relatÓrio do administrador da insolvÊncia (art.º...

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2014 Nuno Albuquerque Isabel Luisa Braga Reis Figueira Silveira 01-10-2014 RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE) Tribunal da Comarca do Porto Unidade Central de Santo Tirso 1º Secção do Comércio Processo n.º 2467/14.0TBVLG

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2014

Nuno Albuquerque

Isabel Luisa Braga Reis

Figueira Silveira

01-10-2014

RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)

Tribunal da Comarca do Porto

Unidade Central de Santo Tirso

1º Secção do Comércio

Processo n.º 2467/14.0TBVLG

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Índice

ÍNDICE ............................................................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE ........................... 5

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE ........................................................... 5

2.3. COMISSÃO DE CREDORES ..................................................................... 5

2.4. ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA ....................................................... 5

2.5. DATAS DO PROCESSO .......................................................................... 5

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA

ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª ............................................................................ 6

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS ........................................................ 6

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS .... 6

3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCE A ACTIVIDADE ................................ 10

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA ..................................................................... 10

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO

DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA ........................................................... 12

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA ............................................ 14

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA .................................................................... 14

6. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES ......... 14

7. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO

PROCESSO ..................................................................................................................... 16

6.1. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA ...................... 16

6.3. CAUSAS DE EVENTUAL DIMINUIÇÃO DO ACTIVO ................................... 16

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6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA .............................. 16

6.5. DO PEDIDO DE EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE ............................ 17

8. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) ...................................................... 31

9. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE) ...................................... 40

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1. INTRODUÇÃO

A devedora Isabel Luisa Braga Reis Figueira Silveira apresentou-se à

insolvência, tendo sido proferida sentença em 22 de Agosto de 2014.

Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve

elaborar um relatório contendo:

a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c)

do n.º 1 do artigo 24.º;

b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião

sobre os documentos de prestação de contas e de informação

financeira juntos aos autos pelo devedor;

c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do

devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um

plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os

credores nos diversos cenários figuráveis;

d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de

insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do

mesmo;

e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para

a tramitação ulterior do processo.

Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores.

Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem o administrador apresentar o

seu relatório.

O Administrador da Insolvência

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2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE

NOME Isabel Luisa Braga Reis Figueira Silveira

NIF 206 126 980

CC 09758151

MORADA Praceta do Horto, nº 7, 4440-788 Valongo

ESTADO CIVIL Casada no regime de comunhão de adquiridos com

Hélder António Correia Silveira

2.3. COMISSÃO DE CREDORES

Não nomeada.

2.4. ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA

Nuno Carlos Lamas de Albuquerque - NIF/NIPC: 188049924

Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 – 4710-358 Braga

Telef: 253 609310 – 253 609330 – 917049565 - 962678733

E-mail: [email protected];

2.5. DATAS DO PROCESSO

Declaração de Insolvência

Data e hora da prolação: 19-08-2014 pelas 10h45m

Publicado no portal Citius – 20/08/2014

Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos.

Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: 08-10-2014 pelas 14h00m

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3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS

Dispõe a al ínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que a devedora

deve juntar, entre outros, documento em que se expl icita a

actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos últimos

três anos e os estabelecimentos de que seja ti tular, bem como o

que entenda serem as causas da situação em que se encontra.

A devedora procedeu, de acordo com o disposto no nº 1 do

artigo 24º do CIRE, à junção dos seguintes documentos:

a) Assento de nascimento da devedora, do seu cônjuge e

fi lhos;

b) Relação de credores;

c) Certificado do registo criminal;

d) IES de 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013;

e) Relação de bens;

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS

TRÊS ANOS

Em referência à actividade a que a devedora se tenha dedicado

nos últimos três anos de actividade verif ica-se que a insolvente é

farmacêutica, sendo proprietária e directora técnica da

“Farmácia Marques dos Santos” em Valongo.

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Actividade

CAE 47730 Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em

estabelecimentos especial izados.

A expl icitação da actividade da Farmácia nos últimos três anos

resul ta, de uma forma mais rigorosa, de uma anál ise à

informação contabil í stica disponível da sociedade.

Assim, é possível verificar a evolução do volume de negócios da

insolvente e dos respectivos custos e perdas.

EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS

Ano 2010 2011 2012 2013

Volume de

Negócios 1.393.190 1.287.458 1.143.478 436.711

Tendo em conta os valores constantes da Tabela supra, constata -

se que o volume de negócios da insolvente diminui na ordem dos

69 % entre os anos de 2010 a 2013.

O mesmo se verifica em relação aos seus custos e perdas, que

entre os mesmos anos diminuíram na ordem dos 57 %.

EVOLUÇÃO DOS CUSTOS E PERDAS

Rubricas 2010 2011 2012 2013

CMVMC 1.095.590 971.462 936.597 358.131

FSE’s 64.761 63.598 59.263 37.029

Custos com o 179.619 169.022 135.016 126.239

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Pessoal

Outros Custos

e Perdas 42.138 60.913 93.912 66.858

Totais 1.382.108 1.264.995 1.224.788 588.257

RESULTADOS LÍQUIDOS

Ano 2010 2011 2012 2013

Total 39.628 60.914 (80.887) (140.147)

Os resul tados l íquidos, referentes aos dois úl timos exercícios

económicos em que a sociedade apresentou contas, ou seja,

2012 e 2013 foram negativos nos montantes de € 80.887 e €

140.147 respectivamente.

Balanços Históricos

Imobilizado Corpóreo/ Activos Fixos Tangíveis

Ano 2010 2011 2012 2013

Total 167.500 183.816 183.816 164.700

A evolução dos Activos Fixos Tangíveis ao longo dos úl timos anos

da sociedade não é s ignificativa, sendo que a alteração decorre,

nos anos em causa apenas por força das depreciações

(amortizações), sendo que se encontram registados três imóveis

em regime de locação financeira.

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Existências

Ano 2010 2011 2012 2013

Total 485.210 402.050 382.420 313.477

As existências têm vindo a reduzir o seu peso ao longo dos

exercícios.

Dívidas de Terceiros

Ano 2010 2011 2012 2013

Total 67.675 58.886 88.360 49.735

A rubrica Dívidas de Terceiros apresenta , nos anos anal isados, um

saldo significativo, tendo diminuído no último exercício em

anál ise.

