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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
QUALIDADE NO ATENDIMENTO COMO UM
DIFERENCIAL COMPETITIVO.
Marcos da Costa Nogueira
Rio de Janeiro
2007
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
QUALIDADE NO ATENDIMENTO COMO UM
DIFERENCIAL COMPETITIVO.
Objetivos:
Esta publicação atende a complementação
didático-pedagógica de Metodologia da
Pesquisa e a produção e desenvolvimento
de monografia, para o curso de pós-
graduação em Gestão Estratégica.
Marcos da Costa Nogueira
Rio de Janeiro
2007
2
AGRADECIMENTOS
Aos professores por todo profissionalismo
dispensado em nossas aulas e a todos os colegas
de turma que caminharam comigo nessa brilhante
jornada.
3
DEDICATORIA
Este trabalho é dedicado aos meus pais, a minha
esposa Aline e meu filho Thiago, pela paciência,
amor e dedicação.
4
RESUMO
A cada dia que passa, o mundo dos negócios está mudando cada vez
mais a forma de competir no mercado. Hoje, a nova visão é atingir diretamente
às necessidades do cliente. Só assim a empresa se manterá viva por um
tempo.
Após a Segunda Guerra Mundial, as companhias eram voltadas
somente para a venda de seus produtos e serviços, sem mostrar preocupação
na manutenção de seus clientes. Com o passar do tempo, essas empresas não
sobreviveram em função da diminuição do consumo, bem como a alta
competitividade de seus concorrentes. Atualmente, as empresas vêem
adequando a venda de seus produtos com a qualidade na prestação de serviço
de seus funcionários, tendo como base a análise e identificação das
necessidades de consumo.
O consumidor, ciente de suas necessidades, sabe como fazer valer os
seus direitos no momento que adquiri um tipo de produto, considerando as
informações inerentes a marca e modelo, apelo comercial e a qualidade na
prestação de serviço realizado. O mercado possui uma vasta opção de outros
fabricantes e fornecedores e com certeza, caso o produto não o satisfaça, ele
buscará um outro para substituí-lo. Os clientes de hoje são mais críticos em
relação aos serviços que recebem.. Por isso, as empresas estão cada vez mais
preocupadas com a seguinte solução: A Qualidade na prestação de serviços. E
só assim, serão criadas condições de competitividade e de aproveitamento nas
oportunidades.
As indústrias de serviços hoje encontram um grande número de
concorrentes. Como por exemplo, Rede de bancos, Seguradoras,
Comunicação, Processamento de Dados, que basicamente oferecem os
mesmos produtos. Na competição, a forma de servir será o diferencial entre
eles.
É importante inovar e principalmente, melhorar as relações particulares
com os clientes. Esse é o ponto chave do sucesso: Qualidade no atendimento
como um diferencial competitivo.
5
METODOLOGIA
Ao nos voltarmos para a demonstração e análise do tema, nos
utilizamos do raciocínio dedutivo e de livros e artigos relacionados ao assunto,
sem os quais não teríamos conseguido realizar uma valiosa pesquisa
bibliográfica, o que faz com que possamos afirmar que todo material utilizado
foi de suma importância para imprimir ao trabalho a seriedade que
desejávamos.
6
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................5
INTRODUÇÃO.....................................................................................................8
CAPITULO 1 Qualidade e Atendimento: A nova organizaçãovoltada para o cliente........................................................................................ 10
1.1 A Informática na Era da Globalização...................................................121.2 Informatização na Força de Atendimento..............................................131.3 Fidelização de clientes..........................................................................141.4 Atendimento ao cliente como um diferencial competitivo.....................161.5 A Qualidade do Produto e Serviço........................................................171.6 A Qualidade que o cliente quer.............................................................191.7 Avaliação da qualidade e satisfação.....................................................20
CAPITULO 2 Selecione os Melhores Funcionários.................................23
2.1 Supere os problemas............................................................................252.2 Avaliação dos serviços..........................................................................272.3 Prometa e cumpra.................................................................................292.4 Use as reclamações como aliadas........................................................302.5 O Treinamento é fundamental...............................................................32
CAPITULO 3 Estudo de Caso no Atendimento a Clientes......................36
3.1 Introdução: A Empresa..........................................................................373.2 Os Cenários...........................................................................................403.3 O Passado Recente no mercado de seguros.......................................423.4 O Presente no mercado de seguros......................................................433.5 O Futuro no mercado de seguros..........................................................453.6 Estudo de Caso na empresa – Programa 100% Corretor.....................473.7 Análise do Estudo de Caso...................................................................49
CONCLUSÃO....................................................................................................54
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................56
7
INTRODUÇÃO
Esta monografia tem como base a realização de pesquisas e
observação no interior da empresa em que trabalho. Nasceu da necessidade
do conhecimento sobre um assunto que tanto faz parte da minha rotina
profissional: Qualidade no Atendimento.
No departamento comercial da Bradesco Seguros S/A, prestamos
atendimento direto ao público voltado para o mercado de Seguros, onde o foco
principal do trabalho é a operação de contratos trazidos pelos Corretores de
Seguros.
No primeiro capítulo é abordado a qualidade no atendimento como nova
organização voltada para o cliente, a globalização, a fidelização e a prestação
de serviços.
No segundo capítulo é enfatizada a seleção e treinamento de
funcionários, a superação de problemas internos e uso de reclamações como
aliadas na forma de atendimento.
No terceiro capítulo é apresentado o estudo de caso relacionado a
criação da ferramenta de atendimento voltada ao cliente – O Programa 100%
Corretor – que visa a otimização de processos que eram realizados
internamente na Bradesco Seguros S/A e o acesso as informações inerentes
as atividades dos Corretores de Seguros.
No mercado do século XXI, apenas as empresas capazes de fazer um
excelente trabalho no que diz respeito à qualidade e satisfação dos clientes
irão sobreviver e prosperar. Isto porque os consumidores de hoje não são mais
como os de antigamente. Hoje, são bem mais informados sobre a qualidade,
preços, bem como os seus direitos como consumidor.
Uma empresa que busca desenvolvimento deve ser preocupar não só
com a quantidade produzida, mas principalmente, com a imagem deixada pela
qualidade do serviço prestado a um cliente. Caso contrário, serão necessários
grandes investimentos em publicidade para conquista-los e suprir aqueles que
mudaram para o concorrente.
8
É importante manter os clientes satisfeitos para ter a garantia de lucros
sólidos, crescentes e constantes no futuro. Os altos lucros estão diretamente
ligados à qualidade percebida pelo cliente e ao prestígio que a marca do
produto tem no mercado.
9
CAPÍTULO I
Qualidade e Atendimento: A Nova Organização Voltada para o
Cliente.
As organizações eficientes entendem seus clientes. Os seus
administradores mantém a qualidade no serviço quando tem o conhecimento
do produto e dominam a forma de trabalho nessas organizações. O
compromisso com a qualidade assumido pela alta direção é essencial e exige
ação. A empresa só atinge plena compreensão dos conceitos de qualidade,
tanto do produto como a do serviço, quando supre as necessidades do cliente.
As Companhias que procuram atender os desejos de seus clientes
apresentam uma diferenciação significativa perante as concorrentes. Tanto a
qualidade do produto como a do serviço devem andar em conjunto, onde cada
vez mais incorporam em seu quadro de metas a importância de oferecer a
qualidade e o comprometimento de sua equipe de funcionários, garantindo
assim o atendimento de sucesso. Segundo Shiozawa, “As empresas que forem
capazes de manter o foco no usuário e atenção as necessidades atuais e
futuras dos clientes serão aquelas que experimentaram prosperidade a longo
prazo.” 1
As empresas que possuem uma visão clara, com objetivos definidos e
compartilhados com toda a equipe atingem uma grande transformação.
Passam a dar a real importância ao cliente, deixando de lado a burocracia.
Todo o departamento e todas as pessoas que fazem parte de uma organização
deveriam captar, adaptar à corporação e, a partir daí focar o serviço de
atendimento ao cliente. Forma-se então, uma equipe poderosa que
compartilha de um mesmo objetivo: agradar ao cliente.
1SHIOZAWA, Ruy S. C. Qualidade no atendimento e tecnologia de informação. São Paulo: Editora AtlasS.A., 1ª Edição; 1993. p.43.
10
As empresas precisam ter uma visão baseada em razões simples e
concretas, servindo como estímulo para unir esforços e alcançar as metas
estipuladas. Para que exista um foco sobre o trabalho, deve-se ter clareza em
relação às metas do departamento e da organização. Essas metas são usadas
como base para tomadas de decisões e para a orientação das ações, devendo
ser aceitas por todos.
Para sobreviver em mercados tão dinâmicos e competitivos, as
empresas devem criar diferenciais significativos em relação aos demais
existentes, estudando todas as características dos seus clientes, seus gostos e
percepções. Ampliar o contato direto com o cliente é fundamental para que
conhecer as suas reais necessidades. Essa proximidade coloca a empresa
numa posição estratégica de competição.
Não se deve tentar vender produtos simplesmente porque eles existem
no mercado, mas sim, criar um novo mercado compreendendo exatamente as
necessidades dos clientes e da nossa sociedade.
Tudo vem de uma evolução nas formas de consumo, criação de novas
tecnologias, difusão da informação e mudanças no marketing, estratégias e
posicionamento. A prestação de serviços com qualidade é uma vantagem
competitiva perante ao mercado concorrente. Uma empresa só atingirá o
sucesso quando sua meta e visão estiverem totalmente voltadas à satisfação
do cliente e as melhores formas de atendê-lo.
Essa preocupação, também posiciona as empresas junto as demais, não
só pela sua quantidade produzida, mas pelo resultado obtido. É preciso estar
ciente de tudo que está acontecendo no mercado para continuar trabalhando e
prosperando no ambiente de hoje, visando um futuro provedor. Buscar um
aperfeiçoamento e melhor desempenho em tecnologia aplicada no atendimento
é vital para quem quer alcançar qualidade.
Nos processos globalizados de acesso a informação, a informática é
fundamental para estreitar o relacionamento entre a empresa e o cliente.
11
1.1 A Informática na Era da Globalização.
Globalização: Nome dado ao amplo processo de interligação econômica
e cultural que marcou o mundo no fim do século XX, devido sobretudo ao
crescimento vertiginoso dos principais centros nervosos das sociedades
modernas: os mercados financeiros e as redes de informação. No plano
econômico, a globalização se traduz por maior abertura no comércio externo e
por uma rapidez, sem precedentes, no movimento capital, permitindo a
investidores aplicar dinheiro num país e retirá-lo em questão de segundos.
Conforme Vieira:
“O fenômeno decorre basicamente da expansão dos sistemas de
comunicação por satélites, da revolução da telefonia e da presença da
informática na maior parte dos setores de produção e de serviços,
inclusive por meio de redes virtuais como a Internet.”2
O papel fundamental da área da Informática dentro das organizações
possui mais características de prestação de serviços do que de produção de
bens ou produtos. Depois do advento da microinformática, a área da
Informática teve sua responsabilidade bastante ampliada. Além do seu
tradicional papel de construtora de sistemas computacionais, a informática,
agora, se responsabiliza por uma enorme variedade de serviços voltados, não
somente às necessidades organizacionais, como também, às necessidades
pessoais de informação, assessoria, treinamento, suporte e atendimento à
clientes.
A tecnologia e o atendimento já foram considerados adversários. A frieza
e a impessoalidade da tecnologia e a peculiaridade humana do atendimento
pareciam estar em freqüentes conflitos.
