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Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG Audiência Pública Rio de Janeiro, 04 de Abril de 2018

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Page 1: Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG · O estudo realizado focou na análise das cinco principais variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas Risk

Relatório pericial para taxa de

retorno dos ativos da CEGAudiência Pública

Rio de Janeiro, 04 de Abril de 2018

Page 2: Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG · O estudo realizado focou na análise das cinco principais variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas Risk

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Objetivo deste trabalho

A Gas Natural Fenosa contratou a The Boston Consulting Group (BCG) com o objetivo de apoiar no suporte à

renegociação da Taxa de Remuneração do Capital para a 4ª Revisão Quinquenal do Contrato de Concessão da

CEG e CEG Río, para o período 2018-2022.

O estudo consistiu em um Relatório Pericial BCG como elemento de suporte ao cálculo da Taxa de

Remuneração de Capital para a 4ª Revisão Quinquenal replicando a metodologia já aplicada na 3ª revisão

tarifária do quinquênio anterior

O estudo foi entregue no final de Outubro de 2017

Page 3: Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG · O estudo realizado focou na análise das cinco principais variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas Risk

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O estudo realizado focou na análise das cinco principais

variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas

Beta Risco mercado Inflação Risco paísRisk free

b

Vari

áveis

Dim

ensõ

es

Fonte Janela de tempo

da série

Metodologia

Page 4: Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG · O estudo realizado focou na análise das cinco principais variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas Risk

3

Referências nacionais e internacionais foram avaliadas para

construir a argumentação técnica

Gas• ARSESP

• SEDECTES

Elétrico• ANEEL

Saneamento• ADASA – DF

• ARSAE – MG: Copasa e Cesama

• ARESC – SC

• AGERGS – RS: Corsan

Argentina - ENARGAS

Chile - CNE

México – CRE

Colômbia - CREG

Austrália – ERA

França – CRE

Alemanha – BnetzA (Telco)

UK - OFGEM

Nova Zelandia - NZCC

Nacionais América Latina Outros

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Risk free – horizonte de tempo: recomendação de seguir a

metodologia similar da 3a RTI

Utilização de taxas de curto prazo podem ser influenciadas por volatilidade

pontual na série histórica influenciada por ciclos econômicos

Períodos intermediários (10-20 anos) não são comumente adotados, apenas

em casos pontuais para se igualar ao período de concessão

Período da amostra similar ao período de investimento (30 anos)

Amostra longa o suficiente para eliminar volatilidade de curto prazo

Diversos reguladores sugerem este período

• Nacionais: ARSESP, ANEEL / Internacional: Mexico

Referência similar à utilizada na Metodologia da 3a RTI

Não foram verificados casos de reguladores que utilizam períodos tão longos

para taxa livre de risco – utilização de séries mais longas pode incorporar

períodos econômicos que muito dificilmente de repetirão no futuro

Utilizado no

relatório

5 anos

20 anos

30 anos

1926

Cenários analisados Argumentação

Page 6: Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG · O estudo realizado focou na análise das cinco principais variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas Risk

5

Taxa adotada está em linha com valores adotados por

reguladores nacionais

3,0

3,8

3,2

7,1

2,22,6

4,7

3,4

5,95,6

0

2

4

6

8

Taxa risk free (%)

Argentina

(ENERGAS

2017)

Média 30a= 5,12

Germany

(BnetzA) 2016

NZ 2011

(EDP e GDP)2

México (CRE)

2012 (distrib.

GLP)

Colombia

(CREG) 2015

ANEEL 2015 Australia

(AER) 20152

ARSESP 2014 ADASA 2014ARSAE-MG /

COPASA 2017

Benchmark de risk free considerado por outros reguladores (USD nominal)

Grupo nacional Grupo internacional

1. Ajustado a USD nominal 2. Títulos nacionais como benchmark risk-free

Fonte: Publicações oficiais de reguladores

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Risco de mercado – horizonte de tempo: recomendação de

seguir a metodologia da 3a revisão

Altamente sensível a volatilidade de curto prazo, não sendo considerado uma

estimativa confiável para o indicador

Período adotado por algumas agências observadas, mas não alinhada com as

melhores práticas de mercado e com a última RTI

Padrão aleatório da série demanda a maior amostra possível para eliminar

volatilidade de curto prazo e refletir múltiplos ciclos econômicos

Metodologia da 3a RTI; e aceita por diversos outros reguladores:

