/84. por versarem matéria análoga. Em votação, foiaprovado o parecer preliminar do relator. 5) Projeto deLei n. 5.016/85 - do Sr. Trineu Brzesinski - que "isentade tributos federais as cooperativas de consumo, nascondições que menciona". Relator: Deputado JoséMendonça de Morais. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pelaaprovação, com substitutivo. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 6) Projeto de Lei nQ

4.814/84 - do Sr. Natal Gale - que "reduz para 5(cinco) dias o prazo para o agravo previsto no art. 897 daCLT". Relator: Deputado José Genoino. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,no mérito, pela rejeição. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 7) Projeto deDecreto Legislativo nQ 89/85 - da Comissão de

,ll.elações Exteriores (Mens. n. 273/84-PE) - que"aprova o texto do Acordo Cultural entre o Governo daRepública Federativa do Brasil e o Governo daRepública Democrática de São Tomé e Príncipe,concluído em Brasfiia, a 26 de junho de 1984". Relator:Deputado José Genoino. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 8) Projeto de Lei nQ 4.118/84 - do Sr. BrandãoMonteiro - que "extingue o Conselho Nacional dePo1ftica Salarial - CNPS". Relator: DeputadoGorgônio Neto. Parecer: pela inconstitucionalidade. ODeputado José Genoino, que pedirá' vista, devolveu oprojeto, apresentando voto em separado pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,

; no mérito, pela aprovação. Adiada a discussão. 9): Projeto de Decreto Legislativo nQ 98/85 - da Comissãode Relações Exteriores (Mens. nQ 146/85-PE) - que"aprova o texto do Protocolo Adicional entre o Governoda República Federativa do Brasil e o Reino da ESJlanha ,ao Acordo Cultural de 25 deTuíihü de 1~60;ãssmãdo em I

Brasília, em 1. de fevereiro de 1985". Relator: DeputadoRaimundo Leite. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legisla1fva:- Em votação,' . foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 10)

" Projeto de Decreto Legislativo n. 97/85 - da Comissãode Relações Exteriores (Mens. nQ 145/85-PE) - que"aprova o texto da Convenção de Viena sobreResponsabilidade Civil por Danos Nucleares, concluídaem Viena, a 21 de maio de 1963". Relator: DeputadoRaimundo Leite. Parecer: pela constitucionalidade,'juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. lI)Projeto de Lei nQ 3.969(84 - do sr. Armando Pinheiro- que "modifica dispositivo da Lei nQ 6.996, de 7 dejunho de 1982, que dispõe sobre a utilização deprocessamento eletrônico de dados nos serviçoseleitorais". Relator: Deputado Bonifácio de Andrada.Parecer: pela constitucionalidade,iuridicidade, técnica

Maio de 1985

legislativa e, no_ mérito, peia aprovação. O pePEl!!dCl,Amadeu -Oeara, que pedira vista, devolveu o projeto,apresentando voto em seflarado, concordando com orelator. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 12) Projeto de Lei nQ 4.941/84 - doSr. Natal Gale - que "dispõe sobre exames médicos epsicotécnicos para motoristas". Relaiõr: DepiitàdoJorge Carone. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foiaQl:Qvado unanimemente o parecer do relator. 13)Projeto del.e! nQ 4.822784 -=--dõ-8r. Antônio Floréncio- que "cria a Campanha Nacional de AlfabetizaçãoMusieal- CNAM, e dá outras providências". Relator:DeputadoTorge Carone.- Parecer, ora reformulãdo, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa,com duas emendas. Em votação, foi aprovado o parecerdo relator, contra o voto do Deputado Brabo deCarvalho. 14) Projeto de Lei n' 4.789(84 -do Sr. GiltonGarcia - que "permite o voto dos funcionários derepartições diplomáticas que se encontram no exterior".Relator: Deputado Plínio Martins. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,no mérito, pela aprovação. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 15) Projeto de Lei nQ

4.724/84 - do Sr. Paulo Lustosa - que "denomina oMunicípio de Fortaleza como Distrito de Exportação deInformática". Relator: Deputado Plínio Martins.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 16) Projeto de Lei nQ 4.720/84 - doSr. Sérgio Lomba - que "destina aos hospitais dasUniversidades Federais os valores dos prêmios prescritosdas Loterias Esportiva e de Números e determina outrasprovidências". Relator: Deputado Mário Assad.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 17) Projeto de Lei n94.171(84- doSr.. Délio dos Santos - que "suspende os despejos,reintegração ou imissão de posse eontra moradores dehabitação tipo favela". Relator: Deputado Mário Assad.Parecer: pela inconstitucionalidade. Adiada a discussão.18) Projeto de Lei nQ 4.718(84 - do Sr. FranciscoAmaral- que "dispõe sobre o recolhimento dos débitosprevidenciários dos sindicatos e das empresasmunicipais. e dá outras providências". Relator:Deputado Mário Assad. Parecer: pelainconstitucionalida'ie. Adiada a discussão. 19) Projetode Lei nQ 4.866(84 - do Sr. Walmor de Luca - que"dispõe sobre port\ldores de Pneumoconiose em face dalegislação acidentária". Relator: Deputado MárioAssad. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade etécnica legislativa. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 20) Projeto de Lei nQ

3.755/84 - do Sr. José Ulisses - que "reduz, de 30 para5 anos, o prazo prescricional estabelecido para aPrevidência Social receber ou cobrar as importânciasque lhe sejam devidas". Relator: Deputado GorgônioNeto. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade,técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição. ODeputado Mário Assad, que pedira vista, devolveu oprojeto, apresentando voto em separado pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,no mérito, pela aprovação. Adiada a discussão. 21) IProjeto de Lei Complementar nQ 257/85 - do Sr. PauloLustosa - que "altera dispositivos do C6digoTributário Nacional". Relator: Deputado TheodoroMendes. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado I

unanimemente o parecer do relator. 22) Projeto de Lei n'5.043(85 - do Sr. Samir Achôa - que "dispõe sobretarifas telefônicas referentes a ligações entre Municípiosque compõem a Grande São Paulo e a Capital doEstado". Relator: Deputado Theodoro Mendes.Parecer: pela constitucionalidade, iuridicidade e técnicalegislativa, com substitutivo. Em votação, foi aprovado Iunanimemente o parecer do relator. 23) Projeto de Lei nQ

5.013(85 - do Sr. Siqueira Campos - que "dispõesobre a criação do Programa Nacional deAproveitamente dos Esgotos e Lixo Urbano ­PRONAUR, e dá outras providências". Relator:Deputado Theodoro Mende,. Parece!': pela,inconstitucionalidade. Adia~a a dis~tl3são. 24). Projeto' '

Maio de 1985

de Lei n" 4.700/84 - do Sr. Assis Canuto - que"estabelece o pagamento de indenização aos Estados,Territ6rios e Municípios produtores de madeira, nascondições que especifica". Relator: Deputado TheodoroMendes. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 25) Projeto de Lei n"4.916/84 - do Sr. Israel Dias-Novaes - que"acrescenta item ao art. I" do Decreto-lei n" 201, de 27de fevereiro de 1967, que dispõe sobre a responsabilidadedos prefeitos e vereadores". Relator: DeputadoTheodoro Mendes. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade, técnica legislativa c, no mérito, pelaaprovação. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. Encerramento: Às onze horas e trintaminutos, nada mais havendo a tratar, foi encerrada a .reunião e, para constar, eu, Ruy Omar Prudêncio daSilva, Secretário, lavrei a presente Ata, que depois de .aprovada será assinada pelo Senhor Presidente.

6< Reunião Ordinária da Turma "D". realizadano dia 14 de maio de 1985.

Às dez horas do dia quatorze de maio de mil. novecentos e oitenta e cinco, na Sala n" I, do Anexo II daCâmara dos Deputados, sob a Presidência do SenhorDeputado Aluízio Campos, Presidente, presente os·Senhores Deputados Brabo de Carvalho, João Gilberto, .Plínio Martins, Ernani Satyro, Gerson Peres, GorgônioNeto, Guido Moesch, Osvaldo Melo, Otávio Cesário,Rondon Pacheco, Antônio Dias, Mário Assad e'Francisco Amaral, reuniu-se a Comissão deConstituiçãu e Justiça. A Ata do dia sete último foiaprovada unanimemente. Ordem do Dia: I) - Projetode Lei n" 3.572/84 - do Sr. Doreto Campanari - que"introduz alteração no Decreto-lei n" 1.858, de 16 defevereiro de 1981, que reestrutura a carreira doMagistério de 19 e 29 graus, do Serviço Público Civil daUnião é das Autarquias Federais e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Mário Assad.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

,legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o. parecer do relator. 2) - Projeto de Lei n" 3.690/84 - do ISr. Leônidas Sampaio - que "acrescenta dispositivos ao 'Decreto n" 89.312, de 23 de janeiro de 1984, que expedenova edição da Consolidação das Leis da PrevidênciaSocial, e dá outras providências". Relator: DeputadoMário Assad. Parecer: pela inconstitucionalidade.,Adiada a discussão. 3) - Projeto de Lei n94.721/84 - ,do Sr. Paulo Mincarone - que "regula o aumento dos,preços e tarifas públicas administrados pelos órgãos eempresas públicas fcderais". Relator: Deputado Mário I

Assad. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade etécnica legislativa. Discutiu a matéria o Deputado Brabo Ide Carvalho. Concedida vista ao Deputado Nilson:Gibson. 4) - Projeto de Lei n9 5.185/85 - do Sr.'Francisco Amaral - que "acrescenta parágrafo único I

ao art. 19 da Lei n95.696, de 24 de agosto de 1971, que Idispõe sobre o registro profissional de jornalista e dá ioutras providências". Relator: Deputado Mário Assad.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica,legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o iparecer do relator. 5) - Projeto de Lei n" 5.032/85 - do ISr. João Gilberto - que "assegura direitos às servidoraspúblicas federais mães de deficientes flsicos ou mentais, e

, dá outras providências". Relator: Deputado NilsonGibson. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e,técnica legislativa. Em votação, foi aprovado,unanimemente o parecer do relator. 6) - Projeto de Lei!

, n9 5.072/85 - do Sr. Raul Bernardo - que "obriga a'. instalação de telefones públicos em locais densamente!

povoados". Relator: Deputado Nilson Gibson. Parecer: I

pela constitucionalidade, juridicidade e técnica I

legislativa. Em votação, foi aprovado unanimente o I. parecer do relator. 7) - Projeto de Lei n95.118/85 - da I, Sra. Irma Passoni - que "extingue o SNI - Serviço'

Nacional de Informações - e dá outras providências". iRelator: Deputado Nilson Gibson. Parecer: pela

, inconstitucionalidade. Adiada a discussão. 8) - Projetode Lei n9 5.156/85 - do Sr. Sêrgio Philomeno - que"institui o salário-residência em favor dos_empre_'lados

mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

que especifica e determina outras providências".Relator: Deputado Plínio Martins. Parecer: pelainconstitucionalidade. Adiada a discussão. 9) - Projetode Lei n" 4.714/84 - do Sr. Darcy Pozza - que "isentado imposto de renda a indenização de férias". Relator:Deputado Plínio Martins. Parecer: pelaconstitucionalidade. juridicidadc, técnica legislativa c,no mêrito, pela aprovação, com emenda. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. lO) ­Projeto de Lei n" 4.775/84 - do Sr. Ademir Andrade­que "altera dispositivos da Lei n9 4.504, de 30 denovembro de 1964 - Estatuto da Terra - paradisciplinar os critérios de colonização, admitindo-a,apenas, em caráter aliciaI e dá outras providências".Relator: Deputado João Gilberto. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade c técnica legislativa.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 11) - Projeto de Lei Complementar n" 266/85- do Sr. Jorge Medauar - que "revoga o art. 6" da LeiComplementar n9 42, de 19 de fevereiro de 1982;extinguindo a figura do senador candidato nato".Relator: Deputado João Gilberto. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridieidade, técnica legislativa e,no mérito, pela aprovação. Concedida vista aoDeputado Nilson Gibson. Encerramento. Às onze horase quinze minutos, nada mais havendo a tratar, foiencerrada a reunião e, para constar, eu, Ruy OrnarPrudêncio da Silva, Secretário, lavrei a presente Ata, quedepois de aprovada será assinada pelo SenhorPresidente.O Deputado Aluizio Campos, Presidente da Comissãode Constituição e Justiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 13-5-85

Ao Sr. Francisco Amaral:Projeto de Lei n9 5.388/85 - do Senado Federal ­

que "altera a Lei n9 7.238, de 29 de outubro de 1984,para o fim de determinar reposição salarial obrigat6rianas condições que especifica".

Ao Sr. Gomes da Silva:Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9

2.216-A/79 - que "proíbe a propaganda de cigarros ede bebidas alcoólicas, através de painéis localizados aolongo das rodovias e dá outras providências".

Ao Sr. Gorgônio Neto:Emendas oferecidas em Plenário, em Segunda

Discussão, ao Projeto de Lei n9 563-C, de 1975, que"regula o protesto de títulos, seu cancelamento esustação, e dá outras providências".

Ao Sr. Guido Moesch:Projeto de Lei n9 5.281/85 - do Sr. Marcondes

Pereira - que "autoriza o Poder Executivo a criar oMinistério do Bem-Estar do Menor".

Projeto de Lei n9 5.311/85 - do Sr. Arnaldo Maciel- que "dispõe sobre a escolha de representantes nosConselhos Regionais e Federais dos órgãosrepresentativos dos profissionais liberais e dá outrasprovidências".

Ao Sr. Jorge Arbage:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n"

649-A/79 - que "disciplina o processo referente aindicação de áreas indispensáveis à Segurança Nacional,e dos Municipios considerados do interesse desta, aanulação desses atos, e determina outras providências".

Ao Sr. Nilson Gibson:Redação para Segunda Discussão do Projeto de Lei n"

2.745-B/80 - que "acrescenta item ao art. 649 doC6digo de Processo Civil, que cuida dos bensabsolutamente impenhoráveis".

Projeto de Lei n95.289/85 - do Sr. Dionísio Hage­que "regula a profissão de Supervisor Educacional edetermina outras providências".

Ao Sr. Osvaldo Melo:Substitutivo oferecido em Plenário ao Projeto de Lei

n9 351-A, de 1983 - que "revoga os Decretos-lei n9s.1.225, de 22 de junho de 1972, 1.316, de 12 de março de1974 e o item m, do art. 19 da Lei n9 5.449, e de 4 dejunho de 1968, que declara M~nicípios do Estado daBahia de interesse da Segurança Nacional".

Sábado 25 SOOS

Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto de Lei Complementar n" 271/85 - da

Sr<Myrthcs Bcvilacqua - que "dispõe sobre reajuste detributos federais, estaduais e municipais".

Sala da Comissão, 13 de maio de 1985. - Sueli deSouza, Secretária Substituta.

Em 20-5-85

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de· Lei n9 5.386/85 - do Poder Executivo ­

Mensagem n9243/85 - que "cria cargos no Ministérioda Reforma c do Desenvolvimento Agrário - MIRADe dá outras providências.

Sala da Comissão, 20 de maio de 1985. - Sueli deSouza, Secretária Substituta

Em 21-5-85

Ao Sr. Ademir Andrade:Projeto de Decreto Legislativo n9 102/85 - da

Comissão de Relações Exteriores - Mensagem n9501/84 - que "aprova o texto do Acordo deCooperação no Campo dos Usos Pacificos da EnergiaNuclear entre o Governo da República Federativa doBrasil e o Governo da República Popular da China,assinado em Pequim a 11 de outuhro de 1984" .

Ao Sr. Arnaldo Maciel:Projeto de Decreto Legislativo n9 100/85 - do Sr.

José Genoino - que "cria comissão de investigação daorigem da dívida externa brasileira e dá outrasprovidências".

Projeto de Decreto Legislativo n9 101/85 - doSenado Federal - que "dispõe sobre o pecúlioparlamentar".

Ao Sr. Gorgônio Neto:Projeto de Lei n" 5.387/85 - do Senado Federal ­

que "dispõe sobre o reajustamento dos vaiares dasaposenadorias e pensões devidas pela Previdência Social,dando nova redação ao art. 67 da Lei n93.807, de 26 deagosto de 1960".

Ao Sr. Hamilton Xavier:Emenda do Senado ao Projeto de Lei n" 147-B/79­

que "dá nova redação ao art. 39 da Lei n" 4.084, de 30 dejunho de 1962, que dispõe sobre a profissão deBibliotecário, e dá outras providências".

Ao Sr. Joacil Pereira:Projeto de Lei n95.389/85 - do Tribunal Superior do

Trabalho - que "estende aos servidores da Justiça doTrabalho as disposições do art. 39 c parágrafo único daLei n9 7.299, de 14 de março de 1985".

Projeto de Lei n9 5.390/85 - do Tribunal SuperiorEleitoral que "dispõe sobre a criação de cargos noQuadro Permanente do Tribunal Superior Eleitoral".

Projeto de Lei n" 5.464/85 - do Poder Executivo ­Mensagem n9 257/85 - que "acrescenta parágrafos aoDecreto-lei n9 1.392, de 19 de fevereiro de 1975, que lixaos valores de salários do Grupo-Defesa Aérea e Controlede Tráfego Aéreo, e dá outras providências".

Projeto de Lei n95.465/85 - do Tribunal Superior doTrabalho - que "dispõe sobre a criação e extinção decargos na Secretaria do Tribunal Regional do Trabalhoda Quinta Região c dá outras providências".

Ao Sr. Jorge Carone:Projeto de Lei n9 4.458/84 - do Sr. José Tavares ­

que "dispõe sobre abatimento da renda bruta dasdespesas comprovadamemte realizadas por pessoasflsicas. na compra de medicamentos".

Projeto de Lei Complementar n" 277/85 - do Sr.Wagner Lago - que "fixa em sessenta anos o limite para'a aposentadoria do trabalhador rural".

Ao Sr. José Melo:Projeto de Lei Complementar n" 275/85 - do Sr.

lrineu Brzezinski que "isenta do IPI e do IeM todo equalquer maquinário ou equipamento agrícolaadquirido por produtor rural".

Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei n" 5.314/85 - do Sr. Hêlio Duque - .

que '~dispõe sobre o bloqueio e a destinação dos

5006 Sábado 25

depósitos bancários efetuados em nome de pessoasfictícias e dá outras providências".

Ao Sr. Plínio Martins:Projeto de Lei n' 5.463/85 - do Poder Executivo ­

Mensagem n' 256/85 - que "dispõe sobre pessoaladmitido em tabela temporária nos Ofícios Judiciais daJustiça do Distrito Federal e dos Territórios".

Ao Sr. Raimundo Asfóra:Projeto de Lei n' 5.461/85 - do Poder Executivo ­

Mensagem n' 248/85 - que "altera dispositivos da Lein' 6.168, de 9 dc dezembro de 1974, que cria o Fundo deApoio ao Desenvolvimento Social - FAS e dá outrasprovidências".

Ao Sr. Raimundo Leite:Projeto de Lei n' 5.323/85 - do Sr. Renato Cordeiro

- que "dispõe sobre criação de agência do INPS nomunicípio de Ubatuba. Estado de São Paulo".

Projeto de Decreto Legislativo n' 99/85 - daComissão de Relações Exteriores - Mensagem n'184/84 - quc "aprova o texto do Acordo Regionalrelativo ao Serviço de Radiodifusão em Ondas Médiasda Região 2, seus três Anexos e o Protocolo Final, c bemassim as Resoluções de n's I a 6 e as Recomendações den's I a 3".

Ao Sr. Rondem Pacheco:Projeto de Lei n' 5.385/85 - do Poder Executivo ­

Mensagem n' 238. dc 1985 - que "denomina"Aeroporto Internacional Taneredo Neves" oAeroporto Internacional de Confins, em Confins,Distrito dc Lagoa Santa, Estado de Minas Gerais".

Sala da Comissão, 21 de maio de 1985. - Sueli deSouza, Secretária Substituta.

Em 22-5-85

Ao Sr. Antônio Dias:Projeto de Lei n' 5.334/85 - do Sr. Doreto

Campanari - que "determina O fornecimento dealimentação aoS trabalhadores em atividadepredominantemente agropecuárias, no caso e condiçõesque especifica".

Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei n' 5.268/85 - do Sr. Nadyr Rosseti­

que "altera dispositivos da Lei Orgânica dos PartidosPolíticos e dá outras providências".

Projeto de Lci n' 5.332/85 - do Sr. Maurílio FerreiraLima - que "dispõe sobre a,inclusão do normas paraconvocações plebiscitárias na legislação eleitoral".

Ao Sr. Ceho Barros:Projeto de Lei n' 5.319/85 - do Sr. Marcondes

Pereira - que "altera a Legislação do Imposto deRenda".

Projeto de Lei n' 5.320/85 - do Sr. José Tavares ­que "dispõe sobre o abatimento da renda bruta daspessoas fisicas de perdas extraordinárias".

Projeto de Lei nO 5.343/85 - do Sr. MarcondesPereira - que "traça norma geral para elaboração detabelas do Imposto de Renda na fonte sobrerendimentos do trabalho".

Ao Sr. Djalma Falcão:Projeto de Lei n' 5.315/85 - do Sr. Maurílio Ferreira

Lima - que "dispõe sobre alterações na concessão deincentivos fiscais e financeiros para projetosagropecuários, na área de atuação da SUDENE·'.

Ao Sr. Egídio Ferreira Lima:Projeto de Lei nO 5.335/85 - do Sr. Renato Cordeiro

- que "estabelece normas regulamentadoras doscon~órcios de veiculos usados e dá outras providências".

Ao Sr. Gomes da Silva:Projeto de Lei n' 5.336/85 - do Sr. Rosemburgo

Romano - que "dispõe sobre a forma de pagamento dcdébitos provenientes de empréstimos e financiamentosagrícolas e determina outras providências'·.

Ao Sr. José Melo:Projeto de Lei n' 5.338/85 - do Sr. Sérgio Ferrara­

que "altera a redação do !i 3' do ar!. 142 daConsolida<;ào das Leis do Trabalho e acrescentadispositivo ao art. I' da Lei n, 4.090, de 13 de julho de1962. para garantir a atualização monetária dos valoresrelativos ãs férias e ao décimo terceiro salário".

DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Projeto de Lei n' 5.342/85 - do Sr. Jorge Carone­que "acrescenta artigos à Lei n' 7.238, de 29 de outubrode 1984, que dispõe sobre a correção semestral dossalários".

Projeto de Lci Complementar n' 233/84 - do Sr.Antônio Pontes - que "dispõe sobre o saque do saldoda conta PIS·PASEP pela beneficiária que menciona, edá outras providéncias".

Ao Sr. Mário Assad:Projeto de Lei n' 5.318/85 - do Sr. Armando

Pinhciro - que "introduz modificações na Lei n' 5.107,de 13 de setembro de 1966, de modo a estabelecer sançãopenal pelo não recolhimento dos depósitos do FGTS e aestender aos responsáveis por tal providéncia as atuaisexigéncias aplicáveis ao recolhimento de contribuiçõesprevidênciárias".

Projeto de Lei n' 5.322/85 - do Sr. Celso Peçanha­que "modifica o art. 212 da Lei n' 5.107. de 13 dcsetembro de 1966, que cria o Fundo de Garantia doTempo de Serviço e dá outras providências".

Projeto de Lei n' 5.340/85 - da Sr' MirthesBevilácqua - que "altera a redação do § 3' do art. 1', do§ 2' do art. 16, §§ I' e 3' do art. 17 e do art. 2' da Lei n'5.107, de 13 de setembro de 1966. que cria o Fundo deGarantia do Tempo de Serviço, e c:!á outrasprovidéncias".

Ao Sr. Matheus Schmidt:Projeto de Lei n' 5.361/85 - do Sr. Sérgio Philomeno

- que "torna impenhorável, com as ressalvas queespecifica, o imóvel residencial que constituapropriedade imobiliária única do devedor".

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n' 4.671/84 - do Sr. Arildo Teles ­

que "dispõe sobre a doação de livros a bibliotecaspúblicas e dá outras providências".

Projeto de Lei n' 5.353/85 - do Sr. Nadyr Rosscti­que "dispõe sobre o reajuste trimestral do saláriomínimo".

Ao Sr. Raimundo Leite:Projeto de Lci n' 5.330/85 - do Sr. António Osório

- que "altera a Lei n' 2.004. de 3 de outubro de 1953.estabelecendo critérios para O cálculo do valor do barrilde petróleo nacional e dá outras providências".

Ao Sr. Roberto Jefferson:Projeto de Lei n' 5.330/85 - do Sr. Maurílio Ferrcira

Lima - que "dispõe sobre exame médico anual doPresidente da República".

Ao Sr. Sarney Filho:Projeto de Lei n' 5.359/85 - do Sr. Sérgio Murilo ­

que "dú a denominação de Presidente Tancredo Nevesao Eixo Monumental do Plano Piloto da Cidade deBrasília".

Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto de Lei n' 5.333/85 - do Sr. Pacheco Chaves

- que "institui seguro para garantia de quitação decontrato de compra de lote urbano à prestações. no casode morte do adquirente".

Sala da Comissão. 22 de maio de 1985. - Sueli deSouza, Secretária Substituta.

Em 14-5-85

Ao Sr. Antônio Dias:Projeto de Lei n' 5.242/85 - do Sr. Nelson do Carmo

- que "estabelece condições para a construção debarramentos destinados à qualquer finalidade".

Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei n" 5.177/85 - do Sr. Samir Achôa ­

que "permite a instituição de serviços de proteção evigilância pelas entidades que menciona".

Ao Sr. Arnaldo Maciel:Projeto de Lei n' 5.176/85 - do Sr. Nilson Gibson­

que "destina a Região Nordeste 50% dos recursosprevistos no inciso IV. do art. li. do Decreto-lei n'1.376, de 12 de dezembro de 1974, para o plantio dajojoba, algaroba, pequi, mamona, dendê e guayule".

Ao Sr. Bonifácio de Andrada:Projeto de Lei n' 5.258/85 - do Sr. José tavares ­

que "isenta do pagamento do imposto de renda oassalariado que ganhe até seis vezcs o valor do saláriomínimo".

Maio de 1985

Ao Sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei n' 5.256/85 - da Sr' Irma Passoni­

que Hconsidera urbana as chamadas telefônicas feitasdentro das regiões metropolitanas".

Projeto de Lei n' 5.301 /85 - do Sr. Clarck Platon ­que "cria, através do Tribunal Superior do Trabalho, na8', Região da Justiça do Trabalho, a 2' Junta deConciliação e Julgamento, para os Municípios deMaeapá e Mazagão, com sede no Município de Macapá,no Território Federal do Amapá, e dá outrasprovidências" .

Ao Sr. Celso Barros:Projeto de Lei n' 5.178/85 - do Sr. Sérgio Philomeno

- que "altcra a Lei n' 4.771, de 15 de setembro de 1965,que "institui o Código Florestal".

Ao Sr. Egidio Ferreira Lima:Projeto de Lei n' 5.187/85 - do Sr. Evandro Ayres de

Moura - que "dispõe sobre servidores públicos eleitospara funçào de direção em entidades de classes".

Projeto de Lei n' 5.249/85 - do Sr. Lúcio Alcântara- que "dispõe sobre obras de arte existentes empróprios federais".

Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lei n' 5.290/85 - do Sr. João Alberto de

Souza - que "dá nova redação aos arts. 17, 18 e 19 doDeereto-lci n' 512, de 21 de março de 1969, que regula aPolítica Nacional de Viação Rodoviária, fixa diretrizespara a reorganização do Departamento Nacional deEstradas e Rodagem, e dá outras providências".

Projeto de Lei n' 5.307/85 - do Sr. Renato Cordeiro- que "altera o Plano Nacional de Viação. aprovadopela Lei n' 5.917, de 10 de setembro de 1973, incluindo aligação rodoviária que especifica".

Projeto de Lei n' 5.365/85 - do Senado Federal ­que "dispõe sobre a destinação do produto daarrecadação da Taxa rodoviária Única e dá outrasprovidências" .

Ao Sr. Gorgônio Neto:Projeto de Lei n' 5.274/85 - do Sr. Manoel Ribeiro

- que "cria a Zona Franca d6 Médio e Baixo­Amazonas, no Estado do Parú".

Projeto de Lei n' 5.278/85 - do Sr. José Genoino ­que "reduz para 6 (scis) meses após a expedição dasprecatórias a obrigação da União pagar os débitos eindenizações de natureza trabalhista".

Ao Sr. Guido Moech:Projeto de Lei n' 5.364/85 - do Senado Federal ­

que "dispõe sobre enquadramento de ProfessoresColaboradores e Auxiliares de Ensino e dá outrasprovidências" .

Aviso GP-O/2.849/84 - do Sr. Presidente da Câmara- que "nos termos do art. 28, § 4', do RegimentoInterno. submete à consideração dessa Comissão arepresentação do Sr. Paulo Wiederkehr e outros contra oExeelentíssimo Senhor Presidente da República".

Ao Sr. Hamilton Xavier:Projeto de Lei n' 5.287/85 - do Sr. Abdias do

Nascimento - que "incorpora ao Ministério da Culturaa FUNTEvl': e o Palácio da Cultura, sediados no Rio deJaneiro".

Ao Sr. Joaeil Pereira:Projeto de Lei n' 5.271/85 - do Sr. Fernando Gomes

- quc "institui a gratificação natalina para O

funcionalismo público civil da União".Projeto de Lci Complementar n' 254/85 - do Sr.

Lúcio Alcântara - que "fixa a remuneração minima doVereador" .

Ao Sr. João Divino:Projeto de Lei n' 5.234/85 - do Sr. Roberto Jefferson

- que "dispõe sobre a realização de perícia nos casos decrime contra os costumes".

Ao Sr. João Gilberto:Projeto de Lei n' 5.238/85 - do Sr. Robcrto Jefferson

- que "extingue a exigéncia de O título eleitoral possuirretrato do titular".

Maio de 1985

Projeto de Lei n' 5.261/85 - do Sr. Maçao Tadano­que "altera a redação do art. 44 da Lei n' 4.737. de 15 dejulho de 1965, que trata da exigência de 3 (três) retratospara o alistamento eleitoral".

Ao Sr. Jorge Arbage:Prejeto de Lei n' 5.363/85 - do Sr. Mário Frota ­

que "dispõe, na forma do previsto no art. 98 e no § 2' doart. 102 da Constituição Federal, sobre o reajuste dosvencimentos dos servidores públicos e proventos dainatividade, estabelecendo a correção semestralautomática e fixando índice obrigatório para tanto".

Ao Sr. Jorge Carone:Projeto de Lei n' 5.266/85 - do Sr. Nelson do Carmo

- que "dispõe sobre o horário de funcionamento dosbancos comerciais para atendimento ao público".

Projeto de Lei n' 5.267/85 - do Sr. Francisco Dias­que 'Iinstitui a assistência financeira em favor dotrabalhador rural desempregado".

Projeto de Lei n' 5.292/85 - do Sr. Clarck Platon ­que "dispõe sobre a destinação de recursos financeirospara a instalação e manutenção de minidestilarias deálcool para fins carburantes no Território Federal doAmapá".

Projeto de Lei n' 5.306/85 - do Sr. João Paganella­que "altera dispositivos da Lei n' 6.260, de 6 denovembro de 1975, que institui beneficios de previdênciae assistência social em favor dos empregadores rurais eseus dependentes e dá outras providências".

Ao Sr. Josê Melo:Projeto de Lei n' 5.257/85 - do Sr. Raul Bernardo­

que Hestabelece a participação de representante dosempregados no Conselho de Administração dasSociedades Anónimas".

Projeto de Lei n' 5.259/85 - do Sr. Sêrgio Lomba­que "inclui no currículo pleno do ensino do 2' grau, adisciplina "Relações Humanas". e dá outrasprovidências" .

Projeto de Lei n' 5.310/85 - do Sr. Sêrgio Philomeno- que "dispõe sobre a padronização de material escolarem todos os estabelecimentos de ensino no País".

Projeto de Lei n' 5.329/85 - do Sr. Gerson Peres ­que "considera Património Histórico Nacional a Cidadede Cametá, no Estado do Pará".

Ao Sr. José Mendonça de Moraes:Projeto de Lei n, 5.191/85 - do Sr. Pedro Germano

- que "acrescenta parágrafo ao art. I' do Decreto-lei n'1.910, de 29 de dezembro de 1981, para dispor sobre acontribuição previdenciária do segurado que percebermenos de 2 (dois) salários mensais"

Projeto de Lei n' 5.269/85 - do Sr. Francisco Amaral- que "introduz modificações no art. 472 daConsolidação das Leis do Trabalho, com vistas à excluirdo direito à suspensão do contrato de trabalho, oempregado que se afastar em virtude de exigências doserviço militar".

Projeto de Lei n' 5.280/85 - do Sr. Francisco Amaral- que "altera dispositivo do Decreto-lei n' 1.940, de 25de maio de 1982, que criou o FINSOCIAL, com vistas adeterminar que seus recursos sejam aplicadosexclusivamente em programas e projetos de saúde e deeducação".

Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei n' 5.236/85 - do Sr. Roberto Jefferson

- que "dispõe sobre a arma de serviço do policial que seaposenta".

Projeto de Lei n' 5.255185 - do Sr. Samir Achôa ­que "inclui entre os crimes de responsabilidade deixar oservidor público de encaminhar ao Ministério Públicoou à autoridade policial quaisquer documentos oupapéis indicativos da prática de crime".

Projeto de Lei n' 5.291/85 - do Sr,. Valmor Giavarina- que "dispõe sobre o porte de arma pelos Oficiais deJustiça".

Projeto de Lei n' 5.298/85 - da Sr' MyrthesBevilacqua - que "declara de utilidade pública aAssociação dos Previdenciários e Servidores Públicos ­APRESUL - com sede em Porto Alegre - RS".

D1ÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Ao Sr. Júlio Martins:Projeto de Lei n' 5.228/85 - do Sr. Nelson do Carmo

- que "dispõe sobre equipamentos de telefonia".Projeto de Lei n' 5.275/85 - do Sr. França Teixeira

- que "dispõe sobre a restruturação do Grupo-PolíciaCivil dos Territórios, e dá outras providências".

Ao Sr. Matheus Schmidt:Projeto de Lei n' 5.260/85 - do Sr. Josê Genoíno ­

que "dá nova redação ao art. I' do Decreto-lei n' 75, de21 de novembro de 1966, que dispõe sobre a aplicação dacorreção monetária aos débitos de natureza trabalhista edá outras providências".

Projeto de Lei n' 5.264/85 - do Sr. Pacheco Chaves- que "define como perigosas, para efeito dopagamento da vantagem adicional prevista na CLT, asatividades dos manobreiros pátios e guarda-chavesferroviários" .

Projeto de Lei n' 5.282/85 - do Sr. Mário Assad ­que "dá nova redacão ao art. 5' da Lei n' 4.131, de 3 desetembro de 1962, com referência ao registro deinvestimento estrangeiro no País".

Projeto de Lei n' 5.294/85 - do Sr. DoretoCampanari - que "acrescenta dispositivo à Lei n' 4.281,de 8 de novembro de 1963, de modo a não permitir que obanco especial nela instituído ou o auxílio-doença tenhavalor menor do que a remuneração percebida pelosegurado em atividade".

