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ANO VIII | NÚMERO 84 | MARÇO 2013 Qualidade de vida no trabalho Empresas investem na satisfação dos funcionários

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Empresas investem na satisfação dos funcionários

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ANO VIII | NÚMERO 84 | MARÇO 2013

Qualidade devida no trabalho

Empresas investem na satisfação dos funcionários

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E x p E d i E n t E

Conjuntura do Comércioé uma publicação mensal editada

pela CDL de Fortaleza.DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

PresidenteFrancisco Freitas Cordeiro

1° vice-presidentePio Rodrigues Neto

2° vice-presidenteFrancisco Deusmar de Queirós

Diagramação Antonio Henrique Silva Lima

Everton Sousa de Paula Pessoa

Produção textualFernanda Lima

Estagiária de jornalismoDaniele Andrade

Jornalista responsávelDégagé Assessoria

Tiragem10.000 exemplares

ImpressãoCeligráfica

Sugestões e comentá[email protected]

Rua 25 de Março, 882 – CentroCEP 60060-120 – Fortaleza – CE

Fone: (85) 3464.5572www.cdlfor.com.br

NOSSA MISSÃOCoordenar a integração e o

desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os

interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do

associativismo.

Palavra do Presidente

n E s ta E d i ç ã o

Consciência Ambiental Comprovada

MAIS: Aconteceu na CDL 4 O que vem por aí 4 Diálogo com o Empresário 6MISTOPapel produzido a partirde fontes responsáveis

www.fsc.org

[email protected]

ESpEcIAl BrASIl 2014Como sua empresaagirá após a Copa? 7

TEcnologIATendências que transformarãoo marketing digital 8

FAculdAdE cdlComércio exterior:ultrapassando fronteiras 9

ESpEcIAlQuando o redesignimpulsiona o lucro 10

MATérIA dE cApAQualidade de vida no trabalho 12

EconoMIA & MErcAdoO que se podeesperar em 2013? 14

rESponSABIlIdAdE SocIAlInstituto GBarbosa:inclusão e capacitação a favor da comunidade 16

FEdErAção EM AçãoOs novos rumos do varejo 17

ASSocIATIvISMoMercado de floresaquece o comércio 18

cdl JovEM Construindo umatrajetória de sucesso 19

lIdErAnçA & gESTãoUm salto alto na gestão – A importância da mulher na assertividade das empresas 20

AprEndEndo nA práTIcAComo aumentar suaprodutividade pessoal 22

61% DOS CLIENTES INADIMPLENTES REGISTRADOS NO SPC PAGAM A DÍVIDA EM ATÉ 60 DIAS.

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o bom momento do comércioMArço Chegou para dar o tom dos ne-gócios em 2013. Nos dois últimos meses o ambiente econômico favoreceu a diminui-ção do desemprego e uma expansão no se-tor industrial, em especial nos segmentos de transporte de carga e de embalagens.

O comércio varejista brasileiro teve um crescimento de 8,4%, em 2012, su-perado pelo do comércio cearense, que chegou a 9,6%, um desempenho acima das expectativas mais otimistas. Outro importante dado sinaliza uma inadim-plência sob controle, considerando as perspectivas de mais emprego e renda.

Para preparar o comércio para esse novo momento, ocorreu a Fortaleza Li-quida, a maior festa do varejo da capital e região metropolitana. A campanha, que durou de 28 de fevereiro a 10 de março, consolida-se a cada ano e nesta edição cer-ca de 3.500 pontos de venda participaram. A expectativa é que tenham sido distribu-ídos mais de 7 milhões de cupons, o que

projeta um volume de vendas de R$ 260 milhões, 20% maior do que o último ano.

Com o objetivo de conhecer e discutir as principais tendências e desafios do co-mércio varejista, a CDL de Fortaleza rea-lizou, no último mês de Fevereiro, o even-to “Cenários do Varejo”, que contou com a participação de mais de 1.300 lojistas. Paralelamente, com o apoio da Federação das CDLs do Ceará, aconteceu o “Encon-tro Nacional de Lideranças do Varejo”, com a presença dos presidentes das Fede-rações das Câmaras de Dirigentes Lojistas e das CDLs das capitais de todo o Brasil, para construção de uma agenda positiva para o movimento cedelista nacional.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 3

Aconteceu na CDL

Cenários do Varejo divulga tendências mundiais do comércio

“Hoje em dia, qualquer pes-soa, em qualquer ponto do mundo, tem como principal

mercado o mundo inteiro”, afirmou o consultor empresarial Walter Longo du-rante a abertura da 7ª edição do evento “Cenários do Varejo”, realizado nos úl-timos dias 21 e 22 de fevereiro, na CDL de Fortaleza. Walter longo, que abordou o tema “O Varejo do Futuro – como errar menos e ampliar suas chances de suces-so”, enfatizou a necessidade de as empre-sas adotarem uma atitude inovadora por conta de “o comércio estar passando por um momento especial, com o surgimen-to do varejo digital”.

No segundo dia do evento, as pales-tras ficaram por conta dos conferencistas

Reynaldo Saad – membro da NRF e do Comitê Executivo Global da Deloitte de Líderes da Indústria –, Regiane Romano – pesquisadora e doutora em T.I aplicada ao varejo – e Nelson Barrizzelli, doutor e professor da Faculdade de Economia, Ad-ministração e Ciências Contábeis da USP.

“Como ultrapassar barreiras vem ala-vancando o varejo mundial” foi o tema da palestra proferida por Saad. De acor-do com o economista, o preço ainda é o principal critério de compra. “O consu-midor de uma forma em geral tem como seu principal motivador o preço. Onde ele identifica um preço melhor, seja por promoção, incentivo governamental ou custos menores, vai ser atraído”, afirma o especialista. Já Regiane Romano abor-

dou a “Tecnologia Aplicada ao Varejo: o que o mundo já vem fazendo e o que vem em seguida”, enquanto Nelson Bar-rizzelli explanou os “Conteúdos e lições da NRF 2013”.

Direcionado aos diversos setores do comércio e baseado na maior convenção mundial sobre varejo, a Retail´s Big Show, que anualmente ocorre em Nova Iorque, o “Cenários do Varejo” tem como intui-to informar para os empresários locais as tendências do comércio varejista mun-dial, assim como estimular a troca de ex-periências entre os participantes e passar as novidades do setor. Um evento que, a cada ano, se aprimora e cumpre um im-portante papel para os profissionais e em-presários do segmento varejista.

Com o objetivo de estimular a troca de experiências e o aprendizado, o evento divulgou novidades e dicas importantes para os profissionais do varejo

Fortaleza Liquida: sorteio será dia 20 de março

O que vem por aí

A CDL de Fortaleza realizará, no próximo dia 20 de março, o sorteio da megapromoção Fortaleza Liquida. O evento, aberto ao público, iniciará às 19h e ocorrerá na sede da institui-ção. Neste ano, serão sorteados uma Mercedes--Benz 0 Km, 10 TV’s de 51 polegadas e 5 cami-

nhões, com diversos móveis e eletrodomésticos. A megaliquidação, realizada de 28 de fevereiro a 10 de março, é considerada o segundo maior momento do varejo em Fortaleza, após as festas natalinas, e já conquistou lugar nas opções de compras do consumidor cearense.

Palestra de Walter Longo e Regiane Romano: novidades para o varejo, reflexões acerca do empreendedorismo.