• Nacional: ARESC / internacionais: CREG (Colombia), AER (Australia), BNetzA

(Alemanha), ENARGAS (Argentina)

Utilizado no

relatório

Prazo verificado em apenas uma revisão tarifária (AGERGS), que utilizava o

Ibovespa como referência – Não recomendamos utilização do índice nacional, em

linha com posicionamento da Aneel

Argumentação

5 anos

10 anos

30 anos

1926

Cenários analisados

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Taxa de risco de mercado adotada está em linha com valores

adotados por reguladores ao redor do mundo

Benchmark de prêmio de risco de mercado considerado por outros reguladores

8,9

6,2

4,7

5,96,26,3

6,0

7,0

6,1

6,7

7,6

0

2

4

6

8

10

Taxa de prêmio de risco (%)

Máx (1926) média = 6,94%

Chile (CNE)

20171

Argentina

(ENERGAS)

2017

ANEEL 2015 ARSESP 2014 ARSAE-MG

/ COPASA

2017

ADASA 2014 Australia

(AER) 2015

Colombia

(CREG) 2015

México

(CRE) 2011

(distrib.

GLP)

NZ 2011

(EDP e GDP)

Germany

(BnetzA)

2016

1. Chile usa mercado nacional como benchmark

Fonte: Publicações oficiais de reguladores

Grupo nacional Grupo internacional

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Inflação: recomendação para uso da janela temporal de 10

anos em coerência com as últimas práticas regulatórias

Apesar de ser usada por alguns reguladores analisados, está exposta a

volatilidade de curto prazo correndo risco de distorção por períodos de

crise econômica

Prazo apropriado para eliminar volatilidade de curto prazo sem distorcer a

taxa por patamares de inflação de períodos econômicos anteriores

Diversos reguladores têm adotado essa janela:

• 10 anos: ARSESP, ARSAE, Alemanha

Não foram identificadas referências que utilizem prazos mais longos como

30 anos – adoção de períodos mais longos pode capturar valores que

dificilmente vão se verificar no curto prazo

Utilizado no

relatório

Tendência verificada é de adoção de prazos mais curtos para as séries de

inflação – adoção de períodos mais longos podem capturar valores que

dificilmente vão se verificar no curto prazo

Argumentação

5 anos

10 anos

15 anos

1986

Cenários analisados

Page 10: Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG · O estudo realizado focou na análise das cinco principais variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas Risk

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Taxa de inflação adotada está em linha com valores adotados

por reguladores ao redor do mundo

1,9

2,42,5

2,0

1,7

2,2

2,4

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

n/a1

Média 10a = 1,8

Chile

(CNE) 2017

Taxa de inflação (%)

AGERGS -

2014

(CORSAN)1

ADASA

2017

ARSAE-MG

/ COPASA

2017

n/a1

ARSESP

2014

ANEEL

2015

NZ 2011

(EDP e

GDP)

Australia

(AER) 2015

n/a1

ARESC

2016

n/a1

México

(CRE) 2011

(distrib.

GLP)

Argentina

(ENERGAS)

2017

1,42

Colombia

(CREG)

2008

n/a1

Germany

(BnetzA)

20162

Benchmark de inflação americana considerada por outros reguladores (USD nominal)

Grupo nacional Grupo internacional

1. Regulador não usa referência americana como risco país 2. Considera inflação do PIB

Fonte: Publicações oficiais de reguladores

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Risco País – horizonte temporal: recomendação de uso do

período mais longo por coerência com período de investimento

Janelas curtas para cálculo do risco país não são recomendados, pois o

indicador é altamente impactado pelo momento econômico do país –

em economias emergentes onde a volatilidade é alta esses valores

podem apresentar mudanças bruscas no curto prazo

Janela não utiliza toda a série de dados disponível e não captura o

período completo de avaliação, investimento e operação da concessão

Dada a alta volatilidade do indicador, recomenda-se a utilização da

maior janela de tempo disponível

Janela mais adequada ao período que a companhia levou para avaliar e

executar e operar a concessão

Utilizado no

relatório

5 anos

1999 - 2016

1995 - 2016

ArgumentaçãoCenários analisados

Page 12: Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG · O estudo realizado focou na análise das cinco principais variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas Risk

