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ISSN 2359-6694

PROVA SALVADOR2014

SISTEMA INTEGRADO DE AVALIAÇÃO

SUMÁRIO EXECUTIVO

SÍNTESE DA QUALIDADE DO ENSINO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR

PrefeitoAntônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto

Secretário Municipal de EducaçãoGuilherme Cortizo Bellintani

SubsecretáriaTeresa Cozetti Pontual

Diretora PedagógicaJoelice Ramos Braga

Gerente de CurrículoGilmária Ribeiro da Cunha

Coordenadora de AvaliaçãoDaniela Fernanda da Hora Correia

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. . 8

2. PARTICIPAÇÃO ............................................................................................... 10Tabela 1. PARTICIPAÇÃO – SISTEMA INTEGRADO DE AVALIAÇÃO/PROVA SALVADOR 2014 ........ 11

Tabela 2. PARTICIPAÇÃO – GERÊNCIAS REGIONAIS DE ENSINO ......................................................... 12

3. DESEMPENHO ............................................................................................... . 13

Língua Portuguesa ..................................................................................................................................... 14Tabela 3. DESEMPENHO EM LÍNGUA PORTUGUESA – SISTEMA INTEGRADO DE AVALIAÇÃO/

PROVA SALVADOR 2014 ................................................................................................................................. 14

Tabela 4. DESEMPENHO EM LÍNGUA PORTUGUESA – GERÊNCIAS REGIONAIS DE ENSINO ....... 15

Matemática ................................................................................................................................................... 15Tabela 5. DESEMPENHO EM MATEMÁTICA – SISTEMA INTEGRADO DE AVALIAÇÃO/PROVA

SALVADOR 2014................................................................................................................................................ 16

Tabela 6. DESEMPENHO EM MATEMÁTICA – GERÊNCIAS REGIONAIS DE ENSINO ......................... 16

4. PERFIL DOS ALUNOS .................................................................................. 18Gráfico 1. SEXO DOS ALUNOS ....................................................................................................................... 18

Gráfico 2. COR/RAÇA AUTODECLARADA PELO ALUNO, SEGUNDO AS CATEGORIAS DO IBGE ... 19

Gráfico 3. ESCOLARIDADE DOS PAIS DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ..... 19

Gráfico 4. ESCOLARIDADE DOS PAIS DOS ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ..... 20

Gráfico 5. ACESSO A SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA BÁSICA NO DOMICÍLIO E BENEFÍCIO DO

BOLSA FAMÍLIA SEGUNDO ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................ 20

Gráfico 6. ACESSO A SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA BÁSICA NO DOMICÍLIO E BENEFÍCIO DO

BOLSA FAMÍLIA SEGUNDO ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................ 21

Gráfico 7. QUANTIDADE DE BENS DE CONSUMO NO DOMICÍLIO DOS ALUNOS DO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 21

Gráfico 8. QUANTIDADE DE BENS DE CONSUMO NO DOMICÍLIO DOS ALUNOS DO 9º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 22

Consumo Cultural e Hábitos de Leitura segundo os alunos ....................................................... 22Gráfico 9. PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A QUANTIDADE DE LIVROS DISPONÍVEIS NO

DOMICÍLIO .......................................................................................................................................................... 22

Gráfico 10. FREQUÊNCIA DE LEITURAS E INCENTIVO DOS PAIS À LEITURA DOS ALUNOS DO 5º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................ 23

Gráfico 11. FREQUÊNCIA DE LEITURAS E INCENTIVO DOS PAIS À LEITURA DOS ALUNOS DO 9º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................ 24

Gráfico 12. GOSTO DE LEITURA POR TIPOS SEGUNDO A OPINIÃO DOS ALUNOS DO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 24

Gráfico 13. GOSTO DE LEITURA POR TIPOS SEGUNDO A OPINIÃO DOS ALUNOS DO 9º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 25

Utilização da internet segundo os alunos ......................................................................................... 25

Gráfico 14. FREQUÊNCIA DOS USOS DA INTERNET POR CATEGORIAS DE ACORDO COM OS

ALUNOS O 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL...................................................................................... 25

Gráfico 15. FREQUÊNCIA DOS USOS DA INTERNET POR CATEGORIAS DE ACORDO COM OS

ALUNOS O 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL...................................................................................... 26

Expectativas dos alunos com relação ao futuro .............................................................................. 26Gráfico 16. EXPECTATIVAS COM RELAÇÃO AO FUTURO PARA OS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL ................................................................................................................................................. 26

Gráfico 17. EXPECTATIVAS COM RELAÇÃO AO FUTURO PARA OS ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL ................................................................................................................................................. 27

5. PERFIL DOS PROFESSORES ..................................................................... 28Gráfico 18. SEXO DOS PROFESSORES ......................................................................................................... 28

Gráfico 19. IDADE DOS PROFESSORES ........................................................................................................ 29

Gráfico 20. COR/RAÇA DOS PROFESSORES, SEGUNDO AUTODECLARAÇÃO PARA AS CATEGORIAS

DO IBGE .............................................................................................................................................................. 29

Gráfico 21. NÍVEL DE ESCOLARIDADE MAIS ALTO COMPLETO PELOS PROFESSORES ................... 30

Gráfico 22. TEMPO DE EXPERIÊNCIA COMO PROFESSOR PARA OS PROFESSORES DO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 30

Gráfico 23. TEMPO DE EXPERIÊNCIA COMO PROFESSOR PARA OS PROFESSORES DO 9º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 31

Gráfico 24. PRINCIPAL DISCIPLINA QUE O PROFESSOR LECIONA NA ESCOLA ............................... 32

Gráfico 25. EXERCÍCIO DE ALGUMA OUTRA ATIVIDADE REMUNERADA PELO PROFESSOR ........ 32

Gráfico 26. RENDA BRUTA DO PROFESSOR, SOMANDO-SE TODOS OS SEUS RENDIMENTOS ... 33

Utilização da internet segundo os professores ............................................................................... 33Gráfico 27. USOS DA INTERNET POR TIPO DE ACORDO COM OS PROFESSORES DO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 33

Gráfico 28. USOS DA INTERNET POR TIPO DE ACORDO COM OS PROFESSORES DO 9º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 34

Hábitos de leitura segundo os professores ...................................................................................... 34Gráfico 29. FREQUÊNCIA DE LEITURAS POR TIPO DE ACORDO COM OS PROFESSORES DO 5º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................ 35

Gráfico 30. FREQUÊNCIA DE LEITURAS POR TIPO DE ACORDO COM OS PROFESSORES DO 9º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................ 35

Expectativas dos professores com relação ao futuro de suas turmas .................................... 35Gráfico 31. EXPECTATIVA DOS PROFESSORES DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM

RELAÇÃO AO FUTURO ESCOLAR E PROFISSIONAL DE SEUS ALUNOS ............................................. 36

Gráfico 32. EXPECTATIVA DOS PROFESSORES DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM

RELAÇÃO AO FUTURO ESCOLAR E PROFISSIONAL DE SEUS ALUNOS ............................................. 36

6. PERFIL DOS DIRETORES ............................................................................ 37Gráfico 33. SEXO DOS DIRETORES ............................................................................................................... 37

Gráfico 34. COR/RAÇA AUTODECLARADA PELO DIRETOR SEGUNDO AS CATEGORIAS DO IBGE .... 38

Gráfico 35. IDADE DOS DIRETORES ............................................................................................................. 38

Gráfico 36. NÍVEL DE ESCOLARIDADE MAIS ALTO COMPLETO PELOS DIRETORES ........................ 39

Gráfico 37. TEMPO DE EXPERIÊNCIA COMO DIRETOR ............................................................................ 39

Gráfico 38. EXERCÍCIO DE OUTRA ATIVIDADE REMUNERADA POR PARTE DO DIRETOR .............. 40

Gráfico 39. RENDA BRUTA DOS DIRETORES, SOMANDO-SE TODOS OS SEUS RENDIMENTOS ... 40

Utilização da Internet segundo os diretores ..................................................................................... 40Gráfico 40. USOS DA INTERNET POR TIPO DE ACORDO COM OS DIRETORES ................................ 41

Hábitos de leitura segundo os diretores ........................................................................................... 41Gráfico 41. FREQUÊNCIA DE LEITURAS POR TIPO DE ACORDO COM OS DIRETORES .................... 41

Em busca de melhor desempenho escolar: a importância das expectativas ....................... 42

Desempenho estudantil e a importância das expectativas ......................................................... 42

A construção do índice de expectativas ............................................................................................ 43Tabela 7. DISTRIBUIÇÃO DO ÍNDICE FINAL DE EXPECTATIVAS ............................................................. 44

Um modelo para entender o desempenho de alunos e a contribuição de suas escolas .... 45Tabela 8. DISTRIBUIÇÃO DA PROFICIÊNCIA EM MATEMÁTICA PARA OS ALUNOS DO PROVA

SALVADOR 2014 UTILIZADOS NO ENSAIO SOBRE EFICÁCIA ESCOLAR ............................................. 45

A separação entre os níveis dos alunos e das escolas ................................................................ 45Tabela 9. ESTIMAÇÃO FINAL DOS COMPONENTES DE VARIÂNCIA..................................................... 46

As influências externas ............................................................................................................................ 46Tabela 10. DISTRIBUIÇÃO DO ÍNDICE SOCIOECONÔMICO DOS ALUNOS DO PROVA SALVADOR

2014 UTILIZADOS NO ENSAIO SOBRE EFICÁCIA ESCOLAR .................................................................. 46

Tabela 11. NÚMERO E FREQUÊNCIA DAS INFORMAÇÕES SOBRE SEXO, COR/RAÇA

AUTODECLARADA, DOS ALUNOS DO PROVA SALVADOR 2014 UTILIZADOS NO ENSAIO SOBRE

EFICÁCIA ESCOLAR ......................................................................................................................................... 47

Tabela 12. DISTRIBUIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ESCOLARES CONSIDERADAS NO ENSAIO

SOBRE EFICÁCIA ESCOLAR ........................................................................................................................... 47

A variação específica das escolas ....................................................................................................... 47

Distribuição do efeito das escolas para o 5º ano do Ensino Fundamental (u0j) após controle socioeconômico ......................................................................................................................................... 48

O efeito das expectativas ....................................................................................................................... 48Tabela 13. ESTIMAÇÃO FINAL DOS EFEITOS FIXOS ................................................................................. 49

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: A IMPORTÂNCIA DAS ESCOLAS PARA A APRENDIZAGEM ........................................................................................................................................ 49

Tabela 14. RESUMO DOS EFEITOS OBSERVADOS NA ANÁLISE SOBRE EXPECTATIVAS ................ 50

INTRODUÇÃO

Proporcionar uma educação de qualidade não é uma questão trivial: trata-se da garantia de um direito constitucional e da necessidade de oferecer aos jovens a capacitação indispensável ao ingresso na vida adulta. A avaliação em larga escala oferece dados para auxiliar o planejamento das intervenções que visam a enfrentar esse dever. É preciso ter em mente que as escolas promovem interações substantivas entre diversos agentes e isso afeta os resultados individuais e coletivos alcançados. As escolas estão permeadas pelas perspectivas e visões sobre seus rumos, suas funções, suas melhores práticas e sobre os métodos mais eficazes de se construir um ambiente de promoção de uma educação de qualidade.

1

Para as escolas, especificamente, está reservado o desafio de oferecer ensino de qualidade para alunos com enormes diferenças socioculturais. E a escola precisa lidar com as características de seus alunos, sem perder de vista as finalidades do ensino de qualidade. Chegar a um consenso sobre os valores que devem ser compartilhados e compreendidos por toda a comunidade escolar pode ser impossível, mas estabelecer algumas diretrizes mínimas para a gestão e a pedagogia é viável e necessário.

Para melhor enfrentar esses desafios, foi realizada a primeira edição do Sistema Integrado de Avaliação/Prova Salvador. Implantada em 2014 pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), a Prova Salvador avaliou, em sua primeira edição, todos os alunos da Rede Municipal, matriculados nos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Ao todo, foram 18.582 alunos avaliados em todo o município. Participaram da avaliação as escolas municipais com alunos matriculados nos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental.

Esses alunos participaram das avaliações nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Essa publicação consiste em uma forma sintética de apresentação dos resultados gerais, de modo prático e objetivo, a partir de um resumo do diagnóstico da qualidade do ensino em Salvador.