4 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

Pecém: terra de oportunidades

Em audiência no Palácio da Abolição, nos últimos dias 29 e 30 de janeiro, o Governador Cid Gomes recebeu os presidentes Freitas Cordeiro (CDL de Fortaleza) e Honório Pinheiro (Federação das CDLs do Ceará) para tratar de vários temas relacionados ao comércio varejista do nosso Estado. Na ocasião, matérias como Instituição do Código de Defesa do Contribuinte, Regulamentação do Fundo de Desenvolvimento do Comércio Varejista, Dispensa da Exigência de Apresentação de Arquivo Magnético para Usuários do ECF, Convenção Estadual do Comércio 2013 e eventos como Cenários do Varejo e Fortaleza Liquida, além do projeto cultural “A Escola Vai ao Cinema”

Presidentes da CDL de Fortaleza e da Federação das CDLs do Ceará levam demandas do comércio ao Governo do Estado

CDL de Fortaleza mobiliza empresas associadas para cadastro de fornecedores do Pecém

Código de Defesa do Contribuinte, Convenção Estadual do Comércio 2013 e Fortaleza Liquida foram alguns dos assuntos discutidos durante a reunião.

CDL em Ação

A Companhia Siderúrgica do Pe-cém (CSP), por meio do Pro-grama de Desenvolvimento Re-

gional (PDR), em parceria com a Posco Engenharia e Construção do Brasil Ltda. (PEC), DVF Consultoria e entidades do setor produtivo, realizou, nos últimos dias 31/01 e 07/02/2013, o Encontro para Cadastro de Fornecedores, que teve a participação de 62 empresas do segmento de Comércio e Serviços.

A CDL de Fortaleza mobilizou 34 empresas associadas para efetivarem ca-

dastro, atuando como facilitadora de um processo onde as empresas cadastradas atuarão como fornecedoras da Posco, responsável pelo empreendimento do Complexo Industrial Portuário do Pecém (CIPP), em especial, a implantação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

O Encontro para Cadastro de Forne-cedores é mais uma etapa de um processo que teve início ainda em agosto de 2012, durante o Encontro de Lideranças Em-presariais do Comércio, realizado pela CDL de Fortaleza, e que marcou a divul-

gação dos fornecedores cearenses para a CSP, PEC, empreiteiras e detentores de tecnologia, preparando-os para novas oportunidades de negócios. A Compa-nhia Siderúrgica do Pecém incrementará em 40% o PIB Industrial e em 16% o PIB total do Estado. Com suas obras a pleno vapor, a CSP gerará 15 mil empregos di-retos durante a construção e mais de 4 mil durante a operação, além de outros 10 mil empregos indiretos, surgindo, em virtude da magnitude desses empreendimentos, um imenso potencial de negócios nas áre-as de Comércio e Serviços.

Para Freitas Cordeiro, presidente da CDL de Fortaleza, “não restam dúvidas de que a CDL de Fortaleza tem um im-portante papel a cumprir nessa trajetória: convocar os empresários para participa-rem desse momento, onde as parcerias estabelecidas interferirão positivamente em um desenvolvimento harmônico e sustentável de um empreendimento do porte da CSP em nosso Estado. Com a participação da CDL de Fortaleza, a ins-talação da Companhia Siderúrgica do Pe-cém terá o apoio do amplo potencial do setor de Comércio e Serviços”.

se constituíram em uma agenda positiva e tiveram o devido apoio e encaminhamento pelo Governador. Para Freitas Cordeiro, o governador

Cid Gomes “é muito sensível e receptivo às demandas do comércio e serviços e um grande apoiador dos projetos relacionados ao setor”.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 5

A relação entre o profissional de contabilidade e os seus clientes, pessoas físicas ou jurídicas, é algo que deve ser muito valorizado, haja vista que as informações trocadas entre as partes são normalmente confidenciais e não devem ser compartilhadas. No entanto, precisamos estar cientes que tais informações sigilosas, devem ser conformes às leis vigentes no País.

O profissional dessa área deve zelar para que todas as informações oriundas da contabilidade sejam fornecidas adequadamente,

em especial, quando for base para comprovação de rendimentos exigidos em transações comerciais.

O documento contábil para provar informações sobre percepção de rendimentos em favor de pessoas físicas denomina-se Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos – DECORE Eletrônica (resolução CFC n.º 1.403/12) e poderá ser emitido por profissionais da Contabilidade regular (CRC no qual é registrado), tendo por base documentos que comprovem a origem dos

Cassius regis Coelho

Presidente do Conselho Regional de

[email protected]

rendimentos (Anexo II da referida resolução).

O profissional da Contabilidade não tem o poder de criar rendimentos que não tenham origem legalmente comprovada, estando sujeito à penalidades e autuações se emitir Decores que não tenham base legal.

O CRC-CE tem feito intensa campanha, conscientizando contadores e clientes sobre a utilização da prática de emissão de DECORE sem documento comprobatório, bem como lavrando autos de infração ou suspendendo registros de profissionais que não seguem as regras da resolução.

DECORE sem base legal: responsabilidade penal. Eu digo não!

Diálogo com o Empresário

Decore sem base legal responsabilidade penal:Eu digo “não”!

(85) [email protected]

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AGORA VOCÊ PODE ANUNCIAR NA CONJUNTURA DO COMÉRCIO,

A REVISTA MENSAL DA CDL DE FORTALEZA.

Os resultados aparecem quando você divulga sua empresa.

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Se você acompanhou os bastidores das Olimpíadas de Londres, pode perceber os diferentes negócios ge-

rados por um evento esportivo desse por-te. Com a Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá no Brasil, não será diferente.

A realização do maior torneio de futebol do planeta proporcionará oportunidades ímpares aos empreendedores brasileiros, desde a promoção à atração de investimen-tos, impulsionando significativamente a economia do País. De acordo com os dados do boletim “Copa 2014 – Oportunidades e Desafios”, do SEBRAE, os empresários de-vem conhecer as dificuldades e os desafios que poderão enfrentar, a fim de elaborar um planejamento com foco na excelência em serviços, com o aproveitamento eficaz das oportunidades que surgirão antes, du-rante e, principalmente, depois da Copa.

O grande desafio dos empreendedores será aumentar a capacidade da oferta para atender ao crescimento da demanda gerado pelos eventos esportivos, considerando que o volume de clientes diminuirá quando as competições terminarem. “O empresário precisa ficar atento ao crescimento indiscri-

Como sua empresa agirá após a Copa?Investir em longo prazo em recursos gerados pelo aumento do faturamento, na gestão e no desenvolvimento do seu negócio, é uma das principais iniciativas

minado dos seus custos fixos. Se forem mui-to antecipados ou mantidos por longo tem-po podem consumir toda a margem de lucro gerada nos momentos de pico. Sugiro ter mais custos variáveis e, para isso, a parceria com fornecedores é fundamental”, afirma David Kallás, professor do Ensino e Pesquisa nas áreas de Negócios e Economia (Insper).

Kallás, que também é especialista em empreendedorismo, declara que na hora de buscar recursos no mercado que viabili-zem a montagem ou o crescimento do seu negócio em função da Copa do Mundo, os empresários devem analisar alternativas variadas e recorrer a diferentes fontes de

financiamento. “Como o nível do aumen-to da demanda é incerto, é necessário cui-dado com a exposição de risco”, alerta.

Ainda segundo o boletim “Copa 2014 – Oportunidades e desafios”, outras dicas importantes são: aproveitar a experiência obtida pelo evento, que será o seu maior legado; investir os recursos gerados pelo aumento do faturamento na gestão e no desenvolvimento do seu negócio em longo prazo; desenvolver ofertas promocionais que incentivem o turista a voltar ou a indi-car outros clientes; e aproveitar os conta-tos dos novos clientes para vendas futuras.

O principal benefício de países que re-cebem eventos desse porte é o legado que fica para a economia depois que o evento passa. As empresas que tiverem investido na qualidade de serviços e produtos, antes e durante a Copa, alcançarão como resul-tado um novo patamar de competitividade. Além de ser uma ótima chance de fatura-mento imediato, o Mundial de 2014 precisa servir como oportunidade de crescimento efetivo em longo prazo. Essa é a chance de pequenas e médias empresas crescerem e se firmarem por longo tempo no mercado.

as empresas que tiverem investido na qualidade de serviços e produtos, alcançarão um novo patamar de competitividade.

