relatÓrio do administrador da insolvÊncia (art.º...

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2015 Nuno Albuquerque Sss II, Sociedade de Ferragens, Ldª 06-03-2015 RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE) Tribunal Comarca de Braga V. N. Famalicão – Inst. Central 2ª Secção do Comércio – J3 Processo n.º 713/14.0T8VNF

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2015

Nuno Albuquerque

Sss II, Sociedade de Ferragens,

Ldª

06-03-2015

RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)

Tribunal Comarca de Braga

V. N. Famalicão – Inst. Central

2ª Secção do Comércio – J3

Processo n.º 713/14.0T8VNF

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Índice

ÍNDICE ............................................................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE ........................... 5

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE ........................................................... 5

2.2. COMISSÃO DE CREDORES ..................................................................... 5

2.3. O ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA .................................................... 5

2.4. DATAS DO PROCESSO .......................................................................... 6

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA

ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª ............................................................................ 6

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS ........................................................ 6

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLT IMOS TRÊS ANOS . 7

3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE ............................... 11

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA .................................................................. 11

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO

DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA ........................................................... 12

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA ............................................ 14

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA .................................................................... 14

5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA ............ 15

5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES ........ 15

6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

17

6.1. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA ...................... 17

6.2. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES ............................... 17

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6.3. CAUSAS DE EVENTUAL DIMINUIÇÃO DO ACTIVO ................................... 18

6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA .............................. 18

7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) ...................................................... 20

8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE) ...................................... 24

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1. INTRODUÇÃO

Pelo credor João Paulo Antunes Neves foi requerida a insolvência da

devedora “SSS II, Sociedade de Ferragens, Ldª”, tendo sido proferida

sentença em 26 de Janeiro de 2015.

Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve

elaborar um relatório contendo:

a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c)

do n.º 1 do artigo 24.º;

b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião

sobre os documentos de prestação de contas e de informação

financeira juntos aos autos pelo devedor;

c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do

devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um

plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os

credores nos diversos cenários figuráveis;

d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de

insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do

mesmo;

e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para

a tramitação ulterior do processo.

Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores.

Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem o administrador apresentar o

seu relatório.

O Administrador da Insolvência

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2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE

SOCIEDADE Sss II, Sociedade de Ferragens, Ldª

NIPC 507 115 066

SEDE Parque Industrial Pintancinhos, Lote 10 e 11,

Apartado 2436, 4700-727 Braga

MATRICULA Conservatória do Registo Comercial de Chaves

OBJECTO SOCIAL Comércio por grosso, distribuição, importação,

exportação e representação de artigos de bricolage

e jardim, ferragens, máquinas, ferramentas, colas,

vernizes, silicones, poliuretanos, portas, portões e

equipamentos de segurança.

CAPITAL SOCIAL € 25.000,00

Sócio e gerente Alberto Vieira da Silva

Quota € 12.500,00

% 50 %

Sócio e gerente Fernanda Manuela Gonçalves Martins

Quota € 12.500,00

% 50 %

FORMA DE OBRIGAR Pela assinatura de 1 gerente.

2.2. COMISSÃO DE CREDORES

Não nomeada.

2.3. O ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA

Nuno Albuquerque

NIF/NIPC: 188049924

Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 – 4710-358 Braga

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Telef: 253 609310 – 253 609330 – 917049565 - 962678733

E-mail: [email protected]

Site para consulta: Informações sobre o processo

http://www.n-insolvencias.com/insolvencias/713140t8vnf;

2.4. DATAS DO PROCESSO

Declaração de Insolvência:

Data e hora da prolação: 26-01-2015 pelas 13h00m

Publicado no portal Citius – 29-01-2015

Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos.

Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: 16-03-2015 pelas 14:00 horas

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS

Dispõe a al ínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor

deve juntar, entre outros, documento em que se expl icita a

actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos úl timos

três anos e os estabelecimentos de que seja titular, bem como o

que entenda serem as causas da situação em que se encontra.