A transformação do marketing é impulsionada pelo enorme poder e
ampla disseminação da tecnologia. O valor que os clientes dão a uma empresa
é diretamente proporcional à disposição da empresa em adaptar seus
2 VEIRA, Liszt, Cidadania e Globalização. Rio de Janeiro, editora Record, 3ª edição, 2000, p.44
12
produtos, serviços e atendimento. Isto é o que verdadeiramente representa a
evolução do marketing para a empresa orientada para o mercado. De acordo
com Morgado: “O que vale, a partir da década de 90, é o marketing tipo vamos
pensar juntos se e como as características de um produto ou serviço são
necessárias para seus objetivos (clientes) mais amplos”3.
O marketing baseado em conhecimentos requer que a empresa domine
uma determinada escala de conhecimentos: da tecnologia na qual está
competindo, dos concorrentes, das novas fontes de tecnologia capazes de
desestruturar o ambiente competitivo e de sua própria organização,
capacidade, planos e modo de fazer negócios.
1.2 Informatização na Força de Atendimento.
As empresas encontraram uma solução para se obter maior eficácia no
atendimento: concentrar seus funcionários na atividade de negociar e utilizar
a tecnologia do marketing por banco de dados.
Se nos detivermos em analisar as atividades de um funcionário para a
conquista de um novo cliente, a conclusão será a de que ele passa a maior
parte do seu tempo prospectando - de forma pouco objetiva - e não
atendendo. Isso porque, compete a ele as atividades de atendimento a
clientes potenciais, identificação das pessoas que decidem a compra e
marcação da entrevista com elas. Esse processo consome boa parte do seu
tempo e esforço.
Cabe ressaltar que os funcionários ganham pelo que efetivamente
atendem e não pelas portas que abrem. Eles concentram seu tempo e
energia naqueles clientes que lhes possam gerar, com certeza, os melhores
resultados no primeiro atendimento. Até que o funcionário consiga sucesso,
muitos e muitos atendimentos são realizados. São horas de espera, recusa,
3 www.eduardomorgado.com.br – Acesso em 20.05.07 às 14:25hs
13
altos custos de transporte, perda de tempo e, principalmente, perda de
oportunidade de atender.
Segundo Bretzke:
“Este conjunto de dificuldades pode levar cada colaborador em
particular e a força no atendimento como um todo a: dedicar-se
principalmente (ou apenas) aos seus clientes existentes, com baixo
esforço para conquistar novos clientes; concentrar-se apenas nos
produtos que lhe dão maior retorno, quer por serem de demanda
garantida, quer por serem os que lhes rendem maiores comissões.”4
Qualquer dessas perspectivas é prejudicial. Nenhuma empresa
aumenta sua lucratividade a longo prazo se não estiver permanentemente
conquistando maior participação de mercado, ou seja, novos clientes. Além
disso, é fundamental a montagem de um eficaz Banco de Dados para
sistematizar todas as ações de atendimento, vendas e controlar a
comunicação, atingindo as pessoas certas, na empresa certa, no momento
certo.
Desta forma, a empresa atingirá melhor qualidade no atendimento e a
manutenção de seus clientes como forma de fidelização.
1.3 Fidelização de Clientes.
A busca de novos clientes pode ser atraente e motivadora para uma
empresa, entretanto é mais cara do que reter um atual. Essa já é uma boa
razão para o desenvolvimento de uma estratégia de fidelização. Além disso,
atender as suas atuais necessidades é mais fácil, porque se sabe quem são.
Hoje as pessoas desejam fazer negócio com empresas que ofereçam
serviços agregados a seus produtos antes, durante e após a venda. Eles
procuram um relacionamento de longo prazo, onde as necessidades4 BRETZKE, Miriam, Marketing de relacionamento e competição em tempo real, São Paulo, editoraAtlas,1ª edição,2000, p.15
14
individuais possam ser atendidas não somente hoje, mas também no futuro.
A fidelização do consumidor é um dos determinantes mais importantes
para o sucesso da empresa. Esse tipo de programa tem influência direta na
análise de valor a longo prazo para a aquisição de cada novo cliente. Ela se
relaciona com a satisfação do produto ou de seus atributos - essa satisfação
pode ser real ou apenas uma percepção. Para construí-la é essencial
entender as necessidades, desejos e valores, pois constantemente a
comunicação deve reforçar a percepção sobre o produto ou serviço.
A fidelização de clientes não pode estar calcada apenas em programas
de fidelidade. Iniciativas de marketing, muitas vezes, são esforços isolados, o
que não é suficiente. Antes de mais nada, toda a empresa deve estar
preparada para garantir os produtos, os serviços e o atendimento em todos
os canais de comunicação. Os programas de fidelidade visam incrementar o
valor dos negócios, direcionando os esforços para os segmentos mais
importantes da empresa. De acordo com McKenna “o Marketing moderno é
uma batalha para obter a fidelidade dos clientes.”5
Fidelizar não é gerenciar produtos, mas clientes. Empresas que em
todos os níveis não estão preparadas para o relacionamento com os clientes,
os vê como adversários. Sem domínio da situação, desconfiam deles e geram
desentendimentos. Os funcionários precisam ouvi-los com atenção e respeito e
ter autonomia e responsabilidade para falar em nome da empresa. Devem ser
treinados para analisar situações de conflito e tomar decisões em favor dos
clientes.
A inovação de uma empresa depende dos riscos assumidos por seus
funcionários.
Programas de capacitação e motivação de funcionários, principalmente
aqueles que se relacionam diretamente com os clientes, são imprescindíveis
para a fidelização. Quando ele entra em contato com um funcionário da
empresa, sua percepção é de que está falando com a empresa e não com o
5MCKENNA, Regis, Marketing de relacionamento: estratégias bem sucedidas para a era do cliente, Riode Janeiro, Editora Campus, 1ª Edição; 1993. p.22.
15
funcionário. O cliente espera que o funcionário se comporte em nome da
empresa, não como alguém que não é comprometido com o que faz.
Se toda a empresa não estiver empenhada em identificar e construir
relacionamentos estratégicos, os funcionários também não se empenharão.
Um time é fundamental para produzir resultados.
O foco da empresa deve ser a construção de relacionamentos, tendo
como compromisso o incentivo ao trabalho em grupo e ao esforço do time.
Independentemente do tipo de serviço a ser prestado ao cliente, há sempre o
envolvimento de mais de um setor da empresa. Para solucionar problemas de
clientes, freqüentemente, estão envolvidos vários funcionários. O
comprometimento deve ser de todos e o padrão de atendimento deve ser
único. Se isso não ocorre, o cliente não percebe a empresa como digna de
confiança. Sem confiança, está vulnerável às ações da concorrência.
1.4 O Atendimento ao Cliente como um Diferencial
Competitivo.
As organizações estão identificando as necessidades dos clientes ou
fazendo da atenção ao consumidor um fator crítico de sucesso. O atendimento
ao cliente vem cada vez mais se transformando num poderoso diferencial
competitivo. É exatamente porque a sociedade carece não só de bons produtos
como principalmente de qualidade na prestação de serviços.
Se os clientes estão tornando-se cada vez mais insatisfeitos com o
atendimento que tem recebido, as empresas e companhias também sofrem
com o impacto desta situação. O crescimento de reclamações pertinentes a
prestação de serviços vem aumentando gradativamente. Alguns clientes
reclamam, outros transmitem sua insatisfação para diversas pessoas e a maior
parte deles desiste do produto/serviço.
16
Segundo Walker:
“A maioria dos clientes insatisfeitos com os seus
serviços não reclamam – eles podem engolir a
insatisfação e apenas resmungar com os amigos ou
podem decidir procurar os serviços necessários em
outro lugar”.6
O ambiente sócio-econômico também exerce uma grande influência nos
problemas de atendimento. Podemos exemplificar os problemas sociais e a
queda do poder aquisitivo que proporcionam a alteração no ambiente de
atendimento.
Os maiores problemas não estão nos produtos propriamente ditos, mas
nos serviços que devem acompanhá-los e o atendimento de um modo geral.
Se houver investimento entre ambos, teremos um aumento da satisfação dos
clientes gradativamente, obtendo assim, ganhos e um diferencial competitivo.
1.5 A Qualidade do Produto e Serviço.
Antes da década de 90, a qualidade do serviço era avaliada com base
nas providências tomadas pelas empresas quando o cliente reclamava de um
produto danificado. Até então, as companhias não davam atenção aos serviços
prestados. Não é possível adquirir uma vantagem competitiva duradoura, sem
trabalhar tanto na qualidade do produto como na do serviço. Para isso, deve
existir uma preocupação da empresa em resolver problemas, tanto na parte de
produção como na contratação de pessoal treinado, capacitado e satisfeito com
as condições de trabalho que atuam.
O grande percentual de clientes que trocam de produtos está ligado
diretamente a um serviço mal prestado do que a possíveis defeitos deste
produto. As vendas atraem clientes, os serviços de atendimento os mantêm.
6 WALKER, Denis O cliente em primeiro Lugar. São Paulo: Editora Makron Books, 1ª Edição; 1991p.128
17
Segundo dados do IBGE7, no Brasil, 60% do Produto Interno Bruto está
direcionado à serviços. As empresas que entendem isso abraçam uma
oportunidade de negócio e buscam criar novas formas competitivas. Serviço
com qualidade superior, da mesma forma que serviço com qualidade inferior,
começa pela alta administração. Muitos administradores ainda acreditam que
qualidade é gerar lucro para a empresa, cobrando intensivamente maior
produtividade.
Essas empresas fazem publicidade, promoções, usam diversos tipos de
descontos para atrair a atenção dos consumidores, mas dão pouca atenção ao
serviço de atendimento ao cliente. Porém a forma mais garantida de retorno do
cliente e sua satisfação é quando este encontra produtos de qualidade,
manutenção e uma boa administração na execução do serviço interno. De
acordo com Shiozawa : “E, especialmente, a nova organização está voltando-
se para aquele que muitas vezes ficou esquecido: o cliente” 8
Tomar como base o melhor e tentar superá-lo é o caminho para a
empresa atingir a excelência. Para que se conquiste o máximo em qualidade a
empresa deve trabalhar com profissionais que buscam aprender e aperfeiçoar-
se, mantendo-se constantemente a procura de melhores soluções.
Muitas empresas hoje estão voltadas para o cliente, criando uma força
empresarial que as manterão com sucesso mesmo passando por futuras
tormentas, sejam elas econômicas ou gerenciais. Uma forma de aprender
como eliminar as causas de insatisfação dos clientes e não cometer os
mesmos erros é procurar observar e se informar acerca das táticas das
empresas mais experientes no mercado.
7 Segundo o site http://.ibge.gov.br. Acesso em 21.05.07 às 21:30hs, a definição de PIB: O Principalindicador do volume da economia é o Produto Interno Bruto (PIB). A evolução recente do PIB sintetiza osalto econômico brasileiro. A evolução do PIB tomada isoladamente é um indicador precário, pois ela nãorevela a situação da produção da riqueza por habitante, mas unicamente o volume global da riquezacriada. Entretanto, quando se analisa o PIB per capita, verifica-se também um salto econômicoextremamente significativo.8 SHIOZAWA, Ruy S. C. Qualidade no atendimento e tecnologia de informação. São Paulo: EditoraAtlas S.A., 1ª Edição; 1993. p.30.