Total do Passivo

Ano 2010 2011 2012 2013

Total 999.031 987.768 1.362.740 1.147.608

De sal ientar que na relação de responsabil idades perante

terceiros, as dívidas mais significativas são às insti tuições

financeiras, acumulada com as responsabil idades assumidas

perante fornecedores .

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3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCE A ACTIVIDADE

A devedora exerce a sua actividade em instalações detidas em

regime de locação financeira sito na Praceta do Horto, nº 7, 4440-

788 Valongo.

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA

Aquelas que serão as causas da insolvência resul tam de uma

anál ise à informação contabil ística disponível da sociedade, bem

como das razões elencadas pela insolvente.

Deste modo, indicam-se os motivos justif icativos que foram

possíveis apurar da actual situação de insolvência da sociedade:

A insolvente recorreu a um Processo Especial de

Revital ização, cujo despacho foi publ icado no portal Citius,

em 19 de Agosto de 2013 e correu termos com o nº

3076/13.7TBVLG no 2º Juízo do Tribunal Judicial de Valongo;

O PER veio a ser aprovado, o qual, não obstante a sua

homologação, não foi possível implementar , porquanto o

credor “All iance Healthcare”, não cessou a retenção dos

valores que do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos

do Sistema Nacional de Saúde eram creditados

mensalmente a favor da devedora, tornando a execução do

plano inviável ;

Perante este cenário de grandes dif iculdades, e na

impossibil idade de aportar capital para as suas

responsabil idades e de fechar acordos de regularização do

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passivo com seus credores, a devedora apresentou -se à

insolvência;

A devedora aval izou e afiançou diversas operações de

crédito de sua Mãe, Dr . Maria da Conceição Reis Figueira,

proprietária e directora técnica da Farmácia Central de

Valongo, a qual foi declarada insolvente e que se encontra

em l iquidação do activo, razão pela qual, a maioria dos

créditos a reclamadas nestes autos, tem origem em avais

prestados à sua Mãe (Farmácia Central de Valongo);

Fruto de alterações legislativas de inícios de 2012, as

farmácias em Portugal têm sido alvo de uma conjuntura

pouco favorável ao sector, nomeadamente a fortíssima

degradação dos preços dos medicamentos, facto que

afectou as rendibil idades das farmácias com a redução

administrativa das margens ocorr ida no início de 2012 e que

trouxe dif iculdades crescentes no cumprimento de

obrigações de natureza financeira da general idade das

farmácias, as quais não tiveram possibil idade para se

adaptar às transformações emergentes da alteração

legislativa;

As causas da situação têm origem na diminuição da

margem de lucro e a quebra de quase de 70% no preço dos

medicamentos, al iadas ao aumento dos custos com pessoal

e impostos, são as causas imediatas da grave situação difícil

em que a devedora se encontra;

A conjugação destes fatores levou a que a Requerente se visse

totalmente impossibil i tada de cumprir com as suas obrigações.

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4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve o

Administrador da insolvência efectuar uma anál i se do estado da

contabil idade do devedor e a sua opinião sobre os documentos

de prestação de contas e de informação financeira juntos pelo

devedor.

A contabil idade da empresa foi processada internamente, sob a

responsabil idade técnica do TOC com o NIF 194 232 514.

Em termos gerais, a contabil idade tem de transmitir uma imagem

verdadeira e apropriada da real idade económica e financeira da

sociedade e tem de ser compreensível para o conjunto de

entidades com as quais se relaciona, nomeadamente

investidores, empregados, mutuantes, fornecedores, cl ientes,

Estado e outros.

Nos termos do art.º 115.º do CSC, as sociedades comerciais são

obrigadas a dispor de contabil idade organizada nos termos da lei

comercial e fiscal e não são permitidos atrasos na execução da

contabil idade superiores a 90 dias.

Da anál ise dos documentos juntos relativos aos exercícios de 2010

a 2013, verif ica-se que a contabil idade da sociedade satisfaz os

princípios de natureza comercial e fiscal e permitem apurar,

àquela data, a respectiva verdadeira posição financeira, o que,

foram apresentadas.

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EXACTIDÃO DO BALANÇO APRESENTADO

De acordo com o que foi verif icado, concluímos que foram

adoptados os procedimentos contabil í sticos que decorrem do

SNC Sistema de Normal ização Contabil ística.

SITUAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO COMERCIAL

As contas dos exercícios de 2010 a 2013 foram depositadas na

Conservatória do Registo Comercial , conforme determinado por

lei.

CRITÉRIOSVALORIMÉTRICOS

Existências/ Inventários

As existências encontram-se valorizadas ao custo de aquisição,

respeitando o princípio contabil í stico do custo histórico.

Imobil izações Corpóreas

Não resulta dos elementos facultados que as imobil izações

corpóreas não tenham sido contabil izadas pelo respectivo valor

de aquisição. Os valores apresentados no balanço não incluem

reaval iações efectuadas ao abrigo dos diplomas legais bem

como reaval iações extraordinárias, conforme referido nos

diplomas legais uti l izados na reaval iação de imobil izado.

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5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA

O estabelecimento encontra-se em laboração, no é entanto não

há intenção da devedora em apresentar um plano de

insolvência, de forma a reestruturar o respectivo passivo.

Assim, de forma a valorizar os activos do estabelecimento, o

signatário manterá o estabelecimento aberto ao públ ico até ao

momento da sua al ienação.

6. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES

A assembleia de credores de apreciação do relató rio del ibera

sobre o encerramento ou prosseguimento do processo de

Insolvência.

Decorre do artigo 1.º do CIRE, que o processo de insolvência tem

como escopo a l iquidação do património de um devedor

insolvente e a repartição do produto obtido pelos credores .

Estão sujeitos a apreensão no processo de insolvência todos os

bens integrantes da massa insolvente, a qual abrange todo o

património da devedora à data da declaração de insolvência,

bem como os bens e direitos que ela adquira na pendência do

processo.

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Como referem Carvalho Fernandes e João Labareda [ 1 ], da

conjugação dos n.ºs 1 e 2 do art. 46.º resul ta que, em rigor, a

massa não abrange a total idade dos bens do devedor

susceptíveis de aval iação pecuniária, mas tão só os que forem

penhoráveis e não excluídos por disposição especial em

contrário, acrescidos dos que, não sendo embora penhoráveis ,

sejam voluntariamente oferecidos pelo devedor, quanto a

impenhorabil idade não seja absoluta.