A devedora procedeu, de acordo com o disposto no nº 1 do

artigo 24º do CIRE, à junção dos seguintes documentos:

a) Certidão permanente;

b) IES de 2011 e 2012;

c) Balancete de 2013 e 2014;

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d) Pendentes de cl ientes ;

e) Relação de credores;

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS

ÚLTIMOS TRÊS ANOS

Em referência à actividade a que a sociedade se tenha

dedicado nos últimos três anos de actividade e tendo por base

os elementos facultados pela insolvente, a mesma dedicou -se ao

comércio de acessórios de carpintaria e serralharia.

CAE 16230 – Comércio por grosso de ferragens, ferramentas

manuais e artigos para canalizações e aquecimento .

A expl icitação da actividade da empresa nos últimos três anos

resul ta, de uma forma mais rigorosa, de uma anál ise à

informação contabil í stica disponível da sociedade.

Assim, é possível retirar e verificar a evolução do volume de

negócios da insolvente e dos respectivos custos e perdas.

EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS

Ano 2011 2012 2013 2014

Volume de

Negócios € 458.707 € 769.150 € 557.571 € 165.280

Tendo em conta os valores constantes da Tabela supra, constata-

se que o volume de negócios da insolvente diminui na ordem dos

64 % entre os anos de 2011 e 2014.

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Em relação aos seus custos e perdas entre os anos 2011 e 2012

estes sofreram um aumento de 38%. No entanto, não é possível

efectuar uma comparação com os exercícios subsequentes em

virtude da falta de valores correspondentes ao Custo da

Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas .

EVOLUÇÃO DOS CUSTOS E PERDAS

Rubricas 2011 2012 2013 2014

CMV € 335.472 € 545.110 N/D N/D

FSE € 18.708 € 30.005 € 50.201 € 40.831

Custos com o

Pessoal € 90.339 € 140.208 € 127.138 € 70.912

Outros Custos

e Perdas € 24.315 € 46.004 € 59.265 € 73.345

Totais € 468.834 € 761.327 - -

RESULTADOS LÍQUIDOS

Ano 2011 2012 2013

( B A L A N C E T E )

2014

( B A L A N C E T E )

Total (€ 6.972) € 7.551 - -

Os resul tados l íquidos, referentes aos exercícios económicos em

que a sociedade apresentou contas, ou seja, 2011 e 2012, foram

nos montantes de (€ 6.972) e € 7.551 respectivamente.

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Balanços Históricos

Activos Fixos Tangíveis

Ano 2011 2012 2013

( B A L A N C E T E )

2014

( B A L A N C E T E )

Total € 3.071 € 74.973 € 698.128 € 578.402

A sociedade apresentou um saldo considerável de Activos Fixos

Tangíveis (imobil izado) no final do exercício de 2013 e 2014. A

evolução do Imobil izado de 2013 para 2014 é al terada por força

das depreciações.

De realçar que nessa rubrica estão registados os imóveis em

regime de locação financeira, o quais se encontram registados

na esfera da sociedade no exercício de 2013 .

Existências/Inventários

Ano 2011 2012 2013

( B A L A N C E T E )

2014

( B A L A N C E T E )

Total € 308.237 € 374.735 - -

Na rubrica de existências está reflectido um saldo considerável

nos exercícios em anál ise. No entanto, por falta elementos

contabil í sticos referente ao de fecho de contas dos exercícios

de 2013 e 2014, não é possível aferir qual o valor real das

existências.

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Dívidas de Terceiros/Clientes

Ano 2011 2012 2013

( B A L A N C E T E )

2014

( B A L A N C E T E )

Total € 139.553 € 244.734 € 148.373 € 77.725

A insolvente relaciona uma l istagem de dívidas de terceiras com

um saldo de € 77.725 ,00, reflectido no balancete de Dezembro de

2014.

Contudo, importa apurar o grau de cobrabil idade dos respectivos

créditos, dil igências estas que se encontram em curso, sendo

certo que será possível desde já dizer -se que grande parte dos

créditos em causa dizem respeito a créditos de cobrança

duvidosa/incobráveis, pois , ou apresentam uma grande

antiguidade ou se tratam de créditos sobre empresas insolventes.

Passivo

Ano 2011 2012 2013

( B A L A N C E T E )

2014

( B A L A N C E T E )

Total € 365.318 € 646.397 € 1.003.238 € 965.395

O passivo da sociedade tem um saldo muito signif icativo no

período de 2013 e 2014, sendo que uma parte substancial diz

respeito a fornecedores de mercadorias e instituições f inanceiras .