O sumário está organizado em seis seções: a primeira é essa introdução, a segunda apresenta as principais informações de participação nos testes; a terceira resume os resultados relativos ao desempenho dos alunos avaliados; a quarta apresenta o perfil de alunos, professores e gestores que responderam aos questionários socioeconômicos; a quinta, uma análise contextual complementar, que relaciona a eficácia do ensino das escolas às características administrativas e pedagógicas nelas desenvolvidas; e a última, as considerações finais.

SUMÁRIO EXECUTIVO 9 PROVA SALVADOR 2014

2PARTICIPAÇÃO

A participação na avaliação educacional é definida como o percentual da razão entre: i) o número de alunos que responderam aos testes, e, portanto, possuem um resultado (também chamados de alunos efetivos ou efetivamente avaliados); ii) e os alunos inicialmente esperados, dadas as informações sobre o contingente em cada etapa/série a ser avaliada (chamados de alunos previstos para a avaliação).

Participação (%) = x 100N° alunos avaliados

N° alunos previstos

Observando a participação, aproximamo-nos da utilidade das informações para o sistema de ensino. Não há números mínimos, mas é bom que os níveis mantenham-se elevados. Nos tópicos a seguir, apresentamos tanto as informações gerais quanto as regionais de participação dos alunos por etapa/série avaliada.

Em geral, são consideradas as informações de participação no primeiro dia de avaliação, pois ela dita a tendência para os demais dias. Abaixo, apresentamos os resultados de participação para o primeiro dia de aplicação dos testes (correspondentes à disciplina de Língua Portuguesa) nas Gerências Regionais de Ensino (GRE) e para todo o projeto.

Para o 5º e o 9º ano do Ensino Fundamental da Rede Municipal, os percentuais de participação são semelhantes, embora os contingentes de alunos em cada ano/série sejam bastante diferentes. Para o 5º ano, o número de alunos previsto era de 19.196, e o percentual de participação atingiu 87,5%. No caso do 9º ano, era prevista a participação de 2.072 alunos, e o percentual de participação foi um pouco inferior ao do caso anterior, alcançando 86,3%.

TABELA 1. PARTICIPAÇÃO – SISTEMA INTEGRADO DE AVALIAÇÃO/PROVA SALVADOR 2014

Rede Etapa N° de Alunos Previstos N° de Alunos Avaliados % de Participação

Municipal5º Ano 19.196 16.794 87,5

9º Ano 2.072 1.788 86,3

Observando a participação por GRE os percentuais de participação não apresentam grandes variações. Em relação ao 5º ano do Ensino Fundamental, a maior participação coube à GRE PIRAJA, com um percentual de 89,4%, e a menor participação foi registrada na GRE SUBURBIO II, com 84,4%, ou seja, uma variação de 5,0 pontos percentuais. Na avaliação do 9º ano do Ensino Fundamental, o cenário não é muito diferente, com uma pequena exceção: a GRE CABULA obteve 93,0% de participação, distanciando-se mais de 5 pontos percentuais da média. A GRE SUBURBIO I foi onde foi observada a menor participação dos alunos do 9º ano, com um percentual de 80,0%.

SUMÁRIO EXECUTIVO 11 PROVA SALVADOR 2014

TABELA 2. PARTICIPAÇÃO – GERÊNCIAS REGIONAIS DE ENSINO

Rede Etapa GREN° de Alunos

PrevistosN° de Alunos

Avaliados% de Participação

Municipal

5º Ano

CENTRO 1.562 1.375 88,0

CIDADE BAIXA 953 828 86,9

SAO CAETANO 1.843 1.625 88,2

LIBERDADE 966 851 88,1

ORLA 1.502 1.341 89,3

ITAPUA 2.464 2.166 87,9

CABULA 2.586 2.270 87,8

PIRAJA 1.581 1.414 89,4

SUBURBIO I 1.966 1.706 86,8

CAJAZEIRAS 2.279 1.957 85,9

SUBURBIO II 1.494 1.261 84,4

9º Ano

CENTRO 303 257 84,8

CIDADE BAIXA 133 114 85,7

SAO CAETANO 204 181 88,7

LIBERDADE 120 104 86,7

ORLA 136 116 85,3

ITAPUA 309 253 81,9

CABULA 215 200 93,0

PIRAJA 270 235 87,0

SUBURBIO I 110 88 80,0

CAJAZEIRAS 188 165 87,8

SUBURBIO II 84 75 89,3

PROVA SALVADOR 2014 12 SUMÁRIO EXECUTIVO

DESEMPENHO

3Esta seção resume os principais resultados obtidos pelos alunos nos testes nas disciplinas avaliadas, por etapa e por GRE. Os testes feitos pelos alunos produzem uma medida de seu desempenho nas habilidades avaliadas que é denominada proficiência. Os valores da proficiência são organizados em uma Escala de Proficiência que ordena, de acordo com a complexidade da habilidade, os valores obtidos pelos alunos.

A Proficiência Média representa a tendência central dos resultados, ou seja, o grau ou nível de aproveitamento na avaliação; já o Desvio Padrão (doravante D.P.) retrata o quanto o resultado é disperso, é a medida de variação entre as proficiências: quanto menor o D.P., menor é a distância dos alunos em relação à média; quanto maior o D.P., maior será a distância. Em outras palavras, a média será um melhor preditor para o desempenho dos alunos no sistema quanto menor for o valor do D.P.

Os Padrões de Desempenho apresentam uma caracterização das competências e habilidades cognitivas desenvolvidas pelos alunos em importantes valores da Escala de Proficiência. Pedagogicamente, os Padrões de Desempenho indicam o grau de cumprimento dos objetivos educacionais considerados essenciais e expressos na Matriz de Referência para avaliação, bem como as metas de desempenho a serem alcançadas.

No Padrão de Desempenho Abaixo do Básico, o aluno demonstra carência de aprendizagem do que é previsto para a sua etapa de escolaridade. Ele fica abaixo do esperado, na maioria das vezes, tanto no que diz respeito à compreensão do que é abordado, quanto na execução de tarefas e avaliações. Por isso, é necessária uma intervenção focada para que se possa progredir em seu processo de aprendizagem.

O aluno que se encontra no Padrão de Desempenho Básico demonstra ter aprendido o mínimo do que é proposto para o seu ano escolar. Neste nível, ele já iniciou um processo de sistematização e domínio das habilidades consideradas básicas e essenciais ao período de escolarização em que se encontra.

No Padrão de Desempenho Adequado, o aluno demonstra ter adquirido um conhecimento apropriado e substancial ao que é previsto para a sua etapa de escolaridade. Neste nível, ele domina um maior leque de habilidades, tanto no que diz respeito à quantidade, quanto à complexidade, as quais exigem um refinamento dos processos cognitivos nelas envolvidos.

O aluno que atingiu o Padrão de Desempenho Avançado revela ter desenvolvido habilidades mais sofisticadas e demonstra ter um aprendizado superior ao que é previsto para o seu ano escolar. O desempenho desses alunos nas tarefas e avaliações propostas supera o esperado e, ao serem estimulados, podem ir além das expectativas traçadas.

LÍNGUA PORTUGUESA

A Proficiência Média do desempenho em Língua Portuguesa para o 5º ano do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Salvador é 181,3, dentro do padrão Básico. O 9º ano do Ensino Fundamental, também, se encontra no mesmo padrão Básico, com a Proficiência Média de 217,1. Sobre a distribuição dos alunos em cada padrão, a maior parte de fato se concentra no Básico: 41,7% para o 5º ano e 52,1% para o 9º ano. O padrão com menor concentração de alunos é o Avançado: 6,8% no 5º ano e 0,7% no 9º ano. Não há grandes variações de desvio padrão, sendo o maior no caso do 9º ano (45,2) e o menor no 5º ano, com 43,9.

TABELA 3. DESEMPENHO EM LÍNGUA PORTUGUESA – SISTEMA INTEGRADO DE AVALIAÇÃO/

PROVA SALVADOR 2014

Rede EtapaProficiência

MédiaDesvioPadrão

Indicação doPadrão de

Desempenho

Padrões de Desempenho

Abaixo do Básico

Básico Adequado Avançado

Municipal5º Ano 181,3 43,9 Básico 25,8 41,7 25,7 6,8

9º Ano 217,1 45,2 Básico 37,4 52,1 9,8 0,7

O desempenho das Gerências Regionais de Ensino em Língua Portuguesa do 5º ano e também do 9º ano do Ensino Fundamental da Rede de Salvador está concentrado no padrão Básico. Quanto à Proficiência Média, no caso do 5º ano, a GRE CENTRO apresenta 185,6 e, em relação à distribuição por Padrão de Desempenho, 8,4 no Avançado, e isso a destaca positivamente das demais. Essa GRE, também, é a que apresenta uma Proficiência Média mais alta para o caso do 9º ano: 227,3. No entanto, observando a distribuição por Padrão de Desempenho a que possui mais alunos no Avançado é a GRE CABULA, com 1,5, que também se destaca por apresentar uma concentração de alunos no Abaixo do Básico. Por fim, vale, também, observar que há uma relativa concentração de alunos no padrão Abaixo do Básico na GRE SUBURBIO II (33,9), referente à etapa do 5º ano.

PROVA SALVADOR 2014 14 SUMÁRIO EXECUTIVO

TABELA 4. DESEMPENHO EM LÍNGUA PORTUGUESA – GERÊNCIAS REGIONAIS DE ENSINO

Etapa GREProficiência

MédiaDesvioPadrão

Indicação doPadrão de

Desempenho

Padrões de Desempenho

Abaixo do Básico

Básico Adequado Avançado

5º Ano

CENTRO 185,6 44,0 Básico 22,5 39,4 29,7 8,4

CIDADE BAIXA 180,1 43,1 Básico 24,6 45,3 22,9 7,1

SAO CAETANO

182,6 43,3 Básico 24,1 42,9 26,0 7,0

LIBERDADE 185,1 44,9 Básico 23,4 42,0 26,7 8,0

ORLA 185,3 45,0 Básico 23,1 41,8 26,8 8,3

ITAPUA 184,0 44,5 Básico 24,2 40,4 27,5 7,9

CABULA 181,5 40,9 Básico 23,4 44,9 25,9 5,8

PIRAJA 183,6 43,8 Básico 24,5 41,6 26,8 7,1

SUBURBIO I 174,5 44,9 Básico 31,9 40,0 22,9 5,2

CAJAZEIRAS 180,4 44,9 Básico 27,6 40,1 25,3 6,9

SUBURBIO II 171,6 42,3 Básico 33,9 41,7 20,3 4,1

9º Ano

CENTRO 227,3 41,2 Básico 27,6 56,4 15,6 0,4

CIDADE BAIXA 211,5 43,0 Básico 44,7 45,6 9,6 0,0

SAO CAETANO

209,0 42,1 Básico 40,9 53,0 5,5 0,6

LIBERDADE 212,2 42,6 Básico 41,3 52,9 5,8 0,0

ORLA 223,3 40,7 Básico 31,0 59,5 9,5 0,0

ITAPUA 222,9 49,3 Básico 34,4 52,2 11,1 2,4

CABULA 216,9 49,8 Básico 41,0 47,0 10,5 1,5

PIRAJA 222,5 44,5 Básico 34,0 54,0 11,1 0,9

SUBURBIO I 207,6 41,3 Básico 38,6 55,7 5,7 0,0

CAJAZEIRAS 208,5 46,6 Básico 44,8 46,7 8,5 0,0

SUBURBIO II 201,8 42,5 Básico 48,0 48,0 4,0 0,0

MATEMÁTICA

A Proficiência Média do desempenho em Matemática para o 5º ano do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Salvador é 190,9, dentro do padrão Básico. Já o 9º ano do Ensino Fundamental se encontra no padrão Abaixo do Básico, com a Proficiência Média de 222,0. Sobre a distribuição dos alunos em cada padrão, a maior parte do 5º ano de fato se concentra no Básico, com 41,7%; já no 9º ano, seguindo a mesma linha, a maior concentração está no Abaixo do Básico, com 52,7%. O padrão com menor concentração de alunos é o Avançado: 2,4% no 5º ano e 0,1% no 9º ano.