São absolutamente impenhoráveis “os bens imprescindíveis a

qualquer economia doméstica que se encontrem na residência

permanente do executado (…)”.

Assim, não se procedeu à apreensão dos bens móveis existentes

na residência dos devedores por se tratar de bens imprescindíveis

à respectiva economia doméstica.

O signatário encetou dil igências no sentido de averiguar a

existência de bens no património da insolvente, nomeadamente

junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel e

Repartição de Finanças, tendo sido possível local izar os bens e

direitos descritos no inventário infra.

O cenário possível que se apresenta para os credores é, pois, no

sentido da l iquidação do activo.

Assim, considerando que:

1. É notória a situação de insolvência e a insuficiência de

valores activos face ao Passivo acumulado;

1Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, 4.ª ed., p. 236-237.

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2. Os bens apreendidos a favor da massa são provavelmente

de valor inferior às dívidas contraídas;

3. Não havendo Plano de Pagamentos;

O Administrador da Insolvência propõe que se del ibere no sentido

da l iquidação do activo e partilha da massa insolvente .

7. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

6.1. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA

A insolvente tinha um volume de negócios em 2013 de € 436.711,

sendo que os resul tados l íquidos, referentes aos últimos

exercícios económicos em que a devedora apresentou contas,

ou seja, 2010 a 2013, foram nos montantes de 39.628, 60.914,

(80.887) e (140.147).

6.3. CAUSAS DE EVENTUAL DIMINUIÇÃO DO ACTIVO

O activo da devedora não apresenta alterações significativas.

6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA

Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do

incidente de qual ificação da insolvência, na sentença que

declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de

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qual ificação, com caráter pleno ou l imitado – cfr. al . i) doa rt.º

36.º do CIRE.

Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência não

declarou , desde logo, aberto aquele incidente.

Assim, nos termos do n.º 1 do art.º 188.º do CIRE, até 15 dias após

a real ização da assembleia de apreciação do relatório, o

administrador da insolvência ou qualquer interessado deverá

alegar, fundamentadamente, por escrito, em requerimento

autuado por apenso, o que tiver por conveniente para efeito da

qual ificação da insolvência como culposa e indicar as pessoas

que devem ser afetadas por tal qual ificação, cabendo ao juiz

conhecer dos factos alegados e, se o considerar oportuno,

declarar aberto o incidente de qual ificação da insolvência, nos

10 dias subsequentes.

Para o efeito, regista-se, desde já a inexistência de indícios que

fossem do conhecimento do administrador e passíveis de

determinar a qualificação da insolvência como culposa.

6.5. DO PEDIDO DE EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE

A insolvente veio requerer a exoneração do passivo restante, nos

termos do disposto no art.º 235. ess do CIRE.

Deve, nos termos do n.º 4 do art.º236.º do CIRE, a administradora

da insolvência pronunciar -se sobre o requerimento.

É possível del inear a seguinte factual idade com interesse para a

emissão do presente parecer, face aos elementos documentais

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constantes do processo (petição inicial e informações prestadas

pela Requerente, sentença que decretou a insolvência bem

como a relação provisória de credores apresentada nos termos

dos artºs 154.º e 155º CIRE):

1. A devedora é casada no regime de comunhão de

adquiridos com Hélder António Correia Si lveira sendo o seu

agregado famil iar constituído por estes e dois f i lhos de 8 10 e

6 anos de idade;

2. A insolvente recorreu a um Processo Especial de

Revital ização, cujo despacho foi publ icado no portal Citius,

em 19 de Agosto de 2013 e correu termos com o nº

3076/13.7TBVLG no 2º Juízo do Tribunal Judicial de Valongo;

3. O PER veio a ser aprovado, o qual, não obstante a sua

homologação, não foi possível de implementar porquanto o

credor “All iance Healthcare”, não cessou a retenção dos

valores que do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos

do Sistema Nacional de Saúde eram creditados

mensalmente em favor da devedora, tornando a execução

do plano inviável ;

4. Perante este cenário de grandes dif iculdades, e na

impossibil idade de aportar capital para as suas

responsabil idades e de fechar acordos de regularização do

passivo com seus credores, a devedora apresentou-se à

insolvência;

5. A devedora aval izou e afiançou diversas operações de

crédito de sua Mãe, Dr. Maria da Conceição Reis Figueira,

proprietária e directora técnica da Farmácia Central de

Valongo, a qual foi declarada insolvente e se encontra em

l iquidação do activo, razão pela qual, a maioria dos

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créditos a reclamadas nestes autos, tem origem em avais

prestados à sua Mãe (Farmácia Central de Valongo);

6. Tem em média as seguintes despesas mensais:

Supermercado (al imentação) — € 800,00;

Produtos higiene/detergentes - € 100,00;

Despesas de telecomunicações — € 50,00 ;

Transportes - € 200,00;

Material escolar - € 100,00;

Vestuário - € 100,00;

Energia eléctr ica - € 220,00;

Agua -€ 60,00;

Despesas de saúde - € 20,00;

7. Os seus credores e respectivos créditos são os seguintes:

Credores Fundamento Montante Data de

Constituição

Data de Venciment

o

Alliance Healthcare,

S.A.

Acordo de

reconhecimento e

regularização de

dívida (e respetivos

aditamentos);

faturação

593.578,38 17-11-2009 20-08-2014

Alliance Healthcare,

S.A. NIPC

502693150

Juros posteriores à

data da declaração

de insolvência

5.391,00 20-08-2014 19-09-2014

Antero Lemos & Ca.

Lda.

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

131,44 N/D N/D

Autoridade

Tributária e

Aduaneira - Serviço

de Finanças de

Valongo

Iva referente ao

período entre 01-07-

2013 a 30-04-2014

IRS referente ao

período entre 20-10-

2013 a 20-07-2017

14.911,40 01-07-2013 21-07-2014

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Autoridade

Tributária e

Aduaneira - Serviço

de Finanças de

Valongo

Custas e Coimas 1.064,73 01-07-2013 21-07-2013

Banco Bic

Português, S.A.

Livrança avalizada pela insolvente

160.808,36 27-01-2011 09-04-2014

Banco Bic

Português, S.A

Juros após declaração de insolvência

292,85 20-08-2014 04-09-2014

Banco Comercial

Português, S.A.

Contratos de abertura de crédito

211.016,89 03-09-2004 02-09-2013

Banco Comercial

Português, S.A.

