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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: o diferencial na organização VAILATTI, Kétlin Eloá C.¹ LONDERO, Luciane² Profª. MSc. WACHOWICZ, Marta Cristina³ RESUMO A Qualidade de Vida no Trabalho mostra a participação por parte dos funcionários, criando assim um ambiente agradável, entre colaboradores e superiores. A Qualidade de Vida no Trabalho esta ligada à necessidade dos funcionários, o bem estar e a eficácia organizacional. Por causa da competitividade do mercado as empresas buscam cada vez mais a qualidade total, e com isso o surgimento da Qualidade de Vida no Trabalho, que esta focada no potencial humano e no meio em que vive. A Qualidade de Vida no Trabalho torna as organizações mais humanas, com condições para o desenvolvimento pessoal, profissional e o crescimento dentro desta organização. Palavras chaves: Qualidade de Vida no Trabalho, Produtividade, Satisfação no Trabalho, Organização. ABSTRACT The Quality of Working Life shows the participation by employees, thus creating a pleasant environment, employees and superiors. The Quality of Working Life is linked to the needs of employees, the well-being and organizational effectiveness. Because of the competitive market companies are increasingly turning to total quality, and with it the emergence of the Quality of Working Life, which is focused on human potential and the environment they live. The Quality of Working Life makes organizations more human, with conditions to develop personal and professional growth within this organization. Keywords: Quality of life at the workplace, productivity, job satisfaction, organization. ¹ Aluna do curso de pós-graduação em gestão de pessoas da Universidade Tuiuti do Paraná. Psicologia – Associação Catarinense de Ensino - ACE. E-mail: [email protected]. ² Aluna do curso de pós-graduação em gestão de pessoas da Universidade Tuiuti do Paraná. Administração de Empresas – Universidade Tuiuti do Paraná. E-mail: [email protected]. ³ Professora orientadora da Universidade Tuiuti do Paraná. Psicóloga do trabalho e mestre em engenharia de produção/ergonomia. E-mail: [email protected]

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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: o diferencial na org anização

VAILATTI, Kétlin Eloá C.¹

LONDERO, Luciane²

Profª. MSc. WACHOWICZ, Marta Cristina³

RESUMO A Qualidade de Vida no Trabalho mostra a participação por parte dos funcionários, criando assim um ambiente agradável, entre colaboradores e superiores. A Qualidade de Vida no Trabalho esta ligada à necessidade dos funcionários, o bem estar e a eficácia organizacional. Por causa da competitividade do mercado as empresas buscam cada vez mais a qualidade total, e com isso o surgimento da Qualidade de Vida no Trabalho, que esta focada no potencial humano e no meio em que vive. A Qualidade de Vida no Trabalho torna as organizações mais humanas, com condições para o desenvolvimento pessoal, profissional e o crescimento dentro desta organização. Palavras chaves: Qualidade de Vida no Trabalho, Produtividade, Satisfação no Trabalho, Organização. ABSTRACT The Quality of Working Life shows the participation by employees, thus creating a pleasant environment, employees and superiors. The Quality of Working Life is linked to the needs of employees, the well-being and organizational effectiveness. Because of the competitive market companies are increasingly turning to total quality, and with it the emergence of the Quality of Working Life, which is focused on human potential and the environment they live. The Quality of Working Life makes organizations more human, with conditions to develop personal and professional growth within this organization. Keywords: Quality of life at the workplace, productivity, job satisfaction, organization. ¹ Aluna do curso de pós-graduação em gestão de pessoas da Universidade Tuiuti do Paraná. Psicologia – Associação Catarinense de Ensino - ACE. E-mail: [email protected]. ² Aluna do curso de pós-graduação em gestão de pessoas da Universidade Tuiuti do Paraná. Administração de Empresas – Universidade Tuiuti do Paraná. E-mail: [email protected]. ³ Professora orientadora da Universidade Tuiuti do Paraná. Psicóloga do trabalho e mestre em engenharia de produção/ergonomia. E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Em toda parte do mundo existem milhões de trabalhadores, sejam eles

operários, técnicos, especializados, administrativos, executivos que sofrem as

consequências, por atuarem em determinadas organizações onde o fator humano

é preterido por outros fatores mais significativos. Contudo, a Qualidade de Vida no

Trabalho se preocupa principalmente com dois aspectos importantes: o bem-estar

do funcionário e a eficácia organizacional.

Partindo do princípio que os funcionários passam boa parte do tempo nas

empresas executando atividades e funções, e seria ideal que fossem

transformadas em lugares mais prazerosos e saudáveis para a execução do

trabalho.