18
1.6 A Qualidade que o Cliente Quer.
As empresas devem buscar a qualidade que o cliente procura. Para
tanto, elas devem esquecer o conceito interno de qualidade, reformular os
produtos e serviços, baseando-se em projetos e pesquisas que buscam a
fundo o que o cliente deseja. De acordo com Gordon: “Basear-se em
comentários espontâneos dos clientes raramente é suficiente para dar um bom
quadro de visão dos clientes sobre seus serviços”9
É importante manter clientes satisfeitos para ter a garantia de lucros
sólidos, crescentes e constantes no futuro. Os altos lucros estão diretamente
ligados à qualidade percebida pelo cliente e do prestígio que a marca do
produto tem no mercado. Até um período anterior a globalização, o retorno que
a empresa obtinha era mais rápido, porém as que não se conscientizaram
sobre as transformações ficaram ameaçadas.
A satisfação dos clientes ocorre quando uma companhia concentra seus
esforços, a fim de prestar serviços com qualidade. O retorno é a lealdade
desse cliente, a criação e manutenção de uma boa imagem da empresa. O
cliente sempre volta a empresa que ofereceu confiança e serviços
consistentes. Muitos deles estarão até dispostos a pagar mais por isso.
Para atingir o nível de uma empresa voltada para o cliente, é preciso
determinar o perfil desse cliente, conhecer suas necessidades e expectativas e
contar com uma equipe que trabalhe diretamente para a sua satisfação.
Muitos pesquisadores tentam descobrir o que os consumidores querem,
indagando-os. Porém, os consumidores podem ocultar ou até mesmo omitir
seus desejos por se sentirem constrangidos. Em muitos casos, a melhor
maneira consiste em usar o consumidor para que ele proponha os produtos ou
serviços através de pesquisas de mercado.
As necessidades dos clientes são abrangentes e mudam
constantemente. Mas para se conquistar a lealdade é necessário oferecer–lhe
velocidade nas transações, atenção, confiança e consistência. Ter como meta a
9 GORDON, Ian. Marketing de relacionamento. São Paulo: Editora Futura, 1ª Edição; 1999 p.12
19
superação das expectativas dos seus clientes, sem medir esforços, é uma
forma eficaz de manter uma vantagem competitiva no mercado.
Outra forma eficiente que a companhia tem para cultivar um cliente
sempre fiel é tornar-se próximo dele. Os funcionários dessa empresa devem
estar sempre prontos para escutarem seus clientes, mas perguntar também é
muito importante. Ter sempre perguntas novas para os seus clientes ajuda na
detecção e prevenção de possíveis problemas. De acordo com Manual do
Grupo Friedman: “Quanto menos resistentes seus clientes se sentirem após
baterem papo com você, mais propensos eles ficaram a falar e a lhe dar as
informações a mais que você está buscando”10
Algumas empresas acham que já conhecem os desejos de seus
clientes. Outras apenas aguardam a procura do cliente para que possam então,
oferecer seus serviços. E há também aquelas que ainda mantém a mesma
forma de trabalhar durante anos afirmando que não precisam de mudanças.
Essas atitudes só fazem reduzir suas chances de permanência no mercado.
Poder contar com funcionários dispostos a atender tantas necessidades
e expectativas, facilita ainda mais a boa relação entre clientes e empresas. A
mera comunicação do porquê da importância de um serviço e de como
atenderá o cliente, pode transformar a atitude de um empregado e a qualidade
do trabalho. As necessidades dos clientes precisam ser atendidas e
enfatizadas constantemente.
1.7 Avaliação da Qualidade e Satisfação.
O sistema da qualidade aplica-se a todas as atividades relativas à
melhoria dos serviços ou produtos. Engloba todas as fases, desde a
identificação inicial, até a satisfação dos requisitos e expectativas do cliente.
Ele deve funcionar de modo a prover se a confiança do sistema é eficaz e de
fácil entendimento e se os produtos/serviços realmente atendem às
expectativas do cliente.
10 FRIEDMAN, Grupo – Programa avançado de treinamento em vendas e atendimento no varejo. Rio deJaneiro: editora Grupo Friedman, 1ª Edição; 1997 p.75
20
Deve-se dar ênfase à prevenção de problemas, ao invés da detecção
após sua ocorrência. O mais importante é a manutenção da qualidade na
prestação de serviços, que são realizadas por diversas áreas primordiais à
distribuição e organização de produtos e serviços.
Segundo Shiozawa:
“O Controle da Qualidade são as técnicas operacionais e as atividades
utilizadas para atender aos requisitos definidos da qualidade. Envolve
atividades direcionadas e técnicas operacionais, tanto para
monitoração de um processo quanto para eliminação de causas de
desempenho satisfatória.” 11
As organizações tiveram que aprender a medir seus sucessos e
fracassos sob o ponto de vista do cliente, só assim conseguiram obter ou
manter uma participação no mercado.
Uma empresa totalmente voltada para o cliente abrange um sistema de
mensuração pelo qual se descobre exatamente o que os clientes desejam,
preocupando-se em saber como se sentem ao fazer o negócio com
determinada empresa e o que pode ser feito para melhorar esse
relacionamento profissional. Realmente trata-se de uma tarefa um tanto
complexa, já que os clientes costumam ser instáveis, repentinos, inusitados e
nem sempre bem explícitos.
Uma organização deve captar os novos desejos de seus clientes,
descobrir formas de avaliar os serviços, adaptar seu desempenho em função
de otimizá-lo, tendo assim um grande diferencial em relação aos seus
concorrentes. De acordo com Shiozawa: “O futuro estará marcado pela
necessidade da incorporação de serviços aos produtos e pelo oferecimento de
uma atendimento eficaz aos clientes.”12
11SHIOZAWA, Ruy S. C. Qualidade no atendimento e tecnologia de informação. São Paulo, editora AtlasS.A., 1ª Edição; 1993. p.117.12SHIOZAWA, Ruy S. C. Qualidade no atendimento e tecnologia de informação. São Paulo, editora AtlasS.A., 1ª Edição; 1993 p.43.
21
A avaliação de serviços costuma ser de menor importância em
comparação a avaliação na área de produção de mercadorias. Isso ocorre
porque não é possível medir a qualidade dos serviços, ao contrário do que
ocorre com o produto manufaturado.
As empresas avaliam a satisfação do cliente em cada transação, isso
ocasiona maior aproximação com os clientes. Desta forma elas conseguem
informações importantes, como por exemplo, de como se sentem, suas
opiniões a respeito do produto, da companhia e a intenção de permanecerem
fiéis à marca ou produto. Primeiramente é necessário definir as expectativas do
cliente e, só então, a empresa analisa o serviço atual e busca a melhor forma
de atendê-los.
Para se alcançar uma análise justa, deve-se haver confiança e respeito
entre os gerentes e os fornecedores de serviços. Só assim, serão sinceros
quanto ao serviço prestado e a busca de melhorias, sem a necessidade de
criar um clima de desconfiança que ameace a credibilidade. A avaliação de um
serviço, independente da forma escolhida, ajuda a identificar as áreas com
problemas e investigar as causas. Logo, pode facilitar o pessoal a inovar para
atender os desejos não quantificáveis.
Os sistemas de medição (pesquisas qualitativas e quantitativas) são
influenciados por conceitos pessoais e isso prejudica a sua real finalidade.
Muitos desses sistemas mostram que estão mais voltados para fins de relações
públicas, legais, regulamentares e publicitárias do que para o que deveria ser
prioridade na empresa: a melhoria no atendimento ao cliente.
Outra forma de avaliação da empresa é a contratação de funcionários
qualificados para atendimento e prestação de serviços.
CAPITULO II
22
Selecione os melhores funcionários.
Uma boa empresa começa no departamento de recrutamento e seleção.
Dar ênfase na área de recursos humanos é um bom investimento e a certeza
de retorno. É uma tarefa difícil selecionar pessoal. Os testes procuram avaliar
as atitudes e qualificações exigidas pelo próprio cargo, bem como as atitudes
exigidas pela visão de sua organização. A principal meta é encontrar pessoas
que entendam e gostem de outras pessoas. O importante é avaliar as atitudes
desse empregado. Todo esse trabalho leva tempo e pressupõe custos, mas
garantem bons contratos e consequentemente eficiência nos serviços.
De acordo com Walker:
“A falta de habilidades ou conhecimentos causa reação de desagrado
imediata nos clientes. Se eles não confiarem no indivíduo com o qual
estão tratando, perderão a confiança na organização. O indivíduo
também perde a autoconfiança e tende a evitar oportunidades de
prestar bons serviços, prejudicando ainda mais a reputação da
empresa.“13
Os novos funcionários precisam saber como satisfazer as expectativas
da empresa, por isso faz-se necessário informar aos candidatos o que se
espera de cada um, bem como será medido o seu desempenho e como serão
recompensados pelo bom trabalho. Os empregados devem estar cientes dos
prontos fracos e fortes da empresa, para não terem uma falsa expectativa da
mesma.
É essencial contratar pessoas certas. A personalidade do funcionário
deve ser considerada como objetivo fundamental numa seleção. Preservar os
empregados que se preocupam com o bom atendimento aos clientes é uma
13 WALKER, Denis O cliente em primeiro Lugar. São Paulo: Editora Makron Books, 1ª Edição; 1991p.40.
23
arma a favor do sucesso. Muitos empregados permanecem em suas empresas
porque acreditam estar trabalhando para uma companhia que prioriza a
qualidade no atendimento à clientes.
A criação de normas numa empresa é necessária para estabelecer a
definição do serviço, suas condições e apresentação e, ainda, deixar claro as
expectativas dos gerentes, empregados e clientes. O processo de
desenvolvimento e definições de padrões no atendimento à clientes consiste
em melhorias contínuas no resultado interno da companhia, atingindo assim, as
metas estabelecidas.
Assim que contratados, os empregados devem ser treinados para
exercer uma determinada função e aprender a visão da empresa. Com isso,
tornam-se capazes de atender as expectativas do empregador e desejos de
seus clientes. Segundo Walker: “Os gerentes precisam compreender e
acreditar na visão da empresa e desenvolver uma missão para que eles
próprios e seus departamentos dêem suporte à conquista dessa visão. “14
Deve-se explorar o que cada funcionário tem de melhor. Além de uma
boa formação, experiência profissional, domínio de pelo menos mais um idioma
e um bom relacionamento, o novo funcionário deve ter criatividade. Deixar que
cada um manifeste uma idéia para melhoria e crescimento da companhia.
Surpreendentemente, muitas idéias poderão ser aproveitadas. E com isso, que
o antiquado é deixado de lado e uma nova porta seja aberta para a inovação.
Os orientadores deverão ensinar os empregados suas responsabilidades
no serviço, fazendo-os sentir mais seguros e necessários. Todos deverão
saber sobre a história da corporação, a visão e a filosofia organizacional. A
eficácia dos empregados poderá ser maximizada se os seus valores e os da
organização estiverem sintonizados. No tratamento dentro do grupo de trabalho
deverá prevalecer o respeito. Dentro de um empresa o trabalho deverá ser feito
em conjunto.
Envolver os empregados na criação dos seus próprios padrões propicia
um comportamento diferenciado. Ninguém conhece melhor as solicitações e
condições dos serviços do que os encarregados de fornecê-las. O funcionário é
14 WALKER, Denis O cliente em primeiro Lugar. São Paulo: Editora Makron Books, 1ª Edição; 1991p.41.
24
uma peça importante no tabuleiro, ele faz parte da ação, garante a fidelidade a
companhia e estimula um excelente desempenho.