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3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE

A sociedade tem a sua sede registada em instalações em regime

de locação financeira, sitas no Parque Industr ial Pintancinhos,

Lote 10 e 11, Apartado 2436, 4700-727 Braga.

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA

A devedora não se apresentou voluntariamente à insolvênci a

tendo esta sido requerida pelo credor João Paulo Antunes Neves .

De acordo com o alegado por esta credora, das averiguações

feitas pelo A.I . junto da própria insolvente e consul ta da

contabil idade, foi possível identificar as seguintes causas da

insolvência:

A sociedade ora insolvente surge no mercado em 2004.

Desde o início da sua actividade a sociedade exerceu a

actividade com normal idade, cumprindo todos os seus

compromissos;

Com a crise económica e financeira a sociedade reduziu

significativamente o seu volume de vendas, não obtendo

rendimentos suficientes para cumprir com todos os seus

compromissos;

Nos últimos anos, a si tuação deficitária da empresa foi ainda

agravada com a fal ta de pagamento por parte de cl ientes

e insolvência por grande parte destes , tornando impossível

assegurar o pagamento de todos os encargos decorrentes

da actividade.

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Em virtude da adversa s ituação económica que afecta o

país, e em especial o sector da const rução civil , não foi

capaz, a ora insolvente, de continuar a sua laboração.

Em Dezembro de 2014, a devedora deixou de laborar e

desde então deixou de ter qualquer actividade.

Assim, perante o elevado montante das dívidas , a insuficiência de

recursos financeiros e ausência de cl ientes, a insolvente viu-se

totalmente impossibil i tada de cumprir com as suas obrigações.

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve a

Administradora da insolvência efectuar uma anál i se do estado da

contabil idade do devedor e a sua opinião sobre os documentos

de prestação de contas e de informação financeira juntos pelo

devedor.

A contabil idade da empresa foi processada, sob a

responsabil idade técnica do TOC Fil ipe Ferreira, com o NIF

221998217.

Em termos gerais, a contabil idade tem de transmitir uma imagem

verdadeira e apropriada da real idade económica e financeira da

sociedade e tem de ser compreensível para o conjunto de

entidades com as quais se relaciona, nomeadamente

investidores, empregados, mutuantes, fornecedores, cl ientes,

Estado e outros.

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Nos termos do art.º 115.º do CSC, as sociedades comerciais são

obrigadas a dispor de contabil idade organizada nos termos da lei

comercial e fiscal e não são permitidos atrasos na execução da

contabil idade superiores a 90 dias.

Da anál ise dos documentos juntos relativos aos exercícios de 2011

e 2012, verifica-se que a contabil idade da sociedade satisfaz os

princípios de natureza comercial e fiscal e permitem apurar,

àquela data, a respectiva verdadeira posição financeira.

EXACTIDÃO DO BALANÇO APRESENTADO

De acordo com o que foi verificado, concluímos que foram

adoptados os procedimentos contabil í sticos que decorrem do

SNC Sistema de Normal ização Contabil ística.

SITUAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO COMERCIAL

As contas dos exercícios de 2011 e 2012 foram depositadas na

Conservatória do Registo Comercial , conforme determinado

por lei.

As contas de 2013 não foram depositadas na Conservatória do

Registo Comercial .

Não foram apresentados os fechos de contas relativamente

aos exercícios dos anos de 2013 e 2014.

CRITÉRIOSVALORIMÉTRICOS

Existências/ Inventários

As existências encontram-se valorizadas ao custo de aquisição,

respeitando o princípio contabil í stico do custo histórico.

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Imobil izações Corpóreas

Não resul ta dos elementos facultados que as imobil izações

corpóreas não tenham sido contabil izadas pelo respectivo

valor de aquisição. Os valores apresentados no balanço não

incluem reaval iações efectuadas ao abrigo dos diplomas

legais bem como reaval iações extraordinárias, conforme

referido nos diplomas legais uti l izados na reaval iação de

imobil izado.

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA

A empresa não se apresentou voluntariamente à insolvência e

não se encontra a laborar desde finais de Dezembro de 2014.

