relatÓrio do administrador da insolvÊncia (art.º...
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2016
Nuno Albuquerque
Cruzaelegância-Confeção
Unipessoal Ldª
28-06-2016
RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)
Tribunal da Comarca de Braga
Guimarães - Inst. Central
1.ª Secção Comércio – J2
Processo n.º 2220/16.7T8GMR
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Índice
ÍNDICE ............................................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4
2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE ........................... 5
2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE ........................................................... 5
2.2. COMISSÃO DE CREDORES ..................................................................... 5
2.3. O ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA .................................................... 5
2.4. DATAS DO PROCESSO .......................................................................... 6
3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA
ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª ............................................................................ 6
3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS ........................................................ 6
3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS . 7
3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE ............................... 11
3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA .................................................................. 11
4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO
DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA ........................................................... 13
4.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA .................................................................... 14
4.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA ............ 15
4.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES ........ 15
5. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO
17
5.1. DA APREENSÃO DE BENS ................................................................... 17
5.2. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA ...................... 17
3
5.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES ............................... 18
5.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA .............................. 19
6. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) ...................................................... 20
7. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE) ...................................... 22
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1. INTRODUÇÃO
Pela credora “Maria Manuela Guimarães da Silva” foi requerida a insolvência
de “Cruzaelegância – Confecção Unipessoal, Ldª”, tendo sido proferida
sentença em 23 de Maio de 2016.
Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve
elaborar um relatório contendo:
a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c)
do n.º 1 do artigo 24.º;
b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião
sobre os documentos de prestação de contas e de informação
financeira juntos aos autos pelo devedor;
c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do
devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um
plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os
credores nos diversos cenários figuráveis;
d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de
insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do
mesmo;
e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para
a tramitação ulterior do processo.
Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores.
Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem o administrador apresentar o
seu relatório.
O Administrador da Insolvência
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2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE
2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE
SOCIEDADE Cruzaelegância – Confecção Unipessoal, Lda.
NIPC 510 675 719
SEDE Praceta da Portela n.º 109, Arões S. Romão, 4820-749
Fafe
MATRICULA Conservatória do Registo Comercial de Braga
OBJECTO SOCIAL Confecção de vestuário exterior em série
CAPITAL SOCIAL € 500,00
Sócio-gerente José Luís da Costa Ribeiro
Quota € 500,00
% 100 %
FORMA DE OBRIGAR Com a intervenção de um gerente
2.2. COMISSÃO DE CREDORES
Não nomeada
2.3. O ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA
Nuno Albuquerque
NIF/NIPC: 188049924
Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 – 4710-358 Braga
Telef: 253 609310 – 253 609330 – 917049565 - 962678733
E-mail: [email protected]
Site para consulta: Informações sobre o processo
http://www.n-insolvencias.com/insolvencias/2220167t8gmr;
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2.4. DATAS DO PROCESSO
Declaração de Insolvência:
Data e hora da prolação: 23-05-2016 pelas 19h10m
Publicado no portal Citius – 24 de Maio de 2016
Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos.
Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: 07-07-2016 pelas 14h30m
3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª
3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS
Dispõe a al ínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor
deve juntar, entre outros, documento em que se expl icita a
actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos úl timos
três anos e os estabelecimentos de que seja titular, bem como o
que entenda serem as causas da situação em que se encontra.
Após ser notificada a devedora, nos termos dos art.ºs 29.º, n.º 2 e
83.º do CIRE, para proceder à entrega a signatária dos
documentos referidos no n.º 1 do artigo 24.º do CIRE, foram
remetidos os seguintes documentos:
a) Relação de pendentes de fornecedores ;
b) IES de 2013 e 2014;
c) Balancete de 2015;
d) Mapa de amortizações e reintegrações de 2015
e) Folha de férias;
f) Facturas de compra de imobil izado.
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Pela requerente da insolvência foram juntos os seguintes
documentos:
a) Certidão permanente da sociedade;
b) Recibo de vencimento;
c) Declaração de desemprego.
