qualidade de vida no trabalho (2)

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Seminário de Administração de Serviços de Alimentação Bianca Olberg Camilla Andreato Flávia Hosaki Maria Clara Ferreira Mirelly Amorim Sílvia de Brito Outubro 2012 Cuiabá Faculdade de Nutrição Profª Drª Cilce Helena de F. Preza Ber

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Page 1: Qualidade de Vida No Trabalho (2)

Seminário de Administração de Serviços de Alimentação

Bianca OlbergCamilla Andreato

Flávia HosakiMaria Clara Ferreira

Mirelly AmorimSílvia de Brito

Outubro 2012Cuiabá

Faculdade de Nutrição

Profª Drª Cilce Helena de F. Preza Bertin

Page 2: Qualidade de Vida No Trabalho (2)

INTRODUÇÃO

Empresas mais Capital intelectual Preocupação com humanizadas valorizado os indivíduos

Indivíduos comprometidos com a organização

COMPETITIVIDADE

VALDISSER, C. M. Qualidade de Vida no Trabalho: Como Utilizá-la na Superação dos Problemas e Dificuldades Encontradas no Ambiente de Trabalho. Revista Nova, Campinas, v.2, n.3, p. 83-96, 2006.

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O momento atual exige organizações flexíveis, sistêmicas e criativas, como sugere SENGE (1998 apud VALDISSER, 2006) Os sistemas vivos têm integridade. Seu caráter depende do todo. O mesmo ocorre com as organizações.

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Origem, Evolução e Perspectivas

Anselmo Ferreira Vasconcelos

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O trabalho, no decorrer da história, foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano. O que de início era para suprir suas necessidades básicas de subsistência, passa a ser, principalmente após a Revolução Industrial, o ponto central da vida do homem.

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No século XX, muitos pesquisadores contribuíram para o estudo sobre a satisfação do indivíduo no trabalho, dentre eles Helton Mayo e Douglas Mcgregor.

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Elton Mayo (Western Eletric Company)

• Produção depende da expectativa do grupo, dos benefícios cedidos pela empresa, intervalos de descanso e das refeições servidas;

• Quanto mais integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto maior será a disposição de produzir.

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Douglas Mcgregor (Teorias X e Y)

• Teoria X: O trabalho é em si mesmo desagradável para a maioria das pessoas.

• Teoria Y: O trabalho é tão natural como o lazer, se as condições forem favoráveis.

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Desta forma, é no local de trabalho que o homem passa a maior parte de sua vida, dedicando suas energias e esforços.

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A organização então percebe cada vez mais a importância do ser humano para o alcance de resultados, e começa a se preocupar em oferecer um ambiente que traga conforto, respeito, segurança, higiene e bem-estar ao indivíduo, ou seja, um ambiente propício e que favoreça o uso de suas capacidades.

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4. Dificuldades e

Obstáculos

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o Aplicação inadequada do sistema de QVT

Existe uma grande distância entre o discurso e a prática. Filosoficamente, todo mundo acha importante a implantação de programas de QVT, mas na prática prevalece o imediatismo e os investimentos de médio e longo prazos são esquecidos

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o Abordagem de assuntos oportunos para o desenvolvimento interno da instituição

A maioria dos programas de QVT tem origem nas atividades de SEGURANÇA e SAÚDE NO TRABALHO.

A preocupação sobre a prevenção dos acidentes e doenças tidos como diretamente relacionados ao trabalho era o foco principal.

A superação disso, veio na discussão de outros tipos de agravos relacionados principalmente à saúde do trabalhador e que não pareciam diretamente ligados ao trabalho.

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Muitos nem sequer se associam a programas de qualidade total ou de melhoria do clima organizacional.

QVT só faz sentido quando deixa de ser restrita a programas internos de saúde e lazer e passa a ser discutida num sentido mais amplo, incluindo qualidade das relações de trabalho e suas consequências na saúde das pessoas e da organização.

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Obstáculos são erguidos pelos próprios empregados:MEDO DE MUDANÇAS DESCONHECIDAS

Para ultrapassar esses obstáculos, o departamento pessoal deve explicar bem claramente aos empregados a necessidade da mudança e as vantagens e garantias que o programa irá proporcionar a eles e a toda a empresa.

Isso ocorre porque, muitas vezes, ficam desconfiados, pois para eles qualquer programa vantajoso para a administração NÃO os beneficia.