A grave crise económica que se faz sentir a nível internacional e

nacional conjugada com a diminuição do volume de facturação

e a l imitação da concessão de crédito bancário, originou que a

insolvente ficasse sem capacidade para fazer face às suas

responsabil idades, designadamente junto das insti tuições

financeiras, Estado, trabalhadores e fornecedores.

Não sendo expectável a recuperação, a curto prazo, da crise em

que a sociedade se encontra mergulhada e sendo actualmente

deficitária a actividade desenvolvida pela requer ida, a esta só

lhe resta aderir ao pedido da insolvência e l iquidar a sociedade.

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5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE

INSOLVÊNCIA

Após recolhas de elementos sobre a sociedade e informações

prestadas pelos responsáveis da insolvente e pelo mandatário da

devedora, não foi possível reunir condições para vir a ser

apresentado um Plano de Insolvência.

Assim, tendo em conta as informações supra referidas, apenas se

poderá concluir pela impossibi l idade de manutenção da

empresa.

Nada foi junto aos autos que permita sustentar a inversão

daquela situação.

Assim sendo, entende-se por inexequível um qualquer plano de

recuperação.

5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS

CREDORES

A assembleia de credores de apreciação do relatório del ibera

sobre o encerramento ou manutenção da actividade do

estabelecimento ou estabelecimentos compreendidos na massa

insolvente.

A assembleia de credores de apreciação do relatório del ibera

sobre o encerramento ou manutenção da actividade do

estabelecimento ou estabelecimentos compreendidos na massa

insolvente.

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O signatário encetou dil igências no sentido de averiguar a

existência de bens no património da insolvente, nomeadamente

através da anál ise da contabil idade, deslocação à sede da

insolvente e contactos com a gerência, bem como junto da

Conservatória do Registo Predial e Automóvel e Repartição de

Finanças, tendo sido local izados os bens que se encontram

descrito no inventário.

O cenário possível que se apresenta para os credores é, pois, no

sentido da l iquidação do activo.

Assim, considerando que:

1. De acordo com a percepção recolhida pel o Administrador

de Insolvência, e tendo em atenção as anál ises já referidas,

e expl icitadas acima, não nos parece que a Insolvente

tenha qualquer capacidade económica ou financeira de

poder vir a solver os seus compromissos;

2. É notória a situação de insolvência e a insuficiência de

valores activos face ao Passivo acumulado;

3. Não havendo por parte dos Credores ou qualquer

legitimado intenção de apresentação de um Plano de

Insolvência.

O Administrador da Insolvência propõe, nos termos do art.º 156.º

do CIRE:

a) o encerramento definitivo do estabelecimento onde a

insolvente prestava a sua actividade;

b) o início da l iquidação do activo que venha a ser

apreendido para a massa insolvente;

c) a notif icação da AT autoridade tr ibutária e aduaneira –

Serviço de Finanças -, para que, proceda oficiosamente à

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cessação imediata da actividade da Insolvente, em sede

de IVA e de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas

Colectivas (I .R.C.), de acordo com do nº 3, do art. 65º do

C.I .R.E. (com a redacção da Lei nº 16/2012, de 20 de

Abril ).

6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

6.1. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA

A insolvente foi constituída em 2004 e enquanto sociedade

activa, teve os resultados l íquidos, referentes os úl timos exercícios

económicos em que a sociedade elaborou a declaração modelo

22 de IRC, ou seja, 2011 e 2012, foram nos montantes de (€ 6.972)

e € 7.551 respectivamente.

Aceita-se e tem-se como plausível o facto que a conjuntura

económica interna cada vez mais adversa, contr ibui

decisivamente para uma diminuição da actividade da sociedade

devedora.

6.2. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES

Activos Fixos Tangíveis (Imobil izado corpóreo)

A sociedade apresentou um saldo considerável de

Activos Fixos Tangíveis (imobil izado) no final do exercício

de 2014.

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De realçar que nessa rubrica está registado o imóvel sede

da devedora que se encontra em regime de locação

financeira.