Especial Brasil 2014

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 7

Tendências que transformarão o

marketing digital

Tecnologia

Omarketing digital tem crescido a cada dia e investir nessa era vir-tual não é mais moda, mas sim

uma necessidade.Segundo pesquisa realizada pelo IBO-

PE, o Brasil ocupa a terceira posição em quantidade de usuários ativos na internet (52,5 milhões), ficando atrás apenas dos Estados Unidos e Japão. Ainda de acor-do com a pesquisa, o Brasil aparece como primeiro colocado quando considerado o tempo de acesso de cada internauta.

Um guia apresentado pela provedora mundial de softwares de marketing intera-tivo, ExactTarget, lista as principais tendên-cias que transformarão o marketing digital neste ano. Profissionais que participaram do relatório destacaram temas como big data, mobile e as mídias sociais. “Este ano pro-porcionará novas oportunidades para pro-fissionais de marketing inovarem e criarem experiências de consumo capazes de fideli-zar seus consumidores e entregar resultados

Profissionais especializados apostam em big data, mobile e mídias sociais, revela relatório da ExactTarget

buscando um maior embasamento para suas iniciativas, conduzindo a uma nova era do marketing. “Mudanças em como, quanto e por que os clientes passaram a consumir informações alteraram fun-damentalmente a fórmula de sucesso do marketing”, pontua Baer.

Confira as sete principais tendências para este ano, inclua desde já no seu pla-nejamento e fique um passo à frente da concorrência.1. PMEs investirão nas redes sociais:

pequenas e médias empresas se interes-sam cada vez mais pelas redes sociais.

2. Big Data: as empresas precisarão de ferramentas mais complexas para lidar com o enorme volume de informação disponibilizado por seus consumido-res na web.

3. Ascensão do mobile: o acesso a pla-taformas sociais, comércio eletrônico e conteúdo das marcas será cada vez mais integrado e inserido em dispo-sitivos mobile, como smartphones e tablets.

4. Social CRM: as empresas prestarão maior atendimento via redes sociais.

5. SaaS (software as a service): a compu-tação em nuvem permitirá que mais soluções em software sejam oferecidas como um serviço, onde o pagamento será pelo tempo de uso e não mais pela aquisição do produto.

6. Varejo social e conectado: o ponto de venda precisa estar conectado, permi-tindo um compartilhamento de tudo o que acontece no ambiente físico dire-tamente com as redes sociais.

7. Realidade aumentada: as ferramen-tas de realidade aumentada estão mais acessíveis e o varejo deve aproveitar estes recursos para oferecer conteúdo diferenciado ao shopper, aumentando o tempo de visitação na loja e o engaja-mento do consumidor.

Mudanças em como, quanto e por que os clientes passaram a consumir informações alteraram fundamentalmente a fórmula de sucesso do marketing.

por meio de interações via e-mail, mobile, mídias sociais e na web”, explica Tim Kopp, chief marketing officer da ExactTarget.

Para Jay Baer, autor de The Now Re-volution, presidente da Convince & Con-vert e colaborador do guia, em 2013 as empresas evitarão comportamentos ape-nas reativos e adotarão novas estratégias

8 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

O mercado de trabalho para quem atua em Comércio Exterior está crescendo, resultado do bom

momento que atravessa a economia brasileira. As melhores oportunidades encontram-se nos estados do Rio de Ja-neiro e de São Paulo que, além de man-terem dois dos principais portos do país, concentram importantes parques fabris e empresas exportadoras e importadoras.

O Nordeste – por causa da instalação de novas indústrias e de investimento em portos (como o de Suape, em Pernambu-co, e o Porto do Mucuripe, no Ceará) –desponta como um mercado promissor. Carlos Gouveia, coordenador do MBA em Comércio Exterior e Negócios Inter-nacionais, da Faculdade CDL de Fortale-za, afirma: “Devido à localização logística e estratégica do Ceará, e com o advento da Zona de Processamento de Exportação--ZPE, vem crescendo substancialmente em nossa região a demanda por profissio-nais especializados em Comércio Exterior e negócios internacionais”.

Outro campo em expansão é o de as-sessoria e consultoria a empresas de pe-quenos e médios portes. “Essas empresas necessitam de profissionais para atuarem na área alfandegária, para cuidar de com-pras internacionais e promover as vendas no exterior”, afirma Luiz Moraes de Nie-meyer Neto, coordenador do curso tecno-lógico em Comércio Exterior da PUC-SP. Se por um lado a demanda é grande, por outro as exigências também aumentam.

O profissional que atua em Comércio Exterior analisa as tendências do mercado, identifica as necessidades da empresa em que trabalha e também de seus clientes ou fornecedores no exterior, elabora estratégias de negócios e marketing que visam à lucra-tividade do negócio e define os meios de transporte mais favoráveis para a transação.

Milton Jacques, coordenador do curso de Comércio Exterior do Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte, afirma: “o profissional que se especializa nessa área tem grandes chances de entrar no mercado recebendo um bom salário,

desde que saiba combinar sólida forma-ção teórica e experiência”. Com conhe-cimentos de Direito Internacional, pode exercer a função de despachante aduanei-ro, atuando no controle de importação ou exportação de bens ou mercadorias. Seu campo de trabalho envolve ainda ativida-des em instituições financeiras, entidades governamentais, departamentos de de-senvolvimento econômico, empresas de câmbio, de seguro e de transporte.

Sentiu vontade de atuar na área? A Faculdade CDL, atenta às demandas do mercado, inicia este mês o curso de Pós--Graduação em Comércio Exterior, que terá visita técnica à China. Informe-se e ultrapasse fronteiras na sua formação profissional!

SERVIÇOwww.faculdadecdl.edu.br Facebook: Faculdade CDL (85) 3464.5514 | 3433.3045Fax: (85) 3433-3041

Faculdade CDL

A crescente troca comercial entre os países e a existência de mercados cada vez mais competitivos tem aumentado a procura por bons profissionais formados em Comércio Exterior

Comércio exterior: ultrapassando fronteiras

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 9

Especial

Tem sido recorrente a busca de empresas por redesenhar produtos e marcas a fim de se renovarem no mercado, manterem antigos clientes e conquistarem novos

Quando o

redesignimpulsiona o lucro

Design. O termo inglês, que significa de-senho, carrega em si um sentido muito mais amplo do que se possa imaginar.

Por meio dele empresas, produtos e marcas po-dem ganhar vida, conquistar clientes, manter-se no mercado ou obter nova oportunidade, mesmo após uma situação de fracasso.

Na década de noventa, por exemplo, a fábrica russa Avtovaz di-vulgou no Brasil a comercialização dos automóveis Lada. A estratégia errada partiu justamente do design do produto, que não obteve pre-ferência pelos compradores brasileiros. Já o design do Fusca (soma-do a outras qualidades usuais) tem sofrido alterações desde o projeto original, porém sempre firmando seu apelo publicitário baseado no modelo anterior, alternativa que mantém fiel um público específico, mas que também conquista novos admiradores do clássico automóvel. E, na comercialização de produtos – da criação à venda –, design e re-design são técnicas que fazem diferença para gerar venda de produtos e mantê-los ativos no mercado.

Ellen Kiss, coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Design Estratégico da ESPM, destaca que “agora empresas de todos os portes começam a ver o design e o redesign como um processo estratégico, que deve acompanhar todas as etapas da produção, e não apenas como ‘maquia-gem’ para deixar um produto estetica-mente mais atraente”. Ou seja, o grande desafio do (re)design é tornar o produto viável economicamente, desejável (sob o ponto de vista do usuário) e tecnologi-camente praticável, reforçando a identi-dade corporativa da empresa. Para isso, ao invés de uma simples mudança, o (re)design deve considerar o contexto socio-cultural e, se for o caso, recuperar traços dos produtos originalmente lançados, a fim de estabelecer um forte elo com o pú-blico que a empresa pretende conquistar ou reconquistar.