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o Busca por resultados imediatos

O excesso de pragmatismo leva ao

reducionismo. O trabalho focado em serviço

social e saúde é muito imediatista. Desta forma, é

necessário colocar a QVT num contexto mais

intelectual, não apenas concreto e imediato. Deve

estar num contexto mais amplo de qualidade e de

gestão.

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o QUALIDADE TOTAL

QVT é uma evolução da Qualidade Total. Não é possível falar de Qualidade Total se não abranger a qualidade de vida das pessoas no trabalho.

O esforço que tem que se desenvolver é de conscientização e preparação para uma postura de qualidade em todos os sentidos.

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QVT significa condições adequadas e os desafios de respeitar e ser respeitado como profissional.

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5. Perspectivas e

Desafios

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Grande parte dos colaboradores se queixam de uma rotina do trabalho, vivem desmotivados, em condições de

trabalho inadequadas, sem autonomia, etc.

Aumento na rotatividade de mão-de-obra, do absenteísmo, de greves e reclamações, além da

diminuição do rendimento.

Saúde mental e física dos colaboradores

Rentabilidade empresarial

Crescente despesas com assistência médica:

Custos = LucrosVASCONCELOS, A. F.Qualidade de Vida no Trabalho:origem,evolução e perspectivas. Caderno de Pesquisas em Administração, SP,v.8, jan/mar - 2001.

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Os principais Desafios para a QVT:

1º - Relacionado com a força de trabalho2º - Relacionado com a empresa

VASCONCELOS, A. F. Qualidade de Vida no Trabalho: origem, evolução e perspectivas. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 08, nº 1, janeiro/março - 2001.

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1º - Relacionado com a Força de trabalho

Relaciona-se com uma força de trabalho saudável, motivada e preparada para a extrema competição atual.

Os colaboradores produzirão com maior eficácia.

A satisfação dos colaboradores está

diretamente ligada à produtividade.

CAVASSANI, A.P.; et al. Qualidade de vida no trabalho: fatores que influenciam as

organizações. XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 06 - 08 de novembro, 2006.

Page 24: Qualidade de Vida No Trabalho (2)

Para Dejours (1992) é importante salientar que de qualquer maneira o trabalho nunca é

neutro em relação à saúde, favorecendo a doença ou a saúde.

DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1992.

Page 25: Qualidade de Vida No Trabalho (2)

O surgimento de novas formas de adoecimento mal caracterizadas, como o estresse, depressão, ansiedade,

fadiga física e mental e outras manifestações de sofrimento relacionadas ao trabalho, exigem atenção e

tratamento.

Lembrando que um ambiente de trabalho

estressante e desagradável, acarreta em menor

produtividade para a empresa!

BRASIL, Ministério da Saúde do Brasil, Organização Pan-Americana da Saúde/Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho. Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde Série A. Normas e Manuais Técnicos, Brasília/DF, n. 114, 2001.

Page 26: Qualidade de Vida No Trabalho (2)

2º Relacionado com a Empresa

Capacidade da empresa responder à demanda de seus colaboradores em relação a uma melhor qualidade de vida;

Os programas de QVT não são suficientemente convincentes, e são ainda vistos como despesas, e não como investimento;

Atualmente, as empresas exigem todo o capital intelectual e comprometimento dos seus colaboradores com o trabalho. Porém, elas não fazem o mesmo.

CAVASSANI, A.P.; et al. Qualidade de vida no trabalho: fatores que influenciam as organizações. XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 06 - 08 de novembro, 2006.

Page 27: Qualidade de Vida No Trabalho (2)

As principais Perspectivas para a QVT:

Com o avanço das tecnologias o colaborador passou a ter importância dentro da organização, sendo considerado o “capital” humano como determinante para a sobrevivência e sucesso de qualquer empresa.

CAVASSANI, A.P.; et al. Qualidade de vida no trabalho: fatores que influenciam as organizações. XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 06 - 08 de novembro, 2006.

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As principais Perspectivas para a QVT:

Segundo Lima (1998) a tecnologia de QVT pode ser utilizada para que as pessoas queiram fazer mais, como decorrência de um envolvimento maior com o trabalho que realizam, sintam-se estimuladas e motivadas a produzir, satisfazendo seus anseios e necessidades, e ao mesmo tempo indo ao encontro dos objetivos organizacionais.

