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2015 Deolinda Ribas Clinica Médica das Taipas, Ldª 06-10-2015 RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE) Tribunal da Comarca de Braga Guimarães - Inst. Central 1.º Secção Comércio – J1 Processo n.º 5017/15.8T8GMR

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2015

Deolinda Ribas

Clinica Médica das Taipas, Ldª

06-10-2015

RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)

Tribunal da Comarca de Braga

Guimarães - Inst. Central

1.º Secção Comércio – J1

Processo n.º 5017/15.8T8GMR

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Índice

ÍNDICE ............................................................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE ........................... 5

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE ........................................................... 5

2.2. COMISSÃO DE CREDORES ..................................................................... 6

2.3. O ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA .................................................. 6

2.4. DATAS DO PROCESSO .......................................................................... 6

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA

ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª ............................................................................ 6

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS ........................................................ 6

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS . 7

3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE ............................... 10

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA .................................................................. 11

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO

DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA ........................................................... 12

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA ............................................ 14

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA .................................................................... 14

5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA ............ 14

5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES ........ 15

6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

............................................................................................................................. 17

6.1. DA APREENSÃO DE BENS ................................................................... 17

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6.2. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA ...................... 17

6.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES ............................... 18

6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA .............................. 18

7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) ...................................................... 20

8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE) ...................................... 22

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1. INTRODUÇÃO

A devedora “Clinica Médica das Taipas, Ldª” apresentou-se à insolvência,

tendo sido proferida sentença em 31 de Agosto de 2015.

Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve

elaborar um relatório contendo:

a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c)

do n.º 1 do artigo 24.º;

b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião

sobre os documentos de prestação de contas e de informação

financeira juntos aos autos pelo devedor;

c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do

devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um

plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os

credores nos diversos cenários figuráveis;

d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de

insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do

mesmo;

e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para

a tramitação ulterior do processo.

Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores.

Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem a administradora apresentar o

seu relatório.

A Administradora da Insolvência

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2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE

SOCIEDADE Clinica Médica das Taipas, Ldª

NIPC 502 512 555

SEDE Largo José de Sousa À Vila das Taipas, caldas das

Taipas, 4805-171 Guimarães

MATRICULA Conservatória do Registo Comercial de Guimarães

OBJECTO SOCIAL A prestação de serviços médicos, de enfermagem e

afins

CAPITAL SOCIAL € 5.000,00

Gerente Teófilo Óscar Ribeiro Gonçalves Leite

Sócio Casa de Saúde de Guimarães, SA

Quota € 2.500,00

% 50 %

Sócio Augusto Monteiro Dias de Castro

Quota € 500,00

% 10 %

Sócio Maria Alcina Dias de Castro

Quota € 500,00

% 10 %

Sócio Mário Manuel Remísio Dias de Castro

Quota € 500,00

% 10 %

Sócio Nelson de Campos Pereira

Quota € 500,00

% 10 %

Sócio Nuno Manuel Remísio Dias de Castro

Quota € 500,00

% 10 %

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FORMA DE OBRIGAR Assinatura de dois gerentes

2.2. COMISSÃO DE CREDORES

Não nomeada

2.3. O ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA

Deolinda Ribas

NIF/NIPC: 175620113

Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 – 4710-358 Braga

Telef: 253 609310 – 253 609330 – 917049565 - 962678733

E-mail: [email protected]

Site para consulta: Informações sobre o processo

2.4. DATAS DO PROCESSO

Declaração de Insolvência:

Data e hora da prolação: 31-08-2015 pelas 12h30m

Publicado no portal Citius – 3 de Setembro de 2015

Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos.

Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: 15-10-2015 pelas 14:00 horas

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS

Dispõe a al ínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor

deve juntar, entre outros, documento em que se expl icita a

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actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos últimos

três anos e os estabelecimentos de que seja ti tular, bem como o

que entenda serem as causas da situação em que se encontra.