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n' 5.247/85 - do Sr. Sêrgio Lomba­

que "concede aos cozinheiros que especifica o direito àaposentadoria especial aos 25 anos de serviço".

Ao Sr. Plínio Martins:Projeto de Lei n' 5.263/85 - do Sr. Inocêncio de

Oliveira - que "dispõe sobre o reajuste máximo dasanuidades nos estabelecimentos particulares de nívelsuperior".

Ao Sr. Raymundo Asfóra:Projeto de Lei n' 5.182/85 - do Sr. Norton Macedo

- que "estabelece critérios para denominação uniformede estabelecimentos de ensino superior. em todo oterritório nacional, e dá outras providências".

Projeto de Lei n' 5.283/85 - do Sr. Lúcio Alcântara- que "dispõe sobre a preferência de órgãos e entidadespúblícas para a aquisição de bibliotecas particulares e dáoutras providências",

Ao Sr. Raimundo Leite:Projeto de Lei n' 5.235185 - do Sr. Roberto Jefferson

- que "proíbe O funcionamento, no País, de seitaorientada pelo Reverendo Moon".

Substitutivo do Senado ao Projeto de Lei n' 3.107­B/76 - que "dá nova redação ao artigo 4' da Lei n'5.757, de 3 de dezembro de 1971. que estabelece regimede gratificaçá o ao pessoal à disposiçá o doFUNRURAL, e dá outras providências".

Ao Sr. Renato Vianna:Projeto de Lei n' 5.262/85 - do Sr. Rubens Ardenghi

- que "torna obrigatória a adoção da Tabela deHonrârios Médicos da Associação Médica Brasileira nosconvênios de prestação de assistência à saúde".

Ao Sr. Ronaldo Canedo:Projeto de Lei n' 5.295/85 - do Sr. Pedro Correa ­

que "proíbe a cobrança de taxa de inscrição em concursopúblico".

Ao Sr. Rondon Pacheco:Projeto de Lei n' 5.273/85 - do Sr. Manoel Costa

Júnior - que "dispõe sobre a obrigatoriedade deindicação da autoria das matêrias publicadas em jornalou periódico".

Projeto de Lei n' 5.276/85 - da ST' Lúcia Viveiros ­que "revoga a Lei n' 5.250, de 9 de fevereiro de 1967 (LeiImprensa)".

Projeto de Lei n' 5.285185 - do Sr. Lúcio Alcãntara- que "dispõe sobre a exibição de filmes de longametragem na televisão e determina outras providências".

Projeto de Lei n' 5.299/85 - da Sr' MyrthesBevilacqua - que "introduz alteração nos arts. 7' e 1Ida Lei n' 5.250, de 9 de fevereiro de 1967, que regula aliberdade de manifestação do pensamento e deinformação, criando tratamento favorecido aosinformativos de entidades culturais".

Sábado 25 5007

Projeto de Lei n' 5.304/85 - do Sr. Lúcio Alcântara- que "dispõe sobre a programacão das emissoras detelevisão".

Ao Sr. Octávio Cesário:Projeto de Lei n' 5.296/85 - do Sr. Nelson do Carmo

- que "obriga os órgãos governamentais a publicaremno DOU. quantidades e valores de grãos comprados,vendidos e estocados e respectivos locais dearmazenamento" .

Ao Sr. Sérgio Murilo:Projeto de Lei n' 5.190/85 - do Sr. !ram Saraiva­

que "revoga a Lei n' 5.941, de 22 de novembro de 1973,que altera os arts. 408, 474, 594 e 596, do Decreto-lei n'3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de ProcessoPenal".

Projeto de Lei n' 5.279/85 - do Sr. Rubens Ardenghi- que "dispõe sobre a realização de brigas de galo e dáoutras providências".

Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto de Lei n' 5.270/85 - do Sr. Sêrgio Pbilomeno

- que "institui o pagamento de indenização para osEstados, Territórios e Municípios. pela extração deminerais nucleares, e dá oulras providências",

Projeto de Lei n' 5.300/85 - do Sr. Domingos Juvenil- que "dispõe sobre a divulgação dos aumentos dospreços do álcool e dos derivados de petróleo e dá outrasprovidências" .

Sala da Comissão. 14 de maio de 1985. - Sueli deSouza, Secretária Substituta.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

3' Reuniào Ordinária realizadaem 15 de maio de 1985

Aos quinze dias do mês de maio de mil novecentos eoitenta e cinco, as dez horas e trinta minutos, na sala 25do Anexo " da Cámara dos Deputados. realizou·se aterceira reunião ordinária da Comissào de Defesa doConsumidor, sob a presidência do Deputado Nelson doCarmo. Compareceram os Senhores DeputadosSebastião Ataíde, Figueiredo Filho, Aêcio Cunha. SamirAcboa e Renato Bernardi. Havendo número regimental,o Senhor Presidente iniciou os trabalhos pondo emvotação a Ata da reunião anterior, que foi aprovada porunanimidade. Ordem do Dia: Projeto de Lei n' 1.636/83,do Deputado Francisco Amaral que "Torma obrigatóriaa realização de seguro contra danos materiais, incêncio eroubo, pelas entidades públicas e pelos particulares,proprietários de estacionamento de veículos, de qualquernatureza, em favor dos respectivos usuários," Relator:Deputado lrineu Bresinski. Parecer do Relator:Favorável, com adoção da Emenda da Comissão deTransportes, lido pelo Deputado Samir Achoa. Emdiscussão, o Senhor Deputado Sebastião Ataldesolicitou a leitura da emenda da Comissão de Transporteno que foi atendido pelo Presidente. Em votação, foiaprovado o parecer do relator, com adoção da emendada Comissão de Transportes. Projeto de Lei n' 2.140/83do Deputado Freitas Nobre que "Determina que asempresas concessionárias de serviços de telefoniaapresentem fotografia do contador de assinante, arequerimento deste," Relator: Deputado Agenor Maria.Parecer do Relator: Favorâvel, lido pelo DeputadoFigueiredo Filho. Em discussão, o Senhor DeputadoAêcio Cunha pediu o adiamento da votação, sugerindoque a Comissão consultasse as empresas de telefoniasobre a viabilidade do Projeto e solicitou vista daproposição, no que foi atendido. Projeto de Lei n'3.384/84 do Deputado João Paganella qu~ "Dispõesobre a perda de propriedade de bens móveis entreguespara concerto ou reparo, na condição que menciona".Relator: Deputado Del Bosco Amaral. Parecer:Favorável, lido pelo Deputado Aécio Cunha. Emdiscussão, o Deputado Aécio Cunha ressaltou a validadedo mérito da propositura, apesar de na prática, protegermais o empresário do que o consumidor. Sugeriu aapresentação de um substitutivo. O Deputado SebastiãoAtaíde salientou a sua procedência, lembrando porêmque ela não resguarda o direito do consumidor,necessitando de um melhor estudo e sugerindo, também,um substitutivo. O Deputado Samir Achoa pediu vista

5008 SAbado 25

do projeto para que possa ser feito um aprimoramentodo mesmo adequando-o à proteção do consumidor.Discorreu ainda, sobre a necessidade da criação de umCódigo do Consulllidor. Presente no recinto o autor doProjeto, Deputado João Paganella que expôs em linhasgerais a finalidade de sua proposição. Esgotada a pauta,O Senhor Presidente concedeu a palavra ao SenhorWaldir Barnabé, Diretor do Departamento deFiscalização de Saúde da Secretaria de Saúde do DF,que fez um breve relato sobre a autuação de padarias queestão usando estiletes com gilete para cortar o pão,indagando o que a Comissão poderia fazer, a nível delegislação, ''1Jma vez que a fiscalização não estáconseguindo resolver o problema. O Deputado SamirAchoa disse que a matéria está mais relacionada com aproteção da saúde e sugeriu um oficio às autoridadessanitárias até que haja uma legislação especifica. OSenhor Waldir Barnabé esclareceu que existe um estiletepróprio mas os panificadores dizem que é incômodo epesado. O Senhor Presidente sugeriu então, que fossesolicitada a fabricação de uma peça mais leve. ODeputado Samir Achoa lembrou que a única solução é aabertura de processo penal baseado no art. 132 doCódigo Penal. A Senhora Vera Santana. Presidente daAssociaçào das Donas-de-Casa de Brasília, falou que tãograve quanto este problema da gilete é a má qualidadedo pão que está sendo feito com quinze produtosquímicos. O Senhor Gilberto Amado Pereira AlvesFilho, da Divisão de Fiscalização do Departamento deFiscalização de Saúde da Secretaria de Saúde do DF,informou que a Secretaria de Saúde do DF tem umprograma de controle de produtos no DF desde 1982,que é feito através de coletas semanais. Prosseguindo. oSenhor Presidente sugeriu que fosse convidado acomparecer a esta Comissão, o Minstro daDesburocratização, Paulo Lustosa, para falar sobre a"Desburocratização do sistema de defesa do consumidorno país". A sugestão foi aprovada por unanimidade. Aseguir, o Senhor Presidente porpôs a criação desubcomissões para o estudo de problemas específicos.Em discussão, foi criada a Subcomissão do Mutuário eescolhido o Deputado Samir Achoa para presidi-Ia. OSenhor Deputado Aécio Cunha mencionou que a únicamaneira de defender o consumidor é estimular aconcorrência de preço e qualidade e propõe fazer umestudo sobre a legislação que criou o ConselhoAdministrativo de Defesa Econômica (CADE) paraestabelecer os pontos do contato entre esse Órgão e aComissão. Finalizando, o senhor Deputado SamirAchoa sugeriu a este órgão técnico que solicitasse aPresidência da Casa um Taquígrafo e um Assessor paraacompanhar as reuniões da Comissão em virtude davariedade e volume de assuntos nelas tratados, Ás dozehoras e trinta minutos, nada mais havendo a tratar oSenhor Presidente encerrou os trabalhos e, para constar,eu Maria Júlia Rabello de Moura, lavrei a presente Ataque depois de aprovada será assinada pelo SenhorPresidente.

DistrIbulçio Df 04/85

Em 22-5-85Ao Senhor Deputado Samir AchoaI. Projeto de Lei no 2.488/83 - "Modifica

'parãBrafos do art. 37 da Lei n' 5.108, de 21 de setembrode 1966 - Código Nacional de Trânsito ­,Estabelecendo, como equipamento obrigatório, em;motocicletas, motonetas, ciclomotores e seus similares,protetor de escapamento em material antitérmico"., Autor: Dep. Ruy Côdo

Brasma, 22 de maio de 1985. - Maria Jãlla RabelJo de,MOIII'8, Secretária.

Redistrlbulçio Df 01/85

Em 22-5-85Ao Senhor Deputado Del Bosco AmaralI. Projeto de Lei n' 3.760/84 - "Regula os

:reajustamentos dos valores de impostos, taxas e tarifas,no âmbito federal".

Autor: Dep. ]srael Dias-Novaes.Bruma, 22 de maio de 1985. - Maria JúIia RlbelJo de

.Moara, Secretária.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

RESUMO DAS CONCLUSOES DA REUNIÃODA COMISSÃO

Em 22 de maio de 19851. Projeto de Lei n' 2.793/83 - "Mantém as tarifas

de energia elétrica estáveis por prazo determinado".Autor: Dep. Santinho FurtadoRelator: Dep. Figueiredo FilhoVoto do Relator: Pedido de anexação ao PL 1.178/83

do Dep. Sérgio Cruz que "Concede tarifa especial aoconsumidor que substituir o gás liqUefeito de petróleopor energia elétrica, e dá outras providências".

(Aprovado, por unanimidade, o parecer do relator)2. Projeto de Lei \~. 4.744/84 - "Disciplina as

vendas de produtos agrícolas pela Companhia deFinanciamento da Produção CFP".

Autor: Dep. Aroldo MaleitaRelator: Dep. França TeixeiraVoto do Relator: Favorável(Aprovado, por unanimidade o parecer Favorável do

relator. lido pelo Dep. Hélio Manhães)Brasilia, 22 de maio de 1985. - Maria Júlla Rabello de

Moura. Secretária.

PAUTA DOS TRABALHOS

Reunião de 22 de maio de 19851. Projeto de Lei n' 4.744/84 - "Disciplina as

vendas de produtos agrícolas pela Companhia deFinanciamento da Produção CFP".

Autor: Dep. Aroldo MolettaRelator: Dep. França TeixeiraVoto do Relator: FavorávelBrasília, 21 de maio de 1985. - Maria Júlia Rabello de

Moura, Secretária.

ERRATA

No "Resumo das conclusões da Reunião daComissão" realizada em 15 de maio do corrente, no item3, onde se lê: Autor: Deputado João Paganella. Relator:Deputado Agenor Maria, leia-se: Autor: Deputado JoãoPaganella. Relator: Deputado Del Bosco Amaral.

Sala da Comissão, 17 de maio de 1985. - Maria JúllaRabeJlo de Moura, Secretária.

COMISSÃO DE ESPORTE E TURISMODlltribulçio Df 06/85

O Senhor Deputado José Moura. Presidente daComissão de Esporte e Turismo fez, na presente data, aseguinte distribuição:

I - Ao Deputado Alércio Dias - Projeto de Lei n'3.160/84, que "Dispõe sobre a contratação, por equipesdesportivas, de profissional em psicologia, e determinaoutras providências".

2 - Ao Deputado Wilson Falcão - Projeto de Lei n'4.786/84, que "Declara o Município de São Cristóvão,no Estado de Sergipe, Área Especial de InteresseTurístico e determina outras providências".

3 - Ao Deputado Wilson Falcão - Projeto de Lei n'4.787/84, que "Declara o Municlpio de Estância, noEstado de Sergipe, Área Especial de Interesse Turístico,e determina outras providências".

4'- Ao Deputado Wilson Falcão - Projeto de Lei n'4.788/84, que "Declara o Municlpio de Barra dosCoqueiros, no Estado de Sergipe, Área Especial deInteresse Turístico, e determina outras providências".

5 - Ao Deputado Wilson Falcão - Projeto de Lei n'4.887/84, que "Declara o Municlpio de Laranjeiras, noEstado de Sergipe, Área Especial de Interesse Turístico edetermina outras providências".

6 - Ao Deputado França Teixeira - Projeto de Lein' 4.928/84, que "Declara o municlpio de Ituaçu, noEstado da Bahia, área especial de interesse turístico e dáoutras providências".

Brasllia, 15 de maio de 1985 - Maria lJDda M. de.Maplhies. Secretária.

Maio de 1985

COMISSÃO DE ECONOMIA,INDÚSTRIA E cOMbao

Segunda Reunlio Extraordlúrla realizadaem 3 de maio de ]985

Às dezoito horas e trinta minutos do dia oito de maiode mil novecentos e oitenta e cinco, na sala vinte doAnexo 11 da Câmara dos Deputados, sob a Presidênciado Senhor Deputado Celso Sabóia, Vice·Presidente,presentes os Senhores Deputados Odilon Salmória, JoãoAgripino, Oswaldo Trevisan, Herbert Levy, AlbertoGoldman, José Fogaça, José Ulisses, Pedro Sampaio,Denisar Ameiro, Irajá Rodrigues, Renato Johnsson,Pratini de Moraes, Ralph Biasi, Luiz Fayet, IsraelPinheiro, Sérgio Philomeno, reuniu-se,extraordinariamente, a Comissão de Economia,Indústria e Comércio. Havendo número regimental, oSenhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Lida eaprovada a ata da reunião anterior. Em seguida, oSenhor Presidente concedeu a palavra ao SenhorDeputado Alberto Goldman, Relator das EmendasOferecidas em Plenário ao Projeto de Lei n' 5.272-C/85,que "autoriza a desapropriação de ações dascompanhias que menciona e a abertura de créditoespecial de até CrS 900.000.000.000 (novecentos bilhõesde cruzeiros) e dá outras providências". Com á palavra,o Senhor Relator procedeu à leitura de cada uma dasemendas e proferiu o seguinte parecer: Emenda n' I(Substitutivo), de autoria do Sr. Deputado CardosoAlves. parecer contrário, aprovaáo, unanimemente, pelaComissão: Emenda n' 2 (Substitutivo). do Sr. DeputadoIsrael Pinheiro, parecer contrário, aprovado.unanimemente, pela Comissão: Emenda n' 3(Substitutivo). do Sr. Deputado Gastone Righi, parecercontrário. aprovado, unanimemente. pela Comissão;Emenda n' 4 (Substitutivo), do Sr. Deputado AluísioCampos, parecer contrário. aprovado. unanimemente.pela Comissão: Emenda n' 5 (Substitutivo), do Sr.Deputado Raimundo Asfora, parecer contrário,aprovado por maioria; Emenda n' 6 (Substitutivo), doSr. Deputado VaI mor Giavarina, parecer contrário,aprovado. unanimemente. pela Comissão; Emenda n' 7,do Sr. Deputado Sinval Guazzelli, parecer favorável,aprovado, unanimemente, pela Comissão; Emenda n' 8,do Sr. Deputado Sinval Guazzelli. parecer favorável,aprovado por maioria; Emenda n' 9, do Sr. DeputadoSinval Guazzelli, parecer favorável aprovado pormaioria; Emenda n' 10, do Sr. Deputado José Jorge,parecer contrário, aprovado. unanimemente, pelaComissão; Emenda n' li, do Sr. Deputado J.G. deAraújo Jorge, parecer contrário, aprovado por maioria;Emenda n' 12, do Sr. Deputado Domingos Leonelli,parecer favorável, aprovado por maioria; Emenda n' 13,do Sr. Deputado Rosa Flores, parecer favorável,rejeitado contra o voto do Relator; Emendas nOs 14, 15,16, 17 e 18, do Sr. Deputado Floriceno Paixão, parecercontrário, aprovado, unanimemente, pela Comissào;Emenda n' 19, do Sr. Deputado Floriceno Paixão,parecer favorável, aprovado, unanimemente, pela,Comissão; Emenda n' 20, do Sr. Deputado Floriceno.Paixão, parecer contrário, 'aprovado, unanimemente,pela Comlssào. O Sr. Presidente Ralph Biasi assumiu ostrabalhos por ocasião da discussão e votação da Emendan' 2. Nada mais havendo a tratar, às 21 horas e quarentae cinco minutos, o Senhor Presidente encerrou a reunião.E, para constar, eu, Maria Laura Coutinho, Secretária,lavrei a presente ata que, depois de lida e aprovada, seráassinada pelo Senhor Presidente e por mim e irá 11publicação.

Quinta Reunlio Ordlúrla RealizadaEm 14 de Maio de 1985.

Aos catorze dias do mês de maio de mil novecentos eoitenta e cinco, às dez horas, na sala vinte, do Anexo 11da Cámara dos Deputados, reuniu-se a Comissão deEconomia, Indústria e Comércio, sob a Presidência doSenhor Deputado Ralph Biasi, com a presença dos,Senhores Deputados Renato Johnsson, Cdso Sabóia,Edson Lobão, Israel Pinbeiro, Luiz Fayet, OdilonSalmoria, Evandro Ayrea de Moura, Nagib Haickel,:Gerson Peres, Sérgio Philomeno, Pedro Sampaio,

Maio de 1985

Herbert Levy, Joãõ Agripino, Celso Barros, Pratini deM orais, Antonio Osório e Darcy Passos. Havendonúmero regimental. o Senhor Presidente declarouabertos os trabalhos do Painel intitulado "Debatc sobrea Política Nacional do Trigo", esclarecendo que asperguntas seriam feitas aos senhores conferencistas apósa 'última exposição. Em seguida, o Senhor Presidenteconcedeu a palavra aos senhores expositores, na ordemque se segue: Guntolf Van Haick, Presidente daOCEPAR e Vice-Presidente da OCB; Dr. FernandoTavares Coutinho, Chefe do Departamento do Trigo daSUNAB; Lawrencc pih, Diretor Superintendente doMoinho Pacífico S/A; João Martins Filho, Presidentedo Sindicato da Indústria de Moagem de Trigo doEstado de São Paulo e Dr. Rodrigo C. da Rocha Loures,Diretor Superintendente da Nutrimental. Concluidas asexplanações, fizeram uso da palavra os SenhoresDeputados Israel Pinheiro, Odilon Salmoria, NagibHaickel, Renato Johnsson, Luiz Fayet, Herbert Levy,Edson Lobão e Celso Sabóia. As palestras e respectivosdebates foram gravados, devendo ser publicados noDiário do Congresso Nacional após a respectivatradução. O Senhor Presidente agradeceu a preseftÇa detodos, e nada mais havendo a tratar, encerrou a reuniãoàs quinze horas. E. para constar, eu, Maria LauraCoutinho, Secretária. lavrei a presente Ata que, depoisde lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidentee, por- mim e irá à publicação.

COMISSÃO DE ECONOMIA

Distribuição nO 5/85

Efetuada pelo Senhor Presidente, Deputado RalphBiasi

Em 24-5-85Ao Senhor Deputado Paulo Maluf:1. Proj. de Lei n. 1.004/83 - Dispõe sobre seguro de

veículos de aluguel ou táxi.Autor: Dep. Francisco Amaral2. Proj. de Lei nO 2.702/83 - Regula a transferência

de embarcações mercantes para outras bandeirasAutor: Dep. Airton Soares3. Proj. de Lei Comp. 163/84 - Dispõe sobre a

isenção de tributo, no caso e nas condições que.especifica.

Autor: Orestes Muniz4. Proj. de Lei nO 3.107-C/76 - Substitutivo do

Senado ao Projeto de Lei n9 3.107-B, de 1976, que "dánova redação ao artigo 49 da Lei nO 5.757, de J dcdezembro de 1971, que estabelece regime de gratificaçãoao pessoal à disposição do FUNRURAL, e dá outrasprovidências".

A~tor: Senado Federal5. Proj. de Lei n9 4.296/84 - Fixa em 50% de seu

valor anual, no máximo, a correção monetária incidentcsobre operaçõcs de financiamento realizadas porprodutores agropecuári~s.

Autor: Juarez BernardesAo Senhor Dep. Oswaldo Trevisan:6. Proj. de Lei nO 4.635/84 - Dispõe sobre a

'concessão de incentivo fiscal às empresas que instalaremfiltros e demais equipamentos destinados a evitar apoluição ambiental.

Autor: Dep. Tbeodoro Mendes7. Proj. de Lei. nO 4.653/84 - Dispõe sobre a

assistência federal a empresas em 1J10ra tributária.I Autor: Dep. Israel Pinheiro Filho

8. Proj. de Lei n9 3.895/84 - Torna obrigatório oemprego de substâncias e produtos retardantes de'combustão em materiais, utensflios e peçss suscetíveis dequeima usados nas indústrias de construção civil eautomobilística, e dispõe sobre normas para suafabricação. .

Áutor: Dep. João Rebelo9. Proj. de Lei nO 2.698/83 - Fixa em 3% (três por

cento) o teor mínimo de gordura para O leite destinado.. ao consumo humano.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Autor: Dep. Wilmar PalisAo Senhor Deputado Sérgio Philomeno:10. Proj. de Lei n. 4.778/84 - Dispõe sobre a isenção

do imposto de renda nas hipóteses de moléstias graves.Autor: Joacil Pcreira11. Proj. de Lei n9 4.878/84 - Dá nova redação ao

art. 1. do Decreto-lei n' 75, de 21 de novembro de 1966.para modificar o sistema de aplicação de correção

'monetária aos débitos de natureza trabalhista.Autor: Dep. João Cunha12. Proj. de Lei nO 3.668/84 - Torna obrigatória a

apresentação de receituário agronômico para a venda dedefensivos aKrícolas.

Autor: Dep. Lúcia ViveirosAo Senhor Deputat:lo Renato Johnson:13. Proj. de Lei n' 2.81l/83 - Concede isenção do

Imposto sobrc Produtos Industrializados para máquinase equipamentos adquiridos por pessoas jurídicas dedireito público.

Autor: Dep. Francisco Amaral14. Proj. de Lei n. 4.566/84 - Estabelece medidas

sobre os cheques bancários e dá outras providências.Autor: Dep. Francisco Amaral15. Proj. de Dec. Leg. nO 91/85 (Mensagem nO 375/84)

- Aprova o acordo entre o Governo da RepúblicaFederativa do Brasil e a Organização das Naçõcs Unidaspara o funcionamento do Escritório em Brasília daComissão Econômica para a Améria Latina, concluídaem Santiago, Chile, em 27 de julho de 1984.

Autor: Com. de Relações ExterioresAo Senhor Deputado Geraldo Bulhões:16. Proj. de Lei n. 4.193/84 - Dispõe sobre a isenção

de Impostos de Renda sobre proventos de aposentadoriaou reforma nas hipóteses de moléstias graves.

Autor: Dep. Lélio Souza17. Proj. de Lei n' 4.672/84 - Dispõe sobre a

correção monetária das indenizações dos seguros deresponsabilidade civil e dá outras providências.

Autor: Dep. França Teixeira18. Proj. de Lei nO 635/83 - Determina a correção

'trimestral dos salários.Autor: Dep. Navarro Vieira FilhoAo Senhor Deputado Francisco Studart:19. Proj. de Lei n. 4.714/84 - Isenta do imposto de

renda a indenização de férias.Autor: Darcy Pozza20. Proj. de Lci nO 4.903/84 - Permite o abatimento,

no imposto de renda, de juros pagos ao S.F.H. mesmo[para os que optarem pelo desconto-padrão..

Autor: Dep. Odilon Salmória, 21. Proj. de Lei n' 862/83 - Permite o uso de marcasou propagandas comerciais nos uniformes dos atletas emcompetições de amadores, na forma que establece, edetermina outras providências.

Autor: Dep. Nosser AlmeidaAo Senhor Dep. Genebaldo Correia:22. Proj. de Lei Com. nO 174/84 - Acrescenta incisos

ao artigo 1.'Óa Lei Complementar nO 4, de 2 de dezembrode 1969, que "concede isenção do Imposto SobreCirculação de Mercadorias e dá outras providências...

Autor: Dep. Manoel Affonso23. Proj. de Lei nO 3.704/84 - Exclui de rendimento

tributável auxílios pagos a desempregados.Autor: Dep. Samir Achôa24. Proj. de Lei n9 3.684/84 - Permite a dedução,

para efeitos do Imposto sobre a Renda e outrosProventos, dos imposto e taxas que especifica.

Autor: Dep. Sérgio FerraraAo Senhor Deputado Cunha Bueno:25. Proj. de Lei nO 3.485/84 - Dispõe sobre a,

concessão de isenção do imposto de renda a empresas de;iconstrução civil na Amazônia Legal.

Autor: Dep. Jorge Arbage .26. Proj. de Lei n9 3.030/84 - Dispõe sobre a,

dedução do lucro real, para fins de imposto de renda de!pessoa jurídica, do dobro das despesas realizadas com a!folha de pagamento e enoargos sociais referentes ardeficientes flsicos contratados para o quadro de pessoal!das empresas em geral. .

Autor: Dep. Dionísio Hage27. Proj. de Lei Comp. n' 173/84-Fixa aHquotas.

Imáximas do Imposto Sobr~rvi!1Os.

Sábado 25 5009

Autor: Dcp. Natal GalcAo Senhor Deputado Manoel Affonso:28. Proj. de Lei n' 4.713/84 - Estabelece limites à.

cobrança de despesas de operações financeiras efetuadaspelos estabelecimentos de crédito e o comércio em geral.

, Aut,or: Dep. Theodorico Ferraço29. Proj. de Lei n' 4.627/84 - Introduz no Estatuto

da Microempresa normas relativas ao tratamentofavorecido, diferenciado e simplificado à"Microempresas de Nível Rural", e dá outras'providências.

Autor: Dcp. Osvaldo Nascimento30. Proj. de Lei n. 1.515/83 - Proíbe a cobrança de

multa nas contas telefônicas e de energia elétrica.Autor: Dep. Sergio Lomba

Ao Senhor Deputado Gerardo RenauU:31. Proj. de Lei Comp. n' 248/84 - Acrescenta

parágrafos aos artigos 173 e 174 do Código TributárioNacional.

Autor: Dep. Antônio Osório.32. Proj. de Lei Comp. nO 116/83 - Isenta a

microempresa dos impostos das três esferas de governo.I Autor: Dep. Rubens Ardenghi

Ao Senhor Deputado Joào Alberto de Souza:33. Proj. de Lei nO 4.765/84 - Estabelece correção

,monetária para os débitos da administração federal.. Autor: Dep. Denisar Arneito

34. Proj. de Lei n9 4.795/84 - Dispõe sobre o Lastro·dos Títulos Públicos Federais. (digo, Lastro-Ouro).

Autor: Dop. Paulo MincaroneAo Senhor Deputado Eduardo Galil:35. Proj. de Lci nO 2.176/83 - Dispõe sobre a

concessão de beneficio fiscal às pequenas e médias:empresas prestadoras de serviços, e dá outrasprovidências.

Autor: Dep. Hugo Mardini

36. Proj. de Lei nO 1.863/83 - Dispõe sobre a sim­plificação no processo de abertura e funcionamento deempresas, e dá outras providências.

Autor: Dep. Francisco Dias ,Ao Senhor Deputado Gustavo Faria:37. Proj. de Lei n. 2.020/83 - Dispõe sobre a fabri­

cação, comercialização e transporte dos psicotrópicos, edá outras providências.

Autor: Dep. Antonio Pontes.38. Proj. de Lei n. 3.946/84 - Fixa o limite da área

do imóvel máximo rllral a ser ocupada por lavoura per­manente ou temporária de uma só espécie e determinaoutras providências.

Autor: Dep. José Carlos TeixeiraAo Senhor Deputado Eduardo Suplicy:39. Proj. de Lei nO 1.544/83 - Altera a redação do §

1. do art. I' da Lei n' 4.357, de 16 dejulho de 1964, e de­termina outras providências.

Autor: Dep. Nelson do Carmo40. Proj. de Lei nO 4.920/84 - Cria a obrigatorieda­

de do pagamento de juros aos correntistas das insti­tuições financeiras públicas e privadas, e determina ou- .tras providências.

Autor: Dep. Fiávio BierrenbachAo Senhor Deputado Herbert Levy:41. Proj. de Lei nO 5.004/85 -:,' "Dispõe sobre'

isenção do recolhimento do Imposto Sobre TransportesRodoviârios, no caso que especifica".

Autor: Dep. Francisco Amaral42. Proj. de Lei n94.831/84 - Torna obrigat6rio o

recolhimento dos tributos federais atrav~ somente do,Banco do Brasil, da Caixa Ecofiômica Federal e pelosbancos oficiais estaduais.

Autor: Dep. Sérgio LombaAo Senhor Deputado Amaral Netto:43. Proj. de Lei n' 847/83 - Prolbe a atividade de

empresa estrangeira na prestação de serviços de salide e I

no comércio de sangue humano.Autor: Dep. José Frejat44. Proj. de Lei nO 4.232/84 - Proíbe aos bancos a

cobrança de multas em contas nllo movimentadas. I

Autor: Dep. Sérgio LombaAo Senhor Deputado Hélio Duqu~:

45. Proj. de Lei n9 4.095/84 - Dá nova rcdaçilo aoart. 20 do Decreto-Lei n9857, de J1 de !letembro de 1969,que;, "consolida e altera a legíslação sObre moeda de pa- ,gamento de obrigações exi'l!1fveis no Brasil".

5010 Sábado .25

Autor: Dep. Myrthes Bevilacqua46. Proj. de Lei n" 3.900/84 - Permite o abatimento

no rendimento bruto das pessoas físicas, para efeito decálculo do imposto de renda, das despesas com medica­mentos, aparelhos ortopédicos c óculos.

Autor: Dep. Paulo ZarzurAo Senhor Deputado Siegfried Hcuser:47. Proj. de Lei n" 3.414/84 - Introduz modifi­

cações na Lei n" 6.045, de 15 de maio de 1974, que alte­rou a constituição e a composição do Conselho Mone­tário Nacional.

Autor: Ndson do Carmo48. Proj. de Lei n' 1.989/83 - Acrescenta parágrafo

ao ar!. 3" da Lei n' 5.lO7, de 13 de' setembro de 1966, quecriou O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, estabe­lecendo a mensalidade para crédito dos valores relativo,;a juros e a correção monetária.

Autor: Dep. Marcelo GatoAo Senhor Deputado Rubem Medina:49. Proj. de Lei n' 2.252/83 - Esteude às empresae

hotdeicus a tarifa ",;pccial de energia elétrica cobrada àindústria em geral.

Autor: Dep. Santiuho Furtado50. Proj. de Lei n" 4.538/84 - Altera o Decreto-Lei

n' 2.062. de 4 de outubro de 1983, para o fim de restabe­lecer a exigência de juntada do Certificado de Habili­tação Profissional à declaração de rendimentos das pes­soas fisicas assistidas por contador ou técnico em conta­bilidade.

Autor: Dep. Henrique Eduardo AlvesAo Senhor Deputado Djalma Bessa:51. Proj. de Lei n' 4.678/84 - Isenta da incidência

do Imposto de Renda dos alugueres de imóveis novos,nas condições que especifica.

Autor: Dep. Sérgio LombaAo Senhor Deputado Antônio Farias:52. Proj. de Lei Comp. n' 238/84 - Isenta o prédio

que seja sede própria de entidade sindical do impostopredial urb ano.

Autor: Dcp. José Carlos FagundesAo Senhor Deputado Antônio Osório:53. Proj. de Lei n' 5.022/85 - Permite abatimento

de 50% das dcspcsas de instrução, para fins de incidénciado Imposto de Renda.

Autor: Dep. Celso PeçanhaAo Senhor Deputado Israel Pinheiro Filho:54. Proj. de Lei n' 84/83 - Obriga a indicação do

preço c do prazo dc validade na embalagem de produtosà disposição do consumidor, e dá outras providências.

Autor: Dep. Elquisson SaoresÀ Senhora Deputada Cristina Tavares:55. Proj. de Lei n' 4.582/84 - Altera dispositivo do

Decreto-lei n' 986, de 21 de outubro de 1969, que,"insti­tui normas búsicas sobre alimentos".

Autor: Dep. José Carlos TcixeiraBrasília. 24 de maio de 1985. - Maria Laura Couti­

nho, Secretária.

ERRATA

Exclua-se da Distribuição n' 04/85, de 16-4-85, o item35 - Projeto de Lei n' 1.107/83, distribuído ao SenhorDcputado Antônio Farias. O referido PL., considerado

. desaparecido, foi reconstituído de forma indevida, umavez que, anteriormente, já havia sido distribuído ao Se­nhor Dcputado Ricardo Fiúza. Localizando-o posterior­mente, devolveu o mesmo a esta Comissão, devidamenterelatado.