Juros após declaração de insolvência

829,11 03-09-2004 02-09-2013

Banco Santander

Totta, S.A.

Contratos de locação imobiliária n.º s

1002495, 1002955, 1004113

213.999,59 set-05 N/D

Banco Santander

Totta, S.A

Contrato n.º 0040.0049003390 com

hipoteca e fiança 583.095,50 19-05-2006 20-08-2014

Banco Santander

Totta, S.A.

Contrato de empréstimo linha de

crédito PME Invest VI 16.120,92 21-02-2011 20-08-2014

Banco Santander

Totta, S.A

Contrato de abertura de crédito por conta

corrente 88.170,31 12-08-2005 20-08-2014

Banco Santander

Totta, S.A. Contas de DO 22.806,83 N/D ND

Banco Santander

Totta, S.A.

Contrato de permuta de taxa de juro - Livrança

8.938,40 12-08-2005 20-08-2014

Banco Santander

Totta, S.A.

Contrato de empréstimo n.º

000308273210096 55.056,68 N/D 19-04-2013

Banco Santander

Totta, S.A. NIPC

500844321

Contrato de Empréstimo linha de credito PME Invest VI n.º 000306667736096

16.377,59 21-02-2011 21-05--2013

Banco Santander

Totta, S.A. NIPC

500844321

Contrato de locação financeira n.º 176302

1.078,89 09-04-2008 15-04-2013

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Banco Santander

Totta, S.A

Contrato de permuta de taxa de juro n.º6071.001

(nota 21)

2.778,02 16-04-2008 N/D

Banco Santander

Totta, S.A

Contrato de empréstimo linha de

credito PME Invest VI n.º 003200490122680

e n.º 000306661422096

40.302,31 21-02-2011 N/D

Banco Santander

Totta, S.A.

Contrato de empréstimo linha de

crédito PME crescimento

54.594,41 15-03-2013 N/D

Banco Santander

Totta, S.A.

Contrato de empréstimo

n.º000308371451096 169.164,39 15-03-2013 15-04-2013

Barclays Bank PLC

Contrato de abertura de DO;Contratos de

Empréstimo sob forma de mutuo com aval;

Contratos de empréstimo sob a

forma de abertura de crédito

484.540,49 22-02-2011 20-08-2014

Brinmedi - Comércio

de Brindes e

Representações

Farmacêuticas, Lda

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

3.153,47 N/D N/D

Carla Sofia Teixeira

Guerra NIF

Créditos laborais - venciemntos referentes aos meses de dez.2013

a agosto 2014; subsídio de férias e de

natal; trabalho suplementar

10.582,21 02-12-2006 20-08-2014

Carla Sofia Teixeira

Guerra NIF

Indeminização pela cessação do contrato

de trabalho 6.972,78 02-12-2006 20-08-2014

Dilofar - Distribuição,

Transportes e

Logística, Lda

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

1.963,02 N/D N/D

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Elsa Maria Correia

Ribeiro Veiga

Créditos laborais - vencimentos referentes

aos meses de dez.2013, janeiro a

maio de 2014 e agosto 2014; subsídios de

refeição, subsídio de férias e de natal;

trabalho suplementar

13.033,03 01-12-2013 20-08-2014

Elsa Maria Correia

Ribeiro Veiga

Indeminização pela cessação do contrato

de trabalho 43.476,63 01-01-1980 20-08-2014

Instituto da

Segurança Social,

Contribuições referentes aos meses agosto de 2013 a julho

de 2014

22.553,15 02-01-1980 20-08-2014

Interporto - Artigos

Ortopédicos, Lda

NIPC 503889946

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

309,33 N/D N/D

Jaba Recordati, S.A

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

407,08 N/D N/D

João Pedro

Caetano Ramos

Contrato de mútuo com hipoteca (confissão de

dívida) 45.690,41 03-05-2013 02-05-2014

JMV - Produtos

Hospitalares, Lda

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

242,26 N/D N/D

Maciel & Ferreira lda

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

128,77 N/D N/D

Maria de Fátima dos

Santos Neves

Loureiro

Créditos laborais - Indeminização pela

cessação do contrato de trabalho

55.995,46 01-02-1980 27-06-2013

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Medi Bayreuth -

Importação de

Artigos Médicos,

Unipessoal, Lda.

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

911,82 N/D N/D

Mundinter -

Intercâmbio

Mundial de

Comércio, S.A.

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

1.008,68 N/D N/D

Norgarante -

Sociedade de

Garantia Mútua, S.A.

NIPC 506211991

Garantia nº 201100342, com montante máximo garantido de €25000,00

Garantia n.º201100344,com montante máximo

garantido de €25000,00 Garantia

n.º201100343,com montante máximo

garantido de €62500,00 Garantia

n.º201210830,com montante máximo

garantido de €50000,00

124.192,56 21-02-2011 N/D

OCP Portugal -

Produtos

Farmacêuticos, S.A.

Faturação 82.324,96 24-01-2012 20-08-2014

Orthos XXI,

Unipessoal, Lda.

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

175,38

PMB - Farmacêutica

Lda.

Acordo de reconhecimento e

regularização de dívida (e respetivos

aditamentos); faturação

2.545.620,34

17-11-2009 20-08-2014

PMB - Farmacêutica

Lda.

Juros após declaração de insolvência

13.750,46 20-08-2014 19-09-2014

Pierre Fabre Dermo-

Cosmétique

Portugal, Lda.

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º

3.395,27 N/D N/D

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3076/13.7TBVLG

PT Comunicações,

S.A Faturação 33,55 N/D N/D

Sandra Ivone Silva

Cruz Rodrigues Silva

Créditos laborais - contribuições

referentes abril a setembro de 2013,

fevereiro maio de 2014

13.557,76 01-08-2004 20-08-2014

Sandra Ivone Silva

Cruz Rodrigues Silva

Créditos laborais - Indeminização pela

cessação do contrato de trabalho

21.613,35 01-08-2004 20-08-2014

Telma Sofia Moreira

Ribeiro

Créditos laborais - Contribuições

referentes abril a setembro de 2013,

fevereiro maio de 2014

9.304,10 01-04-2013 20-08-2014

Telma Sofia Moreira

Ribeiro

Créditos laborais - Indeminização pela

cessação do contrato de trabalho

4.498,19 01-10-2008 20-08-2014

Unilfarma - União

Internacional de

Laboratórios

Farmaceuticos

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

1.540,19 N/D N/D

V. Parodi, Lda.

Crédito reconhecido com base na Lista

provisória de créditos elaborada no âmbito do

PER n.º 3076/13.7TBVLG

161,26 N/D N/D

8. A requerente, de acordo com a informação constante da

certidão do registo de nascimento, nunca foi declarada

insolvente nem nunca beneficiou anteriormente de

exoneração do passivo restante.