Procurando dar cumprimento ao disposto no nº 1 do artigo 24º do

CIRE, a devedora procedeu à junção dos seguintes documentos:

a) Relação de credores;

b) Atas da assembleia geral da sociedade n.ºs 29 e 30;

c) Certidão permanente;

d) Relação de trabalhadores;

e) Documento que expl icita a s ituação económica da

sociedade;

f) Mapa de depreciações e amortizações;

g) Relação de bens;

h) Recibos de vencimento;

i) IES dos anos de 2012, 2013 e 2014;

j) Modelo 22 dos anos de 2013, 2014 e 2015;

k) Balancete de Junho de 2015;

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS

ÚLTIMOS TRÊS ANOS

Em referência à actividade a que a sociedade se tenha

dedicado nos últimos três anos de actividade e tendo por base

os elementos facultados pela insolvente a mesma dedicou -se à

prestação de serviços médicos e de enfermagem.

CAE Principal 86906 - Outras actividades de saúde humana

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A expl icitação da actividade da empresa nos últimos três anos

resul ta, de uma forma mais rigorosa, de uma anál ise à

informação contabil í stica disponível da sociedade .

Assim, é possível verificar a evolução do volume de negócios da

insolvente e dos respectivos gastos e perdas.

EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS

Ano 2012 2013 2014 2015 (B a l Jun )

Volume de

Negócios € 45.594 € 37.150 € 31.491 € 20.567

Tendo em conta os valores constantes da tabela supra, constata-

se que o volume de negócios da insolvente diminuiu na ordem

dos 31 % entre os anos de 2012 e 2014.

EVOLUÇÃO DOS GASTOS E PERDAS

Rubricas 2012 2013 2014

2015 (B a l

Jun )

CMV € 0 € 0 € 0 € 0

FSE € 5.741 € 5.521 € 2.020 € 204

Gastos com o

Pessoal € 37.613 € 33.645 € 28.690 14.850

Outros Gastos e

Perdas € 13.567 € 7.781 € 7.918 € 28.734

Totais € 56.921 € 46.947 € 38.628 € 43.788

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Em relação ao valor das rubricas correspondentes à classe de

custos e perdas, entre os anos 2012 e 2014, estes sofreram uma

diminuição de cerca de 32 %.

RESULTADOS LÍQUIDOS

Ano 2012 2013 2014

Total (€ 11.312) (€ 9.797) (€ 3.584)

Os resul tados l íquidos referentes ao período em anál ise são

sempre negativos.

Balanços Históricos

Activos Fixos Tangíveis

Ano 2012 2013 2014

Total € 41.644 € 36.305 € 31.896

Verif ica-se que o saldo da rubr ica de Activos Fixos Tangíveis tem

vindo a diminuir no período em anál ise apenas devido às

depreciações.

No entanto é de realçar que a rubrica de Activos Fixos Tangíveis

é essencialmente constituída por obras efectuadas no edifício

sede da sociedade.

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Dívidas de Terceiros/Clientes

Ano 2012 2013 2014 2015 (B a l Jun

Total € 12.238 € 5.222 € 5.195 € 7.099

Relativamente às dívidas de terceiros verifica -se inscrito na

contabil idade, balancete de junho 2015, um valor de € 7.098,90.

Importa, contudo, apurar o grau de cobrabil idade do respectivo

crédito, cujo devedor é a Casa de Saúde de Guimarães ,

dil igências estas que se encontram em curso.

Passivo

Ano 2011 2012 2014

Total € 39.659 € 36.576 € 35.483

O passivo da insolvente tem vindo a diminuir l igeiramente nos

exercícios em anál ise, contudo a sociedade não tem actividade

suficiente para solver o passivo existente. Assim, é notória a

situação de insolvência da sociedade.

3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE

A sociedade tem a sede registada num imóvel pertencente a um

dos sócios da sociedade, sito no Largo José de Sousa À Vila das

Taipas, caldas das Taipas, 4805-171 Guimarães.