SUMÁRIO EXECUTIVO 15 PROVA SALVADOR 2014

TABELA 5. DESEMPENHO EM MATEMÁTICA – SISTEMA INTEGRADO DE AVALIAÇÃO/PROVA

SALVADOR 2014

Rede EtapaProficiência

MédiaDesvioPadrão

Indicação doPadrão de

Desempenho

Padrões de Desempenho

Abaixo do Básico

Básico Adequado Avançado

Municipal

5º Ano 190,9 39,4 Básico 35,6 45,6 16,4 2,4

9º Ano 222,0 42,6Abaixo do

Básico52,7 44,5 2,6 0,1

Na disciplina de Matemática, todas as GRE da Rede Municipal de Salvador, no 5º ano do Ensino Fundamental, encontram-se dentro do padrão Básico. Entre as GRE com os maiores resultados, as diferenças são pequenas: Itapuã tem a maior Proficiência Média de todas, 194,8, além da maior concentração de alunos no padrão Avançado, 3,2%. Próximo a ela estão também as GRE Orla e Centro, respectivamente, com Proficiência Média de 194,0 e 193,6.

Já no 9º ano do Ensino Fundamental, ainda na disciplina de Matemática, as GRE se dividem entre três no padrão Básico e oito no padrão Abaixo do Básico. A GRE com desempenho mais expresso é Pirajá, com 230,1 de Proficiência Média. As GRE Centro e Orla se aproximam bastante desse resultado, respectivamente, com a Proficiência Média de 229,8 e 230,0. Contudo, apenas, outras duas GRE, Itapuã e Cajazeiras, possuem alunos dentro do padrão Avançado, com, respectivamente, 0,4% e 0,6%.

TABELA 6. DESEMPENHO EM MATEMÁTICA – GERÊNCIAS REGIONAIS DE ENSINO

Etapa GREProficiência

MédiaDesvio Padrão

Indicação do Padrão de

Desempenho

Padrões de Desempenho

Abaixo do Básico

Básico Adequado Avançado

5º Ano

CENTRO 193,6 38,8 Básico 32,4 46,6 18,8 2,1

CIDADE BAIXA

189,8 36,8 Básico 36,6 45,3 17,0 1,1

SAO CAETANO

193,2 39,3 Básico 32,9 46,8 17,8 2,5

LIBERDADE 191,9 37,9 Básico 33,6 49,0 15,3 2,1

ORLA 194,0 40,1 Básico 33,3 45,8 17,8 3,1

ITAPUA 194,8 41,3 Básico 32,2 45,6 19,0 3,2

CABULA 190,6 37,7 Básico 34,6 47,7 15,8 1,9

PIRAJA 191,7 38,5 Básico 34,8 47,2 15,2 2,8

SUBURBIO I 186,7 40,6 Básico 40,9 42,4 14,6 2,1

CAJAZEIRAS 189,9 40,3 Básico 38,1 43,6 15,3 3,0

SUBURBIO II 182,6 38,0 Básico 43,7 42,3 12,8 1,2

PROVA SALVADOR 2014 16 SUMÁRIO EXECUTIVO

Etapa GREProficiência

MédiaDesvio Padrão

Indicação do Padrão de

Desempenho

Padrões de Desempenho

Abaixo do Básico

Básico Adequado Avançado

9º Ano

CENTRO 229,8 38,3 Básico 45,1 52,9 1,9 0,0

CIDADE BAIXA 215,0 39,8Abaixo do

Básico61,4 37,7 0,9 0,0

SAO CAETANO 214,8 42,7Abaixo do

Básico61,3 37,0 1,7 0,0

LIBERDADE 209,6 41,3Abaixo do

Básico64,4 32,7 2,9 0,0

ORLA 230,0 41,7 Básico 43,1 53,4 3,4 0,0

ITAPUA 224,6 45,6Abaixo do

Básico50,2 46,6 2,8 0,4

CABULA 220,7 44,1Abaixo do

Básico52,0 45,5 2,5 0,0

PIRAJA 230,1 40,9 Básico 46,4 49,4 4,3 0,0

SUBURBIO I 215,8 34,7Abaixo do

Básico60,2 39,8 0,0 0,0

CAJAZEIRAS 220,3 48,4Abaixo do

Básico53,9 40,6 4,8 0,6

SUBURBIO II 208,6 38,5Abaixo do

Básico62,7 36,0 1,3 0,0

SUMÁRIO EXECUTIVO 17 PROVA SALVADOR 2014

Ao todo, 18.030 alunos da Rede Municipal em Salvador apresentaram questionários válidos para a realização do perfil. Dentre esses, 16.274 (90,3%) foram avaliados no 5º ano do Ensino Fundamental e 1.756 (9,7%) no 9º ano do Ensino Fundamental. Essa divisão por etapa permanecerá em todos os gráficos e tabelas descritos a seguir, e os percentuais referem-se aos casos válidos a respeito de cada questão, dentro desses totais.

GRÁFICO 1. SEXO DOS ALUNOS

54,9% 51,0%

45,1% 49,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

onA º9onA º5

Ensino Fundamental

Feminino.

Masculino.

Dentre os alunos que responderam aos questionários, do 5º e do 9º ano do Ensino Fundamental, a maior parte se declarou pardo, sendo respectivamente 38% e 44,4%. O número de alunos que se declararam pretos se aproximou bastante dos pardos: 34,5% no 5º ano e 34,4% no 9º ano. Nas demais ocorreu apenas uma discrepância maior para a cor/raça branca: 13,6% no 5º ano e 9,5% no 9º ano. Amarelo e Indígena tiveram os percentuais mais baixos e bem próximos um do outro: a primeira, 6,4% no 5º ano e 5,9% no 9º ano; já a segunda, 7,6% no 5º ano e 5,8% no 9º ano.

4PERFIL DOS ALUNOS

GRÁFICO 2. COR/RAÇA AUTODECLARADA PELO ALUNO, SEGUNDO AS CATEGORIAS DO IBGE

13,6%

9,5%

38,0%

44,4%

34,5%

34,4%

6,4%

5,9%

7,6%

5,8%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

5º Ano

9º Ano

Ensi

no F

unda

men

tal Branco(a).

Pardo(a).

Preto(a).

Amarelo(a).

Indígena.

No 5º ano do Ensino Fundamental, a maior parte dos alunos afirmou desconhecer a escolaridade da mãe, 29,6%, e a do pai, 39,2%. Dentre aqueles que indicaram conhecer a questão, o maior percentual foi entre os alunos cujos pais cursaram a primeira etapa do Ensino Fundamental e não completaram o Ensino Médio: os percentuais foram de 20,1% para as mães e 16,3% para os pais. Já o índice de alunos cujos pais completaram o Ensino Superior foi o mais baixo e sem discrepância entre mãe e pai: 7,9% e 8,3% respectivamente. Já na ponta oposta, os alunos cujos pais nunca estudaram ou não completaram a 4ª série ou 5º ano do Ensino Fundamental foram 11,7% para a mãe e 10,5% para o pai.

GRÁFICO 3. ESCOLARIDADE DOS PAIS DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

11,7% 10,5%

20,1%16,3%

16,3%14,1%

14,5%

11,6%

7,9%

8,3%

29,6%39,2%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Escolaridade da mãe Escolaridade do pai

5º Ano

Não sei.

Completou a Faculdade.

Completou o Ensino

Médio, mas não

completou a Faculdade.

Completou a 8ª

série/9°ano, mas não

completou o Ensino Médio

(antigo 2º grau).

Completou a 4ª série/5°

ano, mas não completou a

8ª série/9°ano (antigo

ginásio).

No 9º ano do Ensino Fundamental, o índice de alunos que afirmaram desconhecer a escolaridade da mãe ou do pai foi o segundo maior: 18,5% e 29,3%, respectivamente. Os percentuais mais altos pertenceram aos alunos cujos pais cursaram todo o Ensino Médio, porém não completaram Ensino Superior: 32,2% para a mãe e 24,7% para o pai. Já os percentuais mais baixos foram os de alunos cujos pais completaram o Ensino Superior: 7,7% das mães e 6,0% dos pais. Na ponta oposta, o percentual de pais com o nível mais baixo de

SUMÁRIO EXECUTIVO 19 PROVA SALVADOR 2014

escolaridade foi bastante próximo do nível mais alto: 6,2% das mães e 7,7% dos pais nunca estudaram ou não completaram a 4ª série ou 5º ano do Ensino Fundamental.

GRÁFICO 4. ESCOLARIDADE DOS PAIS DOS ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

6,2% 7,7%

16,5% 16,5%

18,8% 15,8%

32,2%24,7%

7,7%

6,0%

18,5%29,3%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Escolaridade da mãe Escolaridade do pai

9º Ano

Não sei.

Completou a Faculdade.

Completou o Ensino

Médio, mas não

completou a Faculdade.

Completou a 8ª

série/9°ano, mas não

completou o Ensino Médio

(antigo 2º grau).

Quanto ao acesso a serviços de infraestrutura no domicílio e benefício do Bolsa Família, o 5º ano do Ensino Fundamental teve todos os índices acima de 50%: o serviço com mais percentual foi o de acesso a água na torneira, 88,9%, muito próximo ao serviço de energia elétrica, 86,0%. O mais baixo de todos foi o acesso à coleta de lixo, 66,1%. Dos alunos que responderam a esse questionário, 67,4% responderam que a família recebe o benefício do Bolsa Família.

GRÁFICO 5. ACESSO A SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA BÁSICA NO DOMICÍLIO E BENEFÍCIO

DO BOLSA FAMÍLIA SEGUNDO ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

70,8%

86,0%

88,9%

66,1%

67,4%

29,2%

14,0%

11,1%

33,9%

32,6%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Asfalto ou calçamento.

Energia Elétrica.

Água na torneira.

Coleta de lixo.

Bolsa Família.

Sim

Não

No 9º ano do Ensino Fundamental, os índices de acesso a serviços de infraestrutura, também, estiveram acima de 50%: o maior de todos foi o acesso a água da torneira, 95,3%, muito próximo do serviço de energia elétrica, 94,9%. A coleta de lixo se manteve como o serviço com menor acesso, 78,0%. Já o Bolsa Família esteve abaixo da metade: 48,5 das famílias de alunos recebem o benefício.

PROVA SALVADOR 2014 20 SUMÁRIO EXECUTIVO

GRÁFICO 6. ACESSO A SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA BÁSICA NO DOMICÍLIO E BENEFÍCIO

DO BOLSA FAMÍLIA SEGUNDO ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

81,4%

94,9%

95,3%

78,0%

48,5%

18,6%

5,1%

4,7%

22,0%

51,5%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Asfalto ou calçamento.

Energia Elétrica.

Água na torneira.

Coleta de lixo.

Bolsa Família.

Sim

Não

No que diz respeito à quantidade de bens de consumo no domicílio, no 5º ano do Ensino Fundamental, o bem com menor índice foi o automóvel, com 56,9% dos alunos afirmando não possuir nenhum; 28,4% afirmaram possuir um; enquanto 14,7% disseram possuir dois ou mais. O aparelho de celular foi o bem com o maior percentual de posse de dois ou mais: apenas 13,7% afirmaram não ter nenhum celular em casa; já 31,3% afirmaram possuir somente um aparelho; enquanto 55,0% afirmaram ter dois ou mais aparelhos de celular em casa. Já o bem cuja maior parte dos alunos afirmou possuir apenas um no domicílio foi a geladeira: 71,0%.

GRÁFICO 7. QUANTIDADE DE BENS DE CONSUMO NO DOMICÍLIO DOS ALUNOS DO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL

16,9%

13,9%

15,8%

26,2%

22,2%

56,9%

13,7%

37,1%

63,8%

71,0%

50,6%

62,5%

58,7%

28,4%

31,3%

46,9%

19,3%

15,1%

33,6%

11,3%

19,1%

14,7%

55,0%

16,0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Banheiro.

Geladeira.

TV em cores.

Máquina de lavar roupa.

Aparelho de DVD.

Automóvel (carro/moto).

Aparelho celular.

Computador.

Nenhum

1

2 ou mais

No 9º ano do Ensino Fundamental, a quantidade de bens de consumo no domicílio seguiu um padrão semelhante, no qual o automóvel se manteve como o bem com o menor índice: 60,1% dos alunos afirmaram não ter nenhum automóvel em casa; 27,5% afirmaram ter apenas um; já 12,5% disseram possui dois ou mais. O aparelho de celular, também, se manteve com o maior percentual de posse de dois ou mais: 7,1% afirmaram possuir nenhum celular em casa; já 19,4% afirmaram ter apenas um; enquanto 73,5% disseram ter dois ou

SUMÁRIO EXECUTIVO 21 PROVA SALVADOR 2014

mais celulares em seu domicílio. Já o bem cuja maior parte dos alunos afirmou possuir apenas um no domicílio, também, foi a geladeira: 78,7%.