10 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

Redesenhando e recriando produtos

Exemplo de sucesso, a Poly Play – empresa paulista que funciona desde 2004 e já conquistou medalhas de bron-ze em duas edições do Idea Brasil –, hoje presta suporte a importantes redes de varejo, como Etna e Tok Stok. O reco-nhecimento no mercado surgiu a partir de dois produtos (premiados): o Quará, um cabide que se adéqua à falta de es-paço no varal, e o Zig Zag, um cabide que não deforma camisetas. “Enquanto a concorrência vende cinco cabides por R$ 1, o nosso custa R$ 4,99 o par. O fa-turamento subiu de R$ 250 mil para R$ 1 milhão em pouco mais de três anos”, afirma Marcos Toma, sócio da Poly Play, lembrando que desde o início buscou se distanciar do mercado de produtos “comuns”. Marcos explica o motivo: “O bom projeto rompe barreiras, alavanca vendas e agrega valor ao produto”.

Em pesquisa elaborada pelo Minis-tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pela Associação Brasileira das Empresas de Design e FGV Projetos, foi constatado que houve aumento na competitividade entre 84% de empresas que investiram em (re)de-sign de produto de 2009 a 2012. Destas, 82% alcançaram maior participação no mercado, 68,5% ganharam lucrativida-de, 76,5% cresceram em faturamento e 68% reduziram custos.

Se o (re)design tem sido entendido cada vez mais como uma ferramen-ta poderosa, seja para revitalizar uma marca, reprojetar uma embalagem ou redesenhar um produto, ele só funciona distante de vaidades corporativas e de projetos baseados em “achismos”.

Setor de criação: por que empresas devem investir

A elaboração do desenho ou redese-nho de um produto demora, em média, de seis meses a dois anos, passando pela criação, desenho, moldes, protótipos, primeira produção até a conclusão pro-priamente dita, podendo gerar custos a partir de R$ 15 mil. “Quanto mais o designer souber da trajetória da empre-sa, seus valores e objetivos, mais chance ele terá de conceber um produto com a identidade da marca. Muitas vezes, o projeto de um produto, que nos permite viver melhor no dia a dia, não passaria na primeira fase de um concurso”, pon-tua Aguinaldo dos Santos, doutor em design pela Politécnica de Milão e co-ordenador do Núcleo de Design & Sus-tentabilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), alertando as empre-sas quanto a uma especial atenção no momento de contratar profissionais da área de criação.

Para investir em (re)design é preci-so construir e consolidar informações, durante toda a condução de um projeto, e ter no cliente o principal “termôme-tro” para sondar o que pode dar certo ou não no mercado. Isso porque um produto bom, ainda que muitas vezes redesenhado, é aquele que se torna par-te da cultura de um grupo social por conquistar um lugar na vida dos con-sumidores devido à sua funcionalidade. Gustavo Senna Chelles, sócio da Chelles & Haysashi Design, sabe o que é isso. O empresário foi responsável pelo projeto da Lavadora SuperPop, fabricada pela Mueller Eletrodomésticos. Após ser re-desenhada, a lavadora adquiriu um ta-manho tão compacto (é 40% menor que as convencionais, embora com igual efi-ciência), que pode caber no porta-malas de um carro e ocupar, inclusive, menos espaço no estoque. “Foi um projeto que teve impacto de redução de custos em toda a cadeia”, afirma.

É o (re)design, aliado à inovação e à criatividade, mediante o bom traba-lho de profissionais de criação, que po-tencializa a possibilidade de empresas alcançarem o sucesso e a permanência dos seus produtos no mercado, con-quistando não apenas uma opção mo-mentânea por parte do consumidor, mas um lugar na vida dele.

o bom projeto rompe barreiras, alavanca vendas e agrega valor ao produto.

Um dos mais eficientes métodos de redesign é adicionar novas funções a objetos tão comuns no dia a dia.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 11

Matéria de Capa

Qualidade de vida no trabalhoEmpresas têm realizado investimentos que favorecem a produtividade e satisfação daqueles que são o principal alicerce das organizações: os funcionários

a produtividade aumenta cerca de 20% nas empresas que investem em qualidade de vida. Com um ambiente de trabalho equilibrado, a redução de custos com saúde chega a 50%.

Arealidade de muitos profissio-nais hoje tem algo em comum. Desde o micro empreendedor

ao grande empresário, dos funcionários a diretores de empresas, a maioria há de concordar: muitas vezes o local de traba-lho parece ser mais casa do que a própria residência onde vivem, devido à quanti-dade de horas que se vive no ambiente profissional, junto com a demanda de compromissos por realizar. Nesse cená-rio, tem sido continuamente necessária uma maior atenção quanto à qualidade de vida no trabalho.

Cada vez mais empresários buscam funcionários que saibam equilibrar a vida pessoal e a profissional. Porém, para que encontrem essa realidade, também preci-sam aprender a investir nela. É o ser hu-mano que compõe as organizações e nada mais coerente do que proporcionar quali-dade de vida para os profissionais, a partir de iniciativas que gerem bem-estar como: boas condições de infraestrutura na em-presa; funções definidas; remuneração de acordo com a função desempenhada; suporte físico e psicológico; possibilidade de relacionamento interpessoal, propi-ciando, sobretudo, respeito, confiança e equilibrada delegação de tarefas entre co-ordenadores e coordenados, a fim de que todos possam colaborar na exposição de ideias e decisões para crescimento profis-sional de cada um e da própria empresa.

É preciso que empregadores enten-dam, a priori, que mão de obra em uma loja ou empresa não é somente custo. Com a globalização e a competitividade cada vez mais acirrada, é a visão huma-nizada das empresas sobre o seu corpo de

funcionários que fará que as organizações migrem o foco do produto para a quali-dade de serviços e produtos. Para que esse alto nível de rentabilidade seja alcançado, quem faz a empresa acontecer é quem primeiro precisa de atenção, investimen-to e qualidade no tratamento.

Funcionários: o maior bem de uma empresa

Coordenadora do Prêmio Nacional de Qualidade de Vida (PNQV), a psicóloga e gestora de saúde Luiza Cruz atesta que, apesar de 85% das empresas brasileiras já terem implantado iniciativas relativas ao bem-estar dos funcionários, “o nível de maturidade entre as empresas ainda é muito diferente e não tem a ver com tama-nho”. Ou seja, se pela lógica as grandes em-presas têm mais recursos para investir em

qualidade de vida dos seus funcionários, estas organizações ainda não são campeãs nesse quesito. Entretanto, 60% têm traba-lhado na reformulação e estruturação de programas para melhoria na qualidade de vida, o que deflagra um bom começo.

“As empresas precisam entender que seu maior bem são os funcionários”, afir-ma Guilherme Falchi, diretor comercial da Hera Brasil, cuja especialidade é ofe-recer serviços de qualidade de vida para funcionários de diversas organizações. “A produtividade aumenta cerca de 20% nas empresas que investem em qualida-de de vida. Além disso, com um ambien-te de trabalho equilibrado, a redução de custos com saúde chega a 50%, já que os colaboradores ficam doentes com menos frequência e por menos tempo”, ressalta.

No caso da Hera Brasil, os funcioná-rios mantêm contato diário com toda a hierarquia da empresa. Quando presta suporte para alguma organização, a Hera Brasil realiza um acompanhamento es-pecífico a cada três meses, conforme ex-plica Guilherme: “Primeiro, estudamos o cliente para entender quais os principais pontos de escape de que os colaboradores precisam. Depois, traçamos um projeto de acordo com essas informações e va-mos acompanhando os resultados”.

Fato é que aqueles que delegam tare-fas e assumem o comando de um setor ou empresa – tenha ela pequeno ou grande campo de atuação no mercado –, per-cebem com frequência a necessidade de terem funcionários saudáveis e satisfeitos no ambiente profissional. Vale destacar que a premissa é válida, também, para funcionários terceirizados, contratações

12 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

Investir em gestão de pessoas por meio de uma área de Recursos Humanos, e não apenas de departamento pessoal.