2.1 Supere os Problemas.
Poucas empresas e grupos de trabalho oferecem serviços confiáveis,
capazes de cumprirem com as suas rotinas internas, tendo como exemplo, a
regularização de pendências durante o processo de atendimento. Isso ocorre
devido ao acúmulo de problemas que surgem no cotidiano e acabam
prejudicando o bom desenvolvimento do trabalho e a satisfação do cliente.
Muitos desses problemas não chegam ao conhecimento da direção da
empresa e, por isso, permanecem sem as devidas soluções. Companhias com
alto desempenho, concentradas na eficiência do atendimento ao cliente,
eliminam esses problemas que os outros acreditam ser inevitáveis.
Muitas barreiras costumam ser subprodutos de um empenho, onde a
busca é a melhoria e o desenvolvimento da empresa. A maioria das políticas e
procedimentos internos são criados por simples conveniência de um
departamento ou setor, desconsiderando-se a real importância do trabalho: o
benefício do cliente. Porém, essas políticas não precisam virar barreiras á
satisfação do cliente. Regras e regulamentos, algumas vezes inúteis, estão
entre os grandes impedimentos à satisfação do cliente. Ao derrubar barreiras, a
empresa busca qualidade no atendimento com enfoque no cliente e
consequentemente, o resultado do sucesso.
É necessário contar com a ajuda dos funcionários e clientes. Estes
devem informar a dificuldade a ser superada e a forma ideal para fazê-la. Só
assim, a companhia eliminará as barreiras com a eficiência possível.
Os empregados carregam na maioria das vezes a culpa de um serviço
com qualidade inferior, sendo o principal culpado no sistema no qual este
desempenha sua função. Muitos dos fornecedores de serviços, que trabalham
diretamente com atendimento ao cliente, não possuem experiência básica para
executar seus trabalhos ou não conhecem a fundo o produto. Isso acarreta a
falta de motivação e de interesse em servir o cliente.
25
Muitos clientes saem insatisfeitos de um atendimento porque o
funcionário que o atendeu não teve a capacidade para ajudá-lo. A criação de
pequenas equipes, grupos e projetos são formas encontradas por algumas
empresas de descentralizar a tomada de decisões no serviço. Sem o apoio da
alta administração, isso não seria possível, porquanto, requer grande dose de
confiança depositada em gerentes empenhados, capazes de solucionar
problemas. Cada gerente, então, forma a sua equipe de decisão composta por
empregados que sejam responsáveis pelo planejamento e controle de cada
tarefa, dando-lhes autonomia e autoridade para resolver tarefas que às vezes,
se apresentam sem a prévia oportunidade de consulta, a instância profissional
superior.
Com o caminho livre das barreiras, fica mais fácil inovar, elaborando
projetos e técnicas capazes de atender as necessidades dos clientes. Ao
contrário do que se pensa, o computador não é a garantia de um serviço de
qualidade. A tecnologia não substitui funcionários eficientes em uma
administração voltada para pessoas. A tecnologia pode fazer com que se
obtenham serviços e produtos com melhor qualidade. E serve como
complemento para a realização de tarefas repetitivas, tornando-as mais fáceis,
rentáveis e compensadoras, melhorando, assim, a evolução do serviço. É o
uso apropriado da tecnologia que melhora o desempenho humano, ao contrário
de eliminá-lo.
Não é fácil eliminar excesso de burocracia, pois acarreta na alta
administração a necessidade de implementar maior supervisão. Mas, é preciso
neste aspecto, avaliar a relação entre o custo e o benefício. Ou seja, eliminar
os excessos de burocracia facilita o lado do vendedor e também o do cliente.
Implementar maior ou melhor supervisão é tarefa que compete a empresa.
Conforme Ian Gordon: “O comprometimento dos gerentes é um pré-requisito
para o sucesso”15
É necessário o compromisso total da alta administração para se colocar
em prática um sistema completo de gerência de qualidade. Isso significa
liderança, participação e compromisso com a mudança. A mais profunda delas
15 GORDON, Ian. Marketing de relacionamento. São Paulo: Editora Futura, 1ª Edição; 1999 p.27
26
que precisa ser feita é a vontade de confiar em cada um dos funcionários da
empresa: entender que estes podem e vão fazer um trabalho admirável, de
gerir suas próprias funções, se lhes forem dados treinamento e liderança
adequados. Quando a alta administração mostra claramente que está
totalmente envolvida é que os seus funcionários vão se dispor a fazer a sua
parte da melhor forma.
2.2 Avaliação dos serviços.
As organizações terão que aprender a medir seus sucessos e fracassos
sob o ponto de vista do cliente, só assim conseguirão obter ou manter uma
participação no mercado.
Uma pesquisa totalmente voltada para o cliente abrange um sistema de
mensuração pelo qual se descobre exatamente o que os clientes desejam,
preocupando-se em saber como se sentem ao fazer negócios com
determinada empresa e o que pode ser feito para melhorar esse
relacionamento profissional.
A avaliação dos serviços costuma ser de menor importância em
comparação a avaliação na área de produção de mercadorias. Isso ocorre
porque, não é possível medir a qualitividade dos serviços, a não ser que
tenhamos conhecimento da satisfação do cliente durante o consumo de um
determinado produto.
Algumas empresas avaliam a satisfação do cliente em cada transação.
Isso ocasiona maior aproximação com os clientes e, assim, se conseguem
informações importantes, como por exemplo, de como se sentem, suas
opiniões a respeito do produto, da companhia e a internação de permanecerem
fiéis à marca ou produto.
Conforme Gordon:
27
“ O pessoal de linha de frente deve ter habilidade para se comunicar
com os clientes de modo a reconheçê-los, lembrar o seu histórico de
contatos, entender as questões atuais dos clientes, prever certos
comportamentos e propor respostas, soluções ou sugestões
apropriadas. “ 16
Um pesquisa de mercado bem projetada proporciona muitos benefícios
para a empresa, como, por exemplo saber se estão satisfazendo os desejos
dos clientes, a captação dos erros e acertos na organização, a posição honesta
da empresa no ranking do mercado. Contabilizar as melhorias da empresa é
um modo de se manter atualizado com o desenvolvimento e uma forma de se
buscar o aperfeiçoamento.
Segundo Walker:
“ Sendo realizada de forma amistosa, a pesquisa pode proporcionar
uma base para discussão, o que pode criar melhores relações entre
você e seus clientes. Portanto, ela talvez valha mais do que os dados
que fornece. Dados sobre a viabilidade dos negócios de seus clientes
podem auxilia-lo a decidir quais clientes apresentam maior
probabilidade de ajuda-lo a prosperar“ 17
Outra forma de avaliação é a pesquisa de clientes. Primeiramente é
necessário definir as suas expectativas e, só então, a empresa analisa o
serviço atual e busca a melhor forma de atendê-lo.
2.3 Prometa e cumpra.
Muitas empresas desperdiçam dinheiro em anúncios que prometem
coisa mirabolante, que certamente irão desapontar os compradores ou, ainda,
com anúncios que não fornecem instruções suficientes para que o cliente
possa usufruir plenamente o produto adquirido. Com isso, o cliente se afasta e
16 GORDON, Ian. Marketing de relacionamento. São Paulo: Editora Futura, 1ª Edição; 1999 p.50.17 WALKER, Denis O cliente em primeiro Lugar. São Paulo: Editora Makron Books, 1ª Edição; 1991p.60.
28
busca outro produto. Conforme exposto por Walker: “Se os serviços não
corresponderem às expectativas, os clientes ficarão insatisfeitos,
principalmente se uma campanha publicitária lhes houver prometido algo
melhor.“ 18
Qualidade em serviço significa entregar o que o marketing promete.
Conquistar clientes oferecendo serviços confiáveis, fornecendo o prometido e
dando garantias de satisfação. Não prometer ao seu cliente aquilo que
realmente não possa ser capaz de oferecer.
Como por exemplo, podemos citar a Domino’s Pizza como uma
companhia que sustenta o que diz. Ela garante a entrega do produto dentro do
prazo de 30 min. a contar da hora que foi feito o pedido. O seu lema “ Rápido,
Amigável, e Grátis “. Em cada atraso, a empresa oferece descontos ou o
cliente não precisa pagar nada pela pizza. E caso o cliente não goste do
produto, lhe é garantido a devolução do dinheiro. Os gerentes das lojas se
preocupam em ligar para os seus clientes para certificar-se que os
entregadores foram atenciosos na entrega da pizza grátis. A Domino’s procura,
em caso de ter agido erroneamente, uma forma de compensar o cliente e
deixá-lo satisfeito. Isso garante a corporação o segundo lugar, no mundo, no
ramo de pizzas.
Um grande número de companhias podem melhorar suas perspectivas a
longo prazo simplesmente aprendendo a se comunicar com exatidão e
eficiência.
2.4 Use as reclamações como aliadas.
É essencial buscar na insatisfação do cliente o ponto chave da sua
necessidade e, assim, poder suprir aquilo que os concorrentes não estão
conseguindo.
Conforme Gordon:
18Op.cit, p.123.
29
“Quando os clientes reclamam é sinal de processo avariado em alguns
pontos do negócio. Talvez isto tenha a ver com o entendimento e a
formulação das expectativas dos clientes ou com o atendimento a
essas expectativas. Em todo o caso, uma organização que funciona de
modo colaborativo com os clientes ao longo de toda a cadeia de valor
deve ter uma necessidade limitada de um departamento de
atendimento ao cliente, pelo menos não no seu sentido convencional.
“19
Muitos dos clientes que não mencionam sua insatisfação, mudam de
produto ou serviço. Alguns desses clientes mal atendidos reclamam, porém, a
maioria deles mudam para a concorrente.
As empresas que não dão a importância necessária aos anseios de seus
clientes passam a investir em demasia com publicidade e marketing, tentando,
com isso , suprir a perda de clientes. E o mais grave é que não conseguem
visualizar problema nisso. Os melhores gerentes, ao contrário, encontram nas
reclamações, uma forma de investimentos porquanto elas lhe apontam
soluções e confiabilidade.
Muitas companhias colocam a disposição de seus clientes um número
telefônico de interurbano gratuito para que estes possam ligar e formular suas
sugestões, críticas e elogios 24 horas por dia. Assim, a companhia toma
conhecimento das reclamações e, com isso, busca soluções para a resolução
do problema.
A General Eletric disponibilizou nos manuais do usuário em qualquer
aparelhagem adquirida por um telefone interurbano gratuito onde os clientes
podem manifestar-se sobre qualquer tipo de problema. De início, achavam que
não dariam conta de todos as chamadas e que o custo seria alto. Porém o
telefone permitiu à GE descobrir de que forma seus produtos estavam sendo
utilizados e possíveis melhorias que os mesmos poderiam oferecer. Na central
de atendimento da GE em Louisville, Kentucky, EUA, o especialista que atende
as ligações dispõe de um computador ligado a um banco de dados com
respostas para mais de 750 mil perguntas. O funcionário, então, tentava
resolver pelo telefone o problema do aparelho, devido à quantidade de
19 GORDON, Ian. Marketing de relacionamento. São Paulo: Editora Futura, 1ª Edição; 1999 p.30
30
informações que possui na tela do PC, evitando assim gastos maiores com o
deslocamento de um técnico.De acordo com N. Powell Taylor, gerente do
centro de Louisville, afirma: “A maioria das empresas não compreende que o
atendimento ao cliente, de fato, representa vendas.20”
Temos como bom exemplo de “feedback”, até mais eficiente e mais
rápido que o 0800, a forma de trabalhar dos vendedores das lojas de
confecção da Bennetton. Estes informam os itens mais vendidos (sua cor,
tamanho e tipo) aos agentes regionais que transmitem o dado
computadorizado a matriz em Trevino, na Itália, numa grande velocidade, para
que esta consiga encomendar as fabricas maior quantidade do item e remete-lo
as lojas antes que saia de moda.