GRÁFICO 8. QUANTIDADE DE BENS DE CONSUMO NO DOMICÍLIO DOS ALUNOS DO 9º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL

8,1%

7,2%

8,7%

24,4%

20,9%

60,1%

7,1%

25,8%

66,4%

78,7%

46,0%

67,2%

61,2%

27,5%

19,4%

56,5%

25,5%

14,1%

45,3%

8,4%

18,0%

12,5%

73,5%

17,7%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Banheiro.

Geladeira.

TV em cores.

Máquina de lavar roupa.

Aparelho de DVD.

Automóvel (carro/moto).

Aparelho celular.

Computador.

Nenhum

1

2 ou mais

CONSUMO CULTURAL E HÁBITOS DE LEITURA SEGUNDO OS ALUNOS

Quanto à percepção dos alunos sobre a quantidade de livros disponíveis em sua casa, o 5º ano e o 9º ano do Ensino Fundamental seguiram um padrão semelhante. Para ambos, o menor percentual diz respeito à percepção de “mais de 100 livros” no domicílio: 7,8% no 5º ano e 3,9% no 9º ano. O segundo menor percentual é o de “21 a 100 livros”, que foi, respectivamente, para os dois anos escolares 10,7% e 14,6%. Já o maior índice refere-se à quantidade de “1 a 20 livros”: 50,7% para o 5º ano e 61,5% para o 9º ano. Por fim, o segundo maior percentual está relacionado à percepção de que não há nenhum livro em casa: em ambos os anos escolares, respectivamente, os percentuais foram 30,8% e 20,0%.

GRÁFICO 9. PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A QUANTIDADE DE LIVROS DISPONÍVEIS NO

DOMICÍLIO

30,8%20,0%

50,7%61,5%

10,7% 14,6%7,8% 3,9%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

5º Ano 9º Ano

Ensino Fundamental

O bastante para encher

uma estante (mais de 100

livros).

O bastante para encher

várias prateleiras (21 a 100

livros).

O bastante para encher

uma prateleira (1 a 20

livros).

Não tenho livros na minha

residência.

PROVA SALVADOR 2014 22 SUMÁRIO EXECUTIVO

Sobre a frequência de leituras dos alunos e o incentivo dos pais ou responsáveis, no 5º ano do Ensino Fundamental, os maiores percentuais estão relacionados a um maior incentivo para a prática da leitura: 42,5% dos alunos afirmaram ver os pais ou responsáveis lendo jornais, revistas ou livros; 56,0% afirmaram que os pais ou responsáveis incentivam a prática dessas leituras; e 37,0% disseram que leem jornais, revistas ou livros com frequência. Na ponta oposta, o menor percentual diz respeito aos alunos que afirmaram haver nenhuma cultura de leitura: 14,8% disseram nunca ver os pais ou responsáveis lendo jornais, revistas ou livros; 12,3% disseram que nunca foram incentivados pelos pais ou responsáveis a praticarem essas leituras; por fim, 12,6% afirmaram que nunca leem jornais, revistas ou livros. Já os índices de alunos que responderam “raramente” ou “frequentemente” estiveram bem próximos um do outro.

GRÁFICO 10. FREQUÊNCIA DE LEITURAS E INCENTIVO DOS PAIS À LEITURA DOS ALUNOS DO 5º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

42,5%56,0%

37,0%

20,8%

17,1%

26,5%

21,8%14,6%

23,8%

14,8% 12,3% 12,6%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Vê os pais ou

responsáveis

lendo (jornais,

revistas, livros etc.).

Pais ou

responsáveis

incentivam a ler

(jornais, revistas,

livros etc.).

Frequência com

que o aluno lê

(jornais, revistas,

livros etc.).

Nunca.

Raramente.

Frequentemente.

Sempre.

No 9º ano do Ensino Fundamental, ainda sobre a frequência de leituras dos alunos e o incentivo dos pais ou responsáveis, os percentuais oscilaram mais: sobre verem os pais ou responsáveis lendo jornais, revistas ou livros, os maiores percentuais foram daqueles que responderam “frequentemente” e “raramente”, ambos com 32,9%. Já os que disseram sempre ver os pais realizando esse tipo de leitura, o índice foi de 26,3%. Por outro lado, dentre todos os resultados, o maior percentual veio dos alunos que afirmarem serem incentivados pelos pais ou responsáveis à leitura de jornais, revistas ou livros: 52,3%; na ponta oposta, 6,2% disseram nunca terem sido incentivados. Já sobre a prática de leitura do próprio aluno, o maior percentual foi daqueles que disseram ler raramente jornais, revistas ou livros, 36,7%, próximo dos que afirmaram ler frequentemente, 34,0%. Por fim, 22,7% dos alunos disseram realizar sempre essas leituras.

SUMÁRIO EXECUTIVO 23 PROVA SALVADOR 2014

GRÁFICO 11. FREQUÊNCIA DE LEITURAS E INCENTIVO DOS PAIS À LEITURA DOS ALUNOS DO 9º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

26,3%

52,3%

22,7%

32,9%

24,8%

34,0%

32,9%

16,7%

36,7%

8,0% 6,2% 6,6%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Vê os pais ou

responsáveis

lendo (jornais,

revistas, livros etc.).

Pais ou

responsáveis

incentivam a ler

(jornais, revistas,

livros etc.).

Frequência com

que o aluno lê

(jornais, revistas,

livros etc.).

Nunca.

Raramente.

Frequentemente.

Sempre.

Sobre o tipo de leitura que o aluno mais se interesse, no 5º ano do Ensino Fundamental, o maior percentual foi de livros em geral: 64,5% afirmaram gostar desse tipo de leitura. Logo atrás ficaram os textos religiosos, com 59,6%. O menor índice está relacionado às revistas de variedades, com 46,0%. No meio da lista e quase empadas ficaram as revistas de informação em geral e as científicas: respectivamente 50,7% e 50,1%.

GRÁFICO 12. GOSTO DE LEITURA POR TIPOS SEGUNDO A OPINIÃO DOS ALUNOS DO 5º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

50,7%

46,0%

64,5%

50,1%

59,6%

49,3%

54,0%

35,5%

49,9%

40,4%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Revistas de informação geral (Veja,

Época, Isto É etc.).

Revistas de variedades (Contigo,

Caras, Quem etc.).

Livros (romance, ficção científica,

terror, drama etc.).

Revistas científicas.

Textos religiosos.

Sim

Não

No 9º ano do Ensino Fundamental, também, sobre o tipo de leitura que mais interessa os alunos, os livros em geral se mantêm com o maior percentual: 73,9% dos alunos afirmaram gostar desse tipo de leitura. Em segundo lugar, com uma diferença um pouco maior, ficaram os textos religiosos, com 56,9%. O menor índice pertence às revistas científicas, com 38,2%. Já os alunos que afirmaram gostar de revistas de informação em geral e de variedades foram, respectivamente, 46,0% e 40,2%.

PROVA SALVADOR 2014 24 SUMÁRIO EXECUTIVO

GRÁFICO 13. GOSTO DE LEITURA POR TIPOS SEGUNDO A OPINIÃO DOS ALUNOS DO 9º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

46,0%

40,2%

73,9%

38,2%

56,9%

54,0%

59,8%

26,1%

61,8%

43,1%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Revistas de informação geral (Veja,

Época, Isto É etc.).

Revistas de variedades (Contigo,

Caras, Quem etc.).

Livros (romance, ficção científica,

terror, drama etc.).

Revistas científicas.

Textos religiosos.

Sim

Não

UTILIZAÇÃO DA INTERNET SEGUNDO OS ALUNOS

Os alunos que foram avaliados no 5º ano do Ensino fundamental apresentam, em sua maioria, um uso da internet para jogar, com 58,1% dos casos, muito próximo daqueles que usam para realizar pesquisas escolares, com 58,0%. Também, próximos desses percentuais estão os alunos que acessam sempre para bater papo, com 55,7%, seguidos daqueles que usam a internet sempre para acessar redes sociais, com 55,0%. Já os alunos que nunca utilizam a internet para acessar certo conteúdo têm o seu maior percentual nos sites de relacionamento, com 47,6%, seguido do acesso ao e-mail com uma larga diferença, 26,0%.

GRÁFICO 14. FREQUÊNCIA DOS USOS DA INTERNET POR CATEGORIAS DE ACORDO COM OS

ALUNOS O 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

55,7%45,2%

58,0% 58,1 %

25,2%

55,0%44,1 %

1 6,7%23,9%

1 9,4% 1 5,9%

1 3,7%

1 4,0%

1 4,8%

1 3,3% 1 6,9%1 4,1 % 1 4,9%

1 3,6%

1 2,4%1 5,1 %

1 4,3% 1 4,0% 8,4% 1 1 ,2%

47,6%

1 8,6% 26,0%

0%

20%

40%

60%

80%

1 00%

Bater papo. Buscarinformações.

Realizarpesquisasescolares.

Jogar. Acessar sites derelacionamento.

Acessar redessociais.

Acessar e-mail.

Sempre. Frequentemente. Raramente. Nunca.

Os alunos que foram avaliados no 9º ano do Ensino fundamental apresentam, em sua maioria, o uso da internet sempre para acessar redes sociais, com 65,1% dos casos, seguido de 61,7% daqueles que usam a internet sempre para bater papo. Os alunos que usam a internet sempre para realizar pesquisas escolares representam 53,4% do universo do 9º ano, e se somados aos casos de alunos que usam a internet frequentemente para esse mesmo fim, esse percentual sobe para 84,8%. Alunos que nunca (16,6%) ou raramente (31,4%) usam a internet para jogar juntos correspondem a 48,0%.

SUMÁRIO EXECUTIVO 25 PROVA SALVADOR 2014

GRÁFICO 15. FREQUÊNCIA DOS USOS DA INTERNET POR CATEGORIAS DE ACORDO COM OS

ALUNOS O 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

61 ,7%47,1 % 53,4%

34,6%

1 2,3%

65,1 %

36,1 %

22,6%34,7%

31 ,4%

1 7,3%

8,3%

1 8,2%

23,1 %

1 1 ,4% 1 4,5% 1 2,4%

31 ,4%

1 4,9%

1 0,5%

27,9%

4,3% 3,7% 2,7%1 6,6%

64,5%

6,1 % 1 2,9%

0%

20%

40%

60%

80%

1 00%

Bater papo. Buscarinformações.

Realizarpesquisasescolares.

Jogar. Acessar sites derelacionamento.

Acessar redessociais.

Acessar e-mail.

Sempre. Frequentemente. Raramente. Nunca.

EXPECTATIVAS DOS ALUNOS COM RELAÇÃO AO FUTURO

Quanto às expectativas em relação ao futuro, 66,8% dos alunos do 5º ano responderam que esperam sim concluir o Ensino Fundamental e 66,7% almejam terminar o Ensino Médio. Vale observar que outros 61,1% disseram que esperam com certeza cursar uma faculdade, ao passo que 55,3% vislumbram o ingresso no ensino profissional. O percentual de alunos que provavelmente não pretende concluir o Ensino Fundamental representa 6,3%, e em relação à conclusão do Ensino Médio o percentual cai um pouco para 5,8%. Já os alunos que possuem a expectativa de ter boas oportunidades no mercado de trabalho somam um percentual de 60,1%, que se agregados com os 21,0% dos que responderam provavelmente sim se obtêm um percentual de 81,1%.

GRÁFICO 16. EXPECTATIVAS COM RELAÇÃO AO FUTURO PARA OS ALUNOS DO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL

61,1%

55,3%

60,1%

66,8%

66,7%

20,8%

23,7%

21,0%

17,4%

18,3%

7,5%

8,9%

8,3%

6,3%

5,8%

10,6%

12,1%

10,5%

9,4%

9,2%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Cursar uma faculdade.

Ingressar no ensino profissional.

Ter boas oportunidades no mercado de

trabalho.

Concluir o Ensino Fundamental.

Concluir o Ensino Médio.

Sim Provavelmente sim Provavelmente não Não

PROVA SALVADOR 2014 26 SUMÁRIO EXECUTIVO

Em relação aos alunos do 9º ano, a maioria de 84,3% possui a expectativa de concluir com certeza o Ensino Médio, mas também 11,4% deles provavelmente irão concluir esta etapa de ensino. Cursar uma faculdade, ingressar no ensino profissional e ter boas oportunidades no mercado de trabalho são expectativas que representam, respectivamente, 63,1%, 65,0% e 69,4% do universo dos alunos. Vale registrar também que para os alunos do 9º a expectativa que aparece mais distante entre as representadas no Gráfico 17 é cursar uma faculdade, que somando as respostas provavelmente não e não equivalem a 10,5%.