9. A requerente, de acordo com as informações constantes da

certidão de registo criminal, não foi condenada por

sentença transitada em julgado por algum dos crimes

previstos e punidos nos artigos 227.º a 229.º do Código Penal

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nos 10 anos anteriores à data da entrada em juízo do

pedido de declaração da insolvência ou posteriormente a

esta data.

10. Apresentou-se à insolvência em 11 de Agosto de 2014, a

qual foi decretada por sentença proferida no dia 19 do

mesmo mês.

*-*

Isto dito:

Dispõe o disposto no art.º 235 do CIRE, que ”se o devedor for uma

pessoa singular, pode ser -lhe concedida a exoneração dos

créditos sobre a insolvência que não forem integralmente pagos

no processo de insolvência ou nos cinco anos posteriores no

encerramento deste”.

Os cri térios de apl icação deste instituto estão previstos nos art.ºs

237.º segs. do CIRE. Não sendo aprovado e homologado na

assembleia de apreciação do relatório qualquer plano de

insolvência, cumprir -se-á dessa forma o requisi to da al ínea c) do

art.º 237.º.

Quanto aos requisi tos estabelecidos no art.º 238º (apl icáveis por

força do art.º 237º., al ínea a) do CIRE), o pedido foi deduzido

conjuntamente com a apresentação à insolvência, pelo que nos

termos do art.º 236, n.º 1, ele mostra-se tempestivo.

Nada consta nos autos ou foi apurado pelo administrador de

insolvência quanto a ter a devedora fornecido informações falsas

a que se refere a al ínea b) ou ter beneficiado anteriormente

desta exoneração do passivo restante (al ínea c)).

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A apl icação do disposto na al ínea d) do nº 1 do ar tigo 238.º do

CIRE pressupõe a verificação de uma das seguintes situações:

o devedor não cumprir o dever de apresentação à

insolvência, com prejuízo para os credores,

ou se não existi r esse dever, se se tiver abstido dessa

apresentação nos seis meses seguintes à verificação da

situação de insolvência, com prejuízo para os credores e

sabendo, ou não podendo ignorar sem culpa grave, não

existi r qualquer perspectiva séria de melhoria da sua

situação económica.

Estando em apreciação um pedido que foi formulado por pessoas

singulares, não está a insolvente obrigada a apresentar -se à

insolvência no prazo estabelecido no art. 18, nº 1 do CIRE, tal

como flui do nº 2 deste mesmo preceito, pelo que não se cuida

de verif icar a verificação em concreto da parte inicial da al ínea

d).

No que se reporta aos demais requisi tos desta al ínea d), de

preenchimento cumulativo, são os seguintes:

que o devedor/requerente não se apresente à insolvência

nos seis meses seguintes à verif icação da situação de

insolvência;

que desse atraso resul te um prejuízo para os credores;

que o devedor soubesse, ou pelo menos não pudesse

ignorar sem culpa grave, não existir qualquer perspectiva

séria de melhoria da sua situação económica.

Carvalho Fernandes e João Labareda sobre esta matéria

escrevem que “para além da não apresentação à insolvência, a

relevância deste comportamento do devedor, para efeito de

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indeferimento l iminar, depende ainda, em qualquer destas

hipóteses, de haver prejuízo para os credores e de o devedor

saber ou não poder ignorar, sem culpa grave, que não existe

«qualquer perspectiva séria da melhoria da sua situação

económica».

Está aqui em causa apurar se a não apresentação do devedor à

insolvência se pode justificar por eles estarem razoavelmente

convictos de a sua situação económica poder melhorar em

termos de não se tornar necessária a declaração de

insolvência”[…]

Importa, pois, verificar se a apresentação do requerente à

insolvência se verif icou nos seis meses seguintes à verificação

desta s ituação e, em caso negativo, se desse facto advieram

prejuízos para os credores.

Ora, o conceito de prejuízo pressuposto na al ínea d) do nº 1 do

artigo 238 do CIRE consiste num prejuízo diverso do simples

vencimento dos juros, que são consequência normal do

incumprimento gerador da insolvência, tratando-se assim dum

prejuízo de outra ordem, projectado na esfera jurídica do credor

em consequência da inércia da insolvente (consistindo, por

exemplo, no abandono, degradação ou dissipação de bens no

período que dispunha para se apresentar à insolvência).

Entende-se que o simples acumular do montante de juros não

integra o conceito de “prejuízo” a que se refere o art. 238, nº 1,

al. d) do CIRE. [ ].

Com efeito, a mora resul tante do atraso no pagamento, em

abstracto, contr ibui sempre para o avolumar da dívida,

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designadamente em virtude dos juros que lhe estão associados,

em especial quando estamos perante dívidas a instituições

financeiras.

Ora, sendo a insolvência uma situação de impossibil idade de

cumprimento de obrigações vencidas (cfr. art. 3, nº 1 do CIRE),

lógica é a constatação de que estas vencem juros (cfr. arts. 804 e

segs. do Cód. Civil ), o que se traduz no aumento quantitativo do

passivo do devedor.

Não pode, pois, considerar-se que o conceito normativo de

prejuízo previsto na al ínea d) do nº 1 do art. 238 do CIRE inclua no

seu âmbito o típico, normal e necessário aumento do passivo em

decorrência do vencimento dos juros incidentes sobre o crédito

de capital , sob pena de se estar a esvaziar de sentido úti l a

referência legal a tal requis ito (prejuízo de credores).

É que se tivesse sido essa a f inal idade da lei, bastaria ter

estabelecido o indeferimento l iminar do pedido de exoneração

do passivo restante quando o devedor se abstivesse de se

apresentar à insolvência no período de seis meses posterior à

verificação dessa situação.

Terá, assim, que se entender que o simples decurso do tempo (seis

meses após a verificação da situação de insolvência) não é

suficiente para se poder considerar preenchido o requisi to aqui

em anál ise, uma vez que tal representaria, estar a valorizar -se um

prejuízo que sempre estaria ínsito nesse decurso e que seria

comum a todas as situações de insolvência, o que não se mostra

compatível com o estabelecimento do prejuízo dos credores

como requisito autónomo do indeferimento l iminar do incidente.