Quando se menciona o termo Qualidade de Vida no Trabalho, trata-se

especificamente de aspectos ligados ao bem estar dos funcionários dentro da

organização e sua situação de trabalho. O ambiente organizacional tem grande

influência sobre o bem estar do funcionário e se este ambiente estiver desajustado

pode produzir sofrimento.

O funcionário não chega ao seu local de trabalho como uma máquina nova.

Ele possui uma história pessoal, que se caracteriza, por certa qualidade de

aspirações, desejos, motivações, necessidades psicológicas, que integram a

história passada. Isso confere a cada indivíduo características únicas e pessoais.

A organização que investe diretamente no funcionário está, na realidade, investindo indiretamente no cliente. A gestão da qualidade total nas organizações depende fundamentalmente da otimização do potencial humano, e isto depende de quão bem as pessoas se sentem trabalhando na organização. A QVT representa em que grau os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através do seu trabalho na organização. (CHIAVENATO, 1999, p. 391).

O conceito de Qualidade de Vida no Trabalho é abrangente e precisa ser

definido pontualmente, uma vez que os cargos de trabalho representam não

somente uma fonte de renda para os funcionários, mas também um meio de

satisfazerem as necessidades de toda ordem, como reflexos evidentemente na

qualidade de vida, ou seja, o homem é o principal elemento diferenciador, e o

agente responsável pelo sucesso de todo e qualquer negócio.

O tema de Qualidade de Vida no Trabalho é uma preocupação crescente e

fundamentada de todas as empresas que buscam se tornarem altamente

competitivas, em mercados cada vez mais globalizados.

A tecnologia de QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) pode ser utilizada para que as organizações renovem suas formas de organização no trabalho, de modo que, ao mesmo tempo em que se eleve o nível de satisfação do pessoal, se eleve também à produtividade das empresas, como resultado de maior participação dos empregados nos processos relacionados ao seu trabalho. (FERNANDEZ, 1996, p. 36).

Fica claro que a idéia de Qualidade de Vida no Trabalho é uma relação

dinâmica e que vem sendo permeada por evoluções processadas em diferentes

campos.

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO - QVT

Muito se reclama das condições opressivas do trabalho oriundas da

necessidade de se produzir mais e melhor. Produtividade (qualidade e quantidade

de produtos e serviços executados com tempo cada vez menor) é a meta de

qualquer organização. No entanto, como já relatado, são seres humanos, os

responsáveis por esta produção. E seres humanos formam um “ambiente” na

inerente relação entre as pessoas no cotidiano.

As condições físico-psicológicas referem-se ao ambiente interno tanto

físico-geográfico como físico-psicológico de uma organização. Para Matos (1997,

p.118), “a humanização do ambiente de trabalho, significa tornar o clima interno

não opressivo, participativo, receptivo ao inter-relacionamento cordial, e

cooperativo em todos os níveis”. Se Qualidade de Vida no Trabalho é humanizar o

trabalho, não há dúvida de que este ambiente precisa ser motivador e desafiador.

O homem é empregado para trabalhar e pelo seu trabalho recebe uma

remuneração. Interessa-se averiguar a Qualidade de Vida no Trabalho, na vida

profissional e na vida privada. O indicador desta humanização pela via salarial tem

de ser proporcional ao que se faz no trabalho e não à manutenção da vida fora.

Desta forma, mesmo que o trabalho se constitua em um meio socialmente

aceito, para que os seres humanos garantam a sobrevivência através da

remuneração, a mensuração da Qualidade de Vida no Trabalho deve se ater ao

que se faz na organização para recebê-lo. Assim, para que se possa ter esta sub-

variável de maneira sólida e segura na composição variável da Qualidade de Vida

no Trabalho, é necessário “amarrá-la” a fatores objetivos e mensuráveis.

Pode-se também salientar a existência de Qualidade de Vida no Trabalho

através dos chamados “benefícios sociais”. A palavra benefícios além do trabalho

pode, à primeira vista, causar estranheza do ponto de vista racional, a um sistema

em que é justo receber conforme o que se trabalha. Isto porque benefícios é

remuneração indireta, pois custa dinheiro à organização.

Assim, benefícios são custos, sem dúvida. No entanto, seguindo a mesma

linha da filosofia humanista, seres humanos, talvez devido ao progresso

tecnológico e social que vivenciaram, almejam mais da organização do que

apenas a paga pelo “justo” trabalho. Eles reivindicam o papel social da

organização na qual trabalham.

Benefícios sociais são aquelas facilidades, conveniências, vantagens e serviços que as organizações oferecem aos seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupação [...] e estão intimamente relacionados com a gradativa conscientização da responsabilidade social da organização. (CHIAVENATO, 1999, p.107).