Sempre haverá reclamações, mas se alguém estiver ouvindo, isso
melhorará a confiança e o respeito dos clientes. O índice de fidelidade de um
cliente sobre até 92% quando sua reclamação é ouvida e quando são tomadas
as devidas providências para a solução de sua queixa. E se não há interesse
de ajuda, por parte daqueles que lhes oferecem os produtos e serviços, os
clientes recorrerão a instituições, como o Procon – Coordenadora Estadual de
Proteção ao Consumidor – para colocar sua reclamação e serem
reembolsados de prejuízos e danos.
Estar sempre avaliando o serviço é uma forma de captar os problemas e
solucioná-los. E como afirma Huxley: “Quem define um problema já o resolveu
pela metade”21. Uma empresa competitiva sempre busca inovações, pois sabe
que o seu concorrente está fazendo.
2.5 O Treinamento é Fundamental.
A forma ideal para transformar a companhia, no que diz respeito ao bom
atendimento ao cliente começa na dedicação de cada funcionário,
conscientização da meta da companhia e um adequado treinamento. Dar ao
funcionário autonomia e iniciativa, perante aos problemas, é também uma
forma eficaz e rápida de satisfazer o cliente.
20 www.uol.com.br/noticias/jornal – Acesso em 22.06.07às 22:30hs.21 www.relacione-se.com.br – Acesso em 23.06.07 às 20:51hs.
31
A organização deve mostrar através de mensagens aplicadas ao
treinamento a real meta a ser atingida: Satisfazer o Cliente. Um bom
treinamento não se resume em ensinar ao empregado como se atende ao
telefone ou como se deve sorrir e sim conseguir estimular o melhor de cada
um. A partir daí, as mudanças de atitudes serão conseqüências. Assim,
podemos deduzir que a forma mais eficiente de ensinar é envolver as pessoas
ativamente no assunto.
De acordo com o site www.waltdisneycompany.com.: “ A Walt Disney
Company é líder de oferta de bom treinamento, cujos benefícios refletem-se
nos resultados financeiros22 “. A Walt Disney aprendeu observando os erros dos
outros parques de diversões. A preocupação real desses parques era alcançar
o lucro rápido e seus empregados não atendiam às necessidades de seus
clientes. Então, a Disney se preocupou em oferecer aos seus empregados um
tipo de treinamento na qual enfatiza as tradições da Disney, alem de
informações básicas em relação ao parque e como cada um deve agir quando
não puder atender o cliente. Todos, inclusive os varredores do parque,
assistem a pelo menos quatro dias de treinamento e o resultado é um grupo de
empregados – ”membros da equipe” como eles mesmos dizem – preocupados
em proporcionar satisfação ao cliente em tempo integral. Por isso, a
Disneylândia se destaca como melhor parque de entretenimento do mundo.
Um empregado tem que estar preparado para a função. A preparação de
empregados inicia-se num programa de treinamento para uma tarefa específica
ou para uma área em particular. Porém, os melhores programas de treinamento
são aqueles que buscam maximizar o potencial do empregado. De acordo com
Ian Gordon: ‘‘As atividades de treinamento e educação devem ser projetadas
de forma a capacitar os funcionários a realizarem um trabalho bem feito e a
desenvolverem ao máximo suas potencialidades‘‘23
O desenvolvimento completo envolve, não só o que deve ser feito, mas
também a maneira pela qual o empregado vai desempenhar a sua tarefa. A
maioria das gerências oferecem pouco treinamento e, menos ainda, motivação.
A boa parte dos treinamentos estão voltados somente para a forma de atender
22 www.waltdisneycompany.com – Acesso ao site em 21.06.07 às 21:31hs23 GORDON, Ian. Marketing de relacionamento. São Paulo: Editora Futura, 1ª Edição; 1999 p.109.
32
ao cliente, tornando-se de natureza mecânica e puramente técnica. As
gerências gastam mais tempo tentando automatizar, eliminar e simplificar perfis
técnicos em vez de desenvolver perfis de serviços voltados para o consumidor.
Um bom treinamento faz com que cada pessoa esteja mais bem informada e
mais capacitada a entender um outro ponto de vista, indiretamente isso atinge
o cliente, pois os empregados passam a entender a sua relação com o público,
melhorando seu atendimento.
Treinar um funcionário faz com que este exerça corretamente uma
função delegada pela empresa. Porém, dar-lhe um incentivo desperta o
interesse de ascensão, a busca de desafios e a entrega ao trabalho. A
remuneração deve ser adequada ao desempenho de cada um. Caso contrário,
a empresa deparará com uma queda de esforço daqueles que se sentem
injustiçados.
De acordo com Cury:
“Todo funcionário satisfeito procurará trabalhos bem mais desafiantes e
significativos, podendo utilizar todo o seu potencial e criatividade, ao
mesmo tempo que experimentará uma sensação de desenvolvimento
pessoal, realização e satisfação através do resultado do seu trabalho
na organização.“24
Todo bom empregado espera a recompensa e o reconhecimento da
empresa onde trabalha. Cabe a empresa designar qual será a forma de
recompensa concedida . A medida que a empresa conseguir conscientizar seu
pessoal de que recompensará comportamentos que realmente sirvam os
clientes, o poder de visão da firma ficará enormemente fortalecido. É preciso
mostrar aos subordinados o que estão ganhando enquanto estão contribuindo
para a excelência da unidade.
Algumas empresas trabalham com o sistema de recompensa
remunerada. Apesar de conseguir um bom retorno dos funcionários quanto ao
24CURY, Antônio. Organização e Métodos – Uma visão holística. São Paulo: Editora Atlas S/A, 6ªEdição; 1995 p.39.
33
atendimento ao cliente, enfrentam o risco de serem enganadas por alguns
funcionários que chegam a fornecer versões pessoais sobre o desempenho na
função. Muitas vezes, o melhor desempenho é obtido pela criação de
pequenos grupos de trabalho e estabelecimento de incentivos de equipe. O
empregado valoriza muito mais o seu reconhecimento perante a sua equipe de
trabalho do que recompensa pecuniária. O reconhecimento pode ser feito
através de um jantar, presentes e publicidade local. A maioria dos empregados,
infelizmente, não sabe que são apreciados pelas suas empresas. A promoção
de um funcionário, sem dúvida, é a forma de recompensa mais eficiente.
Mostrar aos seus funcionários que só serão promovidos aqueles que
corporificarem a visão de sua companhia.
Trabalhar com pessoas que gostem de atender bem seus clientes é
ideal. Trabalhar num ambiente favorável é melhor ainda. Oferecer recursos
para os seus funcionários trabalharem melhor, garante satisfação e empenho.
Isso gera um ambiente de trabalho favorável e estimulante. Todos buscam
recompensas, e por isso, dão o melhor de si.
Porém, todos estão sujeitos a cometer erros. E nesses casos, quando
surgem falhas na execução dos serviços, se faz necessário uma ação corretiva
que é conhecida como a administração por exceção, na área pertinente. Os
gerentes, que utilizam esse tipo de administração, dão destaque aos erros
excepcionais em relação aos padrões, com isso economizam tempo e esforço.
Os funcionários são informados diretamente a respeito do seu baixo
desempenho e ajudados para melhorarem, evitando-se assim a indiferença do
grupo.
Uma atitude negativa anula todas as qualidades positivas. Os desvios,
geralmente, ocorrem devido a quatro razões. Em primeiro lugar, cabe as
gerências antes de delegar as tarefas analisar se os padrões estabelecidos são
compatíveis com o que foi ordenado. É necessário que existam condições
apropriadas para tornar possível a execução do trabalho. Em segundo o
pessoal deve estar bem preparado e treinado, sem isso não se pode esperar
um serviço de qualidade. Em terceiro lugar, os setores interdependentes dentro
de uma empresa devem andar juntos. E por último, o erro pode ser devido a
34
alguma falha pessoal ou negligência na execução da função. Nesse caso, cabe
a gerência escolher entre treinar novamente o funcionário ou, até mesmo,
dispensá-lo por não ter atendido aos padrões de atendimento.
CAPITULO III
Estudo de Caso no Atendimento a Clientes.
As Organizações dependem de seus clientes e portanto, convém que
entendam as necessidades atuais e futuras do cliente, atendam aos requisitos
e procurem exceder as suas expectativas.
Para garantir a sobrevivência no mercado, as organizações percebem
que precisam manter fiéis os seus clientes. Mas como conseguir essa
fidelização?
Os primeiros estudos visando compreender o consumidor e seus atos de
consumo surgiram no início do século, mas o foco era o produto e o aumento
de suas vendas. Em meados do século, ocorreram seus estudos sobre a
35
hierarquia das necessidades humanas (fisiológicas, segurança,
relacionamento, estima, e auto-realização), trouxe uma importante contribuição
para o estudo de características dos produtos que satisfizessem as
necessidades e desejos dos consumidores.
Posteriormente, houve a consolidação dos fundamentos e princípios do
que recebe o nome de Marketing, amarrando definitivamente o produto à
satisfação de necessidade, atribuindo a estes a prioridade. Anteriormente,
promovia-se para vender e nos dias de hoje, produz-se o que o consumidor
deseja.
Os programas de fidelização, sejam quais forem as suas amplitudes, são
considerados de grande importância na construção de relacionamentos
estáveis e duradouros com os clientes. A fidelização pode ser fruto das
características intrínsecas e extrínsecas dos produtos/serviços ou do valor
agregado percebido pelos clientes. Nos dois casos, a fidelidade se relaciona a
satisfação com o produto/serviço ou seus atributos. Essa satisfação pode ser
real ou apenas uma percepção.
Com isso, apresentaremos a seguir o estudo de caso ligado ao
atendimento de clientes em uma Companhia de Seguros de grande porte: A
Bradesco Seguros S/A.
3.1 Introdução: A Empresa.
Uma trajetória de sólido crescimento e sucesso. Esta é a maior
característica do Grupo Bradesco de Seguros, que em 2005 chegou aos 70
anos como líder do mercado de seguro, capitalização e previdência
complementar aberta, integrando o maior conglomerado financeiro privado do
país, sob a liderança do Banco Bradesco S.A.
Sediado no Rio de Janeiro, o Grupo Bradesco de Seguros dispõe de
rede de atendimento com 190 dependências próprias, entre sucursais e
escritórios, emprega 7.564 funcionários e tem seus produtos comercializados
por 24,5 mil corretores, em todas as Unidades da Federação, entre pessoas
físicas e jurídicas, totalizando 14.638 milhões de segurados, participantes de
planos de previdência e clientes de títulos de capitalização.
36
O Grupo Bradesco de Seguros opera, hoje, em todos os ramos de
seguro: Automóveis, Patrimoniais (bens materiais), Saúde, Vida, além de atuar
também em Previdência Complementar Aberta e Capitalização.