Realização da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat), visando esclarecer e promover a segurança do trabalhador.

Investimento educacional, a fim de que a empresa assuma, parcial ou totalmente, custos relativos a cursos de graduação, técnicos, pós-graduação ou

profissionalizantes para seus funcionários.

Ginástica laboral, massoterapia, suporte psicológico para casos como estresse emocional ou fadiga acentuada por esforço incessante.

Função de trabalho definida e adequadamente remunerada conforme o cargo desempenhado.

Plano de carreira. Autonomia mais ampla no

ambiente profissional, promovendo maior participação dos funcionários em decisões importantes.

Exemplos de como as empresas podem gerar qualidade de vida no trabalho

Melhoria da moral da força de trabalho, das relações humanas e industriais.

Melhoria na imagem corporativa da empresa perante o próprio mercado e sociedade.

Diminuição da apatia e fadiga cotidiana. Redução na evasão de profissionais por

desgaste físico, mental, enfermidades ou insatisfação no ambiente de trabalho.

Funcionários mais motivados. Valorização da Missão Estratégica de

cada empresa.

O que a qualidade de vida no trabalho pode gerar para as empresas

temporárias e estagiários. A gestora de saúde Luiza Cruz orienta que pelo menos três ações ao ano, incluindo todo o cor-po de funcionários, sejam eles efetivos ou não, resulta em uma considerável diferen-ça no ritmo e rendimento de trabalho de cada um. “A força de trabalho é composta por todos os profissionais que trabalham pelo sucesso da empresa e existem ações

coletivas que podem incluir a todos. As próprias empresas já divulgam seus pro-gramas, porque é um diferencial”, afirma a coordenadora do PNQV.

A partir do momento que há investi-mento assíduo e concreto na qualidade de vida no trabalho, o número de colabora-dores insatisfeitos e afastados tende a di-minuir. É preciso a consciência de que a

gestão da qualidade de vida dos profissio-nais é um fator diretamente vinculado ao resultado geral de uma organização, além de atualmente ser um dos principais as-pectos considerados por profissionais no momento de acatarem uma nova propos-ta de emprego. Afinal, quem não quer se sentir bem, menos estressado e mais mo-tivado no ambiente profissional?

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 13

Economia & Mercado

O que se pode esperar em 2013?

Omês de janeiro teve produ-ção aquecida, principalmente no setor industrial devido ao

crescimento nas vendas de embala-gens, expansão dos transportes de car-ga e aumento no consumo de energia elétrica, convergindo para uma expan-são de 3% a 4% este ano.

Segundo pesquisa da CNI, em feve-reiro o índice de expectativas para os próximos seis meses melhorou de 60,9 para 62,3 pontos. Analistas julgam que se trata dos desdobramentos das medi-

das adotadas pelo governo federal em 2012, como a redução da taxa de juros e a desvalorização do câmbio; outros, creem ser resultado de uma retomada dos níveis de consumo e da renda pro-venientes do baixo desemprego.

Assim, o desempenho de duas vari-áveis importantes para o desempenho do PIB parece convergir: o baixo nível dos investimentos privados não deixa a economia crescer além de 3% ao ano; já a inflação deve se manter elevada em 2013.

Ambos os cenários podem gerar es-tagflação, ou seja, estagnação econômica associada à inflação sem controles. Po-rém, o consumo interno – apresentado como o mais importante motor do cres-cimento econômico em 2011 –, parece sentir o impacto do desaquecimento da economia. Segundo dados do IBRE-FVG, o consumo das famílias migrou de um crescimento de 3,8% (em 2011) para 1,5% (em 2012). Por sua vez, a taxa de inves-timento que havia se expandido 0,9 (em 2011) teve queda de 0,9 em 2012.

Por mais um ano o comércio varejista deve ser o grande destaque da economia brasileira

Todos os segmentos do varejo se expandiram em 2012.

14 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

5,4%taxa de

desemprego em janeiro/13

0,88%inflação (ipCa) em janeiro/13

11,6%Crescimento da

inadimplência em janeiro/13

53,2%Relação Crédito/

piB em janeiro/13

7,25%taxa de Juros sELiC

R$ 1,96dólar em

25/02/2013

De olho nos números

o comércio varejista encerrou 2012 com um resultado bastante positivo: enquanto o piB do Brasil deverá crescer a uma taxa de 1%, o comércio varejista nacional cresceu 8,4%.

Brasil: crescimento do consumo interno e do investimento

VariávelTaxa de

crescimento em 2011

Taxa de crescimento

em 2012PIB 2,7% 1,0%Investimento 0,9% - 0,9Consumo interno das famílias

2,4% 1,8%

Emprego 15% 9%

Fonte: FVG-IBRE, IBGE-PME

Segundo os dados, o modelo de cres-cimento baseado na demanda interna parece não conseguir levar a economia para um desempenho superior a 4%. Resta ao governo olhar com mais aten-ção o estímulo às exportações e aos in-vestimentos privados, já que estes contri-buem com o aumento da produtividade, impactando fortemente o desempenho do Produto Interno Bruto.

Outra opção importante é o estímu-lo aos investimentos em infraestrutura produtiva e social. Esta tem o papel de melhorar a qualidade do capital huma-no e da eficiência dos gastos das famílias, que controlam melhor seus investimen-tos com saúde, educação, transporte e moradia. Já a infraestrutura econômica contribui com a questão logística inter-na e externa, fornecimento eficiente de energia e o uso apropriado dos meios de comunicação. Nesse caso, o impacto melhora a competitividade (sistêmica) em todos os setores.

Ainda assim, fazer prognósticos so-bre o crescimento do PIB em 2013 pode ser prematuro. Muitos analistas esperam uma expansão de 3%, mas a agenda do governo para 2013 parece convergir para três pilares: estimular os investimentos privados na produção e infraestrutura, manter o ritmo de geração de empre-gos nos centros urbanos e incentivar as exportações. Para isso, uma boa política tributária e um bom programa de finan-ciamento são bem-vindos.

Análise do setor de comércioO comércio varejista encerrou 2012

com um resultado bastante positivo: enquanto o PIB do Brasil deverá crescer a uma taxa de 1%, o comércio varejista nacional cresceu 8,4%, medido por seu volume de vendas, superior também à expansão de 6,7% em 2011. Esse é o resultado da Pesquisa Mensal do Co-mércio-PMC, realizada pelo IBGE (em fevereiro/2012), confirmando o ativo momento do comércio no Brasil.

Todos os segmentos do varejo se expandiram e os segmentos de mais destaque em 2012 foram: Móveis e Ele-trodomésticos (12,3%); Artigos Farma-cêuticos, Medicos, Ort. e Perfumaria (10,2%); Outros Artigos de uso Pessoal e Doméstico (9,4%). O segmento que menos se expandiu foi o de Tecidos, Vestuário e Calçados (crescimento de 3,4% nos 12 meses).

Em dez/2012, o crescimento sobre o mesmo mês de 2011 foi de 5%. O resul-tado sobre o mês anterior foi de queda de –0,5%, interrompendo um período de seis meses de crescimento mês a mês.

Já o varejo cearense teve um desem-penho superior ao nacional em 2012:

expansão de 9,6%, cerca de 20% supe-rior ao do ano passado, ou seja: o co-mércio cearense teve uma aceleração com relação a 2011.

Uma análise comparativa com 2011 revela que os segmentos de melhor de-sempenho no Ceará, em 2012, foram os de Combustíveis e Lubrificantes (22,3%), Móveis e Eletrodomésticos (21,8%) e Artigos farmacêuticos, médi-cos, ortopédicos, de perfumaria e cos-méticos (13,2%).

Ao contrário do varejo nacional, alguns segmentos do varejo cearense diminuíram seus volumes de vendas: Equipamentos e materiais para es-critório, informática e comunicação (-25,1%); Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-4,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,6%). Com relação ao varejo, houve mudanças no perfil de consumo no Ceará.