3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS
ÚLTIMOS TRÊS ANOS
Em referência à actividade a que a sociedade se tenha
dedicado nos últimos três anos de actividade e tendo por base
os elementos facultados pela insolvente a mesma dedicou-se à
confecção de vestuário.
CAE Principal 14131 – Confecção de outro vestuário exterior em
série.
A expl icitação da actividade da empresa nos últimos três anos
resul ta, de uma forma mais rigorosa, de uma anál ise à
informação contabil í stica disponível da sociedade.
Assim, é possível verificar a evolução do volume de negócios da
insolvente e dos respectivos gastos e perdas.
EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS
Ano 2013 2014 2015
(dezembro)
Volume de
Negócios € 14.174,55 € 121.094,00 € 144.606,60
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Tendo em conta os valores constantes da tabela supra, constata-
se que o volume de negócios da insolvente aumentou entre os
exercícios de 2014 e 2015 em cerca de € 23.512,60.
EVOLUÇÃO DOS GASTOS E PERDAS
Rubricas 2013 2014 2015
(dezembro)
CMVMC € 0,00 € 713,82 € 3.644,71
FSE € 13.682,34 € 12.890,31 € 13.174,42
Gastos com o
Pessoal € 761,02 € 107.044,30 € 89.996,60
Outros Gastos e
Perdas € 934,85 € 10.578,61 € 9.269,20
Totais € 15.378,21 € 131.227,04 € 116.084,93
Em relação ao valor das rubricas correspondentes à classe de
gastos e perdas, entre os anos 2014 e 2015 sofreram uma
diminuição de cerca de € 15.142,11.
RESULTADOS LÍQUIDOS
Ano 2013 2014 2015
Total (€ 1.203,66) (€ 9.484,85) € 16.544,57
Verif ica-se que os resultados l íquidos referentes ao exercício de
2013 e 2014 foram negativos nos valores (€ 1.203,66) e (€ 9.484,85) ,
respectivamente. No exercício de 2015 verificou-se um valor
positivo de € 16.544,57.
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Balanços Históricos
Activos Fixos Tangíveis
Ano 2013 2014
2015
(dezembro)
Total € 0,00 € 13.304,00 € 12.064,44
Nos exercícios de 2014 e 2015 não se verificam alterações
acentuadas no saldo da rubrica de Activos Fixos Tangíveis, sendo
que as alterações resul tam apenas de depreciações.
Encontra-se também registado na contabil idade um veículo
automóvel onerado com reserva de propriedade, cujo crédito
não se encontra totalmente pago, infra descri to no inventário.
Não foram local izadas duas máquinas de costura registadas na
contabil idade, nomeadamente, a máquina de Cloretes “Jack
JK” e a máquina bainhas “Siruba”.
Existências/Inventários
Ano 2013 2014
2015
(dezembro)
Total € 0,00 € 765,00 € 375,00
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A conta de Existências/Inventários encontra-se registado valores
reduzidos, tendo sido local izados os bens infra descri tos no
inventário.
Dívidas de Terceiros/Clientes
Ano 2013 2014
2015
(dezembro)
Total € 0,00 € 0,00 € 5.657,44
Pela l istagem de dívidas de terceiros disponibil izada pela
devedora, as dividas ascendem ao montante de € 5.657,44
Contudo, pela gerente de facto da sociedade Rosa Novais
Correia, foi transmitido que tal credito já foi l iquidado por
adiantamento do único cl iente da sociedade.
Importa, pois, verificar a informação transmitida e, se caso disso
for, o grau de cobrabil idade do crédito em causa, dil igências
estas que se encontram curso.
Passivo
Ano 2013 2014
2015
(dezembro)
Total € 997,15 € 38.621,30 € 53.797,40
O passivo da insolvente aumentou em cerca de € 15.176,10 entre
os exercícios 2014 e 2015.
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3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE
A sociedade tem a sede registada em instalações arrendadas,
sitas na Praceta da Portela nº 109, Fafe, 4820-749 Arões S. Romão,
tendo as chaves sido entregues ao senhorio em 29 de Fevereiro
de 2016.