As organizações os mantêm como recursos, além do cotidiano do trabalho

para garantir a moral dos funcionários e aumentar o bem-estar dos que trabalham,

visando assim, maior produtividade. Este é o grande problema dos benefícios: o

paternalismo inerente ao processo. Infelizmente, o princípio básico e orientador da

implantação de benefícios não é humanismo, mas o retorno em termos de

produtividade à organização.

Os dirigentes não estão errados em querer produtividade. O que ocorre é

que, na maioria dos casos, os programas de benefícios sociais, ou viram

assistencialismo paternalista, ressaltando a dependência do funcionário ou são

extintos em virtude do baixo retorno.

Por isso, pretende-se avaliar, melhorar ou implantar um projeto de

Qualidade de Vida no Trabalho, como forma de aprofundar o conhecimento destes

fatores e possibilitar a identificação de outros fatores, bem como desenvolver

técnicas para criar um ambiente de trabalho saudável.

Sendo assim, a partir da implantação de um programa de Qualidade de

Vida no Trabalho, o funcionário tem condições de encontrar maior prazer e

satisfação no trabalho e consequentemente menos sofrimento.

Não há Qualidade de Vida no Trabalho sem Qualidade Total, ou seja, sem que a empresa seja boa. Não confundir QVT com política de benefícios, nem com atividade festivas de congraçamento, embora essas sejam importantes em uma estratégia global. A qualidade tem a ver, essencialmente com a cultura da organização. São fundamentalmente os valores, a filosofia da empresa, sua missão,o clima participativo, o gosto por pertencer a ela e as perspectivas concretas de desenvolvimento pessoal que criam a identificação empresa – empregado. O ser humano fazendo a diferença na concepção da empresa e em suas estratégias. (MATOS, 1997, P.40).

Programas de Qualidade de Vida no Trabalho podem incrementar a

produtividade através da melhoria da comunicação e coordenação entre os

colaboradores e os diversos setores da organização; do crescimento da motivação

do trabalhador, no que diz respeito aos seus aspectos individuais; e da constante

capacitação para o aprimoramento do desempenho.

Acredita-se que os momentos de transformação organizacional constituem

potencialmente uma oportunidade para reorganizar o trabalho de tal forma onde a

qualidade de vida e a eficácia organizacional sejam melhoradas, e as

características que se atribuem a um trabalho que tem um sentido, possam

orientar as decisões e as intervenções dos responsáveis pelos processos de

transformação organizacionais.

Cabe lembrar que num ambiente heterogêneo, não existem indivíduos que

estejam sempre motivados nem tarefas igualmente motivadoras para todos. Os

administradores devem atuar sobre os fatores externos, cuidando para que não

surjam insatisfações que podem levar a desmotivação. O trabalho deve ser

provido de significado para provocar vontade de realizá-lo. Outra ferramenta que

pode ser utilizada é a reorganização das tarefas para aumentar o significado do

trabalho para aquele que o realiza.

A implantação da Qualidade de Vida no Trabalho passa, pela

conscientização da informalidade na organização. Quando se contrata um

funcionário, a organização geralmente ignora a existência do indivíduo, enquanto

ser humano / pessoa, ou seja, ignora a Qualidade de Vida no Trabalho. Nem todos

os tipos de conduta dos indivíduos têm a mesma importância para a organização,

ela o quer formalmente na realização das atividades, com o intuito de executar da

melhor forma uma função.

O administrador deve repensar esta organização, no sentido de

humanização. Uma empresa humanizada voltada para seus funcionários agrega

outros valores, promovem a melhoria na qualidade de vida e de trabalho, visando

à construção de relações mais democráticas e justas, além de contribuírem para o

desenvolvimento e crescimento pessoal.

FATORES QUE CARACTERIZAM A QUALIDADE DE VIDA NO TRA BALHO

MOTIVAÇÃO

O estudo da motivação representa a busca de determinados

comportamentos e, sem dúvida, apresenta uma grande importância para a

compreensão do comportamento humano. Segundo Maximiniano (2000, p. 299),

“a motivação não significa entusiasmo ou disposição elevada; significa apenas que

todo comportamento sempre tem uma causa”.

O poder da motivação se reflete nas atitudes que as pessoas têm diante da

vida, bem como cada pessoa lida com as situações, e no que interessa a cada

uma. Por isso, criar um ambiente onde às pessoas possam se sentir bem com a

administração, chefia, com elas mesmas, colegas de trabalho e ainda realizar o

trabalho, não é tarefa fácil, mas pode ser alcançada. As pessoas podem ser

motivadas para maior ou menor produção fazendo aparecer o melhor ou o pior do

que elas têm.