Brasília - DF, 20 de maio de 1985. - Maria LauraCoutinho, Secretária

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA4' Reunião Ordinária, realizada em 8-5-85

Aos oito dias do mês de maio de mil novecentos e oi­tenta e cinco, em sua sala no Palácio do Congresso, àsdez horas. rcuniu-se a Comissão de Educação e Cultura,presentes os Srs. Deputados João Bastos, Presidente; Jô­nathas Nu nes e Randolfo Bittencourt, Vice-Prcsidentes;Rómulo Galvão. Francisco Dias, Walter Casanova, Wil­son Haese. Emílio Haddad, Márcio Braga, BrasílioCaiado, Mauro Sampaio, Dionísio Hage, Álvaro Valle,Rita Furtado, Victor Faccioni, Francisco AmaraI e JoãoIF.ruu;ÜITlo. A~a: Ahertos os '&rabmh{)5~ ~mb a pregidência

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

do Deputado João Bastos, a secretária procedeu à leiturada Ata da reunião anterior, quc foi aprovada sem res­trições. Ordem do Dia: I) Projeto de Lei n' 3.328/84, doSr. Francisco Dias, que. "Dispõe sobre a criação da Dis­coteca Nacional e dá outras providências". Aprovado,por unanimidade, requerimento do Relator, DeputadoÁlvaro Valle, de audiência do MEC e da Biblioteca Na­cional. 2) Projeto de Lei n' 4.696-A de 1984, (Mensagemn' 464/84), do Poder Executivo, que:;. "Dispõe sobre acriação do Instituto Teixeira de Freitas". O Relator, De­putado Victor Faccioni, leu parecer peia aprovação, comadoção do Substitutivo da Comissão de Constituição eJustiça. Concedida Vista ao Deputado Jônathas Nunes.Adiada a votação. 3) Projeto de Lei n' 24 I/83 do Sr. Ino­céncio Oliveira, quc. "Dispõe sobre a responsabilidadepela manutenção do ensino de I' e 2' graus na zona rurale nas sedes municipaü~". Aprovado. por unanimidade, oparccer pela Rejeição, do Relator, Dcputado JônathasNunes. Segue à Comissão de Finanças. O Sr. Presidentepassa a Presidência para o l' Vice-Presidente, DeputadaJónathas Nunes. 4) Projeto de Lei n' 4.177/84. do Sr.Francisco Dias, que, "Cria, em Guarulhos, no Estado deSào Paulo, as Facuidades de Medicina e Odontologia ede Engcnharia, e dá outras providências." Aprovado,por unanimidade, o parecer Favorável, do Relator, De­putado João Bastos. Segue à Comissiío de Finanças. ODeputado João Bastos reassume a Presidência. 5) Proje­to de Lei n" 4.324/84, do Sr. Francisco Dias, qu~ "Auto­riza a criação, em Guarulhos, no Estado de São Paulo,de Escola técnica Federal, a nivel de 2' Grau." Aprova­do, por unanimidadc, o pareccr Favorável, do Rclator,Deputado Francisco Amaral. Segue à Comissão de Fi­nanças. Comunicações: I) O Sr. Presidente comunicouao Plenário a audiéncia da Comissão de Educação e Cul­tura com o Exm' Sr: Ministro da Educação, no dia se­guinte, nove do corrente, solicitando ao Deputado Jô­nathas Nunes que lesse a pauta dos assuntos a serem tra­tados com S. Ex'. 2) O Sr. Presidente registrou a pre­sença do Sr. Bcnicio Cunha Melo, um dos dirigentes daentidade nacional que congrega as pessoas portadoras dedeficiência física. Registrou, também, a presença da pre­feita Juvenice Maia, de Jiquiriçá - BA. Encerramento:Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente encerrou apresente reunião às doze horas e dez minutos. E, paraconstar, eu Heris Medeiros Joffily, secretária substituta,lavrei a presente Ata quc, lida e aprovada, será assinadapelo Sr. Presidente e publicada no Diário do CongressoNacional.

COMISSÃO DE ESPORTE E TURISMO

4' Reunião Ordinária, realizada nodia 18 de abril de 1985

Às nove horas e quarenta minutos do dia dezoito deabril de hum mil, novecentos c oitenta e cinco, instalou·sc a quarta reunião ordinária da Comissão de Esporte eTurismo, no plenário da Comissão de Defesa do Consu­midor. Havcndo número legal, o Senhor Presidente, De­putado José Moura. abriu os trabalhos, com a dispensada leitura da ata da reunião anterior, considerando-se amesma aprovada. Compareceram os seguintes SenhoresDeputados: Aloysio Teixeira, Manoel Ribeiro, Oly Fa­chiu, Milton Reis, Aécio de Borba, Alércio Dias, MarcioBraga, Robcrto Rollemberg, Ciro Nogueira, Luiz Henri­que, Elquisson Soares, Hélio Manhães, Agnaldo Timó­teo, Léo Simões e Manoel Affonso. A reunião destinou­se ao depoimento do Senhor Giulite Coutinho, Presiden­tc da Confederação Brasileira de Futebol, conforme re­querimento de iniciativa do Senhor Deputado MarciaBraga e a propósito de den úncias de corrupção nas Fede­rações Estaduais de Futebol, veiculadas em reportagensda revista Placar. Com a palavra, o dirigente da CBFdiscorreu sobre os oito itens do requerimento que moti­vou o seu comparecimento à Comissão, observando, notocante às denúncias da revista, que o próprio autor dasrcportagens, jornalista Marcelo Rezende, em depoimen­to no dia onze do corrente, perante este órgão técnico,eximiu a CBF e seu Presidente de quaisqucr rcsponsabili­dades ou envolvimento nos fatos arrolados. Essa po·sição, notou ainda, foi ratificada por Placar, em editorialpublicado no número setecentos e setenta e dois, dequinze de março último, intitulado. "A Bem da Verda­de~~. O convidado esclareceu. por outro lad.o, que, na

Maio de 1985

forma da legislação vigente, a CBF não tem nenhum po­der de fiscalização sobre a administração das FederaçõesEstaduais. Finda a palestra e depois de responder a inter­pelações do Senhor Deputado Marcia Braga, intervie­ram com manifestações sobre o assunto os seguintes Se­nhores Deputados: Oly Fachin, Elquisson Soares, Ro­berto Rollemberg, Alércio Dias, Aécio de Borba, MiltonRcis e Heráclito Fortes. O Senhor Prcsidcnte registrou aspresenças do Vice-Presidente da CBF, José Ermirio deMorais; do Presidcnte da Federação Metropolitana deFutebol de Brasilia, Adilson Peres; do Presidente da Fe­deração Catarinense de Futebol, Pedro Lopes; do Pres.i­dente do Comitê Olimpico Brasileiro, major Sylvio dcMagalhães Padilha; e do Diretor Jurídico da CBF, An­dré Richer. Ao encerrar a reunião, o Senhor PresidenteDcputado José Moura agradeccu o comparecimento doPresidente da CBF e leu requerimento do Senhor Depu­tado Marcia Braga, sugerindo que a Comissão convide onovo Diretor da Secretaria dc Educação Física e Despor­tos do Ministério da Educação, Senhor Bruno da Silvei­ra. a expor as linhas do seu programa de açào à frente doórgão. A sugcstão foi aprovada pelo plenário. As notasgravadas, depois de transcritas, farão parte destes regis·tros. A sessão foi encerrada às doze horas e vinte minu­tos. E, para constar, eu, Maria Linda Morais de Maga­lhães, Secretária, lavrei a presente ata, que. após aprova­da, será assinada pclo Senhor Presidcntc Deputado JoséMoura e irá à publicação.

COMISSÃO DE ESPORTE E TURISMO

Convidado: Mareelo Rezende

Qualificação: Jornalista

Data da rcunião: 1104·85

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) - De­claro abertos os trabalhos da Terceira Reunião Ordi­nária, do corrcnte ano, da Comissão de Esporte e Turis­mo, que tem por objetivo principal ouvir o JornalistaMarcelo Rezende sobre denúncias de corrupçiío nas Fe­deraçõcs Estaduais de Futebol.

(É aprovado o pedido de dispensa da leitura da ata.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Faehin) - Oconvite para que o Jornalista Marcelo Rezende compa­recesse a esta reunião decorreu do requerimento do De­putado Márcio Braga, em virtude de uma série de repor­tagens feitas na revista Placar, que tiveram início no dia8 de março de 1985, sob o título, "Corrupção - PodresPoderes", onde a situação das Federações Estaduais deFutebol é analisada de acordo com a documentação queo ilustre j ornalista se prontificou a apresentar, se for dointeresse dos membros desta Comissão. S. Sa. disporá detrinta minutos para fazer sua exposição, podendo esseprazo ser prorrogado por quinze minutos. Após a pales­tra, o convidado estará à disposição para responder àsperguntas que os membros da Comissão houverem porbem formular. S. Ex' traz - repito - documentaçãoque fará chegar à Mesa no momento em que pres,tar de­poimento s"bre esses fatos.

Convido o ilustre Jornalista Marcelo Rezende a fazerparte da Mesa, para proferir a sua palestra.

O SR. DEPUTADO ROBERTO ROLLEMBERG­(Intervenção fora do microifone - Inaudível)

O SR. PRESIDENTÉ (Deputado Oly Fachin) - Foifeito requerimento no sentido de ouvirmos o JornalistaMarcclo Rczende e o Presidente da CBF, Giulitc Co uti­nho. O convite foi formulado a ambos através de oficioe, posteriormente, conforme decidido em reuníão desta'Comissão, o Sr. Giulite Coutinho foi consultado, por te­lefone, se viria na mesma data ou após a apresentaçãodos documentos pelo Jornalista Marcelo Rezende. S. Sa.preferiu a segunda opção, o que foi melhor, pois não ha­veria tempo de ouvirmos os dois no mesmo dia.

O SR. DEPUTADO ROBERTO ROLLEMBERG(Fora do microfone - Inaudível)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) - OSr. Giulite Coutinho foi consultado se preferia vir nomesmo dia ou em data posterior à aprescntação dos do­cumentos pelo Jornalista Marcelo Rezende. S. Sa. optou.-:- resposta dada por telefone -.pela :legunda hipótese,

Maio de 1985

ou seja, comparecer em data posterior e já sob a novaPresidência, mas de acordo com o que fora decidido emreunião desta Comissão.

(Aparteante não identificado) - Pela ordem, Sr. Pre­sidente. Em face da indagação feita pelo Deputado Ro·berto Rollemberg, gostaria de dizer a V. Ex' que faleicom o Presidente Giulite Coutinho anteontem, por tele·fone, e ele me dil'ise que viria a Brasília ontem, mas, infe­lizmente, cm face do que ocorreu nesse dia, não pude vê­lo ou ouvi-lo. S Sa. me disse que pretendia comparecer aesta Comissão no dia 18 próximo, quando falará sobre aposição da CBF em face dessas denúncias de corrupçãonas Federações Estaduais de Futebol.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) ­Agradeço ao nobre Deputado pela informação.

Concedo a palavra ao ilustre Jornalista Marcelo Re­zende, por trinta minutos. Entretanto, se S. Sa. entendernecessâria a prorrogação do prazo, nós a concederemospara que todos os fatos que devem ser apresentados o se­jam com a devida eficiência, esgotando·se a matéria,porque é esse o interesse da Comissão diante dos fatosque realmente preocupam toda a comunidade esportivabrasileira. Posteriormente, conformejá disse, os Srs. De·putados farão as perguntas que desejarem e V. Ex' terátambém a oportunidade de apresentar os documentosque traz consigo.

O SR. MARCELO REZENDE - Sr. Presidente,nobre Deputado Oly Fachin, Srs. Deputados membrosda Comissão de Esporte e Turismo, é para mim, umagrande honra vir a esta Casa do povo falar sobre esporte,assunto por que me interesso desde menino e a que estouligado profissionalmente há quinze anos. Sinto grandeprazer em saber que esta Comissão, desde a sua criação,vem lutando para moralizar essas deslavadas ­deculpem-me o termo - corrupção e incompetência,que não grassam só no esporte, mas em todas as áreas noPaís, fundamentalmente a partir dessa ditadura de vintee um anos.

Quero dizcr a V. Ex's que quem lê a reportagem senteimediatamente um impacto, mas acho que a causa é maisimportante que isso, porque é conseqüência. A reporta­gem nada mais é do que a conseqüência de uma série dedesmandos, que começa pela própria legislação desporti­va, principalmente a partir da criação do voto unitário.Não é o único mal, mas, inegavelmente, é o maior maldo esporte brasileiro, fudamentalmente no que se rela­ciona com o futebol.

Essa legislação esportiva, como V. Ex's bem sabem,foi inspirada na Itália de Mussolini e trazida para o Bra­sil em pleno Estado Novo, com o então Presidente Gc­túlio Vargas. Essa legislação foi depois aperfeiçoada - edigo aperfeiçoada no seu autoritarismo - no Governomilitar do General Ernesto Geisel. Aí, tivemos o votounitário, que, no meu modo de ver, iguala forças desi­guais. Iguala o Flamengo, o Corinthians, o Palmeiras, oAtlético, o Sport, clubes de grandeza ...

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Com o EstivaFutebol Clube.

O SR. MARCELO REZENDE - ... com o Estiva Fute­bol Clube, como disse o nobre Deputado Mílton Reis.Então, esse é o problema maior. O voto unitário propor­ciona que assembléias de federações sejam decididas porclubes amadores, por ligas de esquina, que se reúnem aossábados. Senhores barrigudos que recebem um jogo decamisa e, nas assembléias gerais, decidem os destinos dofutebol brasileiro.

O que é necessário fazer, no meu modo de ver, é passaras decisões do futebol brasileiro aos clubes, pois são elesa célula mater do futebol brasileiro. São os clubes queangariam torcedores, são os clubes, afinal, o grande estí­mulo para o torcedor, o grande estímulo para que essaemoção nos apaixone cada vez mais. Vcjam V. Ex's o se­guinte: a ingerência do Estado é tanta no esporte brasi­leiro - isso é um dado curioso- que, em 1917, quandoeclodiu no Brasil inteiro uma greve operária, o Estado li­berou os campos de futebol para os negros, para os mu­latos, para os operários em si. Até então, o futebol, nes­se início de século, era uma coisa estritamente de elite,fudamentalmente dos ingleses que dominavam os negó­cios no Brasil. A partir da greve operária de 1917, o Esta­do fez com que os Municípios não mais cobrassem im-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

postos sobre os campos de futebol e até mesmo os estu­dantes do colégio secundário, que eram suspensos, à é­poca, por jogarem futebol, tiveram então suas suspen­sões liberadas, isto é, foram suspensas as suspensões, seme permitem a redundância. Na verdade, desde o iníciodo século o Estado tutela o esporte.

Tivemos um exem pio recentemente, há duas semanas,quando poucas centenas de conselheiros elegeram onovo Presidente do Corinthians, uma pessoa ligada àpior área da história do clube, uma área de derrotas. Mi­lhões de torcedores corinthianos foram frustados na suaemoção, e, fundamcntalmente, a democracia corinthiananada mais era do que uma solicitação do povo, porquejogador é povo. Ali, Unhamos um retrato da necessidadeda democracia. Pois aqueles conselhciros arraigados nopoder há décadas trouxeram o mesmo ranço de volta aum dos maiores clubes brasileiros.

Vejam V. Ex's que também a Taça de Ouro quc agorafoi disputada - e esse não é o nosso tema aqui; o nossotema envolve as fedcrações - nada mais é do que umadecisão de cima para baixo, que os grandes clubes nãoqueriam. As Federações reuniram e obrigaram a reali­zação da Taça de Ouro que, até agora - não são minhaspalavras, mas do Presidente da Confederação Brasileirade Futebol, Dl'. Giulite Coutinho, numa entrevista cole­tiva, anteontem, à imprensa - já deu prejuízo de três bi­lhões de cruzeiros.

Mas seria o dinheiro a coisa mais importante? Seria odinheiro o arranquc disso tudo? Seria o dinheiro onde cs­taria concentrada a causa principal? Não. A causa prin·cipal é qualidade técnica do nosso futebol. Os nossos tor­cedores se afastam dos estádios. Posso fornecer um dadoa V. Ex': naemoçào do Campeonato do Mundo de 1970,

·0 Rio de Janeiro tinha 88% de pcssoas envolvidas pelofutebol. Essa taxa caiu a 33%, portanto, quáse 50 pontospercentuais. É evidente que ali vivíamos a cuforia de1970. Euforia do Futebol, porque 1970 não foi um anopródigo na História deste País. E essa queda se deu emtodo o Brasil. Falo do Rio de Janeiro apenas para citarum grande ccntro, mas V. Ex' sabem quc scus Estadostambém o futebol vem caind'l. Não são, então, três bi­lhões o mais importante.

Aí caímos nas Federações. O Estado tutelou, c a Fede·ração nada mais é do que essa célula que mantém pelocaminho errado o futcbol. Para que serve uma Fede·ração, pergunto a V. Ex'? A Federação serve para armarum calendário, para fazer um registro de jogador? Massó para isso? E para todas essas corrupções aqui citadas.São vinte e três páginas. Em raríssimos lugares não existea corrupção. Vou citar um. Está aqui o Presidente da Fe­deração de Brasília, Dl'. Adilson Peres, que tem uma Fe­dcração pobre e não o eito por estar presente, porque, scoutro estivesse presente, eu diria o contrário que vem lu­tando dentro das dificuldades que são as do futebol deBrasília.

Então, entendam V. Ex' o seguinte: primeiro, sou deopinião que as Federações devem acabar. Já disse issooutro dia num debate do jornal. "O DIA", do Rio de Ja­neiro, em que o expositor era o Presidente Giulite Couti­nho. Achava como acho que as Federações têm que aca­bar. Elas não adiantam para absolutamcnte nada, c mi­nha resposta, já nesse debate com o Dl'. Giulite Couti­nho, que chegou a concordar comigo, é que deveriamfuncionar como funciona a Ordem dos Advogados doBrasil, com seções regionais e nada mais com que isso.Numa seção regional, com um representante, o seu con­selho arbital faz o campeonato, o registro é feito imedia­tamente pelo próprio represcntante, e não precisa dessasuntuosidade, desse gasto exagerado com Federaçõespor último, se isso não for a solução, que se scparcm Fe­derações de profissionais de Federações de amadores,porque Federação de profissionais não pode se metercom amadores, pois os poucos presidentes de Federaçãoque têm boas intenções ficam tutelados pelos clubesamadores, que são, no fim das contas, os que decidem osdestinos do esporte brasileiro, os destinos do futcbol bra­sileiro, uma paixão nacional. Ou se acabe as Federaçõese se criem representações, tal como faz a OAB, ou entãose separe o joio do trigo. Faça-se profissionais de umlado amador do outro.

Posso dizer a V. Ex' o seguinte: cheguei a essa conclu­são em função de seis meses vivendo exclusiva.tllcnte cmtorno das Federações. Visitei as vinte e. duas Federações

Sábado 25 501 IzJoI

profissionais do Brasil, ao longo de cinco meses. O pri­meiro mês, eu passei em pesquisa. Posso dizer a V. Ex'que o que ouvimos dizer, ou ouvíamos dizer, porqueagora está escrito, era muito pouco diante da realidade.Alguns de V. Ex' que militaram no esporte têm experiên­cia e sabem muito bem disso. Falávamos ainda há poucosobre o falecido Rubem Moreira, que era considerado orei do Norte e Nordeste e que fazia todo desmandopossível, toda corrupção possível no Estado de Pernam-buco. .

As Federações têm seus conselhos ficais escolhidos pe­los próprios presidentes. Agora, temos um exemplo deque conselho não é um bom negócio, ou melhor, é umgrande negócio, a partir do exemplo do Brasilinvest,onde o Presidente da Volkswagen, O Presidente da Varige o Ministro para Assuntos Extraordinários da NovaRepública estão todos envolvidos, porque participavamde um conselho sem olhar as contas, sem se preocuparemcom as contas do Brasilinvest. A mesma coisa ocorre nasFederações de Futebol, onde os conselhos são cscolhidospelos seus presidentes e passam a mão por cima ou sim­plesmente não vêem nada, ao ponto de, em Pernambuco,um membro do conselho fiscal assinar um balanço total­mente equivocado no leito onde estava adoentado. Elesimplesmentc não viu. E isso é um exemplo entre todos.Há mais coisas, e tenho documentos para provar, se V.Ex' assim necessitarem. Tribunais de Justiça Desportivarecebendo Jeton diretamente da presidência das casas.Ora" Excelências, com que isenção alguém julga algumacoisa se é financiado pelo próprio interessado? Qual aisenção que alguém tem para julgar? Precisamos mudartambém aí a legislação e mudar as suas características.Um tribunal de justiça Desportiva tem que ser sumário,como, por exemplo na Inglaterra. Se o sujeito faz umafalta e o que a sofreu fica seis meses parado, o agressortambém fica seis meses parado, quando não sofre aindasanções paralelas.

Também posso dizer a V. Ex' sobre a construção desedes suntuosas. Os objetivos são sempre construir scdes.Então, chega-se a Pernambuco, num País pobre comoeste, e vê-se que a sede é toda de mármore e vidro fume.Chega-se ao Piauí, de ondc nem eu sei a rcnda per eapitae talvez nesta. Mesa só V. Ex', homens ilustres que são e

preocupados com os dcstinos da nação chcga-se aoPiauí e vi>-se que o Estado se dá ao luxo de ter duas se­des. Por último, comprou uma sede de um parente doVice·Presidente. E cada scde vale 300 milhões dc Cruzci­ros. Se V. Ex' somarem, verão que são 600 milhões decruzeiros ao dinheiro do ano passado. E cu lhes pergun­to: tem necessidade o Piauí de ter duas sedes? Não temnecessidade nem de ter futebol profissional.

Outro problema muito sério é a procuração para o vo­to. A procuração para o voto é urna excrescência dentrode todo esse processo, porque os presidentes tutelam, nasAssembléias Gerais, fundamentalmente os clubes ama­dores, trocam os votos por jogos de camisa, por uma bo­la, enfIm, por pequenos favores, e pegam as procurações.Mato Grosso foi assim, e assim é em todo lugar. E paracitar - e o nobre Deputado Marcia Braga há de concor­dar comigo. no próprio Rio de Janeiro, que é uma gran­de capital, o mesmo acontece, onde o Sr. Otávio PintoGuimarães ficou 18 anos e agora entrou o Sr. EduardoViana, que atende pelo apelido de Caixa D"água. E o fu­tcbol do Rio de Janeiro há de transbordar.

Então, vejam V. Ex', isso é relacionado às Federaçõesde Futebol. Agora, como essas Fcdcrações de futebol vi­vem, pergunto eu a V. Ex'? Ora, elas têm que viver deverba. O dinheiro não surge do nada. Uma das verbasvem da Loteria Esportiva. Precisa ser imediatamentecorrigido o decreto que instituiu a Loteria Esportiva. Porquê? Porque esse decrcto simplesmente não se preocupaem como é gasto o dinheiro da Loteria Esportiva. A Cai­xa Econômica banca o jogo e fica com um quinto dessedinheiro, n1lo se sabe por quc, já que esse dinheiro temque ser revertido para o esporte, não tem que ser para aLBA, não tem que ser para a Caixa Econômica. Quemtem que se favorecer são os clubes de futebol, que são ­repito - a célula mater desse esporte que nos emociona.A Loteria Esportiva simplesmente não prevê como sepresta conta. Um presidente de Federação presta contada seguinte maneira: com um plano. Ela faz um plano ediz: "Eu gastei comprando tijolos. Eu gastei montandouma sede. Eu gastei fazendo isso ou aquilo".

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, Ora Srs. Deputados, tenho aqui uma prestação decontas, que V. Ex' hão de ver, do. Estado do EspiritoSanto. A primeira prestação de contas está totalmenteequivocada. Foi inicialmente aceita pelo DEMEC, isto é"pela Delegacia Regional do MEC no Estado do EspíritoSanto. Rejeitada a proposta, ou melhor, rejeitada a pres­tação de contas. o que faz o próprio Adjunto de Secreta­ria? Ele pega um rascunho e mostra ao Presidente da Fe­deração do Espírito Santo como tem que fazer. Não bas­tasse issó, ele manda para uma terceira prestação de con­tas um funcionário da Delegacia do MEC no Estado do'Espírito Santo, para fazer a prestação de contas na con­tabilidade, isto é. foi casar documentos. Eu posso mos­trar a V. Ex'; porque eu tenho aqui as três com a assina­tura autêntica do Secretário-Adjunto. Eu lhe pedi querubricasse todas as três prestações de contas. E aí V. Ex'que são os representantes do povo, é que têm responsabi­lidade, em último análise. sobre isso, porque o decretoda Loteria Esportiva s6 serve, em relaçãn às Federações,para gastos sem o menor intuito de favorecer o futebol,e, sim, as vaidades pessoais então, esse é um aspecto.Surgiro a V. Ex' que criem um dispositivo legal, para queas prestações de contas da Loteria Esportiva, por ser umdinheiro público, sejam analisadas pelo Tribunal deContas c não por esse nefasto Conselho Fiscal criadoainda sob a ditadura de Getúlio Vargas. ~ preciso queesse dinheiro público passe pelos Tribunais de Contas e

. não fique na mão desses homens incompetentes e cor­ruptos na ~ua maioria - repito - com raríssimas ex­ceções.

Mas uão é só da Loteria Esportiva que vivem as Fede­rações. Há o dinheiro da CBF. que são as verbas dadaspela CBF. As verbas da CBF são dadas dentro do se­guinte critério: ao fim de cada ano, há uma convocaçãopara uma Assembléia Geral. Normalmente na primeiraquinzena de janeiro, essa Assembléia Geral se reúne noprédio da CBF, no suntuoso prédio da CBF. Se V. Ex'não sabem. a FIFA só passou a ter um prédio suntuosocom (j Dr. João Havelange. Antes era uma salinha comdois velhinhos e o futebol funcionava perfeitamente.Mas a CBF tem uma sede suntuosa num país pobrecomo este.

o SR. DEPUTADO MILTON REIS - Feita pelopróprio Sr. João Havelange. Tem até o nome dele.

O SR. MARCELO REZENDE - Feita pelo próprioSr. João Havelange, como disse o nobre DeputadoMilton Reis. Essa verba é estipulada numa AssembléiaGer"l. Até aí tudo bem. O problema não é da verba pro­priamente dita. O problema é como essa verba é aplicadae como ela retoma para o futebol, e simplesmente nãoretoma. Vive em construção de sede, vive em apadrinha­mento. vive funci'Jnando tudo, menos para o futebol nasua maiDria. E o que é pior, não há prestação de contasdesse dinheiro dado. nem mesmo o plano de aplicação.Porlantu. a verba é rep.essada às Federações sem um pla­no de gasto e sem prestação de contas. Ora, fica muitofácil quando lhe passo o dinheiro e não tenho que lheprestar contas. V. Ex', que são os representantes do povonesta Casa, têm que prestar contas a esse povo. Eu. naempresa em que trabalho, a cada viagem que faço presto

: contas, e assim ê. Isto é uma rotina administrativa. Não. se prestam contas. Posso adiantar a V. Ex', e quando oPresidente da Confederação Brasileira de Futebol, Dr.Giulite Coutinho, aqui estiver, há de confirmar que apartir dessa reportagem, baixou uma norma em que todoo dinheiro terá que sair com um plano de aplicação e vol­tar para um segundo pedido com a prestação de contas.O Dr. Giulite Coutinho também ficou atônito com a ma­téria. Então. ele mudou.

Não sei se V. Ex' têm o Decreto-lei n' 7.674/45, queinstituiu os Conselhos Fiscais. também inspirado naItália de Mussolini, também feito pelo ditador GetúlioVargas na época. Previu o Conselho Fiscal, mas não oseu funcionamento. E aí, imagino eu, a CBF como res­ponsável pelo futebol brasileiro. tinha que ter um depar­tamcilto que julgasse as contas das Federações. Não po­dem as Federações julgar as sua, próprias contas. O di­nheiro da Loteria devia ser julgado pelo Tribunal deContas c (I dinheiro outro das Federaçõe, pelo órgãocompetente da CRF, e não ficar ao bel-prazer dos Srs.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Presidentes. E quero dizer mais, que isto não se reportasó às Federações, porque, se V. Ex' pararem para pen­sar, também nos clubes de futebol ocorre a mesma coisa,haja vista, na penúltima semana, °que ocorreu no pró­prio Fluminense, onde a conta do Presidente ManuelSchwartz foi impugnada pelo seu Conselho Deliberativo.Não sei se houve golpe político ou não, o fato é que ascontas foram obstaeulizadas.

Então, esta é a questão central, como esse dinheiro égerido, e a partir daí chegar aqui. Pensávamos nós que aCBF fosse intervir a partir dessa matéria. Mas, infeliz­mente, a CBF não pode. No seu Estatuto, art. 79 e no art.31, prevêm a intervenção. O art. 31 faz uma ressalva: ­"de acordo com a legislação vingente". E a legislação vi­gente nos reporta ao Decreto nQ 80/228, que é o que pre­vê a legislação a fim de moralização e a fim espeeffico demanter a ordem esportiva. Mas há uma ressalva tambémno próprio decreto, "sem poder se imiscuir" - e é este otermo - "nos problemas internos da Federação". E aCBF se viu impedida de intervir. E também por um ou­tro artigo do seu Estatuto, o art. nQ 17 - e este é o maisimportante na sua letra "F", que prevê que com doisterços da Assembléia Geral pode ser pedido "impaech­ment" do Presidente. E foi por este mesmo artigo que aTaça de Ouro é hoje o que é. Os Srs. Presidentes de Fe­deações se reuniram e ao apresentarem um requerimentoprotocolado pela CBF - e tenho aqui este requerimen­to, se V. Ex' tiverem necessidade ou quiserem ler - pro­punham a mudança de alguns artigos da CBF. Sobreessa proposta está o nefasto art. nQ 17, que é democráti­co, em última análise, mas que serviu para uma atitudeantidemocrátiea. Foi usado casuisticamente. Na verda­de, colocaram o Dr. Giulite Coutinho contra a parede:"Se o Senhor forçar a Taça de Ouro, pedimos o seu "im­peachment". E a partir daí a Taça de Ouro passou a ser oque é. Pois tem - o último aspecto, para não se prolon­gar mais - caímos no CND. Ora, quem devia tomarprovidências era o CND, não há outra saída. É, na ver­dade, quem pode tomar essa providéncia por lei. Mas oCND como V. Ex' bem sabem. foi, nestes últimos 21anos de ditadura militar. cabide de emprego de militares,de coronéis e generais, homens pouco afeitos às causasesportivas. V. Ex' poderiam me perguntar, como já meperguntou o nobre Deputado. se nenhum clube. até ago­ra. fez denúncia ao seu CRD, ao Conselho Regional deDesportos para repassar ao CND. É evidente que muitosclubes o fizeram, mas simplesmente essas denúncias fica­ram perdidas nos meandros do CND, por outro motivo- e este também é um problema que V. Ex'. tem que rc­solver: o CND. quando recebe a denúncia, se resporta àConfederação Brasileira dc Futebol e esta não mandaaveriguar o que há. Ela simplesmenté consulta o Presi­dente da Federação. Ora. digamos que eu mate um de V.Ex': se mc perguntar o ExmQ Sr. Juiz se eu matei e só va­ler a minha palavra, eu direi que não. Eu não vou preso.E é assim o processo.

Por isso, imagino eu, para resumir e para não me pro­longar mais, que V. Ex' podem entender, com esse pe­queno relato, como funciona o esporte brasileiro, e a queponto chegou. É isto que tenho a dizer, e me coloco àdisposição de V. Ex'. Muito obrigado. (Palmas.)

o SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin)como primeiro inquiridor tem a palavra o DeputadoMilton Reis.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Prezadojor­nalista Marcelo Rezende, ouvi com a maior atenção aexplícita exposição feita por V. S' dando-nos uma aulasobre o funcionamento das Federações. Abordou V. S'um assunto que já é pacífico entre nós da Comissão, qualseja. a modificação do injusto voto unitário que iguala oCorinthians. o Flamengo. o Fluminense. o Cruzeiro. oAtlético Mineiro com a Vargem Futebol Clube, o EstivaFutebol Clube. o que é aberrante. V. S' demonstrou quea legislação autoritária, do tempo do então ditador Ge­túlio Vargas. adveio do facismo da Itália e que poJftanto,ü uso do cachimbo é que faz a boca torta. As modifi­cações havidas \10 tempo imperial do Governo do ex­Presidente General Ernesto Gciscluão poderia ser, por·i.2ntoo de outra fonna. a n2ú ser dentro da pr6pria fnos(j~

fi.';! do centralismo que impt;relU. 3.0 iongn de quase 2J

Maio de 1985

anos de ditadura militar. V. Ex' estarreeeu a Nação comreportagens e com provas quc a mim me parecem refutá­veis. segundo as quais as Federações Estaduais de Fute­bol, quase todas, com honrosas exceções... É V. Ex'realçou aqui a do Jornalista Adilson Peres, de quem te­nho a honra de ser conterrâneo. Ele é da minha PousoAlegre e aqui reside. O pai dele é o Presidente e dono doCEUB. Conheço, portanto, a famma Peres de longe. asua tradição de correção. que a mim, portanto, não sur­preende. Mas V. Ex' demonstrou casos aberrantes, comoeste do Piauí e é pena que o Deputado Heráclito Fortesaqui não esteja, representante daquele Estado, a tituloaté de tomar providências no seu Estado, pelo menos anível de critica. Numa só Federação Estadual de Futeboldois prédios, quando o Estado do Piauí é O que tem, den­tre os Estados da Federação, uma das atuações mais dill­ceis e menos lisonjeiras no que diz respeito à renda percapita, bem como sérios problemas que afligem o seu go­verno e fazerem com que aquele povo seja cada vez maissofrido.

Por outro lado, V. S' demonstrou, numa exp'osiçãoque a todos nós convenceu, que a atual legislação brasi­leira, autoritária, não está permitindo que a própriaCBF, em cuja presidência se encontra um homem honra­do, como V. Ex' há pouco disse O Dr. Giulite Coutinho,possa tomar providências. E o próprio CND, sem dúvi·da alguma sinecura de militares, ao longo deste processotambém não pode adotar as providências que o caso re­quer. Ouvi, com a atenção que a nós nos cabe, não ape­nas a nós desta Comissão, mas a nós membros do PoderLegislativo. sobre a necessidade de se modificar a legis­lação. Há muito, quando presidia esta Comissão o nobreDeputado Marcio Braga, num simpósio sobre o proble­ma do esporte no Brasil e trouxe colaboração expressivasobre vários assuntos pertinentes ao esporte profissionale ao esporte amador. Isso nos deu demonstração e indi­cações nítidas de como deveremos agir para modificarsubstancialmente o esporte amador do esporte profissio­nal. Mas, verificamos, ao longo desses debates. que osclubes, celula mater do esporte. são os grandes sacrifica­dos cm detrimento das Federações, que, sem dúvida al­guma, pouco representam,ou melhoI, que quase semprese constituem de cartolas usufrutários daqueles clubesque levam a efeito a prática do futebol. Com honrosasexceções, repito, as Federações cumprem o papel quelhes cabem.