3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA
A empresa não se apresentou voluntariamente à insolvência ,
tendo a mesma sido requerida pela trabalhadora Maria Manuela
Guimarães da Silva, a qual reclamou diversos créditos laborais, a
saber:
Remunerações Vencidas - € 530,00; Férias - € 268,80;
Subsídio de Férias - € 121,26; Proporcionais de Férias,
subsídio de férias- € 687,08; Formação - € 214,20
Compensação pela cessação do contrato de trabalho €
1.590,00.
O motivos justif icativos da actual situação de insolvência da
sociedade e elencadas na petição inicial foram os seguintes:
A devedora iniciou a sua actividade em maio de 2013 e não
se encontra a laborar desde finais de janeiro de 2016;
A forte concorrência no sector e s ituação económica
adversa contr ibuiu para o insucesso da sociedade;
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A devedora encontrava-se dependente do seu único cl iente
“Óscar Confecções, Ldª” , tendo-se a actividade insuficiente
para pagamento de todas as despesas geradas.
Das dil igências efectuadas pelo signatário, indicam-se os motivos
justif icativos que foram possíveis apurar da actual situação de
insolvência da sociedade:
Desde a o inico da sua actividade, em maio de 2013, que a
sociedade vem apresenta dificuldades no cumprimento das
suas obrigações, nomeadamente, no pagamento às
insti tuições bancárias e a fornecedores;
A gerente de facto da sociedade era a trabalhadora Rosa
Novais Correia;
Os resultados l íquidos da insolvente nos anos de 2013 e 2014
foram negativos nos valores de (€ 1.203,66) e (€ 9.484,85),
respectivamente.
Apresenta capitais próprios negativos no exercício de 2014,
no valor de € 10.188,51;
O passivo da insolvente aumentou em cerca de € 15.176,10
entre os exercícios 2014 e 2015: 38.621,30 € no ano de 2014 e
53.797,40 no ano de 2015.
A devedora encontrava-se dependente do seu único cl iente
“Óscar Confecções, Ldª” , tendo-se a actividade insuficiente
para pagamento de todas as despesas geradas.
A insolvente não tem bens imóveis, dispondo apenas de
bens móveis - cfr. bens infra descritos no inventário.
Assim, os acontecimentos supra expostos, levaram a que a
insolvente se visse totalmente impossibil i tada de cumprir com as
suas obrigações.
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4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA
No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve o
Administrador da insolvência efectuar uma anál ise do estado da
contabil idade do devedor e a sua opinião sobre os documentos
de prestação de contas e de informação financeira juntos pelo
devedor.
A contabil idade da empresa foi processada, sob a
responsabil idade técnica da CC José Maria Costa, com o NIF
185486673.
Em termos gerais, a contabil idade tem de transmitir uma imagem
verdadeira e apropriada da real idade económica e financeira da
sociedade e tem de ser compreensível para o conjunto de
entidades com as quais se relaciona, nomeadamente
investidores, empregados, mutuantes, fornecedores, cl ientes,
Estado e outros.
Nos termos do art.º 115.º do CSC, as sociedades comerciais são
obrigadas a dispor de contabil idade organizada nos termos da lei
comercial e fiscal e não são permitidos atrasos na execução da
contabil idade superiores a 90 dias.
Da anál ise dos documentos juntos relativos aos exercícios de 2013
a 2015, verif ica-se que a contabil idade da sociedade satisfaz os
princípios de natureza comercial e fiscal e permitem apurar,
àquela data, a respectiva verdadeira posição financeira.
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EXACTIDÃO DO BALANÇO APRESENTADO
De acordo com o que foi verificado, concluímos que foram
adoptados os procedimentos contabil í sticos que decorrem do
SNC Sistema de Normal ização Contabil ística.
SITUAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO COMERCIAL
As contas dos exercícios de 2013 e 2014 foram depositadas na
Conservatória do Registo Comercial , conforme determinado
por lei.