Para Neves (2004, p. 1) “a motivação é uma fonte inspiradora para qualquer

pessoa ir à busca de uma meta, é o que nos impulsiona para lutar todos os dias

pelos nossos sonhos”. Dizer às pessoas que se espera que elas façam o melhor

significa que estas são consideradas capazes de alcançar altos padrões sobre os

quais concordam.

Segundo Chiavenato (2004) a motivação funciona como o resultado da

interação entre o indivíduo e a situação que o envolve. A conclusão é que o nível

da motivação varia entre as pessoas e, dentro de uma mesma pessoa através do

tempo. Assim, a motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforço em

direção a determinados objetivos organizacionais, condicionados pela capacidade

de satisfazer algumas necessidades individuais.

De acordo com Matos (1997) os fatores que influenciam decisivamente

sobre a motivação humana são: Trabalho em grupo; Reconhecimento, segurança

e integração ao grupo; Necessidades fisiológicas; Necessidade de segurança

material; Necessidades sociais; Necessidade do ego; Necessidade de auto-

realização.

O ambiente das sociedades industriais avançadas nas quais a

sobrevivência não constitui mais a principal motivação para o trabalho está

gerando uma nova atitude face à organização. A capacidade de liderança de um

administrador, ou seja, sua capacidade de motivar, dirigir, influenciar e comunicar

deve estar relacionada à sua própria motivação. E, ainda para que haja a

motivação dos funcionários, os administradores só podem liderar se os

funcionários estão motivados para segui-los, o que resulta na motivação de ambos

dentro da organização: administrador e funcionário.

A motivação não é única influência no nível de desempenho de uma

pessoa. Dois outros fatores envolvidos são as capacidades do individuo e suas

compreensões dos comportamentos necessários para conseguir um ótimo

desempenho, ou seja, a percepção do papel. A motivação, as capacidades e as

percepções do papel estão inter-relacionadas. Assim, se qualquer fator tiver

menor rendimento, o nível de desempenho provavelmente será menor, mesmo

que os outros fatores tenham maior eficácia.

A perspectiva do conteúdo no estudo da motivação ressalta a compreensão

dos fatores internos dos indivíduos que fazem com que eles ajam de determinada

maneira. Os indivíduos têm necessidades interiores, que são levadas,

pressionadas ou motivadas a reduzir ou satisfazer. Quer dizer, os indivíduos

agirão para a satisfação de suas necessidades. (MATOS, 1997)

Os administradores podem determinar as necessidades dos funcionários,

observando o que eles fazem e podem prever o que os funcionários estão

fazendo, descobrindo quais são suas necessidades. As necessidades diferem

consideravelmente entre as pessoas e mudam com o tempo. As maneiras pelas

quais as necessidades se reproduzem em atos variam consideravelmente entre as

pessoas. Quem tem grande necessidade de segurança pode “agir com segurança”

e evitar aceitar responsabilidades por temer o fracasso ou a perda do emprego.

As reações das pessoas à satisfação ou a não satisfação de uma

necessidade variam. Quanto mais conseguir conhecer as pessoas com quem se

trabalha melhor é a capacidade de entender as necessidades e o que as motiva.

Entretanto, o comportamento humano depende de tantas complexidades e

alternativas que se fazem previsões incorretas num bom número de vezes.

Deste modo, conforme Chiavenato (2004) o funcionário tem que ser levado

em consideração para que a motivação do mesmo possa ser adequadamente

compreendida. Este sistema consiste em três variáveis que afetam a motivação

nas organizações: as características individuais, as características do trabalho e

as características da situação do trabalho.

SATISFAÇÃO NO TRABALHO

Segundo o dicionário Michaelis (1998, p. 1900) uma das definições para a

palavra satisfação é “Qualidade ou estado de satisfeito, contentamento, prazer”.

Satisfação no trabalho é um fenômeno complexo e de difícil definição, pois é um

estado pessoal, oscilando de acordo com cada pessoa, e com cada situação ao

longo do tempo.

De acordo com Spector (2005) satisfação no trabalho é uma variável de

atitude que representa como uma pessoa se sente em relação ao seu trabalho de

forma geral e, em relação aos vários aspectos que ele se apresenta. Em poucas

palavras, satisfação no trabalho é o quanto as pessoas gostam do que fazem.

Ainda para o autor, a satisfação no trabalho tem sido um fator causador de

importantes realizações por parte dos funcionários, melhor desempenho no

trabalho e do melhoramento da saúde e aumento da expectativa de vida.

Ainda para o autor, a maioria dos estudos sobre satisfação no trabalho

parte de uma perspectiva ambiental, de como as características organizacionais e

ambientais tornam os funcionários satisfeitos ou insatisfeitos.