Cl ientes /outras contas a receber (c réditos sobre terceiros)

O saldo da rúbrica de cl ientes tem um saldo significativo

no período em anál ise;

É possível desde já dizer-se que grande parte dos créditos

em causa diz respeito a créditos de cobrança

duvidosa/incobráveis, pois trata-se de créditos sobre

empresas insolventes.

6.3. CAUSAS DE EVENTUAL DIMINUIÇÃO DO ACTIVO

O activo da sociedade não apresenta alterações s ignif icativas.

6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA

Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do

incidente de qual ificação da insolvência, na sentença que

declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de

qual ificação, com caráter pleno ou l imitado – cfr. al . i) doa rt.º

36.º do CIRE.

Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência não

declarou, desde logo, aberto aquele incidente.

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Assim, nos termos do n.º 1 do art.º 188.º do CIRE, até 15 dias após

a real ização da assembleia de apreciação do relatório, o

administrador da insolvência ou qualquer interessado deverá

alegar, fundamentadamente, por escri to, em requerimento

autuado por apenso, o que tiver por conveniente para efeito da

qual ificação da insolvência como culposa e indicar as pessoas

que devem ser afetadas por tal qual i ficação, cabendo ao juiz

conhecer dos factos alegados e, se o considerar oportuno,

declarar aberto o incidente de qual ificação da insolvência, nos

10 dias subsequentes.

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7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE)

Bens Móveis Parque Industrial Pitancinhos, Lote 10 e 11 | Braga

Verba 1

Descrição Fotografia Valor

1 Pc linha branca, monitor “Samsung”,

teclado “IONE”, rato, pc linha branca, monitor

“Philips”, impressora “Hp Photosmart C4472”,

bengaleiro de cor preto

50,00€

Verba 2

Descrição Fotografia Valor 3 Expositores de parede, expositor metálico

de cor preta com amostras, 2 módulos em

madeira com tampo para expositor de

ferragens, 1 mostruário de fechaduras,

expositor de portas de correr, expositor em L, 3

expositores metálicos de cor verde, expositor

de janela , 6 expositores diversos, porta de

alumínio, expositor de “Fapim”, 2 Estantes

300,00€

Verba 3

Descrição Fotografia

1 Cabine duche com Jacuzi

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Verba 4

Descrição Fotografia 10 Caixas com acessórios de Cozinha, 90 caixas com vedantes de borracha para portas, 75

caixas com vedantes pelúcia para portas, 1 palete

com 8 portas aço, 2 palete com rosetas

decorativas ferro, 1 palete com 9 portas aço, 1

palete com balaustres ferro diversos, 10 caixa com

fechaduras para porta, 1 palete com 4 portas aço,

20 rolos vedante borracha preto, 10 caixas com

veda porta automático, 8 caixas com veda porta

normais, 10 caixas com acessórios oscilos, 10 caixas

com parafusos, 1 palete com 10 cassonetos, 1

palete com 8 cassonetos, 1 palete com 13

cassonetos, 1 caixa madeira com balaustres ferro

diversos, 20 caixa com cremones de ferro, 1 palete

com 8 cassonetos, 1 palete com 8 portas aço

Verba 5

Descrição Fotografia 25 caixas com cremones lacados, 20 caixas com

puxadores lacados, 4 caixas com segura persianas

plásticos, 50 caixas com kit oscilos, 39 caixas com

dobradiças, lacadas, 6 caixas com conchas

plásticas, 16 caixas com corrediças para gavetas,

60 caixas com dobradiças lacadas, 42 caixas com

puxadores lacados, 50 caixas com cremones

lacados, 8 caixas com acessórios diversos, 8 caixas

com plásticos para caixilharia, 45 caixas com

buchas plástico, 20 porta-talheres plástico, 45

pistolas aplicação silicones, 7 caixas com

acessórios para roupeiros

Verba 6

Descrição Fotografia 10 caixas com puxadores inox, 15 caixas com pés

móves, 85 caixas puxadores móveis diversos, 10

caixas dobradiças para moveis, 35 caixas

dobradiças para moveis, 2 caixas pes moveis, 15

caixas suportes prateleira, 65 caixas puxadores

alumínio natural, 15 caixas dobradiças para

moveis, 45 caixas aros portas, 25 caixas fechos

diversos, 19 caixas conchas diversos

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Valor global das verbas 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 -------------------- 7.500,00€