Portanto, a mim me cabe apenas felicitá-lo. Não cabesequer fazer-lhe uma indagação, porque sua exposiçãofoi nítida. transparente, cristalina e deixou algo bem cla­ro: é necessário que levemos a efeito aqui. na Câmara­e é pensamento da Comissão de hâ muito, do nobre De­putado Mareio Braga, do ilustre Presidente Oly Fachin,do Deputado José Moura, relator geral naquela ocasião.da Comissão, e que vai ser o Presidente de nossa Comis­são. do Deputado Roberto Rollemberg. do DeputadoAlércio Dias, do Deputado Francisco Dias, de quantosintegram esta Comissão criada por inspiração do Depu­tado Marcio Braga e que desde a primeira hora contoucom o nosso apoio. Portanto, cabe-nos louvar a sua ati­tude, ilustre jornalista Marcelo Rezende. que prestoucom essas reportagens que fez um serviço siginificativoao esporte nacional, separando o joio do trigo, mostran­do a corrupção que existe. mostrando ainda a falta de es­crúpulos quando praticamente as verbas são destinadasa fundo perdido, quer as de loteria, quer as da CBF. Masas r~portagens de V. Ex' já deram uma primeira demons­tração de que valeram, porque V. S' há pouco reveliouque o Presidente Giulite Coutinho lhe disse, há algumtempo que a partir de março. se não me engano, o órgãojá irá cobrar todas aquelas verbas que a Confederaçãodistruibui às Federações, obrigando a explicação dasaplicações das mesmas. Ou seja, as verbas. a partir deagora, distribuídas pela Confederação Brasileira de Fu­tebol precisam ser explicadas de maneira clara à Confe­deráção Nacional, sem o que, por certo, as penalidadesirão ocorrer.

Termino as minhas palavras louvando V. S', bemcomo o órgão a que serve com seu talento e com seu"spiritú de ,ei'vir, a revista Placar, fazendo votos para'qne, ao fim dessas reportagens, elas tragam para o espor­tf: brasildro uquilo que foi o seu objetivo, qual seja, (i deserv~-lo.

Maio de 1985

o SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) - Tema palavra o Sr. Marcelo Rezende.

O SR. MARCELO REZENDE - Muito obrigado,Deputado Mílton Reis, eu gostaria que V. Ex' apenas mepermitisse fazer uma retificação: eu não disse que oCND não tinha como intervir, o CND tinha todas ascondições de intervir.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Tem?

O SR. MARCELO REZENDE - Tem todas, absolu­tas condições de intervir. Era o CND que cabia a inter­venção, fundamentalmente, ao CND.

Talvez o Departamento Jurídico da CBF tenha con­cluído pela solução mais fácil. Mas se a CBF chegou àconclusão de que não tinha nada a apurar, como bemdisse o nobre Deputado Marcio Braga - está escrito,portanto, as minhas palavras estão em letra de forma ­enfim se a CBF chegou a esta conclusão, pelos menosuma solução ela tinha em mãos: era não repassar dinhei­ro às Federações. Isto, sim, é o que me parece, pode cairnuma questão jurídica de diversas interpretações. O De­putado Mareio Braga pode ter uma. A lei não é muitoclara, porque há um problema de legislação, há tantasdeliberações que já não se sabe o que vale. São tantas asdeliberações, centenas de deliberações que já não...

O SR. DEPUTADO MARCIO BRAGA - Possointerrompé-Io?

O SR. MARCELO REZENDE - Pois não Deputa­do.

O SR. DEPUTADO MARCIO BRAGA - (Fora domicrofone inaudível.)

O SR. DEPUTADO MARCELO REZENDE - Per­feito Deputado.

O SR. DEPUTADO MARCIO BRAGA - (Inícioinaudível- fora do microfone.) ... e o representante doComitê Olímpico Brasileiro no Conselho Nacional deDesportos é Asscssor Jurídico da CBF. É difícl para V.SI, mas não para as pessoas que ocupam dois, três cargosno desporto nacional e que encobrem as dificuldades,para não dizer irregularidades, de uma e de outra atravêsdo CND. As deliberaçõcs aí estão, a lei diz claramente.isso a mim me parece cristalino. Isto talvez por ter sidotreze anos Juiz de Tribunal, talvez por ter sido presidentede um clube de massa, que envolve interesses muitograndes na sociedade desportiva nacional. Mas é claro,são cristalinos. para quem compulsa, as deliberações, alei e o Decreto n" 80.228 citado por V. S' A apuraçãodesses fatos e dessas irregulariedades não se faz porqucnão se quer, não se faz porque as pessoas ocupam osmesmos cargos, em dois. três órgãos máximos da orien­tação do desporto nacional.

(Aparteante não identificado) - Cabe ao CND.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Cabe aoCND e supletivamente à Confederação, sem a menorsombra de dúvida.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) ­Continua a palavra com o expositor e, no momentooportuno, o Deputado Marcio Braga terá no seu interro­gatório, na sua exposição, oportunidade de expor o seuponto de vista.

O SR. MARCELO REZENDE - Nobre DeputadoMarcio Braga, eu hei de concordar com V. Ex' em re­lação à parte em que se refere mais especificamente aoadvogado André Richer. Foi citado aqui na matéria, e euaté posso ler, se V. Ex's. me permitirem. Eu faço questãode ler: "Ao mesmo tempo Juracy Pedro Gomes, que éPresidente da Federação da Paraíba, procurouaprofundar-se mais na politíca. Como a Paraíba, através

: do ex-Presidente Genival Menezes, havia votado em He­I leno Nunes para a reeleição na CBF, Juracy foi ao Rio

de Janeiro assegurar seu apoio ao novo Presidente Giuli­, te Coutinho, que um ano antes deixara o comando do

Conselho Nacional de Desportos. Misteriosamente, a, denúncia do Botafogo, de que Juracy não prestara con­; tas do ano de 1980 e desviara verbas" - um parêntesi.meu. agora, Se V. Ex's. quiserem ver esta denúncia cu a

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

tenho aqui - "morreu nos bastidores. O advogado An­dré Richer, Diretor Jurídico da CBF e Conselheiro doCND, deu cartas a favor de Juracy. A sentença veio coma lavra do advogado Roberto Abranches, do ConselhoNacionaI de Desportos. "Nada houve - segue o pará­grafo grifado no seu início - "apesar de o Juiz de Direi­to da 5' Vara de João Pessoa, Antônio Elias de Queiro­ba, ter dado a seguinte sentença sobre o mesmo caso naJustiça Comum. O conjunto das provas não conduz ojulgador a considerar boas e válidas as contas presta­das..." Houve omissão na receita da Federação, daquantia de 836 mil e 402 cruzeiros; falta comprovação dedepósito bancário de 131 mil e 833 cruzeiros e 57 centa­vos; foi detectado o empréstimo de 670 mil a favor do Sr.Juracy Pedro Gomes, e este fato não deixa de ser com­prometedor". É o que. diz o Juiz Federal.

Eu quero dizer a V. Ex's. especialmente ao DeputadoMarcio Braga, que a mim não foge este conhecimento,tanto é que escrevi. Como homem culto, homem conhe­cedor das leis, pois militou muitos anos no Tribunal deJustiça, é verdade que o Deputado Marcio Braga as co­nhece muito bem, tem delas domínio. Mas quero dizer aV. Ex's., e ao Deputado Marcio Braga que, ao consultarontem um dos mais eminentes advogados que militam naárea esportiva, o Dr. Valed Perry, que todos aqui bemconhecem, ele tambêm concordou com o parecer daCBF. Não sou eu que estou falando isso. Nada mais sou,Deputado, do que os olhos da sociedade perante os res­ponsáveis pelo País. Eu apenas sou um veículo entre estaforça principal, que é o povo tão escravizado nestes últi­mos vinte e um anos, e V. Ex's., tão nobres representan­tes. Eu quero dizer a V. Ex's. que, se colocarmos sob sus­peita, como V. Ex' colocou, o Departamento Jurídico daCBF, eu não posso colocar sob suspeita o Dr. Valed Per­ry, um dos mais eminentes advogados deste País.

É só isto que eu tenho a dizer a V. Ex', Deputado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin)Com a palavra o Deputado Roberto Rollemberg.

O SR. DEPUTADO ROBERTO ROLLEMBERG­Sr. Presidente, Srs. Deputados, em primeiro lugar euperguntaria ao expositor se esta solução, ou portaria, doPresidente da CBF foi publicada. Se ele tem esta decisãoaí.

O SR. MARCELO REZENDE - Esta decisão nãofoi publicada nem divulgada ao público.

O SR. DEPUTADO ROBERTO ROLLEMBERG ­Só está prometida?

O SR. MARCELO REZENDE - Eu vou reproduziras palavras textuais do Exmo. Sr. Presidente da Confede­ração Brasileira de Futebol. DI'. Giulite Coutinho, por­que talvez o nobre Deputado Marcio Braga não estivessepresente: "Em vista da reportagem, a CBF tomou deci­são de pedir planos de aplicação das doações" - c o ter­mo ê este -" dadas às federações e, depois do seu planode aplicação, depois da verba aplicada, uma prestação decontas". E eu faço uma ressalva, porque talvez não metenha feito claro inicialmente: esta prestação de contas eeste plano de aplicação serão da verba dada em janeiro,que sempre ê maior, e das verbas suplementares. Asdoações mensais, que hoje atingem uma faixa de 5 mi­lhões de cruzeiros, a cada Federação, seguirão sem pres­tação de contas, sem planos de aplicação. É isso Deputa-do. .

O SR. DEPUTADO ROBERTO ROLLEMBERG­Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero cumprimentar oexpositor pela liberdade com que fez sua exposição, dan­do, como ê natural e necessário, as interpretações eanálises políticas do problema no tempo e no espaço.Evidentemente, esta realidade denunciada por essas re­portagens, nós, como esportistas, há muitos anos conhe­cemos de ouvir dizer, mas não com tantos detalhes ­militamos no csporte há muito tempo, fundamentalmen­te no setor do basquete, futebol amador e futebol profis­sionalJ'o interior de São Paulo. Todos esses aspectos sãoconhecidos e agora, com a colaboração dada pela revistaPLACAR, atravês de V. S'. tudo isso fica bem claro e éum marco para a discussão de certos problemas.

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Isso também se repete, com maior gravidade ainda,com relação às Federações de Basquete. A Federação deBasquete de São Paulo é uma coisa lamentável: é umatradição de passar do mesmo dono, com nomes diferen­tes: vão reduzindo o número de clubes que votam e for­mam um grupo imbatível. Principalmente no período deautoritarismo, este grupo imbatível e corrupto tinhatambém a proteção do Poder Público. É realmente lasti­mável.

Agora, não entendo algo. Perguntei se a resolução játinha sido elaborada e publicada. Parece-me como advo­gado e como legislador, que se o Presidente da CBF podefazer uma portaria, uma resolução desta ordem, se eletem fundamento legal para detcrminar isso, está implíci­to que esta obrigação e este direito ele tinha anterior­mente também, senão seria uma violência esta resolução,esta portaria. Se ela não é uma violência, se é uma atitu­de que ele pode tomar, já deveria ter tomado. Estranhoalgo, no final de todas as denúncias - permita-me o bri­lhante jornalista, de quem somos devedores de umagrande contribuição - não entendi bem, li todos os tra­balhos e estou absolutamente informado de tudo o que arevista Placar fez. Houve uma denúncia do DeputadoMárcio Braga, no sentido da responsabilidade do Presi­dente Giulite Coutinho, afirmando até que ele não deve·ria permanecer à frente da CBF. Nesta altura, leio tam­bém nas reportagens, quase que como uma justificação,que o Sr. Giulite Coutinho não tinha nada que ver com ahistória e que realmente a discussão do Márcio Braga edo Giulite Coutinho não contribuía para o esporte nempara os esportistas. Esta última reportagem da revistaPlacar, parece-me... Já,a disse com o devido respeitoporque não posso imaginar que o expositor, ao final, re­cuasse. Pela própria forma como expós aqui, muito clarae muito contudente muito honesta, não iria, ao final, fa­zer média com o Presidente Giulite Coutinho. Não sediscute, evidentemente, a pessoa do empresário, comodisse a reportagem. Mas, se ele tomou conhecimento apartir dessa reportagem, então concluímos que ele desco­nhecia os problemas. Péssimo negócio, se desconheciatudo isso. E, se conheceu isso através da reportagem, e sepropôs a tomar uma medida desta ordem, obrigando auma planificação e a uma prestação de contas, limitadano tcmpo - até tal tempo prestar contas, depois nãopresta mais - não me parece absolutamente justificávelque a Confederação não tome providências sobre essasdenúncias. Se reconhece que tem competência para colo­car um basta, e para isso é necessário que preste contasdaqui para a frente, não vejo como explicar que nãotome lima atitude na verificação do anterior, A posiçãoque queria saber do expositor ê exatamente esta, sobreeste contato, esta afirmação do Presidente, de que vaipassar a verificar c exigir planificação e prestação decontas: se ele foi interpelado sobre as contas anteriores,sobre os limites estabelecidos. Queremos saber se houveesta explicação, se ele, por acaso, disse em que períodoiria expedir esta portaria ali esta resolução regulamen­ta0 do a matéria.

O SR. MARCELO REZENDE - Nobre Deputado,eu pediria a V. Ex' apenas um pouco de sua atenção emrelação à segunda matéria, que citou no final desta mes­ma matéria, por favor, observe se há alguma assinaturaminha.

O SR. DEPUTADO ROBERTO ROLLEMBERG­Não fiz csta investigação, por isso estou fazendo a inda­gação.

O SR. MARCELO REZENDE - Então, gostariaque V. Ex' fizesse.

O SR. DEPUTADO ROBERTO ROLLEMBERG­Se tivesse a sua assinatura, eu teria feito uma afirmação enão uma indagação.

O SR. MARCELO REZENDE- Então, não tem mi­nha assinatura, Deputado. Só respondo por aquilo queassino, e assinei a primeira reportagem. Ali está nem tan­to a minha opinião, mas o meu rclato. A minha opiniãoestá em butida dentro desta constatação. Portanto, eu,como resposta à slla primeira indag:;ção.d~e asegunda reportagem não foi feita por mim, porque, se eua tivesse feito, talvez a fizesse de outra forma. E talvez éo tem po certo.

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Quanto a sua segunda indagação, nobre Deputado,quero dizer-lhe o seguinte: a interpretação jurídica daCBF e a interpretação jurídica do eminente advogadoValed Perry, um dos mais importantes advogados quemilitam na área do esporte, é que não há aspecto legalpara esta intervençilo. Eu tinha dito anteriormente - etalvez lhe tenha fugido - que, se eu fosse o Presidente daCBF não repassaria doação nenhuma. Acho até que aCBF deveria ter tomado conhecimento, sendo ela a res­ponsável pelo esporte brasileiro. Talvez esta tamanha ca­lamidade não tenha chegado ao Presidente da CBF, Dr.Giulite Coutinho, que tenho em boa conta e, querodizer-lhe, considero um homem honrado. Veja bem, tal­vez não tenha chegado a ele, mas não posso coabitar opensamento do Dr. Giulite, muito menos saber o que sepassa numa pequena sala. V. Ex' sabe muito bem que,nos últimos anos, neste País, as coisas foram resolvidasem pequenas salas ou em grandes salões, mas semprecom poucas e seletas pessoas. Este tipo de coisa não te­nho condiçães de responder. Se V. Ex' quiser minha opi­nião, posso dá-la: acho que se tem que dar um basta. Seeu fosse o responsável por isso, eu interviria de qualquerlJ1aneira. Veja bem: esta é a minha opinião. Só possodar-lhe a minha opiniào, até porque não tenho forçanem poder para tal. Eu apenas tive como relatar isso. Se.V. Ex' quizer tirar uma ilação, acho que a atitude daCBF de dar um basta. nos conduz ao seu raciocínio. Eraisso o que tinha a dizer a V. Ex'.

O SR. DEPUTADO ROBERTO ROLLEMBERG­Fiquei satisfeito, porque ficou bem claro a resposta àpergunta sobre se teria matéria assinada ou não. Eu ficocom a matéria do repórter...

O SR. MARCELO REZENDE - Muito obrigado.

O SR. DEPUTADO MARCELO ROLLEMBERG- ...nào fico com a posição da empresa. A empresa játem outras conotações. Então, fico com a liberdade doseu trabalho e passo a desconhecer essa última reporta­gem, que não tem a sua assinatura. Inclusive, quando sereferiu ao final, pensei até que fosse se referir a este finalaqui, que me pareceu servir muito bem para o PresidenteOiulite Coutinho também. No final diz;, "Tratadas comoproblema isolado, as denúncias de fraude permitem po­sições passivas, como a repetida pelo Presidente doCND, Oeneral César Montagna. Só podemos agir se osConselhos Regionais solicitarem a apuração das acu­Bações. Como um bombeiro que vê um incêndio, só vaiatrás da mangueira se alguém chamar". Eu incluiria oGiulite Coutinho aqui, em companhia do César Montag­na.

O SR. MARCELO REZENDE - São palavras suas.

O SR. DEPUTADO ROBERTO ROLLEMBERG­Claro que são, assim como V. s' faz questão que sejamsuas só as assinadas. Em segundo lugar, para finalizar,devo dizer algo sobre o aspecto já da democracia. OCND, os César Montagnas, os Giulite Coutinhos e tan­tos homens, embora com respeitabilidade pessoal, sem­pre estiveram acobertados pelo autoritarismo. O autori­tarismo permitia esta forma de corrupção, qual seja, a dedestinar verbas e não pedir prestação de contas, como sefosse um convite para o cidadão gastar como quisesse.Então esta forma indireta da atuação da CBF favoreceu,evidentemente, a corrupção. Isso já é uma responsabili- 'dade que justifica até, a meu ver, a posição do DeputadoMárcio Braga em relação ao Presidente da CBF.

Queria registrar, nesta oportunidade, também perantea Comissão, que conhecemos o Deputado Márcio Braga

. e nunca poderíamos admitir uma afirmação do Sr. Gil!li­te Coutinho no sentido de que o Deputado Márcio Bra­ga estivesse pretendendo aparecer, em virtude de não ter

. sido aproveitado imediatamente no escalão da Nova Re­pública. Isso, para nós, da Comissão de Esportes - euqueria registrar, e nada tem a ver com o expositor - é 'um perfeito absurdo. O trabalho do Deputado MárcioBraga aqui, nesta Comissão e nesta Casa, fora o seu pas­sado, é de um homem que absolutamente não tem pre­tensão de pleitear nada. Os homens públicos, sim, que te­nham consciência, deverão aproveitá-lo. Essa é a minhaposição, Sr. Presidente. Mais uma vez quero cumprimen­tar o expositor pelo brilho, pela coragem c pela juventu­de na forma de expor os problemas. Essa reportagem é,

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

realmente, um marco na fiscalização e na conduta paraos homens de esporte no Brasil.

O SR. MARCELO REZENDE - Nobre Deputado,agradeço as palavras a V. Ex', com as quais concordo in­teiramente no que diz respeito ao Deputado Márcio Bra­ga. Foi realmcntc uma lástima que esta Secretaria, ouque nome tenha, não tenha sido entregue a S. Ex'. umhomem inteiramente voltado para o esporte, sem o me­nor intcrcssc pessoal, mas, sim, preocupado com o intc­resse coletivo. Passarei às mãos do Presidente uma de­núncia...

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) - To­dos os documentos entregues li Mesa - e peço ao expo­sitor que o faço ao final da rcunião - serão xerocopia­dos e entregues a cada um dos membros da Comissãoaqui presentes",para que deles !ol11em conhecimentos.

O SR. MARCELO REZENDE - Apenas para queV. Ex' tenha melhor visão, encaminhei uma denúnciafeita pelo Botafogo Futcbol Clube da Paraíba, umaforça, portanto. naquele Estado, com a assinatura demais de dez associaçães, ao Conselho Regional de Des­portos. Tenho aqui a sentença do Juiz Federal, dando omesmo parecer sobre essa denúncia feita ao CND. Iofe­lismente, não pude trazer, afinal, o parecer do CND,porque foi em duas palavras e nada houve. Portanto,pareceu-me muito papel para pouco objetivo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) - Tema palavra o nobre Deputado José Moura.

-tfSR.-ÚEPUTADO J()SEMOURA -·Sr.Presiden­te, Srs. Deputados, nobre jornalista Marcelo Rezende,quero parabenizá-lo pela explanação feita e pela reporta­gem corajosa, como bem disse V. S', não emitindo umaopi nião, mas relatando os fatos - tenho certeza quemuito bem postos, porque, quanto aqueles que conheçomais de perto, foram relatados com grande fidelidade.Falou V. S' que o nosso futebol e as nossas leis emanamde uma fonte ultrapassada e viciada. Quero, inicialmen­te, fazer talvcz não uma defesa de Rubem Moreira. Comele convivi antagonicamente às suas idéias, quando pre­sidente do Esporte Clube do Recifc, clube que, em 1978,afastou-se do campeonato estadual de Pernambuco pordiscordar frontalmente dos d",mandos que ocorriam nofutebol de Pernambuco. Mas eu não diria que RubemMoreira se tratava de um corrupto. Não gostaria queesse termo ficasse consignado nesta reunião. RubemMoreira era um homem oriundo desses vícios do passa­do. Chamava ~. "Federação Pernambucana de "minhaFederação". Lutou para contruir o Palácio Rubem Mo­rcira. Era Extremamente vaidoso daquilo que fazia e daFederação, que considerava sua. Há trés dias, almoçan­do com o jornalista João Saldanha, recordava a luta quetivcmos para ampliar os estádios estaduais, quando Ru­bem Moreira queria fazer um grande estádio municipalem Recife. Lembrei também uma vez em que fui falarcom o então Almirante Helena Nunes, presidente dacBD e fui recebido como Presidente do Esporte Clubedo Reeife. Rubem Moreira ficou magoado, eneiumando,porque presidentes de clube não podiam falar diretamen­te com o presidente da CBD. Tinham que ir através delesenão não falavam. Rubem Moreira morreu e não meconsta que tenha deixado qualquer fortuna, mas eleachava correta premiar as pessoas do futebol com lagos­tas, achavam correto até mandar côcos de avião. Era, di­gamos, um coronel do futebol. Coisas como essas têm deacabar, e graças a Deus estão acabando.

O SR. MARCELO REZENDE - Permita-me, nobreDeputado. Queria dizer a V. Ex' que AI Capone termi­nou na cadela c também achava correto burlar o fisco.Tambçm ele sentiu-se injustiçado.

O SR. DEPUTADO JOSÉ MOURA - Concordocom V. Ex', mas quero pedir-lhe que não se refira a eleassim com uma imagem de corrupto, de homem que fazcorrupção para se beneficiar de um patrimônio. Eleachava que o poder tinha de ser conquistado daquelameneira. Concordo plenamente nos outros aspectos. Aspessoas à sua volta - e quem tem coração grande é as­sim, acha que tudo está correto - beneficiaram-se, ehoje estão aí os escândalos. Mas vamos deixar de lado oRubens Moreira e falar das coisas de hoje. Acho que tãograve quanto à corrupção - e aí está o nobre DeputadoMárcio Braga, que se bate e se volta contra a atual admi­nistração da CBF, - não é só em termos de corrupção

Maio de 1985,

no dinhciro aplicado que ocorre um grande crime: é con­tra a credibilidade, quc não existe nas atuais adminis­trações, não só da CBF, como, anteriormente, da CBD.Não podemos dclxar passar anos e anos sem sabermosque campeonatos serão ,definidos no ano que vem. Nãosabemos hoje o que vamos disputar no ano que vem.Trouxe aqui um recorte da Folha de S. Paulol. "CBF ad­mite fracasso na Taça de Ouro". Saiu também no Joroa1do Brasil e em diversos outros periódicos brasileiros. In­clusive, o Presidente da CBF, querendo tirar o corpo fo­ra, terminou por dizer que não fez a fórmula que melhorlhe agradou, quando os presidentes de clubes, em diver­sas reun iões - e participei de quase todas elas - nãoconseguiram levar à CBF o seu pensamento. A CBF, no

I final, fez o que quis e como quis. Quero ler trecho de umartigo de Fernando Menezes, jornalista pernambucano.Para qucm não o conhece, ele integra, hoje, urna comis­são formada pelo Ministro da Educação, junto com oJuca Kffuri e o João Saldanba, para fazer sugestõessobre esportc de nossa. No jornal de ontem, dia lO, oFernando Menezes diz o seguint~;, "Aproveitando as tre­vas, o pessoal da CBF reviveu, com toda a autenticidade,a quarta-feira de Trevas. Enquanto o mundo se cobria deluto, na remem oração da passagem do sofrimento deCristo, a CBF se cobria de vergonha, ela mesma, ao mu­dar o regulamento, enquanto os clubes rezavam e faziampenitências para achar um caminho e saldar suas dívidas.Pois é, enquanto todo mundo rezava, os sábios da rua daAlfândega torciam regulamentos que eles mesmos cria­vam. Os pontos suados que o Esporte juntou já não va­Iem mais nada. A tal estória de acumular pontos para ga­rantir a passagem para as chaves A e B do ano que vemjá se foi". Bom, isso foi mudado durante a Semana San­ta, como foi mudado de acordo com o RDI o critério declassificação dos clubes da A e B. O Flamengo, porexemplo, que já estava classificado por ser o campeão daprimeira fase, não está mais. O Bangu, que 'chegara, in­clusive, a fazcr um sorteio, também não está. São agora,classificados os quatro melhores colocados. Por sorte,entrarão Flamengo e Bangu, quase que fatalmente. Nãos~ sabe que campconato vai ser é que nos dá falta de cre­dibilidade. Tão forte é isso, em termos de desporto,quanto a corrupção.

São essas as colocações que desejava fazer, dizendoapenas que ninguém está pondo em dúvida a honra deOiulitc Coutinho. O que estamos pondo em dúvida li amaneira como se está fazendo o futebol brasileiro.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) - Apalavra está com o Sr. Deputado Alércio Dias.

O SR. DEPUTADO ALÉRCIO DIAS - Sr. Presi­dente, nobres companheiros, ilustre conferencistas, jor­nalistas Marcelo Rezende, também não tento aqui ne­nhum questionamento e nenhuma interrogação à abor­dagem brilhante que V. S' fez nesta Comissão, no dia dehoje. No meu entendimento - também, ela foi bastanteclara c elucidativa e nos trouxe maiores detalhes, enri­quecida, portanto, de temas que até então desconhecia­mos. Sabíamos tão somente que se tratava de assunto damaior importância e que ocorriam desvios de recnrsosem algumas das f~derações. Desconhecíamos até entãodetalhes como os que V. S' apontou em sua corajosa re­portagem. Queremos parabenizá-lo, assim, pelo magnifi.co trabalho que prestou com essa reportagem, sobretudoporque traz, no seu bojo, seu idealismo aplicado ao jor­nalismo. Entcndemos, da sua reportagem e da palestraque aqui f~z, que V. S. trabalha realmente em prol damelhoria do futebol, da melhoria do esporte em nossoPaís. Concordamos com quase todos os temas que V. S'aborda, sobretudo quanto à tutela do esporte. Realmen­te não podemos admitir a continuidade desses pressu.postos. Também achamos que o futebol deve ser demo­cratizado, não podendo continuar sob a tutela de Esta­dos c de autoridades que existem por aí afora.

Realmente, nobre conferencista, nós também conclul­mos que a prestação de contas, ou seja, os balancetesanotando as aplicações dos recursos recebidos, bemcomo as suas respectivas comprovações, por falta do po­der de polícia e do poder de ingerência da própria CBF,parece·nos que deveria ser da iniciativa dos Srs. Presi­dentes de Federações, zelosos, naturalmente, porque es­tavam lidando com recursos que eram seus. E neste nos­so depoimento temos um exemplo próprio. Presidimos a

Maio de 1985

Federação Acreana de Espories ao longo de alguns anos.Naturalmente recebemos recursos. Anteriormente nãotínhamos aqueles repassados pela Loteria Esportiva, re­cebíamos algumas doações, como V. S' bem cita, daCBF. Nunca deixamos em momento algum dc rcmeter àConfederação Brasileira de Futebol a prestação de con­tas com as respectivas comprovações. Então, é um papelque deveria competir ao administrador zeloso, até pelafalta de poderes legais da própria CBF. Não iria natural­mente o seu Presidente... E aqui gostaria de fazer um re­gistro, porque com ele convivemos, como representantede uma Federação, e assimilamos o critério com que eleadministra a CBF, pelo menos em relação às Federações,e principalmente à nossa Federação. Realmente, no nos­so entendimento - e é um depoimento pessoal nosso,uma constatação de uma convivência próxima - trata­se de um homem sério, de um homem criterioso e, comodisse V. S' de um homem honrado. Portanto, o proble­ma me parece que é um pouco mais profundo - e tam­bém V. S' fez referência a isso - o problema é legal. Enós, desta Comissão, temos, ao longo desses dois anosem que ela nasceu sob a magnífica inspiração do colega eDeputado Márcio Braga, tido a preocupação de proce­dermos, dentro dos limites da nossa autonomia, neces­sária às reformulações legais.

Portanto, quero finalizar trazendo apenas o registrodo reconhecimento do importante papel que V. S' prestaao esporte brasileiro. Era o que tinha a dizer. Sr. Presi­dente.

o SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) ­Concedo a palavra ao Sr. Deputado Márcio Braga

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, prezado conferencista, em pri­meiro lugar desejo agradecer a V. S' a amável gentilezaque teve em atender o convite desta Comissão para aquicomparecer, a nosso requerimento, para prestar mais umserviço ao desporto nacional. Quero' também deixar depúblico consignado, Sr. Presidente e prezado jornalistaMarcelo Rezende, aqui, nos Anais da Comissão, um elo­gio à sua reportagem. Milito no esporte há mais de vinteanos, também fui atleta, do atletismo, participei de com­petições estudantis no esporte coletivo. Já formado ba­charel em Direito e não podendo mais por razões de or­dem fisica compctir, passei a dar a minha contribuiçãoao desporto nacional como Juiz do Superior Tribunal deJustiça Desportiva da eclética Confederação Brasileirade Desportos. Finalmente tive a oportunidade de presi­dir um clube de massa, que, sem sombra de dúvida é umgrande laboratório de todas cssas tcorias que se aplicamna prática através da celulla mater do esporte brasileiro,consignado assim na lei c por todos nós marcado, os clu­bes. V. S' volto a repetir, prestou inestimável serviço àcausa do desporto nacional ao trazer à colação, na suareportagem, fatos dos quais todos nós tínhamos conheci­mento. Nesses mais de vinte anos que milito no esporte,várias dessas afirmações, várias dessas irregularidadesnos chegaram ao conhecimento. Mas jamais qualquerum de nós, esportistas, seja do esporte amador ou doprofissional, tivemos a oportunidade de sair em busca dedocumentos que comprovassem essas irregularidades. EV. S' o fez o jornalista Marcelo Rezende, eom flagrantebrilho, colocou-se como um participante, não apenas nosentido de apontar as irregularidades, mas apontar so­luções para os caminhos novos de que necessita o esportebrasileiro. Talvez aí resida o maior elogio que se possafazer à sua atuação. V. S' não se preocupou meramenteem apontar erros, corrupções, irregularidades, fraudes,mas em apontar soluções, o caminho da verdade, o cami­nho que deve aer retomado para que o desporto possa re­presentar para a Nação brasileira e principalmente parasua juventude uma fonte de saber, de educação e de saú­de. E é nesses conceitos, que V. S' colocou em sua repor­tagem, quc me coloco como desportista e como Deputa­do Federal. Jamais partiu de mim qualquer motivaçãosubalterna ou de interesse outro que não os interessesmaiores do País como seu desporto, da Nação, com aresponsabilidade de Deputado Federal que temos hoje.Jamais reeusamos, a quem quer quc seja, sem as provas,que vieram à baila, trazidas pela sua reportagem. E nãonos move, volto a repetir, nenhum interesse menor, ne-

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nhum interesse de ocupar qualquer cargo. Se assim esti­véssemos motivados, não seria através do sistema da mo­dulação de nossa voz que eriticaríamos tanto os dirigen­tes que votam, quanto os grandes ,eleitores. Seguiríamospor outro caminho, pelos ínvios caminhos que vi atra­vessarem tantos bons dirigentes ncstc País, inclusive oSr. Giulite Coutinho. A afirmação feita nessa reporta­gem e reafirmada aqui, hoje, por V. S' nos faz presente,Sr. Presidente, a necessidade da vinda imediata, confor­me requerimento feito a esta Comissão, por mim, paraprestar depoimento, do Sr. Giulite Coutinho. Não tenhocontra S. S, nenhuma antipatia de ordem pessoal.Considero-o também um homem domado e ilibado emsua reputação. Considero-o, sim um mau dirigente, in­competente para a realização das tarefas que se fazemnecessárias no desporto nacional. S. S' o Sr. Giulite Cou­tinho, foi Presidente do Conselho Nacional de Despor­tos. Qual a deliberação partida daquele egrégio Conse­lho. quando sob a presidência do Sr. Giulite Coutinho,que emanou para o desporto nacional, mais especifica­mente para o futebol, que pudesse mudar esse estado decoisas'? Se S. S, tem compromisso com o desporto maiorque é praticado pelos clubes no País, S. S, tinha respon­sabilidade, naquclc momento em que passou a ocupar oConselho Nacional de Desportos, de modificar esse esta­do de coisas. E mais especificamente, com relação à rc­portagem que diz respeito quase que exclusivamente aofutebol brasileiro, quando o Presidente da Confede­ração, tem por lei, todos os poderes não para intervir ­reconheço as limitações da intervenção - mas para mu- ,

. dar, através de portarias, normas, a maneira de agir des­sas federações e das ligas. Ao contrário, quando aqui es­teve, prestando depoimento, S. S. não trouxe nenhumaidéia de modificação da legislação. Pelo contrário, reafir­mou a necessidade da manutenção do status quo, da ma­nutenção do voto unitário, e sem sombra de dúvida,como diz o repórter, como reconhece o seu editor-chefe,em editorial, como dissemos nós e todo o desporto na- ,cional, através do ciclo de debates "Panorama do Espor­te Brasileiro", se faz necessária a modificação desse esta­do de coisas. S. S' aqui reafirmou a necessidade da ma­nutenção.

o SR. DEPUTADO MILTON REIS - V. Ex' mepermite um aparte'?