Chiavenato (2004) afirma que a preocupação da sociedade, com a

qualidade de vida das pessoas está voltada há muito tempo para a situação do

trabalho, como parte integrante de uma sociedade complexa e de um ambiente

heterogêneo. A Qualidade de Vida no Trabalho assimila duas posições

antagônicas: de um lado, a reivindicação dos funcionários quanto ao bem-estar e

satisfação no trabalho e, de outro, o interesse das organizações quanto a seus

efeitos potenciais sobre a produtividade e a qualidade.

REMUNERAÇÃO

De acordo com Chiavenato (2004) remuneração é a retribuição dada ao

funcionário de acordo com o trabalho, dedicação e esforço pessoal desenvolvido

por ele, através de seus conhecimentos e habilidades, podendo ser um pacote de

recompensas quantificáveis que o empregado recebe pelo trabalho. A

remuneração é constituída de três componentes principais, sendo que a proporção

relativa de cada um dos três componentes varia de uma organização para outra.

Chiavenato (2004) aponta três tipos de remuneração:

• Remuneração Básica: que é o pagamento fixo que o funcionário recebe na

forma de salário mensal ou por hora, recebido de acordo com a venda de seu

trabalho;

• Incentivos Salariais: que são programas desenhados para recompensar

funcionários com bom desempenho através de bônus e participação nos

resultados como recompensas por resultados alcançados;

• Benefícios: são concedidos através de diversos programas, como: férias,

seguro de vida, plano de saúde, refeições, transportes. Esses programas quase

sempre são denominados remuneração indireta.

De acordo com o autor, as recompensas podem ser classificadas como

recompensas financeiras e recompensas não financeiras. As recompensas

financeiras, podem ser direta ou indireta, onde a direta consiste no pagamento que

cada empregado recebe na forma de salário, bônus, prêmios, e comissões.

Sendo assim, o salário representa o elemento mais importante, é a

retribuição em dinheiro ou o equivalente pago pelo empregador ao funcionário em

função do cargo que este exerce e dos serviços que presta durante determinado

período de tempo, podendo se referir ao mês ou a hora trabalhada.

A recompensa indireta é o salário indireto decorrente de cláusulas da

convenção coletiva do trabalho oferecido pela empresa, e este inclui: férias,

gratificações, gorjetas, adicionais de periculosidade, insalubridade, noturno, de

tempo de serviço, participação nos resultados, horas extraordinárias, seguro de

vida, entre outros. A soma do salário direto e do salário indireto constitui a

remuneração. (CHIAVENATO, 2004).

Algumas limitações dos sistemas tradicionais de rem uneração

Os sistemas tradicionais de remuneração têm apresentado algumas limitações

após o surgimento da globalização, uma vez que as organizações precisam ser

competitivas e repensadas quanto à sua estrutura organizacional, à adequação

do sistema de custos, às formas de atrair e manter o cliente, ao desenvolvimento

de produtos e serviços. (PICARELLI FILHO, 1999).

Assim, o sistema tradicional de remuneração é conhecido como remuneração

por cargo. Esta é a forma mais tradicional utilizada pelas empresas para

recompensar seus colaboradores pelo trabalho realizado, e que para Picarelli Filho

(1999) pode apresentar as seguintes limitações:

• Com inflexibilidade, as empresas recebem um tratamento padronizado,

independente das características próprias, e específicas;

• Com a visão limitada da realidade o organograma da estrutura

organizacional estabelecido não representa a situação atual, bem como os

procedimentos e normas internas. Sendo assim, há uma visão limitada da

realidade organizacional, o que pode causar prejuízos nos planejamentos e

decisões;

• O conservadorismo é a estrutura organizacional mantida e extremamente

burocrática, privilegiando muitos níveis hierárquicos, demora na comunicação

interna e aumento dos processos críticos;

• A metodologia desatualizada e a implantação e/ou administração dos

sistemas tradicionais de remuneração são trabalhosas, inflexíveis e demoradas;

• A falta de sincronismo nas empresas que adotam conceitos modernos em

geral tem dificuldades para aceitar os sistemas tradicionais de remuneração, que

podem representar uma barreira à evolução do processo de mudança;

• Nas divergências há dificuldades na convergência dos esforços para

objetivos comuns em função da falta de visão futurista e orientação estratégica da

organização, no que tange os conceitos, praticados pelos sistemas de

remuneração tradicionais.

Estas limitações do sistema tradicional colocam as atividades

desenvolvidas pelos funcionários como único parâmetro para a definição de seus

salários.