LIMA, Irê Silva. Qualidade de Vida no Trabalho. Revista Brasileira de Administração. São Paulo: nº 23, outubro, 1998.

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As necessidades básicas e de segurança são exigidas por lei, mas a partir daí parte da organização definir aonde quer chegar e o quanto depende de seus colaboradores para isso.

Nesta perspectiva a QVT torna-se o marco inicial para o reconhecimento humano dentro das organizações, no

que tange maior valorização do seu potencial respeitando suas limitações.

PINHEIRO, L. C. S., et al. Qualidade de Vida no Trabalho: Um estudo sobre a percepção do programa Viva Vida da matriz do Banco da Amazônia. Curso de Administração, CESUPA, 2011.

Page 30: Qualidade de Vida No Trabalho (2)

Não adianta oferecer ótimos salários se as condições de trabalho são precárias e prejudiciais à saúde do

colaborador.

Um programa de QVT bem aplicado na empresa pode ser um instrumento de competitividade no mercado, pois o

funcionário passa a se sentir ouvido e respeitado em suas necessidades básicas.

PINHEIRO, L. C. S., et al. Qualidade de Vida no Trabalho: Um estudo sobre a percepção do programa Viva Vida da matriz do Banco da Amazônia. Curso de Administração, CESUPA, 2011.

Page 31: Qualidade de Vida No Trabalho (2)

Considerações finais

Por fim um conceito que parece ser determinante para a qualidade de vida do trabalhador é a flexibilização do trabalho, que está relacionado à capacidade de se adaptar rapidamente as exigências do mercado. E no sentido da atuação e da rotina de trabalho nas empresas, principalmente em relação a prazos e horários, períodos de descanso e férias, possibilidades de práticas de ginástica laboral e de lazer e também para buscar crescimento tanto pessoal como na organização da empresa.

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As empresas bem sucedidas sabem que para garantir maiores índices de produtividade, garantindo qualidade, necessitam estimular a participação dos colaboradores. É preciso considerar cada pessoa como ser humano, dotado de qualidades produtivas e não produtivas, de capacidades e potencialidades, que possui uma vida pessoal distinta dentro e fora da empresa, com necessidades e desejos. Significa pensar a respeito das pessoas, organização e trabalho de forma abrangente integrada.

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O homem é uma máquina que trabalha motivada pelos seus desejos e anseios. Quando estes satisfeitos, torna-se uma máquina com potencial imenso e com grande diferencial no mercado competitivo moderno.

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“Felicidade e sucesso só existem de verdade

quando estão juntos”

Obrigada!

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Referências Bibliográficas• DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do

trabalho. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1992.• BRASIL, Ministério da Saúde do Brasil, Organização Pan-Americana

da Saúde/Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho. Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde Série A. Normas e Manuais Técnicos, Brasília/DF, n. 114, 2001.

• PINHEIRO, L. C. S., et al. Qualidade de Vida no Trabalho: Um estudo sobre a percepção do programa Viva Vida da matriz do Banco da Amazônia. Curso de Administração, CESUPA, 2011.

• CAVASSANI, A.P.; et al. Qualidade de vida no trabalho: fatores que influenciam as organizações. XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 06 - 08 de novembro, 2006.

Page 36: Qualidade de Vida No Trabalho (2)

• SILVA, M. A. D.; & DE MARCHI, R. Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho. São Paulo: Editora Best Seller, 1997.

• TEIXEIRA, C. T.; et al. Qualidade de Vida do trabalhador: discussão conceitual. Revista Digital, Buenos Aires – Ano 14, nº 136, setembro 2009.

• VASCONCELOS, A. F. Qualidade de Vida no Trabalho: origem, evolução e perspectivas. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 08, nº 1, janeiro/março - 2001.

• VALDISSER, C. M. Qualidade de Vida no Trabalho: Como Utilizá-la na Superação dos Problemas e Dificuldades Encontradas no Ambiente de Trabalho. Revista Nova, Campinas, v.2, n.3, p. 83-96, 2006.

• WOOD Jr., Thomaz. Organizações Dramáticas e o Fascínio do Stress. In: Encontro Internacional de Gestão de Competências em Qualidade de Vida no Trabalho, 1º Anais, São Paulo: FEA/USP, FIA, PROPEG, p. 35-37, 1998.