O Grupo, integrado à Organização Bradesco, é controlado pelo Banco
Bradesco S.A, que tem sede em Osasco, na Grande São Paulo, e tem como
Presidente Márcio Cypriano e o Presidente do Conselho de administração
Lázaro de Melo Brandão.
O início.
A Bradesco Seguros foi fundada em 1935 sob a denominação de
Atlântica Companhia Nacional de Seguros. A Empresa iniciou suas atividades
operando em seguros de Ramos Elementares. Com o tempo, visando ampliar a
atuação no mercado e ingressar no ramo de acidentes de trabalho, assume o
controle acionário de outras empresas, tornando-se Atlântica Companhia de
Seguros de Acidentes de Trabalho.
Mais de três décadas depois, em 1970, passa a chamar-se Grupo
Atlântica-Boavista. Em 1972 associa-se ao Banco Brasileiro de Descontos S.A.,
por meio de tomada de posição acionária.
O período entre 1974 e 1982 caracteriza a fase de grande expansão do
Grupo Atlântica Boavista. Já em 1983, o Banco Bradesco S.A. adquire o
controle acionário da Atlântica Companhia Nacional de Seguros - holding das
demais seguradoras, que passa a denominar-se Bradesco Seguros S.A.
No ano seguinte, em 1984, a Bradesco Seguros começa a atuar no ramo
de Saúde. A partir de 1992, o Grupo Bradesco de Seguros amplia seus canais
de distribuição, aumentando os pontos de venda e criando escritórios de
produção em várias regiões do país.
Aquisição e Expansão.
Em março de 1997, o Grupo adquire o controle acionário da Indiana
Companhia de Seguros Gerais, empresa com destacada atuação no ramo de
37
automóveis. Em novembro adquire 71,45% do capital volante da Companhia
União de Seguros Gerais. Em dezembro, o Banco Bradesco conclui a compra
do controle acionário do BCN - Banco de Crédito Nacional S.A. Com isso, a
BCN Seguradora passa a integrar o Grupo Bradesco de Seguros.
No ano seguinte, a Bradesco Seguros passa a deter o controle acionário
da Novo Hamburgo Companhia de Seguros Gerais. Em dezembro, adquire
100% do capital votante da BRB Seguros S.A., com sede em Buenos Aires,
Argentina. Participa acionariamente também da Áurea Seguros S.A., do IRB
Brasil Resseguros S.A., da Seguradora Brasileira de Crédito À Exportação S.A.
e da Bradesco International Health Service Inc., em Miami.
O Grupo Bradesco de Seguros consolida sua posição de maior grupo
segurador do Brasil em 1999. Neste ano, arrecada volume de prêmios e
contribuições da ordem de R$ 6,289 bilhões.
Em 2001, o Grupo Bradesco de Seguros criou Unidades de Negócio
especializadas por ramos/segmentos: Saúde, Automóvel/Ramos Elementares,
Vida/Previdência e Capitalização. Os serviços comuns a todos, tais como
marketing, jurídico, informática, contabilidade etc., são prestados por Unidades
de Serviços Compartilhados.
Em 2003, o Grupo Bradesco de Seguros consolidou ainda mais sua
liderança no mercado. Foram R$ 13,112 bilhões de faturamento no período, o
que corresponde a crescimento de 22,01% em relação ao ano anterior.
Em 31 de dezembro, o Grupo Bradesco de Seguros era composto
principalmente pelas seguintes sociedades, além da controladora Bradesco
Seguros S.A., Bradesco Saúde S.A., Bradesco Vida e Previdência S.A., União
Novo Hamburgo Seguros S.A., Finasa Seguradora S.A., Indiana Seguros S.A.,
Bradesco Capitalização S.A. e Atlântica Capitalização S.A. A Bradesco
Seguros S.A. também é controladora da Bradesco Argentina de Seguros S.A. e
da Bradesco International Health Service Inc., em Miami. Detém participações
minoritárias relevantes no capital do IRB - Brasil Resseguros S.A., da SBCE -
Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A. e da Áurea Seguros S.A.
Rating.
38
Devido ao reconhecimento do alto grau de solidez e proteção financeira
e patrimonial apresentados, o Grupo Bradesco de Seguros obteve das
conceituadas firmas de classificação de riscos Standard & Poor's, SR Rating e
Fitch Brasil as classificações brAA, brAA++ e AA(bra), respectivamente. A Fitch
Brasil atribuiu adicionalmente à Bradesco Seguros S.A. a classificação B+ em
âmbito nacional.
Ouvidoria.
O ano de 2007 foi marcado também pelo lançamento da Ouvidoria do
Grupo Bradesco de Seguros, que visa a estreitar ainda mais o relacionamento
com seus Clientes e Corretores. Com esse objetivo, o Grupo criou o "Alô
Bradesco Seguros", para ser o canal específico de atendimento às
reclamações e sugestões. O "Alô Bradesco Seguros" é um serviço de
atendimento em âmbito nacional, por meio do telefone 0800 701 7000 ou do
site da Bradesco Seguros, no campo "Fale Conosco". As demandas recebidas
por esse canal são respondidas no prazo máximo de cinco dias úteis.
Novo Tempo.
A estrutura do Grupo, organizado em Unidades de Negócios e em
Unidades de Serviços Compartilhados, propicia maior foco nas operações sem
perda de sinergia. Esse ambiente, aliado ao aperfeiçoamento dos processos
operacionais, proporciona melhora sensível no desempenho das empresas.
Além disso, várias iniciativas, como patrocínios e apoios culturais,
consolidam a posição do Grupo como o maior investidor em educação e cultura
no mercado segurador brasileiro.Com relação ao investimento em educação,
destacamos o projeto de educação integral da Fundação Bradesco.
Ação pioneira de investimento social privado, considerado o maior
programa de educação promovido pela iniciativa privada na América Latina,
cujo principal objetivo é proporcionar ensino formal e de qualidade a crianças,
39
jovens e adultos a fim de que estes possam alcançar sua realização pessoal
através do trabalho e do efetivo exercício da cidadania.
A Fundação Bradesco, além do ensino, oferece gratuitamente
alimentação, material escolar e assistência médico - odontológica a todos os
alunos matriculados na educação básica. A Fundação já formou mais de 480
mil alunos desde a sua criação, há 47 anos. Atende, atualmente, a mais de 107
mil alunos, entre crianças, jovens e adultos.
Este novo perfil é reforçado também pelo Projeto Natal Bradesco
Seguros.
A gigantesca árvore de Natal, que todo fim de ano ilumina a Lagoa Rodrigo de
Freitas, no Rio de Janeiro, já reconhecida como o símbolo das celebrações
natalinas no Brasil.
3.2 Os Cenários.
Quando exercemos alguma atividade profissional onde estamos
diretamente inseridos nos processos decisórios, de planejamento, prestação de
serviços e de atendimento, algumas perguntas devem ser formuladas para que
possamos estabelecer estratégias competitivas de posicionamento que
resultem numa maior qualidade para o nosso negócio. Assim, compreender o
cenário onde estamos inseridos significa, que ao identificarmos o nosso
objetivo, a "estrada" será conhecida para atingi-los. Existe um ditado usado
pelos navegadores que diz o seguinte: "Não se pode mudar a direção dos
ventos, mas sim podemos ajustar a posição das velas". Para que possamos
visualizar esse estudo de casos é necessário a identificação dos cenários a
seguir para a construção de possibilidades e partirmos para a ação.
Por que cenários? Quando pensamos no futuro, pensamos em
prosperidade para a nossa atividade. É com este pensamento que devemos
determinar as possibilidades de desenvolvimento na área de atendimento e
prestação de serviços, principalmente em se tratando de novas tecnologias e
novos mercados, porém esta verificação pode apresentar algumas surpresas,
pois existem elementos constituídos nestes cenários que não dependem das
40
nossas forças. Quando, por exemplo, a evolução tecnológica na prestação de
serviços como o auto atendimento na Internet para consultas e verificações de
consumidores acontece, a empresa que melhor prestar este serviço será
reconhecida por este mercado e seus concorrentes.
Conforme esclarece Almir Ximenes :
“Os cenários no mercado de seguros são usados como
referência para adoção de medida emergenciais em nossas
decisões corporativas. As evoluções e dificuldades nas
empresas seguradoras são identificadas por este mercado e
possivelmente, influenciam no reconhecimento de seus
posicionamentos ”.25
Neste momento o mercado pode nos causar algumas surpresas, mas a
formulação de estratégias com um monitoramento constante fará as
"tormentas" serem passadas com mais facilidades.
Na década de 70 tivemos limitações de suprimentos, choques de preços e
problemas políticos graves. Na década de 80, uma acentuada queda na
demanda; e na de 90 uma economia internacional emergente. Mas apesar das
crises, onde em qualquer circunstância nada dura para sempre, o mercado se
ajusta e as atividades empresariais continuam gerando negócios.
Ao contrário do que se imagina, nossa verificação não consiste somente na
percepção do presente para o futuro; ele é iniciado com uma profunda análise
do passado, pois as tendências possuem uma base de "lançamento" que
devem estar baseadas na história de cada setor. Atualmente, os mercados não
operam isoladamente, como se houvessem barreiras continentais para eles,
pois todos eles estão ajustados num mesmo cenário pela globalização mundial.
Analisando nossos cenários, as empresas estarão aptas a terem melhores
desempenhos.
25XIMENES, Almir– Superintendente-Chefe de Produção Auto/RE de Produtos Massificados daBradesco Seguros S/A – Filial RJ – Entrevista realizada em 26/06/07na Bradesco Seguros S/A as 15:00h.
41
3.3 - O Passado Recente no mercado de seguros.
O nosso país participa intensamente na área de Previdência e Saúde da
população. Apenas duas Seguradoras (Bradesco e Sul América) participam de
50% do mercado de seguros com altos ganhos financeiros em função da
inflação.
Essa participação, por ramo são as seguintes: 40% nos seguros de
automóveis, 20% em seguros saúde e 15% em seguros de vida, de acordo
com a pesquisa realizada pela Fenaseg – Federação Nacional das
Seguradoras26. Praticamente em segmento único, quem não vendia seguros de
automóveis, estariam fora deste mercado. A grande maioria das seguradoras
multinacionais permanecem "escondidas", devido ao fato de conhecerem
pouco o nosso mercado consumidor e seus riscos/atividades. Os corretores de
seguros detinham a maior parte da comercialização e distribuição de seguros
nas Companhias Seguradoras.
Explica Antunes:
“As duas maiores Companhias de Seguros em nosso mercado – A
Bradesco Seguros S/A e Sul América Seguradora detiveram grandes
participações em contratos de seguros durante a década de 80 e 90.
As demais Companhias não tinham poder suficiente para negociar
seus contratos devido ao seu porte médio e pequeno e a falta de
conhecimento dos riscos a serem cobertos em nosso país. ”.27
O Ressegurador Nacional (IRB Brasil Resseguros S/A), empresa detentora
de operações de resseguro, isto é, a garantia de contratos de seguros que
excedem o valor da capacidade de indenizações das seguradoras, é
totalmente monopolista, não tendo abertura para os Resseguradores
26 www.fenaseg.gov.br – Acesso em 25.05.07 às 23:00hs.27ANTUNES, Alessandro Gomes – Gerente de Produção Auto/RE de Produtos Massificados da BradescoSeguros S/A – Filial RJ – Entrevista realizada em 26/06/07na Bradesco Seguros S/A as 18:00h.