Inadimplência se normaliza em 2013

A inadimplência do consumidor brasileiro deve convergir para a nor-malidade este ano, conforme estudo da Serasa Experian, a qual destaca que as empresas ajustarão mais fortemente a redução das suas dívidas.

Os motivos (segundo a Serasa) de-vem-se ao fato de o mercado de trabalho se manter aquecido, com os rendimen-tos obtendo reajustes acima da inflação. Outro aspecto é a redução das taxas de juros, aumentando o poder de barganha dos devedores para renegociar suas dí-vidas para condições mais suaves. O pa-pel da oferta de crédito também deverá continuar forte em 2013, conjugado com a reaceleração do PIB.

Mais crescimento, com juros me-nores e mais emprego, são ingredien-tes de uma receita importante de mais consumo interno com menor risco de inadimplência. O ano de 2013 pode re-servar a todos boas surpresas.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 15

Responsabilidade Social

Instituto GBarbosa:Inclusão e capacitação a favor da comunidade

OInstituto GBarbosa, criado em 2005, tem como premissa pro-mover o aumento da renda de

pessoas socialmente excluídas por meio de parcerias solidárias para capacitação pro-fissional. É com esse foco que a instituição executa projetos sociais em Aracaju/SE, Feira de Santana/BA e Fortaleza/CE para o desenvolvimento de agricultores, artesãos, costureiras, catadores de resíduos reciclá-veis e de pessoas com deficiência.

Entre as ações desenvolvidas pela ins-tituição está o “Despertar e Aprender”, que foi expandido para Feira de Santana (BA), em parceria com a APAE, e para Fortaleza (CE), em parceria com o Re-canto Psicopedagógico da Aldeota. Esse projeto oferece capacitação profissional gratuita para inclusão de jovens e adultos com deficiência (PcD’s) no mercado de trabalho formal. Inicialmente, abrangia pessoas com deficiência auditiva: hoje au-xilia deficientes físicos, motores e de bai-

xa visão. Em Sergipe, o projeto é pioneiro na capacitação de deficientes intelectuais e com Síndrome de Down.

Em 2012, uma média de 51 pessoas com deficiência foram capacitadas por meio do Despertar e Aprender e hoje todas trabalham em diversas redes de supermer-cados. “Em Fortaleza, todas as 15 pessoas com deficiência que foram habilitadas já estão trabalhando no varejo. Esse é um projeto inovador, que transforma a vida de muitas pessoas que antes não tinham opor-tunidade de trabalhar”, explica o gerente de Responsabilidade Social do GBarbosa e do Instituto GBarbosa (IGB), Fábio Oliveira.

Outro projeto de destaque é o “Produ-to Solidário”, que capacita gratuitamente cinco cooperativas – como a Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tan-credo Neves – BA (Coopatan), Cooperati-va dos Produtores de Mandioca de Campo do Brito (Coofama) e a Casa do Artesão –, facilitando a comercialização dos seus

produtos no mercado varejista. “Benefi-ciamos 1.029 cooperados, contribuindo para que eles obtenham um aumento na renda média mensal. Mais de R$ 500 mil foram comercializados pelas cooperativas no mercado formal”, afirma Fábio.

Como novo projeto para 2013, o Instituto GBarbosa pretende investir na iniciativa “Reciclando Realidades” para mobilizar os catadores de resíduos só-lidos, capacitando-os e desenvolvendo seus empreendimentos, promovendo a autossustentabilidade para o seu negócio e para a vida.

Selecionado nacionalmente, mediante o edital lançado pelo Ministério do Traba-lho e Emprego, o Reciclando Realidades al-cançou destaque em 3º lugar quanto à pro-posta sugerida, após concorrer com outros 92 projetos de todo o Brasil. Um exemplo eficaz de que comércio e responsabilidade social convergem para um bem em co-mum: o desenvolvimento do nosso País.

Ao todo a instituição possui sete projetos, entre eles, “Reciclando Realidades’, “Despertar e Aprender” e o “Produto Solidário”

Aula inaugural do projeto “Despertar e Aprender” em Fortaleza.

16 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

Federação em Ação

Os novos rumos do varejoLojistas de todo o País se reúnem e discutem meios para articular estratégias, visando favorecer o novo momento do comércio brasileiro

No Encontro também foi lançada a can-didatura do empresário Honório Pinheiro para o cargo de presidente da CNDL em 2014. A intenção é que Honório dê conti-nuidade à atual gestão do presidente Pelli-zzaro e reúna novos projetos para a entidade nacional. “O nome dele ao cargo nacional será muito importante para o movimento de vocês e, certamente, para o nosso Esta-do”, afirmou o governador Cid Gomes.

Roque Pellizzaro convidou ainda to-dos os lojistas a participarem do Semi-

nário Nacional do SPC, onde será aberto um espaço para diálogo específico sobre serviços, e do Fórum Nacional do Vare-jo, com participação efetiva do Governo Federal pela primeira vez.

O certo é que, com o Encontro Na-cional das Lideranças do Varejo, mui-tas foram as ideias e sugestões perti-nentes, que traçaram caminhos para o segmento que mais cresce no País. O setor de Comércio e Serviços não perde por esperar!

O“Encontro Nacional das Lide-ranças do Varejo”, que ocorreu na sede da Federação das CDLs

do Ceará, foi um divisor de águas que definiu novos rumos para o varejo cea-rense e para o comércio brasileiro.

Líderes lojistas de 20 estados, entre presidentes de Federações e de CDLs de Capitais, prestigiaram o evento. Marca-ram presença: Roque Pellizzaro, presiden-te da Confederação Nacional de Dirigen-tes Lojistas; Honório Pinheiro e Freitas Cordeiro, respectivamente, presidentes da FCDL-CE e da CDL de Fortaleza; além de políticos cearenses, como Roberto Cláu-dio (prefeito de Fortaleza), Cid Gomes (governador do Estado), os senadores Eunício Oliveira, José Pimentel, Inácio Arruda e os deputados Mauro Benevides, Antonio Balmann e André Figueiredo.

No início do Encontro, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, saudou os par-ticipantes. “É um privilégio Fortaleza re-ceber este evento. Nos últimos anos, o co-mércio tem sido presidido por empresários que querem bem à nossa cidade e a CDL e a Federação lutam para fortalecer a atividade do comércio em Fortaleza”. Freitas Cordei-ro ressaltou que esse é o momento para ter conhecimento sobre o que cada participan-te pensa e idealiza para o futuro da CNDL: “Nosso papel hoje, aqui, é condensar essas manifestações, escrever um grande glossá-rio e depois distribuirmos entre essas lide-ranças para sabermos nossos rumos e para onde devemos caminhar”.

Durante o Encontro foi debatida a importância da articulação política den-tro das entidades e como tratá-las a fim de que propiciem o crescimento econô-mico: “É preciso enxergar as CDLs como entidades e também como negócios; do contrário, elas não vão sobreviver”, des-tacou Bruno Falci, presidente da CDL de Belo Horizonte. Roque Pellizzaro reagiu positivamente às pontuações: “As críti-cas são muito mais importantes para o futuro do que os elogios”.

Acima: Roque Pellizzaro, Honório Pinheiro, Roberto Cláudio, Gaudêncio Lucena e Freitas Cordeiro. Abaixo governador Cid Gomes apresenta os incentivos fiscais oferecidos as empresas no Estado.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 17

Associativismo

ODia Internacional da Mulher, co-memorado no último dia 08 de março, tornou-se nos últimos 20

anos uma das datas mais importantes para o mercado florista. A celebração acontece em um mês que tradicionalmente marca o início do período comercial, compreendi-do entre o Carnaval e a Páscoa. Atentos a esta data, que aumenta significativamente as vendas do setor, empresários do ramo da floricultura e produtores de flores deci-diram se unir e apostar no associativismo.