Não foram depositadas na Conservatória do Registo Comercial
as contas do exercício de 2015, conforme determinado por lei.
DE NÇÃO DA EMPRESA
4.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA
A empresa não se apresentou voluntariamente à insolvência e
não se encontra a laborar desde finais de janeiro de 2016, tendo
efectuado o despedimento de todos os funcionários em 26 de
janeiro.
Todos os bens da sociedade foram retirados da sede da
sociedade e removidos para uma garagem propriedade da
gerente de facto Rosa Novais Correia, tendo as chaves da sede
sido entregues à proprietária do imóvel – Arminda Fernandes – em
29 de Fevereiro de 2016.
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4.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE
INSOLVÊNCIA
Após recolhas de elementos sobre a sociedade e informações
recolhidas, não foi possível reunir condições para vir a ser
apresentado um Plano de Insolvência.
Assim, tendo em conta as informações supra referidas, apenas se
poderá concluir pela impossibi l idade de manutenção da
empresa.
Nada foi junto aos autos que permita sustentar a inversão
daquela situação.
Assim sendo, entende-se por inexequível um qualquer plano de
recuperação.
4.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS
CREDORES
A assembleia de credores de apreciação do relatório del ibera
sobre o encerramento ou manutenção em actividade do
estabelecimento ou estabelecimentos compreendidos na massa
insolvente.
Actualmente a insolvente não possui qualquer estabelecimento.
O signatário encetou dil igências no sentido de averiguar a
existência de bens no património da insolvente, nomeadamente
junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel , tendo
sido local izados os bens infra descritos no inventário.
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O cenário possível que se apresenta para os c redores é, pois, no
sentido da l iquidação do activo.
Assim, considerando que:
1. De acordo com a percepção recolhida pelo Administrador
de Insolvência, e tendo em atenção as anál ises já referidas,
e expl icitadas acima, não nos parece que a Insolvente
tenha qualquer capacidade económica ou financeira de
poder vir a solver os seus compromissos;
2. É notória a situação de insolvência e a insuficiência de
valores activos face ao Passivo acumulado;
3. Não havendo por parte dos Credores ou qualquer
legitimado intenção de apresentação de um Plano de
Insolvência;
o Administrador da Insolvência propõe, nos termos do art.º 156.º
do CIRE:
a) O encerramento definit ivo do estabelecimento onde a
insolvente prestava a sua actividade;
b) O início da l iquidação do activo que venha a ser
apreendido para a massa insolvente;
c) A notif icação da AT autoridade tr ibutária e aduaneira –
Serviço de Finanças -, para que, proceda oficiosamente à
cessação imediata da actividade da Insolvente, em sede
de IVA e de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas
Colectivas (I .R.C.), de acordo com do nº 3, do art. 65º do
C.I .R.E. (com a redacção da Lei nº 16/2012, de 20 de
17
Abril ), sendo que tal cessação deverá ser reportada à
data de declaração da insolvência, ou seja, 23 de maio
de 2016.
5. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO
5.1. DA APREENSÃO DE BENS
O signatário encetou dil igências no sentido de averiguar a
existência de bens no património da insolvente, nomeadamente
junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel , tendo
sido local izados bens infra descri tos no inventário .
Não foram local izadas duas máquinas de costura registadas na
contabil idade, nomeadamente, a máquina de Cloretes “Jack
JK” e a máquina bainhas “Siruba”.
Encontra-se registado na contabil idade um veículo automóvel
onerado com reserva de propriedade, cujo crédito não se
encontra totalmente pago, infra descri to no inventário.
5.2. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA
A insolvente, enquanto sociedade activa e nos úl timos exercícios
económicos em que elaborou a declaração modelo 22 de IRC, ou
seja, 2013 e 2014, teve resul tados l íquidos negativos nos valores de
18
(€ 1.203,66) e (€ 9.484,85) , respectivamente, apresentando
resul tados l íquidos positivos no exercício de 2015 no montante de
€ 16.544,57
Igualmente, no que se reporta ao respectivo volume de negócios,
é possível verif icar que foram de € € 14.174,55 , no ano de 2013 , €
€ 121.094,00 , no ano de 2014 e de € € 144.606,60 , no ano de 2015.