42
Internacionais operarem livremente na co-participação de cessões de riscos
das Seguradoras existentes no Brasil.
3.4 O Presente no mercado de seguros.
Os Corretores de Seguros, atual canal de distribuição nas Companhias
de Seguros, diminuem a sua participação para 50%, devido a criação de novos
canais, como os produtos oferecidos em lojas de departamento (C&A);
Corretores Virtuais e indicação de vendas diretamente pelas Seguradoras na
Internet (American Home Seguradora); Operações "casadas" de seguros na
rede de agências bancárias, etc.
Neste aspecto, defende Abranches:
“A diversificação dos canais de distribuição no mercado de
seguros vem contribuindo com a melhoria em nosso
desempenho operacional, não somente no atendimento às
necessidades dos clientes de modo geral mas no ganho
financeiro e industrial das empresas de prestação de serviços
de garantias de riscos – As Companhias Seguradoras ”.28
O mercado encontra-se em desregulamentação pela criação das
agências nacionais, como a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar,
autarquia competente para a fiscalização das operações de contratos e
prestação de serviços ligados ao ramo de seguros de saúde, não ficando mais
a SUSEP – Superintendência de Seguros Privados responsável por esta
determinação.
Bastante desenvolvimento tecnológico por partes das Companhias
Seguradoras, facilitando a contratação de seguros, atendimento a clientes em
caso de perdas (sinistros) ocorridos e esclarecimento de dúvidas durante a
vigência da apólice. Diminuição do comissionamento dos Corretores para
"impactar" nos custos administrativos e de comercialização.
28 ABRANCHES, Guilherme Corrêa – Gerente de Produção Auto/RE de Produtos Massificados daBradesco Seguros S/A – Filial RJ – Entrevista realizada em 26/06/07 na Bradesco Seguros S/A as 17:00h.
43
Conforme menciona Cruz:
“O desenvolvimento tecnológico vem facilitando os processos
operacionais no mercado de seguro. A dinâmica neste
atendimento aos nossos Segurados de uma forma geral, vem
esclarecer as coberturas e garantias durante a vigência de
seus contratos e em caso de possíveis perdas ocorridas em
diversos eventos, otimizando assim os custos administrativos e
melhorando o resultado industrial neste segmento ”.29
O perfil dos consumidores (Segurados) é mais uma burocracia do que
um benefício, devido ao aumento significativo de reclamações no PROCON,
considerados pelo código de defesa do consumidor um avanço na preservação
de seus direitos.
3.5 O Futuro no mercado de seguros.
Desregulamentação e forte queda do protecionismo estatal, ou seja, os
Estados e a União não se responsabilizam em atender os contribuintes e
cidadãos brasileiros em caso de necessidades de saúde e vida. A participação
das duas maiores Seguradoras (Bradesco e Sul América) sofrem queda,
devido a entrada de grandes grupos internacionais, com diversas
especialidades em negócios diferenciados, como por exemplo, o seguro de
Garantias de Obrigações Contratuais – seguro que visa cobrir os prejuízos
decorrentes da ineficiência/insolvência na prestação de serviços durante o
período de contrato realizado entre as partes envolvidas (prestador do serviço
e o cliente), seguros de transportes nacionais e internacionais, riscos de
engenharia, responsabilidade civil, equipamentos, capitalização, etc.
Sem contar a criação das Seguradoras regionais, tendo como exemplo a
extinta Companhia União de Seguros Gerais e a Novo Hamburgo Companhia
29 CRUZ, Marcelo Barbosa – Superintendente de Produção Auto/RE de Produtos Massificados daBradesco Seguros S/A – Filial RJ – Entrevista realizada em 27/06/07 na Bradesco Seguros S/A as18:30:00h.
44
de Seguros Gerais S/A., seguradoras que operavam somente nos estados do
Sul do nosso país e a Excelsior Seguros, que operava nos estados do Norte e
Nordeste. Essas seguradoras geravam um certo "desconforto" na
comercialização e prestação de serviços de seguros, pois a população local, no
intuito de promover a empresa da região, não compravam contratos de outras
companhias, mesmo com preços e atendimentos diferenciados.
Aumento da participação do mercado de seguros de vida em 60% e
demais ramos/seguros em 40%. O principal motivo advém do crescimento da
violência urbana e a carência dos Estados em suprir, em caso da ausência do
provedor familiar, as necessidades das famílias brasileiras e seus dependentes
legais.
Os Corretores de Seguros poderão aumentar sua participação na
distribuição e venda de seguros no mercado com a parceria das Seguradoras
no aspecto tecnológico (Internet e forte envolvimento da informatização) e nos
produtos e serviços personalizados para cada cliente ou necessidades.
Teremos um grande envolvimento das corretoras, seguradoras e segurados
para a criação destes novos produtos, visando atender os riscos inerentes as
suas atividades. Haverá também melhores cursos de capacitação fornecidos
pelas seguradoras, no intuito de agregar conhecimento aos corretores e o
aumento da performance durante as negociações com clientes em potenciais.
De acordo com o Abranches:
“O mercado exigirá dos profissionais de seguros uma maior
capacitação do conhecimento da Internet, utilizando esta como
o meio de venda direta e principal ferramenta de trabalho para
a sua atividade fim. Em contrapartida, teremos a diminuição
dos custos diretos e indiretos durante a contratação e agilidade
na prestação de serviços e atendimento aos Corretores de
Seguros e Segurados em geral”.30
30 ABRANCHES, Guilherme Corrêa – Gerente de Produção Auto/RE de Produtos Massificados daBradesco Seguros S/A – Filial RJ – Entrevista realizada em 26/06/07na Bradesco Seguros S/A as 17:00h.
45
O mercado de Resseguros (Seguro do seguro) tendem a ser "
desestatizados ", ou seja, o monopólio criado há anos atrás ficará fora do
modelo de contratação mundial, pois apenas cinco países operam desta forma
– Cuba, Brasil e três países africanos. Os demais países contratam livremente
os seus resseguros, com a fiscalização das Resseguradoras locais.
Em resumo, Antunes menciona:
“As operações de resseguros em nosso país precisam
melhorar a sua performance com mais agilidade e precisão
junto as Seguradoras em geral, pois a demanda de contratos e
atendimento as necessidades dos clientes em potencial nas
grandes negociações perduram-se em função da estatização
do monopólio de nosso Ressegurador Nacional – O IRB Brasil
Resseguros S/A.”.31
Os riscos analisados pelas seguradoras também serão realizados pelas
corretoras, evitando assim os grandes prejuízos, em caso de fraudes com a co-
participação do segurado, melhorando assim os custos de produtos e serviços
para os “riscos saudáveis” – aqueles com boa experiência no sentido de
reclamações das perdas (sinistros). Com isso, o ganho industrial sobre este
resultado será apurado na seguradora e pelos corretores sobre suas
contratações.
3.6 Estudo de Caso na empresa.
Programa 100% Corretor. – Caso Bradesco Seguros S/A
A Bradesco Seguros S/A é uma empresa essencialmente voltada para a
prestação de serviços ligados a contratação de seguros e atendimento a
Corretores de Seguros e seus Segurados.
31 ANTUNES, Alessandro Gomes – Gerente de Produção Auto/RE de Produtos Massificados da BradescoSeguros S/A – Filial RJ – Entrevista realizada em 27/06/07na Bradesco Seguros S/A as 19:00h.
46
Lançado em novembro do ano passado, O Programa 100% Corretor tem
como objetivo estreitar o relacionamento com os Corretores de Seguros de
todo o país, estabelecendo parcerias e promovendo intercâmbio, de modo a
fortalecer a categoria com o respaldo do Grupo Bradesco de Seguros S/A. Este
programa tem trazido grandes resultados em produtividade, além do retorno
que a comunicação permite que se obtenha, funcionando também como
auditoria de imagem.
Completa Israel:
“O Programa 100% Corretor nos manterá 100%
informados. Essa iniciativa do Grupo Bradesco de
Seguros foi realmente muito boa, abre portas. E o
certificado é um reconhecimento de quem trabalha com
a maior seguradora do país”.32
Inicialmente, o contato com todos os corretores foi feito através de cartas
enviadas aos endereços de correspondências destas empresas, de acordo
com a informação contida no setor de cadastramento da Bradesco Seguros
S/A. Posteriormente, O presidente do Grupo Bradesco de Seguros S/A visitou
pessoalmente os Sindicatos de Corretores de Seguros de vários Estados,
participando de eventos e consolidando a aproximação almejada pelo
Programa. Seguiram-se a essas primeiras ações a participação da Bradesco
Seguros S/A em eventos de formatura de corretores e o convite aos
presidentes de sindicatos para um jantar de confraternização. Por conta dos
festejos de fim de ano, foram enviados cartões de Natal aos corretores
participantes do Programa.
Em depoimento do Sr. Loureiro :
32ISRAEL, Marcelo – Diretor Comercial da Guci Corretora de Seguros - Entrevista realizada em 27/06/07na Bradesco Seguros S/A as 11:00h.
47
“O Programa 100% Corretor favorece o nosso trabalho
fornecendo ferramentas que dão oportunidade de alavancar
novos negócios. O portfólio Guia da Bradesco Seguros é a
primeira dessas ferramentas. Bem elaborado e com excelente
conteúdo, o Guia tem possibilitado a ampliação das vendas.”.33
Dentre as mudanças ocorridas na Companhia com a reformulação nas
sucursais e o Canal Externo, no que diz respeito à parte de produção de
atendimento aos corretores, este programa vem consolidar a parceria proposta
entre essas partes. De acordo com o Sr. Mariel Pessanha: “O fortalecimento
dessa parceria é o caminho para o surgimento de grandes negócios”34
O Programa 100% Corretor proporciona uma ampla base de
informações para o profissional de seguros junto à Internet. A Diretoria
Executiva do Grupo reitera que essa iniciativa ratifica as ações propostas com
o objetivo de manter o aperfeiçoamento dessa parceria, impulsionando o leque
de intercâmbio institucional, de forma a promover o maior instrumental possível
de apoio à atuação dos Corretores em suas regiões, qualificando profissionais,
melhorando o conhecimento e fortalecendo o mercado de seguros.
3.7 Análise do estudo de caso.
Fazendo uma análise sobre este estudo de caso, podemos afirmar que o
sistema de atendimento no Programa 100% Corretor (Corretores e Segurados)
criado pela empresa Seguradora, guardadas algumas peculiaridades, a
qualidade no atendimento pode ser tratada, no setor terciário (prestação de
serviços), de forma muito semelhante ao setor secundário (indústria). A
diferença mais marcante – e a maior dificuldade – reside no fato de que, na
área industrial o assunto já está mais do que arraigado, sequer sendo
considerado como um diferencial competitivo, mas já como algo inerente aos
processos, sem o qual nenhuma organização sobrevive.
33LOUREIRO, Marco Aurélio – Angariador da Alpha Service Corretora de Seguros - Agência Catete doBanco Bradesco – Entrevista realizada em 28/06/07 na Bradesco Seguros S/A as 11:00h.34 PESSANHA, Mariel -– Angariador da Eminence Corretora de Seguros - Agência Copacabana doBanco Bradesco – Entrevista realizada em 28/06/07na Bradesco Seguros S/A as 16:00h.