GRÁFICO 17. EXPECTATIVAS COM RELAÇÃO AO FUTURO PARA OS ALUNOS DO 9º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL

63,1%

65,0%

69,4%

83,4%

84,3%

26,4%

27,2%

24,6%

12,3%

11,4%

6,0%

5,3%

3,4%

2,3%

2,6%

4,5%

2,5%

2,6%

1,9%

1,8%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Cursar uma faculdade.

Ingressar no ensino profissional.

Ter boas oportunidades no mercado de

trabalho.

Concluir o Ensino Fundamental.

Concluir o Ensino Médio.

Sim Provavelmente sim Provavelmente não Não

SUMÁRIO EXECUTIVO 27 PROVA SALVADOR 2014

5PERFIL DOS PROFESSORES

De um total de 637 professores da Rede Municipal de Salvador com questionários válidos, 540 (84,8%) lecionam para o 5º ano do Ensino Fundamental e 97 (15,2%) para o 9º ano do Ensino Fundamental. Essa divisão por etapa permanecerá em todos os gráficos e tabelas descritos a seguir, e os percentuais referem-se aos casos válidos de cada questão, dentro desses totais.

O Gráfico 18 apresenta o sexo dos professores das duas etapas do Ensino Fundamental. Na primeira etapa, o 5º ano, o perfil é majoritariamente feminino, com 91,9% dos casos, enquanto o percentual de masculino é de 8,1%. Já na segunda etapa do Ensino Fundamental, o 9º ano, o percentual de professores do sexo masculino sobe para 35,1%, mas ainda assim o sexo feminino é mais representativo, 64,9%.

GRÁFICO 18. SEXO DOS PROFESSORES

8,1%

35,1%

91,9%

64,9%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

onA º9onA º5

Ensino Fundamental

Feminino.

Masculino.

A idade é outra variável que compõe o perfil dos professores das escolas da Rede Municipal de Salvador. Quanto aos professores do 5º ano, verifica-se que há uma concentração relativa na faixa de 41 a 45 anos (23,6%), seguida de 22,3% dos professores que possuem entre 36 a 40 anos de idade. Se por um lado, 15,1% dos professores têm entre 31 e 35 anos, por outro 14,3% estão na faixa de 46 a 50 anos de idade.

Em relação à etapa do 9º ano, os professores possuem basicamente idades concentradas na faixa de 41 a 50 anos (54,2%), sendo 27,1% para cada uma das sub-faixas que variam entre 41 a 45 anos e 46 a 50 anos. É bom observar ainda que 17,7% dos professores dessa etapa do Ensino Fundamental têm idades que variam entre 36 e 40 anos, como é possível verificar no Gráfico 19.

GRÁFICO 19. IDADE DOS PROFESSORES

0,2% 1,0%6,0% 3,1%

15,1%8,3%

22,3% 17,7%23,6%

27,1%

14,3%

27,1%

10,6% 11,5%7,9% 4,2%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

5º Ano 9º Ano

Ensino Fundamental

Menos de 25 anos.

De 26 a 30 anos.

De 31 a 35 anos.

De 36 a 40 anos.

De 41 a 45 anos.

De 46 a 50 anos.

De 51 a 55 anos.

Mais de 55 anos.

Quanto à questão da cor/raça dos professores, respeitando o princípio da autodeclaração, os percentuais são quase os mesmos nas duas etapas do Ensino Fundamental. O 5º ano é a etapa em que os professores se autodeclararam, em sua maioria, pardos (43,0%), enquanto o percentual de pretos é de 39,9%. Brancos representam 14,3% dos casos. Já no 9º ano, o percentual de professores brancos sobe para 18,6%, enquanto aqueles que se autodeclararam pardos e pretos representam 42,3% e 36,1%, respectivamente.

GRÁFICO 20. COR/RAÇA DOS PROFESSORES, SEGUNDO AUTODECLARAÇÃO PARA AS

CATEGORIAS DO IBGE

14,3%18,6%

43,0% 42,3%39,9%36,1%

1,5% 2,1%1,3% 1,0%0%

20%

40%

60%

80%

100%

onA º9onA º5

Ensino Fundamental

Branco(a).

Pardo(a).

Preto(a).

Amarelo(a).

Indígena.

Os professores do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Salvador, em geral, possuem Ensino Superior e uma Especialização. Observando esses dados por etapa, o Gráfico 21

SUMÁRIO EXECUTIVO 29 PROVA SALVADOR 2014

mostra que o 9º ano tem 68% dos professores com Especialização e 3,1% com no mínimo Mestrado. Além disso, 25,8% dos professores se formaram em licenciatura. Já no 5º ano, como é possível observar, o percentual de professores com Ensno Superior-Licenciatura é de 5,6% e aqueles que fizeram Ensino Superior (Pedagogia ou Normal Superior) somam 26,1%. Entre os professores do 5º ano, quase 60% possuem Especialização e 2,2% Mestrado.

GRÁFICO 21. NÍVEL DE ESCOLARIDADE MAIS ALTO COMPLETO PELOS PROFESSORES

3,7%

0,0%

26,1%

1,0%

5,6%

25,8%

3,4%

2,1%

59,0%

68,0%

2,2%

2,1%

0,0%

1,0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

5º Ano

9º Ano

Ensi

no F

unda

men

tal

Doutorado ou posterior.

Mestrado.

Especialização (mínimo de

360 horas).

Ensino Superior – Outros.

Ensino Superior –

Licenciatura.

O Gráfico 22 apresenta informações sobre o tempo de experiência docente dos professores do 5º ano. Perceba que existem duas categorias que qualificam a experiência, são elas: “tempo em que leciona” e “tempo que leciona nesta escola”. Os dados mostram que 26,7% dos professores lecionam há mais de 21 anos, e menos de 12% têm menos de cinco anos de docência. Quando se analisa o tempo que leciona na escola, o gráfico mostra que 32,5% dos professores atuam entre 1 e 5 anos, mas também 29,9% lecionam na escola entre 6 e 10 anos.

GRÁFICO 22. TEMPO DE EXPERIÊNCIA COMO PROFESSOR PARA OS PROFESSORES DO 5º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

0,9%15,6%10,3%

32,5%

16,6%

29,9%

25,6%

13,2%

19,8%

5,4%26,7%

3,3%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Tempo em que leciona Tempo em que leciona

NESTA escola

5º Ano

Há mais de 21 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 1 e 5 anos.

Há menos de 1 ano.

PROVA SALVADOR 2014 30 SUMÁRIO EXECUTIVO

O Gráfico 23 apresenta informações sobre o tempo de experiência docente, por sua vez, dos professores do 9º ano. Perceba, assim como no gráfico anterior, que também apresenta duas categorias que qualificam a experiência, novamente: “tempo em que leciona” e “tempo que leciona nesta escola”. Os dados mostram que 38,1% dos professores lecionam entre 16 e 20 anos, como, também, 18,6% há mais de 21 anos. Observe ainda que 8,3% dos professores do 9º ano têm menos de cinco anos de experiência docente. Quando se analisa o tempo que leciona na escola, o gráfico mostra que 34,0% dos professores atuam entre 1 e 5 anos, mas, também, que 25,8% lecionam na escola entre 6 e 10 anos.

GRÁFICO 23. TEMPO DE EXPERIÊNCIA COMO PROFESSOR PARA OS PROFESSORES DO 9º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

3,1%15,5%5,2%

34,0%

4,1%

25,8%

30,9%

14,4%

38,1%

10,3%18,6%

0,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Tempo em que leciona Tempo em que lecionaNESTA escola

9º Ano

Há mais de 21 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 1 e 5 anos.

Há menos de 1 ano.

Em relação à disciplina que o professor leciona na escola, é possível verificar que, no caso do 5º ano, não há nenhuma significativa concentração de percentual em uma disciplina específica, mas isso deve ao fato da própria organização curricular desta etapa de ensino: 98% dos professores lecionam em todas as disciplinas. Quanto ao 9º ano a situação é bem diferente, já que 45,4% dos casos se referem à Língua Portuguesa e 53,6% à Matemática.

SUMÁRIO EXECUTIVO 31 PROVA SALVADOR 2014

GRÁFICO 24. PRINCIPAL DISCIPLINA QUE O PROFESSOR LECIONA NA ESCOLA

0,7%

45,4%

0,7%

53,6%

0,6% 1,0%

98,0%

0,0%0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

5º Ano 9º Ano

Ensino Fundamental

Língua Portuguesa.

Matemática.

Outra disciplina.

Todas as disciplinas.

A bateria de dados de perfil do professor ainda informa a existência, ou não, de outras atividades exercidas pelos profissionais no âmbito do magistério ou não. Como é possível observar, em relação ao 5º ano quase 23% dos professores lecionam em outra escola, enquanto 69,6% não e nem exercem outra atividade. No 5º ano, o percentual de professores que desenvolve atividade fora do magistério é de 7,5%.

No caso do 9º ano, o percentual de professores que atua em duas ou mais escola sobe para 64,9%, e 27,8% representa a situação de professores que não lecionam em outra escola ou que não desenvolvem outra atividade. O percentual de professores que exerce uma atividade fora do magistério é de 7,2%.

GRÁFICO 25. EXERCÍCIO DE ALGUMA OUTRA ATIVIDADE REMUNERADA PELO PROFESSOR

22,9%

64,9%7,5%

7,2%69,6%

27,8%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

5º Ano 9º Ano

Ensino Fundamental

Não.

Sim, uma atividade fora do

magistério.

Sim, professor em outra

escola.

O Gráfico 26 informa a renda bruta do professor, cálculo que considera todos os seus rendimentos. Em relação ao 9º ano, é possível observar que 38,5% dos professores possuem renda bruta na faixa de R$ 4.334,01 a R$ 7.240,00, seguida do percentual de

PROVA SALVADOR 2014 32 SUMÁRIO EXECUTIVO

22,9% que representa o caso de professores cuja renda varia entre R$ 3.620,01 e R$ 4.344,00. Vale registrar que 14,8% têm renda bruta acima de R$ 7.200,00, e 17,7% entre R$ 2.800,00 e R$ 3.600,00.

GRÁFICO 26. RENDA BRUTA DO PROFESSOR, SOMANDO-SE TODOS OS SEUS RENDIMENTOS

1,3%

0,0%

3,7%

4,2%

6,3%

2,1%

16,5%

17,7%

29,5%

22,9%

39,3%

38,5%

3,3%

14,6%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

5º Ano

9º Ano

Ensi

no F

unda

men

tal

Mais de R$ 7.240,01.

De R$ 4.344,01 a R$

7.240,00.

De R$ 3.620,01 a R$

4.344,00.

De R$ 2.896,01 a R$

3.620,00.

De R$ 2.172,01 a R$

2.896,00.

De R$ 1.448,01 a R$

2.172,00.

UTILIZAÇÃO DA INTERNET SEGUNDO OS PROFESSORES

A próxima informação, apresentada no Gráfico 27, é sobre o tipo de uso da internet de acordo com os professores do 5º ano. De acordo com as respostas, 64,3% dos professores usam a internet sempre para buscar informações, mas também um percentual significativo de 63,8% indica o uso para realizar pesquisas escolares. Acessar e-mail desponta também como uma das atividades mais realizada na internet, com 63,1% dos casos. Bater papo, com 18,5%, e, principalmente, jogar (63,6%) e acessar sites de relacionamentos (57,5%) não são usos da maioria dos professores.

GRÁFICO 27. USOS DA INTERNET POR TIPO DE ACORDO COM OS PROFESSORES DO 5º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

12,0%

64,3% 63,8%

1,3% 4,5%

63,1%26,1%

33,5% 32,8%

5,4%14,2%

30,6%

43,3%

2,2% 2,6%

29,7%

23,8%

4,8%18,5%

0,0% 0,7%

63,6% 57,5%

1,5%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Bater papo. Buscarinformações.

Realizarpesquisasescolares.

Jogar. Acessar sitesde relacionamento.

Acessar e-mail.

Sempre. Frequentemente. Raramente. Nunca.

SUMÁRIO EXECUTIVO 33 PROVA SALVADOR 2014

O Gráfico 28, por sua vez, é sobre o tipo de uso da internet de acordo com os professores do 9º ano. De acordo com as respostas, 67,7% dos professores usam a internet sempre para realizar pesquisas escolares, e, também, um percentual significativo de 64,9% indica o uso para buscar informações. Acessar e-mail desponta como a principal atividade mais realizada na internet, com 75,3% dos casos. Bater papo, com 10,3%, e principalmente jogar (52,6%) e acessar sites de relacionamentos (47,4%) não são usos da maioria dos professores.