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Tratando-se o prejuízo dos credores de um requis ito autónomo

deste indeferimento l iminar, acrescerá o mesmo aos demais

requisi tos, surgindo, por isso, como um pressuposto adicional, que

traz exigências distintas das pressupostas pelos outros, não

podendo considerar-se preenchido por circunstâncias que já

estão contidas num desses outros requisitos.

Neste contexto, terá que se dar ênfase particul ar à conduta do

devedor, devendo apurar-se se este se pautou pela l icitude,

honestidade, transparência e boa-fé, no que respeita à sua

situação económica, só se justif icando o indeferimento l iminar

caso se conclua pela negativa.

Ao estabelecer, como pressuposto do indeferimento l iminar do

pedido de exoneração, que a apresentação extemporânea do

devedor à insolvência haja causado prejuízo aos credores, a lei

visa os comportamentos que façam diminuir o acervo patrimonial

do devedor, que onerem o seu património ou mesmo aqueles que

originem novos débitos, a acrescer aos que integravam o passivo

que estava já impossibil i tado de satisfazer. São estes

comportamentos desconformes ao proceder honesto, l ícito,

transparente e de boa-fé, os quais, a verif icarem-se na conduta

do devedor, impedem que a este seja reconhecida a

possibil idade, preenchidos os demais requisi tos do preceito, de se

l ibertar de algumas das suas dívidas, para dessa forma lograr a

sua reabil itação económica. Como tal , o que se sanciona são os

comportamentos que impossibil i tem, dif icultem ou diminuam a

possibil idade de os credores obterem a satisfação dos seus

créditos, nos termos em que essa satisfação seria conseguida

caso tais comportamentos não ocorressem.

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Face à matéria fáctica que atrás se cons iderou relevante, nada

foi apurado no sentido que aponte para que a insolvente não

tenha adotado uma atitude de l icitude, honestidade,

transparência e boa-fé no que respeita à sua si tuação

económica.

Por outro lado, igualmente não foi trazido aos autos qua lquer

elemento que aponte no sentido da culpa do devedor na criação

ou agravamento da situação de insolvência – está também

preenchida a al ínea e) do art.º 238.º.

Não consta, ainda, que a devedora tivesse s ido condenado por

sentença transitada em julgado por algum dos crimes previstos e

punidos nos artigos 227.º a 229.º do Código Penal nos 10 anos

anteriores à data da entrada em juízo do pedido de declaração

da insolvência ou posteriormente a esta data – al ínea f) do n.º 1

do artº 238.º do CIRE.

Por último, não resulta que o devedor tenha violado qualquer dos

deveres de informação, apresentação ou colaboração previstos

no CIRE – al íneas i) e g) do artº 238.º

Os pressupostos formais previstos no CIRE estão preenchidos e não

há elementos que levem a signatária a emitir parecer que

pudesse concluir pelo indeferimento do pedido.

Assim, sendo tendo em conta que nada há que aponte no sentido

de terem mantido uma conduta contrária ao Direito, emite-se

parecer no sentido que deve ser concedido à insolvente a

possibil idade de após o período de cinco anos previsto no artº.

239, n.º 2 do CIRE, se exonere dos compromissos que até então

não lhe seja possível saldar.

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8. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE)

VERBA n.º 1

Estabelecimento Comercial - denominado “Farmácia Marque dos

Santos” , instalado: ______________________________________________

Na fracção autónoma designada pela letra "A", s ito na Praceta

do Horto, na freguesia e concelho de Valongo, descrito na Cons.

Reg. Predial de Valongo sob o número MIL TREZENTOS E

CINQUENTA E UM - VALONGO e inscrito na matriz predial urbana

sob o art.º3511.º, imóvel detido em regime de locação financeira

no Banco Santander Totta, SA, funcionamento encontra-se

autorizado pelo Alvará com o código ANF nº 4828, emitido pelo

“Infarmed- Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos da

Saúde, I .P.", incluindo os respectivos direitos e todos os demais

bens corpóreos e incorpóreos que o integram e descriminados

infra ------------------------------ --------------------- -----(Valor a determinar)

Bens Móveis do estabelecimento Comercial - denominado

“Farmácia Marque dos Santos”

Praceta do Horto, nº 7, 4440-788 Valongo

Verba 1/A

Descrição Fotografia Valor

3 Expositores em madeira com rodas e

prateleiras em vidro; 1 aparelho de medir

tensões “EI”; 1 mesa de apoio com

estrutura metálica e rodas; 1 máquina de

pesar e medir “Ticket”; 2 cadeiras; banco;

15 grupos de estantes em madeira com

prateleiras em vidro; 1 balcão de

atendimento; 3 Pc’s “DELL”; 3 impressoras

de etiquetas “EPSON”; 1 monitor “PHILIPS”;

3 teclados; 2 aparelhos de leitura “OTICA

DATALOGIC”; monitor “ASUS”; 3 caixas

metálicas para dinheiro; rato; recipiente

para amostras metálicas

645,00 €

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Verba 1/B

Descrição Fotografia Valor

Frigorífico para medicamentos “COFRI”

150,00 €

Verba 1/C

Descrição Fotografia Valor

1 Armário em madeira com portas em

vidro; 1 balança decimal antiga de 5kg;

diversos utensílios em vidro; balança de

teste “CMV”, recipiente para água; PC

“DELL”; impressora “EPSON AcuLaser

M2000”; impressora de etiquetas

“ELTRON”; monitor “ASUS”; teclado; rato;

aparelho de leitura “SYMBOL”

200,00 €

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Verba 1/D

Descrição Fotografia Valor

1 Grupo de 100 gavetas metálicas de

armazenamento de medicamentos; 1

armário em madeira alto com

prateleiras em vidro; 1 grupo de

armários altos em madeira com

prateleiras em vidro para “stock”; 3

grupos de estantes em dexion;

placard de farmácia; 1 carro de

transporte de medicamentos; 1

escadote; 1 mesa com rodas; 1

monitor “SAMSUNG”; central

telefónica “SIEMENS”; 1 UPS

“MetaSystem”;1 bastidor composto

por: 1 servidor “DELL POWER EDGE

T310”, monitor “PHILIPS”, rato, teclado,

impressora “EPSON”, emissor de sinal

“TELDAT 3G Ethernet Antenna”, Router

“Teldat Access Router”, Router

“DrayTek Vigor 2500”, Router, Switch

“Allied Telesyn AT-FS716” e 2 painéis de

transferência “Brand REX”