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Com omaior prazer.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - V. Ex' sabe,nobre Deputado Márcio Braga, do alto apreço que lhetenho, pessoal e político. Reconheço de público. c ape­nas faço justiça, que V. Ex' não foi apenas o inspiradordesta Comissão, como também é um Deputado que sevolta principalmente para a defesa do desporto nacional.É um homem e um Deputado que representa efetivamen­te os interesses do povo, não apenas do Estado do Rio,pelo qual foi eleito, como de resto de todo o povo brasi­leiro. Informo a V. Ex' como já o havia feito no iniciodos debates, quando o nobre jornalista Marcelo Rezendeiria pronunciar a belíssima oração com que nos brindou,que o Presidente Giulite Coutinho - c comuniquei ofi­cialmente à Mesa - já se prontificou a, no próximo dia18, aqui estar, a fim de prestar os esclarecimentos solici­tados por V. Ex' Portanto, a esta sua indagação a respos­ta já estaria dada. Quanto às afirmações que faz V. Ex'segundo as quais o Presidente Giulite Coutinho teriacondições de tomar providências, muito embora V. Ex'mesmo, na sua fala, diga e esclareça que a CBF não tempoder para intervir, esclareço também a V. Ex' que, tãologo ele tomou conhecimento dessa extraordinária re­portagem porque ela é um todo - com a qual esse bravoe competente jornalista Marcelo Rezende prestou umdos mais relevantes serviços, ao longo da história do des­porto nacional, como providência já, em atenção a fatosos mais escandalosos levantados pelo jornalista, ele vemde tomar uma atitude, que nos foi narrada pelo própriojornalista, segundo a qual as verbas distribuídas pelaCBF às Federações somente o serão na medida em quehouver a justificativa clara da aplicação das mesmas.Desta maneira, quero louvar a V. EX'pela convocaçãoou sugestão que fez, de esta Comissão ouvir o nobre jor­nalista Marcelo Rezende. a quem passei a admirar, pelo

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extraordinário trabalho que fez, publicado pela revista"Placar" e pela exposição meridiana, cristalina, por umconhecimento enorme que tem do problema do esporte edo desporto, mostrando que este, desde os tempos emque, no início do século, em 1917, quando os atletas doFluminense, ligados aos ingleses, adotavam as primeirasposições referentes ao esporte, desde aí, era um esportede elite e depois passou a ser, pelos que o dirigem, duran­te muitos anos, ao tempo da ditadura de Vargas e depoispor essa última ditadura, sempre regido com leis casuísti­cas e ditatoriais em sua programação. Portanto, eu o feli­cito duplamente: primeiro, pela criação desta Comissão,quc coube à inspiração de V. Ex'; segundo pela sugestãode trazer este jornalista, que nos brinda com esta ex­traordinária reportagem. Portanto, a Comissão, maisuma vez, está prestando relevantes serviços à causa dodesporto nacional.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Muitoobrigado, Deputado Milton Reis. pelos elogios pessoais.Aliás, devo agradecer também ao Deputado RobertoRollemberg e a todos que se manifestaram aqui sobre aminha pessoa. Agradeço realmente o elogio de corpopreseme.

O SR. DEPUTADO MILTON REJS-Maseleésince­ro.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Emborasincero, às vezes - digamos assim - inibe-me.

Sr. Presidente, volto a dizer que, retomando a alo­cução que vinha fazendo, quando, no ano passado, oBrasil participou dos Jogos Olímpicos de Los Angeles eteve, segundo a apreciação de desportistas importantesneste país, uma atuação pífia e, por outro lado, levou, à­quela competição de importância internacional, dirigen­tes como enfermeiros, funcionários eomo médicos, S.Ex' o nobre Deputado Francisco Dias, que aqui estavapresente até há pouco tempo, requereu uma ComissãoParlamentar de Inquérito para apurar essas irregularida­des. Procurei S. Ex' para lhe dizer: "Meu caro compa­nheiro Chico Dias, o que V. Ex' vê repetindo-se de qua­tro em quatro anos, quando da participação do Brasilnos Jogos Olímpicos, ou de quatro em quatro anos,quando o Brasil perde a Copa do Mundo, todas essas ir­regularidades que aparecem e que são publicadas, atra­vés dos órgãos de imprensa, ocorrem no dia-a-dia do es­porte nacional. Pela minha experiência, Deputado Fran­cisco Dias, parece-me que V. Ex' deveria retificar o seupedido de Comissão Parlamentar de Inquérito, paraapurar não apenas as irregularidades havidas nos JogosOlímpicos de Los Angeles, mas em todo o desporto na­cional". E S. Ex' assim o fez. O que vemos à nossa fren­te, trazida pelo nobre jornalista Marcelo Rezende, é exa­tamente a eclosão de mais de uma ruptura entre os desíg­nios dos clubes e os das federações, confederações, ligas,ou seja, as entidades, inclusive o CND. Portanto, Sr.Presidente, tcria ainda inúmeras perguntas a fazer ao jor­nalista Marcelo Rezende. Infelizmente, perdoe-me, che­guei aqui atrasado, não era esta a minha intenção, é cla­ro, mas fui surpreendido pela reunião do Diretório Na­cional do nosso Partido, de cuja Comissão Executiva soumembro, e lá fiquei preso, sem poder locomover-me, atéque ficasse decidido a questão, para aqui poder estar.Portanto, não pude apreciar toda a sua brilhante expo­sição, apesar de ter ouvido grande parte, senão metadedela.

Com referência às eleições das federações - V. S, ci­tou como exemplo a Federação do Estado do Rio de Ja­neiro com referência às duas sedes da Federação doPiauí, com referência aos Conselhos Fiscais dessas Fede­rações e da Confederação, com referência à sede da Con­federação Brasileira de Futebol. com referência às verbasque a Confederação repassa às federações, sem plano decontas, sem projetos, isso tudo é de conhecimento públi­co, é de interesse da Nação. Os dirigentes desportivos sa­bem disso tudo. Como já tive oportunidade de aqui hojedizer, há um verdadeiro complô, para não descer a pala­vras menos usadas nos nossos dicionários, no sentido deacobertar isso tudo. O interesse do desportista e do De­putado Márcio Braga é apenas o de mudar esse estado decoisas, não é participar como um dirigente desportivo de

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uma dessas entidades, qUe emociona. .Tamais fui candita­do a qualquer uma dclas - e não sou. Sou homem declube. sou homem eminentemente de clube. A mim mecomove as cores do meu clube e os interesses da minhacomunidade como' um todo e, portanto. o interesse detodos os clubes. Todas essas afirmações são corretíssi­mas. nada tenho a aduzir. O que se faz necessário é tra­zer e,sas pessoas - que compõem esse complô para ma­nutenção do status quo. inclusive os acobertadores des­sas irregularidades e principalmente - volto a afirmar- o Sr. Giulite Coutinho, que deseja agora, atendendoaos reclamos da Nova República - está publicado nosjornais de ontem de todo o País, e os trouxe à colação onobre Deputado José Moura - modificar agora. ao fi­nal do seu mandato, aos ares da Nova República, esseestado de coisas. É sensivelmente hipócrita essa colo­cação, profundamente cínica essas afirmações. S. S. teveoportunidade, durante cinco anos, juntamente com oConselho Nacional de Desportos, e mais quarenta anospara trás. para. atendendo aos reclamos de todos, abso­lutamente todo o desporto nacional, que forma a base dapirámide esportiva, fazer essas modificações. _

O Campeonato Nacional, ontem questionado nos jor­nais, questionado pclos clubes durante várias e inúmerasreuniões, em Pernambuco, Rio, em São Paulo e no RioGrande do Sul. O Deputado José Moura afirmou que avárias delas compareceu. uma das quais realizada emsessão nesta Comissão. E qual foi a'solução apresentada?Uma solução que traz três bilhões de cruzeiros de prejuí­zo. E S. S' tem o cinismo de dizer: "de prejuízo à CBF, àConfederação. Eu me pergunto: quem- eômprou aqueleprêdio da CBF? De qnem são esses recursos? De ondeemanamo de onde aparecem essas verbas, senão dos ciu­be~? É dos clubes, (~He et:Ol0 quebrados. no Pa~s.

o SR. DEPUTADO MILTON REIS - V. EX- mepermite um aparte?

o SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Aguardeum minuto, nobre Deputado Milton Reis.

Os clubes estão quebrados, no País. A força do esportebrasileiro está profundamente abalada, e vem a preocu­pação com a entidade, que não tem atletas, que não temmédicos, que não tem preparadores t1sicos, que não temenfermeiros. que não tem compromisso maior com a so­ciedade, porque, quando aparecem os compromissos, a

, culpa é dos clubes, os quais S. S' não recebeu em audiên­cia, quando por eles procurado no sentido de salientar osprejuízos inestimáveis que traria ao desporto nacional arealização de nrn campeonato nos moldes como está sen­do disputado o atual Campeonato Nacional.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - V. Ex' mepermite o aparte agora?

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Com omaior prazer.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - É apenaspara dizer-lhe que a sua biografia se enriquece, porqueV. Ex' é, efetivamente, eclético: além de ser um atuanteDeputado e mesmo não havendo exercido a advogacia,V. Ex' dá demonstrações de ser um belíssimo advogado,porque na sua fala V. Ex' deixa até transparecer, ao lon­go dela e com a veemência que caracteriza as posiçõesque toma, que o prédio da CBP foi construído pelo Pre­sidente Giulite Coutinho, quando V. Ex' sabe que ele foiconstruído pelo Presidente João Havelange, e não peloPresidente Giulite Coutinho.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Ele estáconstruindo outra obra, outro sarcófago em Teresópolis,com recursos públicos ou recursos dos clubes.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Aquilo não épara a CBF; aquilo seria para a seleção brasileira. V. Ex'sabe que não é para a CBF: é para os jogadores.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Mas, se épara a seleção, a que pertence?

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - À Seleçãobrasileira, pois não é para a CBF.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - E quem, fornece os atletas para a seleção brasileira?

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

o SR. DEPUTADO MILTON REIS - Não é paraos "cartolas" lá residirem.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Mas nãohá distinção, nobrc Deputado Mílton Reis. Não desejoestabelecer uma polêmica com V. Ex....

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - E nem eu. V.Ex' sabe do grande apreço...

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - E eu lhetenho o maior carinho. É claro que se está fazendo umhotel de luxo para dirigentes, em Teresopólis. Jamais mepassou isso pela cabeça. Só quero mostrar que os recur­sos se originam dos clubes. Quando se fala em "prejuí-zo·~ ...

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Perfeitamen­te! Estou de pleno acordo. mas V. Ex'...

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Coloca-seo prejuízo da Confederação. mas não é o prejuizo dela.não: é o prejuízo dos clubes. A quanto monta o prejufzodos clubes? Se somados. darão esses três bilhões e maisseis.

O SR. MILTON REIS - V. Ex' sabe que o campeo­nato que está aí não era o do agrado do Presidente Giuli­te Coutinho.

o SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - E por queele fez o do seu grande'! Por que não atendeu aos clubes?

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Porque osclubes não deixaram. porque os clubes têm mais doisterços ...

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Se elenem os recebeu...

o SR. DEPUTADO MíLTON REIS- Foram as Fe­derações que, eom mais de dois terços, exigiram aquelecampeonato.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Absolu­tamente!

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - E poderiamaté aplicar-lhe um impeachment, V. Ex' discorda disso?

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Absolu­tamente! Discordo totalmente.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Mas todos osjornais demonstraram que as Federações é que exigiram.Toda a imprensa do País disse isso.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Não im­porta a opinião dos jornais. Os jornais expressam a opi­nião dos. jornalistas que não é a minha.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Perfeito, maseu li nos jornais que as Federações é que exigiram isso. eque o Presidente Giulite Coutinho foi vencido, no episó­dio. Só para terminar...

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Parece­me, Sr. Presidente e nobre Deputado Milton reis, que édespicienda essa discussão.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Vou termi­nar, pelo alto apreço que lhe tenho, mas só para colocar:da mesma maneira que sei que V. Ex' é um Deputadoeficiente, um Deputado que cuida dos misteres inerentesà ação parlamentar, um homem honrado, quero tambémdeixar claro que o presidente Giulite Coutinho, ao longo

,da vida, jamais sofreu qualquer acusação ao seu nomeilibado e à sua conduta honrada, de cidadão c de dirigen­te, quer de empresário, quer de homem do desporto.Portanto, isto consignado, agradeço a V. Ex' o aparteque me concedeu.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - NobreDeputado Milton Reis, não está em questão...

(Aparteantc não identificado) - Permita-mc apenasuma pergunta: as Federações que exigiram esse campeo­nato são essas.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - São.

Maio de 19~5

(Aparteante não identificado) - Então, está mal.

O SR. DEPUTADO MÃRCIO BRAGA - O raciocí­nio é correto.

Nobre Deputado Milton Reis, jamais me passou. e emnenhum momento V. Ex' ouviu afirmação minha sobre areputação a moral, a conduta ilibada do Presidente Giu­Iite Coutinho. O que eu questiono é o maior, não o me·nor. Absolutamente, jamais passou pela minha cabeça,ou em palavras. tais afirmações. Portanto, V. Ex' aodefendê-lo, parece que está colocando como se eu tivessefeito esta acusação, o que jamais fiz. O que se questiona éa competéncia de S. S, em dirigir o desporto, futebol, anível nacional. É meramente isso. Agora, vamos lá, po­deres do impeachment, Isto é uma questão meramentepolítica, ela não é legal, ela não tem respaldo. Evidente­mente V. Ex' é um sábio político. Vem da Velha Re­pública, de lá de traz, não com os vícios da ditadura, vemde antes dela.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - Inclusivccontra a ditadura e cassado por ela.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - É fla·grante. Deputado Milton Reis. que o Presidente GiuliteCoutinho fez o que queria fazer, ou seja, atender às suasfederações. S. S' esteve aqui "'teve oportunidade de mo­dificar seu modo de pensar. Nós lhe oferecemos isto, nes­ta Comissão, trazendo até aqui todos os presidentes defederações e de clubes, no sentido de modificar a sua co­locação, a sua postura. Afinal, fazer política no bom sen­tido, não a política de corrupção, das verbas e dos recur­sos mal aplicados. E, além disso, S. SI, naquele momen..to. teria oportunidade de, modificando a sua posturapolitica, mudar a lei. Mas. não S. S' reafirmou seu com­promisso com o status quo, reafirmou o seu compromis­so com a ortodoxia com o conservadorismo do esporte,Q'lando todo esporte reclama a modificação do votounilário, S. S. veio aqui e perante os Presidentes das Fe­derações, reafirmou que até na ONU o voto é unitário.Qual ê a conseqüência dessa política? o campeonato quecstá aí, trazendo um grande prejuízo. Quais as atitudesdo Sr. Giulite Coutinho, no que diz respeito à sua com­petência, não à sua moral, no sentido de modificar isto'!Aí é que está a grande questão. Não consiste a questãoem saber se fulano é candidato, se foi criada a secretaria,se há leviandade. como afirma S. S', nestas afirmaçõcs, cnão c~tra jamais, no debate da matéria política, de com­portamento, uma modificação desse estado de coisas. Aodefendê-Id. pelo lado moral, V. Ex'. sim, me encontraráao seu lado; mas, ao defendê-lo pelo lado da competên­cia, não V. Ex' encontrar-me-á do outro Jado. para ques­tionar. meramente questionar. - questionar no bomsentido, no sentido amplo da palavra questionamento ­todo esse comportamento, que flui, porque o futebol é amola mestra. é o carro-chefe, é o desporto popular destePaís, que flui daí para as federações, para as ligas, indo

, por aí, por todo desporto nacional. A este mau exemplo,é aí que se deve cingir, é nesse ponto, é nesse nível que te­mos que discutir. Não é como S. S' coloca pelos jornais.Não me importo, volto a dizer, com a opinião dos jor­nais. Os jornais expressam meramente a opinião dos jor­nalistas e eu não sou obrigado a concordar com ela. Osjornalistas, na sua maioria, não viveram, não vivencia­ram o problema da aplicação da lei ou da administraçãodireta de um clube de massa, ou dc um clube médio, ou '

, de um clube pequeno. E esteS compromissos, que sãoeternos, porque eles emanam da tradição, da nacionali­dade, é que estão em questionamento nesse momcnto.principalmente agora, com a Nova República. Vcjo até,pelos jornais, que o Sr. Giulitc Coutinho qucr adcrir àNova República, quer adcrir a estcs novos ares. Aí. jor­nalista Marcelo Rczendc é que nós precisamos começara tomar a luz, e me parece que hojc tivemos a oportuni­dade.

O SR. DEPUTADO MILTON REIS - V. Ex' sabeque ele trabalhou para a candidatura do GovernadorTancredo Neves.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO BRAGA - Estas po­sições de ordem poUtica-eleitoral eu prefiro não questio­

,nar, porque, pelo que me consta,jã quc V. Ex' fcz a afir-

Maio de 1985

mação, ele trabalhou pela candidatura do DeputadoPaulo Maluf até que se consolidasse o posicionamentodo ilustre Governador Tancredo Neves ... Bom, a afir­mação não é minha, nem desejo fazê-Ia, nem pretendoentrar nessa discussão.

Sr. Presidente volto para dizer que a discussão nessestermos, nessas colocações é despicienda, não irá nos le­var absolutamente a nada. Eu desejo colocar a questãoda técnica jurídica, quanto ao comportamento dos De­putados, no sentido de elucidar para modificar este esta­do de coisas e trazer aqui o Presidente Giulite Coutinho,para que possa, com liberdade, explicar co~o aplica emfederações inidôneas, de onde vêm estes recursos, ondeos arranja, de que forma estabelece seus comportamen­tos, seus relacionamentos. É apenas isso, no sentido demodificar e de melhorar. Não existe absolutamente ou­tro compromisso de minha parte a não ser este. Muitoobrigado pela atenção, pelos apartes, sempre tão gratos etão lisonjeiros à minha pessoa, que partem de pessoasque me querem tanto quanto eu quero a elas; o amor érecíproco. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) ­Com a palavra o Sr. Deputado João Bastos.

O SR. DEPUTADO JOÃO BASTOS - Sr. Presiden·te, ilustre jornalista Marcelo Rezende. todos os compa­nheiros desta Comissão se manifestaram e também pre­tendemos fazer uma manifestação rápida. Primeiro, que­remos parabenizá-lo pela oportunidade que nos oferecede tomar contato com um material jornalístico da maiorrelevância para o desporto brasileiro. Mas eu gostaria defazer uma observação: todo poder tem uma base, ele éalicerçado. E em se tratando de CBF, é uma pirâmide, ena base dessa pirâmide os clubes a. que sofrem os des­mandos cometidos pelas federações. Concluo que o Sr.Giulite Coutinho coonesta essas irregularidades nas fe­derações porque isso lhe ioteressa em termos eleitorais; éa manutenção da sua posição de poder. Por isso coones·ta. Ora. quando alguém passa a coonestar algo erradopor interesse eleitoral, parece-me que fica claro que exitefalta de comando adequado, falta de comando em ter­mos éticos, fica claro que existe. enfim, uma má admis­tração porque está este comando coonestando irregulari­dades que são públicas, que são públicas que são no­tórias. Eu, nesla Comissão. certa ocasião, tive oportuni­dade de discordar do meu querido amigo e DeputadoMárcio Braga. Eu defendia o voto unitário, mas confes­so que não defendia meu querido amigo Márcio Braga,com muita convicçào.

Eu fui aq ui convencido por V. Ex', convencido pormeu querido amigo Deputado coestaduano Roberto Ro­lemberg a mudar a minha posição e mudei. A partir daíprocurei investigar a questão um pouco mais a fundo.Na última eleição da Federação Paulista de Futebol, umcandidato comprou votos no interior por oito milhões decruzeiros. Pior, ele assumiu compromisso de pagar oitomilhões cá, ali e acolá e, depois, não cumpriu, não hon­rou esse compromisso. Esse candidato, além de corrup­to, se demonstrou caloteiro. É este o quadro a que assis­timos e é este o quadro a que vamos assistir sempre quehouver uma alteração, se não forem oferecidas soluções.Esta Comissão mesmo - e eu não quero entrar em deta­lhes - vem se debruçando sobre essas possíveis s0­

luções, vem desenvolvendo um trabalho, propondo alte­ração fundamental e radical da legislação que está aí.EnfllD, o quadro é caótico. Eu, quejá fui prefeito de umacidade do interior de São Paulo e que, como prefeito,ajudei o meu clube de segunda divisão; eu, que acompa­nhei este meu clube pdas andanças interioranas pudeconstatar que o que existe é um clima de corrupção gene­ralizado. Os juízes, meu querido amigo Márcio Braga,no interior de São Paulo. decidem campeonatos. E acompra de juízes é feita da maneira mais descaradapossível. A Federação Paulista de Futebol tem conheci­mento disso, sim, porque as denúncias foram feitas peloshomens honestos que sustentam o futebol e o desporto

, no interior de São Paulo. Eu vou mais longe, em 1977 ou1978. nio me recordo bem, o clube da minha cidade, oCruzeiro, no Vale do Paraíba, foi campeão e não ascen­deu à divisão imediatamente superior. Por quê1 Porque oSr, Nabi Abi Chedid, na época Presidente. não deixou.Não deixou, puxou o tapete e não houve o acesso à divi-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

são superior. Então, é este o quadro. Eu arremataria di­zendo o seguinte, ilustre jornalista: é importante que sealtere isso, é importante que se altere a legislação, por­que, no momento em que pudermos moralizar o futebole o desporto brasileiro através de uma legislação adequa­~a, moderna, eficiente, estaremos garantindo empregos.A medida que os clubes sofrem prejuízos - e isso está naimprensa, o Deputado Márcio Braga fez referência aindaa pouco à matéria publicada hoje ou ontem - à medidaque há prejuízos, atletas são dispensados, assim comopreparadores fisicos, médicos, enfermeiros, zeladores. Àmedida que há prejuízo, há uma queda no índice de em­pregos, empregos oferecidos pelos clubes, que são a basedo desporto nacional, a base em se tratando de futebol,do futebol brasileiro. Então, temos urgência em procedera essas alterações, até com profundo sentido social, por­que, ao procedermos a essas alterações, estaremos tam·bém - e quem sabe até principalmente - garantindosobrevivência a várias famílias por esse Brasil afora. Étempo de Nova República, e a Nova República nãocomporta e não há de comportar pessoas de procedimen­to dúbio. Falou-se aqui em adesões, eu não quero aden­trar por esse campo, mas hoje até por uma questão emo­tiva todo mundo é tancredista, todo mundo ajudou o Dr.Tancredo. Não quero também causar polêmica, mas te­nho conhecimento de procedimentos havidos na Fede­ração Paulista de Futebol que implicavam apoio à candi­datura do Sr. Paulo Salim Maluf. e isso por influênciaaté - eu sei disso, por vezes vou lá - da própria CBF.Depois, a coisa mudou. Mas eu quero encerrar, após es­sas observações, parabenizando o ilustrejornalista Mar­celo Rezende e lhe fazendo uma sugestão: faça algumasandanças pelo interior de São Paulo ~ isso demandatempo. demanda sacrifício - visite clubes interioranosde segunda, terceira divisào. e V. S' terá em mãos fartomaterial para compor um novo conjunto de reportagensque vai nào assustar. mas estarrecer o povo brasileiro.especificamente a população de São Paulo, que vai nmdCl\Ur a nós, paulistas, rubros de vergonha, porque. infe­lizmente, o quadro que aí está é da mais alta corrupção.Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) - Doua palavra ao jornalista expositor para as consideraçõesfinais.

O SR. MARCELO RESENDE - Eu queria agrade­cer ao nobre Deputado João Bastos as palavras elogiosase lhe dizer, como adendo à sua brilhante explanação, queo problema no futebol paulista é mais sério porque en­volveu, nos últimos anos, a máquina do governo. Equando eu lhe digo envolveu, eu não lhe digo apenascom palavras, porque essas podem ser contestadas. Masa Editora Abril, depois desse trabalho, tem em seu poderuma documentação farta sobre a ingerência do Estadonas eleições, e veneno que todos provaram. Para lhe daruma idéia, ao tentar se eleger o Sr. José Maria Marin,para a Federação Paulista de Futebol, aplicou-se o Vene­no da Secretaria de Esportes e Turismo ao Sr. AlfredoMetidieri. Mas provaria, no futuro, o Sr. José MariaMarin do mesmo veneno. Ao tentar se candidatat ã ree­leição, viu-se diante da Secretaria de Esp artes e Turismo- por sinal, chama-se Secretaria de Negócios de Esportee Turismo - o então Vice-Governador Josê Maria Ma·rin, que assumiria o cargo, logo a seguir, de Governador,porque o Deputado Paulo Maluf teria que se desincom­patibilizar - então não era Deputado, mas pleiteavauma cadeira nesta Casa do povo. Toda a máquina do Es­tado funcionou para o Sr. José Maria Marin. Mas é tu­do, se me permitem o termo, gato do mesmo saco, poruma razão muito simples: hoje o Sr. José Maria Marin éo Presidente, o Sr. Nabi Abi Chedid é o Vice e o Sr. Al­fredo Metidieri é o Presidente de honra dessa diretoria.V. Ex' Sr. Deputado, preocupado com as questões so­ciais em geral, não só ao do seu Estado, hã de lembrarque o Sr. Alfredo Metidieri disse palavras que não queroaqui reproduzir, mas que não eram boas e não são usa­das no nosso linguajar do dia-a-dia sobre o Sr. Nabi AbiChedid, que disse o mesmo a respeito do Sr. José MariaMarin, que retrucou, ~ hoje andam de mãos dadas. Issome lembra Drummond: Maria que chamou João. quedisse que o fulano. etc., reportando-me ao poeta, Tenhoaqui uma nota de empe~oda Secretaria de Negócios deEsporte e Turismo. f: uma dotação, um pedido de verbasuplementar, do ano de 1981, mais precisamente de 14 de

Sábado 25 5017

dezembro de 198 J. As eleições para a Federação Paulistaseriam em janeiro. Essa nota é no valor de 44 milhões decruzeiros. Com a inflação, imaginem que fortuna é estaquantia. O Deputado Márcio Braga falou sobre J mi­lhões: o dinheiro neste caso é o de menos, porque a ques­tão moral, é o fundamental disso. Essa nota saiu para aun idade de despesa do gabinete do Secretário e assesso­rias. Essa nota saiu no dia 14 de dezembro. Como V. Ex'bem sabe, pois entende dessas questões administrativas,tem-se que prestar contas disso ao Tribunal de Contasno último dia do ano. Aqui está escrito,: "de acordo como inciso e o art. (...) cuja aplicação será de 14 a J I de de­zembro de 1981". Portanto, uma quinzena para aplicar44 milhões.

O SR. DEPUTADO JOÃO BASTOS - Permite-meV. S' um aparte?

O SR. MARCELO REZENDE - Com prazer.

O SR. DEPUTADO JOÃO BASTOS - Não haveriao tempo de se proceder à devida licitação, se fosse o casod a compra de materiais. Concluímos que, se houve aqui­sição, ela aconteceu sem nenhuma licitação.

O SR. MARCELO REZENDE - Pois bem, não sónào houve a licitação, creio eu, como nào houve tempode se gastar essa fortuna, porque devolveram aos cofrespúblicos 19 milhões. Isso era uma verba suplementar. Omaterial esportivo a essa hora estava todo comprado.Casualmente. e não quero cometer nenhuma leviandade,às vésperas da eleição de 15 de novembro de 1982 essamesma Secretaria comprou 17 mil jogos de camisa de fu­tebol. São milhões e milhões de cruzeiros. A EditoraAhril tem em seu poder na revista Placar dados sobre aquem foi destinado esse material. V. Ex' há de se espan­tar com o fato de que, por exemplo. a Camisa Verde, queé uma escola de samba de sua terra. ter recebido lO milbola, de futebol, 100 jogos de camisa de futebol. Seráque o Camisa Verde tem tantos componentes? Tena quedesfilar no Sambódromo do Governador Leonel Brtzola.poryue nào cabe em outro lugar. Nené da Vila Matildetambém recebeu uma fortuna. E está aqui é a do esporte.Se V. Ex' quiser nos dar a honra de urna visita, possodeixar à sua disposiçào nomes de clubes. ligas. de asso­ciações que, às vésperas da eleição, receberam materialpossível de ser usado, durante uma década, e todos rece­beram. O que fizeram com esse material eu não sei, por­que lá estava, mas a Editora Abril, a revista Placar temas notas de empenho e a relação para quem foi dado omaterial. É de se assustar que no dia 14 de dezembro, oGovernador Paulo Maluf ou sua assessoria - mas o Go­vernador de São Paulo - tenha liberado uma verba de44 milhões. Não é uma norma administrativa normal.Era o que tinha a dizer.

O SR. DEPUTADO JOÃO BASTOS - Sr. Presiden­te, eu me permito fazer um esclarecimento, porque aquestão já foi até suscitada numa reunião de Comissão.Eu me lembro até de que o Deputado Márcio Braga cha­mou a minha atenção. Essa prática de ingerência poUticano futebol em São Paulo vem de longe, mas é bom que seressalte hoje o comportamento adequado, ético do Go­vernador Montoro, que instado, às vésperas das últimaseleições para a Federação Paulista de Futebol, a exercerseu poder de infl uência sobre determinado candidato,negou-se peremptoriamente a fazê-lo. Vale dizer que oatual Governo de São Paulo ficou de fora através de umaatitude consciente.

(Aparteante não identificado) - Aliás, a reportagemregistra isso.

O SR. DEPUTADO JOÃO BASTOS - Primeiro.houve uma reportagem pouco clara. Tivemos ocasião de.defe nder o Governador nesta Comissão, porque de fatohoje em São Paulo o Governo do Estado, o GovernoMontoro está afastado...

(Aparteante não identificado) - Estã registrado emata, Deputado.

O SR. DEPUTADO JOÃO BASTOS - ...dessas dis­putas eleitorais envolvendo a Federação Paulista de Fu­tebol. Vale o registro porque os bons exemplos tambémprecisam ser ressalvados.

(Aparteante não identificado) - Se V. Ex' gostaria dedizer que o Governo Montara é um Governo sbrio. ab-

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solutamente sério em todos. os setores da administraçàopública.

O SR. MARCELO REZENDE - Para finalizar,cabe-me agradecer a V. Ex's a atenção que me dispensa­ram. Senti-me muito honrado com ela. Tem que partirde V. Ex's a reformulação total e devolver - e o nobreDeputado Márcio Braga não estava presente - com ur­gência o poder do futebol, o poder de decisão à celuUamater, que são os clubes. Enquanto isso não for feito, en­quanto esse tipo de atitude não for tomada - e essa de­cisão tem que ser tomada por V. Ex's, que são os nossosrepresentantes nesta Casa - o nosso futebol não poderánovamente se engrandecer. O que falamos aqui em quaseduas horas é pouquíssimo diante da enormidade do qua­dro que temos diante de nós. f: um estado gravíssimo, ouseja, o futebol está sucumbindo fundamentalmente nasua credibilidade. O torcedor não vai ao campo porquenão acredita. Não é só um problema de legislação, é tam­bém um problema de homem. O manto de impunidadedos últimos 21 anos desta nefasta ditadura militar fezcom que a incompetência grassasse em todas as áreas. Oesporte hoje, por incrível que pareça, é a área mais resis­tente da Nova República. É uma área onde teremosgrandes dificuldades, porque ela resiste. Espero que oMinistro Marco Maciel e V. Ex's tra balhem cada vezmais unidos, e que a Nova República trabalhe mais uni­da para que possamos mudar este estado de coisas. Mui­to obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Oly Fachin) - Aoencerrar a presente sessão, queremos registrar a presençado Sr. Adilson Peres, Presidente da Federação Metropo­litana de Futebol de Brasília, do Sr. Sérgio Costa e Silva,Diretor da CBF, dos jornalistas Jorge Martins, do "Cor­reio Braziliense", Antonio de Pádua Gllrgel, do jornal"O Povo", do meu conterrâneo Marco Aurélio Barbosa,editor do. "Jornal de Brasília", e da jornalista Ana MariaMonteiro, relações públicas da Editora Abril. Querotambém agradecer secundado as palavras dos membrosda Comissão, a presença do ilustre palestrante, jornalistaMarcelo Rezende, pelos elementos elucidativos e impor­tantes que trouxe a esta Comissão. Não prejulgamos; ou­vimos, catalogamos, e nos preocupamos. Além desses as­pectos que foram aqui hoje enfocados, outros tambémforam levantados, como o problema dos hábitos do inte­rior do Estado de São Paulo, o problema da evasão derenda nos estádios do Brasil, onde provavelmente existeuma máfia atuando, haja vista o que aconteceu no jogoGrémio x Bahia, no domingo, quando um público enor­me arrombou o portão do estádio para ingressar, foraaqueles que portam ingressos ilegais, falsos. São muitosaspectos, e que isto que estamos dizendo aqui sirva deestimulo ao jornalista, no sentido de que prossiga em suatarefa, porque haverá de encontrar aqui o eco devido.Ternos o maior interesse em ouvir esses depoimentos,essa participação, que realmente foi muito criteriosa,muito trabalhosa, creio eu, porque V. S' viajou por todoo Brasil. Naturalmente temos o cuidado de não atingir­mos pessoas que tenham reputação ilibada e que podematé merecer criticas em sua administração, à frente de or­ganismos, porque isso depende do enfoque que cada umqueira dar. A Comissão não avança nesse aspecto e nãoquer fazê-lo, a não ser diante das provas que possam sertrazidas, denunciando ou não. Mas quer ressalvar esseaspecto, inclusive no momento em que vai reiterar o con­vite para o Presidente da CBF, Sr. Giulite Coutinho,para estar presente na próxima quinta-feira, aqui, paradar seu depoimento sobre um aspecto em que ele não é oenvolvido. É bom que se diga isso neste momento, paraque todos tenham a isenção de apreciar todo o aspectoformal da reportagem na sua essência, seus detalhes enas suas conseqUências.

Então, agradeço mais uma vez, em nome da Comis­são, a presença do jornalista. Pode estar certo de que es­tamos aqui abertos ao diálogo. Gostaríamos de receber adocumentação que tem em mãos, porque ela será muitoútil para os debates futuros que aqui se vão travar e atépara evitar sua volta, sobre esse aspecto, à Comissão.Nas próximas semanas estaremos já elegendo uma novaMesa Diretora da Comissão, que poderá tomar outrasprovidências. Mas gostaria que, se possível, que o jorna­lista como já fez com dois ou três documentos, deixassecom a Comissão os documentos que trouxe consigo, pois

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

são de extremo interesse para a apreciação de todo o ca­so.

Convoco os Srs. Deputados membros da Comissãopara a eleição da nova Mesa na próxima quarta-feira, àsnove horas da manhã.

Está encerrada a sessào.

Redistribuição de Projeto nO 3/85.

O Senhor Deputado José Moura, Presidente da Co­missão de Esporte e Turismo, fez, na presente data a re­distribuição abaixo:

Projeto de Lei nO 1.921/83, do Sr. Amaury Müller, que"Acrescenta parágrafos ao art. 30 do Decreto-lei nO 594,de 25 de maio de 1969, que institui a Loteria EsportivaFederal, incluindo as Prefeituras Municipais entre os be­neficiários dos recursos da Loteria Esportiva".

Novo Relator: Deputado Aécio de Borba.Brasília, 21 de maio de 1985. Maria Linda Morais de

Magalhães, Secretária.

COMISSÃO DE FINANÇAS

O Senhor Deputado Aécio de Borba, Presidente daComissão de Finanças, fez a seguinte

Distribuição

Em 23-5-1985

Ao Senhor Deputado Vicente Guabiroba:Projeto de Lei nO 2.158/83 - Do Sr. iturival Nasci­

mento - Inclui no Sistema Ferroviário Nacional de quetrata o artigo lo, item 3. da Lei nO 5.917, de lO de se­tembro de 1973, as ferrovias que menciona.

Sala da Comissão, 23 de maio de 1985. Francisco ElzirIrineu, Secretário Substituto.