GRÁFICO 28. USOS DA INTERNET POR TIPO DE ACORDO COM OS PROFESSORES DO 9º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

17,5%

64,9% 67,7%

4,1% 10,3%

75,3%24,7%

33,0% 31,3%

12,4%

18,6%

23,7%

47,4%

2,1% 0,0%

30,9%23,7%

0,0%10,3%

0,0% 1,0%

52,6% 47,4%

1,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Bater papo. Buscarinformações.

Realizarpesquisasescolares.

Jogar. Acessar sitesde relacionamento.

Acessar e-mail.

Sempre. Frequentemente. Raramente. Nunca.

HÁBITOS DE LEITURA SEGUNDO OS PROFESSORES

Quanto aos hábitos de leitura, as revistas de informação geral são as mais populares entre os professores do 5º ano do Ensino Fundamental – 60,9% dos docentes declararam ler esse tipo de publicação sempre ou frequentemente. Esse percentual é de 53,5% para as revistas científicas, de 50,6% para os livros (romances, ficção, etc.) e de 45,1% para os textos religiosos. As revistas de variedades são as menos populares entre os professores; somente 13,9% declararam ler esse tipo de publicação sempre ou frequentemente.

PROVA SALVADOR 2014 34 SUMÁRIO EXECUTIVO

GRÁFICO 29. FREQUÊNCIA DE LEITURAS POR TIPO DE ACORDO COM OS PROFESSORES DO 5º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

19,4%

3,7%

17,1%

14,5%

15,8%

41,5%

10,2%

33,5%

39,0%

29,3%

30,7%

46,2%

34,6%

36,7%

40,4%

8,3%

39,9%

14,9%

9,8%

14,5%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Revistas de informação geral

(Veja, Época, Isto É etc.).

Revistas de variedades

(Contigo, Caras, Quem etc.).

Livros (romance, ficção

científica, terror, drama etc.).

Revistas científicas.

Textos religiosos.

Sempre

Frequentemente

Raramente

Nunca

Mais de 78% dos professores do 9º ano do Ensino Fundamental declararam ler sempre ou frequentemente revistas de informação geral. Esse percentual reduz-se para 62,9% em relação aos livros (romances, ficção, etc.), e para 57,8% considerando as revistas científicas. Essa tendência inverte-se quando observamos os outros tipos de publicações: somente 37,1% dos professores declararam ler sempre ou frequentemente textos religiosos, e 16,4% as revistas de variedades.

GRÁFICO 30. FREQUÊNCIA DE LEITURAS POR TIPO DE ACORDO COM OS PROFESSORES DO 9º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

33,0%

8,2%

25,8%

18,6%

16,5%

45,4%

8,2%

37,1%

39,2%

20,6%

15,5%

44,3%

23,7%

36,1%

44,3%

6,2%

39,2%

13,4%

6,2%

18,6%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Revistas de informação geral

(Veja, Época, Isto É etc.).

Revistas de variedades

(Contigo, Caras, Quem etc.).

Livros (romance, ficção

científica, terror, drama etc.).

Revistas científicas.

Textos religiosos.

Sempre

Frequentemente

Raramente

Nunca

EXPECTATIVAS DOS PROFESSORES COM RELAÇÃO AO FUTURO DE SUAS TURMAS

Um pouco mais da metade (52,7%) dos professores do 5º ano do Ensino Fundamental esperam que mais de 75% de seus alunos concluam esta etapa de ensino. Esse percentual reduz-se para 30,7% em relação à expectativa de conclusão do Ensino Médio, e para somente 9,5% quanto ao ingresso no Ensino Superior. Essa expectativa é de 14,5% quando se refere ao ingresso no

ensino profissional. Um indicador importante é que somente 25,9% dos professores declararam ter expectativa de que mais de 75% de seus alunos tenham melhores oportunidades que seus pais, e 13,5% tenham boas oportunidades no mercado de trabalho.

GRÁFICO 31. EXPECTATIVA DOS PROFESSORES DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM

RELAÇÃO AO FUTURO ESCOLAR E PROFISSIONAL DE SEUS ALUNOS

2,1%

4,5%

14,9%

35,9%

29,2%

18,5%

11,1%

24,1%

35,2%

35,9%

34,5%

27,0%

34,1%

40,7%

35,4%

18,7%

22,7%

28,6%

52,7%

30,7%

14,5%

9,5%

13,5%

25,9%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Concluir o Ensino Fundamental.

Concluir o Ensino Médio.

Ingressar no ensino profissional.

Ingressar no Ensino Superior (Faculdade).

Ter boas oportunidades no mercado de trabalho.

Ter melhores oportunidades que seus pais.

Até 25% da turma. De 26% a 50% da turma.

De 51% a 75% da turma. Mais de 75% da turma.

Somente 56,3% dos professores do 9º ano do Ensino Fundamental esperam que mais de 75% de seus alunos concluam o Ensino Fundamental. Esses percentuais são ainda menores em relação às expectativas de conclusão do Ensino Médio e ingresso no Ensino Superior, 27,6% e 6,7% respectivamente. Quanto ao ingresso no ensino profissional o percentual de professores é de 15,9%. Na mesma tendência de baixas expectativas, 24,7% dos professores declararam ter expectativa de que mais de 75% de seus alunos tenham melhores oportunidades que seus pais, e 11,0% tenham boas oportunidades no mercado de trabalho.

GRÁFICO 32. EXPECTATIVA DOS PROFESSORES DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM

RELAÇÃO AO FUTURO ESCOLAR E PROFISSIONAL DE SEUS ALUNOS

1,0%

4,6%

18,2%

37,8%

28,6%

18,3%

10,4%

23,0%

37,5%

34,4%

36,3%

23,7%

32,3%

44,8%

28,4%

21,1%

24,2%

33,3%

56,3%

27,6%

15,9%

6,7%

11,0%

24,7%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Concluir o Ensino Fundamental.

Concluir o Ensino Médio.

Ingressar no ensino profissional.

Ingressar no Ensino Superior…

Ter boas oportunidades no mercado…

Ter melhores oportunidades que seus…

Até 25% da turma. De 26% a 50% da turma.

De 51% a 75% da turma. Mais de 75% da turma.

PROVA SALVADOR 2014 36 SUMÁRIO EXECUTIVO

Ao todo, 326 diretores apresentaram questionários válidos para constituição do perfil que apresentaremos a seguir.

O contingente de diretores que responderam aos questionários é predominantemente do sexo feminino. O percentual de diretoras é de 89,8% e de diretores de somente 10,2%.

GRÁFICO 33. SEXO DOS DIRETORES

Masculino.;

10,2%

Feminino.;

89,8%

Quanto à cor, 45,8% dos diretores declararam ser pardos e 42,8% pretos. Os percentuail de gestores que declaram ser brancos foi de 10,2% e de amarelos e indígenas somente 0,9% e 0,3%, respectivamente.

6PERFIL DOS DIRETORES

GRÁFICO 34. COR/RAÇA AUTODECLARADA PELO DIRETOR SEGUNDO AS CATEGORIAS DO IBGE

Branco(a).;

10,2%

Pardo(a).; 45,8%

Preto(a).; 42,8%

Amarelo(a).;

0,9%

Indígena.; 0,3%

Quase a metade dos diretores (46,7%) declara ter entre 41 e 50 anos. Os diretores mais jovens, com até 40 anos, representam 27,7% do total, e 24,0% têm 51 anos ou mais.

GRÁFICO 35. IDADE DOS DIRETORES

0,0% 0,0%6,5%

21,2%25,5% 22,7%

14,0%10,0%

Menos de

25 anos.

De 26 a

30 anos.

De 31 a

35 anos.

De 36 a

40 anos.

De 41 a

45 anos.

De 46 a

50 anos.

De 51 a

55 anos.

Mais de

55 anos.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

A maioria expressiva dos diretores, 73,8%, tem escolaridade em nível de especialização; 14,5% são graduados(as) em Pedagogia ou Normal Superior sem pós-graduação, 5,6% possuem graduação em outras licenciaturas e 2,2% possuem outra graduação embora não sejam licenciados, igualmente sem pós-graduação. Somente 3,1% dos diretores são mestres e 0,3% são doutores. Há ainda 0,6% dos diretores com escolaridade máxima de Ensino Médio.

PROVA SALVADOR 2014 38 SUMÁRIO EXECUTIVO

GRÁFICO 36. NÍVEL DE ESCOLARIDADE MAIS ALTO COMPLETO PELOS DIRETORES

0,6%

14,5%

5,6%

2,2%

73,8%

3,1%

0,3%

Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior.

Ensino Superior – Licenciatura.

Ensino Superior – Outros.

Especialização (mínimo de 360 horas).

Mestrado.

Doutorado ou posterior.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Cerca de 40% (39,6%) dos diretores exercem esta função há pelo menos 6 e até 10 anos; 28,5% são diretores há 5 anos ou menos e 31,8% há mais de 10 anos. Considerando a permanência como diretor na mesma escola, 47,4% dos gestores declararam atuar na função por um período entre 1 e 5 anos, e 38,1% entre 6 e 10 anos. Somente 5,3% atuam como diretor na mesma escola há menos de 1 ano, e 9,3% há mais de 10 anos.

GRÁFICO 37. TEMPO DE EXPERIÊNCIA COMO DIRETOR

2,8% 5,3%

25,7%

47,4%

39,6%

38,1%

27,2%

9,0%3,1% 0,3%1,5% 0,0%

Tempo como diretor(a). Tempo como diretor(a)

NESTA escola.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Há mais de 21 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 1 e 5 anos.

Há menos de 1 ano.

Um percentual expressivo de diretores, 73,5%, declararou não exercer outra atividade remunerada além da direção, e 21,3% afirmaram manter o exercício do magistério em outra escola. Somente 5,2% se dedicam concomitantemente a atividades fora do magistério.

SUMÁRIO EXECUTIVO 39 PROVA SALVADOR 2014

GRÁFICO 38. EXERCÍCIO DE OUTRA ATIVIDADE REMUNERADA POR PARTE DO DIRETOR

21,3%

5,2%

73,5%

Sim, professor em outra escola.

Sim, uma atividade fora do magistério.

Não.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Cerca de 60% dos diretores contam com uma renda bruta entre R$ 4.344,01 e R$ 7.240,00. O percentual de diretores com vencimentos brutos superiores a R$ 7.240,00 é de 21,5%, e 20,3% declararam uma renda bruta igual ou menor que R$ 4.344,00.

GRÁFICO 39. RENDA BRUTA DOS DIRETORES, SOMANDO-SE TODOS OS SEUS RENDIMENTOS

0,0%

0,0%

1,2%

2,2%

16,9%

58,2%

21,5%

De R$ 724,00 a RS 1.448,00.

De R$ 1.448,01 a R$ 2.172,00.

De R$ 2.172,01 a R$ 2.896,00.

De R$ 2.896,01 a R$ 3.620,00.

De R$ 3.620,01 a R$ 4.344,00.

De R$ 4.344,01 a R$ 7.240,00.

Mais de R$ 7.240,01.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

UTILIZAÇÃO DA INTERNET SEGUNDO OS DIRETORES

Quanto aos usos da internet, 87,4% dos diretores declararam utilizar sempre a rede para acessar suas mensagens de e-mail, 66,2% para buscar informações e 58,5% para realizar pesquisas escolares. Por outro lado, 62,4% dos gestores afirmaram que nunca utilizam a internet para jogar e 56,5% para acessar sites de relacionamento. Ainda, 32,6% declararam usar a internet sempre ou frequentemente para bater papo.

PROVA SALVADOR 2014 40 SUMÁRIO EXECUTIVO

GRÁFICO 40. USOS DA INTERNET POR TIPO DE ACORDO COM OS DIRETORES

11,7%

66,2%58,5%

2,8% 4,3%

87,4%

20,9%

31,7%38,8%

5,9%13,7%

12,0%

49,8%

2,2% 1,8%

28,9%25,5%

0,3%17,5%

0,0% 0,9%

62,4% 56,5%

0,3%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Bater papo. Buscarinformações.

Realizarpesquisasescolares.

Jogar. Acessar sitesde relacionamento.

Acessar e-mail.

Sempre. Frequentemente. Raramente. Nunca.