600,00 €

Verba 1E

Descrição Fotografia Valor

1 Armário vestiário triplo, 1 marquesa, 1

cama

20,00 €

Verba 1/F

Descrição Fotografia Valor

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1 Sistema de alarme “Bosch”

200,00 €

Verba 1/G

Descrição Fotografia Valor

1 Secretária metálica; cadeira; 1

impressora “HP Officejet 6210 All-in-

One”; 1 fotocopiadora “ECOSYS

KYOCERA FS-1016MFP”; móvel com 5

gavetas; 1 secretária em madeira;

cadeira; armário alto para arquivo;

armário branco com porta em

madeira; 1 cacifo; 1 cofre monobloco

“Alcatraz” com 2 portas; 1 aparelho

de ar condicionado “GREE”; 1 sistema

de videovigilância com 4 câmara;

monitor “ASUS”; TV “MITSAI”

600,00 €

VALOR TOTAL DOS BENS MÓVEIS: 2.415,00€

BENS IMÓVEIS

VERBA n.º 2

Prédio rústico, composto por terra a pinhal, sito no Lugar Monte

de Santa Justa, freguesia e concelho de Valongo, a confrontar de

Norte e Poente com estrada, Sul com João e Nascente com

estrada velha, descrito na Conservatória dos Registos Civil ,

Predial , Comercial e Automóveis de Valongo sob o número TRÊS

MIL OITOCENTOS E SETENTA E OITO – VALONGO, onde se encontra

registado em comum e sem determinação de parte ou direito, a

favor da insolvente Maria da Conceição de Ol iveira Braga Reis

Figueira, I sabel Luísa Braga Reis Figueira Si lveira e Álvaro Carlos

Braga Reis Figueira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 189.º,

o qual faz parte da herança il íquida e indivisa (com o NIF

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700474862) aberta por óbito de Carlos Koehler Reis Figueira,

correspondendo à insolvente a quota ideal de 1/6, com o valor

Patr imonial Tr ibutário -------------------------------- --------------------€ 28,21

VERBA n.º 3

Prédio rústico, composto por terra e eucal iptal , sito no Lugar de

Lagueirões, freguesia e concelho de Valongo, a confrontar de

Norte com herdeiros de Maria Rosa Alves Carneiro, de Sul com

Brízida Gonçalves das Neves, de Nascente com l inha férrea e

Poente com Engenheiro Jaime da Silva Vale, denominado

Cavada dos Lagueirões, descrito na Conservatória dos Registos

Civil , Predial , Comercial e Automóveis de Valongo sob o número

TRÊS MIL OITOCENTOS E OITENTA – VALONGO, onde se encontra

registado em comum e sem determinação de parte ou direito, a

favor da insolvente Maria da Conceição de Ol iveira Braga Reis

Figueira, I sabel Luísa Braga Reis Figueira Si lveira e Álvaro Carlos

Braga Reis Figueira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1469.º,

o qual faz parte da herança il íquida e indivisa (com o NIF

700474862) aberta por óbito de Carlos Koehler Reis Figueira,

correspondendo à insolvente a quota ideal de 1/6, com o valor

Patr imonial Tr ibutário ---------------------------------------------- ----- € 18,43

VERBA n.º 4

1/6 da fracção autónoma designada pelas letras “BA”, destinada

a habitação, sita na Rua Fernando Pessoa, nº130, 4º, 4485 -533

Mindelo, integrada no prédio urbano destinado a comércio e

habitação, composto de cave, r/c, 1º, 2º, 3º e 4º andares. Os

blocos nº1, 2, 3 e 4 andares consti tuidos em regime de

propriedade horizontal com 76 fracções autónomas. Confronta do

Norte com novo arruamento; Sul e Poente com Rua Fernando

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Pessoa e de Nascente com caminho, freguesia de Mindelo,

concelho de Vila do Conde, descrito na Conservatória do Registo

Predial de Vila do Conde sob o número QUATROCENTOS E

CINQUENTA E UM – MINDELO, inscrito na respetiva matriz sob o

artigo 1616, valor Patr imonial Tr ibutário --------------------- € 92.270,00

VERBA n.º 5

Prédio rústico, Cavada Monte Alto, Bouça de Baixo – pinhal, sito

em Monte Alto, freguesia e concelho de Valongo, confrontando a

Norte com Luís Matos Ferreira; Sul com Estrada; Nascente com

Estrada; Poente com Limite de freguesia e concelho com

Gondomar, em comum e sem determinação de parte ou direito, a

favor da insolvente Maria da Conceição de Ol iveira Braga Reis

Figueira, I sabel Luísa Braga Reis Figueira Si lveira e Álvaro Carlos

Braga Reis Figueira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 328.º,

omisso na Conservatória do Regis to Predial , o qual faz parte da

herança il íquida e indivisa (com o NIF 700474862) aberta por óbito

de Carlos Koehler Reis Figueira, correspondendo à insolvente a

quota ideal de 1/6, com o valor Patr imonial Tributário ----- € 293,87

VERBA n.º 6

Prédio rústico, Cavada Calçada da Igreja – pinhal, eucal iptal e

mato, si to em Bacelos, freguesia e concelho de Valongo,

confrontando a Norte com Estrada; Sul com José Felgueiras

Castro Neves; Nascente com José Felgueiras Castro Neves e

outro, e a Poente com l imite de freguesia e concelho com

Gondomar, em comum e sem determinação de parte ou direito, a

favor da insolvente Maria da Conceição de Ol iveira Braga Reis

Figueira, I sabel Luísa Braga Reis Figueira Si lveira e Álvaro Carlos

Braga Reis Figueira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 342.º,

omisso na Conservatória do Registo Predial , o qual faz parte da

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herança il íquida e indivisa (com o NIF 700474862) aberta por óbito

de Carlos Koehler Reis Figueira, correspondendo à insolvente a

quota ideal de 1/6, com o valor Patr imonial Tributário ------ € 29,23

VERBA n.º 7

Prédio rústico, Cavada da Passagem – eucal iptal e cultura, s ito no

Alto da Passagem, freguesia e concelho de Valongo, a confrontar

a Norte com Estrada; a Sul com Clementina Castro Santos; de

Nascente com António Maria Reis; de Poente com caminho, em

comum e sem determinação de parte ou direito, a favor da

insolvente Maria da Conceição de Ol iveira Braga Reis Figueira,

Isabel Luísa Braga Reis Figueira Si lveira e Álvaro Carlos Braga Reis

Figueira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 299.º, omisso na

Conservatória do Registo Predial , o qual faz parte da herança

il íquida e indivisa (com o NIF 700474862) aberta por óbito de

Carlos Koehler Reis Figueira, correspondendo à insolvente a quota

ideal de 1/6, com o valor com o valor Patrimonial Tributário --------

------------------------------------------------------------------ -------------- € 26,05