Deste modo, isto tem provocado a busca por ferramentas ou sistemas que

atendam às atuais demandas organizacionais, ou seja, algumas empresas têm

adotado o sistema por competências ou por habilidades, por acreditarem que esta

é uma das formas mais adequadas de se remunerar o profissional. (PICARELLI

FILHO, 1999).

LER/DORT (Lesões por Esforço Repetitivo / Distúrbio Osteomuscular

Relacionado ao Trabalho)

Um problema de saúde que ataca trabalhadores que se dedicam demais as

tarefas que exigem esforço repetitivo.

Caracteriza-se como “um conjunto de afecções do aparelho locomotor”, sobretudo dos membros superiores, ”decorrentes de atividades ligadas ao trabalho e que acomente músculos, fáscias musculares, vasos sanguíneos, tegumentos, tendões, ligamentos, articulações e nervos”. (LUDUVIG, 1998, p.48 – 49).

Ação dos mesmos grupos musculares, por meses ou anos a fio, onde, os

colaboradores exercem a mesma atividade, sem qualidade de movimentos. O

primeiro sinal é a dor, que pode ser localizada ou em pontos distantes do local de

origem.

Os DORT englobam um conjunto de doenças que atingem principalmente

músculos, tendões, nervos e vasos dos membros superiores e da coluna vertebral.

São inflamações provocadas por qualquer ramo de atividade que exige

movimentos manuais repetitivos, ou posturas forçadas durante um longo período.

Não se trata de uma nova doença, pois estudos e pesquisas já indicam que

desde o século xviii costureiras escribas (escrivões) já apresentavam dores e

algum desconforto, mas os patrões achavam como uma doença imaginária. A

desconfiança ainda nos dias de hoje existe, muitos gerentes, coordenadores ainda

não acreditam, apesar deste poder levar à invalidez em muitos casos, e acham

que os colaboradores se escondem atrás dela, para muitas vezes não irem

trabalhar.

A partir da década de 80 quando a Austrália passa pela primeira epidemia

mundial, chamando a atenção para as doenças do trabalho. Desde então, é que

se tem consciência da gravidade de tais doenças.

Por isso, não adianta seguir buscando soluções parciais, como as empresas oferecem cadeiras novas aos colaboradores, para resolver os casos (LUDUVIG, 1998, p. 56-57).

Colaboradores com alto grau de motivação e participação nas decisões, por

exemplo, podem trabalhar várias horas, fazendo mesmos movimentos, e não

serem acometidos pelos sintomas desta doença. A satisfação pelo que faz e a

motivação são os compensadores. O mais importante é que os colaboradores

deixem de ser vistos como peças descartáveis, que podem ser facilmente

substituídas, e passem a ser valorizados e tenham suas limitações físicas

respeitadas. A falta de QVT abre precedente para adoecimento físico, mental e

emocional aos colaboradores. Sebastião Ivone Vieira ressalta a necessidade do

corpo humano estar em total equilíbrio, gozando de saúde física, mental, psíquica

e emocional. O bem-estar do colaborador é de fundamental importância para a

vida particular e para a realização de seu trabalho.

O trabalho não pode agredir, porque é preciso manter a integridade física e

emocional do colaborador. E as doenças ocupacionais ou do trabalho, são efeitos

condenáveis e devem ser evitados. O trabalho tem que trazer a satisfação e com

isso o equilíbrio emocional.

Sintomas e Causas da LER/DORT

Os sintomas levam certo tempo até serem claramente percebidos. Com

frequência, são desencadeados ou agravados, após períodos de maior quantidade

de trabalho ou jornadas prolongadas e em geral, o trabalhador busca formas de

manter o desenvolvimento de seu trabalho, mesmo que à custa de dor.

A velocidade, a resistência, as sobrecargas, a temperatura ambiente, as

vibrações, etc. são elementos importantes para o aparecimento da LER / DORT. A

diminuição da capacidade física passa a ser percebida no trabalho e fora dele, nas

atividades cotidianas.

Segundo Oliveira (1998) o relato mais comum é no início a sensação de

desconforto ou cansaço maior que o habitual durante a jornada de trabalho,

geralmente após curto período de sobrecarga, algo muito insidioso e de início

remoto, impreciso. Estas sensações, no princípio, passam após, transcorrida a

jornada de trabalho, sendo o repouso suficiente para a sua remissão. As queixas

mais comuns do portador de LER/DORT são bem variáveis, mas, via de regra

apresentam, indicações como dor no corpo localizada ou generalizada; algum

desconforto em regiões específicas; fadiga em geral; sensação de peso ou de

formigamento em partes do corpo, bem como dormência, sensação de redução de

força muscular e inchaço. Há também outros sintomas como enrijecimento

muscular, choques nos membros e falta de firmeza nas mãos.