5.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES
Activos Fixos Tangíveis (Imobil izado corpóreo)
A evolução dos Activos Fixos Tangíveis ao longo dos
exercícios de 2014 para 2015 não são significativas;
Na deslocação real izada à sede da insolvente, foram
local izados os bens infra descritos no inventário .
Existências/Inventários:
Na deslocação real izada à sede da insolvente foram
local izados bens de valor residual .
Cl ientes /outras contas a receber (c réditos sobre terceiros)
Pela l istagem de dívidas de terceiros disponibil izada pela
devedora, as dividas ascendem ao montante de €
5.657,44
Pela gerente de facto da sociedade Rosa Novais Correia,
foi transmitido que tal credito já foi l iquidado por
adiantamento do único cl iente da sociedade.
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5.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA
Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do
incidente de qual ificação da insolvência, na sentença que
declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de
qual ificação, com carácter pleno ou l imitado – cfr. al . i) do art.º
36.º do CIRE.
Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência não
foi declarado, desde logo, aberto aquele incidente.
Assim, nos termos do n.º 1 do art.º 188.º do CIRE, até 15 dias após
a real ização da assembleia de apreciação do relatório, o
administrador da insolvência ou qualquer interessado deverá
alegar, fundamentadamente, por escri to, em requerimento
autuado por apenso, o que tiver por conveniente para efeito da
qual ificação da insolvência como culposa e indicar as pessoas
que devem ser afetadas por tal qual ificação, cabendo ao juiz
conhecer dos factos alegados e, se o considerar oportuno,
declarar aberto o incidente de qual ificação da insolvência, nos
10 dias subsequentes.
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6. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE)
Bens Móveis Urbanização Monte da Gaia n.º 34 | Arões (Santa Cristina) - Fafe
Verba 1
Descrição Fotografia Valor
Máquina de Costura ponto corrido
“Mitsubishi”
50,00 €
Verba 2
Descrição Fotografia Valor
4 Cadeiras
20,00 €
Verba 3
Descrição Fotografia Valor
Lote de fio poliéster de diversas cores
25,00 €
Verba 4
Descrição Fotografia Valor
4 Mesas de Trabalho
50,00 €
21
Nota:
Valor de venda apurado em consul ta do si te de venda
www.standvirtual.pt, em 28 de de 2016, desvalorizado num
coeficiente de 30% do valor de mercado.---------------------------------
VALOR DA GLOBALIDADE DOS BENS: 5.145,00 €
Travessa de Agrela n.º 19 | Fafe
Notas:
O veículo tem o valor de cerca de € 1.000,00 e encontra-se
onerado com reserva de propriedade a favor do “Banco Cofidis,
SA”, cuja divida ascende a € 2.728,48.
Verba 5
Descrição Fotografia Valor
Tipo de Veículo: Ligeiro de Mercadorias
Marca: Fiat Modelo: Doblo
Matrícula: 39-DH-11 Ano: 2007
Combustível: Gasóleo
Lotação: 2 Lugares
5.000,00 €
Verba 6
Descrição Fotografia Valor
Tipo de Veículo: Ligeiro de Mercadorias
Marca: Peugeot Modelo: 307
Matrícula: 50-29-VZ Ano: 2004
Combustível: Gasóleo
Lotação: 2 Lugares
Obs.: Sinistrada
500,00 €
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Valor de venda apurado em consul ta do si te de venda
www.standvirtual.pt, em 28 de Junho de 2016, desvalorizado num
coeficiente de 30% do valor de mercado e ajustado ao estado
físico da viatura.
Tendo em conta os valores em divida ao “Banco Cofidis, SA” e o
valor que seria obtido numa futura l iquidação, é intenção do
administrador da Insolvência optar pelo não cumprimento do
contrato e proceder à entrega do veículo ao “Banco Cofidis, SA”.
7. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE)
Em anexo