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3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA

A empresa apresentou-se voluntariamente à insolvência.

Deste modo, indicam-se os motivos justif icativos que foram

possíveis apurar da actual situação de insolvência da sociedade,

elencadas na petição inicial :

A devedora iniciou a sua actividade em 1991, não tendo

logrado obter resultados l íquidos positivos nos últimos três

períodos económicos em que exerceu a sua actividade;

A sociedade tem como principais causas da si tuação de

insolvência, as seguintes:

o Existência de uma forte concorrência com a abertura

de várias cl inicas médicas na área em atua;

o A melhoria do serviço públ ico de saúde;

o A profunda e persistência crise económica que o país

atravessa, obrigando os cl ientes a recorrer ao serviço

públ ico de saúde;

o A insolvência do laboratório de anál ises cl ínicas que

prestava serviços para a devedora;

Os resultados l íquidos referentes aos anos de 2012, 2013 e

2014 foram negativos nos seguintes valores: (€ 11.312) (€

9.797) (€ 3.584) .

O passivo da insolvente nos anos de 2012, 2013 e 2014 foram

dos seguintes valores: € 39.659 , € 36.576 e€ 35.483 . Contudo

a sociedade não tem actividade suficiente para solver o

passivo existente.

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O valor de € 31.896 inscri to na rubrica de Activos Fixos

Tangíveis é essencialmente consti tuída por obras efectuadas

no edifício sede da sociedade.

Anal isadas as demonstrações f inanceiras da devedora,

verifica-se que é notória a s ituação de insolvência;

A devedora não se encontra a laborar e não tem

funcionários ao serviço.

Assim, os acontecimentos supra expostos , levaram a que a

insolvente se visse totalmente impossibil i tada de cumprir com as

suas obrigações.

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve a

Administradora da insolvência efectuar uma anál i se do estado da

contabil idade do devedor e a sua opinião sobre os documentos

de prestação de contas e de informação financeira juntos pelo

devedor.

A contabil idade da empresa foi processada, sob a

responsabil idade técnica do TOC João Lourenço, com o NIF

136435130.

Em termos gerais, a contabil idade tem de transmitir uma imagem

verdadeira e apropriada da real idade económica e financeira da

sociedade e tem de ser compreensível para o conjunto de

entidades com as quais se relaciona, nomeadamente

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investidores, empregados, mutuantes, fornecedores, cl ientes,

Estado e outros.

Nos termos do art.º 115.º do CSC, as sociedades comercia is são

obrigadas a dispor de contabil idade organizada nos termos da lei

comercial e fiscal e não são permitidos atrasos na execução da

contabil idade superiores a 90 dias.

Da anál ise dos documentos juntos relativos aos exercícios de 2012

a 2015, verif ica-se que a contabil idade da sociedade satisfaz os

princípios de natureza comercial e fiscal e permitem apurar,

àquela data, a respectiva verdadeira posição financeira.

EXACTIDÃO DO BALANÇO APRESENTADO

De acordo com o que foi verificado, concluímos que foram

adoptados os procedimentos contabil í sticos que decorrem do

SNC Sistema de Normal ização Contabil ística.

SITUAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO COMERCIAL

As contas dos exercícios de 2012 a 2014 foram depositadas na

Conservatória do Registo Comercial , conforme determinado

por lei.

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5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA

A empresa apresentou-se voluntariamente à insolvência e não se

encontra a laborar.

A grave crise económica que se faz sentir a nível internacional e

nacional, conjugada com a diminuição do volume de facturação,

originou que a insolvente ficasse sem capacidade para fazer face

às suas responsabil idades, designadamente junto das insti tuições

financeiras, Estado, trabalhadores e fornecedores.

Não sendo expectável a recuperação, a curto prazo , da crise em

que a sociedade se encontra mergulhada e sendo actualmente

deficitária a actividade desenvolvida pela devedora, a esta só

lhe resta aderir à insolvência.