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Risco país

Benchmark de risco país considerado por outros reguladores

4,54,4

2,6

3,3

2,6

0

1

2

3

4

5

ADASA 2017ARSESP 2014 ARSAE-MG /

COPASA 2017

ARSESC - 2016AGERGS - 2014

(CORSAN)1

n/a1

Taxa de risco país (%)

Med. 1995 – 2016 = 4,04%

ANEEL 2015

1. Regulador não usa referência americana como risco país

Fonte: Publicações oficiais de reguladores

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Beta - fonte: definição da fonte de companhias para calcular

o beta para ser coerente e preciso

Amostra distorcida por ações de 'holdings' e empresas focadas em

transmissão que possuem betas que não refletem o risco de operação

no setor de distribuição

Usa referências nacionais baseadas no índice Ibovespa utilities, que

possui em sua maioria empresas do setor elétrico expostas a riscos

diferentes do da distribuição de gás natural

Amostra enviesada, pois possui apenas uma empresa (Comgás) não

sendo assim uma referência confiável do setor de distribuição de gás

natural

Utilizado no

relatório

Amostra Orbis refinada eliminando companhias que operam em

transmissão de gás e tickers duplicados (principalemten holdings)

Elimina distorção de companhias de transmissão e holdings que não

operam no mercado de distribuição

Referência para as últimas RTIs baseada em valores do período do

início da concessão – não realiza uma atualização do fator de risco do

setor, que pode variar ao longo do tempo como indica o cálculo feito

em outros cenários analisados

b

Cenários analisados Argumentação

Orbis

Completa

Orbis

Refinada

Ibovespa

Utilities

Beta fixo

Ibovespa Gas

(Comgás)

Page 14: Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG · O estudo realizado focou na análise das cinco principais variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas Risk

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Beta Desalavancado

Benchmark de Beta Desalavancado considerado por outras fontes

0.4

0.2

0.0

0.8

0.6

0.40

0.43

0.39

ANEEL 2015

(Eletric

Distribution)

0.701

ARSESP 2014

(Gas Distribution)

0.46

Australia

(AER) 2015

(Electricity or

gas network

operators)

0.46

Colombia

(CREG) 2015

(Natural gas

distribution)

Argentina

(ENARGAS) -

2016 - Natural

Gas Distribution

Chile (CNE) -

2017 - NG and

LPG Trans

and Dist

México (CRE)

2011 (distrib.

GLP)

0.44

0.40RTI3 = 0,45

Orbis refinado = 0,54

Beta Desalavancado

NZ 2011

(EDP e GDP)

0.40

b

1. EAR recomenda um range entre 0,4 and 0,7 mas usa 0,7 como valor para cálculo

2. Fonte: Publicações oficiais de reguladores

Page 15: Relatório pericial para taxa de retorno dos ativos da CEG · O estudo realizado focou na análise das cinco principais variáveis do modelo CAPM e suas principais alavancas Risk

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Beta – Risco regulatório: recomendamos a inclusão de um

risco regulatório no cálculo do beta

Argumentação

Companhias sujeitas a sistema de regulação price cap são mais

expostas a risco de mercado que as sujeitas a cost plus e, dessa forma,

deveriam ser remuneradas por esse risco extra

Reguladores que adotam o diferencial por risco regulatório:

• ARSESP (referência de beta OFGEM UK – mesmo sistema regulatório)

• CRE (Mex) usa 0,2 / ENARGAS (Arg) usa 0,28

1. Assumindo um aumento de 0,2 no Beta devido a riscos regulatórios baseados no CREG (caso México)

b

Utilizado no

relatório

Inclusão do

Risco

Regulatório1

Cenários analisados

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Muito obrigado

Esta apresentação é propriedade da Gas Natural

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desenho gráfico é de uso exclusivo.

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