HÁBITOS DE LEITURA SEGUNDO OS DIRETORES

Quanto aos hábitos de leitura, 77,9% dos diretores afirmaram ler sempre ou frequentemente revistas de informação geral, aproximadamente 64% livros (romances, ficção, etc.) e revistas de variedades, e 59,5% textos religiosos. O percentual de gestores que leem sempre ou frequentemente revistas científicas é um pouco menor, atingindo 49,4%.

GRÁFICO 41. FREQUÊNCIA DE LEITURAS POR TIPO DE ACORDO COM OS DIRETORES

23,9%

3,1%

17,9%

7,4%

25,5%

54,0%

16,0%

46,0%

42,0%

34,0%

21,2%

60,6%

30,2%

46,6%

34,4%

0,9%

20,3%

5,9%

4,0%

6,1%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Revistas de informação geral

(Veja, Época, Isto É etc.).

Revistas de variedades

(Contigo, Caras, Quem etc.).

Livros (romance, ficção

científica, terror, drama etc.).

Revistas científicas.

Textos religiosos.

Sempre

Frequentemente

Raramente

Nunca

SUMÁRIO EXECUTIVO 41 PROVA SALVADOR 2014

EM BUSCA DE MELHOR DESEMPENHO ESCOLAR: A IMPORTÂNCIA DAS EXPECTATIVAS

Eficácia escolar é uma das preocupações relacionadas às avaliações externas em larga escala. Possíveis diferenças de desempenho entre os alunos se devem, em parte, à distribuição prévia de características inatas, experiência/trajetória pessoal e condições de vida do indivíduo e de suas famílias. Por outro lado, parte das diferenças diz respeito às características de ação e organização das escolas, de seus respectivos sistemas educacionais e de outras esferas que interfiram em seu funcionamento, a fim de proporcionar melhores condições de ensino. Muitas vezes gostaríamos de separar a contribuição de cada uma dessas dimensões, e ter uma ideia mais objetiva do tamanho da influência de características internas e externas às escolas sobre o desempenho dos alunos.

As avaliações externas em larga escala proporcionam oportunidades adequadas para sondar tais relações. Por um lado, captamos uma medida de alta qualidade sobre o desempenho dos alunos – a proficiência. Por outro lado, obtemos, também, informações sobre diretores, professores e alunos acerca de suas condições socioeconômicas e escolares.

O estudo a seguir tem como objetivo fornecer, através de medidas estatísticas, uma noção mais precisa sobre a desigualdade de desempenho entre as escolas, ilustrar como é possível identificar escolas que estão muito além e muito aquém do esperado, segundo os resultados das avaliações, e demonstrar a importância das expectativas para um melhor desempenho dos alunos.

Antes de prosseguirmos, uma informação é necessária. Nossas análises consideram apenas o conjunto de alunos e escolas com todas as informações válidas necessárias à análise. Por isso, haverá diferenças entre os números absolutos descritos nas seções de perfil e os números absolutos utilizados nos resultados. Essa diferença é função da seleção de casos que atendem a todos os requisitos necessários à análise. Não se trata de um prejuízo, mas sim de uma necessidade para a realização do estudo: informações incompletas poderiam prejudicar a interpretação. O perfil de alunos e escolas que fazem parte da análise será descrito conforme avança a explicação sobre o estudo.

DESEMPENHO ESTUDANTIL E A IMPORTÂNCIA DAS EXPECTATIVAS

Expectativas de realização de objetivos e obtenção de sucesso nas atividades escolares afetam a forma como os alunos enfrentam os desafios da aprendizagem. Isso é diferente de uma aspiração, em que um sujeito pretende atingir determinado objetivo a médio ou longo prazo, em que a antecipação dos meios adequados pode, por vezes, ser parcial ou precária. Considerando que as expectativas tratam de uma antecipação do sujeito a respeito de vários aspectos envolvidos na forma de adquirir determinados resultados num curto prazo de tempo, devemos remontar o cálculo racional a respeito dos modos de conseguir tal intento, ou mesmo do grau de tolerância dos alunos à frustração e aos obstáculos na conclusão de objetivos.

PROVA SALVADOR 2014 42 SUMÁRIO EXECUTIVO

O papel das escolas na formação dessas expectativas é muito importante. Imaginemos, por exemplo, alunos cujas características de origem sejam desprivilegiadas. Por um lado, esse grupo tem experiências de limitações e obstáculos efetivamente poderosos para bloquear seu acesso a diversos bens de consumo e oportunidades de vida. Essas experiências podem afetar negativamente a percepção desse grupo a respeito do acesso e das oportunidades para a obtenção de outros resultados, inclusive os escolares. E, na pior das hipóteses, os alunos podem receber as influências negativas dessas limitações e obstáculos na própria experiência escolar, seja por meio da interação com outros alunos, seja por ações inadvertidas do trabalho escolar a respeito da necessidade de viabilizar o desenvolvimento de todo o seu público.

No entanto, sabemos que o domínio do conhecimento formal e das habilidades próprias da escolarização não tem essa natureza de exclusão: aprender e desenvolver o saber é uma dimensão da natureza humana que se manifesta em todos os indivíduos. Por essa razão, é preciso considerar como a dimensão das expectativas pode ser trabalhada na escola, de modo a proporcionar uma melhor aprendizagem aos alunos.

A CONSTRUÇÃO DO ÍNDICE DE EXPECTATIVAS

Com a finalidade de captar informações a respeito desses aspectos, os questionários socioeconômicos de alunos e professores contêm perguntas a respeito do futuro escolar e profissional dos alunos. Exploramos em nossos instrumentos se os alunos acham que completarão o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, ingressarão no ensino profissional ou numa faculdade, e se acham que terão boas oportunidades no mercado de trabalho. Diferentemente dos alunos, os professores respondem pensando no conjunto de alunos das suas turmas na escola. Eles opinam sobre o percentual de alunos que conseguirão cumprir tais tarefas dentro da escola.

No questionário do professor apresentamos as seguintes questões e pedimos para os respondentes afirmarem se até 25% da turma / De 26% a 50% da turma / De 51% a 75% da turma / Mais de 75% da turma:

» Concluirá o Ensino Fundamental.

» Concluirá o Ensino Médio.

» Ingressará no Ensino Profissional.

» Ingressará no Ensino Superior (faculdade).

» Terá boas oportunidades no mercado de trabalho.

» Terá melhores oportunidades do que seus pais.

O questionário dos alunos contém as seguintes afirmações, e, como opções de respostas, a escala de probabilidade “Sim / Provavelmente Sim / Provavelmente Não / Não”:

» Concluirá o Ensino Fundamental.

» Concluirá o Ensino Médio.

» Ingressará no Ensino Profissional.

SUMÁRIO EXECUTIVO 43 PROVA SALVADOR 2014

» Ingressará no Ensino Superior (faculdade).

» Terá boas oportunidades no mercado de trabalho.

» Terá melhores oportunidades do que seus pais.

As respostas dos atores escolares a essas perguntas foram recodificadas de maneira crescente, para expressar que as maiores pontuações representam melhores expectativas. Para a verificação da escolha dessas variáveis na composição de um mesmo construto, ou seja, a coerência interna para a construção dos indicadores, utilizamos correlações inter-itens superiores a 0,3 e consistência interna fornecida pelo limite inferior do Alpha de Cronbach de 0,5. Em seguida, utilizamos uma análise fatorial de componentes principais para sintetizar a tendência latente das expectativas em apenas um fator. Criamos apenas um único fator para o conjunto de variáveis consideradas, contato que: a medida “Eigen Value” seja superior a 1; todas as cargas fatoriais sejam positivas, e superiores a 0,3; e a variância explicada pelo fator seja igual ou superior a 40%.

Após tais procedimentos, obtemos índices parciais por atores. Agregamos as múltiplas respostas de alunos e professores dentro de uma mesma escola através de médias para obter um resultado para cada escola. Então, alunos têm um índice de expectativas e professores têm outro índice de expectativas.

Resta unir esses dois índices em apenas um, que passa a representar as expectativas para toda a escola. O cálculo utilizado para essa união é uma média aritmética simples, conforme a fórmula:

Índice de Expectativas j =Expectativas alunos + Expectativas professores

2

Independentemente da quantidade de casos no cálculo dos Índices de alunos e professores, apenas o índice final ao nível da escola é considerado na média. Ou seja, o conjunto dos alunos dentro de uma escola tem “peso um” diante do conjunto de professores dentro da mesma.

O resultado final são índices que dizem respeito à escola. De maneira geral, esse índice apresenta uma distribuição normal, com média próxima a 0, e desvio padrão pouco menor que 1. Convertemos seus valores em uma escala de 0 a 10 pontos, para uma visualização mais intuitiva. Apresentamos a distribuição do índice de expectativas dentro das escolas.

TABELA 7. DISTRIBUIÇÃO DO ÍNDICE FINAL DE EXPECTATIVAS

Nº de escolas Mínimo Máximo Média Desvio Padrão

Índice de expectativas

331 0,01 9,98 5,2 1,9

PROVA SALVADOR 2014 44 SUMÁRIO EXECUTIVO

UM MODELO PARA ENTENDER O DESEMPENHO DE ALUNOS E A CONTRIBUIÇÃO DE SUAS ESCOLAS

Na literatura sobre eficácia escolar, os chamados modelos hierárquicos ou multinível são consagrados. São formulações estatísticas adequadas para resolver o problema da interdependência entre os resultados de alunos agrupados em uma mesma escola. Modelos de regressão linear de mínimos quadrados ordinários ignoram, por pressuposto, que as características dos indivíduos reunidos em um mesmo ambiente podem estar relacionadas com as condições desse ambiente. Por isso, tendem a subestimar o que alunos de uma mesma escola têm em comum devido a essa escola, e consequentemente tendem a subestimar os efeitos das características das escolas sobre seus alunos.

Os modelos multinível, por sua vez, realizam a distinção entre as diferenças de desempenho dentro de uma mesma escola, e as diferenças de desempenho entre escolas dentro de um sistema de ensino. Assim, podemos utilizar as características dos alunos para medir o quanto suas características externas à escola afetam o seu desempenho dentro da escola, e, de maneira complementar, podemos também utilizar as características das escolas para medir mais precisamente o quanto suas características internas afetam o desempenho de seus alunos.

Na análise que realizaremos a seguir, a proficiência considerada foi a de Matemática, obtida com a avaliação do Prova Salvador em 2014. O total de alunos a seguir é fixo durante toda a análise, e se refere ao conjunto de casos com todas as informações necessárias para realização do estudo.

TABELA 8. DISTRIBUIÇÃO DA PROFICIÊNCIA EM MATEMÁTICA PARA OS ALUNOS DO PROVA

SALVADOR 2014 UTILIZADOS NO ENSAIO SOBRE EFICÁCIA ESCOLAR

Nº de alunos Mínimo Máximo Média Desvio Padrão

5º ano Ensino Fundamental 15.319 94,92 355,18 192,64 38,92

9º ano Ensino Fundamental 1.694 116,44 369,84 222,51 42,27

A SEPARAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DOS ALUNOS E DAS ESCOLAS

O modelo hierárquico mais simples é conhecido como modelo nulo ou incondicional, e tradicionalmente é reportado ao início das análises para representar em frações da variância a contribuição dos diferentes níveis para a explicação do desempenho dos alunos, através de um conceito conhecido como Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). Normalmente, esse indicador nos mostra algo intuitivamente esperado: a variância dentro das escolas é maior do que a variância entre as escolas. Em outras palavras, existem mais diferenças de desempenho entre os alunos em uma mesma escola do que entre escolas diferentes. Matematicamente, o modelo nulo é representado pela seguinte equação

Yij = β0j + rij

β0j = γ00 + u0j

SUMÁRIO EXECUTIVO 45 PROVA SALVADOR 2014

Traduzido em palavras: esse modelo representa que entendemos o desempenho de um aluno “i” na escola “j” (Yij ) como o resultado de uma média entre os alunos na escola “j” (β0j ), acrescida de uma variação específica desse aluno (rij ), dada por suas características individuais. A média entre os alunos (β0j ), por sua vez, varia por escola, e também pode ser explicada: ela resulta de uma grande média de desempenho (γ00 ) observada entre as escolas, acrescida de uma variação específica (u0j ), para cada “j” escola considerada.