A dor vai se acentuando com o passar do tempo, persiste em toda a

jornada de trabalho, continua em casa, mesmo em repouso, chegando a impedir o

sono. A evolução natural da doença, sem tratamento adequado, pode levar a

quadros graves. O tratamento é realizado dependendo do estágio e evolução da

doença, mas o melhor é a prevenção.

Segundo Oliveira (1998) alguns dos sintomas nas principais formas clínicas:

• Tendinites e tenossinovites: processos inflamatórios em tendões, e o

sintoma mais característico é a dor;

• Dedo em gatilho: também é uma tenossinovite causadora pela

inflamação dos tendões flexores dos dedos;

• Bursites: localização, mas importante é nos ombros, irá se queixar de

dor ao fazer a rotação e elevação do membro superior, etc.

Os fatores de risco não são necessariamente as causas diretas das LER /

DORT, mas podem gerar respostas que produza. Os fatores de risco não são

independentes, interagem entre si e devem ser sempre analisados de forma

integrada. Envolvem vários aspectos entre eles: sensoriais, afetivos e de

organização do trabalho.

Segundo Oliveira (1998), o quadro de LER/DORT se manifesta, quase

sempre, através de síndromes já bem conhecidas da ortopedia, reumatologia, e

clínica médica. Portanto, o diagnóstico de LER/DORT indica somente sua origem

laboral, necessitando ser definida a síndrome desenvolvida.

A necessidade de responder às exigências do trabalho, o medo de

desemprego e a falta de informação, estimula o trabalhador a suportar seus

sintomas e a continuar trabalhando como se nada estivesse ocorrendo.

Prevenção

Para uma boa prevenção devem-se utilizar estratégias que melhorem o

ambiente de trabalho, programas de informação e medidas de amparo aos

trabalhadores acometidos pela doença. Não há receitas “milagrosas” que

previnam a LER/DORT, nem ambientes de trabalhos “perfeitos”. Em muitos

ambientes de trabalho já são conhecidos e as melhorias em muitos já começaram,

a ser trabalhadas.

Ao se compreender e conhecer esta doença percebe-se a necessidade da

abordagem global para se conseguir a prevenção.

A abordagem global preventiva das LER/DORT deve avaliar todos os elementos do sistema de trabalho: o indivíduo, os aspectos técnicos do trabalho, ambiente físico e social, a organização do trabalho e as características da tarefa. (Série A. Normas e Manuais Técnicos do Ministério da Saúde, 2005, p. 45).

Ao conhecer os mecanismos fisiológicos e psicológicos do ser humano,

podemos entender que distúrbios de saúde podem surgir quando limites são

ultrapassados, como ocorrem no caso de trabalhos repetitivos e/ou posturas

prolongadas. No centro deste sistema está o ser humano influenciado pelos

elementos da atividade laboral.

É preciso intervir desde os primeiros estágios de desenvolvimento do

quadro clínico.

Conforme o Ministério da Saúde (Manual normas técnicas, 2005), pode-se

viabilizar a prevenção da LER/DORT nas organizações da seguinte forma:

• Alternância das tarefas e rotação nos postos de trabalho: objetiva a

melhoria ergonômica das condições de trabalho. Postos que não

podem ser modificados devem ser ocupados mediante rodízio,

possibilitando diminuição na duração da exposição aos fatores de

risco;

• Pausas: como já sabemos o problema crucial da LER/DORT é a

super-utilização da musculatura com falta de tempo para

recuperação dessas estruturas, devido a fatores de risco. Essa

recuperação só é alcançada se houver descanso suficiente dessas

estruturas;

• Redução na jornada de trabalho: dentro do mesmo raciocínio

utilizado para as pausas, a redução da jornada diminui a exposição

aos fatores de risco;

• Revisão da produtividade e das formas de controle/supervisão dos

trabalhadores;

• Treinamento: deve ter um papel complementar dentro do conjunto

das medidas de preventivas.

A prevenção somente se coloca em prática se os responsáveis pela

administração da empresa possuir a formação adequada que os capacite a

compreender o homem no seu potencial produtivo, dentro de uma perspectiva,

econômica, ética e moral.

ERGONOMIA

A ergonomia pode ajudar na prevenção da LER/DORT. A melhoria do

espaço físico e dinâmico de trabalho que não induzam ao desenvolvimento da

lesão no trabalhador. Por vezes, pequenas adaptações fazem grandes diferenças.

As pausas programadas podem ser consideradas atitudes ergonômicas benéficas.