VERBA n.º 8

Prédio urbano, composto por terreno para construção, s ito na Rua

das Olaias, freguesia de Valongo, do concelho de Valongo,

descrito na Conservatória de Registo Predial de Valongo sob o

número QUATRO MIL SEISCENTOS E TRINTA E NOVE – VALONGO,

onde se encontra registado em comum e sem determinação de

parte ou direito, a favor da insolvente Maria da Conceição de

Ol iveira Braga Reis Figueira, I sabel Luísa Braga Reis Figueira

Si lveira e Álvaro Carlos Braga Reis Figueira, inscrito na respetiva

matriz sob o artigo 6671.º, o qual faz parte da herança il íquida e

indivisa (com o NIF 700474862) aberta por óbito de Carlos Koehler

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Reis Figueira, correspondendo à insolvente a quota ideal de 1/6,

com o valor Patr imonial Tributário ---------------------------- € 25.000,00

VERBA n.º 9

Prédio urbano, composto por casa de cave, rés -do-chão e andar

com área coberta de 140m², dependência com 42m² e quintal ,

sito na Rua das Olaias, freguesia de Valongo, do concelho de

Valongo, descrito na Conservatória de Registo Predial de Valon go

sob o número TRÊS MIL OITOCENTOS E SETENTA E SETE – VALONGO,

onde se encontra registado em comum e sem determinação de

parte ou direito, a favor da insolvente Maria da Conceição de

Ol iveira Braga Reis Figueira, I sabel Luísa Braga Reis Figueira

Si lveira e Álvaro Carlos Braga Reis Figueira, inscrito na respetiva

matriz sob o artigo 1142.º, o qual faz parte da herança il íquida e

indivisa (com o NIF 700474862) aberta por óbito de Carlos Koehler

Reis Figueira, correspondendo à insolvente a quota ideal de 1/6,

com o valor Patr imonial Tributário de ------------------------- € 5.954,20

VERBA n.º 10

Fracção autónoma designada pela letra "A", destinada a

comércio, composta por rés -do-chão, integrada no prédio urbano

constituído no regime de propriedade horizontal s ito na Avenida 5

de Outubro, n.º 57, 4440-503 Valongo, na freguesia e concelho de

Valongo, descrita na Cons. Reg. Predial de Valongo sob o número

MIL QUATROCENTOS E NOVENTA E TRÊS - VALONGO, onde se

encontra registado em comum e sem determinação de parte o u

direito, a favor da insolvente Maria da Conceição de Ol iveira

Braga Reis Figueira, I sabel Luísa Braga Reis Figueira Si lveira e

Álvaro Carlos Braga Reis Figueira, inscri to na respetiva matriz sob

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o artigo 2207.º-A, o qual faz parte da herança il íquida e indivisa

(com o NIF 700474862) aberta por óbito de Carlos Koehler Reis

Figueira, correspondendo à insolvente a quota ideal de 1/6, com

o valor Patr imonial Tributário --------------------------------- € 122.272,32

VERBA n.º 11

Fracção autónoma designada pela letra "D", destinada a

habitação, correspondente tipo T2, com a área de 67 m2,

integrada no prédio urbano constituído no regime de propriedade

horizontal sito na Avenida 5 de Outubro, n.º 57, 4440 -503 Valongo,

na freguesia e concelho de Valongo, descrita na Cons. Reg.

Predial de Valongo sob o número MIL QUATROCENTOS E NOVENTA

E TRÊS - VALONGO, onde se encontra registado em comum e sem

determinação de parte ou direito, a favor da insolvente Maria da

Conceição de Ol iveira Braga Reis Figueira, I sabel Luísa Br aga Reis

Figueira Si lveira e Álvaro Carlos Braga Reis Figueira, inscrito na

respetiva matriz sob o artigo 2207.º -D, o qual faz parte da

herança il íquida e indivisa (com o NIF 700474862) aberta por óbito

de Carlos Koehler Reis Figueira, correspondendo à insolvente a

quota ideal de 1/6, com o valor Patr imonial Tr ibutário -----------------

---------------------------------------------------------- ----------------- € 17.659,03

Nota: Arrendando à Associação Desportiva de Valongo, NIF

502458313, com sede na Av. dos Desportos, Valongo, com a renda

mensal de € 150,00. ---------------------------------------------------------------

VERBA n.º 12

Quota no valor nominal de 4.988,00 Euros na sociedade “Koehler

& Braga - Imóveis, Lda.”, com o número de pessoa colectiva

504295799, com sede na Avenida 5 de Outubro, 55 2º Dto,

freguesia e concelho de Valongo, com o valor nominal de ----------

------------------------------------------------------------------------------- 4.988,00

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Bens imóveis em locação financeira

VERBA n.º 13

Fracção autónoma designada pela letra "C" - Fracção "C" - Rés-

do-chão, loja n.º 2, para comércio, café, snack bar, restaurante

ou similar de hotelaria, com entrada pelo n.º 4 da Rua Nova de

Fontes 48,50m2. Tem um lugar de garagem na sub -cave

designado "C" - um, com 23m2, com acesso pelo n.º 28 da Rua

Nova de Fontes, do prédio urbano descri to na Conservatória do

Registo Predial de Paredes, sob o número 01420, da freguesia de

Gandra, inscrita na matriz predial urbana sob o artigo 2220.

VERBA n.º 14

Fracção autónoma designada pela letra "A" do prédio urbano

descrito na Conservatória do Registo predial de Valongo, sob o

número 2621, da freguesia de Campo, inscrita na matriz predial

urbana sob o artigo 4233.

9. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE)

Em anexo.