Em Pernambuco, a Comissão de Flo-ricultura da Federação de Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe) – que se reúne em dois grupos produtores (o de flores tropicais e o de temperadas) – se organizou em dez entidades e hoje atuam nos mercados regional, nacional e inter-nacional. “Quando a Comissão de Flori-cultura foi criada, em 2000, o grupo não tinha mais de 15 produtores e 30 hectares

Mercado de floresaquece o comércio

Empresários e produtores se unem e apostam no associativismo para aumentar as vendas do setor

de área plantada. Hoje, são 90 floricultores com 150 hectares”, afirma Juarez Souza, presidente da comissão. Uma tonelada de flores é exportada, por semana, para países como Portugal, Espanha, França e Itália, rendendo cerca de 12 mil euros por mês.

O grupo de flores tropicais reúne pro-dutores dos municípios do litoral da Zona da Mata e de Petrolina, no Vale do São Francisco. Já o grupo de flores e plantas temperadas é composto por cerca de 100 floricultores de sete municípios do Agreste pernambucano.

A floricultura do Agreste só começou a se organizar de forma associativa há seis anos, com a criação da Florape. “Sabía-mos, no início, que seria difícil manter o grupo unido se partíssemos imediatamen-te para uma estrutura de comercialização conjunta. A confiança mútua foi conquis-tada com as vitórias e os percalços sofridos pela Florape”, conta Lourenço Zarzar, um dos fundadores da associação.

Em Fortaleza, 15 floriculturas se uni-ram para comprar flores e abastecer as lo-jas para o mês de março. Segundo Roberto Ito, presidente da Associação Cearense de Floristas (Aceflor), 27 mil unidades de ro-sas vermelhas foram encomendadas para

10 lojas associadas. Segundo Silvia Hele-na Machado, dona da floricultura Bem--me-Quer e participante da negociação, a compra coletiva é mais barata e, por isso, a necessidade de aumentar o preço para o consumidor é menor.

Já em Brasília, 31 produtores se uni-ram e criaram a Associação Brasiliense dos Produtores de Flores e Plantas do DF e Entorno, em parceria com o Sebrae. A as-sociação criou um espaço exclusivo para a comercialização de flores e outras plantas diretamente ao consumidor nas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ce-asa/DF), batizado de Central Flores. Com iniciativas como essas, além de encontrar vários produtos em um só lugar, o consu-midor também paga menos. São exemplos e a prova de que, com união e parceria, to-dos saem ganhando.

Uma tonelada deflores é exportada, por semana, parapaíses como portugal,Espanha, França eitália, rendendo cercade 12 mil euros por mês.

18 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

Construindo uma trajetória de sucesso

“Aúnica maneira de nos preparar-mos para o futuro é concentrar toda a inteligência e entusias-

mo na execução perfeita do trabalho de hoje”. Foi com essa premissa que o novo Secretário do Conselho Estadual de De-senvolvimento Econômico (CEDE), Ale-xandre Pereira, finalizou sua participação no evento realizado, no último 26 de feve-reiro, pela CDL Jovem de Fortaleza.

Bem preparado para o cargo que exer-ce no CEDE, e capaz de possibilitar diá-logos entre a CDL Jovem e entidades do setor privado, Pereira é um forte exemplo de que com força de vontade e perseve-rança qualquer profissional pode crescer por meio do comércio.

Desde jovem, Pereira vislumbrou ou-tros caminhos para sua vida. Se antes seus pais queriam que ele seguisse a tradição da família, onde a medicina é a principal profissão, Alexandre preferiu iniciar sua trajetória como jovem empreendedor aos 20 anos, depois do primeiro emprego em um banco, onde diz ter entendido que seu futuro estava nos negócios.

Pereira teve experiências em diversas áreas de atuação e enfatizou que durante cinco anos trabalhou ininterruptamente. O crescimento profissional foi proporcio-nal ao seu empenho. Ao vislumbrar pos-sibilidades com a representação de bebi-das, o empresário foi a São Paulo buscar oportunidades. Posteriormente, envere-dou pelo setor de panificação e coordenou uma fábrica com 300 funcionários. Cres-ceu a ponto de dar “um passo maior que as pernas”, como costuma dizer, e cons-tatou que antes era necessário empreen-der um planejamento. “Acertos e erros sempre ocorrerão; porém, o indicativo de caminho de sucesso é quando temos mais acertos que erros”, ensina o empresário.

Em oportunidade exclusiva para a CDL Jovem de Fortaleza, o empresário Alexandre Pereira orientou sobre como construir carreira no setor do comércio.

CDL Jovem

Hoje, à frente de empresas de varia-dos segmentos, o executivo possui sócios em todas. Para a atenta plateia da CDL de Jovem de Fortaleza, destacou uma forte mensagem quanto a cada um definir suas metas de vida: “Em uma pesquisa reali-zada com uma turma recém formada em Harvard, todos responderam em que situ-

ação gostariam de estar em 10 anos: 20% responderam exatamente o que almejava e quantos dólares na conta bancária gos-tariam de ter, uma casa em determinado bairro, quantos filhos, etc; os outros 80% respondeu genericamente que desejava estar feliz e realizado, trabalhando e bem sucedido. Depois de 10 anos, a maior par-te dos jovens que sabiam detalhadamente onde queriam chegar tornaram-se bem sucedidos e realizados, diferente dos 80% que deram respostas genéricas”.

Ao término da explanação, Pablo Gu-terres agradeceu a presença de Alexandre Pereira e intermediou uma rodada de perguntas entre a plateia e o convidado. São iniciativas como essas, da CDL Jo-vem de Fortaleza, que estimula o jovem empresariado a se comprometer, cada vez mais, com a missão que cada um tem a exercer: dinamizar e renovar o perfil e ações do varejo cearense.

acertos e erros sempre ocorrerão; porém, o indicativo de caminho de sucesso é quando temos mais acertos que erros.

Alexandre Pereira e Pablo Guterres: o comércio é a voz e vocação dos jovens empresários.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 19

N o Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova

Iorque, fizeram uma grande greve, ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, como redução na carga diária de trabalho de 16 horas para 10 horas, equiparação de salários com os homens e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada em 1857: aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, foi decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às mulheres que morreram na fábrica. No ano de 1975, por meio de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). De lá pra cá, a realidade mudou e a presença feminina agora só cresce e agrega valor nas tomadas de decisão empresarial.

O empreendedorismo feminino, raro antigamente, é hoje melhor do que nunca. Não seria nenhum exagero expor que o futuro das empresas pertence às mulheres. Mas o que faz das mulheres um caso de sucesso? Por natureza, as mulheres são mais organizadas e calculistas do que os homens; têm mais inteligência emocional e social; mais habilidade para analisar os problemas antes de tomarem decisões, ao contrário dos homens, que tendem a ser mais impulsivos.

As mulheres têm uma percepção mais atenta aos detalhes (do que os homens) e não são tão condicionadas pelo ego, algo que as induz à condução de suas empresas de forma mais

Um salto alto na gestão

A importância da mulher na assertividade das empresas

pessoal e mais séria, tendo ainda mais facilidade em unir pontos de vista diferentes em torno de objetivos comuns.

À medida que as mulheres ganham mais poder e influência como empreendedoras e gestoras, cria-se um sentimento de maior equidade no meio empresarial, onde hoje as mulheres são mais respeitadas, aspecto pelo qual elas têm lutado há muito tempo.

Hoje os negócios buscam a diferenciação, a criatividade, o relacionamento e a fluência na comunicação. Por estas razões, as competências de liderança que as empresas procuram são mais facilmente encontradas nas mulheres. Convido-os a uma reflexão sobre as razões porque as mulheres têm atualmente elevado suas

competências de liderança: As mulheres são mais focadas

nas relações humanas, fator que facilita a sintonia com clientes e colaboradores;

É reconhecido cientificamente que as mulheres têm a capacidade de processar múltiplas tarefas simultaneamente, assemelhando-se à gestão de uma empresa em contínua mudança;

As mulheres têm um interesse genuíno nas outras pessoas, compreendendo melhor as necessidades e motivações alheias;

As mulheres têm mais visão de grupo, são menos individualistas e mais persuasivas do que os homens.