5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE

INSOLVÊNCIA

Após recolhas de elementos sobre a sociedade e informações

recolhidas, não foi possível reunir condições para vir a ser

apresentado um Plano de Insolvência.

Assim, tendo em conta as informações supra referidas, apenas se

poderá concluir pela impossibi l idade de manutenção da

empresa.

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Nada foi junto aos autos que permita sustentar a inversão

daquela situação.

Assim sendo, entende-se por inexequível um qualquer plano de

recuperação.

5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS

CREDORES

A assembleia de credores de apreciação do relatório del ibera

sobre o encerramento ou manutenção em actividade do

estabelecimento ou estabelecimentos compreendidos na massa

insolvente.

A signatária encetou dil igências no sentido de averiguar a

existência de bens no património da insolvente, nomeadamente

junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel , tendo

sido local izados os bens não sujeitos a registo infra descritos no

inventário.

O cenário possível que se apresenta para os credores é, pois, no

sentido da l iquidação do activo.

Assim, considerando que:

1. De acordo com a percepção recolhida pela Administradora

de Insolvência, e tendo em atenção as anál ises já referidas,

e expl icitadas acima, não nos parece que a Insolvente

tenha qualquer capacidade económica ou financeira de

poder vir a solver os seus compromissos;

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2. É notória a situação de insolvência e a insuficiência de

valores activos face ao Passivo acumulado;

3. Não havendo por parte dos Credores ou qualquer

legitimado intenção de apresentação de um Plano de

Insolvência;

a Administradora da Insolvência propõe, nos termos do art.º 156.º

do CIRE:

a) O encerramento definit ivo do estabelecimento onde a

insolvente prestava a sua actividade;

b) O início da l iquidação do activo que venha a ser

apreendido para a massa insolvente;

c) A notif icação da AT autoridade tr ibutária e aduaneira –

Serviço de Finanças -, para que, proceda oficiosamente à

cessação imediata da actividade da Insolvente, em sede

de IVA e de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas

Colectivas (I .R.C.), de acordo com do nº 3, do art. 65º do

C.I .R.E. (com a redacção da Lei nº 16/2012, de 20 de

Abril ).

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6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

6.1. DA APREENSÃO DE BENS

O signatário encetou dil igências no sentido de averiguar a

existência de bens no património da insolvente, nomeadamente

junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel e

Repartição de Finanças, tendo sido local izados os bens infra

descritos no inventário.

O valor de € 31.896 inscrito na rubrica de Activos Fixos Tangíveis é

essencialmente constituída por obras efectuadas no edifício sede

da sociedade.

6.2. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA

A insolvente, enquanto sociedade activa, teve resul tados l íquidos,

referentes aos exercícios económicos de 2012 a 2014 nos

montantes de (€ 11.312), (€ 9.797) e (€ 3.584), respectivamente.

Aceita-se e tem-se como plausível o facto que a conjuntura

económica interna cada vez mais adversa, contr ibui

decisivamente para uma diminuição da actividade da sociedade

devedora.

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6.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES

Activos Fixos Tangíveis (Imobil izado corpóreo)

Nos úl timos exercícios em que a sociedade apresentou

contas, não se verificam alterações acentuadas no saldo

da rubrica de Activos Fixos Tangíveis .

O valor de € 31.896 inscri to na rubrica de Activos Fixos

Tangíveis é essencialmente constituída por obras

efectuadas no edifício sede da sociedade.

Cl ientes /outras contas a receber (créditos sobre terceiros)

No balancete de junho de 2015 está registado na rub rica

dívidas de terceiros/cl ientes um saldo de € 7.098,90 , pelo

que importa verif icar qual a cobrabil idade do valor em

causa.

6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA

Caso disponha de elementos que justif iquem a abertura do

incidente de qual ificação da insolvência, na sentença que

declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de

qual ificação, com caráter pleno ou l imitado – cfr. al . i) do art.º

36.º do CIRE.

Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência

não foi declarado, desde logo, aberto aquele incidente.

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Assim, nos termos do n.º 1 do art.º 188.º do CIRE, até 15 dias

após a real ização da assembleia de apreciação do relatório,

o administrador da insolvência ou qualquer interessado deverá

alegar, fundamentadamente, por escrito, em requerimento

autuado por apenso, o que tiver por conveniente para efeito

da qual ificação da insolvência como culposa e indicar as

pessoas que devem ser afetadas por tal qual ificação,

cabendo ao juiz conhecer dos factos alegados e, se o

considerar oportuno, declarar aberto o incidente de

qual ificação da insolvência, nos 10 dias subsequentes.

Para o efeito, regista-se, desde já a inexistência de indícios

que fossem do conhecimento da administradora e passíveis de

determinar a qualificação da insolvência como culposa

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7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE)

A) Bens Móveis

Largo José de Sousa à Vila das Taipas | Caldas das Taipas – Guimarães

Verba 1

Descrição Fotografia Valor

Estrutura metálica com 4 assentos, 2 estruturas metálicas com 3 assentos, 1 estrutura metálica com 2 assentos, secretária metálica com 2 gavetas, 2 cadeiras, cadeirão com rodas forrado a tecido castanho, cadeira com rodas forrada a tecido preto, bloco com 3 gavetas, mesa metálica, cadeirão metálico com rodas, 2 cadeiras metálicas.

200,00 €

Verba 2

Descrição Fotografia Valor

Ecocardiografo “ACUSAN” (avariado), armário metálico com 2 portas, mesa metálica com rodas de cor amarela, biombo, banco pequeno, 3 cadeiras metálicas, bengaleiro, Tv “FSO Video”, 2 cadeirões com rodas forrados tecido castanho, 5 cadeiras metálicas de cor preta, 2 cadeiras metálicas forradas a tecido castanho, banco, ficheiro metálico com 2 gavetas, bengaleiro.

150,00 €

Verba 3

Descrição Fotografia Valor Estante metálica com 3 assentos, rack com 2 painéis de transferência, secretária metálica, 3 blocos metálicos com 3 gavetas, 6 cadeiras metálicas, armário metálico “Rall”, secretária metálica, 2 cadeirões com rodas forradas tecido preto e laranja, cadeira metálica preta, pequena estante metálica

120,00 €

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Rua Paulo VI, nº 337 | Guimarães

Verba 4

Descrição Fotografia Valor

1 Frigorifico “Indesit”, cadeira metálica, aspirador de secreções “Vortex’s”, mesa metálica,1 cadeirão com rodas de madeira, Tv “Sony”

100,00 €

Verba 5

Descrição Fotografia Valor

1 Secretária metálica com bloco de 3 gavetas “Rall”, 2 cadeiras metálicas forradas a tecido castanho, banco metálico, marquesa, bengaleiro metálico, armário metálico com uma porta, armário metálico com duas portas, mesa pequena metálica, estrutura de plástico para colocação de frascos de analises, balança cap. 10 kg, suporte para apoio com rodas, secretária metálica “Rall”

150,00 €

Verba 6

Descrição Fotografia Valor

Aparelho de Otorrino “EUTERMED MICRONOMIC 50”

3.500,00 €

Page 22: RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º …n-insolvencias.com/sites/ninsolvencias/files/insolvencias... · A devedora “Clinica Médica das Taipas, Ldª” apresentou-se

22

Valor Total Bens Móveis (Verba 1 à 7): € 5.220,00

B) Cobranças

8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE)

Em anexo

Verba 7

Descrição Fotografia Valor

Ecógrafo de Ginecologia “Logio X200” (avariado)

1.000,00 €

Dividas de Terceiros

Devedor Valor

Casa de saúde de Guimarães € 7.098,90.