TABELA 9. ESTIMAÇÃO FINAL DOS COMPONENTES DE VARIÂNCIA

Efeito aleatório Componente de variância P-valor CCI (%)

Nível 2 (escolas), u0j 148,07 0,000 9,1%

Nível 1 (alunos), rij 1478,14 - 90,9%

Total (u0j+rij) 1626,21 - 100,0%

O percentual de variação no desempenho dos alunos explicado pelo nível das escolas é de 9,1%. Em outras palavras, quase 10% da diferença de desempenho entre os alunos pode ser explicada apenas pela escola em que estes estudam.

AS INFLUÊNCIAS EXTERNAS

O segundo passo da análise trata de utilizar variáveis de características socioeconômicas dos alunos relacionadas ao desempenho. Essas variáveis sintetizam uma grande variedade de experiências prévias de escolaridade, verificando as características externas às escolas que explicam as diferenças entre alunos. Tais características podem também afetar os resultados das escolas, constituindo sua composição. Abaixo ilustramos as características consideradas para “retirar” dos resultados de desempenho os efeitos externos às escolas.

A análise conta com as condições socioeconômicas dos alunos, sua identificação de sexo e cor/raça. Tomamos o cuidado adicional de agregar essas variáveis nas escolas. Ou seja, consideramos que o conjunto ou a composição dos alunos dentro das escolas representam características contextuais importantes para explicar o desempenho dos alunos. Desse modo, nossa análise, também, prevê a utilização das variáveis: percentual de alunas na escola, percentual de alunos que se autodeclararam pretos na escola, média do índice socioeconômico dos alunos na escola, percentual de alunos do 9º ano na escola. Todas essas variáveis representam cuidados ao observar o que de fato nos interessa: a eficácia escolar. Um resumo dessas variáveis está apresentado a seguir.

TABELA 10. DISTRIBUIÇÃO DO ÍNDICE SOCIOECONÔMICO DOS ALUNOS DO PROVA SALVADOR

2014 UTILIZADOS NO ENSAIO SOBRE EFICÁCIA ESCOLAR

Nº de alunos Mínimo Máximo Média Desvio Padrão

5º ano Ensino Fundamental 15.319 0,00 9,92 5,01 1,57

9º ano Ensino Fundamental 1.694 0,26 10,00 5,54 1,52

PROVA SALVADOR 2014 46 SUMÁRIO EXECUTIVO

TABELA 11. NÚMERO E FREQUÊNCIA DAS INFORMAÇÕES SOBRE SEXO, COR/RAÇA AUTODECLARADA,

DOS ALUNOS DO PROVA SALVADOR 2014 UTILIZADOS NO ENSAIO SOBRE EFICÁCIA ESCOLAR

5º anoEnsino Fundamental

9º anoEnsino Fundamental

Percentual Nº de casos Percentual Nº de casos

SexoMasculino 54,6% 8.368 51,1% 866

Feminino 45,4% 6.951 48,9% 828

Autodeclaraçãosegundocategoriasdo IBGE

Branco(a) 13,4% 2.060 9,6% 162

Pardo(a) 38,1% 5.836 44,3% 750

Preto(a) 34,6% 5.303 34,4% 583

Amarelo(a) 6,2% 946 6,0% 101

Indígena 7,7% 1.174 5,8% 98

TABELA 12. DISTRIBUIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ESCOLARES CONSIDERADAS NO ENSAIO

SOBRE EFICÁCIA ESCOLAR

Nº de escolas Mínimo Máximo MédiaDesvio Padrão

Percentual de alunas na escola 331 0,00 90,32 45,1 9,7

Percentual que se autodeclarou preto na escola

331 8,33 76,47 34,7 10,6

Percentual de alunos do 9º ano na escola

331 0,00 100,00 8,1 23,8

Média do ISE na escola 331 4,01 6,13 5,03 0,37

A VARIAÇÃO ESPECÍFICA DAS ESCOLAS

Uma vez consideradas essas variáveis em nosso modelo, obtemos uma grande vantagem: como resultado, cada escola tem associada a si um valor específico de proficiência, acima ou abaixo da média das demais escolas. Por esse valor, podemos discriminar escolas que estão apresentando melhores resultados pelos seus próprios méritos, uma vez que já foram retirados os efeitos das características sociais dos alunos.

Para ilustrar essa situação, apresentamos o gráfico a seguir. Ele descreve a distribuição dos valores da medida u0j, o efeito das escolas para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, após cálculo do efeito das variáveis descritas nas tabelas acima. Podemos observar que a distribuição dos valores não tem relação com a média do ISE na escola, porque ela já foi considerada. Podemos observar também uma grande homogeneidade entre a maioria das escolas: em geral, seus efeitos são muito parecidos. Ainda é possível concluir que algumas poucas escolas têm efeitos muito abaixo e também muito acima do esperado: por exemplo, aquelas abaixo de -10 e acima de +10 pontos de proficiência. Notem que existem escolas com média de ISE baixa e que ainda assim apresentam desempenho muito acima das demais. Esse tipo de análise nos permite identificar que é possível responder ao desafio da qualidade, mesmo quando a escola recebe um público desprivilegiado.

SUMÁRIO EXECUTIVO 47 PROVA SALVADOR 2014

DISTRIBUIÇÃO DO EFEITO DAS ESCOLAS PARA O 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL (U0J) APÓS CONTROLE SOCIOECONÔMICO

O EFEITO DAS EXPECTATIVAS

Agora trataremos das estimativas das variáveis consideradas no estudo. Responderemos à pergunta: qual é a contribuição específica de cada característica para o desempenho dos alunos?

Após considerarmos características individuais e escolares, a média de desempenho dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental analisados em 2014 no Prova Salvador foi de 194,7 pontos na escala de proficiência em Matemática. Se um aluno pertence ao 9º ano do Ensino Fundamental, ele tende a apresentar, em média, 31,7 pontos a mais que os alunos do 5º ano. Logo, a média geral dos alunos do 9º ano seria de 226,4 pontos em Matemática. Esses resultados dizem respeito aos alunos de sexo masculino, que não se declararam pretos, e encontram-se na média do ISE da escola.

Um aluno com um ponto a mais de ISE em relação aos seus colegas na mesma escola (ou seja, um ponto acima da média do ISE na sua própria escola) tem, em média, 4,5 pontos a mais de proficiência em Matemática. Esse resultado demonstra o efeito do nível socioeconômico dos alunos sobre seus resultados escolares. Alunos do sexo feminino têm, em média, menos 2,5 pontos que seus colegas do sexo masculino, na proficiência em Matemática, assim como alunos que se autodeclaram pretos têm, em média, 2 pontos a menos que seus colegas que declaram qualquer outra cor/raça. Todas essas variáveis tiveram efeito estatisticamente significativo. São aspectos para os quais as escolas devem estar atentas, de modo a compensar as desigualdades de aprendizagem que vêm de outras realidades para dentro das escolas.

PROVA SALVADOR 2014 48 SUMÁRIO EXECUTIVO

Nesse modelo, a média de proficiência das escolas pode ser afetada por suas características de composição e por características de expectativas. Quanto às características de composição, o percentual de alunas na escola, o percentual de alunos que se autodeclararam pretos na escola, o percentual de alunos do 9º ano na escola e o número de alunos na escola (que responderam aos questionários) não apresentam efeitos significativos, ou apresentam efeito praticamente desprezíveis sobre a proficiência em Matemática.

Dentre os fatores escolares que de fato justificam diferenças de resultados entre as escolas encontramos a média do nível socioeconômico dos alunos dentro da escola, e o índice de expectativas. Para cada ponto a mais na média de ISE, observamos um crescimento de 15,1 pontos, em média, na proficiência dos alunos em Matemática, e para cada ponto a mais na medida de expectativas, um crescimento de 1,3 pontos, em média.

TABELA 13. ESTIMAÇÃO FINAL DOS EFEITOS FIXOS

Efeitos Fixos Coeficientes Sig.

194,7 ***

Intercepto 1

Número alunos 0,0 ( )

% Meninas 0,1 ( )

% Pretos -0,1 **

% Alunos 9º ano -0,1 ***

Média do ISE na escola 15,1 ***

Índice de Expectativas1,3 ***

Sexo Feminino -2,5 ***

Autodeclarou-se Preto -2,0 ***

ISE do aluno 4,5 ***

9º ano EF 31,7 ***

Variáveis em negrito foram centralizadas na grande média das escolas.

Variáveis em itálico foram centralizadas na média da escola.

*** 99% de confiança

** 95% de confiança

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: A IMPORTÂNCIA DAS ESCOLAS PARA A APRENDIZAGEM

Como vimos nos resultados apresentados nesse breve estudo sobre a eficácia escolar, muito se pode dizer das escolas avaliadas no Prova Salvador 2014.

Utilizando as informações obtidas através dos questionários socioeconômicos, podemos obter estimativas sobre a contribuição específica das escolas para o desempenho de seus alunos, após a consideração das características sociais no nível intraescolar (sexo, cor/raça,

SUMÁRIO EXECUTIVO 49 PROVA SALVADOR 2014

ISE) e no nível interescolar (percentual de alunos do sexo feminino na escola, percentual de alunos que se autodeclaram pretos na escola, média do ISE na escola).

Esses efeitos nos mostram que apesar das grandes semelhanças entre a maioria das escolas, encontramos também um conjunto delas cuja contribuição é muito acima ou muito abaixo do esperado. Essas escolas merecem atenção especial porque apresentam potencial para possíveis observações sobre os aspectos positivos e negativos capazes de proporcionar tais resultados.

Mas como podemos resumir esses resultados e proporcionar uma discussão que realmente melhore as condições de ensino e aprendizagem nas escolas? Basta observar a tabela a seguir para notarmos padrões interessantes.

TABELA 14. RESUMO DOS EFEITOS OBSERVADOS NA ANÁLISE SOBRE EXPECTATIVAS

Variável Resumo dos efeitos

Número alunos (-)

% Meninas (-)

% Pretos (-)

ISE escola (-)

Expecatativas ↗ISE do aluno ↗Sexo Feminino ↙Autodeclarou-se Preto ↙9º ano EF ↗(-) Efeito não significativo ou próximo a zero

↙ Efeito significativo e negativo

↗ Efeito significativo e positivo

Algumas características individuais fazem com que os alunos tenham desvantagens de desempenho quando na verdade não deveriam. Dentro da escola podemos abordar esses aspectos sob a ótica da equidade: o que podemos fazer para evitar que o aprendizado dos alunos seja influenciado por outros fatores que não os de rendimento escolar? É preciso atenção especial a esses aspectos. Por outro lado, podemos também observar que a escola pode se apropriar de algumas características para melhorar o desempenho dos alunos. Aqui, estamos discutindo a respeito da noção de qualidade.

O modelo acima nos mostrou que o efeito das expectativas é independente do efeito das condições socioeconômicas. Professores, funcionários, gestores e comunidade podem pensar, em conjunto, diferentes formas de trabalhar a melhora dos resultados escolares dos alunos através da dimensão das expectativas. Uma das possíveis maneiras é operar por meio dos canais emotivos, recuperando a dimensão de autoconfiança dos alunos na sua capacidade de realizar objetivos. Outra maneira seria trabalhar o raciocínio lógico e o cálculo racional, enfatizando para os alunos a importância de se considerar diversos meios

PROVA SALVADOR 2014 50 SUMÁRIO EXECUTIVO

alternativos para a obtenção de seus objetivos, e a necessidade de acentuar os estudos (mais práticas de leitura, mais realização de exercícios e deveres, mais experiências de aprendizado) para a obtenção dos resultados pretendidos. De toda forma, é extremamente relevante para o trabalho escolar estar atento ao potencial das expectativas para geração de melhores resultados de aprendizagem.

Mais pistas sobre como trabalhar esses aspectos? Basta reler o tópico sobre a criação do índice de expectativas e consultar as variáveis presentes nos questionários a esse respeito. Elas podem servir como um início de abordagem do tema em reuniões que tratem do tema das expectativas para melhorar o desempenho dos alunos. E os resultados acima mostram sua importância.

SUMÁRIO EXECUTIVO 51 PROVA SALVADOR 2014

REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAJÚLIO MARIA FONSECA CHEBLI

COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES

COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE

COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO

COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA

COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE

COORDENAÇÃO DE CONTRATOS E PROJETOSCRISTINA BRANDÃO

COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃORÔMULO OLIVEIRA DE FARIAS

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Ficha catalográfica

SALVADOR. Secretaria Municipal da Educação.

PROVA SALVADOR – 2014/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 7 ( jan./dez. 2014), Juiz de Fora, 2014 – Anual.

Conteúdo: Sumário Executivo

ISSN 2359-6694

CDU 373.3+373.5:371.26(05)