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINAJliCEIRAE TOMADA DE CONTAS

I' Reunião Ordinária, realizada em17 de abril de 1985

(Eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes)

Ás nove horas e trinta minutos do dia dezessete deabril de mil novecentos e oitenta e cineo l reuniu-se a Co­missão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas,em sua sala de reuniões no Anexo" do Edificio da Câ­mara dos Deputados, sob a presidência do Senhor Depu­tado Geraldo Bulhões e com a presença dos SenhoresDeputados João Carlos de Carli, Furtado Leite, AmílcarQueiroz, Manoel Novaes, Emílio Haddad, Wilson Vaz,Nosser Almeida, José Carlos Martinez, Augusto Trein,Roberto Rollemberg, Milton Figueiredo e João Herculi­no. Havendo número legal o Senhor Presidente deu porabertos os trabalhos destinados a eleição do Presidente edos Vice-Presidentes, nos termos da convocação feitapela Mesa. A seguir deu a palavra ao Senhor Secretáriopara leitura da ata da sessão anteior; o Senhor DeputadoNosser Almeida pediu a dispensa da leitura em razão detodos os Senhores Deputados jâ terem recebido a ata etornado conhecimento de seus termos; em votação foiaprovado o requerimento; em discussão a ata, não houveorador; em votação foi aprovada unanimemente.Passou-se aos trabalhos da eleição; com a palavra o Se­nhor Deputado Augusto Trein protestou contra os cri­térios adotados pela liderança do PDS, pois ficara alija­do dos entendimentos para indicação do candidato dopartido, lançando, no ato, seu nome para a disputa dapresidência no sentido de preservar o princípio democrá­tico da eleição. O Senhor Deputado Milton Figueiredoinformou que foi indicado pelos Deputados de seu parti­do, mediante moção escrita dirigida ao Líder, concorren­do a uma das Vice-Presidências. A seguir o Senhor De­putado Luiz Henrique, na qualidade de Vice-Líder doPMDB formalizou a indicação do nome do Senhor De­putado Milton Figueiredo para concorrer a Vice­Presidência destinada a seu partido. Após o Sr. Deputa­do Eduardo Galil, na qualidade de representante da lide­rança do PDS indicou o Sr. Deputado João Carlos deCarli e o Sr. Deputado Amílcar Queiroz para disputarema Presidência e Vice-Presidência da Comissão. Levantan­do questão de ordem o Sr. Deputado Furtado Leite su­geriu que o Sr. Presidente consultasse por telefone oslíderes dos partidos para que fossem definidas as indi­cações. O Sr. Presidente asseverou que sua função regi­mental é presidir a sessào e assegurar democraticamente

Maiode 1985

o processo eletivo, podendo, quaisquer dos membros seapresentar à disputa. O Sr. Deputado Wilson Vaz expri­miu seu apoio a posição da Presidéncia, no que foi segui­do por idêntica manifestação do Sr. Deputado João Her­culino. Dando prosseguimento, passou-se aos trabalhosde votação e apuração, tendo funcionado como escruti­nadores os Senhores Deputados Roberto Rollemberg eJosé Carlos Martinez; foram retiradas 12 (doze) sobre­cartas que apresentaram os seguintes resultados: paraPresidente, Deputado João Carlos de Carli obteve 8 (oi­to) votos e o Deputado Augusto Trein 3 (três) votos comum voto em branco; para Vice-Presidente o DeputadoAmilcar Queiroz e o Deputado Milton Figueiredo obti­veram II (onze) votos, sendo um voto em branco. A se­guir o Senhor Presidente proclamou eleitos Presidente oSenhor Deputado João Carlos de earli e Vice-Presidenteos Senhores Deputados Amilcar Queiroz e Milton Fi­gueiredo: o Senhor Presidente agradeceu o apoio, con­fiança e trabalho de todos os Membros da Comissão eenalteceu a posição democrática assumida pelo Deputa­do Augusto Trein que, usando da palavra, cumprimen­tou os colegas recém-eleitos contra os quais não tinhaq lla)quer restrição e manifestou sua posição de continuara colaborar intensamente com os trabalhos da Comis­sào, enaltecendo a gestão que sai. O Sr. Deputado JoãoHerculino falou sobre a importãncia que tem este Úrgãoe da responsabilidade da nova direção diante da perspec·tiva de funções mais abrangentes que poderá ter a Co­missão nesta nova fase do governo, com o dever de zelarpela coisa pública com uma perfeita filtragem e tiscali­zaçào dos atos do governo. Com a palavra o Sr. Deputa­do Milton Figueiredo elogiou os trabalhos da Comissão,enaltecendo o nível de eficiência e capacidade da equipede técnicos da Assessoria de Orçamento e FiscalizaçàoFinanceira que prestam serviços de valor e excepcionalqualidade, na assistência desta Comissào. A seguir assu­miram e foram empossados os novos Presidente e Vice­Presidente, quando o Sr. Deputado João Carlos de Carli,Presidente, agradeceu a distinção de seus parescomprometendo-se a levar adiante o esforço já encetadono sentido de assegurar maior importância e destaque àsatrib uiçoes e prerrogativas da Comissão, atestando com­preender as responsabilidade.~do cargo e a crescente im­portância da Comissão; em seguida, deu por findo ostrabalhos e marcou nova reunião para a próxima quarta­feira, dia 24, às 10 (dez) horas e, nada mais havendo atratar declarou encerrada a reunião, às onze horas equinze minutos do que, para constar, eu (José de Anchie­ta Souza) Secretário, lavrei a presente ata que após lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e enca­minhada à publicação.

2' Reunião OrdiDúIa, realizada eml!l de maio de 19M

Às dez horas e quinze minutos do dia quinze de maiode mil novecentos e oitenta e cinco, reuniu-se a Comis­são de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, soba presidência do Senhor Deputado João Carlos de Carli,Presidente e presentes os Senhores Deputados AmilcarQueiroz e Milton Figueiredo, Vice-Presidente, NosserAlmeida, Roberto Rollemberg, Uhaldo I1arém, RosaFlores, Augusto Trein e João Alves. Havendo númerolegal, o Sr. Presidente deu por abertos os trabalhos. Lidae aprovada a ata da reunião anterior, o Sr. Presidentedeu ciência aos presentes quanto ao recebimento dosAvisos nO 707-SP, de 1984, do Tribunal de Contas daUnião, qUe. "Encaminha Relatório proferido pelo Se­nhor Ministro-Relator Fernando Gonçalves a respeitode Investimento da União em empresas não controla­das"; nOs 588-SP, de 1984 e 07o-SP, de 1985, do Tribunalde Contas da União, que. "Comunica a aplicação desanções aos responsáveis que menciona'", os quais colo­cou à disposição dos Senhores Membros da Comissio.Em seguida, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Sr.Deputado Furtado Leite, Relator do Projeto de LeiComplementar n'l228, de 1984, do Sr. Manoel Affonso,que "Autoriza o Poder Executivo a considerar o Agrestede Alagoas como Região Preferencial de Desenvolvi­mento, e dá outras providências", o qual apresentou pa­recer favorável, o que foi aprovado unanimemente, pelaComissão. Vai à Comissão de Finanças. Prosseguindo, oSr. Presidente concedeu a palavra ao Sr. Deputado Ro­berto Rollemberg, Relator do Projeto de Lei n9 1.199, de1983, do Sr. José Frejat, que "Dispõe sobre a aplicação,

Maio de 1985

pelas agências bancárias, dos depósitos recebidos de ter­ceiros no município onde estejam situadas", o qual apre­sentou parecer pela incompetência da Comissão, o quefoi aprovado, unanimemente, pela mesma. Vai à Coor­denação de Comissões Permanentes. Nada mais haven­do a tratar, às onze horas e cinco minutos o Sr. Presiden­te declarou encerrada a reunião, do que, para constar,eu, (J osé Cardoso Dias), Secretário, lavrei a presente ataque, lida e aprovada, será assInada pelo Sr. Presidente eencaminhada à publicação.

3' Reunião Ordinária, realizada em22 de maio de 1985

Às dez horas c trinta minutos do dia vinte e dois demaio de mil novecentos e oitenta e cinco, reuniu-se a Co­missão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas,sob a presidência do Senhor Deputado Milton Fiqueire­do, Vice-Presidente, no exercício da Presidência e com apresença dos Senhores Deputados Roberto Rollemberg,Jorge Arbage, Fermmdo Gomes, Joào Herculino, Wil­son Vaz, Ricardo Ribeiro, Sebastiào Nery e Álvaro Gau­dêncio. Havendo número legal o Senhor Presidente deupor abertos os trabalhos; com a palavra, o Secretário leua ata da reunião anterior; em discussão, não houve ora­dor, em votação, foi aprovada sem restrição. Em segui·da, o Senhor Presidente passou a palavra ao Senhor De­putado Furtado Leite, relator do Projeto de Lei n9 5.462,de 1985, do Poder Executivo qu" "autoriza o Poder Exe­cutivo a abrir créditos suplementares até o limite de Cr$23.507 .600.000.000 (vinte e três trilhões, quinhentos esete bilhões, seiscentos milhões de cruzeiros) e dá outrasprovidências", o qual apresentou parecer favorável; emdiscussão, não houve orador; em votação, foi aprovadounanimemente pela Comissão. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. Nada mais havendo a tratar, àsdez horas e quarenta e cinco minutos declarou encerradaa reunião, do que para constar, eu (José Cardoso Dias),Secretário, lavrei a presente ata que, lida e aprovada, se­rá assinada pelo Senhor Presidente e encaminhada àpublicação.

COMISSÃO DO INTERIOR

Redistribuição de Projeto

O Senhor Presidente da Comissão do Interior, Depu­tado José Luiz Maia, fez, em 24 de maio de 1985, a se­guinte redistribuição:

Ao Senhor Deputado Inocêncio OliveiraProjeto de Lei n' 4.826/84, do Sr. Nelson do Carmo,

que "Institui servidão administrativa nas áreas destina­das à construção de açudes pelo Poder Público".

Sala da Comissão, 24 de maio de 1985. - BenídoMendes Teixeira, Secretário.

Distribuição de Projetos

O Senhor Presidente da Comissão do Interior, Depu­tado José Luiz Maia, fez, em 20 de maio de 1985, as se­guintes distribuições de projetos:

Ao Senhor Deputado Evandro Ayres de MouraProjeto de Lei n' 5.063/85 (Mensagem número

134/85), do Poder Executivo quç "Autoriza o Departa­mento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS- Autarquia vinculada ao Ministério do Interior, a doaro imóvel que menciona, situado no Município de Ante­nor Navarro, no Estado da Paraíba",

Ao Senhor Deputado José MaranhãoProjeto de Lei n' 5.386/85 (Mensagem número

243185), do Poder Executivo qu~, "Cria cargos no Minis­tério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário - MI­RA0 e dá outras providências".

Sala da Comissão, 20 de maio de 1985. - Beni'cioMendes Teixeira, Secretário.

(Distribuiçào de Projeto

O Senhor Presidente da Comissão do Interior, Depu­tado Josê Luiz Maia, fez, em 22 de maio de 1985, a se­guinte distribuição:

Ao Senhor Deputado Mansueto de LavorProjeto de Lei n' 4.725/84, do Sr. Paulo Lustosa, que

"Dispõe sobre a cobertura de seguro de imáveis finan-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

ciados pelos Sistema Financeiro da Habitação, no casoque especifica".

Sala da Comissão, 22 de maio de 1985. - BenícioMendes Teixeira, Secretário.

Redistribuição de Projeto

O Senhor Presidente da Comissão do Interior, Depu­tado José Luiz Maia, fez, em 22 dc maio de 1985, a se­guinte redistribuição:

Ao Senhor Deputado Assis CanutoProjeto de Lei n9 4.955/84, do Senado Federal, que

"Dispõe sobre a aplicação, como incentivo fiscal, naárea da SUDAM, da totalidade do Imposto de Rendadevi do pelas pessoas físicas e jurídicas domiciliadas naAmazônia Legal e dá outras providênciasH

Sala da Comissão, 22 de maio de 1985. - BenícioMeudes Teixeira, Secretário.

COMISSÃO DE SAÚDE6' Reunião ordinária, realizada

no dia 15-5-85

Às dez horas do dia quinze de maio de mil novecentose oitenta c cinco, reuniu-se a Comissão de Saúde, na Sala19 do Anexo 11 da Câmara dos Deputados, sob a presi­dência do Senhor Deputado Carneiro Arnaud. Compa­receram os seguintes Senhores Deputados: José MariaMagalhães, Luiz Guedes, Albino Coimbra, Carlos Mos­coni, Tapety Júnior, Borges da Silveira, Manuel Viana,Max Mauro, Ludgcro Raulino, Lúcio Alcântara, Ansel­mo Peraro e Alceni Guerra. Havendo número regimen­tal, o Senhor Presidente declarou aberta a reunião, dis­pensando a leitura da Ata da reunião anterior, dando-apor aprovada. Ordem do Dia: I') Projeto de Lei n'780/83, qUe. "acrescenta parágrafo único ao arl. 169 daConsolidação das Leis do Trabalho, aprovada peloDecreto-lei n' 5.452, de I' de maio de 1943, dispondosobre a estabilidade do trabalhador acometido dedoença profissional". Relator, Deputado José MariaMagalhães. Parecer favorável, com adoção da emendaaditiva da Comissão de Trabalho e Legislação Social.Discutiram a matéria os Senhores Deputados ManuelViana e José Maria Magalhães. Posto em votação, foi O

Projeto aprovado, por unanimidade, nos termos do pa­recer do relator. Segue à Coordenação de ComissõesPermanentes. 2') Projeto de Lei n' I .441/83, qu~ "conce­de aos Ministros de Culto Religioso livre acesso aos hos­pitais para prestarem assitência religiosa aos doentes".Relator, Deputado Manuel Viana. Parecer contrário.Discutiram a matéria os Senhores Deputados ManuelViana e José Maria Magalhães. Posto em votação, o pro­jeto foi rejeitado, por unanimidade, nos termos do pare­cer do relator. Segue à Coordenação de Comissões Per­manentes. 3') Projeto de Lei n9 2.758/80, qUe. "dispõesobre a obrigação de incluir produtos dietéticos nos ser­viços de bordo de veículos de empresas de transporte depa'5ageiros". Relator, Deputado Albino Coimbra. Pare­cer favorável. Discutiram a matéria os Senhores Deputa­dos Manuel Viana, Tapety Júnior e José Maria Maga­lhães. O Senhor Deputado Manuel Viana solicitou vistado projeto, o que foi deferido pelo Senhor Presidente.Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerra­da a reunião. Para constar, eu, Cristina de Fátima Nunesde Queiroz, Secretária Substituta, lavrei a presente Ataque, lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presi­dente Deputado Carneiro Arnaud.

Distribuição

O Senhor Presidente fez, nesta data, a seguinte distri­buição:

1. Projeto de Lei n' 265/83, que. "declara de utilida­de pública a Fundação de Assistência à Saúde e Edu­cação, com sede em Belo Horizonte, Estado de MinasGerais".

Autor: Deputado Luiz LealAo Senhor Deputado José Maria Magalhães, para re­

latar.2. Projeto de Lei n' 3.818/84, qUe. "revoga dispositi­

vos do Código Eleitoral- Lei n' 4.737, de 15 dejulho de1965, visando eliminar as remnnescentes restrições aovoto do hanseniano".

Sábado 25 5019

Autor: Deputado Henrique Eduardo AlvesAo Senhor Deputado Figueiredo Filho, para relatar.3. Projeto de Lei n' 4.633/84, que "acrescenta pará-

grafo ao arl. 15 da Lei n9 5.991, de 17 de dezembro de1973, isentando de assistência têcnica as farmácias exclu­sivamente comerciais".

Autor: Deputado Irineu ColatoAo Senhor Deputado José Maria Magalhães, para re­

latar.4. Projeto de Lei n' 4.937/84, qu~ "autoriza dedução

de 50% nos medicamentos adquiridos por inválidos e dáoutras providências".

Autor: Deputado Luiz SefairAo Senhor Deputado Figueiredo Filho, para relatar.Sala da Comissão, 24 de maio de 1985. - Cristina de

Fátima Nunes de Queiroz, Secretária Substituta.

COMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO

Distribuição de projetos

O Senhor Presidente da Comissão de Serviço Público,Deputado Homero Santos, efetuou, em 20 de maio de1985, as seguintes distribuições:

Ao Senhor Deputado Jorge Leite:Projeto de Lei n' 4.967/85 - (Mensagem nO 084/85,)

do Poder Executivo, qUe. "Fixa os valores de retribuiçãoda Categoria Funcional de Biomédico, e dá outras provi­dências."

Ao Senhor Deputado Evaldo Amaral:Projeto de Lei n9 4.968/85 - (Mensagem n' 085/85),

do Pode Executivo, qUe, "Altera dispositivo da Lei n'6.389, de 9 de dezembro de 1976, que fixa as referénciasde salário dos empregados do Grupo-Processamento deDados."

Sala da Comissão, em 20 de maio de 1985. - EdsonNogueira da Gama, Secretário.

COMISSÃO DE FINANÇAS

O Senhor Deputado Aécio de Borba, Presidente daComissão de Finanças, fez a seguinte

Di.tribuição

Em 21-5-85Ao Senhor Deputado, Fernando Magalhães:Projeto de Lei nO 2.197/83 - do Sr. Paulo Lustosa­

que. "altera a Lei n' 4.239, de 26 de junho de 1963, paradestinar ao Fundo de Emergência e Abastecimento doNordeste - FEANE, os saldos abandonados de contasde depósitos a vista encerradas".

Avocado pelo Senhor Presidente:Projeto de Lei n' 4.964/85 - do Poder Executivo ­

que. "fixa os valores de retribuição da Categoria Funcio­nal de Engenheiro de Pesca a que se refere a Lei n' 6.550,de 5 de julho de 1978, e dá outras providências".

Sala da Comissão, em 21 de maio de 1985. - Francis­co Elzir Irinen, (' Substituto.

COMISSÃO DO INTERIOR

Distribuição de Projeto.

O Senhor Presidente da Comissão do Tnterior, Depu­tado José Luiz Maia, fez, em 22 de maio de 1985, a se­guinte distribuição.

Ao Senhor Deputado Orlando BezerraProjeto de Lci Complementar n' 201/84, do Sr. Paulo

Lustosa, qUe. "Inclui os Municípios de Cascavel e Paca­jus na Região Metropolitana de Fortaleza, alterando o §8' do arl. l' da Lei Complementar n' 14, de8 de junho de1973."

Ao Senhor Deputado Lúcio AlcântaraProjeto de Lei n' 3.990/84 (Mensagem número

260/84 l, do Poder Executivo, que "Altera o art. 7' da Lein' 1.649, de 19 de julho de 1952, alterado pelo Decreto­lei n' 531, de 16 de abril de 1969."

Ao Senhor Deputado Edson LobãoProjeto de Lei n' 4.775/84, do Sr. Ademir Andrade,

qUe. "Altera dispositivos da Lei n' 4.504, de 30 de no-

5020 Sábado 25

vembro de 1964 - Estatuto da Terra - para disciplinaros critérios de colonização, admitindo-a, apenas, em ca­ráter oficial e dá outras providéncias."

Projeto de Lei n9 4.924/84, do Sr. Nylton Alves, que"Estabelece que entidades podem exercer a função deagente financeiro do Sistema Financeiro da Habitação edi outras providências."

Sala da Comissão, em 22 de maio de 1985. - J1enícloMendes Teixeira, Secretãrio.

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

l' Reulio Ordinúla, realizada em15 de maio de 1985.

Ás dez boras do dia quinze de maio de mil novecentose oitenta e cinco, reúne-se em seu plenmo a Comissão deMinas e Energia da Câmara dos Deputados, sob a Presi­dência do seu titular Deputado Marcos Lima. PresentesOll Senhores Deputados: Marcos Lima, Horário Ortiz,Carlos Eloy, Evaldo Amaral, João Agripino, João Batis­ta Faaundcs, Emílio Gallo, Bayma Júnior, SiqueiraCampal, Paulino cícero de Vasconcellos, Paulo Metro,FailI Mendonça, Fernando Santana, Genésio de Barros,Mauricio Campal, Clarck Platon e EmOio Haddad. Ha­vendo nllmcro regimental o Senbor Presidente declaraabcrtoll OItrabalbos. Dispensada a leitura da ata da reu­BÍIi).aJúripl', tendo sido considerada aprovada. Ex!»ciente: .' O Sc:nbor Presidente com unica convite daCBMM, Companhia Brasileira de Metalurgia e Mine­raçAo, .para que a Comisslo faça uma visita às insta­'ç'lea da Empresa em Aruá-MG, no próximo dia vintec quat'o do corrente, como também a ARAFf!RTlL,empnlll8 vizinha da CBMM, no mesmo dia, para visitaao seu com pleJlo induatrial. Avisa ainda, que a OlmisaãofarA wna visita a Carajãs, Trombetas, Tucuruf e a Alu­mlll'~nll8 Estados do ParA e Maranbão, para conhecer ostraballlos que ali se desenvolvem. O Senbor PresidenteIIlbmctc a plmArio requerimento de sua autoria, no sen­tido de que IIC realize a partir do dia doze de junbo próxi­mo, Mesa Redonda sobre a Política Mineral Brasileira,como também, para o scaundo semestre do ano, o 11Simp6sio Naciooal sobre Fontes Convencionais e Alter­nativas de Energia. Aprovado unanimemente. Lembratambml, que na próxima quarta-feira deverã compare­cer ao plario da Comissão o Doutor Marcelo GarcezLobo. Diretor-Presidente da ARAFf!RTIL, que aqui fa­rá uma uposição sobre o complexo industrial da empre­sa e o meio ambiente. ORDEM DO DIA: I) Projeto deui Cemplementar n' 67/83, que .. "Olncede amplaisalção de tributos, inclusive estaduais, para veículoscom motor a ãlcool e outros que representem substi­tuição ahernativa para o petróleo; quando adquiridospelas municipalidades". Autor: Deputado AchemarObisi. Relator: Deputado Carlos Eloy. Parecer: Favará­wI. Em discusslo. Usam da palavra os Senbores Depu­tadoe: Paulino C/cero de Vasconcellos, João Agripino eJoio Batilta FaalDldes. Em votação. Aprovado o Proje­to IIOs tennll8 do A1recer do Relator, contra os votos dosSenhores Deputados João Aaripino, Félix Mendonça,Horãcio Ortiz c João Batista Fagundes. Vai à Comissãode Finanças. 2) Projeto de Lei n' 4.288/84, qu~ "Autori­za o Poder Executivo a criar o Conselho Nacional doCarvio, e di cutras providmcias". Autor: DeputadoVictor Faccioni. Relator: Deputado HorAcio Ortiz. Pa­recer: FavorAvel. Vista ao Senbor Deputado PauloMelro. 3) Projeto de Lei n' 546/83, que;. "Altera a re­daviO do § 4' do art. 27, da Lei n' 2.004, de 3 de outobrode 1953, para destinar as indenizações referentes à pro­dução petrolífera marltima aos Estados confrontantes".Autor: Deputado Joié Frejat. Relator: Deputdo NadyrRossetti. Parecer: Favorllvel. Vista ao Senhor DeputadoPaulino C!Cero de Vasconcellos. 4) Projeto de Lei n9

2.294/83, quç. "Dispõe sobre a criação da Fundação Na­cional de Apoio ao Garimpeiro - FUNAGAR e dA ou­tras providencias". Autor: Deputado Siqueira Campos.Relator: Deputado Bayma Júnior. Parecer: FavorAvel.VISTA ao Senbor Deputado João Batista Fagundes. 5)Projeto de Lei n' 1.708/83, quç. "Autoriza o Poder Exe­cutivo a criar o Programa Naciooal de Aproveitamentodo Vinhoto". Autor: Deputado Nelson do Carmo. Rela­tor: Deputado Mauricio Campos. Parecer: FavorAvel.Não houve discussão. Em votação. Aprovado unanime­mente o Projeto, nos termos do Parecer do Relator. Vail Comissão de Finanças. 6) Projeto de Lei J]9 2.347/83,

DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Secào I)

qu~ "Classiflca o Território Federal do Amapá comoárea para efeito da tarifação de energia elétrica. Autor:Deputado Clarck Platon. Relator: Deputado Bayma Jú­nior. Parecer: Contrário. VISTA ao Senhor DeputadoJoão Batista Fagundes. 1) Projeto de Lei n9 2.564/83,que "Permite o uso de gãs metano nos t/lxis e transportescoletivos". Autor: Deputado Ruy Côdo. Relator: Depu­tado João Agripino. Parecer: Favorável. Não houve dis­cussão. Em votaçào. Aprovado unanimemente. Vai àComissão de Ciência e Tecnoloaia. 8) Projeto de Lei n9

2.963/83, que. "Assegura direito a tarifa de energia elé­tria reduzida aos hotéis localizados em estâncias climáti­cas ou hidrominerais". Autor: Deputado Paulo Borges.Relator: Deputado Bayma Júnior. Parecer: Olntrário. Arequerimento do Senhor Deputado Paulo Melro, foiadiada a apreciação do Projeto. Solicita a palavra o Se­nhor Deputado Paulino Cicero de Vasconcellos e agra­dece a indicação de seu nome como Observador Parla­mentar para acompanbar os trabalbos do Grupo de Tra­balho para estudar e proceder à revisão do Código deMineração, instituido pelo Senbor Ministro das Minas eEnergia. Usa da palavra o Senhor Deputado A1uloMelro e agradece aos membros da Comissão os votos re­cebidos por ocasião de sua eleição para a Primeira Vice­Presidência deste Oraão Técnico. O Senbor Presidenteagradece a presença de todos e convoca nova reuniãopara a próxima quarta-feira, às dez boras, quando estarApresente o Doutor Marcelo Garcez Lobo - Presidenteda ARAFÉRTIL. Nada mais havendo a tratar, é encer­rada a reunião às doze boras. E, para constar, eu AlliaTovias, Secret/lria, lavrei a presente Ata que, após lida eacbada conforme, será asinada pelo Senhor Presidente.- Deputado Merena Lima.

.ReuIio onlárfá, reallza4a _ 17 H aIlrtl de 1915, _,tocada espeáaIBleIIle ..EuIt Sr. PreIWeIdc da C'" .ra doa Depatadoa ..... a eIeIcio do PreIWftte e Vice­Pres1deIItc do 6rPo, para o ao de 1915.

Ás dez horas do dia dezessete de abril de mil novecen­tos e oitenta e cinco, reúne-se em seu plenário a Comis­sào de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, sob aPresidência do Senbor Deputado João Batista Fagundes.para a eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes parao corrente ano. Presentes, de acordo com a assinatura norespectivo Livro de Presença, os Senbores Deputados ti­tulares - PMDB: Marcos Lima, Cid Carvalbo, HorácioOrtiz, Manoel Costa Júnior, Vicente Queiroz, Genésiode Barros, Ademir Andrade, João Agripino, Celso Sabo­ia, Márcio Lacerda e Marcelo Cordeiro: - PDS: JoãoBatista Fagundes, Félix Mendonça, Bayma Júnior,Hugo Mardini, Horácio Matos e Clarck Platon; - PFL:Evaldo Amaral, Emílio Gallo e Carlos Eloy; - PDTJacques D'Ornellas; - PTB/PFL; Paulino Cícero deVasconcellos. Suplentes: - PMDB - José Tavares,Coutinho Jorge, Jorge Carone, Walmor de Luca, Alber­to Goldman, Osvaldo Lima Filho e Artbur Virgílio ­PDS: Prisco Viana; PDT: Matheus Schmidt. Expediente:Comunicações das Lideranças partidárias indicando no­mes de Deputados, titulares e suplentes, para a compo­sição da Comissão, tendo em vista a alteração percentualpartidária e da divisào do Partido Democrático Social(PDS) em Partido Democrãtico Social (PDS) propria­mente dito e Partido da Frente Liberal (PFL), como se­gue: Oficio número 91/85, de 16 de ahril/85, do Lider doPMDB que indica o nome do Deputado Mário Lima,como suplente; Oficios números 84 e 109, de 8 e 16 deabril/85, que indica os nomes dos Deputados titulares:Albérico Cordeiro, Bayma Júnior, Clark Platon, EmílioHaddad, Félix Mendonça, Horãcio Matos, Hugo Mar­dini, João Batista Fagundes, Nelson Costa e SiqueiraCampos, como Deputados suplentes: Epitácio Bilten­court, Jaime Câmara, José Fernandes, Manoel Gonçal­ves, Pratini de Morais, Prisco Viana e Victor Faccioni;Oficio número 89 de 16 de abril/85, do Lider do PDTque indica os nomes dos Deputados titulares: JacquesD'Ornellas e Osvaldo Nascimento, como Deputados su­plentes: Matheus Schmidt e Bocayuva Cunha; Oficio

, sem número, de 15 de abril/85, do Lider do PFL que in­dica os nomes dos Deputados tÍtufares: Carlos Eloy,Emllio Gallo, Evaldo Amaral, Mauricio Campos e Pau-lo Melro: como Deputados suplentes: Bento Porto, JoséMachado, Luiz Antonio Fayet, Joãó Alberto de Souza eLevy Dias. Oficio número 43-A, de 15 de abril/85 e 51 de ~

Maio de 1985

16 de abril/85. que indica o nome do Deputado PaulinoCícero de Vasconcelos, como titular, em virtude de acor­do entre as Lideranças PTB/PFL, e do Deputado CelsoAmaral, como suplente. Ficando a composição, deste ór­gão técnico, composta de trinta e trés Deputados titula­res e trinta e trés Deputados suplentes, distribuldos emquatorze Deputados titulares e quatorze Deputados su­plentes do PMDB; dez Deputados titulares e dez Depu­tados suplentes do PDS; seis Deputados titulares e seisDeputados suplentes do PFL; dois Deputados titulares edois Deputados suplentes do PDT; um Deputado titulare um Deputado suplente do PTB. Ordem do Dia: O Se­nhor Presidente, em exerclcio, Deputado João BatistaFagundes declara haver número regimental abre os tra­balhos e esclarece sobre a finalidade da reunião, ou seja,a de eleger a nova Mesa para o corrente ano, tendo sidoindicados, pelas respectivas bancadas, os candidatos àPresidência e Vice-Presidências. Procede-se a chamadanominal dos Senhores Deputados, de acordo com as as­sinaturas, por ordem de cbeaada, do respectivo livro depresença. Votam os Senhores Deputados: Marcos Lima,Cid Carvalho, Horácio Ortiz, Manoel Costa Júnior, Vi­cente Queiroz, Genésio de Barros, Ademir Andrade,João Agripino, Celso Sabóia e Marcio Lacerda - Titu­lares do PMDB; João Batista Faaundes, Félix Men­donça, Bayma Júnior, Hugo Mardini, Horácio Matos eClark Platon, - Titulares do PDS; Evaldo Amaral,Emílio Gallo e Carlos E10y - Titulares do PFL; JacquesD'Omellas - Titulares do PDT; Paulino Cícero de Vas­concellos - Titular do YI'B/PFL; Deputado suplentesJosé Tavares e Coutinbo Jorge do PMDB; Prisco Viana .do PDS; e, Matbeus Scbimidt do PDT. Encerrada a vo­tação do Senbor Presidente convida, para eacrutinado­res, os Senhores Deputados: Emílio Gallo e Clarck Pia­tono Aberta a urna verifica-se número coincidente desobrecartas e de votantes em um total de 25 sobrecartas.Abertas, apura-se o seguinte resultado: para Presidente:Deputado Marcos Lima do PMDB/MG, com vinte equatro votos e um em branco; para Primeiro - Vice­Presidente: Deputado Paulo Melro, com vinte e cinco,votos; para Segundo - Vice-Presidente: Deputado Ade­mir Andrade, com vinte e quatro votos e um em branco.Os dois últimos do PFL/SC e do PMDB/PA, respectiva­mente. O Senhor Presidente proclama eleitos os Senh~res Deputados Marcos Lima para Presidente, PauloMelro para Primeiro - Vice-Presidente e Ademir An­drade para Segundo - Vice-Presidente. Convida o Pre­sidente eleito a tomar assento à Mesa dos trabalbos,empossando-o. O Presidente, Deputado Marcos Lima,convida o Senhor Deputado Ademir Andrade, Segundo- Vice-Presidente a tomar assento à Mesa,empossando-o. Justifica a seguir a auséncia do Deputa­do Paulo Melro, Primeiro - Vice-Presidente eleito, queviajara a seu estado, em companhia do Senhor Ministrode Minas Energia e que tomará posse na próxima reu­nião deste órgão técnico. Na oportunidade o Senbor Pre­sidente passa a palavra ao Deputado Ademir Andradeque fala da importância da mineração para o País e quese sente muito bonrado em estar na Segunda - Vice­Presidência do órgão, pois seu estado, o Pará, muito temcontribuído, com seu potencial mineral, para a economiabrasileira. Usa da palavra o Senbor Deputado PriscoViana, jus.tif_ sua ausência da Presidência da Comisaãopelos motivos que todos jA conbecem, ou seja, foi eleitopara ser o Lider do PDS, cumprimenta a Mesa eleita,com políticos jovens, composta do Deputado Marcos Li­ma, como Presidente e Ademir Andrade, como Seaundo- Vice-Presidente, presentes a eleição. Homenageia, naoportunidade, o Senbor Deputado Cid Carvalbo, comoum dos Deputados mais antiaos nesta Casa e que con­correu à prévia do Partido para a Presidência deste ór­gão, mas que não obteve os votos necessãrios. O SenborDeputado Cid Carvalho agradece as referências do seucolega, cumprimenta o Presidente eleito e os Vice­Presidentes. Lembra, ainda, o Senbor Deputado CidCarvalho que o Senbor Deputado Prisco Viana Lançouas bases, neste órgão técnico, de um estudo para a atuali­zação do Código de Minas e que "a mineração é um dosprincipais valores de nacionalidade", disse tam~m, dotratamento dado ao aarimpeiro e de sua marginalidade e .que esses mesmos garimpeiros tenham prioridade, parti­cipando da riqueza com que contribue através de seu tra­balho e que o Presidente eleito, Deputado Marcos Limaé capaz e que levará a Comissão aos grandes caminhos-.. -- - -----:1

Maio de 1985

para uma reforma no campo da mineração. E, em nomeda Comissão parabeniza os eleitos. Usa a palavra o Se­nhor Deputado Jacques D'Ornellas, cumprimenta aMesa eleita e se diz também partidário da defesa do ga­rimpeiro do nosso País. Com a palavra o Senhor Depu­tado PauHno Cícero de Vasconcellos fala em nome doPartido da Frente Liberal - PFL, de Minas Gerais ecumprimenta, pela investidura à frente da Comissão deMinas e Energia os Deputados eleitos c que espera umtrabalho conjunto do Ministério de Min!!s e Energia eeste órgão técnico. Faz alusão a fala dos Deputados CidCarvalho e Jacques D'Ornellas sobre Q problemas dosgarimpeiros e que este será um dos pontos cruciais a sersolucionado, dando-lhes o amparo da Lei. Com a pala­vra o Senhor Deputado Evaldo Amaral parabeniza oseleitos, como também, aos Presidentes anteriores, pre­sentes à reunião. Continua, e faz referências ao Códigode Minas, sua atualização quanto aos problemas queafligem a política energética e de mineração em nossoPaís. Usa a palavra o Senhor Deputado Clarck Platon elembra das riquezas minerais do Amapá e que, talvez,em termos econômicos sejam superiores as do estado doPará pelo valor dos minérios raros, do valor qualitativose não do quantitativo, destacando o Presidente da ICO­MI, chamado de devorador de empresas multinacionais

. por haver já encampado três grandes multinacionais.Lembra ainda dos dez mil garimpeiros que vivem em es­tado de absoluta pobreza, em seu território, e que há ne­cessidade de maior participação social quanto a distri­buição dessa riqueza, oriunda da mineração, para a clas­se. Solicita a palavra o Senhor Deputado Vicente Quei­roz, ratifica a importância desta Comissão e diz que aquiteve oportunidade de participar de grande trabalho de­senvolvido através de simpósios, seminârios, encontros,de importantes debates travados, do interesse nacional,fazendo rc;fer~eiar tam...!'ém, ao de_saf!lp~!!:.o eIn que vi­vem os gatimpeiros expulsos de terras indígenas, no mu­nicípio de Redenção, no seu estado. Cumprimenta a Pre­sidência eleita. Com a palavra o Senhor Deputado Gené­sio de Barros cumprimenta a Mesa eleita, faz votos paraque o trabalho continue com a importância que semprehouvera em Mesas anteriores. O Senhor Deputado Mar­celo Cordeiro cumprimenta os eleitos para a Mesarefere-se a Política de Minas e Energética e que este ór­gão técnico tem uma vida histórica significativa no to­cante ao setor mineral c que o Poder Exccutiyo anteriorpreocupou-se mais com os problemas energéticos e me­nos com os problemas do setor de mineração. Espera,agora, que os poderes constituídos se volte mais para assoluções dos recursos minerais, com uma política de or­ganização do processo produtivo da mineração, havendouma distonia da organização minero/eeonônica nacio-

. naI. Continua c fala que se deverá fazer um levantamen­to geológico desses mesmos recursos minerais, sendo umdesafio para a Nova República, e que já se observa umamudança de ótica do atual Ministro de Minas e Energia,dando um grande passo no alcance dos objetivos do se­tor mineral. Não havendo mais quem quisesse fazer usoda palavra o Senhor Presidente, Deputado Marcos Li­ma, agradece a presença dos Senhores Deputados e tam­bém os cumprimentos recebidos de cada um, como tam-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

bém a confiança nele depositada, promete correspondercom trabalho à altura da importância desta Comissão,contando, para isto, com a colaboração dos SenhoresDeputados presentes. Na oportunidade, estando presen­te o Doutor Gastão Neves, sobrinho do Doutor Tancre­do Neves e um dos Diretores da Empresa Brumadinho,solicita, em nome da Comissão, que o mesmo leve aDona Risoleta Neves, esposa do Doutor Tancredo Ne­ves, os cumprimentos de solidariedade e afeto. Nadamais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradece apresença de todos e convoca nova reunião para a próxi­ma quarta-feira, às 10 horas. Deixam de pertencer a estaComissão de Minas e Energia, os Senhores Deputados:Gonzaga Vasconcelos e Léo Simões. Ê encerrada a reu­nião às doze horas, c, para eoustar, eu AlIia Tobias, Se­cretária, lavrei a presente ata, que após lida e achadaconforme vai assinada pelo Senhor Presidente. - Depu­tado Ma~cos Lima, Presidente.