48
De acordo com Almeida:
“Nosso programa visa atender de forma eficaz às
necessidades de nossos Corretores e Segurados. Todavia, a
qualidade no atendimento deverá ser diferenciada em função
da concorrência e na melhoria contínua para a permanência
dessa excelência”.35
Enquanto isso, no setor da prestação de serviços, a matéria ainda
engatinha, principalmente porque os clientes não tem, no que concerne à
qualidade total, um comportamento de exigência como demonstra os do setor
industrial. O avanço mais significativo nos últimos tempos se deu na legislação,
como Código do Consumidor, que levou as pessoas a se tornarem mais
cientes de seus direitos. De qualquer modo, é importante que a excelência no
atendimento aos clientes seja resultado do relacionamento interpessoal. A
implantação de qualquer programa de atendimento exige profundas mudanças
de comportamento.
No setor de serviços essa mudança se faz ainda mais necessária,
porque não há como separar o produto do seu executor, em razão de que o
“consumo” do serviço é efetivado no mesmo instante da sua “produção”. A
participação humana, nesta área, é de importância muito mais decisiva do que
nos outros setores da economia, fato que não é percebido por muitas
empresas, que alocam para atendimento ao público, funcionários
despreparados para o mister. Este despreparo é conseqüência de uma
equivocada visão de curto prazo, não obstante as organizações terem em seus
objetivos a perpetuação do negócio.
É considerado de extrema utilidade e importância, os conceitos desse
programa em três fatores: Desempenho na prestação de serviços, Qualidade
no atendimento e Otimização de custos.
Conforme Guedes:
35 ALMEIDA, Vicente Mello – Assistente de Produção Auto/RE de Produtos Massificados da BradescoSeguros S/A – Filial RJ – Entrevista realizada em 31/06/07na Bradesco Seguros S/A as 19:00h.
49
“O desempenho de nosso trabalho com os novos
conceitos de atendimento e prestação de serviços
vem apresentando condições favoráveis no mercado
de seguros, com padrões de afinidade e fidelização
aos nossos clientes em potencial: Os Corretores de
Seguros”.36
Os resultados apurados neste programa revelam o envolvimento da
qualidade no atendimento à clientes, denotam a redução do número de
reclamações, o atendimento as queixas apresentadas e a velocidade com que
são essas ações desenvolvidas, observando-se assim, a performance dos
processos internos e a melhoria gradativa do patamar do nível de satisfação
dos corretores e segurados dessa empresa. Isso foi detectado através de
pesquisas realizadas na central de atendimento – Call Center – e no site da
Bradesco Seguros S/A.
No passado, esses clientes buscavam resultado frente as suas
necessidades específicas, o que gerava um movimento passageiro entre a
empresa seguradora e corretores, mas no cenário atual, verifica-se que estão
os clientes cada vez mais exigentes quanto aos resultados esperados e a
própria superação de suas expectativas. Além disso, o cliente tem um maior
poder de barganha, devido a uma maior oferta gerada por uma concorrência
global, observando-se ainda uma redução na fidelidade da marca e mudanças
no seu estilo de vida, o que provoca uma demanda maior por conveniência,
levando a empresa seguradora a buscar a otimização dos seus canais de
contatos e atendimento com os clientes e a personalizar suas ofertas e sua
própria comunicação.
Afirma Pires:
36 GUEDES, Grace de Sá – Assistente de Produção Auto/RE de Produtos Massificados da BradescoSeguros S/A – Filial RJ – Entrevista realizada em 31/06/07na Bradesco Seguros S/A as 15:00h.
50
“A concorrência vem assolando não só os grandes mercados
mas também os mercados-meio e pequenos operadores de
seguros. No tocante a expectativa de cada cliente é verificado
a segmentação, a marca e a real necessidade durante a
negociação e posteriormente no pós-venda.”.37
O relacionamento buscado por esse programa junto aos corretores
através de um canal de atendimento diferenciado, declara a total influência no
seu resultado da empresa, entendendo que a fidelização é o mais importante.
No passado a empresa focava exclusivamente a produção em massa, ou seja,
apenas a venda progressiva dos corretores de seguros.
É preciso reconhecer que o valor do cliente é maior do que o valor de
sua compra ou a prestação de serviços, o que dá a certeza do seu retorno ao
longo do tempo, e que, por outro lado, a aquisição deste é bem mais cara do
que a sua manutenção, voltando assim, a fidelidade a ser um requisito de
bastante relevância.
De acordo com Moriello:
“Nossos clientes são captados e atendidos em cada tipo de
segmento, visando atender as suas necessidades. Essa
segmentação facilita não só o pós-venda, mas também a
prestação de serviços, análise dos clientes em potenciais e
perfil de compra de cada um deles.”38
Se a empresa deseja manter um bom relacionamento com os seus
clientes, é preciso saber, inicialmente, o que é importante para eles, o que é
relativamente fácil e em que momento são realmente tratados como clientes.
Algumas empresas perdem excelentes oportunidades por manterem
uma política “engessada”, como por exemplo os acessos nos canais de
atendimento onde o atendente não possui autonomia para a solução do
37 PIRES, José Augusto – Superintendente de Produto RE da Bradesco Seguros S/A – Matriz – Entrevistarealizada em 31/06/07 na Bradesco Seguros S/A as 16:00h.38 MORIELLO, Emerson E. – Supervisor da Bradesco Seguros S/A – Bradesco Empresas – Entrevistarealizada em 25/06/07 na Bradesco Seguros S/A as 16:00h.
51
problema, instruindo o cliente a reportar-se a unidade comercial mais próxima
de sua residência.
É preciso que as empresas seguradoras percebam que, a avaliação das
vantagens táticas utilizadas pelos concorrentes conhecidos não lhes ajudarão a
compreender o grau de determinação, vigor e inventividade dos concorrentes
potenciais. Afinal, as companhias que chegaram a liderança global, nos últimos
anos, iniciaram com ambições desproporcionais aos seus recursos e
capacidades, mas seguiram persistentes e determinadas a vencer, unidas em
todos os níveis da organização, por longos períodos.
Os relacionamentos são valorizados por emoções positivas a cada
momento em que o cliente interage com a empresa. Neste programa,
ressaltamos que a opinião dos clientes são de fundamental importância e o
conhecimento de seu comportamento é uma estratégia poderosa de negócios a
otimização de sua rentabilidade, aumento de suas receitas, a satisfação na
prestação de serviços, integrando múltiplos ponto de contatos e
relacionamentos.
Quanto ao resultado desta análise, devo ressaltar que este Programa
vem melhorando o posicionamento da empresa perante o mercado de seguros,
não só no aspecto de atendimento aos seus clientes de um modo geral, mas
no que tange ao desenvolvimento da qualidade na prestação de serviços como
um diferencial competitivo.
52
CONCLUSÃO
Hoje, as organizações passaram a compreender a importância da
qualidade do serviço bem prestado considerando-a como uma vantagem
competitiva perante o mercado concorrente. Uma companhia só atingirá o
sucesso quando sua meta e visão estiverem totalmente voltadas à satisfação
do cliente e à melhor forma de atendê-lo.
O que se pode concluir desse trabalho é que não há dinheiro suficiente e
marketing capaz de fazer uma empresa atingir um alto nível de serviços
prestados. Tudo é fruto de um bom gerenciamento que, diariamente, aplica os
princípios básicos da qualidade em serviços. Isso engloba uma visão gerencial
e domínio sobre o negócio. Todos na equipe devem entender, respeitar e
monitorar o cliente. É ter na equipe pessoas competentes, oferecer um bom
treinamento e dar incentivo aos que se destacarem. Fazer uso apropriado da
tecnologia. Definir padrões e divulgá-los a todos os funcionários. E inovar,
sempre.
53
Toda empresa deve ter uma meta clara aos olhos de todos os
funcionários e que esses aprendam a respeitá-la e ofereçam esforços para a
sua conquista. É preciso estabelecer uma meta para dar coerência, entusiasmo
e significado ao trabalho do departamento.
Perceber que o trabalho em equipe dá força e sustentação à empresa.
Todos devem trabalhar para o sucesso da organização e atingir as metas pré-
estabelecidas. O foco está na qualidade, no esforço de colaborar da equipe e
na atenção permanente ao desenvolvimento dos funcionários.
A preocupação com a excelência, não é só no mérito exclusivo do líder.
Todos no grupo de trabalho devem compartilhar dessa preocupação e deverão
estar preparados para fazer o que for preciso, a fim de excederem as
expectativas e resolverem os problemas que venham a surgir.
É importante que a organização ofereça aos funcionário as condições
adequadas e necessárias para que ele realize um trabalho eficaz e se sinta
parte do processo, para isso, podem ser utilizados treinamentos, definição de
valores e formação de equipes de atendimentos.
Investir em educação e treinamento. O treinamento geral, a atribuição de
tarefas novas e desafiantes que desenvolvam a capacidade dos subordinados
e críticas construtivas, ajudam muito e são bem recebidos por estes.
Com a criação da Internet e a informatização nas empresas, é
demonstrado que os processos de atendimento à clientes são globalizados, ou
seja, a comercialização de produtos, venda e pós-venda são operacionalizados
em qualquer parte do mundo, independente do local onde ele esteja.
Entretanto, no estudo de caso apresentado, os corretores, então considerados
clientes, aprovam a ferramenta de acesso as suas informações, bem como
entendem que o Grupo Bradesco de Seguros busca um diferencial competitivo
em relação aos seus concorrentes.
A lição mais importante em todo o processo de aprendizado foi
simplesmente esta – Calar e Escutar. Ouvir os anseios dos clientes, interpretá-
los e convertê-los em ação positiva.
54
Muitas perguntas foram respondidas, porém outras tantas ainda irão
surgir. Porém, o aprendizado é um incansável processo que exige esforço,
tempo e paciência.
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http://www.waltdisneycompany.com – Acesso em 21.05.07 às 21:31hs.
ENTREVISTAS REALIZADAS
Entrevista com o Sr. Alessandro Gomes Antunes – Gerente de Produção
Auto/RE da unidade de produtos Massificados da Bradesco Seguros S/A.
Entrevista com o Sr. Almir Ximenes – Superintendente-Chefe de Produção
Auto/RE da unidade de produtos Massificados da Bradesco Seguros S/A.
Entrevista com o Sr. Emerson E. Moriello – Supervisor da Bradesco Seguros
S/A da unidade Bradesco Empresas
Entrevista com o Sra. Grace de Sá Guedes – Assistente de Produção Auto/RE
da unidade de produtos Massificados da Bradesco Seguros S/A.
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Entrevista com o Sr. Guilherme Corrêa Abranches – Gerente de Produção
Auto/RE da unidade de produtos Massificados da Bradesco Seguros S/A.
Entrevista com o Sr. José Augusto Pires – Superintendente de Produto RE -
Matriz da Bradesco Seguros S/A.
Entrevista com o Sr. Marcelo Barbosa Cruz – Superintendente de Produção
Auto/RE da unidade de produtos Massificados da Bradesco Seguros S/A.
Entrevista com o Sr. Marcelo Israel – Diretor Comercial da Guci Corretora de
Seguros.
Entrevista com o Sr. Marco Aurélio Loureiro – Angariador da Alpha Service
Corretora de Seguros – Agência Catete – Banco Bradesco S/A.
Entrevista com o Sr. Mariel Pessanha – Angariador da Eminence Corretora de
Seguros – Agência Copacabana – Banco Bradesco S/A.
Entrevista com o Sr. Vicente Mello de Almeida – Assistente de Produção
Auto/RE da unidade de produtos Massificados da Bradesco Seguros S/A.
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