Verba 7

Descrição Fotografia

10 caixas com acessorios para cozinhas, 25 caixas

com tampas para dobradiças,14 dobradiças para

janelas, 100 caixas com acessórios para cozinhas, 8

caixas com corrediças para gavetas, 10 barras

aluminio natural, 200 caixas com acessórios para

caixilharia diversa

Verba 8

Descrição Fotografia 42 sacos com rodas para janelas, 35 caixas com

rodízios diversos, 40 pistolas aplicação espuma, 260

caixas com dobradiças para portas, 100 caixas

com fechos para portas, 50 caixas com puxadores

para portas, 4 caixas com rodas para moveis, 18

caixas correio, 13 caixas com acessórios roupeiro, 7

caixas com vedante para portas, 12 caixas com

buchas plásticas

Verba 9

Descrição Fotografia 550 caixas com parafusos, 44 caixas com

puxadores para portas, 20 caixas com asas para

portas, 400 fechadura wc, 4 caixas com carros

para portão zincados, 30 caixas com asas para

moveis, 19 caixas com barras de segurança, 15

atados de varão roscado, 13 caixas discos

diversos, 90 fechaduras de portão, 19 caixas com

parafusos para asas

Verba 10

Descrição Fotografia

7 caixas com asas de ferro diversas, 3 caixas com

canholas de ferro diversas, 30 caixas com brocas

diversas, 75 caixas com rebites, 5 caixas com

parafusos de união

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Bens Móveis Globalidade (Verba 1 à 12): ------- 9.600,00 €

Verba 11

Descrição Fotografia Valor Tipo de Veículo: Ligeiro de Mercadorias

Marca: PEUGEOT Modelo: EXPERT

Matrícula: 72-77-ON Ano: 1999

Combustível: Gasóleo

Lotação: 3 Lugares km`s: 422.000

500,00€

Verba 12

Descrição Fotografia Valor Tipo de Veículo: Ligeiro de Mercadorias

Marca: PEUGEOT Modelo: 206

Matrícula: 29-09-ZI Ano: 2004

Combustível: Gasóleo

Lotação: 2 Lugares km`s: 313.000

1.250,00€

Verba 13

Descrição Fotografia Valor

250 Acções representativas do capital da

Norgarante, com o valor nominal de 1,00 €

cada 250,00€

Verba 14

Descrição Fotografia Valor

Lote 10 – Prédio Urbano, Edifício de rés-do-chão e

logradouro destinado Armazém e Atividade

Industrial com área total de 1.820 m2 tendo área

coberta de 910 m2 e área descoberta 910 m2

situado no Parque Industrial de Pintancinhos Lote

10, Freguesia de Palmeira, Concelho da Braga,

Distrito de Braga. Confrontações: Norte –

Arruamento; Sul – João da Costa Pereira de

Macedo; Nascente – Lote 11 e Poente – Lote 9.

Descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de

Valor

patrimonial

429.140,00

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Imóveis em regime de locação financeira imobiliária

Nota: Encontra-se em dívida à data da declaração da insolvência

os seguintes valores:

Rendas vencidas: € 10.865,59.

Rendas vincendas: 723.220,50

o Total: 734.086,09

8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE)

Em anexo

Braga, Freguesia de Palmeira sob o n.º

472/19921210 e inscrito na Matriz Predial Urbana

sob o artigo n.º 3680.

Lote 11 – Prédio Urbano, Edifício de rés-do-chão e

logradouro destinado Armazém e Atividade

Industrial com área total de 3.313 m2 tendo área

coberta de 910 m2 e área descoberta 2.403 m2

situado no Parque Industrial de Pintancinhos Lote

11, Freguesia de Palmeira, Concelho da Braga,

Distrito de Braga. Confrontações: Norte –

Arruamento; Sul – João da Costa Pereira de

Macedo; Nascente – José Francisco Peixoto e

Poente – Lote 10. Descrito na 1.ª Conservatória do

Registo Predial de Braga, Freguesia de Palmeira

sob o n.º 473/19921210 e inscrito na Matriz Predial

Urbana sob o artigo n.º 3681.