Tom Peters, o guru americano da administração, foi um dos primeiros a cantar: “Vão longe os tempos em que as mulheres tinham sucesso por jogar o jogo dos homens. Agora chegou a vez de os homens aprenderem o jogo feminino”.

Poucos são os eventos na história nos quais a mulher tenha sido destacada como protagonista. O mundo esquecia de que o seu nascimento e humanização foram literalmente esculpidos pela mulher.

A destreza feminina já provou a sua inteligência. Então, porque ainda limitar a homenagem à Mulher ao Dia da Mulher e não transformá-la em reconhecimento como fator de sucesso na gestão empresarial moderna? Por isso, precioso (a) leitor (ou leitora) tire o chapéu para quem realmente tem feito a diferença nas empresas: a Mulher!

Marcos Braun Filho é consultor empresarial, professor de MBA e coach. MB Consultoria e Educação [email protected]

Marcos Braun FilhoLiderança & Gestão

20 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013

Como fazer

Saiba como firmar parcerias com fornecedores que acrescentem valor, boa prestação de serviços e resultados à sua empresa

Fornecedores estratégicos

Da pequena à grande empresa, especialmente as que trabalham com venda de produtos variados,

o fornecedor é fundamental no processo de crescimento de um negócio. Mas, para que este cresça, é necessário ater-se a al-gumas peculiaridades quanto ao relacio-namento e parceria dos comerciantes com seus fornecedores para que ambos obte-nham sucesso em seus serviços.

Uma das principais falhas cometidas por empresários é a de não manter uma constante comunicação com seus forne-cedores, aspecto esse que serve para for-talecer a confiança, o respeito e parceria durante o trabalho de cada um. “Outro erro é essa relação comercial ficar focada somente nos aspectos comerciais de pre-ços e prazos, sem um devido alinhamento

institucional entre as empresas”, ensina Adir Ribeiro, fundador da Praxis Educa-tion e especialista em varejo e franquias.

Nas empresas comerciais, o fornece-dor exerce um papel que pode fazer total diferença nos futuros resultados. É dever dos fornecedores respeitarem os prazos e se comprometerem com a qualidade dos produtos e serviços. Dos empresários es-pera-se, especialmente, uma maior aten-ção para comunicarem suas decisões de compra ou informar quaisquer alterações realizadas durante o processo.

Se você ainda tem dúvidas sobre como proceder para fechar contrato com possí-veis fornecedores, confira a seguir dicas que poderão lhe auxiliar nesse processo de escolha.

Pesquisa presencial e via internet: é preciso conhecer seus potenciais for-necedores e no que eles podem atender quanto às suas demandas. Vale também pesquisar sobre quais fornecedores seus concorrentes têm contrato e pedir refe-rências de outros clientes.

Realizar planejamento prévio: es-tudar o mercado no qual sua empresa está inserido, estratégias de organização,

atuação e possíveis gastos auxiliará a es-colha, posteriormente, do melhor forne-cedor para sua empresa.

Feiras e eventos: promoções nos pon-tos de venda, amostras grátis de produtos, programas de incentivo à venda e avalia-ção da marca do fornecedor no mercado serve como “cartão de visitas” para que empresários conheçam fornecedores com os quais possam fechar futuras parcerias.

Prioridades antes e durante a con-tratação: conheça o trabalho dos for-necedores (sugerimos uma visita pre-sencial à fábrica); saiba até onde vai a flexibilidade de cada fornecedor; faça uma pequena encomenda para conhe-cer a eficiência e a qualidade do serviço prestado; defina as bases para uma boa comunicação ao longo da parceria fir-mada; emita um contrato em duas vias e assinado por ambas as partes.

Ter um “plano B”: mesmo que você tenha contrato com fornecedores, para qualquer eventualidade, é bom ter sem-pre mais opções de possíveis parceiros ao seu alcance, a fim de corresponder às ex-pectativas dos seus clientes no momento em que eles precisarem.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Março 2013 21

Como aumentar sua produtividade pessoal

d esempenho acelerado: a cobrança das empresas aumentou. Diante de um mundo cheio de mudanças,

cada vez mais temos profissionais com problemas de ansiedade, provocada pela falta de controle, organização, preparação e ação. Essa sensação é causada por nós mesmos, quando somos procrastinadores.

“Por que fazer hoje o que se pode deixar para amanhã?”. Esse pensamento procrastinador caracteriza a mentalidade de 65% dos funcionários das empresas. Quando temos por hábito a procrastinação, as tarefas ficam mais urgentes, piora a qualidade dos nossos serviços e incrementa o desperdício de tempo.

Muitos querem nos fazer crer que é bom ser multitarefa e conseguirmos fazer várias coisas ao mesmo tempo. Isso é mito! Quando dizemos que somos multitarefa, mudamos nosso foco rapidamente de uma coisa para outra. Hoje existem estudos científicos para verificar se a geração Z (quem nasceu de 2000 em diante) é multitarefa. De 2000 para trás, “esqueça”! Não somos, sequer, a geração Y. Nota: As mulheres conseguem um pouquinho este desafio. Então, o que fazer?

Em vista disso, quero compartilhar com vocês algumas dicas que utilizo no meu dia a dia para aumentar minha produtividade.

1) Faça um download no seu cérebro. A grande dica é termos um sistema externo de registro para que possamos guardar todas as nossas informações fora do nosso cérebro. Como afirma o consultor Christian Barbosa, temos que eliminar as vozes fantasmas que nos perseguem todos os dias: “Tenho que ligar para fulano”, “Tenho que fazer tal coisa”, “Tenho que pagar tal conta”, etc. Por que as coisas ficam em nossa mente? Porque não há clareza sobre

Eduardo Gomes de MatosAprendendo na Prática

o resultado! Não decidimos qual o próximo passo e não criamos um sistema para “lembrar por você”!

2) Defina Rituais diários. Todas as manhãs leio a Bíblia, tomo banho e tomo um café tranquilamente antes de começar minhas atividades.

3) Dê foco às coisas mais importantes na maior parte do tempo. Sabemos que há muito que fazer e tempo insuficiente. Defina as três tarefas mais importantes para cada dia.

4) Desconecte-se. Precisamos de períodos desconectados para poder ter concentração. Desligue-se do seu e-mail, redes sociais e WhatsApp por uma hora e você verá que sua produtividade aumentará.

5) Adote o Método GTD – Getting Things Done (Fazendo as Coisas Acontecerem), do americano David Allen, que consiste em cinco passos:

Colete tarefas que exige sua atenção. Processe o significado das tarefas e

o que é preciso fazer a respeito. Se não exige nenhuma ação, arquive, jogue no lixo ou defina uma ação posterior; se exige ação, faça, delegue ou defira.

Organize resultados. Elabore listas, como próximas ações e projetos

esperando por oportunidades para serem realizados. Outras listas importantes a serem elaboradas são Listas de Contatos/Calendários/Arquivos.

Faça uma revisão semanal das suas tarefas e acompanhe cada lista. Mantenha suas listas limpas, claras, atualizadas e completas.

Faça. Ação é como você consegue que as tarefas sejam feitas! Como escolher o que fazer? Considere seu contexto, tempo disponível, energia disponível e prioridade.

Sabemos que a Produtividade aumenta quando temos o controle das nossas vidas e que isso ocorre naturalmente quando migramos de vítimas da reclamação para pessoas que apresentem resultados e ações, mediante uma direção definida, que é a fonte de energia positiva e foco para aumentar nossa produtividade. Um forte abraço.

Eduardo Gomes de Matos é pós-graduado em Administração de Empresas e diretor-presidente da Gomes de Matos Consultores Associados.www.gomesdematos.com.br

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