SEÇÃO DE COMISSOES PARLAMENTARESDE INQU~RITO

Programação da Semana de 27 a 31 de maio.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITODESTINADA A INVESTIGAR A ATUAÇÃO DO SIS­TEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO DO BRASIL.

Dia: 29-5-85Hora: 10:00Pauta: Depoimento do Jornalista Francisco de Olivei­

raLocal: Comissão do Interior

Dia: 30-5-85Hora: 10:00Pauta: Depoimento do Jornalista José Carlos de AssisLocal: Plenário da Comissão de Inquérito

Luey Stumpf Alves de SoUZIl, Chefe.

Distribuição n' 07/85

AVOCATURA

O Senhor Presidente da Comissão de Relações Exte­riores, Deputado Francisco Benjamin, avocou, nestadata (21-5-85), a seguinte matéria:

Indicação n' 16/85, do Deputado Oswaldo Lima Fi­lho, que "sugere que a Comissão de Relações Exterioreselabore projeto de lei declarando nulos os Acordos reali­zados pelo Governo Brasileiro com o Fundo MonetárioInternacional, tendo em vista a violação por aqueles atosdo ar!. 44, I da Constituição Federal".

Sala da Comissão, 21 de maio de 1985. - Regina Bea­triz Ribas Mariz, Secretária.

INSTITUTO DE PREVID~NCIADOSCONGRESSISTAS

5' Reunião Ordinária, realizadaem 16 de malo de 1985

Aos dezesseis dias do més de maio de mil novecentos eoitenta e cinco, às dezessete horas, sob a presidência do

SECRE1ARIA-GERAL DA MESA

1 9 8 J

REQUERIMENTOS DE INFORMAÇlJES ENCAMINHADOS

Sábado 25 5021

Senhor Senador Nelson Carneiro e com a presença dosSenhores Senadores Passos Párto e Jutahy Magalhães eDeputados Raul Bernardo, Nilson Gibson e o SenhorDoutor Luiz do Nascimento Monteiro, reúne-se, em suasede, o Conselho Deliberativo do Instituto de Previdên­cia dos Congressistas - lPC, a fim de tratar assuntos di­versos. Lida e aprovada a ata da reunião anterior, o Se­nhor Presidente inicia os trabalhos, quando solicitou apalavra o Conselheiro Senador Passos Pôrto para falarsobre a auditoria contábil financeira a ser procedida noIPC, cujas propostas recebidas ficou de analisar e dar pa­recer. Ponderou que a mesma poderia ser realizada porfuncionários especializados de ambas as Casas, sem queo IPC neéessitasse despender a elevada soma constantedas propostas apresentadas para tal finalidade. Concor­daram os Senhores Conselheiros, sendo determinadoque a Secretária oficiasse às firmas proponentes agrade­cendo o interesse prontamente demonstrado para a pres­tação de serviço. Deliberada, tambérn l a reaplicaçàoconstante da pauta, com vencimento para o dia vinte docorrente. Em seguida, foi debatida a soli~itação de al­guns suplentes de parlamentar no sentido de se valeremdos empréstimos concedidos pelo IPC, sendo lembradoque estão em curso estudos sobre a revisão das normasque regulam todos os beneficios e serviços prestados peloInstituto, ficando adiada a decisão. Foi mantida a Reso­lução n' 11/83, que estende o auxílio-funeral pelo faleci­mento de dependentes de segurados, nos casos que espe­cifica. Em pauta o processo do Senhor Deputado OdilonSebastião Salmoria, com parecer favorável do Relator,Senador Passos Pórto, entendendo ser um direito do in­teressado optar pelo sistema de contribuição. Adiada avotação por ter sido concedida vista do processo ao Se­nhor Conselheiro Raul Bernardo. Foram aprovados, aseguir, 05 seguintes pareceres relativos a auxílio-doençaS.QI~l~dos aiQ.d_a s09_a vigência di! Resolução n' 01/85,ao Senhor Deputado Sérgio Mário Ferrara, Relator oSenhor Conselheiro Passos Pórto, ao Senhor DeputadoJorge Vargas, Relator o Senhor Conselheiro Luiz doNascimento Monteiro, ao Senhor Marcelo Linhares, Re­lator o Senhor Conselheiro Raymundo Urbano, ao Se­nhor Deputado Marcelo Machado Medeiros, Relator oSenhor Conselheiro Passos Pórto, ao pensionista Benja­mim Miguel Farah, Relator o Senhor Conselheiro Luizdo Nascimento Monteiro. Aprovado, ainda, o parecerdo Conselheiro Jutahy Magalhães no processo do ex­parlamentar Paulo José Alves Ratles, referente ao paga­mento de diferença de averbação de mandato, pelo defe­rimento. Foram deferidas as seguintes novas inscriçõesde segurados fac~ltativos: Agenor Monturil Neto, AlaorBarbosa dos Santos, António Antunes Fernandes, ClitesFlorindo Costa, J lIrandi Leite da Silva, Maria de FátimaCarneiro Cavalcante, Mary Jane Alves da Silva c VetaSilva. Ficou adiada para a próxima reunião a discussãorelativa à adoção do sistema francês de amortização nastabelas de empréstimos. Nada mais havendo a tratar éencerrada a reunião às dezoito horas e trinta minutos. E,para constar, eu, Zitda Neves de Carvalho, Secretária,lavrei a presente ata que depois de lida e aprovada, serC,assinada pelo Senhor Presidente. - Ass: Deputado JoioFaustino. Vice-Presidente, no exercício da Presidência'.

!/f}

2/83

35/83

59/83

AUXOR

J01\O HERillLl1l.l

FERREIRA MAlITINS

WALL FERRAZ

EMENTA DATA DA REI·ESSA. AO GA3L";'Z';'E CIV~L n~

PRESID~IICIA DA ,'iE?03r.rc.,

Solicita infonnaçâes ã 'SEPLAN sobre 'os aUJOOntos dós preços dos

derivados de petróleo Df. SGl-20, de 09.03.83

Solicita informaçÕes ao Sr. MINISTRO EJITRloIJRDI~lO PARA ASSimTOS. FUNDIÁRIOS so~re a arrecadação PelO INCHA) nos exercício;

de 1978 a 1982, do Imposto Territorial Rural. ()f. ~Gj-S86, de. 29.06.83

Solicita· informações ao. J.lINI5TOOO DA AGRlCUL11JRA sobre a im-

plantação do Parque Nacional do Capivara, em São Raimundo Na

nato, no Piauí. Of. SGl-822, de 04.10.83

.5022 Sábado 25

:IP AI/XOR

70/83 Hl1LIO .ID1JE

80/83 EWARIO M.~TARAZZO

SUPLICY

.81/83- llRAND1'D IDNrimID

84/83 EWARIO M.\TARAZZOSUPLIa:

D1ÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

EMENXA

~licita infonna.ç.ões ã S~J..AN, sobre enpresas brasileiras com

sede própria ou alugada no exterior.

Solicita informações ao MINIS'IrRIO DA FAZHNlJA e ã SHPLAN, so­

bre facilidades de empréstimos junto ao Banco do Brasil e a

CEF, ao Grupo Coroa-Brastel. (*)

Solicita infonnaÇÕ8s aq ~J sobre a real situâçãq. do Garimpo

de Serra Pelada, no Estado do Parã.

Solicita informações ao MINISTlÕRIO DA FAZHNlJA, sobre os contr~

tos assinados pelas autoridades monetârias do govemo brasile!.m' com os bancos credores do Brasil, em 1982 e 1~83.

( * ) - .Já respondido pelo Ministério da Fazenda.

lMXA DA RE.'ESSA AO -GA3I!!:;";<Z CIV::L ];,1PRE5IDtNCIA DA ..~-P03LICA

Df. SG>I-833, ele 04.10.83

Of. SGl-I048, de 17.11,83.

Df. SGl;-1049; d~ 17.• 11.83

Of. SGl-10S2, de 17.11.83

Maio de 1985

85/83

89/83

102/83

112/83

AIIITCfr llJARE5

F1IlWlULINI J1J.noR

SALLES LEITE

Solicita informações ao MINISTlÕRIO DA JU5TleA, sobre estudos&queIa Pasta a respeito da criação de novas juntas de Conci

1iacão e Julgamento em. todo o ~aís.

Solicita informações ã SEPLAN sobre o pessoal das EntidadesEstatais.

Solicita informações ã SEPLAN sobre prejuízos de E!ll>resas E~

tatais nos últÍIoos três anos.

Solicita informacâes ao f.f.1E J sobre os SO maiores e 50 menoressalários pagos gryS funcionnrios da Eletrobrâs J Petrobrás. In­

terbrás, eia. Va~e do Rio 1Joce, Nuclebrás e Itaipu Binaciorul1.

Of. SG>I-I0S3, de 17.11.83

Of. SGI-10S7, <]e 17.11.83

Of. sal-1137, de í9.• 11.83

Df. SGl-1147, de 29.11.83

128/83 SALLES LEITE

140/83. AWIIJRY HJLLER

141/83 FJ1EITAS llJBRE

15.3/33 FRA"lCISCO AMARAL

157/33 RAlMUNOO ASRlRA

159/83 QlAG.'IS VASCOIKJilllS

·169/84 JlMILCAR DE QUEIROZ

172/84 'IKMAZ .COEutl

18.1/84 alAGAS VASCONCEI1JS

Solicita informações 'ao MINISTlÕRIO DA:~ICA, sobre in­

fra-estrutura aeroportuária.

Solicita informações ao lvlPAS sobre a situação real das contasda Previr':~';ncia.

Solicita informações i\ SEPJ.J\N gobrc os cortes nos investiJoon­

tos do Sistema Telebrãs.

Solicita informações ao MINISTI!RIO ro TRAllAillJ sobre a reguI.'!

~ntaç:ão da profissão de sociólogo.

Solicita infonnações ao M·lE sobre as jaziàasque se encontram

em processo de lavra no Estado da Paraíba.

Solicita infonnaçâes ao TCU sobre o repasse pelo Poder Execut.!,

vo das parcelas do IR e IPI· aos Estadas e MmicÍpios.

Solicita informações ao ].f,m, sobre a construção de gasoduto"l!

gando o Alto Amazonas ã Cidade de São Paulo;

Solicita informações ao mNrER sobre projetos aprovados pelaSUDENE, em 1983.

Solicita infonnações ao TCU sobre transferência de recursos do

Fundo de Participação dos ,M..rrUCípios, referente a seu Estado,no mê~ de março de· 1984.

Of. SGl-1163, de 29.11.83

Of. S(1.\-027, de 13:03.84

Df. srn-028, d. 13.03.84

Df. SGl-040, d. 13.03.84

Of. SaI-044. de 13.03.84

Of. GP-0-354, de 13.03.84

Of. SaI-I0l, de Z8.03.84

Of. S<M-l03, de 28.03.84

Of.GP-0-801, de 23.04.84(ao TCU)

'185/84

186/84

190/84

191/84

201/1'4

215/84

JOSIÕ TAVARES

FR!\NCISCü AMARAL

l\MAJJRY MlLLER

JOSIÕ EUDE5

ORESfES MlNIZ

Solie,ta Informações ao MINISTlÕRIO DAS IXMJNICAOJES sobre critêrios adotados para pa"rticipação das concessionárias no _den~

minad~ ':Percentual Onico sobre.Tráfego ~i:ítuo". Of. ~178, de 18.04:84

Solicita informações ao }-.f.ffi sobre reajustes das tarifas de eno.!:

gia elétrica. .9f. SGI-179. d~ 18.04.84

Solicita informações ao }.ME sobre explora!:-ão de rique~as mine-rais por enyresas Illlltinacionais. Of. SGl-329, de 28.05.84

Solicita infonnações ao ~MJ sobre o balanço de 1983 da Petrobrás. Of. SGl-330, de 28.05.84

Solicita informações ao ?-f.ffi sobre quais as providências a serem

tomadas pelo Governo em relação aos brasileiros desaparecidos na.

Argentina. Of. S(1.\-390, de 06.0(;'.84

Solicita informações ao M-E sobre a utilização, pelo Estado de

Rondônia, da energia g~rada pela Usina de Itaip<h Df. SGI-5S0, de 08.08.84

Maio de 1985

:19 AUTOR

222/84 RAYHJNOO A5FORA

224/84 RAThIlNOO ASFORA

228/84 SANfINBJ" FúRfAIXJ

234/84 OSVALDO MEI.D

231/84 FRmCISOO.•.AMARAL

~36/84 CLfMIR lWOS

238/84 RAThIlNOO ÁSRlRA

247/84 BRANlJPD l-lJN'rnIRO

251/84 LOcro ALCÃNTARA ef,LBOOOJ lJJRDlJIro

253/84 JoslJ EUDPS

2;;8/84 sfJRGro LCf.IIlA

260/84, AR!1IUR VIRGrLIO NE10

$1184 DARCY PASSOS

. :262/84 nJ!IIW\ BCM

268/84 MYRTHF.5 BEVI~

273/84 RAmmoo ASRlRA

276/84 IRMAP~I

?78/84 MlZAAIIDJ CAVMDNrI

279/84 JOOGE LEITE

283/84 OORf.Cro àlITIZ

284/84 HeLro~

287/84 MlZARIIDJ CAVALCANfI

288/84 MYR'IHES BMIJJ::WA

289/84 SEBASTIPD NERY

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

EMENTA DATA DA Ri:::·fESSA AO GA3I.:'~~;: CIr;~!. .DAPRESIDtllCII. DA .~E?;;3!.Ii:.:"

Sábado 25 5023

Df·. SGM-563, de·08.08.84

Df. SGl-632, de 16.08.84

Df. SG'lo631, ·de .16.• 08.84

Df. SGM-633, de 16.08. 84

Df. SGl-S86!. de .Z6.10.84

Df. 5CN-872, de 26.10,84

Df. 5(1)1-870, de 26.10.84.

Of. SGM-877, de 26.10.84

Df. SGl-729, de 05:09.84

Df. GP-0-2352, .de 29.10.84

Df. SGM-879, de 26.10.84

Df. SGl-880, de 26.10.84

Df. SGl-109Z, de OS.1Z.84

Df. SGl-1088, qe 05.1Z.84.

·àf. SGM-629, de 16.08.84

Of. SGl-l015, de 1"9.. 11.84

Df. SGl-l091, de 05.12.84

Of. SGl-l0S7, de 05.12.84

Of~ SGl-l016, dé 19:11.84

Df. SG'I-l093, de 05;12.84

Df. GP-0-i724, de 05. 12.S4(ilO Tal)

Df. SGM-891, de 26.10.'84

Of. SGM-952, de 31.1Ó.84

Solicita informações ao f.EC sobre contratação 4e pessoal, pelo

Mini5~ério, através de Convênios ~

Solicita infonriações ao GAB. -qVIL DA P;U;s. DA RLPliBLlCA sobre

as gráficas Jr.antidas por órgãos da Administração Puôlica. .

$c?licita infoTIplçÕeS ao ~,NE scbrc a pri~:~,tização de eJTq)resasligadas li PETROBRÁS.

Solicita ).nformaçães ao ~IINIsrnRIO DAS mlJNICACOPS sobre acriação d~ Ft.mJO Nacional de TelecOOJ.micações.

50licita informaçães ao N1NIS1'l1RIO DA FAZENDA sobre o IlDntante

'ecebido em dóla!,es pelo Br~il pela exportação de annaJOOntos.

Solicita 'infonnações ao TCU sobre irregularidades relativas -ã~ontabilização de receit~ públicas federail?

Solicita informações' ao N1NIST!JRIO ÍXJ TRAllAlHJ sobre contribui

ção sindical.

Solicita informacães ao N1NfER sobre obras de sanean.mto básico

desenvólvidns no país.

Solícita informações ao N1Nli>rfJRIO DA FAZENDA sobre .qual o vo­lune.~ exportação da indústria Délica brasileira no 19 Serms­

tre de 1983;

Solicita infonr.açÕ6s ao GAB. CIVIL DA PRPS. DA REPtlBUCA sobre

~s gastos com educação de todos os l4iriistérios, exceto O Mie.

Solicita' infonna.çõcs BD -f,f.E s'Ob~e credenciaJOOnto da :Mineradora

são Lourenço jlUltO ao referido Ninistério.

Solicita infonnaçães ao MPAS sobre o niínero de aposentados p~- .

gos pela Previdência.

Solidta informaçães ao HINISTllRro DAS muNlCAoJES sabre a per

ce~tual de 30\ cobrados sobre os serviços de telecol1llIlicações.-

Solicita informatães li SEPlJ'N sobre a liberação das cotas do

Ft.mdo de Participação. dos J..imicípios no corrente exercício.

Solicita informações li SECRETl\RlA-GERAL DO CONS. DE sEGuRANÇA

NACIPNAL sobre a. transformação dos Territórios Federais de ~

raima e hnapâ em Estados ~ros da Federaião.

Solicita informações ao DASP sobre c{lnvênios com enpresas lo­

cadoras de mão-de-obra.

Solicita infornações ao J.t.lE. sobre a insta.lação de uma base de

stfprirrentos C:e inflamáveis, em Açailândiil, Estado Maranhão.

Solicita informações ao GAB. CIVIL DA PRPS •.DA REPtlBLICA sobre

a regul;""ntação da'Lei n9 5524, dc·05 de novembro de 1968.

Solicita informaçães ao N1NIST!JR.IO DA FAZENDA sobre pedido de

infopnações efet,.ado pela Xerox do Bri1Sil li CACEX.

Solicita informações ao N1NIST!JRIO DA JUSTIÇA sobre Convênio

entre a União e ~ Estado da Paraíba, para construção de uma

penitenciária em ~ina Gr~e.

Solicita informaçõe:? ao TCU sobre fundamentos· legais .que justl:.

fiquem os repasses de recursos realizados' pelo SESI, SESC, SENAr,

SENAC" para a Confederação Nacio~al da Inilústrla e Confederação

Nacionai do Conircio.

Solicita infonnaçoes ao Sr. ~IINISTRO ·EXrnAORDINÃRIO PARA ASST.!!!

'IOS RlNllIÁRIOS sabre a ocupáção e distribuição de terras. pelo

lNeRA.

Solicita infonnaçães ao ~fEC sobre comemorações 3. serem realiz,!

das pela ~IEC para COlOOllOrar o 49 ·Centenário d~ FWldação do Es-

tado da Paraíba. Df. SGr-557, de 08.08 :84

.Solicita informaç~es ao VEC sobre o desenvolvinento do Progra-

ma "Promoção da Saúde da Nulher e da Criança"" no Es tado da

Paraíba.' Df. SGl-559, de 08.08.84

Solicita informações ao ~tUST!JRIo DAS aM.INICAoJPS sobre crite

rios utilizados 'para a fixaç.ão da pa,rtic:i.pação das conceS5io~~ .

rias no Ftmda de Participação tlnica sobre Tráfego Mltuo.

OSWALDO UMA FIlH).290/84

5024 Sábado 25

:19 AUTOR

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

EMENTA DATA DA RE:·ESSA ,:0 GA3I::S':2 CIV:L DAPRESID~lJCIA DA R::?:J3!..IC.';'

Maio de 1985

291/84

292/84

293/84

295/84

WAGNER LAm

EDIJAROO MATARAZZOSIJPLICYFRANCISCO DIAS

ADEMIR ANDRADE

Solicita infonnações ã SEPLAN sobre distribuição do Ptrndo de

Participação dos Mtmicípios e do Fundo Rodoviário aos M.mic;í~

pios Maranhenses.

Solicita informações 30 MEC sobre merenda escolar.

Solicita informações ao SR. ~IINISTRO QJEFE IXJ ENFA sobre a pr2.

dução de al1Th.'mil~nto pela tndústria bélica instalada·no país.

Solicita info17naçães ao l'olINTER sobre projetos agropeeuarios

e industl'iais aprovados para os 14Jnicípios de Santana do

Araguaia, são FéÍix do Xingu, Conceição do Araguaia, Reden­

'Cão, Xinguara e Rio Maria, no Pará.

Of.SC/.!-1094, de 05.12.84

Of. SG'l-1095, de 05.12.84

Df. SG'I-109ó, de 05.12.84

Of. S(1)I-1098, de 05.12.84

297/84 IXNISSPD DE RELAçOES' Solicita informações ao ~IRE sobre a constante presença deE\1'ERIORES aeronaves militares dos Estados Unidos da América, estacio

nadas em aeroportos br:lsi:leiros. - Df. SR-l-1100, de 05.12.84

298/84

30i/84

302/84

303/85

305/85

307/85

314/85

AIRTON SOARES e ElJUARllJHATARAZZü SlJPLICY

ADEM1R ANDRADE

CARLOS WILSON

fl1,INCISCO NWlAL

FRANCISCO »IARAL

VIcroR FACCIONI

Solicita infoI'TIU'lçêes ao r-NE sobre o Relatório feito pela Petr2.

brás indicando as causas das duas explosões çcorridas na PIa­

tafo""" de Enchova, em agosto <le 1984.

Solicita info"nnações ao SR. MINISmo EXTRAORDINÁRIO PARA ASSLI!!

TOS FUNDIÃRIOS sobre os imóveis rurais localizados nos rmmicí­

pios de Santana do Araguaia, são Félix do Xingu, Redenção, Co!!ceição do Araguaia} Rio Maria, Xinguara, são João do Araguaia,

~faraba e sobre a Fazenda' AIvorada(na área da Brasil Central).

Solicita informações ao r-UNIsTI.RIO DA FAZENDA sobre a redução

de 42\ das cotas do FFM.

Solicita infonnaçães ao ~UNISTERIO DA ~IARINHA sobre a expedi­

ção científica do Brasil ii Antárdica.

Solicita informações ao MINIS'ffiR.IO DA FAZENDA sabre o desempenho

da Loteria Esportiva FedeTal quanto ã distribuição de suas ren­

das líqllidas.

Solicita informações ao MPAS sobre os débitos de errq:>resas púbil

cas c de economia mista de âmbito municipal para com a Previdê,!!

cia.

Solicita infonnaçêies ao BANCO CENIRAL 00 BRASIL e ao BANCO NA­

CIONAL: DA Hr\BITACiJ,O sobre fatos relacionadas com a intervenção

governamental nos Bancos Sul Brasileiro e Habitasul.

Df. SR-l-02/85, ,le 13.d3.85

Df. 5(1)!-05, de 13.03.85

Df. SR-l-06, ele 13.03.85

Df. SGl-07,"de !3.03.85

Df. S(;·1-09, de .13.03.85

Of. SCM-ll, de 13.03.85

Df. SCM-38, de 16.04.8S

MESA

Presidente:

Ulysses Guimarães - PMDB

1.°_Vice·Presidente:

Humberto Souto - PDS

2.°_Vice-Presidente:

Carlos Wilson - rMDB

1P-Secretárlo:

Haroldo Sanford - PDS

2.0 -Secretário:

Leur Lomanto - PDS

SP-Secretário:

Epitácio Cafeteira - PMDB

4.0 -Secretário:

José Frejat - PDT

SUPLENTES

José Ribamar Machado - PDS

Orestes Muniz - PMDB

Bete Mendes - PT

Celso Amaral - PTB

PMDB

Lider:

Pimenta da Veiga

Vice-Líderes:

Arthur Virgílio NetoDarcy Passos

Henrique Eduardo AlvesIsrael Dias-Novaes

Luiz HenriqueCássio GonçalvesVaImor Giavarina

Aldo Arantesoristina Tavares

Genebaldo COrreiaHélio Duque

Hélio ManhãesHeráclito FortesJorge Uequed

José Maria MagalhãesJúnia Marí.'.le

Lélio SouzaMárcio BragaMário Frota

Paes de AndradeRenan OalheirosRoberto FreireSinval Guazzelli

Theodoro MendesWalmor de Luca

PDS

Líder:

Prisco Viana

Vice-Líderes:

Amaral NettoSantos Filho

Afrisio Vieira LimaAssis Canuto

Bonifácio de AndradaEdison Lobão

Eduardo GalilGióia Júnior

Hugo MardiniJorge Arb/l;ge

LIDERANÇASJosé Carlos Fonseca

José FernandesLeome BelémLúcia ViveirosPedro COrrêa

Pratini de MoraisRaul Bernardo

Rubens Ardenghi

PFL

Lider:

José Lourenço

Vice-Líderes:

Celso BarrosJosé Thomaz NonôIlIloeêncio Oliveira

Dionísio HageLúcio Alcânta.ra

João FaustinoAlceni GuerraSarney Filho

Fernando BastosCeLso PeçanhaMário AssadAntonio Dias

PDT

Líder:NaOir Rossetti

Vice-Líderes:José Colagrossi

Matheus 8chmicJ.tDélio dos Santos

PTB

Líder:Gastone Righi

Vice-Líder:Mendonça Falcão

Mendes Botelho

PT

LíÕ'er:DjaIma Bom

. Vice-Líderes:

José GenoinoLuís Dulci

PT

PTB

Vago

Mendonça Falcão

Suplentes

PMDBJorge VargasManoel AffonsoManoel Costa JúniorMansueto de LavorOlavo PiresOswaldo TrevisanPaulo MarquesPimenta da VeigaRaul FerrazWalber GuimarãesVago

PDSFrancisco SalesIrineu ·ColatoNelson MarchezanPedro GermanoRubens ArdenghlSalIes LeiteVago

Agenor Maria,Carlos MosconiCaslldo MaldanerDant.e de OliveiraDel Bosco AmaralDoreto CampanariFernando GomesHélio DuqueIsrael Dias-NovaesJoão BastosJoão DiVino

Afrisio Vieira LimaAntônio FariasAntônio MazurekAssis CanutoCristino CortesDarcy PozzaDiogo Nomura (PFLlEstevam Galvão

Josias LeiteMaçao TadanoNelson CostaPedro CeollmSaramago PinheiroValdon VarjãoWlldy Vianna

PFLGeovani BorgesHélio DantasLevy DiasOswaldo CoelhoRelnhold Stephanes

PDTSérgio Lomba

Lélio SouzaMárcio LacerdaMarcondes PereiraMattos LeãoMelo Freire'Pacheco ChavesRaul BelémRonan Tito

PDS

Aldo PintoNllton Alves

Carlos VinagreGeraldo FlemingHarry AmorimIturival NascimentoIvo VanderlindeJosé Mendonça de

MoraisJuarez Bernardes

Adauto PereiraAntônio GomesBalthazar de Bem e

CantoCelso CarvalhoDelson SearanoEmídio PerondiJoão Paganella

Alcides LimaBento PortoClaudino SalesFabianO Braga CortesFrancisco Erse

Diretora: Nadlr Pinto GonzalezLocal: Anexo Ir - Telefone 224-2848

Ramal 6218

Coordenaçã.o de Comissões Permanentes

Diretora: Silvia Barroso MartinsLocal: Anexo Ir - Telefone: 224-5179

Ramais: 6285 e 6289

COMISSOES PERMANENTES1) COMISSÃO DE AGRICULTURA E

POLITICA RURALPresidente:

Jorge Viana - PMDB-BA1.0_Vice-Presidente:

Santinho Furtado - PMDB-PR2.°_Vice-Presidente:

Renato Cordeiro - PDS-SP

TitularesPMDB

Airton Sandoval Aroldo MolettaAntonio Câmara Cardoso Alves

DEPARTAMENTO DE COMISSÕES

2) COMISSAO DE CI~NCIA ETECNOLOGIA

Nilton Alves

:Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00hLocai: Anexo n - Sala 12 - :Ramais 6295 e

6297secretário: Luiz de Oliveira. Pinto

Eduardo MattarazzoSuplicy

Reuniiks:Quartas e quIntas-feiras, às 10:00hLocal: Anexo II - Sala 17 ....; Ramais 6292 e

6294secretário: José Maria de Andrade Córdova..

Presidente :AdalI Vettorazzo - PDS-SP

l,O-Vice-PresIdente:Antônio FIorêncio - PFL-RN

2.0-Vice-Presidente:Fernando Cunha. - PMDB-GO

Titulares

PMDB

Ricardo RibeiroSarney FilhoTheodorico Fel. aço2 vagas

Márcio Maced;>Milton ReisRoberto FreireTobias AlvesWagner Lago1 vaga

Renato BernardiSamir Achôa

PT

PTB

PDSCláudio PhílomenoVago

PDT

Déllo dos Santo:..

PFLvago

PDSVictor FaccioniWildy Vianna

PFL

PD8

Jutahy JúniorMagalhães PintoNelson MorroNey FerreiraOsmar LeitãoRicardo Fiuza.Vago

PFL

Gastone Righi

Ibsen PinheiroJackson BarretoJorge LeiteJorge MedauarJosé Mendonça de

MoraisLélio SouzaLuiz Leal

Clemir Ramos

Francisco BenjamimJosé Mendonça BezerraLãzaro CarvalhoPedro Colln

Darcmo AyresEdison LobãoEduardo GalliGomes da SilvaJoão PaganellaJosé Carlos FonsecaJosé Penedo

Del Bosco AmaralHélio ManhãesIrineu BrzeSlnski

Antônio Osório

PDT

5) COMISSAO DE DEF"ESA DOCONSUMIDOR

Presidente:Nelson do Carmo - PFL-8P

1.0_Vice-Presidente:sebastião Atalde - PDT-RJ

2."-Vice-Presidente:Flgueiredl> Filho - PDS-RJ

Titulares

PMDB

Aécio Cunha

Vago

Reunió,es:Terças, quartas e quintas-feiras, às IO:OOh

Local: Anexo li - Sala. 1 - Ramal 8308

Secretário: Ruy Prudêncio da Silva

Suplentes

PMDB

Amadeu Geara Mário Frota.Aurélio Peres Ronaldo CamposJosé Carlos Vasconcelos

Albinl> CoimbraClarck Platon

Nilton Alves

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às IO:OOhLocal: Anexo II - Sala 25 - Ramal 6376secretária: Maria Júlia Rabello de Moura.

Mozarlldo Cavalcanti VagOFrança Teixeira

Natal GaleNilson GibsonRonaldo CanedoWalter Casanova

Fernando .GomesFrancisco AmaralFreitas Nobre

José TavaresOswaldo Lima FilhoPlinio Martins.Raimundo LeiteRaymundo Asfora.Renato Vianna.Sérgio MuríloTheodoro MendesValmor Giavarina

PT

PFL

PDS

RamUton XavierJorge ArbageJosé BurnettJúlio MartinsOswaldo MeloOtávio CesárioRondon Pacheco

PFL

Magno Bacelar

PFL

Saulo Q~lciroz

Vago

PDT

PDT

PDT

Nadyr Rossetti

PTB

Suplentes

PMDB

Márcio BragaSamir AchôaSérgio MuriloVago

PDS

Rômulo GalvãoVingt Rosado

Carlos ElOYMaurício Campos

Alair FerreiraManoel RibeiroPedro Ceollm

JG de A. Jorge

Reuniões:Quartas e quIntas-feiras, às 10:00hLocal: Anexo n - Sala 28 - Ramais 6304 e 6300

Secretária: lole La.zzs.rtn1

Suplentes

PMDB

Afdsio Vieira LinJaArmando PinheiroBonifácio de AndradaErnani SatyroGerson PeresGorgllnio NetoGuido Moesch

França TeixeiraRita Furtado

4) COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA

Presidente:Aluízio Campos - PMDB-PB

1.°-Vice-Presidente:Djalma Falciío - PMDB-AL

2.°-Vice-Presidente:Joacil Pereira. - PDS-PB

Titulares

PMDB

Ademir AndradeArnaldo MacielBrabo de CarvalhoEgldio Ferreira LimaJoáo CunhaJoão DivinoJoão GilbertoJorge CaroneJosé Mello

Carneiro AmaudFreitas NobreHeráclito Fortes

Antônio DiasCelso BarrosGonzaga. VasconcelosJairo MagalhãesMário Assad

Amadeu Geara.Arthur Vl,rgllio NetoCàrdosa ,AlvesCid Caivalho

José Genoino

Matheus Schmidt

Roberto Jefferson

Sebastião Nery

Henrique EduardoAlves

Marcelo Medeiros

PDT

PD8

Vago

Maurfiio FerreiraLima

Pacheco ChavesSinval Guazzelli

PDS

Balles LeiteVieira da Silva

PFL

Jonathas Nunes

PDT

PDS

Vago

PFL

PT

paIsrael PinheiroJosé Carlos FagundesSebastião CurióHomero SantosWolney Siqueira

PDT

1 vaga

PTB

Supl9tl!8

PMDB

Jacques Dornellas

Irineu COlato

Cristina TavaresHorácio OrtizManuel Viana

Celso Amaral

Mário Jurun!!.Osvaldo Nascimento

José Jorge

Alceni Guerra.Antônio DiasAntônio FIorêncioAntônio UenoEnoc Vieira.