No Brasil existe a Norma Regulamentadora -17, conforme a portaria MTB nº

3.214, de 08 de julho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego, que

estabelece parâmetros para materiais, mobiliários e equipamentos. Mais

recentemente a NR 17 foi revista (março de 2007) ampliando sua área de atuação

e indicando outras recomendações que gerem maior conforto, segurança, saúde e

bem estar aos trabalhadores em geral. Nesta revisão os profissionais de call

center e operadores de checkout recebem uma atenção maior por se tratarem de

profissionais que apresentem trabalho repetitivo de forma mais cotidiana.

Segundo a Norma Regulamentadora 17, os móveis, no intuito de ajudar na

prevenção da LER/DORT:

• Cadeiras: devem ser ajustáveis à estatura do colaborador, de

preferência com assento arredondado e encosto adaptado ao corpo

para proteção da região lombar. Os modelos giratórios com rodinhas

nos pés são os mais indicados;

• Apoio para pés: essenciais para quem trabalha na posição sentada

e os pés não alcançam o chão;

• Monitor: a tela, o teclado e o documento devem estar dispostos de

forma a facilitar o foco, evitando o cansaço visual;

• Teclado e mouse: um apoio ajuda os punhos a ficarem alinhados

com as mãos;

• Iluminação: deve ser difusa e instalada de forma a evitar reflexos e

sombras.

O replanejamento dos postos de trabalho é uma solução eficiente.

Tornando posturas e movimentações mais seguras, conseqüência natural da

atividade.

Qualquer modificação no posto de trabalho é para que este se adapte ao

colaborador, através de modificações que reduzam as exigências de força,

repetitividade e posturas desconfortáveis. A solução ergonômica é aquela que

promove segurança e conforto ao colaborador e de certa maneira aumenta a sua

eficiência no desenvolvimento do seu trabalho.

Segundo Kroemer e Grandejean (2005), a investigação ergonômica deve

buscar os seguintes objetivos:

• Ajustar as exigências do trabalho às possibilidades do homem, com

o fim de reduzir a carga externa;

• Conceber as máquinas, os equipamentos e as instalações pensando

na maior eficácia, precisão e segurança;

• Estudar cuidadosamente a configuração dos postos de trabalho, com

o intuito de assegurar ao trabalhador uma postura correta;

• Adaptar o ambiente físico às necessidades físicas do homem.

Há muitos outros autores que tratam desse tema. Mas, independente do

autor, o enfoque da ergonomia está no homem, no seu processo de trabalho para

a eliminação de riscos e esforços e na constante busca pelo conforto e eficiência

do sistema.

Uma vez que a empresa venha a implementar as melhorias indicadas

muito provavelmente O trabalhador possa usufruir dos mesmo estabelecendo-se

assim um ambiente mais saudável.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O artigo apresentado mostra a importância da Qualidade de Vida no

Trabalho. Se os funcionários passam a maior parte do tempo dentro da

organização, esta deve proporcionar um ambiente saudável, de respeito, e com

qualidade de vida, para que o funcionário possa desenvolver da melhor forma

suas atividades.

A busca pela Qualidade de Vida no Trabalho, por um ambiente físico

confortável, agradável e a satisfação pessoal e profissional do colaborador deve

ser constante, pois sabemos que o trabalho é vital para o ser humano.

A necessidade de tornar nossas empresas competitivas colocou-nos de

frente com a busca pela qualidade, que deixou de ser um diferencial competitivo,

para se tornar condição de sobrevivência.

A maioria dos trabalhadores portadores de LER/DORT desconhece a

origem da doença. Muitos deles quando chegam aos serviços de saúde tem sérios

desvios de informação, que acabam influindo negativamente no tratamento se não

houver orientação específica nesse aspecto.

A identificação e o reconhecimento desta doença em relação ao trabalho

constituem-se em algo ainda novo, onde os trabalhadores têm medo de serem

discriminados e por isso, muitas vezes, escondem a doença, justamente nos

estágios iniciais quando ainda são reversíveis. O tratamento é realizado

dependendo do estágio e evolução da doença, mas o melhor é a prevenção.

Nenhum tratamento dispensa medidas ergonômicas onde na realidade

tratar a LER/DORT significa tratar o colaborador e o ambiente de trabalho.

Deste modo, é nas organizações que passamos a maior parte de nossas

vidas, e é natural que desejamos transformá-las em lugares mais aprazíveis e

saudáveis para a execução do nosso trabalho. Locais que podemos passar

algumas horas vivendo, criando e realizando plenamente com Qualidade de Vida,

satisfação e alegria.

Conclui-se então que o instrumento diferencial para a organização é a

existência da Qualidade de Vida no Trabalho mais a satisfação do colaborador.

REFERÊNCIAS

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