Carlos VirgmoGióia JúniorJaime Câmara

Dirceu CarneiroJorge UequedJorge Vargas

Gerardo Renault.Joáo Rebelo

Evaldo Amaral

AnibalTelxeiraAntônio MoraisDomingos LeonelliFrancisco Amaral

3) COMISSAO DECOMUNICAÇÁOPresidente :

il;lsen Pinheiro - PMDB'-RS1.0-Vice-Presidente :

Siqueira Campos - PD8-GO2.°-Vice'-Presidente:

Moacir Franca - PTB-SP

Titula.rell

PMOB

José Eudes

6} COMISSAO DE ECONOMIA,INDOSTRIA E COM~RCIO

PTB

Nelson do Carmo (PFLJ

PT

Reuniões:Terças, quartas e qUintas-feiras, às 1O:00hLocal: Anexo n - Sala 20 - Ramal 6314secretária: Maria Laura Coutinho

PTB

PDS

PDT

PDSRenato JohnssonWanderley Mariz

Siqueira CamposVictor Faccioni2 vagas

PFL

PFLJ essé FreireThales Ramalho

PDT

PDS

José Luiz MaiaOly FacllinWilson Falcão

PFII

França Teixeira

Paulino Cícero deVasconcellos

Simão SessimPDT

PTB

SuplentesPMDB

Luiz HenriqueManoel AffonsoRaul FerrazRoberto Rollemberg

SuplentesPMDB

Raul BelémWilson PazVago

Jayme SantanaJosé Carlos Fagundes

José Colagrossi

Aécio CunhaAlércio Dias

Bete Mendes (PT)Ciro NogueiraIbsen PinheiroJosé Eudes (PT)Leônidas Sampaio

Brasílio CaiadoJoão Carlos de Carli

Agnaldo Timóteo

Vago

Aécio' de BorbaJosé Carlos

Martinez

Irajá RodriguesLuiz BaccariniLuiz Leal

Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca

PDS

Bayma Júnior Flávio MarcilioFernando Magalhães Vicente Guabiroba

Agnaldo Timóteo

Vago

Reuniões:Quintas-feiras, às 10:00hLocal: Anexo TI - Plenário da Comissão de

Defesa do ConsumidorRamais: 6385 - 6386 - 6387secretária: Maria Linda Morais de Magalhães

PDT

9} COMISSAO DE FINANÇAS

Alvaro GaudêncioFurtado Leite

PFLChristovam Chiaradia Paulo MelroJayme Santana

Ademir AndradeDomingos JuvenilMarcos Limll­Nyder Barbosa

Presidente:Aécio Borba - PDS-CE

1.0_Vice-Presidente:Moysés Pimentel - PMDB-CE

2.0 -Vice-Presidente:José Carlos Fagundes - PFL-MG

Titulares

PMDB

Floriceno Paixão

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às lO:00hLocal: Anexo II - Sala 16 - R.: 7151Secretário: Jarbas Leal Viana

Celso CarvalhoFerreira MartinsPaulo Guerrll-

Valdon VarjãoVieira da Silva3 vagas

Heráclito FortesJoão BastosMárcio BragaMilton Reis

PDSOIy FachinRômulo GalvãoSalvador JulianelliVictor Faccioni

PFL

Rita FurtadoStélio Dias

PT

PDT

PTB

Marcondes PereiraOctacilio de AlmeidaPaulo MarquesHaymundo Asfora4 vagas

PDS

PT

PFL

Norton MacedoSimão SessimWalter Casanova

PDT

PTB

SuplentesPMDB

Irma Passoni

Darcílio AyresEmilio HaddadFerreira MartinsLeorne BelémMauro Sampaio

Osvaldo Nascimento

Albérico CordeiroBonifácio de AndradaBrasílio CaiadoEraldo 'I'inoco

Alvaro ValleDionísio HageJoão Faustinú

Farabulini Júnior

Aldo ArantesCasildo MaldanerFrancisco DiasHermes ZanetiMárcio BragaOscar Alves

Presidente:João Bastos - PMDB-SP

1.°_Vice-Presidente:Jônathas Nunes - PFL-PI

2.0 _ Vice-Presidente:Randolfo Bittencourt - PMDB-AM

Titmares

PMDB

Raymundo UrbanoTobias AlvesWallFerrazWilson Ha·ese2 vagas

Moacir Franco

Abdias Nascimento

Celso PeçanhaJairo MagalhãesMagno Bacelar

8} COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMO

Presidente:José Moura - PFL-PE

1.0-Vice-Presidente:Aloysio Teixeira - PMDB-RJ

2.°.Vice-Presidente:;Manoel Ribeiro - PDS-PR

Titulallr8

PMDB

Francisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosIrineu BrzesinsklJoão Herculino

7) COMISSAO DE EDUCAÇÃO ECULTURA

Luiz Dulci

R.euniões:Quartas-feiras, às lll:00hLocal: Anexo n - Sala 21 - Ramal 6318secretária: Tasmãnia Maria de Brito Guerra

Elquisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo

Alves

João AgripinoJosé missesManoel AffonsoOdilon SalmoriaOswaldo TrevisanPedro SampaioSiegfried Heuser

Miguel ArraesMúcio AthaydeNelson WedekinOswaldo Lima FilhoRenan CalheirosVirgildásio de Senna::: vagas

Gerson PeresE;éllo CorreiaJosé BurnettJosé Luiz MaiaNagib Haickel3 vagas

PFL

José MouraOscar CorrêaRul:lem Medina

PDS

Gerardo RenaultPaulo MalufPratini de MoraisRenato JohnssonRicardo FiuzaSérgio Philomeno

PDTVago

PTB

PDS

PFLNylton VellosoOrlando BezerraSaulo QueirozVictor Trovão

PDT

Amaury Müller

Amaral NettoAntônio FariasCunha BuenoDjalma BessaEduardo GalilEstevam GalvãoGeraldo Bulhões

Francisco StudartHerbert LevyIsrael PinheiroJoão Alberto de Souza

l30cayuva Cunha

Fernando Carvalho

AIl:lerto GoldmanArthur Virgilio NetoCoutinho JorgeCristina TavaresDarcy PassosGenebaldo CorreiaHaroldo LimaHélio Duque

Aldo Pinto

Adauto PereiraBalthazar de Bem e

CantoCarlos VirgilioEdison LobãoFélix Mendonça

Presidente:Ralph Biasi - PMDB-SP

1.0-Vice-Presidente:Ce1so Sabóia - PMDB-PR

2.°.Viee-Presidente:Luiz Antônio Fayet - PFL-PR

Titulares

PMDB

Alcides FranciscatoEvandro Ayres. de

MouraJosé CamargoJosé Thomaz Nonô

PTEduardo Mattarazzo Suplicy

Suplentes

PMDB

Antônio CâmaraCid CarvalhoDenisar AmeiroHenrique Eduardo

AlvesIrajá. RodriguesIrapuan Costa JúniorJosé FogaçaMarcelo CordeiroMário Hato

11) COMISSÃO DO {NDIO

Mário LimaOswaldo Lima FilhoRoberto Freirevirgildásio de SennaWalmor de Luca3 vagas

PFLLevy DiasLuiz Antônio FayetVago

Manoel Costa JúniorMarcelo CordeiroMárcio Lacerda,Pimenta da VeigaVicente QueirozVago

PDS

Horácio MatosHugo MardiniJoão Batista FagundesNelson CostaSiqueira Campos

PFL

Mauricio CamposWolney Siqueira

PFL

PDS

Pratini de MoraisPrisco VianaVictor Faccioni3 vagas

Leorne BelémLudgero RaulinoMaçao TadanoMauro SampaioNagib HaickelOssian AraripePedro CorrêaWilmar PalisWilson Falcão

PT

PDT

PTB

José JorgeJosé MouraLúcio Alcântara.Oswaldo CoelhoRuy BacelarTapety Júnior

PDT

José Frejat

PDS

Bento PortoJoão Alberto de SouzaJosé Machado

Alberto GoldmanArthur Virgilio NetoCoutinho JorgeJoão Herrmann NetoJorge CaroneJosé Tavares

Epitácio BittencourtJaime CâmaraJosé FernandesManool Gonçalves

Jacques D'OrnellasOsvaldo Nascimento

Albérico CordeiroBayma JúniorClarck PlatonEmílio HaddadFelix Mendonça.

Celso Sabóia,Cid CarvalhoFernando SantanaGenésio de BarroSHorácio OrtizJoão Agripino

Carlos EloyEmilio GaHoEvaldo Amaral

13) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às !G:OOhLocal: Anexo II - Sala 28 - R.: 6330 e 6333Secretário: BenÍcio Mendes Teixeira

Presidente:Marcos Lima - PMDB-MG

1.0_Vice-Presidente:Paulo Melro - PFL-SC

2.°_Vice-Presidente:Ademir Andrade - PMDB-PA

Titu1arHPMDB

Celso Amaral

Irma Passoni

PTBPaullno Cícero de Vasconcellos (PFL)

Suplentes

PMDB

Alcides LimaAlércio DiasFabiano Braga CortesGeovani BorgesHerbert LevyJoão Faustino

Clemir RamosJiullo Caruso

Adroaldo CamposAmilcar de QueirozAntônio AmaralAntônio OsórioArtenir WernerBayma JúniorEurico RibeiroHugo MardiniIbsen de Castro

Milton BrandãoMozarildo CavalcantiOrlando BezerraVictor TrovãoV1ago

PT

Nadyr Ressetti

PDT

PFL

Josué de SouzaJutahy JúniorLúcia ViveirosManoel Gonça,lvesManoel NovaesPaulo GuerraVingt RosadoWanderley Mariz

Mário Fro,taMário LimaOla,vo PiresOrestes MunizOswaldo MurtaPaulo BorgesRaul FerrazRoberto FreireRonaldo CamposSinval GuazzelliVirgildásio de SennaWagner LagoVago

PDS

PFL

ítalo ContiJosé Mendonça

Bezerra

PTB

PDT

PTB

Suplentes

PMDB

Joaquim RcirizJosé MBlloMarcelo CordeiroMárcio LacerdaMilton FigueiredOPaulo ZarzurPlinio MartinsRaimundo LeiteRandolfo BittencourtRBnato ViannaRuben Figueiró3 vagas

Al~ysio TeixeiraAluizio BezerraAluizio CamposAniba,l TeixeiraAroldo MolettaDenisar ArneiroDilson FanchinFernando GomBSFrancisco AmaralHaroldo LimaHarry AmorimJoão Herrmann Neto

Djalma Bom

Délio dos SantosMário Juruna

Jorge Cury

Antônio PontesEmílio Gall0Geraldo MeloInocêncio OliveiraJosé Mendonça BezerraJosé Thomaz Nonô

Antônio MazurekAssis CanutoAugusto FrancoClarck PlatonCristino CortesEdison LobãoFrancisco salesGilton GarciaJoão Rebelo

Agenor MariaCal'los Alberto de

CarliCiro NogueiraDante de OliveiraElquisson SoaresHeráclito FortesJackson BarretoJorge CuryJorge MedauarJosé MaranhãoManoel Costa JúniorMansueto de Lavor

12) COMISSÃO DO INTERIOR

Presidente:José Luiz Maia - PDS·PI

1.0.Vice-Presidente:Evandro Ayres de Moura - PFL-CE

2.°_Vice-Presidente:José Carlos Vasconcelos - PMDB-PE

Titulares

PMDB

Abdias Nascimento

Vago

Reuniões:

Terças e quintas-feiras, às 9h3OminLocal: Plenário da Comissão de RedaçãoRamais: 6391 e 6393Secretária: Mariza da Silva Mata,

Bento PortoFrança TeixeiraGo=aga Vasconcelos

PFLRicardo RibeiroRita Furtado

PDT

PT

PTB

PDS

José Carlos MartinezUbaldo Barém

Nosser Almeida

PFL

Furtado LeiteVago

PDT

SuplentesPMDB

Israel Dias-NnvaesJoão Herrmann NetoJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Júnior2 vagas

PDS.JÚlio MartinsWildy Vianna:I vagas

SuplentesPMDB

Siegfried Heuser4 vagas

Mário Juruna

Albino CoimbraFernando CollorJoão Batista FagundesJosué de Souza

Vago

Coutinho .JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo Lima

PrBsidente:Arildo Teles - PDT-RJ

1.0_Vice-Presidente:Gilscn de Barros - PMDB-MT

2.°_Vice-Presidente:Sérgio Cruz - PMDB-MS

Titula.r~

PMDBMárcio SantilliOrestes MunizRandolfo BittencourtVago

PDS

Nagib HaickelPaulo Guerra2 vagas

Eraldo TinocoIbsen de CastroJaime CâmaraJosé Fernandes

Alcides LimaLevy Dias .Mozarildo Cavalcanti

Aldo ArantesDante de OliveiraLuiz Guedes

Emílio HaddadJaime CâmaraJorge Arbage

10) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FI·NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

Alencar FurtadoFrancisco Pinto

José ColagrcssiReunióes:Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II . Sala 23 - Ramais: 6325 e 6328Secretário: José Cardoso Dias

Christovam Chiaradia Ricardo RibeiroJayme santana Vago

PDT

Augusto TrelnJooo Alves

Alvaro Ga.udêncioCastejon Branco

Sebastião Nery

PrBsidente:João Carlos de Carli - PDS-PE

1.0-Vice-Presidente:Amilcar de Queiroz - PDS-AC

2.°_Vice-Presidente:Milton Figueiredo - PMDB-MT

TitularesPMDB

Rosa FlcresWilson VazVago

PDS

FBrnando GomBSJoão HerculinoRoberto Rollemberg

PDS

15) COMISSÃO DE RELAÇOESEXTERIORES

Oscar AlvesVago

Pedro CorrêaSalvador JulianelliVago

PDT

José TavaresVago

PDBVicente GuabirobaVago .

PFLMilton Brandão

Lniz HenriquePaes de Andrade

PDS

PFL

José Carlos MartinezNosser Almeida

PFLSaulo Queiroz

PDT

TitularesPMDB

SuplentesPMDB

Mattos LeãoRenato Loures Bueno5 vagll8

PDB

PFLSebastião Curi6

SuplentesPMDB

Castejon BrancoInocêncio OliveiraNavarro Vieira Filho

Antônio Pontes

José RibamarMachado

Figueiredo FilhoFrancisco RollembergJairo AziManoel Novaes

Jorge ViannaLcônidas SampaioMario Hato

18) COMISSÃO DE SERViÇOPOBLlCO

Presidente:Homero Santos - PFL-MG

1.0_Vice-Presidente:Jorge Leite - PMDB-RJ

2.'-Vice-Presidente:

17) COMISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL

Presidente :Ney Ferreira - PDS-BA

1.°_Vice-Presidente:Ary Kffuri - PDS-PR

2.'-Vice-Presidente:Ruben Figueiró - PMDB-MS

TituIares

PMDBGilson de Barros VagoRuy Lino

PDS

Francisco Rollemberg

ítalo Conti

Reuniões:

Quartas e quintas-feiras, às 10:00hLocal: Anexo TI - Sala 13 - R.: 6355 e 6358Secretária: Maria de Nazareth Raupp Machado

Flávio BierrembachLuiz Baccarini

Vago

Reuniões:

Quartas e quintas-feiras, às 10:0011Locai: Anexo Ir - Sala 19 - R.: 6350 e 6352Secretária: Iná Fernandes Costa

Francisco PintoLeônidas Sampaio

Vago

Evaldo Amaral

Eteivir DantasGomes da Silva

Jacques D'Ornellas

PT

PT '

PFL

Lúcia ViveirosMarcelo LinharesNosser AlmeidaOswaldo Melootávio CesárioRondon Pachecosalvador JulianelliSaramago PinheiroSiqueira Campos

P1YI'

Clemir Ram08

Luiz GuedesM~noel AffonsoManoel Costa JúniorMaurílio Ferreira LimaOcill.on SahnoriaOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaYmundo UrbanoTheOdoro MendesTobias Aives4 vagas

P1)S:

PTB

José Maria MagalbãesLniz GuedesMax MauroVago

PDS4 vagas

!talo ContiJayme SantanaJOSé Thomaz NonôOScar CorrêaRita Furtado2 vagas

P1YI'

PFL

Rosemburgo RomanoVago

P1YI'

Suplentes

PMDB

Gastone Righi

José Eudes

Abdias NascimentoAmaury Müller

Bocayuva CunhaJG de Araújo Jorge

Anselmo PeraroBorges da SilveiraCarlos MosconiDoreto Campanari

Anibal TeixeiraArnaldo MacielArthur Virgilio NetoBorges da SilveiraDjahna FalcãoGustavo FariaJackson BarretoJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez Bernardes

Claudioo SalesChristovam ChiaradiaFrancisco StudartFurtado LeiteHélio DantasHomero Santos

Fernando Carvalho

Alceni GuerraLúcio Alcântara

Albino CoimbraLeônidas RachidLudgero Raulino

Jiúlio Caruso

Armando PinheiroAugusto FrancoCláudio PhilomenoCunha BuenoErnani SatyroFernando MagalhãesGilton GarciaGi6ia JúniorHam1lton XavierJoão Alves

16) COMISSÃO DE SAODEPresidente:

Carneiro Arnaud - PMDB-PB1.°·Vice-Presidente:

Manoel Vianna - PMDB-CE2.°_Vice-Presidente:

Tapety Júnior - PFL-PI

TitularesPMDB

Vago

Reuniões:Quartas e quintas-teiras, às lO:OOhLocal: Anexo Ir - Sala 2 - R.: 6347 e 6348secretária: Regina Beatriz Ribas Mariz

J oaeil Pereira

P1YI'

Matheus Schmidt

PTB

PDS

PDS

Dllson Fanchin

PFLRita Furtado

SuplentesPMDB

Mário RatoVago

BoeayUva Cunha

Alvaro Valle

Djalma Bessa

Aloysio TeixeiraJúnia Marise

Presidente:Francisco Benjamim - PFL-BA

L'·Vice-Presidente:João Herrmann Neto - PMDB-SP

2." Vice-Presidente:Adroaldo campos - PDS-CE

Tltu1&rellPMDB

José FogaçaJúnia MarlseMárcio MacedoMárcio SantilllMário HatoMiguel ArraesMilton ReisNyder BarbosaOctacilio de AhneidaPaulo MarquesRenato Loures BuenoRosa Flores

Freitas NobreJosé Carlos

Vasconeelos

Adail VettornzzoFrancisco Rollemberg

PFLDionísio HageCelso Peçanha.

,Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00hLocal: Anexo II - Sala 11 - R.: 6341 e 6343Secretário: Mozart Vianna de Paiva

Alencar FurtadoAluizio BezerraChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando SantanaFlávio BierrembachFreitas NobreF'Ued DibIram SaraivaIrapuan Costa JúniorIsrael Dias-NovaesJarbas VasconcelosJosé Carlos Teixeira

celso AmaralReuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 27 - R.: 6336 e 6339Secretária: Allla Felício Tobias

Angelo Magalhães Nelson MarchezanDiogo Nomura (PFL) Nelson MorroEpitácio Bittenoourt OSsian AraripeEraldo Tinoco ,Rubens ArdenghiJosé Carlos Fonseca Tarcísio BuritiJosé Penedo Santos FilhoJosé Ribamar Machado Ubaldo BarémMagalhães Pinto 3 vagas

PFL

Norton MacedoPedro ColinRicardo RibeiroSarney FilhoThales RamalhoTheodoríco Ferraço

14) COMISSAO DE REDAÇAOPresidente:

Flávio Marcilio - PDS-CE1.0_Vice-Presidente:

Marcelo Linhares - PDS-CE2.0 -Vice-Presldente :

Daso Coimbra - :rMDB-RJ

Titu1al'es

PMDB

Antônio UenoEnoc VieiraJessé FreireJosé camargoJosé MachadoMaluly Neto

Horácio Matos VagoÇlly Fachin

19} COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL

Vago

Reuniões:

Quartas-feiras. às 10:00 horasLocal: Anexo TI - Sala 15 - R: 6360Secretário: Edson Nogueira da Gama

Arnaldo MacielDjalma Falcão

Francisco RoUemberg

PDT

PDS

rDSGuido MoeschJorge ArbageVago

PDT

PMDB

Roberto Freire

TituIa.res

Suplentes

PMDB

Cristina TavaresIsrael Dias-Novaes

Afrisio Vieira Lima

Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto

Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo

Vago

Reunião:Anexo Ir - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Seeretário: Antonio Fernando Borges Manzan

Presidente:Pimenta da Veiga - PMDB

1.°_Vice-Presidente:Elquisson Soares - PMDB

2.0 -Vice-Pr.esidente: GiIton Garcia - PDSRelator-Geral:

Ernani Satyro - POO

1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634175, DO PODER EXE­CUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGOCIVIL

Brandão Monteiro

Dep. Israel Dias-Novaes -- Parte Geral - Pes­soas, Bens e Fatos JuridicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro TI - ParteEspecial - Atividade NegociaiDep. Afrisio Vieira Lima - Livro TIl - Part.eEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamiliaDep. Roberto Freire - Livro V - Parte EspeciElI- Sucessões e Livro Complementar

2) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI Nl? 3.289/84 (MENSAGEM N9 94,DE 1984, DO PODER EXECUTIVO),QUE "DISPõE SOBRE O CóDIGOBRASILEIRO DO AR"

Rela.torcs Parciais:

Orestes MunizPaulo BorgesRosa Flores6 vagas

José FernandesManoel RibeiroPedro GermanoRaul BernardoWilmar PaUs

Marcos LimaPaulo MincaronePaulo ZarzurSérgio FerraraTidei de LimaWalber Guimarães

Josias LeiteLeônidas RachidPaulo MalufSantos FilhoVictor Faccioni

Pl"L

POO

PTB

POO

PFL

Stélio DiasWolney SiqueiraVago

PDT

Vago

Carlos PeçanllaDenisar ArneiroDilson FanchinDomingos JuvenilF~lipe CheiddeHorácio OrtizJoaquim Rorm

Adail VettorazzoAmaral NettoAugusto Tr€inEmidio PerondiEraldo Tinoco

Carlos EloyDionísio HageMauricio Campos

Galso Amaral

Reuniões:Quartas e quintas-feiraB, às 10:oohLocal: Anexo TI - Sala 24 - R.: 6370 e 6371Secretário: Carlos Brasil de Araújo

Presidente:Juarez Baptista - EMnB-MG

1,0-Vice-Presidente:Navarro Vieira Filho - PFL-MG2.°_Vice-Presidente:

Mendes Botelho - PTB-SP

TituIa.resPMDB

Alcides Franciscato Ruy BacelarAlércio Dias Simão SessimLázaro Carvalho

BccaYl1v~t Cunha

20) COMISSÃO DE TRANSPORTES

PDTJGsé Colagrossi Vago

Suplentes

PMDB

lI.Jrton SandovalFrancisco DiasGeraldo Fleminr;;José missesLuiz Leal

Alair FerreiraDarcy pozzaEurico RibeiroHélio CorreiaJairo Azi

Mário de OliveiraNelscn WedekinRenan CalheirosRosemburgo Romano

Irineu BrzesinskiIvo VanderlindeLuiz HenriquePac.heco Chav-csVago

Ubaldino MeirellesVivaldo Frota

Ronaldo Canedo4 vagas

PFL

PDS

PTB

PDT

PFL

Ronaldo Canedo

PDT

1'00

1'00

l?MDB

Myrthes BevilacquaMoysés Pimeutel

Suplentr.sPMDB

JOEé Machado

vago

Antônio AmaralArtenir WernerOsmar Leitão

Presidente :Amadeu Geara - PMDB-PR

1.0 -Vice-Presidente:Luis Dulci - PT-MG

2.°_Vice-Pr~sidente:Myrthes Bevilacqua - PMDB-ES

TitularesPMDB

:Rrabn de Carva111i)[Dare,::' PaZ303D0!11.1ngoE L...1:1uelIid;1\81'n.ando Cun},l8,g:ilranciscúr L~Il1a].'rJJ

Farabulini JUnior

Edm.e TavaresFernando BastosNylton Velloso

.Freitas NobreGilsou de Ba·rrosJorge Uequed

Airton SoaresAurélio PeresCássio Gonçalves..Júlio Costamilan

ReiID.iõE-s:

QI1l'l:rtas-feirgs. às !l :00 horas

!.lJcal: Anexo n: - SaIs, 9 - R.: 6368SecretáJ:'i»: Ivr.n Roque Alves

PDS

Flávio BierrembachJorge Vianna

Presidente:Bonifácio de Andrada - PDS

1.0_Vice-Presidente:Manoel Ribeiro - PDS

2.°_Vice-Presidente:José Maranhão - PMDB

Relator-Geral:Jorge Vargas - PMDB

TituJ.a.res

PMDBOdilon Salmoria

Matheus Schmidt

ítalo Conti Navarro Vieira FilhoJosé Ribamar Machado

PDT

Diretor: Walter Gouvêa Costa

Local: Anexo TI - Tel: 226-2912Ramal: 6401

Scção de Comissões Especiais

Chefe: Stella Prata da Silva Lopes

l,ocal: Anexo TI - Tel.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409

Seção de Comissões Parlamen.taresde Inquérito

Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza

Local: Anexo II - Tel. 228-7280Ramal 6403

COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPoRARIAS

Nelson Costa5, vagas

Natal GalePaulo Mdro

PDT

PTB

Emílio Gallo .Maluly NetolM:ário Assad

...0..ntônio GomesGuido Moosch

Floriceno Paixão

Clemir RamosRelatores ParcilÜS:Navarro Vieira Filho - Títulos I e nJosé Maranhão - Títulos m e IVítalo Conti - Títulos V e XIMatheus Schmidt - Titulo VIFlávio Bierrembach - Títulos Vil e VilIOdilon 8almoria - Títulos IX e XReuniões: Quintas-feiras, às 16 horasLocal: Anexo n - Ramais 6408 e 6409Secretáxía: Symira PalatinikReunião:Anexo II - Ramais: 6408 e 6409Secretária: Symira Palatinik

4) COMISSAO ESPECIAL DESTINADAA ESTUDAR E PROPOR MEDIDASSOBRE REFORMA AGRARIA

Presidente:Fernando Santana - PMDB-BA

1.0 _ Vice-Presidente:Márcio Lacerda - PMDB-MT

2.0 _ Vice-Presidente:Balthazar de Bem e Canto - PDS-RS

Relator:Reinhold SteJ}hanes - PFL-PR

TítnIaresPMDB

Bayma Júnior Pratini de MoraesJosé Carlos Fonseca Siqueira Campos

Maçao TadanoRubens Ardenghi

Osvaldo Coelho

PFL

PDS

PDT

Suplentes

PMDB

Hélio DuqueCardoso AlvesPaulo Zarzur

Nilton Alves

Homero Santos

Jorge ArbageAdroaldo CamposCunha Bueno

Eduardo Mattarazzo Nyder BarbosaSuplicy Oswaldo Trevisan

PDS

Harry AmorlmGustavo de FariaMárcio Lacerda

PDSJoão PaganellaSaramago Pinheiro

Raymundo Asfora

PFL

Cid CarvalhoJoão GilbertoMiguel ArraesOswaldo Lima Filho

Antônio OSórioGerardo RenaultGerson Peres

ALcides Lima

PDT

PDBVivaldo FrotaVago

SuplentesPMDB

VagoVago

Eurico RibeiroOsmar LeitãoVictor Faccioni

Aldo ArantesHorácio OrtizVago

PDT

Sebastião Ataide

Secretária: Maria Teresa de Barros pereiraRamal: 6409

Francisco Pinto Raimundo AsforaJosé Carlos Vasconcellos

PDS

octávio Cesário

PFL

Francisco Studart

PFL

PDT

José Colagrossi

Furtado LeiteHélio Dantas

Reuniões:

PT.

PTB

Eduardo MatarazzoSuplicy

PDT

Presidente:Humberto Souto - PFL-MG

Vice-Presidente:Oswaldo Lima Filho - PMDB-PE

PMDB

Ernani SatyroGorgõnio Neto

José Maranhão Roberto RollembergOswaldo LIma Filho Sérgio Murilo

COMISSÃO INTERPARTIDÁRIA PARAREFORMA DO REGIMENTO INTERNO

Gastone Righi

Floriceno Paixão

Terças, quartas e quintas-feirasLocal: Comissão Parlamentar de InquéritoSecretária: Marci Ferreira Borges

Celso Barros Jairo Magalháes

Elquisson Soares

PT

3 vagas

PFL

Oswaldo CoelhoMário Assad

PT.B.

PDS

Pedro GermanoPratini de Moraes

PDT

PDT

PTB

Celso Amaral

Francisco ErseNorton Macedo

Jacques D'Ornellas

Irma Passoni

Jutahy JúniorMaçao TrudanoOctávio Cesário

Ramal: 6409

secretária: Maria Izabel de Azevedo ArroxellasMedeiros

Ademir AndradeSérgio Cruz

Suplentes

PMDB

Nelson do Carmo

5) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QUeRITO DESTINADA A INVESTI­GAR A ATUAÇAO DO SISTEMABANCÁRIO E FINANCEIRO DO BRA·SIL

Resolu4;áo n.O 3fr/84Prazo: de 24-4-85 a 12-11-85

Presidente:Paulo Mincarone - PMDB-RS

Vice-Presidente:Jutahy Júnior - PDS-BA

Relator:Evandro Ayres de Moura - PFL-CE

TituIares

PMDB

Osvaldo Nascimento

Celso Sabóia

Edison Lobão

PDT

PMDB

Suplentes

3) COMISSAO ESPECIAL DESTINADAA EXAMINAR O PROJETO DE LEIN9 3.153, DE 1984, QUE AUTORIZAA SUPERINTENDeNCIA DO DESEN..,VOLVIMENTO DO NORDESTE, "SU­DENE", A ESTABELECER ZONASECONOMICAS ESPECIAIS EM ES­TADOS ATINGIDOS PELAS SECAS

Pr:esidente :José Thomaz Nonõ - PDS-AL

l.°-Vice-Presidente:Afrfsio Vieira Lima - PDS-BA2.0 -Vice-Presidente:

Ciro Nogueira - PMDB-PIRelator:

Oswaldo Lima FI1ho- PMDB-PE

Titulares

PMDB

5 (cinco) vagas

José Frejat

Adroaldo Campos

PDS

Antônio Farias Gomes da SilvaBonüácio de Andrada Oscar CorrêaDjalma Bessa

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)

Seção I (Câmara dos Deputados)

Via-Superfície.

SemestreAnoExemplar avulso

SemestreAnoExemplar avulso

Cr$Cr$Cr$

Seção 11 (Senado Federal)

Via-Superfície'

.... Cr$. Cr$

............. Cr$

3000.00

6000.0050,00

3000,006000,00

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Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou

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CEP 70.160

REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA

Número Comemorativo do 209 Aniversário doPeriódico

Está circulando,o n9 81 da Revista de Informação Le1(islativa, periódico trimestral de pesquisa jurídica e documen­tação le!,:islativa, publicado pela Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.

Este número contém 420 páKinas e circula com um Suplemento Especial- "Integração na América latina" (696 pá­ginas) -'e o lndice da Revista de Informação LeKislativa (n'ls 1 a 80).

Sumário do n9 81:

O Poder legislativo moderno no Estado: declinio ou valorizac;ão?- Senador Fernando Henrique Cardoso

A lei n9 6.515: critica e autocritica - Senador Nelson Ú1meiroO pesquisador e o professor pesquisador no rnagistéio superior­

Senador Aderbal Jurema

A evolução politica dos Parlamentos e a maturidade democrâth:a- O exemplo modelar do Parlamento Inxlês - Almir deAndrade

História dos Parlamentos: um esboço - Luiz Navarro de BrittoO poder constituinte e sua pra!lmática - Paulino JacquesConstituição, constituinte, reformas - Clóvis RamalheteTécnica constitucional e nova Constituição - JQsaphat MarinhoA limitação do poder constituinte - Fernando Whitaker da CunhaUma Constituição brasileira para o Brasil - Paulo de FiRueiredoO direito constitucional e o momento politico - Paulo BonavidesValor e papel do ConRresso.- José Carlos Brandi AleixoImunidades Parlamentares - Rosah RussomanoTeoria !leral dos atos parlamentares - José Alfredo de Oliveira Ba­

rachoO "discurso intervencionista" nas Constituições brasileiras ­

Washinf(lon Peluso Albino de SouzaO "Iobby" nordestino: novos padrões de atuação politica no Con­

gresso brasileiro - Antônio Carlos Pojo do Ref(oO Congresso e o âpice da crise constitucional-tributária - Ruy

Barbosa NOKueira

Reforma tributária' (Emenda Constitucional n. 23, de 19 de de­zembro de 1983) - Geraldo Ataliba, Aires Fernandino Bar­reto e Cléber Giardino

A sentença normativa e o ordenamento juridico (perspectivapolitico-constituciónal) - Paulo Emílio Ribeiro de vilhena

Sumário do Suplemento Especial - "lnteRração naAmérica latina";

Introdução !leral - Modelos de inteRração reRional na Europa enJ América latina e papel das inte!lrações re!lionais - Faus­to Pocar

Inte!lração na América latina - José Carlos Brandi AleixoDa AlAlC à AlADI - ~ndrea CombaDa AlAlC à AlADI - Luiz Difermando de Castel/o CruzO Sistema Econômico latino-Americano - SELA - Humberto

Braf(aO Grupo Sub-ReRional Andino - Massimo PanebiancoMercado Comum Centro-Americano - José Carlos Brandi AleixoComunidade do Caribe - CARICOM - Humberto BraRaO Tratado da Bacia do Prata - Anna Maria Vil/elaTratado de Cooperação Amazônica - Rubens RicuperoModelos de integração na América latina: a AlADI e o SELA -

Massimo PanebiancoAs Nações Unidas e a Nova Ordem Econômica Internacional (com

especial atenção aos Estados latino-americanos) ~ AntônioAUf(usto Cançado Trindade

Textos Básicos

Preço do exemplar (com o Suplemento e o fndice): Cr$ 5.000,00

Assinatura para 1985 (n1'5 85 a 88): Cr$ 48.000,00

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SEGURANÇANACIONALLei nQ 7.170, de 14-12-83

- Texto da Lei com mioucioso íodice temático

- Quadro comparativo (Lei 0 9 7.170/83 - Lei 0 9 6.620/78)

-Notas

- Histórico (tramitação legislativa) da Lei ol? 7.170/83

- Subsídios para a elaboração da Lei ol? 7.170/83

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CÓDIGO DE MENORES(2~ edição - 1984)

Lei n9 6.697, de 10 de outubro de 1979, tramitação le­gislativa e comparação com a legislação anterior; anotações (le­gislação, pareceres, comentários) e outras informações.

532 páginas - Cr$ 20.000

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